Jean-Pierre Boutinet
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Contexto inicial
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O projeto pedagógico
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O projeto tecnológico
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Metodologia da conduta de projeto
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Uma Antropologia do projeto
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Contexto inicial
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O projeto pedagógico
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O projeto tecnológico
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Metodologia da conduta de projeto
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Uma Antropologia do projeto
Antropologia do Projeto | Boutinet
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O projeto como sintoma
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Condutas de projeto e uma psicologia da ação
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Cultura tradicional e cultura tecnológica
Condutas de projeto buscam imprimir um sentido à ação que antecipam, quer essa ação venha de indivíduos, de grupos ou conjuntos sociais.
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Abarca as condutas identitárias, criativas e inovadoras, significantes e autônomas;
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Meio cultural como marca da patologia das condutas de idealização.
Cultura de projeto •
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mentalidade da sociedade pós-industrial preocupada em fundar sua legitimidade no esboço de suas próprias iniciativas. Profusão de condutas antecipadoras.
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As condutas de projeto revelam um contexto cultural; Conhecer os desvios para compreender que o projeto, enquanto regulador psicológico e cultural, pode se transformar-se em desregulador social.
PRIMEIRO DESVIO: desilusão ou injunção paradoxal •
Leva os fora-de-projetos a arquitetar para si um projeto que não poderão realizar por diferentes razões - histórico pessoal e possibilidades limitadas do meio.
SEGUNDO DESVIO: hipomania ou obsolescência do tempo •
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Fuga para o inexistente, que apresenta todas as virtudes em relação ao presente. Assim ocorre com a sequência sem fim de projetos que substituem uns aos outros, produzindo cada um sua própria organização e dinamismo.
TERCEIRO DESVIO: mimetismo ou cópia exata •
Ao invés do ineditismo, introduz de projetos com um grande número de elementos de empréstimo estranhos a eles.
QUARTO DESVIO: narciscimo ou auto-suficiência •
O autor que encarna o projeto tende a ser auto-suficiente
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Solidificação do culto à identidade e à singularidade
QUINTO DESVIO: desvio procedural ou obsessão tecnicista •
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Encerra o projeto em uma imposição de técnicas – elaboração, acompanhamento, avaliação, etc. A imaginação criativa é subvertida.
SEXTO DESVIO: desvio totalitário ou assujeitamento tecnológico •
Projeto como um conceito vago
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Projeto se deixa reduzir a um procedimento planejado, destituído da conotação humana.
SÉTIMO DESVIO: desvio utópico ou discurso autojustificativo •
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O projeto deixa de se apoiar em uma utopia concreta reguladora e torna-se pura abstração, transformando-se em promessa. O projeto se reduz a um discurso ideológico.
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O interesse pelo projeto permite levantar elementos de compreensão da psicossociologia da ação. Abandono da psicologia da anterioridade (processos de idealização) e da psicologia da simultaneidade (seleção e hierarquização das informações disponíveis).
Problemas de fundo levantados pelos projetos •
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O problema da anamnese: história pessoal, acesso à memória; O problema da identificação e do tratamento das oportunidades espaciais: atitude simultânea de implicação e de distanciamento; O problema da passagem obrigatória pela antecipação para agir: o indivíduo define para si um horizonte temporal, aquém e além; O problema do vínculo entre intenção e materialização: projeto como vínculo entre o nãoformulado intencional e o materializado projetado.
Oscilação do projeto: de um lado, a lógica do ator e da obra; do outro, a lógica da ação e da prática.
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“As sociedades tradicionais não tem projeto, estando até mesmo fora do projeto,
porque experimentam uma certa precariedade em seu modo de existência que as impede de antecipar”; •
Ruptura em relação ao espaço e ao tempo de suas culturas de origem;
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A cultura tecnológica fala cada vez mais de projeto;
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Projeto como regulador cultural; “Falar de uma antropologia do projeto é, finalmente, interrogar -se sobre o modo como os indivíduos, os grupos, as culturas vivem no tempo”.
Não há projeto senão através de uma materialização da intenção, que, ao se realizar, deixa de existir como tal.
Antropologia do Projeto | Boutinet
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Contexto histórico
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Educação e pedagogia
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Projeto educacional
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Projeto pedagógico
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Projeto de escola
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Pedagogia do projeto
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Da pedagogia à antragogia
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Pedagogia do projeto: aluno como protagonista do aprendizado.
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Learning Learning by doing: doing: métodos ativos e construtivos baseados no interesse do aluno.
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Escola ligada a vida: as experiências anteriores como fontes de aprendizagem.
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Pedagogia por objetivos: definição de objetivos que guiavam a avaliação. Do seu fracasso, reapareceu a pedagogia do projeto.
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“O projeto pretende ser uma resposta possível aos desafios lançados ao sistema
educacional, educacional, visando mudar as condições nas quais se aprendia até aquele momento”. •
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Andragogia: Andragogia : chegam ao processo de formação com experiências e intenções precisas. Projeto em dois sentidos: como realização e como emergência.
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A educação como preocupação: das os meios da integração integração e da autonomia. autonomia.
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A pedagogia como prática: educação (difuso); pedagogia (delimitado).
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Grupo ativo dos estagiários: parte das experiência pessoal e profissional p rofissional..
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Situações referenciais: referenciais: parte de situações precisas, vividas ou a serem vividas.
A. Projeto educacional: •
Ultrapassa o âmbito da escola
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Associa grande número de parceiros
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Referência de valores preferíveis
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Os alunos têm papel secundário
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Representa um desafio ideológico
B. Projeto pedagógico: •
Amplitude: Se limita ao campo escolar
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Alunos e professores: atores com papéis distintos
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Considera as exigências da administração escolar e de sua regulamentação
B. Projeto pedagógico: •
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Negociação pedagógica: diagnóstico da situação pedagógica; avaliação dos conhecimentos; exigências dos programas. Articulação de projetos diferentes: interferência e articulação do projeto de ensino e dos projetos individuais no projeto pedagógico. Determinação de objetivos pertinentes e realizáveis: os objetivos não são o centro do dispositivo, mas um elemento regulador da ação empreendida. O projeto tem a função de realizar intenções. Horizonte do projeto e sua avaliação: tempo a ser ordenado para a materialização do projeto.
C. Projeto de estabelecimento •
Dar coerências às políticas pedagógicas,
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Suscitar o dinamismo de equipes pedagógicas
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Inserir os jovens em seu papel de adultos.
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Parte da análise das necessidades, deficiências, recursos, envolvendo o maior número possível de parceiros.
D. Projeto de formação •
Essa metodologia implica em uma referência simultânea às três categorias de anteriores.
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Etapas:
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Diagnósticos da situação pedagógica
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Negociação de um objetivo de ação
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Determinação dos meios e programação das sequências
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Planejamento das atividades
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Realização e controle
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Avaliação final
Projeto como objeto (fim) e projeto como método (meio). •
Níveis:
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Projeto individual de formação: aperfeiçoar a formação para ficar menos vulnerável;
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Projeto organizacional de formação: integrado à estratégia da empresa
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Projeto de uma ação de formação: reorientação para os objetivos que sejam significativos ao educando.
Antropologia do Projeto | Boutinet
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Gestão por projeto: mudança organizacional
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Gestão por projeto: controle de qualidade
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Gestão de grandes projetos
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Projeto de empresa: cultura e estratégia
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Projeto de desenvolvimento
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Considerações finais: dualidades, inovação e criação
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Busca assegurar o desenvolvimento sociotécnico e organizacional. Problemas permanentes: tornar eficaz a empresa e manter/despertar motivação nos colaboradores
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Parâmetros: técnicos (eficácia) + humanos (motivação).
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Oscilação contínua: racionalidade técnica e política participativa.
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Grande projeto (objeto)
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Gestão por projeto (estrutura organizacional)
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Projeto de empresa (organização)
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híbrido.
Mudança organizacional •
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Determinar as melhores condições na implantação de uma inovação no interior de um conjunto organizacional. Equipe autônoma que terá a liberdade para integrar inovação entre os setores interessados.
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É provisória e produz resultados dentro dos limites de tempo e custos.
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Utiliza a estrutura matricial, de acordo coma necessidade do projeto.
Mudança organizacional •
Características:
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Temporária
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Quebra a onipotência da organização piramidal
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Inclui um responsável e uma equipe
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Responde à uma demanda identificável, interna ou externa
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Destina a afetar os atores que integram o projeto
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É sequencial
Controle da qualidade •
Preocupação maior com a eficácia do que com a participação
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Gestão de recursos, uso de estatísticas, “defeito zero”, etc
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Pretende romper a estrutura hierárquica, valorizando a horizontalidade (a exemplo dos conselhos e órgãos de staff ) Tem uma existência permanente, que não depende dos problemas
Gestão de grandes projetos •
Grandes ordenamentos industriais
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Parâmetros essenciais: especificações técnicas, tempo e custos (interdependentes)
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Etapas
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Elaboração: Viabilidade, Definições Técnicas e Concepção Detalhada
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Realização: Planejamento, Controle e Avaliação.
Projeto de Empresa •
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Se trata de conjugar, pelo projeto, o desenvolvimento dos homens com a eficácia da empresa (eficácia + motivação). Vontade partilhada: visão do futuro, vontade de atingir a finalidade fixada, sistema de valores partilhados e prioridades de ação. Finalidade: é querer associar pessoas envolvidas à sua elaboração e à sua realização. Necessidade cultural: o que fazemos? porque fazemos? a atribuição de valor ao trabalho.
Projeto de Empresa •
Projeto e cultura da empresa
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Cultura da empresa: pensamentos e comportamentos compartilhados;
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Sistema de valores partilhados: capacidade de inovar e de manter o construído ao longo da história;
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Diagnóstico como elemento para elaborar projeto de empresa
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Projeto como congregador de diversas culturas (profissionais, sindicais, escolares, etc).
Projeto de Empresa •
Projeto e estratégia de conjunto
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O projeto de empresa não é nem uma geração espontânea nem um projeto pronto para ser usado
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Necessidade de uma estratégia, que dê direção e permita controle;
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Procedimento temporal (duração) e espacial (ambiente);
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Adaptação da empresa aos domínios do ambiente
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Situado entre cultura e estratégia, o projeto implica uma iniciativa da direção: Não pode ser puramente cultural, nem puramente estratégico.
Projeto de Empresa •
Projeto partilhado
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Projeto de empresa = produto da estratégia e da cultura;
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Conjugação entre eficácia e desenvolvimento humano;
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A participação continua sendo uma dificuldade de partilha
Projeto de Desenvolvimento •
Projeto partilhado
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Colaboração de várias instâncias;
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Transferências de riquezas (competências, capital, tecnologia, etc);
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Visa atenuar as consequências de um mau desenvolvimento;
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Utilização problemática do conceito de desenvolvimento: 1) redução a uma ou outra dimensão; 2) sujeito ao aspecto quantitativo de crescimento;
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Predominância da dimensão econômica;
Projeto de Desenvolvimento •
Projeto partilhado
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Condições de elaboração: 1) identificar necessidades; 2) definições de opções técnicas; 3) avaliação de viabilidade técnica e econômica; e, 4) anteprojeto de execução
Projeto de Desenvolvimento •
Colaboração de várias instâncias (transferência de capital humano, intelectual, natural, econômico, etc).
Gerações que sucederam e coexistem - Projetos de assistência: centrado na ajuda humanitária; - Projetos autocentrados: particularidade de uma situação local; - Projetos de co-desenvolvimento: interdependência entre culturas; - Projetos de redesenvolvimento: para sociedade já desenvolvidas mas caídas em atonia.
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Pressupostos
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Metodologia da elaboração do projeto
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Análise do projeto
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Tipologia dos projetos
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Conduta dos projetos
A. A unicidade da elaboração e da realização: •
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Exigência de globalidade: visão do todo Globalidade está vinculada ao fim perseguido, e este destinado a oscilar entre uma meta (projeto-alvo) e uma programação (projeto-programação).
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Manter sua globalidade para não se resumir apenas a objetivos.
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Portanto, integra concepção e realização.
B. A singularidade de uma situação a ser ordenada •
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O projeto tende a ser sempre uma resposta inédita à uma situação singular. O autor do projeto possui histórias e intenções específicas e enfrentará situações também específicas (autor e projetos são singulares).
C. A gestão da complexidade e da incerteza •
O ambiente é complexo
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Uma situação simplificada não precisa recorrer ao projeto
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O projeto é para administrar uma situação problemática, feita da interdependência de vários parâmetros.
D. A exploração de oportunidade em um ambiente aberto •
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O projeto só pode ser concebido em um ambiente aberto, capaz de ser explorado e modificado. Todo projeto pressupõe uma visão otimista, que pode trazer mudança relativa ao dado estado das coisas
1. Análise e diagnóstico da situação •
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Identificar o conjunto de parâmetros que agem sobre o projeto: recursos, ambiente, disfunções, problemas, os atores envolvidos, etc. Analisar para permitir uma exploração de maneira mais metódica. No final da análise, deve se vislumbrar um projeto possível (esboço) que consista das considerações observadas (forças, fraquezas, ameaças e oportunidades).
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Diagnóstico interno: forças e fraquezas (ator, projeto, organização, etc)
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Diagnóstico externo: ameaças e oportunidades (mercado, legislação, política, etc).
2. Esboço entre o possível e o desejável •
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Projeto possível: confrontado com suas próprias finalidades, baseadas em valores que têm vantagens em ser explicitados. O projeto deve buscar o mínimo de coerência com as finalidades explicitadas (fim) e o mínimo de pertinência em relação à situação analisada (início/meio).
3. Determinação das opções estratégicas •
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A estratégia tem o papel de conduzir a ação em relação ao projeto e suas circunstâncias. Definição de uma estratégia adequada, que transforme a situação inicial no sentido dos objetivos desejados.
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A escolha estratégica é sempre feita em função do projeto entrevisto e da situação analisada .
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Considerar: tempo, obstáculos, custos, pessoas, etc.
1. Da estratégia ao planejamento •
Planejamento das atividades, escalonadas temporalmente, rumo ao futuro desejado.
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Programação de diferentes fases da ação a ser desenvolvida.
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Põe em ordem, sob forma de rede, várias tarefas que, em função de sua interdependência e cronologia, concorrem para a realização dos projetos.
2. A gestão dos desvios •
Gerenciar os desvios entre o que é projetado e o que é realizado (imprevistos que emergem).
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A problemática dos desvios toleráveis: se os desvios forem muito grandes, coloca-se a questão de reorientar o projeto ou direcioná-lo à um sentido mais realista.
3. A avaliação e seus indicadores •
É a apreciação da distância entre o projetado e o realizado.
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Funciona como mecanismo de controle através de avaliações pontuais e avaliações intermediárias.
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Indicadores: eficácia, eficiência, coerência, pertinência
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Não pode se limitar ao uso de um único critério.
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Um olhar mais estrutural
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Se assemelha a uma auditoria externa
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É mais ampla que a avaliação vinculada à medida dos efeitos
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Aprecia diferentes componentes
1. A situação-problema e sua forma de apreensão •
Situação de partida
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Antecedentes da situação na evolução e a evolução dessa situação
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Motivação para a mudança, partindo dessa situação
Verificar imposição dos atores, imaginário sociocultural por trás; e observar se o projeto opera uma ruptura ou é apenas uma réplica.
2. Os atores em questão e seu posicionamento •
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Agentes da equipe de orientação: são centrais ao projeto, de sua concepção à operacionalização. Atores periféricos facilitadores: são pessoas-recurso que dão auxílio e conselhos; presença intermitente. Atores indiferentes: externos ao projeto, pouco ou nada sensibilizados, constituem uma inércia incômoda. Atores próximos, periféricos ou exteriores: pessoas exigentes que permitem um avanço decisivo ou conflitual.
3. O modo de explicitação de fins e metas •
Explicitação das intenções, que possa servir de referência à ação e permitir um olhar crítico sobre o projeto.
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Os objetivos explicitados servem às finalidades evocadas?
4. Os motivos invocados •
Justificativas que fundamentem e dê legitimidade aos projetos.
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Se propõe a verificar a evolução dos motivos no projeto em curso .
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As justificativas elucidadas se reportam a: -
Fins e metas vinculados à situação analisada
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História pessoal e organizacional
5. Estratégias e meios utilizados •
Analisar o inventário das estratégias definidas.
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Analisar os meios (metodologias e técnicas) utilizadas.
6. Resultados projetados, resultados obtidos •
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Apreciação dos resultados que foram gerados Verificação ao longo (inventariar mudanças e seus reflexos) e ao fim do processo (eficiência, eficácia, coerência e pertinência) Ir além da ordem da meta: indicadores comportamentais, sociais, culturais, econômicos, etc.
7. Os efeitos não-desejados do projeto •
Maus efeitos: que se opõe ao que o projeto pretendia;
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Efeitos positivos: vantagens não previstas no início.
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Seja por utilização individual ou coletiva, o projeto se tornou uma ferramenta destinada a introduzir uma mudança, ou analisar mudanças anteriores, seu modo de implantação e os efeitos que elas geraram. Papel de Consultor, Executor e Avaliador/Analista de Projetos.
Níveis de apreensão do projeto
Tipos O projeto ligado às épocas da vida O projeto de atividade
Empírico
O projeto de objetos O projeto das organizações O projeto de sociedade O projeto como necessidade vital
Teórico
O projeto como oportunidade cultural O projeto como desafio existencial O projeto como perspectiva pragmática O projeto arquitetural
Operatório
O projeto pedagógico O projeto tecnológico
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Teoria e prática
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Lógicas individuais e lógica coletiva
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Tempo e espaço
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Êxito e fracasso
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Compreender como funciona o projeto em diferentes conjuntos culturais Compreender de que modernidade esse projeto é portador, permitindo avançar um pouco mais na elucidação da condição humana quando esta se preocupa com o “fazer advir”. Razões que levam à utilização atual do projeto: -
Projeto como necessidade vital
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Projeto como oportunidade cultural
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Projeto como desafio existencial
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Projeto como perspectiva pragmática
Projeto como necessidade vital •
A evolução dos organismos vivos orienta-os para a polarização
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As aprendizagens estruturam comportamentos
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Nesse sentido, todo projeto é vital, e conduz a conservação e a expansão.
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O projeto é uma antecipação do ser vivo que procura uma justificativa na experiência já constituída.
Projeto como oportunidade cultural •
As sociedades tradicionais evitariam o projeto, pelo seu caráter de expansão e transformação.
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Por ser coextensivo à existência, o projeto achava-se por si vivido sem ser explicitado.
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Cultura tecnológica: oscila entre o conotação otimista (progresso) e uma conotação crítica (o que ameaça o progresso).
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Projeto como instrumento de condução do desenvolvimento tecnológico (otimista).
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Projeto como instrumento de análise do desenvolvimento tecnológico (crítica).
Projeto como desafio existencial •
Projeto como operação sobre a existência e ambiente de vida do indivíduo.
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O sujeito estabelece uma relação preferencial com certos objetos , rejeitando outros.
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Não há trajeto sem projeto. E o trajeto, por sua vez, nunca é um empreendimento solitário: é sustentado pela tentativa de criar laços e rupturas. Motivos que dão sentido aos projetos: -
A história pessoal do ator
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A psicologia momentânea do ator
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Fatores ambientais
Projeto como perspectiva pragmática •
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Em nome da eficácia, o projeto abre para uma ação, que futuramente balançará a coerência inicial e levará o ator para algo que não foi previsto. O projeto é utilizado como conceito operatório que orienta um procedimento modalizado em diferentes etapas Assim, torna-se um guia operatório, que identifica potencialidades, posiciona atores, percebe obstáculos, define meios para ação... Precariedade do projeto: -
ausência de um objeto e futuro palpável
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Fragilidade pela busca de um inexistente desejado
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Figura com contornos mal definidos e contrastados