A CASA DE IFÁ Ifá é um sistema de adivinhação sagrada originário da cultura africana Iorubá. Este sistema de adivinhação sagrada é parte integrante da religião naturalista que nos foi legada pelos descendentes dos iorubás escravizados no Brasil e que, com o passar de mais de um século, miscigenou-se com anteriores conhecimentos espirituais Bantos e Angolenses, vindo a constituir-se em um dos Três Pilares Místicos sobre os quais ergueu-se a Umbanda do Brasil, à ela legando, dentre outros, dois elementos principais: o conceito dos Orixás e o Jogo dos Búzios, Merindilogun. Mais tardiamente, quando passadas as fases da escravização e colonização, os estudiosos do esoterismo das religiões africanas reformuladas no Brasil deram-se conta de que, subjacente às graciosas e/ou confusas lendas dos escravos africanos, existiam uma Teogonia, uma Mística e um a Liturgia de grande alcance espiritual, cultural e social que haviam sustentado a fé dos descendentes daqueles povos, mesmo na tragédia da escravidão. Consciente desta verdade, Léo Frobenius (1913), erudito eru dito pesquisador e etnógrafo ocidental, estudando a religião dos Iorubás, principalmente à época em que a mesma ainda não n ão havia assimilado conceitos religiosos alienígenas de origens islâmicas e cristãs, disse com propriedade: "A religião dos Iorubás encontrava-se num estágio requintado de evolução, podendo medir-se pela religião grega, quer pelo número de episódios, quer pela riqueza de personagens, quer pela profundidade das instituições”. Nesse Sistema Religioso, a autoridade máxima e central pertencia aos Bàbàláwó, denominação derivada de baba (pai) + li (tem) + awo (segredo), ou seja, o pai que tem o segredo e que, no Brasil, ficaram conhecidos por Bàbàláwó e, por vezes, simplesmente por Pai ou, ainda, Pai-de-Santo. E qual era o "segredo" desses "Pais", ou melhor, com que conhecimentos místicos estavam investidos? William Bascon (1969), etnólogo e sociólogo norte-americano, afirma que eles eram: "A autoridade religiosa que deve ter conhecimento acerca de todas as Divindades Iorubás e não meramente daquela que ele pessoalmente reverencia, funcionando para a massa de fiéis e também para os outros sacerdotes de divindades diferentes. Ele ajuda os fiéis a tratar com o amplo espectro de forças personificadas ou impessoais em que os Iorubás acreditam e a consumar, através da Divinação Ifá, os destinos individuais que lhes forem consignados por escolha própria desde o nascimento”.
Entende-se assim a importância que a Adivinhação Sagrada de Ifá teve para os descendentes de africanos escravizados, a qual foi repassada r epassada para todas as religiões que aceitaram o conceito das múltiplas Entidades Sobrenaturais de Origem Divina que, no Brasil, são conhecidas pelo título genérico de "Orixá”: ela foi a Guardiã de suas verdadeiras origens espirituais, culturais e sociais. E é por causa de seus conhecimentos globais sobre os Orixás que os Bàbálawos sempre tiveram e ainda têm uma bela, firme e complexa visão própria da Existência, na qual o Mundo Sobrenatural está em estreita relação com o Mundo Natural, considerados complementares entre si e que se fundem completa, harmônica e belamente na Casa de Ifá, ou seja, a própria Natureza. Assim, a Religião dos Orixás, além de viva e atuante, é também fruto da convivência mais que milenar milenar de nossos Ancestrais Africanos com a Natureza ou, melhor melhor dizendo, talvez que o seu modo ver a Natureza Natureza fosse fruto de sua atávica convivência com as suas Entidades Sobrenaturais. Então, como também deposito minha fé nos Orixás e tendo recebido em minha Iniciação o título de Ifákemi/Ifá cuida de mim, recebendo o Cargo de Omo Ifá/filho de Ifá, e posteriormente, Awofá/sacerdote de Ifá, espelhando-me nos conhecimentos ensinados nos Ese Itan Ifá/Versos dos Contos de Ifá, os quais se constituem na Tradição Oral Ancestral dos Babalaôs e fazem parte de sua memória atávica por mais de 8.000 (sete mil anos), vou discorrer aqui sobre alguns conhecimentos da Casa de Ifá, isto é, com toda fé e no tempo presente, mas com necessária e proverbial prudência que sempre foram apanágio dos "Pais". Assim sendo, os nossos Odu/Fundamentos da Tradição, afirmam que a Existência transcorre em dois grandes planos: 1 - Aiyé / Mundo Natural ou Terra-da-Vida; 2 - Orun / Mundo Sobrenatural ou Além. Mas esses dois grandes planos de Existência não são assim tão distintos, pois os Versos dos Contos de Ifá contam que as Entidades Sobrenaturais já "viveram" sobre a Terra no Ode Aiye/Local Terreno das Divindades, quando elas aqui vieram reger a Criação do Mundo Natural. Além disso, esta tradição religiosa afirma que tudo o que existiu, existe ou existirá no Mundo Natural foi plasmado no Mundo Sobrenatural e lá tem o seu exato Duplo. Desta sorte, todos os Seres existentes são denominados por um só termo: 3 - Ara/Corpo ou Ser. Estes Seres podem ser, conforme as suas qualidades: 3.1 - Ara Orun ou Seres do Além: 3.2 - Ara Aiyé ou Seres da Terra.
Os Seres do Além dividem-se em duas categorias principais: 3.1.1 - Os Imole/Seres Sobrenaturais Divinos, em suas diversas qualificações, os quais estão associados à estrutura do Cosmo e da Natureza Terrestre; 3.1.2 - Os Onile/Senhores da Terra ou, ainda melhor, os Ancestrais, aqueles entes falecidos que por suas ações passadas foram semidivinizados por seus descendentes, sendo que, embora estejam no Além não são Divindades e estão ligados à estrutura da Sociedade. Os Versos dos Contos de Ifá falam com freqüência em 600 (seiscentos) EvaniltoImolê Onawalê, Onawalê , classificando-os em 400 (quatrocentos) Irun Imole ou Irunmole e em 200 (duzentas) Igba Imole ou Igbamole: "AWON IRINWO IRUNMOLE OJU KOTUN, ATI AWON IGBAMOLE OJU KOSI”. "Muitos Irinwo Irunmole do Lado Direito e muitas Igbamole do Lado Esquerdo”.
Mas, isto significa muito mais que os Imole podem ser e são considerados como divididos em Divindades Geradores (Irinwo) e Divindades Gestantes (Igba) e todos os pesquisadores eruditos e os religiosos africanos também estão de acordo em considerar lógica a tradição de que estes 600 Imole são um núm ero místico com a função de emprestar grandeza ao conceito de Divindade, o que importa em dizer-se que eles, os Imole, são uma grande quantidade desconhecida. No que todos também concordam é que existem graduações de ordem, or dem, digamos, funcional, nesse grandioso conceito de Divindade, as quais se situam nos Meseesan Orun/Nove Além, ou, melhor dizendo, os Nove Planos de Existência desta Tradição. Todos estes Planos de Existência no Além, os quais seria fastidioso tentar aqui definir, tem a Ile/Terra, como eixo central e comum de suas esferas de ação e, portanto, como ponto de passagem e de retorno para que todos os Seres por ela, a Terra, intercambiem os seus planos de existências diferenciadas. Para isso, necessitam de um meio, quer ele seja os seus sacerdotes ou os seus Filhos-de-Santo ou, preferencialmente, seus lugares sagrados e devocionais, tal como era o caso dos Origi/Montículo Sagrado do Orisá Orunmila na Cidade Santa de Ilê Ifé na África ou como é o caso atual dos "Assentamentos" e "Congás" dos Umbandistas. Daí a Terra ser invocada e chamada a testemunhar em todos os tipos de pactos, particularmente em relação à guarda de segredos. Ki Ile Jeeri/que a Terra testemunhe, é a mais ritual das fórmulas empregadas em juramentos solenes e daí que todo o Assentamento de um Orixá deva ser baseado na Ota/Pedra que lhe seja própria, "assentada", consagrada e "alimentada" por seus fiéis e estes dizerem: - "A força dos Orixás está na pedra” - O que equivale a dizer-se: na Terra! Portanto, como disse anteriormente, Terra e Além estão indissoluvelmente interligados em minha mente e daí também saber que todos os Além podem se intercambiar nesta Terra-da-Vida e que todos os seres que nela existem, mesmo os inanimados, possuem uma centelha (àse) da Vontade Divina (aba) que os criou e os faz existir (iwa). Daí muitos desavisados tratarem os fiéis aos Orixás por "animistas", misturando o conceito de "centelha divina" com o conceito de "alma" de suas próprias filosofias f ilosofias religiosas. Assim sendo, no mais alto dos Nove Além, denominado Ajal'orun/Teto do Além, portanto, portanto, no ápice do poder espiritual, está OLORUN/DEUS, justamente, Aquele Aquele (O) + que tem (LI) + o Além (ORUN). Ele é o ALA IWA ABA L'ASE/Supremo Criador dos Princípios e Poderes que tornam possíveis e regulam toda a Existência em todos os seus Nove Planos: - O Iwa ou Poder da Existência; - O Ase ou Poder da Realização que dinamiza a Existência; - O Aba ou Poder da Essência que dá propósito ao Poder de Realização. Daí o distanciamento que todos os outros Seres têm que Dele manter, pois nada na Criação é capaz de suportarlhe o magnífico esplendor! Daí, também, que nenhuma Oferenda Lhe pode ser entregue diretamente e Ele somente a receberá através de Seu Mensageiro Divino: o IMOLE ESU OJISE. Consoante este conceito universal de Deus, Incriado e Criador, OLORUN não têm cultos específicos e nem sacerdócio particularizado. Mas, apesar disso, Ele não é tão remoto ou indiferente aos assuntos humanos. Pelo contrário, Ele está sempre muito próximo de nós: as preces e os apelos sinceros do coração humano O alcançam e Ele os responde através do Orixá Orunmilá e sua Divinação Sagrada de Ifá. A seguir, no segundo lugar na Hierarquia Hierarquia da Tradição, criado por OLORUN com seu próprio Hálito Hálito Divino, vem Imole Orisanlá, de Orisá (Orixá) + Nla (Grande), o Grande Orixá. Ao mesmo tempo, OLORUN criou Igbamole Iyangba, de Iya (Mãe) + Ni Gba (que recebe), aos quais delegou os poderes para a geração e gestação de todas as condições para que os Seres existissem no Além e na Terra. Em terceiro lugar, também foi criado diretamente por OLORUN, com a Eerupe/Lama, mistura de Água e Terra, mas também vivificada por Seu Hálito Divino, o IMOLE ESU AGBA, o Terceira Cabaça, ou ainda, o Esu Ancestral, o Imole da Dinamização, da Transformação e da Restituição, quer no Além ou quer na Terra-da-Vida. Por isso, ele é importantíssimo em todos os Credos que se sintetizaram à partir da religião dos Orisa/Orixás e embora não possa ser citado corretamente como um deles, os quais são exclusivamente os Seres Sobrenaturais da Brancura, sua qualidade de Terceiro Criado diretamente por OLORUN o torna seguramente em um Imole/Ser Sobrenatural de Origem Divina, altamente especial e único por ser o primeiro Ara Orun/Corpo do Além, ou seja, a Primeira Individualidade Espiritual a ser criada cr iada diretamente da Matéria Combinada : Fogo (espírito), Ar (hálito divino), Água e Terra (lama).
Em seguida, houve a Criação de todos os Awon Imole, os muitos Seres Sobrenaturais Divinos, porque ainda criados diretamente por OLORUN, ou seja, os Muitos Irunmole (Orixás) da qualidade do Branco (funfun) e as muitas Igbamole (Iyamí) da qualidade do Preto (Dudu), as quais viriam gerar muitos outros Imole considerados como Omode Okunrin/Descendente Masculino e Omode Obirin/Descendente Feminino desses relacionamentos, todos estes últimos relacionados com a qualidade do Vermelho (pupo), e, ainda, com as composições do Vermelho, Branco e Preto. Assim, os Seres Sobrenaturais de Origem Origem Divina, correlacionam-se em: - Orisá/Orixás pertencem ao Lado Direito, ao Poder Gerador Masculino, à Primeira Classe de Poder (o Poder da Existência), expressado materialmente pela cor Funfun/Branca. Conheceram-se 50 (cinqüenta) deles que são considerados não gerados, mas geradores, sendo que estes são os que realmente merecem o nominativo de Orixá/Divindade da Brancura. Entre eles podemos citar: Orinsala e Orunmila-Ifá. - Iyamí (Minha Mãe) pertencem ao Lado Esquerdo, ao Poder Gestante Feminino, à Terceira Classe de Poder (o Poder da Essência), expressado materialmente pela cor Dudu/Preta. Conheceram-se muitas delas que são consideradas não geradas, mas gestantes, sendo conhecidas também pelo nominativo Ebora. Entre ela podemos citar: Oduduwa e Yemideregbe (Aquela que vem da Lagoa; no Brasil, Iemanjá = A Mãe dos Filhos-Peixes) - Omode Okurin e Obirin, "Filhos" e "Filhas" gerados pelos Orisá e Iyamí pertencem à Segunda Classe de Poder (o Poder da Realização) expressado materialmente pela cor Pupo/Vermelha, ou então, por múltiplas combinações das três cores-símbolos: Branco, Preto e Vermelho. Classificam-se à Direita ou à Esquerda, conforme os seus designativos: *Os "Filhos", classificam-se à Direita, e, apesar de não pertencerem exclusivamente ao Funfun/Brancura, são também denominados por Orisá Omode Okunrin/Orixá Descendente Masculino; * As "Filhas", classificam-se à Esquerda, e, apesar de não pertencerem exclusivamente ao Dudu/Preto, são tratadas por Iyamí, porque este termo também pode traduzir-se por Senhora (iya) Minha (mi), o que gerou muitas m uitas confusões posteriores entre Mães Gestantes e Filhas Geradas, quando da transposição, durante o cativeiro no Brasil, da Teologia em língua Iorubá para as Lendas contadas em língua portuguesa estropiada. - Imole Esu, que pertence à uma categoria única e exclusiva, nem gerado e nem gerante, na sua posição de Terceiro Criado por OLORUN e pertence à Direita e à Esquerda, pois como Mensageiro Divino anda por todos os Nove Além, e, por ser o Grande Dispensador do Axé das três Classes de Poder (Iwa, Aba e Ase) carr ega em seu Ado Iran/Cabaça Mágica as múltiplas múltiplas combinações das três cores-símbolos, por por delegação unânime de todos os Orisá, as Iyamí e os Omode Okunrin e as Omode Obirin. Toda essa classificação (hoje conhecida como parte do ORUNKÓ dos Orixás) é muito importante quando dos rituais de "feitura" dos fiéis e/ou do "Assentamento" de um Imole num lugar devocional, mas, no Brasil, após a perda de valores iniciatórios causados pela escravidão e a catequese forçada, mais a conseqüente reunião de todos os Seres Sobrenaturais em um só espaço físico - inicialmente o do Candomblé de Nação - o apelativo de "Orixá" firmou-se para designar a todos os Seres Sobrenaturais indiscriminadamente, quer fossem da Direita ou da Esquerda, ou, quer fossem "Pais", "Mães" ou "Filhos", quer, ainda, fossem da qualidade do Preto ou do Vermelho. Alguns, até chamam Esu por "Orixá" porque pressentem sua importância, mas desconhecem sua verdadeira essência! O principal Imole Orisá Funfun é a Grande Divindade da Brancura, o Orisá Nla/Grande Orixá, também conhecido por outro de seus títulos: Obàtàlá - de Oba (Senhor) + Ti (Tem) + Ala (Veste Branca), o Senhor que tem a Veste Branca e que é o Parceiro Gerador do Casal Divino que, por beneplácito e ordem de OLORUN, OLORUN, gerou e regeu toda a Criação. No Brasil, este Orixá ficou mais conhecido pela contração do termo Orisá Nla em Ôrixânlá, depois em Ôrixalá e posteriormente criando-se a nova fonética "Oxalá", sob a qual é muitas vezes confundido com OLORUN e, outras vezes, sincretizado com as características esotéricas do Senhor Jesus, o Cristo. A principal Igbamole Ebora Ebor a Dudu é a grande Divindade do Preto, a Igbamole Iyangba Oduduwa que é a Parceira Gestante do Casal Divino, mas que está praticamente esquecida no Brasil. Como esquecidos estão Oranfe, Agbona, Erikiran, Erinle, Oluwa, Oke, Agbala, Ikiré, Hoho, Ija, Olufon, Eteko, Oluorogbo, Oluwonfin, Osaogiyan Osaogiyan e, assim, mais tardiamente, a própria a Umbanda Esotérica fixou seus parâmetros sobre as características esotéricas de apenas seis Irunmole e uma Iyamí, mas também chamando a todos por Orixá: Oxalá, Ogum, Oxosse, Xangô, Yemanjá, Yori (Ibeje), Yorimá (Obaluaiye). E na Criação, como conseqüência da existência de vida na Terra, apareceu a outra classe de criaturas Ara Orun da Religião dos Orixás: os Onile, de Oni (Senhor) + Ile (Terra), ou seja, os Senhores da Terra. Estes Seres do Além que tiveram as suas Ori Orun/Cabeça-no-Além também criadas por OLORUN puderam tornar-se Seres da Vida e sobre a Terra-da-Vida existir para consumar o seu Iwa/Destino com a própria Ori Inu/Cabeça-Interna ou Individualidade Terrestre, para no seu Olóojó/Dia Marcado retornar ao Além para acrescentar a seu Duplo no Além ou "matriz espiritual primordial", todos os méritos ou deméritos de suas ações praticadas na Terra-da-Vida, adquirindo, após a primeira desencarnação, a qualidade de Onile/Ancestral. Não nos estenderemos aqui muito mais sobre os Onile/Senhores da Terra ou, também, Ancestrais. Tal assunto m erecerá conversa à parte. Apenas citaremos que
esta foi a parte da Teologia Iorubá mais absorvida pela Umbanda do Brasil e apenas citaremos qual o relacionamento dos Onile para com Orixás e Eboras. Assim sendo, ainda que seja perante OLORUN que cada Ara Orun e/ou Onile deva "ajoelhar-se" para pedir o seu novo Destino antes de encarnar-se, sendo Ele o seu verdadeiro Eledá/Criador, ao renascer na Terra-da-Vida para cumprir esse destino adrede solicitado, o novo Ser Vivente está ligado a algum Irunmole ou Igbamole, que lhe "emprestará" algumas qualidades qualidades de sua matéria primordial (Axé do Branco, do Preto ou do Vermelho). Desta forma, na Terra-da-Vida, este novo Ser Vivente deve devotar-se a algum Orixá e/ou Ebora ou por ele/ela ser "possuído" no transe mediúnico. Este Orixá ou Ebora, depois de detectado e confirmada a sua influência sobre o novo Ser Vivente pelos processos da Divinação Sagrada de Ifá, é considerado como o "possuidor" da Ori Inu/Cabeça Interna, ou seja, da nova Personalidade Individual Terrestre daquele Ser e/ou Ancestral novamente encarnado, ou seja, o seu Oluware, portanto, e no máximo, o seu Oba Mi/Meu Senhor ou Iya Mi/Minha Senhora, pois que o seu verdadeiro Criador s empre foi, é e será Deus. Compreendido tudo isso, podemos agora identificar quem é o Senhor da Casa da Vida: o Orixá Orunmilá-lfá. Ara Orun/Ser Sobrenatural; Imole/Ser So brenatural de Origem Divina; Irunmole Oju Kotun/Ser Sobrenatural Divino Masculino do Lado Direito; Orisá Funfun/Orixá Não Gerado, mas Gerador do Poder da Brancura. Sua qualificação completa seria, pois: ARA ORUN IMOLE IRUNMOLE OJU KOTUN ORISA FUNFUN ORUNMILA IFA IFA - Ele é o Arauto dos Desígnios Absolutos de Deus sobre o Destino de todos os Seres Terrestres, destino este que pode ser confirmado ou corrigido pela Divinação Sagrada de Ifá, para que cada Ser aqui nascido procure cumprir muito bem aquilo que ele próprio solicitou a OLORUN antes de encarnar-se.
PORQUE CRER EM IFÁ E EM ESU ??? O QUE É TER FÉ ???!!! Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia) é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão. A fé acompanha absoluta absoluta abstinência à dúvida dúvida pelo antagonismo inerente à natureza destes fenômenos psicológicos e lógica conceitual. Ou seja, é impossível duvidar e ter fé ao mesmo tempo. A expressão se relaciona semanticamente com os verbos crer, acreditar, confiar e apostar, embora estes três últimos não necessariamente exprimam o sentimento de fé, posto que podem embutir dúvida parcial como reconhecimento de um possível engano. A relação da fé com os outros verbos, consiste em nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, por p or uma hipótese a qual se acredita, ou confia, ou aposta ser verdade. Portanto se uma pessoa acredita, confia ou aposta em algo, não significa necessariamente que ela tenha fé.
Diante dessas considerações, embora não se observe oposição entre crença e racionalidade, como muitos parecem pensar, deve-se atentar para o fato de que tal oposição é real no caso da fé, principalmente no que diz respeito às suas implicações no processo de aquisição de conhecimento, que pode ser resumidas à oposição direta à dúvida e ao importante papel que essa última desempenha na aprendizagem. É possível nutrir um sentimento de fé em relação a um pessoa, um objeto inanimado, uma ideologia, um pensamento filosófico, um sistema qualquer, um conjunto c onjunto de regras, um paradigma popular social e historicamente instituído, uma base de propostas ou dogmas de uma determinada religião. Tal sentimento não se sustenta em evidências, provas ou entendimento racional (ainda que este último critério seja amplamente discutido dentro da epistemologia e possa se refletir em sofismos ou falácias que o justifiquem de modo ilusório) e, portanto, alegações baseadas em fé não são reconhecidas pela comunidade científica como parâmetro legítimo de reconhecimento ou avaliação da verdade de um postulado. É geralmente associada a experiências pessoais e herança cultural podendo ser compartilhada com outros através de relatos, principalmente (mas não exclusivamente) no contexto religioso, e usada frequentemente como justificativa para a própria crença em que se tem fé, o que caracteriza raciocínio circular. A fé se manifesta de várias várias maneiras e pode estar estar vinculada a questões emocionais (tais como reconforto em momentos de aflição desprovidos de sinais de futura melhora, relacionando-se com esperança) e a motivos considerados
moralmente nobres ou estritamente pessoais e egoístas. Pode estar direcionada a alguma razão específica (que a justifique) ou mesmo existir sem razão definida. definida. E, como mencionado anteriormente, também não carece absolutamente de qualquer tipo de argumento racional. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. COMPREENDENDO AS DETERMINAÇÕES ORACULARES Existe uma distância enorme que separa a postura do homem religioso da postura do homem racional. O religioso é aquele que busca a compreensão de tudo o que diz respeito aos dogmas, procedimentos ritualísticos, liturgias e filosofia de sua religião, o que o diferencia também do fanático, que aceita qualquer coisa sem compreender e sem contestar. O homem racional não busca a compreensão e sim o resultado. Para ele a religião, seja qual for, é uma butique de milagres onde os resultados pretendidos devem ser obtidos e, invariavelmente, em curto prazo. O que não pode ser provado em laboratório, o que não lhe trouxer um resultado prático e positivo é, para o racional, considerado obsoleto e, como tal, jogado na cestinha das bobagens sem utilidade. O homem racional é, em essência, um cético e ateu, por conta de nunca haver-se provado a existência de Deus “in vitro”.
Creio que esta introdução pode servir para responder, em parte, aos diversos questionamentos da maioria das pessoas, e, claro, a alguns de nossos amigos que a este lêem.
De forma mais objetiva, já que tratamos com pessoas confessadamente pragmáticas, ou seja, que considera o valor prático como critério da verdade, eu diria que quando se tira um Odu regente, o que q ue se pretende na verdade é buscar, em Orunmilá, os aconselhamentos e orientações para que se possa proceder p roceder de forma a assegurar que tudo transcorra bem a partir da execução de determinados procedimentos, sejam eles religiosos ou posturais. Somente as pessoas crentes no poder de Orunmilá podem aceitar as orientações daí decorrentes e, segundo as mesmas, participar dos ritos, observar as interdições, seguir os aconselhamentos e oferecer os sacrifícios propiciatórios e defensivos determinados. Não sendo assim, de nada adianta “sacar -se” um Odu para
saber dessas orientações, e não segui-las, ou obedecê-las, obed ecê-las, e assim NÃO se beneficiar b eneficiar das orientações por ele trazidas. Temos o grave defeito (humano, congênito, cultural e Geográfico), de culparmos aos Orisá, pela não realização de nossos anseios. Costumo dizer que Orisá lê a mente e o coração de todos nós, e o que a boca fala, às vezes, não é o que o coração e a mente executam. E daí provém a não execução de alguns desejos nossos. Ou a demora da realização dos mesmos. Ou o atendimento, mas não da forma que desejaríamos. Devemos ter a consciência de que estamos aqui na Terra para aprender, para evoluir, para recebermos as benesses de Orisá, mas não de graça. Temos um dever, mas sempre queremos apenas os direitos. E quase sempre relutamos em executar os deveres
conforme as determinações de Orunmilá. Temos a pretensão de achar que sabemos mais que Orunmilá, que Orisá, e constantem c onstantemente “BOTAMOS QUEDA DE BRAÇO” com Eles.
Ledo engano... Na grande maioria das vezes fazemos o que q ue queremos e também constantemente contra as determinações do Oráculo. Achamos que os sacerdotes, por serem humanos como nós, nada sabem. Achamos que as impressões, por ele apresentadas, são de sua autoria. O que normalmente não é. E aí...pagamos caro...e normalmente com dor, pela nossa descrença. E mesmo assim, relutamos em crer em nosso sacerdote, em suas determinações fornecidas por Esú. E culpamos aos Orisá, por tantas coisas, que chega a ser ridículo as colocações. Mas tudo devido a nossa incompetência, a nossa negligência, a nossa falta de confiança e na falta de FÉ. Mas, como homem estudioso de minha Religião, um Sacerdote que busca constantemente uma melhor evolução religiosa, cultural e litúrgica, crente na sabedoria de Orunmilá, creio que as orientações que Ele me fornece para minha proteção e das pessoas pertencentes ao meu Egbe, através do Odu, funcionam, como tem funcionado até hoje de forma muitíssimo satisfatória, para aqueles que seguem essas determinações, e que têm em Orunmilá, e em e m Esu, como seus orientadores e mentores espirituais.
E reafirmo aos que lêm a este, que busquem dentro de si mesmos as respostas, baseadas nos ensinamentos de Ifá. Busquem aprimorar-se como seres humanos, como pessoas que estão em busca não só de bem estar material, mas sim na busca de IWÁ (caráter). Que assumam seus compromissos assumidos diante de Ifá, e de Esu, e cumpram-nos, para obterem assim as tão desejadas benesses materiais. NÃO ADIANTA QUERER, E NÃO FAZER. NÃO ADIANTA FALAR PARA O MUNDO, E NÃO SENTIR DENTRO DE SI MESMO. NÃO ADIANTA TEIMAR, E NÃO SEGUIR AS DETERMINAÇÕES. NÃO ADIANTA RECEBER, E DEPOIS DESCUMPRIR O ASSUMIDO. ASE, ASE O, ASE FUN O ASE ESU LAROYE YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OGUN ALAKAIYE YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OSOOSI YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OSONIYN A YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OLOOGUNEDE YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OBALUWAYE YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OMOLU YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OSUMARE YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE SONGO YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OYA YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OBA YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE YEWA YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OSUN YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE YEMOJA YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OLOKUN YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE NANÁ YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OBATALA OBATARISA YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE IFÁ YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE ORÍ YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O ASE OKANLENIGBA IMALE YOO BA O GBE LAYE ASE, ASE O, ASE FUN O TRADUÇÃO Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Exú vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Ogum vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Osoosi vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Ossanhe vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Logun-edé vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra você. O axé de Obaluae vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Omolú vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Oxumaré vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Xangô vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Oiá vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra você. O axé de Obá vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Ewá vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Oxum vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra você. você. O axé de Iemanja vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Olokun vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Nanã vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Oxalá vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé de Ifá vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra você. O axé de Orí vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra pra você. O axé das duzentas e uma divindades vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra você.
BANHO DE ERVAS Banho para homem portador de vícios como álcool, jogo – Alho macho; Um pedaço de fumo em rama; Salsão (aipo); Arruda macho; Espada de São Jorge; Hortelã. Se for mulher portadora dos mesmos vícios – Arruda fêmea; Espada de Santa Bárbara; Bár bara; Hortelã; Guiné; Pétalas de rosas brancas ou vermelhas; Manjericão; Salsa de horta. Passados três dias depois deste banho, aplica-se um banho de proteção com a finalidade de aproximar para perto do filho o seu Orixá ou Anjo da Guarda – Arruda (macho ou fêmea); Quebra tudo; Espada de São Jorge; Alevante; Guiné; Comigo ninguém pode (neste banho você pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho para crianças agitadas – Arruda macho e fêmea (pouco), Folhas de laranjeira; Hortelã (neste banho você pode acrescentar mel e perfume à gosto). Banho para crianças nervosas – Arruda macho e fêmea (pouco); Manjericão; Guiné; Alecrim; Pétalas de rosa branca; Mel (poderá acrescentar mel e perfume a gosto). Banho para aproximar anjo da guarda – Folha de laranjeira; Folha de lima; Mel; Perfume de alfazema. Banho para abrir os caminhos – Louro; Cedro; Sândalo; Sálvia em pó; Cominho em pó; Aroeira; Folha de batata inglesa. Banho para dinheiro – Essência de cravo; Essência de canela; Açúcar mascavo; Folha de cedro; Folha de salsinha; Folha de louro; Folha de limão galego; Folha de pitangueira (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho contra magia maléfica – Manjericão; Guiné; Aroeira; Alecrim; Funcho; Malva cheirosa (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho para o amor – Casca de maçã; Casca de bergamota seca e ralada; Pétalas de rosas; Perfume de alfazema (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho de descarrego – Espada de São Jorge; Espada de Santa Bárbara; Lança de Ogum; Arruda macho e fêmea. Banho de limpeza – Guiné; Alecrim; Sal grosso. Banho calmante – Folha de melissa; Erva doce; Camomila; Erva cidreira (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho para fortalecimento do espírito – Folha de comigo ninguém pode; Hortelã; Pitangueira; Eucalipto (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho de descarrego para crianças de 14 anos (usado também como calmante) – Sete balas de mel; Pétalas de rosas brancas; Folha de tapete de Oxalá; Alevante; Melissa. Banho contra inveja – Arruda macho e fêmea; Alecrim; Alevante; Comigo ninguém pode. Banho com essência de Alfazema – Esse banho tem suas características muito especiais, pois sabe-se do seu efeito para melhorar o astral, o mental e o espiritual das pessoas. Para o sexo masculino a alfazema é bastante indicada para melhorar os relacionamentos afetivos. Para o sexo feminino ainda é melhor porque atrai as pessoas do sexo masculino, criando entre ambas grande afeição. A alfazema também é recomendado para crianças menores de 7 anos. Banho de Preto Velho contra olho gordo - Arruda macho e fêmea; Guiné; Alecrim; Uma pitada de sal grosso. Banho para problemas de embriaguez – Alho macho; Salsão; Arruda; Guiné; Espada de São Jorge; Fumo em rolo desfiado; Quebra tudo.
Banho contra feitiço – Espada de São Jorge; Comigo ninguém pode; Quebra tudo; Alevante; Guiné; Arruda; Cambuí. Banho para vencer casos na justiça – Folha de bananeira; Quebra tudo; Folha de coqueiro; Alecrim (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho para tirar fluidos negativos – Guiné caboclo; pipi e de guampa; Arruda macho e fêmea; Alevante; Pitangueira. Banho para atrair coisas boas – Pétalas de rosas brancas; Jasmim; Erva cidreira; Cidró; Manjericão; Malva cheirosa; Aniz; Alevante (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho de misericórdia – Oito flores copo de leite; oito folhas de tapete de Oxalá (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho de proteção – Espada de São Jorge; Espada de Santa Bárbara; Folha de laranjeira; Folha de limoeiro; Folha ou casca de limão galego; Folha de cidreira; Folha de cidró; Rosas brancas (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho de descarga – Quebra tudo; Quebra pedra; Quebra inveja; Arruda; Ar ruda; Guiné; Alevante; Comigo ninguém pode. Banho para fortificar o espírito – Folha de eucalipto do mato; Folha de eucalipto cidró do mato; Folha de erva cidreira; Folha de cidró (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho para resgatar a energia vital – Folha de cacau; Folha de fumo; Alevante; Cominho em pó; Manjerona; Manjericão. Banho de Oro – Esta erva por ser considerado pelos antigos conter o poder de sete ervas, poderá ser usada sozinha como banho de descarrego. Banho para obter boa sorte – Cambuí; Arruda macho e fêmea; Erva de bicho; Folha da fortuna; Guiné; Alevante; Quebra tudo; Comigo ninguém pode; Funcho (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho para livrar-se de inimigos – Arruda; Guiné; Perfume de alfazema; Açúcar mascavo; Urtiga; Eucalipto do mato; Aipo. Banho para melhorar o clima dentro de casa – Melissa; Folha de laranjeira do céu ou da terra; Malva cheirosa; Manjericão; Funcho; Aniz. Banho de anil – Este banho é considerado pelos antigos como banho de Iemanjá, ou seja, Banho de Mar. Poderá ser feito somente com anil ou se preferir acrescentar mel ou perfume a gosto, é muito eficaz para clarear todo tipo de problema. Anil em pedra: mergulhar o anil até a água ficar azul clara. Anil líquido: pingar anil até a água ficar azul clara. Banho para afastar obsessores – Pitangueira; Folha de marmelo; Carqueja; Cambuí; Comigo ninguém pode. Banho para atrair o anjo de guarda – Folha de laranjeira; Folha de lima; Folha de bergamota; Escadinha do céu (pode acrescentar mel ou perfume a gosto). Banho de Preto Velho para atrair boa sorte – Três rodelas de charuto; Arruda macho ou fêmea; Guiné de guampa; Pétalas de rosas brancas; Trevo; Perfume de alfazema (pode acrescentar mel ou perfume a gosto). Banho para afastar Egun (Espírito sem luz) – Pitangueira; Aroeira; Arruda macho; Folha de marmelo; Folha de figueira. Banho de Exu (abre caminho) – Beladona; Arruda macho; Guiné de guampa; Erva pombinha; Folha de amoreira; Cambuí; Folha de marmelo.
Banho de Pomba-gira (abre caminho) – Guiné de guampa; Arruda fêmea; Cambuí; Aniz; Pétalas de rosas vermelhas; Folhas de aroeira; Alevante. Banho de Exu (limpeza e descarrego) – Arnica; Amendoim (folha); Couve; Carqueja; Folha de batata inglesa. Banho de Exu (contra feitiço) – Espada de São Jorge; Comigo ninguém pode; Arruda macho (se for homem) ou fêmea (se for mulher); Cambuí; Sete rodelas de charuto; Sal grosso. Banho de descarga após visitar a Calunga (cemitério) – Uma pitada de sal grosso; Folha de marmelo; Pitangueira; Aroeira; Cambuí. Banho de Ogum – Pata de vaca; Espada de São Jorge; Lança de São Jorge; Guiné; Folha de for tuna; Cevada virgem; Escadinha do céu (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho de Iansã – Folha de limeira; Guiné caboclo; Alevante; Quebra tudo; Espada de Santa Bárbara; Folha de batata doce (pode acrescentar mel ou perfume a gosto). Banho de Xangô – Quebra pedra; Guiné; Trevo; Agrião; Folha de bananeira; Folha de romã (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho de Cosme e Damião - Folhas de laranjeira; Pétalas de rosas; Cravos; Alecrim; Tapete de Oxalá; Sete balas de mel (pode acrescentar mel e perfume a gosto). Banho de Oxossi – Samambaia; Barba de milho; Folha de butiá; Alecrim do campo; Folha de coqueiro; Folha ou casca de manga; Folha da fortuna (pode acrescentar mel ou perfume a gosto). Banho de Oxum – Jasmim; Lírio do campo ou jardim; Erva cidreira; Salsa da horta; Pétalas de rosas amarelas; Manjericão; Aguapé; Folha da fortuna (pode acrescentar mel ou perfume a gosto). Banho de Iemanjá – Alecrim; Manjericão; Hortênsias; Perfume de alfazema; Jasmim; Folha de laranjeira; Aguapé; Rosas brancas (pode acrescentar acrescentar mel e perfume a gosto). Banho de Oxalá – Flor copo de leite; Girassol; Cravos brancos; Tapete de Oxalá; Folha de trigo; Folha da fortuna; Funcho; Malva cheirosa.