Universidade Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Centro de Ciências Humanas LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Claudia Marcia Almeida de Azeredo Miranda
A importância da afetividade e da família no desenvolvimento da aprendizagem da criança na Educação Infantil
São Francisco de Itabapoana 2010
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Claudia Marcia Almeida de Azeredo Miranda
A importância da afetividade e da família no desenvolvimento da aprendizagem da criança na Educação Infantil
Trab rabalho de Conclusão de Curso apresentado apresentado ao Curso de Licenciatura em Peda Pedaggogi ogia do Cent Centro ro de Ciê Ciência cias Humana Humanass da UNIRIO UNIRIO,, como como requis requisit itoo par paraa obte obtenç nção ão do grau grau de Peda Pedago gogo go,, orientado pelo Prof. Ms. Edno Gonçalves Siqueira.
São Francisco de Itabapoana 2010 Claudia Marcia Almeida de Azeredo Miranda
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A importância da afetividade e da família no desenvolvimento da aprendizagem da criança na Educação Infantil
Avaliado por:
__________________________________ Prof. Ms. Edno Gonçalves Siqueira. Orientador
__________________________________ Segundo(a) leitor(a)
Data da apresentação ___ / ____ / _____
São Francisco de Itabapoana 2010
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Aos meus filhos Heitor e Ítalo, que amo infinitamente e Ao meu grande amor, Everton Miranda, sempre presente nos pequenos detalhes e grandes momentos de minha vida, pelas horas de ausência como um pequeno reconhecimento pelos diversos ônus que lhe foram impostos durante a realização deste curso assim como, deste trabalho.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por ser presença constante em minha vida me dando forças para alcançar o meu objetivo.
Aos meus pais que sempre me apoiaram, estiveram presentes e acreditaram em meu potencial, me incentivando na busca de novas realizações.
À minha sogra Erenice que esteve sempre ao meu lado.
A todos os amigos do curso de Licenciatura que me incentivaram e me deram forças para não desistir.
Ao meu orientador orientador Edno pela sua incansável incansável boa vontade e imensa imensa colaboração colaboração para a realização deste trabalho.
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“Para que a criança se sinta amada incon incondic dicion ional almen mente te,, é necess necessári ário, o, acima de tudo, que seja respeitada. “ Içami Tiba.
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RESUMO
O presente trabalho apresenta um estudo sobre afetividade no processo de ensino e aprendizagem, ressaltando a sua importância para o desenvolvimento desenvolvimento humano. O trabalho defende que afeto e cognição são partes integrantes e inseparáveis em qualquer qualquer ativida atividade, de, sendo, sendo, esses esses sentimen sentimentos, tos, impresci imprescindív ndíveis eis para a relação relação entre entre professor e aluno no decorrer do processo de ensino e aprendizagem. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, subsidiada a partir de teorias de aprendizagem de Piaget, Vygotsky, Wallon, Freire, Godo e Gazzoti, Tiba, Chalita, entre outros. Esta pesquisa tem como objetivo buscar a importância da família e escola para a construção do processo de ensino e aprendizagem da criança. Palavras-chave: Palavras-chave: afetividade, afetividade, família, família, escola, criança, aprendizagem. aprendizagem.
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SUMÁRIO
Introdução ........................................................................... ................................................................................................................. ................................................. ........... 09
Capítulo 1 A importância da Afetividade no desenvolvimento humano 1. A importância da Afetividade................................... Afetividade.......................................................... .......................................... ................... 10 Capítulo 2 2. A afetividade afetividade em sala de aula: A mediação da família e o papel papel do professor professor 15 3. Conclusão ............................................. .................................................................... .............................................. ......................................... .................. 23 4. Referências Bibliográficas ............................................. .................................................................... ..................................... .............. 24
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresenta reflexões sobre a importância da afetividade e da família no desenvolvimento da aprendizagem da criança na Educação Infantil, tendo como objetivo, ressaltar sua importância associada associada ao papel da escola para a construção do processo ensino e de aprendizagem da criança nesta etapa de sua educação escolar. Compreendendo que a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e que é nesta fase que se começa a desenvolver as capacidades física, cognitiva cognitiva e afetiva da criança, sendo direito garantido a toda criança de zero a seis anos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, nossa pesquisa se concentra nos estudos realizados realizados sobre a criança durante tal período. Neste período designado “infância”, os vínculos afetivos são imprescindíveis sendo de extrema relevância para a formação da personalidade e tal afirmação sem maiore maioress consi consider deraçõ ações es parec parecee ser ser compa comparti rtilha lhada da pelo pelo senso senso comum. comum. Parti Partindo ndo do conceito defendido por Capellato, um dos autores investigados: família é um conjunto de pessoas que se unem pelo desejo de estarem juntas, de construírem algo e de se complementarem. É através dessas relações que as pessoas podem se tornar mais humanas, aprendendo a viver o “jogo” da afetividade de maneira mais adequada. Mas para que essa adequação ocorra, é preciso que haja referências positivas, cuidados e responsáveis encarregados de estabelecer os limites necessários ao desenvolvimento de uma personalidade emocionalmente equilibrada, o que também parece ser um ideal amplamente compartilhado pelos profissionais de educação no que tange ao modelo psíquico. Para o desenvolvimento deste trabalho, buscou-se uma revisão bibliográfica atra atravé véss da qual qual fora foram m inve invest stig igad adas as teor teoria iass sobr sobree a afet afetiv ivid idad adee e seu seu pape papell no desenvolvimento da personalidade; trata-se de pesquisadores como o cientista suíço Jean Piaget, o educador e psicólogo russo Lev Vygotsky, o médico francês Henry Wallon entre outros. Buscamos enfocar o que as abordagens nos ensinam sobre a presença do aspecto sócio-afetivo e sua relevância no processo de ensino e, mais precisamente, no processo de aprendizagem infantil escolar.
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Capítulo 1 A importância da Afetividade no desenvolvimento humano
1. A importância da Afetividade Grosso modo, a afetividade é um elemento imprescindível para o processo de desenvolvimento humano e se refere às vivências dos indivíduos e às formas de expressão da subjetividade, desempenhando um papel fundamental na interação social da criança. As crianças precisam ser acolhidas, ouvidas e valorizadas, e isso contribui para sua construção como sujeitos, assim como hoje compreendemos esse conceito ordinariamente. Tal afirmação também seria válida se buscássemos por teorias mais precisas sobre a concepção de sujeito, mesmo aquelas que lhe nega, preferindo falar apenas em subjetividade. subjetividade. Aliás, esse postulado ou tese pode ser encontrado com grande facilidade nos discursos dos indivíduos com os quais convivemos em nosso cotidiano, não importa sua posição na escala social. A afetividade parece começar desde a idade mais tenra, no ambiente familiar, senão no convívio mais básico entre mãe e bebê. Pode-se dizer que identificamos a existência de relações afetivas desde o nascimento. O apego, de acordo Ortiz (2004, p.23): “(...) “(...) é o vinculo vinculo mais importante, importante, na primeira primeira infância e nele podem-se podem-se distinguir três componentes básicos”, quais sejam: (a) condutas de apego: de prox proxim imid idad adee e inte intera raçã çãoo priv privil ileg egia iada dass com com essa essass pess pessoa oas; s; (b) (b) representação mental: as crianças constroem uma idéia de como são os objetos externos ao domínio dito intra-mental, sejam objetos no sentido lato ou pessoas e outros entes. Dentre essas representações, destacamos os aspectos afetivos representados, por exemplo, nas expectativas do que podem esperar delas (comportamentos, sentimentos, emoções, atitudes, e mesmo, representações). (c) sentimentos de bem-estar com sua presença ou ansiedade por sua ausência.
O apego tem uma função adaptativa para o sistema familiar, com o objetivo de favorecer a sobrevivência, mantendo próximos os “cuidadores”. Do ponto de vista subjetivo o apego proporciona a segurança emocional que transmite aceitação proteção e bem-estar. A falta de proteção e amparo causa uma situação de risco, tornando-se uma ameaça para o seu bem-estar.
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Do nasci nascime mento nto e até até aprox aproxim imada adamen mente te o terce terceiro iro mês de vida, vida, a crianç criançaa demonstra claras preferências pelos estímulos sociais: rosto, voz e temperatura humana e suas suas assoc associa iaçõe çõess são são logo logo estab estabel eleci ecidas das.. Do terce terceiro iro ao qui quint ntoo mês, mês, a crian criança ça demonstra preferências pelas pessoas que cuidam dela, que geralmente são os adultos; mas, não rejeita os cuidados dos desconhecidos, não tendo noção do que pode ser perigoso para sua vida. Na segunda metade do primeiro ano de vida, a criança já manifesta sua preferência pelos seus pais. A criança nesta fase, quando se separa dos pais, demonstra reações de protestos e quando há o reencontro, elas se sentem alegres e tranqüilas, como notoriamente vemos. A partir do primeiro ano de vida a criança se sente independente das figuras de apego baseada nas capacidades de locomoção, nas verbais e nas intelectuais. A criança já aceita melhor a separação porque as separações são curtas e há o retorno dos pais. Quando elas se vêem fragilizadas, logo ativam as condutas de apego reagindo da mesma maneira que reagiam nos primeiros anos de vida:
“O conjunto de experiências de apego da primeira infância dá lugar à form formaç ação ão de um mo mode delo lo inte intern rnoo de rala ralaçõ ções es afet afetiv ivas as,, que que é um umaa representação das características da relação estabelecida com as figuras de apego. Trata-se de uma representação de natureza não-consciente que tende a ser muito estável a partir do primeiro ano, embora possa ser afetada e modificada por experiências posteriores. A função desse modelo é serv servir ir de base base para para as rela relaçõ ções es afet afetiv ivas as post poster erio iore res, s, guia guiand ndoo a interpretação das condutas de outros e a forma de organizar a própria conduta com eles.” (ORTIZ, 2004, p.108)
Na teoria teoria de Piaget, Piaget, o desenvol desenvolvime vimento nto int intelec electual tual tem dois componentes componentes:: Cognitivo e Afetivo. No que se refere ao desenvolvimento da afetividade, podemos observar a presença de um elemento relevante que é a motivação ou energização da atividade intelectual. É esse nível mais básico de energia motivadora dos processos intelectuais que Piaget identifica com afetividade. Para uma estrutura de conhecimento funcionar, algo deve acioná-la, originar o esforço a ser desenvolvido a cada momento e desligá-lo. Segundo o autor, esse movente seria a energia que denomina afeto. Outro aspecto ou papel dessa energia em nossos aparelhos psíquicos tem a ver com a seleção: a atividade intelectual é direcionada para objetos ou eventos particulares.
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Apesar de pensarmos que o afeto é diferente da cognição, no funcionamento intelectual, ambos formam um binômio só. Todo o comportamento tem ambos os elementos: o afetivo e o cognitivo. Conforme Piaget: É impossível encontrar um comportamento oriundo apenas da afetividade, sem nenhum elemento cognitivo. É, igualmente, impossível encontrar um comportamento composto só de elementos cognitivos... Embora os fatores afetivos e cognitivos sejam indissociável num dado comportamento, eles parecem ser diferentes quanto à natureza... É óbvio que os fatores afetivos estão envolvidos mesmo nas formas mais abstratas de inteligência. Para um estudante resolver um problema de álgebra ou para um matemático descobrir um teorema, deve haver um interesse intrínseco, um interesse extrínseco ou uma necessidade de partida. Enquanto trabalha, estados de prazer, desapontamento, ansiedade tanto quanto sentimentos de sucesso ou fracasso podem ocorrer: e, finalmente, o estudante pode experimentar sentimentos estéticos fluindo da coerência de sua solução. (PIAGET, 1981b, pp.2-3)
O aspect aspectoo afet afetivo ivo pode pode acele acelerar rar ou retard retardar ar o ritmo ritmo de desen desenvol volvim viment ento, o, determinando sobre que conteúdos a atividade intelectual se concentrará. O aspecto afeti afetivo vo não não pode pode modif modifica icarr as estrut estrutura urass cognit cognitiv ivas, as, mas pode pode influe influenci nciar ar quais quais estruturas modificar. “(...) “(...) Embora Embora a questã questãoo afetiv afetivaa cause cause o compor comportam tament ento, o, embora embora ela acompa acompanhe nhe consta constante ntemen mente te o funcio funcionam nament ento, o, ela, ela, em si mesmo, mesmo, no enta entant nto, o, não não pode pode gera gerarr estr estrut utur uras as de comp compor orta tame ment ntoo e não não pode pode modificar as estruturas em cujo funcionamento ela intervém”. (PIAGET, 1981 b, p.6)
O aspecto afetivo não é mais predeterminado do que a inteligência, inteligência, existindo um paralelo entre os aspectos afetivos e cognitivos, como se observa a seguir: “Primeiro, o afeto se desenvolve no mesmo sentido que a cognição ou inteligência. Quando examinamos o raciocínio das crianças sobre questões morais, um aspecto da vida afetiva, nós percebemos que os conceitos morais das crianças crianças são construídos construídos do mesmo modo como os conceitos conceitos cognit cognitivo ivos. s. A crianç criançaa da pré-es pré-escol colaa ou de nív níveis eis elemen elementar tares es que, que, acidentalmente, sofre uma batida de outra criança, não vê o incidente como um acidente, em grande parte porque ela ainda não construiu o conceito de intencionalidade. À medida que os aspectos cognitivos se desenv desenvolv olvem, em, há um desenv desenvolv olvime imento nto parale paralelo lo da afetivi afetividad dade. e. Os mecanismos de construção são os mesmos. As crianças assimilam as experiências aos esquemas afetivos do mesmo modo que as simulam as experiênci experiências as as estruturas estruturas cognitiva. cognitiva. O resultado resultado é o conhecimen conhecimento.” to.” (WADSWORTH, 2001, p.37)
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Conforme PIAGET (1981b, p.2): O comportamento está sempre associado simultaneamente a aspectos afetivos e cognitivos, não existindo a possibilidade de se encontrar um comportamento influenciado apenas por um destes aspectos. Vygots Vygotsky ky procu procurou rou inces incessan sante temen mente te supera superarr a tendê tendênc ncia ia da psic psicolo ologia gia característica da sua época, a qual analisava de forma separada o sentimento e a razão. Assim, ele preocupava-se em analisar de forma integrada os aspectos cognitivos e afeti afetivos vos do funci funciona onamen mento to psicol psicológi ógico co humano humano,, buscan buscando do uma aborda abordagem gem mais mais abrangente, que fosse capaz de entender o indivíduo em sua totalidade. “Conforme poderemos constatar, nas suas próprias palavras, Vygotsky concebe o homem com um ser que pensa, raciocina, deduz e abstrai, tamb também ém como como algu alguém ém que que sent sente, e, se emoc emocio iona na,, dese deseja ja,, imagi imagina na e sens sensib ibil iliz iza. a. Segu Segund ndoo ele ele são são os dese desejo jos, s, nece necess ssid idad ades es,, emoç emoçõe ões, s, motiva mot ivaçõe ções, s, intere interesse sses, s, imp impuls ulsos os e inclin inclinaçõ ações es do ind indiví ivíduo duo que dão origem ao pensamento afetivo-volitivo. Como é possível observar, na sua persp perspect ectiva iva,, cogniç cognição ão e afeto afeto não se encont encontram ram dissoc dissociad iadas as no ser ser humano humano,, pelo pelo contrá contrário rio,, se interinter-rel relac acion ionam am e exerce exercem m influê influênci ncias as recíprocas ao longo de toda a história do desenvolvimento do indivíduo. Apesar de diferentes, formam uma unidade no processo dinâmico do desenv desenvolv olvime imento nto psíqui psíquico, co, portan portanto, to, é imp imposs ossíve ívell compre compreend endê-lo ê-loss separadamente. É justamente por isso que aponta para a necessidade de uma abordagem unificadora dos aspectos intelectuais e afetivos no estudo do funcionamento psicológico.” (REGO, 1995 p.122).
Em corroboração às abordagens de Piaget e Vygotsky, Sigmund Freud assume postura semelhante semelhante (1994, pp. 83-84): “(...) as emoções estão presentes quando se busca conhecer, quando se estabelece relações com objetos físicos, concepções ou outros indivíduos. Afeto e cognição constituem aspectos inseparáveis, presentes em qualquer atividade, embora em proporções variáveis. A afetividade e a inteligência se estruturam nas ações dos indivíduos.”
Para Freud, o afeto pode ser compreendido como a energia necessária para que a estrutura cognitiva passe a funcionar e influencia a velocidade com que se constrói o conhec conhecime imento nto.. Assim Assim sendo, sendo, o funci funciona onamen mento to psíqui psíquico co tem tem na afet afetivi ividad dadee seu comp compon onen ente te mais mais bási básico co e de extr extrem emaa rele relevâ vânc ncia ia,, sem sem o qual qual,, a prod produç ução ão de conhecimento conhecimento permanece irremediavelmente comprometida. A inteligência e afetividade são processos de funcionamento de adaptação, permitindo o indivíduo construir noções sobre objetos, pessoas e situações, conferindo-
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lhes lhes atrib atribut utos, os, quali qualida dade de e valor valores, es, contri contribue buem m para para a const construç rução ão do sujei sujeito to,, sua identidade e visão de mundo. Então, temos que o afeto é regulador da ação, influenciando na escolha de objetos e na valorização valorização de determinados determinados elementos, situações e eventos pelo indivíduo. E conforme afirma Freud (DAVIS, 1994, p.84): “Amor, ódio, tristeza, alegria ou medo levam o indivíduo a procurar- ou a evit evitar ar - cert certas as pess pessoa oass ou expe experi riên ênci cias as.. O afet afetoo tamb também ém incl inclui ui expressividade, comunicação. Manifestações tais como sorrisos, gritos, lágrimas, um olhar e um rosto apáticos, uma boca fechada e sobrancelhas cerradas indicam possíveis sentimentos de uma pessoa.”
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Capítulo 2 A afetividade em sala de aula: A mediação da família e o papel do professor
Sabemos que, como todo ser humano, a criança é um ser social e histórico, e é integrante de uma instituição familiar que está incluída em uma sociedade e que ainda não se conheceu para a educação informal nenhuma outra unidade social melhor do que esta, já que é nela que se estrutura a personalidade inicialmente. Quando pensamos em um projeto educacional sério, estamos defendendo e acreditando na participação da família, pois sabemos que por melhor que seja uma escola e por mais preparados que sejam seus professores, haverão falhas no processo educacional. É preciso uma efetiva participação da família no processo de aprendizado da criança, contribuindo com o incentivo, com a discussão, valorizando aquilo que ela faz e demonstrando interesse com suas preocupações escolares. Cabe a família a responsabilidade de formar o caráter, de preparar para os desafios da vida, de transmitir e inculcar em seus filhos valores morais e éticos. É no seio da família que a criança é protegida dos perigos de uma sociedade que vem sofrendo com a ausência de valores morais, pessoais e éticos. A família deveria desempenhar desempenhar o papel de funcionar como um ambiente de reflexão e crítica em relação à sociedade e suas influências. Frente às inquietações do mundo atual, uma postura que temos observado surgir é aquela segundo a qual o pai e a mãe têm o direito e o dever de educar os filhos. Representante eloqüente desta corrente, o autor Gabriel Chalita, ao analisar o assunto, afirma que: “A preparação para a vida, a formação da pessoa, a construção do ser são responsabilidades responsabilidades da família” (CHALITA, 2002, p.21). Portanto, a partir dessa abordagem, podemos afirmar que cabe aos adultos a responsabilidade em relação à criança. Na verdade, a educação é justamente o ponto de decisão do quanto se ama o mundo; então nos revela o quanto os pais amam seus filhos, de modo a não expulsá-lo sob a responsabilidade de seus próprios recursos. Os cuidados de uma educação familiar não são de competência da escola. As demandas dos pais de que a escola tenha a função de ensinar tudo aos seus filhos, como: o respeito ao professor e às autoridades, autoridades, os comportamentos comportamentos sociais adequados, o respeito às normas, leva-nos a crer que há uma falência daquela instituição na sociedade moderna, ao menos no que tange à clareza sobre seu papel e incumbências. Podemos afirmar que é responsabilidade da família a função de preparar o filho para a vida e de formar a sua subjetividade. subjetividade. A família não é apenas o centro da cultura e a base da sociedade, mas é também o centro da vida social. Se a criança tem em sua famí famíli liaa um umaa educ educaç ação ão de qual qualid idad ade, e, isto isto cert certam amen ente te serv servir iráá de supo suport rtee ao desenvolvimento da sua criatividade e à sua capacidade de produção na vida adulta. A
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famí famíli liaa foi, foi, é e cont contin inua uará rá send sendoo a infl influê uênc ncia ia mais mais prec precis isaa que que poss possib ibil ilit itaa o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas. Deve-se ressaltar que o dever da família com o processo de escolaridade e a importância da sua participação efetiva na vida escolar são publicamente reconhecidos pela legislação nacional e diretrizes do Ministério da Educação aprovados no decorrer dos anos 90, a citar: a. Lei de Diretrizes e Bases da Educação(Lei Educação(Lei 9394/96), artigos 1º, 2º ,6º e 12º. b. Plano Nacional de Educação (aprovado pela lei nº 10172/2007), que dentre outras diretrizes, define a implantação de conselhos escolares e outras formas de participação da comunidade escolar (composta também pela família); c. Estatuto da criança e do adolescente (Lei 8069/90, nos artigos 4º e 55; d. Política Nacional de Educação Especial, que tem como uma de suas diretrizes criar estratégias que potencializem a participação efetiva da família no desenvolvimento global do aluno; O MEC instituiu a data de 24 de abril como o Dia Nacional da Família. É a família que oferece os suportes afetivos afetivos e os recursos materiais essenciais essenciais à sobrevivência sobrevivência e ao bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha função primordial na educação formal e informal, pois em seu meio são transmitidos os valores éticos e morais, os laços de afetividade e de solidariedade. Podemos reforçar esta afirmação, citando o que nos diz Chalita (2002 p57): “mas os pais podem aos filhos dar muito amor, carinho, respeito, ensinar tolerância, solidariedade e cidadania, exigir reciprocidade, disciplina e religiosidade, reforçar a ética e a preservação da terra”. As relações familiares são de grande importância para o desenvolvimento do homem, pois o meio é um ambiente de modelo e significados para o indivíduo. A diferença que começa aos poucos a se estabelecer entre o meio social e suas mudanças vão dar origem a grupos que irão conquistar conquistar a afetividade afetividade de maneira diferenciada diferenciada de si e dos outros, afetando como conseqüência a estruturação do seu próprio “eu” ou subjetividade. Segundo Wallon (1981, pp. 22-28), essa formação da personalidade, acontece de form formaa grad gradat ativ ivaa pass passan ando do por por um proc proces esso so que que perc percor orre re os está estági gios os de desenvolvimento desenvolvimento e que depende necessariamente necessariamente do Outro. Seja para ser referência, seja
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para ser negado. É um adágio em educação citar Wallon como aquele que levou para a sala de aula não só o “corpo” da criança, mas também suas emoções. As emoções, para ele, têm papel essencial no desenvolvimento da pessoa. É por meio das emoções que o aluno aluno manifest manifestaa seus seus desejos desejos e suas vontades. vontades. As transfor transformaçõ mações es fisiológ fisiológica icass que ocorrem em uma criança demonstram traços importantes de caráter e personalidade. personalidade. “A emoção é altamente orgânica, orgânica, altera a respiração, os batimentos cardíacos cardíacos e até o tônus muscular, tem momentos de tensão e distinção que ajudam o ser humano a se conhecer”, explica Heloisa Dantas, da faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Segundo a pesquisadora, quando a criança tem manifestações de raiva, alegria, medo e tristeza, ela está se relacionando com o meio, porque a emoção causa impacto no outro e acaba se propagando no meio social. Para Wallon, o “fluído” das emoções e do pensamento é essencial para o desenvol desenvolvime vimento nto da pessoa, pessoa, porém, porém, as crianças crianças dentro dentro das escolas escolas estão estão limi limitada tadass porque há uma insistência em imobilizá-las em suas carteiras: “É tarefa e desafio da escola assumir efetivamente, em parceria com os pais (família em geral), a função de pro propo porc rcio iona narr aos aos alun alunos os opor oportu tuni nida dade dess de evol evolui uirr como como sere seress huma humano nos” s”.. (CAPELLATO, 2002, p.14). É im impo port rtan ante te dest destac acar ar,, que que mesm mesmoo no cont contex exto to esco escola lar, r, se não não houv houver er preoc preocupa upação ção em trabal trabalhar har a emoçã emoção, o, será será im impos possív sível el desen desenvol volver ver as habil habilid idade adess cognitivas e sociais. Para Chalita (2004, p. 230): “O grande pilar da educação é a habilidade emocional”. Devemos compreender que as emoções e os sentimentos que compõem o homem são de relevante importância na vida psíquica do sujeito, já que emoções e sentimentos são manifestações presentes na vida do indivíduo. Salovey e Mayer (1990) utilizavam o termo “inteligência emocional” para destacar que as emoções estão tão presentes nas ações das pessoas que acabam ditando todo o seu rendimento acadêmico, profissional e social. Para eles, faz-se necessário conhecer suas próprias emoções, controlando-as, controlando-as, motivando-se, identificando-se com os outros e desenvolvendo habilidades sociais.
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Para que se obtenha qualidade no rendimento acadêmico e nos diferentes contextos da vida, é necessário operar sobre a capacidade de manejar a emoção, os afetos e as relações sociais. Sabemos que todo aprendizado é necessariamente mediado e isso torna o papel do ensino e do professor mais importante e ativo. Vygotsky atribuiu muita importância ao papel do professor como estimulador do desenvolvimento desenvolvimento psíquico das crianças, pois acreditou que o ensino deve se antecipar ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de aprender sozinho, porque na relação entre aprendizado e desenvolvimento, o primeiro vem antes. Um de seus principais conceitos conceitos é o de zona de desenvolvimento desenvolvimento proximal ou a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e aquilo que ela tem o potencial de aprender; sua capacidade de desenvolver uma competência com a ajuda de um adulto. Seria na verdade, o caminho entre o que a criança consegue fazer sozinha e o que ela está perto de conseguir fazer sozinha. (VYGOTSKY, Revista Nova Escola, Ano 2001, Abril, p.60). Para Chalita (2001) o grande agente do processo educacional é o professor. Não existe nada por mais importante que seja como até mesmo alguns recursos materiais, que possam ser comparados à função do professor. Nada substitui a emoção humana. Só o professor é capaz de olhar com atenção, de falar com amor, de construir laços de afetividade. afetividade. MA qualidade do diálogo que se estabelece entre aluno e professor são de fundamental importância para uni-los, criando um laço especial. Para Codo e Gazzoti (1999, pp.35-47), o trabalho do educador é o melhor, porque é ele quem administra o processo de produção, tem liberdade de criação e ação, além de organizar tipos de seqüência de atividades. Por ser um dos trabalhos mais delic delicado ados, s, o trabal trabalho ho do educa educador dor necess necessit itaa de inv invest estime iment ntoo afeti afetivo vo na relaçã relaçãoo professor-aluno, principalmente por parte do educador. Sendo a afetividade um fator essencial no processo da aprendizagem, ela não deve ser esquecida, haja vista que funciona como elo de “sedução” (motivação; conquista) entre aluno e professor. Chalita (2001) noz diz que o professor que deseja que seu aluno seja feliz deve demonstrar afeto e para que isso aconteça o mesmo deve sentir e viver o afeto. O professor que anseia ver seu aluno construir projetos, conquistar sucesso, deve ser o
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referencial, o mediador, a figura central que auxiliará seu aluno na realização dos seus sonhos. Para que um professor alcance êxito e exerça sua função com maestria ele precisa muito mais que conhecer sua área de atuação, ele precisa entender de ética, política, amor, projetos, família. Ele precisa antes de tudo que a educação lhe diga respeito. Sabemos que o objetivo do trabalho do professor é a aprendizagem do aluno e para que isso ocorra, alguns fatores são importantes: capacidade intelectual e vontade de aprender, por parte do aluno, conhecimentos e capacidade de transmitir conteúdos por parte do educador, participação dos pais nas atividades extraclasse e outros. Portanto, o grande estimulante na efetivação do conhecimento é a afetividade. Quando o professor confia no que está fazendo, ele é capaz de transmitir segurança ao aluno, daí vai se formando uma corrente de elos afetivos que favorece a troca entre ambos. O processo educativo é participativo. O ambiente escolar saudável depende da participação de todos. É possível que se estabeleça entre professor e aluno um acordo silencioso, que aos poucos acaba se transformando num jogo sedutor, onde o professor conquista a atenção do aluno e desperte seu interesse para o conhecimento conhecimento que se pretende abordar. A partir desta conquista sedutora, onde a afetividade está presente, o professor elabora seus conteúdos escolares e o aluno os apreende, ou seja, “é mediante o estabelecimento de vínc víncul ulos os afet afetiv ivos os que que ocor ocorre re o proc proces esso so ensi ensino no-a -apr pren endi diza zage gem” m”.( .(CO CODO DO e GAZZOTTI, 1999, p.43). A palavra seduzir para Codo e Gazzotti é defendida como “trazer para o seu lado”. Isto quer dizer que o professor precisa conquistar seu aluno, visando à utilidade dos conteúdos que lhes são transmitidos. Esse processo se dá pela sedução e pela afetividade. É imprescindível imprescindível que se estabeleça estabeleça esta relação r elação afetiva entre professor e aluno, objetivando o sucesso do ato de educar, pois o que pode haver é apenas uma fixação do conteúdo, uma aprendizagem sem nenhum significado para a vida futura do indivíduo. indivíduo. Freire nos diz que não existe educação educação sem amor. “Ama-se na medida em que se busca comunicação, integração a partir da comunicação com os demais.” (FREIRE, 1983, p.29). A comunicação dos professores com os alunos, dos pais com os filhos, é o melhor caminho para detectar problemas e eliminar aspectos que possam ser uma ameaça ao desenvolvimento da aprendizagem. É preciso que o professor num trabalho 20
em parceria com a família seja capaz de verificar os problemas emocionais apresentados pela criança, pois os mesmos podem dar origem à falta de concentração, à diminuição do inte interes resse se escol escolar ar e rendim rendiment entoo não satisf satisfat atóri ório. o. Deve-s Deve-see ressal ressalta tarr ainda ainda que dificuldade de relacionamento social possa gerar dificuldades no relacionamento com professores e alunos, dificultando o processo de aprendizagem. A influência da família e da escola é de relevante importância na superação de problemas emocionais sociais, tornando possível o enfrentamento das dificuldades de aprendizagem. É possível afirmar que há grande possibilidade de que as crianças que não puderam dispor de uma figura de apego, possivelmente possam apresentar problemas emocionais, sociais, escolares e de conduta. A privação emocional sofrida pela criança desencadeia desencadeia instabilidade emocional, falta de confiança na sua capacidade de explorar o mundo, falta de motivação, dificuldade de relacionar-se com os professores e colegas, distração, etc.; todos esses fatores contribuem para o surgimento das dificuldades da aprendizagem aprendizagem e conseqüentemente, conseqüentemente, baixo rendimento. (COOL, 2004, p.23). Freire (1996) nos afirma que o professor precisa se dispor a querer bem, mas não permit permitir ir que sua afet afetivi ivida dade de imp imposs ossib ibili ilite te o cumpri cumprime mento nto da sua sua funçã funçãoo de educador. A postura do querer bem significa que o professor está se dispondo para a alegria, para o afeto e para o amor. Coll (2004, p.126) nos diz que: “Os pais, os educadores e as próprias crianças devem compartilhar uma visão positiva do ser humano e de suas possibilidades”. É importante acreditar na vida, participar da construção de uma existência melhor, sentirse importante para o outro, fazer uso da capacidade de recursos próprios, mentais e emocionais e utilizá-los à favor da solidariedade e da fraternidade. A criança precisa sentir-se acolhida em seu ambiente escolar, possibilitando desenvolvimento em sua totalidade, não anulando suas origens. No início da escolarização é importante que a criança adapte-se ao ambiente escolar, correspondendo às exigências demandadas por ela. É certo que poderá haver o surgimento da angústia e insegurança por parte dos sujeitos envolvidos neste processo, já que se sentem pressionados à corresponder as expectativas tanto dos pais quanto dos professores. É im impo port rtan ante te dest destac acar ar que que a rela relaçã çãoo famí famíli liaa-es esco cola la é esse essenc ncia iall para para o desenvolvimento desenvolvimento saudável do indivíduo. A escola não pode assumir sozinha a função de desen desenvol volver ver habil habilid idade adess sociai sociaiss e emoci emociona onais is e també também m não é respon responsáv sável el pela pela 21
formação da personalidade, mas complementa esta função com a família. Segundo Tiba (2002, p.180): a educação com vistas à formação do caráter, da auto-estima e da personalidade da criança ainda é, na maior parte, responsabilidade dos pais. Para Tiba (2002, p.182), seria muito enriquecedor se a escola ao verificar qualquer dificuldade apresentada pelo aluno comunicasse a família e juntos pais e escola pudessem estabelecer estratégias educativas, considerando as duas mãos: a do coração (afeto e sentimento) sentimento) e da cabeça (razão, pensamento). pensamento). O aluno mesmo sendo o sujeito ativo do processo de aprendizagem, necessita de um orientador que possa levá-lo a conquistar o seu desenvolvimento pessoal. Portanto, a autonomia deve ser respeitada, sua história de vida deve servir como sinalizador das potencialidades que este aluno possui. Para este autor (2001, p.158): “Quando se fala de autonomia, de cidadania, de respeito do aluno, de quebra de paradigmas, trata-se de cumprir a Constituição Federal e a legisl legislaçã açãoo infrac infracons onstitu titucio cional nal,, como como a lei de Diretr Diretrize izess e Bases Bases da Educação, que regem a educação do país."
É preciso criar um ambiente de respeito e harmonia entre professor e aluno, tendo em vista o papel de cada um. A cada tempo os alunos serão diferentes e o professor também. O grande desafio do educador hoje e convencer convencer o aluno a valorizar o bem comum, a boa convivência, convivência, a responsabilidade responsabilidade partilhada, e capacitá-lo ativamente num processo de desenvolvimento centrado na pessoa humana e na sua mais plena dignidade. Uma maneira de mudar o perfil da nossa educação seria ter presente no cotidiano do ambiente escolar o trato com os sentimentos pessoais e interpessoais, de forma que se possa formar homens e mulheres capazes não apenas de viver, mas, sobretudo, de entender a vida e participar dela intensamente. Já sabemos que ensinar exige o comprometimento emocional e afetivo do professor, visto que o comportamento inte intele lect ctua uall é mo moti tiva vado do pela pelass im impl plic icaç açõe õess afet afetiv ivas as que que nort nortei eiam am o proc proces esso so da aprendizagem. Ao longo de toda vida, a educação é uma construção contínua da pessoa humana, do seu saber e das suas aptidões, também da sua capacidade de discernir e agir. O professor desempenha um papel fundamental para o perfil de aluno que pretendemos formar, pois o mundo exige cada vez mais do indivíduo a sua capacidade de trabalhar na solução dos problemas, enfrentando-os sem medo e com competência. O professor é a pessoa que sabe que o ser humano possui inteligência, potencial e precisa ser
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consciente do seu papel e assim preparar indivíduos que sejam capazes de crescer e construir caminhos, equilíbrio e felicidade. A garantia do futuro ou da vida dá-se com dignida dignidade, de, respeit respeito, o, convivên convivência cia pacífica pacífica,, afetivi afetividade dade e felici felicidade dade.. Precisam Precisamos os de educadores que eduquem para o respeito, para a troca de experiências, para o exemplo no trato com o outro e consigo mesmo: “Hoje, percebe-se que a escola não pode viver sem a família e a família não pode viver sem a escola - são instituições interdependentes e complementares.” (CAPELLATTO, 2002, p.16). Pais e professores precisam entender que o filho e o aluno têm de ser amados, respeitados, valorizados. É tempo de investir no ser humano que tem potencial para brilhar, para construir, para mudar os rumos da nação: “A educação será sempre privilegiada quando a questão for o exercício dos direitos e deveres de cada um e de todo todoss e, acim acimaa de tudo tudo,, quan quando do a ques questã tãoo for for o exer exercí cíci cioo da plen plenaa cida cidada dani nia. a.”” (CHALITA, 2001, p.37). É fato que a escola nunca substituirá a família: meio onde a convivência exige autent autentic icida idade, de, since sincerid ridad ade, e, afeto afeto,, compan companhei heiris rismo. mo. A famíli famíliaa é o espaç espaçoo onde onde o exercício do diálogo favorece o amor, a solidariedade, a atenção e a superação dos conflitos. O professor é aquele que pode ser amigo, mestre, companheiro, mediador, paci pacific ficad ador. or. É aquel aquelee que com afeto afeto,, compr comprome ometi time mento nto,, respon responsab sabil ilida idade de pode pode contribuir na formação do caráter e na construção da história dos seus alunos. Enfim, o papel da família e do professor é preparar o indivíduo para não temer novos rumos e situações, situações, caminhos desconhecidos que certamente deverão ser trilhados. trilhados. É necessário que juntos, família e professor despertem no filho e no aluno o olhar crítico sobre o que acontece no mundo e a capacidade de desenvolver múltiplas habilidades neste tempo de rápidas e constantes mudanças. “A escola dos sonhos dos sonhadores, da poesia dos poetas, da maternidade, da luta dos lutadores começa com a crença de que, em se falando de vida, e como educação é vida, a solução está no afeto”. (CHALITA, 2001, p.260).
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CONCLUSÃO
O presente trabalho apresentou um estudo sobre a afetividade no processo de ensino e aprendizagem, demonstrando que afeto e cognição são partes inseparáveis, enfatizando a importância de compreender o papel dos pais e do professor na formação da criança, cabendo à família a responsabilidade de formar o caráter, de preparar para os desafios da vida e de transmitir valores morais e éticos, enquanto a escola, em parceria com a famíl família ia,, assume assume a respon responsab sabil ilida idade de de desen desenvo volve lverr habil habilida idades des soci sociai aiss e emocionais. emocionais. Concluindo Concluindo que é com comprometimento, comprometimento, responsabilidad responsabilidadee e, acima de tudo, amor e afeto, que se contribuir para a formação do caráter e construção da história dos alunos, educando-os para o respeito, para a troca de experiências, a convivência pacífica, a afetividade, o trato com o outro e consigo mesmo, o que exige que escola e família, como instituições interdependentes e complementares, estejam conscientes do seu papel educacional, de forma a preparar indivíduos com capacidade de crescer e construir caminhos, equilíbrio e felicidade, com dignidade e respeito.
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