A parábola do rico e Lázaro (Lucas 16:19-31) Por admin Por admin ⋅ October 21, 2010 ⋅ Portar comentários Arquivado sob o rico e lazaro, lazaro , parabola Este trabalho exegético[2] exegético [2] tem como objetivo uma interpretação bíblica da controvertida parábola do rico e Lázaro, de acordo acordo com os parâmetros divinos, e não com as ideias ideias engendradas engendradas em cogitações humanas. O assunto da parábola do rico e Lázaro é questionada por muitas pessoas. Portanto, devemos entender corretamente o que Cristo quis ensinar através dela. Esse era um método muito utilizado por Jesus para transmitir tr ansmitir as verdades eternas de maneira simples e natural, já que as parábolas eram perfeitamente adaptáveis à mentalidade do povo judeu.
O que é uma Parábola? Para a boa compreensão deste assunto é necessário saber o que esse termo significa. A palavra parábola parábola provém do vocábulo vocábulo grego ―parabolê‖, ―parabolê‖, que literalmente significa, ―colocar ou atirar ao lado‖, mas que hoje significa ―comparação ou ilustração‖, visando ensinar-nos uma verdade. Em outras palavras, é o emprego de circunstâncias comuns do dia-a-dia para ilustrar verdades religiosas. De acordo com o dicionário, parábola é uma narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta por meio de comparação ou analogia. Notemos bem que sendo uma alegoria, não pode ser real ou literal.
Propósito das Parábolas Este método foi usado por Jesus por ser mais fácil através dele fixar na memória uma verdade, do que por outros processos didáticos. Por ser mais eficiente esse ensino, as mais profundas mensagens religiosas foram expressas em linguagem parabólica. W.G.C.Murdoch, ex-diretor do Seminário na Andrews University, escreveu no livro A Symposium on Biblical Hermeneutics , pág. 219 o seguinte: ―O propósito da parábola é ensinar por comparação, analogia e ilustração. Jesus, o maior professor, empregou este método com grande sucesso. Ele usou parábolas para expor profundas verdades espirituais. Ele contou histórias da vida real para esclarecer os seus ouvintes sobre o verdadeiro significado da vida. Essas apresentavam lições que explicavam os mistérios do seu reino. Jesus não estava preocupado com a proposição de problemas. O propósito propósito fundamental fundamental de suas parábolas parábolas era conseguir conseguir um compromisso dos seus ouvintes para entrarem nesse reino. Por isso é que muitas parábolas são uma exposição do valor do reino do céu. Ele estava mais ansioso para revelar mistérios desse reino do que escondê-los‖. escondê- los‖. ―Veja, por exemplo, a parábola do homem r ico r ico e Lázaro, muitas vezes mal compreendida e mal interpretada. Essa história é frequentemen fr equentemente te citada para provar o conceito popular da inata imortalidade da alma e dar-nos um lampejo da vida futura. Nessa interpretação, interpretação, as almas dos dos bons, supostamente, supostamente, entram em eterno gozo, ao ao passo
que as dos ímpios entram em eterno castigo. Se essa interpretação fosse literal, o abismo entre o céu o inferno é demasiadamente grande para as pessoas atravessarem, porém suficientemente pequeno para que pudessem conversar através dele. Na realidade Jesus estava usando aqui um argumento em que seus ouvintes criam, mas que ele não endossava‖ Idem, págs. 220 — 220 — 221. 221. O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. V, pág. 204, nos apresenta sete princípios fundamentais fundamentais na interpretação interpretação de parábolas. Dada a sua oportunidade para para este assunto em tela, eles serão aqui transcritos: ―No estudo das parábolas de Jesus é muito importante seguir princípios corretos de interpretação. Esses princípios podem ser brevemente sumariados como seguem: 1º) ―Uma parábola é um espelho pelo qual a verdade pode ser vista; não a própria verdade. 2º) ―O contexto no qual é dada a parábola – o lugar, as circunstâncias, as pessoas diante de quem ela foi proferida, e o problema em discussão devem ser considerados e utilizados como chave para a interpretação. 3º) ―A própria introdução intr odução e a conclusão de Cristo à parábola, de modo geral, deixam claro o seu propósito fundamental. 4º) ―Cada parábola ilustra um aspecto fundamental de uma verdade espiritual. Os pormenores de uma parábola são são significativos apenas apenas como contribuição contribuição para o esclarecimento de um ponto particular da verdade. 5º) ―Antes que o significado si gnificado da parábola, no campo espiritual, possa ser compreendido, é necessário ter um quadro claro da situação descrita na parábola, nos termos dos costumes orientais, peculiares de pensamento e expressão. As parábolas são vívidos quadros verbais que devem ser vistos, assim como foram faladas, a fim de que possam ser compreendidos. compreendidos. 6º) ―Em virtude do fato fun fundamental, damental, de que uma parábola é dada para ilustrar a verdade, e comumente uma verdade particular, doutrina alguma pode ser baseada em minudências incidentais de uma parábola. 7º) ―A parábola, no seu todo ou em parte, deve ser interpretada nos termos da ver dade ver dade que se deseja ensinar, como exposta em linguagem literal no contexto imediato e noutros lugares da Escritura.‖ John Davis, no Dicionário da Bíblia, pág. 444, escreveu: es creveu: ―A interpretação das parábolas exige um estudo cuidadoso das circunstâncias em que foram preferidas e da doutrina, ou argumentos que elas tinham em vista.‖ Para nossa melhor compreensão nesse assunto, as palavras de A. Almeida, encontrada Sagrada , pág. 76, são oportunas: no livro Manual de Hermenêutica Sagrada ―É principio geral de interpretação que a nenhum texto se pode dar um sentido contrário ao ensinamento geral e claro das Escrituras sobre o mesmo assunto. Os passos mais
obscuros interpretam-se pelos mais claros; a linguagem simbólica ou metafórica se esclarece pelo ensino explícito do mesmo assunto em linguagem literal‖.
É Este Relato uma Parábola? Os estudiosos estão divididos neste assunto, uns acentuando como fato histórico e outros como parábola. Os adventistas consideram-na uma parábola e estão bem assessorados, desde que a maioria pensa dessa maneira. Bloomfield declarou com segurança: ―Os melhores co mentadores, tanto antigos, como modernos, com razão consideram-na uma parábola‖. O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 8, pág. 831, menciona o fato de que o antigo manuscrito a chama de parábola. ―Muitos têm afirmado que esse relato de Cristo não é uma parábola, pelo fato de ele não ter mencionado como tal. Essa declaração é improcedente, desde que há outras parábolas, aceitas como parábolas, sem que Jesus as mencionasse como pertencendo a este gênero literário (Lucas 15:8 e 11; 16:1).‖
A Parábo1a do Rico e Lázaro e Sua Interpretação Essa parábola foi relatada apenas pelo evangelista Lucas nos versos 19 a 31 do capitulo 16. Dentre as parábolas relatadas por Cristo nenhuma tem sido tão mal interpretada e compreendida como a do Rico e Lázaro. Há muitos que a ela se apegam para provar uma doutrina contrária ao contexto geral da Bíblia — A Imortalidade da Alma. Sendo que o ministério público de Jesus estava chegando ao seu término, ele lançou, motivado pelo amor, os últimos apelos aos publicanos e pecadores para que todos aceitassem a salvação que lhes estava sendo oferecida. Os escribas e fariseus o criticavam por sua atitude (Lucas 15:2). Nessas circunstâncias, Cristo relata uma série de parábolas culminando com a do rico e Lázaro. A primeira delas é a da ovelha perdida, segue- se a da moeda perdida, depois a do Filho Pródigo e então a do administrador infiel. O ponto culminante das três primeiras parábolas é o mesmo, a grande alegria pela recuperação do que se havia perdido. Com o propósito de impressionar aquelas pessoas, o Mestre narra a parábola do mordomo infiel, cuja atitude astuciosa, fraudulenta e sagaz é condenada pelo Mestre. Mesmo reprovando o procedimento desse homem, dele Cristo tira uma útil lição. Jesus aprovou a sabedoria com que ele agiu, mas não o seu método. Cristo jamais aprovaria a desonestidade, o objetivo da parábola não é esse. O objetivo da parábola é claro em Lucas 16:8. ―Até mesmo o ímpio toma providências para seu futuro terrestre; quanto
mais importante é que o filho de Deus tome em conta a vida por vir. Os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz.‖ Completando a 1ição dada pela parábola desse mordomo, Cristo lhes relata outra relacionada com a necessidade de se estar preparado para o dia da morte, essa é a do rico e Lázaro. Ela foi dada por causa dos fariseus que eram avarentos, e não faziam provisão para o futuro, isto é, para a vida eterna (Lucas 16:14). Pelo fato da vida deles estar centralizada no dinheiro, Cristo queria lhes mostrar o que acontece ao homem quando ele não se prepara para a vida eterna. Jesus não estava discutindo o estado do homem na morte, nem tão pouco o tempo em que o galardão lhe seria dado. Ele apenas estava fazendo uma clara distinção entre esta vida e a próxima.
Pode Uma Parábola Ser ao Mesmo Tempo Literal e Figurada? A resposta a esta pergunta é retirada do livro: Questions on Doctrine. Do relato merece destaque essa parte: ―Admitem todos que a história tem de ser fato lite ral, real acontecimento, ou é simples parábola. Não pode ser ambas as coisas. Se literal tem de ser verdadeira e coerente em todos os pormenores. Se, porém, é parábola, então, só poderemos nela buscar a verdade moral, que se quer transmitir. E a história seria então sujeita às reconhecidas leis e limitações de uma parábola. Assim, tudo é compreensível. Como vemos, é nitidamente incoerente a aplicação literal, e baqueia ao peso do seu próprio absurdo. Cristo não está aqui revelando pormenores da vida além-túmulo. Antes emprega uma impressionaste história daqueles tempos para advertir e reprovar os que recusavam aceitar Seus ensinos quanto ao correto uso das r iquezas.‖ Pág. 554. Nessa parábola se encontra a figura literária denominada prosopopéia, por intermédio da qual damos ação, movimento ou voz as coisas inanimadas e que faz falar as pessoas ausentes e até os mortos. Se esse relato fosse literal, teríamos que admitir esses absurdos. Se são almas desencarnadas como explicar que têm dedos e língua? Se tinham dedos e língua deviam também ter mãos, cabeça. Se falavam e ouviam tinham os órgãos da fala e os auditivos. Se possuíam as partes do corpo então não eram almas. O relato declara que eles estavam na sepultura (22), logo não podiam estar no céu e no inferno. Se não eram almas e não eram corpos, se haviam morrido e foram sepultados e estavam conversando, só poderiam fazer em alegoria, como as árvores de Juizes 9, onde lemos: ―Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei; e disseram…‖
Todos se convencem diante deste relato, que há aqui uma figura e não fatos reais.
Por Que Não Aceitamos Essa Parábola Como Uma Descrição Real? As declarações bíblicas são bastante convincentes em nos mostrar que os mortos, quer justos, quer ímpios, descansam inconscientes na sepultura até o dia da ressurreição. Destacam-se: Jó 14:12-15, 20 e 21; 17:13; Sal. 6:5; 115:17; Eclesiastes 9:3,6; Isaías 38:18. Em São Mateus 25:31-41 o próprio Cristo nos indica o tempo em que os justos serão recompensados e os ímpios castigados: ―E quando o Filho do homem vier em Sua glória Ele dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino.., e aos que estiverem à Sua esquerda: Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno.‖ A interpretação literal da parábola dá a recompensa ao rico e a Lázaro no dia da morte, porém, as declarações bíblicas são estas: ―Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a Sua obra‖.Apoc. 22:12. ―Recompensado te será na ressurreição dos justos.‖ Lucas 14:14. Sendo uma alegoria, os personagens não podem ser reais. Por isso, cremos que nem o rico nem Lázaro existiram. Se a declaração fosse real, nela não haveria idéias pagãs, conceitos da tradição talmúdica[3] e metáforas judaicas. A Bíblia não descreve um Céu onde os justos são vistos pelos ímpios e nem um inferno de onde os perversos contemplam os justos e com eles mantêm conversação. No além não haverá lembranças das ações desta vida: ―Não haverá lembranças das coisas passadas, sem mais se recordarão.‖ Isaías 65:17.
Que Lições Nos Ensinam Essa Parábola? 1ª) A primeira e grande lição que ela nos ensina é esta: Nesta vida temos a única oportunidade de preparar-nos para a vida do além. O ensino bíblico é de uma clareza meridiana em nos esclarecer de que não haverá segunda oportunidade para ninguém após a morte. Quando essa vier, tudo estará definido. Ninguém poderá passar para o outro lado. É nesta vida que formamos o caráter que nos qualificará para a vida por vir. O comentarista Plummer declara:
―Não há na parábola o propósito de dar informações acerca do mundo invisível. Nela é mantida a ideia geral de que a glória e a miséria depois da morte são determinadas pelo procedimento do homem antes da morte.‖ 2ª) A segunda destacada lição pode ser assim sintetizada: Os judeus criam que a riqueza era um sinal da bênção de Deus e a pobreza indício do seu desagrado. Cristo lhes mostrou que esse conceito era errado. A Bíblia nos ensina que os ricos têm a obrigação de gastar o seu dinheiro não de acordo com os ditames da sua consciência, mas em conformidade com o desprendimento ensinado por Cristo. A parábola ensina a lição: os ricos avarentos não herdarão a vida eterna. Deve-se ter bem em mente que o rico da parábola não foi condenado por ser rico, mas por ser egoísta. O mendigo também não foi salvo por ser pobre ou por causa dos seus sofrimentos. 3ª) A parábola não visa revelar-nos o que acontece após a morte, mas enfatizar mais una vez que as revelações dadas por Deus na sua Palavra são suficientes para nos conduzir à salvação. Cristo com esta declaração estabeleceu uma dupla salvaguarda: a) Moisés e os profetas seriam os guias seguros para os vivos, concernentes ao seu destino, apos a morte. b) Ensinou-nos ainda que a única maneira de alguém voltar dentre os mortos é através da ressurreição. Antes de concluirmos este comentário, não seria demais lembrar de uma declaração unânime de teólogos e comentaristas: jamais poderemos alicerçar doutrinas bíblicas numa parábola ou alegoria.
Conclusão Dentre os princípios de interpretação da Bíblia, o mais preeminente é este: é necessário permitir que a Escritura explique a Escritura ou expressando-nos de outra maneira, é preciso deixar que a Bíblia interprete a si mesma. Observando este principio muitas explicações erradas seriam evitadas e problemas bíblicos aparentemente insolúveis seriam superados. Este princípio foi a mola propulsora que nos guiou neste estudo exegético. Essa parábola não pode contradizer os claros ensinos das Sagradas Escrituras concernentes ao castigo final e destruição dos ímpios. Outra verdade que não deve ser esquecida é esta: a Bíblia declara que todos teremos de enfrentar um juízo final, quando o nosso futuro não poderá ser alterado. Agora é o tempo em que devemos assegurar a nossa salvação.
INTRODUÇÃO O compêndio da Bíblia encerra grandes lições para seus estudiosos. Devido a sua diversidade de assuntos, por vezes ela é mal compreendida, e desta forma surgem interpretações incorreras. Um exemplo clássico da situação acima é a parábola do rico e Lázaro, citada em Lucas 16:19-31. Parábola que têm sido mal aplicada mesmo no meio evangélico. O propósito desta pesquisa é buscar de maneira segura algumas soluções para perguntas como: Para quem foi direcionada esta parábola? Por que Jesus usou esta parábola? Qual o propósito fundamental desta parábola? O presente estudo limitou-se a pesquisa em dicionários, comentários, enciclopédias e obras literárias de diversos autores em fontes no português e inglês. A pesquisa iniciou-se com esta breve introdução, seguida de quatro partes fundamentais. A primeira explicando, o que é uma parábola e o uso de suas interpretações. Na segunda é abordado o público alvo da parábola do rico e Lázaro. Na terceira, um rápido estudo das palavras relevantes do texto. E a quarta parte sendo a aplicação para a época e para o presente. Encerrando o trabalho com o resumo e conclusão desta obra. Através deste compêndio, o grupo de alunos pesquisadores, espera contribuir para que esta parte das Santas Escrituras seja mais bem compreendida. CAPÍTULO I O QUE É UMA PARÁBOLA? A palavra inglesa parábola vem do grego parabolé tendo o significado de: uma justaposição, uma comparação, uma ilustração, uma parábola, um provérbio. Esta palavra vem do verbo paraballõ significando, ordenar as coisas ao lado de outra, ou seja, por comparação. Essencialmente o grego parabolé e sua equivalente hebraica masal são mais plenos em significados de que a palavra inglesa parábola, limitando sua definição como uma narrativa cujos propósitos primários é ensinar a verdade. Na forma literária é uma metáfora ampliada. Mas nos Evangelhos uma parábola é uma narrativa colocada lado a lado de uma certa verdade espiritual para fins de comparação. As parábolas do nosso Senhor geralmente foram baseadas sobre experiências comuns da vida familiar diária de Seus ouvintes, e freqüentemente sobre incidentes específicos que recentemente tinham ocorrido ou que eles podiam ver no momento. A narrativa em si própria era simples e resumida, e sua conclusão geralmente tão óbvia de modo a não permitir incertezas. Colocada lado a lado de uma verdade espiritual era designada para ilustrar. A parábola assim tornava-se uma parte pela qual os ouvintes podiam vir a compreender e apreciar a verdade. Assim encontrava as pessoas onde elas estavam e, por uma agradável e familiar vereda, conduzia os seus pensamentos para onde Jesus pretendia dirigir-lhes. Esta era uma janela pela qual a alma podia alentar sobre as vistas da verdade celestial.
A Interpretação das Parábolas de Cristo Estudando as parábolas de Jesus é muito relevante seguir integralmente os princípios de interpretação. Esses princípios podem ser sintetizados assim: 1 – Uma parábola é um modo pelo qual a verdade pode ser vista, e não uma verdade em si própria. 2 – O contexto em que uma parábola é dada – o lugar as circunstâncias, as pessoas a quem foi falada, e o problema em discussão – deve ser tomada em consideração e feita à chave para interpretação. 3 – A própria introdução e conclusão de Cristo para as parábolas geralmente tornam claro seu propósito fundamental. 4 – Cada parábola ilustra um aspecto fundamental da verdade espiritual. Os detalhes de uma parábola são significativos unicamente quando contribuem para a classificação daquele ponto particular da verdade. 5 – Antes que o significado da parábola no reino espiritual possa ser compreendida é necessário ter um quadro claro da situação descrita na parábola, em termos de costumes e modelos do pensamento e expressão. Parábolas são vívidas palavras ilustradas que devem ser vistas, conforme foi falado, antes que possam ser compreendidas. 6 – Em vista do fato fundamental que uma parábola é dada para ilustrar a verdade, e geralmente uma verdade particular, nenhuma doutrina pode ser baseada sobre detalhes incidental de uma parábola. 7 – A parábola integral e em parte, deve ser interpretada em termos da verdade, e é designada para ensinar, quando colocada em linguagem literal no contexto imediato e em qualquer lugar das escrituras. Estabelecido o significado e a interpretação das parábolas pode-se adentrar ao próximo tópico da pesquisa. CAPITÚLO II QUAL O PÚBLICO ALVO? Quando se lê o texto de Lucas 16:19 a 31, naturalmente ocorre a interrogação sobre para que público Jesus direcionou esta parábola. Acerca do pouco que se sabe e quanto às circunstâncias que rodearam a apresentação desta parábola o Comentário Adventista do Sétimo dia afirma que fica evidente o fato de que esta parábola foi dirigida especialmente aos fariseus (Lc 15:2, 16:14), mas também aos discípulos (16:1), aos publicanos e aos pecadores (15:1), e finalmente ao grande público que também estava presente (Lc 12:1, 14:25 e 15:1). Os fariseus termo que significa separados, era a seita mais segura da
religião judaica segundo Atos 26:5. Foi uma seita criada no período anterior à guerra dos macabeus com o fim de oferecer resistência ao espírito helênico que se havia manifestado entre os judeus, tendente a adotar os costumes da Grécia. Torna-se relevante nesta parte da presente pesquisa conhecer a crença desta seita. Os fariseus sustentavam a doutrina da predestinação que consideravam em harmonia com o livre arbítrio. Criam na imortalidade da alma, que haveria de reencarnar-se também na existência do espírito, criam nas recompensas e castigos na vida futura, de acordo com o modo de viver neste mundo, que as almas dos ímpios eram lançadas em prisão eterna, enquanto que as dos justos, revivendo iam habitar em outros corpos. Os fariseus eram estritos e fanáticos conservadores bíblicos, e como escribas difundiam ensinos exagerados que circundavam a lei e às observâncias legalistas. Josefo, que também era fariseu diz que eles, não somente aceitavam a lei de Moisés interpretando-a com exagerada diligência, como também haviam ensinado ao povo mais práticas de que seus antecessores, que não estavam escritos na lei de Moisés. Conseqüentemente esta crença tornou-se hereditária, professada por homens de caráter muito inferior ao que ela professava. CAPITÚLO III ESTUDO DAS PALAVRAS Hades, o além, o mundo subterrâneo dos mortos é traduzido também por inferno. Na LXX, Hades ocorre mais de 100 vezes, na maioria das vezes para traduzir o hebraico Sheol, o mundo subterrâneo que recebe todos os mortos. É uma terra de trevas, onde não há lembrança de Deus (Jo 10:21-22, 26:5, Sl 6:5, 30:9 [LXX 29:9], 15:17 [LXX 13:25], Pv 1:12, 27:20, Isa 5:14). Portanto, para compreendermos o significado real de Hades é necessário estudarmos o significado de Sheol no AntigoTestamento. Sheol: Sepultura, inferno, cova.3 O vocábulo não ocorre fora do A.T, à exceção de uma única vez é nos papiros judaicos de Elefantina, em que é usado com o sentido de Sepultura.4A palavra obviamente se refere de alguma maneira ao lugar dos mortos. Há grande divergência de opinião acerca do significado do termo, o que é em parte causado por diferentes maneiras de entender o ensino do Antigo Testamento sobre a questão da morte e ressurreição. Um dos problemas de Sheol é que homens tantos bons (Jacó, Gn 37:35) quantos maus (Core, Data, etc., Nm 16:30) vão para lá. Mas a melhor tradução para Sheol parece ser “sepultura”. De acordo com o seu uso na Bíblia. No judaísmo rabínico, sob influência persa e helênica apareceu a doutrina da imortalidade da alma, alterando-se, assim, o conceito de Hades. A atestação mais antiga desta doutrina é em Enoque 22.
Um fator contribuinte neste ponto é a substituição da doutrina neotestamentária da ressurreição dos mortos (1Co 15) pela doutrina grega da imortalidade da alma. Assim acontece no cristianismo irrefletido, que fracassa por não perguntar se a crença se fundamenta no N.T ou no pensamento grego pagão. Ao chamar Abraão de Pai Abraão (16:24, 27 e 30), o rico está apelando para a afinidade sangüínea com o Pai desta Nação. Entretanto, essa atividade genética, física, especialmente na teologia de Lucas (3:8), nada significa. Segundo uma lenda judaica, Abraão estará sentado à entrada do inferno a fim de certificar-se de que nenhum israelita circuncidado seja atirado ali. Entretanto, até mesmo para os israelitas sentenciados a passar algum tempo no inferno, Abraão detém a autoridade de retirá-los de lá e recepcioná-los, encaminhando-os ao céu. Provavelmente essas tradições deram ao rico da parábola a esperança de que Abraão pudesse confortá-lo. Seio (de Abraão), kolpon, em Lucas 16:22, aparece no caso acusativo, singular masculino. Como região, enseada, o mesmo sentido usado em Jo 1:18. Três expressões eram comumente usadas entre os Judeus para expressar o futuro estado da bem-aventurança, a saber: 1 – o Jardim do Éden (ou paraíso), 2 – o trono da glória, e 3 – o seio de Abraão. Na parábola do Rico e Lázaro (Lc 16:20), é usada a terceira dessas expressões, a qual também era a mais comumente usada entre as três. Para os judeus, a comunidade do AntigoTestamento o termo:Hêq, sulco, dobra, colo, regaço, seio. Possuía uma variedade de idéias abstratas e figurativas. É usado para enfatizar a intimidade familiar (Dt 28:54). O cuidado atencioso e o desvelo podem ser por ele expresso, como no caso do desvelo da viúva para com seu filho enfermo (I Rs 17:19) e da promessa divina de carregar seu povo junto ao seio (Isa 40:11). Colocar as esposas do rei morto ou deposto no regaço do novo rei representava a autoridade desse monarca (II Sm 12:8, cf. também II Sm 16:20-23), Noemi colocou formalmente o filho de Rute no seu regaço como símbolo de que o menino era seu legítimo herdeiro (e também herdeiro de seu falecido marido) Rt 4:16.1Portanto este termo poderia significar: hospede favorecido do céu. A idéia de filiação era um importante conceito judaico sobre a salvação.3 Um homem justo ou justificado é um filho de Abraão, que está sendo transformado à imagem do Filho (Rm 8:29, II Co 3:18), alguém que terminará por participar de toda a plenitude de Deus(Ef 3:19) e de sua natureza divina (II Pe 2:4). Na passagem de João 18:23 nota-se que jazer no seio era o lugar dos convivas mais favorecidos. A expressão “seio de Abraão” do N.T
transmite a idéia de consolo, paz e segurança, visto que Abraão, como progenitor da nação judaica, naturalmente preocupava-se com o bem estar de todos os seus descendentes.
CAPÍTULO IV ESPLICAÇÃO DA PARÁBOLA Esta parábola é a mais comentada do evangelho de Lucas, devido ser mal interpretada e equivocadamente compreendida por alguns leitores. Muitos têm afirmado que este relato de Cristo não é uma parábola, pelo fato dEle não a ter mencionado como tal. Esta declaração é improcedente, desde que há outras parábolas aceitas como parábolas, sem que Jesus as mencionasse como pertencendo a este gênero literário. Porém, de acordo com o Manuscrito D, que é o Código de Beza, esta parte do evangelho de Lucas se trata de uma parábola. Há uma seqüência de parábolas mencionadas por Jesus nesta parte de Lucas, a do filho pródigo, o administrador infiel e automaticamente a parábola do rico e Lázaro. Existe uma suposição de que Jesus queria dizer através desta parábola que os homens bons e maus recebiam suas recompensas após a morte, porém esta alegoria contradiz dois princípios: 1º) Um dos princípios mais relevantes de interpretação segundo já foi visto, é que cada parábola tem um propósito de ensinar uma verdade fundamental. 2º) O sentido de cada parábola deve ser analisado apartir do contexto geral da Bíblia. Na verdade Jesus nesta parábola não estava tratando do estado do homem na morte, nem do tempo quando se daram as recompensas. 2 Ademais interpretar que esta parábola ensina que os homens recebem sua recompensa imediatamente após a morte, é contradizer claramente o que a Bíblia apresenta por um todo (Mt 16:27, 25:31-40, ICo 15:5155, Isa 4:16, 17, Ap 22:12), dentre outros textos. Obviamente nesta parábola Jesus estava fazendo uma clara distinção entre a vida presente e a futura, pretendendo através desta relação mostrar que a salvação do judeu-fariseu, ou de qualquer homem, seria individual e não coletiva, como criam, e isso através da verdadeira consideração a imutável lei de Deus aos profetas (Lc 16:27-31). A parábola do rico e Lázaro tem o propósito de ensinar que o destino futuro fica determinado pelo modo que o homem aproveita as oportunidades nesta vida. Em conexão com o contexto da parábola anterior do administrador infiel. “Se, pois, não vos tornardes fiéis na aplicação das ri quezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?” Lc 16:11.
Sendo assim, compreende-se que os fariseus não administravam suas riquezas de acordo com a vontade divina, e por isso estavam arriscando seu futuro, perdendo a vida eterna. Portanto fica estabelecido que interpretar esta parábola de forma literal, resultaria em ir contra os próprios princípios encontrados nas escrituras, como comenta Chaij: “Fosse essa história uma narrativa real, enfrentaríamos, o absurdo de ter que admitir ser o „seio de Abraão‟ o
lugar onde os justos desfrutarão o gozo, e que os ímpios podem se ver e falar uns com os outros”.
Na Bíblia não encontramos um lugar de descanso referindo-se como seio de Abraão. Mas segundo o historiador Josefo os judeus do tempo de Jesus criam numa fábula muito semelhante à dada por Cristo. Obviamente não se pode deixar de reconhecer a íntima semelhança entre a fábula judaica e a parábola do rico e Lázaro. Por isso os Judeus do templo de Jesus costumavam chamar o lugar dos justos de seio de Abraão. Uma afirmativa que não é bíblica. Aplicação As lições apresentadas nesta parábola são claras e convincentes, porém os justos ou injustos receberam suas recompensas somente no dia da ressurreição (Jo 14:12-15,20 e 21, Sl 6:5, 115:17, Ec 9:3-6 e Isa 38:18). “A Bíblia não descreve um céu onde os justos são vistos pelos ímpios e
nem um inferno de onde os perversos contemplam os justos e com eles mantém conversação”.
Na verdade esta parábola traça um contraste entre o rico que não confiava em Deus e o pobre que nele depositava confiança.2 Os Judeus criam ser a riqueza um sinal das bênçãos de Deus pelo fato de serem descendentes de Abraão, e a pobreza indício, do seu desagrado para com os ímpios. O problema não estava no fato do homem ser rico, mas sim por ser egoísta. A má administração dos bens concedidos por Deus haviam afastado os fariseus e os Judeus da verdadeira riqueza, que é a vida eterna, esqueceram do segundo objetivo que se encerra na lei de Deus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” Mt 22:39.
A Bíblia declara que todos os homens enfrentaram o juízo final, e este é o tempo de assegurar a salvação (Ec 12:14; Isa 1:27; Jr 33:15 e Ap 19:02). Ellen White deixa claro que: O diálogo entre Abraão e o homem outrora rico, é figurativo. O importante e o propósito da parábola, é que a todo homem é dada suficiente luz para o desempenho dos deveres dele exigidos. Há responsabilidades do homem são proporcionais às suas oportunidades e privilégios. Ao descrever a parábola do rico e Lázaro, “Cristo desejava que Seus
ouvintes compreendessem a impossibilidade de o homem assegurar a salvação da alma depois da mort e”. Mostrando assim... “a completa falta de esperança em aguardar uma
segunda oportunidade. Esta vida é o único tempo dado ao homem para preparar-se para a eternidade”. RESUMO E CONCLUSÃO A Parábola do rico e Lázaro encontrada em Lucas 16:19-31 têm
levantado interpretações incorretas sobre o que Jesus estava falando com esta ilustração. Não se pode deixar de lado o propósito do uso das parábolas, que era em primeiro lugar clarear a mente para ali introduzir uma verdade fundamental, não sendo em si própria uma verdade. No contexto de Lucas 16 vários grupos de pessoas estavam envolvidas, porém o objetivo desta parábola é direcionado especialmente aos fariseus. Esta seita judaica cria na doutrina da predestinação, imortalidade da alma, assim como também nas recompensas e castigos na vida futura. As almas dos ímpios eram lançadas em prisões, enquanto as dos justos, reviveriam em outros corpos. Ao estudar as palavras do texto relevantes como seio de Abraão, e Hades, nota-se que a esperança do povo judeu, e não só do grupo de fariseus, depositavam suas esperanças no fato de serem descendentes de Abraão e que por ele ser seu progenitor salvaria toda a sua semente. Portanto Jesus estava usando as crenças dos fariseus para lhes dar uma mensagem fundamental de quê o destino de cada homem fica determinado pela forma que aproveita as oportunidades nesta vida. A aplicação mais relevante desta parábola reside na metodologia de Jesus em levar a mensagem do Evangelho. Cristo usou a crença dos fariseus, para lhes ensinar uma verdade fundamental que significa a oportunidade de vida que existe enquanto o homem vive. O que hoje é aparentemente um problema ao se ler a Bíblia, foi a solução para dar a mensagem àqueles homens. Jesus em Lucas 16:19-31, não estava interessado em provar o que era errado e sim o que era certo, pois Ele é a Verdade, Cristo estava mais preocupado em salvar as almas, quebrando paradigmas, conceitos e preconceitos, pois Ele fez tudo para salvar as pessoas. E a mensagem foi dada.portanto uma obra de transformação. BIBLIOGRAFIA “A certain rich man” [Lc 16: 19-31]. Seventh-Day Adventist Bible
Comentary. Ed. Francis D. Nichol. Hagerston, MD: Review and Herald, 1980, 5: 831. Allmen, Jean-Jacques Van. Vocabulário bíblico. São Paulo: Associação de Seminários Teológicos Evangélicos, 1972,914. Apolinário, Pedro. Explicação de textos difíceis da Bíblia. São Paulo: Instituto Adventista de Ensino, 1980, 48. Arnalte,Willian F. e F. Wilbon Gingrich. “Hades”, A Greek Lexicon of the
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Sheol e Purgatório – Lucas 16 confirma a Doutrina Católica Esta entrada foi publicada em março 31, 2012, em Apologética Católica, Doutrinas & Dogmas e marcada Hades, Homem Rico, Inferno, Lázaro, Lucas 16:19-31, outro lado, Parábolas de Jesus, purgatório, summa teológica. Crie um Bookmark do link permanente. 7 Comentários
1 Vote Toda exegese da Bíblia, para ser idônea, deve ser feita com base nos textos originais das Escrituras e não apenas em meras traduções. Haja visto que a linguagem moderna evolui de modo constante, os significados das palavras muitas vezes não são fiéis ao significado intencionado pelo texto em Grego ou em Hebraico. Um bom exemplo disso é o caso da passagem sobre o Homem Rico e Lázaro, em Lucas 16:19-31. Aí, a palavra traduzida em algumas versões da Bíblia como Inferno provém do Latim, ―Infernus ou infernum‖. A palavra ―Infernus‖, em seu sentido original, indicava na verdade, ―Mansão dos Mortos ou Sepulcro‖ e foi usada como o equivalente da palavra grega ” ᾅδης“ ou Hades, usada no texto original da Bíblia. Por isso a palavra ―Infernus‖ aparece no credo católico em seu verdadeiro sentido : ―Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, criador do Céu e da Terra e em Jesus Cristo, Seu único Filho [...] padeceu sob Poncios Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à “Mansão dos Mortos” , ressucitou ao terceiro dia [...]― Ou seja, embora o termo ‖Infernus‖ seja atualmente traduzido para o Português simplesmente como ―inferno‖, em Latim ele não tem o sentido estreito que a palavra em adquiriu no nosso idioma e em outras línguas modernas. ‖Infernus‖ em Latim continua a ter o sentido genérico de ―Mansão dos Mortos ou Sepulcro‖. Por outro lado, o termo ―Infernum Damnatorum‖ (inferno dos danados ou inferno dos condenados) era usado para conotar o que no sentido estreito moderno convencionou-se chamar simplesmente de ―inferno‖, o lugar para onde vão as almas condenadas. Vejamos o que o Pai do Protestantismo, Martinho Lutero, escreveu sobre a parábola do Homem Rico e Lazáro: … o inferno aqui mencionado não pode ser o verdadeiro inferno que começará no dia do juízo. Pois o cadáver do homem rico está, sem dúvida, não no inferno, mas enterrado na terra, que deve, no entanto, ser um lugar onde a alma pode estar mas não tem paz, e não pode ser corpóreo . Portanto parece-me, este inferno é a consciência, que está sem fé e sem a Palavra de Deus, em que a alma está enterrada e mantida até o dia do juízo, quando eles são lançados para baixo do corpo e alma para o
verdadeira e real inferno. ―(Igreja PostIL 1522 -1523) [Os Sermãos de Martinho Lutero, Vol. IV pag 17-32] Aqui vemos que até mesmo Lutero, embora equivocado em sua conclusão - pois as almas que sofrem «embaixo da terra» não são lançadas ao verdadeiro inferno após sua purificação, mas sim, entram no Reino dos Céus - ele admite a existência de um terceiro lugar após a morte A questão 69, artigo 7 do Supplemento da Summa Teológica de Tomas Aquinas, distingue cinco estados da Mansão dos Mortos: paraíso, inferno dos condenados, limbo das crianças, purgatório, e limbo dos Padres: ―A alma separada do corpo está em estado de receber bem ou mal por seus méritos; de modo que após a morte é quer no seu estado de receber a recompensa final, ou no estado de ser impedido de recepção. Se ele está no estado de receber a sua retribuição final, isso acontece de duas formas: ou no respeito do bem, e então é o paraíso, ou no que diz respeito do mal, e, portanto, no que se refere o pecado atual é o inferno, e no que diz respeito o pecado original é o limbo das crianças. Por outro lado, se for no estado onde ele está impedido de receber a sua recompensa final, isto é, quer por conta de um defeito da pessoa, e assim temos o purgatório onde as almas são detidas de receber a sua recompensa ao mesmo tempo em conta dos pecados que cometeram, ou então é por causa de um defeito da natureza, e assim temos o limbo dos Padres, onde os pais foram presos de obter glória por conta da culpa da natureza humana que ainda não podia ser expiada. ―[Questão 69. Assuntos referentes à ressurreição, e o primeiro dos lugares onde as almas se encontram depois da morte] Podemos ainda afirmar que Hades é a tradução padrão da palavra Sheol na Bíblia Seputaginta, bem como outras obras judaicas escritas em Grego. Assim como outras literaturas judaicas escritas em Grego, os cristãos primitivos usaram a palavra grega Hades para traduzir o termo Sheol do hebraico. Assim, em Atos dos Apóstolos 2:27, a frase em hebraico no Salmo 16:10 aparece na forma: ―§ pois não vais abandonar minha vida no sepulcro, nem vais deixar que teu santo experimente a corrupção‖. O Novo Testamento usa o grego Hades para se referir à morada temporária dos mortos ( ex. Atos 2:31; Apocalipse 20:13), ou seja, no sentido traduzido pela Igreja Católica como ―Mansão dos Mortos‖. Apenas uma passagem descreve Hades como um lugar de tormento, na estória de Lazaro e Dives (Lucas 16:19-31). Ai, Jesus descreve um homem ímpio sofrendo o tormento de Hades, que é contrastado com o seio de Abraão, e explica que é impossível atravessar de um local para o outro. Alguns estudiosos acreditam que esta parábola reflete a visão intertestamental judaica de Hades (ou sheol) como contendo divisões separadas para os ímpios e justos. [ New Bible Dictionary 3º editiçãp, IVP Leicester 1996. "Sheol".] [Comissão Alliança Evangélica para Unidade e Verdade entre Evangelicos (2000). A Natuza do Inferno . Acute, Paternoster (Londres).]. Em Apocalipse 20:13-14 hades é em si lançado no lago ―de fogo ‖ após o esvaziamento dos mortos. Em Latim, Hades poderia ser traduzido como Purgatorium (Purgatório em uso em português) depois de cerca de 1200 dC [Católico por uma Razão, editado por Scott Hahn & Leon Suprenant, copyright 1998 por Emmaus Road Publishing, Inc., capítulo por Curtis Martin, pg 294-295]], mas nenhuma tradução moderna relaciona Hades explicitamente com o termo Purgatório.
RESSURREIÇÃO É REENCARNAÇÃO! O rico e Lázaro Em Lucas cap.16 ver.19 ao 30, nós vemos a conhecida história de El'azar(Lázaro) e o homem rico. A hitória contada por Yeshua(Jesus), diz que El'azar(Lázaro) morreu e foi levado pelos anjos até o seio de Avraham(Abraão), posteriormente o homem rico também morreu e foi lançado no sh'ol(Inferno). Ao contar a história, Yeshua(Jesus) deixa claro que que o homem rico não perdeu a memória quando morreu, ao contràrio, ele estava bem consciênte e pode ver de fato que o inferno era realmente um lugar, e não um mito. Além de estar em um lugar espiritual, o rico também não ficou na escuridão total como se estivesse cego, disse Yeshua(Jesus), que ele podia enxergar Avraham(Abraão) que já tinha morrido a centenas de anos, em forma humana, e na condição de espírito desencarnado. Nos braços de Avraham, estava El'zar que havia morrido recentimente, âmbos estavam desencarnados, mas mantendo a mesma forma humana de quando estavam encarnados. Além de poder ver, o rico também podia sentir cede, além de dor, pois glitava por Avraham pedindo pra que ele mandasse Al'azar molhar na água a ponta do seu dedo e lhe refrescar a língua. E no mundo espiritual tem água? Sim, do fogo nós já sabemos pois o rico dizia que estava atormentado na chama, mas da água, a Bíblia diz o seguinte:"E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro."(Apocalipse cap.22 ver.1)O homem rico estava consciente e não perdeu os sentidos, pois lembrava que na terra tinha deixado cinco irmãos, e expressava preocupação com eles, pois temia que os tais também fossem ta para inferno. A conversa entre esses dois espíritos desencarnados continua, e o homem rico diz que se um dos mortos fosse até eles, talvez eles se arrependeriam. Avraham lhe responde que na terra tinha Moshe(Moisés) e os profetas, certamente isso aconteceu no tempo de Moshe, antes de Yeshua encarnar. Avraham responde que, se eles não ouviam os que estavam vivos, também não dariam ouvidos se um morto ressuscitasse para lhes advertir. Vemos aquí três espíritos desencarnados conversando e em plena forma humana. Eles tiveram que morrer para desencarnar, e é claro que quando eles forem ressuscitados, irão reencarnar. A ressurreição dos mortos é a reencarnação dos espíritos dos que já morreram. No rassidísmo, D'us é Eterno e consequentemente o sopro do D'us Eterno é eterno também. O inferno não é a sepultura como muitos pregam, ele é um lugar espíritual reservado para os que não serviram a D'us. Muitas seitas pregam que o espírito do ser humano é apenas uma energia, que ao ser desligada da tomada se acaba tudo. Se assim fosse, não haveria ressurreição de mortos, mas sim, a criação de ouros seres humanos. O que seria dos que morreram comidos pelos tubarões em alto mar? Pois certamente os tubarões defecariam e outros peixes como os golfinhos comeriam as suas fezes. Depois os golfinhos também defecariam e outros peixes menores como as sardinhas comeriam as suas fezes, e de igual modo as sardinhas defecariam e outros peixes menores ainda comeriam as suas fezes e não sobraria mais nenhum corpo para ser ressuscitado. Se os que pregam que não existe vida após a morte do corpo físico estivessem certos, não haveria ressurreição de mortos, mas sim, a criação de outros seres humanos. A verdade é a seguinte: O nosso corpo físico é apenas uma roupa, que ao morrer-mos, a deixamos de lado, e que ao ressuscitar-mos receberemos uma outra melhor ainda, totalmente incorrupitível, e é isso que nós chamamos de reencarnação. Estamos dizendo que a ressurreição de mortos é a reencarnação do espírito, mas deixamos bem claro que tanto El'zar, como o homem rico, estavam impedidos de sair do Paraiso e do inferno, e portanto, ninguem fica encarnando e desencarnando. Haverá apenas duas reencarnação, a primeira será no
retorno do Mashiach, essa será a ressurreição dos que estão no Paraiso; a segunda será a reencarnação dos espíritos que estão no inferno, mil anos depois do reinado de Yeshua. Acredite se quiser, isso é Bíblia e a história de El'azar e o homem rico foi contada por Jesus. Em Lucas cap.9 ver.47 está escrito: E, se o teu olho está te fazendo pecar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só lho, do que, tendo dois olhos, seres lançados no fogo do inferno." Yeshua não disse que a pessoa seria lançada no fogo da sepultura, mais sim, no fogo do inferno. O inferno não é invenção do diabo, do diabo mesmo são esses que dizem que inferno é sepultura, pois a vontade de HaSatan é que todos sejam lançados lá. Isso não é mitologia pagã, isso é Bíblia! Mais espíritos desencarnados Em Apocalipse cap.6 vs.9, 10 e 11 está escrito: "E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor ao testemunho que deram. E glitavam muito alto, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram das a cada um cumpridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram mortos." Como vemos, a Bíblia mostra mais uma vez espíritos desencarnados que não perderam a consciência e que falavam normalmente como se ainda estivessem encarnados. E mesmo assim, algumas facções religiosas dizem que vida após a morte do corpo físico e mitologia. Um dia esses espíritos desencarnados vão resssuscitar, reencarnando em um corpo incorrupitivel. Isso também não é mitologia pagã, isso é Bíblia! E Paraíso, também significa sepultura? Em Lucas cap.23 ver.43 está escrito:"E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no Paraíso" Os pregadores de conceito pessoal dizem que inferno significa sepultura e que tal lugar não existe. Mas se pra eles, inferno significa sepultura, o que significa Paraiso, será que vão dizer que significa sepultura também? Porque o ladrão que morreu salvo ao lado de Jesus não foi para o inferno, mas sim, para o Paraíso. Mas eu sei que tais pregadores são discarados e capazes de chamar de mitologia pagã o que está na Bíblia, pra dizer que real são os seus conceitos. Outros espíritos desencarnados Em 1ª carta de Pedro, cap.3 vs.19 e 20, está escrito: "No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão. Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas( isto é, oito) pessoas se salvaram pela água." Entendemos pelo versículo acima que, ao morrer na cruz, Jesus desencarnou e foi com o es ladrão para o Paraíso, em seguida foi ao inferno e encontrou milhares de espíritos desencarnados desde o tempo de Noé, e pregou para eles. Está claro pelas Sagradas Escrituras que, para que tais espíritos ouvissem a pregação de Jesus, seria necessário estarem conscientes e terem audição para ouvir. Outra coisa que está bem clara é que as referências bíblica mostra o inferno como uma prisão temporária, ou seja, um lugar
espiritual. Esses espíritos estão desencarnados, depois do reinado de Jesus haverá a segunda ressurreição dos mortos e eles irão reencarnar para serem julgados. Isso não foi tirado das paginas dos livrinhos dos historiadores contraditórios, mas sim, da palavra de D'us, acredite se quiser! A aparição de Moisés Mateus cap.17 ver.1 ao 4, conta que Jesus saiu com os discípulos Yacóv(Tiago) Yochanan(João) E Kefas(Pedro), e eles viram Moisés que já tinha morrido a centenas de anos. Moisés estava desencarnado e mesmo não tendo um corpo físico, mantinha a forma humana. Isso também não foi escrito por historiadores mundanos, mas sim, por homens inspirados pelo Espírito de D'us. Yehudim Mashihim acreditavam em reencarnação Atos cap.12 ver.12 ao 15 conta que Pedro ao ser libertado da prisão por um anjo, se dirigiu a uma casa onde alguns irmãos oravam, e quando chegou, uma menina chamada Rode foi ver quem era,e vendo que era Pedro, ficou tão alegre que esqueceu de abrir a porta e correu para dar a notícia aos outros que ao ouví-la disseram, que não era ele, mas sim o seu espírito. Se eles acreditavam que podia ser o espírito de Pedro, é porque acreditavam em vida após a morte do corpo físico. Isso também não foi tirado dos livros dos históriadores que contaram aqui-lo que pensam ou acham que era, mas sim, das páginas das Sagradas Escrituras! Paulo saiu do corpo físico e foi até o Paraiso em espírito(2º Corintios cap.12 ver. 1 ao 4) Isso também é mitologia pagã, pra você? Os discípulos acreditavam que Jesus fosse um espírito(Lucas cap.24 ver.36 ao 39) Então acreditanvam em vida após a morte; mas só que não foram repreendidos por Jesus, por terem essa crença. Os judeus tradicionais acreditavam que Jesus fosse a reencarnação de um dos profetas antigos (Mateus cap.16 vs.13 e 14) Jesus não os repreendeu e nem tão pouco tentou corrigí-los por isso! Para Paulo existe corpo espiritual(1º Corintios cap.15 ver.44) Isso é Bíblia, se você não acredita, o probrema é teu! Paulo e Pedro falam em deixar o corpo físico(Filipenses cap.1 ver.21 ao 24 e 2ª carta de Pedro cap.1 vs.14 e 15) Para esses homens de D'us, morrer seria viver fora do corpo e conviver com o Mashiach! Existe uma outra vida além desta(1ºCorintios cap.15 ver.19)Acredite se quiser! Os médicos americanos, Jeff Long, Melvin Morse, Tony Lawrence e Richard Kent, contaram que o estado de E.Q.M.S. em que as pessoas ficam mortas por até 36hs, levaram eles a crer
que o que as pessoas veem após a morte não são coisas do célebro, pois até mesmo pessoas cegas de nascença e que nunca viram nada durante suas vidas, contam que viram o inferno ou o Paraíso, e nunca permanecem como antes, mas mudam de vida completamente. Dizem eles, que pelo menos 15 milhões de americanos já passaram por esta experiência e sempre rernam ao corpo após ouvir uma vós ou uma pessoa dizer que ainda não chegou a sua hora. D'us não deixou de existir só porque os ateus não acreditam na sua existência, o inferno também não depende da sua fé para ser real, ele é um lugar, uma prisão temporária de sofrimento para os que não tem salvação. Acredite se queser! SE VOCÊ PREFERE DEIXAR DE LADO A BÍBLIA, PARA FICAR COM O QUE DIZ O TEU LÍDER, SEM QUESTIONÁ-LO ACERCA DISSO, MESMO COM TANTA BASE BÍBLICA QUE VOCÊ ESTÁ VENDO, MESMO TENDO DOIS OLHOS PARA ENXERGAR OS VERSÍCULOS E NÃO PRECISAR QUE NINGUÉM OS LEIAM PRA VOCÊ, MESMO SABENDO LER E NÃO DEPENDENDO DE NINGUÉM PARA LÊ-LOS; ENTÃO, NÃO RESTA NADA A FAZER!
Parábola do Rico e Lázaro (II Parte) por Diego Yo'ets em Qui 09 Dez 2010, 12:37 pm Shalom Irmãos. Já vimos no estudo anterior (Aqui) que nenhuma das quarenta e quatro parábolas proferidas por Yeshua podem ser aceitas literalmente, porque parábola é uma ilustração para clarear o ensino. Chegamos então à conclusão de que é um equívoco considerar parábolas pelo lado literal e aplicá-las para sedimentar doutrina bíblica. Fica, por conseguinte, claro, que Yeshua não ensinou o que se prega hoje em dia, baseando-se nesta parábola. Finalmente, afirmo, essa parábola não foi mencionada por Yeshua como uma doutrina. Digo-lhe no Senhor. A única coisa de escatológica e doutrinária, em toda a narração, só é o verso 31, que é o final da estória e que trata da ressurreição, nada mais. O que, afinal, desejava ensinar o Senhor? É o assunto que estudaremos a seguir, com toda a sinceridade de uma meiga criança. Fizemos o estudo literal dessa parábola, apenas para demonstrar a que absurdos chegaríamos caso a aceitássemos como uma doutrina e não uma estória, ficção, como realmente é, uma vez que ela tem sido usada literalmente para abonar a doutrina da imortalidade da alma e do céu e inferno. O Rico da parábola era uma ―símile‖ dos judeus, a quem D'us fez os depositários dos oráculos divinos. Deveriam por isso ser a luz das nações. Os reis da terra deveriam caminhar vendo a glória de D'us sobre eles. Isaías 60:3.
O mendigo parabólico também era uma ―símile‖ (analogia – semelhança) dos gentios, que eram, coitados, considerados como cães, imundos e indignos do favor do Céu, pelos judeus. Destacamos ainda, as palavras do livro Parábolas de Yeshua, págs. 267/268, este outro pensamento: ―O Senhor fizera dos judeus depositários da verdade sagrada. Nomeou -os mordomos de Sua graça. Deu-lhes todas as vantagens temporais e espirituais, encarregou-os de partilhar estas bênçãos. Uma instrução especial fora-lhes dada concernente ao tratamento de irmãos empobrecidos, dos estrangeiros dentro de suas portas e dos pobres entre estes. Não deveriam procurar ganhar tudo para o proveito próprio, antes deveriam lembrar-se dos necessitados e repartir com eles. E D'us prometeu abençoá-los de acordo com as obras de amor e misericórdia. Como o rico, porém, não estendiam a mão auxiliadora para aliviar as necessidades temporais e espirituais da humanidade sofredora. (Permitia-lhe comer das migalhas. Mas ele poderia fazer muito por ele e não o fez). Cheios de orgulho, consideravam-se o povo escolhido e favorecido de D'us; contudo não serviam nem adoravam a D'us. Depositavam confiança na circunstância de serem filhos de Abraão. ‗Somos descendência de Abraão‘ (João 8:33), diziam, com altivez. Ao chegar a crise, foi revelado que se tinham divorciado de D'us, e confiado em Abraão como se fosse D'us.‖ – Assim que, foram os judeus comparados ao homem Rico da parábola, porque tinham as riquezas do evangelho; no entanto, não cumpriram a vontade de D'us a seu respeito, que era de ser a luz dos gentios. Os judeus apenas pegavam carona na fé de Abraão, onde deveriam eles mesmos devotarem sua fé. No campo religioso, os pobres gentios pegavam mesmo, apenas as migalhas. No pátio do Templo de Jerusalém havia uma linha demarcatória que, se os gentios dali passassem, eram mortos no ato, isso porque eram considerados indignos de cultuar a Jeová neste santuário. . Entretanto, encontramos nas Escrituras belos exemplos de verdadeira fé entre os gentios, como é o caso do centurião romano de Cafarnaum pedindo a Yeshua que curasse seu criado, conforme se lê em Mateus 8:5-13. Nesta experiência o centurião expressou exatamente o que os judeus pensavam dos gentios: ―No sou digno de que entreis em minha casa...‖ (verso . No entanto, o centurião demonstrou grande fé quando disse: ―Diga somente uma palavra e meu criado sarará...‖ (verso . Yeshua curou o servo daquele gentio e publicamente elogiou sua fé com estas palavras: ―...Nem mesmo em Israel encontrei tanta fé...‖ (verso 10), assegurando que muitos gentios assentar -se-ão à mesa com Abraão (Veja Gálatas 3:27-29; Romanos 10:12). Anote agora, este outro belo exemplo de sublime e sincera fé: ―E, partindo Yeshua dali, foi para as bandas de Tiro e Sidom. E eis que uma mulher Cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou dizendo: Senhor, filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoniada. Mas Ele não lhe respondeu palavra. E os discípulos, chegando ao pé dEle, rogaram-lhe dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. E Ele respondendo disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Então chegou ela e adorou-O dizendo: Senhor, socorre-me. Ele porém, respondendo disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Então respondeu Yeshua, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé: Seja isto feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã.‖ – Mateus 15: 21-28. Yeshua não possuía o preconceito dos judeus com relação aos gentios. Ele apenas procedeu assim para que fosse revelada, publicamente, a fé daquela mulher gentílica,
naquEle que veio para o Seu próprio povo, e este não O aceitou. Aqui estão, amados, dois exemplos de grande fé, revelada por aqueles que eram literalmente considerados como ―cães‖, indignos dos favores e bênçãos divinos, por serem gentios. No entanto, mereceu do Mestre elogios tais, por uma fé que não havia encontrado em Seu próprio povo. Por favor, observe a preferência de Yeshua pelos FILHOS. Quem são eles? Mateus 10:5-6 ―Yeshua enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel.‖ Eram, portanto, os filhos, a casa de Israel, nação judaica, aquele povo tão amado por D'us, nação diferenciada entre todas com bênçãos inefáveis; e agora, para sedimentar, provar o cuidado, amor, preferência de D'us por ela, o próprio Yeshua vem, e envia discípulos a lhes pregar as boas-novas do Reino. Por conseguinte, queria Yeshua ensinar, na parábola do Rico e Lázaro, que os judeus (Rico) banqueteavam-se na mesa da verdade, enquanto os gentios (Lázaro), coitados, eram os cachorrinhos que procuravam a todo custo apanhar migalhas do evangelho. E parabéns para eles, passaram das migalhas para as gemas puras e cristalinas do santo evangelho do Senhor. Os ricos vestiam-se de linho branco. O branco significa paz, pureza, e era isso que D'us lhes desejava, caso ouvissem, e fossem fiéis ao legado divino. Os gentios eram o Lázaro tão repelente quanto o leproso. Eram os leprosos espirituais. Não tinham direito, como pensavam os judeus, às bênçãos e favores de D'us. Mas, irmão, a mesa da verdade, da qual se orgulhavam os judeus, tornou-se em laço para eles. Romanos 11:9 ―E Davi diz: Torne-se-lhes sua mesa em laço, e em armadilha, e em tropeço, por sua retribuição.‖ E, na verdade, esse foi o quinhão de um povo recalcitrante, endurecido por tanta desobediência e rebelião. Embora representassem a preferência nacional de D'us, os judeus rejeitaram e mataram o Senhor do evangelho, por isso foram ―quebrados‖ e outros ―galhos‖ foram ―enxertados‖ na Oliveira – nós, os gentios – representados na parábola, por Lázaro, o mendigo. Romanos 11:17-21. A maior prova de que o Rico (nação judaica) recebeu ―seus bens em sua vida‖, como informa a parábola, foi o fato de ter sido chamada para ser o sacerdócio real de D'us na Terra, nação santa, peculiar. Sobre ela dispensou o Senhor, por séculos, bênçãos sem medidas, deu-lhes uma terra onde mana leite e mel e por fim deu-lhes o próprio Messias. E qual foi a reação do Rico (judeus)?: ―...Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam...‖ João 1:11. Os judeus, portanto, rejeitaram o Messias (o Rico morre). Esta rejeição consolidou-se com o apedrejamento de Estêvão, o primeiro mártir (Atos 7:54-60), quando então os filhinhos ou o Rico da parábola, perderam definitivamente a preferência divina, bem como o direito à salvação como um povo, embora individualmente tenham direito a ela. Após o apedrejamento de Estêvão, ocorreu uma grande perseguição aos cristãos (Atos 8:1). Esta perseguição, conquanto não pareça, constituiu-se em uma milagrosa operação celestial, pois o evangelho foi anunciado poderosamente aos gentios (Lázaro), para que eles também participassem do banquete da salvação. Agora, não comeriam mais migalhas da mesa de seu Senhor, mas fariam parte inconteste da mesa da verdade. Veja que maravilhoso: ―Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se pregasse primeiro a Palavra de D'us; mas visto como a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida
eterna, eis que nos voltamos para os gentios; porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te puz para luz dos gentios, para que sejas de salvação até os confins da Terra. E os gentios ouvindo isso, alegraram-se, e glorificavam a Palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna. E a Palavra do Senhor se divulgava por toda aquela província.‖ Atos 13: 46-49. ―Ouviram os apóstolos e os irmãos que estavam na Judéia, que também os gentios tinham recebido a Palavra de D'us.‖ Atos 11:1. Perceba o quadro atual: O RICO EM TORMENTO (judeus) Perderam a hegemonia nacional, conforme a Parábola. Perderam o privilégio de ser o povo escolhido de D'us (Deut. 7:6). Perderam o majetoso templo, a nação, e dispersos foram por todo o mundo. Muito embora D'us os ame a todos, e, individualmente tenham direito à salvação, desde que aceitem a Yeshua HaMashiach como Salvador pessoal. LÁZARO CONSOLADO no seio de Abraão (gentios) Possuem a verdade, exercem fé, crêem, vivem e pregam o evangelho, esperam a volta de Yeshua e transformaram-se na geração eleita de D'us, ouça: ―Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquEle que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz; vós que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de D'us; que não tinheis alcançado misericórdia, mas agora alcan-çastes misericórdia.‖ I. Pedro 2:9-10. ABRAÃO Entrou nessa parábola, porque é considerado o pai da fé, segundo a Bíblia. E todos os que se salvarem, o serão pela fé em HaMashiach, e nunca por obras ou méritos próprios; e serão chamados filhos de Abraão pela fé. Gálatas 3: 9. O SEIO DE ABRAÃO Quer dizer, simplesmente: Privilégios e favores. Ó gentios! Como D'us nos ama! Para finalizar, tenhamos em mente este pensamento: ―Na parábola do Rico e Lázaro, HaMashiach mostra que nesta vida os homens decidem seu destino eterno. Durante o tempo da Graça de D'us, esta é oferecida a toda alma. Mas, se os homens desperdiçam as oportunidades na satisfação própria, segregam-se da vida eterna. Não lhes será concedida nova oportunidade. Por sua própria escolha cavaram entre eles e D'us um abismo intransponível.‖ – Paráb. de Yeshua, pág. 260. Meus queridos irmãos, está claro que, nesta parábola, Yeshua continua apresentando a lição iniciada com a parábola do mordomo infiel de Lucas 16:1-12, e a tônica de Seu ensino é que o ―destino eterno‖ de uma pessoa é determinado pelo uso que ela faz das oportunidades que se apresentam HOJE. Assim, pois, sem sombras de dúvidas, a parábola do Rico e Lázaro foi apresentada por Yeshua para esclarecer definitivamente que o destino do homem – rico ou pobre é decidido aqui nesta vida, ―pelo uso feito dos privilégios e oportunidades‖ c onferidos por D'us. Leia, como complemento: Mateus 16:27; 25:31-41. I Coríntios 15:51-55. I Tessalonicenses 4:16-17. Apocalipse 22:12, etc. Tenho ânsias de explodir em brados de aleluias ao Senhor, pois que Ele é bom, e nos dá sabedoria para andarmos