ANESTESIA GERAL A primeira intervenção cirúrgica a fazer uso da anestesia geral foi realizada no ano de 1846 pelo cirurgião John Collins Warren, extirpando um tumor no pescoço de um jovem de 17 anos. A anestesia geral inalatória foi administrada pelo dentista Willian Thomas Green morton que utilizou uma aparelho inalador por ele idealizado. Morton já realizava com sucesso extrações dentárias sem dor com inalação de éter. E antevira a possibilidade da cirurgia sem dor, e recebeu autorização para demostração no hospital onde a prática foi realizada. Ele porém não revelava a natureza da substancia química que utilizava. Precionado pela Associação médica de Boston, para que novas intervenções cirúrgicas fossem realizadas sem dor teve de revelar a composição, que era apenas éter sulfúrico puro. Até então a insensibilidade total num ato cirúrgico era considerada uma utopia entre os acadêmicos. A anestesia geral é formada por várias substancias combinadas, que retiram a consciência, a dor e relaxam a musculatura. Podem ser inaláveis ou injetáveis, e os dois processos podem combinados. É usada para procedimentos mais complexos, como transplantes de órgãos, cirurgias torácicas e cerebrais. A duração desse tipo de anestesia é variável e o paciente fica completamente inconsciente. Existem 3 tipos de anestesia geral: endovenosa, inalatótia pura e balanceada. A inalatória pura é mais usada em crianças, e usa-se mais em adultos a balanceada; que é a indução venosa e manutenção inalatória. Os riscos dependem das condições clinicas do paciente. 1 em 200 mil sofre parada cardíaca ou respiratória. Em casos extremos pode levar à morte. Os anestésicos gerais produzem pr oduzem um estado de inconsciência in consciência em que o indivíduo: não sabe o que está acontecendo; não sente dores; fica imóvel; não possui qualquer memória do período de tempo em que ficou anestesiado. y y y y
Não está completamente esclarecido como funciona a anestesia geral em nível celular, mas acredita-se que os anestésicos gerais afetam a coluna vertebral (resultando em imobilidade), o sistema de ativação reticular do tronco cerebral (resultando em inconsciência) e o córtex cerebral. A anestesia geral pode ser administrada como um gás inalado ou um líquido injetado. Existem vários medicamentos e gases que podem ser combinados ou utilizados sozinhos para produzir a anestesia geral. A potência de um anestésico é medida como concentração alveolar mínima (CAM). Este termo descreve a potência dos gases anestésicos. Alvéolo é a área no pulmão onde os gases entram e saem da corrente sangüínea através do sistema capilar. Tecnicamente, a CAM é a pressão alveolar parcial de um gás. Cerca de 50% das pessoas tornam-se inconscientes ao inalarem o gás e não se movem com um estímulo doloroso, como uma incisão na pele. Os anestésicos líquidos injetáveis possuem uma "CAM equivalente" que é a concentração sangüínea do anestésico líquido que causa o mesmo efeito. Utilizando a CAM como uma diretriz, a quantidade de anestésico administrado a um paciente depende das necessidades particulares dele. Quando o anestésico atinge a corrente sangüínea, os medicamentos que afetam o cérebro passam através de outros vasos sangüíneos sa ngüíneos e órgãos de maneira que eles também são afetados. Portanto, os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente. O anestesiologista monitora continuamente os batimentos do coração do paciente, o ritmo cardíaco, a pressão sangüínea, a taxa respiratória e a saturação do oxigênio. Alguns pacientes podem passar por um monitoramento mais extensivo dependendo da sua saúde e de que tipo de procedimento ou cirurgia estão sofrendo. A maioria dos adultos são primeiramente anestesiados com anestésicos líquidos intravenosos, depois, quando já estão dormindo, com gases anestésicos. anestési cos. As crianças, entretanto, não gostam de
injeções ou catéteres intravenosos sendo inseridos enquanto estão acordadas, por isso são anestesiadas com gases. MECANIS MO DE
AÇÃO DOS ANESTÉSICOS GERAIS
Quando um anestésico geral é administrado e passa para a corrente sangüínea em quantidade suficiente, através dela alcança o sistema nervoso central deprimindo-o da seguinte maneira: 1. Cérebro (córtex cerebral): memória, juízo e consciência; 2. Cerebelo (gânglios basais): coordenação muscular; 3. Medula espinhal : impulsos motores e sensoriais; 4. Centros medulares: centros respiratórios e circulatórios. O cérebro deprimido produz a perda de memória ou amnésia, dificuldade no exercício pleno do juízo, confusão dos sentidos e finalmente inconsciência. No entanto, o paciente reage a estímulos dolorosos com movimentos musculares mais ou menos coordenados. Com a depressão do cerebelo, há perda da coordenação muscular e o paciente pode realizar apenas movimentos confusos, em resposta a estímulos dolorosos. Com o aumento da depressão pela anestesia geral, a medula espinhal perde a capacidade de transmitir impulsos motores e sensoriais, não havendo resposta muscular aos estímulos dolorosos. Com a depressão dos centros medulares cessam a respiração e a circulação. O inicio dos efeitos da anestesia inalatória pode demorar. Seu mecanismo de ação ainda não foi completamente desvendado pela medicina. E a teoria mais aceita é a de que eles agem na membrana lipídica dos neurônios impedindo os impulsos nervosos.
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
Anestésico
Caracte Cara cterí rí stic stic as
Efeitos adv er sos sos
Halotano
Não é explosivo, indução e recuperação rápidas
Hipertermia maligna e hepatotoxicidade; Relaxamento uterino, hipotensor
Óxido nitroso NO
Usado como adjuvante em anestesia, ou durante o parto, indução e recuperação rápidas
Risco de depressão na medula óssea
Enflurano
Velocidade moderada de indução e recuperação rápida, menor risco de toxicidade que o halotano.
Risco de convulsões
Isoflurano
Amplamente utilizado, mas é caro,
Isquemia miocárdica em pacientes com doença coronariana, irritante para o TGI
2
pouco tóxico.
Desflurano e Sevoflurano
Semelhantes ao isoflurano, com inico e recuperação mais rápidos
Éter ( em desuso ) Obsoleto, inicio e recuperação lentos
Irritaçaõ no TGI e hipertermia malígna.
Explosivo, vômitos, irritante para o TGI
Por que existem tantos tipos diferentes de gases? Porque cada um possui propriedades específicas. Por exemplo, o sevoflurano e o halotano são mais fáceis de inalar enquanto o desflurano é muito irritante e possui uma duração mais curta. Se for necessário um anestésico de ação curta, o anestesiologista pode mudar para o desflurano depois que você dormir. O óxido nitroso é de fácil inalação, mas quando é utilizado sozinho não é potente o suficiente para ser um anestésico geral completo. Entretanto, ele pode ser utilizado sozinho para sedação ou combinado com outros anestésicos inalados ou injetados para a anestesia geral. Estes gases possuem também efeitos diferentes em outros órgãos. Por exemplo, o halotano pode fazer os batimentos do coração diminuírem e a pressão cair, enquanto que o desflurano pode fazer os batimentos cardíacos aumentarem e a pressão sangüínea subir. Como estes anestésicos inalados atingem o cérebro? Quando um gás anestésico é inalado, o sangue que viaja através dos pulmões carrega o gás anestésico para as células do sistema nervoso central. A taxa em que a corrente sangüínea absorve o anestésico depende de vários fatores, incluindo a concentração do gás inspirado, a taxa de fluxo do gás da máquina de anestesia, a solubilidade do gás no sangue, a taxa e profundidade da respiração e a quantidade de sangue que o coração bombeia a cada minuto na pessoa que está respirando o gás. Uma propriedade importante dos anestésicos é a reversibilidade. Quando a cirurgia termina, o anestesiologista precisa interromper o anestésico e acordar o paciente do sono induzido. Uma vez que o gás anestésico anest ésico é interrompido, a corrente corr ente sangüínea traz tra z de volta o gás para os pulmões, onde ele é eliminado. Quanto mais solúvel for o gás no sangue, mais demorado será para eliminálo. O óxido nitroso e o desflurano são gases anestésicos de curta duração porque são menos solúveis no sangue. POSOLOGIA
A posologia dos inalantes varia de acordo com a fase da anestesia.conforme for requerido mais anestésico, o anestesiologista irá infundir. Também de acordo com a idade do paciente. Pode administrar em conjunto com O2 ou Oxido nitroso, geralmente a dose do HALOTANO é de 0,5% e 3% e a dose de manutenção varia de 0,5% a 1,5%. Usando apenas O2 como veículo será necessário 4% a 5 % de HALOTANO para apressar a indução. ENFLURAM - a dosagem mais elevada não deve ultrapassar 4%. A manutenção 0,5% a 2%. Indução com 0,5% tendo como veículo O2 puro ou O2/NO2, aumentando-se gradativamente após algumas inspirações. ISOFLURANO - Indução anestésica numa concentração de 0,5%. Manutenção a 1,0% a 2,5%. Pode usar O2 puro ou mistura com O2 e NO.
EFEITOS COLATERAIS Vai depender do tipo de anestésico empregado. Alguns:
CHOQUE ANAFILÁTICO NÁUSEAS FRIO VÔMITOS DEPRESSÃO CARDIO-RESPIRATÓRIA
PODE OCORRER PRESSÃO INTRA-CRANIANA ( HALOTANO ), DEVENDO SER EVITADA ANTES DE ADM. O ANESTÉSICO
ANESTÉSICOS ENDOVENOSOS Um medicamento anestésico líquido é liberado no cérebro pela injeção direta na corrente sangüínea, geralmente através de um cateter intravenoso. Exemplos de medicamentos injetáveis são barbitúricos, propofol, ketamina e etomidato, bem como grandes doses de narcóticos (como a morfina) e benzodiazepinas (medicamentos semelhantes ao Valium). Estes medicamentos atingem rapidamente o cérebro e seu efeito depende de vários fatores incluindo o volume no qual o medicamento é distribuído pelo corpo, a solubilidade do medicamento na gordura e a rapidez com a qual o corpo elimina o medicamento. Um anestésico barbitúrico injetável muito utilizado é o tiopental sódico, também conhecido como Pentotal. Este medicamento é solúvel na gordura e age rapidamente. Se você receber o tiopental sódico e começar a contar con tar de 0 até 100 após o medicamento ter t er ser injetado, provavelmente não conseguirá passar do 5. Alguns anestésicos injetáveis são utilizados em baixas doses para a sedação. Uma pequena dose de um narcótico ou uma benzodiazepina pode diminuir muito a ansiedade. Estes medicamentos são utilizados nestas doses como uma pré-medicação antes da anestesia geral ou como o "sono crepuscular" ou sedação quando utilizado em conjunto com a anestesia local ou regional. HIPNÓTICOS HIPNÓTICOS (hipnose)
TIOPENTAL ( posologia : 1 mg, ou seja, 20 ml a 5% ) PROPOFOL ( posologia depende da idade, e necessidade do paciente, normalmente 4 ml cada 10 seg. até o estabelecimento da anestesia ) BENZOADIAZEPÍNICOS (Midazolam e Diazepam ) ETOMIDATO
EFEITOS COLATERAIS : depressão cardiovascular e respiratória, vasodilatação, apnéia e hipotensão.
OPIÓIDES ( analgesia e bloqueio de reflexos autonômicos )
MORFINA FENTANIL TRAMADOL , NALBUFINA
EFEITOS COLATERAIS: depressão respiratória, apnéia, prurido, retenção urinária, rigidez tóraxica, bradicardia.
BLOQUEADORES
NEUROMUSCU LARES ( relaxamento muscular )
PANCURÔNIO ATRACÚRIO SUCCINILCOLINA
EFEITOS COLATERAIS : Liberação de histamina, taquicardia, hipotensão, broncoespasmo, hipercalemia, hipertemia maligna, efeito residual prolongado.
EFEITOS DESEJÁVEIS DE UMA ANESTESIA GERAL:
SEDAÇÃO INCONCIÊNCIA ( chamada também de hipnose) IMOBILIDADE AUSÊNCIA DE DOR ( analgesia ) LAPSO DE MEMÓRIA DURANTE O PERÍODO ANESTÉSICO (amnésia )
MAGEM CUIDADOS DE ENFER
Verificar dieta. Suspenção de dieta sólida por 12 horas
Retirar próteses, jóias, relógios Fornecimento de roupa própria do hospital Colocação de sonda vesical de alivio Preparar o leito pós-operátrio Orientar o paciente quanto a cirurgia Tricotomia Esvaziamento intestinal
BIBLIOGRAFIA http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080507065919AA3Phlp http://www.medicinaintensiva.com.br/ http://www.doutrina.linear.nom.br/cientifico/Curiosidades/BREVE%20HIST%D3RIA%20DA%20ANE STESIA%20GERAL.htm
http://saude.hsw.uol.com.br/anestesia3.htm