As Faces da Magia
" Os Os domínios do mistério prometem as mais belas experiências" experiências "
Einstein
Hoje nós estamos muito distante da realidade mágica e pensamos nela como um sonho, uma ilusão, que nos surge como algo fantástico; isso ocorre porque a nossa atual civilização, com sua perspectiva dualista, separa Espirito de Matria, a ponto de nos perguntarmos! o que Magia " #m misto de superstiç$es crenças e encantamentos " % água cascateando cascateando nas pedras, e um um &om ouvido escutando a voz do rio, isso Magia' Muitos rirão, pois, em nosso mundo de frio i ntelectualismo, não há lugar para essas &esteiras, estamos muito ocupados, destruindo o mundo''' e a nós mesmos' Mas vamos ver por que o ocidente separou as coisas, a ponto de desumanizar as criaturas afastando(as da realidade mágica' )sso ocorreu em nossa cultura, pela cisão entre sujeito e o&jeto, onde ora prevalece o o&jeto como na filosofia grega clássica, na filosofia medieval cristã, no materialismo mec*nicista, &ase da ci+ncia no ocidente' ra prevalece o sujeito, como no per-odo moderno, com o racionalismo de .escartes, /pinosa, 0ant e Hengel ou mesmo com o irracionalismo de 1ietzsche' % essa polarização polarização da consci+ncia, Heidegger chamou de 2esquecimento do ser2 que promove, progressivamente, a perda da intuição mais profunda, possu-das pelos filósofos pr(socraticos' Esse movimento pendular da consci+ncia humana nos afasta do 3eal, do completo, do 4odo 4odo onde sujeito e o&jeto se conjugam de uma forma em que a Magia mais do que poss-vel, natural' /o&re essa realidade vemos algo na o&ra de 5arlos 5asta6eda, onde o di sc-pulo deve a&andonar sua antiga visão de mundo e passar a viver como um 2guerreiro2 que enfrenta o a&ismo, afim de conquistar a 4erceira 4erceira %tenção, um estado de consci+ncia, que, em 7ltima inst*ncia, envolve uma transmutação f-sica radical, uma verdadeira vitória so&re a morte' Encontramos ai um paralelo com a filosofia do pr(socrático Heráclito, para quem 2 a guerra era o pai de todas as coisas2, que acreditava que só com a consci+ncia do guerreiro, avança(se na /enda do 5onhecimento' 5ompreendemos então, porque o disc-pulo em prova, deve realizar os doze tra&alhos de Heracles, ou de Hrcules, donde derivou o nome Heráclito' 1essa poca de viol+ncia em que vivemos, para que não haja mal(entendidos esclarecemos que 2a guerra do guerreiro2, a luta an8nima de vida ou morte que cada um de nós, como disc-pulo, trava com o seu auto refle9o, sua personalidade, que o priva de sua verdadeira natureza' /egundo :aco& oehme, 2a Grande Obra dos herméticos deve cumprir-se [no discípulo], e ele deve aceitar sua "angustia" – o conflito entre o fogo e a luz O homem deve estar em guerra consigo mesmo se dese!a ser um cidado do céu O combate é inevit#vel e a vit$ria é possível
por%ue temos a ess&ncia dos tr&s mundos dentro de n$s, e estamos, cheios de todos os poderes de 'eus'2
=do mundo f-sico, do mundo ps-quico e do mundo espiritual>'
1essa guerra, caindo e levantando, o disc-pulo vai conscientizando(se das ?eis #niversais, que regem o 0arma, a 3eencarnação, a E volução, o ?ivre %r&-trio, etc', perce&endo progressivamente a Magia que nos rege' Em relação a essa percepção nossa mestra H'<'' nos ensinou que há muito os homens tomaram contato com as sutilezas cósmicas, ela afirmava que 2 ) *agia aparece no mundo com as primeiras ra+as humanas2, ou seja os seres humanos no processo evolutivo, perce&eram as leis sutis que regem o #niverso, tomaram conhecimento da Magia, tam&m chamada 5i+ncia das 5i+ncias, 5i+ncia Magna ou 5i+ncia 3eal, onde não há oposição, entre f e razão, entre &jeto e /ujeito, a&rangendo desde a mais -nfima realidade at o %&soluto Mistrio, esta&elecendo a comunicação do reino humano, com os demais reinos da natureza e, principalmente, do homem com o seu 5riador, sua ess+ncia'
E a maioria dos Mestres de /a&edoria são un*nimes em afirmar que a leitura desordenada, sem um sistema inici#tico, que nos au9ilie a distinguir os caminhos; negros e &rancos, e9tremamente prejudicial, provocando d7vidas insatisfeitas, o mal da opini ão e a &usca insaciável de novidades' E que tam&m pular de galho(em(galho, dizendo(se, hora teósofo, hora maçom, rosa(cruz, Dardecista, etc' sem realmente ter feito parte desses movimentos, sem nunca ter dado oportunidade real para que um determinado sistema iniciático seja aplicado em sua totalidade, mas pelo contrário, produzindo uma miscel*nea, que resulta em desordens f-sicas, emocionais e mentais, que vão gradualmente promovendo o total fechamento da pessoa, para o mundo iniciático' s disc-pulos devem &uscar o mundo iniciático, com sinceridade e honestidade, com a consci+ncia de que 21aber é 2oder 2' Mas o&servamos que o primeiro poder que o disc-pulo deve desenvolver so&re si mesmo, pois a am&ição, o preconceito, o ego-smo, a &usca de lucros e a autopromoção, são os maiores o&stáculos na senda da Magia; o aspirante deve desenvolver, antes de mais nada, a paci+ncia, a pureza e o amor pela humanidade' Ele deve sa&er que a solidão a maior companheira do &uscador, pois atravs da refle9ão e da meditação, ela poderá lhe mostrar os tesouros e9istentes em seu próprio interior' :amais devemos esquecer que, o verdadeiro Mago aquele que se coloca a serviço da &ra do Eterno, porm para evitarmos cair em lugares comuns, importante lem&rarmos que segundo os ensinamentos de nosso mestre o prof' Henrique :os de /ouza, 2 é impossível servir a 'eus, sem servir a humanidade2' uma pena que essas palavras não encontrem eco, pois muitos são os perigos de uma Magia sem Moral, que agem so&re o incauto de tal maneira, que os supostos poderes adquiridos revertam com o tempo e tudo o que foi transcendido na fase animal da evolução, ressurja, a&rindo uma &recha por onde penetram energias grosseiras' 4odo o avanço, todas as percepç$es sutis, vão desaparecendo, promovendo um estado de dem+ncia, surgindo da- há&itos perniciosos, tais como, homosse9ualismo, necessidade de drogas e outras degradaç$es injuriosas' Muitos perguntaram, o que isso tudo tem a ver com Magia " em voltemos ao assunto do qual supostamente nos desviamos e falemos um pouco so&re a classificação da Magia, feita pelo mago do sec' FC), 5ornlio %gripa, que analisando o mundo em seu tr-plice aspecto, relacionava ao mesmo tr+s formas de magia! % Magia 1atural, a Magia 5elestial e a Magia 5erimonial' % primeira, relacionando(se a manipulação dos elementais da terra, da água, do fogo, do ar e do ter, no trato das ervas, etc', a segunda, tratando das virtudes celestes, do modo de atrair a influ+ncia das estrelas e a terceira, referindo(se ao mundo espiritual, B qual corresponderiam os elementos próprios da religião' %lm disso, o mago, instru-do em relação as pot+ncias divinas, teria de conhecer tam&m a matemática, não apenas para fazer cálculos mira&olantes, mas sa&endo que os n7meros não são apenas cifras quantitativas, e9pressando cada um deles, na realidade, idias, forças e pot+ncias, que somam, diminuem, multiplicam ou dividem os poderes que representam, conforme a com&inação feita' 4eria tam&m, de conhecer as relaç$es secretas entre as coisas inferiores e superiores, entre o microcosmo e o macrocosmo, de modo a dirigir essas relaç$es, acelerando processos naturais, produzindo o que o vulgo chama de milagre'
utro contempor*neo de %gripa, o monge nolano, Aiordano runo, que percorreu a Europa, tentando reformar magicamente a igreja católica, numa tentativa de restaurar seus valores hermticos, há muito perdidos, mas que infelizmente morreu na fogueira da inquisição, esta&eleceu o a9ioma dos magos, como 2saber %ue 'eus influencia nos deuses, os deuses nos astros seus corpos., os astros nos daemones senhores dos elementais., os daemones nos elementos ou elementais., os elementais nos mistos, os mistos nos sentidos, os sentidos na alma anima ou vida., a alma no animal inteiro o ser vivo., e este é o descer da escala ) ascenso, %ue é a Obra do verdadeiro *ago, é o caminho inverso2'
5omo podemos ver, dedicar(se a Magia, uma tarefa dif-cil, digno de heróis e não uma &rincadeira, uma promoção de fen8menos sem outro propósito que não seja o de alimentar fantasias personal-sticas, portanto afastem(se dela rapidamente, os covardes, os t-&ios e os mal i ntencionados, para que não tenham motivos para realmente temer' Em contrapartida Eliphas ?evi afirmava, 2''' um dia despertaremos, por fim, dos penosos sonhos de uma vida atormentada ) Obra de nossa prova ter# terminado e seremos suficientemente fortes perante a dor para sermos imortais2'
.iante disto, nada mais temos a acrescentar' %quele que veio aqui &uscando aprender a 2fazer magia2 e, após a leitura do te9to acima, continua com essas idias, não compreendeu nenhuma de nossas palavras e demonstra total desconhecimento da 5i+ncia Magna, pois esta não pode ser ensinada em palestras p7&licas, ca&endo aos Mestres na %rte, passar a seus disc-pulos os 2toques2 de 2&oca para ouvido2 e, mesmo assim, os princ-pios da Magia, só poderão ser compreendidos a partir de uma viv+nciação integral, por parte do disc-pulo, da realidade mágica' que passa disso e que vemos nos shoppings esotricos dessa verdadeira ind7stria do G o mil+nio, pura fantasia, destinada a entreter 2crianças2' Pensamento
"O nosso intento é justamente fazer luz sobre tudo quanto o povo desconhece" JHS
3efer+ncias &i&liográficas e fontes de pesquisa! • • • • • • • • • • •
Cerdadeiro 5aminho da )niciação