AVES &
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E S T U D O
Organizador: Marcos A. Raposo
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AVES &
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Arapaçu-do-cerrado, Lepidocolaptesangustirostris
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Arapaçu-do-cerrado, Lepidocolaptesangustirostris
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Arapaçu-do-cerrado, Lepidocolaptesangustirostris
Arte Ensaio Editora Ltda.© COORDENAÇÃO EDITORIAL
SilvanaMonteirodeCarvalho PaulaFeresPaixão MariaDuprat PROJETO GRÁFICO
Retina78 TEXTO
Marcos André Raposo, Claydson Pinto de Assis, Daniel Figueira, Érico Demari, Gabriella Regis Frickes, Gabriela Araújo, Daniel Honorato Firme, Nelson Buainain Neto, Lorian Cobra Straker, Rafael Martins Russo, Felipe de Carvalho Cid, Gisiane Lima, Guilherme Renzo Rocha Brito, Leonardo Pessanha Alves e Patrícia Alexandre Formozo. FOTOGRAFIAS
MarcosAndréRaposo,ClaydsonPintodeAssis,DanielFigueira,ÉricoDemari, GabriellaRegisFrickes,GabrielaAraújo,DanielHonoratoFirme,Nelson BuainainNeto,LorianCobraStraker,RafaelMartinsRusso,FelipedeCarvalho Cid,GisianeLima,GuilhermeRenzoRochaBrito eLeonardoPessanhaAlves. PetersonA.Bachin-fotodoColhereiro(Plataleaajaja) REVISÃO DE TEXTO
SoniaCardoso
CARACTERIZAÇÃO FLORÍSTICA
LeonardoPessanhaAlveseRenatoda SilvaNunes REVISORA TÉCNICA
RenataStopiglia
CAPTAÇÃO DE RECURSOS
ArteMídiaMarketingCultural
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
GráficaSantaMarta
CIP-BRASIL.CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ F442n Ferreira, Marcos André Raposo, 1969Aves & Linhas de Transmissão - um estudo de caso / Marcos André Raposo Ferreira. - 1. ed. - Ri o de Janeiro : Arte Ensaio, 2013. 128 p. : il. ;23 cm. ISBN 978-85-60504-43-5 1. Energia elétrica - Aspectos ambientais. 2. Ave - Comportamento. 3. Ave - Proteção. 4. Tecnologia - Aspect os sociais. 5. Natureza - Influência do homem. I. Título. 13-03215.
22/07/2013
CDD: 363.7 CDU: 502.1 22/07/2013
ArteEnsaio Editora Ltda.©,2013
Tel//Fax:(21) 2259-8282/ (11) 2307-8777 www.arteensaio.com.br
[email protected] Todososdireitos reservadospara Arte Ensaio Editora Ltda.
Assinadodeforma digitalporGestão P&DTaesa
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SilvanaMonteirodeCarvalho PaulaFeresPaixão MariaDuprat PROJETO GRÁFICO
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Marcos André Raposo, Claydson Pinto de Assis, Daniel Figueira, Érico Demari, Gabriella Regis Frickes, Gabriela Araújo, Daniel Honorato Firme, Nelson Buainain Neto, Lorian Cobra Straker, Rafael Martins Russo, Felipe de Carvalho Cid, Gisiane Lima, Guilherme Renzo Rocha Brito, Leonardo Pessanha Alves e Patrícia Alexandre Formozo. FOTOGRAFIAS
MarcosAndréRaposo,ClaydsonPintodeAssis,DanielFigueira,ÉricoDemari, GabriellaRegisFrickes,GabrielaAraújo,DanielHonoratoFirme,Nelson BuainainNeto,LorianCobraStraker,RafaelMartinsRusso,FelipedeCarvalho Cid,GisianeLima,GuilhermeRenzoRochaBrito eLeonardoPessanhaAlves. PetersonA.Bachin-fotodoColhereiro(Plataleaajaja) REVISÃO DE TEXTO
SoniaCardoso
CARACTERIZAÇÃO FLORÍSTICA
LeonardoPessanhaAlveseRenatoda SilvaNunes REVISORA TÉCNICA
RenataStopiglia
CAPTAÇÃO DE RECURSOS
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IMPRESSÃO E ACABAMENTO
GráficaSantaMarta
CIP-BRASIL.CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ F442n Ferreira, Marcos André Raposo, 1969Aves & Linhas de Transmissão - um estudo de caso / Marcos André Raposo Ferreira. - 1. ed. - Ri o de Janeiro : Arte Ensaio, 2013. 128 p. : il. ;23 cm. ISBN 978-85-60504-43-5 1. Energia elétrica - Aspectos ambientais. 2. Ave - Comportamento. 3. Ave - Proteção. 4. Tecnologia - Aspect os sociais. 5. Natureza - Influência do homem. I. Título. 13-03215.
22/07/2013
CDD: 363.7 CDU: 502.1 22/07/2013
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Assinadodeforma digitalporGestão P&DTaesa
AGRADECIMENTOS Agradecemos aos funcionários da Taesa e da Ecology and Environment do Brasil, os quais ajudaram direta ou indiretamente em nossos trabalhos de campo e no escritório. Em especial, agradecemos a: Gliender Mendonça, Geyza Rigo, Juliano Ameno Faria, Artur Hoff, Rodrigo de Carvalho Dantas, Ivy Rocha e Couto, Rodrigo Pereira Faria, Luis Semensato, Wilson Gomes, Paulo Botelho, Sérgio Teixeira, Luis Solis, José Manuel Aguirre, Daniel da Silva Lagos e da Camila Freire Barcellos – todos contribuíram, de uma forma ou de outra, com o desenvolvimento deste projeto. Por fim, nosso muito obrigado à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) pelo estímulo à execução desta pesquisa, por meio de seu programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
AGRADECIMENTOS Agradecemos aos funcionários da Taesa e da Ecology and Environment do Brasil, os quais ajudaram direta ou indiretamente em nossos trabalhos de campo e no escritório. Em especial, agradecemos a: Gliender Mendonça, Geyza Rigo, Juliano Ameno Faria, Artur Hoff, Rodrigo de Carvalho Dantas, Ivy Rocha e Couto, Rodrigo Pereira Faria, Luis Semensato, Wilson Gomes, Paulo Botelho, Sérgio Teixeira, Luis Solis, José Manuel Aguirre, Daniel da Silva Lagos e da Camila Freire Barcellos – todos contribuíram, de uma forma ou de outra, com o desenvolvimento deste projeto. Por fim, nosso muito obrigado à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) pelo estímulo à execução desta pesquisa, por meio de seu programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
AVES & LINHAS DE TRANSMISSÃO :
CONHECER PARA PRESERVAR Um dos maiores desafios globais da atualidade é fazer com que as empresas cresçam, s e fortaleçam e contribuam para o desenvolvimento das sociedades, sem, no entanto, deixar de se preocupar com a sustentabilidade e com o bem-estar social. Conciliar o crescimento empresarial com a proteção e a sustentabilidade ambiental é uma das metas que a Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (“TAESA”) busca rotineiramente, focando seu desenvolvimento na condução de projetos sólidos e bem estruturados, que prese rvem ao máximo o meio ambiente e seus recursos naturais, agregando, assim, valores aos seus empregados, acionistas e à socied ade como um todo. Por estar presente em todas as regiões do país, a Companhia possui uma visão estratégica de expansão, focada na preservação dos ambientes e ecossistemas nos quais suas linhas de transmissão são construídas e suas subestações de energia elétrica são operadas. Assim, a TAESA executa, sistematicamente, vários programas de Educação Ambiental e Responsabilidade Social, de forma a destacar a importância e o cuidado com o Meio Ambiente, como, por exemplo, fomentando campanhas de combate a queimadas, e incentivando a preservação de nascentes e a despoluição de córregos e rios. A preocupação incondicional com o atendimento às leis, normas e regras ambientais emanadas por enti dades e órgãos governamentais é de importância primordial para a TAESA, que busca, incessantemente, a melhoria dos seus processos e procedimentos necessários à integridade de suas instalações de transmissão, incluindo a limpeza e a manutenção de suas faixas de servidão para passagem de linhas, visando sempre causar o menor impacto possível ao meio ambiente. Esse convívio harmonioso entre as estruturas metálicas e a fauna e a flora garante à TAESA o reconhecimento do setor elétrico como uma empresa responsável e focada na sustentabilidade corporativa. Apoiar projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (“P&D/ANEEL”) executados sob a ótica ambiental, como é o caso do projeto “Análise da relação entre aves e linhas de transmissão 500 KV no Brasil e desenvolvimento de técnicas para a predição de impactos”, somente reforça a visão e a estratégi a da Companhia. Desejamos que os leitores possam extrair d esta pesquisa um aprendizado singular acerca da convivência entre as aves e as linhas de transmissão, aprimorando seus conhecimentos sobre um tema tão importante, a cada dia mais difundido no setor elétrico, sobretudo em razão da magnitude e relevância das obras que têm sido publicadas com foco no setor de transmissão de energia. Façam uma excelente leitura!
JOSÉ ALOISE RAGONE FILHO Diretor Superintendente Geral Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.
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CONHECER PARA PRESERVAR Um dos maiores desafios globais da atualidade é fazer com que as empresas cresçam, s e fortaleçam e contribuam para o desenvolvimento das sociedades, sem, no entanto, deixar de se preocupar com a sustentabilidade e com o bem-estar social. Conciliar o crescimento empresarial com a proteção e a sustentabilidade ambiental é uma das metas que a Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (“TAESA”) busca rotineiramente, focando seu desenvolvimento na condução de projetos sólidos e bem estruturados, que prese rvem ao máximo o meio ambiente e seus recursos naturais, agregando, assim, valores aos seus empregados, acionistas e à socied ade como um todo. Por estar presente em todas as regiões do país, a Companhia possui uma visão estratégica de expansão, focada na preservação dos ambientes e ecossistemas nos quais suas linhas de transmissão são construídas e suas subestações de energia elétrica são operadas. Assim, a TAESA executa, sistematicamente, vários programas de Educação Ambiental e Responsabilidade Social, de forma a destacar a importância e o cuidado com o Meio Ambiente, como, por exemplo, fomentando campanhas de combate a queimadas, e incentivando a preservação de nascentes e a despoluição de córregos e rios. A preocupação incondicional com o atendimento às leis, normas e regras ambientais emanadas por enti dades e órgãos governamentais é de importância primordial para a TAESA, que busca, incessantemente, a melhoria dos seus processos e procedimentos necessários à integridade de suas instalações de transmissão, incluindo a limpeza e a manutenção de suas faixas de servidão para passagem de linhas, visando sempre causar o menor impacto possível ao meio ambiente. Esse convívio harmonioso entre as estruturas metálicas e a fauna e a flora garante à TAESA o reconhecimento do setor elétrico como uma empresa responsável e focada na sustentabilidade corporativa. Apoiar projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (“P&D/ANEEL”) executados sob a ótica ambiental, como é o caso do projeto “Análise da relação entre aves e linhas de transmissão 500 KV no Brasil e desenvolvimento de técnicas para a predição de impactos”, somente reforça a visão e a estratégi a da Companhia. Desejamos que os leitores possam extrair d esta pesquisa um aprendizado singular acerca da convivência entre as aves e as linhas de transmissão, aprimorando seus conhecimentos sobre um tema tão importante, a cada dia mais difundido no setor elétrico, sobretudo em razão da magnitude e relevância das obras que têm sido publicadas com foco no setor de transmissão de energia. Façam uma excelente leitura!
JOSÉ ALOISE RAGONE FILHO Diretor Superintendente Geral Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.
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CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL: A HARMONIA ENTRE EMPRESAS E MEIO AMBIENTE A velocidade de transformação e modernização que estamos vivenciando exige que várias ações empresariais estejam constantemente projetadas e conectadas à visão de futuro e aos anseios do mercado no qual as companhias estão inseridas. O segmento de transmissão de energia elétrica, negócio principal da Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (“TAESA”), é hoje considerado um dos maiores desafios estruturais que compõem o cenário de desenvolvimento e planejamento energético brasileiro. A interligação de todas as regiões, por meio de linhas de transmissão que transportam milhares de megawatts, provenientes de várias fontes de geração de energia vem acontecendo paulatinamente, e traz consigo um grande desafio: efetuar essa implementação com o zelo e o cuidado que o meio ambiente merece. Nesse sentido, a TAESA, por ser uma das maiores empresas privadas de transmissão de energia elétrica do Brasil, com foco na construção, operação e manutenção de ativos de transmissão, assume um papel relevante junto à socie dade na bus ca de inovaçõe s tec nológi cas e de al ternati vas té cnicas e ope raciona is qu e contr ibuam com a proteção e a sustentabilidade do meio ambiente e de seus recursos naturais, seguindo sempre os critérios de qualidade, confiabilidade e continuidade. Assim, a TAESA incentivou, nos últimos anos, por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (“P&D/ ANEEL”), a execução de vários projetos acadêmicos, pulverizados em diversos temas de pesquisa, como o denominado “Análise da relação entre aves e linhas de transmissão 500 KV no Brasil e desenvolvimento de técnicas para a predição de impactos”, que, pelos resultados alcançados e, principalmente, pela publicação da obra em pauta, consolida o sucesso da pesquisa. Os excelentes resultados do projeto foram atingidos em função das parcerias estabelecidas com a Ecology and Environment do Brasil, a Associação de Amigos do Museu Nacional (SAMN) e o Museu Nacional (da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ). A pesquisa em específico colaborará substancialmente com a agregação de dados e informações acerca dos tipos de aves que permeiam as linhas de transmissão estudadas, bem como ampliará o entendimento técnico e acadêmico sobre o comportamento destas aves, ao presenciarem as estruturas físicas que compõem os empreendimentos de transmissão de energia elétrica. Enfim, os nossos agradecimentos ao Professor Doutor Marcos Raposo, do Museu Nacional/UFRJ, e a toda a equipe do projeto, os quais se empenharam nesta pesquisa e dedicaram seu tempo e atenção a um tema tão importante para o meio ambiente e para as empresas do setor elétrico nacional. Com toda certeza, o livro Aves & Linhas de Transmissão contribuirá, de modo significativo, para o entendimento teórico e prático da relação entre as aves e as linhas de transmissão em alta tensão espalhadas por todo o país. Boa leitura!
GLIENDER PEREIRA DE MENDONÇA Gerente Regulatório, Institucional e do Programa de P&D Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.
CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL: A HARMONIA ENTRE EMPRESAS E MEIO AMBIENTE A velocidade de transformação e modernização que estamos vivenciando exige que várias ações empresariais estejam constantemente projetadas e conectadas à visão de futuro e aos anseios do mercado no qual as companhias estão inseridas. O segmento de transmissão de energia elétrica, negócio principal da Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (“TAESA”), é hoje considerado um dos maiores desafios estruturais que compõem o cenário de desenvolvimento e planejamento energético brasileiro. A interligação de todas as regiões, por meio de linhas de transmissão que transportam milhares de megawatts, provenientes de várias fontes de geração de energia vem acontecendo paulatinamente, e traz consigo um grande desafio: efetuar essa implementação com o zelo e o cuidado que o meio ambiente merece. Nesse sentido, a TAESA, por ser uma das maiores empresas privadas de transmissão de energia elétrica do Brasil, com foco na construção, operação e manutenção de ativos de transmissão, assume um papel relevante junto à socie dade na bus ca de inovaçõe s tec nológi cas e de al ternati vas té cnicas e ope raciona is qu e contr ibuam com a proteção e a sustentabilidade do meio ambiente e de seus recursos naturais, seguindo sempre os critérios de qualidade, confiabilidade e continuidade. Assim, a TAESA incentivou, nos últimos anos, por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (“P&D/ ANEEL”), a execução de vários projetos acadêmicos, pulverizados em diversos temas de pesquisa, como o denominado “Análise da relação entre aves e linhas de transmissão 500 KV no Brasil e desenvolvimento de técnicas para a predição de impactos”, que, pelos resultados alcançados e, principalmente, pela publicação da obra em pauta, consolida o sucesso da pesquisa. Os excelentes resultados do projeto foram atingidos em função das parcerias estabelecidas com a Ecology and Environment do Brasil, a Associação de Amigos do Museu Nacional (SAMN) e o Museu Nacional (da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ). A pesquisa em específico colaborará substancialmente com a agregação de dados e informações acerca dos tipos de aves que permeiam as linhas de transmissão estudadas, bem como ampliará o entendimento técnico e acadêmico sobre o comportamento destas aves, ao presenciarem as estruturas físicas que compõem os empreendimentos de transmissão de energia elétrica. Enfim, os nossos agradecimentos ao Professor Doutor Marcos Raposo, do Museu Nacional/UFRJ, e a toda a equipe do projeto, os quais se empenharam nesta pesquisa e dedicaram seu tempo e atenção a um tema tão importante para o meio ambiente e para as empresas do setor elétrico nacional. Com toda certeza, o livro Aves & Linhas de Transmissão contribuirá, de modo significativo, para o entendimento teórico e prático da relação entre as aves e as linhas de transmissão em alta tensão espalhadas por todo o país. Boa leitura!
GLIENDER PEREIRA DE MENDONÇA Gerente Regulatório, Institucional e do Programa de P&D Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.
Guaracava, Elaenia sp .
APRESENTAÇÃO Este livro é fruto do intuito de difundir o conhecimento adquirido no escopo do projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) intitulado “Análise da relação entre aves e linhas de transmissão 500 kV no Brasil e desenvolvimento de técnicas para a predição de impactos”. Esse projeto é resultado da colaboração entre a Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (Taesa), a Ecology and Environment do Brasil, a Associação de Amigos do Museu Nacional (SAMN) e o Museu Nacional. Em um período de expansão de nossa rede elétrica, o encaixe ambiental de empreendimentos como linhas de transmissão (LT), redes de distribuição de energia e hidrelétricas é de fundamental importância. O Brasil passa, entretanto, por uma situação dúbia. De um lado, há uma grande produção de informações em processos de licenciamento ambiental e, por outro, há uma imensa carência de informações publicadas na forma de artigos científicos e livros sobre a relação entre esses empreendimentos e o meio ambiente. O projeto que gerou este livro enfoca a relação entre as aves e as linhas de transmissão no Brasil e se fez em duas frentes principais: um estudo de campo enfocando duas Linhas de Transmissão da TAESA; e um levantamento bibliográfico que permiti u uma síntese abrangente e compreensível do “estado da arte” do conhecimento nessa área. Adicionalmente, muitos dados primários sobre as aves e a vegetação das regiões estudadas foram levantados e ficam acessíveis ao público por meio deste trabalho. Para a melhor visualização do material levantado no campo e em bibliografia, divi dimos o livro em três partes. A primeira é um histórico geral sobre o assunto, que inclui a síntese d o conhecimento disponível em literatura sobre a relação entre as aves e as linhas de transmissão ou de di stribuição de energia. A inclusão no escopo deste livro do conhecimento disponível também sobre a relação entre aves e linhas de transmissão de outras potências (baixa e média) teve o objetivo de, além de aproveitar a oportunidade única de fazer uma revisão abrangente do assunto, individualizar claramente quais as reais preocupações associadas a linhas de transmissão de alta tensão e quais são aquelas que surgiram em função das relações entre aves com li nhas de menor tensão. A segunda parte do livro, cujo texto é bem mais técnico e, portanto, de leitura mais árida para o não especialista, apresenta os dados brutos do projeto específico gerador desse P&D. Nessa parte são incluídas fotografias inéditas, todas provenientes dos trabalhos de campo, de várias espécies de aves e dos ambientes cruzados pelos empreendimentos. A terceira e última parte inclui uma série de conclusões gerais sobre a relação entre aves e linhas de transmissão no Brasil, assim como sugestões para futuros estudos e reflexões gerais sobre o assunto. Por fim, não se pode deixar de mencionar o quão feliz foi a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em promover seu Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento, estimulando empresas do setor elétrico a investir recursos de seus orçamentos em ciência e inovação tecnológica. Estudos como este, que seriam muito dificilmente custeados por órgãos públicos, dada a sua magnitude, são oportunidades raras de, simultaneamente, estudar aspectos da relação entre o homem e o meio ambiente que tenham reflexos práticos; levantar informações importantes sobre a nossa fauna e flora em áreas ainda pouco conhecidas; estimular e viabilizar a formação de jovens cientistas que participaram do projeto e di videm a autoria deste livro; e fomentar a geração de conhecimento científico sobre o tema.
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Guaracava, Elaenia sp .
APRESENTAÇÃO Este livro é fruto do intuito de difundir o conhecimento adquirido no escopo do projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) intitulado “Análise da relação entre aves e linhas de transmissão 500 kV no Brasil e desenvolvimento de técnicas para a predição de impactos”. Esse projeto é resultado da colaboração entre a Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (Taesa), a Ecology and Environment do Brasil, a Associação de Amigos do Museu Nacional (SAMN) e o Museu Nacional. Em um período de expansão de nossa rede elétrica, o encaixe ambiental de empreendimentos como linhas de transmissão (LT), redes de distribuição de energia e hidrelétricas é de fundamental importância. O Brasil passa, entretanto, por uma situação dúbia. De um lado, há uma grande produção de informações em processos de licenciamento ambiental e, por outro, há uma imensa carência de informações publicadas na forma de artigos científicos e livros sobre a relação entre esses empreendimentos e o meio ambiente. O projeto que gerou este livro enfoca a relação entre as aves e as linhas de transmissão no Brasil e se fez em duas frentes principais: um estudo de campo enfocando duas Linhas de Transmissão da TAESA; e um levantamento bibliográfico que permiti u uma síntese abrangente e compreensível do “estado da arte” do conhecimento nessa área. Adicionalmente, muitos dados primários sobre as aves e a vegetação das regiões estudadas foram levantados e ficam acessíveis ao público por meio deste trabalho. Para a melhor visualização do material levantado no campo e em bibliografia, divi dimos o livro em três partes. A primeira é um histórico geral sobre o assunto, que inclui a síntese d o conhecimento disponível em literatura sobre a relação entre as aves e as linhas de transmissão ou de di stribuição de energia. A inclusão no escopo deste livro do conhecimento disponível também sobre a relação entre aves e linhas de transmissão de outras potências (baixa e média) teve o objetivo de, além de aproveitar a oportunidade única de fazer uma revisão abrangente do assunto, individualizar claramente quais as reais preocupações associadas a linhas de transmissão de alta tensão e quais são aquelas que surgiram em função das relações entre aves com li nhas de menor tensão. A segunda parte do livro, cujo texto é bem mais técnico e, portanto, de leitura mais árida para o não especialista, apresenta os dados brutos do projeto específico gerador desse P&D. Nessa parte são incluídas fotografias inéditas, todas provenientes dos trabalhos de campo, de várias espécies de aves e dos ambientes cruzados pelos empreendimentos. A terceira e última parte inclui uma série de conclusões gerais sobre a relação entre aves e linhas de transmissão no Brasil, assim como sugestões para futuros estudos e reflexões gerais sobre o assunto. Por fim, não se pode deixar de mencionar o quão feliz foi a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em promover seu Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento, estimulando empresas do setor elétrico a investir recursos de seus orçamentos em ciência e inovação tecnológica. Estudos como este, que seriam muito dificilmente custeados por órgãos públicos, dada a sua magnitude, são oportunidades raras de, simultaneamente, estudar aspectos da relação entre o homem e o meio ambiente que tenham reflexos práticos; levantar informações importantes sobre a nossa fauna e flora em áreas ainda pouco conhecidas; estimular e viabilizar a formação de jovens cientistas que participaram do projeto e di videm a autoria deste livro; e fomentar a geração de conhecimento científico sobre o tema.
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O EMPREENDEDOR E OS EMPREENDIMENTOS A TAESA A TAESA é uma empresa privada, listada na BM&FBovespa a Nível 2 de Governança Corporativa, controlada pela CEMIG e pelo FIP COLISEU, sendo um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do Brasil. A empresa é exclusivamente dedicada à construção, operação e manutenção de Linhas de Transmissão e Subestações de energia elétrica Atualmente a TAESA detém o controle integral e/ou parcial de 24 concessões, sendo 22 concessões/ participações adquiridas no mercado secundário e duas concessões outorgadas em leilões federais, e com 9.407 km de linhas de transmiss ão e ativos em 60 subestações com nível de tensão entre 230 e 525 kV, com presença em todas as regiões do país, nos seguintes estados, a saber: Bahia; Tocantins; Maranhão; Goiás; Pernambuco; Rio Grande do Sul; Santa Catarin a; São Paulo; Rio Grande do Norte; Paraíba; Mato Grosso; Minas Gerais; Alagoas; Paraná; Piauí; Pará; e Distrito Federal.
OS EMPREENDIMENTOS A história das Concessões TSN e Novatrans A Transmissora Sudeste Nordeste S.A. (“TSN”), foi criada pela Enelpower S.p.A. (“Enelpower”) e pela Inepar Energia S.A. (“Inepar”), em outubro de 2000, p ara a exploração da concessão de serviço público de transmissão de energia elétrica e a implantação, operação e manutenção das instalações da Interligação Sudeste Nordeste. O empreendimento compreende aproximadamente 1.069 km de li nhas de transmissão em 230 e em 500 kV, que se estendem da Subestação Serra da Mesa, em Goiás, até a Subestação de Sapeaçu, na Bahia, com sete Subestações, sendo quatro delas de sua propriedade. Em junho de 2006, a TSN foi transferida p ara a Terna Participações S.A. (“TERNA”), que, por sua vez, foi adquirida pela Transmissora Aliança de E nergia Elétrica (“ TAESA”) em novembro de 2009.
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Objetivando sua consolidação no mercado de transmissão, em março de 2006, a TERNA, adquiriu a Munirah Transmissora de Energia S.A. (“Munirah”), que dispunha de 107 km adicionais de linhas de transmissão de 500 kV e mais uma Subestação compartilhada. A aquisição da Munirah interligou a Subestação de Sapeaçu (Bahia) com a Subestação de Camaçari II (Bahia), fechando assim o anel d e transmissão Norte-Nordeste. Em novembro de 2007, outras oportunidades d e crescimento foram abraçadas pela TERNA, por meio da TSN a Companhia adquiriu e incorporou mais duas outras concessões: a Goiânia Transmissora de Energia S.A. (“GTESA”), Linha de Transmissão de 230 kV, denominada Goianinha - Mussuré Circuito 3, que interliga a Subestação de Goianinha, no Estado de Pernambuco à Subestação de Mussuré, no Estado da Paraíba, e a Paraíso-Açu Transmissora de E nergia S.A. (“PATESA”), Linha de Transmissão Santa Cruz - Paraíso-Açu II de 230 kV, com extensão de 135 Km que interlig a a Subestação Açu, no Município de Açu à Subestação Paraíso, no Município de Santa Cruz, ambos localizados no Rio Grande do Norte. A NOVATRANS Energia S.A. (“Novatrans”) – Interligação Norte-Sul II, simi larmente à TSN, foi constituída em outubro de 2000, para a exploração da concessão de ser viço de transmissão de ene rgia elétrica, implantação, operação e manutenção das instalações da Rede Básica. As empresas Civ ilia Engenharia S.A. (“Civilia”), Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. (“CCCC”) e a Camargo Corrêa Equipamentos (“CCES”), organizadas sob forma de consórcio, foram as vencedoras no processo licitatório, que resultou na outorga da concessão de transmissão à Novatrans. A interligação Norte-Sul II iniciou sua operação comercial em abril de 2004, tendo origem na Subestação de Imperatriz, no Maranhão, e término na Subestação de Samambaia, no Distrito Fe deral, compreendendo aproximadamente 1.278 km de linhas de 500 kV e seis Subestações, todas compartilhadas. As concessões acima descritas foram incorporadas pela TAESA em novembro de 2010, quando deixaram de existir as razões sociais, passando a ser denominadas simplesmente TAESA, cada qual, refletindo o seu contrato de concessão e empreendimento.
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O EMPREENDEDOR E OS EMPREENDIMENTOS A TAESA A TAESA é uma empresa privada, listada na BM&FBovespa a Nível 2 de Governança Corporativa, controlada pela CEMIG e pelo FIP COLISEU, sendo um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do Brasil. A empresa é exclusivamente dedicada à construção, operação e manutenção de Linhas de Transmissão e Subestações de energia elétrica Atualmente a TAESA detém o controle integral e/ou parcial de 24 concessões, sendo 22 concessões/ participações adquiridas no mercado secundário e duas concessões outorgadas em leilões federais, e com 9.407 km de linhas de transmiss ão e ativos em 60 subestações com nível de tensão entre 230 e 525 kV, com presença em todas as regiões do país, nos seguintes estados, a saber: Bahia; Tocantins; Maranhão; Goiás; Pernambuco; Rio Grande do Sul; Santa Catarin a; São Paulo; Rio Grande do Norte; Paraíba; Mato Grosso; Minas Gerais; Alagoas; Paraná; Piauí; Pará; e Distrito Federal.
OS EMPREENDIMENTOS A história das Concessões TSN e Novatrans A Transmissora Sudeste Nordeste S.A. (“TSN”), foi criada pela Enelpower S.p.A. (“Enelpower”) e pela Inepar Energia S.A. (“Inepar”), em outubro de 2000, p ara a exploração da concessão de serviço público de transmissão de energia elétrica e a implantação, operação e manutenção das instalações da Interligação Sudeste Nordeste. O empreendimento compreende aproximadamente 1.069 km de li nhas de transmissão em 230 e em 500 kV, que se estendem da Subestação Serra da Mesa, em Goiás, até a Subestação de Sapeaçu, na Bahia, com sete Subestações, sendo quatro delas de sua propriedade. Em junho de 2006, a TSN foi transferida p ara a Terna Participações S.A. (“TERNA”), que, por sua vez, foi adquirida pela Transmissora Aliança de E nergia Elétrica (“ TAESA”) em novembro de 2009.
Objetivando sua consolidação no mercado de transmissão, em março de 2006, a TERNA, adquiriu a Munirah Transmissora de Energia S.A. (“Munirah”), que dispunha de 107 km adicionais de linhas de transmissão de 500 kV e mais uma Subestação compartilhada. A aquisição da Munirah interligou a Subestação de Sapeaçu (Bahia) com a Subestação de Camaçari II (Bahia), fechando assim o anel d e transmissão Norte-Nordeste. Em novembro de 2007, outras oportunidades d e crescimento foram abraçadas pela TERNA, por meio da TSN a Companhia adquiriu e incorporou mais duas outras concessões: a Goiânia Transmissora de Energia S.A. (“GTESA”), Linha de Transmissão de 230 kV, denominada Goianinha - Mussuré Circuito 3, que interliga a Subestação de Goianinha, no Estado de Pernambuco à Subestação de Mussuré, no Estado da Paraíba, e a Paraíso-Açu Transmissora de E nergia S.A. (“PATESA”), Linha de Transmissão Santa Cruz - Paraíso-Açu II de 230 kV, com extensão de 135 Km que interlig a a Subestação Açu, no Município de Açu à Subestação Paraíso, no Município de Santa Cruz, ambos localizados no Rio Grande do Norte. A NOVATRANS Energia S.A. (“Novatrans”) – Interligação Norte-Sul II, simi larmente à TSN, foi constituída em outubro de 2000, para a exploração da concessão de ser viço de transmissão de ene rgia elétrica, implantação, operação e manutenção das instalações da Rede Básica. As empresas Civ ilia Engenharia S.A. (“Civilia”), Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. (“CCCC”) e a Camargo Corrêa Equipamentos (“CCES”), organizadas sob forma de consórcio, foram as vencedoras no processo licitatório, que resultou na outorga da concessão de transmissão à Novatrans. A interligação Norte-Sul II iniciou sua operação comercial em abril de 2004, tendo origem na Subestação de Imperatriz, no Maranhão, e término na Subestação de Samambaia, no Distrito Fe deral, compreendendo aproximadamente 1.278 km de linhas de 500 kV e seis Subestações, todas compartilhadas. As concessões acima descritas foram incorporadas pela TAESA em novembro de 2010, quando deixaram de existir as razões sociais, passando a ser denominadas simplesmente TAESA, cada qual, refletindo o seu contrato de concessão e empreendimento.
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SÃO FÉLIX DO CORIBE / BA
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Mapa de localização das Linhas de Transmissão estudadas (Interligação LT 500 kV Norte-Sul II e Interligação LT 500 kV Sudeste-Nordeste).
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SÃO FÉLIX DO CORIBE / BA
Mapa de localização das Linhas de Transmissão estudadas (Interligação LT 500 kV Norte-Sul II e Interligação LT 500 kV Sudeste-Nordeste).
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INTRODUÇÃO Ao longo da história recente, o impacto ambiental relacionado a linhas de transmissão tem gerado a necessidade de estudos mais aprofundados sobre os reflexos desses empreendimentos em comunidades zoológicas, particularmente sobre as aves (Avery et al., 1976; Avery et al., 1980). Os impactos mais relatados são casos de eletrocussão e a morte de espéci mes de aves nativas por colisão d ireta com os cabos de alta tensão. A relevância relativa de cada um desses tipos de acidente dependerá de uma grande gama de fatores. O modelo das torres de transmissão (ou distribuição), o ambiente interceptado pelo empreendimento, o tipo fitofisionômico e o grau de conservação desse ambiente, a localização geográfica, o relevo, as condições atmosféricas (por exemplo, a ocorrência ou não de neblina ou vento, vide Sundar & Choudhury, 2005), a sazonalidade, as condições de luminosidade (noite/dia) e os próprios grupos taxonômicos presentes na área (Guyonne & Janss, 2000) são fatores que exercem influência sobre o risco de impactos negativos para a comunidade de aves relacionadas a esse tipo de empreendimento. Se por um lado há evidências de que linhas de transmissão impactam pouco as aves, por outro, em locais onde há grande movimentação de aves, como grandes áreas pantanosas, já foram relatados casos significativos de mortandade relacionados a linhas de transmissão. Como ilustração, pode-se mencionar um caso ocorrido entre 1980 e 1981 em uma área pantanosa de Montana, Estados Unidos, onde, sob uma linha de transmissão de 230 kV, foram encontradas cerca de 4 mil carcaças de aves com evi dentes sinais de morte por colisão com os cabos. Posteriormente, a degradação dos seus cadáveres nas áreas alagadas provocou, segundo Malcolm (1982), a morte por botulismo de mais 5 mil espécimes em apenas um ano. Não é possível, hoje, afirmar o quão raros são esses eventos de maior magnitude. Também são relatadas colisões diretamente contra as torres das linhas de transmissão, embora essas colisões pareçam ser mais comuns em torres de comunicação (televisão, rádio, telefone etc.) ( e.g. Crawford, 1981; Kemper, 1996; Nearing, 1998; Ornithological Council, 1999), talvez por essas torres ocuparem, frequentemente, áreas altas e sujeitas a neblina. Entretanto, grande parte dos acidentes e impactos negativos d e aves sobre linhas de transmissão, assim como de linhas de transmissão sobre aves, são reportados em outros continentes, como Europa, África e América do Norte ( e. g . Savereno et al., 1996; Jenkins et al., 2010; Shaw et al., 2010a). Nesses continentes, o fluxo de espécies migratórias, como gansos, cegonhas e grous, é muito elevado. Isso se dá, em parte, devido a uma questão histórico-zoogeográfica, que é o maior número, em termos qualitativos e quantitativos, de representantes dessas famílias de aves migratórias ( e. g . Anatidae e Gruidae) nesses continentes. Também contribuem para isso algumas questões ecológicas, como ser maior o efeito da sazonalidade sobre as aves na América do Norte, onde há grandes flutuações de temperatura e consequentes variações na disponibilidade de recursos. No Brasil, o conhecimento sobre eventuais colisões de aves em linhas de transmissão limita-se ainda a especulações não publicadas em estudos de impacto ambiental. Nesse sentido, as diferenças na estrutura das comunidades de aves brasileiras cer tamente terão influência na magnitude dos impactos sofri dos pelas aves no Brasil,
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o mesmo sendo esperado para outras partes da América d o Sul. Como exemplo mais claro disso, os movimentos migratórios continentais de grandes bandos de aves são, em geral, menos comuns no Brasil. Da mesma forma, as espécies migratórias continentais brasileiras são, em boa parte, de pequeno porte. Em relação aos impactos de linhas de transmissão sobre as aves brasileiras, existem hoje, portanto, mais dúvidas que respostas. Qual a incidência de colisão de Passeriformes com linhas de transmissão que cruzam os Cerrados, Caatingas e outros biomas com ambientes florestais brasileiros? Aves de sub-bosque se chocam com linhas de transmissão em áreas florestadas? Há aves g randes o suficiente para serem eletrocutadas em linhas de alta tensão? Os pântanos brasileiros ( e.g . Pantanal) apresentam índices de mortandade semelhantes aos apresentados pelos pântanos da América do Norte, onde grandes acidentes já foram registrados? Quais espécies brasileiras mais frequentemente se chocam com linhas de transmissão e suas torres? Em que período do dia isso acontece? Todas essas questões são apenas insatisfatoriamente respondidas e justificam estudos cuidadosos com tais tipos de empreendimentos no nosso território. Enquanto não temos respostas objetivas e conclusivas para essas questões, dados bibliográficos tornam-se ferramentas importantes, mesmo que colhidos em outros países e continentes, como referenciais teóricos razoáveis para planejarmos a melhor inserção ambiental possível para os nossos empreendimentos. Desta forma, a incorporação das informações disponíveis fora do Brasil nos processos de licenciamento nacionais são de grande importância. Um exemplo claro disso é a grande preocupação de órgãos ambientais brasileiros com linhas de transmissão de alta tensão e a pouca atenção dada às linhas de distribuição (baixa e média tensão), de natureza mais local. Em muitos aspectos, está claramente demonstrado pela literatura que essas pequenas linhas de distribuição podem ter efeitos catastróficos para rapinantes (gaviões e águias), que morrem eletrocutados, ao passo que a morte por eletrocussão em uma linha de transmissão de 500 kV é muito improvável, para não dizer impossível, pela d istância existente entre os condutores de fase. Em alguns países, a perda de filhotes de espécies predadoras de topo de cadeia, por eletrocussão, em torres de linhas de baixa e média tensão chega a mais de 60%. Diante do conhecimento hoje existente sobre essas linhas de baixa tensão e do conhecimento disponível sobre os modelos de postes (torres) menos perigosos para as aves, muito se poderia progredir com um esforço mínimo na adequação desses empreendimentos aos diferentes ambientes (vide Ollendorff et al., 1981). Da mesma forma, a adequada difusão do conhecimento sobre quais fatores atuam de fato sobre o risco de colisão de aves sobre linhas de transmissão de alta tensão poderia favorecer o melhor planejamento de empreendimentos desde a fase da def inição de seu traçado até eventuais decisões sobre hierarquização de áreas para a instalação de sinalizadores para aves. A instalação inteligente desses dispositivos, sem dúvida, gerará no futuro uma otimização do uso do recurso disponível. Este estudo inseriu-se ne sse contexto, tentando, por um lado, fazer uma análise crítica d a literatura existente e, por outro lado, investigar as relações entre as aves e duas linhas de transmissão da Taesa.
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INTRODUÇÃO Ao longo da história recente, o impacto ambiental relacionado a linhas de transmissão tem gerado a necessidade de estudos mais aprofundados sobre os reflexos desses empreendimentos em comunidades zoológicas, particularmente sobre as aves (Avery et al., 1976; Avery et al., 1980). Os impactos mais relatados são casos de eletrocussão e a morte de espéci mes de aves nativas por colisão d ireta com os cabos de alta tensão. A relevância relativa de cada um desses tipos de acidente dependerá de uma grande gama de fatores. O modelo das torres de transmissão (ou distribuição), o ambiente interceptado pelo empreendimento, o tipo fitofisionômico e o grau de conservação desse ambiente, a localização geográfica, o relevo, as condições atmosféricas (por exemplo, a ocorrência ou não de neblina ou vento, vide Sundar & Choudhury, 2005), a sazonalidade, as condições de luminosidade (noite/dia) e os próprios grupos taxonômicos presentes na área (Guyonne & Janss, 2000) são fatores que exercem influência sobre o risco de impactos negativos para a comunidade de aves relacionadas a esse tipo de empreendimento. Se por um lado há evidências de que linhas de transmissão impactam pouco as aves, por outro, em locais onde há grande movimentação de aves, como grandes áreas pantanosas, já foram relatados casos significativos de mortandade relacionados a linhas de transmissão. Como ilustração, pode-se mencionar um caso ocorrido entre 1980 e 1981 em uma área pantanosa de Montana, Estados Unidos, onde, sob uma linha de transmissão de 230 kV, foram encontradas cerca de 4 mil carcaças de aves com evi dentes sinais de morte por colisão com os cabos. Posteriormente, a degradação dos seus cadáveres nas áreas alagadas provocou, segundo Malcolm (1982), a morte por botulismo de mais 5 mil espécimes em apenas um ano. Não é possível, hoje, afirmar o quão raros são esses eventos de maior magnitude. Também são relatadas colisões diretamente contra as torres das linhas de transmissão, embora essas colisões pareçam ser mais comuns em torres de comunicação (televisão, rádio, telefone etc.) ( e.g. Crawford, 1981; Kemper, 1996; Nearing, 1998; Ornithological Council, 1999), talvez por essas torres ocuparem, frequentemente, áreas altas e sujeitas a neblina. Entretanto, grande parte dos acidentes e impactos negativos d e aves sobre linhas de transmissão, assim como de linhas de transmissão sobre aves, são reportados em outros continentes, como Europa, África e América do Norte ( e. g . Savereno et al., 1996; Jenkins et al., 2010; Shaw et al., 2010a). Nesses continentes, o fluxo de espécies migratórias, como gansos, cegonhas e grous, é muito elevado. Isso se dá, em parte, devido a uma questão histórico-zoogeográfica, que é o maior número, em termos qualitativos e quantitativos, de representantes dessas famílias de aves migratórias ( e. g . Anatidae e Gruidae) nesses continentes. Também contribuem para isso algumas questões ecológicas, como ser maior o efeito da sazonalidade sobre as aves na América do Norte, onde há grandes flutuações de temperatura e consequentes variações na disponibilidade de recursos. No Brasil, o conhecimento sobre eventuais colisões de aves em linhas de transmissão limita-se ainda a especulações não publicadas em estudos de impacto ambiental. Nesse sentido, as diferenças na estrutura das comunidades de aves brasileiras cer tamente terão influência na magnitude dos impactos sofri dos pelas aves no Brasil,
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o mesmo sendo esperado para outras partes da América d o Sul. Como exemplo mais claro disso, os movimentos migratórios continentais de grandes bandos de aves são, em geral, menos comuns no Brasil. Da mesma forma, as espécies migratórias continentais brasileiras são, em boa parte, de pequeno porte. Em relação aos impactos de linhas de transmissão sobre as aves brasileiras, existem hoje, portanto, mais dúvidas que respostas. Qual a incidência de colisão de Passeriformes com linhas de transmissão que cruzam os Cerrados, Caatingas e outros biomas com ambientes florestais brasileiros? Aves de sub-bosque se chocam com linhas de transmissão em áreas florestadas? Há aves g randes o suficiente para serem eletrocutadas em linhas de alta tensão? Os pântanos brasileiros ( e.g . Pantanal) apresentam índices de mortandade semelhantes aos apresentados pelos pântanos da América do Norte, onde grandes acidentes já foram registrados? Quais espécies brasileiras mais frequentemente se chocam com linhas de transmissão e suas torres? Em que período do dia isso acontece? Todas essas questões são apenas insatisfatoriamente respondidas e justificam estudos cuidadosos com tais tipos de empreendimentos no nosso território. Enquanto não temos respostas objetivas e conclusivas para essas questões, dados bibliográficos tornam-se ferramentas importantes, mesmo que colhidos em outros países e continentes, como referenciais teóricos razoáveis para planejarmos a melhor inserção ambiental possível para os nossos empreendimentos. Desta forma, a incorporação das informações disponíveis fora do Brasil nos processos de licenciamento nacionais são de grande importância. Um exemplo claro disso é a grande preocupação de órgãos ambientais brasileiros com linhas de transmissão de alta tensão e a pouca atenção dada às linhas de distribuição (baixa e média tensão), de natureza mais local. Em muitos aspectos, está claramente demonstrado pela literatura que essas pequenas linhas de distribuição podem ter efeitos catastróficos para rapinantes (gaviões e águias), que morrem eletrocutados, ao passo que a morte por eletrocussão em uma linha de transmissão de 500 kV é muito improvável, para não dizer impossível, pela d istância existente entre os condutores de fase. Em alguns países, a perda de filhotes de espécies predadoras de topo de cadeia, por eletrocussão, em torres de linhas de baixa e média tensão chega a mais de 60%. Diante do conhecimento hoje existente sobre essas linhas de baixa tensão e do conhecimento disponível sobre os modelos de postes (torres) menos perigosos para as aves, muito se poderia progredir com um esforço mínimo na adequação desses empreendimentos aos diferentes ambientes (vide Ollendorff et al., 1981). Da mesma forma, a adequada difusão do conhecimento sobre quais fatores atuam de fato sobre o risco de colisão de aves sobre linhas de transmissão de alta tensão poderia favorecer o melhor planejamento de empreendimentos desde a fase da def inição de seu traçado até eventuais decisões sobre hierarquização de áreas para a instalação de sinalizadores para aves. A instalação inteligente desses dispositivos, sem dúvida, gerará no futuro uma otimização do uso do recurso disponível. Este estudo inseriu-se ne sse contexto, tentando, por um lado, fazer uma análise crítica d a literatura existente e, por outro lado, investigar as relações entre as aves e duas linhas de transmissão da Taesa.
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Rabo-branco-rubro, Phaethornisruber
CAPÍTULO 1 HISTÓRICO
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Rabo-branco-rubro, Phaethornisruber
CAPÍTULO 1 HISTÓRICO
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HISTÓRICO 1.1 COLISÕES Uma ampla gama de estudos realizados por todo o mundo enfoca os reflexos nas populações de aves sobre as colisões sofridas contra linhas de transmissão. Nossa intenção aqui é, além de ilustrar alguns desses estudos, chamar a atenção para o que há de real em relação ao assunto e apresentar um “estado da arte” do tema. Há uma imensa quantidade de apresentações, textos, relatórios e opiniões disponíveis sobre o assunto na internet e em órgãos ambientais. Aqui, entretanto, optamos por focar em estudos que foram publicados em revistas científicas ou livros, com o intuito de apresentar apenas informações que sejam, mais seguramente, correspondentes à realidade. Nesse sentido, apresentamos uma seleção de estudos que cobriram vários aspectos relacionados ao tema. A partir deles, o leitor mais interessado poderá se aprofundar no assunto e buscar novas referências e abordagens. Particularmente, as mortes causadas por colisões de aves sobre linhas de alta tensão têm sido relatadas desde muito tempo (Cornwell & Hochbaum, 1971; Riegel & Winkel, 1971; Scott et al., 1972; Fiedler & Wissner, 1980; Heijnis, 1980; McNeil et al., 1985; Faanes, 1987), sendo a maioria dos acidentes (mais de 80%, vide Savereno et al., 1996) diretamente associada à colocação dos cabos para-raios, bastante finos e difíceis de serem vistos pelas aves (Krapu, 1974; Meyer, 1978; James & Haak, 1979; Beaulaurier, 1981). McNeil et al. (1985) demonstraram que boa parte das mortes por colisão acontece nas horas mais escuras do dia (ao escurecer e antes d o nascer do sol), em um e studo conduzido na Venezuela, em uma linha de transmissão da ilha Margarita, que passa por grandes corpos d’água.
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Ao todo, Erickson et al. (2005) estimam que, só nos Estados Unidos, mais de 100 milhões de aves morrem anualmente por impacto com linhas de transmissão. Os números apresentados por Manville (2005) são ainda mais preocupantes por estimarem o número de indivíduos mortos por colisão em cabos em até 175 milhões por ano. Rubolini et al. (2005), por sua vez, fazendo um inventário mais geral dos acidentes e nvolvendo linhas de transmissão e aves na Itália, apontam as aves aquáticas como altamente propensas a colisões. Segundo eles, os impactos são maiores quando os empreendimentos são construídos próximo ao ambiente natural, onde se concentram essas espécies de aves, e indicam que gaviões e corujas são apenas minimamente afetados por colisões, sendo, entretanto, fortemente propensos a eletrocussões em linhas de média tensão (1 a 40 kV). Desde essa constatação, várias medidas vêm sendo propostas em diferentes países, incluindo o melhor planejamento das rotas das linhas de transmissão, a remoção de cabos para-raios ou a sua sinali zação, tornando-os mais visíveis às aves (há uma revisão sobre o assunto disponível em Beaulaurier, 1981). Já Allonso et al. (1994) demonstraram cabalmente a eficiência do uso de espirais de PVC pintadas em evitar acidentes por colisão. Esses autores compararam criteriosamente colisões e comportamentos evasivos de aves que cruzavam uma linha de transmissão de 380 kV em trechos sinalizados e não sinalizados. Seus resultados apontaram para a redução em mais de 60% no número de colisões após a instalação dos sinalizadores, quando comparados a trechos não sinalizados da mesma linha. Esses resultados são fortemente sugestivos sobre a eficiência dessas medidas. Ao mesmo tempo, eles relataram Essa rara fotografia mostra um colhereiro ( Platalea ajaja ) e o cordão de fezes que, caracteristicamente, provoca desligamentos em linhas de transmissão. Essa foto foi tirada por Peterson A. Bachin em Tremembé, Estado de São Paulo, em 19 de janeiro de 2013.
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HISTÓRICO 1.1 COLISÕES Uma ampla gama de estudos realizados por todo o mundo enfoca os reflexos nas populações de aves sobre as colisões sofridas contra linhas de transmissão. Nossa intenção aqui é, além de ilustrar alguns desses estudos, chamar a atenção para o que há de real em relação ao assunto e apresentar um “estado da arte” do tema. Há uma imensa quantidade de apresentações, textos, relatórios e opiniões disponíveis sobre o assunto na internet e em órgãos ambientais. Aqui, entretanto, optamos por focar em estudos que foram publicados em revistas científicas ou livros, com o intuito de apresentar apenas informações que sejam, mais seguramente, correspondentes à realidade. Nesse sentido, apresentamos uma seleção de estudos que cobriram vários aspectos relacionados ao tema. A partir deles, o leitor mais interessado poderá se aprofundar no assunto e buscar novas referências e abordagens. Particularmente, as mortes causadas por colisões de aves sobre linhas de alta tensão têm sido relatadas desde muito tempo (Cornwell & Hochbaum, 1971; Riegel & Winkel, 1971; Scott et al., 1972; Fiedler & Wissner, 1980; Heijnis, 1980; McNeil et al., 1985; Faanes, 1987), sendo a maioria dos acidentes (mais de 80%, vide Savereno et al., 1996) diretamente associada à colocação dos cabos para-raios, bastante finos e difíceis de serem vistos pelas aves (Krapu, 1974; Meyer, 1978; James & Haak, 1979; Beaulaurier, 1981). McNeil et al. (1985) demonstraram que boa parte das mortes por colisão acontece nas horas mais escuras do dia (ao escurecer e antes d o nascer do sol), em um e studo conduzido na Venezuela, em uma linha de transmissão da ilha Margarita, que passa por grandes corpos d’água.
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Ao todo, Erickson et al. (2005) estimam que, só nos Estados Unidos, mais de 100 milhões de aves morrem anualmente por impacto com linhas de transmissão. Os números apresentados por Manville (2005) são ainda mais preocupantes por estimarem o número de indivíduos mortos por colisão em cabos em até 175 milhões por ano. Rubolini et al. (2005), por sua vez, fazendo um inventário mais geral dos acidentes e nvolvendo linhas de transmissão e aves na Itália, apontam as aves aquáticas como altamente propensas a colisões. Segundo eles, os impactos são maiores quando os empreendimentos são construídos próximo ao ambiente natural, onde se concentram essas espécies de aves, e indicam que gaviões e corujas são apenas minimamente afetados por colisões, sendo, entretanto, fortemente propensos a eletrocussões em linhas de média tensão (1 a 40 kV). Desde essa constatação, várias medidas vêm sendo propostas em diferentes países, incluindo o melhor planejamento das rotas das linhas de transmissão, a remoção de cabos para-raios ou a sua sinali zação, tornando-os mais visíveis às aves (há uma revisão sobre o assunto disponível em Beaulaurier, 1981). Já Allonso et al. (1994) demonstraram cabalmente a eficiência do uso de espirais de PVC pintadas em evitar acidentes por colisão. Esses autores compararam criteriosamente colisões e comportamentos evasivos de aves que cruzavam uma linha de transmissão de 380 kV em trechos sinalizados e não sinalizados. Seus resultados apontaram para a redução em mais de 60% no número de colisões após a instalação dos sinalizadores, quando comparados a trechos não sinalizados da mesma linha. Esses resultados são fortemente sugestivos sobre a eficiência dessas medidas. Ao mesmo tempo, eles relataram Essa rara fotografia mostra um colhereiro ( Platalea ajaja ) e o cordão de fezes que, caracteristicamente, provoca desligamentos em linhas de transmissão. Essa foto foi tirada por Peterson A. Bachin em Tremembé, Estado de São Paulo, em 19 de janeiro de 2013.
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Bagageiro, Phaeomyiasmurina
que, após a sinalização, as aves passaram a optar por não cruzar o espaço entre os cabos, mas sim, ultrapassar a linha de transmissão passando sobre os cabos, a uma distância segura. Savereno et al. (1996) conduziram um trabalho semelhante na Carolina do Sul e chegaram a conclusões quase idênticas aos autores supracitados, confirmando a eficiência da sinalização. Combinando a observação direta do comportamento das aves em voo e a busca de carcaças de espécimes mortos, esses autores constataram uma redução de 53% nas mortes causadas por impacto após a instalação de sinalizadores em uma linha de transmissão de 115 kV. Janns & Ferrer (1998), comparando as colisões de aves com cabos das redes de distribuição e linhas de alta ten-
número de linhas de transmissão, mas sim à má escolha do local onde eram instaladas. Outro dado interessante é o de que boa parte das aves que colidiram contra cabos morreram em decorrência da queda após o impacto e não em função das fraturas geradas no momento da colisão. Outros fatores importantes apontados por esse autor são a influência da experiência individual (idade) do cisne na possibilidade de impacto com fios de alta tensão e a própria potência de decolagem das aves. Ou seja, aves com voos mais explosivos têm maior chance de morrer colidindo com linhas de distribuição. Janss (2000), na importante revista científica “Biological Conservation”, chamou a atenção novamente para o fato de que as aves mais susceptíveis a impactos seriam
Após a sinalização, as aves passaram a optar por não cruzar o espaço entre os cabos, mas sim, ultrapassar a linha de transmissão passando sobre os cabos, a uma distância segura. são na Espanha (380 kV, 132 kV e 13 kV) demonstraram, por sua vez, que sinalizadores podem não ser eficientes para alguns grupos taxonômicos específicos e que as colisões se distribuem homogeneamente em diferentes linhas, independentemente de sua potência ou altura. Também nesse sentido, as informações bibliográficas revelam interessantes pontos quando abordadas de uma forma mais ampla. Mathiasson (1993), ao estudar colisões na Suécia, levantou questões e respostas raras em outros artigos até então. Primeiramente, informando que mais de 30% dos cisnes anilhados mortos na Suécia colidiram com cabos de alta tensão, o que é, certamente, um número espantoso. Esses números são corroborados pelas informações levantadas por Frost (2008) em relação às mortes de cisnes na Inglaterra. Por outro lado, ele indicou que as mortes não estavam tão relacionadas ao
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aquelas com menor poder de sustentação de voo. Segundo ele, gaviões e águias (família Acciptridae), por exemplo, por voarem muito bem e planarem bastante, sofreriam pouco com colisões, mas estariam muito expostos a eletrocussões. Esse autor chegou a sugerir, inclusive, um modelo matemático para avaliar o risco de impacto e eletrocussões de aves em linhas de transmissão. Shaw et al. (2010b), analisando colisões e eletrocussões em diversas linhas na Á frica do Sul, demonstraram a importância de se estudar esse tipo de relação e chamam a atenção para o fato de que não s omente aves com pouca habilidade de voo morrem em fenômenos de colisão. Em uma linha similar, Martim & Shaw (2010) procuram no campo visual das aves uma explicação para os impactos, chamando a atenção para a importância da “binocularidade” da visão de alguns grupos para o aumento de seu
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Bagageiro, Phaeomyiasmurina
que, após a sinalização, as aves passaram a optar por não cruzar o espaço entre os cabos, mas sim, ultrapassar a linha de transmissão passando sobre os cabos, a uma distância segura. Savereno et al. (1996) conduziram um trabalho semelhante na Carolina do Sul e chegaram a conclusões quase idênticas aos autores supracitados, confirmando a eficiência da sinalização. Combinando a observação direta do comportamento das aves em voo e a busca de carcaças de espécimes mortos, esses autores constataram uma redução de 53% nas mortes causadas por impacto após a instalação de sinalizadores em uma linha de transmissão de 115 kV. Janns & Ferrer (1998), comparando as colisões de aves com cabos das redes de distribuição e linhas de alta ten-
número de linhas de transmissão, mas sim à má escolha do local onde eram instaladas. Outro dado interessante é o de que boa parte das aves que colidiram contra cabos morreram em decorrência da queda após o impacto e não em função das fraturas geradas no momento da colisão. Outros fatores importantes apontados por esse autor são a influência da experiência individual (idade) do cisne na possibilidade de impacto com fios de alta tensão e a própria potência de decolagem das aves. Ou seja, aves com voos mais explosivos têm maior chance de morrer colidindo com linhas de distribuição. Janss (2000), na importante revista científica “Biological Conservation”, chamou a atenção novamente para o fato de que as aves mais susceptíveis a impactos seriam
Após a sinalização, as aves passaram a optar por não cruzar o espaço entre os cabos, mas sim, ultrapassar a linha de transmissão passando sobre os cabos, a uma distância segura. são na Espanha (380 kV, 132 kV e 13 kV) demonstraram, por sua vez, que sinalizadores podem não ser eficientes para alguns grupos taxonômicos específicos e que as colisões se distribuem homogeneamente em diferentes linhas, independentemente de sua potência ou altura. Também nesse sentido, as informações bibliográficas revelam interessantes pontos quando abordadas de uma forma mais ampla. Mathiasson (1993), ao estudar colisões na Suécia, levantou questões e respostas raras em outros artigos até então. Primeiramente, informando que mais de 30% dos cisnes anilhados mortos na Suécia colidiram com cabos de alta tensão, o que é, certamente, um número espantoso. Esses números são corroborados pelas informações levantadas por Frost (2008) em relação às mortes de cisnes na Inglaterra. Por outro lado, ele indicou que as mortes não estavam tão relacionadas ao
aquelas com menor poder de sustentação de voo. Segundo ele, gaviões e águias (família Acciptridae), por exemplo, por voarem muito bem e planarem bastante, sofreriam pouco com colisões, mas estariam muito expostos a eletrocussões. Esse autor chegou a sugerir, inclusive, um modelo matemático para avaliar o risco de impacto e eletrocussões de aves em linhas de transmissão. Shaw et al. (2010b), analisando colisões e eletrocussões em diversas linhas na Á frica do Sul, demonstraram a importância de se estudar esse tipo de relação e chamam a atenção para o fato de que não s omente aves com pouca habilidade de voo morrem em fenômenos de colisão. Em uma linha similar, Martim & Shaw (2010) procuram no campo visual das aves uma explicação para os impactos, chamando a atenção para a importância da “binocularidade” da visão de alguns grupos para o aumento de seu
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Pararu-azul, Claravis pretiosa
risco de colisão com cabos. Além de analisarem grous e cegonhas, esses autores apontam as aves de rapina como tendo campos visuais propensos a aumentarem sua chance de colisão, o que, de certa forma, é contraditório com os dados da literatura, que apontam essas aves mais como vítimas de eletrocussão do que de colisão. Bevanger & Broseth (2001), estudando o impacto de aves sobre linhas de 300, 66 e 22 kV, concluíram que a retirada dos cabos para-raios reduziriam as mortes de aves em mais de 50% em relação às colisões. Esses autores acreditam que o desenvolvimento de tecnologias que permitam a supressão desses cabos é emergencial, um resultado também alcançado por Raab et al. (2011), que avaliaram o efeito da retirada de cabos para-raios e da sinalização de linhas de transmissão de 380 kV na Áustria e na Hungria. Em experimento conduzido na Inglaterra, Frost (2008)
Dois anos depois, em “Avian collisions with power lines: a global review of causes and mitigation with a South African perspective”, Jenkins et al. (2010) tentaram estabelecer qual o real conhecimento dos estudos sobre colisões de aves em linhas de transmissão. Nesse estudo, uma referência quase obrigatória na área, os autores comparam as tentativas históricas de se mitigar o impacto de linhas de transmissão sobre aves e as diferentes estratégias utilizadas para sinalizar os cabos para-raios. Comparando os percentuais de sucesso entre as estratégias utilizadas em todo o mundo, esses autores demonstram claramente que: os cabos para-raios representam o maior risco de colisão; e os diferentes métodos de sinalização dos cabos têm p oder de reduzir entre 50 e 76% o número de colisões. Nesse sentido, os autores apresentam uma interessante comparação entre a eficiência de diferentes modelos de sinalizadores,
Além disso, esses autores voltam a chamar a atenção para a relevância da escolha apropriada dos traçados das linhas de transmissão na diminuição do impacto sobre as aves e para a relevância conservacionista desse tipo de empreendimento. acompanhou a instalação de sinalizadores em linhas de transmissão com alto índice de morte de cisnes ( Cygnus olor ). Esse autor levantou duas informações realmente relevantes: a primeira foi a constatação da redução drástica das mortes de cisnes após a sinalização das linhas; a segunda foi a geração de dados que indicam a distância em que cada indivíduo morto foi encontrado após a colisão com a linha de transmissão, o que pode servir d e referencial para futuros estudos que tenham o objetivo de encontrar carcaças de aves recém-colididas com linhas de transmissão. Eles demonstraram que alguns espécimes caem muito longe das faixas de supressão, o que implica em grande dificuldade de se encontrar carcaças, particularmente no caso de aves de pequeno porte e com cores menos conspícuas.
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também abordando a sua eficiência conforme o espaçamento escolhido entre os dispositivos. Além disso, esses autores voltam a chamar a atenção para a relevância da escolha apropriada dos traçados das linhas de transmissão na diminuição do impacto sobre as aves e para a relevância conservacionista desse tipo de empreendimento. Jenkins et al. (2010) também alertam para a importância, na hora da escolha dos traçados das linhas de transmissão, de se levar em conta fatores como a topografia (e.g . presença de vales, penhascos, acidentes de relevo), as condições climáticas (propensão à formação de nevoeiros e presença de correntes fortes de ventos) e os ambientes (áreas alagadas). Cada um desses fatores incidirá de maneira dramática sobre os números de espé-
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Pararu-azul, Claravis pretiosa
risco de colisão com cabos. Além de analisarem grous e cegonhas, esses autores apontam as aves de rapina como tendo campos visuais propensos a aumentarem sua chance de colisão, o que, de certa forma, é contraditório com os dados da literatura, que apontam essas aves mais como vítimas de eletrocussão do que de colisão. Bevanger & Broseth (2001), estudando o impacto de aves sobre linhas de 300, 66 e 22 kV, concluíram que a retirada dos cabos para-raios reduziriam as mortes de aves em mais de 50% em relação às colisões. Esses autores acreditam que o desenvolvimento de tecnologias que permitam a supressão desses cabos é emergencial, um resultado também alcançado por Raab et al. (2011), que avaliaram o efeito da retirada de cabos para-raios e da sinalização de linhas de transmissão de 380 kV na Áustria e na Hungria. Em experimento conduzido na Inglaterra, Frost (2008)
Dois anos depois, em “Avian collisions with power lines: a global review of causes and mitigation with a South African perspective”, Jenkins et al. (2010) tentaram estabelecer qual o real conhecimento dos estudos sobre colisões de aves em linhas de transmissão. Nesse estudo, uma referência quase obrigatória na área, os autores comparam as tentativas históricas de se mitigar o impacto de linhas de transmissão sobre aves e as diferentes estratégias utilizadas para sinalizar os cabos para-raios. Comparando os percentuais de sucesso entre as estratégias utilizadas em todo o mundo, esses autores demonstram claramente que: os cabos para-raios representam o maior risco de colisão; e os diferentes métodos de sinalização dos cabos têm p oder de reduzir entre 50 e 76% o número de colisões. Nesse sentido, os autores apresentam uma interessante comparação entre a eficiência de diferentes modelos de sinalizadores,
Além disso, esses autores voltam a chamar a atenção para a relevância da escolha apropriada dos traçados das linhas de transmissão na diminuição do impacto sobre as aves e para a relevância conservacionista desse tipo de empreendimento. acompanhou a instalação de sinalizadores em linhas de transmissão com alto índice de morte de cisnes ( Cygnus olor ). Esse autor levantou duas informações realmente relevantes: a primeira foi a constatação da redução drástica das mortes de cisnes após a sinalização das linhas; a segunda foi a geração de dados que indicam a distância em que cada indivíduo morto foi encontrado após a colisão com a linha de transmissão, o que pode servir d e referencial para futuros estudos que tenham o objetivo de encontrar carcaças de aves recém-colididas com linhas de transmissão. Eles demonstraram que alguns espécimes caem muito longe das faixas de supressão, o que implica em grande dificuldade de se encontrar carcaças, particularmente no caso de aves de pequeno porte e com cores menos conspícuas.
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também abordando a sua eficiência conforme o espaçamento escolhido entre os dispositivos. Além disso, esses autores voltam a chamar a atenção para a relevância da escolha apropriada dos traçados das linhas de transmissão na diminuição do impacto sobre as aves e para a relevância conservacionista desse tipo de empreendimento. Jenkins et al. (2010) também alertam para a importância, na hora da escolha dos traçados das linhas de transmissão, de se levar em conta fatores como a topografia (e.g . presença de vales, penhascos, acidentes de relevo), as condições climáticas (propensão à formação de nevoeiros e presença de correntes fortes de ventos) e os ambientes (áreas alagadas). Cada um desses fatores incidirá de maneira dramática sobre os números de espé-
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Bico-virado-da-caatinga, Megaxenops parnaguae
cimes mortos por colisão e devem ser considerados também na hora de priorizar áreas no caso de s e desejar sinalizar linhas pré-existentes. Dessa escolha dependerão as taxas de acidente com aves, historicamente entre 0,1 e 80 mortes anuais por quilômetro de linha na Á frica do Sul. Martin (2011) fez uma revisão de possíveis causas de colisão de aves contra obstáculos antropogênicos ligadas à visão e ao comportamento das aves. Apesar de ter uma abordagem superficial do problema, aponta questões que ainda não haviam sido levantadas pela literatura, como a constatação de que as medidas adotadas terão sempre eficiência desigual entre os diferentes grupos de aves. Dessa forma, algumas medidas apropriadas para papagaios e araras (Psittacidae), poderiam ser ineficientes para falcões (Falconidae), e assim por diante. Todo esse conhecimento acumulado pode ser utilizado de diversas formas, que vai desde um planejamento adequado de traçado até uma perspectiva de predição de colisões ao longo do traçado, conforme as condições topográficas, climáticas e ambientais das áreas cruzadas por linhas de transmissão novas e pré-existentes, além de considerar a comunidade de aves de potencial ocorrência na região de inserção da linha de transmissão. Da mesma forma, sabemos hoje que as aves paludícolas, como os Anseriformes, de voo explosivo ou que voam em grandes bandos, como os pombos (Columbiformes), estão entre as principais vítimas de colisão.
1.2 ELETROCUSSÕES Todo o histórico levantado a partir de referências bibliográficas aponta para o fato de não haver problemas sérios associados à eletrocussão de aves em linhas de transmissão de alta potência, pelo simples fato de a distância mínima entre as fases condutoras ser mais de duas vezes maior que a maior envergadura de uma ave brasileira. Como o escopo
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deste livro inclui uma abordagem mais geral, cabe, entretanto, apresentar um histórico resumido mais representativo do conhecimento hoje existente sobre esses acidentes em redes de distribuição de energia como um todo. Em uma pequena nota publicada em 1922, em uma das principais revistas de ornitologia (ramo da zoologia que enfoca as aves), um autor chamado Thomas Hallinan, morador da Flórida, nos Estados Unidos, relatava singelamente a sua experiência pessoal observando os acidentes de eletrocussão de aves, particularmente os urubus-caçadores ( Cathartes aura ) e uma espécie de passarinho (“Shrike” – Lanio ludovicianus ). Observando essas aves e suas relações com linhas de transmissão de energia de 13 kV, Hallinan relatou a eletrocussão dos urubus que encostavam as asas em duas fases das linhas ao pousar nos postes. Ao mesmo tempo, relatava que os passarinhos “Shrikes” eram eletrocutados de modo diferente. O autor, já naquela época, narrava que essa espécie era eletrocutada quando decidia que a ponta nua do fio de alta tensão era o local ideal para comer suas presas recém-caçadas. Assim que a ave chegava perto dos fios “vivos”, a descarga elétrica não só a d estruía como também os fusíveis, causando prejuízos a ambos os lados, meio ambiente e empreendimento. É interessante notar que essas observações fizeram com que o autor ponderasse se algum dia as aves seriam capazes de aprender sobre os perigos das linhas de transmissão. Quase 100 anos depois, veremos que são poucos os dados existentes que nos indiquem possíveis caminhos para responder a essa dúvida. Logo em seguida, em outra das maiores revistas de ornitologia, Michener (1928) relatava o quão conhecidos eram, por parte dos engenheiros, os acidentes com aves eletrocutadas em linhas de transmissão, particularmente por causa do contato que fazem com fios condutores ao pousar ou passar entre os mesmos. Desde então, muitos estudos demonstraram os efeitos nocivos e os perigos de eletrocussão sobre aves, principalmente sobre predadores como gaviões, águias e falcões
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cimes mortos por colisão e devem ser considerados também na hora de priorizar áreas no caso de s e desejar sinalizar linhas pré-existentes. Dessa escolha dependerão as taxas de acidente com aves, historicamente entre 0,1 e 80 mortes anuais por quilômetro de linha na Á frica do Sul. Martin (2011) fez uma revisão de possíveis causas de colisão de aves contra obstáculos antropogênicos ligadas à visão e ao comportamento das aves. Apesar de ter uma abordagem superficial do problema, aponta questões que ainda não haviam sido levantadas pela literatura, como a constatação de que as medidas adotadas terão sempre eficiência desigual entre os diferentes grupos de aves. Dessa forma, algumas medidas apropriadas para papagaios e araras (Psittacidae), poderiam ser ineficientes para falcões (Falconidae), e assim por diante. Todo esse conhecimento acumulado pode ser utilizado de diversas formas, que vai desde um planejamento adequado de traçado até uma perspectiva de predição de colisões ao longo do traçado, conforme as condições topográficas, climáticas e ambientais das áreas cruzadas por linhas de transmissão novas e pré-existentes, além de considerar a comunidade de aves de potencial ocorrência na região de inserção da linha de transmissão. Da mesma forma, sabemos hoje que as aves paludícolas, como os Anseriformes, de voo explosivo ou que voam em grandes bandos, como os pombos (Columbiformes), estão entre as principais vítimas de colisão.
1.2 ELETROCUSSÕES Todo o histórico levantado a partir de referências bibliográficas aponta para o fato de não haver problemas sérios associados à eletrocussão de aves em linhas de transmissão de alta potência, pelo simples fato de a distância mínima entre as fases condutoras ser mais de duas vezes maior que a maior envergadura de uma ave brasileira. Como o escopo
deste livro inclui uma abordagem mais geral, cabe, entretanto, apresentar um histórico resumido mais representativo do conhecimento hoje existente sobre esses acidentes em redes de distribuição de energia como um todo. Em uma pequena nota publicada em 1922, em uma das principais revistas de ornitologia (ramo da zoologia que enfoca as aves), um autor chamado Thomas Hallinan, morador da Flórida, nos Estados Unidos, relatava singelamente a sua experiência pessoal observando os acidentes de eletrocussão de aves, particularmente os urubus-caçadores ( Cathartes aura ) e uma espécie de passarinho (“Shrike” – Lanio ludovicianus ). Observando essas aves e suas relações com linhas de transmissão de energia de 13 kV, Hallinan relatou a eletrocussão dos urubus que encostavam as asas em duas fases das linhas ao pousar nos postes. Ao mesmo tempo, relatava que os passarinhos “Shrikes” eram eletrocutados de modo diferente. O autor, já naquela época, narrava que essa espécie era eletrocutada quando decidia que a ponta nua do fio de alta tensão era o local ideal para comer suas presas recém-caçadas. Assim que a ave chegava perto dos fios “vivos”, a descarga elétrica não só a d estruía como também os fusíveis, causando prejuízos a ambos os lados, meio ambiente e empreendimento. É interessante notar que essas observações fizeram com que o autor ponderasse se algum dia as aves seriam capazes de aprender sobre os perigos das linhas de transmissão. Quase 100 anos depois, veremos que são poucos os dados existentes que nos indiquem possíveis caminhos para responder a essa dúvida. Logo em seguida, em outra das maiores revistas de ornitologia, Michener (1928) relatava o quão conhecidos eram, por parte dos engenheiros, os acidentes com aves eletrocutadas em linhas de transmissão, particularmente por causa do contato que fazem com fios condutores ao pousar ou passar entre os mesmos. Desde então, muitos estudos demonstraram os efeitos nocivos e os perigos de eletrocussão sobre aves, principalmente sobre predadores como gaviões, águias e falcões
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Tico-tico-rei-cinza, Lanio pileatus
(Benson, 1980, 1982; Haas, 1980; Ledger & Annegan, 1981; Olendorff, 1981; Van Daele, 1980). Isso foi particularmente claro no caso de postes distribuidores de energia elétrica, como estudado por Ferrer et al. (1991), que concentrou-se em postes de 16 kV e apresentou, inclusive, os modelos de postes mais perigosos, no que diz respeito a aves de rapina. Nesse sentido, ressalta-se que, como demonstrado por Ledger & Hobbs (1999), gaviões e águias não são comumente vítimas de colisão contra linhas de transmissão, mas sim, mortos por eletrocussão. Isso foi fortemente corroborado e exaltado pelos trabalhos de Frost (2008) e Janss (2000). Ainda segundo aqueles autores, entretan-
ses autores demonstraram que as densidades populacionais têm relação inversa à presença de postes elétricos (15 a 30 kV), mais uma vez apontando para o problema das linhas de transmissão de baixa tensão na conservação das aves. Nesse sentido, todos os estudos deixam claro que a maior parte dos acidentes por eletrocussão ocorrem em linhas com voltagem entre 4 e 34.5 kV ( vide APLIC & USFWS, 2005) e que toda a preocupação em relação a linhas de transmissão de alta voltagem deve se concentrar no risco de colisão. Por outro lado, fica claro também que, em países nos quais o conhecimento sobre as relações entre aves e linhas de transmissão é ainda escasso e pouco
Nesse sentido, todos os estudos deixam claro que a maior parte dos acidentes por eletrocussão ocorrem em linhas com voltagem entre 4 e 34.5 kV e que toda a preocupação em relação a linhas de transmissão de alta voltagem deve se concentrar no risco de colisão. to, linhas de distribuição de energia com baixa voltagem (11-22 kV) são os maiores problemas, o que também foi reportado na Espanha por Tintó et al. (2002), que estudaram linhas de 13, 15 e 66 kV. Harness & Wilson (2001), por sua vez, detalharam o tipo de estruturas em linhas de distribuição que se relacionam com a morte de grandes predadores. Apontam que mais de 50% das aves de rapina mortas por eletrocussão são jovens inexperientes e que os equipamentos mais perigosos são os postes ou torres que apresentam transformadores do tipo trifásico. Sergio et al. (2004) levantaram dados estarrecedores sobre a eletrocussão de corujas ( Bubo bubo) nas redes de distribuição de energia na Europa (Alemanha, Noruega e Itália). Após alertarem para o fato de que boa parte dos jovens (às vezes mais de 50%) dessa espécie de coruja morrem eletrocutados dada a grande envergadura de suas asas, es-
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incorporado aos processos construtivos, como no Brasil, a falta de controle e licenciamento ambiental de linhas distribuidoras de energia (4 a 110 kV) pode representar uma verdadeira catástrofe ambiental. Isso poderia ser facilmente evitado com o ajuste estrutural dos postes/ torres para modelos menos perigosos (já apontados pela literatura, por exemplo, em Ferrer et al., 1991 ou Neves & Infante, 2008) ou modificações/adaptações simples em postes, como demonstrado por Kalunga et al., (2011) para postes de 110 kV na Polônia, e corroborado também por Rubolini et al., (2005), que apontaram as linhas de média tensão (1 a 40 kV) como as maiores responsáveis por eletrocussão de aves na Itália, não apontando qualquer caso ligado a linhas de alta tensão. Gerdzhikov & Demerdzhiev (2009), estudando os impactos relacionados a linhas de distribuição (40kV) na Bulgária, mostraram que essas linhas de baixa tensão,
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(Benson, 1980, 1982; Haas, 1980; Ledger & Annegan, 1981; Olendorff, 1981; Van Daele, 1980). Isso foi particularmente claro no caso de postes distribuidores de energia elétrica, como estudado por Ferrer et al. (1991), que concentrou-se em postes de 16 kV e apresentou, inclusive, os modelos de postes mais perigosos, no que diz respeito a aves de rapina. Nesse sentido, ressalta-se que, como demonstrado por Ledger & Hobbs (1999), gaviões e águias não são comumente vítimas de colisão contra linhas de transmissão, mas sim, mortos por eletrocussão. Isso foi fortemente corroborado e exaltado pelos trabalhos de Frost (2008) e Janss (2000). Ainda segundo aqueles autores, entretan-
ses autores demonstraram que as densidades populacionais têm relação inversa à presença de postes elétricos (15 a 30 kV), mais uma vez apontando para o problema das linhas de transmissão de baixa tensão na conservação das aves. Nesse sentido, todos os estudos deixam claro que a maior parte dos acidentes por eletrocussão ocorrem em linhas com voltagem entre 4 e 34.5 kV ( vide APLIC & USFWS, 2005) e que toda a preocupação em relação a linhas de transmissão de alta voltagem deve se concentrar no risco de colisão. Por outro lado, fica claro também que, em países nos quais o conhecimento sobre as relações entre aves e linhas de transmissão é ainda escasso e pouco
Nesse sentido, todos os estudos deixam claro que a maior parte dos acidentes por eletrocussão ocorrem em linhas com voltagem entre 4 e 34.5 kV e que toda a preocupação em relação a linhas de transmissão de alta voltagem deve se concentrar no risco de colisão. to, linhas de distribuição de energia com baixa voltagem (11-22 kV) são os maiores problemas, o que também foi reportado na Espanha por Tintó et al. (2002), que estudaram linhas de 13, 15 e 66 kV. Harness & Wilson (2001), por sua vez, detalharam o tipo de estruturas em linhas de distribuição que se relacionam com a morte de grandes predadores. Apontam que mais de 50% das aves de rapina mortas por eletrocussão são jovens inexperientes e que os equipamentos mais perigosos são os postes ou torres que apresentam transformadores do tipo trifásico. Sergio et al. (2004) levantaram dados estarrecedores sobre a eletrocussão de corujas ( Bubo bubo) nas redes de distribuição de energia na Europa (Alemanha, Noruega e Itália). Após alertarem para o fato de que boa parte dos jovens (às vezes mais de 50%) dessa espécie de coruja morrem eletrocutados dada a grande envergadura de suas asas, es-
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além de altamente perigosas por eletrocutarem muitas aves, também oferecem perigo de colisão, principalmente para Passeriformes, talvez em função de sua baixa altura. Outras constatações importantes desses estudos é o fato de acidentes de eletrocussão e colisão terem sido muito comuns em áreas cultivadas, possivelmente em função da formação de bandos de passeriformes oportunistas e pelo fato de os postes serem, em áreas abertas, poleiros mais atraentes. Ao mesmo tempo, os autores não encontraram aves mortas em florestas, o que é muito discutível, uma vez que é notavelmente mais difícil encontrar animais mortos em florestas do que em áreas abertas. Lasch et al. (2010), com base no acompanhamento de linhas de transmissão no Cazaquistão, demonstraram mais uma vez a problemática das linhas de baixa e méd ia tensão, relatando centenas de mortes de aves, sendo cerca de 50% de aves de rapina. Como as mortes de rapineiros se concentraram no verão, eles as associaram à presença de jovens, deduzindo, portanto, que boa parte das carcaças seria de espécimes ainda inexperientes. Dessa forma, o histórico apresentado demonstra, de forma consistente, que a estreita relação entre aves e linhas de baixa tensão é problemática, uma vez que pode afetar drasticamente populações de aves de grande porte, frequentemente predadoras de topo de cadeia. Voltaremos a esse assunto na terceira parte deste livro, na qual discutiremos a possível aplicação dessas noções às rotinas do processo de licenciamento ambiental de empreendimentos de pequeno porte.
1.3 EFEITOS INDIRETOS: A FRAGMENTAÇÃO DE REMANESCENTES VEGETAIS Além dos impactos diretos sobre as aves, por meio de colisão e eletrocussão, alguns impactos indiretos vêm sendo
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incorporado aos processos construtivos, como no Brasil, a falta de controle e licenciamento ambiental de linhas distribuidoras de energia (4 a 110 kV) pode representar uma verdadeira catástrofe ambiental. Isso poderia ser facilmente evitado com o ajuste estrutural dos postes/ torres para modelos menos perigosos (já apontados pela literatura, por exemplo, em Ferrer et al., 1991 ou Neves & Infante, 2008) ou modificações/adaptações simples em postes, como demonstrado por Kalunga et al., (2011) para postes de 110 kV na Polônia, e corroborado também por Rubolini et al., (2005), que apontaram as linhas de média tensão (1 a 40 kV) como as maiores responsáveis por eletrocussão de aves na Itália, não apontando qualquer caso ligado a linhas de alta tensão. Gerdzhikov & Demerdzhiev (2009), estudando os impactos relacionados a linhas de distribuição (40kV) na Bulgária, mostraram que essas linhas de baixa tensão,
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apontados por pesquisadores que abordam o assunto. A própria fragmentação ambiental provocada pelo corte seletivo da vegetação ou do corte raso para a instituição de uma pequena faixa de serviço pode gerar impactos sobre as comunidades nativas de aves. Evidentemente, esse impacto, quando existente, será bastante relacionado ao cuidado na hora de efetuar a supressão vegetal, o que, por sua vez, apresenta forte variação ao longo da história recente, de região para região e de empresa para empresa. Há poucos anos, faixas de supressão de vegetação de até 60m eram feitas com o corte raso o que, seguramente, impactava muito mais a fauna do que os métodos modernos de supressão de vegetação. A posição de estradas de acesso para as torres, frequentemente situadas abaixo das linhas também gera impactos e seu planejamento pode se refletir positivamente sobre as comunidades de aves. A comunidade de aves sofre diversos outros tipos de impacto indiretos com a construção e implantação das linhas de transmissão, como: a perda de habitat; os distúrbios associados à constante penetração de fogo na faixa de servidão recém-aberta e à invasão de espécies exóticas nas áreas alteradas ou degradadas pela faixa de serviço; a abertura de acesso a áreas mais inatingíveis, aumentando a facilidade de acesso para caçadores; e o próprio efeito de borda ocasionado quando as linhas de transmissão cortam remanescentes florestais. Tintó et al. (2002) demonstraram, inclusive, que corpos de aves em chamas após eventos de eletrocussão foram causadores de diversos incêndios na vegetação associados a linhas de transmissão na Espanha. O efeito de borda, muito estudado no contexto da fragmentação florestal, por sua vez, nada mais é que a mudança das condições físicas normalmente encontradas no interior da floresta, tornando-as mais s ecas, quentes e vulneráveis ao vento, à medida que se aproximam das bordas do fragmento (Tanizaki & Moulton, 2000). A supressão vegetal sempre gerará algum efeito que poderá, como já visto, ser maior ou menor conforme uma
U M E S T U D O D E C A S Arapaçu, O 35 Dendrocolaptesplatyrostris
além de altamente perigosas por eletrocutarem muitas aves, também oferecem perigo de colisão, principalmente para Passeriformes, talvez em função de sua baixa altura. Outras constatações importantes desses estudos é o fato de acidentes de eletrocussão e colisão terem sido muito comuns em áreas cultivadas, possivelmente em função da formação de bandos de passeriformes oportunistas e pelo fato de os postes serem, em áreas abertas, poleiros mais atraentes. Ao mesmo tempo, os autores não encontraram aves mortas em florestas, o que é muito discutível, uma vez que é notavelmente mais difícil encontrar animais mortos em florestas do que em áreas abertas. Lasch et al. (2010), com base no acompanhamento de linhas de transmissão no Cazaquistão, demonstraram mais uma vez a problemática das linhas de baixa e méd ia tensão, relatando centenas de mortes de aves, sendo cerca de 50% de aves de rapina. Como as mortes de rapineiros se concentraram no verão, eles as associaram à presença de jovens, deduzindo, portanto, que boa parte das carcaças seria de espécimes ainda inexperientes. Dessa forma, o histórico apresentado demonstra, de forma consistente, que a estreita relação entre aves e linhas de baixa tensão é problemática, uma vez que pode afetar drasticamente populações de aves de grande porte, frequentemente predadoras de topo de cadeia. Voltaremos a esse assunto na terceira parte deste livro, na qual discutiremos a possível aplicação dessas noções às rotinas do processo de licenciamento ambiental de empreendimentos de pequeno porte.
1.3 EFEITOS INDIRETOS: A FRAGMENTAÇÃO DE REMANESCENTES VEGETAIS Além dos impactos diretos sobre as aves, por meio de colisão e eletrocussão, alguns impactos indiretos vêm sendo
apontados por pesquisadores que abordam o assunto. A própria fragmentação ambiental provocada pelo corte seletivo da vegetação ou do corte raso para a instituição de uma pequena faixa de serviço pode gerar impactos sobre as comunidades nativas de aves. Evidentemente, esse impacto, quando existente, será bastante relacionado ao cuidado na hora de efetuar a supressão vegetal, o que, por sua vez, apresenta forte variação ao longo da história recente, de região para região e de empresa para empresa. Há poucos anos, faixas de supressão de vegetação de até 60m eram feitas com o corte raso o que, seguramente, impactava muito mais a fauna do que os métodos modernos de supressão de vegetação. A posição de estradas de acesso para as torres, frequentemente situadas abaixo das linhas também gera impactos e seu planejamento pode se refletir positivamente sobre as comunidades de aves. A comunidade de aves sofre diversos outros tipos de impacto indiretos com a construção e implantação das linhas de transmissão, como: a perda de habitat; os distúrbios associados à constante penetração de fogo na faixa de servidão recém-aberta e à invasão de espécies exóticas nas áreas alteradas ou degradadas pela faixa de serviço; a abertura de acesso a áreas mais inatingíveis, aumentando a facilidade de acesso para caçadores; e o próprio efeito de borda ocasionado quando as linhas de transmissão cortam remanescentes florestais. Tintó et al. (2002) demonstraram, inclusive, que corpos de aves em chamas após eventos de eletrocussão foram causadores de diversos incêndios na vegetação associados a linhas de transmissão na Espanha. O efeito de borda, muito estudado no contexto da fragmentação florestal, por sua vez, nada mais é que a mudança das condições físicas normalmente encontradas no interior da floresta, tornando-as mais s ecas, quentes e vulneráveis ao vento, à medida que se aproximam das bordas do fragmento (Tanizaki & Moulton, 2000). A supressão vegetal sempre gerará algum efeito que poderá, como já visto, ser maior ou menor conforme uma
U M E S T U D O D E C A S Arapaçu, O 35 Dendrocolaptesplatyrostris
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Surucuá-variado, Trogon surrucura
série de fatores, como grau de isolamento e tamanho e forma dos fragmentos. Essa mudança provoca alterações na comunidade de aves, como a predominância de algumas espécies menos sensíveis à degradação ambiental em detrimento de outras mais sensíveis (geralmente aves florestais de bosque e sub-bosque), diminuindo assim a diversidade e a riqueza de espécies da área. Outro efeito negativo frequentemente encontrado na literatura é o aumento na predação de ninhos, promotor da diminuição ou mesmo do desaparecimento de certas espécies. Geralmente, quanto mais florestal e original for o ambiente, mais impactado pela linha de transmissão espera-se que ele seja. O já mencionado dimensionamento da faixa de supressão vegetal também gerará efeitos sobre o grau de impacto provocado pela passagem da linha de transmissão.
As empresas, por exemplo, ao utilizarem o corte seletivo para a manutenção das faixas de servidão, como é o caso da Taesa, provocarão, naturalmente, muito menos danos que aquelas que fizerem uso do corte raso da vegetação. Assim, as estratégias construtivas podem ser também decisivas. Kroodsma (1982), em estudo raro, enfocou o efeito de borda causado por uma linha de transmissão 500 kV nas comunidades de aves no East Tennessee, Estados Unidos. O autor encontrou mudanças claras nas abundâncias e tamanhos de territórios de espécies de aves especializadas em borda de mata e em interior de mata, que se estenderam a até cerca de 120m para o interior do remanescente impactado. Essencialmente, o efeito encontrado refletiu o esperado, ou seja, houve invasão de espécies de borda de mata nas áreas imediatamente próximas à linha de transmissão e redução das populações de interior de mata. Essas espécies de aves oportunistas não penetraram muito no remanescente florestal, que voltou às suas concentrações normais a partir dos
36 AVES E LINHAS DE TRANSMISSÃO
primeiros 100m de mata para o interior do fragmento. Outro ponto interessante foi o desaparecimento de aves de interior de mata nas bordas ter sido estatisticamente “compensado” pela entrada de espécies de borda. Isso mostra, claramente, que estrapolações gerais devem ser substituídas por análises pontuais, uma vez que espécies florestais mais exigentes agregam, em última instância, um maior valor conservacionista. A questão da eventual repelência causada pelos ruídos e campo eletromagnético ligado diretamente à passagem da linha de transmissão também foi abordada por Kroodsma (1982), que apontou o aumento de algumas populações de espécies de borda como argumento na minimização da ênfase nesse tipo de impacto indireto. Niemi & Hanowski (1984) também analisaram a interferência indireta de uma linha de 500 kV sobre populações de aves, testando a repulsão de aves em relação às linhas de transmissão, às eventuais diferenças em suas abundâncias individuais e aos efeitos nas comunidades de aves em diferentes ambientes cruzados. Seus estudos foram, no entanto, inconclusivos, dada a aparente pequena influência dos efeitos da linha de transmissão sobre as aves e também sobre o fato de que eventuais efeitos tenham sido eclipsados pela variação natural entre os ambientes estudados e suas áreas-controle. Porém, esses autores constataram a clara influência gerada pela proliferação da vegetação arbustiva na faixa de serviço da linha de transmissão. Outro tipo de efeito indireto de linhas de transmissão sobre comunidades faunísticas é a forte mudança na disponibilidade de poleiros para aves de rapina que caçam partindo diretamente de seus pontos de pouso. Stahlecker (1978) relatou um aumento significativo nas populações de águias, gaviões e falcões nos Estados Unidos (Colorado) após a passagem de uma li nha de transmissão de 230 kV. Obviamente, o aumento das populações de predadores de topo de cadeia tem grande repercussão sobre pequenos mamíferos, aves e répteis das regiões transpassadas por empreendimentos, uma vez que interfere
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Surucuá-variado, Trogon surrucura
série de fatores, como grau de isolamento e tamanho e forma dos fragmentos. Essa mudança provoca alterações na comunidade de aves, como a predominância de algumas espécies menos sensíveis à degradação ambiental em detrimento de outras mais sensíveis (geralmente aves florestais de bosque e sub-bosque), diminuindo assim a diversidade e a riqueza de espécies da área. Outro efeito negativo frequentemente encontrado na literatura é o aumento na predação de ninhos, promotor da diminuição ou mesmo do desaparecimento de certas espécies. Geralmente, quanto mais florestal e original for o ambiente, mais impactado pela linha de transmissão espera-se que ele seja. O já mencionado dimensionamento da faixa de supressão vegetal também gerará efeitos sobre o grau de impacto provocado pela passagem da linha de transmissão.
As empresas, por exemplo, ao utilizarem o corte seletivo para a manutenção das faixas de servidão, como é o caso da Taesa, provocarão, naturalmente, muito menos danos que aquelas que fizerem uso do corte raso da vegetação. Assim, as estratégias construtivas podem ser também decisivas. Kroodsma (1982), em estudo raro, enfocou o efeito de borda causado por uma linha de transmissão 500 kV nas comunidades de aves no East Tennessee, Estados Unidos. O autor encontrou mudanças claras nas abundâncias e tamanhos de territórios de espécies de aves especializadas em borda de mata e em interior de mata, que se estenderam a até cerca de 120m para o interior do remanescente impactado. Essencialmente, o efeito encontrado refletiu o esperado, ou seja, houve invasão de espécies de borda de mata nas áreas imediatamente próximas à linha de transmissão e redução das populações de interior de mata. Essas espécies de aves oportunistas não penetraram muito no remanescente florestal, que voltou às suas concentrações normais a partir dos
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primeiros 100m de mata para o interior do fragmento. Outro ponto interessante foi o desaparecimento de aves de interior de mata nas bordas ter sido estatisticamente “compensado” pela entrada de espécies de borda. Isso mostra, claramente, que estrapolações gerais devem ser substituídas por análises pontuais, uma vez que espécies florestais mais exigentes agregam, em última instância, um maior valor conservacionista. A questão da eventual repelência causada pelos ruídos e campo eletromagnético ligado diretamente à passagem da linha de transmissão também foi abordada por Kroodsma (1982), que apontou o aumento de algumas populações de espécies de borda como argumento na minimização da ênfase nesse tipo de impacto indireto. Niemi & Hanowski (1984) também analisaram a interferência indireta de uma linha de 500 kV sobre populações de aves, testando a repulsão de aves em relação às linhas de transmissão, às eventuais diferenças em suas abundâncias individuais e aos efeitos nas comunidades de aves em diferentes ambientes cruzados. Seus estudos foram, no entanto, inconclusivos, dada a aparente pequena influência dos efeitos da linha de transmissão sobre as aves e também sobre o fato de que eventuais efeitos tenham sido eclipsados pela variação natural entre os ambientes estudados e suas áreas-controle. Porém, esses autores constataram a clara influência gerada pela proliferação da vegetação arbustiva na faixa de serviço da linha de transmissão. Outro tipo de efeito indireto de linhas de transmissão sobre comunidades faunísticas é a forte mudança na disponibilidade de poleiros para aves de rapina que caçam partindo diretamente de seus pontos de pouso. Stahlecker (1978) relatou um aumento significativo nas populações de águias, gaviões e falcões nos Estados Unidos (Colorado) após a passagem de uma li nha de transmissão de 230 kV. Obviamente, o aumento das populações de predadores de topo de cadeia tem grande repercussão sobre pequenos mamíferos, aves e répteis das regiões transpassadas por empreendimentos, uma vez que interfere
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Rabo-branco-rubro, Phaethornisruber
no suposto equilíbrio predador-presa alcançado por tais populações ao longo da evolução de ambientes, embora esse efeito “colateral” não tenha ainda sido testado satisfatoriamente para nenhum empreendimento. Fernie & Reynolds (2005) focaram seu estudo na exploração da influência dos efeitos dos campos eletromagnéticos de linhas de transmissão sobre aves com resultados inconclusivos. Relatam que não foi possível correlacionar positivamente o eletromagnetismo com qualquer alteração sobre a comunidade de aves e que somente mais estudos poderão apresentar cenário mais confiável para essa questão. O fato de muitas aves utilizarem áreas desmatadas embaixo das linhas de transmissão, assim como as estruturas das torres em suas nidificações, também é tido por muitos autores como uma evidência contrária à relevância desse efeito.
sobre os empreendimentos e os prejuízos operacionais causados por aves. Durante anos, além das falhas na operação já conhecidas, um tipo ligeiramente diferente de problema em linhas de transmissão foi, definitivamente, considerado ser ocasionado por aves. Em seu relato, Michener discorre sobre um tipo de problema, o “ flashov er isolador”, que vinha ocorrendo nas linhas de Big Creek da Southern Company California Edison, entre Big Creek, a cerca de 70 milhas a nordeste de Fresno, e Los Angeles. Essas linhas operavam a 150 kV quando foram construídas em 1913, tendo a tensão elevada para 220 kV em 1923. Por alguma razão desconhecida, durante muito tempo, um arco voltaico era estabelecido através de um isolador. O arco persistia até que a tensão fosse suficientemente reduzida e causasse uma ruptura, o que, frequentemente,
Não foi possível correlacionar positivamente o eletromagnetismo com qualquer alteração sobre a comunidade de aves e que somente mais estudos poderão apresentar cenário mais confiável para essa questão.
1.4 IMPACTOS NEGATIVOS DE AVES SOBRE EMPREENDIMENTOS Em contrapartida, as aves são também consideradas causadoras de problemas técnicos em linhas de transmissão, particularmente em áreas onde as populações de aves são grandes. Esses problemas são, em geral, diretamente associados com as suas fezes, causadoras de diversos tipos de falhas na operação de linhas de transmissão (McCann, 2005). Michener, em seu artigo “Onde engenheiros e ornitólogos se encontram: problemas em linhas de transmiss ão causados por aves”, de 1928, enfocou os efeitos negativos
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interrompia a transmissão de energia. Muitas teorias surgiram para explicar a causa destes flashov ers . Uma das primeiras hipóteses levantadas foi a de que a acumulação de excrementos nos isoladores de alguma forma provocaria tal efeito, mas ela foi considerada insatisfatória por não explicar plenamente a flutuação de energia. Os engenheiros então apelavam para algo que apelidaram de “surtos de tensão”. De acordo com essa nova hipótese, os impulsos de alta tensão seriam produzidos, de alguma forma, por ligação de linhas ou talvez por relâmpagos. Essas tensões seriam suficientemente elevadas para provocar um arco através de uma cadeia de isoladores em condição normal. Mas a ocorrência de
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Rabo-branco-rubro, Phaethornisruber
no suposto equilíbrio predador-presa alcançado por tais populações ao longo da evolução de ambientes, embora esse efeito “colateral” não tenha ainda sido testado satisfatoriamente para nenhum empreendimento. Fernie & Reynolds (2005) focaram seu estudo na exploração da influência dos efeitos dos campos eletromagnéticos de linhas de transmissão sobre aves com resultados inconclusivos. Relatam que não foi possível correlacionar positivamente o eletromagnetismo com qualquer alteração sobre a comunidade de aves e que somente mais estudos poderão apresentar cenário mais confiável para essa questão. O fato de muitas aves utilizarem áreas desmatadas embaixo das linhas de transmissão, assim como as estruturas das torres em suas nidificações, também é tido por muitos autores como uma evidência contrária à relevância desse efeito.
sobre os empreendimentos e os prejuízos operacionais causados por aves. Durante anos, além das falhas na operação já conhecidas, um tipo ligeiramente diferente de problema em linhas de transmissão foi, definitivamente, considerado ser ocasionado por aves. Em seu relato, Michener discorre sobre um tipo de problema, o “ flashov er isolador”, que vinha ocorrendo nas linhas de Big Creek da Southern Company California Edison, entre Big Creek, a cerca de 70 milhas a nordeste de Fresno, e Los Angeles. Essas linhas operavam a 150 kV quando foram construídas em 1913, tendo a tensão elevada para 220 kV em 1923. Por alguma razão desconhecida, durante muito tempo, um arco voltaico era estabelecido através de um isolador. O arco persistia até que a tensão fosse suficientemente reduzida e causasse uma ruptura, o que, frequentemente,
Não foi possível correlacionar positivamente o eletromagnetismo com qualquer alteração sobre a comunidade de aves e que somente mais estudos poderão apresentar cenário mais confiável para essa questão.
1.4 IMPACTOS NEGATIVOS DE AVES SOBRE EMPREENDIMENTOS Em contrapartida, as aves são também consideradas causadoras de problemas técnicos em linhas de transmissão, particularmente em áreas onde as populações de aves são grandes. Esses problemas são, em geral, diretamente associados com as suas fezes, causadoras de diversos tipos de falhas na operação de linhas de transmissão (McCann, 2005). Michener, em seu artigo “Onde engenheiros e ornitólogos se encontram: problemas em linhas de transmiss ão causados por aves”, de 1928, enfocou os efeitos negativos
interrompia a transmissão de energia. Muitas teorias surgiram para explicar a causa destes flashov ers . Uma das primeiras hipóteses levantadas foi a de que a acumulação de excrementos nos isoladores de alguma forma provocaria tal efeito, mas ela foi considerada insatisfatória por não explicar plenamente a flutuação de energia. Os engenheiros então apelavam para algo que apelidaram de “surtos de tensão”. De acordo com essa nova hipótese, os impulsos de alta tensão seriam produzidos, de alguma forma, por ligação de linhas ou talvez por relâmpagos. Essas tensões seriam suficientemente elevadas para provocar um arco através de uma cadeia de isoladores em condição normal. Mas a ocorrência de
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flashov ers não coincidia com a mudança da tensão da li-
nha ou com as tempestades locais. Muitos instrumentos foram então desenvolvidos e medições desses picos de tensão foram feitas. Nada foi encontrado de magnitude suficiente para causar uma descarga isolante. Outra teoria era a de “rios de íons” que poderiam ser retratados como correntes de ar fortemente carregadas de íons. Quando um desses “rios” envolvia uma sequência de isolantes, os íons causavam uma corrente elétrica em torno dos isoladores e um flashov er seria o resultado. Outra tese então levantada como tentativa de explicar as flutuações de corrente e os flashov ers que provocavam prejuízos às linhas foi a de que teias de aranhas poderiam ser responsáveis pelos problemas. Como muitas torres apresentavam grandes quantidades de teias de aranha passou-se a imaginar que, em determinadas condições de umidade, elas poderiam acabar servindo de condutores e provocariam os referidos danos às linhas de transmiss ão. Essa hipótese, no entanto, demonstrou sua inviabilidade após alguns testes realizados. A questão foi ficando cada vez mais séria, porque o tempo necessário para voltar às condições normais de funcionamento após um flashov er tornou-se maior à medida que o tamanho do sistema aumentava. Além disso, o aumento da tensão de funcionamento e da adição simultânea do escudo de anéis de 28 polegadas de diâmetro na extremidade do condutor de todas as cadeias d e isoladores pareceu provocar um avanço marcado no número de flashov ers . A situação ficava gradativamente pior e a necessidade de se entender o problema aumentava. Um ou dois anos antes da potência da linha chegar a 220 kV, um dos homens responsáveis pelas linhas viu uma ave grande, talvez uma águia, enquanto saía da torre, soltar um fluxo de excrementos pegajoso que se estendia desde o membro da torre acima do isolante até um ponto tão
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baixo ou mais baixo que o condutor. O observador teve receio da ocorrência de um flashov er , mas o fluxo caiu longe da torre sem entrar em contato com o condutor (Michener, 1928). A partir dessa observação, passou-se a procurar e encontrar, em quase todas as torres onde flashov ers ocorriam, a evidência direta de que a substância pegajosa, ou seja, os excrementos semi-líquidos de aves, eram os causadores do problema. Por vezes, uma faixa branca de 1 a 3cm de largura no comprimento total da cadeia de isolante era encontrada. Às vezes, apenas uma mancha branca na torre e outra no anel de blindagem podiam ser observadas. De um modo geral, constatou-se que, se as aves estavam empoleiradas a alguma distância a barlavento do isolador, o vento poderia soprar a extremidade inferior da sequência de excrementos contra o anel de escudo, ou perto o suficiente (por volta de 13cm) para estabelecer o arco ao longo da sequência de excrementos. O vento poderia, aparentemente, soprar o arco para o lado oposto da cadeia de isoladores, a extremidade superior do arco vagando ao longo da parte inferior da parte superior da torre e a extremidade inferior do arco viajando em torno do anel de blindagem. Muitas vezes, a evidência de todo esse processo foi encontrada, com manchas brancas nas torres e sobre o anel de blindagem, quase sempre coincidindo com uma queimadura no metal. Michener (1928) relata que, resolvida a questão, passou-se a elaborar estratégias que impedissem grandes gaviões e águias de pousarem nas torres. Mas antes disso, houve resistência a acreditar que aves poderiam causar tal impacto sobre linhas. Um dos motivos disso era o fato de que aves não eram encontradas mortas em locais onde tivessem ocorrido flashov ers . Acreditava-se que uma ave não poderia causar um arco e fugir viva. Michener relata ainda que, depois de aceita a hipótese, algumas aves machucadas foram encontradas. Em uma das torres onde
ocorrera um flashov er , por exemplo, foi encontrada uma garça andando no chão e em outra, um pequeno gavião, com cauda e penas traseiras totalmente queimadas. Uma vez que o maior número de problemas ocorreu ao longo dos isoladores do centro, a primeira tentativa de manter as aves afastadas consistiu na colocação de um “V” invertido de aço acima dos isoladores, além d e outras estruturas semelhantes em locais que, aparentemente, eram favoritos das aves para pouso. Tal medida começou a ser adotada em junho de 1923, mas os flashov ers , em vez de diminuírem em número, surpreendentemente, aumentaram sensivelmente. As indicações eram de que as aves, tendo sido forçadas a sair dos seus lugares habituais, passaram a se empoleirar no anel superior do escudo dos isoladores, causando, assim, mais problemas do que antes. Como um novo teste, 60km de linha foram equipados com placas de ferro galvanizado na cruzeta, acima dos isoladores centrais. Eram chapas de cerca de 4m x 8m, com os centros acima dos isoladores. Na época, houve a percepção de que, quando essas placas de metal eram colocadas muito distantes dos isoladores, os gaviões entravam debaixo delas e provocavam igualmente flasho vers . Outra questão interessante é que a companhia instalou tais placas somente sobre os isoladores centrais, protegendo os externos com dentes de metal instalados sobre os dispositivos. Esses, supostamente, teriam também o objetivo de evitar o pouso de gaviões, mas eles não foram efetivos na redução de acidentes. Desde então, uma série de pesquisas vêm demonstrando serem esses acidentes extremamente comuns e onerosos para as empresas que administram linhas de transmissão. Quase 70 anos depois, Burnham (1995) detalhou os mecanismos pelos quais tais interrupções ocorrem em função dos jatos de fezes de aves em isoladores de linhas de transmissão de 500 e 220 kV, enquanto Frazier & Bo-
nham (1996) revisaram os acidentes e falhas provocados por esses e outros fatores ligados aos demais vertebrados. Bekker & Hoch (2002) atribuem boa parte das falhas em uma linha de transmissão na África do Sul aos jatos de fezes de aves, enquanto Harness & Carlton (2001) destacam a tomada de medidas preventivas para evitar custos com interrupções de energia em linhas de transmissão. Ao mesmo tempo, Van Rooyen et al. (2002 e 2003) estudaram o papel das aves e reportaram os resultados de um projeto que tentou, de forma bem-sucedid a, reduzir os problemas de interrupções em linhas da E skom, na África do Sul. Smallie & Rooyen (2005) conduziram um estudo em uma linha de transmissão de 400 kV, na qual as águias de grande porte eram as principais causadoras de interrupções de energias decorrentes de flashov ers . As torres em forma de “VVV” foram as mais afetadas. Métodos mitigadores foram testados por esses autores, enquanto no Novo México, estudando a linha de transmissão de 345 kV, que vai de Bernalillo a Blackwater, Acklen et al. (2004) constataram que o maior motivo de problemas no circuito de energia eram os famosos bird streamers, que poderiam ser traduzidos como “cordões fecais”, particularmente de gaviões e de garças. Um amplo conhecimento dessas questões pode exercer grande repercussão financeira sobre empreendimentos, afinal algumas decisões acertadas podem resultar em grande economia. Esses problemas, os famosos flasho vers, são responsáveis por falhas até hoje, e por falta de conhecimento no assunto, cada companhia, individualmente, é obrigada a investigar suas interrupções d e energia a fundo até descobrirem a participação das aves em todo o processo. Nos resultados de nosso estudo de caso voltaremos a enfocar este tema, especificamente no que diz respeito a seus reflexos sobre as li nhas de transmissão da Taesa.
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flashov ers não coincidia com a mudança da tensão da li-
nha ou com as tempestades locais. Muitos instrumentos foram então desenvolvidos e medições desses picos de tensão foram feitas. Nada foi encontrado de magnitude suficiente para causar uma descarga isolante. Outra teoria era a de “rios de íons” que poderiam ser retratados como correntes de ar fortemente carregadas de íons. Quando um desses “rios” envolvia uma sequência de isolantes, os íons causavam uma corrente elétrica em torno dos isoladores e um flashov er seria o resultado. Outra tese então levantada como tentativa de explicar as flutuações de corrente e os flashov ers que provocavam prejuízos às linhas foi a de que teias de aranhas poderiam ser responsáveis pelos problemas. Como muitas torres apresentavam grandes quantidades de teias de aranha passou-se a imaginar que, em determinadas condições de umidade, elas poderiam acabar servindo de condutores e provocariam os referidos danos às linhas de transmiss ão. Essa hipótese, no entanto, demonstrou sua inviabilidade após alguns testes realizados. A questão foi ficando cada vez mais séria, porque o tempo necessário para voltar às condições normais de funcionamento após um flashov er tornou-se maior à medida que o tamanho do sistema aumentava. Além disso, o aumento da tensão de funcionamento e da adição simultânea do escudo de anéis de 28 polegadas de diâmetro na extremidade do condutor de todas as cadeias d e isoladores pareceu provocar um avanço marcado no número de flashov ers . A situação ficava gradativamente pior e a necessidade de se entender o problema aumentava. Um ou dois anos antes da potência da linha chegar a 220 kV, um dos homens responsáveis pelas linhas viu uma ave grande, talvez uma águia, enquanto saía da torre, soltar um fluxo de excrementos pegajoso que se estendia desde o membro da torre acima do isolante até um ponto tão
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baixo ou mais baixo que o condutor. O observador teve receio da ocorrência de um flashov er , mas o fluxo caiu longe da torre sem entrar em contato com o condutor (Michener, 1928). A partir dessa observação, passou-se a procurar e encontrar, em quase todas as torres onde flashov ers ocorriam, a evidência direta de que a substância pegajosa, ou seja, os excrementos semi-líquidos de aves, eram os causadores do problema. Por vezes, uma faixa branca de 1 a 3cm de largura no comprimento total da cadeia de isolante era encontrada. Às vezes, apenas uma mancha branca na torre e outra no anel de blindagem podiam ser observadas. De um modo geral, constatou-se que, se as aves estavam empoleiradas a alguma distância a barlavento do isolador, o vento poderia soprar a extremidade inferior da sequência de excrementos contra o anel de escudo, ou perto o suficiente (por volta de 13cm) para estabelecer o arco ao longo da sequência de excrementos. O vento poderia, aparentemente, soprar o arco para o lado oposto da cadeia de isoladores, a extremidade superior do arco vagando ao longo da parte inferior da parte superior da torre e a extremidade inferior do arco viajando em torno do anel de blindagem. Muitas vezes, a evidência de todo esse processo foi encontrada, com manchas brancas nas torres e sobre o anel de blindagem, quase sempre coincidindo com uma queimadura no metal. Michener (1928) relata que, resolvida a questão, passou-se a elaborar estratégias que impedissem grandes gaviões e águias de pousarem nas torres. Mas antes disso, houve resistência a acreditar que aves poderiam causar tal impacto sobre linhas. Um dos motivos disso era o fato de que aves não eram encontradas mortas em locais onde tivessem ocorrido flashov ers . Acreditava-se que uma ave não poderia causar um arco e fugir viva. Michener relata ainda que, depois de aceita a hipótese, algumas aves machucadas foram encontradas. Em uma das torres onde
ocorrera um flashov er , por exemplo, foi encontrada uma garça andando no chão e em outra, um pequeno gavião, com cauda e penas traseiras totalmente queimadas. Uma vez que o maior número de problemas ocorreu ao longo dos isoladores do centro, a primeira tentativa de manter as aves afastadas consistiu na colocação de um “V” invertido de aço acima dos isoladores, além d e outras estruturas semelhantes em locais que, aparentemente, eram favoritos das aves para pouso. Tal medida começou a ser adotada em junho de 1923, mas os flashov ers , em vez de diminuírem em número, surpreendentemente, aumentaram sensivelmente. As indicações eram de que as aves, tendo sido forçadas a sair dos seus lugares habituais, passaram a se empoleirar no anel superior do escudo dos isoladores, causando, assim, mais problemas do que antes. Como um novo teste, 60km de linha foram equipados com placas de ferro galvanizado na cruzeta, acima dos isoladores centrais. Eram chapas de cerca de 4m x 8m, com os centros acima dos isoladores. Na época, houve a percepção de que, quando essas placas de metal eram colocadas muito distantes dos isoladores, os gaviões entravam debaixo delas e provocavam igualmente flasho vers . Outra questão interessante é que a companhia instalou tais placas somente sobre os isoladores centrais, protegendo os externos com dentes de metal instalados sobre os dispositivos. Esses, supostamente, teriam também o objetivo de evitar o pouso de gaviões, mas eles não foram efetivos na redução de acidentes. Desde então, uma série de pesquisas vêm demonstrando serem esses acidentes extremamente comuns e onerosos para as empresas que administram linhas de transmissão. Quase 70 anos depois, Burnham (1995) detalhou os mecanismos pelos quais tais interrupções ocorrem em função dos jatos de fezes de aves em isoladores de linhas de transmissão de 500 e 220 kV, enquanto Frazier & Bo-
nham (1996) revisaram os acidentes e falhas provocados por esses e outros fatores ligados aos demais vertebrados. Bekker & Hoch (2002) atribuem boa parte das falhas em uma linha de transmissão na África do Sul aos jatos de fezes de aves, enquanto Harness & Carlton (2001) destacam a tomada de medidas preventivas para evitar custos com interrupções de energia em linhas de transmissão. Ao mesmo tempo, Van Rooyen et al. (2002 e 2003) estudaram o papel das aves e reportaram os resultados de um projeto que tentou, de forma bem-sucedid a, reduzir os problemas de interrupções em linhas da E skom, na África do Sul. Smallie & Rooyen (2005) conduziram um estudo em uma linha de transmissão de 400 kV, na qual as águias de grande porte eram as principais causadoras de interrupções de energias decorrentes de flashov ers . As torres em forma de “VVV” foram as mais afetadas. Métodos mitigadores foram testados por esses autores, enquanto no Novo México, estudando a linha de transmissão de 345 kV, que vai de Bernalillo a Blackwater, Acklen et al. (2004) constataram que o maior motivo de problemas no circuito de energia eram os famosos bird streamers, que poderiam ser traduzidos como “cordões fecais”, particularmente de gaviões e de garças. Um amplo conhecimento dessas questões pode exercer grande repercussão financeira sobre empreendimentos, afinal algumas decisões acertadas podem resultar em grande economia. Esses problemas, os famosos flasho vers, são responsáveis por falhas até hoje, e por falta de conhecimento no assunto, cada companhia, individualmente, é obrigada a investigar suas interrupções d e energia a fundo até descobrirem a participação das aves em todo o processo. Nos resultados de nosso estudo de caso voltaremos a enfocar este tema, especificamente no que diz respeito a seus reflexos sobre as li nhas de transmissão da Taesa.
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Choca-barrada-da-caatinga, Thamnophiluscapistratus
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Choca-barrada-da-caatinga, Thamnophiluscapistratus
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CAPÍTULO 2 ESTUDO DE CASO
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CAPÍTULO 2 ESTUDO DE CASO
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ESTUDO DE CASO O projeto “Análise da Relação entre Aves e Linhas de Transmissão 500 kV no Brasil e Des envolvimento de Técnicas para a Predição de Impactos”
2.1 OBJETIVOS DO PROJETO O objetivo deste estudo foi a realização de uma análise ampla das relações entre aves e linhas de transmissão no Brasil. Para isso, partiu-se d e um estudo de caso, ou seja, o estudo da relação entre aves e duas linhas de transmissão da Taesa (veja descrição a seguir) para depois atingir perspectivas mais gerais. Como subproduto deste projeto, além do levantamento de informações preciosas relacionadas diretamente ao assunto “Aves e li nhas de t ransmissão”, houve a ampliação de um centro de pesquisa pela entrada de recursos para material e a formação de especialistas no nível de iniciação científica, mestrado e doutorado.
2.2 ABORDAGEM CONCEITUAL E METODOLOGIA 2.2.1 A escolha dos pontos amostrais
IRAMAIA / BA Mapa com a localização da área de amostragem no município de Iramaia, Bahia, sob as coordenadas 13°24’49.15”S e 41°9’36.79”O.
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O primeiro passo prático deste estudo foi uma prospecção realizada a partir da necessidade da definição de pontos amostrais que atendessem aos pré-requisitos de interesse à pesquisa em questão. A grande extensão das concessões Interligação LT 500 kV Norte-Sul II e Interligação LT 500 kV Sudeste-Nordeste, aliada à ampla diversidade de ambientes e biomas observada ao longo de seus traçados, exigiram a seleção de pontos
notáveis passíveis de serem classificados e hierarquizados. Primeiramente, os pontos notáveis foram escolhidos a partir da análise de cartas-imagem provenientes de imagens do processo de licenciamento ambiental das concessões supracitadas, às quais os traçados das linhas foram sobrepostos. Essa análise resultou na seleção de 93 pontos, sendo 66 na concessão Interligação LT 500 kV Norte-Sul II e 27 na concessão Interligação LT 500 kV Sudeste-Nordeste. Dada a grande quantidade de pontos e a desatualização das imagens analisadas, foram adquiridas imagens recentes Landsat/Geocover (Nasa) das áreas correspondentes, a fim de conferir o estado de conservação dos remanescentes de vegetação pré-selecionados. As cartas-imagem atualizadas possibilitaram a hierarquização dos pontos notáveis, tendo sido avaliadas as características dos fragmentos de vegetação presentes, tais como o provável bioma representado, o habitat, a área (tamanho), a conectividade com outras áreas naturais e o uso do solo nos arredores (matrizes antrópicas). Dessa forma, foi possível selecionar os pontos notáveis que atendessem, hoje, a um maior número de pré-requisitos (e . g . maiores áreas de remanescentes de vegetação, maior conectividade, maior distância em relação aos maiores centros urbanos regionais). Essa análise destacou um total de 36 pontos, sendo 14 na concessão Interligação LT 500 kV Norte-Sul II e 22 na concessão Interligação LT 500 kV Sudeste-Nordeste. A primeira campanha de campo foi planejada e executada em dezembro de 2009, procurando restringir ao máximo os pontos amostrais a serem investigados quanto à avifauna. A primeira fase de campo foi uma reunião de apresentação do projeto, realizada na sede da Gerência Regional de Manutenção da Taesa, situada em Brasília. A reunião viabilizou o perfeito entendimento das condições que seriam encontradas em campo pela equipe do projeto. As principais informações abordadas foram:
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ESTUDO DE CASO O projeto “Análise da Relação entre Aves e Linhas de Transmissão 500 kV no Brasil e Des envolvimento de Técnicas para a Predição de Impactos”
2.1 OBJETIVOS DO PROJETO O objetivo deste estudo foi a realização de uma análise ampla das relações entre aves e linhas de transmissão no Brasil. Para isso, partiu-se d e um estudo de caso, ou seja, o estudo da relação entre aves e duas linhas de transmissão da Taesa (veja descrição a seguir) para depois atingir perspectivas mais gerais. Como subproduto deste projeto, além do levantamento de informações preciosas relacionadas diretamente ao assunto “Aves e li nhas de t ransmissão”, houve a ampliação de um centro de pesquisa pela entrada de recursos para material e a formação de especialistas no nível de iniciação científica, mestrado e doutorado.
2.2 ABORDAGEM CONCEITUAL E METODOLOGIA 2.2.1 A escolha dos pontos amostrais
IRAMAIA / BA Mapa com a localização da área de amostragem no município de Iramaia, Bahia, sob as coordenadas 13°24’49.15”S e 41°9’36.79”O.
O primeiro passo prático deste estudo foi uma prospecção realizada a partir da necessidade da definição de pontos amostrais que atendessem aos pré-requisitos de interesse à pesquisa em questão. A grande extensão das concessões Interligação LT 500 kV Norte-Sul II e Interligação LT 500 kV Sudeste-Nordeste, aliada à ampla diversidade de ambientes e biomas observada ao longo de seus traçados, exigiram a seleção de pontos
notáveis passíveis de serem classificados e hierarquizados. Primeiramente, os pontos notáveis foram escolhidos a partir da análise de cartas-imagem provenientes de imagens do processo de licenciamento ambiental das concessões supracitadas, às quais os traçados das linhas foram sobrepostos. Essa análise resultou na seleção de 93 pontos, sendo 66 na concessão Interligação LT 500 kV Norte-Sul II e 27 na concessão Interligação LT 500 kV Sudeste-Nordeste. Dada a grande quantidade de pontos e a desatualização das imagens analisadas, foram adquiridas imagens recentes Landsat/Geocover (Nasa) das áreas correspondentes, a fim de conferir o estado de conservação dos remanescentes de vegetação pré-selecionados. As cartas-imagem atualizadas possibilitaram a hierarquização dos pontos notáveis, tendo sido avaliadas as características dos fragmentos de vegetação presentes, tais como o provável bioma representado, o habitat, a área (tamanho), a conectividade com outras áreas naturais e o uso do solo nos arredores (matrizes antrópicas). Dessa forma, foi possível selecionar os pontos notáveis que atendessem, hoje, a um maior número de pré-requisitos (e . g . maiores áreas de remanescentes de vegetação, maior conectividade, maior distância em relação aos maiores centros urbanos regionais). Essa análise destacou um total de 36 pontos, sendo 14 na concessão Interligação LT 500 kV Norte-Sul II e 22 na concessão Interligação LT 500 kV Sudeste-Nordeste. A primeira campanha de campo foi planejada e executada em dezembro de 2009, procurando restringir ao máximo os pontos amostrais a serem investigados quanto à avifauna. A primeira fase de campo foi uma reunião de apresentação do projeto, realizada na sede da Gerência Regional de Manutenção da Taesa, situada em Brasília. A reunião viabilizou o perfeito entendimento das condições que seriam encontradas em campo pela equipe do projeto. As principais informações abordadas foram:
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PRESIDENTE KENNEDY / TO
SÃO FÉLIX DO CORIBE / BA
Mapa com a localização da área de amostragem no município de Presidente Kennedy, Tocantins, sob as coordenadas 08°31’34.69”S e 48°28’10.64”O.
Mapa com a localização da área de amostragem em São Félix do Coribe, Bahia, sob as coordenadas 13°21’59.86”S e 43°56’31.82”O.
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PRESIDENTE KENNEDY / TO
SÃO FÉLIX DO CORIBE / BA
Mapa com a localização da área de amostragem no município de Presidente Kennedy, Tocantins, sob as coordenadas 08°31’34.69”S e 48°28’10.64”O.
Mapa com a localização da área de amostragem em São Félix do Coribe, Bahia, sob as coordenadas 13°21’59.86”S e 43°56’31.82”O.
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trafegabilidade e facilidade de acesso em cada ponto; nome e contato dos proprietários; percepção do tipo de vegetação predominante pelas equipes de manutenção (cerrado, caatinga, floresta); indicação de várzeas, bre jos exten sos ou áreas com aglo meraç ão de aves; exis tência de outras áreas preservadas que despertassem a atenção das equipes de manutenção; e contatos dos supervisores das linhas de transmissão. Isso permitiu um refinamento das informações previamente adquiridas a partir do sensoriamento remoto e o início da segunda fase da campanha, que foi constituída pela prospecção de campo propriamente dita, na qual os pontos notáveis foram caracterizados in loco. Como será visto mais adiante, essa campanha exploratória possibilitou o detalhamento dos pontos selecionados em laboratório com a análise das imagens Landsat/Geocover (Nasa). O norteamento na escolha dos pontos amostrais a serem prospectados foi realizado dando-se peso diferenciado aos maiores fragmentos de cada um dos três principais biomas interceptados pelas concessões: Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. As características dos fragmentos de vegetação puderam ser avaliadas, minuciosamente, analisando-se as fitofisionomias presentes, o estágio sucessional, a presença de clareiras, dentre outros, assim como a presença de alterações antrópicas que não puderam ser notadas pela avaliação das imagens de sensoriamento remoto. A rotina de caracterização dos pontos notáveis incluiu, além do preenchimento da ficha de campo utilizada para a caracterização da paisagem, a utilização de GPS, marcando-se o ponto de acesso a cada área e um novo ponto de refeFIGURA 1 (acima) Foto ilustrando a área de amostragem no Município
de São Felix do Coribe, Bahia. A vegetação predominantemente de Caatinga arbórea, com altura variando entre 5 e 10 metros. FIGURA 2 (abaixo) Foto ilustrando a área de amostragem no Município de Iramaia,
Bahia. A vegetação predominantemente é o cerradão com influências fortes dos biomas Mata Atlântica e Cerrado, e com altura variando entre 10 e 20 metros.
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rência para a amostragem nos locais onde a vegetação se encontrava em melhor estado de conservação. Além das características muito preliminares da vegetação (o seu detalhamento foi feito posteriormente, pela equipe de botânica), também foram avaliadas as condições das vias de acesso, a largura e a cobertura vegetal da faixa de servidão, o estado de conservação dos corpos d’água e áreas alagadas próximas, assim como a presença de aves por meio de busca visual, busca auditiva e utilização de playback . Essas análises resultaram na seleção de três pontos amostrais definitivos, que passariam a ser estudados no escopo do P&D a partir daquele momento: A - Área de amostragem em São Félix do Coribe, Bahia, está localizada nas coordenadas 13°21’59.86”S e 43°56’31.82”O, próxima ao Rio São Francisco, e cortada pelo Trecho LT RDE-BJL (subestação Rio das Éguas a subestação Bom Jesus da Lapa). A cobertura vegetal onde o estudo foi executado é essencialmente de caatinga arborizada, com altura variando entre 5 e 10m ( Figura 1). Próxima à área de estudo são encontrados alguns remanescentes de caatinga florestada, que de alguma forma podem influenciar a avifauna da área de amostragem. B - Área de amostragem no município de Iramaia, Bahia, está localizada nas coordenadas 13°24’49.15”S e 41°9’36.79”O e cortada pelo Trecho LT IBI-SAP (subestação Ibicoara a subestação de Sapeaçu). A vegetação predominante é de mata atlântica com influência de cerrado, compondo, estruturalmente, um cerradão. A altura florestal varia entre 10 e 20m ( Figura 2 ). C - Área de amostragem no município de Presidente Kennedy, Tocantins, está localizada nas coordenadas 08°31’34.69”S e 48°28’10.64”O e cortada pelo Trecho LT COL-MIR2 (subestação Colinas a subestação Miracema 2). A vegetação predominante é de cerrado com influência amazônica. A altura florestal varia entre 10 a 15m ( Figura 3). A descrição fitofisionômica completa dos pontos é apresentada no item Resultados deste capítulo.
trafegabilidade e facilidade de acesso em cada ponto; nome e contato dos proprietários; percepção do tipo de vegetação predominante pelas equipes de manutenção (cerrado, caatinga, floresta); indicação de várzeas, bre jos exten sos ou áreas com aglo meraç ão de aves; exis tência de outras áreas preservadas que despertassem a atenção das equipes de manutenção; e contatos dos supervisores das linhas de transmissão. Isso permitiu um refinamento das informações previamente adquiridas a partir do sensoriamento remoto e o início da segunda fase da campanha, que foi constituída pela prospecção de campo propriamente dita, na qual os pontos notáveis foram caracterizados in loco. Como será visto mais adiante, essa campanha exploratória possibilitou o detalhamento dos pontos selecionados em laboratório com a análise das imagens Landsat/Geocover (Nasa). O norteamento na escolha dos pontos amostrais a serem prospectados foi realizado dando-se peso diferenciado aos maiores fragmentos de cada um dos três principais biomas interceptados pelas concessões: Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. As características dos fragmentos de vegetação puderam ser avaliadas, minuciosamente, analisando-se as fitofisionomias presentes, o estágio sucessional, a presença de clareiras, dentre outros, assim como a presença de alterações antrópicas que não puderam ser notadas pela avaliação das imagens de sensoriamento remoto. A rotina de caracterização dos pontos notáveis incluiu, além do preenchimento da ficha de campo utilizada para a caracterização da paisagem, a utilização de GPS, marcando-se o ponto de acesso a cada área e um novo ponto de refeFIGURA 1 (acima) Foto ilustrando a área de amostragem no Município
de São Felix do Coribe, Bahia. A vegetação predominantemente de Caatinga arbórea, com altura variando entre 5 e 10 metros. FIGURA 2 (abaixo) Foto ilustrando a área de amostragem no Município de Iramaia,
Bahia. A vegetação predominantemente é o cerradão com influências fortes dos biomas Mata Atlântica e Cerrado, e com altura variando entre 10 e 20 metros.
rência para a amostragem nos locais onde a vegetação se encontrava em melhor estado de conservação. Além das características muito preliminares da vegetação (o seu detalhamento foi feito posteriormente, pela equipe de botânica), também foram avaliadas as condições das vias de acesso, a largura e a cobertura vegetal da faixa de servidão, o estado de conservação dos corpos d’água e áreas alagadas próximas, assim como a presença de aves por meio de busca visual, busca auditiva e utilização de playback . Essas análises resultaram na seleção de três pontos amostrais definitivos, que passariam a ser estudados no escopo do P&D a partir daquele momento: A - Área de amostragem em São Félix do Coribe, Bahia, está localizada nas coordenadas 13°21’59.86”S e 43°56’31.82”O, próxima ao Rio São Francisco, e cortada pelo Trecho LT RDE-BJL (subestação Rio das Éguas a subestação Bom Jesus da Lapa). A cobertura vegetal onde o estudo foi executado é essencialmente de caatinga arborizada, com altura variando entre 5 e 10m ( Figura 1). Próxima à área de estudo são encontrados alguns remanescentes de caatinga florestada, que de alguma forma podem influenciar a avifauna da área de amostragem. B - Área de amostragem no município de Iramaia, Bahia, está localizada nas coordenadas 13°24’49.15”S e 41°9’36.79”O e cortada pelo Trecho LT IBI-SAP (subestação Ibicoara a subestação de Sapeaçu). A vegetação predominante é de mata atlântica com influência de cerrado, compondo, estruturalmente, um cerradão. A altura florestal varia entre 10 e 20m ( Figura 2 ). C - Área de amostragem no município de Presidente Kennedy, Tocantins, está localizada nas coordenadas 08°31’34.69”S e 48°28’10.64”O e cortada pelo Trecho LT COL-MIR2 (subestação Colinas a subestação Miracema 2). A vegetação predominante é de cerrado com influência amazônica. A altura florestal varia entre 10 a 15m ( Figura 3). A descrição fitofisionômica completa dos pontos é apresentada no item Resultados deste capítulo.
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2.2.2 Estudo da comunidade de aves e o possível impacto da fragmentação provocada pela faixa de servidão
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FAIXA DE SERVIDÃO
A partir da definição das áreas de amostragem, passamos a efetuar viagens cobrindo os períodos úmidos e secos do ano, agora, com o intuito de estudar as aves locais. No total, foram realizadas quatro campanhas de 20 dias ao longo de dois anos. O desenho amostral foi pensado para determinar se existe mudança na comunidade de aves (riqueza de espécies e abundância) da faixa de serviço até o interior do fragmento estudado. Para isso, em cada fragmento estudado, uma área de cerca de 1km 2 foi escolhida para a distribuição de cinco transectos paralelos a faixa de serviço, distantes entre eles 100m (Figura 4). Cada transecto representa uma classe de distância (0-50m, 50-150m, 150-250m, 250-350m e 350450m), com zero metro próximo a faixa de serviço e 450m distante da faixa de serviço e no ponto mais interior do fragmento. Cada transecto consiste de cinco estações amostrais, sendo quatro pontos de contagem e um conjunto de redes de neblina correspondente. Isso possibilita avaliar as diferenças na comunidade de aves que podem eventualmente mudar com o aumento da distância da faixa de serviço em cinco classes de distâncias da faixa, sendo o transecto 0-50m o mais perto da faixa de serviço e o transecto 450m mais no interior da mata ( Figura 4). A distância entre as estações amostrais em cada transecto variou entre 200 e 250m de acordo com as características do terreno e da vegetação. Nos próximos dois tópicos, cada metodologia (pontos e redes) utilizada será avaliada mais detalhadamente. A amostragem sistemática da avifauna constou da atribuição conjunta de três métodos: captura com redes de neblina e pontos de contagem, como sugerido por Whitman et al . (1997), e para complementar a lista de espécies foram realizadas observações oportunísticas durante os deslocamentos entre locais de amostragem, bem como após o término diário dos p ontos de contagem.
2.2.3 Pontos de contagem Na metodologia de pontos de contagem, foram anotadas todas as espécies observadas ou ouvidas em um raio de 50m em cada ponto. Estes foram amostrados por um período de 10 minutos, ao longo dos quais foram anotados os dados das espécies observadas bem como o número de indivíduos registrados (Blondel et al., 1970). Os pontos foram sorteados para determinar a ordem em que seriam amostrados. A obtenção desses dados foi realizada nas primeiras horas da manhã (5h30min). Um total de 60, 65 e 60 pontos foram amostrados em São Félix do Coribe, Iramaia e Presidente Kennedy, respectivamente. O número de pontos distribuídos por transecto foi 12 em São Félix do Coribe e Presidente Kennedy e 13 em Iramaia.
2.2.4 Linhas de redes de neblina Foi instalada uma linha de 35 redes de neblina (comprimento: 12m, altura: 2,5m) em cada localidade, que se estendia da faixa de serviço ao interior da mata, de forma perpendicular à faixa ( Figura 4). As redes foram abertas no início da manhã (5h30min), ficando abertas por um período mínimo de 8 horas, fechando somente no início da tarde (13h30min). No total, foi realizado um esforço amostral com redes na ordem de 2200, 2010 e 2100 ho-
FIGURA 3 (acima) Foto ilustrando a área de amostragem no município
de Presidente Kennedy, Tocantins. A vegetação predominante é o cerrado com forte influência Amazônica e a LT estudada encontra-se paralela a outras duas linhas de transmissão. FIGURA 4 (abaixo) Esquema ilustrando o desenho amostral. As linhas brancas representam os cinco transectos, os quadrados brancos representam as estações de amostragem (pontos de contagem e redes de neblina) com raios fixos de 50 metros (circulos pretos) e a linha cinza representa a linha de rede de neblina e a sua divisão por transecto (linhas vermelhas). Vale ressaltar que cada trecho da rede entrou no seu respectivo transecto (=classe de distância), sendo assim equivalentes aos pontos de contagem.
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2.2.2 Estudo da comunidade de aves e o possível impacto da fragmentação provocada pela faixa de servidão
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FAIXA DE SERVIDÃO
A partir da definição das áreas de amostragem, passamos a efetuar viagens cobrindo os períodos úmidos e secos do ano, agora, com o intuito de estudar as aves locais. No total, foram realizadas quatro campanhas de 20 dias ao longo de dois anos. O desenho amostral foi pensado para determinar se existe mudança na comunidade de aves (riqueza de espécies e abundância) da faixa de serviço até o interior do fragmento estudado. Para isso, em cada fragmento estudado, uma área de cerca de 1km 2 foi escolhida para a distribuição de cinco transectos paralelos a faixa de serviço, distantes entre eles 100m (Figura 4). Cada transecto representa uma classe de distância (0-50m, 50-150m, 150-250m, 250-350m e 350450m), com zero metro próximo a faixa de serviço e 450m distante da faixa de serviço e no ponto mais interior do fragmento. Cada transecto consiste de cinco estações amostrais, sendo quatro pontos de contagem e um conjunto de redes de neblina correspondente. Isso possibilita avaliar as diferenças na comunidade de aves que podem eventualmente mudar com o aumento da distância da faixa de serviço em cinco classes de distâncias da faixa, sendo o transecto 0-50m o mais perto da faixa de serviço e o transecto 450m mais no interior da mata ( Figura 4). A distância entre as estações amostrais em cada transecto variou entre 200 e 250m de acordo com as características do terreno e da vegetação. Nos próximos dois tópicos, cada metodologia (pontos e redes) utilizada será avaliada mais detalhadamente. A amostragem sistemática da avifauna constou da atribuição conjunta de três métodos: captura com redes de neblina e pontos de contagem, como sugerido por Whitman et al . (1997), e para complementar a lista de espécies foram realizadas observações oportunísticas durante os deslocamentos entre locais de amostragem, bem como após o término diário dos p ontos de contagem.
2.2.3 Pontos de contagem Na metodologia de pontos de contagem, foram anotadas todas as espécies observadas ou ouvidas em um raio de 50m em cada ponto. Estes foram amostrados por um período de 10 minutos, ao longo dos quais foram anotados os dados das espécies observadas bem como o número de indivíduos registrados (Blondel et al., 1970). Os pontos foram sorteados para determinar a ordem em que seriam amostrados. A obtenção desses dados foi realizada nas primeiras horas da manhã (5h30min). Um total de 60, 65 e 60 pontos foram amostrados em São Félix do Coribe, Iramaia e Presidente Kennedy, respectivamente. O número de pontos distribuídos por transecto foi 12 em São Félix do Coribe e Presidente Kennedy e 13 em Iramaia.
2.2.4 Linhas de redes de neblina Foi instalada uma linha de 35 redes de neblina (comprimento: 12m, altura: 2,5m) em cada localidade, que se estendia da faixa de serviço ao interior da mata, de forma perpendicular à faixa ( Figura 4). As redes foram abertas no início da manhã (5h30min), ficando abertas por um período mínimo de 8 horas, fechando somente no início da tarde (13h30min). No total, foi realizado um esforço amostral com redes na ordem de 2200, 2010 e 2100 ho-
FIGURA 3 (acima) Foto ilustrando a área de amostragem no município
de Presidente Kennedy, Tocantins. A vegetação predominante é o cerrado com forte influência Amazônica e a LT estudada encontra-se paralela a outras duas linhas de transmissão. FIGURA 4 (abaixo) Esquema ilustrando o desenho amostral. As linhas brancas representam os cinco transectos, os quadrados brancos representam as estações de amostragem (pontos de contagem e redes de neblina) com raios fixos de 50 metros (circulos pretos) e a linha cinza representa a linha de rede de neblina e a sua divisão por transecto (linhas vermelhas). Vale ressaltar que cada trecho da rede entrou no seu respectivo transecto (=classe de distância), sendo assim equivalentes aos pontos de contagem.
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ras de rede em São Félix do Coribe, Iramaia e Presidente Kennedy, respectivamente. Para análise combinada de rede e pontos de contagem, a linha de rede foi dividida em cinco classes de distância, como os pontos de escuta, para possibilit ar a análise con junta d os dad os ( Figura 4) . As capturas deste projeto de pesquisa foram feitas sob a licença permanente 10613 ICMBio/SISBIO.
2.2.5 Análise dos dados Os pontos de contagem e as redes foram utilizados con juntame nte para comparar a dif erença na comuni dade d e aves nas cinco classes de distância analisadas. Para isso foram obtidos dados referentes à riqueza das espé cies observadas (Sobs) e esti madas, assim como o Índice Pontual de Abundância. Somente as espécies florestais foram usadas nas comparações entre as classes, mas os dados de todas as espécies registradas são mostrados nas tabelas de abundância. Para a estimativa de riqueza foi utilizado o estimador não paramétrico de primeira ordem, Jackknife 1. Foram comparados os resultados da riqueza observada e estimada em cada classe de distância para uma melhor interpretação das eventuais diferenças entre as classes de distâncias. O número total de espécies observadas (Sobs) nos pontos de contagem e redes foram combinados e representados por uma única curva de rarefação. Pela análise dessa curva é possível saber se as estimativas ainda estão sendo influenciadas pelo tamanho amostral e estimar o número de espécies que ainda não foi observado na área de estudo (Chazdon et al ., 1998). As análises referentes à curva de rarefação e à estimativa de riqueza de espécies foram realizadas utilizando o software EstimateS 7.5 (Colwell, 2005). Além disso, a diferença na riqueza de espécies observadas (Sobs) entre as classes foi testada usando o teste-t de student , adotando-se o nível de significância de p<0.05.
O índice pontual de abundância (IPA) indica a abundância de cada espécie em função do seu coeficiente de conspicuidade, por meio do número de contatos visuais e/ou auditivos e o número total de amostras (Blondel et al ., 1970). Para cada uma das espécies foi obtido um número de contatos que, dividido pelo número de amostras, representa o IPA desta espécie (Vielliard & Silva, 1990). A abundância foi registrada para cada classe de distância para os dados de ponto de contagem e rede de neblina, individualmente. A partir da matriz de abundância das espécies foi feita uma análise de agrupamento (Cluster) para avaliar a similaridade das classes de distância e, assim, tentar entender possíveis diferenças e/ou similaridades. A análise de Cluster foi feita no Estatística 7 usando a distância Euclidiana entre os grupos.
2.2.6 Interações negativas e análises de colisões de aves com as LTs Adicionalmente às análises quantitativas, foi empenhado esforço no sentido de se obter uma maior compreensão da dinâmica da comunidade de aves nos pontos amostrais enfocados, assim como foi dada especial atenção a eventuais interações de aves com a linha de transmissão. Nesse sentido, áreas circunvizinhas foram visitadas e a faixa de serviço percorrida em todos os dias do estudo em pelo menos dois momentos, logo cedo, p ela manhã, e no final de cada dia de amostragem. Foi dada especial ênfase também à observação de espécies que cruzavam as linhas de transmissão com eventuais riscos de colisão. Por fim, foram feitas entrevistas com o pessoal responsável pela manutenção do empreendimento e com a população local. Os dados levantados foram contextualizados mediante os levantamentos bibliográficos realizados. Biólogos vistoriando as redes de neblina
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ras de rede em São Félix do Coribe, Iramaia e Presidente Kennedy, respectivamente. Para análise combinada de rede e pontos de contagem, a linha de rede foi dividida em cinco classes de distância, como os pontos de escuta, para possibilit ar a análise con junta d os dad os ( Figura 4) . As capturas deste projeto de pesquisa foram feitas sob a licença permanente 10613 ICMBio/SISBIO.
2.2.5 Análise dos dados Os pontos de contagem e as redes foram utilizados con juntame nte para comparar a dif erença na comuni dade d e aves nas cinco classes de distância analisadas. Para isso foram obtidos dados referentes à riqueza das espé cies observadas (Sobs) e esti madas, assim como o Índice Pontual de Abundância. Somente as espécies florestais foram usadas nas comparações entre as classes, mas os dados de todas as espécies registradas são mostrados nas tabelas de abundância. Para a estimativa de riqueza foi utilizado o estimador não paramétrico de primeira ordem, Jackknife 1. Foram comparados os resultados da riqueza observada e estimada em cada classe de distância para uma melhor interpretação das eventuais diferenças entre as classes de distâncias. O número total de espécies observadas (Sobs) nos pontos de contagem e redes foram combinados e representados por uma única curva de rarefação. Pela análise dessa curva é possível saber se as estimativas ainda estão sendo influenciadas pelo tamanho amostral e estimar o número de espécies que ainda não foi observado na área de estudo (Chazdon et al ., 1998). As análises referentes à curva de rarefação e à estimativa de riqueza de espécies foram realizadas utilizando o software EstimateS 7.5 (Colwell, 2005). Além disso, a diferença na riqueza de espécies observadas (Sobs) entre as classes foi testada usando o teste-t de student , adotando-se o nível de significância de p<0.05.
O índice pontual de abundância (IPA) indica a abundância de cada espécie em função do seu coeficiente de conspicuidade, por meio do número de contatos visuais e/ou auditivos e o número total de amostras (Blondel et al ., 1970). Para cada uma das espécies foi obtido um número de contatos que, dividido pelo número de amostras, representa o IPA desta espécie (Vielliard & Silva, 1990). A abundância foi registrada para cada classe de distância para os dados de ponto de contagem e rede de neblina, individualmente. A partir da matriz de abundância das espécies foi feita uma análise de agrupamento (Cluster) para avaliar a similaridade das classes de distância e, assim, tentar entender possíveis diferenças e/ou similaridades. A análise de Cluster foi feita no Estatística 7 usando a distância Euclidiana entre os grupos.
2.2.6 Interações negativas e análises de colisões de aves com as LTs Adicionalmente às análises quantitativas, foi empenhado esforço no sentido de se obter uma maior compreensão da dinâmica da comunidade de aves nos pontos amostrais enfocados, assim como foi dada especial atenção a eventuais interações de aves com a linha de transmissão. Nesse sentido, áreas circunvizinhas foram visitadas e a faixa de serviço percorrida em todos os dias do estudo em pelo menos dois momentos, logo cedo, p ela manhã, e no final de cada dia de amostragem. Foi dada especial ênfase também à observação de espécies que cruzavam as linhas de transmissão com eventuais riscos de colisão. Por fim, foram feitas entrevistas com o pessoal responsável pela manutenção do empreendimento e com a população local. Os dados levantados foram contextualizados mediante os levantamentos bibliográficos realizados. Biólogos vistoriando as redes de neblina
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Besourinho-de-bico-vermelho, Chlorostilbon lucidus
2.2.7 Estudos fitofisionômicos A descrição geral das fitofisionomias e seus respectivos biomas foi de fundamental importância na contextualização e entendimento dos resultados referentes às comunidades de aves. A área de amostragem no município de Presidente Kennedy, Tocantins, está localizada nas coordenadas de 08°31’34.69”S e 48°28’10.64”O e é interceptada pela LT 500 kV Norte-Sul II. Como já dito anteriormente, trata-se de uma transição do domínio morfoclimático do Cerrado para o domínio morfoclimático da Amazônia. Essa transição é expressa na paisagem na forma de um predomínio de vegetação típica das savanas (cerrados e cerradões) recobrindo os interflúvios, porém, com ocorrência de manchas de florestas com características amazônicas ao longo das linhas de drenagem perenes (florestas ripárias). Segundo os resultados de ecologia de paisagem desenvolvidos para este estudo, conclui-se que a bacia hidrográfica onde a área de amostragem encontra-se localizada apresenta, hoje, somente 20% de sua área coberta por vegetação original, ou seja, uma região com pouca cobertura vegetal, onde a paisagem é caracterizada por um alto índice de fragmentação, sem um padrão de continuidade no ambiente e relativamente isolados. Esses padrões demonstram a grande pressão existente sobre a vegetação nativa nessa área, caracterizada principalmente pela pecuária extensiva, mesmo antes da implantação da interligação LT 500 kV Norte-Sul II. Já a área de amostragem em São Félix do Coribe (Bahia), está localizada nas coordenadas 13°21’59.86”S e 43°56’31.82”O, próxima ao rio Corrente, afluente da margem esquerda do rio São Francisco (região do médio São Francisco), e cortada pela interlig ação LT 500 kV Sudeste-Nordeste. A cobertura vegetal na região onde o estudo foi executado refere-se a uma transição entre os domínios morfoclimáticos da Caatinga e do Cerrado. Esta transição se expressa na paisagem pela predomi-
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nância das florestas estacionais ou caatingas arbóreas, observadas nos mais diversos estágios sucessionais. As florestas estacionais semideciduais apresentam-se recobrindo grandes extensões planas até a base das vertentes dos maciços montanhosos. Já nesses, com presença de afloramentos de calcário, desenvolve-se uma tipologia de vegetação característica de solos rasos (litólicos) com forte restrição hídrica, denominadas de florestas estacionais deciduais. A vegetação savânica típica dos cerrados também foi observada na forma de manchas recobrindo terrenos arenosos, neste caso, em áreas de ocorrência de neossolos quartzarênicos. Em termos gerais, os dados levantados pelo estudo da paisagem apontaram que a bacia hidrográfica do rio Corrente (bacia onde se encontra inserida a região de amostragem) possui cerca de 34% de sua cobertura de vegetação nativa, ou seja, valores que refletem forte pressão antrópica exercida, principalmente, pela agricultura mecanizada. Porém, diferente do observado para a região de Presidente Kennedy, os fragmentos de vegetação nativa na região d e São Félix do Coribe apresentam maior uniformidade e conectividade. Por fim, a área de amostragem em Iramaia (Bahia) encontra-se localizada na região da Chapada Diamantina, nas coordenadas 13°24’49.15”S e 41° 9’36.79”O, que também é interceptada pela interligação LT 500 kV Sudeste-Nordeste. Apesar de estar inserida no bioma caatinga, a vegetação na região é formada por um complexo mosaico vegetacional formado por diversos sistemas fitoecológicos, onde a vegetação, associada com as características fisiográficas, varia desde as estepes ou caatingas propriamente ditas, passando pelas savanas (cerrados e cerradões) e pelos refúgios vegetacionais montanos até as florestas estacionais semideciduais. De um modo geral, o estudo de fragmentação da paisagem demonstrou que essa microrregião é a mais bem conservada das três regiões amostrais, recoberta por 65% de vegetação nativa e apresentando menores índices de fragmentação, que, em contrapartida, conferem maior
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Besourinho-de-bico-vermelho, Chlorostilbon lucidus
2.2.7 Estudos fitofisionômicos A descrição geral das fitofisionomias e seus respectivos biomas foi de fundamental importância na contextualização e entendimento dos resultados referentes às comunidades de aves. A área de amostragem no município de Presidente Kennedy, Tocantins, está localizada nas coordenadas de 08°31’34.69”S e 48°28’10.64”O e é interceptada pela LT 500 kV Norte-Sul II. Como já dito anteriormente, trata-se de uma transição do domínio morfoclimático do Cerrado para o domínio morfoclimático da Amazônia. Essa transição é expressa na paisagem na forma de um predomínio de vegetação típica das savanas (cerrados e cerradões) recobrindo os interflúvios, porém, com ocorrência de manchas de florestas com características amazônicas ao longo das linhas de drenagem perenes (florestas ripárias). Segundo os resultados de ecologia de paisagem desenvolvidos para este estudo, conclui-se que a bacia hidrográfica onde a área de amostragem encontra-se localizada apresenta, hoje, somente 20% de sua área coberta por vegetação original, ou seja, uma região com pouca cobertura vegetal, onde a paisagem é caracterizada por um alto índice de fragmentação, sem um padrão de continuidade no ambiente e relativamente isolados. Esses padrões demonstram a grande pressão existente sobre a vegetação nativa nessa área, caracterizada principalmente pela pecuária extensiva, mesmo antes da implantação da interligação LT 500 kV Norte-Sul II. Já a área de amostragem em São Félix do Coribe (Bahia), está localizada nas coordenadas 13°21’59.86”S e 43°56’31.82”O, próxima ao rio Corrente, afluente da margem esquerda do rio São Francisco (região do médio São Francisco), e cortada pela interlig ação LT 500 kV Sudeste-Nordeste. A cobertura vegetal na região onde o estudo foi executado refere-se a uma transição entre os domínios morfoclimáticos da Caatinga e do Cerrado. Esta transição se expressa na paisagem pela predomi-
nância das florestas estacionais ou caatingas arbóreas, observadas nos mais diversos estágios sucessionais. As florestas estacionais semideciduais apresentam-se recobrindo grandes extensões planas até a base das vertentes dos maciços montanhosos. Já nesses, com presença de afloramentos de calcário, desenvolve-se uma tipologia de vegetação característica de solos rasos (litólicos) com forte restrição hídrica, denominadas de florestas estacionais deciduais. A vegetação savânica típica dos cerrados também foi observada na forma de manchas recobrindo terrenos arenosos, neste caso, em áreas de ocorrência de neossolos quartzarênicos. Em termos gerais, os dados levantados pelo estudo da paisagem apontaram que a bacia hidrográfica do rio Corrente (bacia onde se encontra inserida a região de amostragem) possui cerca de 34% de sua cobertura de vegetação nativa, ou seja, valores que refletem forte pressão antrópica exercida, principalmente, pela agricultura mecanizada. Porém, diferente do observado para a região de Presidente Kennedy, os fragmentos de vegetação nativa na região d e São Félix do Coribe apresentam maior uniformidade e conectividade. Por fim, a área de amostragem em Iramaia (Bahia) encontra-se localizada na região da Chapada Diamantina, nas coordenadas 13°24’49.15”S e 41° 9’36.79”O, que também é interceptada pela interligação LT 500 kV Sudeste-Nordeste. Apesar de estar inserida no bioma caatinga, a vegetação na região é formada por um complexo mosaico vegetacional formado por diversos sistemas fitoecológicos, onde a vegetação, associada com as características fisiográficas, varia desde as estepes ou caatingas propriamente ditas, passando pelas savanas (cerrados e cerradões) e pelos refúgios vegetacionais montanos até as florestas estacionais semideciduais. De um modo geral, o estudo de fragmentação da paisagem demonstrou que essa microrregião é a mais bem conservada das três regiões amostrais, recoberta por 65% de vegetação nativa e apresentando menores índices de fragmentação, que, em contrapartida, conferem maior
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Pica-pau-de-cabeça-amarela, Celeus flavescens
conectividade e as maiores diversidades de forma, tamanho e tipologia dos fragmentos de vegetação natural existentes. Além de diversidade e grau de isolamento dos fragmentos, constatou-se também que na microrregião de Iramaia os fragmentos de vegetação estão mais uniformemente distribuídos na paisagem. Diante do quadro exposto, obviamente, a expectativa de serem observadas espécies de aves mais exigentes nessas áreas aumenta consideravelmente. Para uma melhor compreensão das regiões amostrais no tocante às variações de ambientes e, mais preci samente, das tipologias de vegetação, o item Resultados deste capítulo apresenta descrição sucinta dos componentes vegetacionais como forma de relacionar a presença e a distribuição das comunidades de aves, enfocando os fragmentos de vegetação amostrados e contextualizando as linhas de transmissão que interceptam esses fragmentos.
RESULTADOS A VEGETAÇÃO Para uma contextualização mais detalhada dos dados levantados de avifauna ao longo deste estudo, foi realizada uma descrição das tipologias vegetacionais ocorrentes na região de inserção dos fragmentos alvo do trabalho. Esse estudo fitogeográfico tem o intuito de fornecer elementos para avaliação da influência dos ambientes circunvizinhos aos fragmentos estudados sobre as comunidades de avifauna encontradas nesses fragmentos. Para demonstrar de forma mais clara para o leitor as características de cada região amostral, optou-se pela apresentação individualizada das diagnoses para cada uma das três regiões amostrais. Nesse contexto buscou-se descrever a paisagem de entorno como forma de apresen-
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tação de uma visão regional (macro) e, sequencialmente, passando o enfoque para as características locais, ou seja, inerentes apenas aos fragmentos alvos d o trabalho.
Região de Iramaia A região de Iramaia encontra-se localizada na Chapada Diamantina, região que ocupa uma posição central no estado da Bahia e inclui 58 municípios. Essa região localiza-se na parte setentrional da Cadeia do Espinhaço, um conjunto de montanhas disjuntas que se estende desde o estado de Minas Gerais, em direção ao Norte, até alcançar a calha do rio São Francisco ( Misi & Silva, 1994 apud Rocha et al., 2005). A ecorregião da Chapada Diamantina é uma das mais elevadas do bioma caatinga, quase toda com mais de 500m de altitude. O relevo é bastante acidentado, com grandes maciços residuais, topos rochosos, encostas íngremes, vales estreitos e profundos, grandes superfícies planas de altitude e serras altas, estreitas e alongadas. As altitudes variam em geral de 200 a 1.800m, ocorrendo picos isolados com maiores elevações, a exemplo do Pico do Barbado, com 2.033m. (Rocha et al., 2005). De modo geral, devido às condições espaciais de altitude, o clima é mesotérmico, do tipo Cwb da classificação de Koppen (1923), com temperaturas mais amenas do que nas regiões circundantes, apresentando médias anuais inferiores a 22 o C e temperaturas baixas no inverno (Rocha et al., 2005). Nos maciços e serras altas, os solos, quando presentes, são rasos, pedregosos e de baixa fertilidade natural, nos quais predominam os Neossolos Litólicos, ocorrendo nos sopés dos paleoinselbergs (grandes afloramentos de rocha recobertos pelos campos rupestres). Nos topos planos, os solos são em geral mais profundos e bem drenados, porém ácidos e muito pobres, com predominância dos Latossolos.
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Pica-pau-de-cabeça-amarela, Celeus flavescens
conectividade e as maiores diversidades de forma, tamanho e tipologia dos fragmentos de vegetação natural existentes. Além de diversidade e grau de isolamento dos fragmentos, constatou-se também que na microrregião de Iramaia os fragmentos de vegetação estão mais uniformemente distribuídos na paisagem. Diante do quadro exposto, obviamente, a expectativa de serem observadas espécies de aves mais exigentes nessas áreas aumenta consideravelmente. Para uma melhor compreensão das regiões amostrais no tocante às variações de ambientes e, mais preci samente, das tipologias de vegetação, o item Resultados deste capítulo apresenta descrição sucinta dos componentes vegetacionais como forma de relacionar a presença e a distribuição das comunidades de aves, enfocando os fragmentos de vegetação amostrados e contextualizando as linhas de transmissão que interceptam esses fragmentos.
RESULTADOS A VEGETAÇÃO Para uma contextualização mais detalhada dos dados levantados de avifauna ao longo deste estudo, foi realizada uma descrição das tipologias vegetacionais ocorrentes na região de inserção dos fragmentos alvo do trabalho. Esse estudo fitogeográfico tem o intuito de fornecer elementos para avaliação da influência dos ambientes circunvizinhos aos fragmentos estudados sobre as comunidades de avifauna encontradas nesses fragmentos. Para demonstrar de forma mais clara para o leitor as características de cada região amostral, optou-se pela apresentação individualizada das diagnoses para cada uma das três regiões amostrais. Nesse contexto buscou-se descrever a paisagem de entorno como forma de apresen-
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Região de Iramaia A região de Iramaia encontra-se localizada na Chapada Diamantina, região que ocupa uma posição central no estado da Bahia e inclui 58 municípios. Essa região localiza-se na parte setentrional da Cadeia do Espinhaço, um conjunto de montanhas disjuntas que se estende desde o estado de Minas Gerais, em direção ao Norte, até alcançar a calha do rio São Francisco ( Misi & Silva, 1994 apud Rocha et al., 2005). A ecorregião da Chapada Diamantina é uma das mais elevadas do bioma caatinga, quase toda com mais de 500m de altitude. O relevo é bastante acidentado, com grandes maciços residuais, topos rochosos, encostas íngremes, vales estreitos e profundos, grandes superfícies planas de altitude e serras altas, estreitas e alongadas. As altitudes variam em geral de 200 a 1.800m, ocorrendo picos isolados com maiores elevações, a exemplo do Pico do Barbado, com 2.033m. (Rocha et al., 2005). De modo geral, devido às condições espaciais de altitude, o clima é mesotérmico, do tipo Cwb da classificação de Koppen (1923), com temperaturas mais amenas do que nas regiões circundantes, apresentando médias anuais inferiores a 22 o C e temperaturas baixas no inverno (Rocha et al., 2005). Nos maciços e serras altas, os solos, quando presentes, são rasos, pedregosos e de baixa fertilidade natural, nos quais predominam os Neossolos Litólicos, ocorrendo nos sopés dos paleoinselbergs (grandes afloramentos de rocha recobertos pelos campos rupestres). Nos topos planos, os solos são em geral mais profundos e bem drenados, porém ácidos e muito pobres, com predominância dos Latossolos.
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Nesse sentido, cabe citar a ótica geográfica de Georges Bertrand (1968) sobre zonas de paisagens ecológicas, em que é possível subdividir os macrodomínios de natureza ou domínios morfoclimáticos do território brasileiro em regiões baseadas na compartimentação topográfica, combinada com os atributos e consequências pedológicas do embasamento geológico, sob ação de climas regionais (Ab’Saber, 2003). Dessa forma, infere-se que cada domínio morfoclimático ou fitogeográfico (no caso da Chapada Diamantina, domínio morfoclimático das caatingas) pode apresentar um ecossistema predominante (caatingas), associados com enclaves ou redutos de outros sistemas ecológicos (campos rupestres, cerrados, florestas estacionais etc.) (Ab’Saber, 2003). No caso da ecorregião da Chapada Diamantina, em geral acima de 500m de altitude, onde existem mais afloramentos rochosos predominam os campos rupestres, também denominados refúgios vegetacionais montanos, sobre suporte geológico quartzítico e as savanas (cerrados e cerradões), ocorrendo onde o solo é mais arenoso, predominando os Argissolos. Já as matas (florestas estacionais semideciduais) ocorrem fragmentadas ao longo da borda leste da Chapada Diamantina recobrindo solos do tipo Latossolo, acompanhando as calhas dos rios e distribuídas nas encostas das serras, associadas a granitos e gnaisses. Por fim, a estepe (caatinga) observada recobre as terras da planície sertaneja meridional, que circunda toda a ecorregião, onde predominam solos do tipo Latossolo, em geral em altitudes de até 1.000m, que se entremeiam com os cerrados. Os campos rupestres ou refúgios vegetacionais montanos compõem a vegetação mais característica da ChaFIGURA 5 (acima) Afloramento de rocha
(incelberg) recoberto por vegetação tipicamente rupestre na região de Iramaia – BA FIGURA 6 (abaixo) Detalhe de um campo rupestre sobre
afloramento rochoso na região de Iramaia – BA
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tação de uma visão regional (macro) e, sequencialmente, passando o enfoque para as características locais, ou seja, inerentes apenas aos fragmentos alvos d o trabalho.
pada Diamantina. Segundo Conceição et al. (2005), esses refúgios aparecem em altitudes acima de 900m ao longo de toda a Cadeia do Espinhaço, caracterizados, principalmente, pelos afloramentos rochosos associados a uma fisionomia herbáceo-arbustiva sobre solos tipicamente quartzitos ( Figuras 5 e 6 ). Nesse ambiente aberto, floradas de Velloziaceae, Melastomataceae e Xyridaceae propiciam um colorido particular à vegetação, de modo que, junto às cachoeiras e despenhadeiros, os campos rupestres fazem parte integrante do espetáculo cênico que atrai milhares de turistas a região da Chapada. Os campos rupestres distribuem-se de maneira análoga a um arquipélago, com inúmeras áreas elevadas separadas por terrenos mais baixos com características ambientais distintas. Na Bahia, eles são circundados principalmente por caatinga, mais raramente por cerrado, muitas vezes apresentando estágios transicionais ou ecótonos. Matas ocorrem dentro do domínio dos campos rupestres, ao longo dos cursos d’água, em vertentes escarpadas e nos topos fragmentados das serras. São caracterizados, no entanto, pela alta taxa de endemismos, dentre as maiores da flora brasileira (Joly, 1970). Esses endemismos estão distribuídos em diversos grupos de plantas, especialmente em famílias de monocotiledôneas, algumas (Velloziaceae, Eriocaulaceae e Xyridaceae) com mais da metade de suas espécies restritas aos campos rupestres (Giulietti & Pirani, 1988; Giulietti et al., 1997). Essa singularidade tem levado à realização de vários estudos florísticos (Harley & Simmons, 1986; Giulietti et al., 1987; Stannard, 1995; Guedes & Orge, 1998; Pirani et al., 2003; Zappi, 2003 apud Conceição, et al., 2005). Já a vegetação típica da savana (cerrado) ocorre de Norte-Sul da ecorregião da Chapada Diamantina. Em diversos locais situados entre as cotas 900 e 1200m prevalecem os cerrados de altitude, que, nas maiores elevações, entremeiam-se com áreas de campo rupestre onde afloramentos de rocha e solos rasos aparecem com mais frequência, conforme apresentado na Figura 7 . Nas altitudes
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Nesse sentido, cabe citar a ótica geográfica de Georges Bertrand (1968) sobre zonas de paisagens ecológicas, em que é possível subdividir os macrodomínios de natureza ou domínios morfoclimáticos do território brasileiro em regiões baseadas na compartimentação topográfica, combinada com os atributos e consequências pedológicas do embasamento geológico, sob ação de climas regionais (Ab’Saber, 2003). Dessa forma, infere-se que cada domínio morfoclimático ou fitogeográfico (no caso da Chapada Diamantina, domínio morfoclimático das caatingas) pode apresentar um ecossistema predominante (caatingas), associados com enclaves ou redutos de outros sistemas ecológicos (campos rupestres, cerrados, florestas estacionais etc.) (Ab’Saber, 2003). No caso da ecorregião da Chapada Diamantina, em geral acima de 500m de altitude, onde existem mais afloramentos rochosos predominam os campos rupestres, também denominados refúgios vegetacionais montanos, sobre suporte geológico quartzítico e as savanas (cerrados e cerradões), ocorrendo onde o solo é mais arenoso, predominando os Argissolos. Já as matas (florestas estacionais semideciduais) ocorrem fragmentadas ao longo da borda leste da Chapada Diamantina recobrindo solos do tipo Latossolo, acompanhando as calhas dos rios e distribuídas nas encostas das serras, associadas a granitos e gnaisses. Por fim, a estepe (caatinga) observada recobre as terras da planície sertaneja meridional, que circunda toda a ecorregião, onde predominam solos do tipo Latossolo, em geral em altitudes de até 1.000m, que se entremeiam com os cerrados. Os campos rupestres ou refúgios vegetacionais montanos compõem a vegetação mais característica da ChaFIGURA 5 (acima) Afloramento de rocha
(incelberg) recoberto por vegetação tipicamente rupestre na região de Iramaia – BA FIGURA 6 (abaixo) Detalhe de um campo rupestre sobre
afloramento rochoso na região de Iramaia – BA
pada Diamantina. Segundo Conceição et al. (2005), esses refúgios aparecem em altitudes acima de 900m ao longo de toda a Cadeia do Espinhaço, caracterizados, principalmente, pelos afloramentos rochosos associados a uma fisionomia herbáceo-arbustiva sobre solos tipicamente quartzitos ( Figuras 5 e 6 ). Nesse ambiente aberto, floradas de Velloziaceae, Melastomataceae e Xyridaceae propiciam um colorido particular à vegetação, de modo que, junto às cachoeiras e despenhadeiros, os campos rupestres fazem parte integrante do espetáculo cênico que atrai milhares de turistas a região da Chapada. Os campos rupestres distribuem-se de maneira análoga a um arquipélago, com inúmeras áreas elevadas separadas por terrenos mais baixos com características ambientais distintas. Na Bahia, eles são circundados principalmente por caatinga, mais raramente por cerrado, muitas vezes apresentando estágios transicionais ou ecótonos. Matas ocorrem dentro do domínio dos campos rupestres, ao longo dos cursos d’água, em vertentes escarpadas e nos topos fragmentados das serras. São caracterizados, no entanto, pela alta taxa de endemismos, dentre as maiores da flora brasileira (Joly, 1970). Esses endemismos estão distribuídos em diversos grupos de plantas, especialmente em famílias de monocotiledôneas, algumas (Velloziaceae, Eriocaulaceae e Xyridaceae) com mais da metade de suas espécies restritas aos campos rupestres (Giulietti & Pirani, 1988; Giulietti et al., 1997). Essa singularidade tem levado à realização de vários estudos florísticos (Harley & Simmons, 1986; Giulietti et al., 1987; Stannard, 1995; Guedes & Orge, 1998; Pirani et al., 2003; Zappi, 2003 apud Conceição, et al., 2005). Já a vegetação típica da savana (cerrado) ocorre de Norte-Sul da ecorregião da Chapada Diamantina. Em diversos locais situados entre as cotas 900 e 1200m prevalecem os cerrados de altitude, que, nas maiores elevações, entremeiam-se com áreas de campo rupestre onde afloramentos de rocha e solos rasos aparecem com mais frequência, conforme apresentado na Figura 7 . Nas altitudes
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mais baixas, o cerrado é substituído por várias formas de matas secas ou de caatingas. Em direção ao Sul, o cerrado ocorre na região de Palmeiras e Piatã, tornando-se mais contínuo entre Mucugê e Barra da Esti va e entre Rio de Contas e Caitité. Nos arredores de Morro do Chapéu, Piatã e Mucugê ocorre um tipo de cerrado localmente conhecido como Campos Gerais ou Gerais (Harley & Simmons, 1986). Conforme citado anteriormente, a região da Chapada Diamantina encontra-se inserida no bioma caatinga. Segundo Queiroz et al. (2005), o principal fator que determina a existência da caatinga é o clima semiárido. A caatinga ocorre em áreas tropicais marcadas por uma estação seca prolongada e uma estação chuvosa curta e irregularmente distribuída no tempo e no espaço. O total de chuvas geralmente não ultrapassa 800mm anuais. Essas condições ocorrem, principalmente, em áreas de baixa altitude, como é o caso da grande Depressão Sertaneja, abaixo de 500m na sua maior extensão. No caso da Bahia, o bioma caatinga ocupa a maior parte das regiões Nordeste e Central do estado, praticamente circundando toda a Chapada Diamantina. Devido a essa predominância das caatingas em áreas de depressão, não sendo geralmente associada às montanhas, não deixa de ser surpreendente constatar que a maior parte do território da Chapada Diamantina seja revestida por caatinga ou por formações vegetais a ela associadas, pois esse maciço montanhoso é mais frequentemente associado à vegetação de campos rupestres nas suas diversas formas. Nessa região espera-se encontrar áreas de caatinga principalmente nas faces ocidentais das principais serras, onde há sombras de chuva, uma vez que os ventos provenientes do Oceano Atlântico já depositaram a maior parte de sua umidade na parte oriental das serras. Nessas áreas e em vales mais secos, as condições climáticas não são as mais propícias à sobrevivência das plantas das vegetações mais características da Chapada, como os campos rupestres e cerrados (Queiroz et al., 2005).
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É importante destacar que as áreas mais se cas na Chapada Diamantina não ocorrem em condições idênticas. Essas áreas estão submetidas a diferentes combinações de fatores ecológicos como, por exemplo, profundidade, composição granulométrica e outras características edáficas, além da declividade, microclima e proximidade de cursos d’água, os quais, provavelmente, interferem nas comunidades vegetais. A consequência disso é que, longe de representar uma unidade homogênea, as áreas de caatinga são bastante diversas em fisionomia, composição florística e estrutura das comunidades, refletindo a variação observada na combinação dos citados fatores ambientais (Queiroz et al., 2005). Por fim as florestas estacionais, que na Bahia ocorrem especialmente na Chapada Diamantina, sendo denominadas por alguns autores como florestas serranas, são um dos ecossistemas menos estudados da região. Segundo Funch et al. (2005) as florestas serranas da ecorregião da Chapada Diamantina podem ser distribuídas em matas ciliares, matas de encosta, matas de planalto e matas de grotão. Em geral, as matas ciliares são florestas perenifólias que acompanham as calhas dos rios, em faixas relativamente estreitas e úmidas, raramente passam de 25m de largura e apresentam solos arenosos, ácidos e constantemente úmidos, com pouca matéria orgânica e nutrientes, conforme apresentado na Figura 8. Ao final da década de 1990, algumas abordagens florísticas dessas matas começaram a dar uma ideia de sua composição (Funch, 1997; Ribeiro Filho, 2002; Stradman, 1997, 2000), onde se destacam as espécies Tapirira guianensis , Clusia nemorosa, Balizia pedicellaris e Vochysia pyramidalis (Funch et al ., 2005). As matas de encosta estendem-se pelas encostas das serras entre matacões, em declive pouco acentuado, tornando-se gradativamente menos úmidas até alcançar o FIGURA 7 (acima) Mancha de vegetação típica de cerrado
associada a campo rupestre na região Iramaia. FIGURA 8 (abaixo) Exemplo de Mata ciliar na região de Iramaia – BA
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mais baixas, o cerrado é substituído por várias formas de matas secas ou de caatingas. Em direção ao Sul, o cerrado ocorre na região de Palmeiras e Piatã, tornando-se mais contínuo entre Mucugê e Barra da Esti va e entre Rio de Contas e Caitité. Nos arredores de Morro do Chapéu, Piatã e Mucugê ocorre um tipo de cerrado localmente conhecido como Campos Gerais ou Gerais (Harley & Simmons, 1986). Conforme citado anteriormente, a região da Chapada Diamantina encontra-se inserida no bioma caatinga. Segundo Queiroz et al. (2005), o principal fator que determina a existência da caatinga é o clima semiárido. A caatinga ocorre em áreas tropicais marcadas por uma estação seca prolongada e uma estação chuvosa curta e irregularmente distribuída no tempo e no espaço. O total de chuvas geralmente não ultrapassa 800mm anuais. Essas condições ocorrem, principalmente, em áreas de baixa altitude, como é o caso da grande Depressão Sertaneja, abaixo de 500m na sua maior extensão. No caso da Bahia, o bioma caatinga ocupa a maior parte das regiões Nordeste e Central do estado, praticamente circundando toda a Chapada Diamantina. Devido a essa predominância das caatingas em áreas de depressão, não sendo geralmente associada às montanhas, não deixa de ser surpreendente constatar que a maior parte do território da Chapada Diamantina seja revestida por caatinga ou por formações vegetais a ela associadas, pois esse maciço montanhoso é mais frequentemente associado à vegetação de campos rupestres nas suas diversas formas. Nessa região espera-se encontrar áreas de caatinga principalmente nas faces ocidentais das principais serras, onde há sombras de chuva, uma vez que os ventos provenientes do Oceano Atlântico já depositaram a maior parte de sua umidade na parte oriental das serras. Nessas áreas e em vales mais secos, as condições climáticas não são as mais propícias à sobrevivência das plantas das vegetações mais características da Chapada, como os campos rupestres e cerrados (Queiroz et al., 2005).
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FIGURA 7 (acima) Mancha de vegetação típica de cerrado
associada a campo rupestre na região Iramaia. FIGURA 8 (abaixo) Exemplo de Mata ciliar na região de Iramaia – BA
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topo das serras, a cerca de 800m de altitude (Funch, 1997 apud Funch et al., 2005) ( Figura 9). As matas de encosta da região apresentam maior grau de deciduidade do que as matas ciliares (Funch et al., 2002) , isto é, possuem um grande numero de espécies que perdem as folhas na estação seca, de agosto a outubro, a exemplo de Diospyros sericea, Bowdichia virgilioides e Maprounea guianens is , sendo assim consideradas florestas semidecíduas. Nas maiores altitudes, a partir de 1000m, encontram-se nas encostas florestas úmidas, perenifólias, com espécies típicas desses ambientes, como Podocarpus lambertii , Hedyosmum brasiliensis , Weinmannia paulliniifolia e Drimys brasiliensis (Harley, 1995 apud Funch et al ., 2005). Nos topos dos chapadões, encontram-se as matas de grotões situadas em fendas estreitas e profundas nas encostas, conforme apresentado na Figura 10. Nestas fendas, os solos são arenosos e ácidos, destacando-se pela camada espessa de matéria orgânica em decomposição. São ambientes úmidos, sombreados e protegid os do fogo. A mata de grotão é perenifólia e caracterizada pela presença de espécies restritas a ambientes úmidos, como Hedyosmum brasiliensis , Clethra scabra , Cabraleacanjerana , Podocarpus sellowii , Urera baccifera e Drimys brasiliensis (Funch et al., 2005). Finalmente, as matas de planalto, que ocupavam quase toda a borda leste da Chapada Diamantina, entre 400 e 800m de altitude, apresentando relevo suavemente ondulado, sobre latossolo vermelho-amarelo, de textura argilosa, com pouca matéria orgânica. Essas são florestas semideciduais que representam a maior área florestada na Chapada Diamantina. Atualmente, são os ambientes mais devastados na região pela retirad a de madeira e pela conversão em áreas de agricultura e pec uária. FIGURA 9 (acima) Exemplo de Mata de
Encosta na região de Iramaia – BA FIGURA 10 (abaixo) Exemplo de Mata de
Grotão na região de Ibicoara – BA
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É importante destacar que as áreas mais se cas na Chapada Diamantina não ocorrem em condições idênticas. Essas áreas estão submetidas a diferentes combinações de fatores ecológicos como, por exemplo, profundidade, composição granulométrica e outras características edáficas, além da declividade, microclima e proximidade de cursos d’água, os quais, provavelmente, interferem nas comunidades vegetais. A consequência disso é que, longe de representar uma unidade homogênea, as áreas de caatinga são bastante diversas em fisionomia, composição florística e estrutura das comunidades, refletindo a variação observada na combinação dos citados fatores ambientais (Queiroz et al., 2005). Por fim as florestas estacionais, que na Bahia ocorrem especialmente na Chapada Diamantina, sendo denominadas por alguns autores como florestas serranas, são um dos ecossistemas menos estudados da região. Segundo Funch et al. (2005) as florestas serranas da ecorregião da Chapada Diamantina podem ser distribuídas em matas ciliares, matas de encosta, matas de planalto e matas de grotão. Em geral, as matas ciliares são florestas perenifólias que acompanham as calhas dos rios, em faixas relativamente estreitas e úmidas, raramente passam de 25m de largura e apresentam solos arenosos, ácidos e constantemente úmidos, com pouca matéria orgânica e nutrientes, conforme apresentado na Figura 8. Ao final da década de 1990, algumas abordagens florísticas dessas matas começaram a dar uma ideia de sua composição (Funch, 1997; Ribeiro Filho, 2002; Stradman, 1997, 2000), onde se destacam as espécies Tapirira guianensis , Clusia nemorosa, Balizia pedicellaris e Vochysia pyramidalis (Funch et al ., 2005). As matas de encosta estendem-se pelas encostas das serras entre matacões, em declive pouco acentuado, tornando-se gradativamente menos úmidas até alcançar o
Diagnose do ponto de amostragem
O ponto de amostragem em Iramaia (BA) está localizado nas coordenadas 13°24’49.15” S e 41°09’36.79” O, próximo à estrada vicinal de ligação entre o centro do município de Ibicoara e o distrito de Novo Acre, que pertence ao município de Iramaia. Localiza-se em um grande fragmento de vegetação nativa sobre solos do tipo Neossolo Litólico, recobrindo área de relevo acidentado com topo plano tipo chapada e escarpas íngremes, recobrindo tanto o fundo de vale, como as vertentes. Nos topos observa-se presença dos campos rupestres, conforme ilustra a Figura 11 . Cabe destacar que esse fragmento de vegetação está localizado na borda Sul da Serra do Sincorá, na Chapada Diamantina. O fragmento em estudo é representativo da floresta estacional semidecidual em situação de encosta suave (terço médio de encosta) e encontra-se em ótimo estado de conservação, sem indícios evidentes de processos de antropização. A vegetação apresenta estratos bem definidos: herbáceo pouco aberto e pouco diverso, representado por Olyra latifolia, Rynchospora corymbosa (capim-navalinha) , Monotagma sp . e Cyperus sp . Um estrato arbustivo (sub-bosque) variando entre 0,8m a 1,5m de altura, denso e com diversidade de espécies maior que o estrato herbáceo, com grande representatividade de espécies das famílias Rubiaceae (Psycothria aff. deflexa, Psycothria sp.1 , Psychotria sp.2 , Psychotri a sp.3, Psychotria aff . capitata, Posoqueria sp ., Rubiaceae sp.1, Rubiaceae sp.2, Rubiaceae sp.3, Rubiaceae sp.4), Melastomataceae ( Miconia pusifl ora , Miconia aff. decandra, Henriettea sp., Miconia aff. albicans, Miconia sp.1) , além de espécies de Croton sp., Siparuna gianensis (negamina). Já o estrato arbóreo é descontínuo e pouco aberto, com alturas variando entre 2m e 8m com presença de alguns indivíduos emergentes chegando a 12m de altura.
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topo das serras, a cerca de 800m de altitude (Funch, 1997 apud Funch et al., 2005) ( Figura 9). As matas de encosta da região apresentam maior grau de deciduidade do que as matas ciliares (Funch et al., 2002) , isto é, possuem um grande numero de espécies que perdem as folhas na estação seca, de agosto a outubro, a exemplo de Diospyros sericea, Bowdichia virgilioides e Maprounea guianens is , sendo assim consideradas florestas semidecíduas. Nas maiores altitudes, a partir de 1000m, encontram-se nas encostas florestas úmidas, perenifólias, com espécies típicas desses ambientes, como Podocarpus lambertii , Hedyosmum brasiliensis , Weinmannia paulliniifolia e Drimys brasiliensis (Harley, 1995 apud Funch et al ., 2005). Nos topos dos chapadões, encontram-se as matas de grotões situadas em fendas estreitas e profundas nas encostas, conforme apresentado na Figura 10. Nestas fendas, os solos são arenosos e ácidos, destacando-se pela camada espessa de matéria orgânica em decomposição. São ambientes úmidos, sombreados e protegid os do fogo. A mata de grotão é perenifólia e caracterizada pela presença de espécies restritas a ambientes úmidos, como Hedyosmum brasiliensis , Clethra scabra , Cabraleacanjerana , Podocarpus sellowii , Urera baccifera e Drimys brasiliensis (Funch et al., 2005). Finalmente, as matas de planalto, que ocupavam quase toda a borda leste da Chapada Diamantina, entre 400 e 800m de altitude, apresentando relevo suavemente ondulado, sobre latossolo vermelho-amarelo, de textura argilosa, com pouca matéria orgânica. Essas são florestas semideciduais que representam a maior área florestada na Chapada Diamantina. Atualmente, são os ambientes mais devastados na região pela retirad a de madeira e pela conversão em áreas de agricultura e pec uária. FIGURA 9 (acima) Exemplo de Mata de
Encosta na região de Iramaia – BA FIGURA 10 (abaixo) Exemplo de Mata de
Grotão na região de Ibicoara – BA
Diagnose do ponto de amostragem
O ponto de amostragem em Iramaia (BA) está localizado nas coordenadas 13°24’49.15” S e 41°09’36.79” O, próximo à estrada vicinal de ligação entre o centro do município de Ibicoara e o distrito de Novo Acre, que pertence ao município de Iramaia. Localiza-se em um grande fragmento de vegetação nativa sobre solos do tipo Neossolo Litólico, recobrindo área de relevo acidentado com topo plano tipo chapada e escarpas íngremes, recobrindo tanto o fundo de vale, como as vertentes. Nos topos observa-se presença dos campos rupestres, conforme ilustra a Figura 11 . Cabe destacar que esse fragmento de vegetação está localizado na borda Sul da Serra do Sincorá, na Chapada Diamantina. O fragmento em estudo é representativo da floresta estacional semidecidual em situação de encosta suave (terço médio de encosta) e encontra-se em ótimo estado de conservação, sem indícios evidentes de processos de antropização. A vegetação apresenta estratos bem definidos: herbáceo pouco aberto e pouco diverso, representado por Olyra latifolia, Rynchospora corymbosa (capim-navalinha) , Monotagma sp . e Cyperus sp . Um estrato arbustivo (sub-bosque) variando entre 0,8m a 1,5m de altura, denso e com diversidade de espécies maior que o estrato herbáceo, com grande representatividade de espécies das famílias Rubiaceae (Psycothria aff. deflexa, Psycothria sp.1 , Psychotria sp.2 , Psychotri a sp.3, Psychotria aff . capitata, Posoqueria sp ., Rubiaceae sp.1, Rubiaceae sp.2, Rubiaceae sp.3, Rubiaceae sp.4), Melastomataceae ( Miconia pusifl ora , Miconia aff. decandra, Henriettea sp., Miconia aff. albicans, Miconia sp.1) , além de espécies de Croton sp., Siparuna gianensis (negamina). Já o estrato arbóreo é descontínuo e pouco aberto, com alturas variando entre 2m e 8m com presença de alguns indivíduos emergentes chegando a 12m de altura.
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Em termos florístico apresenta-se com elevada diversidade de espécies, dentre as quais destacam-se: Baliza pedicelaris, Callistene major (itapicuru), Clusia nemorosa, Cordia selowiana (chá-de-bugre) , Crateva tapia (tapiá), Cupania vernalis (camboatá), Dictyoloma vandellianum, Esenbeckia grandiflora, Licania kunthiana (milho-torrado), Micropholis aff. crassipedicellata (bacubixá), Zollernia glabra, Terminallia glabrescens (massambé), Vitex aff. montividensis, Abarema cochliacarpus, Maprounea guianensis (cangiquinha), Pera glabrata (tabocuva), Laphoensia pacari (pacari), Chaetocar pus echinocarpus (ouriço), Emotum nitens (sobro), Casearia (espeteiro), Plenckia polpunea (angélica), Roupala montana (carne-de-vaca), Xylopia sericea (pindaíba), Strychnos pseudoquina (quina), Qualea sp.1 , Eugenia sp.1 , Gomidesia sp.1 , Hirtella glandulosa (bosta-de-cabra), Myrtacea sp.1, Myrtaceae sp.2, Myrtaceae sp.3 e Hortia oreadica. Ainda foi observada considerável quantidade de indivíduos de lianas, dentre as quais são destacadas: Davilla sp . (cipó-de-fogo), Serjania sp . e Smillax sp . (japecanga) . As Figuras 12 e 13 ilustram detalhes do interior do fragmento em estudo. Cabe ressaltar que no interior do fragmento em estudo foram observadas áreas de afloramento de rocha nas quais se destaca uma flora bem particular, como ilhas de vegetação anômalas identificadas em meio ao ambiente florestado, conforme ilustra a Figura 14 . Nessas áreas, destacam-se as arvoretas de Paralychnophora harleyi , cujas aglomerações são vistas ao longe (por conta da coloração de suas folhas), o colorido roxo dos arbustos de Jacaranda ir winii , além de indivíduos d e palmeira acaule do gênero Allogopte ra, cactus da espécie Micranthoce reus purpure us e moitas de Vellozia sp . ( Figura 15 ) .
Região de São Félix do Coribe A região de São Félix do Coribe está situada no vale do rio Corrente, um afluente da margem esquerda do rio São Francisco, que drena a faixa ocidental da transição do Cerrado com a Caatinga. Segundo dados do “Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Corrente” (Bahia, 1995), a bacia do rio Corrente é predominantemente recoberta pela vegetação típica da savana (cerrado) com suas diversas diferenciações, porém além da savana observam-se áreas de tensão ecológica, como é o caso da savana/floresta estacional/estepe. Nesta publicação os autores estabeleceram cinco regiões fitogeográficas distintas para a bacia do rio corrente, sendo elas: cerrado, vereda/campo úmido, mata de galeria, floresta estacional e ecótono caatinga/floresta estacional. Segundo Pereira (2008), o clima é do tipo Aw da classificação de Köeppen (Reis, 1971), ou do Zonobioma II de Walter (1986b), com seis meses biologicamente se cos. As médias anuais de temperatura e precipitação regi stradas na estação climatológica que tem a maior série histórica de dados na região foram de 24,4º C e de 919mm. A região compreende as depressões do alto e médio São Francisco, inseridas integralmente no D omínio Morfoestrutural das Faixas de Dobramentos e Coberturas Metassedimentares Associadas. A geologia caracteriza-se pelo predomínio de rochas do Proterozoico Superior, com abundância de calcários do Grupo Bambuí, além de dolomitos, argilitos, folhelhos, ardósias e outras (Misi, 1979; Fernandes et al., 1982). O relevo predominante consta de uma superfície plana de onde emergem formações calcárias orientadas no sentido norte-sul, com altitudes na
FIGURA 11 Fragmento de vegetação em estudo, na região de Iramaia – BA FIGURA 12 Detalhe do interior do fragmento em estudo FIGURA 13 Detalhe do interior do fragmento em estudo 67
Em termos florístico apresenta-se com elevada diversidade de espécies, dentre as quais destacam-se: Baliza pedicelaris, Callistene major (itapicuru), Clusia nemorosa, Cordia selowiana (chá-de-bugre) , Crateva tapia (tapiá), Cupania vernalis (camboatá), Dictyoloma vandellianum, Esenbeckia grandiflora, Licania kunthiana (milho-torrado), Micropholis aff. crassipedicellata (bacubixá), Zollernia glabra, Terminallia glabrescens (massambé), Vitex aff. montividensis, Abarema cochliacarpus, Maprounea guianensis (cangiquinha), Pera glabrata (tabocuva), Laphoensia pacari (pacari), Chaetocar pus echinocarpus (ouriço), Emotum nitens (sobro), Casearia (espeteiro), Plenckia polpunea (angélica), Roupala montana (carne-de-vaca), Xylopia sericea (pindaíba), Strychnos pseudoquina (quina), Qualea sp.1 , Eugenia sp.1 , Gomidesia sp.1 , Hirtella glandulosa (bosta-de-cabra), Myrtacea sp.1, Myrtaceae sp.2, Myrtaceae sp.3 e Hortia oreadica. Ainda foi observada considerável quantidade de indivíduos de lianas, dentre as quais são destacadas: Davilla sp . (cipó-de-fogo), Serjania sp . e Smillax sp . (japecanga) . As Figuras 12 e 13 ilustram detalhes do interior do fragmento em estudo. Cabe ressaltar que no interior do fragmento em estudo foram observadas áreas de afloramento de rocha nas quais se destaca uma flora bem particular, como ilhas de vegetação anômalas identificadas em meio ao ambiente florestado, conforme ilustra a Figura 14 . Nessas áreas, destacam-se as arvoretas de Paralychnophora harleyi , cujas aglomerações são vistas ao longe (por conta da coloração de suas folhas), o colorido roxo dos arbustos de Jacaranda ir winii , além de indivíduos d e palmeira acaule do gênero Allogopte ra, cactus da espécie Micranthoce reus purpure us e moitas de Vellozia sp . ( Figura 15 ) .
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Região de São Félix do Coribe A região de São Félix do Coribe está situada no vale do rio Corrente, um afluente da margem esquerda do rio São Francisco, que drena a faixa ocidental da transição do Cerrado com a Caatinga. Segundo dados do “Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Corrente” (Bahia, 1995), a bacia do rio Corrente é predominantemente recoberta pela vegetação típica da savana (cerrado) com suas diversas diferenciações, porém além da savana observam-se áreas de tensão ecológica, como é o caso da savana/floresta estacional/estepe. Nesta publicação os autores estabeleceram cinco regiões fitogeográficas distintas para a bacia do rio corrente, sendo elas: cerrado, vereda/campo úmido, mata de galeria, floresta estacional e ecótono caatinga/floresta estacional. Segundo Pereira (2008), o clima é do tipo Aw da classificação de Köeppen (Reis, 1971), ou do Zonobioma II de Walter (1986b), com seis meses biologicamente se cos. As médias anuais de temperatura e precipitação regi stradas na estação climatológica que tem a maior série histórica de dados na região foram de 24,4º C e de 919mm. A região compreende as depressões do alto e médio São Francisco, inseridas integralmente no D omínio Morfoestrutural das Faixas de Dobramentos e Coberturas Metassedimentares Associadas. A geologia caracteriza-se pelo predomínio de rochas do Proterozoico Superior, com abundância de calcários do Grupo Bambuí, além de dolomitos, argilitos, folhelhos, ardósias e outras (Misi, 1979; Fernandes et al., 1982). O relevo predominante consta de uma superfície plana de onde emergem formações calcárias orientadas no sentido norte-sul, com altitudes na
FIGURA 11 Fragmento de vegetação em estudo, na região de Iramaia – BA FIGURA 12 Detalhe do interior do fragmento em estudo FIGURA 13 Detalhe do interior do fragmento em estudo 67
faixa de 500 a 550m (Mauro et al., 1982). Os solos mais comuns são eutróficos, com predominância de Argissolos e Latossolos Vermelho-Escuros nas áreas planas e ocorrências de Neossolos Litólicos nos afloramentos calcários (Codevasf, 1977; Krejci et al., 1982 apud Pereira, 2007). A cobertura vegetal na região onde o estudo foi executado refere-se a uma transição entre os domínios morfoclimáticos da Caatinga e do Cerrado. Essa transição se expressa na paisagem pela predominância das florestas estacionais ou caatingas arbóreas, observadas nos mais diversos estágios serais. As florestas estacionais semideciduais recobrem grandes extensões planas até a base das vertentes dos maciços montanhosos. Já nos maciços montanhosos com presença de afloramentos de calcário predomina uma vegetação característica de solos rasos (Litólicos), com forte restrição hídrica, denominada floresta estacional decidual. A vegetação savânica típica dos cerrados também foi observada na forma de manchas que recobrem os terrenos arenosos, em áreas de ocorrência de neossolos quartzarênicos. A vegetação dominante na região, segundo Pereira (2007) citando (Codevasf,1977; Silva et al., 1982), é a floresta estacional decidual, que cobre os afloramentos calcários e as planícies adjacentes e, em algumas partes, contém inclusões de cerrados. No leste da região ocorre uma vegetação arbustivo-arbórea densa e rica em leguminosas espinhosas, configurando uma forma de caatinga. Analisando o mapa de veg etação apresentado por Silva et al. (1982), além das florestas estacionais deciduais são encontradas na região as florestas estacionais semideciduais e os remanescentes de contato (ecótono) entre a floresta estacional semidecidual e a estepe (caatinga). FIGURA 14 (acima) Detalhe de ilha de vegetação sobre
afloramento no interior do fragmento em estudo FIGURA 15 (abaixo) Destaque das copas dos indivíduos de Paralychnophora harleyi no sopé das serras (copas prateadas),
em transição da floresta estacional para o campo rupestre
68 A VES E LINHAS DE TRANSMISSÃO
Segundo Pereira (2007), a vegetação das áreas planas dessa disjunção passou por um intenso processo de erradicação para a implantação de um projeto agropecuário coordenado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), na década de 1970. A Figura 16 ilustra um fragmento de floresta estacional sobre afloramento de calcário na região de São Félix do Coribe (BA). Luetzelburgh (1922/3), ao descrever a “caatinga mestiça”, faz referência ao “caatingão”, como send o a caatinga baiana e composta não só de espécies próprias, mas apresentando mistura de elementos estranhos de regiões vizinhas, de diferentes floras. Essa descrição se enquadra a rigor para os 22.307km² de áreas de mi stura estepe/floresta estacional, localizados, principalmente, sobre os sedimentos terciário-quaternários do Pediplano Sertanejo, Pediplano Setentrional e Chapadas do Rio Pardo (Projeto RadamBrasil, 1982). A Figura 17 apresenta remanescente representativo do contato entre a floresta estacional e a estepe (“mata de caatinga”). Diagnose do ponto de amostragem
O ponto de amostragem em São Félix do Coribe (BA) está localizado nas coordenadas 13°21’59.86” S e 43°56’31.82” O, próximo ao centro do município de São Félix do Coribe, à margem da BR-393. Localiza-se em fragmento de vegetação nativa que recobre as terras planas do compartimento geomorfológico da depressão dos rios Carinhanha e Corrente, próximos à foz ao Rio São Francisco (aproximadamente 50km), com solos do tipo Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico. A vegetação no fragmento em estudo refere-se à vegetação secundária em estágio inicial de desenvolvimento, ou seja, área em regeneração após processos de retirada da vegetação nativa, que, segundo observações de campo, ocorreu na forma de retirada total da vegetação para uso
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faixa de 500 a 550m (Mauro et al., 1982). Os solos mais comuns são eutróficos, com predominância de Argissolos e Latossolos Vermelho-Escuros nas áreas planas e ocorrências de Neossolos Litólicos nos afloramentos calcários (Codevasf, 1977; Krejci et al., 1982 apud Pereira, 2007). A cobertura vegetal na região onde o estudo foi executado refere-se a uma transição entre os domínios morfoclimáticos da Caatinga e do Cerrado. Essa transição se expressa na paisagem pela predominância das florestas estacionais ou caatingas arbóreas, observadas nos mais diversos estágios serais. As florestas estacionais semideciduais recobrem grandes extensões planas até a base das vertentes dos maciços montanhosos. Já nos maciços montanhosos com presença de afloramentos de calcário predomina uma vegetação característica de solos rasos (Litólicos), com forte restrição hídrica, denominada floresta estacional decidual. A vegetação savânica típica dos cerrados também foi observada na forma de manchas que recobrem os terrenos arenosos, em áreas de ocorrência de neossolos quartzarênicos. A vegetação dominante na região, segundo Pereira (2007) citando (Codevasf,1977; Silva et al., 1982), é a floresta estacional decidual, que cobre os afloramentos calcários e as planícies adjacentes e, em algumas partes, contém inclusões de cerrados. No leste da região ocorre uma vegetação arbustivo-arbórea densa e rica em leguminosas espinhosas, configurando uma forma de caatinga. Analisando o mapa de veg etação apresentado por Silva et al. (1982), além das florestas estacionais deciduais são encontradas na região as florestas estacionais semideciduais e os remanescentes de contato (ecótono) entre a floresta estacional semidecidual e a estepe (caatinga). FIGURA 14 (acima) Detalhe de ilha de vegetação sobre
afloramento no interior do fragmento em estudo FIGURA 15 (abaixo) Destaque das copas dos indivíduos de Paralychnophora harleyi no sopé das serras (copas prateadas),
em transição da floresta estacional para o campo rupestre
Segundo Pereira (2007), a vegetação das áreas planas dessa disjunção passou por um intenso processo de erradicação para a implantação de um projeto agropecuário coordenado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), na década de 1970. A Figura 16 ilustra um fragmento de floresta estacional sobre afloramento de calcário na região de São Félix do Coribe (BA). Luetzelburgh (1922/3), ao descrever a “caatinga mestiça”, faz referência ao “caatingão”, como send o a caatinga baiana e composta não só de espécies próprias, mas apresentando mistura de elementos estranhos de regiões vizinhas, de diferentes floras. Essa descrição se enquadra a rigor para os 22.307km² de áreas de mi stura estepe/floresta estacional, localizados, principalmente, sobre os sedimentos terciário-quaternários do Pediplano Sertanejo, Pediplano Setentrional e Chapadas do Rio Pardo (Projeto RadamBrasil, 1982). A Figura 17 apresenta remanescente representativo do contato entre a floresta estacional e a estepe (“mata de caatinga”).
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Diagnose do ponto de amostragem
O ponto de amostragem em São Félix do Coribe (BA) está localizado nas coordenadas 13°21’59.86” S e 43°56’31.82” O, próximo ao centro do município de São Félix do Coribe, à margem da BR-393. Localiza-se em fragmento de vegetação nativa que recobre as terras planas do compartimento geomorfológico da depressão dos rios Carinhanha e Corrente, próximos à foz ao Rio São Francisco (aproximadamente 50km), com solos do tipo Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico. A vegetação no fragmento em estudo refere-se à vegetação secundária em estágio inicial de desenvolvimento, ou seja, área em regeneração após processos de retirada da vegetação nativa, que, segundo observações de campo, ocorreu na forma de retirada total da vegetação para uso
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alternativo do solo. Dessa forma, apresenta-se como um “emaranhado” de indivíduos arbóreos em regeneração, com alguns indivíduos de rápido crescimento se destacando isoladamente em meio a es te “emaranhado”, como é caso das espécies de juremas ( Mimosa spp .), quipembes ( Piptadenia moliniformes ) e mofumbos ( Combretum leprosum). Cabe destacar que o fragmento em questão é interceptado ao meio pela LT 500 kV Serra da Mesa-Sapeaçú, e que a faixa de servidão está sob manutenção por meio de corte raso em faixa necessária para estrada de acesso da equipe de manutenção. Em alguns casos, ao longo da faixa de servidão, mais especificamente no meio dos vãos no ponto máximo de inflexão dos cabos condutores, observa-se uma faixa marginal ao acesso onde a vegetação é mantida com porte baixo (faixa de corte seletivo de indivíduos arbóreos). Nos locais que a vegetação é mantida com porte baixo, observou-se grande dominância de espécies juremas ( Mimosa spp .), que, com certeza, exercem algum tipo de influência sobre as comunidades de aves. As Figuras 18 e 19 ilustram detalhes do fragmento em estudo. De acordo com as observações feitas em campo, pelo caminhamento em fragmentos de vegetação adjacentes a área em estudo e que se encontram em bom estado de conservação, pode-se inferir que era, no passado, uma floresta representativa do contato entre a estepe e a floresta estacional semidecidual, uma vez que bem próximo ao fragmento em estudo foi observada uma pequena mancha de floresta alta (de 10 a 15m de altura) com as mesmas condições ambientais. Nesse ambiente florestado destacam-se como emergentes os indivíduos de braúna (Schinopsis brasiliensis ), aroeira-do-sertão (Myracroduron urundeuva), pau-d’arco ( Handroanthus serratifolius) e gonçalo-alves ( Astronium fraxinifol ium ), além de indivíduos arbóreos de Peireskia bahiensis , Thiloa glaucocar pa, Terminallia fagifolia, catinguei ra ( Caesalpin ea pyramidalis), pereiro (Aspidosperma pyrifolium) e quixabeira
(Bumelia obtusifolia). Observando o status atual da vegetação (estrutura e composição florística) no fragmento em estudo concluiu-se que as espécies presentes na área são espécies pioneiras típicas das estepes, já que apresentam maior adaptabilidade em condições adversas (menor quantidade de matéria orgânica no solo, estresse hídr ico, maior intensidade de luminosidade etc.). A vegetação no fragmento não apresenta estratificação vertical definida. Dessa forma, espécies arbóreas em regeneração e arbustos apresentam-se no mesmo patamar, entrelaçados por uma diversidade de espécies de lianas (trepadeiras). Dentre as espécies de hábito arbóreo destacam-se Pterogyne nitens (amendoim-bravo), Piptadenia moniliformis (quipembe), Anadenanthe ra colubrina var. cebil (angico-vermelho), Terminalia fagifolia , Thiloa glaucocar pa , Aspidosp erma pryfol ium (pereiro), Cnidosculus aff. urens (pinhão-bravo), Dalbergia cearensis (pau-violeta), Annona leptope tala (ata-brava), Piptadenia viridiflora , Mimosa t enuiflo ra (jurema-preta), Jacaranda jasminoide s (caroba), Platymiscium floribundum , Acacia sp ., Rourea sp . (botica), Combretum leprosum (mofumbo), Calliandra sp ., Machaerium sp.1 , Mach aerium sp.2 , Erythrox yllum sp.1. Dentre as espécies de porte arbustivo observou-se: Croton sp.1, Croton sp.2, Allamanda sp., Erythrox yllum sp .; já dentre as espécies de hábito herbáceo observou-se: Commelina erecta (trapoeraba), Stachytarpheta tris picata , Malvacea spp.; e dentre as lianas destacam-se: Banisteriopsis sp., Neojorbet ia candollean a, Bauhinia sp.1 , Bauhinia sp.2 , Bignoniaceae 1, Bignoniaceae 2.
FIGURA 16 (acima) Exemplo de Floresta Estacional sobre afloramento
de calcário na região de São Félix do Coribe – BA. FIGURA 17 (abaixo) Remanescente representativo do contato entre a
Floresta Estacional e a Estepe em São Félix do Coribe – BA.
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alternativo do solo. Dessa forma, apresenta-se como um “emaranhado” de indivíduos arbóreos em regeneração, com alguns indivíduos de rápido crescimento se destacando isoladamente em meio a es te “emaranhado”, como é caso das espécies de juremas ( Mimosa spp .), quipembes ( Piptadenia moliniformes ) e mofumbos ( Combretum leprosum). Cabe destacar que o fragmento em questão é interceptado ao meio pela LT 500 kV Serra da Mesa-Sapeaçú, e que a faixa de servidão está sob manutenção por meio de corte raso em faixa necessária para estrada de acesso da equipe de manutenção. Em alguns casos, ao longo da faixa de servidão, mais especificamente no meio dos vãos no ponto máximo de inflexão dos cabos condutores, observa-se uma faixa marginal ao acesso onde a vegetação é mantida com porte baixo (faixa de corte seletivo de indivíduos arbóreos). Nos locais que a vegetação é mantida com porte baixo, observou-se grande dominância de espécies juremas ( Mimosa spp .), que, com certeza, exercem algum tipo de influência sobre as comunidades de aves. As Figuras 18 e 19 ilustram detalhes do fragmento em estudo. De acordo com as observações feitas em campo, pelo caminhamento em fragmentos de vegetação adjacentes a área em estudo e que se encontram em bom estado de conservação, pode-se inferir que era, no passado, uma floresta representativa do contato entre a estepe e a floresta estacional semidecidual, uma vez que bem próximo ao fragmento em estudo foi observada uma pequena mancha de floresta alta (de 10 a 15m de altura) com as mesmas condições ambientais. Nesse ambiente florestado destacam-se como emergentes os indivíduos de braúna (Schinopsis brasiliensis ), aroeira-do-sertão (Myracroduron urundeuva), pau-d’arco ( Handroanthus serratifolius) e gonçalo-alves ( Astronium fraxinifol ium ), além de indivíduos arbóreos de Peireskia bahiensis , Thiloa glaucocar-
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pa, Terminallia fagifolia, catinguei ra ( Caesalpin ea pyramidalis), pereiro (Aspidosperma pyrifolium) e quixabeira
(Bumelia obtusifolia). Observando o status atual da vegetação (estrutura e composição florística) no fragmento em estudo concluiu-se que as espécies presentes na área são espécies pioneiras típicas das estepes, já que apresentam maior adaptabilidade em condições adversas (menor quantidade de matéria orgânica no solo, estresse hídr ico, maior intensidade de luminosidade etc.). A vegetação no fragmento não apresenta estratificação vertical definida. Dessa forma, espécies arbóreas em regeneração e arbustos apresentam-se no mesmo patamar, entrelaçados por uma diversidade de espécies de lianas (trepadeiras). Dentre as espécies de hábito arbóreo destacam-se Pterogyne nitens (amendoim-bravo), Piptadenia moniliformis (quipembe), Anadenanthe ra colubrina var. cebil (angico-vermelho), Terminalia fagifolia , Thiloa glaucocar pa , Aspidosp erma pryfol ium (pereiro), Cnidosculus aff. urens (pinhão-bravo), Dalbergia cearensis (pau-violeta), Annona leptope tala (ata-brava), Piptadenia viridiflora , Mimosa t enuiflo ra (jurema-preta), Jacaranda jasminoide s (caroba), Platymiscium floribundum , Acacia sp ., Rourea sp . (botica), Combretum leprosum (mofumbo), Calliandra sp ., Machaerium sp.1 , Mach aerium sp.2 , Erythrox yllum sp.1. Dentre as espécies de porte arbustivo observou-se: Croton sp.1, Croton sp.2, Allamanda sp., Erythrox yllum sp .; já dentre as espécies de hábito herbáceo observou-se: Commelina erecta (trapoeraba), Stachytarpheta tris picata , Malvacea spp.; e dentre as lianas destacam-se: Banisteriopsis sp., Neojorbet ia candollean a, Bauhinia sp.1 , Bauhinia sp.2 , Bignoniaceae 1, Bignoniaceae 2.
FIGURA 16 (acima) Exemplo de Floresta Estacional sobre afloramento
de calcário na região de São Félix do Coribe – BA. FIGURA 17 (abaixo) Remanescente representativo do contato entre a
Floresta Estacional e a Estepe em São Félix do Coribe – BA.
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Região de Presidente Kennedy A região de Presidente Kennedy insere-se na região norte do estado do Tocantins, no interflúvio dos rios Araguaia e Tocantins, cujos principais corpos d’água são os rios Feio, Água Fria e São João, todos três afluentes diretos da margem esquerda do rio Tocantins. A região encontra-se inserida em faixa de transição entre os domínios morfoclimáticos do cerrado e amazônico. Segundo mapa de veget ação elaborado pelo Projeto RadamBrasil (1981), observa-se na região uma matriz composta predominantemente pela vegetação típica das savanas do Brasil central (cerrado lato sensu), representada pela tipologia da savana arborizada recobrindo os interflúvios. Nessa matriz pode ser observada, nas áreas de várzea que margeiam os rios da região, uma floresta de galeria com elementos florísticos associados ao sistema fitogeográfico da floresta ombrófila aberta, cuja composição florística remete às matas de terras baixas da região amazônica. Devido a essas características, o Projeto RadamBrasil (1981) caracterizou as manchas de floresta existente na região como uma forma de contato florístico ou área de tensão ecológica da savana com a floresta ombrófila aberta. Segundo Veloso (1991), as áreas de contato são áreas nas quais se interpenetram duas ou mais regiões fitoecológicas. O contato pode ser na forma de encrave, ou de ecótono ou mistura. Na região de Presidente Kennedy encontra-se o ecótono ou mistura, onde as espécies das regiões fitoecológicas da savana e da floresta ombrófila aberta ocorrem de forma entremeada. Cabe destacar que na região foram observados muito poucos fragmentos de vegetação natural representativas
FIGURA 18 (acima) Vista de fora do fragmento em estudo, evidenciando faixa
marginal de corte seletivo entre estrada de acesso e borda do fragmento. FIGURA 19 (abaixo) Detalhe do interior do fragmento em estudo
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das formações já mencionadas. Ao longo do processo de ocupação do território do Tocantins, a vegetação natural na região sofreu forte impacto, seja pela exploração dos recursos florestais de forma irracional ou pela introdução da pecuária de corte extensiva, que ocasionou a derrubada das florestas nativas (principalmente com uso do fogo) e, consequentemente, a implantação das pastagens manejadas. Outro fato que cabe ser ressaltado é que para esta região, infelizmente, não existem levantamentos mais detalhados sobre os seus recursos naturais, além dos levantamentos realizados pelo Projeto RadamBrasil (1981). Desse modo, não se dispõe de subsídios que possam caracterizá-la quanto à riqueza de espécies e ocorrência de espécies endêmicas. Conforme mencionado anteriormente, a savana arborizada, ou cerrado típico, tipologia mais representativa dentre as que compõem o bioma cerrado, é a fitofisionomia dominante na área em estudo. Normalmente, recobre os modelados de relevo plano a suave ondulado do compartimento intermediário, nos quais o substrato é formado por areias quartzosas com eventuais manchas de latossolos. O solo predominantemente arenoso, associado a outros fatores como acidez, suprimento hídrico e fertilidade, parece atuar sobremaneira na estrutura vertical e na distribuição espacial da comunidade arbórea do cerrado típico local, que se caracteriza por apresentar indivíduos de maior porte, com altura total variando entre 4 e 8 m. Esses indivíduos de aspecto esguio têm copas geralmente verticalizadas, pouco ramificadas, apresentando cobertura arbórea entre 20 e 30%. A distribuição das espécies arbóreas sobre um estrato inferior gramíneo lenhoso contínuo é aleatória, às vezes apresentando concentrações de alguns indivíduos em pontos específicos. Dentre as espécies arbóreas de maior porte, cujas nem copas nem sempre se tocam, destacam-se: pequizeiro ( Caryocar glabrum ), puçá ( Mouriri pusa ), pau-terra-
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Região de Presidente Kennedy A região de Presidente Kennedy insere-se na região norte do estado do Tocantins, no interflúvio dos rios Araguaia e Tocantins, cujos principais corpos d’água são os rios Feio, Água Fria e São João, todos três afluentes diretos da margem esquerda do rio Tocantins. A região encontra-se inserida em faixa de transição entre os domínios morfoclimáticos do cerrado e amazônico. Segundo mapa de veget ação elaborado pelo Projeto RadamBrasil (1981), observa-se na região uma matriz composta predominantemente pela vegetação típica das savanas do Brasil central (cerrado lato sensu), representada pela tipologia da savana arborizada recobrindo os interflúvios. Nessa matriz pode ser observada, nas áreas de várzea que margeiam os rios da região, uma floresta de galeria com elementos florísticos associados ao sistema fitogeográfico da floresta ombrófila aberta, cuja composição florística remete às matas de terras baixas da região amazônica. Devido a essas características, o Projeto RadamBrasil (1981) caracterizou as manchas de floresta existente na região como uma forma de contato florístico ou área de tensão ecológica da savana com a floresta ombrófila aberta. Segundo Veloso (1991), as áreas de contato são áreas nas quais se interpenetram duas ou mais regiões fitoecológicas. O contato pode ser na forma de encrave, ou de ecótono ou mistura. Na região de Presidente Kennedy encontra-se o ecótono ou mistura, onde as espécies das regiões fitoecológicas da savana e da floresta ombrófila aberta ocorrem de forma entremeada. Cabe destacar que na região foram observados muito poucos fragmentos de vegetação natural representativas
FIGURA 18 (acima) Vista de fora do fragmento em estudo, evidenciando faixa
marginal de corte seletivo entre estrada de acesso e borda do fragmento. FIGURA 19 (abaixo) Detalhe do interior do fragmento em estudo
das formações já mencionadas. Ao longo do processo de ocupação do território do Tocantins, a vegetação natural na região sofreu forte impacto, seja pela exploração dos recursos florestais de forma irracional ou pela introdução da pecuária de corte extensiva, que ocasionou a derrubada das florestas nativas (principalmente com uso do fogo) e, consequentemente, a implantação das pastagens manejadas. Outro fato que cabe ser ressaltado é que para esta região, infelizmente, não existem levantamentos mais detalhados sobre os seus recursos naturais, além dos levantamentos realizados pelo Projeto RadamBrasil (1981). Desse modo, não se dispõe de subsídios que possam caracterizá-la quanto à riqueza de espécies e ocorrência de espécies endêmicas. Conforme mencionado anteriormente, a savana arborizada, ou cerrado típico, tipologia mais representativa dentre as que compõem o bioma cerrado, é a fitofisionomia dominante na área em estudo. Normalmente, recobre os modelados de relevo plano a suave ondulado do compartimento intermediário, nos quais o substrato é formado por areias quartzosas com eventuais manchas de latossolos. O solo predominantemente arenoso, associado a outros fatores como acidez, suprimento hídrico e fertilidade, parece atuar sobremaneira na estrutura vertical e na distribuição espacial da comunidade arbórea do cerrado típico local, que se caracteriza por apresentar indivíduos de maior porte, com altura total variando entre 4 e 8 m. Esses indivíduos de aspecto esguio têm copas geralmente verticalizadas, pouco ramificadas, apresentando cobertura arbórea entre 20 e 30%. A distribuição das espécies arbóreas sobre um estrato inferior gramíneo lenhoso contínuo é aleatória, às vezes apresentando concentrações de alguns indivíduos em pontos específicos. Dentre as espécies arbóreas de maior porte, cujas nem copas nem sempre se tocam, destacam-se: pequizeiro ( Caryocar glabrum ), puçá ( Mouriri pusa ), pau-terra-
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-de-folha-miúda ( Qualea parviflora ), carvoeiros ( Sclerolobium aureum e Sclerolobium paniculatum ), vinhático (Plathymenia reticulata ), cajueiro-do-campo ( Anacardium occidentale ), curriola ( Pouteria ramiflora ), sucuúba ( Himatanthus obovatus ), angelim-do-cerrado ( Andira cujabensis), faveira ( Dimorphandra mollis ), peroba-do-campo ( Aspidosp erma tomentosum ), pau-santo ( Kielmeyera speciosa) e matamenino ( Simarouba versicolor ). Dentre as espécies arbóreas/arbustivas que compõem o estrato intermediário e inferior destacam-se: ajeuarana ( Hirtella ciliata ), brinco-de-paca ( Ourathea hexasperma ), mandioca-brava ( Manihot spp .), bate-caixa ( Palicourea rigida ) e a palmeira guabiroba ( Syagrus comosa ). Já dentre as espécies que ocupam exclusivamente o estrato inferior destacam-se as gramíneas dos gêneros Melinis, Paspalum, Axonopus , Andropogon e Echinolae na , com presença marcante da palmeira acaule ou de caule subterrâneo e tucum-rasteiro ( Astrocary um campes tre ). Espécies como a fava-de-bolota ( Parkia platycephala ) e o carvoeiro ( Sclerolobium paniculatum ) também compõem a flora do cerrado típico local, aparecendo com maior frequência nas faixas de domínios das estradas, bordas de trilheiros e outros ambientes que apresentam perturbações localizadas, seja por remoção seletiva de espécies ou pela ação d e fogo. Apresentam menor ocorrência no centro da fisionomia (Seplan, 2005). Nem sempre o cerrado típico local se apresenta com as características descritas. Vez por outra podem ser notadas formas mais ramificadas, copas mais amplas lateralmente e variações na composição florística, nas quais se constatam, além das espécies relacionadas, a sucupira-branca ( Pterodon pubescens), o gonçalo-alves ( Astronium sp . ), o jatobá-do-campo ( Hymenaea stignocarpa ), o angelim-preto ( Andira sp.) e o vinhático ( Plathymenia reticulata) (Seplan, 2005). Além dessas, destacam-se na paisagem pela abundância os indivíduos de canela-de-velho ( Cenostigma tocantinum ).
Diagnose do ponto de amostragem
O ponto de amostragem em Presidente Kennedy (TO) está localizado nas coordenadas 08°31’34.69” S e 48°28’10.64” O, próximo ao centro do município de Presidente Kennedy, à margem da BR-153. Localiza-se em fragmento de vegetação nativa existente na Fazenda Água Fria, à margem do rio homônimo, em área de relevo suave ondulado com solos do tipo latossolo vermelho-amarelo distrófico. O fragmento é interceptado pela LT 500 kV Imperatriz-Samambaia em sua borda, o que ocasionou o isolamento de pequenas faixas estreitas de vegetação. Cabe destacar que nesse trecho toda a faixa de servidão da referida linha de transmissão está sob regime de supressão total (corte raso), apresentando sinais de queimada em ambas as bordas do fragmento. A vegetação no fragmento em e studo é representativa do contato entre a savana e a floresta ombrófila aberta; no entanto, o fragmento encontra-se com características de vegetação secundária, devido ao processo de extração seletiva de madeira de valor comercial. Dentre as características que conferem esse caráter secundário estão o grande número de clareiras, a presença de picadas para arraste de madeira, o grande número de cipós, a baixa diversidade e a dominância de espécies, como é o caso do Callisthene major (itapicurú). As Figuras 20 e 21 ilustram detalhes do fragmento em estudo. A vegetação apresenta-se com estratos bem definidos. O estrato herbáceo é bem aberto, pouco diverso e com predominância da espécie Olyra laxiflora (Poaceae).
FIGURA 20 (acima) Vista de fora do fragmento em estudo FIGURA 21 (abaixo) Detalhe do interior do fragmento em estudo
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-de-folha-miúda ( Qualea parviflora ), carvoeiros ( Sclerolobium aureum e Sclerolobium paniculatum ), vinhático (Plathymenia reticulata ), cajueiro-do-campo ( Anacardium occidentale ), curriola ( Pouteria ramiflora ), sucuúba ( Himatanthus obovatus ), angelim-do-cerrado ( Andira cujabensis), faveira ( Dimorphandra mollis ), peroba-do-campo ( Aspidosp erma tomentosum ), pau-santo ( Kielmeyera speciosa) e matamenino ( Simarouba versicolor ). Dentre as espécies arbóreas/arbustivas que compõem o estrato intermediário e inferior destacam-se: ajeuarana ( Hirtella ciliata ), brinco-de-paca ( Ourathea hexasperma ), mandioca-brava ( Manihot spp .), bate-caixa ( Palicourea rigida ) e a palmeira guabiroba ( Syagrus comosa ). Já dentre as espécies que ocupam exclusivamente o estrato inferior destacam-se as gramíneas dos gêneros Melinis, Paspalum, Axonopus , Andropogon e Echinolae na , com presença marcante da palmeira acaule ou de caule subterrâneo e tucum-rasteiro ( Astrocary um campes tre ). Espécies como a fava-de-bolota ( Parkia platycephala ) e o carvoeiro ( Sclerolobium paniculatum ) também compõem a flora do cerrado típico local, aparecendo com maior frequência nas faixas de domínios das estradas, bordas de trilheiros e outros ambientes que apresentam perturbações localizadas, seja por remoção seletiva de espécies ou pela ação d e fogo. Apresentam menor ocorrência no centro da fisionomia (Seplan, 2005). Nem sempre o cerrado típico local se apresenta com as características descritas. Vez por outra podem ser notadas formas mais ramificadas, copas mais amplas lateralmente e variações na composição florística, nas quais se constatam, além das espécies relacionadas, a sucupira-branca ( Pterodon pubescens), o gonçalo-alves ( Astronium sp . ), o jatobá-do-campo ( Hymenaea stignocarpa ), o angelim-preto ( Andira sp.) e o vinhático ( Plathymenia reticulata) (Seplan, 2005). Além dessas, destacam-se na paisagem pela abundância os indivíduos de canela-de-velho ( Cenostigma tocantinum ).
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Diagnose do ponto de amostragem
O ponto de amostragem em Presidente Kennedy (TO) está localizado nas coordenadas 08°31’34.69” S e 48°28’10.64” O, próximo ao centro do município de Presidente Kennedy, à margem da BR-153. Localiza-se em fragmento de vegetação nativa existente na Fazenda Água Fria, à margem do rio homônimo, em área de relevo suave ondulado com solos do tipo latossolo vermelho-amarelo distrófico. O fragmento é interceptado pela LT 500 kV Imperatriz-Samambaia em sua borda, o que ocasionou o isolamento de pequenas faixas estreitas de vegetação. Cabe destacar que nesse trecho toda a faixa de servidão da referida linha de transmissão está sob regime de supressão total (corte raso), apresentando sinais de queimada em ambas as bordas do fragmento. A vegetação no fragmento em e studo é representativa do contato entre a savana e a floresta ombrófila aberta; no entanto, o fragmento encontra-se com características de vegetação secundária, devido ao processo de extração seletiva de madeira de valor comercial. Dentre as características que conferem esse caráter secundário estão o grande número de clareiras, a presença de picadas para arraste de madeira, o grande número de cipós, a baixa diversidade e a dominância de espécies, como é o caso do Callisthene major (itapicurú). As Figuras 20 e 21 ilustram detalhes do fragmento em estudo. A vegetação apresenta-se com estratos bem definidos. O estrato herbáceo é bem aberto, pouco diverso e com predominância da espécie Olyra laxiflora (Poaceae).
FIGURA 20 (acima) Vista de fora do fragmento em estudo FIGURA 21 (abaixo) Detalhe do interior do fragmento em estudo
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O estrato arbustivo (sub-bosque) é pouco aberto, variando entre 0,8m e 1,8m de altura, e pouco diverso, com presença representativa de espécies da família Rubiaceae do gênero Psychotria e presença de indivíduos jovens de Astrocar yum acu leatum (irí) e Strychnus pseudoquina (quina-do-cerrado), além de uma grande quantidade de indivíduos e espécies de hábito escandente (lianas), dentre os quais se destacam: Doliocarpus sp . (cipó-de-fogo), Tretacera aff. vollubilis, Serjania sp.1 (timbó), Byrsonima sp.1, Abuta sp.1 e Pleonotoma jasminifolia . Já o estrato arbóreo é bem fechado e descontínuo, variando entre 6m e 12m de altura, com presença de alguns indivíduos emergentes chegando a 16m de altura, pouco diverso em termos de composição florística, no qual se destacam o itapicurú ( Callisthene major ) pela dominância, além de Martiode ndron m editerr aneum (catinga-de-porco), cuja floração amarela predomina nas bordas do fragmento, Hymenaea stigonocarpa (jatobá-do-cerrado), Emotum nitens (sobro), Roupala montana (carne-de-vaca), Erythrox yllum sp.1 , Myrcia sp.1 , Eugenia sp.1 , Licania sp.1 (milho-torrado) , Toulicia sp.1 (pitomba-fedorenta), Guapira opposita (joão-mole), Manilkara sp.1 (massaranduba), Ouratea aff. hexasperma (vassora-de-bruxa), Mouriri sp.1 (puçá), Ficus sp.1 (mata-pau), Simaba cedron (marupá), Simarouba versicolor (mata-cachorro), Curatella americana (lixeira).
AS AVES As espécies de aves encontradas em São Félix do Coribe são características da caatinga, tendo sido registrados diversos endemismos como choca-barrada-da-caatinga (Thamnophilus capistratus ) ( Figura 22A ) e o joão-chique-chique ( Gyalophilax hellmayri ). No caso do fragmento de Iramaia observou-se uma forte influência da mata atlântica, apesar de ainda haver espécies da caatinga. Dois exemplos de espécies da mata atlântica encontrados são o chupa-dente ( Conopophaga lineata) (Figura 22B ) e o arapaçu-rajado ( Xiphorhynchus fus cus) . Em Presidente Kennedy, o fragmento de trabalho apresentou influência do Cerrado e da Floresta Amazônica. Entre as espécies de cerrado mais observadas pode ser citado o canário-do-mato ( Basileuterus flaveolus ). Os exemplos de elementos amazônicos são a choca-canela (Thamnophilus amazonicus ) ( Figura 22C ) e o rendadinho (Willisornis poecilonotus ) ( Figura 22D ). Foi encontrada diferença na composição da comunidade de Aves entre as campanhas efetuadas nas três áreas. Grande parte dessa diferença diz respeito ao registro de algumas espécies migratórias, como o papa-lagarta-de-asa-vermelha ( Coccyzus americanus ) (Figura 23A) e o sabiá-norte-americano ( Catharus fuscescens ) ( Figura 23B ).
A
B
C
D
RIQUEZA DE ESPÉCIES Estimativas por localidade
FIGURA 22 Prancha ilustrando algumas espécies capturadas. A, Thamnophiluscapistratus capturado em São Félix do Coribe, Bahia, em ambiente de caatinga. B, Conopophaga lineata capturado em Iramaia, Bahia. C, Thamnophilusamazonicus capturado em Presidente Kennedy, Tocantins. D, Williornis poecilonota também capturado em Presidente Kennedy.
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Foram registradas 70, 92 e 83 espécies de Aves nos pontos de contagem e redes de neblina juntos em São Félix do Coribe, Iramaia e Presidente Kennedy, respectivamente. As estimativas de riqueza gerada pelo estimador de primeira ordem Jack1 apontam a existência de cerca de 85, 112 e 114 espécies em São Félix do Coribe, Iramaia e
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AS AVES
O estrato arbustivo (sub-bosque) é pouco aberto, variando entre 0,8m e 1,8m de altura, e pouco diverso, com presença representativa de espécies da família Rubiaceae do gênero Psychotria e presença de indivíduos jovens de Astrocar yum acu leatum (irí) e Strychnus pseudoquina (quina-do-cerrado), além de uma grande quantidade de indivíduos e espécies de hábito escandente (lianas), dentre os quais se destacam: Doliocarpus sp . (cipó-de-fogo), Tretacera aff. vollubilis, Serjania sp.1 (timbó), Byrsonima sp.1, Abuta sp.1 e Pleonotoma jasminifolia . Já o estrato arbóreo é bem fechado e descontínuo, variando entre 6m e 12m de altura, com presença de alguns indivíduos emergentes chegando a 16m de altura, pouco diverso em termos de composição florística, no qual se destacam o itapicurú ( Callisthene major ) pela dominância, além de Martiode ndron m editerr aneum (catinga-de-porco), cuja floração amarela predomina nas bordas do fragmento, Hymenaea stigonocarpa (jatobá-do-cerrado), Emotum nitens (sobro), Roupala montana (carne-de-vaca), Erythrox yllum sp.1 , Myrcia sp.1 , Eugenia sp.1 , Licania sp.1 (milho-torrado) , Toulicia sp.1 (pitomba-fedorenta), Guapira opposita (joão-mole), Manilkara sp.1 (massaranduba), Ouratea aff. hexasperma (vassora-de-bruxa), Mouriri sp.1 (puçá), Ficus sp.1 (mata-pau), Simaba cedron (marupá), Simarouba versicolor (mata-cachorro), Curatella americana (lixeira).
As espécies de aves encontradas em São Félix do Coribe são características da caatinga, tendo sido registrados diversos endemismos como choca-barrada-da-caatinga (Thamnophilus capistratus ) ( Figura 22A ) e o joão-chique-chique ( Gyalophilax hellmayri ). No caso do fragmento de Iramaia observou-se uma forte influência da mata atlântica, apesar de ainda haver espécies da caatinga. Dois exemplos de espécies da mata atlântica encontrados são o chupa-dente ( Conopophaga lineata) (Figura 22B ) e o arapaçu-rajado ( Xiphorhynchus fus cus) . Em Presidente Kennedy, o fragmento de trabalho apresentou influência do Cerrado e da Floresta Amazônica. Entre as espécies de cerrado mais observadas pode ser citado o canário-do-mato ( Basileuterus flaveolus ). Os exemplos de elementos amazônicos são a choca-canela (Thamnophilus amazonicus ) ( Figura 22C ) e o rendadinho (Willisornis poecilonotus ) ( Figura 22D ). Foi encontrada diferença na composição da comunidade de Aves entre as campanhas efetuadas nas três áreas. Grande parte dessa diferença diz respeito ao registro de algumas espécies migratórias, como o papa-lagarta-de-asa-vermelha ( Coccyzus americanus ) (Figura 23A) e o sabiá-norte-americano ( Catharus fuscescens ) ( Figura 23B ).
A
B
C
D
RIQUEZA DE ESPÉCIES Estimativas por localidade Foram registradas 70, 92 e 83 espécies de Aves nos pontos de contagem e redes de neblina juntos em São Félix do Coribe, Iramaia e Presidente Kennedy, respectivamente. As estimativas de riqueza gerada pelo estimador de primeira ordem Jack1 apontam a existência de cerca de 85, 112 e 114 espécies em São Félix do Coribe, Iramaia e
FIGURA 22 Prancha ilustrando algumas espécies capturadas. A, Thamnophiluscapistratus capturado em São Félix do Coribe, Bahia, em ambiente de caatinga. B, Conopophaga lineata capturado em Iramaia, Bahia. C, Thamnophilusamazonicus capturado em Presidente Kennedy, Tocantins. D, Williornis poecilonota também capturado em Presidente Kennedy.
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Presidente Kennedy, respectivamente. Essas estimativas mostram que mais espécies ainda podem ser registradas nas áreas de trabalho. De fato, a curva de rarefação de cada área ainda não apresenta estabilidade, ou seja, os resultados ainda estão sendo influenciados pelo tamanho amostral. São Félix do Coribe foi a área em que a curva se aproximou mais da estabilização ( Figuras 24, 25 e 26 ).
Comparação entre as classes de distância
A B
78
Em São Félix do Coribe, a classe de distância próxima à faixa de serviço (0-50 m) apresenta maior valor em ambas as riquezas (observada e estimada) ( Figura 27 ). Já as outras classes (50-150, 150-250, 250-350 e 350-450 m) apresentam valores muito semelhantes em ambas as riquezas. Já em Iramaia, as três classes de distância próximas à faixa de serviço (0-50, 50- 150 e 150-250 m) apresentaram valor de riqueza consideravelmente maior do que as duas classes mais distantes da faixa de serviço (250-350 e 350450 m) ( Figura 28 ). O trecho 150-250m apresentou valor muito inferior aos outros. Em Presidente Kennedy (TO), a riqueza foi ligeiramente maior na classe próxima à faixa de serviço (0-50 m) d o que nas outras que possuem valores semelhantes. Já a riqueza estimada foi ligeiramente maior na classe 250-350m do que nas outras classes que também apresentaram valores semelhantes (Figura 29 ). Os resultados mencionados não são efeitos negativos evidentes da faixa de serviço sobre as florestas adjacentes, ocorrendo uma pequena tendência a efeito inverso ao esperado, uma vez que as zonas mais próximas à faixa d e serviço, nas três áreas, apresentam maior riqueza. Esse fenômeno pode ser mais facilmente observado nos gráficos de São Félix do Coribe (BA). É importante que f ique claro, entretanto, que embora
tenhamos detectado as diferenças descritas anteriormente, que o teste-t de student não mostrou diferença significativa na riqueza de espécies observadas (Sobs) entre as classes de distância nas três localidades ( Tabelas 1, 2 e 3 ). Além disso, os resultados estatísticos dizem respeito à comunidade como um todo, mas não informam sobre espécies como Sclerurus scansor e outros especialistas em interior de mata que possam, p or ventura, apresentar preferências discretas pela área mais sombria da mata, via de regra, longe da faixa de servidão.
Índice Pontual de Abundância A curva de abundância gerada com os dados de cada espécie registrada a partir dos pontos de amostragem ( Figura 30, 31 e 32 ) demonstrou haver pouca dominância de uma ou mais espécies, com distribuição mais equitativa dentro das comunidades. O mesmo padrão foi encontrado nos dados de redes (não mostrado). Essas mesmas distribuições foram encontradas quando os dados por classes de distância são analisados sep aradamente (dados não mostrados). Essa distribuição é esperada em comunidades bem estruturadas, com equilíbrio entre espécies generalistas e especialistas. Nas Tabelas 4, 5 e 6 são apresentadas as abundâncias das espécies nas três localidades amostradas obtidos a partir dos pontos de amostragem e redes de neblina. A análise de Cluster, apresentada nas Figuras 33, 34 e 35, mostra que, em geral, classes próximas à faixa de servidão (0-50; 50-150 m) são dissimilares em relação às classes mais distantes (250-350; 350-450 m). O padrão de abundância de espécies verificado corrobora o que tem sido encontrado em regiões tropicais
FIGURA 23 Prancha ilustrando duas espécies
migratórias capturadas em Presidente Kennedy, Tocantins. A, Coccyzusamericanus . B, Catharusfuscescens .
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Presidente Kennedy, respectivamente. Essas estimativas mostram que mais espécies ainda podem ser registradas nas áreas de trabalho. De fato, a curva de rarefação de cada área ainda não apresenta estabilidade, ou seja, os resultados ainda estão sendo influenciados pelo tamanho amostral. São Félix do Coribe foi a área em que a curva se aproximou mais da estabilização ( Figuras 24, 25 e 26 ).
Comparação entre as classes de distância Em São Félix do Coribe, a classe de distância próxima à faixa de serviço (0-50 m) apresenta maior valor em ambas as riquezas (observada e estimada) ( Figura 27 ). Já as outras classes (50-150, 150-250, 250-350 e 350-450 m) apresentam valores muito semelhantes em ambas as riquezas. Já em Iramaia, as três classes de distância próximas à faixa de serviço (0-50, 50- 150 e 150-250 m) apresentaram valor de riqueza consideravelmente maior do que as duas classes mais distantes da faixa de serviço (250-350 e 350450 m) ( Figura 28 ). O trecho 150-250m apresentou valor muito inferior aos outros. Em Presidente Kennedy (TO), a riqueza foi ligeiramente maior na classe próxima à faixa de serviço (0-50 m) d o que nas outras que possuem valores semelhantes. Já a riqueza estimada foi ligeiramente maior na classe 250-350m do que nas outras classes que também apresentaram valores semelhantes (Figura 29 ). Os resultados mencionados não são efeitos negativos evidentes da faixa de serviço sobre as florestas adjacentes, ocorrendo uma pequena tendência a efeito inverso ao esperado, uma vez que as zonas mais próximas à faixa d e serviço, nas três áreas, apresentam maior riqueza. Esse fenômeno pode ser mais facilmente observado nos gráficos de São Félix do Coribe (BA). É importante que f ique claro, entretanto, que embora
A B
tenhamos detectado as diferenças descritas anteriormente, que o teste-t de student não mostrou diferença significativa na riqueza de espécies observadas (Sobs) entre as classes de distância nas três localidades ( Tabelas 1, 2 e 3 ). Além disso, os resultados estatísticos dizem respeito à comunidade como um todo, mas não informam sobre espécies como Sclerurus scansor e outros especialistas em interior de mata que possam, p or ventura, apresentar preferências discretas pela área mais sombria da mata, via de regra, longe da faixa de servidão.
Índice Pontual de Abundância A curva de abundância gerada com os dados de cada espécie registrada a partir dos pontos de amostragem ( Figura 30, 31 e 32 ) demonstrou haver pouca dominância de uma ou mais espécies, com distribuição mais equitativa dentro das comunidades. O mesmo padrão foi encontrado nos dados de redes (não mostrado). Essas mesmas distribuições foram encontradas quando os dados por classes de distância são analisados sep aradamente (dados não mostrados). Essa distribuição é esperada em comunidades bem estruturadas, com equilíbrio entre espécies generalistas e especialistas. Nas Tabelas 4, 5 e 6 são apresentadas as abundâncias das espécies nas três localidades amostradas obtidos a partir dos pontos de amostragem e redes de neblina. A análise de Cluster, apresentada nas Figuras 33, 34 e 35, mostra que, em geral, classes próximas à faixa de servidão (0-50; 50-150 m) são dissimilares em relação às classes mais distantes (250-350; 350-450 m). O padrão de abundância de espécies verificado corrobora o que tem sido encontrado em regiões tropicais
FIGURA 23 Prancha ilustrando duas espécies
migratórias capturadas em Presidente Kennedy, Tocantins. A, Coccyzusamericanus . B, Catharusfuscescens .
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TAMANHO AMOSTRAL Figura 24 Curva de rarefação dos dados combinados de pontos de contagem e rede utilizando as espécies observadas (Sobs) em Iramaia, BA. O gráfico mostra que não houve estabilização, ou seja, as estimativas em ambas as áreas ainda estão sendo influenciadas pelo tamanho amostral.
S E I C É P S E
RESULTADOS DO TESTE-T DE STUDENT PAR A PAR (VALOR DE P) ENTRE AS CLASSES DE DISTÂNCIA EM SÃO FÉLIX DO CORIBE.
E D O R E M Ú N
TABELA 1
0 -50 (R :5 .0 00 )
0-50
50 -1 50 (R :4 .0 00 )
1 50 -2 50 (R :2 .50 0)
2 50 -350 (R :1 .0 00 0)
350 -4 50 (R :2 .50 00 )
1.000000
1.000000
0.736383
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
50-150
1.000000
150-250
1.000000
1.000000
250-350
0.736383
1.000000
1.000000
350-450
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000 1.000000
RESULTADOS DO TESTE-T DE STUDENT PAR A PAR (VALOR DE P) ENTRE AS CLASSES DE DISTÂNCIA EM IRAMAIA. TAMANHO AMOSTRAL Figura 25 Curva de rarefação dos dados combinados de pontos de contagem e rede de neblina utilizando as espécies observadas (Sobs) em São Felix do Coribe, BA. O gráfico mostra que não houve estabilização, ou seja, as estimativas em ambas as áreas ainda estão sendo influenciadas pelo tamanho amostral. Porém, vale notar que a curva está próxima da estabilização
TABELA 2 S E I C É P S E E D O R E M Ú N
0 - 50 (R :5 .0 00 0)
0-50
5 0 - 15 0 ( R: 4. 00 00 )
1 50 - 25 0 ( R: 1. 00 00 )
2 50 - 35 0 ( R: 2. 00 00 )
3 50 - 45 0 ( R: 3. 00 00 )
1.000000
0.736383
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
50-150
1.000000
150-250
0.736383
1.000000
250-350
1.000000
1.000000
1.000000
350-450
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000 1.000000
RESULTADOS DO TESTE-T DE STUDENT PAR A PAR (VALOR DE P) ENTRE AS CLASSES DE DISTÂNCIA EM PRESIDENTE KENNEDY. TABELA 3
0-5 0 (R :5. 00 0)
0-50
TAMANHO AMOSTRAL Figura 26 Curva de rarefação dos dados combinados de pontos de contagem e rede de neblina utilizando as espécies observadas (Sobs) em Presidente Kennedy, TO. O gráfico mostra que não houve estabilização, ou seja, as estimativas em ambas as áreas ainda estão sendo influenciadas pelo tamanho amostral.
S E I C
É P S E
50 -1 50 ( R: 3. 00 0)
150 -2 50 ( R: 1. 00 0)
2 50 -3 50 ( R: 2. 00 0)
350 -4 50 ( R: 4. 00 0)
1.000000
0.736383
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
50-150
1.000000
150-250
0.736383
1.000000
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1.000000
1.000000
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1.000000 1.000000
E D O R E M Ú N
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TAMANHO AMOSTRAL Figura 24 Curva de rarefação dos dados combinados de pontos de contagem e rede utilizando as espécies observadas (Sobs) em Iramaia, BA. O gráfico mostra que não houve estabilização, ou seja, as estimativas em ambas as áreas ainda estão sendo influenciadas pelo tamanho amostral.
S E I C É P S E
RESULTADOS DO TESTE-T DE STUDENT PAR A PAR (VALOR DE P) ENTRE AS CLASSES DE DISTÂNCIA EM SÃO FÉLIX DO CORIBE.
E D O R E M Ú N
TABELA 1
0 -50 (R :5 .0 00 )
0-50
50 -1 50 (R :4 .0 00 )
1 50 -2 50 (R :2 .50 0)
2 50 -350 (R :1 .0 00 0)
350 -4 50 (R :2 .50 00 )
1.000000
1.000000
0.736383
1.000000
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1.000000
1.000000
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1.000000
50-150
1.000000
150-250
1.000000
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0.736383
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1.000000
350-450
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000 1.000000
RESULTADOS DO TESTE-T DE STUDENT PAR A PAR (VALOR DE P) ENTRE AS CLASSES DE DISTÂNCIA EM IRAMAIA. TAMANHO AMOSTRAL Figura 25 Curva de rarefação dos dados combinados de pontos de contagem e rede de neblina utilizando as espécies observadas (Sobs) em São Felix do Coribe, BA. O gráfico mostra que não houve estabilização, ou seja, as estimativas em ambas as áreas ainda estão sendo influenciadas pelo tamanho amostral. Porém, vale notar que a curva está próxima da estabilização
TABELA 2 S E I C É P S E E D O R E M Ú N
0 - 50 (R :5 .0 00 0)
0-50
5 0 - 15 0 ( R: 4. 00 00 )
1 50 - 25 0 ( R: 1. 00 00 )
2 50 - 35 0 ( R: 2. 00 00 )
3 50 - 45 0 ( R: 3. 00 00 )
1.000000
0.736383
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
50-150
1.000000
150-250
0.736383
1.000000
250-350
1.000000
1.000000
1.000000
350-450
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000 1.000000
RESULTADOS DO TESTE-T DE STUDENT PAR A PAR (VALOR DE P) ENTRE AS CLASSES DE DISTÂNCIA EM PRESIDENTE KENNEDY. TABELA 3
0-5 0 (R :5. 00 0)
0-50
TAMANHO AMOSTRAL Figura 26 Curva de rarefação dos dados combinados de pontos de contagem e rede de neblina utilizando as espécies observadas (Sobs) em Presidente Kennedy, TO. O gráfico mostra que não houve estabilização, ou seja, as estimativas em ambas as áreas ainda estão sendo influenciadas pelo tamanho amostral.
S E I C
É P S E
50 -1 50 ( R: 3. 00 0)
150 -2 50 ( R: 1. 00 0)
2 50 -3 50 ( R: 2. 00 0)
350 -4 50 ( R: 4. 00 0)
1.000000
0.736383
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000
50-150
1.000000
150-250
0.736383
1.000000
250-350
1.000000
1.000000
1.000000
350-450
1.000000
1.000000
1.000000
1.000000 1.000000
E D O R E M Ú N
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TAMANHO AMOSTRAL Figura 27 Curva de rarefação de riqueza (Jackknife 1) dos dados combinados de pontos de contagem e rede em São Felix do Coribe, BA. O gráfico mostra que a riqueza de espécies foi consideravelmente maior próxima a faixa de serviço e similar entre as outras classes de distancias.
TAMANHO AMOSTRAL Figura 28 Curva de rarefação de riqueza (Jackknife 1) dos dados combinados de pontos de contagem e rede em Iramaia, BA. as três classes de distância próximas a faixa de serviço apresentaram valor de riqueza consideravelmente maior do que as duas classes mais distantes da faixa de serviço. O trecho 150 – 250 apresentou valor muito inferior aos outros.
S E I C É P S E E D O R E M Ú N
S E I C É P S E E D O R E M Ú N
Interações negativas e choques com a linha de transmissão
TAMANHO AMOSTRAL Figura 29 Curva de rarefação dos dados combinados de pontos de contagem e rede utilizando as espécies observadas (Sobs) e estimadas (Jackknife 1) em Presidente Kennedy, TO. O gráfico mostra que as classes de distancias são muito próximas em ambas as riquezas, exceto as classes “0 – 50” e “250 – 350”. A classe “250 – 350” possui riqueza estimada maior do que as outras classes, ao passo que a riqueza de espécies observada foi maior na classe “0 – 50”.
(Bierregaard et al. 1992), ou seja, a presença de algumas espécies com grande número de indivíduos e a maioria das espécies pouco abundantes ( Figuras 30, 31 e 32 ). Também Thiollay (1997) encontrou resultados semelhantes nas Guianas, ponderando que a maioria das espécies era rara e K-estrategista. Segundo Cotgreave & Harvey (1994), a abundância e a raridade de espécies seriam determinadas pelo tamanho do corpo dos indivíduos, pela estrutura das guildas de alimentação e pela filogenia. Segundo Willson & Comet (1996), no que diz respeito às espécies de sub-bosque, importantes para este estudo, em região temperada são vários os fatores a influenciarem a abundância e diversidade desse grupo de aves, como a variedade de invertebrados, a estrutura da vegetação e a disponibilidade de locais para nidificação. Porém, para as regiões tropicais ainda precisam ser feitos estudos que possam determinar se os mesmos fatores apresentados por Willson & Comet (1996) também agem sobre as aves tropicais. Dessa forma, os resultados encontrados são semelhantes aos de riqueza, ou seja, não foi encontrado impacto da linha sobre a comunidade de aves. Possivelmente, a faixa de s erviço não provocou alterações nos fatores que influenciam a abundância das espécies citadas anteriormente. Isso é oposto ao esperado quando há fragmentação e formação de ambientes de borda, embora tais efeitos possam simplesmente não ter sido sentidos ainda localmente, dado o tempo de existência da fonte impactante.
S E I C É P S E E D O R E M Ú N
Muitas espécies de aves se relacionam de diferentes formas com as linhas de transmissão em estudo. Dentre as espécies observadas verificou-se que o gavião-carijó ( Rupornis magnirostris ), o gavião-quiriquiri ( Falco sparverius), o carrapateiro ( Milvago chimachima ) e a
andorinha-do-campo ( Progne tapera) utilizam frequentemente as torres e os fios como local de pouso ( Figura 36 ). Andorinhas-do-campo foram observadas várias vezes chegando ao final da tarde para dormir nas torres. Ao mesmo tempo, os Apodidae dos gêneros Chaetura e Streptoprocne, comumente chamados de andorinhões, voam muito próximo a torres e cabos, especialmente os do gênero Chaetura, que parecem caçar insetos (vespas) que se relacionam com as torres. Observações mais detalhadas serão necessárias para que seja estabelecido o risco de tais comportamentos, entretanto a primeira impressão é de que tais relações são apenas vantajosas para as referidas espécies. Dessa forma, quase todas as interações assumiram caráter esporádico e visivelmente pouco impactante para ambos os lados. Durante as obser vações conduzidas com foco em aves que cruzassem o espaço aéreo não foi observada qualquer situação de colisão ou quase colisão (desvios e manobras evasivas rápidas). A grande maioria das aves que cruzou a linha de transmissão de dia, o fez a uma boa altura ou, claramente, avistava a linha de transmissão e evitou o espaço entre os cabos, passando por cima, inclusive, dos cabos para-raios. No caso das andorinhas-grandes ( Progne chalybea) foi detectada uma imensa aglomeração de indivíduos, com, provavelmente, milhares de espécimes na subestação de Miracema. Embora tenha sido verificado nessa subestação que alguns indivíduos morreram ao ali chegar, a espécie, como um todo, está sendo claramente beneficiada mais do que prejudicada, uma vez que a subestação parece ter sido escolhida por oferecer uma boa oferta de pouso e abrigo para todo um bando dessas andorinhas. A morte por impacto de algumas dezenas por noite parece resultado justamente da excessiva aglomeração. Não foi possível ver se essas aves colidem contra estruturas da subestação, se são eletrocutadas (pela sua necrópsia não parece ser o caso) ou se elas simplesmente colidem entre
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TAMANHO AMOSTRAL S E I C É P S E
Figura 27 Curva de rarefação de riqueza (Jackknife 1) dos dados combinados de pontos de contagem e rede em São Felix do Coribe, BA. O gráfico mostra que a riqueza de espécies foi consideravelmente maior próxima a faixa de serviço e similar entre as outras classes de distancias.
E D O R E M Ú N
TAMANHO AMOSTRAL
S E I C É P S E E D
Figura 28 Curva de rarefação de riqueza (Jackknife 1) dos dados combinados de pontos de contagem e rede em Iramaia, BA. as três classes de distância próximas a faixa de serviço apresentaram valor de riqueza consideravelmente maior do que as duas classes mais distantes da faixa de serviço. O trecho 150 – 250 apresentou valor muito inferior aos outros.
O R E M Ú N
(Bierregaard et al. 1992), ou seja, a presença de algumas espécies com grande número de indivíduos e a maioria das espécies pouco abundantes ( Figuras 30, 31 e 32 ). Também Thiollay (1997) encontrou resultados semelhantes nas Guianas, ponderando que a maioria das espécies era rara e K-estrategista. Segundo Cotgreave & Harvey (1994), a abundância e a raridade de espécies seriam determinadas pelo tamanho do corpo dos indivíduos, pela estrutura das guildas de alimentação e pela filogenia. Segundo Willson & Comet (1996), no que diz respeito às espécies de sub-bosque, importantes para este estudo, em região temperada são vários os fatores a influenciarem a abundância e diversidade desse grupo de aves, como a variedade de invertebrados, a estrutura da vegetação e a disponibilidade de locais para nidificação. Porém, para as regiões tropicais ainda precisam ser feitos estudos que possam determinar se os mesmos fatores apresentados por Willson & Comet (1996) também agem sobre as aves tropicais. Dessa forma, os resultados encontrados são semelhantes aos de riqueza, ou seja, não foi encontrado impacto da linha sobre a comunidade de aves. Possivelmente, a faixa de s erviço não provocou alterações nos fatores que influenciam a abundância das espécies citadas anteriormente. Isso é oposto ao esperado quando há fragmentação e formação de ambientes de borda, embora tais efeitos possam simplesmente não ter sido sentidos ainda localmente, dado o tempo de existência da fonte impactante.
Interações negativas e choques com a linha de transmissão
TAMANHO AMOSTRAL Figura 29 Curva de rarefação dos dados combinados de pontos de contagem e rede utilizando as espécies observadas (Sobs) e estimadas (Jackknife 1) em Presidente Kennedy, TO. O gráfico mostra que as classes de distancias são muito próximas em ambas as riquezas, exceto as classes “0 – 50” e “250 – 350”. A classe “250 – 350” possui riqueza estimada maior do que as outras classes, ao passo que a riqueza de espécies observada foi maior na classe “0 – 50”.
S E I C É P S E E D O R E M Ú N
Muitas espécies de aves se relacionam de diferentes formas com as linhas de transmissão em estudo. Dentre as espécies observadas verificou-se que o gavião-carijó ( Rupornis magnirostris ), o gavião-quiriquiri ( Falco sparverius), o carrapateiro ( Milvago chimachima ) e a
andorinha-do-campo ( Progne tapera) utilizam frequentemente as torres e os fios como local de pouso ( Figura 36 ). Andorinhas-do-campo foram observadas várias vezes chegando ao final da tarde para dormir nas torres. Ao mesmo tempo, os Apodidae dos gêneros Chaetura e Streptoprocne, comumente chamados de andorinhões, voam muito próximo a torres e cabos, especialmente os do gênero Chaetura, que parecem caçar insetos (vespas) que se relacionam com as torres. Observações mais detalhadas serão necessárias para que seja estabelecido o risco de tais comportamentos, entretanto a primeira impressão é de que tais relações são apenas vantajosas para as referidas espécies. Dessa forma, quase todas as interações assumiram caráter esporádico e visivelmente pouco impactante para ambos os lados. Durante as obser vações conduzidas com foco em aves que cruzassem o espaço aéreo não foi observada qualquer situação de colisão ou quase colisão (desvios e manobras evasivas rápidas). A grande maioria das aves que cruzou a linha de transmissão de dia, o fez a uma boa altura ou, claramente, avistava a linha de transmissão e evitou o espaço entre os cabos, passando por cima, inclusive, dos cabos para-raios. No caso das andorinhas-grandes ( Progne chalybea) foi detectada uma imensa aglomeração de indivíduos, com, provavelmente, milhares de espécimes na subestação de Miracema. Embora tenha sido verificado nessa subestação que alguns indivíduos morreram ao ali chegar, a espécie, como um todo, está sendo claramente beneficiada mais do que prejudicada, uma vez que a subestação parece ter sido escolhida por oferecer uma boa oferta de pouso e abrigo para todo um bando dessas andorinhas. A morte por impacto de algumas dezenas por noite parece resultado justamente da excessiva aglomeração. Não foi possível ver se essas aves colidem contra estruturas da subestação, se são eletrocutadas (pela sua necrópsia não parece ser o caso) ou se elas simplesmente colidem entre
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ESPÉCIES Figura 30 Curvas da abundância da avifauna na caatinga de São Félix do Coribe, Bahia, obtidas dos dados de rede (esquerda) e pontos de amostragem (direita) separadamente.as estimativas em ambas as áreas ainda estão sendo influenciadas pelo tamanho amostral.
DISTÂNCIA EUCLIDIANA L A A I C U T N Â N D O P N U E B C I A D E N D Í
DISTÂNCIA EUCLIDIANA
ESPÉCIES Figura 31 Curvas de abundância da avifauna em Iramaia, Bahia, obtidas dos dados de rede (esquerda) e pontos de amostragem (direita) separadamente.
L A A I C U T N Â N D O P N U E B C I A D E N Í D
Figura 34 Resultado da análise de CLUSTER da matriz de abundância com todas as espécies em Iramaia, Bahia, obtidas dos dados de rede (esquerda) e pontos de amostragem (direita), separadamente.
DISTÂNCIA EUCLIDIANA
ESPÉCIES Figura 32 Curvas da abundância da avifauna no cerrado de Presidente Kennedy, Tocantins, obtidas dos dados de rede (esquerda) e pontos de amostragem (direita) separadamente.
Figura 33 Resultado da análise de CLUSTER da matriz de abundância com todas as espécies em São Félix do Coribe, Bahia, obtidas dos dados de rede (esquerda) e pontos de amostragem (direita), separadamente.
L A A I C U T N Â N D O P N U E B C I A D E N D Í
Figura 35 Resultado da análise de CLUSTER da matriz de abundância com todas as espécies em Presidente Kennedy, Tocantins, obtidas dos dados de rede (esquerda) e pontos de amostragem (direita), separadamente.
ESPÉCIES Figura 30 Curvas da abundância da avifauna na caatinga de São Félix do Coribe, Bahia, obtidas dos dados de rede (esquerda) e pontos de amostragem (direita) separadamente.as estimativas em ambas as áreas ainda estão sendo influenciadas pelo tamanho amostral.
DISTÂNCIA EUCLIDIANA Figura 33 Resultado da análise de CLUSTER da matriz de abundância com todas as espécies em São Félix do Coribe, Bahia, obtidas dos dados de rede (esquerda) e pontos de amostragem (direita), separadamente.
L A A I C U T N Â N D O P N U E B C I A D E N D Í
DISTÂNCIA EUCLIDIANA
ESPÉCIES Figura 31 Curvas de abundância da avifauna em Iramaia, Bahia, obtidas dos dados de rede (esquerda) e pontos de amostragem (direita) separadamente.
Figura 34 Resultado da análise de CLUSTER da matriz de abundância com todas as espécies em Iramaia, Bahia, obtidas dos dados de rede (esquerda) e pontos de amostragem (direita), separadamente.
L A A I C U T N Â N D O P N U E B C I A D E N Í D
DISTÂNCIA EUCLIDIANA
ESPÉCIES Figura 32 Curvas da abundância da avifauna no cerrado de Presidente Kennedy, Tocantins, obtidas dos dados de rede (esquerda) e pontos de amostragem (direita) separadamente.
Figura 35 Resultado da análise de CLUSTER da matriz de abundância com todas as espécies em Presidente Kennedy, Tocantins, obtidas dos dados de rede (esquerda) e pontos de amostragem (direita), separadamente.
L A A I C U T N Â N D O P N U E B C I A D E N D Í
si. Tais aglomerações dessa espécie em construções humanas (como grandes galpões abertos e praças urbanas) são muito comuns. Em relação às colisões observadas, os trabalhos de busca ativa e observação registraram apenas um espécime morto em todas as campanhas. Uma avoante ( Zenaid a a uricu lata ), no ponto amostral de Presidente Kennedy. Essa ave foi encontrada sob a linha e corresponde perfeitamente ao perfil de espécie que colide com cabos, por voar em grandes bandos a alta velocidade. Localmente, a espécie ocupa as áreas abertas. Além dessa espécie, foi encontrada uma carcaça de passeriforme, já em estad o avança do de decom posi ção, ide ntif icad o como Tyrannidae. Embora tenha sido encontrado embaixo da linha de transmissão, não foi possível obter nenhuma outra evidência de que o espécime tenha morrido por impacto com os cabos. Entrevistas com moradores e trabalhadores envolvidos com a manutenção e construção da linha de transmissão indicaram que muitas avoantes ou amargosas ( Zenaida auriculata ) já foram observadas colidindo com os cabos, principalmente no momento de implantação, ou seja, quando ainda não conheciam o empreendimento. Possivelmente, a espécie de ave que mais frequentemente e conspicuamente interage com as linhas de transmissão é a curicaca ( Theristicus caudatus ). Essa espécie de Ciconiiformes utiliza as torres como local de pouso para pernoite e nidificação. Embora tais interações com as linhas de transmissão estudadas não sejam fortes, com outras linhas de transmissão da Taesa elas já são muito
relevantes e foram responsáveis por cerca de 20 desligamentos entre 2003 e 2004, segundo informações fornecidas pela equipe de manutenção da empresa. Em linhas de transmissão que cruzam o cerrado, ambiente natural dessa espécie, os funcionários da Taesa encontraram torres com mais de 25 espécimes pousados para pernoite. Nas torres que espécimes dormiam, as falhas conhecidas pela literatura internacional como decorrentes dos arcos voltaicos provocados pelos “cordões de fezes” de grandes espécies de aves, principalmente Ciconiiformes e Falconiformes, foram constatados diversas vezes. A literatura indica que esses cordões ( birdstreamers ), quando jogados sobre os isoladores, podem provocar tais falhas ( flash overs ). Uma pesquisa de cerca de dois anos foi conduzida pela equipe de manutenção até que foi constatado que tal fenômeno vinha acontecendo e que já tinha sido responsável por pelo menos 18 falhas do sistema. As torres que apresentavam curicacas ou ninhos receberam modificações que tinham o objetivo de impedir a relação dessas aves nas linhas de transmissão. Após algumas tentativas, obteve-se o sucesso em minimizar os desligamentos com a elaboração de estruturas antipouso eficientes o suficiente para inviabilizar a pernoite dessas aves nas torres, ou simplesmente evitar que elas pousassem em cima dos isoladores centrais das linhas de transmissão, onde ocorria a maior parte dos problemas. Foram observadas aglomerações de mais de 25 indivíduos em uma torre pelo grupo d e campo que estudou a presença de curicacas nas linhas de transmissão.
FIGURA 36 Utilização das torres por Andorinha-docampo Progne tapera . Foram observados indivíduos
dessa espécie em mais de uma ocasião chegando ao final da tarde para dormir sobre as torres.
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si. Tais aglomerações dessa espécie em construções humanas (como grandes galpões abertos e praças urbanas) são muito comuns. Em relação às colisões observadas, os trabalhos de busca ativa e observação registraram apenas um espécime morto em todas as campanhas. Uma avoante ( Zenaid a a uricu lata ), no ponto amostral de Presidente Kennedy. Essa ave foi encontrada sob a linha e corresponde perfeitamente ao perfil de espécie que colide com cabos, por voar em grandes bandos a alta velocidade. Localmente, a espécie ocupa as áreas abertas. Além dessa espécie, foi encontrada uma carcaça de passeriforme, já em estad o avança do de decom posi ção, ide ntif icad o como Tyrannidae. Embora tenha sido encontrado embaixo da linha de transmissão, não foi possível obter nenhuma outra evidência de que o espécime tenha morrido por impacto com os cabos. Entrevistas com moradores e trabalhadores envolvidos com a manutenção e construção da linha de transmissão indicaram que muitas avoantes ou amargosas ( Zenaida auriculata ) já foram observadas colidindo com os cabos, principalmente no momento de implantação, ou seja, quando ainda não conheciam o empreendimento. Possivelmente, a espécie de ave que mais frequentemente e conspicuamente interage com as linhas de transmissão é a curicaca ( Theristicus caudatus ). Essa espécie de Ciconiiformes utiliza as torres como local de pouso para pernoite e nidificação. Embora tais interações com as linhas de transmissão estudadas não sejam fortes, com outras linhas de transmissão da Taesa elas já são muito
relevantes e foram responsáveis por cerca de 20 desligamentos entre 2003 e 2004, segundo informações fornecidas pela equipe de manutenção da empresa. Em linhas de transmissão que cruzam o cerrado, ambiente natural dessa espécie, os funcionários da Taesa encontraram torres com mais de 25 espécimes pousados para pernoite. Nas torres que espécimes dormiam, as falhas conhecidas pela literatura internacional como decorrentes dos arcos voltaicos provocados pelos “cordões de fezes” de grandes espécies de aves, principalmente Ciconiiformes e Falconiformes, foram constatados diversas vezes. A literatura indica que esses cordões ( birdstreamers ), quando jogados sobre os isoladores, podem provocar tais falhas ( flash overs ). Uma pesquisa de cerca de dois anos foi conduzida pela equipe de manutenção até que foi constatado que tal fenômeno vinha acontecendo e que já tinha sido responsável por pelo menos 18 falhas do sistema. As torres que apresentavam curicacas ou ninhos receberam modificações que tinham o objetivo de impedir a relação dessas aves nas linhas de transmissão. Após algumas tentativas, obteve-se o sucesso em minimizar os desligamentos com a elaboração de estruturas antipouso eficientes o suficiente para inviabilizar a pernoite dessas aves nas torres, ou simplesmente evitar que elas pousassem em cima dos isoladores centrais das linhas de transmissão, onde ocorria a maior parte dos problemas. Foram observadas aglomerações de mais de 25 indivíduos em uma torre pelo grupo d e campo que estudou a presença de curicacas nas linhas de transmissão.
FIGURA 36 Utilização das torres por Andorinha-docampo Progne tapera . Foram observados indivíduos
dessa espécie em mais de uma ocasião chegando ao final da tarde para dormir sobre as torres.
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ESPÉCIES E SEU ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIAS POR PONTOS DE CONTAGEM E CAPTURAS COM REDE DE NEBLINA EM SÃO FÉLIX DO CORIBE, BAHIA.
TABELA 4
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
Arremon franciscanus Basileuterus flaveolus Camptostoma obsoletum Campylorhamphus trochilirostris
0.0000 0.1833 0.0667
0.0000 0.0000 0.1000 0.0500
0.0167 0.0000 0.1333 0.0500
0.0333 0.0167 0.1000 0.0333
0.0333 0.0333 0.1167 0.0833
0.0833 0.0500 0.6333 0.2833
0.0000 0.0000 0.0571 0.0286
0.0000 0.0000 0.0286 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0286 0.0286 0.0000 0.0571
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
Cyanoloxia brissonii
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Cyanocorax cyanopogon
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0571
0.0286
Cyclarhis gujanensis
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0333
0.0500
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0571
0.0857
Dromococcyx pavoninus
0.0167
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0333
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0857
Euphonia chlorotica
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.2167
0.0333
0.0500
0.0333
0.0167
0.3500
0.0571
0.0286
0.0000
0.1429
0.0286
0.2571
Cantorchilus longirostris
0.0167
0.0167
0.0333
0.0167
0.0000
0.0833
0.0000
0.0000
0.0571
0.0000
0.0000
0.0571
Euscarthmu s meloryphus
Casiornis fuscus
0.0500
0.1000
0.0667
0.0667
0.1167
0.4000
0.0286
0.0857
0.1143
0.1143
0.0857
0.4286
Formicivora melanogaster
0.3333
0.2500
0.2167
0.2667
0.2500
1.3167
0.2857
0.1714
0.1714
0.2857
0.2286
1.1429
0.0000
Gyalophylax hellmayri
0.1167
0.0667
0.0833
0.1167
0.0667
0.4500
0.0857
0.0286
0.1143
0.0571
0.0286
0.3143
Hemitriccus margaritaceiventer 0.0667
0.0500
0.0667
0.0833
0.0500
0.3167
0.3429
0.2857
0.2000
0.1143
0.1714
1.1143
Celeus flavescens Chlorostilbon lucidus Chrysolampis mosquitus Cnemotriccus fuscatus Coccyzus americanus Coccyzus melacoryphus
0.0000 0.0000 0.0333 0.0000 0.0000 0.0000
0.0500 0.0000 0.0500 0.0333 0.0000 0.0000
0.0167 0.0000 0.1000 0.0167 0.0000 0.0167
0.0167 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0333 0.0000 0.0333 0.0000 0.0000 0.0500
0.1167 0.0000 0.2167 0.0500 0.0000 0.0667
0.0000 0.0000 0.0286 0.0571 0.0000 0.0286
0.0000 0.0286 0.0000 0.0571 0.0000 0.0286
0.0000 0.0286 0.0000 0.0857 0.0286 0.0286
0.0000 0.0000 0.0000 0.0857 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000
0.0571 0.0286
Herpetotheres cachinnans
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0333
0.0333
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.3143
Herpsilochmus atricapillus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Herpsilochmus sellowi
0.0833
0.0500
0.0500
0.0833
0.1833
0.4500
0.1143
0.1429
0.1429
0.1143
0.1143
0.6286
0.0857
Hylopezus ochroleucus
0.1000
0.0667
0.1167
0.1167
0.0667
0.4667
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Columbina squammata
0.0000
0.0667
0.0667
0.0833
0.0833
0.3000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Hylophilus amaurocephalus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Columbina talpacoti
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Lathrotriccus euleri
0.0500
0.0500
0.0000
0.0167
0.0333
0.1500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
Lepidocolaptes angustirostris
0.0833
0.1000
0.0000
0.0833
0.0667
0.3333
0.0000
0.0000
0.0857
0.0571
0.0286
0.1714
0.7143
Megarynch us pitangua
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0167
0.0333
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Megaxenops parnaguae
0.1667
0.1667
0.0833
0.1333
0.0833
0.6333
0.1429
0.0857
0.1143
0.1143
0.1143
0.5714
Conirostrum speciosum Coryphospingus pileatus Crypturellus noctivagus
88
0.0000
TABELA 4 ESPÉCIES/CLASSE
0.0167 0.0167 0.0167
0.0000 0.0000 0.0167
0.0000 0.0333 0.0333
0.0000 0.0000 0.0000
0.0000 0.0167 0.0167
0.0167 0.0667 0.0833
0.0000 0.2857 0.0000
0.0000 0.0571 0.0000
0.0000 0.0286 0.0000
0.0000 0.0857 0.0000
0.0000 0.2571 0.0000
89
ESPÉCIES E SEU ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIAS POR PONTOS DE CONTAGEM E CAPTURAS COM REDE DE NEBLINA EM SÃO FÉLIX DO CORIBE, BAHIA.
TABELA 4
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
Arremon franciscanus Basileuterus flaveolus Camptostoma obsoletum Campylorhamphus trochilirostris
0.0000 0.0000 0.1833 0.0667
0.0000 0.0000 0.1000 0.0500
0.0167 0.0000 0.1333 0.0500
0.0333 0.0167 0.1000 0.0333
0.0333 0.0333 0.1167 0.0833
0.0833 0.0500 0.6333 0.2833
0.0000 0.0000 0.0571 0.0286
0.0000 0.0000 0.0286 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0286 0.0286 0.0000 0.0571
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
TABELA 4
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
Cyanoloxia brissonii
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Cyanocorax cyanopogon
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0571
0.0286
Cyclarhis gujanensis
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0333
0.0500
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0571
0.0857
Dromococcyx pavoninus
0.0167
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0333
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0857
Euphonia chlorotica
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.2167
0.0333
0.0500
0.0333
0.0167
0.3500
0.0571
0.0286
0.0000
0.1429
0.0286
0.2571
Cantorchilus longirostris
0.0167
0.0167
0.0333
0.0167
0.0000
0.0833
0.0000
0.0000
0.0571
0.0000
0.0000
0.0571
Euscarthmu s meloryphus
Casiornis fuscus
0.0500
0.1000
0.0667
0.0667
0.1167
0.4000
0.0286
0.0857
0.1143
0.1143
0.0857
0.4286
Formicivora melanogaster
0.3333
0.2500
0.2167
0.2667
0.2500
1.3167
0.2857
0.1714
0.1714
0.2857
0.2286
1.1429
0.0000
Gyalophylax hellmayri
0.1167
0.0667
0.0833
0.1167
0.0667
0.4500
0.0857
0.0286
0.1143
0.0571
0.0286
0.3143
Hemitriccus margaritaceiventer 0.0667
0.0500
0.0667
0.0833
0.0500
0.3167
0.3429
0.2857
0.2000
0.1143
0.1714
1.1143
Celeus flavescens Chlorostilbon lucidus Chrysolampis mosquitus Cnemotriccus fuscatus Coccyzus americanus Coccyzus melacoryphus
0.0000 0.0000 0.0333 0.0000 0.0000 0.0000
0.0500 0.0000 0.0500 0.0333 0.0000 0.0000
0.0167 0.0000 0.1000 0.0167 0.0000 0.0167
0.0167 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0333 0.0000 0.0333 0.0000 0.0000 0.0500
0.1167 0.0000 0.2167 0.0500 0.0000 0.0667
0.0000 0.0000 0.0286 0.0571 0.0000 0.0286
0.0000 0.0286 0.0000 0.0571 0.0000 0.0286
0.0000 0.0286 0.0000 0.0857 0.0286 0.0286
0.0000 0.0000 0.0000 0.0857 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000
0.0571 0.0286
Herpetotheres cachinnans
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0333
0.0333
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.3143
Herpsilochmus atricapillus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Herpsilochmus sellowi
0.0833
0.0500
0.0500
0.0833
0.1833
0.4500
0.1143
0.1429
0.1429
0.1143
0.1143
0.6286
0.0857
Hylopezus ochroleucus
0.1000
0.0667
0.1167
0.1167
0.0667
0.4667
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Columbina squammata
0.0000
0.0667
0.0667
0.0833
0.0833
0.3000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Hylophilus amaurocephalus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Columbina talpacoti
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Lathrotriccus euleri
0.0500
0.0500
0.0000
0.0167
0.0333
0.1500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
Lepidocolaptes angustirostris
0.0833
0.1000
0.0000
0.0833
0.0667
0.3333
0.0000
0.0000
0.0857
0.0571
0.0286
0.1714
0.7143
Megarynch us pitangua
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0167
0.0333
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Megaxenops parnaguae
0.1667
0.1667
0.0833
0.1333
0.0833
0.6333
0.1429
0.0857
0.1143
0.1143
0.1143
0.5714
Conirostrum speciosum Coryphospingus pileatus Crypturellus noctivagus
0.0167 0.0167 0.0167
0.0000 0.0000 0.0167
0.0000 0.0333 0.0333
0.0000 0.0000 0.0000
0.0000 0.0167 0.0167
0.0167 0.0667 0.0833
0.0000 0.2857 0.0000
0.0000 0.0571 0.0000
0.0000 0.0286 0.0000
0.0000 0.0857 0.0000
0.0000 0.2571 0.0000
88
90
89
TABELA 4
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
TABELA 4
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
Myiarchus swainsoni
0.0167
0.0333
0.0000
0.0167
0.0000
0.0667
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Sittasomus griseicapi llus
0.1000
0.0667
0.0667
0.0333
0.0833
0.3500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Myiarchus ferox
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Sublegatus modestus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0833
0.0000
0.0833
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Myiarchus tyrannulus
0.0167
0.0500
0.0833
0.0500
0.0833
0.2833
0.3143
0.1429
0.0571
0.1143
0.1429
0.7714
Synallaxis frontalis
0.0167
0.0167
0.0000
0.0000
0.0167
0.0500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Myiopagis gaimardii
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Taraba major
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0333
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Myiopagis viridicata
0.0000
0.0167
0.0167
0.0167
0.0167
0.0667
0.0286
0.0000
0.0000
0.0571
0.0571
0.1429
Thamnophilus capistratus
0.1000
0.1000
0.0333
0.0500
0.1167
0.4000
0.0000
0.0000
0.0857
0.0000
0.0000
0.0857
Myiophobus fasciatus
0.0167
0.0000
0.0167
0.0000
0.0167
0.0500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Thamnophilus punctatus
0.0667
0.0000
0.0333
0.0500
0.1167
0.2667
0.0571
0.0000
0.0286
0.0857
0.1429
0.3143
Myrmorchilu s strigilatus
0.2000
0.2000
0.3000
0.2500
0.2333
1.1833
0.0857
0.0857
0.1429
0.0286
0.0857
0.4286
Thlypopsis sordida
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0286
0.1143
0.0857
0.0571
0.0286
0.3143
Nystalus maculatus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
Todirostrum poliocephalum
0.0167
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0333
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Pachyramphus polychopter us
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Tolmomyias flaviventri s
0.0500
0.0833
0.0167
0.0833
0.0833
0.3167
0.0000
0.0571
0.1143
0.0857
0.0286
0.2857
Phaeomyias murina
0.0000
0.0167
0.0000
0.0333
0.0167
0.0667
0.0286
0.0286
0.0571
0.0000
0.0000
0.1143
Troglodytes musculus
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Piaya cayana
0.0000
0.0333
0.0000
0.0000
0.0167
0.0500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Turdus amaurochalinus
0.0333
0.0333
0.0167
0.0167
0.0000
0.1000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Picumnus pygmaeus
0.0333
0.0167
0.0333
0.0500
0.0333
0.1667
0.0286
0.1143
0.0571
0.0571
0.0286
0.2857
Turdus leucomelas
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Polioptila dumicola
0.0000
0.0167
0.0333
0.1167
0.0500
0.2167
0.0857
0.0286
0.0286
0.0000
0.0286
0.1714
Tyrannus melancholichus
0.0667
0.0000
0.0333
0.0167
0.0000
0.1167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Polioptila plumbea
0.0167
0.0667
0.0333
0.0333
0.0667
0.2167
0.0000
0.0000
0.0571
0.0286
0.0571
0.1429
Veniliornis passerinus
0.0000
0.0167
0.0000
0.0167
0.0000
0.0333
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Sakesphorus cristatus
0.4167
0.2833
0.3833
0.2833
0.3333
1.7000
0.3143
0.2000
0.2571
0.1143
0.0857
0.9714
Volatinia jacarina
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0571
0.1714
0.0857
0.0286
0.0286
0.3714
Saltator similis
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Zenaida auriculata
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
91
TABELA 4
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
TABELA 4
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
Myiarchus swainsoni
0.0167
0.0333
0.0000
0.0167
0.0000
0.0667
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Sittasomus griseicapi llus
0.1000
0.0667
0.0667
0.0333
0.0833
0.3500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Myiarchus ferox
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Sublegatus modestus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0833
0.0000
0.0833
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Myiarchus tyrannulus
0.0167
0.0500
0.0833
0.0500
0.0833
0.2833
0.3143
0.1429
0.0571
0.1143
0.1429
0.7714
Synallaxis frontalis
0.0167
0.0167
0.0000
0.0000
0.0167
0.0500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Myiopagis gaimardii
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Taraba major
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0333
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Myiopagis viridicata
0.0000
0.0167
0.0167
0.0167
0.0167
0.0667
0.0286
0.0000
0.0000
0.0571
0.0571
0.1429
Thamnophilus capistratus
0.1000
0.1000
0.0333
0.0500
0.1167
0.4000
0.0000
0.0000
0.0857
0.0000
0.0000
0.0857
Myiophobus fasciatus
0.0167
0.0000
0.0167
0.0000
0.0167
0.0500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Thamnophilus punctatus
0.0667
0.0000
0.0333
0.0500
0.1167
0.2667
0.0571
0.0000
0.0286
0.0857
0.1429
0.3143
Myrmorchilu s strigilatus
0.2000
0.2000
0.3000
0.2500
0.2333
1.1833
0.0857
0.0857
0.1429
0.0286
0.0857
0.4286
Thlypopsis sordida
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0286
0.1143
0.0857
0.0571
0.0286
0.3143
Nystalus maculatus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
Todirostrum poliocephalum
0.0167
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0333
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Pachyramphus polychopter us
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Tolmomyias flaviventri s
0.0500
0.0833
0.0167
0.0833
0.0833
0.3167
0.0000
0.0571
0.1143
0.0857
0.0286
0.2857
Phaeomyias murina
0.0000
0.0167
0.0000
0.0333
0.0167
0.0667
0.0286
0.0286
0.0571
0.0000
0.0000
0.1143
Troglodytes musculus
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Piaya cayana
0.0000
0.0333
0.0000
0.0000
0.0167
0.0500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Turdus amaurochalinus
0.0333
0.0333
0.0167
0.0167
0.0000
0.1000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Picumnus pygmaeus
0.0333
0.0167
0.0333
0.0500
0.0333
0.1667
0.0286
0.1143
0.0571
0.0571
0.0286
0.2857
Turdus leucomelas
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Polioptila dumicola
0.0000
0.0167
0.0333
0.1167
0.0500
0.2167
0.0857
0.0286
0.0286
0.0000
0.0286
0.1714
Tyrannus melancholichus
0.0667
0.0000
0.0333
0.0167
0.0000
0.1167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Polioptila plumbea
0.0167
0.0667
0.0333
0.0333
0.0667
0.2167
0.0000
0.0000
0.0571
0.0286
0.0571
0.1429
Veniliornis passerinus
0.0000
0.0167
0.0000
0.0167
0.0000
0.0333
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Sakesphorus cristatus
0.4167
0.2833
0.3833
0.2833
0.3333
1.7000
0.3143
0.2000
0.2571
0.1143
0.0857
0.9714
Volatinia jacarina
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0571
0.1714
0.0857
0.0286
0.0286
0.3714
Saltator similis
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Zenaida auriculata
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0167
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
90
91
ESPÉCIES E SEU ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIAS POR PONTOS DE CONTAGEM E CAPTURAS COM REDE DE NEBLINA EM IRAMAIA, BAHIA.
TABELA 5
0-50
50-150
150-250
250-350
350-450
ABUNDÂNCIA GERAL
0-50
50-150
150-250
250-350
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
- PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
Amazilia fimbriata Amazilia versicolor Arremon taciturnus Baryphthengus ruficapillus Basileuterus flaveolus Camptostoma obsoletum Campylorhamphus falcularius Cantorchilus longirostris Capsiempis flaveola Casiornis fuscus Celeus flavescen s Chiroxiphia pareola Chlorostilbon lucidus Cyclarhis gujanensis Claravis pretiosa Coccyzus melacoryphus
92
0.0000 0.0000 0.0154 0.0000 0.1692 0.0923 0.0000 0.0308 0.0000 0.0154 0.0154 0.0000 0.0000 0.0154 0.0154 0.0462
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.1846 0.0462 0.0154 0.0154 0.0154 0.0308 0.0000 0.0000 0.0308 0.0154 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0615 0.0154 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0154 0.0000 0.0000 0.0000
0.0154 0.0308 0.0000 0.0000 0.0923 0.0462 0.0000 0.0154 0.0154 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0154 0.0000 0.0000
0.0308 0.0000 0.0000 0.0000 0.1385 0.0308 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0154 0.0000 0.0000 0.0154 0.0154 0.0154
0.0455 0.0303 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.2308 0.0000 0.0154 0.0154 0.0154 0.0154 0.0154 0.0154 0.0154
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.2000 0.0571 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.1143 0.0571 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.1143 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.1429 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
350-450 (REDES)
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0571 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
TABELA 5
0-50
50-150
150-250
250-350
350-450
ABUNDÂNCIA
0-50
50-150
150-250
250-350
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
350-450 (REDES)
ABUNDANCIA GERAL - REDES
Columbina squammata
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Conopophaga lineata
0.1077
0.0769
0.0462
0.1231
0.0154
0.0154
0.0571
0.0286
0.1429
0.0286
0.0571
0.3143
0.0000
Cranioleuca semicinerea
0.0000
0.0154
0.0154
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Crypturellus noctivagus
0.0769
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Dacnis cayana
0.0154
0.0308
0.0154
0.0000
0.0154
0.0154
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
0.6286
Dendrocolaptes platyrost ris
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.2000
Dendrocincla turdina
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Dysithamnus mentalis
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Elaenia cristata
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0154
0.0857
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0857
0.0000
Elaenia mesoleuca
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0154
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
Euphonia chlorotica
0.0154
0.0308
0.0000
0.0154
0.0154
0.0154
0.0571
0.0571
0.0000
0.0000
0.0000
0.1143
0.0286
Galbula ruficauda
0.0615
0.0462
0.0000
0.0000
0.0308
0.0154
0.0286
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0571
0.0571
Geothlypis aequinoctialis
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
Geotrygon montana
0.0154
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0308
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Hemitriccus margaritaceiventer 0.0000
0.0000
0.0154
0.0154
0.0000
0.0308
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
ABUNDANCIA GERAL - REDES
0.0286 0.0000
Hemitriccus nidipendulus
0.0462
0.1231
0.0000
0.0154
0.0308
0.0308
0.0571
0.0857
0.0000
0.0000
0.0000
0.1429
0.0000
Hemitriccus orbitatus
0.0308
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0308
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
93
ESPÉCIES E SEU ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIAS POR PONTOS DE CONTAGEM E CAPTURAS COM REDE DE NEBLINA EM IRAMAIA, BAHIA.
TABELA 5
0-50
50-150
150-250
250-350
350-450
ABUNDÂNCIA GERAL
0-50
50-150
150-250
250-350
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
- PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
Amazilia fimbriata Amazilia versicolor Arremon taciturnus Baryphthengus ruficapillus Basileuterus flaveolus Camptostoma obsoletum Campylorhamphus falcularius Cantorchilus longirostris Capsiempis flaveola Casiornis fuscus Celeus flavescen s Chiroxiphia pareola Chlorostilbon lucidus Cyclarhis gujanensis Claravis pretiosa Coccyzus melacoryphus
0.0000 0.0000 0.0154 0.0000 0.1692 0.0923 0.0000 0.0308 0.0000 0.0154 0.0154 0.0000 0.0000 0.0154 0.0154 0.0462
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.1846 0.0462 0.0154 0.0154 0.0154 0.0308 0.0000 0.0000 0.0308 0.0154 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0615 0.0154 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0154 0.0000 0.0000 0.0000
0.0154 0.0308 0.0000 0.0000 0.0923 0.0462 0.0000 0.0154 0.0154 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0154 0.0000 0.0000
0.0308 0.0000 0.0000 0.0000 0.1385 0.0308 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0154 0.0000 0.0000 0.0154 0.0154 0.0154
0.0455 0.0303 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.2308 0.0000 0.0154 0.0154 0.0154 0.0154 0.0154 0.0154 0.0154
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.2000 0.0571 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.1143 0.0571 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.1143 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.1429 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
350-450 (REDES)
0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0571 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
TABELA 5
0-50
50-150
150-250
250-350
350-450
ABUNDÂNCIA
0-50
50-150
150-250
250-350
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
350-450 (REDES)
ABUNDANCIA GERAL - REDES
Columbina squammata
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Conopophaga lineata
0.1077
0.0769
0.0462
0.1231
0.0154
0.0154
0.0571
0.0286
0.1429
0.0286
0.0571
0.3143
0.0000
Cranioleuca semicinerea
0.0000
0.0154
0.0154
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Crypturellus noctivagus
0.0769
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Dacnis cayana
0.0154
0.0308
0.0154
0.0000
0.0154
0.0154
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
0.6286
Dendrocolaptes platyrost ris
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.2000
Dendrocincla turdina
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Dysithamnus mentalis
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Elaenia cristata
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0154
0.0857
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0857
0.0000
Elaenia mesoleuca
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0154
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
Euphonia chlorotica
0.0154
0.0308
0.0000
0.0154
0.0154
0.0154
0.0571
0.0571
0.0000
0.0000
0.0000
0.1143
0.0286
Galbula ruficauda
0.0615
0.0462
0.0000
0.0000
0.0308
0.0154
0.0286
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0571
0.0571
Geothlypis aequinoctialis
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
Geotrygon montana
0.0154
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0308
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Hemitriccus margaritaceiventer 0.0000
0.0000
0.0154
0.0154
0.0000
0.0308
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
ABUNDANCIA GERAL - REDES
0.0286 0.0000
Hemitriccus nidipendulus
0.0462
0.1231
0.0000
0.0154
0.0308
0.0308
0.0571
0.0857
0.0000
0.0000
0.0000
0.1429
0.0000
Hemitriccus orbitatus
0.0308
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0308
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
92
93
TABELA 5
0-50
50-150
150-250
250-350
350-450
ABUNDÂNCIA GERAL
0-50
50-150
150-250
250-350
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
- PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
Herpsilochmus atricapillus
0.1077
0.1231
Hylopezus ochroleucus Hylophilus amaurocephalus Lathrotriccus euleri
0.0462 0.0000
0.0462 0.0000 0.0308
0.0308 0.0154 0.0154
0.0154 0.0308 0.0000 0.0154
0.0154 0.0308 0.0000 0.0000
0.0308 0.0308 0.0308 0.0308
0.0000 0.0286 0.0000 0.0286
0.0000 0.0286 0.0000 0.0571
0.0000 0.0286 0.0000 0.0286
0.0571 0.1143 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000 0.0286
ABUNDANCIA
TABELA 5
0-50
50-150
150-250
250-350
350-450
ABUNDÂNCIA
0-50
50-150
150-250
250-350
GERAL - REDES
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
0.0571
Myrmothe rula axillaris
0.0000
0.0000
0.0308
0.0000
0.0000
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.2000
Nemosia pileata
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
Neopelma pallescens
0.0154
0.0154
0.0462
0.0769
0.0615
0.0462
0.1143
0.0000
0.1429
0.0286
0.0857
0.3714
0.1429
Pachyramphus polychopter us
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0615
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
350-450 (REDES)
ABUNDANCIA GERAL - REDES
Lepidocolaptes squamatus
0.0154
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0308
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Parula pitiayumi
0.0923
0.0308
0.0000
0.0154
0.0154
0.0615
0.0286
0.0286
0.0286
0.0571
0.0000
0.1429
Leptopogon amaurocephalus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0308
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0571
Synallaxis scutata
0.0000
0.0308
0.0154
0.0308
0.0000
0.0615
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0571
Phaethornis pretrei
0.0308
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0615
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.1143
Phaethornis ruber
0.0462
0.0308
0.0308
0.0308
0.0154
0.0615
0.0571
0.0000
0.0571
0.0000
0.0286
0.1429
0.0571
Pheugopedius genibarbis
0.1385
0.0462
0.0000
0.0000
0.0154
0.2154
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Leptotila rufaxila Megarynchu s pitangua Megaxenops parnaguae
0.0615 0.0615 0.0308
0.0154 0.0308 0.0308
0.0000 0.0000 0.0000
0.0154 0.0154 0.0000
0.0000 0.0308 0.0000
0.0308 0.0308 0.0308
0.0286 0.0571 0.0571
0.0000 0.0000 0.0000
0.0286 0.0000 0.0000
0.0000 0.0571 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000
Micrastur ruficollis
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0308
0.0308
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Phyllomyias fasciatus
0.0923
0.0769
0.0308
0.0308
0.0462
0.0615
0.0000
0.0571
0.0000
0.0286
0.0000
0.0857
Micrastur semitorquatus
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Piculus flavigula
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0615
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.1143
Picumnus pygmaeus
0.0308
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0769
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
0.0000
Platyrinchus mystaceus
0.0308
0.0462
0.0308
0.0615
0.0462
0.0769
0.0286
0.0000
0.0286
0.0571
0.0286
0.1429
0.0286
Polioptila dumicola
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0769
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Myiarchus ferox Myiarchus tyrannulus Myiobius barbatus
0.0154 0.0000 0.0000
0.0000 0.0308 0.0000
0.0000 0.0000 0.0308
0.0000 0.0000 0.0154
0.0000 0.0000 0.0000
0.0462 0.0462 0.0462
0.0000 0.0000 0.0000
0.0286 0.0000 0.0000
0.0286 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000
0.0571 0.0000 0.0286
Myiopagis gaimardii
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0154
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Pyriglena leucoptera
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0769
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Myiopagis viridicata
0.0154
0.0462
0.0000
0.0000
0.0154
0.0462
0.0571
0.0571
0.0000
0.0000
0.0286
0.1429
Pyroderus scutatus
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0769
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
Sakesphorus cristatus
0.0000
0.0154
0.0154
0.0308
0.0462
0.0769
0.0000
0.0286
0.0571
0.0000
0.0000
0.0857
Myiophobus fascitaus
94
0.0462
0.0000
350-450 (REDES)
0.0154
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
95
TABELA 5
0-50
50-150
150-250
250-350
350-450
ABUNDÂNCIA GERAL
0-50
50-150
150-250
250-350
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
- PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
Herpsilochmus atricapillus
0.1077
0.1231
Hylopezus ochroleucus Hylophilus amaurocephalus Lathrotriccus euleri
0.0462 0.0462 0.0000
0.0462 0.0000 0.0308
0.0000 0.0308 0.0154 0.0154
0.0154 0.0308 0.0000 0.0154
0.0154 0.0308 0.0000 0.0000
0.0308 0.0308 0.0308 0.0308
0.0000 0.0286 0.0000 0.0286
0.0000 0.0286 0.0000 0.0571
0.0000 0.0286 0.0000 0.0286
0.0571 0.1143 0.0000 0.0000
350-450 (REDES)
0.0000 0.0000 0.0000 0.0286
ABUNDANCIA
TABELA 5
0-50
50-150
150-250
250-350
350-450
ABUNDÂNCIA
0-50
50-150
150-250
250-350
GERAL - REDES
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
0.0571
Myrmothe rula axillaris
0.0000
0.0000
0.0308
0.0000
0.0000
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.2000
Nemosia pileata
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
Neopelma pallescens
0.0154
0.0154
0.0462
0.0769
0.0615
0.0462
0.1143
0.0000
0.1429
0.0286
0.0857
0.3714
0.1429
Pachyramphus polychopter us
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0615
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
350-450 (REDES)
ABUNDANCIA GERAL - REDES
Lepidocolaptes squamatus
0.0154
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0308
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Parula pitiayumi
0.0923
0.0308
0.0000
0.0154
0.0154
0.0615
0.0286
0.0286
0.0286
0.0571
0.0000
0.1429
Leptopogon amaurocephalus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0308
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0571
Synallaxis scutata
0.0000
0.0308
0.0154
0.0308
0.0000
0.0615
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0571
Phaethornis pretrei
0.0308
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0615
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.1143
Phaethornis ruber
0.0462
0.0308
0.0308
0.0308
0.0154
0.0615
0.0571
0.0000
0.0571
0.0000
0.0286
0.1429
0.0571
Pheugopedius genibarbis
0.1385
0.0462
0.0000
0.0000
0.0154
0.2154
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Leptotila rufaxila Megarynchu s pitangua Megaxenops parnaguae
0.0615 0.0615 0.0308
0.0154 0.0308 0.0308
0.0000 0.0000 0.0000
0.0154 0.0154 0.0000
0.0000 0.0308 0.0000
0.0308 0.0308 0.0308
0.0286 0.0571 0.0571
0.0000 0.0000 0.0000
0.0286 0.0000 0.0000
0.0000 0.0571 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000
Micrastur ruficollis
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0308
0.0308
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Phyllomyias fasciatus
0.0923
0.0769
0.0308
0.0308
0.0462
0.0615
0.0000
0.0571
0.0000
0.0286
0.0000
0.0857
Micrastur semitorquatus
0.0000
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Piculus flavigula
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0615
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.1143
Picumnus pygmaeus
0.0308
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0769
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
0.0000
Platyrinchus mystaceus
0.0308
0.0462
0.0308
0.0615
0.0462
0.0769
0.0286
0.0000
0.0286
0.0571
0.0286
0.1429
0.0286
Polioptila dumicola
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0769
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Myiarchus ferox Myiarchus tyrannulus Myiobius barbatus
0.0154 0.0000 0.0000
0.0000 0.0308 0.0000
0.0000 0.0000 0.0308
0.0000 0.0000 0.0154
0.0000 0.0000 0.0000
0.0462 0.0462 0.0462
0.0000 0.0000 0.0000
0.0286 0.0000 0.0000
0.0286 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0000
0.0571 0.0000 0.0286
Myiopagis gaimardii
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0154
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Pyriglena leucoptera
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0769
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Myiopagis viridicata
0.0154
0.0462
0.0000
0.0000
0.0154
0.0462
0.0571
0.0571
0.0000
0.0000
0.0286
0.1429
Pyroderus scutatus
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0769
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
Sakesphorus cristatus
0.0000
0.0154
0.0154
0.0308
0.0462
0.0769
0.0000
0.0286
0.0571
0.0000
0.0000
0.0857
Myiophobus fascitaus
0.0154
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
94
96
95
TABELA 5
0-50
50-150
150-250
250-350
350-450
ABUNDÂNCIA GERAL
0-50
50-150
150-250
250-350
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
- PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
Saltator similis
0.0154
0.0462
0.0000
0.0000
0.0462
0.0769
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
350-450 (REDES)
0.0000
ABUNDANCIA
TABELA 5
0-50
50-150
150-250
250-350
350-450
ABUNDÂNCIA
0-50
50-150
150-250
250-350
GERAL - REDES
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
0.0286
Tolmomyias flaviventri s
0.0308
0.0769
0.0000
0.0615
0.0000
0.1692
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0571
350-450 (REDES)
ABUNDANCIA GERAL - REDES
Schiffornis virescens
0.1077
0.1385
0.0769
0.0462
0.0154
0.0923
0.0857
0.0857
0.0000
0.0857
0.0286
0.2857
Tolmomyias sulphurescens
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.1846
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Sclerurus scansor
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0923
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Troglodytes musculus
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.2154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Sittasomus griseicapil lus
0.0923
0.0923
0.0615
0.0308
0.0462
0.1077
0.0000
0.1429
0.0000
0.0286
0.0571
0.2286
Trogon surrucura
0.0308
0.0462
0.0154
0.0154
0.0154
0.2154
0.0000
0.0571
0.0286
0.0286
0.0000
0.1143
Synallaxis spixi
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.1077
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Turdus albicollis
0.0154
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.2615
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.0571
Synallaxis whitneyi
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.1077
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Turdus leucomelas
0.0923
0.0462
0.0462
0.0308
0.0462
0.2615
0.1429
0.0571
0.0000
0.0000
0.0000
0.2000
Tangara cayana
0.0154
0.0923
0.0154
0.0000
0.0000
0.1231
0.0000
0.0286
0.0286
0.0286
0.0286
0.1143
Tyrannus melancholicus
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.2769
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Terenura maculata
0.0308
0.0308
0.0000
0.0154
0.0000
0.1231
0.0000
0.0571
0.0000
0.0286
0.0000
0.0857
Veniliornis passerinu s
0.0000
0.0308
0.0000
0.0000
0.0154
0.3231
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Thalurania glaucopis
0.0308
0.0154
0.0308
0.0000
0.0000
0.1385
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0571
Vireo olivaceus
0.0154
0.0154
0.0000
0.0154
0.0154
0.3692
0.0000
0.0571
0.0000
0.0286
0.0000
0.0857
Thamnophilus punctatus
0.1692
0.1385
0.1385
0.0923
0.1231
0.1385
0.2857
0.2286
0.1143
0.1143
0.0857
0.8286
Xenops minutus
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.6462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Thraupis sayaca
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.1538
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Xiphorhynchu s fuscus
0.0462
0.0462
0.0000
0.0000
0.0154
0.3846
0.0571
0.0857
0.0000
0.0000
0.0286
0.1714
Poecilotriccus plumbeiceps
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.1538
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Zonotrich ia capensis
0.0308
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.6615
0.0000
0.0571
0.0000
0.0286
0.0000
0.0857
977
TABELA 5
0-50
50-150
150-250
250-350
350-450
ABUNDÂNCIA GERAL
0-50
50-150
150-250
250-350
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
- PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
Saltator similis
0.0154
0.0462
0.0000
0.0000
0.0462
0.0769
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
350-450 (REDES)
0.0000
ABUNDANCIA
TABELA 5
0-50
50-150
150-250
250-350
350-450
ABUNDÂNCIA
0-50
50-150
150-250
250-350
GERAL - REDES
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
0.0286
Tolmomyias flaviventri s
0.0308
0.0769
0.0000
0.0615
0.0000
0.1692
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0571
350-450 (REDES)
ABUNDANCIA GERAL - REDES
Schiffornis virescens
0.1077
0.1385
0.0769
0.0462
0.0154
0.0923
0.0857
0.0857
0.0000
0.0857
0.0286
0.2857
Tolmomyias sulphurescens
0.0000
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.1846
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Sclerurus scansor
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.0923
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Troglodytes musculus
0.0462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.2154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Sittasomus griseicapil lus
0.0923
0.0923
0.0615
0.0308
0.0462
0.1077
0.0000
0.1429
0.0000
0.0286
0.0571
0.2286
Trogon surrucura
0.0308
0.0462
0.0154
0.0154
0.0154
0.2154
0.0000
0.0571
0.0286
0.0286
0.0000
0.1143
Synallaxis spixi
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.1077
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Turdus albicollis
0.0154
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.2615
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.0571
Synallaxis whitneyi
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.1077
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Turdus leucomelas
0.0923
0.0462
0.0462
0.0308
0.0462
0.2615
0.1429
0.0571
0.0000
0.0000
0.0000
0.2000
Tangara cayana
0.0154
0.0923
0.0154
0.0000
0.0000
0.1231
0.0000
0.0286
0.0286
0.0286
0.0286
0.1143
Tyrannus melancholicus
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0154
0.2769
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Terenura maculata
0.0308
0.0308
0.0000
0.0154
0.0000
0.1231
0.0000
0.0571
0.0000
0.0286
0.0000
0.0857
Veniliornis passerinu s
0.0000
0.0308
0.0000
0.0000
0.0154
0.3231
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Thalurania glaucopis
0.0308
0.0154
0.0308
0.0000
0.0000
0.1385
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0571
Vireo olivaceus
0.0154
0.0154
0.0000
0.0154
0.0154
0.3692
0.0000
0.0571
0.0000
0.0286
0.0000
0.0857
Thamnophilus punctatus
0.1692
0.1385
0.1385
0.0923
0.1231
0.1385
0.2857
0.2286
0.1143
0.1143
0.0857
0.8286
Xenops minutus
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.6462
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Thraupis sayaca
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.1538
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Xiphorhynchu s fuscus
0.0462
0.0462
0.0000
0.0000
0.0154
0.3846
0.0571
0.0857
0.0000
0.0000
0.0286
0.1714
Poecilotriccus plumbeiceps
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.1538
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Zonotrich ia capensis
0.0308
0.0154
0.0000
0.0000
0.0000
0.6615
0.0000
0.0571
0.0000
0.0286
0.0000
0.0857
96
977
ESPÉCIES E SEU ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIAS POR PONTOS DE CONTAGEM E CAPTURAS COM REDE DE NEBLINA EM PRESIDENTE KENNEDY, TOCANTINS. 0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
Dendrocincla fuliginosa
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.0571
0.4286
Dromococcyx pavoninus
0.0000
0.0250
0.0250
0.0000
0.0000
0.0500
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.3143
Dromococcyx phasianellus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Dysithamnus mentalis
0.0500
0.0750
0.1250
0.0500
0.0250
0.3250
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0571
0.0286
Euphonia chlorotica
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0500
0.0500
0.0571
0.0000
0.0000
0.0857
0.0000
0.1429
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
TABELA 6
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA GERAL
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
- PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
Arremon taciturnus
0.0000
Basileuterus flaveolus
0.0500
Bucco tamatia Cacicus cela
0.0000 0.0000
0.1500 0.0000 0.0000 0.0250
0.1000 0.0500 0.0000 0.0000
0.1250 0.0750 0.0000 0.0000
0.0750 0.0250 0.0000 0.0000
0.4500 0.2000 0.0000 0.0250
0.0286 0.0571 0.0000 0.0000
0.1143 0.0571 0.0000 0.0286
0.0286 0.0571 0.0000 0.0000
0.1714 0.0286 0.0000 0.0000
0.0857 0.1143 0.0286 0.0000
Camptostoma obsoletum
0.0500
0.0250
0.0000
0.0250
0.0250
0.1250
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
Formicarius colma
Casiornis fuscus
0.0500
0.0250
0.0000
0.0250
0.0000
0.1000
0.0000
0.0000
0.0571
0.0286
0.0286
0.1143
Formicivora grisea
0.2000
0.1250
0.2000
0.2500
0.3000
1.0750
0.2571
0.1143
0.2286
0.2286
0.1429
0.9714
0.0857
Galbula ruficauda
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0500
0.0750
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.1143
Gnorimopsar chopi
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Hemitriccus margaritaceiventer 0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Catharus fuscescens Celeus flavescen s
0.0000 0.1000
Chiroxiphia pareola
0.0750
Claravis pretiosa
0.0000
Cnemotriccus fuscatus Coccyzus americanus
0.0000 0.0000
Coccyzus euleri
0.0000
Columba speciosa
0.0250
Columbina talpacoti
0.0000
Crypturellus strigulosus
0.0000
Cyanocorax cyanopogon
0.0000
Cyclarhis gujanensis Dacnis cayana
98
TABELA 6 ESPÉCIES/CLASSE
0.1000 0.0000
0.0000 0.0750 0.1000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0500 0.0000 0.0250 0.0000
0.0000 0.0000 0.0250 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0250 0.0250 0.0750 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.1000 0.0000 0.0000 0.0250 0.0000 0.0000 0.0000 0.0500 0.0250 0.0000 0.0250
0.0250 0.2000 0.3750 0.0000 0.0000 0.0250 0.0000 0.0250 0.0000 0.1000 0.0250 0.1250 0.0250
0.0286 0.0000 0.0857 0.0000 0.0000 0.0571 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0000 0.0571 0.0571 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0571 0.0286 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0286 0.0286 0.0571 0.0000 0.0571 0.0000 0.0000 0.0286 0.0286 0.0571 0.0000 0.0286 0.0000
0.0286 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.2571 0.0286
Hemitriccus striaticollis
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.1143
Herpsilochmus atricapillus
0.1750
0.2500
0.0000
0.0750
0.2500
0.7500
0.0857
0.1714
0.0000
0.0857
0.0000
0.3429
0.0571
Hylophilus amaurocephalus
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0286
Willisornis poecilinotus
0.0000
0.0000
0.0500
0.0000
0.0250
0.0750
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
0.0571
Leptotila verreauxi
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0500
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Manacus manacus
0.0750
0.0500
0.0250
0.0250
0.0250
0.2000
0.0571
0.1143
0.0000
0.0857
0.0286
0.2857
0.0857
Megarync hus pitangua
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Monasa nigrifrons
0.1250
0.0250
0.0000
0.0000
0.0500
0.2000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Myiarchus ferox
0.2000
0.0500
0.0000
0.0250
0.0750
0.3500
0.0571
0.0286
0.0000
0.0286
0.0286
0.1429
0.0000
Myiarchus tuberculifer
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
0.0286
0.0000
0.0857
99
ESPÉCIES E SEU ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIAS POR PONTOS DE CONTAGEM E CAPTURAS COM REDE DE NEBLINA EM PRESIDENTE KENNEDY, TOCANTINS. TABELA 6
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
Dendrocincla fuliginosa
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.0571
0.4286
Dromococcyx pavoninus
0.0000
0.0250
0.0250
0.0000
0.0000
0.0500
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.3143
Dromococcyx phasianellus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Dysithamnus mentalis
0.0500
0.0750
0.1250
0.0500
0.0250
0.3250
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0571
0.0286
Euphonia chlorotica
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0500
0.0500
0.0571
0.0000
0.0000
0.0857
0.0000
0.1429
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
TABELA 6
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA GERAL
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
- PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
Arremon taciturnus
0.0000
Basileuterus flaveolus
0.0500
Bucco tamatia Cacicus cela
0.0000 0.0000
0.1500 0.0000 0.0000 0.0250
0.1000 0.0500 0.0000 0.0000
0.1250 0.0750 0.0000 0.0000
0.0750 0.0250 0.0000 0.0000
0.4500 0.2000 0.0000 0.0250
0.0286 0.0571 0.0000 0.0000
0.1143 0.0571 0.0000 0.0286
0.0286 0.0571 0.0000 0.0000
0.1714 0.0286 0.0000 0.0000
0.0857 0.1143 0.0286 0.0000
Camptostoma obsoletum
0.0500
0.0250
0.0000
0.0250
0.0250
0.1250
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
Formicarius colma
Casiornis fuscus
0.0500
0.0250
0.0000
0.0250
0.0000
0.1000
0.0000
0.0000
0.0571
0.0286
0.0286
0.1143
Formicivora grisea
0.2000
0.1250
0.2000
0.2500
0.3000
1.0750
0.2571
0.1143
0.2286
0.2286
0.1429
0.9714
0.0857
Galbula ruficauda
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0500
0.0750
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.1143
Gnorimopsar chopi
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Hemitriccus margaritaceiventer 0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Catharus fuscescens Celeus flavescen s
0.0000 0.1000
Chiroxiphia pareola
0.0750
Claravis pretiosa
0.0000
Cnemotriccus fuscatus Coccyzus americanus
0.0000 0.0000
Coccyzus euleri
0.0000
Columba speciosa
0.0250
Columbina talpacoti
0.0000
Crypturellus strigulosus
0.0000
Cyanocorax cyanopogon
0.0000
Cyclarhis gujanensis Dacnis cayana
0.1000 0.0000
0.0000 0.0750 0.1000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0500 0.0000 0.0250 0.0000
0.0000 0.0000 0.0250 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0250 0.0250 0.0750 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.1000 0.0000 0.0000 0.0250 0.0000 0.0000 0.0000 0.0500 0.0250 0.0000 0.0250
0.0250 0.2000 0.3750 0.0000 0.0000 0.0250 0.0000 0.0250 0.0000 0.1000 0.0250 0.1250 0.0250
0.0286 0.0000 0.0857 0.0000 0.0000 0.0571 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0000 0.0571 0.0571 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000
0.0000 0.0000 0.0571 0.0286 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.0286 0.0286 0.0571 0.0000 0.0571 0.0000 0.0000 0.0286 0.0286 0.0571 0.0000 0.0286 0.0000
0.0286 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0286 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
0.2571 0.0286
Hemitriccus striaticollis
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.1143
Herpsilochmus atricapillus
0.1750
0.2500
0.0000
0.0750
0.2500
0.7500
0.0857
0.1714
0.0000
0.0857
0.0000
0.3429
0.0571
Hylophilus amaurocephalus
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0286
Willisornis poecilinotus
0.0000
0.0000
0.0500
0.0000
0.0250
0.0750
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
0.0571
Leptotila verreauxi
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0500
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Manacus manacus
0.0750
0.0500
0.0250
0.0250
0.0250
0.2000
0.0571
0.1143
0.0000
0.0857
0.0286
0.2857
0.0857
Megarync hus pitangua
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Monasa nigrifrons
0.1250
0.0250
0.0000
0.0000
0.0500
0.2000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Myiarchus ferox
0.2000
0.0500
0.0000
0.0250
0.0750
0.3500
0.0571
0.0286
0.0000
0.0286
0.0286
0.1429
0.0000
Myiarchus tuberculifer
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
0.0286
0.0000
0.0857
98
99
TABELA 6
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA GERAL
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
TABELA 6
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
- PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
Myiodynas tes maculatus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
Sirystes sibilator
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
Myiopagis viridicata
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0500
0.0750
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Sittasomus griseicapil lus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0500
0.0500
0.0000
0.0286
0.0286
0.0286
0.0000
0.0857
100
Myrmothe rula axillaris
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Synallaxis scutata
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
0.0571
0.0000
0.1429
Neopelma pallescens
0.0500
0.0250
0.1500
0.1250
0.0750
0.4250
0.1429
0.2286
0.0571
0.0857
0.1143
0.6286
Lanio cristatus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Nystalus chacuru
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Tachyphonus rufus
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
Phaethornis ruber
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Tangara cayana
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000 0.0571
Pheugopedius genibarbis
0.2500
0.0000
0.0500
0.1000
0.0250
0.4250
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Taraba major
0.0500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0500
0.0571
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Phyllomyias fasciatus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
0.0000
0.0571
Thalurania furcata
0.0000
0.0000
0.0000
0.0500
0.0000
0.0500
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0571
Piaya cayana
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0500
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
Thamnophilus amazonicus
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Piculus flavigula
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Thamnophilus doliatus
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Pipra rubrocapilla
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
Thamnophilus pelzeni
0.1250
0.2000
0.0750
0.0250
0.0750
0.5000
0.1143
0.2000
0.0286
0.0857
0.0000
0.4286
Pitangus sulphuratus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Tiaris fuliginosus
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Platyrinchus mystaceus
0.0750
0.0250
0.0500
0.0500
0.0250
0.2250
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Tolmomyias flaviventri s
0.1000
0.0500
0.0000
0.0500
0.0500
0.2500
0.0286
0.0857
0.0857
0.0571
0.0000
0.2571
Poecilotriccus fumifrons
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Trogon curucui
0.0500
0.0500
0.0000
0.0000
0.0000
0.1000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0571
0.0000
0.0571
Ramphastos vitellinus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0750
0.0750
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
Trogon viridis
0.0750
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.1000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
Ramphocelus carbo
0.1500
0.0250
0.0000
0.0250
0.0000
0.2000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Vireo olivaceus
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Ramphotrigon ruficauda
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Volatinia jacarina
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Rhytipterna simplex
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0500
0.0571
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0571
Xenops minutus
0.0000
0.0250
0.0000
0.0250
0.0250
0.0750
0.0286
0.0000
0.0857
0.0000
0.0286
0.1429
Saltator similis
0.0750
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0750
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Xiphorhynchus spixii
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Schiffornis virescens
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Dendroplex picus
0.1250
0.1000
0.0000
0.0000
0.0750
0.3000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0571
101
TABELA 6
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA GERAL
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
TABELA 6
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
0 - 50
50 - 150
150 - 250
250 - 350
350 - 450
ABUNDÂNCIA
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
- PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
ESPÉCIES/CLASSE
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
PONTOS
GERAL - PONTOS
REDES
REDES
REDES
REDES
REDES
GERAL - REDES
Myiodynas tes maculatus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
Sirystes sibilator
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
Myiopagis viridicata
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0500
0.0750
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Sittasomus griseicapil lus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0500
0.0500
0.0000
0.0286
0.0286
0.0286
0.0000
0.0857
Myrmothe rula axillaris
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Synallaxis scutata
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
0.0571
0.0000
0.1429
Neopelma pallescens
0.0500
0.0250
0.1500
0.1250
0.0750
0.4250
0.1429
0.2286
0.0571
0.0857
0.1143
0.6286
Lanio cristatus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Nystalus chacuru
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Tachyphonus rufus
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
Phaethornis ruber
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Tangara cayana
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000 0.0571
Pheugopedius genibarbis
0.2500
0.0000
0.0500
0.1000
0.0250
0.4250
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Taraba major
0.0500
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0500
0.0571
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Phyllomyias fasciatus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
0.0000
0.0571
Thalurania furcata
0.0000
0.0000
0.0000
0.0500
0.0000
0.0500
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0571
Piaya cayana
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0500
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
Thamnophilus amazonicus
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Piculus flavigula
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Thamnophilus doliatus
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Pipra rubrocapilla
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
Thamnophilus pelzeni
0.1250
0.2000
0.0750
0.0250
0.0750
0.5000
0.1143
0.2000
0.0286
0.0857
0.0000
0.4286
Pitangus sulphuratus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Tiaris fuliginosus
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Platyrinchus mystaceus
0.0750
0.0250
0.0500
0.0500
0.0250
0.2250
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Tolmomyias flaviventri s
0.1000
0.0500
0.0000
0.0500
0.0500
0.2500
0.0286
0.0857
0.0857
0.0571
0.0000
0.2571
Poecilotriccus fumifrons
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Trogon curucui
0.0500
0.0500
0.0000
0.0000
0.0000
0.1000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0571
0.0000
0.0571
Ramphastos vitellinus
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0750
0.0750
0.0000
0.0286
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
Trogon viridis
0.0750
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.1000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0571
Ramphocelus carbo
0.1500
0.0250
0.0000
0.0250
0.0000
0.2000
0.0000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
Vireo olivaceus
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Ramphotrigon ruficauda
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Volatinia jacarina
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0286
Rhytipterna simplex
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0500
0.0571
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0571
Xenops minutus
0.0000
0.0250
0.0000
0.0250
0.0250
0.0750
0.0286
0.0000
0.0857
0.0000
0.0286
0.1429
Saltator similis
0.0750
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0750
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Xiphorhynchus spixii
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Schiffornis virescens
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0250
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
0.0000
Dendroplex picus
0.1250
0.1000
0.0000
0.0000
0.0750
0.3000
0.0286
0.0000
0.0000
0.0000
0.0286
0.0571
100
101
Corrupião, Icterus jamacaii
CAPÍTULO 3 DISCUSSÃO
102
103
Corrupião, Icterus jamacaii
CAPÍTULO 3 DISCUSSÃO
102
103
Arapaçu-de-spix, Xiphorhynchus spixii
DISCUSSÃO 3.1 HÁ OU NÃO HÁ IMPACTOS DIRETOS �COLISÕES E ELETROCUSSÕES�? Toda interferência humana sobre o meio ambiente gerará impactos diretos e indiretos. Esses impactos podem ser negativos ou positivos, conforme a perspectiva, mas s empre haverá impactos. Com relação à eletrocussão, com exceção de casos isolados associados a subestações em que existam relatos de aves eletrocutadas em nosso estudo de caso (e. g. Gnorimopsar chopi), toda a literatura e a boa lógica informam que não há aves grandes o suficiente para serem eletrocutadas nessas linhas de transmissão. As fases energizadas estão simplesmente distantes demais para que qualquer ave consiga fechar o circuito. Os acidentes acontecem em linhas de baixa e média tensão, nas quais aves com grande envergadura acabam encostando com as pontas das asas nas fases transportadoras de energia. Já no caso das colisões, trabalhos previamente publicados demonstram cabalmente ( e.g . Cochran & Graber, 1958; Erickson et al., 2005; Larkin et al., 1988; e Drewitt & Langston, 2008) que aves se chocam com praticamente tudo que seja construído verticalmente (prédios, janelas, pontes, torres de telefonia etc.). Com linhas de transmissão não é diferente. Há colisões, vendo-as ou não. A melhor pergunta então é: o quão representativas são essas colisões? No presente estudo fizemos um grande esforço de observação e busca por carcaças com um grupo de ornitólogos, superando, às vezes, oito pessoas. Mesmo quando não estavam ativamente procurando carcaças, elas estavam circulando, por horas a fio, embaixo ou nas proximidades das linhas de transmissão estudadas. Nesse sentido, restos frescos de grandes aves ou espécimes em
104
decomposição poderiam ter sido observados com maior frequência. Poderíamos, por exemplo, ter observado urubus se alimentando de cadáveres de aves sob as linhas de transmissão, mas nenhum registro desse ti po foi feito. Apenas uma avoante e andorinhas foram encontradas mortas, possivelmente em decorrência de colisões com as linhas de transmissão. Entretanto, em ambos os casos, os eventos parecem pouco relevantes dadas as respectivas circunstâncias. As avoantes, uma espécie de praga agrícola em boa parte do Brasil e que se beneficia muito com áreas abertas, são consideradas pouco importantes no que concerne à conservação. As andorinhas foram encontradas na subestação onde se acumulam aos milhares, sendo naturalmente esperado algum número de perdas. Também foram dispendidas muitas horas de observação por meio de binóculos com o objetivo de compreender a relação entre aves e bandos de aves passantes com as linhas de transmissão, mas nenhum comportamento de esquiva abrupta ou quase colisão foi observado. Em todos os três pontos, as aves demonstravam saber per feitamente da existência da linha de transmissão e jamais correram qualquer risco de colisão. Na verdade, as aves observadas, ao relacionarem-se com as linhas de transmissão, estavam geralmente tirando proveito dos empreendimentos. Esse é o caso de falcões e gaviões, por exemplo, que utilizam a linha de transmissão como poleiro e ponto de observação, curicacas que a utilizam p ara reprodução e pouso noturno, andorinhões que caçam himenópteros que se instalaram no alto das torres, e andorinhas ( Progne chalybea ) que utilizaram, aos milhares, uma das subestações para reprodução. Todos esses registros demonstram uma razoável interação entre parte das aves e esses empreendimentos. A falta de registros de colisão pode ter muitas causas diferentes, que vão desde a dificuldade de se encontrar carcaças nas áreas florestadas enfocadas neste estudo, até a própria natureza das regiões estudadas. Com exceção das veredas localizadas próximo à área de Presidente
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Arapaçu-de-spix, Xiphorhynchus spixii
DISCUSSÃO 3.1 HÁ OU NÃO HÁ IMPACTOS DIRETOS �COLISÕES E ELETROCUSSÕES�? Toda interferência humana sobre o meio ambiente gerará impactos diretos e indiretos. Esses impactos podem ser negativos ou positivos, conforme a perspectiva, mas s empre haverá impactos. Com relação à eletrocussão, com exceção de casos isolados associados a subestações em que existam relatos de aves eletrocutadas em nosso estudo de caso (e. g. Gnorimopsar chopi), toda a literatura e a boa lógica informam que não há aves grandes o suficiente para serem eletrocutadas nessas linhas de transmissão. As fases energizadas estão simplesmente distantes demais para que qualquer ave consiga fechar o circuito. Os acidentes acontecem em linhas de baixa e média tensão, nas quais aves com grande envergadura acabam encostando com as pontas das asas nas fases transportadoras de energia. Já no caso das colisões, trabalhos previamente publicados demonstram cabalmente ( e.g . Cochran & Graber, 1958; Erickson et al., 2005; Larkin et al., 1988; e Drewitt & Langston, 2008) que aves se chocam com praticamente tudo que seja construído verticalmente (prédios, janelas, pontes, torres de telefonia etc.). Com linhas de transmissão não é diferente. Há colisões, vendo-as ou não. A melhor pergunta então é: o quão representativas são essas colisões? No presente estudo fizemos um grande esforço de observação e busca por carcaças com um grupo de ornitólogos, superando, às vezes, oito pessoas. Mesmo quando não estavam ativamente procurando carcaças, elas estavam circulando, por horas a fio, embaixo ou nas proximidades das linhas de transmissão estudadas. Nesse sentido, restos frescos de grandes aves ou espécimes em
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decomposição poderiam ter sido observados com maior frequência. Poderíamos, por exemplo, ter observado urubus se alimentando de cadáveres de aves sob as linhas de transmissão, mas nenhum registro desse ti po foi feito. Apenas uma avoante e andorinhas foram encontradas mortas, possivelmente em decorrência de colisões com as linhas de transmissão. Entretanto, em ambos os casos, os eventos parecem pouco relevantes dadas as respectivas circunstâncias. As avoantes, uma espécie de praga agrícola em boa parte do Brasil e que se beneficia muito com áreas abertas, são consideradas pouco importantes no que concerne à conservação. As andorinhas foram encontradas na subestação onde se acumulam aos milhares, sendo naturalmente esperado algum número de perdas. Também foram dispendidas muitas horas de observação por meio de binóculos com o objetivo de compreender a relação entre aves e bandos de aves passantes com as linhas de transmissão, mas nenhum comportamento de esquiva abrupta ou quase colisão foi observado. Em todos os três pontos, as aves demonstravam saber per feitamente da existência da linha de transmissão e jamais correram qualquer risco de colisão. Na verdade, as aves observadas, ao relacionarem-se com as linhas de transmissão, estavam geralmente tirando proveito dos empreendimentos. Esse é o caso de falcões e gaviões, por exemplo, que utilizam a linha de transmissão como poleiro e ponto de observação, curicacas que a utilizam p ara reprodução e pouso noturno, andorinhões que caçam himenópteros que se instalaram no alto das torres, e andorinhas ( Progne chalybea ) que utilizaram, aos milhares, uma das subestações para reprodução. Todos esses registros demonstram uma razoável interação entre parte das aves e esses empreendimentos. A falta de registros de colisão pode ter muitas causas diferentes, que vão desde a dificuldade de se encontrar carcaças nas áreas florestadas enfocadas neste estudo, até a própria natureza das regiões estudadas. Com exceção das veredas localizadas próximo à área de Presidente
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Choca-bate-cabo, Thamnophiluspelzelni
Kennedy, no Tocantins, onde havia araras, as áreas estudadas não eram caracterizadas pela presença de grandes bandos de aves de grande porte. Embora papagaios passassem frequentemente sobre as nossas cabeças no Tocantins, essas aves são boas aprendizes e, seguramente, já haviam se acostumado com a presença da linha de transmissão que, a menos que houvesse forte neblina ou algo similar, não ofereceria perigo para os espécimes. Nesse sentido, os relatos ouvidos em campo sobre a morte de aves na ocasião da passagem de cabos pode indicar que, na verdade, a comunidade de aves pode se acostumar com a presença dos cabos e passar a evitá-los em seus deslocamentos. Isso, caso demonstrado experimentalmente, tem implicações grandes na implementa-
3.2 ESTUDO DA COMUNIDADE DE AVES E SUA INTERAÇÃO COM A FAIXA DE SUPRESSÃO Diversos padrões observados nas comunidades de aves nas três regiões coincidiram com aqueles descritos para outras regiões do país. Assim, por exemplo, tem-se a maior abundância relativa para as espécies da família Tyrannidae e a maioria das espécies apresenta poucos indivíduos. A composição avifaunística mostra ambientes florestais pouco degradados. Os resultados mostram algo que poderia ser considerado um contrassenso. Isso porque o esperado é baixa ri-
Nesse sentido, os relatos ouvidos em campo sobre a morte de aves na ocasião da passagem de cabos pode indicar que, na verdade, a comunidade de aves pode se acostumar com a presença dos cabos e passar a evitá-los em seus deslocamentos.
ção desses empreendimentos. Por exemplo, a instalação de sinalizadores seria mais eficiente se feita simultaneamente ao processo construtivo e, talvez, menos útil ao longo do tempo. Dessa forma, podemos indicar com razoável confiabilidade que os impactos relacionados a casos de colisão, embora certamente existam, devem desempenhar um papel pequeno nas comunidades de aves presentes nos ambientes nativos cruzados por essas linhas de transmiss ão. Da mesma forma, eventos de eletrocussão são improváveis, se não impossíveis, em torres e cabos.
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queza de espécies florestais e abundância próximo à borda, ou seja, à faixa de serviço gerada com a implantação da linha de transmissão. De fato, as classes não diferem significativamente, embora as classes situadas próximo à borda apresentem maior número número de espécies. O que pode explicar isso é que os fragmentos trabalhados são grandes, e dessa forma a faixa de serviço não provoca grandes mudanças nos fragmentos. Resultado oposto provave provavelmente lmente seria encontrado se os fragmentos fossem pequenos, com área de borda grande. Além disso, como já abordado no histórico de estudos, a presença na faixa de serviço e adjacências de muitas es-
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Choca-bate-cabo, Thamnophiluspelzelni
Kennedy, no Tocantins, onde havia araras, as áreas estudadas não eram caracterizadas pela presença de grandes bandos de aves de grande porte. Embora papagaios passassem frequentemente sobre as nossas cabeças no Tocantins, essas aves são boas aprendizes e, seguramente, já haviam se acostumado com a presença da linha de transmissão que, a menos que houvesse forte neblina ou algo similar, não ofereceria perigo para os espécimes. Nesse sentido, os relatos ouvidos em campo sobre a morte de aves na ocasião da passagem de cabos pode indicar que, na verdade, a comunidade de aves pode se acostumar com a presença dos cabos e passar a evitá-los em seus deslocamentos. Isso, caso demonstrado experimentalmente, tem implicações grandes na implementa-
3.2 ESTUDO DA COMUNIDADE DE AVES E SUA INTERAÇÃO COM A FAIXA DE SUPRESSÃO Diversos padrões observados nas comunidades de aves nas três regiões coincidiram com aqueles descritos para outras regiões do país. Assim, por exemplo, tem-se a maior abundância relativa para as espécies da família Tyrannidae e a maioria das espécies apresenta poucos indivíduos. A composição avifaunística mostra ambientes florestais pouco degradados. Os resultados mostram algo que poderia ser considerado um contrassenso. Isso porque o esperado é baixa ri-
Nesse sentido, os relatos ouvidos em campo sobre a morte de aves na ocasião da passagem de cabos pode indicar que, na verdade, a comunidade de aves pode se acostumar com a presença dos cabos e passar a evitá-los em seus deslocamentos.
ção desses empreendimentos. Por exemplo, a instalação de sinalizadores seria mais eficiente se feita simultaneamente ao processo construtivo e, talvez, menos útil ao longo do tempo. Dessa forma, podemos indicar com razoável confiabilidade que os impactos relacionados a casos de colisão, embora certamente existam, devem desempenhar um papel pequeno nas comunidades de aves presentes nos ambientes nativos cruzados por essas linhas de transmiss ão. Da mesma forma, eventos de eletrocussão são improváveis, se não impossíveis, em torres e cabos.
queza de espécies florestais e abundância próximo à borda, ou seja, à faixa de serviço gerada com a implantação da linha de transmissão. De fato, as classes não diferem significativamente, embora as classes situadas próximo à borda apresentem maior número número de espécies. O que pode explicar isso é que os fragmentos trabalhados são grandes, e dessa forma a faixa de serviço não provoca grandes mudanças nos fragmentos. Resultado oposto provave provavelmente lmente seria encontrado se os fragmentos fossem pequenos, com área de borda grande. Além disso, como já abordado no histórico de estudos, a presença na faixa de serviço e adjacências de muitas es-
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pécies de aves vivendo, reproduzindo e se alimentando normalmente, em um número igual ou superior ao observado em áreas mais distantes dos fragmentos, aponta para a inexistência de impacto decorrente do campo magnético gerado pelas linhas de transmissão sobre as aves.
Corrupião,
3.3 SUGESTÕES PARA NOVOS PROJETOS DE P&D
Icterus jamacaii
Este estudo apontou em algumas direções interessantes no que concerne a futuros estudos. Seguramente, em curto prazo, devido à pequena penetração do efeito de borda para o interior das formações vegetais cruzadas e pela falta completa de evidências de que os campos eletromagnéticos estejam afetando em qualquer nível a fauna, estudos relacionados a linhas de transmissão deveriam realmente concentrar sua atenção nos efeitos diretos desses empreendimentos sobre as comunidades animais. Nesse caso, estudos que tenham como foco a quantificação do número de acidentes por colisão de aves contra as linhas de transmissão no Brasil parecem emergenciais. As principais perguntas a serem respondidas no momento são: A) As evidências de um pequeno número de colisão de aves em linhas de transmissão estão relacionadas à dificuldade de encontrar as carcaças em áreas florestadas ou refletem uma característica natural de nossas áreas? B) Quais os grupos que mais colidem com linhas de transmissão no Brasil e em quais tipos de ambientes/biomas? Esses estudos devem empregar técnicas de monitoramento fortemente baseadas em observação e busca ativa de carcaças. C) Há evidências de que as aves aprendam a evitar as linhas de transmissão recém-construídas? O quanto de redução de impacto isso representa? D) No Brasil, qual a estimativa de mortes por eletrocussão em linhas de distri buição de baixa e média tensão,
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tendo por base a extensão de nossa malha energética e o conhecimento hoje existente sobre a periculosidade dos diferentes modelos de postes? E) Seriam o processo de li cenciamento e os protocolos construtivos hoje empregados adequados, no caso da implantação e regulação das linhas de transmissão de baixa e média potência? F) Quais os protocolos adequados de atuação, no caso de situações conflituosas envolvendo aves e linhas de transmissão ou subestações, como uma grande incidência de espécimes dormindo e sujando estruturas ou mesmo nidificando em estruturas? G) Quais são os melhores procedimentos ao se encontrar ninhos de aves em torres de alta tensão?
3.4 DIRETRIZES PARA A CONSTRUÇÃO DE MAPAS DE RISCO; PLANEJAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE SINALIZADORES; E REFERENCIAIS ÚTEIS A DEFINIÇÃO DE TRAÇADO PARA A INSTALAÇÃO DE NOVOS EMPREENDIMENTOS. Construção de mapa de risco Hoje, no Brasil, conforme já foi mencionado, faltam estudos publicados com foco em colisões de aves com linhas de transmissão. Entretanto, como também já visto, as informações levantadas pelos estudos fora do Brasil não são absolutamente inúteis para o entendimento da dinâmica e das relações de nossas aves com as linhas de transmissão. Isso porque, embora as espécies de aves brasileiras sejam, muitas vezes, diferentes daquelas observadas em outros continentes, há muitos táxons (gêneros, famílias etc.) e fitofisionomias (brejos, florestas, áreas de lavoura, desertos etc) compartilhados entre o
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pécies de aves vivendo, reproduzindo e se alimentando normalmente, em um número igual ou superior ao observado em áreas mais distantes dos fragmentos, aponta para a inexistência de impacto decorrente do campo magnético gerado pelas linhas de transmissão sobre as aves.
3.3 SUGESTÕES PARA NOVOS PROJETOS DE P&D
Corrupião, Icterus jamacaii
Este estudo apontou em algumas direções interessantes no que concerne a futuros estudos. Seguramente, em curto prazo, devido à pequena penetração do efeito de borda para o interior das formações vegetais cruzadas e pela falta completa de evidências de que os campos eletromagnéticos estejam afetando em qualquer nível a fauna, estudos relacionados a linhas de transmissão deveriam realmente concentrar sua atenção nos efeitos diretos desses empreendimentos sobre as comunidades animais. Nesse caso, estudos que tenham como foco a quantificação do número de acidentes por colisão de aves contra as linhas de transmissão no Brasil parecem emergenciais. As principais perguntas a serem respondidas no momento são: A) As evidências de um pequeno número de colisão de aves em linhas de transmissão estão relacionadas à dificuldade de encontrar as carcaças em áreas florestadas ou refletem uma característica natural de nossas áreas? B) Quais os grupos que mais colidem com linhas de transmissão no Brasil e em quais tipos de ambientes/biomas? Esses estudos devem empregar técnicas de monitoramento fortemente baseadas em observação e busca ativa de carcaças. C) Há evidências de que as aves aprendam a evitar as linhas de transmissão recém-construídas? O quanto de redução de impacto isso representa? D) No Brasil, qual a estimativa de mortes por eletrocussão em linhas de distri buição de baixa e média tensão,
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tendo por base a extensão de nossa malha energética e o conhecimento hoje existente sobre a periculosidade dos diferentes modelos de postes? E) Seriam o processo de li cenciamento e os protocolos construtivos hoje empregados adequados, no caso da implantação e regulação das linhas de transmissão de baixa e média potência? F) Quais os protocolos adequados de atuação, no caso de situações conflituosas envolvendo aves e linhas de transmissão ou subestações, como uma grande incidência de espécimes dormindo e sujando estruturas ou mesmo nidificando em estruturas? G) Quais são os melhores procedimentos ao se encontrar ninhos de aves em torres de alta tensão?
3.4 DIRETRIZES PARA A CONSTRUÇÃO DE MAPAS DE RISCO; PLANEJAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE SINALIZADORES; E REFERENCIAIS ÚTEIS A DEFINIÇÃO DE TRAÇADO PARA A INSTALAÇÃO DE NOVOS EMPREENDIMENTOS. Construção de mapa de risco Hoje, no Brasil, conforme já foi mencionado, faltam estudos publicados com foco em colisões de aves com linhas de transmissão. Entretanto, como também já visto, as informações levantadas pelos estudos fora do Brasil não são absolutamente inúteis para o entendimento da dinâmica e das relações de nossas aves com as linhas de transmissão. Isso porque, embora as espécies de aves brasileiras sejam, muitas vezes, diferentes daquelas observadas em outros continentes, há muitos táxons (gêneros, famílias etc.) e fitofisionomias (brejos, florestas, áreas de lavoura, desertos etc) compartilhados entre o
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Gavião-carijó, Rupornismagnirostris
Brasil e os demais países onde estudos sobre aves e linhas de transmissão já foram publicados. É, portanto, razoável crer que se algumas espécies de garças (Ardeidae), falcões (Falconidae), patos e gansos (Anatidae) foram muito impactadas em empreendimentos africanos ( e.g . Jenkins et al., 2010), norte-americanos (e.g . Brown et al. 1987) e europeus ( e.g . Bevanger & Broseth, 2001), as espécies brasileiras dessas mesmas famílias sejam igualmente afetadas, afinal frequentemente pertencem aos mesmos gêneros. Esse é o caso das curicacas, um ciconiforme brasileiro. As garças, cegonhas e águias (Ardeiformes, Ciconiiformes e Falconiformes) são aparentados às curicacas e são considerados, em outros continentes, os principais causadores de desligamentos em linhas de transmissão de alta potência. No Brasil, as curicacas ocupam esse espaço funcional. Seguindo essa linha de raciocínio, se em um estudo conduzido em outro continente as espécies de ave que foram mais afetadas por impactos em cabos foram as de maior porte, pode-se pressupor também que isso valerá igualmente para o Brasil e, consequentemente, para a linha de transmissão em estudo. Por outro lado, se as evidências apontam para o fato de que gaviões e águias (Família Accipitridae) sejam os mais prejudicados por eletrocussão em linhas de transmissão de baixa potência do que por colisão em linhas de transmissão de alta potência (Ledger & Annegan, 1981), na medida em que são voadores muito habilidosos, devemos crer que tal padrão se repita no Brasil. Da mesma forma, podemos crer que, se os ambientes pantanosos foram os mais impactados nos estudos já conduzidos ( e.g . Brown & Drewien, 1995), em função da presença de bandos grandes de aves, como garças e marrecas, os nossos brejos também serão mais afetados. Até que tenhamos dados consistentes no Brasil, essa extrapolação deve ser feita também para as conclusões associadas a fenômenos não biológicos que estão presentes em linhas de transmissão, como a geomorfologia, a propen-
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são à formação de nebulosidade e a eventual diferença entre impactos noturnos e diurnos de aves sobre os cabos. Da mesma forma, outras informações, como a maior incidência (mais de 80%) de impacto de aves sobre os cabos para-raios (Jenkins et al., 2010), são extremamente importantes na previsão, prevenção e mitigação de impacto em aves brasileiras. O mesmo podendo, portanto, ser dito para os dados sobre a eficiência de sinalizadores na prevenção de acidentes (Brown et al., 1987; Bevanger & Broseth 2001; Janss & Ferrer, 1998; Morkill & Anderson, 1991; Savereno et al., 1996, Alonso et al., 1994; Brown & Drewien, 1995; Anderson, 2002; Crowder, 2000; De la Zerda & Roselli, 2002, 2003; e Yee, 2008). Esses estudos indicam, inclusive, a distância apropriada entre sinalizadores, assim como o espaço ideal a ser ocupado por esse s nos vãos entre as torres. Por exemplo, em empreendimentos com dois cabos para-raios, a colocação de sinalizadores de acordo com a literatura, quando necessária, deve ser interpolada e restrita aos 60% centrais no vão das torres, de modo a maximizar a sua eficiência. Outros fatores a serem considerados no mapeamento do risco em linhas de transmissão são as diferenças inerentes às espécies que porventura possam ser afetadas pela linha de transmissão. Parece claro e justificável que o impacto de aves nativas e não nativas deva ser encarado de forma diferente, assim como a probabilidade de uma ave ameaçada e de uma não ameaçada se chocar com cabos deva ser considerada em diferentes escalas. Dessa forma, se uma área tiver grande propensão a acidentes com Psittacidae (papagaios e periquitos) e Accipitridae (gaviões e águias), enquanto outra tem igual propensão a acidentes, mas com espécies como a garça-vaqueira ( Bubulcus ibis ) ou a avoante ( Zenaida auriculata ), que, tipicamente, se beneficiam da degradação imposta à mata atlântica, fica bastante claro que é precis o dar uma maior pesagem ou atenção ao primeiro caso. Os impactos com gaviões e papagaios nativos são naturalmente mais relevantes do que o impacto de avoantes e garças vaqueiras,
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Gavião-carijó, Rupornismagnirostris
Brasil e os demais países onde estudos sobre aves e linhas de transmissão já foram publicados. É, portanto, razoável crer que se algumas espécies de garças (Ardeidae), falcões (Falconidae), patos e gansos (Anatidae) foram muito impactadas em empreendimentos africanos ( e.g . Jenkins et al., 2010), norte-americanos (e.g . Brown et al. 1987) e europeus ( e.g . Bevanger & Broseth, 2001), as espécies brasileiras dessas mesmas famílias sejam igualmente afetadas, afinal frequentemente pertencem aos mesmos gêneros. Esse é o caso das curicacas, um ciconiforme brasileiro. As garças, cegonhas e águias (Ardeiformes, Ciconiiformes e Falconiformes) são aparentados às curicacas e são considerados, em outros continentes, os principais causadores de desligamentos em linhas de transmissão de alta potência. No Brasil, as curicacas ocupam esse espaço funcional. Seguindo essa linha de raciocínio, se em um estudo conduzido em outro continente as espécies de ave que foram mais afetadas por impactos em cabos foram as de maior porte, pode-se pressupor também que isso valerá igualmente para o Brasil e, consequentemente, para a linha de transmissão em estudo. Por outro lado, se as evidências apontam para o fato de que gaviões e águias (Família Accipitridae) sejam os mais prejudicados por eletrocussão em linhas de transmissão de baixa potência do que por colisão em linhas de transmissão de alta potência (Ledger & Annegan, 1981), na medida em que são voadores muito habilidosos, devemos crer que tal padrão se repita no Brasil. Da mesma forma, podemos crer que, se os ambientes pantanosos foram os mais impactados nos estudos já conduzidos ( e.g . Brown & Drewien, 1995), em função da presença de bandos grandes de aves, como garças e marrecas, os nossos brejos também serão mais afetados. Até que tenhamos dados consistentes no Brasil, essa extrapolação deve ser feita também para as conclusões associadas a fenômenos não biológicos que estão presentes em linhas de transmissão, como a geomorfologia, a propen-
são à formação de nebulosidade e a eventual diferença entre impactos noturnos e diurnos de aves sobre os cabos. Da mesma forma, outras informações, como a maior incidência (mais de 80%) de impacto de aves sobre os cabos para-raios (Jenkins et al., 2010), são extremamente importantes na previsão, prevenção e mitigação de impacto em aves brasileiras. O mesmo podendo, portanto, ser dito para os dados sobre a eficiência de sinalizadores na prevenção de acidentes (Brown et al., 1987; Bevanger & Broseth 2001; Janss & Ferrer, 1998; Morkill & Anderson, 1991; Savereno et al., 1996, Alonso et al., 1994; Brown & Drewien, 1995; Anderson, 2002; Crowder, 2000; De la Zerda & Roselli, 2002, 2003; e Yee, 2008). Esses estudos indicam, inclusive, a distância apropriada entre sinalizadores, assim como o espaço ideal a ser ocupado por esse s nos vãos entre as torres. Por exemplo, em empreendimentos com dois cabos para-raios, a colocação de sinalizadores de acordo com a literatura, quando necessária, deve ser interpolada e restrita aos 60% centrais no vão das torres, de modo a maximizar a sua eficiência. Outros fatores a serem considerados no mapeamento do risco em linhas de transmissão são as diferenças inerentes às espécies que porventura possam ser afetadas pela linha de transmissão. Parece claro e justificável que o impacto de aves nativas e não nativas deva ser encarado de forma diferente, assim como a probabilidade de uma ave ameaçada e de uma não ameaçada se chocar com cabos deva ser considerada em diferentes escalas. Dessa forma, se uma área tiver grande propensão a acidentes com Psittacidae (papagaios e periquitos) e Accipitridae (gaviões e águias), enquanto outra tem igual propensão a acidentes, mas com espécies como a garça-vaqueira ( Bubulcus ibis ) ou a avoante ( Zenaida auriculata ), que, tipicamente, se beneficiam da degradação imposta à mata atlântica, fica bastante claro que é precis o dar uma maior pesagem ou atenção ao primeiro caso. Os impactos com gaviões e papagaios nativos são naturalmente mais relevantes do que o impacto de avoantes e garças vaqueiras,
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Azulão, Cyanoloxiabrissonii
diferença essa que deve ser considerada em qualquer análise integrada de dados. Nesse sentido, após o cruzamento da literatura com o material em mãos, escolhemos os seguintes fatores de risco que poderão nortear tentativas similares em empreendimentos futuros: a) aves endêmicas ou ameaçadas; b) aves caracterizáveis por formar grandes bandos e/ou por serem de grande porte, tendo sido classificadas como de alto risco pelo monitoramento e a partir dos dados da literatura; c) áreas com espécies que sabidamente efetuem movimentos migratórios; d) a partir do mapa geomorfológico, áreas de planícies fluviais, por propiciarem a presença de espécies aquáticas; e) a partir de mapas geológi-
Instalação e distribuição de sinalizadores Como já visto no primeiro capítulo deste livro, os sinalizadores são comprovadamente eficientes em reduzir até 76% dos impactos de aves sobre os cabos de linhas de transmissão de alta potência quando instalados na fase de construção. Como não se sabe quase nada sobre os quantitativos de acidentes de colisão no Brasil, uma medida interessante seria, como já mencionado, a disposição de sinalizadores respeitando uma hierarquização a partir da construção de mapas de risco (referenciais anteriormente listados). Dessa forma, no caso de implantação de sinalizadores, deve-se respeitar a individualidade de cada ponto avalia-
Como já visto no primeiro capítulo desse livro, ou seja, no histórico, os sinalizadores são comprovadamente eficientes em reduzir até 76% dos impactos de aves sobre os cabos de linhas de transmissão de alta potência, quando instalados na fase de construção cos, escarpas sujeitas a neblina e maior declividade, que proporcionam uma variação grande na distância d e cabos em relação ao solo, facilitando acidentes; e) áreas de depósitos aluvionares, também sujeitas a aglomerações de bandos de aves aquáticas ou migratórias; f) cruzamento de grandes corpos d’água, em que há a tendênci a de espécies de grande p orte e migratórias usarem os leitos como corredores em seus deslocamentos. Com o objetivo de aumentar a precisão do mapeamento, deverá ser utilizado o mapa de vegetação como base para a plotagem dos valores obtidos pela avaliação de risco das aves.
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do na construção de um mapa de risco, concentrando-os em médio ou alto risco de acidentes. Além diss o, pode-se optar pela colocação de sinalizadores menos espaçados nas áreas de maior risco, o que, comprovadamente, aumenta a eficiência dessas estruturas em evitar impactos de aves sobre linhas de transmissão (Jenkins et al., 2010). É recomendado também que não sejam implementados sinalizadores para aves onde já existam sinalizadores para aeronaves, uma vez que os estudos disponíveis demonstram que tais sinalizadores são praticamente tão eficientes quanto os dispositivos específicos para espantar aves (Morkill & Anderson, 1991; Savereno et al., 1996). Além disso, sinalizadores com eficiência noturna,
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Azulão, Cyanoloxiabrissonii
diferença essa que deve ser considerada em qualquer análise integrada de dados. Nesse sentido, após o cruzamento da literatura com o material em mãos, escolhemos os seguintes fatores de risco que poderão nortear tentativas similares em empreendimentos futuros: a) aves endêmicas ou ameaçadas; b) aves caracterizáveis por formar grandes bandos e/ou por serem de grande porte, tendo sido classificadas como de alto risco pelo monitoramento e a partir dos dados da literatura; c) áreas com espécies que sabidamente efetuem movimentos migratórios; d) a partir do mapa geomorfológico, áreas de planícies fluviais, por propiciarem a presença de espécies aquáticas; e) a partir de mapas geológi-
Instalação e distribuição de sinalizadores Como já visto no primeiro capítulo deste livro, os sinalizadores são comprovadamente eficientes em reduzir até 76% dos impactos de aves sobre os cabos de linhas de transmissão de alta potência quando instalados na fase de construção. Como não se sabe quase nada sobre os quantitativos de acidentes de colisão no Brasil, uma medida interessante seria, como já mencionado, a disposição de sinalizadores respeitando uma hierarquização a partir da construção de mapas de risco (referenciais anteriormente listados). Dessa forma, no caso de implantação de sinalizadores, deve-se respeitar a individualidade de cada ponto avalia-
Como já visto no primeiro capítulo desse livro, ou seja, no histórico, os sinalizadores são comprovadamente eficientes em reduzir até 76% dos impactos de aves sobre os cabos de linhas de transmissão de alta potência, quando instalados na fase de construção cos, escarpas sujeitas a neblina e maior declividade, que proporcionam uma variação grande na distância d e cabos em relação ao solo, facilitando acidentes; e) áreas de depósitos aluvionares, também sujeitas a aglomerações de bandos de aves aquáticas ou migratórias; f) cruzamento de grandes corpos d’água, em que há a tendênci a de espécies de grande p orte e migratórias usarem os leitos como corredores em seus deslocamentos. Com o objetivo de aumentar a precisão do mapeamento, deverá ser utilizado o mapa de vegetação como base para a plotagem dos valores obtidos pela avaliação de risco das aves.
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do na construção de um mapa de risco, concentrando-os em médio ou alto risco de acidentes. Além diss o, pode-se optar pela colocação de sinalizadores menos espaçados nas áreas de maior risco, o que, comprovadamente, aumenta a eficiência dessas estruturas em evitar impactos de aves sobre linhas de transmissão (Jenkins et al., 2010). É recomendado também que não sejam implementados sinalizadores para aves onde já existam sinalizadores para aeronaves, uma vez que os estudos disponíveis demonstram que tais sinalizadores são praticamente tão eficientes quanto os dispositivos específicos para espantar aves (Morkill & Anderson, 1991; Savereno et al., 1996). Além disso, sinalizadores com eficiência noturna,
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Galinha-do-mato, Formicarius colma
já disp onívei s no mercado, segur amente serão bastant e eficientes, uma vez que muitos grupos de aves aquáticas executam migrações (deslocamentos locais e regionais) no período noturno ( vide Graber, 1968), estando, portanto, mais sujeitos a acidentes. A princípio, em linhas gerais, quando necessária, a implantação dos dispositivos deverá: 1 – priorizar a aquisição de equipamentos que sejam efetivos também à noite; 2 – devem ser sinalizadas primeiramente as áreas de maior risco de impacto de aves e, em seguida, as de médio risco; 3 – áreas de baixo risco não devem ser sinalizadas até que existam evidências concretas da perda de espécies de aves por colisão nesses pontos; 4 – o espaçamento entre dispositivos deve ser maior nas áreas de menor risco (médio risco) e menor nas áreas de maior risco (alto risco); 5 – no caso da presença de d ois cabos para-raios paralelos, a alternância de sinalizadores nos cabos aumenta a sua eficiência. Por fim, é indicado o acompanhamento quanto à eficácia das medidas adotadas, por meio da observação do comportamento das aves em relação aos sinalizadores e da verificação se a área definida a priori como de baixo risco apresenta alta incidência de acidentes.
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3.5 CONCLUSÕES GERAIS A) Muito se sabe sobre as relações entre aves e linhas de transmissão no mundo, e tal conhecimento é útil ao plane jamento e à boa inser ção de empre endimen tos brasil eiros; B) Não há histórico de eletrocussão de aves em linhas de transmissão de alta tensão como as aqui estudadas; C) Casos de colisão se distribuem heterogeneamente entre grupos taxonômicos e ambientes cruzados pelas linhas de transmissão; D) Há elementos disponíveis na literatura para o melhor planejamento de empreendimentos e para a elaboração de mapas de risco de colisão; E) o efeito de borda sobre os pontos mais sensíveis de todo o traçado das duas linhas de transmissão estudadas não parece ameaçar, em longo prazo, a estrutura dos remanescentes cruzados, no caso específico de linhas de transmissão cuja área de supressão seja restringida ao mínimo necessário para garantir a Operação segura do empreendimento; F) Com base no levantamento bibliográfico foi possível presumir que hoje, no Brasil, as comunidades de aves e, particularmente, os grandes predadores (corujas, gaviões e águias) são mais impactados em linhas de baixa e média tensão. Casos de eletrocussão de aves de topo de cadeia em LTs de 1 a 110 kV atingem volumes catastróficos do ponto de vista da conservação. Nada ou quase nada encontra-se publicado no Brasil a respeito disso, mas os reflexos dessas pequenas LTs sobre as aves em todo o mundo é alarmante e deve ser investigado urgentemente no Brasil”.
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Galinha-do-mato, Formicarius colma
já disp onívei s no mercado, segur amente serão bastant e eficientes, uma vez que muitos grupos de aves aquáticas executam migrações (deslocamentos locais e regionais) no período noturno ( vide Graber, 1968), estando, portanto, mais sujeitos a acidentes. A princípio, em linhas gerais, quando necessária, a implantação dos dispositivos deverá: 1 – priorizar a aquisição de equipamentos que sejam efetivos também à noite; 2 – devem ser sinalizadas primeiramente as áreas de maior risco de impacto de aves e, em seguida, as de médio risco; 3 – áreas de baixo risco não devem ser sinalizadas até que existam evidências concretas da perda de espécies de aves por colisão nesses pontos; 4 – o espaçamento entre dispositivos deve ser maior nas áreas de menor risco (médio risco) e menor nas áreas de maior risco (alto risco); 5 – no caso da presença de d ois cabos para-raios paralelos, a alternância de sinalizadores nos cabos aumenta a sua eficiência. Por fim, é indicado o acompanhamento quanto à eficácia das medidas adotadas, por meio da observação do comportamento das aves em relação aos sinalizadores e da verificação se a área definida a priori como de baixo risco apresenta alta incidência de acidentes.
3.5 CONCLUSÕES GERAIS A) Muito se sabe sobre as relações entre aves e linhas de transmissão no mundo, e tal conhecimento é útil ao plane jamento e à boa inser ção de empre endimen tos brasil eiros; B) Não há histórico de eletrocussão de aves em linhas de transmissão de alta tensão como as aqui estudadas; C) Casos de colisão se distribuem heterogeneamente entre grupos taxonômicos e ambientes cruzados pelas linhas de transmissão; D) Há elementos disponíveis na literatura para o melhor planejamento de empreendimentos e para a elaboração de mapas de risco de colisão; E) o efeito de borda sobre os pontos mais sensíveis de todo o traçado das duas linhas de transmissão estudadas não parece ameaçar, em longo prazo, a estrutura dos remanescentes cruzados, no caso específico de linhas de transmissão cuja área de supressão seja restringida ao mínimo necessário para garantir a Operação segura do empreendimento; F) Com base no levantamento bibliográfico foi possível presumir que hoje, no Brasil, as comunidades de aves e, particularmente, os grandes predadores (corujas, gaviões e águias) são mais impactados em linhas de baixa e média tensão. Casos de eletrocussão de aves de topo de cadeia em LTs de 1 a 110 kV atingem volumes catastróficos do ponto de vista da conservação. Nada ou quase nada encontra-se publicado no Brasil a respeito disso, mas os reflexos dessas pequenas LTs sobre as aves em todo o mundo é alarmante e deve ser investigado urgentemente no Brasil”.
114
11 5
ANEXO 1 Lista de aves observadas nos municípios de São Félix do Coribe e, Iramaia na, Bahia e, Presidente Kennedy, no Tocantins, ao final das campanhas de coleta de dados. R = residente (evidências de reprodução no país disponíveis); VS = visitante sazonal oriundo do sul do continente; VN = visitante sazonal oriundo do hemisfério norte; VO = visitante sazonal oriundo de áreas a oeste do território brasileiro; VA = vagante (oriundo do sul [ VA (S) ], do norte [ VA (N) ], do oeste [ VA (O) ); D = status desconhecido; Ex = espécie extinta em território nacional; Ex N = espécie extinta na natureza e sobrevive apenas em cativeiro; E = espécie endêmica do Brasil; # = status presumido mas não confirmado.
NOME DO TÁXON
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
CATHARTIFORMES CATHARTIDAE Cathartes aura (Linnaeus, 1758) Coragypsatratus ( Bechstein, 1793) Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758)
urubu-de-cabeça-vermelha
R
X
X
X
urubu-de-cabeça-preta
R
X
X
X
urubu-rei
R
X
FALCONIFORMES ACCIPITRIDAE NOME DO TÁXON
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
STRUTHIONIFORMES
gavião-peneira
R
Ictinia plumbea (Gmelin, 1788)
sovi
R
Heterospiziasmeridionalis (Latham, 1790)
RHEIDAE Rhea americana (Linnaeus, 1758)
Elanus leucur us ( Vieillot, 1818)
Rupornismagnirostris (Gmelin, 1788)
ema
R
X
Buteo albicaudatus V ieillot, 1816
TINAMIFORMES
Buteo nitidus (Latham, 1790)
TINAMIDAE
Spizaetustyrannus (Wied, 1820)
Crypturellusstrigulosus (Temminck, 1815) Crypturellusnoctivagus (Wied, 1820)
inhambu-relógio
R
jaó-do-sul
R, E
X
Crypturellusparvirostris (Wagler, 1827)
inhambu-chororó
R
X
Crypturellus tataupa (Temminck, 1815)
inhambu-chintã
R
Rhynchotusrufescens (Temminck, 1815)
perdiz
R
codorna-do-nordeste
R
Nothura boraqui ra (Spix, 1825)
X
FALCONIDAE
X
Milvago chimac hima (Vieillot, 1816)
X
Caracara plancus ( Miller, 1777)
X X X
GALLIFORMES R
X
Ardea alba L innaeus, 1758
116
R
X
gavião-carijó
R
X
gavião-de-rabo-branco
R
gavião-pedrês
R
X
gavião-pega-macaco
R
X
X
X
X
X
caracará
R
X
X
X
carrapateiro
R
X
X
X
Falcosparverius Linnaeus, 1758
quiriquiri
R
Falco femoralis Temminck, 1822
falcão-de-coleira
R
X
Falcoperegrinus Tunstall, 1771
falcão-peregrino
VN
seriema
R
X
X
batuíra-de-esporão
R
X
X
jaçanã
R
X X
X
Cariama cristata (Linnaeus, 1766)
CHARADRIIFORMES
ARDEIDAE Bubulcus ibis ( Linnaeus, 1758)
gavião-caboclo
CARIAMIDAE jacupemba
CICONIIFORMES Butorides striata (Linnaeus, 1758)
X X
GRUIFORMES
CRACIDAE Penelopesuperciliaris (Temminck, 1815)
X
CHARADRIIDAE socozinho
R
X
Vanellus cayanus (Latham, 1790)
garça-vaqueira
R
X
JACANIDAE
garça-branca-grande
R
X
Jacana jacana (Linnaeus, 1766)
X
117
ANEXO 1 Lista de aves observadas nos municípios de São Félix do Coribe e, Iramaia na, Bahia e, Presidente Kennedy, no Tocantins, ao final das campanhas de coleta de dados. R = residente (evidências de reprodução no país disponíveis); VS = visitante sazonal oriundo do sul do continente; VN = visitante sazonal oriundo do hemisfério norte; VO = visitante sazonal oriundo de áreas a oeste do território brasileiro; VA = vagante (oriundo do sul [ VA (S) ], do norte [ VA (N) ], do oeste [ VA (O) ); D = status desconhecido; Ex = espécie extinta em território nacional; Ex N = espécie extinta na natureza e sobrevive apenas em cativeiro; E = espécie endêmica do Brasil; # = status presumido mas não confirmado.
NOME DO TÁXON
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
CATHARTIFORMES CATHARTIDAE Cathartes aura (Linnaeus, 1758) Coragypsatratus ( Bechstein, 1793) Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758)
urubu-de-cabeça-vermelha
R
X
X
X
urubu-de-cabeça-preta
R
X
X
X
urubu-rei
R
X
FALCONIFORMES ACCIPITRIDAE NOME DO TÁXON
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
STRUTHIONIFORMES
gavião-peneira
R
Ictinia plumbea (Gmelin, 1788)
sovi
R
Heterospiziasmeridionalis (Latham, 1790)
RHEIDAE Rhea americana (Linnaeus, 1758)
Elanus leucur us ( Vieillot, 1818)
Rupornismagnirostris (Gmelin, 1788)
ema
R
X
Buteo albicaudatus V ieillot, 1816
TINAMIFORMES
Buteo nitidus (Latham, 1790)
TINAMIDAE
Spizaetustyrannus (Wied, 1820)
Crypturellusstrigulosus (Temminck, 1815) Crypturellusnoctivagus (Wied, 1820)
inhambu-relógio
R
jaó-do-sul
R, E
X
Crypturellusparvirostris (Wagler, 1827)
inhambu-chororó
R
X
Crypturellus tataupa (Temminck, 1815)
inhambu-chintã
R
Rhynchotusrufescens (Temminck, 1815)
perdiz
R
codorna-do-nordeste
R
Nothura boraqui ra (Spix, 1825)
X
FALCONIDAE
X
Milvago chimac hima (Vieillot, 1816)
X
Caracara plancus ( Miller, 1777)
X X X
GALLIFORMES R
X
Ardea alba L innaeus, 1758
R
X
gavião-carijó
R
X
gavião-de-rabo-branco
R
gavião-pedrês
R
X
gavião-pega-macaco
R
X
X
X
X
X
caracará
R
X
X
X
carrapateiro
R
X
X
X
Falcosparverius Linnaeus, 1758
quiriquiri
R
Falco femoralis Temminck, 1822
falcão-de-coleira
R
X
Falcoperegrinus Tunstall, 1771
falcão-peregrino
VN
seriema
R
X
X
batuíra-de-esporão
R
X
X
jaçanã
R
X X
X
Cariama cristata (Linnaeus, 1766)
CHARADRIIFORMES
ARDEIDAE Bubulcus ibis ( Linnaeus, 1758)
gavião-caboclo
CARIAMIDAE jacupemba
CICONIIFORMES Butorides striata (Linnaeus, 1758)
X X
GRUIFORMES
CRACIDAE Penelopesuperciliaris (Temminck, 1815)
X
CHARADRIIDAE socozinho
R
X
Vanellus cayanus (Latham, 1790)
garça-vaqueira
R
X
JACANIDAE
garça-branca-grande
R
X
Jacana jacana (Linnaeus, 1766)
X
116
NOME DO TÁXON
117
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
COLUMBIFORMES COLUMBIDAE Columbina minuta ( Linnaeus, 1766)
rolinha-de-asa-canela
R
Columbina talpacoti (Temminck, 1811)
rolinha-roxa
R
X
Columbina squammata (Lesson, 1831)
fogo-apagou
R
X
Columbina picui (Temminck, 1813)
rolinha-picui
R
Claravispretiosa (Ferrari-Perez, 1886)
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
Dromococcyx phasianellu s ( Spix, 1824)
peixe-frito-verdadeiro
R
X
Dromococcyxpavoninus Pelzeln, 1870
peixe-frito-pavonino
R
X
NOME DO TÁXON
X
STRIGIFORMES
X
STRIGIDAE
X
X
Athene cunic ularia (Molina, 1782)
X
X
CAPRIMULGIFORMES
X
CAPRIMULGIDAE
X
Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788)
caburé
R
coruja-buraqueira
R
pararu-azul
R
pomba-trocal
R
pombão
R
X
Chordeilespusillus G ould, 1861
bacurauzinho
R
Zenaida aur iculata (Des Murs, 1847)
pomba-de-bando
R
X
Caprimulgusparvulus G ould, 1837
bacurau-chintã
R
Leptotilaverreauxi Bonaparte, 1855
juriti-pupu
R
X
APODIFORMES
juriti-gemedeira
R
X
APODIDAE
pariri
R
X
Patagioenasspeciosa (Gmelin, 1789) Patagioenas picazuro (Temminck, 1813)
Leptotilarufaxilla (Richard & Bernard, 1792) Geotrygonmontana ( Linnaeus, 1758)
X
taperuçu-de-coleira-branca
R
tesourinha
R
X
PSITTACIDAE
TROCHILIDAE X
Primoliusauricollis ( Cassin, 1853)
R
X
Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758)
rabo-branco-rubro
R
R
X
Phaethornis pretrei ( Lesson & Delattre, 1839)
rabo-branco-acanelado
R
maracanã-de-colar
R
X
Anthracothorax nigricolli s ( Vieillot, 1817)
beija-flor-de-veste-preta
R
periquitão-maracanã
R
X
X
X
Chrysolampismosquitus (Linnaeus, 1758)
beija-flor-vermelho
R
X
X
X
Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812)
besourinho-de-bico-vermelho
R
X
X
Thalurania furcata (Gmelin, 1788)
beija-flor-tesoura-verde
R
X
periquito-rei
R
X
X
periquito-da-caatinga
R, E
X
X
Pyrrhura lepida ( Wagler, 1832)
tiriba-pérola
R, E
Alipiopsitta x anthops (Spix, 1824)
papagaio-galego
R
Pionusmaximiliani (Kuhl, 1820)
maitaca-verde
R
X
R
X
X
Amazilia fi mbriata (Gmelin, 1788)
beija-flor-de-garganta-verde
R
X
X
TROGONIFORMES TROGONIDAE
alma-de-gato
R
X
X
X
R
surucuá-variado
R
Trogon curucui Linnaeus, 1766
surucuá-de-barriga-vermelha
R
juruva-verde
R
udu-de-coroa-azul
R
papa-lagarta-acanelado
R
X
papa-lagarta-de-asa-vermelha
VN
X
X
papa-lagarta-de-euler
R
X
X
CORACIIFORMES
X
MOMOTIDAE
X
Momotus mom ota (Linnaeus, 1766)
anu-preto
R
X
anu-branco
R
X
saci
R
X
surucuá-grande-debarriga-amarela
Trogonsurrucura V ieillot, 1817
Trogon viridis Linnaeus, 1766
Coccyzusamericanus (Linnaeus, 1758)
11 8
X
beija-flor-de-fronte-violeta
Coccyzusmelacoryphus Vieillot, 1817
Tapera naevia (Linnaeus, 1766)
X X
Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788)
CUCULIDAE
Guira guira (Gmelin, 1788)
X X
X
CUCULIFORMES
Crotophaga ani Linnaeus, 1758
X
arara-canindé
Aratinga cactor um (Kuhl, 1820)
Coccyzus euleri Cabanis, 1873
X
maracanã-do-buriti
Aratinga aurea ( Gmelin, 1788)
Piaya cayana (Linnaeus, 1766)
X
X
Tachornis squamata (Cassin, 1853)
Aratinga leucop hthalma (Statius Muller, 1776)
X
X
Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796)
Orthopsittaca manilata (Boddaert, 1783)
PRESIDENTE KENNEDY
X X
PSITTACIFORMES Ara ararauna (Linnaeus, 1758)
IRAMAIA
Baryphthengus ruficapillus ( Vieillot, 1818)
X
X X X
X X
119
NOME DO TÁXON
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
COLUMBIFORMES COLUMBIDAE Columbina minuta ( Linnaeus, 1766)
rolinha-de-asa-canela
R
Columbina talpacoti (Temminck, 1811)
rolinha-roxa
R
X
Columbina squammata (Lesson, 1831)
fogo-apagou
R
X
Columbina picui (Temminck, 1813)
rolinha-picui
R
Claravispretiosa (Ferrari-Perez, 1886)
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
Dromococcyx phasianellu s ( Spix, 1824)
peixe-frito-verdadeiro
R
X
Dromococcyxpavoninus Pelzeln, 1870
peixe-frito-pavonino
R
X
NOME DO TÁXON
X
STRIGIFORMES
X
STRIGIDAE
X
X
Athene cunic ularia (Molina, 1782)
X
X
CAPRIMULGIFORMES
X
CAPRIMULGIDAE
X
Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788)
caburé
R
coruja-buraqueira
R
pararu-azul
R
pomba-trocal
R
pombão
R
X
Chordeilespusillus G ould, 1861
bacurauzinho
R
Zenaida aur iculata (Des Murs, 1847)
pomba-de-bando
R
X
Caprimulgusparvulus G ould, 1837
bacurau-chintã
R
Leptotilaverreauxi Bonaparte, 1855
juriti-pupu
R
X
APODIFORMES
juriti-gemedeira
R
X
APODIDAE
pariri
R
X
Patagioenasspeciosa (Gmelin, 1789) Patagioenas picazuro (Temminck, 1813)
Leptotilarufaxilla (Richard & Bernard, 1792) Geotrygonmontana ( Linnaeus, 1758)
X
taperuçu-de-coleira-branca
R
tesourinha
R
X
PSITTACIDAE
TROCHILIDAE X
Primoliusauricollis ( Cassin, 1853)
R
X
Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758)
rabo-branco-rubro
R
R
X
Phaethornis pretrei ( Lesson & Delattre, 1839)
rabo-branco-acanelado
R
maracanã-de-colar
R
X
Anthracothorax nigricolli s ( Vieillot, 1817)
beija-flor-de-veste-preta
R
periquitão-maracanã
R
X
X
X
Chrysolampismosquitus (Linnaeus, 1758)
beija-flor-vermelho
R
X
X
X
Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812)
besourinho-de-bico-vermelho
R
X
X
Thalurania furcata (Gmelin, 1788)
beija-flor-tesoura-verde
R
X
periquito-rei
R
X
X
periquito-da-caatinga
R, E
X
X
Pyrrhura lepida ( Wagler, 1832)
tiriba-pérola
R, E
Alipiopsitta x anthops (Spix, 1824)
papagaio-galego
R
Pionusmaximiliani (Kuhl, 1820)
maitaca-verde
R
X
X
beija-flor-de-fronte-violeta
R
X
X
Amazilia fi mbriata (Gmelin, 1788)
beija-flor-de-garganta-verde
R
X
X
TROGONIFORMES TROGONIDAE
alma-de-gato
R
X
X
X
R
surucuá-variado
R
Trogon curucui Linnaeus, 1766
surucuá-de-barriga-vermelha
R
juruva-verde
R
udu-de-coroa-azul
R
papa-lagarta-acanelado
R
X
Coccyzusamericanus (Linnaeus, 1758)
papa-lagarta-de-asa-vermelha
VN
X
X
papa-lagarta-de-euler
R
X
X
CORACIIFORMES
X
MOMOTIDAE
X
Momotus mom ota (Linnaeus, 1766)
anu-preto
R
X
anu-branco
R
X
saci
R
X
surucuá-grande-debarriga-amarela
Trogonsurrucura V ieillot, 1817
Trogon viridis Linnaeus, 1766
Coccyzusmelacoryphus Vieillot, 1817
Tapera naevia (Linnaeus, 1766)
X X
Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788)
CUCULIDAE
Guira guira (Gmelin, 1788)
X X
X
CUCULIFORMES
Crotophaga ani Linnaeus, 1758
X
arara-canindé
Aratinga cactor um (Kuhl, 1820)
Coccyzus euleri Cabanis, 1873
X
maracanã-do-buriti
Aratinga aurea ( Gmelin, 1788)
Piaya cayana (Linnaeus, 1766)
X
X
Tachornis squamata (Cassin, 1853)
Aratinga leucop hthalma (Statius Muller, 1776)
X
X
Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796)
Orthopsittaca manilata (Boddaert, 1783)
PRESIDENTE KENNEDY
X X
PSITTACIFORMES Ara ararauna (Linnaeus, 1758)
IRAMAIA
Baryphthengus ruficapillus ( Vieillot, 1818)
X
X X X
X X
11 8
NOME DO TÁXON
119
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
GALBULIFORMES GALBULIDAE Brachygalba lugubris ( Swainson, 1838) Galbula ruficauda Cuvier, 1816
ariramba-preta
R
ariramba-de-cauda-ruiva
R
X
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764)
choca-barrada
R
X
NOME DO TÁXON
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
Thamnophilus capistratus Lesson, 1840
choca-barrada-do-nordeste
R, E
X
X
Thamnophilus punctatus (Shaw, 1809)
choca-bate-cabo
R
X
X
X
X
Thamnophilus pelzelni Hellmayr, 1924
choca-do-planalto
R, E
X
X
X
choca-da-mata
R
X
BUCCONIDAE
Thamnophilu s caerulescens Vieillot, 1816
Notharchus te ctus (Boddaert, 1783)
macuru-pintado
R
X
Thamnophilus amazonicus Sclater, 1858
choca-canela
R
X
Bucco tamatia Gmelin, 1788
rapazinho-carijó
R
X
Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823)
choquinha-lisa
R
X
Nystalus chacur u (Vieillot, 1816) Nystalus maculatu s (Gmelin, 1788) Monasa nigr ifrons ( Spix, 1824) Chelidopteratenebrosa (Pallas, 1782)
Myrmother ula axillar is ( Vieillot, 1817)
choquinha-de-flanco-branco
R
X
Myrmorchilu s strigi latus (Wied, 1831)
piu-piu
R
X
R
X
Herpsilochmussellowi Whitney & Pacheco, 2000
chorozinho-da-caatinga
R, E
X
R
X
Herpsilochmuspileatus (Lichtenstein, 1823)
chorozinho-de-boné
R, E
chorozinho-de-chapéu-preto
R
papa-formiga-pardo
R
formigueiro-de-barriga-preta
R
joão-bobo
R
rapazinho-dos-velhos
R
chora-chuva-preto urubuzinho
X X
PICIFORMES
Herpsilochmus atricapillu s Pelzeln, 1868
RAMPHASTIDAE
Formicivora grisea ( Boddaert, 1783)
R
X
Cercomacraferdinandi Snethlage, 1928
chororó-de-goiás
R, E
X
Pyriglenaleucoptera (Vieillot, 1818)
papa-taoca-do-sul
R
X
Willisornis poecilinotus (Cabanis, 1847)
rendadinho
R
chupa-dente
R
X
X
torom-do-nordeste
R, E
X
X
galinha-do-mato
R
vira-folha
R
R
tucano-grande-de-papo-branco tucano-de-bico-preto saripoca-de-gould
R
Conopophaga lineata (Wied, 1831)
X
GRALLARIIDAE
pica-pau-anão-pintado
R, E
Picumnuscirratus Temminck, 1825
pica-pau-anão-barrado
R
Melanerpes cruentatus ( Boddaert, 1783)
benedito-de-testa-vermelha
R
X
Hylopezusochroleucus ( Wied, 1831)
Veniliornis affinis (Swainson, 1821)
picapauzinho-avermelhado
R
X
FORMICARIIDAE
picapauzinho-anão
R
pica-pau-bufador
R
pica-pau-dourado-escuro
R
pica-pau-de-cabeça-amarela
R
Celeus flavescens (Gmelin, 1788) Celeus flavus (Statius Muller, 1776) Celeus obrieni Short, 1973 Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788)
X
X
Picumnus pygmaeus (Lichtenstein, 1823)
Piculuschrysochloros (Vieillot, 1818)
X
Formicarius colma Boddaert, 1783
X X
X
Sclerurus scansor (Ménétriès, 1835)
X X
X
X
DENDROCOLAPTIDAE
X X
pica-pau-amarelo
R
X
Dendrocinclafuliginosa (Vieillot, 1818)
arapaçu-pardo
R
R, E
X
Sittasomusgriseicapillus (Vieillot, 1818)
arapaçu-verde
R
X
X
pica-pau-de-topete-vermelho
R
X
X
X
Dendrocolaptes platyrostris S pix, 1825
THAMNOPHILIDAE
Xiphorhynchu s fuscus ( Vieillot, 1818)
120
X
pica-pau-do-parnaíba
Dendroplex picus ( Gmelin, 1788)
Sakesphoruscristatus (Wied, 1831)
X X
SCLERURIDAE
PASSERIFORMES Taraba major (Vieillot, 1816)
X
CONOPOPHAGIDAE
PICIDAE
Piculusflavigula (Boddaert, 1783)
X X
R
Ramphastos tucanus Linnaeus, 1758
Veniliornis passerinus ( Linnaeus, 1766)
X
Formicivoramelanogaster Pelzeln, 1868
tucanuçu
Selenideragouldii (Natterer, 1837)
X X
X
Ramphastos toco Statius Muller, 1776
Ramphastos vitellinus L ichtenstein, 1823
X
choró-boi
R
X
X
choca-do-nordeste
R, E
X
X
X
Xiphorhynchu s spixii (Lesson, 1830) Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818)
arapaçu-grande
R
arapaçu-de-bico-branco
R
arapaçu-rajado
R
arapaçu-de-spix
R, E
arapaçu-de-cerrado
R
X X X X X X
X
12 1
NOME DO TÁXON
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
GALBULIFORMES GALBULIDAE Brachygalba lugubris ( Swainson, 1838) Galbula ruficauda Cuvier, 1816
ariramba-preta
R
ariramba-de-cauda-ruiva
R
X
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764)
choca-barrada
R
X
NOME DO TÁXON
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
Thamnophilus capistratus Lesson, 1840
choca-barrada-do-nordeste
R, E
X
X
Thamnophilus punctatus (Shaw, 1809)
choca-bate-cabo
R
X
X
X
X
Thamnophilus pelzelni Hellmayr, 1924
choca-do-planalto
R, E
X
X
X
choca-da-mata
R
X
BUCCONIDAE
Thamnophilu s caerulescens Vieillot, 1816
Notharchus te ctus (Boddaert, 1783)
macuru-pintado
R
X
Thamnophilus amazonicus Sclater, 1858
choca-canela
R
X
Bucco tamatia Gmelin, 1788
rapazinho-carijó
R
X
Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823)
choquinha-lisa
R
X
Nystalus chacur u (Vieillot, 1816) Nystalus maculatu s (Gmelin, 1788) Monasa nigr ifrons ( Spix, 1824) Chelidopteratenebrosa (Pallas, 1782)
Myrmother ula axillar is ( Vieillot, 1817)
choquinha-de-flanco-branco
R
X
Myrmorchilu s strigi latus (Wied, 1831)
piu-piu
R
X
R
X
Herpsilochmussellowi Whitney & Pacheco, 2000
chorozinho-da-caatinga
R, E
X
R
X
Herpsilochmuspileatus (Lichtenstein, 1823)
chorozinho-de-boné
R, E
chorozinho-de-chapéu-preto
R
papa-formiga-pardo
R
formigueiro-de-barriga-preta
R
joão-bobo
R
rapazinho-dos-velhos
R
chora-chuva-preto urubuzinho
X X
PICIFORMES
Herpsilochmus atricapillu s Pelzeln, 1868
RAMPHASTIDAE
Formicivora grisea ( Boddaert, 1783)
R
X
Cercomacraferdinandi Snethlage, 1928
chororó-de-goiás
R, E
X
Pyriglenaleucoptera (Vieillot, 1818)
papa-taoca-do-sul
R
X
Willisornis poecilinotus (Cabanis, 1847)
rendadinho
R
chupa-dente
R
X
X
torom-do-nordeste
R, E
X
X
galinha-do-mato
R
vira-folha
R
R
tucano-grande-de-papo-branco tucano-de-bico-preto saripoca-de-gould
R
Conopophaga lineata (Wied, 1831)
X
GRALLARIIDAE
pica-pau-anão-pintado
R, E
Picumnuscirratus Temminck, 1825
pica-pau-anão-barrado
R
Melanerpes cruentatus ( Boddaert, 1783)
benedito-de-testa-vermelha
R
X
Hylopezusochroleucus ( Wied, 1831)
Veniliornis affinis (Swainson, 1821)
picapauzinho-avermelhado
R
X
FORMICARIIDAE
picapauzinho-anão
R
pica-pau-bufador
R
pica-pau-dourado-escuro
R
pica-pau-de-cabeça-amarela
R
Celeus flavescens (Gmelin, 1788) Celeus flavus (Statius Muller, 1776) Celeus obrieni Short, 1973 Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788)
X
X
Picumnus pygmaeus (Lichtenstein, 1823)
Piculuschrysochloros (Vieillot, 1818)
X
Formicarius colma Boddaert, 1783
X X
X
Sclerurus scansor (Ménétriès, 1835)
X X
X
X
DENDROCOLAPTIDAE
X
X X
pica-pau-amarelo
R
X
Dendrocinclafuliginosa (Vieillot, 1818)
arapaçu-pardo
R
pica-pau-do-parnaíba
R, E
X
Sittasomusgriseicapillus (Vieillot, 1818)
arapaçu-verde
R
X
X
pica-pau-de-topete-vermelho
R
X
X
X
Dendrocolaptes platyrostris S pix, 1825 Dendroplex picus ( Gmelin, 1788)
THAMNOPHILIDAE
Xiphorhynchu s fuscus ( Vieillot, 1818)
Sakesphoruscristatus (Wied, 1831)
X X
SCLERURIDAE
PASSERIFORMES Taraba major (Vieillot, 1816)
X
CONOPOPHAGIDAE
PICIDAE
Piculusflavigula (Boddaert, 1783)
X X
R
Ramphastos tucanus Linnaeus, 1758
Veniliornis passerinus ( Linnaeus, 1766)
X
Formicivoramelanogaster Pelzeln, 1868
tucanuçu
Selenideragouldii (Natterer, 1837)
X X
X
Ramphastos toco Statius Muller, 1776
Ramphastos vitellinus L ichtenstein, 1823
X
choró-boi
R
X
X
choca-do-nordeste
R, E
X
X
X
Xiphorhynchu s spixii (Lesson, 1830) Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818)
arapaçu-grande
R
arapaçu-de-bico-branco
R
arapaçu-rajado
R
arapaçu-de-spix
R, E
arapaçu-de-cerrado
R
X X X X X X
X
120
12 1
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
Lepidocolaptes squamatus (Lichtenstein, 1822)
arapaçu-escamado
R, E
X
Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824)
risadinha
R
X
X
X
Lepidocolaptes wagleri ( Spix, 1824)
arapaçu-de-wagler
R, E
X
Phaeomyiasmurina ( Spix, 1825)
bagageiro
R
X
Campylorhamphus trochilirostris ( Lichtenstein, 1820)
arapaçu-beija-flor
R
marianinha-amarela
R
X
X
barulhento
R
X X X
X
X
X
X
X
NOME DO TÁXON
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
X
Capsiempis flaveola (Lichtenstein, 1823)
FURNARIIDAE Synallaxis frontalis Pelzeln, 1859 Synallaxis spixi Sclater, 1856 Synallaxis scutata Sclater, 1859
Euscarthmus meloryphu s W ied, 1831
petrim
R
X
Sublegatus modestus ( Wied, 1831)
guaracava-modesta
R
joão-teneném
R
X
Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825)
bico-chato-de-orelha-preta
R
estrelinha-preta
R
X
Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831)
bico-chato-amarelo
R
Platyrinchus mystaceus V ieillot, 1818
patinho
R
filipe
R
X
Synallaxis ruficapilla Vieillot, 1819 Gyalophylax hellmayri (Reiser, 1905) Cranioleuca semicinerea (Reichenbach, 1853) Xenops minutu s (Sparrman, 1788) Xenops ruti lans Temminck, 1821 Megaxenops parnaguae Reiser, 1905
X
X
Myiophobus fas ciatus ( Statius Muller, 1776)
joão-chique-chique
R, E
joão-de-cabeça-cinza
R, E
X
bico-virado-miúdo
R
X
bico-virado-carijó
R
bico-virado-da-caatinga
R, E
X
X
X
Corythopis torquatus ( Tschudi, 1844) Hemitriccusorbitatus (Wied, 1831) Hemitriccus striaticolli s (Lafresnaye, 1853) Hemitriccus nidipendulu s (Wied, 1831) Hemitriccus margaritaceiventer
(d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) Myiornis e caudatus (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837)
cabeçudo
R R
tiririzinho-do-mato
R, E
sebinho-rajado-amarelo
R
tachuri-campainha
R, E
sebinho-de-olho-de-ouro
R
X
R
X
R
X
papa-moscas-cinzento
R
X
X X
Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766)
ferreirinho-relógio
R
X
piolhinho
R
maria-pechim
R
Myiopagis cani ceps (Swainson, 1835)
guaracava-cinzenta
R
Myiopagis v iridicata (Vieillot, 1817)
guaracava-de-crista-alaranjada
R
X
lavadeira-de-cara-branca
R
Colonia colonus (Vieillot, 1818)
viuvinha
R
X
X
Machetorni s rixosa (Vieillot, 1819)
suiriri-cavaleiro
R
X
X
Legatus leucophaius (Vieillot, 1818)
bem-te-vi-pirata
R
X
bentevizinho-de-asa-ferrugínea
R
X
Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766)
Griseotyrannus aurantioatrocristatus Tyrannus melancholicus V ieillot, 1819 Tyrannus savana Vieillot, 1808
X X X
Rhytipterna simplex (Lichtenstein, 1823) Sirystessibilator (Vieillot, 1818)
X X
Megarynchu s pitangua ( Linnaeus, 1766)
(d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) X
X
Casiornis fuscus Sclater & Salvin, 1873
tuque
R
X
Myiarchus tube rculifer (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837)
guaracava-de-topete-uniforme
R
X
Myiarchus swain soni Cabanis & Heine, 1859 Myiarchus fe rox (Gmelin, 1789)
12 2
X X
Fluvicola albiventer ( Spix, 1825)
Myiozetete s cayanensis (Linnaeus, 1766)
X
R R
X
enferrujado
X
R, E
Elaenia cr istata P elzeln, 1868
X
guaracavuçu
X
teque-teque
Elaenia me soleuca (Deppe, 1830)
X
Cnemotriccusfuscatus ( Wied, 1831)
X
ferreirinho-de-testa-parda
Phyllomyias fasciatus (Thunberg, 1822)
R R
Lathrotriccuseuleri (Cabanis, 1868)
X
Todirostrum poliocephalum ( Wied, 1831)
Myiopagis g aimardii (d’Orbigny, 1839)
assanhadinho gibão-de-couro
X X
Poecilotriccusfumifrons (Hartlaub, 1853)
X
Hirundineaferruginea (Gmelin, 1788)
Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776)
caçula
X
Myiobius barbatu s (Gmelin, 1789)
Contopuscinereus ( Spix, 1825)
estalador-do-norte
X
X
TYRANNIDAE Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846
NOME DO TÁXON
X
bem-te-vi
R
bem-te-vi-rajado
R
neinei
R
peitica-de-chapéu-preto
R
suiriri
R
X
tesourinha
R
X
vissiá
R
X
X
X
X
X X
X
X
X X
gritador
R
caneleiro-enxofre
R, E
X
maria-cavaleira-pequena
R
irré
R
X
maria-cavaleira
R
X
X
X
X X X
X
X
123
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
Lepidocolaptes squamatus (Lichtenstein, 1822)
arapaçu-escamado
R, E
X
Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824)
risadinha
R
X
X
X
Lepidocolaptes wagleri ( Spix, 1824)
arapaçu-de-wagler
R, E
X
Phaeomyiasmurina ( Spix, 1825)
bagageiro
R
X
Campylorhamphus trochilirostris ( Lichtenstein, 1820)
arapaçu-beija-flor
R
marianinha-amarela
R
X
X
barulhento
R
X X X
X
X
X
X
X
NOME DO TÁXON
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
X
Capsiempis flaveola (Lichtenstein, 1823)
FURNARIIDAE Synallaxis frontalis Pelzeln, 1859 Synallaxis spixi Sclater, 1856 Synallaxis scutata Sclater, 1859
Euscarthmus meloryphu s W ied, 1831
petrim
R
X
Sublegatus modestus ( Wied, 1831)
guaracava-modesta
R
joão-teneném
R
X
Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825)
bico-chato-de-orelha-preta
R
estrelinha-preta
R
X
Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831)
bico-chato-amarelo
R
Platyrinchus mystaceus V ieillot, 1818
patinho
R
filipe
R
X
Synallaxis ruficapilla Vieillot, 1819 Gyalophylax hellmayri (Reiser, 1905) Cranioleuca semicinerea (Reichenbach, 1853) Xenops minutu s (Sparrman, 1788) Xenops ruti lans Temminck, 1821 Megaxenops parnaguae Reiser, 1905
X
X
Myiophobus fas ciatus ( Statius Muller, 1776)
joão-chique-chique
R, E
joão-de-cabeça-cinza
R, E
X
bico-virado-miúdo
R
X
bico-virado-carijó
R
bico-virado-da-caatinga
R, E
X
X
X
Corythopis torquatus ( Tschudi, 1844) Hemitriccusorbitatus (Wied, 1831) Hemitriccus striaticolli s (Lafresnaye, 1853) Hemitriccus nidipendulu s (Wied, 1831) Hemitriccus margaritaceiventer
(d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) Myiornis e caudatus (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837)
cabeçudo
R R
tiririzinho-do-mato
R, E
sebinho-rajado-amarelo
R
tachuri-campainha
R, E
sebinho-de-olho-de-ouro
R
X
R
X
R
X
papa-moscas-cinzento
R
X
X X
Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766)
ferreirinho-relógio
R
X
piolhinho
R
maria-pechim
R
Myiopagis cani ceps (Swainson, 1835)
guaracava-cinzenta
R
Myiopagis v iridicata (Vieillot, 1817)
guaracava-de-crista-alaranjada
R
X
lavadeira-de-cara-branca
R
Colonia colonus (Vieillot, 1818)
viuvinha
R
X
X
Machetorni s rixosa (Vieillot, 1819)
suiriri-cavaleiro
R
X
X
Legatus leucophaius (Vieillot, 1818)
bem-te-vi-pirata
R
X
bentevizinho-de-asa-ferrugínea
R
X
Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766)
Griseotyrannus aurantioatrocristatus Tyrannus melancholicus V ieillot, 1819 Tyrannus savana Vieillot, 1808
X X X
Rhytipterna simplex (Lichtenstein, 1823) Sirystessibilator (Vieillot, 1818)
X X
Megarynchu s pitangua ( Linnaeus, 1766)
(d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) X
X
X X
Fluvicola albiventer ( Spix, 1825)
Myiozetete s cayanensis (Linnaeus, 1766)
X
R R
X
enferrujado
X
R, E
Elaenia cr istata P elzeln, 1868
X
guaracavuçu
X
teque-teque
Elaenia me soleuca (Deppe, 1830)
X
Cnemotriccusfuscatus ( Wied, 1831)
X
ferreirinho-de-testa-parda
Phyllomyias fasciatus (Thunberg, 1822)
R R
Lathrotriccuseuleri (Cabanis, 1868)
X
Todirostrum poliocephalum ( Wied, 1831)
Myiopagis g aimardii (d’Orbigny, 1839)
assanhadinho gibão-de-couro
X X
Poecilotriccusfumifrons (Hartlaub, 1853)
X
Hirundineaferruginea (Gmelin, 1788)
Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776)
caçula
X
Myiobius barbatu s (Gmelin, 1789)
Contopuscinereus ( Spix, 1825)
estalador-do-norte
X
X
TYRANNIDAE Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846
NOME DO TÁXON
Casiornis fuscus Sclater & Salvin, 1873
tuque
R
X
Myiarchus tube rculifer (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837)
guaracava-de-topete-uniforme
R
X
Myiarchus swain soni Cabanis & Heine, 1859 Myiarchus fe rox (Gmelin, 1789)
X
bem-te-vi
R
bem-te-vi-rajado
R
neinei
R
peitica-de-chapéu-preto
R
suiriri
R
X
tesourinha
R
X
vissiá
R
X
X
X
X
X X
X
X
X X
gritador
R
caneleiro-enxofre
R, E
X
maria-cavaleira-pequena
R
irré
R
X
maria-cavaleira
R
X
X
X
X X X
X
X
12 2
NOME DO TÁXON Myiarchus tyr annulus (Statius Muller, 1776) Ramphotrigonruficauda ( Spix, 1825) Attila spadice us (Gmelin, 1789)
123
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
maria-cavaleira-derabo-enferrujado
R
bico-chato-de-rabo-vermelho
R
X
capitão-de-saíra-amarelo
R
X
X
X
COTINGIDAE Lipaugusvociferans ( Wied, 1820)
cricrió
R
Pyroderus scutatus ( Shaw, 1792)
pavó
R
X X
R
X
X
rendeira
R
X
X
Antilophia gale ata (Lichtenstein, 1823)
soldadinho
R
X
X
Chiroxiphia pareola (Linnaeus, 1766)
tangará-falso
R
X
X
flautim
R
X
X
Schiffornisturdina (Wied, 1831)
flautim-marrom
R, E
X
Iodopleura isabellae P arzudaki, 1847
anambé-de-coroa
R
X
TITYRIDAE Schiffornisvirescens ( Lafresnaye, 1838)
Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) Pachyramphus marginatus ( Lichtenstein, 1823) Xenopsaris albinucha (Burmeister, 1869)
caneleiro-preto
R
X
caneleiro-bordado
R
X
tijerila
R
X
X
pitiguari
R
Vireo olivaceus ( Linnaeus, 1766)
juruviara
R
vite-vite-de-olho-cinza
R, E
X
X
gralha-cancã
R, E
X
Pygochelidoncyanoleuca (Vieillot, 1817)
andorinha-pequena-de-casa
R
Stelgidopteryxruficollis (Vieillot, 1817)
andorinha-serradora
R
Progne tapera (Vieillot, 1817)
andorinha-do-campo
R
corruíra
R
garrinchão-pai-avô
R
X
X
X X
CORVIDAE X
HIRUNDINIDAE X
X
X
X
X X
TROGLODYTIDAE Troglodytesmusculus Naumann, 1823 Pheugopediusgenibarbis ( Swainson, 1838)
124
Cantorchilu s longirostris (Vieillot, 1819)
garrinchão-de-bico-grande
R, E
X
X
Polioptila plumbea ( Gmelin, 1788)
balança-rabo-de-chapéu-preto
R
X
X
Polioptila dumicola (Vieillot, 1817)
balança-rabo-de-máscara
R
X
X
sabiá-norte-americano
VN
sabiá-barranco
R
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
POLIOPTILIDAE X
TURDIDAE
Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 Turdus albicollis Vieillot, 1818
sabiá-poca
R
sabiá-coleira
R
sabiá-do-campo
R
cambacica
R
X X X X
MIMIDAE Mimus saturni nus (Lichtenstein, 1823)
Coereba flaveola (Linnaeus, 1758)
X X
THRAUPIDAE Schistochlamys ruficapillus (Vieillot, 1817) Nemosia pi leata (Boddaert, 1783) Thlypopsissordida (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837)
X
Cyclarhisgujanensis ( Gmelin, 1789)
Cyanocoraxcyanopogon ( Wied, 1821)
X
COEREBIDAE
VIREONIDAE
Hylophilus amaurocephalus ( Nordmann, 1835)
SÃO FÉLIX DO CORIBE
R
Turdus leucomelas Vieillot, 1818
fruxu-do-cerradão
Manacus manacus (Linnaeus, 1766)
STATUS
garrinchão-de-barriga-vermelha
Catharusfuscescens (Stephens, 1817)
PIPRIDAE Neopelma palle scens (Lafresnaye, 1853)
NOME EM PORTUGUÊS
Cantorchilus leucotis ( Lafresnaye, 1845)
NOME DO TÁXON
bico-de-veludo
R, E
saíra-de-chapéu-preto
R
X X
X
X
saí-canário
R
Tachyphonus cristatus (Linnaeus, 1766)
tiê-galo
R
X
Tachyphonus coronatus ( Vieillot, 1822)
tiê-preto
R
X X
Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783)
X
X
pipira-preta
R
Ramphocelus carbo ( Pallas, 1764)
pipira-vermelha
R
Thraupis sayaca (Linnaeus, 1766)
sanhaçu-cinzento
R
X
Thraupis palmarum ( Wied, 1823)
sanhaçu-do-coqueiro
R
X
X
Tangara cayana ( Linnaeus, 1766)
saíra-amarela
R
X
X
Dacnis cayana ( Linnaeus, 1766)
saí-azul
R
X
X
saíra-de-papo-preto
R
X
Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) Hemithraupis ruficapilla (Vieillot, 1818) Conirostrumspeciosum (Temminck, 1824)
saíra-ferrugem
R, E
figuinha-de-rabo-castanho
R
tico-tico
R
tiziu
R
X
X X
X
X
EMBERIZIDAE X
X X
Zonotri chia capensi s (Statius Muller, 1776)
X
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766)
X X
X
12 5
NOME DO TÁXON Myiarchus tyr annulus (Statius Muller, 1776) Ramphotrigonruficauda ( Spix, 1825) Attila spadice us (Gmelin, 1789)
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
maria-cavaleira-derabo-enferrujado
R
bico-chato-de-rabo-vermelho
R
X
capitão-de-saíra-amarelo
R
X
X
X
COTINGIDAE Lipaugusvociferans ( Wied, 1820)
cricrió
R
Pyroderus scutatus ( Shaw, 1792)
pavó
R
X X
R
X
X
rendeira
R
X
X
Antilophia gale ata (Lichtenstein, 1823)
soldadinho
R
X
X
Chiroxiphia pareola (Linnaeus, 1766)
tangará-falso
R
X
X
flautim
R
X
X
Schiffornisturdina (Wied, 1831)
flautim-marrom
R, E
X
Iodopleura isabellae P arzudaki, 1847
anambé-de-coroa
R
X
TITYRIDAE Schiffornisvirescens ( Lafresnaye, 1838)
Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) Pachyramphus marginatus ( Lichtenstein, 1823) Xenopsaris albinucha (Burmeister, 1869)
caneleiro-preto
R
X
caneleiro-bordado
R
X
tijerila
R
X
X
pitiguari
R
Vireo olivaceus ( Linnaeus, 1766)
juruviara
R
vite-vite-de-olho-cinza
R, E
X
X
gralha-cancã
R, E
X
Pygochelidoncyanoleuca (Vieillot, 1817)
andorinha-pequena-de-casa
R
Stelgidopteryxruficollis (Vieillot, 1817)
andorinha-serradora
R
Progne tapera (Vieillot, 1817)
andorinha-do-campo
R
corruíra
R
garrinchão-pai-avô
R
X
X
X X
CORVIDAE X
HIRUNDINIDAE X
X
X
X
X X
TROGLODYTIDAE Troglodytesmusculus Naumann, 1823 Pheugopediusgenibarbis ( Swainson, 1838)
Sporophilanigricollis (Vieillot, 1823) Tiarisfuliginosus (Wied, 1830) Arremon ta citurnus (Hermann, 1783) Arremon f ranciscanus Raposo, 1997
garrinchão-de-bico-grande
R, E
X
X
Polioptila plumbea ( Gmelin, 1788)
balança-rabo-de-chapéu-preto
R
X
X
Polioptila dumicola (Vieillot, 1817)
balança-rabo-de-máscara
R
X
X
sabiá-norte-americano
VN
sabiá-barranco
R
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
POLIOPTILIDAE X
TURDIDAE
Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 Turdus albicollis Vieillot, 1818
sabiá-poca
R
sabiá-coleira
R
sabiá-do-campo
R
cambacica
R
X X X X
MIMIDAE Mimus saturni nus (Lichtenstein, 1823)
X
Coereba flaveola (Linnaeus, 1758)
X
THRAUPIDAE Schistochlamys ruficapillus (Vieillot, 1817) Nemosia pi leata (Boddaert, 1783)
bico-de-veludo
R, E
saíra-de-chapéu-preto
R
X X
X
X
saí-canário
R
Tachyphonus cristatus (Linnaeus, 1766)
tiê-galo
R
X
Tachyphonus coronatus ( Vieillot, 1822)
tiê-preto
R
X X
Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783)
X
X
pipira-preta
R
Ramphocelus carbo ( Pallas, 1764)
pipira-vermelha
R
Thraupis sayaca (Linnaeus, 1766)
sanhaçu-cinzento
R
X
Thraupis palmarum ( Wied, 1823)
sanhaçu-do-coqueiro
R
X
X
Tangara cayana ( Linnaeus, 1766)
saíra-amarela
R
X
X
Dacnis cayana ( Linnaeus, 1766)
saí-azul
R
X
X
saíra-de-papo-preto
R
X
Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) Hemithraupis ruficapilla (Vieillot, 1818) Conirostrumspeciosum (Temminck, 1824)
saíra-ferrugem
R, E
figuinha-de-rabo-castanho
R
tico-tico
R
tiziu
R
X
X X
X
X
EMBERIZIDAE X
X X
Zonotri chia capensi s (Statius Muller, 1776)
X
124
NOME DO TÁXON
Cantorchilu s longirostris (Vieillot, 1819)
Thlypopsissordida (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837)
X
Cyclarhisgujanensis ( Gmelin, 1789)
Cyanocoraxcyanopogon ( Wied, 1821)
X
COEREBIDAE
VIREONIDAE
Hylophilus amaurocephalus ( Nordmann, 1835)
SÃO FÉLIX DO CORIBE
R
Turdus leucomelas Vieillot, 1818
fruxu-do-cerradão
Manacus manacus (Linnaeus, 1766)
STATUS
garrinchão-de-barriga-vermelha
Catharusfuscescens (Stephens, 1817)
PIPRIDAE Neopelma palle scens (Lafresnaye, 1853)
NOME EM PORTUGUÊS
Cantorchilus leucotis ( Lafresnaye, 1845)
NOME DO TÁXON
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766)
X X
X
12 5
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
baiano
R
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
X
cigarra-do-coqueiro
R
tico-tico-de-bico-preto
R
X
X X
tico-tico-do-são-francisco
R, E
Charitospizaeucosma O berholser, 1905
mineirinho
R
Coryphospinguspileatus (Wied, 1821)
tico-tico-rei-cinza
R
X
Paroaria dominicana (Linnaeus, 1758)
cardeal-do-nordeste
R, E
X
X
X X X
CARDINALIDAE Saltatormaximus (Statius Muller, 1776) Saltator similis d ’Orbigny & Lafresnaye, 1837 Cyanoloxia brissonii (Lichtenstein, 1823)
tempera-viola
R
trinca-ferro-verdadeiro
R
X
X
azulão
R
X X
X
PARULIDAE Parula pitiayumi (Vieillot, 1817)
mariquita
R
Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789)
pia-cobra
R
X
Basileuterusculicivorus (Deppe, 1830)
pula-pula
R
X
X
Basileuterusflaveolus (Baird, 1865)
canário-do-mato
R
X
X
Granatellus pelzelni Sclater, 1865
polícia-do-mato
R
corrupião
R, E
X
graúna
R
X X
X
X X
X
ICTERIDAE Icterus jamacaii ( Gmelin, 1788) Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819)
FRINGILLIDAE Euphonia chlo rotica (Linnaeus, 1766) Euphonia vio lacea (Linnaeus, 1758) Euphonia laniir ostris d’Orbigny & Lafresnaye, 1837
12 6
fim-fim
R
gaturamo-verdadeiro
R
gaturamo-de-bico-grosso
R
X
X
X X
127
NOME DO TÁXON Sporophilanigricollis (Vieillot, 1823) Tiarisfuliginosus (Wied, 1830) Arremon ta citurnus (Hermann, 1783) Arremon f ranciscanus Raposo, 1997
NOME EM PORTUGUÊS
STATUS
baiano
R
SÃO FÉLIX DO CORIBE
IRAMAIA
PRESIDENTE KENNEDY
X
cigarra-do-coqueiro
R
tico-tico-de-bico-preto
R
X
X X
tico-tico-do-são-francisco
R, E
Charitospizaeucosma O berholser, 1905
mineirinho
R
Coryphospinguspileatus (Wied, 1821)
tico-tico-rei-cinza
R
X
Paroaria dominicana (Linnaeus, 1758)
cardeal-do-nordeste
R, E
X
X
X X X
CARDINALIDAE Saltatormaximus (Statius Muller, 1776) Saltator similis d ’Orbigny & Lafresnaye, 1837 Cyanoloxia brissonii (Lichtenstein, 1823)
tempera-viola
R
trinca-ferro-verdadeiro
R
X
X
azulão
R
X X
X
PARULIDAE Parula pitiayumi (Vieillot, 1817)
mariquita
R
Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789)
pia-cobra
R
X
Basileuterusculicivorus (Deppe, 1830)
pula-pula
R
X
X
Basileuterusflaveolus (Baird, 1865)
canário-do-mato
R
X
X
Granatellus pelzelni Sclater, 1865
polícia-do-mato
R
corrupião
R, E
X
graúna
R
X X
X
X X
X
ICTERIDAE Icterus jamacaii ( Gmelin, 1788) Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819)
FRINGILLIDAE Euphonia chlo rotica (Linnaeus, 1766) Euphonia vio lacea (Linnaeus, 1758) Euphonia laniir ostris d’Orbigny & Lafresnaye, 1837
fim-fim
R
gaturamo-verdadeiro
R
gaturamo-de-bico-grosso
R
X
X
X X
12 6
127
BIBLIOGRAFIA AB’SABER, A.N. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. ACKLEN, BAES, J. Z. & CAMPBELL, D. (2004). Te BB Line - Evaluating the Role o Birds in Line Faults. In: Chancellor, R. D. & B. U. Meyburg eds. Raptor Worldwild. WWGBP/MME, pp.411-416. ALONSO, J. C., ALONSO, J. A. & MUNOZ- PULIDO, R. (1994). Mitigation o bird collisions with transmission lines through groundwire marking. Biol. Conserv. 67: 129-134. ANDERSON, M. D. (2002). Karoo Large terres- trial bird powerline project, report nº 1. Johannesburg:Eskom(Unpublishedreport). ANDRADE-LIMA, D. (1977). A vegetação das áreas erodidas de calcário Bambuí em Bom Jesus da Lapa, Bahia. Revista Brasileira de Biologia 37: 179-194. APLIC (Avian Power Line Interaction Committee) and USFWS (U.S. Fish and Wildlie Service). (2005) Avian Protection Plan Guidelines. A joint document prepared by: Te Edison Electric Institute’s Avian Power Line Interaction Committee (APLIC) and U.S. Fish and Wildlie Service (USFWS) (April 2005). AVERY, M., P.F. SPRINGER., & J.F. Cassel, 1976. Te effects o a tall tower on nocturnal bird migration - A portable ceilometer study. Auk, 93, 281-291. AVERY, M. L., P. F. SPRINGER., & J. F. CASEEL (1976). Te effects o a tall tower on nocturnal bird migration - A portable ceilometer study. Auk, 93, 281-291. AVERY, M. L., P. F. SPRINGER, & N. S. DAILEY (1980). Avian mortality at man-made structures: An annotated bibliography (revised rom 1978 ed.). U.S. Fish and Wildlie Service, Biological Services Program, National Power Plant eam, FWS/OBS-80/54. AVERY, M. L., P.F. SPRINGER, and N.S. DAILEY (1980). Avian mortality at man-made structures: An annotated bibliography (revised rom 1978 ed.). U.S. Fish and Wildlie Service, Biological Services Program, National Power Plant eam, FWS/OBS-80/54. BASKIN, J.M. & BASKIN, C.C. (2000). Vegetation o limestone and dolomite glades in the ozarks and midwest regions o the Unites States. Annals Missouri Botanical Garden 87: 286-294. BASKIN, J.M.; WEBB, D.H. & BASKIN, C.C. (1995). A floristic plant ecology study o the limestone glades o northern Alabama. Bulletin orrey Botanical Club 122: 226- 242. BEAULAURIER, D. L. (1981). Mitigation o birds collisions with transmission lines. Bonneville Power Administration, US Department o Energy, Boulder, Colorado. BEKKER, H.J.J. & HOCH, D.A. (2002). Analysis o actors contributing to unexplained transmission line aults on a high voltage transmission network. pp. 655-660. In: Proceedings o the 6th Aricon Conerence in Arica, University o Natal, S.A.
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