Dennis Denn is Coon — SUMÁRIO SUMÁRIO
Sumário Prefácio XIII Introdução A Psicologia do Estudo XXIII
Capítulo 1 Introduzindo a Psicologia e os Métodos de Pesquisa 1
Capítulo 2 O Cérebro e o Comportamento 43
Capítulo 3 Desenvolvimento Humano 79
Capítulo 4 Sensação e Percepção 125
Capítulo 5 Estados de Consciência 175
Capítulo 6 Condicionamento e Aprendizado 221
Capítulo 7 Memória 265
Capítulo 8 Cognição, Inteligência e Criatividade 305
VI I
VI II
INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA: UMA JORNADA — Editora Thomson
Capítulo 9 Motivação e Emoção 349
Capítulo 10 Personalidade 397
Capítulo 11 Saúde, Estresse e Lidar com Problemas 441
Capítulo 12 Distúrbios Psicológicos 485
Capítulo 13 Terapias 525
Capítulo 14 Comportamento Social 467
Apêndice Estatísticas Comportamentais 615
Glossário 631 Referências Bibliográficas 651 Índice Onomástico 681 Índice Remissivo 689 Ilustrações Coloridas 705
Prefácio A psicologia é uma área de estudo empolgante. Ela é ao mesmo tempo familiar, exótica, surpreendente e desafiadora. Acima de tudo, a psicologia está mudando. Realmente, este livro é apenas um “instantâneo” de uma cena colorida. No entanto, a mudança torna a psicologia particularmente fascinante. O que poderia ser mais intrigante do que a nossa compreensão progressiva do comportamento humano? A psicologia trata de cada um de nós. Ela pergunta: “Como podemos sair de nós mesmos para observar objetivamente como vivemos, pensamos, sentimos e agimos?”. Os psicólogos acham que a resposta surge mediante um raciocínio detalhado, observação e perguntas. Por mais simples que pareça, essa é a luz orientadora para tudo o que se segue neste texto. Cada um dos capítulos deste livro o levará a um reino diferente da psicologia, tais como personalidade, comportamento anormal, memória, consciência ou desenvolvimento infantil. Cada reino é complexo e fascinante por si só, com muitos caminhos, marcos e desvios interessantes a serem descobertos. O título deste livro, Introdução à Psicologia: Uma Jornada, reflete o fato de que aprender é uma aventura. Como em qualquer jornada de descoberta, este “passeio” pela psicologia o ajudará a entender melhor a si mesmo, os outros e o mundo ao seu redor. Certamente, é uma viagem que vale a pena ser feita. Sinceramente, espero que você ache o comportamento humano tão fascinante quanto eu. Nas páginas que se seguem, fiz o possível para tornar esta primeira viagem pela psicologia agradável e compensadora.
Vamos Começar Para ajudá-lo a começar bem, uma pequena Introdução antecede o Capítulo 1. Ela descreve as habilidades de estudo que você pode utilizar para obter o máximo deste texto e do seu curso de psicologia. Também lhe diz como você pode explorar a psicologia pela Internet e em bancos de dados eletrônicos. Introdução à Psicologia: Uma Jornada é seu passaporte para uma aventura no campo do aprendizado. Por favor, encare este livro como uma carta minha para você. Ele foi escrito sobre e para você.
Introdução à Psicologia: Uma Jornada foi escrito para ser um primeiro curso de psicologia conciso, porém completo. Ele foi organizado em 14 capítulos para que seja possível abranger todo o campo em um único período, no ritmo de um capítulo por semana. A brevidade deste livro levou-me a selecionar somente o “melhor” material dentre os vários tópicos que poderiam ser apresentados. Mesmo assim, Introdução à Psicologia: Uma Jornada cobre não só o âmago da psicologia, mas também vários tópicos que são a última palavra sobre conhecimentos atuais. Novas informações, anedotas, perspectivas e narrativas aparecem nesta edição. O resultado é um texto conciso, legível, informativo, prático e motivador.
Ênfase na Legibilidade e na Narrativa Selecionar um texto é metade da batalha de ministrar um curso bem-sucedido. Um bom texto realiza grande parte do trabalho de informar os alunos. Isso deixa livre o tempo da aula para discussão, tópicos extras ou apresentações de mídia. Também faz que o aluno peça mais. Quando um livro esmaga os alunos ou esfria o seu interesse, tanto o professor quanto o aluno sofrem.
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INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA: UMA JORNADA — Editora Thomson
Muitos alunos de introdução à psicologia são leitores relutantes. Por mais interessante que seja um texto, seu valor se perde se os alunos não o lerem. É por isso que trabalhei arduamente a fim de tornar este texto claro, legível e envolvente. Quero que os estudantes leiam com interesse genuíno e entusiasmo, não meramente como obrigação. Na intenção de encorajar os estudantes a ler, fiz um esforço especial para compor teias de narrativas ao longo de cada capítulo. Todo mundo gosta de uma boa história e a história da psicologia está entre as melhores. Em todo o livro, utilizei anedotas e exemplos intrigantes para estimular a leitura e sustentar o interesse. À medida que os alunos vão explorando os conceitos, eles pensam em idéias e as relacionam com as suas próprias experiências. Por exemplo, os ataques terroristas ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001 são utilizados para ilustrar lembranças do tipo lâmpada de flash e o impacto de estressores traumáticos.
Aplicações Práticas Introdução à Psicologia: Uma Jornada foi elaborado para dar aos alunos uma visão clara dos principais conceitos sem soterrá-los com detalhes. Ao mesmo tempo, ele oferece uma abordagem clara que reflete a rica herança de idéias da psicologia. Penso que os alunos vão considerar este livro informativo e intelectualmente estimulante. Além disso, enfatizei as várias maneiras pelas quais a psicologia se relaciona com o dia-a-dia. Uma das principais características deste livro é a seção Psicologia em Ação encontrada em cada capítulo. Discussões de grande interesse preenchem a lacuna entre a teoria e a aplicação prática. Acho justo os alunos perguntarem: “Isso significa alguma coisa para mim? Eu posso usar isso? Se não posso, por que tenho que aprender?”. As informações apresentadas na seção Psicologia em Ação mostram aos alunos como solucionar questões práticas e administrar seu próprio comportamento. Isso lhes permite ver o benefício de adotar novas idéias e dá vida aos conceitos de psicologia.
Um Guia de Estudos Integrado Os capítulos deste texto estão divididos em segmentos curtos denominados Pausa para Estudo. Cada Pausa para Estudo desafia os alunos a relacionarem os conceitos às suas experiências, a se testarem e a pensarem de forma crítica sobre os princípios que estão aprendendo. Além disso, o capítulo termina com uma auto-avaliação denominada Teste Seus Conhecimentos. As perguntas de múltipla escolha dessa seção oferecem aos alunos uma maneira de avaliar como estão se saindo em seus estudos, respondendo a uma amostra de teste. Esses testes incluem 20 perguntas, que equivalem, em termos de dificuldade, às provas feitas em sala de aula.
Recursos Eletrônicos Para incentivar a pesquisa, os alunos poderão pesquisar no site do livro.*
Diversidade Humana Os alunos de hoje refletem o caráter multicultural e multifacetado da sociedade contemporânea. Em Introdução à Psicologia: Uma Jornada, os alunos encontrarão várias discussões sobre a diversidade humana, incluindo as diferenças de raça, etnia, cultura, sexo, habilidades, orientação sexual e idade. Muitas vezes, essas diferenças dividem desnecessariamente as pessoas em grupos opostos. Minha intenção em todo o texto é desincentivar o estereótipo, o preconceito, a discriminação e a intolerância. Tentei fazer este livro neutro tanto para um sexo quanto para o outro, e sensível em relação a uma série de diferentes questões. Todos os exemplos que envolvem homens e mulheres estão divididos igualmente por sexo. Na arte, nas fotos e nos exemplos tentei retratar a rica diversidade da humanidade. Muitos tópicos e exemplos estimulam os alunos a apreciar as diferenças sociais, físicas e culturais, e a aceitá-las como parte natural do ser humano. * NE: Os links apresentados nesta edição são referenciais e encontram-se em inglês, não sendo de responsabilidade desta Editora sua atualização ou alteração. Para consultá-los, o leitor deverá acessar a página do livro no site http:// www.thomsonlearning.com.br, clicar em Material de apoio suplementar para estudantes e, em seguida, no item que desejar pesquisar.
Dennis Coon — PREFÁCIO
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Psicologia Positiva Nos últimos cem anos, os psicólogos deram muita atenção ao lado negativo do comportamento humano. Isso é fácil de entender porque temos urgência em encontrar soluções para os nossos problemas. No entanto, Martin E. P. Seligman e Mihaly Csikszentmihalyi nos incitam a estudar também o funcionamento ótimo ou a “psicologia positiva”. O que sabemos, por exemplo, sobre o amor, a felicidade, a criatividade, o bem-estar, a autoconfiança e as realizações? Ao longo de todo o livro, tentei responder a essas perguntas para os alunos. Minha esperança é que aqueles que lerem Introdução à Psicologia: Uma Jornada passem a apreciar o potencial que todos nós temos para nos comportar de maneira ótima. Obviamente, espero também que terminem o curso de introdução à psicologia com ferramentas emocionais e intelectuais que possam utilizar para ampliar suas vidas.
Como a Divisão do Capítulo Corrobora o Método SQ4R Introdução à Psicologia: Uma Jornada utiliza um formato SQ4R de aprendizado ativo para tornar o estudo de psicologia uma experiência gratificante. Repare como as etapas do método SQ4R – pesquise, questione, leia, repita a lição, relacione e revise (survey, question, read , recite, relate, review) – estão incorporadas à estrutura dos capítulos.
Pesquise No início de cada capítulo, vários recursos ajudam os alunos a construir mapas cognitivos dos assuntos que surgirão adiante. Um breve trailer , denominado Uma Viagem por Dentro da Psicologia , desperta o interesse, dá um ponto de entrada para o tópico principal do capítulo e concentra a atenção. Depois disso, uma lista de Perguntas para Pesquisa aparece no corpo principal do capítulo a fim de ajudar os alunos a estruturar seu aprendizado. Posteriormente, as Perguntas para Pesquisa são utilizadas para organizar o Resumo do capítulo. Dessa forma, os alunos recebem uma estrutura consistente para estudar e aprender.
Questione Ao longo de cada capítulo, perguntas de diálogo em itálico servem como organizadores avançados que induzem os alunos a buscar idéias importantes à medida que vão lendo. As Perguntas de Orientação também estabelecem um diálogo no qual são previstas as perguntas e as reações dos alunos. Esse diálogo esclarece pontos difíceis – um animado toma-lá-dá-cá entre perguntas e respostas.
Leia Esforcei-me ao máximo para tornar este texto claro e legível. Para ajudar ainda mais na compreensão, fiz uso de uma vasta gama de auxiliares do ensino. Entre eles estão: termos em negrito (com a pronúncia fonética), resumos divididos em itens, quadros de resumo, índice por nome, índice remissivo e um glossário detalhado. Como auxiliar extra, as referências a figuras e tabelas estão marcadas com pequenas formas geométricas. Esses “guardadores de lugar” facilitam para o aluno voltar à leitura depois de ter feito uma pausa para ver uma tabela ou uma figura. Um glossário integrado auxilia a compreensão da leitura, fornecendo definições precisas diretamente no contexto. Quando termos importantes aparecem pela primeira vez, são definidos imediatamente. Dessa maneira, os alunos obtêm definições claras quando e onde precisam delas – no próprio texto geral. Além disso, um Glossário Paralelo define os termos-chave nas margens das páginas. O Glossário Paralelo torna mais fácil, para os alunos, encontrar, estudar e revisar os termos importantes. Em cada um dos capítulos, vários assuntos de destaque colocados em quadros discutem pesquisas recentes, aplicações pessoais, raciocínio crítico, questões clínicas e diversidade humana. Esses destaques são complementos estimulantes mas não invadem o texto principal. Eles enriquecem a apresentação e incentivam os alunos a refletir sobre as idéias que estão aprendendo.
Repita a Lição A cada poucas páginas, uma Pausa para Estudo dá aos alunos oportunidade de testar sua compreensão e recapitular os tópicos anteriores. As Pausas para Estudo são pequenos guias de estudo embutidos que incluem uma Verificação do Aprendizado (um teste curto e não-abrangente). Essas Verificações do Aprendizado ajudam os alunos a processar as informações e a avaliar o seu progresso. No entanto, as perguntas da Verificação do
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INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA: UMA JORNADA — Editora Thomson
Aprendizado são tão difíceis quanto as provas feitas em sala de aula. Conseqüentemente, pede-se aos alunos que perderam qualquer item que voltem e chequem sua compreensão antes de irem adiante. Preencher as Verificações do Aprendizado serve como repetição para ampliar o aprendizado.
Relacione A psicologia cognitiva nos diz que a repetição detalhada é uma das melhores maneiras de formar lembranças duradouras. Por meio dela tornamos novas informações mais significativas relacionando-as com o conhecimento familiar existente. Para ajudar os alunos a praticar a repetição detalhada, cada Pausa para Estudo inclui uma série de perguntas do tipo “Relacione”. Essas perguntas estimulam os alunos a associar novos conceitos a experiências pessoais e a conhecimentos anteriores. Um curso de psicologia contribui naturalmente para a habilidade de raciocinar criticamente. Para facilitar ainda mais o raciocínio crítico, cada Pausa para Estudo inclui também uma ou mais perguntas de Raciocínio Crítico. Essas estimulantes perguntas desafiam os alunos a raciocinar de forma crítica e analítica sobre a psicologia. Cada uma delas é seguida de uma breve resposta com a qual os alunos podem comparar suas idéias. Muitas dessas respostas citam resultados de pesquisas e são informativas por si só.
Revise Como já mencionamos, todos os termos importantes aparecem em um Glossário Paralelo ao longo de todo o livro, o que ajuda a revisar. Também como mencionado, a seção Psicologia em Ação mostra aos alunos como conceitos psicológicos estão associados a problemas práticos, incluindo problemas de sua vida pessoal. As informações encontradas em Psicologia em Ação ajudam a reforçar o aprendizado, ilustrando o aspecto prático da psicologia. Para ajudar os alunos a consolidar seu aprendizado, a seção Revisão do Capítulo reapresenta todas as idéias principais já vistas no capítulo. Essa seção começa com uma lista de Pontos Principais que resumem os conceitos “para viagem” que todo aluno deveria lembrar dez anos depois de ler este texto. A seguir, um Resumo ponto a ponto faz uma sinopse detalhada do capítulo. Como mencionamos anteriormente, o Resumo é organizado em torno das mesmas Perguntas para Pesquisa encontradas no início do capítulo. Isso completa o ciclo do processo SQ4R e reforça as metas de aprendizado do capítulo. Todo capítulo termina com Teste os Seus Conhecimentos, o breve teste de múltipla escolha já descrito. Os alunos que errarem qualquer uma dessas perguntas são incitados a revisar os tópicos mais uma vez, utilizando os vários materiais complementares disponíveis com este texto.
Raciocínio Crítico O caráter ativo e questionador do método SQ4R é, por si só, uma indução ao raciocínio crítico. Muitas das Perguntas de Orientação que introduzem os tópicos no texto servem como modelos de raciocínio crítico. Mais importante, o Capítulo 1 contém uma discussão sobre as habilidades de raciocinar criticamente e uma avaliação racional das pseudopsicologias. Além disso, a discussão sobre métodos de pesquisa do Capítulo 1 é, na verdade, um breve curso sobre como raciocinar claramente a respeito do comportamento. Ela é aumentada por sugestões sobre como avaliar criticamente alegações na mídia popular. O Capítulo 8, “Cognição, Inteligência e Criatividade”, inclui vários tópicos que se concentram na capacidade de raciocinar. Ao longo do texto, muitos quadros promovem o raciocínio crítico sobre assuntos específicos que os alunos deveriam abordar com um ceticismo saudável. Como mencionamos, toda Pausa para Estudo inclui perguntas de Raciocínio Crítico. Juntos, esses recursos ajudam o aluno a ganhar habilidades de raciocínio de valor duradouro.
Introdução: A Psicologia do Estudo Nesta introdução, os alunos encontrarão uma série de estratégias extremamente úteis para melhorar seus hábitos
de estudo. A Introdução mostra aos alunos como ler eficazmente, estudar de maneira mais eficiente, fazer boas anotações, preparar-se para os testes, sair-se bem nos diversos tipos de teste, criar agendas de estudo e evitar o adiamento. Além disso, inclui a discussão do aprendizado auto-regulado (que anteriormente estava no Capítulo 6). Meu objetivo é ajudar os alunos a aplicar os princípios ativos de aprendizado a todo o curso, não apenas à segunda metade.
Dennis Coon — PREFÁCIO
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Capítulo 1: Introduzindo a Psicologia e os Métodos de Pesquisa Esse capítulo sofreu uma pequena atualização. As psicologias dos sexos e evolutiva foram incluídas na lista de especialidades de pesquisa. A nova arte gráfica dá um exemplo melhor de uma Gestalt perceptiva. Na seção de método de pesquisa, foi adicionada uma discussão sobre os prós e os contras das pesquisas na Internet. Foram acrescentadas também mais dez questões à amostra de teste no final deste capítulo (“Teste Seus Conhecimentos”). (Esta melhora se aplica a todos os capítulos.)
Arquivo Clínico: As Irmãs Genain — Problema Quadruplicado Esse novo destaque descreve um estudo clássico de longa data de quadrigêmeos idênticos que se tornaram esquizofrênicos. As chances de todos os quadrigêmeos idênticos tornarem-se esquizofrênicos são de cerca de uma em 1,5 bilhão. Conseqüentemente, as irmãs Genain mostram aos alunos por que os estudos clínicos às vezes fornecem insights que não podem ser obtidos de outra maneira.
Capítulo 2: O Cérebro e o Comportamento Esse capítulo foi reescrito a fim de tornar-se mais interessante e claro. A arte gráfica aperfeiçoada esclarece os eventos ocorridos durante um potencial de ação. A arte que ilustra os lóbulos do córtex cerebral e o sistema límbico também foi aperfeiçoada. Descobertas recentes atualizam o que sabemos sobre as origens do fato de a pessoa ser destra ou canhota.
Arquivo Clínico: Um Golpe de Azar Esse novo destaque descreve alguns dos leves sinais neurológicos que os psicólogos procuram quando suspeitam de uma lesão, doença ou mal funcionamento cerebral.
Capítulo 3: Desenvolvimento Humano Nesse capítulo, a discussão sobre diferenças étnicas nas práticas de criar filhos foi atualizada e ampliada. Um novo destaque, “Bater ou Não Bater?”, discute provas empíricas que fornecem o fundamento lógico para minimizar ou evitar a utilização do bater para disciplinar os filhos. Também, atualizações de pesquisas ampliam as discussões de períodos delicados e linguagem, o efeito Mozart, treinamento de banheiro, apego seguro e creches.
Arquivo Clínico: Além da Saudade de Casa Novo destaque que discute o problema da ansiedade das separações nas crianças e ajuda os alunos a distingui-la do apego e da timidez.
Capítulo 4: Sensação e Percepção A organização básica desse capítulo permanece inalterada. As revisões envolvem principalmente atualizações de pesquisas e novas informações, quando apropriado. As revisões adicionais estão listadas a seguir: • • • • • •
A nova arte gráfica esclarece as estruturas e as funções da retina e do ouvido. Os resultados recentes de pesquisas são utilizados para atualizar a discussão sobre o olfato. Uma breve discussão examina as causas do “efeito outra raça” no reconhecimento facial. Foi acrescentada uma breve cobertura de cegueira de desatenção. “Miss Cleo” e fraudes televisivas semelhantes são desacreditadas nas discussões da PES. Uma discussão atualizada sobre a acuidade perceptiva inclui uma tabela (baseada em pesquisas recentes) que resume os principais fatores que afetam as percepções das testemunhas oculares.
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INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA: UMA JORNADA — Editora Thomson
Arquivo Clínico: Doutor, o Senhor Não Está Ouvindo? Esse novo destaque explica por que as alucinações são consideradas um sintoma de distúrbio mental e diz como podem ocorrer “alucinações sãs”.
Capítulo 5: Estados de Consciência Como detalhamos a seguir, as informações sobre drogas psicoativas foram atualizadas e melhoradas consideravelmente. Além disso, as atualizações das pesquisas melhoram as discussões sobre uma série de assuntos ao longo do capítulo. • • • • •
Uma breve seção explica os mecanismos sinápticos que estão por trás dos efeitos das drogas. Uma discussão examina os efeitos e os perigos de utilizar metanfetamina e MDMA (“ecstasy”). Uma outra seção discute os efeitos do GHB (gama-hidrobutirato) e seus possíveis riscos. Fornecem-se mais informações sobre os efeitos prejudiciais de tomar um porre e do abuso do álcool. As atualizações das pesquisas abordam a Síndrome da Morte Súbita Infantil e a sua prevenção, os efeitos da hipnose, mediação como um antídoto para o estresse, a natureza do vício, nicotina e os efeitos cognitivos residuais de usar maconha.
Arquivo Clínico: Zumbis Adolescentes Novo destaque que documenta a ligação entre a privação crônica do sono do adolescente e a sua mudança de humores.
Capítulo 6: Condicionamento e Aprendizado O capítulo precisava de algumas pequenas mudanças. Encontrei maneiras de tornar algumas das discussões mais curtas e claras. Além disso, três novos destaques e algumas atualizações de pesquisa que valem a pena ampliam o texto. O tópico do estudo auto-regulado foi transferido para a Introdução, na qual foi adicionado à apresentação de habilidades úteis de estudo. •
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Um novo destaque, “Condicionamento e Conservação”, explica como os princípios operantes foram utilizados para incentivar a conservação de energia e a reciclagem. Um novo destaque, “Videogames Violentos – Toxic Combat ?”, revisa as provas recentes que indicam que videogames violentos aumentam o comportamento agressivo.
Arquivo Clínico: Pisque Se o Seu Cérebro For Saudável Esse novo destaque descreve pesquisas recentes que sugerem que o condicionamento da piscada de olho (condicionamento clássico) pode ser útil para identificar estágios iniciais de demência.
Capítulo 7: Memória As atualizações de pesquisas melhoram a discussão sobre memória de curto prazo, memória dependente do estado, supressão/repressão e os mecanismos cerebrais da memória.
Arquivo Clínico: Debate da Memória Recuperada/Memória Falsa O destaque oferece uma discussão revisada da epidemia da memória recuperada e ajuda os alunos a reconhecer tanto a realidade do abuso sexual na infância como o risco de fazer acusações falsas.
Capítulo 8: Cognição, Inteligência e Criatividade Esse capítulo cobre a Quinta Edição da Escala de Inteligência de Stanford-Binet (a SB5), publicada em 2003. A SB5 agora mede cinco fatores cognitivos (e não quatro) e pode pontuar a inteligência verbal e a de desempenho. Além disso:
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Uma breve discussão faz a distinção entre inteligência e sabedoria. Foram acrescentadas atualizações de pesquisas às discussões sobre as linguagens gestuais e evolução, as características das pessoas criativas e as técnicas para promover uma solução criativa de problemas.
Arquivo Clínico: Loucura e Criatividade Esse novo destaque documenta que muitos artistas, escritores, poetas e compositores famosos da história sofriam de problemas de humor. Ao fazer isso, realiza uma análise fascinante da pergunta: A genialidade está próxima da insanidade?
Capítulo 9: Motivação e Emoção O capítulo foi simplificado para oferecer mais interesse e legibilidade. Ele inclui um novo destaque e uma série de pequenas atualizações e ampliações que descrevemos a seguir. •
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Apresenta-se uma versão atualizada da teoria das emoções de Robert Plutchik, bem como uma arte gráfica modernizada e aperfeiçoada. A nova arte gráfica esclarece a ligação entre as emoções e a atividade no sistema automático. Uma discussão revisada da inteligência emocional descreve as habilidades que compõem a maturidade emocional. Atualizações das pesquisas ampliam as discussões sobre fome, obesidade e sugestões alimentares externas, dieta comportamental, distúrbios alimentares, impulso sexual e afrodisíacos, morte repentina associada a emoções intensas, suscetibilidade a expressões faciais ameaçadoras e a hipótese do feedback facial.
Arquivo Clínico: Problemas Sexuais — Quando o Prazer Diminui Esse novo destaque identifica os problemas sexuais mais comuns e dá exemplos de como são tratados.
Capítulo 10: Personalidade Nesse capítulo: •
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A teoria do aprendizado social agora é diferenciada mais claramente das teorias comportamentais da personalidade. Além disso, também foi acrescentado o conceito de Bandura de auto-eficácia. Um breve relatório descreve um estudo interessante que associa os traços de personalidade a gostos musicais. O capítulo também foi beneficiado com breves atualizações sobre a auto-estima, a consistência dos traços, os Cinco Grandes, determinantes situacionais do comportamento, a acuidade dos testes de personalidade, teste de honestidade e timidez.
Arquivo Clínico: Experiências de Proximidade da Morte — Uma Nova Maneira de Encarar a Vida Esse novo destaque examina os impactos que as experiências de proximidade da morte podem ter sobre a personalidade das pessoas que estiveram à beira da morte e sobreviveram para falar a respeito.
Capítulo 11: Saúde, Estresse e Lidar com Problemas Além de atualizações detalhadas de pesquisas, esse capítulo tem um novo destaque, como descrito na lista a seguir. Além disso, sugestões para lidar com conflitos e frustrações foram transferidas para esse capítulo. Isso coloca as sugestões em um contexto e encurta a seção Psicologia em Ação, que estava desproporcionalmente longa na edição anterior.
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Informações sobre HIV e Aids foram revisadas com intuito de refletir os dados mais recentes. Esse capítulo inclui informações sobre os fatores comportamentais de risco, a personalidade com tendência a doenças, habilidades de recusa e treinamento em habilidades da vida, imprevisibilidade e estresse, exaustão do trabalho, a natureza da ameaça, aborrecimentos diários, hostilidade e personalidade do Tipo A, intrepidez e felicidade, psiconeuroimunologia e administração do estresse.
Arquivo Clínico: 11 de Setembro e Estresse Traumático Examina a natureza do estresse traumático e discute algumas maneiras úteis de lidar com as reações iniciais a eventos altamente estressantes.
Capítulo 12: Problemas Psicológicos A seção desse capítulo que discute problemas de ansiedade está mais concisa e inclui informações atualizadas sobre problemas de estresse. Problemas de estresse pós-traumático estão associados especificamente aos ataques terroristas de 11 de setembro em Nova York. A seção sobre hospitalização foi transferida para o Capítulo 13, o qual complementa a discussão de abordagens médicas dos problemas mentais. Entre outras revisões, estão: •
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Uma discussão atualizada sobre explicações bioquímicas da esquizofrenia, que agora inclui a influência dos níveis de glutamato nos sistemas de dopamina. Esse capítulo também possui breves atualizações sobre personalidades borderline e anti-sociais, problema de múltiplas personalidades, doença mental e violência, o mal de Alzheimer, as causas da esquizofrenia e da depressão e o problema afetivo sazonal.
Capítulo 13: Terapias Agora apresentamos hospitalização mental, discutida no Capítulo 12. Isso permite aos alunos obter uma perspectiva melhor da gama de terapias médicas disponíveis e das diferenças entre as abordagens psicológicas e somáticas. Alguns tipos de terapia a distância estão começando a produzir bons resultados. Revisei a discussão sobre essa terapia para refletir o progresso e a maior aceitação que o aconselhamento por telefone está recebendo. No entanto, os alunos continuam sendo alertados sobre o valor questionável dos “serviços comerciais” de aconselhamento por telefone e via Internet. A relação seguinte descreve outras melhoras neste capítulo. •
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São relatados estudos adicionais mostrando que exposição à realidade virtual pode ser utilizada para tratar fobias com êxito. A discussão sobre a não-sensibilização e o reprocessamento do movimento ocular (EMDR) apresentam provas recentes pró e contra a eficácia dessa polêmica terapia. Uma breve nova seção discute o futuro da psicoterapia de acordo com o que prevê um painel de peritos. Há atualizações de pesquisas nas discussões sobre psicoterapia, dessensibilização, terapia de grupo, a aliança terapêutica, ECT, desinstitucionalização e a utilização de paraprofissionais.
Capítulo 14: Comportamento Social Esse capítulo foi destilado sem perder conteúdo. A seção intitulada “Mudança Forçada de Atitude – Lavagem Cerebral e Cultos” foi revisada a fim de refletir o papel dos cultos no terrorismo. São apresentadas informações atualizadas sobre homogamias, conflitos de papéis, conflitos intergrupos, preconceito simbólico e as origens inconscientes da discriminação. Também atualizei a seção sobre as causas da agressão humana, incluindo o impacto da violência da mídia. Novas informações na seção Psicologia em Ação mostram aos alunos que “raça” é uma questão de rótulo social, não uma realidade biológica.
A Psicologia do Estudo
Introdução
Mesmo se for ótimo aluno, você poderá melhorar suas aptidões de estudo. Os alunos que tiram boas notas ten-
dem a trabalhar de maneira mais inteligente, e não por mais tempo ou mais arduamente (Hill, 1990). Para ajudar você a começar bem, vamos analisar várias maneiras de melhorar o estudo.
Quanto geralmente você se lembra depois de ler um capítulo de um livro didático? Se a resposta for “Nada”, “Zero menos 1” ou simplesmente “Não o suficiente”, pode estar na hora de tentar o método SQ4R. SQ4R é abreviação em inglês de: pesquise, pergunte, leia, recite, relacione e revise. Essas seis etapas podem auxiliar você a captar idéias rapidamente, aprender enquanto lê, lembrar mais e revisar de maneira eficaz: S = Pesquisar . Folheie o capítulo antes de começar a lê-lo. Comece olhando os títulos dos tópicos, as le-
gendas das figuras e o resumo do capítulo. Tente captar uma visão geral do que está por vir. Q = Perguntar . À medida que for lendo, transforme cada título de tópico em uma ou mais perguntas. Por exemplo, ao ler o título “Fases do sono”, você poderia perguntar: “Existe mais de uma fase de sono?”, “Quais são as fases do sono?”, “No que elas diferem?”. Fazer perguntas ajuda a ler com uma finalidade. R1 = Ler . O primeiro R no SQ4R é de Read . À medida que for lendo, pro- Método SQ4R Uma técnica ativa de cure respostas para as perguntas que fez. Leia em pequenos estudar-ler baseada nas seguintes etapas: perguntar, ler, recitar, “pedaços”, de um título para outro, e depois pare. Quando o material pesquisar, relacionar e revisar. for difícil, talvez seja melhor ler um parágrafo ou dois por vez. R2 = Recitar. Depois de ler uma pequena quantidade, pause e recite ou ensaie. Isto é, tente responder mentalmente às suas perguntas e resumir o que leu. Melhor ainda, resuma fazendo breves anotações (Lahtinen et al., 1997). Se você não conseguir as idéias principais, folheie cada uma das seções novamente. Enquanto você não se lembrar do que acabou de ler, não adianta continuar. Depois de estudar uma pequena “parte” do texto, transforme o próximo título de tópico em perguntas. Depois leia o próximo título. Lembre-se de buscar respostas à medida que for lendo e de recitar e fazer anotações antes de ir adiante. Pergunte-se repetidamente: “Qual é a idéia principal aqui?”. Repita o ciclo perguntar-ler-recitar até terminar um capítulo inteiro. R3 = Relacionar . Provavelmente você observou que é mais fácil lembrar-se de idéias que tenham significado pessoal para você. Quando estudar um capítulo, tente relacionar O estudo eficaz é planejado e sistemático. A fatos, termos e conceitos novos às suas próprias expe- quantidade de horas que você passa estudando é riências ou a informações que conheça bem. Essa pode menos importante que a qualidade e a eficiência das suas estratégias de aprendizado (Woehr e Cavell, 1993).
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INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA: UMA JORNADA — Editora Thomson
ser a etapa mais importante no método SQ4R. Quanto mais interesse real você puder trazer à sua leitura, mais irá aprender (Hartlep e Forsyth, 2000). R4 = Revisar . Quando terminar a leitura, folheie o capítulo novamente ou leia as suas anotações. Depois cheque a sua memória recitando e perguntando-se novamente. Tente tornar a revisão um hábito constante quando estudar (ver Figura I.1). Isso realmente funciona? Sim. Utilizar uma estratégia de leitura melhora o aprendizado e as notas (Chastain e Thurber, 1989; Taraban et al., 2000). Simplesmente ler um capítulo pode lhe dar “indigestão intelectual”. É por isso que é melhor parar freqüentemente para pensar, perguntar, recitar, relacionar, revisar e “digerir” totalmente as informações à medida que for lendo.
Como Utilizar Introdução à Psicologia: Uma Jornada Você pode aplicar o método SQ4R a qualquer texto. No entanto, este livro foi elaborado especificamente para ajudá-lo a aprender ativamente psicologia.
Pesquisar Cada um dos capítulos começa com uma visão preliminar da Psicologia e Perguntas para Pesquisa. Você pode utilizar esses recursos para identificar as idéias importantes quando começar a ler. As visões preliminares devem ajudá-lo a se interessar pelos tópicos que vai ler, e as Perguntas para Pesquisa são um bom guia para os tipos de informação que você deve procurar quando lê. Depois de estudar esse ponto, reserve alguns minutos para fazer a sua própria pesquisa do capítulo. Isso o auxiliará a criar um “mapa mental” dos tópicos que estão por vir.
Perguntar Como eu posso usar o método SQ4R para tornar a leitura mais interessante e eficaz ? Uma das etapas-chave é fazer-se uma série de perguntas enquanto lê. As Perguntas para Pesquisa são repetidas ao longo de todo o capítulo, para ajudar você a reconhecer os tópicos-chave. Além disso, perguntas como a que apareceu no início deste parágrafo aparecem em todos os capítulos. Elas vão auxiliá-lo a se concentrar na busca de informações à medida que for lendo. No entanto, não se esqueça de responder às suas próprias perguntas também. Tente interagir ativamente com o seu livro didático durante a leitura.
Ler Para ajudar na leitura, os termos importantes são realçados em negrito e definidos quando aparecem pela primeira vez. (Alguns são seguidos da sua pronúncia – as letras maiúsculas mostram que sílabas são acentuadas). Você encontrará também um Glossário Paralelo ao lado do texto que está lendo, para que nunca tenha de adivinhar o significado dos termos técnicos. Se precisar achar um termo de uma palestra ou de um outro capítulo, consulte o Glossário principal. Esse “minidicionário” encontra-se no final do livro. Talvez seja melhor você tentar encontrá-lo agora.
Recitar e Relacionar A cada poucas páginas, um guia de aprendizado denominado Pausa para Estudo lhe dá a oportunidade de pensar, ensaiar, relacionar e testar sua memória. (Não se esqueça de fazer anotações ou de recitar por conta própria também). O método SQ4R promove o aprendizado e o processamento de informações ativos. Você deve começar com uma pesquisa do capítulo; prossiga com ciclos de perguntas, leitura, recitação e associação, e termine com uma revisão do capítulo. FIGURA I.1
Dennis Coon — A PSICOLOGIA DO ESTUDO
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Se quiser estudar os capítulos em “partes” menores, as Pausas para Estudo são bons pontos de parada. No final de cada capítulo você encontrará uma seção denominada Psicologia em Ação. Tratam-se de discussões que estão repletas de idéias práticas as quais você pode aplicar na sua própria vida.
Revisar Cada capítulo deste livro termina com um resumo final, denominado Revisão do Capítulo, que vai ajudar na identificação das idéias-chave para você se lembrar. Cada Revisão do Capítulo começa com uma lista dos Pontos Principais que compõem os conceitos mais importantes ou as “grandes idéias” do capítulo. Depois, um Resumo ponto a ponto revisa o capítulo de forma mais detalhada. Esses resumos são organizados em torno das mesmas Perguntas para Pesquisa que você leu no início do capítulo. Você também pode voltar aos itens do glossário em cada capítulo para outra revisão. Na última página de cada capítulo, você encontrará um teste curto, denominado Teste Seus Conhecimentos. E pode usá-lo para ter uma idéia preliminar de quanto você se lembra dos temas e dos conceitos da sua leitura. Mas não pare de estudar só porque se saiu bem em um desses testes. A revisão e a prática adicionais vão acrescentar muito ao seu entendimento – para não falar à pontuação do seu teste. A Tabela I.1 resume como este texto ajuda a aplicar o método SQ4R. Mesmo com toda essa ajuda, há ainda muito mais coisa que você pode fazer por conta própria. m
Estratégias de leitura podem ser boas para estudar, mas e quanto a fazer anotações em sala de aula? Às vezes é difícil saber o que é importante. Como a leitura eficaz, boas anotações provêm da busca ativa de informações. As pessoas que são ouvintes ativas evitam distrações e captam habilmente idéias das palestras. Eis um plano para ouvir/tomar nota que funciona para muitos alunos. As letras LISAN, que se pronunciam como a palavra listen em inglês, ajudarão você a lembrar das etapas. L = Lidere. Não siga. Tente antecipar o que o seu professor vai dizer fazendo-se perguntas. As perguntas podem vir de guias de estudo, tarefas de leitura ou da sua própria curiosidade. I = Idéias. Todas as palestras se baseiam em idéias centrais. Geralmente uma idéia é seguida de exemplos ou explicações. Pergunte-se freqüentemente: “Qual é a idéia principal agora? Que idéias a corroboram?”. S = Palavras sinalizadoras. Ouça as palavras que lhe dizem que rumo o instrutor está seguindo. Eis alguns exemplos de palavras sinalizadoras: Lá vem idéias Há três razões por que . . . Idéia principal O mais importante é . . . Idéia oposta Pelo contrário . . . Suporte da idéia principal Como exemplo . . . Conclusão Portanto . . . A = Ouça ativamente. Sente-se em um lugar onde possa se envolver e fazer perguntas. Traga perguntas que deseja que sejam respondidas da palestra anterior ou do seu texto. Levante a mão no início da aula ou Ouvinte ativo Pessoa que sabe manter a aborde o seu professor antes da palestra. Faça tudo que o ajude a ficar atenção, evitar distrações e captar ativamente informações das palestras. ativo, alerta e envolvido.
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N = Tomada de notas. Os alunos que fazem anotações precisas das palestras se saem bem nas provas (Williams
e Eggert, 2002). Mas não tente ser um gravador. Ouça tudo, mas seja seletivo e escreva apenas os pontos principais. Se você se ocupar demais escrevendo, poderá não captar o que o seu professor diz. Quando estiver anotando, pode ser útil imaginar-se como um repórter que tem de obter uma boa história (Ryan, 2001). Na verdade, a maioria dos alunos faz anotações razoavelmente boas – e depois não as utilizam! Eles esperam até pouco antes das provas para revisar suas anotações. A essa altura elas perderam grande parte do seu significado. Se você não quiser que suas anotações pareçam hieróglifos ou “rabiscos”, vale a pena revisá-las diariamente (Luckie e Smethurst, 1998).
Utilizando e Revisando suas Anotações Quando você revisar, aprenderá mais se seguir as etapas extras listadas aqui (Kiewra et al., 1991; King, 1992, 1995; Luckie e Smethurst, 1998). •
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Assim que puder, melhore suas anotações preenchendo lacunas, completando pensamentos e buscando conexões entre as idéias. Lembre-se de associar as novas idéias ao que já sabe. Resuma suas anotações. Reduza-as e organize-as . Depois de cada aula, escreva pelo menos sete idéias principais, definições ou detalhes que podem tornarse perguntas das provas. Depois crie perguntas a partir das suas próprias anotações e certifique-se de respondê-las.
Resumo As letras LISAN são um guia para o ouvir ativamente, mas ouvir bem e fazer boas anotações não é suficiente. Você também tem de revisar, organizar, associar, estender-se e refletir sobre as novas idéias. Lembre-se também de que os professores quase sempre sabem os nomes dos alunos que ouvem melhor as suas aulas. Envolva-se e você indubitavelmente aprenderá mais (Luckie e Smethurst, 1998).
As notas dependem quase tanto do esforço quanto da “inteligência”. Mas não esqueça que os bons alunos trabalham de maneira mais eficiente e não só mais arduamente. Muitas das práticas de estudo são notoriamente pobres, como recopiar anotações das palestras, estudar as anotações feitas em sala de aula mas não o livro didático (ou o livro e não as anotações de sala de aula), traçar linhas gerais dos capítulos, responder a perguntas para estudo com o livro aberto e “estudar em grupo” (o que geralmente se transforma em festa). Os melhores alunos enfatizam a qualidade. Eles estudam seus livros e suas anotações profundamente e assistem às aulas regularmente. É um erro responsabilizar acontecimentos “fora do seu controle” pelas notas ruins. Os alunos motivados a ser bem-sucedidos geralmente obtêm notas melhores (Perry et al., 2001). Vamos analisar mais algumas coisas que você pode fazer para melhorar seus hábitos de estudo.
Estude em um Local Específico O ideal seria você estudar em um local tranqüilo e bem iluminado, sem distrações. Se possível, você deveria também ter um local onde você só estuda. Não faça mais nada nesse local. Mantenha revistas, aparelhos de som, amigos, animais de estimação, pôsteres, videogames, jogos, alimentos, namoros, carros esportivos, elefantes, pianos, televisores, planadores, brinquedos musicais e outras distrações longe dessa área. Dessa maneira, o hábito de estudar ficará fortemente associado a um local específico. Depois, em vez de se forçar a estudar, tudo o que você tem a fazer é ir ao seu local de estudo. Uma vez nele, você achará relativamente fácil começar a estudar.
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Utilize Sessões de Estudo Espaçadas É razoável revisar intensamente antes de uma prova. Mas você está correndo um grande risco se só aprender novas informações na última hora. A prática espaçada é muito mais eficiente (Naveh-Benjamin, 1990). A prática espaçada consiste em uma grande quantidade de sessões de estudo relativamente curtas. Sessões de estudo longas e ininterruptas são denominadas práticas maciças (se você concentrou seus estudos, provavelmente os bagunçou também). Estudar tudo na última hora sobrecarrega a memória. Você não deve tentar aprender qualquer coisa nova sobre um assunto às vésperas de uma prova. É muito melhor aprender pequenas quantidades todos os dias e revisar freqüentemente (Luckie e Smethurst, 1998).
Tente a Mnemônica O estudo tem de começar em algum lugar, e decorar geralmente é o primeiro passo. O Capítulo 7 aborda muitas das melhores maneiras de melhorar a memória. Vamos analisar apenas uma técnica aqui. Mnemônico é um auxiliar da memória. A maioria dos mnemônicos associa novas informações a idéias ou imagens fáceis de lembrar. Por exemplo, lembre-se de que o cerebelo controla a coordenação. Você pode imaginar uma pessoa chamada Sara Belo que é muito coordenada. Para obter melhores resultados, crie suas imagens mnemônicas agregadas ou bizarras, vívidas e interativas (Campos e Perez, 1997). Existem várias maneiras de criar mnemônicos. Se quiser saber mais sobre estratégias de memória, veja o Capítulo 7.
Teste-se Uma ótima maneira de melhorar suas notas é fazer vários testes de prática antes da prova. Em outras palavras, o estudo deve incluir autotestes, nos quais você se faz perguntas. Você pode usar cartões, perguntas de “Verificação do Aprendizado”, perguntas do tipo “Teste Seus Conhecimentos” e outros meios. À medida que for estudando, faça muitas perguntas e certifique-se de poder respondê-las. Estudar sem se autotestar é como treinar para um jogo de basquete sem atirar em nenhuma cesta.
Além da Aprendizagem Muitos alunos se subpreparam para as provas e a maioria superestima quão bem vai se sair. Uma solução para ambos os problemas é ir além da aprendizagem , quando você continua estudando além do seu domínio inicial de um assunto. Em outras palavras, planeje fazer um estudo extra e uma revisão depois de achar que está preparado para uma prova. Eis um outro motivo para ir além da aprendizagem: os alunos que esperam fazer uma prova dissertativa (geralmente o tipo mais difícil) se saem melhor em provas dissertativas, de múltipla escolha e de respostas curtas (Foos e Clark, 1984). Antes das provas, os alunos perguntam: “Será uma prova dissertativa ou de múltipla escolha?”. Mas como você pode ver, é melhor encarar todas as provas como se elas fossem dissertativas . Dessa maneira você aprenderá de forma mais completa e vai “saber realmente a matéria”. Prática espaçada Prática dividida em várias sessões de estudo relativamente curtas.
Prática maciça Prática realizada em uma sessão de estudo longa e ininterrupta.
Pense em um tópico que lhe interesse bastante, tal como música, esportes, moda, carros, culinária, política ou cinema. Qualquer que seja o tópico, você provavelmente coletou muitas informações sobre ele sem dor. Como você pode fazer o seu trabalho universitário se parecer mais com o aprendizado voluntário? Uma abordagem conhecida como aprendizado auto-regulado pode ser um bom começo. O aprendizado auto-regulado é um estudo dirigido
Mnemônico Uma estratégia ou um auxiliar de memória. Autoteste Avaliar o aprendizado fazendo perguntas a si mesmo. Ir além da aprendizagem Continuar estudando e aprendendo depois de achar que dominou um assunto. Aprendizado auto-regulado Aprendizado dirigido ativo.
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ativo. Além das estratégias específicas já descritas, você pode utilizar o estudo auto-regulado para transformar o estudo passivo em um estudo mais ativo, voltado para metas (Zimmerman, 1996). Siga estes passos para aproveitar ao máximo o seu estudo auto-regulado. 1. Estipule metas de aprendizado específicas e objetivas. Tente começar cada sessão de estudo com metas específicas em mente. Que conhecimentos ou habilidades você está tentando dominar? O que você espera conseguir? (Schunk, 1990). 2. Planeje uma estratégia de aprendizado. Como você vai atingir suas metas? Elabore planos diários, semanais e mensais de aprendizado. Depois coloque-os em prática. 3. Seja o seu próprio professor . Alunos eficientes orientam-se silenciosamente e se fazem perguntas. Por exemplo, enquanto estiver estudando, você pode perguntar-se: “Quais são as idéias principais aqui? Do que eu me lembro? O que eu não entendo? O que eu preciso revisar? O que eu devo fazer a seguir?”. 4. Monitore o seu progresso. O estudo auto-regulado depende da automonitoração. Alunos excepcionais mantêm registros do seu progresso mediante metas de aprendizado (páginas lidas, horas gastas estudando, tarefas concluídas etc.). Eles se testam, utilizam guias de estudo e encontram outras maneiras de checar o que entenderam enquanto estudam. 5. Recompense-se. Quando atingir suas metas diárias, semanais ou mensais, recompense seus esforços de alguma maneira, como indo ao cinema ou comprando um CD novo. Saiba que auto-elogios também recompensam o aprendizado. Poder dizer “Ei, eu consegui!” ou “Bom trabalho!” e saber que você merece pode ser muito gratificante. A longo prazo, o sucesso e a sensação de realização e satisfação social são as verdadeiras recompensas pelo aprendizado. 6. Avalie o seu progresso e as suas metas. É uma boa idéia avaliar freqüentemente os registros do seu desempenho e as suas metas. Existem áreas específicas do seu trabalho que precisam ser melhoradas? Se você não estiver fazendo progressos em termos da suas metas de longo prazo, será que precisa revisar suas metas de curto prazo? 7. Tome medidas corretivas. Se você ficar aquém das suas metas, talvez seja necessário ajustar o modo de estimar seu tempo. Talvez você precise também mudar o seu ambiente de aprendizado para lidar com distrações como assistir à TV, devanear, conversar com amigos ou testar a integridade estrutural das paredes com o seu equipamento de som. Se você descobrir que não tem conhecimentos e habilidades necessários, peça ajuda, tire vantagem dos programas com instrutor ou olhe para fontes de informações além de seus cursos e livros-textos. Uma aprendizagem controlada pode ser a solução para o enriquecimento de uma longa vida e para sua capacidade pessoal.
Todas essas técnicas de estudo são boas. Mas o que eu posso fazer em relação ao adiamento? A tendência a adiar é quase universal. (Quando se oferecem oficinas sobre o adiamento no campus, muitos alunos nem chegam a se inscrever!) Mesmo quando o adiamento não leva ao fracasso, ele pode causar muito sofrimento. As pessoas que adiam só trabalham sob pressão, faltam às aulas, dão motivos falsos para o atraso na entrega do trabalho e sentem vergonha dos seus esforços de última hora (Burka e Yuen, 1990). Elas tendem a se sentir estressadas e ficam doentes com mais freqüência (Tice e Baumeister, 1997). Por que tantos alunos adiam? Muitos alunos equiparam suas notas ao seu valor pessoal. Isto é, agem como se suas notas dissessem se eles são pessoas boas ou inteligentes, que vão vencer na vida ou não. Adiando, eles podem dizer que a culpa por um trabalho ruim é do início tardio e não de uma falta de habilidade (Beck et al., 2000). Afinal de contas, não foi o melhor esforço deles, foi? O perfeccionismo é um problema relacionado. Se você espera o impossível, é difícil começar uma tarefa. Os alunos com padrões elevados terminam com hábitos de trabalho do tipo tudo ou nada (Onwuegbuzie, 2000).