CARTA A IGREJA BATISTA DE CRISTO – MINISTÉRIO MINISTÉRIO A PALAVRA REVELADA
Prezada liderança da IBC, Vimos por meio desta, apresentar de maneira bíblica, imparcial e respeitosa nossa posição acerca dos presentes pr esentes fatos objetivando o aprimoramento da igreja como um todo e também uma adequação aos padrões bíblicos de igreja. Solicitamos que a liderança esteja “ pronta para ouvir, tardia para falar e tardia para se irar ”1, pois assim como diz a palavra, o presbítero deve ser moderado 2 e todo cristão deve ser manso3. O conteúdo desta carta não deve ser visto como uma ofensa à autoridade posta por Deus, mas sim como uma admoestação, admoestação, e tal admoestação admoestação deve ser permitida e observada diligentemente pela liderança, pois como está escrito: “ Melhor é a criança pobre e sábia do que o rei velho e insensato, que não se deixa mais admoestar ” admoestar ”4.
1.
ESTUDOS BÍBLICOS Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.
Hebreus 5:12-14 Em todas as Sagradas Escrituras o conhecimento de Deus e da sua Palavra é revelado como de primária importância no caminho da Salvação. Tal como o salmista retrata, os seus mandamentos devem ser observados diligentemente 5 pois as Escrituras são classificadas como puras6, verdadeiras 7, perfeitas8, preciosas 9, vivas e poderosas 10 sendo também suficientes para ensinar, redarguir, corrigir e instruir em justiça o homem de Deus em toda boa obra11. É de consenso por parte considerável do corpo da Igreja Batista de Cristo que há uma lacuna a ser preenchida no que diz respeito à existência de trabalhos voltados ao ensinamento e estudo das Escrituras, em sua totalidade, provocada por uma notória resistência da liderança da igreja, aos ensinamentos profundos das Escrituras, impedindo deste jeito, que o corpo cresça em conhecimento e graça 12, entrando assim em contradição com a exortação a sermos “cheios de conhecimento da Sua vontade em toda a sabedoria e inteligência espiritual”13. As Escrituras nos mostram que a oposição à sã doutrina (por completa) é fruto de pessoas orgulhosas e ignorantes, acabando por gerar invejas, porfias, blasfêmias, ruins 1
suspeitas, contenda de homens corruptos de entendimento e privados da verdade 14. Entendase doutrina como uma palavra traduzida do grego Didache () ou Didaskalia ( que denotam tanto o ensino como o ensinamento. É inclusive dito na mesma passagem, referenciada anteriormente, que devemos se apartar dos tais que se opõem ou negam a sã Doutrina, pois se o próprio Paulo, versado nas escrituras, ensinados aos pés de Gamaliel15, declarou: “Quem pensa conhecer alguma coisa, ainda não conhece como deveria”16, quem somos nós para nos contentarmos com migalhas do que é o sublime conhecimento do Senhor. Além dos problemas descritos, tal resistência aos estudos, acerca das Escrituras, acaba por enterrar talentos17 de pessoas da igreja que possivelmente tenham chamados para o ministério, em especial, para doutores ou mestres, contradizendo a ordenança bíblica de pormos em prática os dons que Deus nos proporcionou, pois como está escrito: “se é ensinar, haja dedicação ao ensino” 18, além de impedir o aperfeiçoamento dos santos 19. Como princípio de solução é proposto que haja humildade, a começar pela liderança, em reconhecer a deficiência de nossa igreja no que diz respeito ao ensino aprofundado das Escrituras. Propomos então a criação de estudos bíblicos regulares, que inclusive adotem matérias teológicas sistemáticas, abordando também a história da igreja, criando assim um estímulo a busca de conhecimento e a capacitação da igreja no bom combate da defesa do evangelho 20.
2.
EVANGELISMO Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.
Mateus 28:19-20
2.1
A necessidade do trabalho de evangelismo
Ao analisarmos as Sagradas Escrituras, podemos observar na Igreja primitiva o quão fiel eles foram ao ide imperativo do Senhor (evangelismo). Estamos falando daquela que foi a última ordenança de Cristo antes de sua ascensão aos céus 21. O chamado da Santa Igreja não é o de esperar que o pecador venha ao encontro dela e sim de que a Eclésia saia ao encontro do pecador 22. Pois a nós foi dado o ministério da reconciliação 23 sendo dever da igreja fazer discípulos, os ensinando a guardar todas as coisas 24. A responsabilidade a nós dada é tal que uma falta de zelo pelo evangelismo nos torna culpados do sangue dos ímpios que morrem na ignorância por não termos cumprido nosso dever de proclamar o Evangelho FALADO a eles no tempo oportuno nos ofertado 25,26.
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É notória a falta de zelo pelos trabalhos de evangelismo da IBC, sendo impossível não responsabilizar a liderança que deveria estimular o evangelismo, através da criação de trabalhos oficiais de evangelismo, demonstrando assim o apoio da igreja a essa obra. Tal falta nos torna malditos aos olhos do SENHOR pois como o profeta Jeremias, divinamente inspirado, disse: “ Maldito o que faz com negligência o trabalho do Senhor! ”27.
2.2
Estudos sobre evangelismo “Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras”
1 Coríntios 15.3 É possível dizer que entre não pregar o Evangelho e pregar um Evangelho falso há uma diferença temerosa, no primeiro caso corremos o risco de sermos tidos como covardes e desobedientes28,29, mas no segundo caso, seremos vistos por Deus como malditos 30. Em todo o Novo Testamento se observa o zelo dos apóstolos em pregar o Evangelho da maneira que receberam, exortando seus discípulos a procederem da mesma maneira 31,32. Devemos então, ter cuidado em preservar a sã doutrina do Evangelho 33, sobre o risco de servimos de pedra de tropeço para muitos 34, e naufragarmos na fé 35. É necessário estudar detalhadamente cada palavra do Verdadeiro Evangelho e preparar as pessoas para proferi-lo, assim como os apóstolos o receberam, manejando bem a Palavra da Verdade, não tendo do que se envergonhar 36. Temos que pregar o Evangelho de maneira totalmente pura, sem misturas, sem remendos, já que analogias da Palavra mostram que tal mistura é abominável, pois como está escrito: "Não cruzem diferentes espécies de animais. ” "Não plantem duas espécies de sementes na sua lavoura. ” "Não usem roupas feitas com dois tipos de tecido”37.
Tal gracioso Evangelho nos diz que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, mas Cristo, o filho do Pai, o próprio Deus 38, se fez pecado por nós 39; foi moído pelo Pai no madeiro 40, se fazendo maldito 41,42; bebeu o cálice da ira do Pai 43,44,45; e sozinho e desamparado46,47 morreu obedientemente na cruz 48 para que a dívida de pecado fosse paga 49 e fôssemos comprados 50,51, estando assim guardados no dia do Julgamento 52. Ele fez isso por amor 53, portanto Ele exige que todos reconheçam o quão vil são e se arrependam para alcançarem esta Graça 54. Reflitamos então, o quão adulterado este Evangelho tem sido nos dias de hoje, e o quanto é importante nos prepararmos para não nos tornarmos como os tais que o adulteram.
2.3
Recepção e amor aos alcançados pelo evangelismo.
A Bíblia relata que a acepção de pessoas por classe social é algo reprovável diante de Deus . É inevitável que pessoas nas mais diversas situações cheguem a igreja após evangelismo, pois está escrito que “Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento” 56. Além disto é dito que Deus deseja que todas as classes de homens alcancem a 55
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salvação 57,58,59, pois ele não tem prazer na morte do ímpio, antes deseja que ele se converta60. Fazendo assim, resplandecemos a glória de Deus 57, andando como Cristo andou61, pois fazendo bem aos pobres e os considerando, fazemos pelo Senhor 63, e ele nos livrará do dia mal64. Parte do corpo da igreja já vivenciou situações que levam a crer que há uma deficiência de amor pelas almas por parte da liderança, como, por exemplo, a resistência a pessoas que dariam “trabalho demais” como drogados, travestis e afins, e também a falta de uma recepção isonômica tanto para pessoas de condição financeira estável quanto a moradores de rua, criando um clima que corrobora para que haja acepção de pessoas. As soluções para este e os outros tópicos relativos ao evangelismo são: Criação de um trabalho de estudo bíblico voltado ao evangelismo; maior suporte da igreja aos trabalhos evangelísticos; maior interação do corpo e da liderança no evangelismo; e cuidado, a começar pela liderança, para que nossas atitudes e palavras não transpareçam ou indiquem que fazemos acepção de pessoas.
3.
O PROBLEMA DO AUTORITARISMO “Portanto, apelo para os presbíteros que há entre vocês, e o faço na qualidade de presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, como alguém que participará da glória a ser revelada: Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho. Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória. Da mesma forma jovens, sujeitem-se aos mais velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes”. ”
1 Pedro 5:1-5 Para que possamos discutir este controverso ponto, é necessário fazer uma exposição da passagem de 1Pe 5.1-5. Nos versículos 2 e 3 é dito: “Apascentai o rebanho DE DEUS”. Fica notório que o dever do pastor é de apascentar um rebanho que não é dele, e sim de Deus, pois como está escrito, a igreja é o corpo de Cristo 65 e Ele é o Cabeça da Igreja66. O texto também diz: “não por força, mas espontaneamente SEGUNDO A VONTADE DE DEUS” . É importante frisar que a vontade do pastor da igreja não poder ser imposta como lei, pois sua função não é esta e sim de transmitir a vontade de Deus. Muitas vezes a vontade de Deus confronta a vontade dos servos do Senhor como vemos no exemplo de Jonas em desejar a destruição de Nínive 67; de Pedro em hesitar em ir à casa de Cornélio por este ser gentio 68; das inúmeras negativas do Espírito Santo, impedindo Paulo de ir a determinadas cidades 69; de Davi que foi impedido, por Deus, de construir o templo do Senhor 70. Tais exemplos mostram que nem sempre os desejos mais profundos do homem são os desejos de Deus 71. Sendo assim, é perigoso afirmar que o que presbítero fala 4
é lei, já que Deus trata com cada uma de suas ovelhas, podendo revelar a estas que tal desejo do presbítero não condiz com a vontade de Deus, principalmente se este desejo entrar em confronto com as Escrituras, pois como está escrito, os filhos de Deus são guiados pelo Espírito 72. Por fim, no verso 3 é dito: “Não como DOMINADORES sobre os que vos foram confiados, mas SERVINDO DE EXEMPLO ao rebanho” . Sendo assim, fica claro que o pastor não deve conduzir o rebanho pela força, e sim pelo exemplo, não exigindo respeito a sua autoridade, e sim conquistando-a com seu exemplo. Em seu comentário, Russell Norman Champlin fez uma exposição sobre o termo “dominadores”: “‘ ...dominadores...’ No grego é usado o termo “katakurieuo”, ‘tornar - se senhor’, ‘obter o domínio’. As palavras raízes são “kata”, ‘sobre’, e “kurineuo”, ‘dominar’. Alguns pastores se transformam em ‘pequenos césares’ na igreja, agindo como se a igreja fosse um pequeno reino sob sua soberania. Todos nós conhecemos supostos líderes cristãos que são dotados de atitudes ditatoriais. E isso se torna ainda mais cítrico quando homens, que já demonstram essa tendência, tornam-se mais idosos. Então suas tendências ditatoriais chegam ao cúmulo, e logo começam as divisões, provocadas por tal atitude. Isso se deve ao fato de tais homens perderem a capacidade de arbítrio, e temere m perder os seus poderes. ‘Lutas de poder’ são o resultado, e Cristo é perdido de vista em meio à batalha A pior parte desse quadro já negro por si, é que tais homens pensam que os ataques contra suas “atitudes ditatoriais” são ataques contra a fé. Não podem distinguir entre questões reais e interesses pessoais. ”
R.N. Champlin É importante também frisar, que os versos 4 e 5 fazem um apelo a autoridade do presbítero e a submissão que os jovens devem a eles. É inegável que o presbítero é uma autoridade delegada por Deus 73, mas não se pode confundir, através do exposto anteriormente, autoridade com autoritarismo. “ Jesus disse que o estilo de liderança do mundo é inspirado na autoridade imposta: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade (Mc 10:42). Porém, a autoridade na igreja deve ser diretamente oposta: Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser ser o primeiro entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos (Mc 10:43,44). Jesus arremata o assunto, dando seu testemunho pessoal: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos (Mc 10:45) ”. ”
Hernandes Dias Lopes No tocante à IBC, frases como: “Se eu mandar, tem que fazer! ”, “Quem manda aqui sou eu! ”, e diversas outras frases com o mesmo teor autoritário, mostram quão contraditória biblicamente é a condução unipessoal da igreja e a tomada de decisões importantes que afetam o corpo, sem quaisquer que sejam a comunicação e consulta aos
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membros da igreja, tal fato se agrava mais uma vez que suas decisões passam por cima da autoridade de outro pastor, igualmente designado por Deus. A não consulta à Igreja entra em confronto com a Palavra pois em nenhum momento no Novo Testamento, vemos decisões importantes sendo tomadas unilateralmente, como, por exemplo, no caso da imoralidade descrita em 1Co 5, onde está escrito: “estando eu com vocês em espírito, estando presente também o poder de nosso Senhor Jesus Cristo, ENTREGUEM...”74. A frase “estando eu com vocês” e a palavra “entreguem” mostram que
a ação foi conjunta, no plural, jamais no singular. Tal passagem entra em concordância com o poder dado por Cristo à sua Igreja : “ Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus”.75
Não menos importante, a falta de consulta a um segundo pastor da igreja, também entra em desacordo com as Escrituras. O maior exemplo disto é o concílio de Jerusalém onde foi deliberado sobre o cumprimento ou não de costumes judaicos pelos gentios 76,77. Neste concílio ficou clara a proposta bíblica de diálogo entre os sacerdotes designados por Deus acerca de questões que envolvem o corpo de Cristo. Apesar de os apóstolos aparentemente terem mais primazia por terem andado com Cristo eles dialogaram com os anciãos, ou presbíteros, na presença da igreja, sobre este assunto, como está escrito: “Congregaram-se, pois , os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto” 78. É importantíssimo frisar que os apóstolos não só entraram em consenso com os presbíteros, mas também com TODA A IGREJA, como está escrito: “Então os apóstolos e os presbíteros, com TODA a igreja, decidiram escolher alguns dentre eles e enviá-los a Antioquia com Paulo e Barnabé. Escolheram Judas, chamado Barsabás, e Silas, dois líderes entre os irmãos. ”
Atos 15:22 Se até os apóstolos consultaram os presbíteros, quanto mais um presbítero deve consultar um segundo presbítero da mesma igreja. Um exemplo prático no nosso meio foi a renomeação de determinados diáconos. É de conhecimento de parte considerável do corpo da Igreja que os tais foram reprovados por comentários pejorativos à um dos presbíteros, que gerou certa facção dentro do corpo. Apesar de perdoados, não é justificável a recondução dos mesmos ao diaconato sem a mínima consulta ao presbítero ofendido e sobretudo à igreja, pois tal ordenação, contradiz o texto base para a ordenação de diáconos, pois mesmo com o perdão, tais diáconos foram reprovados por não se encaixaram na frase “se não houver nada contra el es”79 , durante o período de provação: “Os diáconos igualmente devem ser dignos, homens de palavra, não amigos de muito vinho nem de lucros desonestos. Devem apegar-se ao mistério da fé com a consciência limpa. Devem ser primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem como diáconos. As mulheres igualmente sejam dignas, não caluniadoras, mas sóbrias e confiáveis em tudo. ”
1 Timóteo 3:8-11 Além de contradizer esta passagem, a reordenação entrou em contradição com o texto da primeira ordenação de diáconos, presente em Atos 6, onde é notório que houve 6
consenso entre os 12 apóstolos sobre a necessidade desta ordenação, com posterior contentamento da multidão. Tal acontecido não se observou na igreja pois além de não haver consulta ao segundo presbítero, não houve contentamento da igreja com o reordenamento. Como solução, é proposto à liderança, o estabelecimento de um diálogo entre o pastor e a igreja no tocante a decisões que afetem as ovelhas, além da discussão acerca de eventos e trabalhos que possam ser estabelecidos para o crescimento da igreja, como estudos bíblicos, avanços evangelísticos, etc. É necessário que haja humildade, à liderança, semelhante à de Cristo 80,81,82 , em reconhecer a importância do diálogo com a igreja.
4.
DIVISÕES NA IGREJA
As escrituras relatam que Deus é um ser Santo 83 e Justo84 e exige santidade de sua Igreja85,86. Devido ao seu caráter Santo e Justo, Deus abomina a injustiça 87 e também aquele que semeia contenda entre os irmãos 88. É também dito que qualquer que aborrece o seu irmão é homicia 89, pois tais atitudes descumprem um dos mandamentos do Senhor, citado por Jesus como o segundo maior mandamento, e constantemente citado por João90,91,92 em suas cartas universais, que é: “amarás o teu próximo como a ti mesmo” 93. No que concerne ao título do tópico, é mais do que notória a falta de sabedoria da liderança eclesiástica em, de maneira proposital ou não, provocar profundas rupturas no corpo da Santa Igreja do Senhor; é de conhecimento de parte da Igreja a prática de inimizades, porfias, iras, pelejas, dissenções, entre outros; práticas essas oriundas das obras da carne94, se agravando pelo fato de que tais obras tenham vindo recentemente da liderança95. Para levarmos para o lado prático, é de inegável conhecimento que a liderança semeou contenda ao expor, para diversos irmãos da Igreja, difamações ao então pastor dos jovens, quando este se negou a ir de maneira quase coercitiva à outra igreja. Tal fato é totalmente abominável aos olhos do Senhor, haja vista que chegou ao conhecimento do público, trazendo escandalo96. Fica insustentável a omissão da Igreja 97 no que concerne a este assunto, ainda mais quando é de conhecimento, que além do fato citado acima, o até então pastor dos jovens foi injustamente atacado pela liderança, acusado de não ter moral para exercer as atividades eclesiásticas, pelo mesmo não possuir residência própria, além de ter sido levantada a falsa suspeita de que o mesmo pudesse estar querendo tomar posse da igreja, ou causar uma contaminação e posterior divisão dos jovens. Como solução, é proposto um pedido de desculpas em particular, com posterior retratação à igreja, culminando no perdão mútuo entre os pastores envolvidos, pois como está escrito: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende -o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão”98.
Atenciosamente.
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REFERÊNCIAS BÍBLICAS
1 - Tg 1.19 2 - Tt 1.8 3 - Gl 5.22-23 4 - Ec 4.1 5 - Sl 119.4 6 - Sl 12.6; 7 - Sl 119.160 8 - Sl 19.7 9 - Sl 19.10 10 - Hb 4.12 11 - 2Tm 3.16-17 12 - Pe 3.18 13 - Cl 1.9 14 - 1Tm 6.3-5 15 - At 22.3 16 - 1Co 8.2 17 - Mt 25.14-15 18 - Rm 12.6-8 19 - Ef 4.11-12 20 - Fp 1.16 21 - Mc 16.15 22 - Lc 15.1-10 23 - 2Co 5.18-21 24 - Mt 28.18-20 25 - Sl 7.12 26 - Ez 3.18-21 27 - Jr 48.10 28 - 2Tm 1.7 29 - 1Co 9.16 30 - Gl 1.8-9 31 - 1Co 15.3-4 32 - 2Tm 1.13,14 33 - 1Tm 4.15-16
34 - Mt 13.41-42 35 - 1Tm 1.19 36 - 2Tm 2.15 37 - Lv 19.19 38 - Jo 1.1 39 - 2Co 5.21 40 - Is 53.10 41 - Dt 21.23 42 - Gl 3.3 43 - Sl 75.8 44 - Mc 14.36 45 - Ap.14.10 46 - Sl 22.1 47 - Mt 21.46 48 - Fp 2.8 49 - Cl 2.14 50 - 1Co 1.20 51 - Ap 5.9 52 - 1Ts 1.10 53 - Jo 3.16 54 - At 3.19 55 - Tg 2.1-9 56 - Mc 2.17 57 - 1Tm 2.1-4 58 - At 17.30 59 - Tt 2.11 60 - Ez 18.23 61 - 2Co 3.18 62 - 1Jo 2.6 63 - Mt 25.42 64 - Sl 41.1 66 - 1Co 12.27 66 - Ef 5.23
67 - Jn 4.12 68 - At 10.9-16 69 - At 16.6-7 70 - 1Cr 28.3 71 - Pv 14.12 72 - Rm 8.14 73 - Hb 13.17 74 - 1Co 5.4-5 75 - Mt 16.18-19 76 - At 15.1 77 - At 15.28-29 78 - At 15.6 79 - 1Tm 3.8-11 80 - Fp 2.3-10 81 - Mt 11.19-20 82 - Mc 10.45 83 - Is 6.3 84 - Ap 16.5 85 - 1Pe 1.16 86 - Lv 20.7 87 - Pv 17.15 88 - Pv 6.19 89 - 1Jo 3.15 90 - 1Jo 3.16-18 91 - 1Jo 4.8 92 - 1Jo 4.11 93 - Mc 12:30-31 94 - Gl 5.19 95 - Tg 3.1 96 - Mt 18.7 97 - Ef 5.11 98 - Mt 18.15
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