enilde l. de j. faulstich como ler, entender e redigir um texto 4ª ediÇÃo vozes – petrÓpolis. 1!
como ler, entender e redigir um texto 4a edi"#o
petr$polis 1! % 1&', editora vozes ltda. rua frei lu(s, 1)) !*+& petr$polis, rj rasil
diagrama"#o valderes aroza aos colegas da universidade de ras(lia -ue ministram, entre outros, o curso de l(ngua portuguesa i, agrade"o por terem usado, so a forma de instrumentos de traalho, o material a-ui exposto, o -ue me permitiu avaliar a validade dos con ceitos.
esclarecimento as id/ias expressas neste livro n#o se fecham em si mesmas. por isso, o uso de iliografia iliografia ade-uada e coerente se faz origat$rio sempre -ue se precisar de in forma"#o mais detalhada detalhada sore o assunto em estudo. o livro a ser lido vem, por conseguinte, conseguinte, indicado imediatamente ap$s o conte0do reativo, no corpo do material.
sumrio introdu"#o, primeira parte 1. com a inten"#o de ler, 12
1. a escolha do texto, 12 !. tipos de leitura, 14 ii. texto e entendimento, !2 1. capacidades cognitivas, de acordo com loom, !2 !. plano de texto expositivo, !' iii. palavra e voculo3 unidades essenciais de texto, 21 1. uso de palavra e vocaulrio, 2+ !. vocaulrio e campo lexical, 4) 2. sinon(mia e hipon(mia, 4! 4. estrutura de voculo em campo lexical, 44 *. exatid#o e ade-ua"#o vocaular, 4 iv. produ"#o do texto3 a disserta"#o, *) 1. o texto expositivodissertativo, expositivodissertativo, *! !. o texto dissertativaargumentativo, dissertativaargumentativo, * 2. recursos apropriados para a elaora"#o do texto dissertativo, +
segunda parte v. sintaxe de constru"#o, &1 vi. a v(rgula no contexto sinttico, ! vii. conversando sore crase, viii. temas sugeridos para reda"#o, 1)+ iliografia auxiliar, 11* introdu"o nota da ledora3 numera"#o encontrase sempre ao p/ da pgina. – fim da nota da ledora.
produzir texto / uma das tarefas mais complexas, tanto para -uem pretende ensinla como para a-uele -ue, na sala de aula, todos os dias, disp5ese a aprend6la. de fato, n#o existe uma receita infal(vel para tal, em como os modelos os -uais nos dispomos a demonstrar dependem muito mais da recep"#o do leitor -ue de uma c$pia ips(s ver(s do -ue se diz ou informa. neste traalho, partimos do princ(pio de -ue redigir exige re-uisitos pr$prios, tais como, saer ler e saer entender. assim sendo, em um primeiro momento, -ual-uer redator deve motivarse a partir da leitura de ons textos para, com ase no 7velho7, criar o novo. ele deve saer -ue, s$ depois do entendimento das id/ias as -uais vai expor, /lhe poss(vel extrapolar e criar seu texto, segundo um plano pr/elaorado, uma vez -ue todas as nossas a"5es corri-ueiras s#o normalmente planejadas. a escrita /, pois, um ato corri-ueiro. no a escola a transforma -uase sempre em um momento solene.8 o da hora da aula de reda"#o9 eventualmente esta se transforma em uma puni"#o,
do tipo 7j -ue faltou o professor da disciplina x, podemos manter os alunos em sala mandando fazer uma reda"#o7. est certo isso: perguntase. redigir / dizer a outrem o -ue se pensa. ao conversar, estse como -ue redigindo oralmente9 ao escrever uma carta, de -ual-uer natureza, estse redigindo9 ao resolver um prolema de matemtica, de fisica, de iologia, estse redigindo9;ao escrever uma est$ria. uma descri"#o de cena ou de ojeto e ao defender um ponto de vista, estse redigindo. conv/m oservar, todavia, -ue cada uma das situa"5es enumeradas anteriormente exige uma forma de texto e, assim, cada texto ter a silhueta devida. em como ler, entender e redigir um texto, propomonos a informar nosso leitor de como ler texto t/cnico, entender as id/ias do texto, extrapolas e redigir com seguran"a. redigir pode ser arte, mas re-uer, antes de tudo, t/cnica. sore o assunto, a iliografia em l(ngua portuguesa / astante numerosa9 apesar disso, arvoramonos a escrever este, em -ue se defende o ponto de vista de -ue, para chegarse ao produto reda"#o, devese conhecer passo a passo o processo -ue lhe antecede, sem o medo da-uilo -ue nunca foi 7icho7 e muito menos 7 pap#o73 a reda"#o. 1)
primeira parte
1 com a inten"#o de ler
1. a escolha do texto leitura pressup5e usca de informa"#o. por isso e importante escolher em o texto para ler. para -ue o leitor se informe / necessrio -ue haja entendimento da-uilo -ue ele l6. ha8 textos cujo assunto / inteiramente inteiramente intelig(vel ao leitor, como os de jornais, revistas n#o especializadas especializadas etc. h outros, por/m, -ue a pessoa tenta ler, j saendo, a princ(pio, -ue n#o entende completamente seu conte0do. neste 0ltimo caso o leitor deve estar predisposto a superar essa dificuldade. a desigualdade de entendimento se manifesta principalmente -uando se tem de 7mergulhar7 numa leitura criteriosa de texto t/cnico. ocorre -ue, ou se l6 um texto dessa natureza como se estivesse lendo um peri$dico distrativamente, ou se tenta ler visando a um entendimento, sem saer, muitas vezes, como proceder para n#o perder tempo, sem saer a -ue cnones oedecer.
12
! tipos de leitura a inten"#o de ler em o texto t/cnico conduz o leitor a dois tipos de leitura3 !.1. leitura informativa ao se fazer leitura informativa uscase respostas a -uest5es espec(ficas. para ot6las devese3 !.1.1. fazer leitura seletiva esse tipo se efetiva no momento em -ue o leitor sae escolher as id/ias pert(nentes -ue complementem o ponto de vista do autor. para isso / preciso3 !.1.1.1. identificar, dentro de cada pargrafo, a palavrachave, pois / em torno dela -ue o autor normalmente desenvolve a id/ia principal. a palavrachave se situa na senten"at$pico, -ue, -uase sempre, / a primeira frase do pargrafo, como, por exemplo3 o reflorestamento tornouse uma atividade em expans#o no pa(s, servida por pes-uisas minuciosas e alta tecnologia. duas empresas paulistas exemplificam em at/ -ue ponto chegou o desenvolvimento no setor. uma delas exporta, para 4) paises, cerca de 1* milh5es de d$lares anuais de chapas, portas e divis$rias. a outra, !) milh5es de d$lares em chapas e fira prensada para os estados unidos e a europa. o faturamento ruto das ind0strias -ue utilizam madeira
'). anco do rasil s.a., mai>jun 1&).
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neste pargrafo, a palavrachave / reflorestamento, por-ue / ela -ue constitu( o n0cleo da id/ia do autor e serve de ase para -ue se derive um grupo vocaular em -ue todas as outras unidades estejam em rela"#o de inclus#o com ela3 reflorestamento 3 atividade em pes-uisas minuciosas expans#o desenvolvimento chapas portas div(s$rias faturamento alta tecnologia eucalipto fira prensada mat/riaprima madeira reflorestamento funciona como n0cleo do sujeito da senten"at$pico, -ue /3 as outras unidades vocaulares, de acordo com o sentido -ue possuem no texto, convergem para reflorestamento, formando, assim, um conjun 1*
to vocaular -ue, es-uematicamente, sintetiza as id/ias ali expostas. para melhor compreender as no"5es de senten"at$pico, leia garcia, othon m. comunica"#o em prosa moderna. rio, fgv, 1&), terceira parte, cap. 1. !. .1.!. selecionar, uma vez identificada a palavrachave principal do pargrafo, as palavraschave secundrias, -ue s#o as -ue estruturam as frases -ue fundamentam a senten"at$pico e desenvolvem o pargrafo, como no exemplo seguinte3 um livro / um artefato f(sico produzido apenas numa sociedade civilizada. as implica"5es dessa afirma"#o incluem muitos aspectos hist$ricos. antes -ue um autor possa escrever, precisa possuir linguagem e um sistema grfico para re gistrlo. nenhuma dessas coisas / inven"#o sua. amas, como j notamos, n#o passam de conven"5es aritrrias da cultura9 amas chegaram s suas formas como resultado de uma longa evolu"#o. do mesmo modo, a forma do livro atrav/s das /pocas e os vrios m/todos de sua farica"#o s#o prolemas hist$ricos sicos para a ci6ncia da (lioteconomia. a-ui devem considerarse n#o apenas os materiais f(sicos -ue foram usados para a recep"#o dos registros grficos, mas seus reflexos sore a utilidade funcional. tijolos de arro, peles curtidas e papiro, cada um apresenta uma diferente comina"#o de economia, facilidade de transporte e durailidade. a lousa, o rolo e o c$dex divergem muito em suas facilidades de fornecer refer6ncias. o crescimento dos aspectos auxiliares do leitor, como lomada da capa, pginat(tulo, (ndice de conte0do, pagina"#o e (ndice alfa/tico resultam de um longo processo evolutivo. ! neste pargrafo, a palavrachave principal / livro e as palavraschave secundrias s#o3 autor, escrever, linguagem, sistema grfico
1+
oservese -ue a escolha vocaular n#o se faz aleatoriamente, mas justificada por uma sele"#o vocaular -ue d apoio ? id/ia principal do autor. para melhor compreens#o desse assunto leia garcia, othon m., op. czt., segunda parte, cap. iii. um pargrafo -ue apresente esta unidade, esta coer6ncia, dizse ser um pargrafo didtico, com senten"at$pico e desenvolvimento. para melhor com preens#o desse assunto leia garcia, othon m., op. cit., terceira parte, cap. ii. !.1.1.2. selecionar, na se-u6ncia do texto, as senten"ast$pico -ue constituem, de fato, ase de informa"#o de cada pargrafo e -ue, depois de escolhidas, sulinhadas ou destacadas, formam o resumo do texto3 psicÓloga nÃo v@ relaÇÃo entre a viol@ncia e a tv pes-uisa da faculdade de medicina de juiz de fora revelou -ue n#o se pode
relacionar, como / feito, a televis#o e o rdio com a viol6ncia. segundo alguns, estes dois meios de comunica"#o seriam propagadores e incentivadores da vio l6ncia. de acordo com a pes-uisa, elaorada junto a menores da feem da-uela cidade mineira, +&A dos delin-Bentes juvenis nunca haviam assistido a um programa seja de rdio, seja de televis#o afirmou golderg, especialista em pes-uisas junto ? infncia e adolesc6ncia. a g6nese da viol6ncia urana, de acordo com o cientista, localizase entre as diferen"as -ue caracterizam o meio rural e urano. Cfre-Bentemente , ocorre um cho-ue nos hitos migrantes no seu contato com a cidade. mudamse as suas refer6ncias culturais e o seu comportamento. o cho-ue /, tam/m, rec(proco. o haitante da cidade se sente amea"ado, compelido a competir mais onde a concorr6ncia j / acirrada, gerando medo insatisfa"#o e frustra"#o7, diz o psi c$logo. 1' a desinforma"#o cultural / a grande responsvel pela explos#o de viol6ncia nas cidades, segundo golderg. 7a sociedade moderna exige do haitante da metr$pole alta dose de informa"#o desconhecida do migrante. este passa a uscla, mas a sociedade n#o permite um acesso fcil a ela. isto gera frustra"#o, num primeiro momento -ue, acumulado, redunda na revolta7, argumenta o pes-uisador. em seu entender, a prolemtica da viol6ncia e da desinforma"#o decorrem da estrutura do ensino rasileiro. de acordo com dados de uma pes-uisa -ue efetuou em juiz de fora, '*A dos estudantes primrios -ue completavam um ano de estudo no grupo central da cidade n#o tinham condi"5es se-uer de escrever o pr$prio nome. 2 diga onde come"a e onde termina a senten"at$pico de cada pargrafo3 1D E vai de at/ !D E vai de at/ 2D. E vai de at/ 4D E vai de at/ assim3 este texto pode, portanto, ser resumido para melhor compreens#o do resumo leia salomon d/lcio v. como lazer uma monografia. elo horizonte, interlivros, 1'&, primeira parte, cap. iii. !.1.!. fazer leitura crFtica a leitura critica exige do leitor uma vis#o arangente em torno do assunto -ue est sendo focalizado, e necessrio, pois, -ue se fa"a uma pr/ 2 golerg. em o gloo, )'>)*>1*). 1&
leitura do material a ser analisado para, ent#o, estaelecerse diferen"a entre
a sucess#o das id/ias principais, contidas nas senten"ast$pico. ler criticamente significa tendo como ase o ponto de topico. essa pertin6ncia / id/ia mais arangente e as
reconhecer a pertin6ncia dos conte0dos apresentados, vista do autor e a rela"#o entre este e as senten"as -ue permite estaelecerse uma hierar-uia entre a -ue a susidiam.
o texto seguinte n#o apresenta divis#o paragrfica, contudo verificase -ue a unidade formal -ue ele apresenta n#o corresponde ? unidade de um pargrafo didtico, j -ue h uma s/rie de id/ias acumuladas em um 0nico loco, -ue devem ser reestruturadas, tanto pela densidade de informa"#o, -uanto pela hierar-uia em -ue devem ser apresentadas. aleijadinho
de om jesus de matosinhos, depois de haver realizado em cedro as sessenta e seis figuras -ue comp5em os passos da via crucis, no mesmo santurio, mais tarde encarnadas pelos pintores manuel da costa atalde e francisco xavier carneiro
seus dois 0ltimos anos de vida entrevado e cego, sore um pe-ueno estrado em casa de sua nora. depois de sua morte, aleijadinho foi es-uecido por mais de -uarenta anos, at/ -ue rodrigo retas lhe escrevesse a iografia, pulicada em 1&*&, voltando a ser louvado somente ap$s o movimento de afirma"#o dos valores nacionais provocado pela semana da arte moderna <1!!= sua ora, sempre caracterizada por inspira"#o d(nmica e arroca, / extensa. <...= 4 conforme j se disse anteriormente, este texto n#o apresenta divis#o paragrfica proceda ? divis#o do texto em pargrafos, tomando por ase 4. grande enciclopedia delta
larousse, verete 7aleijadinho7. rio, delta, 1').
!)
uma senten at$pico -ue nortear cada loco de id/ias em -ue se venha a dividir o texto. para tal, conv/m ter em mente -ue saer diferen"ar as id/ias entre si / fundamental. diferen"ar as id/ias significa hierar-uizar 8os assuntos pela ordem de importncia, analisar as liga"5es -ue os unem e ordenar os fatos ou a"5es ao longo de um racioc(nio. para diferen"aremse as id/ias / preciso -ue se conhe"am as seguintes etapas3 a= primeiro, distinguemse as id/ias principais das secundrias, depois diferenciamse as id/ias secundrias entre si9 finalmente, classificamse os pormenores -ue servem de apoio as id/ias secundarias9 = analisamse as liga"5es -ue unem duas id/ias sucessivas, distinguindo as id/ias paralelas. as opostas, as coordenadas e as suordinadas entre si9 c= ordenase a se-B6ncia das id/ias, oservandose o mecanismo l$gico a fim de perceer os mecanismos sutis do pensamento do autor. discuta com seu grupo os itens anteriormente enunciados, tomando como ase o texto 7aleijadinho7 e, em seguida, proceda aos exerc(cios. a= o texto pode ser dividido da seguinte maneira3 1Do E de at/ !D E de at/ continue3 = d6 coer6ncia ao texto, escrevendo a ordem l$gica em -ue cada pargrafo deve ocorrer3 1D. E deve ser o -ue vai de at/ !D E deve ser o -ue vai de at/ !1
continue3 c= escolha dois pargrafos, considerdos como se fossem pe-uenos textos e d6 um titulo a cada um. lemrese de -ue um titulo expressivo induz ? leitura do
texto.
!! ii texto e entendimento
em, uma vez cumpridas as etapas fundamentais para -ue se fa"a leitura informativa coerentemente, devese passar ? fase seguinte -ue / a de en tendimento do texto. para isso, ser#o estudadas as capacidades cognitivas, propostas por enjamin loom et alii. se em apreendidas essas capacidades, o leitor ficara apto a entenderinterpretar textos e, mais ainda, a redigir com maior seguran"a. entender um texto / compreender claramente as id/ias expressas pelo autor para, ent#o, interpretar e extrapolar essas id/ias. nesse momento o leitor deve ajustar as informa"5es contidas no contexto em analise ?s -ue ele possui em seu ar-uivo de conhecimentos. 1. capacidades cognitivas, de acordo com loom3<*= 1.1. compreens#o / a capacidade de entender a mensagem literal contida em uma comunica"#o . em um primeiro momento deve o leitor aterse ao ponto
* loom, s. . et alii. taxionomia dos ojetivos educacionais. porto alegre, gloo, 1'2, p. **1+*. as no"5es te$ricas de loom foram adaptadas pela autora deste livro. !2
de vista do autor, ? tese -ue o autor defende no texto. 1.! anlise / a capacidade
material em suas partes constitutivas,
perceendose suas interrela"5es e os modos de organiza"#o. H a capacidade de decompor um todo em suas partes partindo das senten"as t$pico dos pargrafos e suas rela"5es com o texto. 1.2. s(ntese / a capacidade de colocar em ordem os pensamentos essenciais do autor, utilizandose das senten"ast$pico dos paragrafos, -ue s#o as -ue normalmente sintetizam as id/ias do texto. a s(ntese manifestase pela reconstitu("#o do todo decomposto pela analise, eliminandose o -ue / secund rio e acess$rio e fixandose no essencial. nesse momento atingese o ideal de relacionar e ordenar as id/ias, sem a preocupa"#o de seguir rigorosamente a se-u6ncia -ue elas possuem no texto original, mas com a de -ue em torno do ponto de vista do autor gravitem todas as outras id/ias importantes 1.4 avalia"#o / a capacidade de emitir um ju(zo de valor e de verdade a respeito das id/ias essenciais de um texto. manifestase por meio de julgamento, de julgamento, de critica, ?s rela"5es l$gicas evidenciadas no texto e sua poss(vel aplica"#o cient(fica. 1.*. aplica"#o / a capacidade de resolver situa"5es semelhantes ? situa"#o explicitada no texto. manifestase pela hailidade de, ao associaremse assuntos paralelos, utilizarse de princ(pios apreendidos num contexto em contextos semelhantes9 / a capacidade -ue nos garante ter entendido o assun !4
to e nos permite projetar novas id/ias a partir dos conhecimentos ad-uiridos, por meio da criatividade a -ual se manifesta pela elaora"#o de um plano e, em seguida, pela reda"#o de um tema. depois de em assimiladas estas capacidades cognitivas, o leitor estar apto a interpretar e extrapolar, cientificamente, as id/ias de um texto. treine3
interprete o texto seguinte, de acordo com as capacidades cognitivas.
franc6s
defende pureza da l(ngua com processo contra o 7franglais7
os puristas chamam de polu("#o do idioma. os empresrios simplesmente, de de estrat/gia de marIeting. para a lei / ilegal em alguns setores. mas para a maioria dos franceses tratase de franglais – o uso e o auso do ingl6s, especialmente na rea comercial. os defensores da l(ngua francesa, dispostos a conter a invas#o anglosax a seu vocaulrio, t6m levado empresas aos triunais por utilizarem palavras inglesas. no m6s passado, a associa"#o geral dos -ue utilizam a l(ngua francesa
contem. e nossos advogados comprovaram -ue o coffee drinI n#o passa do simples caf/, s$ -ue mais fraco do -ue o -ue costumamos eer na fran"a disse micheline faure, portavoz da agulf. a associa"#o j ganhou 2) causas nos triunais. !*
empresas estrangeiras -ue exportam seus produtos para a fran"a t6m sido pressionadas por n#o apresentarem tradu"5es dos textos de suas ulas, manuais e emalagens. o movimento contra a invas#o do franglais sempre teve o apoio do governo franc6s e a agulf / susidiada pelo escrit$rio do primeiro ministro pierre mauroK. no ano passado, o minist/rio das comunica"5es proiiu 1!' express5es de origem inglesa, usadas, principalmente, em emissoras de rdio, televis#o, cinema e ag6ncias de pulicidade. oficialmente, n#o se diz mais closeup, mas gros plan, e cameramen s#o les cadreurs. mas, no diaadia, o franglais ainda / astante empregado. os empresrios falam muito de le cash floL ou le hot moneK. as pessoas viajam de le jet, en-uanto uma caminhada / le footing. os esportistas fazem le jogging ou le stretching
interprete o texto, respondendo aos seguintes itens3 a= compreens#o3 = analise3
-ue tese / defendida no texto: -uais as partes constitutivas do texto:
+ fuxuda, e(Io. !+
jornal do rasil, )1>)4>1+4.
c= s(ntese3 -ual a s(ntese ideal deste texto: d= avalia"#o3 as id/ias
essenciais do texto merecem cr(tica: negativa:
e= aplica"#o3 em -ue outro
segunda guerra mundial, surge o movimento contemporneo da nossa ar-uitetura, -ue aproveita o momento e os recursos oferecidos pelas cir cunstncias para a sua expans#o. id/ia secundar(a3 esse movimento vai acompanhar as crescentes transforma"5es econGmicas, sociais e culturais do nosso pa(s. id/ia
secundria3
todos os prolemas ligados ao campo da ar-uitetura e uranismo s#o corajosamente enfrentados por nossos ar-uitetos. !D E senten"at$pico3 o projeto de ras(lia mostra claramente essa evolu"#o e o uso de inova"#o em nossa ar-uitetura. id/ia secundaria3 j se nota o aproveitamento racional dos terrenos, com distriui"#o sistemtica dos lotes. 2o E senten"at$pico3 o concreto aparece como uma solu"#o eficiente, conhecida no meio ar-uitetGnico por rutal(sta. id/ia secundria3
aliado ao uso do concreto, desenvolvese o paisagismo. !&
id/ia secundria. em resid6ncias particulares h inova"5es em mat/ria de concilia"#o de paisagismo e concreto. 4D E senten"at$pico3 os sistemas de coertura passam por mudan"as considerveis id/ia secundria3 a tend6ncia agora / geometriza"#o dos volumes, ao estilo cuista. *D E senten"at$pico3 uma inova"#o interessante / a distriui"#o e composi"#o das resid6ncias em aten"#o ao emestar da fam(lia. id/iasecundria3 surge interpenetra"#o de espa"os. +ª E senten"at$pico3 no plano uran(stico surgem novas alternativas, com uma distriui"#o inovadora das vias p0licas. id/ia secundria3 uscamse alternativas funcionais3 viadutos, passagens suterrneas... id/ia secundria3 o sistema de circula"#o e o acesso aos conjuntos residenciais se apresentam diferentes, contrastando com outras cidades rasileiras. !
'D E conclus#o3 esse / um -uadro em representativo da evolu"#o da nossa ar-uitetura nos 0ltimos anos, -uando, ent#o, passaram a vigorar os princ(pios de renova"#o e criatividade. ras(lia vista como um todo / um elementomodelo dessa evolu"#o, -ue tam/m aparece em outras cidades rasileiras, mas em menor escala, pois nelas ainda existem elementos fixos representativos dos velhos padr5es -ue n#o podem ser eliminados. 1'=
2)
iii palavra e voculo3 unidades essenciais de texto catar feij#o catar feij#o se limita com escrever3 jogase os gr#os na gua do alguidar e as palavras na da folha de papel9 e depois, jogase fora o -ue oiar. certo, toda palavra oiar no papel, gua congelada, por chumo seu vero3 pois para catar esse feij#o, soprar nele, e jogar fora o leve e oco, palha e eco ora, nesse catar feij#o entra um risco3 o de -ue entre os gr#os pesados entre um gr#o -ual-uer, pedra ou indigesto, um gr#o imastigvel de -uerar dente. certo n#o, -uando ao catar palavras3 a pedra da ? frase seu gr#o mais vivo3 ostrui a leitura fluviante, flutual, a"ula a aten"#o, iscaa com o risco. <'= jo#o caral aproxima, nesta poesia, o ato de escrever do ato de catar feij#o. essa proximidade pode ser representada por dois c(rculos superpostos de tal maneira, -ue a rea de um n#o cura inteiramente a area do outro. <&= '. melo neto, jo#o carai. em. nunes, enedito. poetas modernos ou rasil 1>1. petr$polis, vozes, 1'1. &. segundo garcia. othon m.
1D plano !D plano 2D plano
M catar feij#o plano real M escrever plano imaginrio M catar feij#o, se limita com escrever plano metaf$rico
o primeiro c(rculo representa a coisa a ser definida9 o segundo representa o plano imaginrio ou po/tico, isto /, a id/ia -ue estaelece semelhan"a com a primeira. na terceira represen"#o, a zona riscada, -ue mostra a superposi"#o de partes dos c(rculos, relaciona pontos de semelhan"a ou de proximidade entre os dois primeiros planos. podemos, portanto, dizer -ue ha7 uma rela"#o metaf$rica entre catar feij#o e escrever.
metafora / a figura literaria -ue consiste em identificar semelhan"as por meio de um ou mais elementos -ue os seres t6m em comum. assim, o processo da escrita / todo metaforizado na poesia de jo#o caral. para ampliar os seus conhecimentos sore o assunto leia garcia, othon m., op. czt., primeira parte, cap. 1. 2!
oserve os dois 0ltimos versos da primeira estrofe3 7pois para catar esse feij#o, soprar nele, e jogar fora o leve e oco palha e eco7 as palavras leve, oco, palha e eco podem ser assim interpretadas3 e leve o -ue / sup/rfluo9 oco o -ue apodreceu, esvaziouse9 em sentido aproximado, oca seria a-uela palavra vazia de significado, isto /, 7palavras-uen#osignificamnadapor-ue significamtudo7 <=9 palha o -ue sora, o -ue / desnecessrio
c= pelo mesmo motivo, as palavras t6m de ser mais cuidadosamente escolhidas, e imp5ese a -uest#o da propriedade dos termos, de maneira aguda9 d= uma palavra muito repetida ou redundante tornase particularmente afrontosa no processo da leitura9 e= certos termos e express5es, tidos como familiares e pouco literrios, raramente se apresentam tolerveis na exposi"#o escrita9
f= a pontua"#o precisa ser cuidadosamente oservada. o texto aaixo exemplifica o eco vocaular3 lei este churras-uinho no espeto esta legal. fiz um sama iegal.. o discurso do prefeito foi legal . praia legal. gol legal. a-uela coroa foi muito legal comigo. tivemos uma riga legal. amanh#, ?s 11, na montenegro: legal. parece -ue nunca houve tanta legalidade nesse pa(s.<11= eis um discurso 7ilegal7, propositalmente criado por drummond. a palavra fica t#o gasta por-ue / usada com tantas inten"5es e significa"5es diferentes, -ue as pessoas terminam n#o saendo direito o -ue ela -uer dizer. empregar sempre e em -ual-uer contexto as mesmas palavras / poreza vocaular, preju(zo certo para a comunica"#o. -ual o significado de legal, em cada uma das ocorr6ncias do texto: no exerc(cio seguinte voc6 vai ser origado a evitar essas 7palavras vazias7 1!>1'!. 24
relacionamos algumas palavras em -ue o adjetivo se p5e insistentemente repetido. voc6 vai sustitu(lo por outros adjetivos mais expressivos, menos gastos, -ue comuni-uem melhor a id/ia. utilizese do repert$rio apresentado para sustituir cada palavra vazia. em seguida justifi-ue o uso do adjetivo -ue escolheu redigindo uma frase, assim voc6 enri-uecer seu vocaulrio. <1!= use o dicionrio para fazer os exerc(cios importante repert$rio3 decisivo>ponderado>categ$rico>respeitvel>sigiloso>famoso>r e l e v a n t e> im. prescind(vel>engenhoso. a= opini#o importante. opini#o = pessoa importante. pessoa c= documento importante. documento d= jogo importante. jogo como se oserva, uma unidade vocaular pode possuir, na l(ngua, vrios sentidos. a essa variedade de significa"5es chamase poliss6mia leia o trecho ilustrativo e assinale as unidades poliss6micas. minha vizinha sueca anda em apuros com a nossa l(ngua. mal aprendeu -ue 7manga7 / uma parte do palet$, e l# veio
1! o exerc(cio de 7palavras vazias7 encontrase em nunes, amaro v. leite, roerto a s., op. c(t., p. !2'!2&. 2*
o menino do alaio oferecer 7manga7 espada. e a vizinha nem chegou a guardar -ue o nosso parente oficial foi receer justamente a 7espada7 -ue nada tem a ver com a 7manga7. a afli"#o da estrangeira temme feito pensar -ue est tudo de cae"a para aixo nos arraiais do vocaulrio. misturamse as coisas com os animais, atrapalhamse os significados, / uma anar-uia sem desordem, uma perfeita arruma"#o sem a menor l$gicaN as pessoas marcam encontro na oca da noite. e a noite tem alguma oca: a alma n#o se separa do corpo, mas asta a pessoa se cansar, para pGr a alma pela oca. H uma pessoa, por menor -ue seja, pode muito em pGr a oca no mundo. depois, um ateoca pode darse sem o menor contato de uma oca com a ou tra. e n#o machuca nenhum dos dois. <12= para melhor entendimento de leia garcia, othon m., op. cit., segunda parte, cap. 1. 1. uso de palavra e vocaulOrio a fim de -ue a unidade vocaular seja empregada ade-uadamente em uma exposi"#o escrita ou oral, / necessrio -ue se conhe"a o valor semntico -ue cada uma possui. para isso, o conhecimento do vocaulrio / fundamental. vocaulrio / o conjunto de voculos, empregados em um texto, caracterizadores de uma atividade, de uma t/cnica, de uma pessoa etc. de acor do com a terminologia lingB(stica, vocaulrio / uma lista de ocorr6ncias -ue figuram em um corpus. um corpus se constitui de um conjunto de enunc(ados )+>1'!. 2+
vras apresentam este ou a-uele tra"o -ue interessa ? anlise em -uest#o. o termo vocaulrio justificase plenamente em estudos sore corpus especializado3 vocaulrio do futeol, vocaulrio da economia, vocaulrio da pesca. a unidade de vocaulrio / o vocaulrio palavra.=
-ue n#o deve ser confundido com
voculo / unidade de l(ngua efetivamente empregada em um ato de
comunica"#o representa uma unidade particular, com significado, usada na linguagem falada ou escrita. unidade a-ui n#o tem sentido de um num/rico, mas de um semntico3 em setor haitacional individual sul, h -uatro palavras, mas um voculo semanticamente integrado e -ual-uer comuta"#o alterar seu significado. palavra / uma se-B6ncia de um ou mais fonemas suscet(vel de uma transcri"#o escrita, compreendida entre dois espa"os em ranco9 representa ent#o toda unidade emitida na linguagem falada ou escrita. dintinguese um texto de economia de um de medicina n#o s$ pelas palavras empregadas, mas pelos voculos, j -ue cada um possui vocaulrio especifico da rea a -ue pertence. em um texto, por exemplo, serem voculos . podese palavras, e, entre estas, adjetivos os veros e os
podemos contar 1*)) palavras e, entre estas, 1!)) afirmar -ue h, na l(ngua portuguesa, dez classes de funcionam como vocaulrios e os sustantivos os adv/rios terminados em mente.
2'
leia o texto seguinte e fa"a o levantamento dos voculos caracterizadores de atividade. os 7peladeiros7 de domingo o juiz / o grito, o uniforme um cal"#o, a linguagem / sem censura e s$ n#o vale gol com a m#o. para jogar, / s$ -uerer e aguentar, como dizem os peladeiros, palavra n#o dicionarizada -ue -ualifica os 7haitu/es7 do jogo. H essa espontaneidade -ue faz da pelada uma das formas mais autenticas de lazer, principalmente nos domingos. assim / -ue no desenrolar da pelada 7dar um ovo na cara ou 7estar deaixo da saia do cara7 / comum e n#o leva ningu/m ? agress#o. para a especialista em anima"#o s$ciocultural t6nia arros maciel, essa autenticidade pode ser sentida na simples oserva"#o de express#o corporal de um jogador de peladas. diz ela -ue, na pelada, o espirito l0cido prevalece sore a competi"#o. esse clima de camaradagem pode ser oservado tam/m nos apelidos dados a alguns jogadores. luis cludio alves, por exemplo, receeu o apelido de cerezo, por ser muito desengon"ado. marcos pereira dias s$ / chamado de elezinha por-ue est sempre ajeitando os caelos. apelido not$rio / o de ualdo soares, jogador mais velho da pelada dos coroas. conhecido como niter$i, h -uem diga -ue o apelido devese ?s vrias pontes -ue ele tem na oca e, apesar das suas negativas, seu companheiro de jogo mrio m. valente afirma veementemente -ue ele perdeu a dentadura na areia. mais sofisticado do -ue as peladas comuns, / o jogo dos coroas, assim chamado por-ue ') por cento dos jogadores est acima dos 2* anos. tanto nas peladas comuns -uanto nas dos coroas, o 7anho de cuia7 exige certa hailidade do jogador, -ue, muitas vezes, deixa o adversrio apenas o-uiaerto. a falta de espa"o para o ateola / um dos prolemas enfrentados pelos amantes de peladas. para os -ue moram na zona sul, ao final da tarde, a praia
transformase em campo, mas para os moradores da zona norte e su0rios a op"#o est nos campos ralacocos
terrenos aldios ou pirameiros, -ue nem sempre permitem -ue um gol fi-ue linearmente de frente ao outro. mas para os peladeiros -ue t6m 7fome de ola7 nada disso impede o jogo. o campo pode ter po"as de lama e a ola estar furada, mas se d para correr e a redonda aguento o tranco, 7tamos ai7, como dizem os mais versados em peladas. as rigas corpo a corpo n#o s#o fre-Bentes e o esp(rito de concilia"#o sempre predomina na pelada, mesmo -ue o peladeiro seja envolvido por um 7len"ol7 ou arme uma 7cama de gato7. como a pelada caracterizase pelo esp(rito democrtico da rincadeira, a-uele -ue est disposto a 7rincar com a mo"ada da praia7 dever ir tam/m com disposi"#o para 7engolir um frango7, aplaudir uma 7jogada de letra7 ou 7de charles7 e virar com uma 7icicleta7, seja ela realizada por peladeiro de um time ou de outro. <14= fa"a os exerc(cios pedidos3 a= os voculos caracterizadores da atividade, no texto, s#o3 = por meio dos voculos saese -ue o texto retrata uma atividade. -ual /:
os voculos destacados nos remetem a um tipo de atividade um jogo. muitas vezes o voculo ad-uire o significado no contexto por meio da metfora, como C engolir um frangoP. releia o texto e desta-ue agora somente os voculos -ue caracterizam as pessoas, sua a"#o e comportamento. 14. faulstich, enilde l. de j. adaptado de o gloo, 1*>)1+1 2
a= voculos relacionados ?s pessoas3 = voculos relacionados ? a"#o -ue o texto descreve3 c= voculos relacionados ao comportamento das pessoas -ue realizam essa a"#o3 veja se respondeu assim3 a= pessoa
peladeiro, jogador, adversrio, time.
= a"#o 7dar um ovo na cara7, 7estar deaixo da saia do cara7, 7anho de
cu(a7, 7ateola7,
uma pessoa. um vocaulrio /, pois, um grande campo lexical -ue pode ser reagrupado em pe-uenos campos, de acordo com as rela"5es
contudo essa verdade / relativa, por-ue3 a= jogo e ateola s$ s#o sinGnimos em determinados contextos. uma partida em -ue duas sele"5es disputam um titulo / um jogo, mas n#o um ateola, a n#o ser ironicamente9 = uma ola / de fato redonda, mas nem toda coisa redonda / uma ola. concluise -ue emora n#o existam sinGnimos perfeitos h uma rela"#o sinon(mica entre os termos. 2 sinonFmia e hiponFmia
podese considerar a sinon(mia so duas acep"5es a= dois termos s#o considerados sinGnimos -uando um pode sustituir o outro em um determinado enunciado9 = dois termos s#o considerados sinGnimos -uando s#o intercamiveis em todos os contextos. com ase neste conceito, podese dizer -ue n#o existem verdadeiros sinGnimos. a sinon(mia pode ser considerada uma hipon(mia sim/trica. a hipon(mia <1*= deve ser entendida como rela"#o de inclus#o de significados das unidades em -uest#o, assim / -ue o suconjunto
incluso no conjunto criminoso. donde, todo matador / um criminoso, mas nem todo criminoso / um matador. a hipon(mia propriamente dita se define por uma rela"#o de implica"#o unilateral, assim / -ue se um ojeto / esverdeado podese entender -ue esse ojeto seja verde, mas se o ojeto / verde n#o se diz -ue ele / esverdeado. devido a essa rela"#o de implica"#o unilateral a hipon(mia / assim/trica. no entanto, -uando a rela"#o entre os termos / conceida como uma rela"#o rec(proca, a hipon(mia / sim/trica e, neste caso, as unidades em -uest#o s#o chamadas de sinGnimos. em determinado contexto, onde ateola / igual a jogo e jogo / igual a ate ola a rela"#o entre os termos / rec(proca, logo sinon(mica.
para melhor compreens#o dos conceitos de sinon(mia e de hipon(mia ler ilari, rodolfo geraldi, jo#o L. >semntica s. paulo, Otica, 1&*, cap. 4. treine3 no texto aaixo, sustitua os termos sulinhados por outros, estaelecendo, assim, rela"#o sinon(mica. os efeitos econGmicos da propaganda o uso da influ6ncia nas rela"5es comerciais / um dos atriutos de uma economia livre. por isso, a /tica da propaganda / a /tica da influ6ncia nas rela"5es entre vendedor e comprador. em um sistema competitivo, onde numerosos vendedores concorrem pela prefer6ncia dos compradores, a /tica legitima 42
para o vendedor / a mesma -ue a do advogado9 em outras palavras, o ponto de vista viciado do vendedor n#o / necessariamente anti/tico. Q medida -ue a propaganda e a venda agressiva se desenvolvem, os padr5es /ticos -ue pautam o seu uso evoluem numa ase pragmtica. nessa evolu"#oRic pragmtica dos padr5es /ticos. de propaganda, certas praticas passaram a ser encaradas como ausos suficientemente s/rios para serem condenados pela lei, haja vista os chamados 7estatutos de propaganda7 sancionados em !* estados dos eua com o apoio da pr$pria classe. <1+= 4. estrutura de vocOulo em campo lexical leia o texto seguinte para proceder ? sua estrutura"#o em campo lexical. encontro com o menino ranco ao som dos passos de guaci, o menino levantou o rosto. e guaci perceeu ent#o -ue n#o era um indiozinho como ele, mas sim um menino ranco. seus caelos eram castanhos e seus olhos azuis como a cor do c/u. foi a primeira vez -ue guaci viu um ranco e seu espanto foi grande. o menino ranco tam/m se assustou ao ver aparecer na mata a-uele indiozinho alto para seus nove anos, o corpo moreno coerto apenas por uma tanga. suas m#os fortes seguravam o arco e as flechas. um gemido de dor escapou dos lios do menino ranco9 guaci, compadecido, ajoelhouse a seus p/s e s$ ent#o reparou -ue a perna do menino estava sangrando. parecia mordida de cora. o indiozinho aproximou a oca da-uela pele ranca. num instante ele chupou o veneno injetado pela cora no pore menino e cuspiu fora o sangue. 1+ orden, n h. em cohn, gariel
44
seus olhos rilharam de alegriaN ele tinha salvo uma vidaN tentou falarlhe na sua linguagem doce, mas o menino nada compreendeu. ent#o, apontando o peito, disseN mim... guaci. o menino sorriu e respondeu apontando a si pr$prio3 mim... joozinho. era o come"o de uma grande amizadeN mais nada podiam dizer, pois cada um deles falava uma linguagem diferente. 1'
procedimentos para estruturar o campo lexical3 a= lido o texto, investigue -ual a palavrachave -ue constitui o n0cleo da tese defendida pelo autor. nesse momento surge o ar-uilexema do campo, -ue / a palavra de significa"#o mais arangente9 = liste os lexemas, representados por voculos simples, tais como sustantivos, adjetivos, veros e>ou voculos agrupados so a forma de ex press5es ou ora"5es cujas partes n#o podem ser desmemradas so pena de perderem a significa"#o vocaular9 c= uma vez listados todos os voculos, re0naos em pe-uenos campos de acordo com as rela"5es de id/ias do texto9 1' novaes, giorinha de moura. em persuhn, janice j. escrevivendo, *ª s/rie. s. paulo, rasil, 1&!, p. 1!1. este texto
d= trace um diagrama ar$reo, tomando por ase as rela"5es de inclus#o hipon(mia -ue h entre o ar-uilexema e o voculo suse-uente, no sentido vertical
a= o campo apresenta idimensionalidade, em primeiro plano, j -ue as a"5es se desenvolvem em torno de dois personagens9 = as id/ias expostas estruturamse por meio de rela"5es de inclus#o hipon(mia como 7indiozinho e ranco s#o meninos -ue se encontram79 de e-uival6ncia sinon(mia como 7o espanto do indiozinho foi grande e o menino ranco se assustou -uando se viram79 de oposi"#o – antonim(a como a o indiozinho tentou falare na sua linguagem doce, mas o menino nada compreendeu7 etc.9 c= a estrutura do texto em campo lexical faculta a apreens#o dos conte0dos sicos do mesmo e possiilita o entendimento da ideologia sujacente9 4+
campo lexical3 nota da ledora3 grfico com representa"#o de sintagmtico. – fim da nota da ledora.
4' d= o voculo nem sempre se constitui de uma palavra, mas de agrupamento -ue n#o pode ser desmemrado, como 7gemidos de dor7, 7come"o de uma grande amizade7 etc. e= / poss(vel interpretar o texto a luz de seu l/xico e reescrev6lo dandolhe nova fei"#o. finalmente, sugerese -ue o modelo sirva de ase para a= ampliar o conceito de leitura, j -ue o diagrama possiilita vrias leituras interpretativas9 = explorar e fixar os conceitos de sinon(mia, hipon(mia e anton(mia c= planejar e elaorar reda"5es. o vocaulrio, -uando estudado em corpus especializado, dizse t/cnico. vocaulrio t/cnico / a-uele em -ue os termos identificam uma atividade espec(fica. assim sendo, reconhecese -ue um texto pertence a uma determinada rea grupo profissional pela significa"#o -ue os voculos possuem ou ad-uirem nele. o conjunto de tais voculos constitui a linguagem t/cnica ou especial. a linguagem t/cnica ou especial caracterizase por introduzir inova"5es e apropriarse de modo peculiar de outros termos da linguagem comum ou geral. as modifica"5es -ue um grupo s$cioprofissional introduz na l(ngua s#o chamadas de jarg#o. leia o texto seguinte, desta-ue os voculos considerados t/cnicos e diga a -ue rea profissional pertencem. 4&
a -ueda na produ"#o de autom$veis e pneumticos para autom$veis foi a principal causa do deciinio de &,4 por cento do setor de ens de consumo durveis, en-uanto antii$ticos e vitaminas contriu(ram para -ue o setor e ens consumo n#o durveis registrasse um pe-ueno crescimento de ),! por cento. <1&=
*. exatidÃo e ade-uaÇÃo vocaular a escolha cuidadosa de palavras, para -ue os termos ad-uiram propriedade, torna a frase mais logicamente constru(da e, conse-uentemente, o texto se comp5e de maneira concatenada, ojetiva e clara por-ue3 um texto / um conjunto de elementos3 conjunto de um ou mais pargrafos conjunto de uma ou mais frases compondo pargrafos conjunto de uma ou mais palavras compondo frases. um texto / um conjunto de rela"5es3 ligando pargrafos ligando uma ou mais frases em pargrafos ligando uma ou mais palavras em frases. <1= um texto /, portanto, um conjunto de elementos e um conjunto de rela"5es -ue cria um contexto uma situa"#o gloal. e o contexto -ue d significa"#o aos elementos. e no contexto -ue palavras, frases e pargrafos ganham importncia e significa"#o.
1& em o gloo )!>)2>1&1 1 starling jos/ nogueira nascimento miiton moreira samuel l(ngua portuguesa teoria e prtica, elo horizonte, vig(lia, 1'&, p.114 4
iv produ"#o do texto3 a disserta"#o
h tr6s t/cnicas de reda"#o3 a descri"#o, a narra"#o e a disserta"#o. elas podem vir misturadas em um mesmo texto mas, geralmente, uma delas se soressai. a descri"#o e8 a pintura animada e, por isso, tem -ue ser viva3 deve fazer alus#o ? vida por meio, da imagem sens(vel e do detalhe material. j em uma narra"#o conta
contando fatos em -ue interv6m pessoas. narrar / dizer -ue algu/m faz algo num certo tempo e lugar. a partir de ent#o, vamos estudar mais detalhadamente o texto dissertativo, por isso a descri"#o e a narra"#o foram apenas citadas como t/cmcas redacionais. *)
n#o h uma receita infal(vel na produ"#o de textos dissertativos. apresentamos, pois, sugest5es de atividades -ue podem ajudar na cria"#o de mensagens dissertativas. disserta"#o / expor, explanar ou ainda explicar id/ias. na disserta"#o expressamos o -ue saemos ou acreditamos saer a respeito de determinado assunto. assim como a descri"#o e a narra"#o, a disserta"#o tam/m deve ser planejada, para -ue se otenha um traalho preciso, claro, coerente. imaginese tendo de redigir uma disserta"#o sore o menor aandonado. voc6 dever proceder da seguinte maneira3 a= anote suas id/ias sore o assunto9 = se suas id/ias s#o poucas, pes-uise sore o assunto3 us-ue dados estatisticos, testemunhos, defini"5es etc.9 ao fim dessa pes-uisa, voc6 ter muitas outras id/ias9 c= delimite em seu ojetivo3 -ual / a tese ou o ponto de vista -ue voc6 -uer defender: de -ue ngulo, de -ue perspectiva -uer tratar o assunto: respondendo a essas perguntas voc6 estar definindo o tema do seu texto. complete o espa"o seguinte com o ponto de vista -ue voc6 defender. o -ue -uero dizer sore o menor aandonado pode ser sintetizado na seguinte frase3 *1
voc6 tem uma lista de id/ias anotadas9 dessas id/ias, desta-ue as mais importantes, isto /, a-uelas -ue est#o estritamente ligadas ao tema -ue escolheu. estas constituir#o as senten"ast$pico -ue fundamentar#o o ponto de vista. ap$iese nas id/ias restantes id/ias secundrias e pormenores para real"ar, ilustrar, justificar e comprovar as id/ias sicas. agindo assim, voc6 estar organizando o conte0do de seu texto. atente agora para o fato de -ue, se, durante uma disserta"#o, o autor procurar convencer o leitor, formarlhe a opini#o pelas provas com -ue vai fundamentando suas declara"5es, ele ent#o estar dando tra"os de verdadeira argumenta"#o a seu texto.
a disserta"#o tem como prop$sito principal expor ou explanar, explicar ou interpretar id/ias9 argumenta"#o visa, soretudo, a convencer, persuadir ou influenciar o leitor ou ouvinte. 1. o texto expositivodissertativo antrtida, um desafio e uma esperan"a a antrtida
possui aproximadamente 14 milh5es de -uilGmetros -uadrados e -ue, segundo os ge$logos, se originou no mesoz$ico, separandose da Ofrica, austrlia, (ndia e am/rica do sul, possivelmente em raz#o de gigantescas pertura"5es geof(sicas e geol$gicas ocorridas na-uele per(odo. por a-uela /poca, a antrtida ainda n#o se encontrava nas latitudes atuais, e possu(a florestas tropicais e fauna aundante, -ue se foram extingBindo lentamente, ? medida -ue a regi#o se deslocava para a posi"#o na -ual hoje se encontra, com a chamada deriva dos continentes. ao contrrio do Ortico, -ue se comp5e de enorme massa ocenica congelada, o continente antrtico / praticamente constru(do por uma imensa massa terrestre, totalmente coerta de gelo, o -ual, sem d0vida, protege o mist/rio das idades -ue presidiram sua forma"#o e certamente guarda, so suas espessas camadas, inesgotveis recursos minerais. a primeira incurs#o de carter cient(fico -ue se tentou realizar na antrtida foi a efetuada por sir james cooI, -ue a ordo do resolution executou a primeira viagem de circunavega"#o em torno da-uele continente, entre 1''! e 1''*, che gando a atingir a latitude de '1D 1)8s. cooI nessa viagem demonstrou a continuidade das guas ao redor da antrtida e desfez a ilus#o de -ue a austrlia se prolongasse em latitudes antrticas, chegando at/ a duvidar da exist6ncia de um continente no extremo meridional pois n#o o encontrou nas vrias oportunidades em -ue cruzou o c(rculo polar antrtico.
no 0ltimo dec/nio do s/culo xviii e in(cio do s/culo xix, as viagens explorat$rias oficiais ao continente antrtico foram interrompidas, certamente pela situa"#o pol(tica com -ue se defrontava a europa, desde o inicio da revolu"#o francesa at/ o fim das guerras napoleGnicas. entretanto, um aspecto importante -ue possiilitou a descoerta e o conhecimento das regi5es antrticas, desde a viagem de cooI, foi o ciclo de ca"a da foca, aundante nos ar-uip/lagos austrais descoertos por essa /poca
apenas algumas iniciativas de desta-ue, como a da roKal geographical societK, de londres, -ue patrocinou, em 1&'4, a realiza"#o da primeira comiss#o oceanogrfica, a ordo do chalienger, mas -ue n#o chegou a ser uma expedi"#o antrtica propriamente dita, e a do imp/rio austrohungaro, em 1&&!1&&2, com a realiza"#o do primeiro ano polar, no -ual tomaram parte 1! pa(ses. tal descontinuidade deveuse provavelmente ?s atividades das pot6ncias europ/ias -ue, no auge de seu expansionismo mercantilista e colonialista, estavam mais preocupadas com a partilha da Ofrica e Osia, na consolida"#o dos seus imp/rios coloniais
do primeiro. os traalhos contaram com a participa"#o de 2) na"5es, mas o artico foi ainda a finalidade maior desse esfor"o cient(fico gloal. durante a segunda guerra mundial surgiu uma nova prolemtica para a regi#o antrtica3 o seu interesse estrat/gico, -uando navios corsrios alem#es, no pacifico sul, se serviram das ilhas Iergu/len como ase de reaastecimento. os ingleses intensificaram suas atividades na regi#o e estaelece *4
ram, em 142, esta"5es meteorol$gicas na costa L da pen(nsula de graham. os estados unidos, j anteriormente <12141=, tinham iniciado a ocupa"#o permanente com dupla finalidade, tanto cient(fica -uanto estrat/gica, estaelecendo ases em pontos explorados por expedi"5es norteamericanas, como em macmurdo. em 142, a marinha argentina organizou uma expedi"#o ? pen(nsula antrtica e ?s ilhas shertland e, em 14', os chilenos estaeleceram a sua primeira ase na regi#o, escolhendo a llha de greenLich, shetland do sul. logo ap$. o t/rmino da segunda guerra mundial, em 14+, os estados unidos realizaram a opera"#o high jump )'>1*' a 21>1!>1*&, foi realizado um pro grama cient(fico de grande envergadura, com oserva"5es simultneas em todas as reas do mundo, no ramo das ci6ncias da terra, incluinlo oceanografia, meteorologia, f(sica da alta atmosfera e glaciologia. o programa do ano geofi sico para a antrt(da teve a participa"#o de doze na"5es3 argentina, austrlia, /lgica, chile, fran"a, jap#o, nova zelndia, noruega, Ofrica do sul, urss, reino unido e estados unidos da am/rica, sendo estas as na"5es -ue, no ano de 1*, em Lashington, elaoraram o tratado da antrtida, firmando o primeiro estatuto jur(dico para a regi#o. jul 1&!. **
introdu"#o antecipe o desenvolvimento e a conclus#o do texto, sendo, por isso, pouco recomendvel -ue nela se incluam exemplos.
no texto antrtida, um desafio e uma esperan"a o autor defende o seguinte ponto de vista3 7a antrtida representa a 0ltima por"#o de terra emersa ainda pouco conhecida e explorada7. no primeiro pargrafo, o da introdu"#o, a tese ou ponto de vista coincide com a senten"at$pico, a -ual ser fundamentada por meio das seguintes id/ias secundrias3 1. 7/ um continente79 !. 7possui aproximadamente 14 milh5es de -uilGmetros -uadrados79 2. 7segundo os ge5logos, se originou no mesoz$ico79 4. 7separandose da Ofrica, austrlia, india e am/rica do sul, possivelmente em raz#o de gigantescas pertura"5es geof(sicas e geol$gicas ocorridas na-uele per(odo79 *. 7por a-uela /poca, a antrtida ainda n#o se encontrava nas latitudes atuais79 +. 7possuia florestas tropicais e fauna aundante79 '.
os pargrafos -ue comp5em o desenvolvimento apresentam uma senten"a t$pico fundamentada por id/ias secundrias e estas, por sua vez, pelos pormenores. o texto em estudo apresenta pargrafos de desenvolvimento. veja se todos eles apresentam senten"at$pico e id/ias secundrias. estruturalmente, os pargrafos est#o formados assim3 !D. E senten"at$pico3 7ao contrrio do Ortico, o continente antrtico / praticamente constituido por uma imensa massa terrestre... id/ias secundrias3 1. !. 2. 4. *.
7
2D. E senten"at$pico3 7a primeira incurs#o de carter cient(fico -ue se tentou realizar na antrtida foi efetuada por sir james cooI...P
id/ias secundrias3 1.
!.
a conclus#o do texto 7antrtida / a seguinte3 senten"at$pico.8 7logo ap$s o t/rmino da segunda guerra mundial, em 14+, os estados unidos realizaram a opera"#o high jump
a antrtida representa o cenrio do maior projeto cient(fico internacional da hist$ria da humanidade. para um pa(s como o rasil, ainda importador de tecnologia e de pouca tradi"#o cient(fica, o projeto antrtico rasileiro poder constituirse no grande salto do pa(s no caminho do seu desenvolvimento cient(fico e tecnol$gico, ? medida -ue se puder acionar com a rapidez necessria e motiva"#o correspondente o enorme potencial existente nas institui"5es cient(ficas do pais e nas suas universidades. as ci6ncias, -ue se desenvolvem no continente antrtico, as chamadas ci6ncias da terra, por se preocuparem prioritariamente com o conhecimento do planeta e da vida nele existente, t6m empolgado a juventude universitria rasileira e aparecem como um novo le-ue de op"5es a atrair a mocidade estudantil, -uase sempre dirigida para as ci6ncias mecnicas e s$cioeconGmicas. sem d0vida, a presen"a rasileira na antrtida ir de in0meros $ices, especialmente para o rasil, pa(s o fator humano, por exemplo, tem sido uma fonte de sidades de pessoal especializado ocorrem tanto nos -uanto nos de apoio. de outra parte, ser ne *
re-uerer a supera"#o pr/via sem nenhuma tradi"#o polar. preocupa"#o. as neces campos de pes-uisa,
cessrio integrar o proantar, isto /, compatiilizlo com os vrios projetos cient(ficos -ue est#o em andamento na antrtida, muitos deles iniciados durante o ano geofisico internacional
econ5m(ca -ue j suas fronteiras, tecnologia. o oportunidade para a
o rasil n#o ir para a antrt(da fazer reivindica"5es territoriais posteriores. ciente de seus interesses e das responsailidades -ue assumiu como signatrio do tratado, o rasil pretende apenas integrarse na grande comunidade antrtica, com a humildade de -uem, at/ ent#o, representou o grande omisso, para fazer ci6ncia e conse-Bentemente participar dos destinos da-uela regi#o, -ue constitui a 0ltima grande por"#o de terra emersa em todo o planeta e onde uma nova experi6ncia de conviv6ncia internacional est sendo experimentada. todas as na"5es t6m seus prolemas, inclusive a-uelas -ue desenvolvem atividades no continente antrtico. mas, nem por isso, elas pretendem adicar de seus interesses na-uele continente saese -ue o rasil tem prolemas, e
muitos. mas n#o pode interiorizarse e deixar de pensar no futuro. existem compromissos com as novas gera"5es e h -ue pensar no ano !))). a antrtida / futuro. deru"ado sore o +)
atlntico sul, o rasil precisa retomar sua voca"o mar(tima e caminhar para leste e para as regi5es austrais, como outrora fizeram seus antepassados lusos.
4. C... isto ir re-uerer um estudo detalhado desses projetos, al/m de uma anlise criteriosa de tudo o -ue se processou cientificamente na antrtida...7 *. 7... as expedi"5es rasileiras ir#o enfrentar dificuldades referentes ao meio amiente natural antrtico, -ue / astante adverso... +. 7um pa(s com a importncia pol(tica do rasil, com a proje"#o econGmica -ue
j alcan"ou e com a influ6ncia cultural -ue tem transcendido as suas fronteiras, n#o poder permanecer em uma posi"#o caudatria em ci6ncia e tecnologia7. c= contesta"#o ou refuta"#o tratase de uma contraargumenta"#o ? tese inicialmente apresentada9 tem carter adversativo, podendo aparecer
segundo LhitaIer penteado
!2. penteado , jos/ roerto LhitaIer. a t/cnica da comunica"#o humana. s. paulo, pioneira, 1&), p. !22 !4!. +2
zados na universidade de minas gerais. o principal culpado ainda / a propaganda, -ue mostra a moto, n#o como um ve(culo para o transporte, mas para disputa de emo"5es -ue nem todo mundo pode viver no diaadia. uma pulicidade mais sensata traria melhores resultados s fricas e ? opini#o p0lica. )&>1&2. !* spitz. em oliveira. m. e. m. sanRmartin. m. r. giacomozzi, g. universltria. tauate. grupo de pes-uisa em lingBistica e matemtica, 1*), vol 4, p. 21). +4
tico repetir em centros experimentais todas as condi"5es do rio, indicando suas solu"5es. mas isso poder ser adotado tarde demais3 at/ o final de '+ a popula"#o do vale ter crescido mais de 1!A, as ind0strias 'A e a entrada em funcionamento da refinaria de s#o jos/ dos campos atrair para suas margens
complexos petro-uimicos e sider0rgicos e a duplica"#o da companhia sider0rgica nacional, cujas conse-B6ncias demogrficas e poluidoras s#o realmente imprevis(veis.
1. voc6 v6 um carro parado na pista, com um tringulo vermelho exposto9 !. voc6 infere -ue o carro est engui"ado. ver ou ler / colher imagens ou informa"5es. inferir / raciocinar / um processo de intelig6ncia, uma t/cnica mental. para argumentar / necessrio refutar as id/ias do opositor por meio de contra argumentos, assim3 1. procure refutar o argumento -ue lhe parece mais forte9 comece por ele9 !. procure atacar os pontos fracos da argumenta"#o contrria9 2. escolha uma autoridade -ue tenha dito exatamente o contrrio do -ue afirma seu opositor9 4. aceite os fatos, mas demonstre -ue foram mal interpretados9 *. ata-ue a fonte na -ual se asearam os argumentos do seu opositor9 +. cite outros exemplos semelhantes -ue provem exatamente o contrrio dos argumentos -ue lhe s#o apresentados pelo opositor9 '. analise cuidadosamente os argumentos contrrios, dissecandoos para revelar as falsidades -ue cont6m.
1. desperte o interesse do leitor9 !. indi-ue ou sugira o tema -ue ser desenvolvido9 2 conduza o leitor ao desenvolvimento do tema. !& conte0do aseado em penteado, jos/ roerto LhitaIer, op cit ++
h vrios tipos de introdu"#o. alguns redatores colocam imediatamente a id/ia sica e v#o direto a seu desenvolvimento. outros apresentam algum material importante para o desenvolvimento, definindo termos, situando o prolema ou mesmo apresentando algum relato ou pensamento importante no desenvolvimento do tema. outros fazem perguntas -ue ser#o respondidas na extens#o do texto. outros, ainda, chegam a apresentar o plano de tratamento do tema. o importante / -ue a introdu"#o apresente, impl(cita ou explicitamente, a id/ia central do texto, a transi"#o para a segunda parte, o desenvolvimento. tam/m no desenvolvimento de seu tema voc6 dever estar atento ao leitor. este dever, no -ue concerne ? significa"#o do conte0do3 1. !. as 2.
identificar facilmente a
no -ue se refere ? organiza"#o, ? s(ntese, ? express#o, o leitor dever encontrar3 1. !. 2. 4.
ora"5es sintaticamente em formadas9 ora"5es ade-uadamente relacionadas na composi"#o dos per(odos9 per(odos claramente relacionados na constitui"#o dos pargrafos9 pargrafos coerentemente relacionados no plano de desenvolvimento.
assim voc6 dever ter sempre em mente a formula"#o de sua tese, de seu ponto de vista, pro +'
curando os meios ade-uados para desenvolver suas id/ias sicas. dever pensar nos es-uemas estruturais -ue vai adotar
distriui"#o das informa"5es nos pargrafos. na conclus#o de um texto dissertativo voc6 poder valerse de uma frase, de um pargrafo e mesmo de mais de um pargrafo. a conclus#o dever decorrer logicamente do desenvolvimento, ser significativa dentro do texto
4. fechar o texto com uma hist$ria, uma cita"#o -ue enfatize seus prop$sitos9 *. formular perguntas, deixando o tema em aerto para outras considera"5es. exercite o -ue aprendeu3 a= escreva um paragrafo dissertativo sore um jogo de futeol a -ue voc6 tenha assistido ou ouvido pelo rdio ou sore algum comentrio -ue voc6 tenha lido no jornal. = fa"a uma disserta"#o com cinco pargrafos sore um tema hist$rico
escritor / pGr em evid6ncia, no texto, um desses recursos, deve, ao planejar as id/ias, fazer com -ue o escolhido seja uma constante nos vrios pargrafos.
identifi-ue, nos exemplos a seguir, cada um desses recursos3 2.1. analogia o texto anal$gico / a-uele -ue, para facilitar a compreens#o do assunto, / estruturado de modo a explicar algo desconhecido por meio de algo conhecido ou algo n#ofamiliar por meio de algo familiar. ex.3 a jaula o homem vive em sua jaula. a jaula n#o / uma casa, um apartamento, um escrit$rio, um -uarto de hotel de luxo ou de pens#o arata. a jaula / o pr$prio homem. exigua ou ampla, pouco importa3 jaula. e nela vivem, em estranha promiscuidade, as mais sanguinrias feras, as serpentes mais venenosas, os atr-uios mais repugnantes, ao lado dos animais dom/sticos, os pssaros canoros, as aves da mais ela plumagem, os insetos mais deslumrantes. o tigre e o chacal, o c#o e o gato, o pav#o e a andorinha, o eija.flor e o rouxinol, a oroleta e a mosca caseira, a cascavel e a pomarola, toda a arca de no/, em suma, cae nessa jaula secreta e oscura, -ue / a alma humana. poderiamos chamar os haitantes desse jardimzool$gico de instintos, sentimentos, emo"5es. h instintos perigosos -ue dormitam a vida inteira, n#o chegam a praticar nenhum ato violento ou repulsivo, mas, ?s vezes, arem um olho *)nolento, rosnam surdamente e recaem em sua letargia. s#o le5es rugindo, os loos uivando. mais comum / verse o pav#o arir sua cauda em le-ue, dando um 7shoL7 multicolorido de vaidade, ou o papagaio fazer um discurso incoerente, repetindo fragmentos de 8saedona decorada, sem saer o -ue diz. R meio ridiculo talvez, mas inofensivo. ')
ela / a jaulaviveiro, cheia de gorjeios de pssaros e esvoa"ar de oroletas, a alma dos puros, dos simples, dos amenos, encanto da vida, flor miraculosa da cria"#o. mas n#o se iludam3 mesmo nestas, h sempre um tigre adormecido, ou uma serpente sonnando. o importante / n#o despertlos.
incrivel a reportagem final do 7fantstico7 de domingo com jo#o domingos de ara0jo. curioso o paralelismo de viv6ncias proporcionado pela reportagem. primeiro apareceu um 7aplicador da lei73 ar severo, cara dura, um $culos enorme a simolizar as mil repress5es -ue a vida lhe imp5s. citou artigos, c$digos, pargrafos, principios morais. era a figura da rigidez, do 7n#o7, da ilus#o moralista das chamadas classes dominantes. um homem s/rio e de em, isso / inojetvelN mas de certa forma a representa"#o da antivida3 a -ue se codificou. de outro lado, a figura do jo#o domingos, +* filhos, rvore cheia de sementes -ue, soltas no ar, muito fecundaram. talvez fora da lei certinha dos homens ou fora da moraN convencional. talvez responsvel por colocar no mundo gente ! em o estado de s#o paulo, de )!>)'>1'4. apud starling. jos/ nogueira ct et alii, op. cit. '1
-ue n#o poder criar, atender. amparar. n#o por culpa pr$pria, mas por causa de haver mis/ria. por/m nele estuavam3 saedoria, alegria natural, sagacidade disfar"ada. energia vital, simpatia, sa0de, disposi"#o, certeza de -ue o mundo / feito de mist/rios demais para -ue a vida seja uma sucess#o de proii"5es e 7n#o podes7 e 7n#o deves7. adorvel pecadorN a representa"#o da vida em suas contradi"5es. mas vida vividaN com integridade, sa0de e disposi"#o. as sementes s#o soltas para a festa permanente da fecunda"#o, fecundam onde / possivel e h condi"5es.<2)= 2 2. testemunho um texto -ue tenha como recurso o testemunho apresenta cita"5es de opini5es ou de julgamentos de especialistas, de pensadores, de estudiosos de um assunto -ue nos tenham legado sua experi/ncia. o testemunho pode confirmar ou contrariar uma opini#o -ue esteja sendo desenvolvida. ex.3 pomos t/m 70ssola7 no organismo a capacidade de orienta"#o dos pomos durante o vGo se deve ? exist6ncia, em seu organismo, de cristais de magnetite, a mesma sustncia utilizada na farica"#o das primeiras 0ssolas. esta surpreendente revela"#o foi feita re centemente por um grupo de cientistas americanos -ue encontraram vest(gios de magnetite no organismo dos pomos. muitos cientistas, por/m, acham -ue os testes realizados n#o foram suficientemente convincentes e reconhecem -ue o homem ainda n#o conseguiu explicar de forma definitiva o -ue d aos pssaros essa capacidade de orienta"a o durante o vGo. segundo os cientistas, isso pode estar ligado a vrios fatores, entre os -uais a dire"#o do sol. experi6ncias realizadas recentemente demonstraram -ue os pssaros sumetidos a um pGr de sol artificial, dentro de um amiente fechado, oito horas antes do verdadeiro poente, ao serem soltos, ficam desorientados e n#o encontram seus ninhos.
2) tOvola. arthur. em o gloo, !2>)4>1&). '!
no entanto, dizem os cientistas, os pssaros se utilizam de outros instrumentos para sua orienta"#o, do contrrio n#o conseguiriam encontrar o ninho durante a noite. outro fator de orienta"#o dos pssaros -ue est sendo estudado s#o os sons de aixa fre-B6nc(a -ue, segundo os cientistas, s#o captados pelos pomos. de acordo com os cientistas, esses pssaros utilizam sua hailidade de captar sons de aixa fre-B6ncia para detectar sons caracter(sticos do lugar onde se encontra seu ninho e assim conseguem orientar seu vGo. depois -ue foram encontrados vest(gios de magnetite no organismo dos pomos, os cientistas realizaram testes para tentar estaelecer ate -ue ponto esses pssaros reagem de modo semelhante a uma 0ssola e essas pes-uisas mostraram alguns resultados incr(veis. -uando soltos em locais onde h as chamadas 7anomalias magn/ticas7 varia"5es naturais do campo magn/tico da terra os pomos, exatamente como as 0ssolas, perdiam seu senso de dire"#o. apesar dessa prova, alguns cientistas ainda duvidam de -ue os pomos carreguem verdadeiras 0ssolas em seu organismo e alegam -ue outras varia"5es, como a dire"#o dos ventos ou a press#o arom/trica, podem ter perturado os pssaros durante os testes. <21= 2.4. defini"#o a defini"#o, como recurso para a elaora"#o de textos, exige -ue o redator se valha de outros recursos para compor o produto final. assim sendo, a ilustra"#o, a compara"#o, o contraste ou a analogia s#o recursos -ue susidiam um texto estruturado por meio da defini"#o. o -ue faz com -ue ela possa ser considerada um recurso / -ue todas as id/ias convergem para responder ? pergunta3 7o -ue isso significa:7 21. em o gloo 1)>)+>1&). '2
podese come"ar pela defini"#o da palavrachave do tema, por sua etimologia, por sua acep"#o vulgar, por sua acep"#o t/cnica, ou podese explorar sua amigBidade. ex.3 ser -ue existe um ranco mais ranco do -ue o ranco:
-uem anda assistindo a televis#o, verifi-ue -ue dois sa5es em p$ est#o fartamente anunciados no video3 o indefect(vel 7omo7 e o 7viva7, marca mais recente e -ue vai ver / da mesma empresa multinacional do omo, pois como o leitor sae, uma das estrat/gias de 7marIeting7 de certos produtos / for"ar uma outra marca 7concorrente7, -ue pertence ao mesmo faricante o prolema da concorr6ncia do 7omo7 com o 7viva7 referese ao grau do ranco. o estudo de roland arthes mostra como faz parte da estrat/gia pulicitria dos sa5es em p$ atriuir certas propriedades, digamos 7adjetivas7, ao ranco. <...= sim, se algu/m definir o ranco vai dizer ser ele um estado de total reverera"#o de luz. o estado de rancura j /, em si, um estado total. o ranco / um extremo da escala cromtica. o estado de ranco j indica uma plenitude. nada h de ranco, al/m do ranco. pois a pulicidade descoriu, vejam s$, o ranco mais rancoN depois evoluiu para o ranco 7total7. n#o satisfeita com tal exalta"#o do ranco adicionoulhe o 7cheirinho de limpeza7
radianteN -ue palavra genial descoerta pelos pulicitrios. as cargas imprecisas ou refletindo luz. ser radiante j empresta ao ranco uma nova propriedade, uscandolhe uma associa"#o com a alegria, o 6xito, a transmiss#o de uma sensa"#o de luz, de gl$ria. aleluiaN -ue tal o ranco 6xtase: aleluiaN se a gente -uer manter sempre acesa a consci6ncia critica das coisas, precisa refletir sore os processos -ue influem em nossa emo"#o, principalmente a-ueles como a pulicidade inteligentemente conduzidos para espica"ar os nossos gostos, vontades, impulsos e desejos mais remotos. sem d0vida, a op"#o entre o 7cheirinho de limpeza7 da-uele sa#o -ue d a sua palavra de honra -ue 7mais ranco / impossivel7 e o ranco -ue al/m de 7total7 / 7radiante7, /uma op"#o muito dificil. a ma-uiav/lica
detergente=, ficou ranco total e agora j / ranco total radiante. pelo visto, com a concorr6ncia, vai continuar receendo sorenomes, como a-ueles nores de antigamente. ao chegar no ano !))) ser, talvez, rancototalradiantesaordo penetranteilurninadoacaricianteenfazejoem-ueridomalemolentecom gosto de rasil. envolventeirisadoexpressivodivinat$rioexclusivorefulgente natural ai os pulicitrios se reunir#o para discutir o excesso de adjetivos para a-uilo -ue, afinal de contas, / apenas tudo o -ue o 7significado7 ranco cont/m. e resolver#o ficar somente com a express#o ranco, sint/tica, condensada, sustantiva, precisa, concisa, com todos os significantes j contidos dentro dela. O( tudo come"ar de novo e novos 7-ualificativos7 ser#o inventados para estender e esticar um conceito -ue em si j diz tudo, por-ue assim como uma rosa / uma rosa, uma rosa, uma rosa9 um ranco / um ranco, um ranco. '*
a menos -ue me tenha dado ranco e eu n#o entenda mais nada. ranco total3 radiante. <2!= 2.*. ilustra"#o um texto ilustrativo / a-uele -ue apresenta a id/ia central, explanada por meio de exemplos em escolhidos -ue sejam pertinentes e convincentes. dados estatist(cos tam/m fundamentam e concretizam as id/ias astratas. ex.3 o ode3 antes de tudo um forte introduzido no rasil pelos colonizadores portugueses, o ode europeu sofreu, a-ui, vrias muta"Ges gen/ticas -ue o tornaram capaz de soreviver at/ mesmo a longos periodos de seca na caatinga nordestina. rousto, gil, pouco exigente com alimenta"#o e gua, ele se assemelha, em muitas de suas caracterlsticas, ao homem do sert#o. essa adaptailidade fez do ode uma esp/cie de 7estepe7 na economia do nordestino3 criado solta, cuidando de encontrar sua pr$pria alimenta"#o entre folhas, galhos e cccca de rvores, constitui o recurso para as horas dif(ceis9 carne para a fam(lia e pele para a venda. para dimensionar a importncia desta pecuria extensiva nas zonas semiridas, asta lemrar -ue canudos n0cleo da a"#o reelde liderada por OntGnio conselheiro na primeira rep0lica, -ue chegou a ser a segunda cidade aiana em popula"#o teve como uma de suas principais ases econGmicas a exporta"#o da pele de ode para o mercado ingl6s, atrav/s do com/rcio de juazeiro. hoje podese dizer -ue, atrav/s dos s/culos, o ode naturalizouse nordestino3 pelo menos tr6s ra"as, com caracter(sticas marcantes, j est#o classificadas
2! tOvola, artur. em o gloo, 1>)4>1'&. '+
a comer de cae"a aixa, o -ue amplia em muito suas possiilidades de encontrar alimento fora das pastagens, no caso do sert#o, muitas vezes, inexistente. n#o h exagero em dizer -ue o sertanejo nutre pelo ode grande carinho e gratid#o, o -ue talvez expli-ue a inten"#o de alguns haitantes do munic(pio de uau, o de maior concentra"#o caprina na ania, de reatizar a cidade com o nome de 7odolndia7. urna gratid#o de -uem sente de perto a mis/ria legada pelas longas e fre-Ventes secas e o efeito paliativo da presen"a do ode. <22= 2.+. compara"#o um texto -ue apresenta como recurso a compara"#o procura aproximar os elementos -ue est#o sendo comparados por meio do -ue eles t6m de semelhante. tais semelhan"as s#o reais, sens(veis, expressas numa forma veral pr$pria em -ue entram normalmente os chamados conectivos de compara"#o
com a ajuda de um computador, mastera analisa os efeitos da conduta fisica express5es faciais, maneirismos, postura em pleito. na opini#o do professor, o comportamento visual / parte muito importante da evolu"#o da imagem do pol(tico como dirigente, e, ap$s a elei"#o, contriui para -ue mantenha o domirilo sore os -ue o cercam. para o catedrtico, ao lodo dos -ue escolhem um candidato pela ideologia, h um grande n0mero de votantes -ue usam apenas a intui"#o para procurar nele -ualidades de lider, e / ai -ue a 7imagem7 pesa nos resultados. masters recomendou, inclusive, ao independente jon anderson, a -uem deu assessoria,
-ue evitasse ter 7uma apar6ncia sumissa7. a capacidade de dom(nio / comunicada de muitas formas, e uma delas / atrav/s dos dentes, conforme explica o professor3 7se examinarmos fotos de pol(ticos verificaremos -ue o ind(cio de domimo est presente no fato de -ue tanto os dentes superiores como os inferiores s#o vis(veis. tratase de um sinal de ira ou alegria, mas de -ual-uer modo de intensidade de conduta7. um outro caso3 7os indiv(duos se congregam em uma atmosfera 8carnavalesca8, exiem grande excita"#o, sa0damse ruidosamente uns aos outros, e concentram sua aten"#o no indiv(duo -ue mais se destaca, antes de se dispersarem7. como oserva masters, poderia ser uma descri"#o de uma conven"#o partidria, no entanto / apenas a narrativa de um encontro de andos de chimpanz/s <...= lemrando -ue se deve ter em conta as caracter(sticas animais do homem, masters afirma -ue grande parte do -ue ocorre em uma campanha pol(tica / estritaniente iol$gico, uma comunica"#o n#overal de ritos e posturas, pelos -uais o candidato chama a aten"#o para sua pessoa. assim, procura apresentar se como um indiv(duo mais importante, mais apto a exercer a lideran"a tal como a fazem os macacos. como os meios de comunica"#o s#o uma das principais formas usadas pelos -ue aspiram ao poder para 7chamar a aten"#o7, o professor mastera tem examinado centenas de fotos de pol(ticos em revistas e jornais. 24 24 em o gloo !*>)&>1*) '&
v sintaxe de constru"#o
frase fragmentada / um peda"o de frase, resultante de m pontua"#o. vejamos um exemplo3 7emerson fittipaldi voltou a treinar com o seu novo carro. apesar do fraco desempenho da 0ltima corrida -ue o deixou em !)D lugar7. ha neste exemplo duas ora"5es3 1ª ora"#o3 7emerson fittipaldi voltou a treinar com o seu novo carro7 esta / uma ora"#o
/ um adjunto adverial de concess#o em re &1
la"#o ? 1 ora"#o e n#o admite, portanto, um ponto entre ele e a ora"#o. caso leve ponto, tornase um fragmento de frase. = 7... -ue o deixou em !)D lugar7 / uma ora"#o -ue s$ se completa se inserida no per(odo, por-ue o pronome relativo exige um antecedente. caso esta ora"#o seja pontuada inade-uadamente, ela resultar em um fragmento de frase. uma vez identificado o fragmento de frase, podemos corrigilo3 a= ligandoo ? frase a -ue pertence, por meio de pontua"#o ade-uada3 7emerson fittipaldi voltou a treinar com o seu novo carro, apesar do fraco desempenho da 0ltima corrida -ue o deixou em !D lugar7. = dando uma nova reda"#o ? frase, sem deixar, contudo, de oservar a pontua"#o3 1. 7apesar do fraco desempenho da 0ltima corrida -ue o deixou em !)D lugar, emerson fittipaldi voltou a treinar com o seu novo carro7. ! 7emora tivesse apresentado, na 0ltima corrida, um fraco desempenho -ue o deixou em !)D lugar, emerson fittipaldi voltou a treinar com o seu novo carro7. 2. 7emerson fittipaldi, apesar do fraco desempenho da 0ltima corrida -ue o deixou em !)D. lugar, voltou a treinar com o seu novo carro7. e= transformando o fragmento de frase em frase completa3 7emerson fittipaldi voltou a treinar com o seu novo carro. na 0ltima corrida, emerson apresentou um fraco desempenho -ue o deixou em !)o. lugar7. &!
trezne3 reescreva o texto aaixo, corrigindoo e transformandoo em uma 0nica frase. 7as tr6s da madrugada de domingo. en-uanto a cidade dormia tran-uilizada pela vigilncia tremenda do governo provis$rio, foi o largo do pa"o teatro de uma cena extraordinria. presenciada por poucos, t#o pungente, -uanto foi simples e reve7.
a constru"#o de uma frase oedece a estas ordens3 a= ordem sinttica resulta da disposi"#o dos elementos na frase, segundo sua fun"#o sinttica3
vejamos alguns es-uemas para se oter ordem inversa. aproveite cada es-uema dado e reescreva a frase acima em ordem inversa. atente para o emprego da v(rgula. <2*= d1 W d! W a W W e d! W d1 W a W W e a W d1 W d! W W c a W W d1 W d! W c a W W d! W c W d1 = ordem l$gica resulta da disposi"#o das palavras na frase, segundo a importncia das id/ias. uma maneira de dar 6nfase ? estrutura -ue se -uer pGr em relevo, dentro do per(odo. exemplo3 1. se se -uiser dar maior 6nfase ? inaugura"#o da ora, no trecho aaixo, o per(odo dever ser redigido de modo -ue a estrutura em 6nfase apare"a no inicio da frase3 2* vejo o cap(tulo seguinte. &4
7foi inaugurado, h alguns dias, pela prefeitura, o canil modelo municipal, considerado ora indispensvel para a melhoria das condi"5es sanitrias de manaus7. !. se se -uiser dar 6nfase ao canil, a reda"#o ser3 2. se se -uizer dar 6nfase ao tempo de inaugura"#o, a reda"#o ser3
4. se se -uiser dar 6nfase ? importncia da ora3 *. se se -uiser dar 6nfase prefeitura3 muitas vezes a ordena"#o l$gica da frase exige a presen"a de um pronome relativo. para evitar confus5es o pronome relativo deve colocarse imediatamente depois de seu antecedente. exemplos3 1. errado podem comer merenda escolar gratuita os alunos cujos pa(s s#o carentes de recursos e -ue n#o possuem condi"5es de alimentaremse em casa. !. certo podem comer merenda escolar gratuita os alunos -ue n#o possuem condi"5es de alimentaremse em casa e cujos pais s#o carentes de recursos. &*
treine o encaixe de pronome relativo. 1. re0na as ora"5es de cada grupo aaixo num s$ per(odo, convertendo a segunda ora"#o em suordinada adjetiva introduzida pelos relativos. h casos em -ue / necessrio colocar preposi"#o. 1.1. foi detectada por astrGnomos da universidade da calif$rnia a explos#o de uma estrela gigantesca. a explos#o pode produzir um uraco negro, esp/cie de aismo gravitacional no espa"o. nem a luz pode escapar do aismo gravitacional no espa"o. 1.!. a exposi"#o em homenagem ao humorista j. carlos fez parte das festas. a exposi"#o foi organizada pela propaganda estrutural. a exposi"#o teve patroc(nio da servenco. a exposi"#o teve produ"#o da lithos. as festas comemoraram o centenrio de nascimento do famoso caricaturista. 1.2. durante o per(odo, in6s, professora de ginstica, aprendeu tudo sore o corpo. no per(odo, estudou na europa. 1.4. restos de seres humanos es-uartejados foram encontrados em uma caverna. os restos atestam antropofagia pelos homens de neanderthal. pela caverna transitavam homens da idade da pedra. !. complete os per(odos aaixo com ora"5es suordinadas adjetivas -ue se coordenem3 !.1. o lcool / um comust(vel -ue <= mas -ue <= &+
!.!. a nova constitui"#o rasileira ser uma lei -ue <= ou -ue <= !.2. 7videogame7 / um jogo eletrGnico -ue <= e -ue <= e= ordem harmoniosa
uindo assim para o enri-uecimento espiritual e material da fam(lia, tornando seu mundo em mais humano, cheio de alegria7. neste exemplo, o exagero no emprego do ger0ndio prejudicou a clareza e a oa constru"#o da frase, por-ue3 1 criaramse desnecessariamente -uatro fragmentos de frase9 !. es-ueceuse da ora"#o principal, conse-Bentemente n#o se sae de -uem se est falando9 2 camuflouse o sentido da frase, comprometendose, desta forma, a mensagem. para empregarse corretamente o ger0ndio, / fundamental -ue se saia -ue o ger0ndio expressa simultaneidade de a"#o com outro vero. exemplos3 1 o pintor traalhava assoiando. !. durante muito tempo, ele vagou pela rua pedindo esmolas. 2 entrou no palco cantando. simultnea3 em todas as tr6s frases acima h a"#o simultnea3 1. assoiava ao mesmo tempo -ue traalhava9 ! pediu esmolas en-uanto vagou... 2 cantava ao mesmo tempo -ue entrava... nas frases seguintes, o emprego do ger0ndio est incorreto por-ue n#o h
simultaneidade de a"#o3 1. o foguete foi lan"ado ontem, entrando felizmente na $rita prevista. &&
!. o m/dico receeu o telefonema, dirigindose imediatamente para a casa do paciente. as a"5es n#o s#o simultneas, pois3 1. o lan"amento do foguete e a entrada na $rita n#o s#o simultneos9 !. o receimento do telefonema n#o foi feito a caminho. de -ue maneira poderemos escrever estas frases sem -ue apresentem erros de constru"#o: reescrevaas3 note -ue, -uando usado com valor estil(stico, o ger0ndio pode surtir efeitos agradveis, como neste exemplo de pulicidade3 7arrancando, correndo, recando, desviando, reduzindo. H preciso muita garra para enfrentar o diaadia7.
para concluir este nosso estudo, podemos verificar -ue as conjun"5es s#o elementos importantes para o estaelecimento de conex#o entre as id/ias. a aus6ncia da conjun"#o gera frase fragmentada.
vejamos um exemplo3 pr$ximo ? arragem do rio descoerto, a terra estse tornando ponto de atra"#o. a terra pega fogo. podese assar uma atata em poucos minutos. diversas pessoas, curiosas com o fato, chegaram at/ a cavar o ch#o em usca de uma explica"#o. reescreva o trecho, transformandoo em uma 0nica frase, por meio da inser"#o de conectivos treine mais9 utilizese dos fragmentos de frase e das ora"5es e elaore per(odos completos
2. a aelha rainha vive cm m/dia cinco anos. ao morrer, as pr$prias operrias escolhem uma larva de at/ tr6s dias, para sustituila. a larva / alimentada com gel/ia real. 4. as televis5es fa"am grande esfor"o para defender e potencializar os valores rasileiros. n#o existem condi"5es reais para impedir a veicula"#o de 7enlatados7. a influ6ncia das multinacionais / muito grande.
1
vi a virgula no contexto sinttico a v(rgula assume uma grande relevncia na marca"#o de pausas sintticas na frase.
para -ue se compreenda o real valor do emprego da v(rgula, devese reconhec6 la como sinal e com fun"#o distinta de3 a= separar termos dentro do per(odo9 = isolar termos intercalados < ou seja, fora de sua posi"#o normal= dentro do per(odo. tanto para separar, -uanto para separar elementos, a v(rgula assume configura"#o espec(fica a cada emprego. ao separar elementos, normalmente de mesma fun"#o sinttica, a v(rgula deve ser interpretada como uma s$ T,U mesmo -ue se fa"a necessrio usar duas ou tr6s etc. assim3 1. pedro estuda matemtica, f(sica e ingl6s. !. pedro estuda matemtica, f(sica, ingl6s e franc6s.
as virgulas empregadas para separar matemtica de f(sica e f(sica de ingl6s devem ser interpretadas como v(rgulas individuais -ue ser#o tantas -uantos forem os elementos da enumera"#o. ao isolar elementos, a v(rgula deve ser interpretada como uma dupla X,,Y -ue n#o pode desfazerse, so pena de transformarse em sinal de separa"#o. exemplo3 maradona, -uando receeu o trofeu, eijouo solenemente. se se cometer o deslize de colocar a v(rgula somente ap$s maradona, esta estara separando o sujeito do resto do per(odo, conse-uentemente, do seu predicado eijouo.9 o mesmo racioc(nio vale para o erro de colocarse a v(rgula apenas depois de trof/u. em s(ntese, podese dizer -ue a circunst#nc(a temporal intercalada entre o sujeito maradona e o predicado eijouo solenemente deve ficar isolada, j -ue se encontra fora de sua posi"#o normal, -ue / ao final do per(odo. entendase a v(rgula dupla como se fora par6nteses e ai n#o haver erro, pois ningu/m are par6nteses sem fechlo, mas n#o se -ueira sustituir a v(rgula por par6ntese, uma vez -ue este tem uso espec(fico e a-uela tam/m. H fato -ue, muitas vezes, uma v(rgula -ue isola tem o 7ar7 da -ue separa, como no exemplo3 esmeralda freitas, no campeonato de atletismomenores, em -uito, ganhou uma medalha de ouro. as v(rgulas da frase s#o assim analisadas3 a= as v(rgulas de ap$s freitas e de ap$s menores s#o duplas, pois isolam a circunstncia de lugar9 2
= as v(rgulas de ap$s menores e -uito s#o duplas, pois isolam outra circunstncia de lugar9 no entanto, podese -uerer entender a v(rgula de ap$s menores como -ue separando uma circunstncia de outra, o -ue parece, mas n#o / verdadeiro. utilizemse par6nteses, em vez de v(rgulas, e vejase o resultado3
esmeralda freitas
enfticos. para -ue se desfa"a -ual-uer confus#o, relacionamos seus empregos3 a= apoiada em regras sintticas, empregase a v(rgula para se parar3 1. vrios sujeitos, vrios predicados, vrios ojetos, vrios adjuntos ou vrias ora"5es assind/t(cas3 pai, m#e, filhos e av$s foram ? <2&= igreja rezar. paulo pegou a chave, ligou o carro, despediuse da fam(lia e desapareceu. meu irm#o chegou ontem, as 1' horas. ! estruturas sintticas paralelas de prov/rios3 -uem tudo -uer, tudo perde. em terra de cego, -uem tem um olho / rei. = apoiada em aspectos enfticos, empregase a v(rgula para separar3 1. ora"5es coordenadas, em especial, as adversativas e as conclusivas3 n#o tem dinheiro, mas o pouco -ue tem aplica em letras. o -ue voc6 diz n#o se escreve, portanto sai de minha frente. !. ora"5es suordinadas, em especial, as consecutivas, comparativas, as reduzidas de ger0ndio e de partic(pio3 o torcedor gritou tanto, -ue ficou rouco. o cachorro agradava a visita, lamendolhe as m#os. 2&. ler sore crase no capitulo seguinte. *
2. nome de localidades em datas3 ras(lia, 2) de junho de 1&+. 4.
n0mero de documentos da data de expedi"#o3
lei n !.41&, de 1* de janeiro de 1&+. c= apoiada em regras sintt(cas, usase a v(rgula para isolar3 1. ora"5es adveriais, ora"5es reduzidas, adjuntos adveriais, intercalados, j -ue a posi"#o normal destes elementos / no final da frase3 o atleta, na partida de futeol, -uerou o ra"o. o pediatra, emora tivesse raz#o, ouviu pacientemente a reclama"#o dos pa(s da crian"a. !. o aposto3 marcos aur/lio freitas, deputado federal, ter o seu projeto votado. 2. o vocativo3 saiam, senhores curs(stas, a verdade sore a situa"#o. 4. conjun"5es
a= apoiada em aspectos enfticos, usase a v(rgula para isolar3 1. certas express5es, express5es, como isto /
por exemplo, exemplo, ou seja, a saer, inclusive inclusive etc.
os mitos narram a hist$ria do sagrado, isto /, de coisas concernentes ? religi#o, aos ritos, ao culto. usos especFficos da virgula a= empregase a v(rgula, na frase, para indicar a elipse de um termo3 eu viajo para manaus e tu, para el/m. = antes de etc. a v(rgula n#o deve ser usada, pois a express#o latina et cetera significa 7e mais , e outros7. modernamente, contudo, o sentido diacr5nico da express#o esvaziouse e t6mse feito fre-Bente uso desta pontua"#o antes de etc.
o aniversrio do clue ser comemorado com jogos, gincanas, shoLs etc. c= o adjunto adverial intercalado exige v(rgula9 no entanto, -uando este se constituir de uma palavra ou de locu"#o, o emprego da v(rgula se faz livre, exceto com sim <-ue exige a v(rgula= e com n#o -ue a rejeita, por -uest5es semnticas. ex.3 eu n#o vou ? festa.
1. o emprego da v(rgula antes do e. 1.1. separamse as ora"5es sind/ticas aditivas iniciadas por e -uando tiverem sujeitos diferentes3 veio o dia do desfile, e a jovem vestiuse como uma rainha. !. v(rgula depois do e. !.1. -uando seguido de uma intercala"#o3 jorge foi aprovado e, por isso, ganhou um carro. 2 virgula antes e depois do e. 2. 1. -uando houver sujeitos diferentes e intercaia"#o depois do e3 carlos ganhou uma viagem para s#o paulo, e, por-ue ganhou o primeiro pr6mio, jo#o viajou para o exterior. 4. v(rgula antes de ou. 4 .1. -uando o ou estiver repetido, repetido, indicando indicando alternativa alternativa ou retifica"#o retifica"#o do pensamento3 ou faz o curso completo, ou tranca a matr(cula.
2
<2=
os conceitos conceitos emitidos neste capitulo capitulo s#o de tolal tolal responsailidade responsailidade da da amora.
&
vii conversando sore crase
crase, palavra originariamente grega, significa fus#o de dois sons voclicos
cont(guos. o latim asorveu este fenGmeno e, na passagem do latim popular para o portugu6s, palavras como sede Z see Z s/ ou legere Z leer Z ler, ao perderem os fonemas consonantais mediais, aproximam os dois sons voclicos id6nticos, os -uais resultam em crase. no portugu6s atual, crase / tam/m fus#o de dois sons id6nticos, restringida restringida t#osomente as seguintes regras sicas3 a= fus#o da = fus#o da singular ou na verdade, c= fus#o da
preposi"#o a W a
para -ue ocorra crase / necessrio haver um termo regente -ue exija presen"a da preposi"#o
a, por um lado e, por outro, um termo regido, -ue / uma palavra feminina antecedida do artigo definido feminino no singular ou no plural. s$ assim pode haver contigBidade de sons e, conse-Bentemente, crase. ouvese com fre-u6ncia dizerse -ue em tal frase ocorre a craseado. entendese, imprecisamente, imprecisamen te, como a craseado a-uele marcado com o acento grave. ora, a / craseado se tiver sofrido fus#o de sons e, em decorr6ncia disso, leva a marca grfica, -ue / o acento grave. alis, / essa a 0nica fun"#o, atual, desse acento. assim sendo, conv/m distinguir o uso do acento grave em duas situa"5es distintas3 a= o uso do acento grave para marcar -ue sons cont(guos passaram por crase. neste caso, ele marca um fenGmeno resultante de reg6ncia9 = o uso do acento grave para marcar locu"5es femininas e express5es -ue indicam hora, -ue, na historia da l(ngua, o acento cristalizouse. neste caso, em uma anlise sincrGnica, o acento n#o marca fenGmeno resultante de reg6ncia, logo, o a acentuado n#o sofreu crase. com ase nas informa"5es anteriores, podemse interpretar, so o ponto de vista regencial, as regras -ue determinam os usos origat$rio e facultativo e, tam/m, os casos especiais do acento grave, marcador da crase3
1))
a= uso origatÓrio resultante de reg6ncia3
1. termo regente seguido de preposi"#o a W a
1)1
acento grave cristalizado3 1. nas locu"5es
prepositivas, adveriais e conjuntivas
femininas, como em3
estive no garimpo ? procura de ouro. fio faz gol ? maneira de pel/. esta mesma frase pode ser usada eliminando se o sustantivo e a preposi"#o maneira de, contudo o a acentuado permanece3 fio faz gol ? pel/. a noite, a temperatura / mais agradvel. geme, ? medida -ue sente dor. !. nas express5es num/ricas -ue indicam hora, como em3 pegou o avi#o ? uma hora da tarde. sairemos ?s tr6s horas para a universidade. = uso facultativo 1. termo regente seguido de preposi"#o a W a artigo definido -ue antecede o nome pr$prio feminino, como em3 remeti os documentos ?
termo regente seguido de preposi"#o a W nome pr$prio feminino n#o antecedido de artigo como em3
remeti os documentos a
1)!
!. termo regente seguido de preposi"#o a W a
chegou at/ ?s
ou com a express#o at/ a W sustantivo n#o antecedido de artigo, como em3 chegou at/ a
1)2
e= casos especiais os casos considerados especiais inseremse, na verdade, na regra geral, a saer, termo regente -ue exija preposi"#o a W a
irei ?
!. -uando o termo regente n#o se faz seguir de preposi"#o, mas somente do artigo definido -ue antecede o sustantivo, a frase apresenta outro sentido, como em3 ati a
1)*
viii temas sugeridos para reda"#o
os temas seguintes, adaptados de textos sore o assunto, servem como sugest5es para elaora"#o de reda"5es paralelas no decorrer do curso.
antes de redigir conv/m3 a= = c= um
fazer leitura sore o tema a ser traalhado9 planejar o texto, atentando para os itens a serem argumentados9 escolher, entre dois, o recurso -ue melhor se adapte ao desenvolvimento de om texto9
1. disserte sore3 7os prolemas do meio amiente e dos recursos naturais s$ ser#o e-uacionados em termos de planejamento gloal, atingindo as esferas social, pol(tica, econGmica e educacional7. argumente3 a mata atlntica como esp/cie end6mica9 e a rela"#o chuva e relevo9 os programas de extens#o universitria como pol(tica educacional salvadora de esp/cies de seres vivos. recurso3
ilustra"#o ou compara"#o.
1)+
!. disserte sore3 7o corte no disp6ndio dos gastos governamentais como forma de reduzir o d/ficit parece, em princ(pio, e-uivocada7. argumente3 o d/ficit como distor"#o da economia rasileira9 o ajuste da economia rasileira aos interesses norteamericanos9 a linearidade da linha de atua"#o do fmi. recurso3
testemunho ou ilustra"#o.
2. disserte sore3 7tudo o -ue / jur(dico / moral, mas nem tudo o -ue / moral / jur(dico7. argumente3 o campo da moral -ue n#o se confunde com o campo jur(dico9 a moral como mundo da conduta espont#nea9 a incompatiilidade entre moral e viol6ncia. recurso3
oposi"#o ou defini"#o.
4. disserte sore3 7o solo precisa ser encarado como uma coisa permanente9 precisa ser olhado como uma heran"a -ue passa de pai para filho7. argumente3 o solo como reservat$rio de alimentos9 o uso do solo e seus interesses9 o solo e os agentes de eros#o. recurso3
ilustra"#o ou compara"#o.
*. disserte sore3 7as constitui"5es n#o s#o leis estticas9 o -ue importa / ser a constitui"#o uma lei -ue configure o pensamento da na"#o7. 1)'
argumente3 deputados e senadores exercendo atriui"5es constituintes9 importncia da convoca"#o de uma asseml/ia nacional constituinte9 o congresso diante da feitura de uma lei. recurso3
oposi"#o ou ilustra"#o.
+. disserte sore3 7na /poca em -ue se eso"avam os fundamentos da futura independ6ncia do rasil, sentiase a necessidade de um reformador, capaz de desenvolver traalho de proselitismo em torno de teses sujeitas ? veemente oposi"#o dos -ue sentiam a tessitura das rela"5es comerciais, formada atrav/s de s/culos, entrar em colapso, amea"ando posi"5es monop$licas7. argumente3 as id/ias de smith 7a ri-ueza das na"5es7 e seu curso no rasil9 smith e o sentido de lierdade9 o pensamento de smith e o monop$lio colonial. recurso3
testemunho ou ilustra"#o.
'. disserte sore3 7a primeira vista, confundese fato jur(dico com ato jur(dico9 a verdade / -ue um n#o existira sem o outro7. argumente3 a a"#o como asseguradora de direito9 a rela"#o de perecimento entre o direito e seu ojeto9 as pessoas relativamente e asolutamente inca pazes diante de ato da vida civil. recurso3
compara"#o ou oposi"#o.
1)&
&. disserte sore3 7a contailidade tem como ojetivo o estudo e o controle do patrimGnio das entidades econGmicas, a fim de fornecer informa"5es sore sua composi"#o e suas varia"5es -ualitativas e -uantitativas7. argumente3 o patrimGnio como ojeto da contailidade9 a contailidade como linguagem da empresa9 contailidade e escritura"#o. recurso3
compara"#o ou ilustra"#o.
. disserte sore3 7as pessoas ser#o classificadas como melhores ou piores em virtude de suas posses e conforme o padr#o de opul6ncia -ue estiver em voga numa determinada sociedade7. argumente3 a autoridade dos ricos como estrutura real do poder9 o governo dos mais saios em detrimento de outros9 o fator econGmico como dirigente e determinador dos demais aspectos da
sociedade. recurso3
oposi"#o ou testemunho.
1). disserte sore3 7o mito da matemtica cresceu, a partir das escassas hailidades de calculo do eg(pcio ahmes e dos primeiros e timidos teoremas da geometria dos gregos, at/ a ampla e completa rede de teoremas7. argumente3 a palavrafun"#o na matemtica9 os valores admiss(veis de fun"#o9 a moral da matemtica -ue imp5e contradi"5es. 1)
recurso3
testemunho ou ilustra"#o.
11. disserte sore3 7o engenheiro, para ser um profissional competente, deve ter seus conhecimentos al/m das ci6ncias f(sicas e da tecnologia, estendendose pelos campos da economia, da sociologia e da psicologia7. argumente3 capacidade do engenheiro de chegar a conclus5es inteligentes9 a d0vida sistem#tica em rela"#o ao 7como7 e ao 7por-ue79 a importncia da engenharia para a seguran"a nacional. recurso3
ilustra"#o ou compara"#o.
1!. disserte sore3 7a fun"#o do grupo de marIet(ng de uma empresa esta relacionada ao desempenho de certas atividades essenciais7. argumente3 a fun"#o de oferecer produto9 a pol(tica de merchand(s(ng como susistema de oferecimento9 a fun"#o do administrador como administrador do futuro. recurso3
ilustra"#o ou analogia.
12. disserte sore3 7paulo freire pensou -ue um m/todo de educa"#o constru(do em cima da id/ia de um dialogo entre educador e educando n#o poderia come"ar com o educador trazendo pronto, do seu mundo, do seu saer, o seu m/todo e o material da fala dele7. 11)
argumente3 a a"#o dialogal como prtica usual9 o universo vocaular como realidade social no imaginrio do educando9 a-uele -ue estuda como sujeito do ato de estudar. recurso3
compara"#o ou ilustra"#o.
14. disserte sore3 7um computador / uma m-uina extraordinariamente complexa -ue armazena sinais el/tricos -ue representam n0meros7.
argumente3 o c/lere chip de s(licio9 por -ue os computadores s#o t#o 0teis: os roGs como sustitutos dos traalhadores. recurso3
defini"#o ou ilustra"#o.
1*. disserte sore3 7compete ?-uele -ue traalha no campo do design a tarefa de desalojar da mente do seu semelhante todos os preconceitos sore a arte e os artistas7. argumente3 valor psicol$gico do ojeto projetado9 o design e o stKling9 a naturalidade do designer e a natureza das coisas. recurso3
ilustra"#o ou analogia.
1+. disserte sore3 7o estudo das ideologias raciais no rasil nos fornece oportunidades para analisar a dinmica da mitologia social, pois os mitos sociais s#o constantemente criados e destruidos7. 111
argumente3 o rasil como uma democracia racial9 os enef(cios de rancos e negros com o mito9 o candoml/ e o sama no contexto dos preconceitos. recurso3
oposi"#o ou ilustra"#o.
1'. disserte sore3 7ao educar, j estamos nos apoiando em valores -ue pressup5em a nossa vis#o do mundo e a nossa vis#o da educa"#o en-uanto processo de forma"#o humana7. argumente3 o ato educativo como intera"#o
compara"#o ou ilustra"#o.
1&. disserte sore3 7o concurso do plano de rasilia ofereceu aos ar-uitetos rasileiros a oportunidade para formular propostas realmente renovadoras para o planejamento urano rasileiro e com amplitudes de vistas dos prolemas de implanta"#o de ar-uitetura urana7. argumente3 os princ(pios da 7plantalivre7 x a orienta"#o frentefundo dos projetos9 a constru"#o de ras(lia como experi6ncia ar-uitetGnica e uran(stica deste s/culo9 a tend6ncia ? verticaliza"#o dos pr/dios de rasilia e ordena"#o de paisagem. 11!
recurso3
ilustra"#o ou compara"#o.
1. disserte sore3 7-uanto mais profundamente os iliotecrios conhecerem todos os n(veis e todas as poss(ilidades de leitura individual na comunidade, mais criteriosamente poder#o exercer a sele"#o de livros, e o servi"o iliogrfico poder ser realizado de maneira mais eficiente7. argumente3 pessoas e livros, p$los positivos e negativos, como fluxo de servi"o iliotecrio9 a ilioteca p0lica como parte integrante da atividade da comunidade9 a sele"#o de livros como demanda e fornecimento. recurso3
ilustra"#o ou compara"#o.
!). disserte sore3 7os meios de comunica"#o social constituem, paradoxalmente, meios de elite e de massas7. argumente3 a sociedade ao alcance dos meios de comunica"#o9 os meios de comunica"#o social como meios de elite9 a imprensa como meio de comunica"#o de elite e de massa. recurso3
ilustra"#o ou compara"#o.
!1. disserte sore3 em l(ngua portuguesa e realidade rasileira, de celso cunha, declarase3 7n#o existe o em nem o mal, a corre"#o nem 112
a incorre"#o9 o falar de cada um / t#o leg(timo e irrepreens(vel como o de -ual-uer suposta autoridade, e toda intromiss#o / daninha7. argumente3 o povo como possuidor de soerania em mat/ria de linguagem9 as normas lingB(sticas como normas coercit(vas9 o valetudo na nova gramtica de cunha e cintra e a rea"#o dos gramticos da velha guarda. recurso3
ilustra"#o ou oposi"#o.
!!. disserte sore3 7a universidade rasileira ingressou, h alguns anos, num processo de progressivo e acelerado esvaziamento7. argumente3 as correntes democrticas e o fracasso no ensino superior9 a pol(tica universitria voltada para o capital estrangeiro9 rendimento escolar e elitiza"#o. recurso3
testemunho ou ilustra"#o.
114
iliografia auxiliar
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salvador, angelo domingos. m/todos e t/cnicas de pes-uisa iliogrfica. porto alegre, sulina, 1'' 11+
soares, magda ecIer campos, edson nascimento. t/cnica de reda"#o. rio, ao livro t/cnico, 1'&. sodre, muniz ferrari, maria helena. t/cnica de reda"#o3 o texto nos meios de informa"#o. rio, francisco alves, 1''. starling, jos/ nogueira nascimento, milton do moreira, samuel. l(ngua portuguesa3 teoria e prtica. elo horizonte, vig(lia, 1'&. vanoKe, francis. usos da linguagem3 prolemas e t/cnicas na produ"#o oral e escrita. s. paulo , martins fontes, 1'. vivaldi, gonzalo mart(n. curso de redacci$n. madri, paraninfo, xv edi"#o. LaldecI, s/rgio paiva, m. portugu6s>treinamento. ras(lia, pr$cultura, 1&+. 11' editora vozes matriz petr$polis, rj
rasilia, df <')'2).'21= clr>none, ).')4, loco a, n! 1* tel.3 <)+1=!!2!42+ fax3 <)+1=!!2!!&! campo grande, ms <'))!1'4= r. r. do rio ranco, 1!21 tel. e fax3 <)+'=2&4.1*2* cuia, mt <'&))*+))= av. get0lio vargas, 2&1 tel. e fax3 <)+*=2!!++' curitia, pr <&)!2).)&)= r. !4 de maio, * tel.3 <)41=!2212! fax3 <)41=!221 si 2 fortaleza, ce <+))!*1))= r. major facundo. '2) tel.3 <)&*=!212!1 fax3 <)&*=!!14!2& goinia, go <'4)!2)1)= r. 2, n!!1 tel. e fax3 <)+!=!!*2)'' juiz de fora, mg <2+)1))41= r. esp(rito santo, +2 tel. e fax3 <)2!=!1*&)+1 novo hamurgo, rs <221)))!= r.joa-uim nauco, *42 tel. e fax3 <)*1=*2.&142 pelotas, rs <+)1*2))= r. ' de setemro, 14* tel. e fax3 <)*2!=!'1)2! porto alegre, rs <))1)!'2= r. riachuelo, 1!&) tel.3 <)*1=!!+211 fax3 <)*1=!!+.2)&2 recite, pe <*))*).41)= r. do pr(ncipe, 4&! fax3
<)&1=!!141&)
rio de janeiro, rj