Como se tornar um "Caveira" do BOPE 4 tweets
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O que é ser um "caveira"?
Só pra quem é pra saber o significado disso. Ele é o ápice do combatente. E como fazer pra que ele se torne um combatente? Como fazer com que ele resista a dor, a fome, a sede, ao frio, ao medo e tudo aquilo que destrói o que ele tem de mais forte, o psicológico? A resposta é: Levá-lo ao seu limite. E é exatamente nisso que se baseia um curso de Operações Especiais, do BOPE.
O Brevê O brevê do BOPE é uma faca na caveira, uma faca cravada no crânio da caveira. Essa simbologia significa a vitória sobre a morte. E este é um dos conceitos que são pregados durante todo o curso. O objetivo é fazer o “caveira”, acreditar fielmente que é capaz de enfrentar a morte,
mandar ela pra puta que pariu e sair vitorioso. E é aí que está a grande diferença entre os outros cursos e o de Operações Especiais. O curso do BOPE não são apenas as técnicas e a preparação física o foco de treinamento, mas também o fortalecimento do seu psicológico. Ou seja, um soldado treinado em Operações Especiais é diferente dos demais, mesmo que apenas no psicológico, e isso faz toda a diferença.
Geralmente os aspirantes ao curso já são atletas, com muita disposição, pois passam antes de iniciar o curso por uma seleção rigorosa, na qual sua capacidade física é levada ao extremo. Só nessa fase ficam mais da metade dos aspirantes. E acreditem, isso é apenas o início. Imaginem vc não poder dormir, ter que aguentar a fome, treinamentos intermináveis sem hora pra acabar, e terror psicológico frenético: isso é o dia a dia de um curso do BOPE. Durante o curso não há graduações ou patentes. O soldado que está no curso ao lado de um Capitão, passa pelo mesmo treinamento. O Capitão vai comer o que o soldado come, não tem dessa de prestar continência ou chamar ele de "meu chefe". É todo mundo no mesmo quadrado.
"Se pedirem pra sentar, deite..." Exercícios intermináveis pela noite, marchas que duram dias, frio, fome e sono, misturam-se a instruções de sniper, emboscada, defesa pessoal, conduta de patrulha, montanhismo, sobrevivência no mar, primeiros socorros, armamento, situações com reféns e diversas outras situações de risco e disciplinas pertinentes. Se vc não sabe nadar, peça pra sair. Durante o curso os candidatos dormem em qualquer lugar, comem quando tem a oportunidade e sua única preocupação é a sobrevivência. No meu curso de soldado em 1996, eu fui treinado pelo BOPE, foi um mini estágio. Isso nem se compara com o verdadeiro Curso de Operação Especiais (COESP), mas já dá uma "palhinha" do que vc pode esperar em um COESP. Foram dias de sofrimento e o
pior, sem poder pedir para sair. Mas foram dias de muita disciplina e ótimas instruções. Eles diziam uma frase que jamais esqueci e a repito para os meus amigos que trabalham comigo até hoje : “Se mandarem sentar, deite. Se mandarem deitar, durma.”
Ou seja, aproveite todo e qualquer momento de descanso, vc não sabe quando terá outro. Lá eu aprendi que vc fica dias sem comer, mas não fica um dia debaixo de sol escaldante sem beber água. Ontem mesmo durante uma caminhada de umas 2 horas pela mata, debaixo de um sol de 37 º, sem água, eu pedi "arrego" e pedi um pouco da água do amigo Tavares. O filha da mãe me cobrou R$10,00 pela garrafinha da água dele. rsrs. Água nessas horas vale ouro, por isso não saio do batalhão sem a minha. Já encomendei até o meu "Camelbak". Depois eu posto fotos dele quando chegar. A duração de um curso de operações especiais varia bastante, mas geralmente é entre 6 e 8 meses. Muitos amigos meus tentaram fazer esse ano, muitos ficaram pelo caminho, mas pelo menos tentaram. Apenas 17 concluiram o curso este ano que acabou ao chegar ao topo do Parque da Cidade, em Niterói. Após o último treinamento no parapente, eles foram surpreendidos com uma festa de formatura surpresa. Chegava ao fim o suplício dos agentes, agora „caveiras‟.
Diante do secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, do comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo, e de familiares, eles não tinham mais motivo para pedir para sair.
“A gente pensa que nunca vai acabar. Para suportar, pensava em Deus, na minha mulher, no meu filho e mentalizava: „hoje eu não vou pedir para ir embora‟ ”, contou Edson de Oliveira, do 19º Batalhão de
Polícia Militar, que tinha o pé direito machucado.
A lenda Alguns caveiras mais antigos contam que, em sua época, ao término
do curso de operações especiais, os candidatos eram levados a um lugar deserto, similar a um acampamento militar, onde tinham de se livrar dos instrutores, que os levavam ao limite da resistência humana com todo tipo de torturas. Segundo relatos, que podem ser reais ou não, eles passavam por torturas como choques elétricos, eram jogados em fossos com cobras vivas e afogamentos. Seria como uma espécie de iniciação para os caveiras. Na realidade, não há nada comprovado sobre isso. A verdade é que as provações nesse tipo de treinamento são extremas. E somente os ótimos completam esse curso.
As "almas" ficam vagando Os "caveiras" gostam de espalhar a lenda de que as "almas" de quem partiu ficam vagando pelo vale de Ribeirão das Lajes, até que o policial passe no curso e a resgate. “O aluno passa por um ritual de
desligamento não para ser humilhado, mas para carregar dentro dele a vontade de querer voltar e fazer o se u melhor”. As sensações são ainda mais intensas para quem volta para casa sem a missão cumprida. Os ex-alunos passam por entrevista e acompanhamento psicológico oferecido pelo Bope, para diminuir a frustração. Para ingressar na tropa de elite, o policial passa pelo Curso de Ações Táticas (CAT) ou pelo COEsp, o único que garante o status de "caveira".
fonte: Ten P
Thyago Ferreira, amigos do GAT e mata
M
leone