MADSEN PIRIE
COMO VENCER
TODAS AS ARGUMENT ARG UMENTAۥES AۥES
USANDO E ABUSANDO DA L‚GICA TRADUÇÃO:Luciana
Pudenzi
Loyola Loyola
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Título original: How to Win Every Argument International Publishing Group ISBN 0-8264-9006-9
SUMÁRIO
PREPARAÇÃO: Maurício
Balthazar Leal Miriam de Melo REvisÃo: Renato da Rocha :
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INTRODUÇÃO ........................................................................... Analogia abusiva Ênfase Acidente Afirmando o conseqüente Anfibologia A falácia analógica
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Edições Loyola Rua 1822 n° 347 — Ipiranga 04216-000 São Paulo, SP Caixa Postal 42.335 — 04218-970 — São Paulo, SP (11) 2914-1922 e (II) 2063-4275 Home page c vendas: www.loyola.com.br Editorial:
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ISBN: 978-85-15-03581-6
Q EDIÇÕES LOYOLA, São Paulo, Brasil, 2008
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An tiqu ita m, arg um en tum ad
Apriorismo
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Baculum, argumentum ad
Bifurcação Cegando com a ciência Falso dilema
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Circulus in probando
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A pergunta complexa [ pl ur iu m interrogationum) Composição Quantificação oculta
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W
9
11 12 14 16
18 19
21 22 24 25 27 29 30 32 34 36
A conclu conclusão são que nega nega as premissas premissas
Premissas contraditórias contraditórias
...... 37 ...... 39
Crumenam, argumentum ad ...............................................................................
40
Cum hoc ergo propter hoc ...................................................................................
42
Condenando as alternativas
...... 44
Refúgio na definição
...... 46
Negação do antecedente ........................................................................................
4 8
Dicto simpliciter ...................................................................................................... 49 Divisão ...... 51 Apelos Apelos emocion emocionais ais ...... 53 Equivocação ...... 55 ...... 57 "Até uma criança sabe" 9 A exceç exceção ão que que comp comprova rova a regra regra .......................................................................... 5 ...... 61 Premissas excludentes ...... 62 A falácia falácia existenc existencial ial facto ...... 64 Estatísticas ex-postPoda extensional ...... 66 Falsa conversão ...... 67
Falsa precisão ...... 69 ...... 71 A falácia falácia do do jogad jogador or ...... 74 A falácia falácia genética genética ...... 75 Restrição semi-oculta ...... 77 Cercando sua posição 79 Hominem (abusivo), argumentum ad ................................................................ 80 Hominem (circunstancial], argumentum ad ....................................................... 82 Ignorantiam, argumentum ad .............................................................................. Ignoratio elenchi
...... 84
...... 86 Processo ilícito Humor irrelevante ...... 87 89 Lapidem, argumentum ad .................................................................................. 91 Lazarum, argumentum ad .................................................................................. ...... 92 Palavras tendenciosas 94 Misericordiam, argumentum ad ......................................................................... 96 Nauseam, argumentum ad .................................................................................. °
Não- antecipação
...... 98
Novitam, argumentum ad .................................................................................
100
Numeram, argumentum ad .................................................................................. 102 Avaliaçã Avaliação o unilate unilateral ral .............................................................................................. 104 Petitio principii....................................................................................................... 106 Envenenando a fonte .......................................................................................... 107 Populum, argumentum ad ................................................................................. 109 ...................................
11 1
Post hoc ergo propter hoc ................................................................................. Duaternioterminaram..........................................................................................
111
Conclusão positiva a partir de premissas negativas
O arenque defumado
11 3
.......................................................................................... 115
Refutando o exemplo .......................................................................................... 117 Reificação ............................................................................................................ 118 O trem desgovernado .......................................................................................... 120 Secundum quid........................................................................................................ quid........................................................................................................ 122 Terreno instável ................................................................................................... 123 Transferindo o ônus da prova ............................................................................ 125 A ladeira ladeira escorrega escorregadia dia.......................................................................................... 126 Apelo Apelo a condição condição especial especial ................................................................................. 128 O espantalho
........................................................................................................ 130
Temperantiam, argumentum ad ........................................................................ 132 A culpa culpa é de de Marg Margaret aret Thatche Thatcherr ........................................................................ 134 Objeções frívolas ................................................................................................... 135 Tu quoque ................................................................................................................. 137 Entimemas não-consentidos ............................................................................ 138 Termo médio não-distribuído ............................................................................ 140 Perfeição inalcançável .......................................................................................... 142
Verecund Verecundiam iam,, argum argument entum um ad ad............................................................................
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Pensamento veleidoso .......................................................................................... 145
CLASSIFICAÇÃO DAS FALÁCIAS ...............................................
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Falácias formais .................................................................................................... 150 Falácias informais l ingüísticas ............................................................................ 150 150 Falácias informais de relevância — omissão ...................................................... 1 1 150 ...................................................... Falácias informais de relevância — intrusão 151 Falácias informais de relevância — pressuposição
I NTRO NTRODUÇÃO DUÇÃO
U
m raciocínio sólido é a base para vencer uma argumentação. As falácias lógicas debilitam os argumentos. Elas são constante fonte de fascínio e têm sido estudadas há pelo menos dois milênios. O conhecimento sobre as falácias é útil para evitar as que são inadvertidamente usadas por outros e até para fazer uso de algumas a fim de enganar. O fascínio e a utilidade que elas oferecem, porém, não devem ocultar o prazer de identificá-las. Adoto uma visão muito ampla das falácias. Qualquer artimanha lógica ou de par a f a zer linguagem que permita que uma afirmação ou asserção sejam aceitas como algo que não são tem um cartão de acesso ao recinto reservado às falácias. É, freqüente que aquilo que pareça ser um argumento corroborante de uma determinada posiç posição ão numa numa discus discussão são não a corr corrob obor oree em em nada. nada. Às Às veze vezes, s, ele ele pod podee ser ser apen apenas as uma dedução extraída de evidências que não o sustentam. Muitas das falácias são perpetradas por pessoas que q ue genuinamente ignoram o raciocínio lógico, a natureza de urna evidência, ou aquilo que realmente pode
Como vencer todas as argumentações
Analogia abusiva
ser considerado material relevante. Outras, porém, podem ser cometidas por pesso pessoas as inclin inclinada adass ao embu embuste ste.. Se há forç forçaa sufi suficie ciente nte por por trás trás do argum argument ento o e das evidências, as falácias podem fornecer fornecer impulso suficiente para impô-los. Este livro foi idealizado como um guia prático para aqueles que desejam vencer as argumentações. Ele ensina também como perpetrar falácias com maldade e intenção dolosa escrevi cada uma das falácias, ofereci exemplos dela e mostrei J por que é falaciosa. Após informações de interesse geral referentes à história ou à ocorrência da falácia, forneci ao leitor recomen r ecomendações dações de como e onde a falácia fal ácia pode pode ser usada usada para para engan enganar ar com eficác eficácia ia máxi máxima ma.. Apresentei as falácias segundo a ordem que me pareceu mais conveniente, mas no final do livro pode-se encontrar uma classificação completa dos cinco tipos principais de falácias. É proveitoso que o leitor se dê ao trabalho de aprender a denominação latina sempre que possível. Quando um oponente é acusado de cometer algo com um nome latino, soa como se ele sofresse de uma rara doença tropical, e tem ainda o efeito de fazer com que o acusador pareça erudito e uma autoridade no assunto. Nas mãos mãos da pessoa pessoa errad errada, a, isto isto é mais mais uma uma arm armaa que que um livro, livro, e foi escrito escrito preci precisa sam mente ente para para essa essa pess pessoa oa.. Ensin Ensinare areii como argumentar de modo eficaz, às vezesa t é de modo desonesto. Ao aprender como argumentar, e no processo de praticar e aprimorar aprimorar cada falácia, o usuário aprenderá como identificá-la e criará imunidade imunidade a ela. Um conhecimento conhecimento prático dessas falácias proporciona proporciona um vocabulário para falar sobre políticos e comentaristas da imprensa. A vaga suspeita de um logro será substituída pela identificação precisa dos crimes cometidos contra a lógica. Logo, o conhecimento das falácias pode conferir uma capacidade defensiva e ofensiva. Sua habilidade de discerni-las lhe permitirá defender-se de seu uso por parte parte de de outr outros, os, e sua sua próp própria ria destrez destrezaa com com elas lhe permi permitirá tirá ser bem-su bem-suced cedido ido e ofensivo ao empreender a importantíssima tarefa de fazer que as argumentações o favoreçam. MADSEN PIRIE
Analogia abusiva A FALÁCIA da analogia abusiva é uma versão altamente especializada do argumento ad hominem.Em lugar de insultar diretamente o argumentador, faz-se uma analogia calculada para depreciá-lo ou desacreditá-lo. O oponente ou o seu comportamento é comparado com algo que suscitará uma resposta desfavorável da audiência em relação a ele. Smith propôs que velejemos no feriado, embora ele entenda de barcos tanto quanto um regente de orquestra armênio. (Talvez você não precise saber tanto para velejar no feriado. Smith pode aprender. A questão aqui é que -a comparação pretende deliberadamente fazê-lo parecer ridículo. Pode até ser que muitos regentes armênios sejam velejadores altamente competentes.) A analogia pode até ser válida do ponto de vista da comparação feita. Isso a torna mais eficaz, mas não menos falaciosa, uma vez que o propósito é introduzir um elemento adicional que não foi objeto de argumentação a fim de influenciar um julgamento.
Se a ciência não admite certezas, então um cientista não tem em seu conhecimento do universo mais segurança que um hotentote que corre por entre os arbustos. (Isso é verdade, mas a intenção é abusiva, com o objetivo de que o ouvinte seja mais
simpático à possibilidade do conhecimento seguro.)
A falácia é sutil, pois se apóia nas associações que a audiência faz com base base na imagem apresentada. Seu perpetrador não precisa dizer nada que não seja verdadeiro; ele pode se apoiar nas associações feitas pelo ouvinte para completar o abuso. A analogia abusiva é uma falácia porque se baseia em elementos extrínsecos para para influ influenc enciar iar o argu argume mento nto.. Ao parabenizar meu colega em seu novo cargo, deixe-me destacar que sua experiência nele não é maior que a de um garoto chorão em seu primeiro dia de escola. ( Mais uma vez, é verdade. Mas veja quem é o chorão.)
Embora os políticos adorem cometer abusos e usar analogias, há, surpreen proven enien iente tess des desse se dentemente, pouquíssimos bons usos da analogia abusiva prov 10
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Como vencer todas as argumentações
âmbito. Um bom uso deve ter um elemento de verdade em sua comparação e induzir o abuso mediante suas outras associações. Todas as demais condições perma permanec necend endo o as as mesm mesmas, as, é mais mais fácil fácil ser ser ofensi ofensivo vo fazendo fazendo uma uma comp compara aração ção que não seja verdadeira do que sendo esperto ao fazer uso de elementos de verdade. Poucos alcançaram a memorável memorável excelência de Daniel O'Connell ao descrever Sir Robert Peel:
Ênfase
Acen Acenda da seu cigarr cigarro. o.
(Em vez da toalha de mesa ou qualquer outra coisa que vocŒ tenha a idˆia de queimar.) Acen Acenda da seu cigarr cigarro. o. (E nŠo o cigarro de qualquer outra pessoa.)
... um sorriso como a chapa prateada em um esquife. (… verdade que a chapa tem um brilho superficial, mas, no caso, leva-nos a pensar em algo bem frio por trás dela.) As canetas venenosas dos críticos literários e teatrais são fontes muito mais promi promisso ssoras ras de analo analogia giass abu abusiv sivas. as. Ele Ele pera peram mbula bulava va nerv nervos osam amen ente te pelo pelo palco palco,, com comoo uma uma virge virgem m espe espera rand ndoo o sult‚ sult‚o. o.
(E morreu após a primeira noite.)
As analogias abusivas demandam elaboração. Se você proceder sem prepar preparaçã ação, o, ver-s ver-se-á e-á recor recorren rendo do a um um estoqu estoquee de de com compar paraçõ ações es de de uso uso corren corrente te que que não terão mais o frescor necessário para invocar imagens vívidas. Descrever seus oponentes como "professorinhas recatadas" ou "cafetões sórdidos" não fará que você sobressaia à massa. Uma comparação abusiva bem elaborada, por outro lado, pode pode ridic ridicula ulariza rizarr o discur discurso so mais mais bem bem aprese apresenta ntado do que você você possa possa encon encontrar trar:: "um discurso como o de um touro texano; contundente aqui e ali, mas com toda uma conversa de boi no meio"
€nfase A EFICÁCIA da falácia da ênfase depende do fato de que o sentido das asserções pode pode muda udar depe depend nden endo do do real realce ce que que se ponh ponha a nas nas pala palavr vras as.. A ênfa nfase de determinadas palavras pode conferir um sentido inteiramente diferente do preten pretendid dido o e acresc acrescent entar ar imp implica licaçõe çõess que que não não fazem fazem parte parte do do sign signific ificado ado literal: literal:
Acend Acendaa seu seu cigarro cigarro..
(Sem 'Œnfase especial, parece uma simples instru‰Šo ou um convite.) 12
Acen Acenda da seu cigarr cigarro. o. (Em vez de enfi‹-lo na orelha.)
Mesmo numa frase tão simples, uma ênfase modificada pode modificar marcadamente o sentido. N†s N†s lemo lemoss que que os homen homenss nasc nascera eram m igua iguais, is, mas mas n‚o n‚o h‡ raz‚o raz‚o para para con confer ferir ir a todos todos igual igual direito de voto.
Ira
(Realmente, n‡s provavelmente lemos que os homens nascem iguais. Salientar que eles nascem iguais implica a sugestŠo de que eles nŠo permanecem iguais por muito tempo.)
É evidente que a ênfase é principalmente uma falácia verbal. A ênfase e aqueles qué os empregam numa numa citação supostamente supostamente fazem uso dela. Na expressão verbal, i mpressa é usualmente usualmente atribuída mediante um itálico ou negrito,
porém porém,, as as ênfa ênfase sess não não-au -autor torizad izadas as são são mais mais facilm facilment entee ins inseri eridas das,, traze trazend ndo o em em sua esteira implicações não-autorizadas. A falácia reside nas implicações adicionais
introduzidas pela ênfase. Elas não fazem parte da declaração aceita, e foram inseridas de forma sub-reptícia, sem qualquer argumentação que as sustentasse. A falácia da ênfase é freqüentemente usada para tornar uma proibição mais perm permiss issiva iva.. Ao salie salienta ntarr a coisa coisa a ser ser excluí excluída da,, sug sugeri erimo moss que que as outra outrass cois coisas as são
admissíveis. Mam‚ Mam‚ee diss dissee que que n‚o n‚o deve devemo moss jogar jogar pedras pedras nas nas jane janelas las.. Ent‚ Ent‚oo est‡ est‡ tudo tudo bem bem se jogarm jogarmos os esses pedaƒos de metal. (E a mŠe, que decidiu jamais erguer a m‚o contra eles, poder‹ muito bem dar-lhes um chute.) Em muitos contos tradicionais, o intrépido herói conquista sua glória fazendo uso da falácia da ênfase para encontrar uma brecha em alguma antiga maldição
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Como vencer todas as argumentações
para Medu Medusa sa ou injunção. Perseu sabia que qualquer um que olhasse para em pedra. Até mesmo os vilões a utilizam: Sansão foi cegado pelo rei dos filisteus que haviam prometido não tocá-lo. Seu mais difundido uso da falácia da ênfase pode visar desacreditar oponentes citando-os com uma ênfase que nunca pretenderam. ("Ele disse que jamais para o povo povo ameri american cano. o. Pode Podem-s m-see ver ver todas todas as coisa coisass que que fico ficou u livr livree para para mentiria para fazer.") Richelieu precisou de seis linhas do homem mais honesto para encontrar algo com que pudesse enforcá-lo; com o uso habilidoso da falácia da ênfase, você g eralmente pode conseguir isso até com meia linha. A falácia da ênfase é particularmente útil quando você está defendendo um curso de ação que normalmente suscita a desaprovação geral. A ênfase pode l he permi permitir tir alegar alegar que que sua propo proposta sta de ação ação é mais mais adm admiss issíve ível. l. ("Eu ("Eu sei sei que que estamo estamoss empenhados em não entrar em guerra contra povos de países distantes, mas os irlandeses não estão distantes.") Ao tentar formular regras e regulamentações, tenha em mente que há habilidosos praticantes da falácia da ênfase inteiramente preparados para passar como um trem por sobre as suas intenções. Acidente
A FALÁCIA do acidente supõe que os aspectos extraordinário extraordinárioss de um caso excepcional são suficientes para justificar a rejeição de uma regra geral. Os aspectos em questão podem ser "acidentais", sem nenhuma importância para o assunto discutido, e podem ser facilmente identificados como uma exceção incomum e admissível. Devemos rejeitar a idéia de que é justo pagar aquilo aquilo que é devido. Suponhamos Suponhamos que um homem lhe empreste armas e em seguida fique louco. Certamente não pode ser correto colocar armas nas mãos de um homem louco. ( O engano desta falácia, mencionada por Platão, está em não reconhecer que a
insanidade é um "acidente", pois é uma circunstância extraordinária que não tem relação com o tópico central, prontamente reconhecida como um caso especial.)
possível el fazer fazer objeçõ objeções es a quase quase toda toda genera generalizaç lização ão com base base nos nos caso casoss Seria possív "acidentais" não contemplados que poderiam ser apresentados. A maior parte das asserções gerais sobre as conseqüências resultantes de certas ações poderiam ser contraditas pelo fato de que não abrangem a eventualidade de que um meteorito
Acidente
atinja o perpetrador antes que as conseqüências tenham ocorrido. Sustentar isto seria cometer a falácia do acidente. É uma falácia tratar uma afirmação geral como se fosse um universal incondicionado que não admite exceções. Fazê-lo é atribuir-lhe um significado e um rigor que ela não pretende ter. A maioria de nossas generalizações possui uma ressalva implícita a ser aplicada, "todas as demais condições permanecendo as mesmas". Se as outras condições não forem as mesmas, como por exemplo a presen presença ça de insanid insanidade ade ou um meteo meteorito rito,, poder poderáá have haverr exce exceçõe çõess sem sem que isso implique a refutação da afirmação geral. — Você d iz que nunc a encontrou esse espião . Você po de afirmar que ele nunca se sentou perto de v ocê num jogo de futeb ol, por ex emplo? — Não. — Quando isso o correu, e que documentos foram passados de uni ao outro? (Se eu o encontrei, foi um acidente.)
O acidente e uma falácia com que se defrontam aqueles que buscam universais. Se você estiver tentando estabelecer definições translúcidas de coisas tais como a "verdade", a "justiça" e o "sentido", não deverá surpreender-se se outros dedicarem o mesmo empenho em tentar subverter sua formulação aduzindo acidentes excepcionais. Platão buscava a justiça. John Stuart Mill, tentando justificar a liberdade a não ser onde há dano — ou sério risco de dano — a outros, viu-se para sempre enfrentando objeções que começam com "Mas e se fosse o caso que..." Esse é um risco da profissão. Se você deseja evitar os acidentes, evite os universais. As promessas nem sempre têm de ser mantidas. Sup onhamos que voc ê estivesse en calhado numa ilha deserta com um conde austríaco que participasse de um círculo internacional de espionagem. E suponhamos que só houvesse comida suficiente para uma pessoa, e você lhe houvesse prometido que... ( O único aspecto espantoso dessas histórias sensacionais é que ninguém deveria supor que tais casos extravagantes tornem a regra geral menos aceitável.)
Um dos exemplos famosos da falácia é um gracejo de crianças: O que você comprou ontem você come hoje. Você comprou carne crua ontem, logo comerá carne crua hoje. (A generalização refere-se à substância, sem consid considerar erar sua condição "acidental",)
Como vencer todas as argumentações
Afirmando o conseqüente
A falácia do acidente é boa para anarquistas porque parece subverter regras gerais. Quando se afirma que você está violando as regras, desenterre o caso mais estapafúrdio que puder imaginar. Se a regra não se aplica nesse caso, por que deveria se aplicar no seu? ("Todos nós concordamos em que seria certo queimar o prédio prédio de uma uma repa repartiç rtição ão tributá tributária ria se esse esse foss fossee o único único modo modo de liberta libertarr viúvo viúvoss inerentemente errado...") e órfãos presos no porão. Logo, o que eu fiz não „ inerentem
prim primeir eira. a. Afirm Afirmar ar o con conse seqüe qüente nte é fala falaci cios oso o porq porque ue um even evento to pode pode ser ser prod produzi uzido do por por dife diferen rentes tes causas causas.. Ao ver ver o even evento to conc concret retiza izado do,, não não podem podemos os ter certez certezaa de de que uma causa específica esteja envolvida no fito.
Afirmando o conseqüente PARA AQUELES que têm o hábito incorrigível de pôr a carroça na frente dos afirmaƒ‚o do conseqŠente vem naturalmente. Constituindo um bois, bois, a falá falácia cia da afirm risco ocupacional daqueles que se envolvem em argumentos condicionais, o que ocorre nessa falácia é que não se reconhece que há mais de uma maneira de matar um gato.
Quand Quandoo os os gatos gatos s‚o mordido mordidoss por por ouri ouriƒos ƒos raivos raivosos, os, eles morrem morrem.. Eis Eis aqui aqui um gato gato mort morto, o, logo obviamente h‡ um ouriƒo envolvido nisso. (Antes de trancafiar seus gatos, reflita que o felino morto pode ter sido eletrocutado, poss‰vel el que um ouriço raivoso o tenha estrangulado, estrangulado, estripado ou atropelado. É poss‰v pegado pegado,, mas mas não podem podemos os dedu deduzir zir isso como como um fato.) fato.)
O argumentador confundiu o antecedente e o conseqüente. Numa construção do tipo "se... então", a parte com o "se" é o antecedente, e a parte do "então" é o conseqüente. Está tudo certo em afirmar o antecedente para provar o conseqüente, mas não o contrário.
Se eu derrubo um ovo, ele se quebra. Eu derrubei o ovo, logo ele se quebrou. (Isto e perfeitamente perfeitamente válido. É um argumento chamado modus ponens, que nós provav provavelm elment entee usam usamos os todo todoss os os dias dias da nossa nossa vida. vida. Com Compar pare-o e-o à versã versão o abai abaixo.) xo.)
Se eu derrubo um ovo, ele se quebra. O ovo est‡ quebrado, logo eu tenho de t•-lo derrubado. (Esta é a falácia de afirmação do conseqüente. Pode haver muitos outros incidentes que causem a quebra do ovo, incluindo que ele seja derrubado por outra coisa, ou que um pintinho saia de dentro dele.)
Para uma lógica válida, temos de afirmar a primeira parte para deduzir a segunda. Na falácia, afirmamos a segunda parte numa tentativa de deduzir a 16
Se os chineses quisessem a paz, favoreceriam interc‹mbios culturais e esportivos. Uma vez que eles sustentam tais interc‹mbios, eles querem a paz. (Talvez. Esta conclusão pode pode ser a mais plausível, mas pode haver outras razões mais nefastas pelas quais eles mantenham os intercâmbios internacionais. O gato pode ser morto de mais de uma maneira.)
Esta falácia aparece abundantemente nos tribunais, já que é a base da evidência circunstancial. Quando não temos uma testemunha ocular, retrocedemos daquilo de que temos conhecimento para as ações que poderiam tê-lo causado. Se ele estivesse planejando um assassinato, teria aumentado o valor do seguro de vida de sua esposa. Ele aumentou o valor do seguro de vida de sua esposa.
Se ele pretendesse envenenar, teria comprado veneno. Ele comprou herbicida. Se ele quisesse retalhar o corpo, precisaria de um grande serrote. Um grande serrote foi encontrado em seu dep†sito de ferramentas. (Poderia haver explicações alternativas, inocentes, para todas essas ações. Seria falacioso afirmar que qualquer uma delas prove culpa. Mas, à medida que elas se somam, torna-se progressivamente mais fácil para doze boas pessoas de um júri eliminar as dúvidas razoáveis quanto a uma coincidência. Não há dúvida de que às vezes se erra, e desta forma muitos foram condenados, condenados, entre eles, ocasionalmente, ocasionalmente, um inocente.)
Esta falácia é extremamente boa quando se quer imputar motivos a alguém. Nós Nós não vemos os motivos, mas vemos as ações causadas pelos motivos. Sempre
há alguém que dê ouvidos à sua sugestão de que haveria motivos não tão nobres mediante o uso de um conseqüente habilmente afirmado.
Ela Ela „ apen apenas as uma uma vaga vagabu bund nda. a. As mulhe ulhere ress dess dessee tipo tipo sem sempr pree se exibe exibem m dian diante te dos dos homens, e ela apareceu na confraternizaƒ‚o do escrit†rio escri t†rio usando um vestido que era pratic praticame amente nte transp transpare arente nte!! (Todos sabem o que esse argumento está insinuando.)
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Como vencer todas as argumentações
Anfibologia
ANFIBOLOGIA É a falácia da construção ambígua. Ela ocorre sempre que o significado total de uma asserção possa ser interpretado de mais de uma maneira, e usualmente se deve a uma gramática descuidada. A duquesa tem uma bela embarcação, mas ela é chei a de craca embaixo. (Essa é uma duquesa que requer um cuidado muito especial.)
A falácia admite infinitas variações. Muitos exemplos exemplos excelentes de anfibologia fazem confusão de pronomes: o "ela" refere-se à embarcação ou à duquesa? Uma confusão similar pode ocorrer com animais. Encontrei o embaixador com seu cavalo. Ele estava resfolegando e bufando, então lhe dei um torrão de açúcar.
A falácia analógica
O uso da anfibologia com a intenção de enganar é um dos recursos favoritos de oráculos e cartomantes. Uma anfibologia oportuna permite ao profeta evitar uma afirmação direta e deixar mais de um caminho aberto. Depois dos fatos ocorridos, a pessoa sempre pode se refugiar na interpretação que se concretizou. Creso perguntou ao oráculo o que aconteceria se atacasse a Pérsia. A resposta "Um poderos poderoso o impéri império o será será derro derrotad tado" o" foi foi de de fato fato profé profética tica.. Mas Mas o império império derrota derrotado do foi o seu próprio. Para se tornar um habilidoso praticante de anfibologias, você deve adquirir um certo desinteresse pela pontuação, especialmente pelas vírgulas. Deve aprender a proferir linhas como "Ouvi os sinos da catedral cambaleando pelos becos", como se não tivesse a mínima importância se eram os sinos ou se era você quem estava cambaleando. cambaleando. Procure um vocabulário de palavras que podem ter mais uma categoria gramatical e adquira um estilo gramatical que admita facilmente pronomes pronomes mal colocado colocadoss e confus confusões ões entre entre sujeito sujeito e predicado predicado.. As coluna colunass de astrologia dos jornais são uma excelente fonte de material.
( Quem dera todos os diplomatas pudessem ser tão facilmente satisfeitos...)
da palavra "que", ou sua omissão, produz muitos exemplos clássicos. ("No formulário descrevi em detalhes o ferimento à minha coluna que agora envio em anexo.") Há inumeráveis versões do seguinte anúncio: Omau uso
À VENDA: Carro de senhora idosa em ótimo estado de conservação e com estepe.
O erro geralmente consiste em não considerar que existe a possibilidade de uma 'interpretação diferente. Às vezes, a pontuação está mal colocada; às vezes não há o suficiente para eliminar a ambigüidade. As manchetes da imprensa, precisando ser ao mesmo tempo impactantes e concisas, são um terreno especialmente fértil para que uma encantadora anfibologia ocasionalmente brote diante de nossos olhos. OITO PREFEITOS PEDEM AJUDA PARA O GOVERNADOR ( Os oito prefeitos recorrem ao governador em busca de auxílio ou recorrem a outros pedindo pedindo que ajudem o governad governador?) or?)
DIPLOMATA DIPLOMATA É ENTERRADO ENTERRADO SEM O PRESIDENTE PRESIDENTE ( O presidente deveria ser enterrado junto com o diplomata?)
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A
falácia analógica
A FALÁCIA analógica consiste em supor que coisas que são similares em um aspecto são similares em outros. Ela faz uma comparação com base no que é conhecido e em seguida assume que aquilo que não e conhecido deve ser também similar. O corpo político, como qualquer outro corpo, funciona melhor quando há um cérebro inteligente dirigindo-o. É por esta razão que os governos autoritários são mais eficientes. (Essas falsas analogias ligando o Estado a um corpo humano quase nunca dizem algo sobre seu fígado, seu pâncreas ou seu mecanismo para expelir materiais indesejados.)
As analogias são uma maneira útil de transmitir informações. Elas nos permit permitem em falar falar de um novo novo conce conceito ito em termos termos já já conhec conhecidos idos pela audiênc audiência. ia. A falácia aparece na suposição de futuras similaridades adicionais com base naquelas já ident identific ificadas adas.. Os bebês são como o tempo: imprevisíveis. (Eles também são molhados e cheios de vento.)
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Como vencer todas as argumentações
Isso é falacioso porque as analogias são ferramentas de comunicação, e não fontes de conhecimento. Uma analogia pode nos sugerir linhas de investigação, mas não fornece uma base para estabelecer descobertas. Ela tem uma pele de um milhão milhão de dólares. (Verde e amassada?)
As falácias analógicas são abundantes na interpretação da história. Na tentativa de atribuir um significado à história surgem todos os tipos de comparações. Todas as civilizações passadas têm em comum o fato de que são agora passado, já foram civilizações um dia e antes disso não eram. Esses três fatos absolutamente triviais levaram muitos muitos historiadores a analogias com o "ciclo vital". A simples seqüência "não-vivo, vivo, morto" convida de modo irresistível a uma comparação com os organismos vivos. Antes que nossa defesa esteja pronta, lá estamos nós com civilizações "florescendo", prestes a entrarem no processo de "definhar e morrer". À medida que nossa cultu ra amadu rece, é natur al que, com o todo org anismo, la nce sementes para se reproduzir em lugares distantes. ( Um argumento em prol do colonialismo que deve ser cortado pela raiz.)
O fato é que as civilizações não são flores. Ao cair na armadilha analógica, você logo as terá brotando viçosas do solo e talvez até exibindo suas floradas. Nos Diálog os sobre a religião n atural , de Hume, o fervoroso Cleantes compara o universo a um delicado mecanismo, como o de um relógio. E, assim como pod emo s ded uzir d e um relóg io a ex istência de u m art ífice, d o m esmo mod o po dem os deduzir do universo... Mas Filo, o cético, destrói o argumento neste ponto, dizendo que o universo lhe parece muito mais mais um repolho. A falácia analógica é devastadoramente eficiente quando usada contra a pessoa que introduziu a analogia em primeiro lugar. Todos empregam analogias de todos os tipos; tudo o que você tem a fazer é apoderar-se de uma analogia usada por um oponente e dar-lhe prosseguimento de um modo que conduza mais à sua linha de argumentação. Com sorte, seu oponente será forçado a admitir que sua própria analogia não era muito boa e perderá pontos diante do público. — Agora que ina uguramo s nosso novo comitê co mo um na vio que se lança ao ma r, manifesto minha aspiração de que possamos nos unir para uma viagem tranqüila. — O presidente está certo. Mas lembremos que os remadores eram geralmente dispostos em linha e chicoteados. E, se o navio afundasse, eles afundavam com ele.
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Antiq Antiquit uitam am, argumentam entam ad
Você irá longe em qualquer organização relacionando-a a uma família. A família evoca um calor aprazível, e a analogia lhe permitirá na prática defender praticamente tudo, incluindo dar dinheiro aos membros e mandar os insubordinados para a cama sem jantar. Antiq Antiquit uitam am,, arg argum umen entam tam ad
OS ESTUDANTES de filosofia política reconhecem no argumentum ad antiquitam cerne dos argumentos de Edmund Burke. Do modo mais simples possível, é a falácia de supor que algo é bom ou certo simplesmente porque é antigo.
o
Esta é a maneira c orno sem pre se fez , e é a maneira c omo conti nuaremos a fazer. (Isto trouxe pobreza e sofrimento antes, e assim fará novamente...)
Não há nada nada na idade de uma crença ou afirmação que as torne certas por si. O ad antiquitam é um hábito que economiza a reflexão. Ele mostra o modo como as coisas são feitas, sem necessidade de uma difícil tomada de decisão. Em seu nível mais elevado, é uma filosofia. Gerações anteriores fizeram desse modo e sobreviveram; o mesmo ocorrerá conosco. A falácia é embelezada pelo discurso da continuidade e da família. Embora a idade de uma crença corrobore a experiência, não corrobora sua verdade. Igualar o que é mais antigo ao que é melhor significa aventurar-se no território das falácias. Afinal, o progresso humano se dá pela substituição do antigo pelo melhor. Às vezes os homens fazem coisas de uma maneira particular, ou sustentam crenças específicas, por milhares de anos. Isso não as torna mais certas que erradas. Você não vai ter um carro. Eu nunca tive um carro, meu país nunca teve um carro, nem o seu pai antes dele. (Este provavelmente é o motivo pelo qual nenhum deles chegou a lugar algum.)
Os conservadores são os maiores usuários do argumentum ad antiquitam. Eles cultivaram e o manterão em nome de Deus. Os valores antigos são os certos. O patriot patriotism ismo, o, a grande grandeza za naci naciona onal, l, a discipli disciplina na — o que que quer quer que se quei queira: ra: se é antigo, é bom. O mundo comercial comercial é sensível à prevalência da falácia e modifica suas ações de acordo com isso. Um cigarro chamado Woodbine, com uma grande fatia do mercado, temia que sua imagem estivesse ficando datada, mas não queria perturbar a instintiva preferência pelo tradicional. Uma revista de ficção científica chamada o
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Como vencer todas as ar gumentações
Apriorismo
Asto Astound unding ing receava que seu nome refletisse uma era passada e pudesse refrear seu crescimento. Em ambos os casos a decisão tomada foi efetuar uma mudança gradual, modificando imperceptivelmente a caixa dos cigarros e o nome da revista Astoun undin dingg tornou-se Ana ao longo de semanas. Asto Analog log,, mas os cigarros ci garros Woodbine parecem parecem ter desa desapare parecido cido sem deixar deixar rastos. rastos. Talvez Talvez os consu consumido midores res de de cigarros cigarros sejam mais conservadores que os leitores de ficção científica. O uso hábil do argumentum ad antiquitam antiquitam requer um conhecimento detalhado da China. A razão é simples. A civilização chinesa tem duração tão extensa e
NORMA NORMALME LMENTE, NTE, PERM PERMITIM ITIMOS OS que os fatos fatos ponha ponham m à prova prova nosso nossoss prin princíp cípios ios.. Diante dos fatos, podemos manter ou modificar nossos princípios. Partir dos princípio princípioss de antemão antemão (a priori) e usá-los como base para aceitar ou rejeitar fatos é fazer o caminho inverso. É cometer a falácia do apriorismo.
O raciocínio apriorístico é amplamente usado por aqueles cujas crenças têm pouca pouca relaç relação ão com a reali realidad dade. e. A falácia falácia é a vassou vassoura ra que que varre varre fato fatoss bagu bagunça nçados dos para para deb debaix aixo o do do tape tapete te das das idéi idéias as preco preconce ncebi bidas das.. Trata Trata-se -se de um serviç serviço o dom domést éstico ico necessário para aqueles determinados a manter seus cômodos mentais livres da poeira poeira do mund mundo o real. real. Enta Entalhad lhadas as na na maça maçanet netaa e na ment mentee do usuário usuário da falá falácia cia estão as palavras: "Minha cabeça está feita. Não me confunda com fatos". Muitos de nós podem não ter se convencido diante de um medicamento de uso comum acerca do qual se afirmava que a recuperação do paciente demonstrava que o medicamento havia sido efetivo e a não-recuperação do paciente provava que era necessária uma dose maior do medicamento em questão. Podemos dizer que os fatos estavam sendo usados para confirmar a eficácia do medicamento, não importando quais fossem eles. Contudo, todos os dias se faz precisamente o mesmo tipos de afirmação pedindo auxílio transoceânico em prol do desenvolvimento dos países mais pobres. Se há desenvolvimento, isso mostra que o auxílio é efetivo. Se não há desenvolvimento, isso mostra que temos de fornecer maior auxílio. Se der cara, eles ganham; se der coroa, a lógica perde. A falácia do apriorismo também pode pode ser usada para sustentar um julgamento prec precon once ceb bido ido cont contra ra as evidê evidênc ncia ias. s. Se um um polí polític tico o que que apoi apoiam amos é flag flagra rado do trapaceando, ou envolvido numa posição comprometedora, essas são situações que enaltecem o caráter. Elas o fortalecem e o põem à prova, tornando-o um candidato mais mais adequado ao cargo. Se fosse com qualquer outra pessoa, é claro, as mesmas situações a desqualificariam para o cargo.
N†s N†s n‚o n‚o pre precis cisam amos os do telesc telesc†p †pio io,, sen senho horr Galile alileu. u. N†s sabe sabem mos que que n‚o n‚o pode pode haver haver mais ais que sete corpos celestiais.
Uma vez que n‚o h‡ gatos no Tibete, este animal aqui, com orelhas de gato, rabo de gato, pele pele de gato gato e bigod bigodes es de gato gato mostra ostra que que os os c‚e c‚ess tibe tibeta tano noss s‚o s‚o excel excelen ente tess ato atore res. s.
abrangeu tantas províncias diferentes que quase tudo foi tentado num momento ou noutro. Seu conhecimento lhe permitirá ressaltar que aquilo que você está 'defendendo tem uma antiguidade respeitável na província Shin Shan e trouxe a ela tranqüilidade, paz de espírito e realização por séculos.
Fazemos Fazemos os m†veis da melhor maneira ˆ do jeito antigo. (E eles continuam tŠo desconfort‹veis quanto sempre foram.) Apriorismo
(Esta foi uma visŠo de curto alcance.) A relação entre fatos e princípios é complicada. Precisamos de algum tipo de princípio, do contrário nada se apresentaria como um fato. A falácia consiste em dar demasiada primazia aos princípios e não permitir que sejam modificados por aquilo aquilo que observ observamo amos. s. A faláci faláciaa faz uma uma supos suposição ição injustific injustificada ada em em favo favorr de uma teoria que não é sustentada por evidências, e, por conseguinte, rejeita as evidências relevantes para o caso.
Todos os m„dicos exercem a profiss‚o por razŽes pessoais. Se os seus m„dicos realmente dedicaram todo esse tempo sem receber nenhum pagamento, ent‚o tudo o que posso dizer „ que tem de haver algum ganho oculto do qual n‚o temos conhecimento. (Alˆm da, fal‹cia menos oculta da qual temos conhecimento.)
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(E nŠo apenas isso, eles tambˆm ca‰am ratos e bebem leite numa tigela.) É geralmente improdutivo, ao usar o apriorismo, rejeitar os fatos como sendo falsos. Afinal, seu público pode tê-los testemunhado. Você irá muito mais lo nge reinterpretando esses mesmos mesmos fatos, mostrando mostrando que não são o que parecem. Longe de contradizer sua argumentação, eles na verdade lhe darão sustentação.
Ainda Ainda susten sustento to que que os livro livross que que recome recomende ndeii eram eram os mais mais popular populares. es. … claro claro que que n‚o n‚o nego nego que fossem os menos lidos da biblioteca, bibli oteca, mas isso deve ser tomado como um indicativo de sua popularidade. Ora, quando um livro „ realmente popular; as pessoas o compram ou o tomam emprestado emprestado de amigos; elas n‚o esperam que cheguem a uma biblioteca. (Ao menos a fal‹cia ˆ popular.)
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Como vencer todas as argumentações B ac ul um
, argumen argumentum tum ad
QUANDO LHE faltar razão, recorra ao açoite. O argumentum ad baculum introduz a força como meio de persuasão e é com freqüência empregado por aqueles que, sem ele, perderam a argumentação.
Seria melhor que você nos contasse o que queremos saber. Afinal, não gostaríamos que sua mãe idosa idosa ou sua irmã paralítica paralítica sofressem, não é? (Provavelmente sim.)
A ameaça de força não precisa assumir a forma da violência física. Comete-se o argumentum ad baculum sempre que há a ameaça de conseqüências desagradáveis caso não sejam cumpridos os desejos de quem fala. ("Se você não nos trouxer o projeto do novo míssil, receio que serei forçado a enviar essas fotografias aos jornais.") A falácia do argumentum ad baculum reside na introdução de elementos irrelevantes para o argumento. argumento. Estritamente falando, ela deixa o argumento argumento para trás, passando para a ameaça de uso da força como meio de persuasão. Embora o uso da força seja indubitavelmente eficaz em atrair gentilmente a atenção para os desejos de quem fala, seu emprego representa representa o colapso e a subversão da razão. O argumentum ad baculum, infelizmente, tem importante papel no cenário público público das relaçõe relaçõess intern internacio acionai nais. s. Paíse Paísess poder poderosos osos não conseg conseguem uem defend defender er seus interesses com base em discussões argumentativas e não relutam em lançar um argumentum ad baculum para para influe influenci nciar ar os discurs discursos. os. Mesm Mesmo o quand quando o isso isso falha, eles lançam algo um pouco mais forte. Josef Stalin foi um mestre do argumentum ad baculum.Com efeito, apropriouse dele em tal medida que seu s eu nome está imortalizado numa linha de Krushchev que condensa seu poder: "Quando Stalin diz `Dance!', um homem sensato dança". O próprio Stalin parece ter adotado a visão de que alguém que não tivesse força para para ameaç ameaçar ar não não tinh tinhaa de de esta estarr env envolv olvido ido em questõ questões es intern internaci acion onais ais.. Sua Sua famos famosaa pergu pergunta nta:: "Quan "Quantas tas divisõ divisões es milita militares res tem o papa papa?", ?", foi a resp respos osta ta a uma uma suges sugestão tão de que o papa deveria participar de uma conferência internacional. Os inimigos de Stalin repetidas vezes descobriram que a argumentação não constitui uma oposição muito eficiente a um argumentum ad baculum. Os partidos políticos fundados numa visão idealizada da natureza humana com freqüência acusam seus rivais de recorrer demasiadamente demasiadamente à diplomacia ad baculum. Sir William Browne ofereceu um elaborado epigrama sobre o tema:
O rei a Oxford enviou uma tropa da cavalaria, Pois não com razões, mas co m a força os t óris respon deriam.
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Bifurcação
Com igual sagacidade a Cambridge livros ele envia, Pois os whigs nada além de argumentos aceitariam. (Atualmente, isso equivaleria a decidir se seria mais difícil encontrar um tóri em Oxford que um literato em Cambridge.)
Você pode usar o argumentum ad baculum quando dispõe de força e tem como evitar as conseqüências de seu uso. A lei existe para impedir que as argumentações sejam sempre vencidas pelo mais forte, e também para prevenir os muitos ossos quebrados antes que se decidisse quem seria ele. Mas suas ameaças não precisam ser físicas para que sejam efetivas. Muito já se conseguiu ameaçando importunar insistentemente alguém até que seus pedidos fossem f ossem atendidos. Os romanos prov provav avelm elmen ente te destr destruír uíram am Cartag Cartago o ape apena nass para para calar calar Catão Catão..
Bifurcação
A APRESENTAÇÃO de somente duas alternativas quando existem outras ás
chamada de falácia da bifurcação. Chamada às vezes de falácia do preto e branco, do tudo ou nada, ela apresenta uma situação do tipo "ou/ou" quando na realidade há um leque de opções. Se você não está conosco, está contra nós.
(Algumas pessoas podem pensar que você está parcialmente certo. Outras podem concordar com você em alguns aspectos, mas discordar quanto a outros. A vasta maioria provavelmente é indiferente e nem sequer tem uma opinião a respeito.)
Algumas situações na vida têm t êm infinitas gradações; outras apresentam uma uma escolha direta. Há muitas nuances intermediárias entre o preto e o branco, mas nem tantas entre um menino e uma menina. A falácia da bifurcação consiste em adotar a escolha limitada li mitada dessa segunda categoria em situações que pertencem mais propriamente à primeira. Há dois tipos d e pessoas neste mundo: os ricos e os trouxas. Você quer ficar rico ou está sat isfe ito em continuar sendo um trouxa? realidade, ade, há graus graus de rique riqueza, za, e provave provavelme lmente nte também também os troux trouxas as têm têm a sua ( Na realid gradação. Você pode ser rico em comparação com alguém, mas pobre quando comparado com outros. Os trouxas também t ambém estão dispostos ao longo de um continuum.)
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Como vencer todas as argumentações
Comete-se o erro pela negação das demais escolhas. Ao limitar o âmbito, o perp perpet etra rado dorr está está excl exclui uind ndo o da disc discus ussã são o elem elemen ento toss que que pod poder eria iam m infl influe uenc ncia iarr o resultado. Desta vez, a falácia não é a intrusão de elementos irrelevantes, mas a exclusão de itens relevantes. A bifurcação é usada para limitar as escolhas. Grandes partidos políticos empregam-na para eliminar partidos menores negando que sejam opções válidas. Os fanáticos, em prol de algo ou contra algo, usam a bifurcação para atacar a vasta massa intermediária que não conseguem atingir. Os ideólogos empregam-na para 'classificar as pessoas numa categoria ou noutra, em lugar de admitir a grande amplitude de opiniões individuais. Um dos mais irritantes usos da falácia da bifurcação ocorre na coleta de informações estatísticas. As pesquisas de mercado, bem como os formulários oficiais, só funcionam inserindo as pessoas em categorias amplas. É freqüente que o modo de obter as informações seja pedir as respostas "sim" ou "não", mesmo quando o indivíduo envolvido sabe que nenhuma das duas respostas seria a correta. Os testes de personalidade que propõem situações hipotéticas sempre subestimam muito a ingenuidade humana. A bifurcação muitas vezes ocorre num dilema, ainda que o dilema em si mesmo seja uma forma sólida de argumento.
Você terá de aprender a introduzir aquilo que considera ser a única escolha possível dizendo: "Bem, senhoras e senhores, aparentemente nós temos duas escolhes possíveis...".
Cegando com a ciência A CIÊNCIA desfruta de enorme prestígio por ter alcançado tantas coisas. Na imaginação popular, o cientista dedicado, dedicado, com seu jaleco branco, é uma fonte de conhecimento seguro em oposição à mera opinião. O fato de que esteja usando esse conhecimento para criar monstros como Frankenstein pouco diminui o respeito por aquilo aquilo que ele profere profere.. Muit Muitas as pesso pessoas, as, ansi ansiosa osass por por conferi conferirr às suas suas própr próprias ias visões a autoridade do cientista, vestem o jaleco branco do jargão científico numa tentativa de impor suas próprias asserções como algo que não são. A falácia de cegar com a ciência especializa-se no uso do jargão técnico para enganar a audiência levando-a a supor que as declarações feitas são de natureza científica, e que q ue evidências experimentais objetivas as sustentam. A síndrome de carência de motivação é favorecida pela pressão do grupo, a não não ser que a orientação da realização constitua um aspecto dominante do ambiente educacional e
( Mas essa não é uma escolha do
(O que significa, em linhas gerais, que as pessoas não trabalham se seus amigos não
tipo "ou oito ou oitenta". Podemos importar algumas
Lord Nelson Nelson profe proferiu riu o famos famoso o brado brado:: A abadia de West minster ou a vitória !
(Negligenciando a possibilidade de que pudesse ter ambas; ou a opção de Saint Paul, onde acabou indo parar.)
O melhor uso que você pode fazer da bifurcação é oferecer uma escolha ;li mitada entre algo muito desagradável e aquilo que você está defendendo. Ou a audiência faz o que você está sugerindo ou será o fim de toda a vida na terra como conhecemos. 26
Ou nós pintamos a porta de verde ou seremos ridicularizados e escarnecidos. As pessoas pensarão que temos mau gosto, e nos tornaremos motivo de riso para toda a vizinhança. Deixo a e scolha para vocês; não estou tentando influenciar sua decisão.
Se importamos bens, transferimos nossos empregos para o exterior; se exportamos bens, transferimos nossa propriedade para o exterior. Dado que temos de exportar ou importar, perdemos nossos empregos ou nossa propriedade. coisas e exportar outras.)
a
Cegando com a ciência
soc ial.
trabalham, a menos que queiram progredir. Ora, isso pode ser verdadeiro ou falso, mas muitos sentem-se intimidados em questionar aquilo que é formulado de modo
que pareça uma opinião de especialista.) O jaleco branco do jargão técnico é tão ofuscantemente alvo (nunca tendo sido maculado por nenhum estudo científico concreto) que cega a audiência para para os verdad verdadeiro eiross mérito méritoss daquilo daquilo que está está send sendo o dito. dito. Em Em vez vez de avaliar avaliar as discussões com base nas evidências dispostas dispostas contra e a favor, a audiência fica sob o i mpacto da resplandecência do jargão. A falácia é cometida porque esse material irrelevante não tem lugar na argumentação. Assim como palavras apelativas tentam influenciar emocionalmente um caso, também o jargão tenta induzir uni respeito indevido por aquilo que é dito. A proposição é a mesma, qualquer que seja a linguagem; e o uso da linguagem para facilitar sua aceitação é falaciosa. 27
Como vencer todas as argumentações
Embora a estratégia de cegar com a ciência possa ser usada em qualquer argumentação, muitos reconhecerão o domínio especial dessa falácia como o daqueles sujeitos que gostam de considerar sua opinião como ciência, embora não seja. A ciência lida com coisas que vão de átomos a estrelas num nível em que as diferenças individuais não têm t êm importância. O cientista fala de "todos" os corpos cilíndricos ou o que quer que seja, e formula leis gerais para testar por meio de experimentação. O problema com os seres humanos é que, diferentemente dos corpos cilíndricos, as diferenças individuais importam. Com freqüência, e mais uma vez diferentemente dos corpos cilíndricos, nós queremos fazer coisas diferentes. Embora isso possa nos impedir de ser científicos acerca dos seres humanos, não nos impede de fingir ser. O que fazemos aqui é a acrescentar a palav palavra ra "ciên "ciência cia"" ao estud estudo, o, dando dando-no -noss a "ciênc "ciência ia econ econôm ômica ica", ", a "ciênc "ciência ia polí política tica"" e a "ciência social". Então as vestimos com o jaleco da linguagem científica e torcemos para que ninguém note a diferença. O gráfico do fluxo do do transporte transporte no período período subseqüente subseqüente ao pico pós-meridiano pós-meridiano revela revela um padrão de decantaçã decantaçãoo das unidades unidades concentradas concentradas de passageiros passageiros em formações formações coletivas coletivas em torno da área central. (Você poderia passar anos formulando leis para predizer isso, e poderia até ser candidato ao prêmio Nobel. Lembre-se apenas de nunca mencionar que as pessoas se dirigem ao centro p ara almoçar e depois vão assistir a um filme ou um show...)
A primeira regra para usar essa falácia e lembrar de usar palavras longas. ("Quando a torta foi aberta, os pássaros principiaram pássaros principiaram a cantar".) Nunca use uma palavr palavraa de de quatro quatro letras, letras, especi especialm alment entee se pode pode enco encontra ntrarr uma uma de de 24 24 letras letras para para pôr em seu lugar. lugar. O jarg jargão ão em si é mais mais difí difícil cil de domi dominar nar,, mas mas uma uma assin assinatu atura ra de revistas especializadas pode ajudar. Lembre-se de que a função básica das palavras é impedir a comunicação. Sua verdadeira tarefa é transformar algo banal, trivial e facilmente refutável em algo profundo, impressionante impressionante e difícil de negar. O pequeno carnívoro quadrúpede domesticado posicionou-se de modo sedentário em relação superior ao tecido de superfície horizontal corri trama de textura rústica.
(Com seu pratinho d e leite ao lado.) A falácia de cegar com a ciência vale o tempo e o esforço necessários para dominá-la. Os anos de dedicação serão recompensados não só com um doutorado em ciências sociais, mas com a habilidade de enganar completamente uma audiência fazendo-a acreditar que você sabe do que está falando. 28
Falso dilema
Falso dilema
À PARTE o uso casual do termo para descrever uma escolha difícil, o dilema é também o nome de um argumento intricado. Num dilema, somos informados das conseqüências de ações alternativas e somos também informados de que, uma vez que teremos de nos decidir por uma de tais conseqüências, teremos de aceitar uma delas. Uma mãe grega disse a seu filho, que pensava em seguir carreira política: Nã o fa ça iss o. S e v ocê dis ser a v erd ad e o s h om ens o o dia rão , e se me ntir os d eu ses o o dia rão . Como você tem de mentir ou dizer a verdade, será odiado seja pelos deuses, seja pelos homens.
O dilema é uma forma válida de argumento. Se as conseqüências descritas forem verdadeiras, verdadeiras, se' efetivamente efetivamente houver uma escolha direta a ser feita entre ambas, então uma delas terá de se concretizar. Contudo, é comum que a informação apresentad apresentadaa não seja correta, e que a escolha não seja tão limitada li mitada quanto se afirmou. Nesse caso, temos um falso dilema. O falso dilema é a falácia do "ou" falsificado, apresentando enganosamente um dilema onde ele não existe. 4,0 No ex emp lo acim a, o filho tem várias respostas possíveis. Ele pode afirmar que o dilema é falso negando que as conseqüências venham a ocorrer — isso se chama "agarrar o dilema pelos chifres". Ele pode simplesmente negar que os homens o odiarão se disser a verdade: ele pode afirmar que, pelo contrário, eles o respeitarão por isso. isso. Para Para qualifi qualifica carr o dilema dilema como como falso, falso, basta basta mostr mostrar ar que uma uma ou ou amb ambas as as declarações alternativas sobre as conseqüências são falsas. Como outra opção, ele poderia mostrar que a escolha é falsa. Isso se chama "ficar entre os chifres", e consiste em mostrar que há outras escolhas possíveis. Em vez de se limitar a dizer a verdade ou mentir, ele poderia ser sincero em algumas ocasiões e dissimulado em outras. Ele poderia fazer declarações que contivessem elementos de verdade e mentira. Demonstra-se que o dilema é falso se a escolha não esgota todas as alternativas. Uma terceira maneira de lidar com um dilema é refutá-lo. Essa é uma técnica elegante que requer que se fabrique um monstro igualmente feroz com base base nos mesm mesmos os eleme elemento ntoss da da afir afirma mação ção origin original, al, mas mas indo indo na direç direção ão oposta oposta para para bate baterr de frente frente com ele. ele. No exemp exemplo lo acim acima, a, o jove jovem m respo responde nderia ria:: Eu farei sim, mãe, pois, se eu mentir, os homens me amarão por isso, e seu eu disser a verdade os deuses me amarão por isso. Já que eu terei de mentir ou dizer a verdade, serei
amado pelos homens ou pelos deuses.
(Isso é tão bonito que, quando aparece num debate, temos o ímpeto de jogar dinheiro no palco.) 29
Como vencer todas es argumentações
Protágoras, que, entre outras coisas, lecionava direito, concordou em abrir mão da remuneração de um aluno pobre até que este ganhasse seu primeiro caso. À medida que o tempo passava e não havia nenhum sinal de que o jovem se encarregasse de um caso, Protágoras o processou. A acusação foi simples:
Se o tribunal decidir em meu favor, significa que ele ter‡ de pagar. Se a decis‚o for em seu favor, ele ter‡ vencido seu primeiro caso e, portanto, ter‡ de me pagar. Uma vez que a decis‚o tem de ser em meu favor ou em favor dele, eu certamente receberei meu dinheiro. O jovem, contudo, havia sido um bom estudante e apresentou a seguinte defesa:
Pelo contr‡rio. Se o tribunal decidir em meu favor, significa que eu n‚o terei de pagar. Se decidir em favor de Prot‡goras, ent‚o eu ainda n‚o terei vencido meu primeiro caso e n‚o terei de pagar. Dado que o tribunal tem de decidir em favor de um ou de outro, em ambos os casos eu n‚o terei de pagar. (O juiz teve um colapso nervoso e protelou o caso indefinidamente. Ele assim provou que as disjun‰“es eram falsas e escapou por entre os chifres dos dois dilemas.)
A fal‹cia fal‹cia do falso dilema consiste em apresentar conseqüências falsas ou uma escolha falsa, e lhe será de maior utilidade em situações nas quais as decisões às quais se opõe estão sendo contempladas. Você rapidamente entra e destaca que uma de duas coisas acontecerá, e que maus resultados advirão de ambas:
r
Se permitirmos permitirmos que esse alojamento para adolescentes problem‡ticos seja instalado i nstalado em nossa ‡rea, ele ficar‡ vazio ou cheio. Se ficar vazio, ter‡ sido um desperd‰cio de dinheiro, e, se ficar cheio, trar‡ mais arruaceiros do que a ‡rea pode suportar. Portanto, eu, relutantemente... (E torça para que não haja nenhum estudante de Protágoras no comitê.)
Circulus in probando
O CIRCULUS in probando é uma forma especializada e muito atrativa de petitio principii . Consiste em usar como evidência um fato que é autenticado pela própria conclusão por ele sustentada. Trata-se, portanto, de um argumento circular.
ˆ Eu jatnais jatnais faria faria isso, isso, senh senhor. or. Smith Smith afianƒa afianƒar‡ r‡ minha minha honesti honestidad dade. e. 30
Circulus in probando
por que que raz‚ raz‚oo eu eu confia confiaria ria em Smith Smith?? ˆ E por ˆ Oh! Eu garan garanto to que que ele ele „ muit muitoo hon honest esto, o, senho senhor! r!
(Qualquer professor que caia nessa merece ser pendurado de cabe‰a para baixo em dois galhos hipotˆticos.) O circulus é falacioso pela mesma razão de sua prima maior, a petitio p rincipii. Ele não relaciona aquilo que é desconhecido ou que não é aceito àquilo que é conhecido ou aceito. Tudo o que ele nos dá são duas coisas desconhecidas tão ocupadas em perseguir o rabo uma da outra que nenhuma tem tempo de se vincular à realidade. Sabemos sobre Deus por meio da B‰blia, e sabemos que podemos confiar na B‰blia porque ela foi inspirada pela palavra de Deus.
(Um círculo numa espiral, uma roda dentro de outra roda.) , sua parente próxima, o circulus in probando Assim como na petitio principii , é facilmente encontrado Construindo um aconchegante ninho nos argumentos religiosos ou políticos. Sé realmente houvesse provas convincentes de religiões ou ideologias específicas, seria muito mais difícil que as pessoas inteligentes discordassem delas. delas. Em lugar de demonstrações demonstrações férreas, com freqüência se recorre à petitio e ao circulus. O mesmo se pode dizer acerca da ciência. Como ter certeza de que o nosso chamado "conhecimento científico" não é apenas um circulus gigante? Quando realizamos experimentos científicos, estamos assumindo que o restante de nosso conhecimento é sólido. A única coisa que realmente testamos é se a nova teoria examinada é consistente com o restante das teorias. Em nenhum ponto temos como testar nenhuma delas em relação a alguma verdade objetiva, pois, afinal, mesmo as teorias sobre aquilo que nossos sentidos nos dizem estão na mesma situação. Tudo se resume a afirmar que a ciência nos oferece uma visão consistente e útil do universo através de um gigantesco circulus. Você achará difícil, entretanto, usar o prestígio da ciência para apoiar o seu próp própri rio o uso uso do circulus. Ele é muito facilmente identificado para que possa ser petitio io.. eficazmente utilizado em argumentos, argumentos, sendo menos astuto qque ue sua prima, a petit
ˆ O diama diamante nte „ meu, meu, ent‚o ent‚o eu devo devo ser ser o l‰der l‰der.. diaman ante te dev devee ficar ficar com voc•? voc•? ˆ E por que o diam ˆ Porque eu sou o l‰der, idiota!
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Corno vencer todas as argumentações
Quanto maior a probabilidade de que sua conclusão seja aceitável por outras razões, maior também a probabilidade de aplicar um bem-sucedido circulus para para sustentá-la. Quando as pessoas já estão um tanto dispostas a acreditar em algo, elas não examinam tão cuidadosamente os argumentos a favor disso. Assim, o circulus deve ser reservado para argumentos orais, para os quais a memória é curta.
ˆ Estou Estou pedin pedindo do que que voc• voc• faƒa isso porque porque tenho tenho respeito respeito por voc•. voc•. ˆ Como Como eu posso posso ter ter certez certezaa de de que que voc• voc• me respeita respeita?? ˆ Eu lhe pediri pediriaa isso isso se n‚o n‚o o resp respeita eitasse sse?? (Se vocŒ quer fazer o que lhe ˆ pedid pedido, o, acredi acreditar taráá no no que que lhe dizem dizem.) .) O leitor inteligente pode supor que falácias como o circulus são demasiadamente óbvias para serem mais que truques de debates. Certamente, elas jamais chegariam a distorcer seriamente decisões de Estado, esquivando-se por todos os níveis de funcionários públicos, comissões governamentais e ministérios? Nem tanto. Uma grande grande política polít ica do governo britânico na década de 1960, adotada após um sério debate público, baseava-se num circulus in probando relativamente óbvio. Tratavase do Plano Nacional, uma política de planejamento econômico nacional. Pediuse que as empresas assumissem uma taxa de crescimento nacional de 3,8%, e que baseas baseassem sem nisso nisso as as estim estimativ ativas as de de seus seus própr próprios ios planos planos de de expan expansão são.. Essas Essas vária váriass estimativas foram somadas pelo governo, que concluiu que os planos combinados da indústria britânica sugeriam uma taxa de crescimento de 3,8%! O Plano Nacional não teve utilidade na época nem posteriormente, exceto para para conhec conhecedo edores res dos absurdo absurdoss lógico lógicoss sortu sortudos dos o basta bastante nte para para agarrar agarrar cópias cópias remanescentes em lojas de livros usados.
A
pergunta complexa
(plurium interrogationum)
A PLURIUM interrogationum, expressão que pode ser traduzida por "de muitas
indagações", é também conhecida como a falácia da pergunta complexa. Quando várias perguntas são combinadas em uma de modo que se requeira como resposta "sim" ou "não", a pessoa a quem a pergunta é feita não tem chance de dar respostas separadas para cada uma delas, e comete-se a falácia da pergunta complexa.
Voc• parou de espancar sua esposa? (Se vocŒ disser "sim", admitirá que a espancava. Se disser "nŠo" estar‹ dizendo que ainda a espanca.) ~
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A pergunta complexa {plurium interrogationum)
Isso pode parecer uma velha piada, mas há versões modernas:
A poluiƒ poluiƒ‚o ‚o que voc• voc• causo causouu aum aument entou ou ou diminu diminuiu iu seus seus lucro lucros? s? Suas afirmaƒŽes enganosas resultaram na sua promoƒ‚o? Sua estupidez „ de nascenƒa? Todas essas perguntas pressupõem que a indagação oculta já foi respondida de modo afirmativo. É essa pressuposição injustificada que constitui a falácia. Podem se formular muitas indagações, mas, se a resposta a alguma delas é pressuposta antes de ser dada, a falácia plurium int errogatio num foi cometida. Uma versão comum da falácia formula perguntas que começam com "quem" ou "por que" a respeito de fatos que ainda não foram estabelecidos. Até mesmo "Quem era a moça com quem você estava ontem à noite?" as velhas perguntas ` e "Por que a galinha atravessou a estrada?" são, estritamente falando, exemplos dessa falácia. Elas excluem respostas tais como: "Não havia moça nenhuma" ou "A galinha não atravessou a estrada".
Por que voc• induziu sua esposa a alterar al terar o testamento em seu favor? E por que v o c • f o i em seguida ao mercado comprar veneno para ratos? Por que voc• depois o colocou no chocolate dela, e como fez isso sem chamar sua atenƒ‚o? (NŠo tente mais de trŒs perguntas.) Os habitantes do mundo da plurium estão sempre confusos. Eles não conseguem entender por que toleramos repórteres de televisão que repetem propagandas antipatrióticas, como podemos coibir o uso de drogas nas escolas, ou por que nossas universidades e faculdades produzem tantas pessoas desempregadas. Os anunciantes daquele mundo querem saber se nossas famílias merecem os cuidados especiais oferecidos por seus produtos e se ficamos contentes em escolher a sua marca de xampu. No mun mundo do real, real, nenh nenhum umaa dess dessas as perg pergun untas tas seria seria con consid sidera erada da válida válida até que os fatos nos quais se baseiam estivessem comprovados. A pergunta complexa tem de ser decomposta em perguntas mais simples; e, com freqüência, a negação do fato pressup pressupost osto o inval invalida ida inteira inteiramen mente te a pergunt perguntaa mais mais ampla. ampla. Podem-se apresentar variadas explicações genéticas ou evolutivas para explicar por que a fêmea humana adulta tem quatro dentes a mais que os machos. Nenhum Nenhumaa delas delas será tão eficaz eficaz quant quanto o conta contarr algun algunss maxil maxilares ares e nega negarr o fato. fato. A plurium interrogat ionum é muito eficaz como meio de introduzir a aparência de democracia na cena doméstica. Ela lhe permite dar aos seus filhos uma escolha sobre os seus destinos:
Como vencer todas as argumentações
Voc• prefere ‰r para a cama agora ou depois de terminar o seu leite? Voc• prefere guardar as peƒas do seu brinquedo na caixa ou na estante? ( Mas atenção! Depois de dez anos isso será usado contra você sob a seguinte forma: "Mãe, você prefere me dar um aparelho de som ou uma motocicleta?" O mundo dá voltas...)
Composi•‚o IA FALÁCIA da composição ocorre quando se afirma que aquilo que é verdade para membros membros individu individuais ais de uma uma classe classe é também também verdade verdade para a class classee tomad tomadaa como unidade. Alguns substantivos podem ser interpretados como referindo-se à coisa como um todo ou às várias partes que a constituem. É falacioso supor que aquilo que é verdadeiro acerca das partes tem de ser também verdadeiro acerca da nova entidade que elas compõem coletivamente.
Essa Essa deve deve ser uma boa orques orquestra tra,, pois pois todos todos os seus seus membro membross s‚o s‚o mŒsi mŒsicos cos talentos talentosos. os. (Cada um dos indivíduos pode ser excelente, mas incapaz de tocar em conjunto com seus colegas. Todos esses virtuoses podem estar tão ocupados em tentar se destacar
pesso almen te qu e não sejam capazes de to car com o um time efetivo .) Similarmente, muitos técnicos de futebol incluíram em seus times jogadores de primeira categoria, para, no fim das contas, se verem eles mesmos excluídos. A menos que os jogadores funcionem como um time, é mais fácil chutar o tecnico para fora do time time que mete meterr a bola bola na rede. rede.
Reuni num mesmo regimento os mais fortes homens do ex„rcito. Esse ser‡ o meu regimento mais forte. (Tenho cá minhas dúvidas. A força de um regimento depende de fatores tais como o
seu moral e o seu e spírito de equipe, sem m encionar sua agilidade, sua habilidade em operar com suprimentos escassos e outros atributos similares.)
A falácia está em deixar de reconhecer que o grupo é uma entidade distinta sobre a qual podemos dizer coisas que não se aplicam às pessoas individuais. Portanto, as evidências que atestam as qualidades dos membros do grupo são irrelevantes para se fazer uma avaliação do grupo. São particularmente vulneráveis a esta falácia as gramáticas que não fazem distinção entre a entidade coletiva e os indivíduos nela contidos, e quando se usa o 34
Composição
verbo no singular para os substantivos coletivos, mesmo quando está se referindo aos membros do grupo. Assim, ao dizer "a tripulação está completa", referindo-nos a ela como uma entidade separada, e "a tripulação está cansada", ao falar de seus membros, perdemo perdemoss uma uma impor important tantee distin distinção. ção.
Se todos os membros da sociedade cuidarem de si mesmos, ent‚o nossa sociedade cuidar‡ de si mesma. (Essa certamente será uma sociedade de pessoas que cuidam de si mesmas; mas talvez uma sociedade tenha aspectos que necessitem ser tratados po r ações conjuntas.) Uma variante da falácia da composição abarca casos nos quais as coisas que são verdadeiras acerca dos indivíduos tornam-se falsas caso sejam transpostas para para o grupo. grupo.
Os fazendeiros se beneficiam com medidas de sustentaƒ‚o do preƒo da carne; os fabricantes de calƒados ganham com essas medidas aplicadas produƒ‚o de calƒados. Obviamente, toda a economia se beneficiaria se todos os produtos fossem subsidiados. (A questão é que os fazendeiros e os fabricantes de calçados só se beneficiam se estão num grupo reduzido que se benefi cia em detrim ento d e algum outro . Se o princ†pio ˆ generalizado, todos recebem o subs†dio, todos pagam os impostos para financi‹-los, e
todos perdem para os burocratas q ue administram as transferŒncias.)
A socied sociedade, ade, com com efeito efeito,, fornece fornece o melhor melhor lugar lugar para para empregar empregar a fal‹cia fal‹cia com com o prop‡sito de enganar. VocŒ deve atribuir todos os tipos de qualidades favor‹veis favor‹veis Žs pessoas de seu pa†s. Uma audiŒncia de conterr”neos nŠo ter‹ dificuldade
em atestar a verdade delas. Quando vocŒ passar, disfar‰adamente, Ž fal‹cia da composi‰Šo para declarar o mesmo acerca da sociedade como uma unidade, eles ficarŠo relutantes em repudiar as boas qualidades que acabaram de afirmar. Todos n†s sabemos que o brit‹nico m„dio „ conhecido por uma calorosa generosidade. … por por isso isso que que nossa nossa socieda sociedade de tem tem de de amplia ampliarr os direitos direitos dos idosos, idosos, dos dos doen doentes, tes, dos dos desempregados e daqueles que residem em pa‰ses menos desenvolvidos. (Essas ações podem ser válidas, mas só são generosas quando desempenhadas desempenhadas por indiv‰duos. Tirar dinheiro das pessoas para dar a outros na verdade reduz sua oportunidade de ser generosas.) Você também pode tentar: "Os irlandeses tendem a morrer jovens, como vocês sabem. É surpreendente que o país ainda exista".
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A conclusão que nega as premissas
Como vencer todas as argumentações
Quantificação oculta AS AFIRMAÇÕES feitas sobre uma classe às vezes referem-se a todos os seus membros e às vezes a alguns deles; outras vezes, não está claro a quantos membros se referem. A falácia da quantificação oculta ocorre quando a ambigüidade de expressão dá margem a um mal-entendido acerca da quantidade de que se fala.
enunciado nos diz que apenas subversivos lecionam na universidade. A qualidade do bachar elado te ria eno rme vari ação, d epende ndo d e qual in terpre tação sej a verdad eira, assim como de fato poderia variar o conteúdo do curso.) A quantificação oculta também pode ser um prelúdio para atribuir a um indivíduo as características do grupo ao qual pertence, ocultando o fato de que tais características aplicam-se a apenas alguns membros do grupo.
Mec‹ Mec‹ni nico coss de auto autom m†vei †veiss s‚o s‚o trap trapac acei eiro ros. s. ( O quê? Todos eles? A frase não diz, mas há urna grande diferença. Caso se refira a
todos eles, então falar com um mecânico de automóveis é falar com um trapaceiro. Embora muitos motoristas possam estar convencidos, poucos mecânicos estão.)
Com freqüência a quantificação é oculta porque parece insatisfatório fazer afirmações categóricas sobre apenas alguns membros de uma classe. "Todos" é muito melhor, mas provavelmente falso. Em vez de se limitar por um detalhe técnico como este, um orador muitas vezes omitirá a quantidade na esperança de que se subentenda que a afirmação se aplica a "todos". Alguém pode se compadecer de um pai atarantado, dizendo-lhe: "Os adolescentes são complicados': Isso pode ser aceito como "alguns são", ou até como "muitos tendem a ser", mas também se pode assumir que significa que, para encontrar uma pessoa complicada, basta encontrar um adolescente. Isso pode não ter sido intencional, por mais plausível que pareça. A falácia reside na ambigüidade. A declaração pode ser aceita como tendo um certo significado, ainda que o significado tencionado fosse outro. Evidentemente, muitas conclusões diferentes podem ser extraídas a partir dos dois significados.
Sabe-se bem que membros da campanha em prol do desarmamento nuclear s‚o comunistas. (Isso é verdade, mas nem todos eles, como parece ficar f icar subentendido. Mesmo que alguns sejam comunistas, ainda assim há espaço para outros, motivados pela sinceridade ou pela estupidez.)
A falácia é amplamente usada para condenar grupos inteiros com base em alguns de seus membros.
Voc• j‡ notou que os bispos s‚o gordos? Suponho que Johnson engordar‡ bastante agora que foi promovido ao bispado. (Pondere e veja.) Você deve usar a quantificação oculta para fazer faz er que uma argumentação fraca pare pareça ça mais fort forte e do que que é. Se você você está está tent tenta ando ndo susc suscit itar ar dúvi dúvida dass sob sobre uma uma pessoa, pessoa, pode usar o fato fato de de que ela pertenç pertençaa a algum algum grupo grupo para para fazer fazer algum algumas as afirmações gerais sobre ele. Faça afirmações aparentemente razoáveis que são verdadeiras a respeito de alguns membros do grupo e deixe que a audiência complete com o "todos" ou o "somente" necessários para estigmatizar também a pessoa pessoa em questão questão..
Eu acho acho que que n‚o devem devemos os contra contratar tar Thom Thomso son. n. Ele Ele „ um excel excelen ente te pescad pescador. or. Os preg preguiƒ uiƒos osos os gostam gostam de pescar pescar,, ent‚o ent‚o acho acho que que isso isso „ um mau mau sina sinal.l. (A audiência morde a isca, extrapola a afirmação para"somente preg uiços os g ostam de pescar", e Thomson já está enredado.)
A conclusão que nega as premissas A CONCLUSÃO que nega suas premissas é uma das falácias do tipo: "Oh, esqueci o que eu estava dizendo!" Ela começa sustentando que certas coisas têm de ser verdadeiras eterminacom uma conclusão que as contradiz totalmente. Se a conclusão não é consistente com os argumentos usados para chegar a ela, então há, em algum lugar, um furo no raciocínio pelo qual a lógica escapuliu silenciosamente.
Subversivos lecionam na Universidade Aberta. (Isso poderia significar que alguns subversivos lecionam ali, mas é improvável que todos os subversivos estejam lá empregados. Poderíamos também assumir que o
ˆ Filho Filho,, n‚o n‚o se pode pode ter ter cert certeza eza de nada nada neste neste mundo mundo.. N†s N†s temos temos de nos prend prender er quilo quilo que a experi•ncia nos diz. 37
Como vencer todas as argumentações
ˆ Voc• tem certez certeza, a, pai? pai? ˆ Tenho Tenho,, filho filho.. Eu Eu ten tenho ho certez certeza. a. Identifica-se a falácia pela inconsistência. Se a conclusão contradiz as premissas, pelo menos menos uma uma das das prem premissa issass tem tem de estar estar errad errada. a. Isso Isso significa significa ou que que nossa nossa conclusão e em si mesma falsa, ou que deriva de informações falsas. A conclusão que nega suas premissas constantemente imiscui-se furtivamente nos argumentos religiosos. As pessoas estão tão habituadas a pensar nos seres divinos como exceções a todas as regras, que tendem a usar a palavra "tudo" quando estão querendo dizer "tudo exceto Deus". D eus".
Tudo tem de ter uma causa. Isso, por sua vez, tem de resultar de uma causa pr„via. Dado que n‚o podemos retroceder indefinidamente, sabemos que tem de haver um causador n‚o causado que d‡ in‰cio ao processo. ( Mas, Mas, se tudo tem uma causa, como pode haver um causador nŠo-causado?) A falácia tem uma história ilustre. Foi usada (embora sem ter sido identificada domo tal) por Aristóteles e Tomás de Aquino, entre muitos outros. Ela tem muitas facetas. O "causador não-causado" pode ser uma "causa primeira", ou até um "primeiro motor". Ela pode ser reformulada de diversas maneiras, mas nunca deixa de ser uma falácia. As tentativas de fazer do ser divino uma exceção admissível à afirmação original usualmente incorrem numa petição de princípio ou subvertem o argumento cujo enunciado inicial é "Tudo o que há no universo tem de ter uma causa externa a si...". A intenção é, claramente, estabelecer uma causa que está fora do universo e, por por cons consegu eguinte inte,, não não nec necess essita ita de uma uma outr outraa cau causa sa por trás trás de de si. si. Infe Infelizm lizment ente, e, a reformulação comporta comporta várias falhas.
'Premissas contraditórias
N‚o importa importa quantos quantos est‡gios est‡gios se se retroce retrocedam dam,, tudo tudo tem de ter ter um um princ‰ princ‰pio pio em em algum algum lugar. Deus deu in‰cio a tudo. (Ele, presumivelmente, nŠo teve um princ†pio em algum lugar.) Nada Nada „ eter eterno. no. Tem Tem de de have haverr um um Deus Deus que que deu deu in‰cio in‰cio a tudo tudo..
(Um que seja eterno, ˆ claro.) Ao usar a conclusão que nega as premissas, tenha em mente três coisas. Em primeiro primeiro lugar, lugar, quanto quanto maior maior a distâ distânci nciaa entre entre o seu seu enunci enunciado ado inicial inicial e a sua conclusão, menor a probabilidade de que sua audiência identifique a contradição. Em segundo lugar, a audiência com freqüência permite que um orador faça afirmações sobre "todos" sem aplicá-las a ele mesmo. Em terceiro lugar, se a sua conclusão trata de coisas que são usualmente admitidas como tendo propriedades excepcionais, sua falácia tem maior chance de não ser detectada.
Nunca Nunca acredi acredite te no no que que as as pessoa pessoass lhe dizem dizem sobre sobre medic medicame amentos ntos registra registrados dos;; elas elas est‚o est‚o sempre mentindo. Voc• sabe que isso que estou dizendo „ verdade, ent‚o sabe que tamb„m estou dizendo a verdade; ao afirmar que meu †leo de cobra „ o mais extraordin‡rio rem„dio para... (Extraordin‹rio.) Premissas contraditórias
NÃO IMPORTA quão boa seja a lógica, você não pode se apoiar num argumento que tem algum grau de falsidade em sua construção. Um argumento sólido requer
1. A nova versão é mais complexa e não é obviamente verdadeira. 2. O universo não está no universo, ele é o universo. 3. "Tudo o que há no universo" é o universo. Isso nos possibilita traduzir aquele enunciado inicial da seguinte forma: "O universo tem de ter uma causa externa a si". Diante de tal supõsição, não é de surpreender que se tente prová-la. Há muitas versões mais simples de uso corrente, nenhuma das quais isenta da inconsistência básica de permitir que a resposta preferida seja a única exceção aceita. 38
não só validade lógica, mas também premissas premissas verdadeiras. O problema das premi premissa ssass con contra tradit ditór órias ias e que que elas elas não podem podem ser amba ambass verd verdad adeir eiras. as. Se uma uma é verdadeira, a outra tem de ser falsa, e vice-versa. Em outras palavras, podemos ter certeza de que ao menos urna delas tem de ser falsa, e, portanto, não pode gerar um argumento sólido. Tudo „ mortal, e Deus n‚o „ mortal; logo, Deus n‚o „ tudo.
(Isto pode parecer um argumento contra o pante†smo, mas ˆ, na realidade, um argumento contra o senso comum. Dado que as premissas se contradizem mutuamente, uma delas tem de ser falsa. Isto torna qualquer conclusŠo inaceit‹vel.) 39
Como vencer todas as argumentações
Crumenam. argumentum ad
Esta falácia é interessante, pois nela a lógica pode ser válida. Normalmente, quem não e especialista em lógica fica espantado ao ouvir que, com premissas inconsistentes, qualquer conclusão inferida, não importa quão irrelevante seja, será válida. Os estudiosos da lógica, porém, não usam a palavra "válido" para denotar "sólido" Se há falsidade na construção do argumento — como necessariamente há, no caso de premissas contraditórias —, então não importa se a lógica é boa: o argumento não é sólido. Esta é a falácia que nos permite provar que a lua é feita de queijo mofado. A prova prova é muito muito comp complica licada, da, mas mas muito muito divertida divertida::
aumentavam os privilégios em beneficio daqueles que detinham riquezas e propri propriedad edades. es.
Temos duas prem issas: o leite é branco; o leite não é branco. Se a afirmação "o leite é branco " é verd adeira, entã o a afirm ação " Ou o le ite é b ranco o u a lua é feita de qu eijo mofado" também é verdadeira. (Isto está certo.) Uma vez que temos também que o leite não é branco, a segunda alternativa tem de ser verdadeira, a saber, que "a lua é
feita de queijo mofado" Não Não há nada ada de erra errado do com com a lógi lógica ca.. Afals falsid idad ade e manif anifes esta ta nas nas prem remissa issass contraditórias pode ser usada para provar qualquer coisa, inclusive um satelite fedorento. É difícil usar a falácia das premissas contraditórias em argumentos rotineiros, pois pois sua sua audiên audiência cia geral geralmen mente te perce perceber beráá que você você está se contr contradiz adizend endo. o. O que você pode fazer, no entanto, e usar contradições que são normalmente aceitas na linguagem coloquial e então envolvê-las numa lógica estrita. Ele é mesmo um profissional , mas um pouco amador às vezes.
(Isto parece bastante aceitável, mas lembre-se de que com base nisto você pode provar literalmente que a lua é feita de queijo mofado.)
Crumenam, argumentum
ad
ARGUMENTUM ad cru crumenam assume que o dinheiro é uma medida da O AR correção, e que aqueles que têm dinheiro têm maior probabilidade de estar corretos. A forma comum é: "Se você está tão certo, por que você não está rico?", mas ela é poeticamente traduzida como a crença de que "a verdade é um butim". Houve ramificações do cristianismo que sustentavam que o êxito mundano pod podia ia ser ser con conside sidera rad do um sin sinal da prote roteçã ção o divin ivina; a; e houv houve e cons consti titu tuiç içõ ões que que
Vejo que essa renda excedente de R$ 300.000,00 por ano tende a concordar comigo.
(Talvez. Ele poderia ter acrescentado que as pessoas destras discordavam dele, que as pessoa s com e statura de 1,80 m conc ordava m, e qu e as pess oas co m olho s cor d e avelã estavam divididas meio a meio. Todas essas pessoas têm tanta relação com o fato de estar certo quanto o dinheiro.) A falácia no argumentum ad crumenam reside, evidentemente, no fato de que a riqueza não tem nenhuma relação com o caso. É muito satisfatório e conveniente ganhar muito dinheiro. É também muito satisfatório e conveniente estar certo. Mas somente uma má aplicação da noção do termo médio pode relacionar as duas coisas com base nisso. Por trás do argumentum ad crumenam está a vaga sensação de que Deus não permit permitiria iria que pessoa pessoass más más e errad erradas as escava escavasse ssem m o poço poço dos dos bens bens da da vida vida.. Sabe Sabemo moss que o dinheiro não é tudo, mas suspeitamos, bem lá no fundo, que ele representa 90 de 100, que ele comprará 9 das dez restantes, e que até tornará a falta da última bastante bastante confor confortáv tável. el. Certamente um homem que ganha 180 milhões de reais num ano gravando quatro
músicas não pode estar de todo errado.
(Pode sim.) A cerveja m ais cara do mun do... ( Mas
não o deixa mais bêbado que a mais barata.)
As situações em que o dinheiro é a medida de quem está certo são limitadas e artificiais. O cliente sempre tem razão. (Isto é porque o cliente é quem tem o dinheiro. Isto é verdade nos Estados Unidos,
mas na Grã-Bretanha a co nveniência do lojista muitas vezes está em primeiro lugar, e na França e na Alemanha sempre está.) No âmbit âmbito o das das gorjet gorjetas, as, o dinh dinheir eiro o muit muitas as vezes vezes pode pode fazer fazer que que a pessoa pessoa esteja esteja certa.
Como vencer todas as ar gumentações
— Motorista, eu tenho de estar no aeropo rto antes das dez horas! — Este táxi não tem asas, meu se nhor! — Eu lhe dou R$ R$ 100,00 se conseguir chegar antes das dez. — Prepare-se para decolar! — Meu amigo quer sa ber onde e stava Big M ontem à noite. — Quem é o seu am igo? —Aqui está um a foto dele. [Mostra um a cédula alta.] — Você pode dizer ao seu ami go que Big M estava no Molly's ontem à noite .
Uma versão do argumentum ad crumenam favoreceu o sucesso da revolução Industrial. A crença de que as- virtudes da parcimônia, da perseverança e do trabalho árduo eram recompensadas com a riqueza levou naturalmente ao seu inverso, de que os bens mundanos eram o sinal da virtude. Uma sociedade na qual é preciso ganhar dinheiro para ser respeitado por seu valor moral provavelmente conduz a uma economia expansiva. Você deve reservar o uso desta falácia para situações nas quais pode assegurar pess pessoa oalm lmen ente te que que o dinh dinhei eiro ro não não só só fale fale,, mas mas que que mon monop opol oliz ize e tot total alm mente ente a conversa. — Digo que faremos isso dessa forma, e tenho 60% das ações desta empresa. [ Coro:]
— Você está certo, J. G.!
A diferença em relação à versão "júnior" é apenas de grau: — Eu digo que foi gol, e a bola é minha!
Cum hoc ergo propter hoc
Cum hoc ergo propter hoc
taneamente. É uma falácia em virtude de sua suposição infundada de que um dos eventos não ocorreria sem o outro. Coisas estão acontecendo o tempo todo. É' difícil que um dia se passe sem chuva, contas a pagar, falhas na transmissão dos programas de tevê ou jornais com notícias ruins. É convidativo vincular tais desconfortos com eventos simultâneos e concluir que estão de algum modo conectados. Nas sociedades primitivas esse tipo de suposição é feito rotineiramente, e uma das incumbências do curandeiro é identificar quais ações estão ligadas com diversas conseqüências. Em nossa sociedade, infelizmente, a vida é mais complicada. O campo das estatísticas fornece um hábitat no qual o cum hoc ergo propter hoc r amo da estatística chamado pode pode esprei espreitar tar sem sem ser detec detectad tado. o. Comefeito, Com efeito, todo um ramo de analogia de regressão dedica-se a medir a freqüência e a dimensão de eventos simultâneos e a calcular a probabilidade probabilidade de que q ue estejam vinculados. Produzem-se coeficientes de correlação, com percentagens percentagens que mostram a probabilidade probabilidade de que se trate de mero acaso. Os estatísticos rotineiramente nos oferecem relações com 95% a 99% de probabilidade de que haja "mais do que acaso" envolvido. Um estatístico que examinava números referentes ao desempenho de alunos surpreendeu se ao descobrir no grupo com idade entre 7 e 12 anos que a qualidade da caligrafia apresentava correlação com o tamanho dos sapatos. Ele analisou os índices de centenas de crianças, mas os números eram muito claros. A qualidade da caligrafia estava correlacionada com os pés maiores com 99% de probabilidade de que isso não se devesse a um mero acaso. ( Uma professora mais tarde lhe contou que isso se devia ao fato de que as crianças mais velhas tendiam a ter melhor caligrafia e, sendo mais velhas, tendiam a ter pés maiores.)
event eventos os que que ocorre ocorrem m juntos juntos estão causalmente conectados e não dá espaço nem para a coincidência fortuita nem para a intervenção de um fator externo que influencie separadamente os eventos em questão.
A maioria das disciplinas que envolvem medições humanas, incluindo a economia e a sociologia, encontra o cum hoc ergo propter hoc disseminado em seü domínio. A razão disso é que nós não sabemos realmente o que leva os seres humanos a agir, então examinamos suas ações depois do fato e tentamos relacioná-las a outros prolifera ra com com o trigo trigo das descob descoberta ertass genu genuína ínas. s. eventos. O joio do cum hoc prolife
Um turista conheceu um camponês espanhol e sua esposa num trem. Eles nunca haviam visto bananas antes, então ele ofereceu uma a cada um deles. Quando o agricultor deu a primeira mo rdida em sua ba nana, o trem e ntrou num túne l. "Não coma, Carmem ", disse ele, "Elas nos deixam cegos!"
As eleições levam as pessoas a gastar. gastar. Os índices índices são claros. O consumo sempre aumenta em anos de eleição.
A FALÁCIA cum hoc ergo propter hoc presume presume que os
Assim como a falácia post hoc, que vincula eventos por ocorrerem consecutivamente, a falácia cum hoc ergo propter hoc vincula-os por ocorrerem simul42
(Pode ser que os governos, visando à reeleição, mantenham os impostos e as taxas baixos baixos em em anos anos eleitor eleitorais, ais, e que as pess pessoas oas,, conse conseqüen qüentem tement ente, e, tenha tenham m mais mais dinheir dinheiro o para para gasta gastar?) r?)
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Como vencer todas as argumentações
Condenando as alternativas
O uso deliberado do cum hoc ergo propter hoc é mais eficiente com o apoio de pilhas pilhas de dados dados estatís estatístico ticos. s. Sua Sua audiên audiência, cia, atordo atordoad adaa com com os os núme número ros, s, rara rarame mente nte tem estatísticas próprias para confrontá-lo. Eles podem ficar até mais dispostos a aceitar a conexão que você está propondo se você citar a autoridade de figuras destacadas nas ciências sociais. Isso é fácil. Não há nada demasiadamen demasiadamente te absurdo que não tenha sido atestado por essas pessoas. É útil ser seletivo no uso das informações.
Mesmo quando há somente duas alternativas, não há como mostrar que uma delas é boa mediante a demonstração de que a outra não é. Ambas podem ser igualmente ruins. O mesmo se aplica a grupos maiores.
A posse de arm as de fogo é a pr incipal causa dos crimes violento s. A prevalência d e armas de fogo nos E stados Unidos se equipara aos altos índices de crimes violentos. Quando um ato violento é considerado, as armas estão demasiadamente disponíveis. (Excelente. Mas lembre-se de não mencionar a Suíça, onde quase todos os lares têm uma arma de fogo como parte do treinamento militar. A Suíça tem baixos índices de crimes violentos, e as armas de fogo quase nunca são usadas.)
Um legislador dos Estados Unidos recentemente percebeu que um alto al to índice criminal estava correlacionado com uma grande população carcerária e sugeriu que os presidiários fossem libertados para reduzir os índices criminais. Para o uso impresso desta falácia, simplesmente justaponha artigos. Estude as manchetes para ver como se faz. MARK TWAIN TWAIN CHEGA À CIDADE CI DADE TROFÉU DE OURO ASCOT É ROUBADO
Condenando as alternativas EM CASOS nos quais há um conjunto fixo e conhecido de alternativas, é legítimo estabelecer a superioridade de uma delas mostrando que todas as demais são inferiores. Contudo, nos casos em que as alternativas não são fixas ou não conhecidas e em que se procuram absolutos em vez de comparativos, é uma falácia supor que argumentamos em favor de uma denegrindo as alternativas. É a falácia de condenar as alternativas. A teoria de Hawkins tem de ser a re sposta certa. Com provou-se que todas as outras estavam indubitavelmente erradas.
(E isto será comprovado corno errado amanhã.)
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Chelsea é realmente um grande time. Veja o Liverpool e o Manchester United; os dois são muito ruins. ( Outros times não mencionados poderiam entrar no cômputo. Mesmo assim, se o Liverpool e o Manchester United fossem ruins, isso não provaria que o Chelsea é bom. Poderia ser que todos os times de futebol fossem absolutamente péssimos.)
A falácia ocorre porque, ao excluir as alternativas não mencionadas, excluímos elementos que poderiam ser relevantes para uma decisão. Em segundo lugar, ao outras alternativas em casos que requerem introduzir elementos que desabonam outras um julgamento simples, introduzimos elementos irrelevantes. Condenar as alternativas é a falácia do sectário. Ansiando enaltecer sua própria cidade, seu país, seu time, sua Igreja, sua profissão, sua raça ou sua classe, ele pensa que pode fazê-lo desacreditando os demais. demais. Rupert Brooke usou a falácia com prop propós ósito ito humo humorís rístico tico em seu famos famoso o poe poema ma "The "The Old Old Vicarag icarage, e, Gran Grantch tchest ester" er"'.'. Na exalta exaltação ção de Gran Grantch tchest ester, er, ele entre entrem meou eou com comen entár tário ioss desf desfav avor oráv áveis eis às outra outrass
vilas da área. Ele nos diz: Um habitante de Cambridge raramente sorri; é urbano, atarracado e cheio de ardis... Varões fugiram por milhas sem fim Ao ver alguém de Cherry Hinton Hinton sorrir... Homens viris às próprias espo sas chegaram a matar Para a Saint Iv es não as ter de enviar.
Nas eleiçõe eleiçõess britâ britânic nicas, as, não é de de bom bom-tom -tom que um candid candidato ato se promo promova va denegrindo seus oponentes; ele deixa que seu cabo eleitoral faça isso por ele. Nos Estados Unidos não existe tal escrúpulo:, A
escolha é sua: um estuprador condenado, adúltero, pervertido e ladrão, ou eu.
( Os candidatos tendem a ser mais exóticos nos Estados Unidos; pode ser que isso explique tudo.) Rupert Brooke, "The Old Vicarage, Grantchester'; em Brooke, Collected Poems (London: Sidgwick & Jackson, 1918). *
Como vencer todas as argumentações
Refúgio na definição
A falácia lhe renderá muitas horas de diversão inocente (e muita diversão culposa) ao destruir as alternativas àquilo que você está propondo. Nós parecemos ter uma espécie de visão dupla que nos deixa cegos para a virtude mas nos dá acuidade para enxergar os defeitos. Para você, isso é uma oportunidade. Vendo você perseguir algumas alternativas e expor suas imperfeições, as pessoas irão 'progressivamente afastando esses olhos defeituosos da sua proposta, presumindo que você não desabonaria todas as outras alternativas como vis, ridículas, erradas e pernicio perniciosas sas se suas suas própri próprias as idéi idéias as não não foss fossem em melhor melhores. es. Elas estarã estarão o engan enganada adas. s.
O refúgio na definição permite que alguém que tenha sido derrotado numa argumentação salve a própria pele declarando que o que ele estava defendendo era uma visão inteiramente diferente. Permite também que uma possível exceção seja eliminada por uma interpretação mais restritiva.
Nenhu Nenhum m proje projeto to de de um novo novo edif‰c edif‰cio io tem tem apro aprovaƒ vaƒ‚o ‚o un‹n un‹nime, ime, mas mas vejam vejam as altern alternativ ativas: as: uma caixa de f†sforos de vidro, algo com todos os canos do lado de fora, ou uma monstruosidade monstruosidade de concreto pr„-moldado. (Enquanto o projeto que vocŒ aprova tem buracos no teto, derruba telhas nas cabe‰as dos transeuntes e requer a fortuna de um rei para ser mantido. Mas ninguˆm perceber‹ isso se vocŒ mantiver o foco nas alternativas que condena.) Refúgio na definição COMETE-SE UM refúgio na definição quando se modifica o significado das pala palavr vra as par para a evita evitarr uma uma objeç objeção ão susc suscita itada da cont contra ra a form formul ulaç ação ão orig origin inal al.. Modificando o significado, tem-se um argumento diferente.
ˆ Ele Ele nun nunca ca esteve esteve no exteri exterior. or. ˆ Na verda verdade, de, ele estev estevee na na Arge Argenti ntina na.. ˆ N‚o N‚o se se pode pode dizer dizer que visita visitarr a Argen Argentin tinaa seja seja ir para para o exteri exterior. or.
(EntŠo o que seria ir para o exterior? Que tal entŠo dizer "sentar-se numa cadeira de praia na Bahia"?) As palavras são usadas com significados convencionais. Se for admissível que contornemos as objeções àquilo que dizemos afirmando que as palavras significam algo totalmente inusual, o discurso racional será inteiramente destruído. A falácia num refúgio na definição está em sua substituição sub-reptícia de um conceito por outro, sob o pretexto de explicar o que as palavras realmente significam. O amparo apresentado para uma posição pode não se aplicar à sua substituta. ("Quando eu disse que não bebi, policial, eu quis dizer que não bebi mais que o usual' numa reunião social normal.")
ˆ Voc• n‚o n‚o tem tem exper experi•n i•ncia cia em lidar lidar com terro terroris rismo mo.. Na verd verdad ade, e, atue atueii com comoo cons consel elhe heiro iro no prog progra ram ma antit antiter erro roris rism mo dos dos gove govern rnos os da ˆ Na Mal Mal‡s ‡sia ia e de Cinga ingapu pura ra e freq freqŠe Šent ntei ei por por quat quatro ro anos anos a acad academ emia ia antit antiter erro roris rista ta dos dos Estad Estados os Unido Unidos. s. ˆ Eu quis quis dizer dizer que voc• voc• n‚o n‚o tem tem exper experi•n i•ncia cia com terror terrorism ismoo na na Ing Inglat laterr erra. a. ˆ Quand Quandoo eu disse disse que que „ramos „ramos govern governad ados os por por tira tiranos nos,, referia referia-me, -me, natura naturalmen lmente, te, aos aos coletores de impostos e administradores, administradores, e n‚o a Vossa Majestade. O refúgio na definição é um dos recursos favoritos dos filósofos. As definições próprio o "sig "signif nifica icado" do" por por eles eles prop propost ostas as são são como como da "virtude", do "bem" e até d própri balizas balizas para para que que seus seus colegas colegas lancem lancem as as bolas. bolas. Quando Quando uma uma ocasio ocasional nal bola bola de de efeito bate em cheio nas balizas em vez de passar graciosamente pela lateral, o filósofo provavelmente as porá novamente de pé num local um pouco diferente e mostrará que a bola não as teria atingido naquela posição. Uma passagem de Lewis Carroll resume isto:
ˆ H‡ gl†ria para voc•! que voc voc•• que querr dize dizerr com com "gl†ri "gl†ria", a", disse disse Alice Alice.. ˆ Eu n‚o sei o que Humpty Humpty Dumpty sorriu satisfeito. satisf eito. ˆ … claro claro que que voc• voc• n‚o n‚o sabe, sabe, eu eu aind aindaa n‚o n‚o lhe disse. disse. Eu quis quis dize dizerr "h‡ "h‡ um um argu argumen mento to decisivo para voc•!". ˆ Mas Mas "gl†r "gl†ria" ia" n‚o signif significa ica "um argum argument entoo deci decisiv sivo", o", objeto objetouu Alice Alice.. ˆ Quan Quando do eu uso uma uma pala palavr vraa ˆ disse disse Hump Humpty ty Dum Dumpty pty,, num num tom de desd„m desd„m ˆ, ela ela significa precisamente aquilo que eu quero que signifique; nem mais, nem menos**. Os ministros de finanças do Reino Unido não são menos habilidosos. Eles têm vastos números de funcionários do tesouro cujo único propósito é redefinir palavr palavras as como como "cre "cresci scime mento nto", ", "inv "invest estime imento nto", ", "gas "gasto" to" e "cic "ciclo lo comerc comercial" ial" Quando Quando você dispõe seus próprios" argumentos argumentos num refúgio oportuno na definição, é aconselhável atribuir às palavras um significado ao menos plausível. Deve haver alguma autoridade por trás do emprego que se faz. Um bom expediente ** Lewis Carroll, Through the Looking Glass (London: Macmillan, 1927), pp. 124-125.
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Como vencer todas as argumentações
é passar a usar um vocabulário técnico, embora tenha começado usando a linguagem usual. … claro claro que que eu estava estava usando usando o termo termo "exp "expecta ectativa tiva"" no sentido sentido estat‰sti estat‰stico, co, multi multiplica plicando ndo a probabilidade de repetiƒŽes por sua magnitude. N‚o usei o termo no sentido de esperarmos que algo aconteƒa. (A nŠo ser, talvez, para um peixe que consegue se livrar astuciosamente do anzol.) Um expediente expediente útil para se garantir ainda melhor num refúgio na definição é presum presumir ir que que todos todos enten entender deram am seu segund segundo o signi significa ficado, do, e apen apenas as aquel aquelee que que o critica foi tão meticuloso a ponto de ignorá-lo:
Todos sabem que, quando falamos da pontualidade dos trens, usamos a definiƒ‚o da estrada de ferro, com uma margem de dez minutos em relaƒ‚o ao hor‡rio fixado.
T
Dicto simpliciter
Você pode afirmar o antecedente: "Se ele for lento, perderá a corrida". Você pode pode nega negarr o conse conseqüe qüente nte:: "Ele "Ele não não perd perdeu eu a corr corrida ida,, entã então o ele ele não não é lento" lento".. O prim primeir eiro o é um tipo tipo de de arg argum umen ento to chama chamado do de modus ponens, o segundo se chama modus tollens, e ambos são válidos. Os outros dois constituem falácias, ainda que se assemelhem às formas válidas. Negar Negar o ante antece ceden dente te é uma uma falác falácia ia porque porque atribu atribuii some somente nte uma uma caus causaa a um evento para o qual pode h aver várias causas. A falácia falácia descarta outras possibilidades que podem ocorrer. A falácia geralmente ocorre quando se elaboram planos. Ela gera a crença de que se evitarmos certas coisas que geram conseqüências prejudiciais poderemos poderemos esperar um resultado aprazível:
Se eu fumar, beber ou tiver relaƒŽes sexuais, encurtarei meus anos de vida. Abrirei m‚o dos cigarros, da bebida e das mulheres e viverei mais cem anos. (NŠo. Eles apenas par ece rão cem anos.)
(Na verdade, eles realmente sabem.) Esta falácia não ocorre com menor freqüência no âmbito internacional. Os paíse paísess pod podem em avalia avaliarr os os curs cursos os de ação ação que acarr acarreta etarão rão conse conseqüê qüênci ncias as indes indesejá ejáve veis is
Negação do antecedente COMO NO caso da afirmação do conseqüente, a falácia de negar o antecedente „ para para aquele aqueless que que não não se impo importa rtam m realm realmen ente te se se seu seu cérebr cérebro o está está indo indo para para a fren frente te ou para trás. Ela não admite a possibilidade de que diferentes eventos possam produ produzir zir result resultado adoss simi similar lares. es.
Se eu como demais, fico doente. J‡ que n‚o comi muito, n‚o ficarei doente. (Ao dizer isso, ele havia entornado uma garrafa inteira de u†sque, machucado a mŠo num prego enferrujado e passado a noite toda ao ar livre com roupas molhadas.)
A questão é, evidentemente, que outros eventos podem acarretar o mesmo resultado, mesmo que o evento mencionado não ocorra. Com essa construção do tipo "se... então", é válido afirmar o antecedente (a parte do "se") e negar o conseqüente (a parte do "então"). As outras opções são falaciosas: afirmar o conseqüente e negar o antecedente.
O que eles não conseguem fazer é garantir-se contra resultados ainda piores simplesmente evitando aquelas ações. Se tivermos um ex„rcito poderoso, os pa íses que nos temem podem nos atacar. Logo, desarmando-nos, eliminaremos esse risco.
(Possivelmente, mas haver‹ maior probabilidade de que ataquem, j‹ q ue nŠo haver‹ retalia‰Šo.)
Você pode empregar a falácia de negar o antecedente muito sagazmente em defesa do status quo. É uma falácia natural dos conservadores, pois a maioria das mudanças que fazemos não evita todos os males do mundo. Estacando a probab probabili ilida dade de de que morte mortess e impo imposto stoss resu resulta ltarão rão das das açõe açõess prop propos ostas tas,, você você pode pode induzir uma audiência a rejeitá-las. O fato de que mortes e impostos advirão de qualquer maneira não prejudicará seu sucesso.
Dicto simp liciter Se ele for lento, perder‡ a corrida. Ele n‚o „ lento lento,, ent‚o ent‚o n‚o perder perder‡‡ a corrid corrida. a. ( Mas ele pode ser s‡ estpido.)
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DICTO SIMPLICITER é a falácia da generalização implacável. Consiste na aplicação de uma regra geral a um caso individual cujos aspectos especiais podem torná-lo 49
Como vencer todas as argumentações
excepcional. Insistir em que a generalização tem de se aplicar a todos os casos, independentemente das diferentes individuais, é cometer a falácia dicto simpliciter. Evidentemente, Evidentemente, você votou votou em favor da resolução. resolução. Você Você é um estivador, e o seu seu sindicato conquistou 120.000 votos a favor. (Conseguidos unanimemente, amigos, e pela maioria.)
Muitas de nossas afirmações gerais não são universais. Fazemos tais afirmações em plena ciência de que haverá casos cujos aspectos acidentais se caracterizarão como exceções. Podemos dizer que várias coisas fazem que as pessoas sejam saudáveis, sabendo que isso não se aplicará necessariamente a "todas" as pessoas. Fazemos generalizações similares sobre comidas, embora reconheçamos que algumas pessoas têm alergias a alimentos. Quando insistimos em tratar a generalização como se fosse um universal que não admitisse exceções, cometemos a falácia dicto simpliciter. Ocorre uma falácia porque porque usamo usamoss infor informa maçõe çõess sobre sobre o todo todo da classe classe que não foram foram estabel estabeleci ecidas das ou aceitas; portanto, inserimos elementos externos sem justificação. Todos sabem que os adolescentes adolescentes que usam capuz são criminosos. Já que este encapuzado não está infringindo nenhuma lei, ele deve ser mais velho do que parece. ( Ou talvez esteja apenas tirando o dia de folga.)
A falácia dicto simpliciter ocorre sempre que se presume que os indivíduos se conformam a padrões de grupos. Quando eles são inseridos em classes estritas como "adolescentes ,"franceses" ou "velejadores errantes", e se presume que tenham as características de tais classes, não se dá oportunidade para que as qualidades individuais apareçam. Há ideologias políticas que tentam considerar as pessoas precis precisam ament entee dess dessee modo modo,, tratan tratandodo-as as soment somentee com como o mem membro bross de de subg subgrup rupos os na sociedade e só lhes permitindo representação por meio de um grupo cujos valores elas podem não partilhar efetivamente. Veja, você é um funcionário público. Seus representantes votaram em favor dessa ação porque sabem que será benéfico para o func ionalismo público. Portanto, será bom para voc ê. Ao falar de pessoas sobre as quais temos pouco conhecimento, com freqüência usamos a dicto simpliciter na tentativa de conferir-lhes os atributos dos grupos aos quais pertencem. Sabendo apenas que um vizinho é cortês conosco e dirige um carro melhor, tentamos deduzir coisas a partir do fato de que ele é católico e de que joga squash. Nossa Nossa press pressupo uposição sição de prop propried riedade adess adicio adicionai naiss pode pode estar, estar, de fato, fato, correta correta;; o
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Divisão
erro é supor que tem de ser assim: "Todos nós sabemos que as crianças são menores que seus pais. Ora, hoje, tendo eu 50 anos e meu pai 80, observei que eu sou um pouco mais alto. Talvez ele não seja meu verdadeiro pai".
pode ser ser usa usada para para inse inseri rirr as pess pessoa oass em model odelos os A dicto simpliciter pode estereotipados. Uma vez que eles pertencem à classe dos franceses, bailarinos e cavaleiros, então eles são grandes amantes, efeminados efeminados e têm pernas arqueadas. Você tem de apelar aos truísmos geralmente aceitos a fim de prover detalhes sobre casos individuais aos quais, de outro modo, haveria oposição. para enga enganar nar seu filho e levá levá-lo -lo a Como pai ou mãe, use a dicto simpliciter para fazer o que você quer em lugar do que ele quer. Espinafre é bom para cr ianças em fa se de cresc imento. Co ma tudo.
( Mas cuidado com a construção que diz"as crianças boazinhas fazem assim e assado'; pois pois seus seus filhos filhos pod podem em escapa escaparr do do grup grupo o em em questão questão admitin admitindo do ser criança criançass más.) más.)
Divisão
O DOPPELGÃ NGER da falácia da composição é a divisão. Quando atribuímos aos
indivíduos de um grupo algo que só é verdadeiro acerca do grupo como unidade, incorremos na falácia da divisão. As pessoas que falam galês estão desaparecendo. Dafydd Williams fala galês; logo, Dafydd Williams está desaparecendo. desaparecendo.
(Somente a classe das pessoas que falam galês está desaparecendo, não os indivíduos que a compõem.)
Cometemos a falácia expandindo nossos adjetivos a fim de descrever todos os indivíduos indivíduos incluídos no conjunto: constituem a nação mais antiga da terra. Isso significa que Bjõrk deve ser Os islandeses constituem mais velha que as demais estrelas pop. (E, antes de ir à casa dela, lembre-se de que os islandeses vivem cercados de lava quente e vulcões ativos.) Assim como na composição, a fonte do erro na falácia da divisão está na ambigüidade dos substantivos coletivos. Essas duas falácias são formas da falácia da equivocação, pois são os diferentes sentidos do substantivo que impedem a 51
Como vencer todas as argumentações
Apelos emocionais
validade do argumento. Este só seria válido se o mesmo sentido fosse mantido ao longo de todo o argumento. (Os evangelhos são quádruplos. São Marcos é um evangelho; logo, São Marcos é quádruplo.) A divisão é muitas vezes usada de modo falacioso para conferir a um indivíduo parte parte do do pres prestíg tígio io vinc vincula ulado do ao grupo grupo ou à classe classe à qual qual ele ele perte pertence nce..
A falácia também pode ser usada para atrair o ódio contra nossos adversários, apontando, de modo análogo, seu envolvimento em grupos que não despertam o menor respeito:
O franceses são excelentes no rúgbi; Marcel é francês; francês; obviamente, ele ele deve ser excelente excelente no rúgbi.
(Se isso fosse verdade, provavelmente seria porque os inteligentes, como seu oponente, vieram de lá.)
Me u op on en te vei o d e G la sgo w, cid ad e q ue nã o s e d est ac a p ela int eli gê nc ia.
( Mas, como os franceses franceses produzem m uito leite magro, Marcel provavelmente provavelmente tem
também algumas outras estranhas qualidades.) A Califórnia é um estado muito rico; então, então, se ele vem de lá, deve valer uma boa quantia!
Com freqüência freqüência cometemos a falácia f alácia inconscientemente, rotulando r otulando as pessoa pessoass de de acor acordo do com os grupo gruposs dos dos quai quaiss prov provêm. êm. Isso Isso pod podee lhes lhes ser ser favo favoráv rável: el: "O ensino na Universidade de Edimburgo é primoroso; Johnson leciona lá, então ele deve ser realmente de primeira classe"; ou desfavorável: "A Suíça é uma nação muito passiva, então eu não acho que possamos esperar muita iniciativa de nossos diretores suíços". Uma versão interessante da falácia chama-se falácia da divisão complexa e assume que as subclasses do todo possuem as mesmas qualidades da classe como um todo. Nessa versão, encontramos o casal médio britânico, com seus 2,2 filhos, passe passeand ando o com com 0,7 de um gato gato e 1/4 de um cachor cachorro ro.. Eles Eles têm têm 1,15 1,15 carr carro, o, que, que, de algum modo, conseguem estacionar em apenas 1/3 de uma garagem. No mun mundo do da divisã divisão o com comple plexa, xa, um casal casal que que já tem dois dois filh filhos os e no no qual qual a mulher está grávida fica muito ansioso, pois sabem que de cada três crianças unia é chinesa. No mundo real, porém, são as diferentes subclasses que produzem os números globais da classe como um todo. ("Pilotos de testes ocasionalmente morrem, então eu imagino que o tenente Robinson morrerá agora e novamente daqui a algum tempo".) Você poderá usar a divisão para obter crédito imerecido para si mesmo por perte pertence ncerr a classe classess meri meritór tórias ias:: Deixe-me resolver i sso. Ninguém tem mais expe riência em resolver cont rovérsias do que nós, britânicos. britânicos . (A maior parte adquirida antes que qualquer um de nós houvesse nascido.)
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Apelos emocionais O MUNDO seria estranho se nenhum de nós fosse influenciado por emoções. Essa influência, no entanto, entra no território da falácia lógica quando se torna o meio de decidir a solidez de um argumento. As emoções que influenciam nosso comportamento comportamento não devem influenciar nosso julgamento sobre questões de fato. Embora possa ser apropriado mostrar piedade em face de um criminoso condenado, certamente não é um procedimento sensato deixar que a piedade afete nosso julgamento de se ele cometeu ou não o crime. O reconhecimento d e que a razão e a emoção têm esferas de influência separadas é tão antigo quanto a divisão da alma por Platão. David Hume expressou-o de modo suscinto, dizendo-nos que a paixão nos impele a agir, enquanto a ação dirige o curso dessas ações. A emoção, em outras palavras, motiva-nos a fazer coisas, mas a razão capacita-nos a calcular o que fazemos. A razão e a emoção podem habitar esferas diferentes, mas os sofistas e os embusteiros há muito conhecem meios de fazer que as emoções invadam o território da razão. Uma vez fustigadas com a chibata, as emoções podem disparar num galope de modo que facilmente se salte a fenda entre o seu domínio e o domínio da razão. Há um leque de falácias disponível, com tantos nomes quantas emoções das quais se valer. Além das falácias importantes i mportantes ou comuns comuns o bastante para terem ganhado seções específicas neste livro, há uma lista completa de emoções variadas e mistas, com as referências em latim, às quais podemos recorrer num momento ou noutro para para fazer fazer que a razão razão se desv desvie ie do do curs curso o prete pretend ndido ido.. O navega navegante nte descui descuidad dado oé arrebatado pelos fascinantes apelos ao medo (argumentum ad metum), à inveja (argumentum ad invidiam), ao ódio (argumentum ad odium), à superstição (argumentum ad superstitionem) e ao orgulho (argumentum ad superbiam). Há ainda outros para tentar nossa preferência pelo sossego com um apelo a urna propor proporção ção justa justa de tudo tudo (argumentum ad modum), e um que de fato afirma 53
Como vencer todas as argumentações
Equivocação
abertamente que o sentimento é um melhor guia do que a razão (sentimens superior). A menos que se abafem os impulsos dessas emoções, assim como os marujos de Odisseu abafaram seus ouvidos para a sedução do canto das sereias, é dificil não ser influenciado. Nisso reside sua duradoura eficácia como falácias.
A falácia sentimens superior é astuciosa. Sua afirmação estúpida de que a emoção é um melhor guia é mais sedutora para uma audiência inteligente. As pessoa pessoass inte intelig ligent entes es com com freqüên freqüência cia têm medo medo de serem serem julgad julgadas as frias frias por por usarem usarem tanto a razão. Elas não querem parecer emocionalmente defeituosas, e são uma presa presa fácil fácil para um orador orador que que lhes lhes asseg assegura ura que que são são tão tão sensí sensíveis veis,, afetuos afetuosas as e compassivas quanto a pessoa ao lado, que também é um tanto enfadonha. Isso lhes permite a ilusão de que são bem-vindas como parte do conjunto como um todo, em lugar de permanecerem isoladas dele. Elas alegremente abandonam a razão como o preço que têm de pagar para serem admitidas na raça humana. Um indivíduo pode ser ludibriado com a falácia sentimens superior e levado a desistir de urna posição cuidadosamente ponderada depois que se assegura enfaticamente que ele se preocupa com a humanidade tanto quanto o resto de n‡s. Uma negativa dificilmente seria considerada uma boa resposta. Uma multidão é pelo pesco pescoço ço numa numa coleir coleiraa senti sentimen mental tal.. Raram Rarament entee ainda mais fácil de ser puxada pelo vi uma reunião internacional que não ovacionasse de pé qualquer idiota que os conclamasse a esquecer a razão e se concentrar no amor ao próximo.
Aqu Aquele eless que que aind aindaa se opŽe opŽem m ao desa desarm rmam amen ento to nucle nuclear ar deve deveria riam m estud estudar ar os efeito efeitoss de de uma explos‚o termonuclear. Ela pode derreter os globos oculares e vaporizar a carne humana a grandes dist‹ncias. (Esse argumentum ad metum pode ser intensificado pelo uso de fotografias e filmes e queimaduras simuladas, e tudo o mais que possa fazer que a audiŒncia deixe de perguntar se o desarmamento nuclear tornar‹ a ocorrŒncia disso mais ou menos prov‹vel.)
Robinson Robinson n‚o poderia ter resolvido o problema de jeito nenhum. nenhum. Se ele resolvesse, seria melhor que n†s. (Certo. A inveja nŠo afeta o resultado, embora um argumentum ad invidiam oportuno possa persuadir as pessoas a nŠo acreditar nisso.) O segredo para usar essas falácias é simples. Dê-se ao trabalho de descobrir a disposição emocional de sua audiência e use palavras calculadas para suscitar essa emoção. Quando a tiver instigado cuidadosa e firmemente por meio de descrições gráficas, passe a tratar da questão de fato. Muito poucas audiências são capazes de fazer essa passagem abruptamente; a maioria deixará que a emoção flua para a área normalmente reservada à avaliação racional. Não fará diferença se o seu apelo for ao medo, Ž inveja, ao ódio, ao orgulho ou Ž superstição. Na verdade, você pode usá-los alternadamente. Pode-se apelar ao orgulho da própria raça, classe ou nação, incitando a inveja de outros, talvez a ponto de tornar possível um d
argumentum ad odium. O argumentum ad modum merece menção especial porque apela ao desejo
gradualismo da audiência. Uma audiência é mais vulnerável a ele quando está tentando ser razoável. As pessoas relacionam a razão a uma vida tranqüila, pensando pensando que a admissã admissão o de algo na devid devidaa medida medida terá maior maior probab probabilida ilidade de de estar certa. Como o argumentum ad temperantiam, que defende o meio-termo entre dois extremos, o argumentum ad modum apela Ž mais antiga das máximas, que recomenda moderação em todas as coisas. Você sempre deve introduzir seu apelo sutil para atrair as pessoas para longe da razão, pressionando sua audiência:
Sejamos sensatos quanto a isso. (Um forte apelo emocional para uma vida tranqila.)
A maio maiorr parte parte dos problem problemas as do mund mundoo „ causad causadaa por por pesso pessoas as que que pens pensam, am, em vez de responder naturalmente com afeto e humanidade. Devemos ignorar esses fatos sobre as ditaduras do Terceiro Mundo e estender nossas m‚os com amor em nossos coraƒŽes e... Equivocação ambíguo. Muitas vezes A EQUIVOCA€…O consiste em usar as palavras de modo ambíguo. usada com a intenção de enganar, ela pode enganar até aquele que a comete. A falácia da equivocação ocorre quando as palavras são usadas com mais de um sentido, embora seja preciso, para que o argumento seja sólido, que se mantenha o mesmo significado.
A felici felicida dade de „ o fim de nossa nossa vida. vida. O fim de nossa vida „ a morte. Logo, a felicidade „ a morte. (A forma do argumento ˆ v‹lida, mas "o fim de nossa vida" se refere, na primeira linha, ao seu objetivo, sua meta, e, na segunda linha, ao seu tˆrmino. Com essa descoberta, decifre um milhŠo de charadas infantis.) Meio Meio p‚o p‚o „ melh melhor or que que nada nada.. Nada Nada „ melh melhor or que que ter ter boa boa saŒ saŒde. de. melhorr que que ter ter boa boa saŒd saŒde. e. Logo, me‰o p‚o „ melho
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Como vencer todas as argumentações
"Até uma criança sabe"
O uso equívoco da palavras é falacioso porque nos induz a transferir o que estamos preparados para aceitar acerca de um conceito a outro que casualmente tem o mesmo nome. A lógica, que processa a relação entre conceitos, é inútil se os própri próprios os concei conceitos tos muda mudam. m.
A equivocação é uma argamassa particularmente forte para preencher rachaduras de discórdia internacional. Ela conserta diferentes irreconciliáveis com um acabamento suave e indetectável. Muitas discussões acirradas são harmoniosamente encerradas com o aparecimento de um acordo cuja linguagem é cuidadosamente cuidadosamente escolhida para significar coisas inteiramente diferentes para cada um dos signatários. O vocabulário da equivocação pode ser aprendido na galeria aberta da Câmara dos Comuns. Se você tiver uma cadeira na Câmara, não há nada mais a aprender sobre a equivocação. por ", Depois de pegar o jeito e de ter fluência em frases como "com a devida vênia você pode passar a manifestações mais sutis da falácia.
Não se encontram elefantes na Grã-Bretanha; então, se você tiver um, não o perca, ou não o encontrará nunca mais. (A palavra "encontrar" representa dois conceitos diferentes aqui.)
Muitos dos usos equívocos são fáceis de identificar. Muitos outros não são. Clarividentes se especializam em expressões equívocas para se garantir na ocorrência de resultados diferentes. A política seria uma arte inteiramente diferente se tivesse de se privar da falácia da equivocação. O mesmo pode ser dito a respeito da correspondência comercial:
Bem, isso de pende do qu e você qu er dizer com consentimento sincero. ( Você pode ter pensado que isso é óbvio, mas está enganado.)
Você pode ter certeza de que a sua carta receberá a atenção que merece. (Ao voar suavemente até cair no monte de cartas.)
Trocadilhos e piadas populares muitas vezes dependem desta falácia. — Meu Meu cachorro não tem nariz. — Como ele ch eira? — Ele Ele fede muito!
Certa vez pergu pergunta ntaram ram a Calvi Calvin n Cooli Coolidg dge: e: O que você acha da execução do cantor? (Ele respondeu: "Sou totalmente a favor".)
O conselho dado a um candidato político diante de um comitê seletivo é: "Quando estiver em dúvida, seja equívoco". O fato é que você não pode agradar a todos o tempo todo, mas pode ter uma boa chance de enganar a todos a maior parte parte do do temp tempo. o. O candida candidato to gara garante nte àqueles àqueles que que são a favo favorr da pena pena de de morte morte que deseja penas "realistas" para assassinatos. Para aqueles que são contrários, ele quer "consideração humanitária". Mas ele poderia ser a favor de sentenças realistas leves ou da execução dos criminosos.
a~e
"Até
uma criança
sabe"
VOCÊ FICARIA surpreso com o que todas as crianças sabem. Ansiosos em obter anuência a suas afirmações controversas, os debatedores asseveram solenemente a suas audiências que qualquer criança sabe que aquilo que estão dizendo é verdade. Espera-se que a audiência, não querendo se mostrar ignorante daquilo que é tão bem bem conhec conhecido ido até por por cria criança nças, s, mante mantenha nha suas suas dúvi dúvidas das em silênc silêncio. io. Deste Deste modo modo,, asserções complexas e duvidosas passam sem questionamento. Qualquer criança sabe que o índice de perda genética de um sistema reprodutivo fechado é expresso por uma fórmula simples e muito conhecida.
(Com efeito, este é o principal tema das conversas durante as brincadeiras com estilingues.)
A tática é falaciosa. Seu propósito básico é apelar para algo que está além das evidências para assegurar a aceitação do que se diz . A audiência é convidada a concordar não por convicção, mas porque as pessoas têm vergonha e receio de ser consideradas menos menos instruídas que uma mera criança. Enquanto isso, os méritos do argumento são negligenciados. Este estratagema é tão amplamente usado que o conhecimento imposto aos desafortunados jovens já equivale agora a várias enciclopédias. Não há pratic praticam amen ente te nad nadaa que que eles eles não não saib saibam am..
Como vencer todas as argumentações
Meu instruído col ega sem dúvida e stá ciente do qu e toda criança sabe , ou seja, que f oi o caso Rex versus Swanson que estabeleceu, em 1749, os precedentes que regulamentam o uso de buzinas nas rodovias públicas. (E você pode ter certeza de que o mesmo talentoso estudioso da jurisprudência está também ciente da decisão do caso Higgins x Matthew s, de 1807.)
A exceção que comprova a regra
Qualquer criança conhece a descrição dos visitantes em Ezequiel, e até um idiota percebe que os desastres de tempos antigos foram causados por perturbações cósmicas. Unia simples criança poderia chegar chegar à conclusão de que forças forças extraterrestres estão envolvidas; portanto , está óbvi o para to dos que a Terra sofre u ataque s durante séculos. Ora , até mesmo iniciantes no estudo dos óvnis sabem muito bem que...
A criança supracitada tem uma apreensão intuitiva do óbvio e tem sido muito elogiada por tal habilidade:
Neste mom moment ento, o, suas suas crianç crianças as e seus seus idiot idiotas as já já deve devem m ter ter elim elimina inado do todos todos os ( Neste outros do campo.)
É óbvio até para uma simples criança que as nuvens de poeira in terestelares já h á muito tempo teriam chegado à incandescência e estariam emitindo radiação de corpo negro se não fosse a expansão do universo.
Esteja ciente daquilo que as crianças realmente sabem. Se houver uma em sua audiência, ela pode muito bem erguer-se e contradizê-lo com fatos. Algumas delas são muito boas.
(Não está muito claro se a criança considera isto óbvio mesmo mesmo antes de entrar na escola ou se aprende isto após algumas aulas.) Esta falácia é um caso especial da falácia mais geral do falso anúncio, que consiste em promover a exaltação das próprias opiniões. Dado que suas afirmações são precedidas pela informação de que toda criança tem conhecimento delas e as considera óbvias, você está espalhando rosas no caminho que irão trilhar. A falácia terá a mesma eficácia caso você inicie com a palavra "obviamente" asserções que .nada têm de óbvias. Consideramos essas verdades auto-evidentes. (Logo, qualquer um que discorde delas deve ser realmente estúpido.)
Para empregar a falácia eficazmente, você nunca deve se envolver numa argumentação sem levar consigo metade das crianças do maternal. Além da simples criança e de cada um dos estudantes, você precisará também de um idiota, mas de um idiota muito instruído. Você deve possuir toda espécie de iniciante para instruir os especialistas, e para ter um alcance de visão completo você precisará de todos.
A exceção que comprava a regra
AS EXCEÇÕES, evidentemente, refutam as regras. A despeito disso, muitas pessoas, ao ser confrontadas com contra-exemplos a sua afirmação, os descartarão como "exceções que provam a regra". A falácia consiste na rejeição de uma objeção válida ao argumento. — Não existem letras de músicas sobre cidades da Grã-Bretanha a não ser Londres. — E quanto a "Scarborough "Scarborough Fair"? — Essa é a exceção exceção que prova a regra. (Se deixarmos de fora Liverpool e Old Durham Town.)
A origem da falácia está nos usos mutáveis da linguagem. A palavra "provar", que hoje adquiriu o significado de estabelecer algo acima de qualquer dúvida; costumava significar "testar". Algo seria "posto à prova" para se estabelecer sua qualidade, e esse é o sentido que herdamos nesta falácia. A exceção submete a regra a um teste, e, se considerada uma exceção válida, refuta-a em lugar de provála no sentido moderno da palavra:
Todos podem ver que... ( Mesmo quando ninguém além de você tem olhos tão aguçados.)
Ao propor algo realmente controverso, você pode também pôr todo o time em ação.
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Nenhum personagem ficcional jamais atraiu fãs-clubes em países distantes como ocorre com as estrelas pop. Sherlock Holmes sim, é claro, mas ele é simplesmente a exceção que prova a regra. ( Uma falácia elementar, meu caro Watson.)
Premissas excludentes
Como vencer todas as argumentações
Há uma maneira muito vaga pela qual uma exceção pode ajudar a indicar uma verdade geral para os demais casos. Se todos nós reconhecemos uma exceção como fora do comum e a identificamos como tal, então isso mostra que aceitamos que a regra que ela contradiz usualmente se aplica. Neste sentido, o caso que reconhecemos como extraordinário aponta para a regra geral nos demais casos: Os avanços médicos são alcançados por meio de pesquisas obstinadas, não por acaso. Há o caso da penicilina, mas todos sabem que isso foi uma casualidade com probabilidade de um em um milhão. (Seja isto verdade ou não, esta é uma linha de argumentação legítima, já que a regra não é afirmada como universal. universal. O reconhecimento geral da exceção única aponta para uma regra que diz o oposto.)
Mesmo neste caso específico, a exceção nega a regra universal. O problema das afirmações abrangentes é que, de fato, basta uma única exceção para refutá-las. O mundo medieval era rico em universais que asseguravam às pessoas que o sol nasceria e se poria todos os dias, e que não poderia existir um cisne negro. Urna visita à terra do sol da meia-noite liquidou o primeiro, e a descoberta dos cisnes negros na Austrália aniquilou o segundo. Muitas pessoas gostariam de poder viver num mundo de certezas, cercadas por vastas verdades gerais. As exceções espreitam esse confortável mundo como lobos em torno de um acampamento de escoteiros. Elas introduzem incertezas e dúvidas, e a tentação é usar rapidamente a falácia para dar cabo delas para que tudo continue como era antes. A exceção que prova a regra é uma falácia estimada por aqueles que são enfáticos em seus julgamentos. Eles têm o mundo claramente dividido em categorias e não querem que a irritante areia das exceções se intrometa no lubrificado maquinário de sua visão de mundo. Em seu mundo fácil, todos os astros pop são viciados em drogas, todas as feministas são lésbicas e todos os jovens são esquisitos. Quaisquer honrosas exceções às categorias acima são também facilmente descartadas como exceções que provam a regra". A maior qualidade desta falácia é que ela torna seu argumento invulnerável a correções baseadas em fatos. As mais contundentes pro prova vass de que que você você está está inte inteir iram amen ente te erra errado do podem odem ser ser tod todas as engo engoli lida dass com como exceções que provam a regra" e não pedem mais que urna breve pausa em sua declamação. "
"
— Me Me empreste d ez paus. Eu nunca deix ei de pagar da s outras vezes que você me emprestou. — Ah é? E na semana passada?
— O caso da semana semana passada foi a exceção exceção que prova a regra. Você sabe que eu vou pagar mais cedo ou mais tarde.
(Calce seus tênis de corrida.)
Premissas excludentes O ARGUMENTO-PADRÃO de três linhas chamado silogismo tem duas premissas. e uma conclusão; as premissas são as evidências e a conclusão é deduzida delas. Se ambas as premissas são negativas, não se pode deduzir delas nenhuma conclusão válida, e a falácia denomina-se falácia das premissas excludentes.
Nenhum biscateiro é padeiro , e nenhum padeiro é pescador; lo go, nenhum biscateiro é pescador.
(Isto parece inocente, mas a lógica é mais duvidosa que os biscateiros. Se tivéssemos usado "sonegador fiscal" em lugar de pescadores, teríamos que "nenhum biscateiro miss ssa é sonegador fiscal'; o qque ue todos sabem ser falso. O erro está nas duas pre duas premi negativas.)
A fonte da falácia é bastante clara. O argumentador relaciona duas coisas uma à outra por meio da relação de cada uma delas com uma terceira coisa. Quando ambas as premissas são negativas, tudo o que sabemos é que duas coisas estão parcia parciall ou inteira inteirame mente nte excluíd excluídas as da clas classe se de uma uma tercei terceira ra cois coisa. a. Mesm Mesmo o assim assim,, contudo, elas poderiam estar relacionadas uma à outra, e, por conseguinte, não se pode pode extrai extrairr nenhu nenhuma ma conclu conclusão são acerca acerca da da relaçã relação o entre entre ambas: ambas: Alguns cervejeiros não não são idiotas, idiotas, e alguns idiotas idiotas não são ricos; ricos; logo, alguns alguns cervejeiros não são ricos. (Você já ouviu falar de um cervejeiro pobre? Com dois enunciados negativos, os idiotas que não são ricos não precisam ser os mesmos que não têm entre eles os cervejeiros. Se isto parece confuso, lembre-se de duas coisas: duas premissas negativas não provam nada, e to dos os cervejeiros são ricos.)
A falácia tende a ocorrer porque algumas pessoas genuinamente acreditam . que, se um dado grupo estiver excluído de outro, e se este outro grupo estiver excluído de algum outro, então o primeiro grupo também estará excluído dele. Se, John não pode ser um maçom, e se os maçons não podem ser sócios do clube, então
P
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Como vencer todas as argumentações
A falácia existencial
parece parece plaus plausível ível presumi presumirr que John não pode ser sócio sócio do clube. clube. Eviden Evidentem temente ente,, dado que os maçons não podem ser sócios, John tem maior chance de ser aceito no clube precisamente por não ser um deles.
universais, falando-nos sobre "todos" ou "nenhum", e nossa conclusão é particular, falando-nos de "alguns", então nós cometemos a falácia.
Nenhum comedor de pudi m é magro , e alg uns fuma ntes nã o são com edores de pudi ns; logo, alguns fumantes são magros. ( Muitos de nós têm opiniões negativas a respeito de pudins, mas dois enunciados
negativos sobre eles não nos dirão nada sobre fumantes. Se os fumantes são magros,
pod e ser pela preo cupa ção com os ri scos à saúde , e po r fal ta de din heir o pa ra co mpr ar pudin pudinss dep depois ois de paga pagarr pelo peloss ciga cigarro rros.) s.)
Quando você você quiser usar a falácia das premissas excludentes, deverá tentar fazer afirmações negativas cuja verdade a audiência aceite. Quando você passar a uma conclusão que parece plausível, as pessoas assumirão que você a provou. Você não irá muito longe se começar com afirmações tais como "Nenhum funcionário do conselho é preguiçoso", mas tente se manter dentro dos limites da experiência de sua audiência. Use truísmos óbvios tais como "Nenhum carregador de empresas de mudanças e cuidadoso".
A
falácia existencial
UMA CARACTERÍSTICA curiosa da lógica é que as asserções referentes ao todo de uma classe não nos dizem de fato que existe algum membro de tal classe. Todos os gatos são egoístas.
(Isto nos diz que, se existem gatos, então eles são egoístas. Isto não implica que existem gatos, assim como a existência de unicórnios não poderia ser deduzida de um enunciado similar sobre eles.)
Os enunciados que nos falam sobre alguns membros de uma classe, contudo, efetivamente afirmam a existência de membros da classe. Alguns gatos são são egoístas.
(Isto nos diz que existem gatos e que alguns deles são egoístas.) A falácia existencial ocorre q uando extraímos uma conclusão que implica a existência a partir de premissas que não implicam isto. Se nossas premissas são 62
Todos os óvnis são naves espaciais, e todas as naves espaciais são extraterrestres; logo, alguns óvnis são extraterrestres.
(Isto parece bastante inofensivo, mas não é válido. Poderíamos ter dito que todos os óvnis são extraterrestres, mas, limitando-os a alguns, afirmamos que eles existem.) Parece estranho que possamos afirmar mais sobre todos do que sobre alguns. Podemos nos consolar com o pensamento de que talvez tenhamos de conhecer alguns deles para começar a falar sobre as características que se aplicam a alguns mas não a outros. Os enunciados universais, não excluindo nenhum, não trazem tal implicação. A falácia consiste em inserir na conclusão algo de que não temos evidências, a saber, a pressuposição de que aquilo de que se fala efetivamente existe. Ao ir além das evidências, entramos no território da falácia. Todos os policiais são altos, e nenhum galês honesto é alto; logo, alguns galeses honestos não são policiais. ( Na verd ade, n ão se o ferece
nenh uma evid ência d e que exis te um g alês hon esto.)
Uma conclusão sobre todos os galeses honestos seria aceitável, pois se referiria apenas a quaisquer galeses honestos que porventura existissem. A falácia existencial é claramente o domínio daqueles que desejam envolverse no discurso racional sobre forças astrais e entidades demoníacas, mas que têm contra si a pequena desvantagem de não haver evidências de que tais coisas existam. As asserções dizem como as coisas devem ser caso existam, e, de algum modo, começamos a encontrar afirmações sobre algumas dessas coisas. Nesse ponto, sem que a audiência perceba, a suposição da existência real foi introduzida sem nenhuma evidência que a sustente, como um ás retirado furtivamente da manga. Todas as entidades psíquicas são afetadas por emoções humanas, mas algumas delas são mais sensíveis que outras e tendem a ser incitadas pelo medo e pelo ódio.
(E o mesmo se pode dizer sobre os sapos invisíveis, os saturninos saturninos malhados e os suecos afáveis. Antes de poder selecioná-la, você primeiro tem de pegar sua presa.) É surpreendentemente surpreendentemente fácil usar a falácia existencial. A maioria das audiências respeitará suas modestas afirmações se você passar de afirmações sobre todas as
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Como vencer todas as argumentações
coisas a afirmações sobre apenas algumas delas. Essa disposição é o portão pelo qual você poderá passar com seis caminhões carregados de fadas e duendes, ectoplasma e elementais. A maleabilidade da natureza humana e a perfectibilidade do homem passaram pelo mesmo portão muito tempo atrás. Estatísticas ex-post- facto
UM ESTATÍSTICO foi descrito como alguém que traça uma linha matematicamente prec precis isa a de uma uma supo suposi siçã ção o inju injust stif ific icad ada a a uma uma conc conclu lusã são o ante anteci cipa pada dam mente ente esperada. Na verdade a coisa não é tão ruim assim, mas há inúmeras falácias estatísticas prontas para ludibriar os descuidados e ajudar os antiéticos. A falácia perpetra trada da quando quando aplica aplicamo moss as as leis leis da da prob probab abilid ilidad adee facto „ perpe post - facto da estatística ex - post a eventos passados.
Eu tirei tirei o ‡s de de espad espadas. as. Havia Havia apena apenass uma uma chance chance em 52, 52, mas mas ele aparec apareceu. eu. (O mesmo se aplica a todas as cartas, mas uma delas tinha de aparecer.) Não pode podemos mos tirar muitas muitas concl conclusõe usõess com com base base na baixa baixa "probabi "probabilida lidade" de" de certos acontecimentos passados. Algo tinha de acontecer, e, se o leque de possib possibilid ilidade adess é amplo amplo,, a prob probabi abilid lidade ade de que que cada cada urna urna delas delas ocor ocorra ra é pequena pequena.. Portanto, qualquer uma delas que venha a ocorrer possui uma probabilidade baixa baixa.. Come Comete-s te-see a faláci faláciaa quan quando do se supõe supõe,, com com base base na ocor ocorrên rência cia de even eventos tos de baixa baixa prob probab abilid ilidad ade, e, que que alguma for‰a sobrenatural estava operando: Encon Encontre treii minh minhaa tia tia na na Aven Avenida ida Paulist Paulistaa na na quart quarta-fe a-feira ira.. Pense Pense nas nas cent centena enass de de milha milhares res de pessoas que passavam pela rua naquele dia e perceber‡ qu‚o improv‡vel seria que nos encontr‡ssemos ali. Talvez sejamos telepatas.
(E o mesmo se aplica aos outros milhares de pessoas que est avam ali.) Num jogo jogo de de cara cara ou coroa, coroa, a pro probab babilid ilidade ade de sair cara cara quatro quatro vezes vezes seguid seguidaa é apenas de 1 em 16. O mesmo vale para todas as outras combinações que possam vir a aparecer; mas uma coisa ˆ certa: alguma seqüência com uma chance de 1 em 16 efetivamente ocorrerá se você jogar quatro vezes seguidas. A falácia vai além das evidências, usando a estatística de urna maneira inaplicável para apontar influências misteriosas onde não há necessidade de sua interven‰Šo. As estat†sticas post facto facto com freqüência aparecem em especulações concernentes à origem cx - post da vida e do universo. Cálculos exóticos são apresentados para mostrar a incrível de que as coisas houvessem ocorrido do modo como ocorreram:
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Estatísticas ex-post-facto
Temos muita muita sorte de que nosso planeta tenha precisamente a temperatura ideal para n†s e precisamente a atmosfera correta para que respiremos. Isso n‚o pode ser apenas sorte. (Coisinhas azuis de dez pernas que respiram am’nia no terceiro planeta da gal‹xia de Opiuchi dizem exatamente a mesma coisa.)
Fazem-se afirma‰“es similares acerca da probabilidade de reunião dos elementos químicos corretos para a formação da vida. O fato é que em nosso universo os elementos químicos se combinam de determinadas maneiras. Se eles fossem diferentes, sem dúvida seres vivos diferentes num universo diferente estariam se felicitando por sua sorte. A falácia é um grande suporte para aqueles que se supõem os filhos do destino. Considerando os acontecimentos improváveis que os levaram a sua posição atual, eles vêem a mão invisível porém inexorável do destino por trás de tudo, sem perceber que, se as coisas tivessem sido diferentes, poderiam afirmar a mesma coisa. Pense s†: se n‚o tiv„ssemos ti v„ssemos nos hospedado no mesmo mesmo hotel, poder‰amos nunca nunca ter nos conhecido e n‚o ter nos casado. ( Mas poderiam ter conhecido e se casado com outras pessoas, e poderiam se considerar tŠo afortunados quanto agora.)
O uso desta falácia dependerá de seu temperamento. Ela pode ter curto alcance, para para con conven vence cerr outra outrass pes pessoa soass de de que que você você é um filho filho pref preferi erido do do univer universo so e que que merece consideração especial:
Acre Acredi dito to que que esse esse empr empreg egoo tinha tinha de ser ser meu. eu. Eu Eu vi o anŒn anŒncio cio num num jorn jornal al lanƒ lanƒad adoo em meu rosto pelo vento no meio da rua. Sinto que algo me colocou naquele lugar quela hora para que eu ocupasse esse cargo. N‚o estou dizendo que isso deve influenciar sua decis‚o, mas... ( Mas deveria. Poucos de n‡s gostam de confrontar a implac‹vel mŠo do destino apertando seus dedos.)
Se você tem o outro temperamento, sempre pode usar a falácia para ganhar alguma simpatia:
Que sorte a minha minha!! De todos todos os estacion estacioname amentos ntos em vias vias pŒblicas pŒblicas de Londr Londres es que que ela ela poderi poderiaa esta estarr fisca fiscaliza lizando ndo,, tinha tinha de ser logo onde onde estac estacion ionoo o meu carro! carro! E justo justo no pior momento poss‰vel!
Como vencer todas as argumentações
(Se você não se incomoda de ir ao bar fazendo o papel do saco de pancadas do universo, um lamento como este pod e lhe render uma cerveja por piedade.)
Poda extensional COMETEMOS A poda extensional quando usamos as palavras em seu sentido comumente aceito, mas, ao sermos desafiados, recuamos para uma definição estritamente literal. A falácia se torna possível porque há dois modos de entender o que as palavras significam. Podemos descrever as propriedades daquilo a que nos referimos ou podemos dar exemplos. O primeiro se chama "intensão", e o segundo, "extensão". Poderíamos transmitir o sentido de uma expressão como "estrela de cinema", por exemplo, descrevendo o papel dos atores e atrizes principais nos fil mes ou citando váribs astros conhecidos. As palavras têm nuances de significado em virtude de suas associações. Pequenos anéis de pensamento ondulam em torno delas, evocando todos os tipos de idéias com base em associações passadas. passadas. Essas nuances fazem parte do significado da palavra, desde que sejam compreendidas tanto por aquele que fala como por quem ouve. ouve. A falácia da poda extensional ocorre quando aquele que a emprega em seguida recua daquele significado, insistindo i nsistindo apenas numa definição literal "intensional". Embora eu tenha dito que aceitaria uma inves tigação, em nenhum momento disse que ela seria independente, que seria pública, ou que as descobertas seriam publicadas.
(Ele poderia estar correto numa definição técnica limitada da palavra. palavra. Mas isso não é o que a maioria das pessoas normalmente entende com base nas associações que fazem com investigações investigações precedentes.) Comete-se a falácia quando se diz uma coisa mas se permite que outra coisa seja entendida. Uma discussão deve ser a mesma tanto para quem fala como para quem ouve, caso contrário não é possível uma argumentação. argumentação. Há duas maneiras de cometer esta falácia: uma delas é induzir ao engano desde o início, a outra e recuar para uma definição restrita a fim de escapar da fraqueza da posição. Tudo o que dissemos foi que instalaríamos um painel de controle. Não dissemos que funcionaria. Anunciantes muitas vezes usam tesouras de poda nas declarações exageradas que fazem.
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Falsa conversão
Ac eit ar em os seu ca rr o u sad o c om o p ar te do pa ga me nto , p elo pr eç o q ue vo cê tiv er pa ga do
por ele. (Estritamente falando, você pagou uma certa quantia pelo carro e uma outra quantia referente a impostos. Eles não estão oferecendo devolver também os i mpostos, se foi o que você pensou.)
Amigos que gostam de dar conselhos com freqüência restringem seu significado de modo similar depois de ver as conseqüências. Veja, eu sei que disse que você se sentiria como um milionário. Eu conheço muitos milionários que são infelizes. Pare de reclamar.
(Você se sentiria como um cachorro se lhe desse um soco, mas provavelmente conhece muitos cachorros que gostariam disso.)
O podador extensional anuncia sua atividade. Como as ondulações de um barco barco em movim movimento ento,, suas suas expre expressõe ssõess marc marcam am sua passag passagem em.. As inevitáv inevitáveis eis expressões "eu só disse que..." e "se você se recordar exatamente do que eu disse..." mostram que ele é um homem de altas qualificações. Você o reconhece como o homem que nunca disse realmente o que a maioria das pessoas pensava que ele estava dizendo. Neste caso, as letras miúdas às quais temos de estar alertas estão nos dicionários. Você pode adicionar a poda extensional ao seu repertório tão logo tenha se tornado hábil em fazer uma afirmação restrita ser aceita como uma afirmação afirmação mais ampla. Você deve compilar uma coleção de expressões cujo significado é entendido por todos, embora as palavras em si sejam mais restritas. Eu disse que lhe pagaria pagaria mais uma bebida bebida se eu estivesse errado errado — água é uma bebida.
Eu disse que que não fumaria fumaria mais cigarros cigarros até o dia seguinte. seguinte. Cinco Cinco minutos minutos depois já era era o dia seguinte.
(Fale suavemente e carregue um grande dicionário.)
Falsa conversão A FALSA conversão ocorre quando deduzimos do fato de que todos os gatos são animais a informação adicional de que todos os animais são gatos. O converso de
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Como vencer todas as argumentações
Falsa precisão
um enunciado, obtido pela permutação entre o sujeito e o predicado, é verdadeiro em alguns casos e falso em outros. Quando é realizado reali zado num dos casos inválidos, chama-se falsa conversão.
Se nós sabemos que nenhuma pessoa inovadora é burocrata, podemos deduzir de modo perfeitamente correto que nenhum burocrata é inovador. O que não podem podemos os fazer fazer é deduzir deduzir,, com com base base no no conh conheci ecime mento nto de que alguns alguns jornalis jornalistas tas não são alcoólicos, a afirmação alternativa de que alguns alcoólicos não são jornalis jornalistas. tas. Pode Pode ser ser que seja verdad verdade, e, mas mas não não podem podemos os deduzi-l deduzi-lo o a partir partir de de uma falsa conversão. Na prátic prática, a, a maio maiorr par parte te das das pes pesso soas as é cap capaz az de identi identific ficar ar a evid eviden ente te falsi falsida dade de dos argumentos conver convertidos tidos sobre todos os animais ou todos os gatos. A falácia tende a ser mais comum, e mais enganosa, quando aparece sob a forma "alguns não são".
Todos os ratos são animais de quatro patas; logo, obviamente, todos os animais de quatro patas são ratos.
(Esta proposição é obviamente falsa. Outras não são tão óbvias.) Alguns se res mortais n ão são ga tos; porta nto, algun s gatos n ão são seres mortais.
(Seria surpreendente se a existência de seres que não fossem gatos fosse suficiente para estabelecer a existência de uma linhagem de gatos imortais.) A regra é intricada, mas vale a pena aprendê-la. Podemos fazer afirmações sobre todos ou alguns, e podemos fazer afirmações positivas ou negativas. Isto nos dá quatro tipos de afirmações: 1. 2. 3. 4.
Todos são Alguns são Nenhum Nenhum é Alguns não são
A regra é que apenas os tipos 2 e 3 fornecem conversões válidas. Se você intercambiar sujeito e predicado nas proposições de tipo 1 e 4, cometerá a falácia da falsa conversão. A razão da falácia é que você não pode passar de um termo distribuído (que abrange o todo de sua classe) para um termo não-distribuído. No tipo 2, tanto o sujeito como o predicado abarcam apenas parte da classe, e no tipo 3 ambos abarcam a classe toda. Nos tipos 1 e 4 não pode haver permuta porque misturam termos distribuídos e não-distribuídos. Na prática, a regra significa que você pode fazer a permuta em afirmações com a forma Alguns As são Bs e Nenhum Nenhum A é B mas não pode fazer uma permuta em proposições que nos dizem
Dado que sabemos, que algun s marxistas não são professores, segue-se que alguns professores não são ma rxistas.
(Isto não é verdade.) O seu uso desta falácia requer um planejamento cuidadoso. É uma falácia tática de curto alcance e oculta-se melhor se você não permite que a audiência saiba se você está falando de "todos" ou de "alguns". A afirmação "Os coelhos do Texas são animais que chegam a mais de um metro" é habilidosamente ambígua. Não está está clar claro o se se a afirm afirmaçã ação o se se ref refere ere a algu alguns ns coelh coelhos os do Texas Texas ou a tod todos os eles. eles. Sua subseqüente falsa conversão deixaria sua audiência convencida de que todo animal no Texas que tenha mais de um metro de comprimento tem de ser um coelho. Também deixaria todos os texanos furiosos.
Falsa precisão INCORRE-SE na falsa precisão quando números exatos são usados para dar noções inexatas. Quando afirmações categóricas sobre a experiência são transformadas em números que vão muito além da acurácia possível numa medição, a precisão é falsa e pode induzir a audiência ao erro de supor que a informação é mais detalhada do que realmente é. As pessoas d izem que os escoceses s ão maus, ma s pesquisas mo straram que e les são 63% mais generosos que os galeses.
(Que medição da generosidade permite que tal número lhes seja atribuído?)
Todo A é B ouAlguns As não são Bs
Tanto a matemática como a ciência fazem amplo uso dos números, e ambas têm prestígio como fontes de autoridade. Estender o uso dos números exatos a
A falácia do jogador
Como vencer todas as ar gumentações
(As suposições aqui são múltiplas. Talvez se possa identificar e concord ar acerca do que constitui uma alcunha racial. Talvez seu aparecimento nas redações reflita sua importância na vida das crianças. Talvez o seu uso pelas crianças seja evidência de racismo. Talvez as diferenças culturais entre Birmingham e Londres não sejam importantes etc. etc. Nenhuma destas dúvidas justifica a frase inicial.)
áreas inteiramente inapropriadas geralmente geralmente não é senão a tentativa tentati va de atribuir a certas afirmações a aura e o prestígio vinculados à matemática e à ciência. A falácia deriva do uso de dados injustificados e da tentativa de conferir às afirmações maior confiança do que as evidências de fato merecem. Nosso dentifrício é duas v ezes melhor — isso mesmo , duas vezes me lhor — que o da marca mais conhecida.
(Com que instrumento supostamente se pode medir a qualidade de um dentifrício, e em quais unidades de medida?) Há diversas versões desta falácia, todas elas tendo em comum o fato de que os números usados dão uma impressão errônea da confiança que se pode ter na afirmação em questão. Quatro de cada cinco pessoas não é capaz de dif erenciar margarina de manteiga.
(Isto pode ser verdade, mas como se chegou a esta conclusão? conclusão? Se um grande número de pessoas em repetidos testes com uma amostr a de cada prod uto não co nseguiu dist inguilos, podemos ficar impressionados. Se um número menor de pessoas não conseguiu identificar identificar a única amostra de margarina numa bandeja repleta de bolachas besuntadas de diferentes tipos de manteigas, não podemos ficar tão impressionados assim.)
Uma outra versão da falácia pode ainda falar de quantidade quando o fator mais importante é a qualidade.
A macroeconomia macroeconomia relata satisfeita que a taxa de crescimento crescimento foi de apenas 1,4% em lugar da taxa prevista de 1,7%, sem nos informar que as medições têm uma margem de erro que não permite afirmar que a previsão não foi alcançada. Os psicólogos medem a habilidade das crianças para resolver problemas estabelecidos e qualificam suas respostas como inteligência. Cientistas Cientistas sociais medem o modo como as pessoas respondem a questões e descrevem as respostas como urna medição de atitudes. A falsa precisão é como uma ponte erigida de forma precipitada e inconsistente para transportar nosso conhecimento do mundo da realidade para o mundo d e nossos desejos. A carga é maior do que ela pode sustentar. Use a falácia sempre que precisar de mais autoridade para aquilo que está afirmando. Os números que você citar evocarão por trás de si um exército de cientistas em jalecos brancos e médicos dedicados com seus estetoscópios pend pendura urado doss ao ao pes pesco coço ço.. O exérci exército to invisí invisíve vell ace acena nará rá com com seu seu sab saber er apoia apoiand ndo o cad cadaa uma das afirmações precisas feitas por você, e, se a audiência tiver tido dúvidas a seu respeito, as legiões fantasmas reafirmarão a confiança em você, ratificando os números citados. Independentemente d os méritos acadêmicos, o ensino das crianças em grupos com habilidades intelectuais similares certamente produz crianças mais equilibradas. Pesquisas rev elaram 43% menos anor malidades p sicológicas entre grupo s de...
Mata 99% de todos os germes domésticos.
(Uma afirmação válida, a menos que o restante seja constituído pelos germes causadores da febre tifóide.)
(Apenas não lhes conte que as anormalidades incluíam auto-estima, competitividade competitividade e o desejo de aprender.)
A falsa precisão é tão necessária para a felicidade contínua de muitos acadêmicos quanto o dinheiro público e o uísque. Departamentos inteiros flutuam sobre ela, assim como outros o fazem sobre os outros dois ingredientes. Aqueles que estão envolvidos no estudo dos seres humanos, por exemplo, encontram pouc poucas as fitas fitas métr métrica icass por por aí. Como Como as as quali qualidad dades es reais reais das das pesso pessoas as não pode podem m ser medidas, constroem-se constroem-se índices que podem ser medidos, e em seguida os índices são apresentados como se fossem a coisa real.
Lembre-se de ser exato, especialmente quando está sendo vago. Podemos ter 90% de ce rteza de que Bloggs é c ulpado.
(E 100% de certeza de que você não é capaz de prová-lo.)
A
As criança s de Birmingh am são ma is racistas q ue as criança s de Londr es. Um estudo d as redações escritas escritas por crianças de 10 anos de idade mostrou que o grupo de Londres usou 15% menos alcunhas raciais do que o grupo de Birmingham.
falácia do jogador
POUCAS FALÁCIAS são mais mais persistentes nos círculos dos jogos de azar az ar do que a crença de que o próximo lance (ou giro, ou sorteio) sort eio) será de algum modo
n
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Como vencer todas as argumentações
A falácia do jogador
influenciado pelo precedente. precedente. Jogadores e outros são induzidos a esta falácia por confundir as chances de uma seqüência seqü ência completa com as chances de um único evento dessa seqüência. As chances de que, numa disputa de cara ou coroa, saia coroa cinco vezes seguidas é fácil de calcular. A resposta é:
retire outro ás são reduzidas de modo correspondente. Jogadores profissionais são muito bons em se lembrar de quais cartas já saíram, e em calcular como isso influencia as próximas cartas que serão tiradas do baralho. Contudo, outros jogado jogadores res são muito muito bons bons em em puxar puxar de suas suas mang mangas as o que que as as leis leis da da sort sortee e da prob probab abilid ilidade ade lhes lhes neg negara aram m na mesa. mesa. Muitos dos chamados "sistemas" de jogadores baseiam-se na falácia do jogad jogador. or. Se apos aposta tarr num numaa chan chance ce de 1 em em 2, dobr dobree a apos aposta ta após após cada cada perda perda;; ass assim im,, ao ganhar, recuperará suas perdas e terá t erá um ganho razoável. O problema deste raciocínio é que as regras da aposta máxima, ou o limite de seus próprios recursos, logo o impedirão de dobrar a aposta. (Tente o truque de duplicar sementes de trigo em cada quadrado de um tabuleiro de xadrez e verá que logo terá gasto toda a safra mundial de trigo.) Alem disso, a probabilidade é de que a seqüência necessária para derrotar esse sistema ocorra com uma freqüência suficiente para varrer todos os ganhos que você obteve esperando por ele. Só vale a pena apostar em uma regra: a casa sempre ganha. Você pode usar a falácia do jogador apelando para a crença geral inteiramente infundada de que o universo é, de algum modo, justo.
1/2 x 1/2 x 1/ 2 x 1/2 x 1/2, ou 1 em 32
Se os primeiros quatro lances, independentemente das chances, derem coroa, a chance de que o quinto lance dê coroa não é de 1 em 32, mas de 1 em 2, assim como o era para cada um dos demais lances. Os lances precedentes não afetam as probabilidades do próximo. Em eventos aleatórios ou fortuitos, cada lance é separado dos precedentes ou dos posteriores. A maior parte dos jogadores casuais, vendo sete coroas em seguida, apostaria tudo em que o próximo daria cara, pois é i mprovável a saída de cinco coroas seguidas. O jogador profissional provavelmente apostaria em coroa novamente, suspeito de uma moeda adulterada. Deu vermelho 13 vezes nas Œltimas 20 rodadas. Isso significa que vir‡ uma seqŠ•ncia de pretos para compensar. Estou apostando no preto. preto. (Se a mesa ˆ honesta, as chances de que dŒ preto continuam sendo, como antes, as mesmas chances de que dŒ vermelho.)
H‹ uma cren‰a amplamente disseminada na vida cotidiana de que a sorte de algum modo terminará por se equilibrar. Existe um sentimento geral de que, depois de dois fracassos, as chances de sucesso aumentam. Mas não é assim. Se os acontecimentos são genuinamente aleatórios, não há razão para supor que duas perdas aumentem as chances de uma vitória. Se, como é mais comum, os resultados refletem o caráter e a competência do agente, os dois insucessos começam a estabelecer uma base para um julgamento.
Estou Estou apoia apoiando ndo Hillar Hillaryy Clinto Clintonn dessa dessa vez. vez. N‚o N‚o „ poss‰ve poss‰vell que que ela ela esteja esteja errad erradaa todas todas as vezes. ( poss†vel sim.)
Uma área na qual os acontecimentos precedentes de fato influenciam os subseqüentes é na retirada de cartas de um baralho limitado. Obviamente, Obviamente, quando se retira' um ás de um baralho de 52 cartas contendo 4 ases, as chances de que se
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Meu argument argumentoo para para evita evitarr o oeste oeste da Esc†c Esc†cia ia „ que l‡ choveu choveu em cerca cerca de metad metadee dos dos verŽes deste s„culo. J‡ que o clima esteve bom nos Œltimos dois anos, „ prov‡vel que chova este ano. (As coisas mudam, mesmo no oeste da Esc‡cia.) Pode ser que você ache a falácia do jogador especialmente útil para persuadir as pessoas a concordar com você a despeito de um registro anterior indicando que a sorte não está envolvida na questão.
Proponho esta candidata para nossa nova secret‡ria. Eu sei que as Œltimas tr•s que indiquei eram totalmente incompetentes, mas isso „ mais uma raz‚o para supor que eu j‡ tive tive a minh minhaa parc parcela ela de azar azar e terei terei sort sortee dest destaa vez. vez. (Isto cheira a um mau julgamento disfar‰ado de m‹ sorte. A probabilidade ˆ de que a nova escolha seja bonita e igualmente incompetente.) Os Œltimos quatro advogados com os quais fiz neg†cios eram trapaceiros. Este certamente ser‡ melhor. (Sem chance.)
Como vencer todas as argumentações
A falácia genética
A, FALÁCIA genética não tem nenhuma relação com Darwin ou Mendel, mas está ligada l igada a não gostar de onde um argumento provém. provém. As pessoas pess oas dão menos crédito a visões que provêm das pessoas que detestam, independentemente do mérito que as visões em si de fato têm. Toda vez que você descarta um argumento ou uma opinião por não gostar de sua fonte, você comete a falácia genética. Esta falácia é às vezes chamada de "amaldiçoando a origem", e podemos assumir que o argumento é enviado para o inferno j unto com sua fonte.
Não fique obcecado com pontualidade. Quem quer ia que os trens fossem pontuais era Mussolini. (As opiniões de Mussolini sobre os trens, quaisquer que fossem, dificilmente con stituem um argumento relacionado à pontualidade. Os homens maus, especialmente os prolixo prolixos, s, sente sentem-se m-se quase quase forçad forçados os a dizer dizer ocasio ocasional nalmen mente te algo algo certo, certo, mas mas um um chimpanzé digitando aleatoriamente poderia escrever Hamlet. Sem dúvida, Hitler defendia a segurança nas estradas e desaprovava o câncer. Mussolini pode ter tido sorte no assunto dos trens.)
A falácia genética comete o erro de supor que a fonte de um argumento Meta sua validade. Pessoas inteiramente perversas às vezes proferem argumentos meritórios, enquanto os santos não são imunes à tolice. O argumento vale por si mesmo — sua força ou sua debilidade não deriva de sua fonte. Esta falácia é com freqüência encontrada medrando na estufa das idéias em voga. Uma visão oriunda de uma fonte atualmente em voga tem credito, mas a mesma visão seria rejeitada se proviesse de alguém menos popular no momento. As objeções ao novo quadro de horários do ônibus do Conselho provêm de empreendedores particulares e podem ser ignoradas.
(Por quê? Empreendedores particulares têm opiniões ou idéias legítimas sobre tais questões. Eles ainda são considerados as ovelhas negras no mundo da política regional. Se as mesmas objeções viessem de um grupo ecológico, poderiam ter sido ouvidas com mais simpatia.)
Em nenhum outro lugar a falácia genética é mais amplamente encontrada 'que relacionada r elacionada às supostas visões de algumas poucas figuras universalmente detestadas. A associação do nazismo de Adolf Hitler Hitl er a uma visão é geralmente • suficiente para amaldiçoá-la. Seus predecessores, Gêngis Khan e Atila, o rei dos
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Restrição semi-oculta
hunos, deixaram poucos escritos, mas há muitas visões atribuídas a eles. Em raros casos, o nome daquilo que é odiado torna-se um adjetivo, e a simples qualificação de uma idéia como "maquiavélica" ou "nazista" é suficiente para remover da cabeça de pessoas decentes qualquer intenção de considerá-la. Manipular os genes é um discurso fascista. Isso é o que Hitler tentou fazer. ( Na verd verdade ade,, ele ele defe defend ndeu eu a repr reprod oduçã ução o do do que que consi consider derava ava uma uma raça raça super superio ior, r, o que não é necessariamente a mesma coisa que tentar eliminar determinadas enfermidades enfermidades por manipulação genética. Diante de sua conhecida associação, é surpreendente que a atividade de criação de cavalos de corrida e a criação de cães tenham ido tão longe quanto foram. Quanto a isso, volkswagens e rodovias também parec parecem em ter ido muito muito bem.) bem.)
Para usar a falácia genética com efeito devastador, tudo o que você precisa fazer é destacar que seu oponente está repetindo argumentos que foram propostos pela pela prime primeira ira vez na na Alema Alemanha nha nazista nazista e depois depois adotad adotados os por por Augus Augusto to Pino Pinochet chet e Saddam Husseín. Você, por outro lado, está defendendo pontos de vista primeira primeiramen mente te apre apresen sentado tadoss por por Madre Madre Teresa, Teresa, pela princes princesaa Diana Diana e por Mary Mary Poppins...
Restrição semi-oculta
NUMA NUMA RESTRIÇÃ RESTRIÇÃO O semi-o semi-ocult culta, a, as palavras palavras em si si mesma mesmass express expressam am uma afirmação restrita, mas a ênfase e a formulação são tais que as restrições são atenuadas. Embora os limites estejam estabelecidos, a audiência mal os percebe, dirigindo-se para uma discussão sobre uma asserção mais geral. Praticamente a absoluta absoluta totalidade totalidade dos casos de expansão expansão monetária é seguida, depois de 16 meses, por, uma concomitante elevação geral dos preços com as mesmas proporções. (Esta é a afirmação clássica do sadomonetarismo. sadomonetarismo. Atente para a primeira palavra –
ninguém mais o faz.) Neste Neste exem exemplo plo,, a palavr palavraa restri restritiva tiva "prati "praticam cament ente" e" é sem semi-oc i-oculta ulta pela pela ênfas ênfasee conferida na expressão "a absoluta totalidade dos casos". Se surgirem casos embaraçadores que não sigam a regra, quem fez a afirmação sempre poderá se resguardar na ressalva e alegar que a afirmação não pretende abarcar todos os casos.
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Como vencer todas es argumentações
Cercando sua posição
Há uma falácia inerente em fazer uma afirmação restrita e em seguida encetar uma discussão como se se tratasse de uma afirmação geral. A importante informação de que a afirmação não se aplica a todos os casos é excluída da consideração. O fato de que a limitação seja expressa não elimina a falácia. É o fato de que a ressalva esteja semi-oculta que faz que não seja notada e exclui uma informação relevante.
nos que não se ajustam. Ao ouvir uma afirmação restrita, como "A maioria dos chefes flerta com suas secretárias", muitas pessoas se verão pensando nos casos dos quais souberam. Poucas pessoas são imediatamente impelidas a pensar nos chefes que não fazem isso. Você pode usar essa propensão para que as pessoas extraiam de suas asserções mais do que aquilo que você está de fato afirmando.
A conexão entre fenômenos sobrenaturais e transtornos psicológicos está agora claramente estabelecida. Em quase todos os casos inexplicáveis de objetos que se quebram e se movem há um jovem perturbado na casa.
Exteriores ou nos serviços de segurança no final da década de 1940 1940 revelaram-se espiões e traidores. Por que não reduzimos nossas perdas, demitimos o restante e não contratamos mais nenhum?
(E, já que ninguém sequer notou o "quase", não precisamos falar sobre os demais casos.)
levados a pensar naqueles que foram expostos e sobre os quais leram, e não nos que
A restrição semi-oculta é amplamente amplamente usada para sustentar meio argumento. Quando há uma lacuna nas evidências que sustentariam uma conexão complexa, a falácia faz um remendo sobre a fenda. A ciência e a filosofia não admitem exceções não explicadas. Newton não teria ido muito longe dizendo-nos que os objetos são usualmente atraídos uns pelos outros devido a uma força inversamente pro propo porc rcio iona nall ao quad quadra rado do da dist distâ ância cia entr entre e eles eles.. No dia-a ia-a-d -dia ia,, por porém ém,, som somos os menos rigorosos, e a falácia encontra espaço para fazer que uma afirmação parcial pareça pareça uma afirmaç afirmação ão comp completa leta.. Palmeiras normalmente não não crescem na Inglaterra, então esta árvore tem de ser de alguma outra espécie. ( Normalm Normalmente ente,, ele estaria estaria certo, certo, mas mas há exceções. exceções.))
As propostas de engenharia social com c om freqüência se baseiam em asserções incompletas concernentes ao modo como os seres humanos geralmente se comportam. A maioria dos crimes é cometida por jovens, e quas e todos os delinqüe ntes juvenis vêm de lares desfeitos. A solução para a crescente criminalidade não é o aumento do policiamento, mas a instauração de mais centros de aconselhamento familiar. ( Talvez seja. Esperemos que a equipe seja tão qualificada quanto o argumento.) argumento.)
Há um traço comum que o ajudará a aplicar impunemente restrições semiocultas. Este traço é a propensão comum a pensar nos casos que se ajustam, e não
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Quase todos os homens de Cambridge que trabalhavam no Ministério das Relações
(Aqui, "quase todos" parece significar um punhado ou talvez três, mas todos serão
não foram.)
Cercando sua posição CERCAR É fincar argumentos ao redor como em torno de uma plantação para evitar que seja pisoteada. Cercar na argumentação significa abrigar-se por trás de significados ambíguos a fim de que o sentido possa ser modificado posteriormente. ("Eu disse que a última coisa que queríamos no Oriente Médio era uma guerra generalizada, e ainda penso assim. O que está havendo é uma guerra restrita...") A cerca envolve a preparação antecipada para um refúgio na definição. As pala palavr vra as e as fras frases es são são cuid cuida adosa dosam mente ente esco escolh lhid idas as de modo odo que que se se deix deixe e em em aberto a opção de uma alteração das definições. Argumentos e exemplos em oposição ao argumentador inesperadamente encontram uma barreira, enquanto sua presa pode ser avistada num terreno diferente. ("O que eu disse foi que estaria em casa num horário razoável. Acho que três da madrugada é uma hora razoável, considerando-se o que eu estava fazendo.") A cerca é falaciosa porque emite duas ou mais afirmações diferentes à guisa de uma. As interpretações alternativas vêm de modo clandestino, como os companheiros de Odisseu, presos sob as ovelhas para se confundir com elas. A esperança é que o ouvinte, como o Ciclope cego, não perceba a diferença. O efeito da cerca é tornar inútil a informação que pretende transmitir. Os adivinhos seriam almas infelizes sem a cerca para lhes conceder mais de uma chance. Assim como você se garante num jóquei-clube fazendo apostas em mais de um cavalo, também nas profecias você pode apostar em mais de um resultado.
Hominem [abusivo], argumentum ad
Como vencer todas as argumentações
Sê sanguinário, audaz e resoluto; ri com escárnio do poder do homem, pois ninguém que
Ho mi nem (abusivo), argumentam ad
tenha nascido nascido de um a mulher jamais poderá fazer mal a Macbeth'" .
SE VOCÊ não tem como atacar o argumento; ataque o argumentador. Embora
( A cerca, no caso, foi que as bruxas deixaram de dizer a Macbeth"'. que essa descrição não se aplicava àqueles que, como Macduff, houvessem nascido mediante operação cesariana. Ele descobriu isso depois que uma enorme cerca passou de Birnam a Dunsinane.)
um insulto não seja em si mesmo falacioso, ele o é quando perpetrado de modo calculado com o objetivo de solapar o argumento de um oponente e encorajar a audiência a lhe conferir menos valor do que merece. Quando se faz isso, cometese o famoso argumentum ad hominem abusivo.
A maioria dos oráculos e dos agentes de seguros é notória por seu uso da cerca: alguns as estendem a limites inimagináveis. As centúrias de Nostradamus são tão obscuras e podem ser traduzidas de tantas maneiras que podem usadas para predizer predizer literal literalmen mente te qualque qualquerr coisa. coisa. As pessoa pessoass afirma afirmam m encont encontrar rar nelas nelas a previsão previsão mais mais espant espantosam osamente ente detalhada detalhada e precisa precisa do futuro futuro.. Não só Napole Napoleão ão e Hitler, mas até mesmos papas e políticos recentes emergem de suas páginas. Como em todas as profecias cercadas, porém, há sinais denunciadores. As pessoas são muito boas em encontrar nos escritos de Nostradamus referências àquilo que já aconteceu, mas não têm êxito em encontrar relatos precisos do que irá acontecer. Há também uma notável consistência em como as eras subseqüentes descobriram que muitas de suas profecias faziam sentido em seu próprio curso. A desonestidade é um aspecto essencial da cerca. A ambigüidade é inserida deliberadamente com a intenção de enganar e com o propósito de provar que proferidor estava estava certo, certo, qualque qualquerr que seja o resultad resultado. o. A cigana cigana que lê a sorte sorte o proferidor nos parques de diversões abriga-se incólume detrás de sua cerca dizendo-lhe que você está destinado a viajar (mesmo que seja apenas no ônibus de volta para casa). O economista se esconde preferivelmente atrás da cerca afirmando que as coisas ficarão piores, a não ser que haja uma grande mudança na economia internacional (quando elas melhoram, é porque houve urna grande mudança na economia internacional). Cercar requer planejamento. Poucas pessoas são capazes de formular frases ambíguas de improviso; há maior possibilidade de as encontrarmos em declarações prepar preparadas adas que em coment comentário árioss impro improvisa visados dos.. Você Você deve deve acum acumula ularr uma uma bagag bagagem em de frases que pareçam bastante claras sob um ângulo mas estejam providas de uma cerca quando nos aproximamos delas.
O Dr. Green argumenta em favor da fluoretação. O que ele não nos conta é que ele é o mesmo Dr. Green que, dez anos atrás, publicou artigos em favor da eutanásia e do infanticídio.
O cheque será depositado diretamente na sua conta bancária. ( Quando?)
*** William Shakespeare, Shakespeare, M ac be th" '. , , iv, i, 79-81.
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( A menos que este argumento sustente que o fluoreto matará os idosos e as crianças com maior eficácia, é difícil ver como pode afetar os argumentos contra ou a favor da fluoretação.)
Aqui, a falácia, como a rfaioria delas, consiste em que o argumento não é tratado com base em seu mérito. Os argumentos argumentos se sustentam ou não se sustentam por suas suas própri próprias as qual qualida idades des.. Estrita Estritame mente nte falando falando,, os mérito méritoss do do argum argument entado adorr não entram no processo. Nem mesmo a esfera das relações públicas está sempre errada. O argumento ad hominem abusivo só tem efeito porque relutamos em supor que um argumento bom e sensível possa advir de uma fonte má e estúpida. Trato agora do argumento do professor Robinson em favor de fundir os dois colégios. Longe de mim mim querer revolver feridas feridas antigas referindo-me referindo-me à condenação condenação do professor professor há três anos por dirigir embriagado, mas ternos de nos perguntar... ( Note a
negaç negação ão por por mera mera form formalid alidade ade.. Isso é geralm geralmente ente um sinal sinal de um um argu argumen mento to
ad hominem abusivo: "Eu não quero parecer um gato, mas — miau!") Esta falácia tem muitas formas, algumas delas tão especializadas que são identificadas e nomeadas como falácias separadas. O uso eficaz requer unia tentativa audaciosa de fazer que o abuso pareça ter alguma importância para o assunto em consideração. Advogados, ao interrogar depoentes hostis, trilham uma linha fina entre "estabelecer o caráter de uma testemunha" e um simples argumento ad hominem abusivo para desacreditar o testemunho. Similarmente, o recurso a depoimentos para estabel estabelecer ecer o carát caráter er do do réu réu com com freqüênci freqüênciaa pode pode extra extrapol polar ar a linha linha e passar passar ao território da falácia. A arena política é um território fértil no qual algumas falácias brotam como ervas daninhas e outras como flores cuidadosamente cultivadas. O argumento ad hominem abusivo é rotineiro nas réplicas parlamentares.
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Como vencer todas as argumentações
Eu gostari gostariaa de de lembra lembrarr casa casa que, que, quando quando meu inquir inquirido idorr estav estavaa no no cargo, cargo, o desem desempreg pregoo e a inflaƒ‚o duplicaram e os sal‡rios ca‰ram quase tanto quanto os preƒos subiram. E ele tem a aud‡cia de me interrogar sobre o futuro da indŒstria de mineraƒ‚o. (Sem coment‹rios que ˆ o que ele est‹ dizendo por meio de um circunl‡quio.)
Algumas das piores qualidades do debate parlamentar podem ser deixadas às portas portas da impren imprensa. sa. Enquant Enquanto o hou houver ver jornalis jornalistas tas sicofan sicofantas tas dispo disposto stoss a louvar louvar um argumento ad hominem abusivo como uma "esplêndida resposta", haverá políticos maquinando noite adentro para compor suas pérolas. Eles estão representando para para sua sua platéi platéia. a. As regras a ser lembradas ao cometer esta falácia são que os fatos hostis devem, sempre que possível ser introduzidos com aparente relutância, e deve-se fazer que isso recaia na questão de se o seu oponente merece consideração por parte de uma audiência tão digna e séria como essa à qual ambos se dirigem. … com imen imenso so pesa pesarr que que divu divulgo lgo c†pia c†piass dess dessas as fotog fotogra rafia fiass e car carta tas. s. Pergun ergunto to-lh -lhes es se este este conselho pode ser visto como sendo influenciado em sua pol‰tica em relaƒ‚o nova ponte suspensa por um homem cujo comportamento com uma menina de 11 anos insulta todos os padrŽes de comportamento pŒblicos e privados que n†s, como um conselho, temos o sagrado dever de defender.
(Cuidado com o golpe baixo.) Huminem
(circunstancial), argumentum ad
NO ARGUMENTUM ad hom inem circunstancial apela-se Žs circunst”ncias especiais da pessoa com a qual se argumenta. Em lugar de tentar provar que a tese defendida é verdadeira ou falsa com base em evidências, sua aceitação é exortada em virtude da posição e dos interesses daqueles aos quais o apelo é dirigido. Voc• n‚o pode aceitar a legitimidade do empr„stimo visando ao lucro. Voc• „ um crist‚o, e Cristo expulsou os agiotas do templo. (Este nŠo ˆ um argumento geral. Pode ser que nŠo cause grande impacto sobre um hindu ou um judeu, por exemplo. O ouvinte ˆ induzido a concordar por suas convic‰“es cristŠs.) De modo similar, pode-se solicitar que as pessoas aceitem uma visão em razão de suas circunstâncias como membros membros do partido político políti co que as sustenta. Nesta
Hominem (circunstancial), argumentum ad
versão da falácia, o erro ocorre ao se inserir a posição particular da audiência naquilo que é defendido como uma verdade aceita de modo geral. Embora essas táticas possam de fato convencer aquela audiência em particular, não estabeleceriam se aquilo que se defende é certo ou errado, nem a verdade ou a falsidade de um asserção.
Ningu Ningu„m „m nesta nesta audi audi•nc •ncia ia da da univ universi ersida dade de pode pode se opor opor conc concess‚ ess‚oo de verbas verbas estadu estaduais ais para para subs subsid idia iarr ser serviƒ viƒos os,, cas casoo contr‡ contr‡rio rio voc• voc•ss n‚o n‚o esta estaria riam m aqui, aqui, ocupa ocupand ndoo um espa espaƒo ƒo subsidiado. (Na verdade, os estudantes se op“em a outras subven‰“es estaduais.) Uma variante da .falácia descarta as opiniões de uma pessoa como re presen presentand tando o apenas suas circunstâncias especiais. Ela assume que um executivo de uma companhia de petróleo, ao expressar uma opinião sobre o futuro do provi provime mento nto de energ energia, ia, só pode pode reflet refletir ir o intere interess ssee de de sua sua comp compan anhia hia.. Em prime primeiro iro lugar, o executivo pode muito bem ter opiniões independentes diferentes das visões da companhia. Em segundo lugar, não há nada que indique que a visão da companhia não seja correta, ainda que possa ser voltada para o interesse próprio, Nesta Nesta vers versão, ão, a falá falácia cia surge surge devido devido à teme temerár rária ia desqua desqualific lificaçã ação o de de elem element entos os possi possive velm lment entee rele relevan vantes tes,, bem bem como como à inser inserção ção de eleme elemento ntoss irrel irrelev evant antes, es, como como as circunstâncias da audiência. Mesmo que se possa mostrar por que um oponente pensa pensa do do mod modo o como como pensa, pensa, isso não mostra mostra que ele esteja esteja erra errado do.. ("Com ("Como o um um amante da ópera, você será o primeiro a concordar que precisamos de mais subsídios para as artes.") O apelo a circunstâncias especiais ocorre em argumentos dirigidos a audiências compostas de especialistas. A expressão norte-americana building a constituency refere-se com freqüência ao processo de reunir vários grupos de interesses, todos eles fornecendo apoio em razão de suas circunstâncias especiais. Um polític político o habi habilid lidoso oso,, se inescr inescrupu upulos loso, o, pode poderia ria formu formular lar uma uma base base dirigin dirigindo do sua argumentação não ao bem comum da sociedade, mas às circunstâncias especiais dos funcionários públicos, aos sindicatos, aos beneficiários da previdência social, às minorias étnicas ou aos grupos envolvidos na política sexual. O caráter certo ou errado do programa não precisa ser considerado caso se possa apelar a suficientes circunstâncias especiais. Ambas as versões do argumentum ad hominem circunstancial podem ser usadas de modo vantajoso. Você pode empregar a primeira versão com respeito às circunstâncias que são amplas o bastante para incluir grandes audiências. ("Vocês, como membros membros da classe trabalhadora, aprovarão...") Ser-lhe-á especialmente
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Como vencer todas as argumentações,
lgnorantiam, lgnorantiam, argumentum ad
útil a adesão nominal à Igreja cristã. Muitas pessoas gostam de pensar que são cristãs, embora não gostem das obrigações que o cristianismo rigoroso imporia. Assim, quando você alegar que, como pessoas cristãs, não poderiam se opor às suas opiniões, elas serão forçadas a uma aquiescência relutante e ressentida que você jamais obteria de outro modo. A segunda versão é espetacular para a rejeição das evidências dos especialistas contra você. Um especialista é alguém que pertence a um campo, e, deste modo, suas representam apenas suas circunstâncias como alguém que está envolvido. Por conseguinte, quando o urbanista refuta suas afirmações sobre urbanismo, quando o especialista em petróleo mostra que suas opiniões sobre energia são absurdas, e quando o empresário empresário expõe a limitação de sua visão sobre negócios, você sorri docemente e comenta: "Ele não poderia dizer outra coisa, poderia?"
malmente não incida sobre a verdade ou a falsidade de tal afirmação. A falácia consiste na intervenção de fatores irrelevantes, sob a forma de nossa própria ignorância, num argumento que trata de outra coisa. É notavelmente notavelmente difícil provar que algo existe, especialmente quando se trata de uma criatura acanhada que se esconde timidamente nas profundezas de um lago escocês, nos recônditos de montanhas selvagens ou nas brumas do terceiro planeta do sistema Cygni-61. Você pratic praticam ament entee tem tem de depara depararr com com uma uma.Ain .Ainda da assim assim,, serão serão necess necessári árias as abu abunda ndante ntess evidências documentadas para convencer os outros. Provar a não-existência é ainda mais difícil. Você tem de examinar todo o universo simultaneamente para ter certeza de que seu objeto de investigação não está se escondendo em alguma alguma parte dele. Não é de surpreender que esse feito raramente tenha êxito e, portanto, nos deixe com espaços abertos densamente povoados povoados com argumentos ad ignorantiam e os demais produtos de nossa imaginação.
lgnorantiam, lgnorantiam, argumentum ad
SÓCRATES FOI considerado pelo oráculo o mais sábio dos homens porque era o único que sabia quão ignorante era. O conhecimento da ignorância pode ter sido bom bom para ara mante anterr a modés odéstia tia de Sócra ócrate tes, s, mas con constit stitui ui uma uma base ase ruim ruim para para a dedução. O argumentum ad ignorantiam é perpetrad perpetrado o quando quando usam usamos os nossa nossa falta de conhecimento sobre algo para inferir que o oposto é verdadeiro. Fantasma s de fato exis tem. Equip es de pesqu isa dedicaram muitos anos e milhões d e libras esterlinas tentando provar que eles não existem, e nunca tiveram sucesso. ( O mesmo provavelmente poderia ser dito sobre a lâmpada de Aladim e as perspectivas de paz mundial.)
A versão positiva do argumentum ad ignorantiam afirma que o que não foi refutado tem de acontecer. Há, além disso, uma forma negativa que declara que o 'que não foi provado não pode ocorrer. Falar de formas de vida ext raterrestres é absur do. Sabemos que não existe nenhuma, pois todas as tentativas de determinar sua existência fracassaram. ( O que também é verdade sobre o Pé-Grande, o monstro do lago Ness e a integridade da mídia.)
Em ambas as versões da falácia apela-se à ignorância. Ela é invocada para ,dar sustentação para a afirmação, ainda que nosso próprio conhecimento nor-
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Amigo, percorri a galáxia de um lado ao outro. Vi muitas coisas estranhas, mas nunca vi nada que me levasse a acreditar que haja uma força onipotente controlando tudo.
Evidentemente, há casos nos quais nossa falta de conhecimento de fato influencia nosso julgamento; julgamento; eles ocorrem quando seria de esperar que q ue tivéssemos o conhecimento se a coisa fosse verdadeira. Poder-se-ia corretamente rejeitar a afirmação de que o estádio do Maracanã foi engolido inteiro por um monstro de lama caso não houvesse relatos disso nos jornais, nenhuma testemunha na televisão, nenhum alvoroço nas ruas ou nenhuma das evidências que presumivelmente acompanhariam tal acontecimento. O argumentum ad ignorantiam assemelha-se a um manto para cobrir as crenças nuas daqueles que estão predispostos a dar crédito a coisas extraordinárias. Sob seu calor confortante oculta-se uma disseminada crença popular na telepatia, em fenômenos sobrenaturais, na possessão demoníaca, em pirâmides mágicas, triângulos das Bermudas e na inocência do tabaco. ("A violência na televisão não causa nenhum dano. Nenhuma das pesquisas jamais conseguiu provar que seja nociva.") O argumentum ad ignorantiam é útil se suas visões não seguem a opinião aceita. Você pode persuadir os outros a partilhar noções bizarras apelando à falta pequenaa dificu dificuldad ldadee pode pode ser ocasio ocasionad nadaa de evidências do contrário. Apenas uma pequen pela pela abun abundâ dânci nciaa de de evidê evidênci ncias, as, em muitos muitos casos, casos, que provam provam que você você está está errad errado: o: você deve rejeitar as evidências empregando outros argumentos ad ignorantiam para mostrar mostrar que ninguém ninguém provou provou que que as as evidê evidência nciass fosse fossem m de de fato fato confi confiáve áveis. is. Deste modo, você será capaz de sustentar uma visão preconcebida das coisas a despeito de toda a sensatez e de toda a experiência. Quando for perito nisso, poderá
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Como vencer todas as argumentações
acrescentar as letras "ad ign." depois das que representam sua pós-graduação em sociologia. Afinal, ninguém pode provar que você não pode. Ignora Ignora tio tio elench elenchii
IGNORATIO IO elenchi é uma das mais antigas falácias conhecidas, identificada A IGNORAT primeiram primeiramente ente por Aristó Aristóteles teles.. Quando Quando alguém alguém acredita acredita estar estar provand provando o uma uma coisa mas, em vez disso, termina por provar alguma outra, comete a ignoratio elenchi. Seu argumento não só sai do assunto, mas também se dirige a uma outra conclusão. Sustentarei minha oposiƒ‚o a esta medida que permitiria que as pessoas sa‰ssem da escola mais cedo provando mais uma vez o valor da educaƒ‚o. (Provar o valor da educação nŠo prova o argumento contra a antecipa‰Šo da sa†da. Talvez Talvez seja neces necess‹ria s‹ria alguma alguma educa‰Šo educa‰Šo,, e nŠo nŠo apenas apenas horas horas de de escola, escola, para para ver ver a diferen‰a.)
A tese que que se prova prova não não é relevant relevantee para para a tese tese que que o argume argumentad ntador or tenta tentava va prova provar, r, e é por por isso isso que que esta esta falác falácia ia é às às veze vezess cha chama mada da de falác falácia ia da tese tese irre irrelev levan ante. te. A falácia consiste em supor que uma conclusão equivale à outra, quando, na verdade, representam coisas diferentes. Os argumentos que sustentariam a prime primeira ira conclu conclusão são são omitid omitidos os,, e aque aqueles les que susten sustentam tam a conc conclus lusão ão irrele irrelevan vante te são inseridos no lugar daqueles. Por que meu cliente poderia ter encomendado o assassinato? Provei acima de qualquer dŒvida que ele nem mesmo estava no pa‰s na ocasi‚o. ( Muito Muito bem. Isso prova que ele nŠo encomendou o assassinato antes de viajar ou por telefone?) A falácia ignoratio elenchi tem um apelo sutil. Sua força está no fato de que uma conclusão é provada de modo válido, ainda que seja a conclusão errada. Quem quer que se concentre no argumento pode muito bem achar que sua solidez desvia a atenção da falta de relevância da conclusão.
Jogar Jogar „ unia unia ocupaƒ ocupaƒ‚o ‚o dign digna? a? Acred Acreditem item,, n†s n†s n‚o n‚o s† s† traba trabalha lhamos mos tanto tanto quan quanto to qua qualqu lquer er outra pessoa, como at„ mais. Jogar exige horas de estudo todos os dias, al„m do tempo que se gasta jogando. (Est‹ certo, ˆ um trabalho duro. Mas, afinal, ˆ digno?)
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Ignoratio elenchi
A ignoratio elenchi faz sua breve — porém geralmente bem-sucedida aparição sempre que alguém acusado de fazer algo que de fato fez está inteiramente prepar preparado ado para para nega negarr algum algumaa outr outraa coisa. coisa. É uma uma carac caracter terísti ística ca cent central ral de todos todos os pontos tocados pelos círculos jornalísticos e políticos. O uso da falácia tem um caráter quase ritual. Seja sob a claridade constante das luzes de um estúdio, ou sob os clarões dos flashes das câmeras nas ruas, a pequena peça é encenada. O ansioso jorna jornalis lista ta solen solenem emen ente te acu acusa sa o gran grande de home homem m de uma uma cois coisa, a, e ele, ele, com com a mesm mesmaa solenidade, mostra que ele não fez outra coisa.
ˆ N‚o N‚o „ verda verdade, de, minis ministro tro,, que que o sen senho horr perm permiti itiuu que que o pad padr‚o r‚o de vida vida dos dos pobres pobres ca‰sse ca‰sse em termos reais? O que fizemos foi aumentar em 3,7% o aux‰lio a mulheres dependentes sem filhos e em 3,9% o aux‰lio a viŒvas com dois filhos, ambos os aumentos maiores que os que nossos oponentes jamais obtiveram num Œnico ano de seu mandato.
Na atmosf atmosfera era mais mais bran branda da de uma uma entre entrevist vistaa em em estúdio estúdio,, o grande grande homem homem com freqüência dará asas a sua desfaçatez, com trombetas reais anunciando sua ~►,. ignoratio elenchi: ˆ Bem, Bem, Joh John, n, esta esta n‚o n‚o „ real realme mente nte a ques quest‚o t‚o.. O que fizemos foi... apostar que essa essa com certeza nŠo ˆ a questŠo.) (E vocŒ (E vocŒ pode apostar
Obviamente, você pode usar a falácia para propósitos defensivos. Sua audiência ficará tão impressionada com todas as coisas que q ue você pode provar não ter feito que sua atenção poderá se afastar das coisas que você fez. Quanto mais trabalhosas e detalhadas forem suas provas, menor a chance de que alguém se lembre daquilo de que você efetivamente estava sendo acusado. Você também pode usar a falácia numa função de ataque, provando todos os tipos de coisas exceto as que realmente importam. Há muitas coisas que podem ser demonstradas sobre as armas nucleares, a caça a animais e o açúcar refinado que não são relevantes para o tópico central de se outras pessoas devem ser impedidas de fazer coisas que você não aprova. Correr em pŒblico deve ser proibido. H‡ estudos que mostram que po de aumentar os riscos saŒde em vez de diminu‰-los. ( Mesmo que fosse verdade, isso seria um argumento para proibir correr em pblico? Parece que o principal efeito adverso nŠo diz respeito Ž sa•de do corredor, mas Ž consciŒncia do orador .)
Humor irrelevante
Como vencer todas as argumentações
Processo ilícito HÁ UMA regra em relação aos argumentos que nos diz que, se um termo na conçlusão se refere ao todo de sua classe, então as evidências que apontam para a conclusão também têm de se referir a toda a classe. Não podemos chegar a uma conclusão sobre "todos os funcionários do estado", por exemplo, a menos que comecemos com algum conhecimento que se aplique a todos eles. Saber que alguns funcionários do estado são culpados dessa ou daquela prática não justificará que cheguemos a conclusões sobre todos eles. Considera-se que os argumentos que violam esta regra incorrem na falácia do processo ilícito. Todos os coletores de impostos são funcionários públicos, e todos os coletores de impostos são cruéis; lo go, todos os funcionários pú blicos são crué is. (Excessivamente severo. Pode haver algum, em algum lugar, que seja apenas um pouco pouco opressi opressivo. vo. A falácia falácia cons consiste iste em que nos nos refer referimo imoss a todos os funcionários público públicoss na conclu conclusão são,, mas mas a premis premissa sa nos nos diz diz apen apenas as que que os coletor coletores es de de impos impostos tos são alguns deles.)
O argumento que usa o processo ilícito tem de ser falacioso porque faz afirmações não-embasadas. Embora as premissas falem apenas de alguns membros de uma classe, a conclusão introduz, pela primeira vez, todo o restante daquela classe. Em outras palavras, tentamos chegar a conclusões sobre coisas sobre as quais não temos evidências, e cometemos uma falácia ao fazê-lo. Há ainda outra versão do processo ilícito cuja identificação é mais difícil: Todos os ciclistas são pessoas econômicas, e nenhum fazendeiro é ciclista; logo, nenhum fazendeiro é uma pesso a econôm ica. (Isto parece se ajustar aos fatos que observamos, mas é uma falácia. Poderíamos, do mesmo modo, dizer: "Todos os ciclistas são mortais". Isto nos daria a nítida impressão de que os gordos fazendeiros estariam dirigindo seus enormes carros para sempre.)
A fonte da falácia, neste exemplo, é que a premissa nos diz que os ciclistas são
alguns membros da classe das pessoas econômicas. A conclusão, por outro lado, nos diz que a classe inteira não possui um único fazendeiro contido nela. Nova Novame mente nte,, a faláci faláciaa é um proc process esso o ilíc ilícito ito.. Esses termos que abrangem toda a classe são chamados "termos distribuídos", e há uma regra para encontrá-los. Os enunciados universais, que falam sobre"todos" ou "nenhum", têm sujeitos distribuídos; os enunciados negativos, que nos dizem
o que não se aplica a um caso, têm predicados distribuídos. No exemplo acima, a expressão "pessoas econômicas" econômicas" é distribuída na conclusão, já que é o predicado de uma proposição negativa. Na premissa, porém, ela é não-distribuída, não sendo nem o sujeito de um universal nem o predicado de uma proposição negativa. Isso parec parecee com compl plica icado do,, mas mas a reg regra ra o tor torna na simple simples. s. Voc Vocêê logo logo verá verá quais quais conc conclus lusões ões tentam abarcar toda uma classe sem nenhuma informação que justifique isso. Para maravilhar por completo seus amigos, chame a falácia de "ilícita menor" quando o sujeito da conclusão estiver injustificadamente distribuído, distribuído, e de "ilícita maior" quando o predicado da conclusão assim estiver. O uso do processo ilícito requer muito dever de casa. Você deve aplicá-lo para para susten sustentar tar conclu conclusõe sõess que que pare parece cem m plausí plausívei veiss mas mas que têm o insign insignific ifican ante te empecilho técnico de não poderem ser provadas por você. Sua habilidade no emprego do processo ilícito lhe permitirá formular argumentos baseados naquilo membros da classe fazem e, em seguida, passar discretamente para a que alguns membros conclusão sobre a classe toda. Alguns au stralianos são pessoas agradáveis , e alguns vi garistas não são pesso as agradá veis; logo, alguns australianos não são vigaristas. ( Quem sabe? Pode até ser verdade, mas é preciso muito mais que isso para prová-lo.)
Humor irrelevante A FALÁCIA do humor irrelevante é cometida quando elementos jocosos irrelevantes para o assunto considerado são introduzidos a fim de desviar a atenção dedicada ao argumento. A posiçã o de meu o ponente m e faz record ar uma hi stória... ( Que não fará a audiência recordar o argumento.)
Embora o humor entretenha e anime a discussão, também distrai. A falácia não está no emprego do humor, mas em seu uso para afastar a atenção da discussão sobre a correção da questão debatida. Uma piada pode ganhar urna audiência, mas não ganha uma argumentação. O assediador impertinente nas eleições é o maior expoente desta falácia. Seus trinados acompanham acompanham as reuniões eleitorais, muitas vezes sufocando qualquer argumentação fundamentada pela ótima razão de que são bem mais interessantes e, com muita freqüência, de um nível intelectual mais elevado. Alguns deles
Como vencer todas as argumentações
alcançam a imortalidade em livros de citações como "anônimos", especialmente se sua interjeição provocou uma resposta ainda melhor por parte do candidato. INQUIRIDOR INQUIRIDOR:: O que você sabe sobr e agricultura? Quantos dedos tem um po rco ?
NANCY ASTOR: Por que você não tira os sap atos e cont a?
Muitas vezes citada como um clássico do humor irrelevante é a facécia do bispo bispo Wilberf ilberfor orce ce ao ao deb debate aterr a evoluç evolução ão contr contraa Thom Thomas as Huxle Huxley. y. Escarn Escarnece ecend ndo o da da evolução, o bispo perguntou a Huxley: Você afirma descender de um macaco; foi pelo lado de seu avô ou de sua avó?
(A resposta de Huxley é também considerada um clássico clássico da humilhação. Ele não tinha vergonha de descender de um macaco, mas descreveu o homem que teria vergonha de ter como ancestral: um homem que, a despeito de sua instrução, procurasse obscurecer por m eio de u ma retór ica despro positad a e de apel os ao pr econceito ... )
O problema do usuário de argumentos racionais e que uma gargalhada é tão difícil de refutar quanto um sarcasmo. A audiência aprecia mais o entretenimento que o argumento. argumento. Um orador de uma seita religiosa regularmente regularmente convidava sua audiência a apresentar alguma citação bíblica conflitante com sua visão das coisas. Quando os membros da audiência concordavam, como muitas vezes fizeram, ele sempre respondia: Isso soa mais como algumas Guinesses"" do que como o Gênesis.
(O voluntário era invariavelmente desconcertado pela explosão de risos.) Aqueles que se aventuram na trilha do debate público devem carregar uma mochila cheia de piadas prontas para serem lançadas diante de uma audiência quando necessário. No mínimo, a onda de humor que atinge sua vítima diminui levemente levemente sua autoridade, e, além disso, dá a você tempo para pensar. A habilidade de produzir humor irrelevante de improviso é resultado da esperteza e da experiência. Muitos anos dedicados à assembléia de discussão de uma universidade aguçarão sua habilidade de pensar por si mesmo. A piada nem mesmo precisa ser inteligente, se proferida com estilo. Certa vez, vi um orador formular um argumento perfeitamente válido sobre vendas para países '""*'Marca de cerveja. (N. da T.)
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Lapidem. argumentam ad
autoritários de aviões capazes de transportar armas nucleares. Ele foi derrotado por por uma uma interj interjeiç eição ão que suge sugeria ria que carri carrinh nhos os de mão podia podiam m fazer fazer o mesm mesmo. o. Um estudante universitário que estava no` processo de ser censurado por graves crimes e contravenções despojou o ataque de toda a sua força encarando solenemente sua audiência e dizendo: Disponho-me a aceitar a censura e gostaria de a crescentar a ela o n ome de minha mãe, que também pensa que tenho sido um garoto muito malcriado.
(Desmoronamento do processo, em meio a um alvoroço geral.) geral.) Lapidem, argumentum ad
O BISPO Berkeley expressou a visão de que a matéria não existe separadamente. da percepção que se tem dela. Quando Boswell disse ao Dr. Johnson que essa era uma idéia impossível de refutar, a resposta do bom doutor foi chutar uma pedra pedra de modo modo que seu seu pé pé quic quicas asse. se. "Eu a refu refuto to assim assim", ", disse disse ele. ele. Ele Ele não não estav estavaa propr propriam iament entee refut refutand ando-a o-a,, mas mas ignor ignorand ando-a o-a,, pois pois as as evidê evidênci ncias as da da exis existênc tência ia da da pedr pedra, a, inc inclus lusiv ivee as as imp impres ressõe sõess que que um um chute chute contr contraa ela ela prov provoc ocam am na visão visão,, na. na. audição e no tato, são todas percebidas pelos sentidos. O tratamento do Dr. Johnson nos forneceu o nome do argumentum ad lapidem, o apelo à pedra. Ele consiste em ignorar inteiramente o argumento, recusando-se a discutir sua afirmação afirmação central. Ele é meu amigo. Não ouvirei uma palavra do que disser contra ele.
(Um símbolo da lealdade, não do conhecimento.)
Um argumento ou uma evidência não podem ser descartados por não se conformarem conformarem a uma opinião existente. Por mais que gostássemos de descartar aquilo que ofende nossa visão ordenada das coisas, é uma falácia supor que pode podem mos fazê-l fazê-lo o sem sem que que haja haja um custo custo.. Ao Ao rec recus usar ar adm admitir itir elem elemen ento toss que que poss possam am ser relevantes para uma conclusão sólida, agimos com ignorância. A ignorância é mais confiável que a correção como fonte de felicidade. O argumentum ad lapidem é muito apropriadamente denominado pelo uso dele feito pelo Dr. Johnson , pois era um de seus favoritos. Sua visão racional e equilibrada da liberdade da vontade, por exemplo, foi enunciada da seguinte forma: Nós sabemos que nossa vontade é livre, e assunto encerrado.
(Isto tende a encerrar uma discussão, como de fato pretende.) 89
Como vencer todas as argumentações
Jeremy Bentham descreveu toda a discussão sobre os direitos naturais como absurda, e a discussão sobre os direitos naturais inalienáveis como "absurdo sobre pernas pernas de pau". pau". O que dizer dizer da da Declara Declaração ção de Indepe Independê ndênci nciaa dos dos Esta Estados dos Unidos Unidos... ... Há sempre muitas pedras para chutar em campos nos quais as provas não têm base. Sempre que uma crença é indemonstrável, seus adeptos podem usar o ad lapidem.
Lazarum, Lazarum, argumentum ad
Lazarum, arg umentum ad OS POBRES podem ser fato bem-aventurados, "mas não estão necessariamente certos. É uma falácia supor que, em virtude do fato de alguém ser pobre, deve ser mais sensato ou mais virtuoso que alguém rico. O argumentum ad Laza rum, que toma seu nome do pobre Lázaro, assume que a pobreza do argumentador fortalece aquilo que defende.
A razão não serve como guia; você tem de abrir o seu coração... e então saberá.
(Isto não é terrivelmente útil para aqueles que investigam de fora a verdade de uma coisa, por mais confortante que possa ser para aqueles que sabem.)
Esta falácia ocorre bem mais do que seria de supor em ambientes universitários. Com freqüência se argumenta muito seriamente em círculos quase acadêmicos campus porque que certos livros não deveriam ser permitidos no campus por que prop propaga agam m erros erros.. Seus defensores são muito freqüentemente silenciados por berros, pois a audiência sabe que o que estão dizendo é falso, e não precisam ouvir os argumentos. Algumas organizações organizações estudantis efetivamente transformam o ad lapidem numa política de conduta, recusando-se a permitir uma determinada plataforma por tratars€ reconhecidamente de um erro — categoria que pode incluir até membros do governo eleito do país. Uma encantadora versão da falácia surgiu da pena de Herbert Marcuse. Atualmente esquecido, embora tenha sido um alto sacerdote do radicalismo tolerância pura contem contem o interess interessante ante estudantil na década de 1960, sua Crítica da tolerância pura argumento de que a tolerância pode ser repressiva porque permite a propagação do erro. Como poderíamos reconhecer o erro a fim de lhe dar fim? É fácil — adivinhe quem irá nos dizer. Quando você emprega o argumentum ad lapidem, tem de fazê-lo com a total segurança que sugere que a pessoa que apresentou o fato ou argumento ofensivo passou passou totalm totalmente ente dos limit limites. es. Como Como o juiz juiz que certa certa vez conden condenou ou um júri por "ir contra as evidências manifestas", você deve deixar claro que ele está indo além da razão. Seu oponente, extrapolando todas as opiniões aceitas e todos os cânones da decência, tornou sua opinião inteiramente indigna de consideração. Uma coisa é liberdade de expressão, mas isto já é abuso!
("Abuso" significa a liberdade que você não aprova.) Quando você está no controle da situação, pode se dar ao luxo de ser menos sutil: "Não me importa que horas são. Vá para a cama agora mesmo". 90
não tem nada a ganhar mentindo ou enganando alguém. Tudo o que ele tem são as nozes das quais se alimenta.
O guru
(E aqueles aos quais ensina.) A pobreza não contribui para a solidez de um argumento mais do que a riqueza. A falácia consiste em dar atenção à pessoa em lugar das discussões por ela propos propostas. tas. Pode Pode ser que os os pobres pobres sejam menos menos expo exposto stoss às tentações tentações da fartu fartura, ra, mas também pode ser que os ricos sejam menos distraídos pela doença, pela fome e pela fadiga, e pelas tentações para escapar delas. Mesmo que assumamos assumamos que urna pessoa pessoa que se abstém abstém da rique riqueza za não não está está agin agindo do em em busc buscaa de ganhos ganhos materi materiais ais,, devemos nos lembrar de que há outras formas de se obter satisfação. "Todo poder é deleitável", como se diz, "e o poder absoluto é absolutamente absolutamente deleitável". Embora não devamos levarem consideração as circunstâncias do argumentador, o argumento ad Lazarum está profundamente entranhado em nosso modo de pensar. pensar. Tendemo Tendemoss a supor supor que os pobre pobress têm têm meno menoss opor oportun tunida idades des de erro, erro, tend tendo o menos oportunidades — ponto final. A literatura de nossa cultura compensa sua pobreza com quantias adicionais de sabedoria e virtude, às vezes mesmo de beleza. beleza. Com seus tamancos e seu xale, sobressaía em meio às outras.
(Contudo, pode ser que apenas por subnutrição.) É mais plausível que os pobres tenham maior propensão a preferir os meios de adquirir autêntica educação, saúde e repouso de sua árdua vida do que a almejar as ilusões neles projetadas pelas róseas imaginações de observadores afastados. O político que astuciosamente reconhece que a maior parte de seus eleitores é pobre muitas vezes irá extraordinariamente longe para aparentar similar pobreza pobreza,, esper esperand ando o assi assim m insp inspirar irar respei respeito. to. Sua limusi limusine ne é deixada deixada longe, longe, junto junto com seu terno de corte impecável, enquanto ele passa a usar os mesmos carros e roupas de seus eleitores. Esses mesmos eleitores — ele porém não sabia disso — 91
Como vencer todas as argumentações
provav provavelm elment entee o vêem vêem como como não não sendo sendo melhor melhor que eles eles mesm mesmos os e rese reserva rvam m sua admiração para o candidato do carro reluzente e terno pomposo. A questão é que o argumentum ad Lazarum „ uma falácia que apela aos abastados. Os realmente pobres pobres não têm tempo tempo para para ela. ela.
A melho melhorr opini‚o opini‚o que j‡ ouvi ouvi sobre sobre isso foi a de um um simple simpless e hones honesto to lenha lenhador dor... ... ( Que provavelmente era esperto o bastante para não depender das opiniões dos lenhadores...)
Os lenhadores, bem como os velhos camponeses com as faces castigadas pelo tempo, devem ser dispostos em esquadrões para sustentar seus argumentos. Alguns simples pescadores devem atuar como batedores, com uma ou duas vintenas de velhas e sábias lavadeiras na retaguarda. Seus rostos, cheios de experiência, devem porém porém refletir refletir uma uma placid placidez ez interi interior or e uma uma aceita aceitação ção da vida. vida. As As opiniõ opiniões es que que você propõe foram, evidentemente, extraídas de fontes como essas.
Ele, Ele, reflex reflexivo ivo,, deu deu uma uma bafor baforad adaa em seu seu cachi cachim mbo e, em segu seguid ida, a, me fitou fitou com com aque aqueles les olhos estranhamente quietos. Ele me disse que, embora fosse pobre e honesto, sempre
pond pondera erara ra que que os os gast gastos os deficit deficit‡r ‡rios ios do govern governoo pod poderi eriam am estim estimula ularr a prod produƒ uƒ‚o ‚o engatilhando a demanda, e, do mesmo modo... (Se ele é tão sincero, como pode estar errado?)
Palavras tendenciosas É POSSÍVEL influenciar o resultado de um julgamento mediante o uso deliberado
de termos prejudiciais. Quando as palavras empregadas são calculadas para suscitar uma atitude mais favorável ou mais hostil do que os fatos puros e simples ocasionariam, ocasionariam, faz-se faz- se uso da falácia das palavras tendenciosas. HITLER CONVOCA OS SENHORES DA GUERRA! M. DA LA DI ER CO NS UL TA OS CH EF ES . DA DEFESA
(As duas manchetes nos dizem a mesma coisa: que os líderes da Alemanha e da França encontraram os comandantes de suas forças armadas. Na Alemanha, eles são os "senhores da guerra". mas na França são "chefes da defesa': O líder alemão é mplesmente "Hitler", sem um título, e ele convoca seus homens de modo imperioso. si mplesmente , no entanto, é um monsieur e, como bom democrata, "consulta".) "consulta".) 92
Palavras tendenciosas
Sinônimos próximos exibem sutis nuances de significado que podem ser usadas para influenciar as atitudes com respeito ao enunciado que as contém. A
falácia deriva do fato de que essas atitudes não fazem parte do argumento. Elas são evocadas ilicitamente para se obter maior eficácia do que o argumento teria por si só. As nuances adicionais e as respostas a elas são estritamente irrelevantes para se estabelecer a verdade ou a falsidade daquilo que se afirma. Há na linguagem inúmeras maneiras de apresentar uma descrição de nossas próprias atitudes a fim de suscitar uma determinada resposta por parte dos outros. As pessoas podem ser distraídas ou negligentes, podem ser firmes ou inflexíveis, podem ser confiantes ou arrogantes. Muitos desses termos são subjetivos: para que sejam acurados,
dependem dos sentimentos do observador e do modo como ele interpreta a situação. Um argumento justo requer um esforço consciente para apresentar o caso em termos absolutamente neutros. Mais Mais uma uma vez vez a Gr‚Gr‚-Bre Bretan tanha ha foi pega pega adu adulan lando do as ditad ditadur uras. as. ( Ou mantendo relações amigáveis com governos fortes. Note que a expressão "foi pega" pega" impli implica ca ter sido sido desc descob oberta erta num num segred segredo o con conden denáv ável.) el.)
O tribunal, quando o juiz instrui o júri, é um excelente território para que as pala palavr vras as tend tenden enci cios osa as se se intr introm ometa etam. Alei lei ing inglesa lesa,, por por um infeliz descuido, dá ao júri o direito de decidir o veredicto. Um juiz ajudará muito a contornar essa falha no procedimento legal mediante sua escolha das palavras para ajudar os
desventurados em suas deliberações.
Acr Acred edita itare rem mos na pala palavr vraa deste deste lam lamurien uriento to perv perver ertid tidoo con confes fesso so ou na pala palavr vraa de um homem cuja reputaƒ‚o „ um sin€nimo de honra e integridade? (Se você pensou em fazê-lo, essa é uma boa hora para mudar de idéia.)
Há uma série de conjugações verbais que expõem os diferentes pensos que um orador aplica às palavras com as quais descreve a si mesmo, a pessoa a quem se dirige ou um terceiro que está ausente. Assim: "Eu sou firme; tu és inflexível; ele é um turrão cabeça-dura". As descrições de competições podem nos convidar a aderir a um dos lados da disputa pela escolha dos termos em vez de pelos acontecimentos relatados.
A Esc†cia sc†cia roub roubou ou um gol no prim primeir eiroo tempo tempo,, mas mas os esfor esforƒo ƒoss da da Ingla Inglater terra ra fora foram m recompensados no segundo tempo quando... (Adivinhe de que lado da fronteira vem o repórter.)
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Como vencer codas as argumentações
Misericordiam, argumentum ad
O que vale para a seção de esportes se aplica ainda melhor aos editoriais.
voltamos para a piedade em lugar do discurso racional, cometemos a falácia do argumentum ad misericordiam.
O pŒblico „ capaz de distinguir os subornos dos trabalhistas dos compromissos dos conservadores. (Ele com certeza ˆ capaz de distinguir de que lado est‹ o redator.)
programa mass de de tevê tevê que tratam tratam de questõ questões es públic públicas as são uma uma gran grande de divers diversão ão Os progra para para o amant amantee das das palavr palavras as tenden tendencio ciosas sas.. Há Há um um infeli infelizz confl conflito ito de intere interesse sses: s: 'eles querem apresentar elementos para que você partilhe seus preconceitos, mas, para para que que tenham tenham autori autoridad dade, e, é prec preciso iso que osten ostentem tem ao menos menos algum algumaa apa aparên rência cia de objetividade e eq uilíbrio. Enquanto ocorre uma óbvia tendenciosidade, a satisfação está em identificar as palavras tendenciosas num nível levemente mais insidioso. Qual dos lados tem, por exemplo, "terroristas", e qual tem "combatentes pela pela liber liberdad dade"? e"? Quais Quais paíse paísess têm têm um gover governo no e quais quais têm um regim regime? e? julgará as palavr palavras as tenden tendencios ciosas as o recur recurso so mais mais útil útil quand quando o estive estiverr na na VocŒ VocŒ julgará situação de tentar persuadi tentar persuadi r outras pessoas. O retrato verbal feito por você mostra o funesto ponto de vista de uma alternativa, contrastando com o cenário cor-derosa que resulta da outra alternativa. Seus ouvintes não precisam saber que você também poderia facilmente fazer o oposto. Voc• acreditaria nas cuidadosas palavras de um colunista internacionalmente respeitado ou nas divagaƒŽes de um escrevinhador? Voc• n‚o se comove com o caso just‰ssimo que „ agora mesmo defendido por milhares de manifestantes frente deste pr„dio? N‚o N‚o serei serei conv convenc encid idoo pelo peloss ber berros ros de uma uma multi multid‚ d‚o. o.
Ao descrever as ações, lembre-se de escolher suas palavras de tal maneira que mesmo para observadores que não sabem nada sobre os fatos haja uma clara diferença entre seus prudentes investimentos e os gastos perdulários de outros, entre os modestos privilégios aos quais você tem direito e o enorme desfalque cometido por eles. Seu testemunho imparcial deve contrastar claramente com a frenética diatribe de seus oponentes.
Ao Ao se se per pergun guntar tar se este este hom homem em deve deve ser conde condena nado do,, per pergu gunte nte-s -see o que que sign signifi ifica caria ria para para ele ser trancafiado num pres‰dio, privado de sua liberdade e transformado transformado num p‡ria da humanidade. (A questŠo ˆ se ele ˆ culpado ou nŠo, e nŠo o que a condena‰Šo lhe causaria.)
Quando somos convocados a determinar questões de fato, devemos ponderar as evidências de cada um dos lados e tentar t entar chegar à verdade. A introdução i ntrodução da pied piedad adee não não afeta afeta o arg argum umen ento. to. Embo Embora ra poss possaa influ influen encia ciarr nos nosso soss atos atos de mane maneira ira razoável, não deve influenciar nosso julgamento. As conseqüências da verdade ou da falsidade para as diversas partes envolvidas não afeta a verdade ou a falsidade da asserção. O fato de que um homem seja enviado para a prisão ou para um feriado nos mares do sul não altera o fato cometido em si. Comete-se um argumentum ad misericordiam quando se apela à compaixão ao tratar de questões de verdade ou falsidade. … poss poss‰ve ‰vell man manter ter Jeev Jeeves es com como zela zelado dorr de nosso nosso parq parque ue?? Vejam ejam o que que acon acontec tecer eria ia se n‚o n‚o o fiz„s fiz„sse sem mos. os. Im Imagine aginem m a situa situaƒ‚ ƒ‚oo de sua esposa e de seus filhos com a chegada do Natal e a g„lida neve do inverno prestes a cair. Em vez disso, pergunto: „ poss‰vel n‚o empregar Jeeves Jeeves?? (Sim, ˆ poss†vel. Evidentemente, podemos decidir empreg‹-lo, o que ˆ uma coisa muito diferente.)
Longe de seu emprego nos tribunais de justiça — onde nenhum advogado de defesa com amor-próprio irá se aventurar sem o seu lenço para enxugar as lágrimas —, o ad misericordiam mete o nariz em qualquer argumento no qual os fatos têm conseqüências. Ninguém permitiria que o possível destino de um = 4", indivíduo influenciasse sua convicção sobre um fato tão óbvio quanto "2 + 2 =4", mas há menos certeza de que não seríamos tentados a deixar que nossa compaixão desse o benefício da dúvida. Corações e flores são um pré-requisito das relações públicas. Nenhuma si mples questão de fato pode ser estabelecida sem a consideração dos efeitos que pode pode ter sobre sobre os doen doentes tes,, os os ido idoso sos, s, os fraco fracos, s, os cego cegoss e os manc mancos os..
Misericordiam, argumentum ad
EMBORA A piedade seja urna qualidade humana admirável, ela não fornece a melhor base para a argumentação. Quando, para sustentar urna discussão, nos
Se decidirmos que o aux‰lio estrangeiro „ ineficaz e n‚o eleva os padrŽes de vida, ent‚o estaremos condenando as pessoas dos pa‰ses pobres a uma vida degradante de pobreza, esqualidez e doenƒas.
Corno vencer todas as argumentações
(Se o auxílio estrangeiro é ineficaz, o fato condena aquelas pessoas a essas conseqüências. Talvez possamos fazer alguma outra coisa sobre o assunto.)
O apelo do ad misericordiam se apóia em nosso reconhecimento de que a compaixão deve ser levada em conta na orientação de nossos atos. O que t orna o argumento uma falácia é o fato de que a compaixão não tem lugar na determinação da verdade e da falsidade. Quando ela passa de um território ao outro, a razão também muda de lugar. É difícil resistir à sua atração. A obra A Christmas Carol, de Charles Dickens, misericordiam. Ali, Scrooge, sobrevivendo de e um gigantesco argumentum ad misericordiam. maneira honesta, é assaltado (junto com o leitor) pelo apelo à compaixão. Bob Cratchit domina o ofício de escrevente e é perfeitamente livre para procurar emprego em outro lugar segundo os preços do mercado se estiver insatisfeito com o que Scrooge lhe oferece. Mas não — fantasmas aparecem para atormentar seu empregador com o ad misericordiam, e o desafortunado Scrooge é impelido a tomar uma decisão inteiramente contrária à realidade econômica. Uma resposta mais válida a esse tratamento teria sido: "Bah! Tolice!" Você se divertirá muito fazendo seus oponentes se retorcerem com o ad misericordiam. Sua audiência não está muito interessada na sutil distinção entre fatos e ficção; logo, você pode facilmente fazer que aqueles que chegam a conclusões diferentes sobre a verdade das coisas assemelhem-se aos mais empedernidos senhores vitorianos ao fazê-lo.
Nauseam. argumentum ad
inteiramente errônea de que, se uma coisa é ouvida com freqüência, existe maior proba probabil bilida idade de de que seja seja verd verdad adeir eira. a. O argumentum ad nauseam usa a repetição constante, muitas vezes diante de numerosas evidências contrárias, para aumentar a probabilidade de que uma determinada posição seja aceita.
Eu lhes lhes diss dissee tr•s tr•s veze vezes. s. Se eu lhes lhes dig digoo tr•s tr•s vezes vezes „ por qu e „ verdade.
(Quando, na verdade, se alguém repete três vezes a mesma coisa é porque não tem nada mais a dizer.) A questão é que a repetição não acrescenta nada do ponto de vista da lógica. Ela ˆ feita numa tentativa de persuadir a audiência, seja esgotando sua resistência, seja enganando-a levando as pessoas a supor que as objeções foram de algum modo contornadas. Uma vez que não acrescentam nada, as versões adicionais são irrelevantes na consideração do assunto, e se apela, de modo falacioso, a fatores psico psicológ lógico icoss em em lugar lugar -da razão. ˆ N‚o N‚o fui fui eu, eu, senh senhor! or! ˆ Mas Mas este este „ o seu estili estiling ngue, ue, garot garoto. o. ˆN‚ ˆN‚oo fui fui eu, eu, senh senhor or!! ˆ Teste Testemu munh nhas as viram viram voc• voc• pegan pegando do a pedr pedra. a. ˆ N‚o N‚o fui fui eu, senhor senhor!!
(Isso pode se estender indefinidamente, a menos que a mão pesada de um ad baculum
Se voc• realmente acredita que sal‡rios elevados impedir‚o adolescentes de arranjar trabalho, ent‚o tudo o que posso dizer „ que voc• ter‡ em sua consci•ncia as milhares de fam‰lias pobres que lutam para encontrar meios de suprir sua subsist•ncia. Que Deus tenha piedade de sua alma! ( Mesmo que ele tenha, a audiência não terá. Ao se defrontar com esse tratamento, inverta-o novamente: e quanto ao sofrimento e à humilhação dos po bres adolescentes, incapazes de encontrar trabalho por causa de seu impiedoso oponente? VocŒ não pod e que rer ve ncer com uma s imp les pi stola q uand o seu opo nen te está u sand o um morteiro.)
Nauseam. argumentum ad
A SIMPLES repetição de um ponto de vista não fornece evidências ou sustentação adicionais. Contudo, você pode desgastar a faculdade crítica. Há uma suposição
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o
interrompa. Todos podemos perceber que o garoto teria se defendido melhor
se tivesse conseguido encontrar alguma outra coisa para dizer. Contudo, se ele simplesmente ficasse dizendo "O socialismo significa o governo dos trabalhadores'; seríamos capazes de percebê-lo?)
Credos políticos inteiramente desacreditados, aos quais adeptos se prendem por razões n ão in telectu ais, são susten tado s pela falácia ad nauseam. Se um sistema econômico econômico traz prosperidade prosperidade geral e dá às pessoas comuns acesso às coisas que q ue anteriormente eram prerrogativa dos ricos, é muito difícil demonstrar que se trata de uma exploração. Felizmente, não é preciso fazê-lo. O efeito ad nauseam significa que a acusação pode ser simplesmente repetida várias e várias vezes sem nenhum argumento ou evidência. Por fim, algumas pessoas se convencerão. Anunciantes há muito tempo são membros vitalícios da sociedade ad nauseam. Eles sabem que uma afirmação capciosa adquire credibilidade e força se repetida bastante. te. Eles Eles sabem sabem a impo importâ rtânci nciaa de constr construir uir não uma uma convi convicçã cção o racio racional nal,, o bastan mas um hábito de associação.
Como vencer todas as argumentações
A roupa roupa fica mais mais bran branca ca que com cloro; cloro; deixa deixa mais mais branco branco que o clor cloro; o; sim, sim, mais mais branc brancoo que o cloro. (O que nos dizem trŒs vezes ˆ verdade.) Muitos dos provérbios que ouvimos na infância são repetidos tantas vezes que com freqüência supomos que deve haver verdade neles. Esta suposição parece capaz de sobreviver a todas as evidências contrárias que a vida põe diante de nós, e, em alguns casos, sobrevive a uma crença simultânea em provérbios contraditórios. Usar o argumentum ad nauseam e muito fácil: tudo o que você tem de fazer é repetir o que diz. Mais difícil é reconhecer as situações nas quais ele pode ter êxito. A regra geral é que a repetição por um longo período de tempo é mais eficaz que explosões breves. Você deve se manter totalmente impassível aos argumentos contrários, reiterando sempre a mesma coisa. Isso não apenas entendia ao máximo a sua audiência como também a convence da inutilidade de se opor a você. E,
quando todos desistirem em total esgotamento, os observadores começarão a supor que ninguém mais é capaz de dizer nada contra suas afirmações. O funcionário público que aconselha seu ministro oferece um estudo de caso para para o argumentum ad nauseam: Mas, Mas, senho senhorr minist ministro, ro, conform conformee expliq expliquei uei nas Œltimas Œltimas duas duas horas horas,, n‚o n‚o h‡ como como reduz reduzir ir os custos administrativos deste departamento. Cada um dos cargos „ vital para a nossa efici•ncia. O homem que contratamos para esfregar o pr„dio e catar clipes de papel usados, por exemplo...
Não-antecipação
faria parte da sabedoria comum. comum. As propostas são rej rejeitadas eitadas por não terem sido concebidas anteriormente.
Se o tabaco „ realmente t‚o nocivo, como as pessoas n‚o o baniram j‡ h‡ muito tempo? (Elas nŠo sabiam. Hoje em dia, mais pessoas vivem o bastante para sofrer os efeitos adversos, e agora temos mais tˆcnicas para medir esse tipo de coisa.) A suposição central da falácia é injustificada. O progresso se dá em várias frentes, inclusive nos âmbitos científico e social. Constantemente se adotam novas idéias, e não há justificativa para supor que nossos ancestrais as teriam encontrado todas; esta pressuposição introduz elementos irrelevantes na argumentação. Por mais sábios que fossem os sábios de antigamente, não podemos mais
presum presumir ir que que poss possuís uíssem sem a total totalidad idadee da sabedo sabedoria ria tanto tanto quanto quanto a comple completa ta estupidez. Se os programas matutinos s‚o t‚o bons, por que demorou tanto para que aparecessem? (Porque ninguˆm havia percebido que as pessoas queriam ainda mais mingau em seu cafˆ da manhŠ.)
NŠo s‡ os produtos e serviços são revolucionados por invenções; o mesmo ocorre com nossos modos de vida.
(E o ad nauseam dobra o ministro antes que o ministro solucione o problema.)
As pessoa pessoass n‚o n‚o precis precisav avam am dessa dessass long longas as f„rias f„rias de Natal Natal h‡ alguns alguns anos; anos; por que que prec precisa isam m agora?
Se você almeja o posto máximo, porém, estude meticulosamente o formulário exibido pelo próprio ministro na caixa de despachos.
(Elas provavelmente precisavam antes, apenas nŠo podiam arcar com os custos. A mesma fal‹cia sustentaria, e sem dvida sustentou, a manuten‰Šo do trabalho infantil em minas e f‹bricas.)
Respondi s acusaƒŽes de incŒria do dever ministerial no dia 9 de novembro, afirmando n‚o ter nada a acrescentar minha declaraƒ‚o do dia 4 de junho. N‚o desejo me prolongar sobre o assunto presentemente. presentemente. (NŠo fui eu, senhor!) Não-antecipação A FALÁCIA da não-antecipação consiste em supor que tudo o que vale fazer ou dizer já foi feito ou dito. Qualquer idéia nova é rejeitada porque, se fosse boa, já 98
para aquele aqueless que, que, emb embor oraa A fal‹cia fal‹cia da nŠo-antecipa‰ nŠo-antecipa‰Šo Šo ˆ um um grande grande confor conforto to para possua possuam m uma uma disp disposi osição ção conse conserva rvador dora, a, não podem podem de fato fato pens pensar ar em nenhum nenhum argumento contra as mudanças propostas.
Senhor Senhor presidente, esta proposta tem sido discutida h‡ mais de vinte anos. Se a id„ia tivesse algum m„rito, teria sido implementada j‡ h‡ muito tempo. (A beleza disse ˆ que nossa rejei‰Šo presente servir‹ como uma "evidŒncia" adicional contra a proposta no futuro. Talvez as raz“es para sua rejei‰Šo no passado fossem
igualmente fr†volas.) 99
a w
Como vencer todas as argumentações
Para potencializar a falácia, você pode enumerar algumas das legiões fantasmas que poderiam ter adotado a idéia mas não o fizeram. Elas parecem estar enfileiradas contra a idéia, assim como você, mesmo que possam simplesmente nunca ter pensado nela. Assumir emos que s omos mai s intelige ntes que as milhares d e pessoas i nstruídas e competentes ao longo dos anos que poderiam ter implementado uma proposta como esta mas, sabiamente, não o fizeram? (Tanto quanto Beethoven foi mais inteligente que os milhões que poderiam ter composto suas sinfonias mas não o fizeram.) Você julgará a falácia extraordinariamente útil para se opor à emancipação. Afinal, se houvesse algum mérito em que as mulheres e crianças participassem das decisões, isso não teria sido descoberto há muito tempo? t empo? A mesma mesma abordagem o ajudará a se impor contra passar os feriados separados, jantar fora, fazer exercícios e comer abobrinhas. Se houvesse alguma conexão entre beber oito garrafas de cerveja por dia e obesidade, você não acha que inúmeros bebedores de cerveja já teriam percebido isso?
(Por que teriam? Ele não conseguem enxergar nem mesmo os seus próprios pés.) Novitam
, argumentum ad
SE É uma falácia supor que a idade conduz à razão, é também falacioso supor que algo é mais correto simplesmente porque é novo. O argumentum ad novitam comete o erro de considerar que a novidade de algo é um fator que contribui para sua validade. Quando ouvimos alguém instar para que se apóie algo por ser novo, ouvimos o ad novitam sendo utilizado. Essas no vas torre s são uma coisa m uito atual . Nós mes mos deve ríamos con struir algumas. (O fato de serem novidade não impede que brutalizem a paisagem das cidades ou as vidas de seus habitantes.) Algumas pessoas surpreendem-se ao descobrir que tanto a idade antiga como a recente podem ser usadas de modo falacioso numa disputa. Com efeito, elas
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Novitam
, argu argume mentum ad
apelam a traços contraditórios em todos nós. Prezamos a segurança do tradicional e, ao mesmo tempo, gostamos de estar atualizados. Ambas poderão ser usadas como falácias se tentarmos usá-las para sustentar asserções que deveriam ser avaliadas por seus próprios méritos. O ad novitam, como seu contraponto ad antiquitam,introduz o fato irrelevante da idade da proposição como uma maneira de influenciar sua aceitação. Uma vez que sua novidade não contribui de fato para sua correção, comete-se uma falácia ao recorrer a ela. Houve um tempo em que o ad novitam teve tanta aceitação entre reformistas progre progressis ssistas tas quanto quanto seu irmão, irmão, o ad antiquitam, teve entre os conservadores. Foram dias de construção de um admirável mundo novo. Contudo, os tempos mudam e o ad novitam hoje edifica o seu lar l ar entre os conservadores. Ele fixa sua residência confortavelmente em meio a apelos para a rejeição dos "modelos antigos que fracassaram" e em defesa de "estarmos verdadeiramente preparados para para o sécu século lo XXI" XXI" Enqu Enquant anto o isso isso,, o argumentum ad antiquitam se contorce ao ver os progressistas contemplando os bons e velhos tempos da reforma social. Por muitos anos, anunciantes usaram a palavra "novo" como um apelo automático ao ad novitam. Assumindo que o público equiparava produtos novos a novos progressos, tudo, de sabão a pó a dentifrícios, dentifrícios, já ganhou um a "nova fórmula".
Os cereais matinais são eternamente novos, e a principal inovação é a crescente semelhança entre o conteúdo e o papelão da embalagem. Quando começaram a aparecer cereais positivamente antigos em seu estilo, o impacto no mundo da public publicida idade de foi grande grande.. Em embal embalag agen enss de de cor cor parda parda,, eles eles prome prometia tiam m ser tão bons bons quanto os antigos, e rapidamente conquistaram o mercado. O intenso ataque do ad antiquitam rebateu o ad novitam. Todos os tipos de produtos apareceram em apresentações com estilo antiquado. Os slogans Os slogans eram: "receita da vovós", "fórmula original" — com cenas soporíferas e imagens de teias de aranha nas embalagens. Na Grã-B Grã-Bret retan anha, ha, o pão pão da marca marca Hovis Hovis,, em vez vez de de ser ser novo novo e ter ter nov novaa fórm fórmula ula,, exibia anúncios de simplicidade bucólica em cor sépia. Ambas as falácias têm um apelo poderoso, mas a ad novitam foi longe demais. Agora há um equilíbrio entre as duas. O mais simples garoto do interior usa roupas que lembram um traje espacial, enquanto os que cresceram nos apartamentos da cidade grande agora recordam memórias infantis inteiramente falsas de cheiros do campo e ovos caipiras. Ao empregar o ad novitam, lembre-se do apelo conflitante das duas falácias e restrinja-o a áreas nas quais o ad antiquitam não é bem-vindo. Você não suporta algo que é novo naquilo em que as pessoas preferem o antigo. Mas você pode apoiar teorias econômicas por serem novas — afinal, o que as antigas produziram de bom?
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Gomo vencer todas as argumentações
Numeram, argumentum ad
Assim como a sua economia é a "nova economia, também suas convicções sociais e morais fazem parte dos "novos conceitos Uma audiência preferirá ser atualizada e receber informações novas do que ser coagida a mudar de opinião.
perguntarr é se os os núme números ros mais vendido do país. A questão que você deve se pergunta acrescentam alguma coisa à asserção.
Continuaremos Continuaremos trilhando o caminho da velha b usca do lucro, permitindo o desenvolvimento desenvolvimento comercial na regi‚o, ou responderemos responderemos a uma nova concepƒ‚o das necessidades sociais, s ociais, edificando um moderno centro comunit‡rio para os desempregados? (Com argumentos como este, vocŒ vencer‹ facilmente. VocŒ ter‹ um centro comunit‹rio para aqueles que teriam sido empregados pelo desenvolvimento comercial.) Numeram, argumentum ad
N…O H„ muitas pess oas q ue g oste m d e estar exclu ídas n um l imb o. Mu itos p refer em, em vez disso, o conforto de ter sólidas massas atrás de si, sentindo que há menor possib possibilid ilidade ade de que tantas tantas outra outrass pess pessoa oass esteja estejam m engana enganadas das.. O argumentum ad numeram erroneamente iguala a quantidade de pessoas que apóiam uma posição com a sua correção. As idéias que têm apoio maciço não têm necessariamente Maior probabilidade de estar certas; mas o ad numeram supõe que têm.
CinqŠenta milhŽes de franceses n‚o podem estar errados! (Uma olhadela na hist‡ria daquela na‰Šo mostrar‹ que eles muito freqentemente estiveram.)
A falácia está no fato de que a correção ou o erro de uma posição não são auxiliados nem obstruídos pela quantidade de pessoas que os sustentam. Muitas pessoa pessoass estão estão freqüente freqüentemen mente te errad erradas as até até sobr sobree coisas coisas simple simples, s, e a sabed sabedori oriaa comumente aceita não deve ser igualada ao conhecimento factual. A simples observação, como aquela que vê os planetas e as estrelas movendo-se pelos céus, pode pode não ser um guia guia conf confiáv iável, el, não impo importan rtando do quantos quantos milhõe milhõess ates atestem tem sua veracidade. Todos fumam Whifters, por que voc• n‚o? (Porque ele acha todos estpidos.) pode recorr recorrer er a núm número eross gera gerais is ou, ou, de modo modo mais mais insidi insidioso oso,, aos aos O ad numeram pode números que você respeita. Pode ser que lhe cause maior impressão a proporção de pessoas seletas que lêem o Times do que o número de pessoas que lêem o jornal
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Temos aqui uma discuss‚o sobre se Ballesteros j‡ comandou um time de golfe europeu. Vamos decidir isso democraticamente.
(E, antes de pular do alto de um prˆdio, tenha certeza de que tem votos suficientes para revogar a lei da gravidade.) Se as idéias fossem decididas por números, nenhuma idéia nova jamais seria admitida. Cada nova idéia começa como um ponto de vista minoritário e só ganha aceitação se as evidências em seu favor convencem os adeptos da visão preva prevalec lecen ente. te. Se a quan quantid tidad adee for for o test testee deci decisiv sivo, o, entã então o Gior Giorda dano no Brun Bruno o esta estava va errado ao dizer que a terra se movia em torno do sol, e as autoridades estavam certas ao queim‹-lo na fogueira. Temos de lhe conceder um julgamento justo antes de enforc‡-lo. Todos os que dizem que ele cometeu o crime gritam "Forca para ele!" (Prova admir‹vel! Parece un”nime para mim.) proporc orcion ionaa uma uma excel excelen ente te defes defesaa das das atitu atitude dess já já esta estabe belec lecida idass O ad numeram prop pelo pelo costum costume. e.
Se isso n‚o „ verdade, ent‚o por que tantos milhŽes de pessoas acreditaram nisso por tantos s„culos? (F‹cil: todos cometemos erros.) O ad numeram é a falácia própria do demagogo e do orador das massas. Aqueles que nos governam tendem a formar uma classe especial cujos pontos de vista e suposições são partilhados em geral. Eles com freqüência provêm de um meio no qual as pressões da pobreza, da superpopulação e do crime recaem menos sobre eles do que sobre a maioria. Isso dá ao demagogo a oportunidade de recorrer a números em apoio a idéias que têm pouca repercussão no governo. Em assuntos tais como a pena capital ou as relações raciais, podemos apelar à consonância de grandes números de pessoas como evidência de urna conspiração de silêncio por parte da elite governante.
Todas as pesquisas de opinião mostram que o açoitamento público é a melhor puniƒ‚o para para aqu aqueles eles que cometem cometem crimes crimes viole violento ntos. s. 103
Como vencer todas as argumentações
(E, se você pergun perguntar tar,, respo responde nderão rão o mesm mesmo o do do estra estrangu ngulam lament ento o e da estrip estripaçã ação. o. Elas Elas tanto podem estar erradas como, de fato, certas.) umentum um ad numeram é uma falácia a ser usada com paixão. Em seu O argum cenário ideal, você estaria exortando uma turba de 600 pessoas munidas de tochas em chamas em frente à casa de um comerciante de cereais numa época de carestia. Mesmo na imprensa, você não deve transformar um ad numeram numa contagem clínica de indivíduos, mas insurgir-se contra o ultraje de que a opinião obviamente correta de tantas pessoas seja ignorada. Quando o seu lado é o de uma desventurada minoria, a técnica é citar o seu passa passado do ventur venturoso oso e abun abundan dante te ou ou citar citar países países estrang estrangeir eiros os onde onde você você de de fato fato tem uma maioria que o sustente. A Suécia é uma excelente fonte de maiorias em favor das coisas mais bizarras.
Afirm Afirmare aremo moss que que todos todos os sueco suecoss s‚o s‚o tolos? tolos? Que Que o pov povoo do do pa‰s pa‰s mais esclarecido do mundo n‚o sabe do que est‡ falando? (Sim.)
Avaliação unilateral
De qualquer modo, comete-se uma avaliação unilateral. Considerando apenas as objeções ou apenas as vantagens, estamos excluindo elementos que são relevantes para para a decisã decisão o e que devem devem ser levado levadoss em conta. conta. A omiss omissão ão desses desses eleme elemento ntoss relevantes no argumento é o que torna a avaliação unilateral falaciosa. A avaliação unilateral não é uma falácia quando se dá espaço para que o outro lado seja similarmente apresentado. Há na cultura anglo-americana uma tradição de contraposição que tem a compreensão de que, se cada um dos lados apresentou sua argumentação da melhor forma possível, então um observador imparcial prov provav avelm elmen ente te cheg chegará ará a um um julga julgame mento nto justo. justo. Por Por con conseg seguin uinte, te, espera esperamo moss que que um advogado de defesa apresente apenas as evidências em prol da absolvição, e que um negociador de sindicato defenda apenas o aumento, porque sabemos que haverá alguém defendendo defendendo o outro lado. A avaliação unilateral ocorre quando julgam mento ento só consideram um dos lados da questão. aqueles que fazem o julga
N‚o N‚o vam vamos os a Ibiza Ibiza.. Pen Pense se no calor, calor, nos nos mos mosqui quitos tos e na na mult multid‚ id‚o. o. (Por outro lado, o que dizer da maravilhosa luz do sol, do vinho barato, da comida excelente e dos preços baixos?)
Os julga men tos d a vida c om freqü ência r eque rem pesar pró s e con tras. Aqueles que fizeram sua ponderação e decidiram-se a favor podem tentar persuadir outros enfatizando apenas o lado positivo. O descuidado deve se lembrar de que sua própria escala de valores pode requerer um julgamento diferente ao se considerarem todos os fatores. ,
Avaliaçã Avaliação o unila unilater teral al MUITAS DAS decisões sobre as quais somos chamados chamados a ponderar têm vantagens e desvantagens. Incorre-se na falácia da avaliação unilateral quando apenas um
lado do caso é levado l evado em conta. A consideração das decisões usualmente requer a consideração dos prós e dos contras e a manifestação de uma preferência pelo lado que vence a comparação. Ver Ver apenas um dos lados l ados é evitar um julgamento dessa comparação. Eu
não vou me casar. Haveria toda essa responsabilidade a mais, sem mencionar a perda
de minha liberdade. Pen Pense se nos custos de criar filhos e de sua educaƒ‚o at„ a faculdade... (Se isso fosse realmente tudo, ninguém jamais o faria.)
É igualmente possível ver somente o lado positivo.
Voc• ter‡ orgulho de ter esta enciclop„dia. Seus amigos v‚o admir‡-la. Seus filhos v‚o usufruir de seus benef‰cios. Voc• aprender‡ com ela. Ela vai complementar a sua estante de livros! (Por outro lado, ela custará MUITO dinheiro.)
Todos os argumentos ap†iam a construƒ‚o da nova rodovia. Ela significa progresso; ela significa prosperidade; ela significa um futuro para nossa cidade! (E é realmente uma pena que tenham de demolir nossas casas para construí-la.)
Há uma versão engenhosa da avaliação unilateral que você deve usar ao busca buscarr pers persuad uadir ir os outro outross a conc concord ordar ar com o seu seu julgam julgamen ento. to. Ela envo envolve lve fazer fazer uma concessão puramente simbólica à posição contrária à sua, referindo-se a um dos argumentos mais fracos do lado oponente antes de se lançar aos esmagadores argumentos em seu favor. Isso confere lustro à sua argumentação acrescentandolhe o brilho da aparente objetividade. … claro claro que, que, se comp compr‡sse r‡ssemos mos um carr carroo maior, maior, ter‰amos ter‰amos de fazer fazer nova novass capas capas para os assentos. Mas pense na conveni•ncia! Todas as compras ficariam atr‡s; poder‰amos us‡-lo para para viag viagen ens; s; voc• voc• pode poderia ria cond conduz uzir ir as cria crianƒ nƒas as com com conf confor orto to,, e sua sua maior aior velo velocid cidad adee encurtaria a duraƒ‚o de nossas viagens. ( Vendido ao senhor com a falácia.)
Como vencer todas as ar gumentações
Petitio principia
A FALÁCIA da petitio principii, ou petição de princípio, ocorre sempre que se usa rio argumento algo que a conclusão procura demonstrar. A petitio é uma mestra do disfarce e é capaz de assumir muitas formas estranhas. Uma de suas aparições mais comuns usa uma conclusão reformulada como um argumento para apoiar essa conclusão. A justiça r equer salár ios mais elevad os, pois é ju sto que as p essoas ga nhem mais. ( O que significa dizer que a justiça requer maiores salários porque a justiça requer maiores salários.)
Pode parecer a um novato que a petitio não é unia falácia que pode ir muito longe; ela parece demasiadamente frágil para isso. Contudo, um breve exame do mundo do discurso político revela petitios em profusão, algumas delas ainda em vigor após várias centenas de anos. É muito difícil propor argumentos para algo que é de natureza essencialmente emocional. É por isso que os políticos se enganam acidentalmente — e outros deliberadamente — com uma superabundância de petitios . A petição política normalmente aparece como uma suposição geral apresentada para sustentar uma dada posição, posição que é uma parte daquela mesma suposicão. O governo britânico deve proibir a venda da pint ura de Constable para um museu norteamericano porque deve impedir a exportação de obras de arte.
(Isto parece um argumento, mas a mesma razão pode ser alegada para cada obra de arte específica. Se somarmos todas, isso nos dirá justamente que o governo deve impedir a exportação de todas as obras de arte porque deve impedir a exportação de todas as obras de arte.) Os argumentos devem recorrer a coisas que são conhecidas e aceitas a fim de que coisas que ainda não são conhecidas ou aceitas possam vir a sê-lo. O caráter falacioso da petitio principii está em sua dependência da conclusão não estabelecida. Sua conclusão é usada, embora de forma disfarçada, nas premissas 'que a sustentam. Todos os argumentos que se propõem demonstrar o indemonstrável devem ser 'submetidos a um minucioso escrutínio em busca de petitios ocultas. Argumentos que sustentam ideologias, religiões ou valores morais têm em comum o fato de
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Envenenando a fonte
que tentam convencer os céticos. Eles também têm em comum o fato de que as petitios prolif prolifera eram m em suas suas demo demons nstra traçõe ções. s. Tudo pode ser definido segundo seu propósito. Nunca se surpre surpreend endaa quan quando do uma uma disc discuss ussão ão que começa começa assim assim termi terminar nar "demo "demonsns( Nunca trando" a existência de um ser que estabelece tal propósito. Se admitirmos de início que as coisas têm um propósito, então um ser cujo propósito é esse já foi admitido. Isto é uma petição de princípio disfarçada de demonstração.) Ao fazer uso da petitio, você deve tomar muito cuidado para ocultar a suposição da conclusão mediante uma escolha hábil das palavras. São particularmente úteis as pala palavra vrass que que já têm têm uma uma sup supos osiçã ição o ocu oculta lta ineren inerente. te. Palav Palavras ras tais tais com como o "pro "propó pósit sito" o" ou "finalidade" estão incluídas nesse grupo. Os filósofos sempre travam suas batalh batalhas as munid munidos os de um grande grande repert repertóri ório o de de tais tais palav palavras ras,, esp espec ecial ialme mente nte quand quando o tentam nos dizer como devemos nos comportar. As obrigações que desejam nos i mpor estão ocultas em palavras tais como "prometer". Parece uma coisa direta e factual, mas há o verbo "dever" encoberto em seu significado. O que é importante lembrar sobre a petitio é que ela deve parecer uni argumento que sustenta urna posição. Você deve, portanto, salpicá-la de palavras conjuntivas típicas dos argumentos, argumentos, como `porque, `logo' e `portanto, mesmo que se trate de uma simples reformulação.
Ao ser posto contra a parede, você muitas vezes pode efetuar urna saída dramática com uma bem escolhida petitio, combinando a suposição de urna verdade geral e uma reformulação da conclusão. Não devemos devemos vender armamentos para a Malásia Malásia porque seria errado equipar equipar outras nações com meios para tirar a vida humana. (Isto parece e soa como um argumento, mas é na verdade apenas um modo sagaz de dizer que não devemos vender armas para a Malásia porque não devemos vender armamentos armamentos para ninguém.)
Envenenando a fonte
O ASPECTO mais atraente do envenenamento da fonte é que a oposição é desacreditada antes mesmo de ter proferido uma única palavra. Em linhas gerais, a falácia consiste em fazer comentários desagradáveis sobre qualquer pessoa que discorde de uma determinada posição. Quando alguma vítima se dispõe a discutir tal posição, apenas mostra que tais comentários se aplicam a ela: 107
Como vencer todas as argumentações
Qualquer um que não seja um idiota sab e que não se investe verba suf iciente na educação. ( Quando alguém sugere que se está investindo verba suficiente, essa pessoa se identifica perant perantee a audiênc audiência ia com como o o idiota idiota em questão questão.) .)
Toda a discussão é falaciosa porque invoca a aceitação ou a rejeição da propos proposição ição com base base em element elementos os que que não não têm nenhum nenhumaa relaçã relação o com com ela. A afirmação é apenas um insulto, enunciado sem evidências, e não tem de ser aceita. Mesmo que fosse verdade, ainda assim teríamos de examinar o argumento por seus próprios méritos. Um exame mais minucioso mostra que o envenenamento da fonte é uma versão altamente especializada do argumento ad hominem abusivo. Em lugar de insultar o argumentador na esperança de que a audiência seja levada a rejeitar seu argumento, o envenenador da fonte prepara de antemão o insulto para qualquer um que possa vir a argumentar. Isso é mais engenhoso que o abuso simples, pois convida a vítima a insultar a si mesma bebendo da fonte envenenada, desencorajando desencorajando assim qualquer oposição. Evidentemente, Evidentemente, pode haver haver quem seja pouco pouco sensato e prefira ônibus a trens. (Pode haver quem leve em conta fatores tais como preço, limpeza, conveniência e pontua pontualida lidade. de. Contud Contudo, o, admi admitir tir a prefer preferênci ênciaa agora agora seria seria admit admitir ir ser ser pouc pouco o sensa sensato.) to.) Em sua forma mais crua e simples, o envenenamento da fonte é considerado muito divertido e pode gerar espetaculares golpes de escárnio mortífero. Uma versão apenas levemente mais sutil aparece num jogo chamado "sociologia do conhecimento" Para jogar, um jogador começa afirmando que a opinião de todos os outros sobre a sociedade e a política é apenas a expressão inconsciente de seus interesses de classe. Em seguida, ele mostra que, por razões especializadas, essa análise não se aplica a ele próprio, porque é isento de preconceitos e é capaz de ver as coisas de modo objetivo. Quando outro jogador discorda de qualquer uma de suas concepções, o primeiro jogador mostra, triunfante, que a opinião de seu adversário pode ser ignorada como a mera expressão de seu interesse de classe. A escolha na educação é apenas apenas um artificio por meio do qual as classes médias médias podem comprar vantagens para seus filhos. (Agora não há sentido em apontar o papel que a competição pode desempenhar para elevar o nível da escolas, ou em apontar as vantagens de permitir que os pais tenham alguma voz quanto ao tipo de educação dado aos seus filhos. Você já foi convencido com a afirmação de tentar comprar vantagens; o-resto é apenas disfarce.)
Populum, argumentum ad
O uso habilidoso do envenenamento da fonte deve empregar suas duas principais características. O veneno deve não só expor ao ridículo perante a audiência,
mas também refrear qualquer um de discordar & você. A expressão "só um idiota" tolherá alguns, mas haverá outros que pensarão poder dissipá-la. Um veneno mais eficiente seria suficientemente mortífero ou embaraçador para impedir que qualquer um beba da fonte voluntariamente. Somente aqueles que são sexualmente inadequados hoje defendem o ensino em separado de meninos e meninas. (Algum voluntário?)
recomendado sempre que sua asserção possa O envenenamento da fonte é recomendado não sobreviver a um escrutínio rigoroso. É útil também para lidar com um oponente cujo argumento vai de encontro à opinião comumente aceita mas que é, infelizmente, válida. O envenenamento prudente fará que tal oponente pareça tão tolo que as pessoas cheguem a ignorar a validade de seu argumento. Fará também que você pareça espirituoso e confiante, e pode até servir para ocultam? fato de que você está errado.
Populum, argumentum ad O ARGUMENTUM ARGUMENTUM ad populum recorre a atitudes populares em vez de apresentar palavras ras,, bas baseia eia-se -se no preco preconc nceit eito. o. Ele explor exploraa a elementos relevantes. Em outras palav
conhecida propensão das pessoas a aceitar o que se ajusta comodamente a seus precon preconcei ceitos tos.. Os Os prec precon oncei ceitos tos popula populares res podem podem ser justifi justificad cados os ou não, não, mas mas o orador que baseia sua argumentação inteiramente neles comete uma falácia ad populum. O ad populum é com freqüência igualado ao apelo à massa, com paixões ardentes e preco preconc nceit eitos os mais mais carac caracter teríst ístico icoss da da hist histeri eriaa em em mass massaa que que do do disc discurs urso o racional. Os oradores das massas fazem do ad populum urna carreira, escolhendo palav palavra rass calc calcula ulada dass par paraa elev elevar ar a tem tempe perat ratur uraa em emocio ociona nal. l. Veremos as ruas desta nossa antiga terra entregue a rostos estranhos? ( O preconceito é a xenofobia e a implicação a de que os "rostos estranhos" não convêm a nossas ruas, mas não há um argumento aqui.)
Aqueles que cometem a falácia adotam a saída fácil. Em lugar de elaborar urna
argumentação que conduza à persuasão, recorrem ao estratagema de manipular
Como vencer todas as argumentações asemoções da multidão. Isso não é lógica válida, embora possa ser muito bem-suçedido. Marco Antônio poderia ter desenvolvido uma argumentação pela punição de Brutus e dos outros assassinos e para restabelecer o sistema de governo de César. O que ele fez foi mais eficaz. Apelando à rejeição popular da deslealdade e da ingratidão, e ao apoio popular aos benfeitores públicos, ele transformou uma Multidão em luto numa turba violenta. Por vários séculos, os vilões tradicionais do apelo ad populum foram senhores de terras e comerciantes de cereais. Embora desempenhem um papel insignificante sia sociedade atualmente, sua força no preconceito popular era tão intensa que espero que você ainda possa erguer um vigoroso brinde apresentando seus oponentes como mercadores mercadores ou senhores de terras que exploravam o povo. Seu desaparecimento deixou um vazio no ad populum apenas parcialmente preenchido ,pelos misteriosos "especuladores". Eles são um tanto mais nebulosos porque, enquanto arrendar propriedades e negociar cereais eram ocupações respeitáveis :que podiam ser identificadas, poucas pessoas escreveriam "especulador" no espaço do formulário destinado à sua ocupação. Contudo, sua intangibilidade confere um caráter obscuro e sinistro que exacerba sua nocividade.
Oponho-me a zonas comerciais porque elas se tornariam decadentes áreas de corrupção, caracterizadas por negociantes velhacos e especuladores.
(Tenha cuidado! Algumas audiências poderiam gostar de como isto soa.) O seu próprio ad populum virá naturalmente, já que você está em defesa dos fracos e dos oprimidos e do garoto simples da região. As pessoas que estão contra você são os chefões, os endinheirados do setor financeiro e os burocratas. Os "banqueiros abastados" abastados" perderam sua eficácia no dias de hoje; a maioria das pessoas pessoas identific identifica-os a-os ao seu seu gerent gerentee local, local, que não não é tão rico. rico. Lembre-se Lembre-se de usar usar as palavras-chave em relação às quais as pessoas não consideram o preconceito respeitável. Você deve ser referir às minorias raciais, por exemplo, como "estranhos" ou "forasteiros'; mesmo que estejam ali antes mesmo de você.
;
z
Se permitirmos que a loja da esquina feche, isso significará um dinheiro suado saindo da comunidade e passando a ricos homens de negócios em carros reluzentes. A loja da esquina faz parte de nossa localidade; é uma presença amigável na vizinhança; é o ponto focal da comunidade na qual crescemos.
(As pessoas não farão nada lá, a não ser comprar.) • ~
Conclusão positiva a partir de premissas negativas
Conclusão positiva a partir de premissas negativas UM ARGUMENTO que deriva uma conclusão a partir de duas premissas não pode pode ter ter dua duas pre prem missa issass neg negativ ativas as,, ma mas pode pode ter ter uma, uma, desd desde e que que a conc conclu lusã são o também seja negativa. Comete-se uma falácia quando uma conclusão positiva é derivada de duas premissas das quais uma é negativa. Alguns gatos não são estúpidos , e todos os gatos são animais ; logo, alguns animais são estúpidos. ( Mesmo que alguns sejam espertos o bastante para não serem gatos, a conclusão não proce procede de.. Uma Uma premi premissa ssa é neg negati ativa va;; por por con conseg seguin uinte, te, qualqu qualquer er conc conclus lusão ão que seja seja válida tem de ser tamb ém' negativa.)
Embora duas coisas possam estar inter-relacionadas mediante a relação que cada uma tem com uma térceira coisa, se uma das relações concerne ao que não é verdadeiro para uma, a dedução tem de mostrar que a outra está total ou parcia parcialme lmente nte excluíd excluídaa de, de, algum algumaa clas classe. se. Em outras outras palavr palavras, as, se cada cada uma uma delas delas mantém uma relação diferente com uma terceira coisa, elas não podem pertencer ambas à mesma classe. A falácia de derivar uma conclusão positiva de premissas negativas leva-nos a crer que coisas pertencem a uma classe falando de coisas que não pertencem. O problema com esta falácia é que ela pode ser identificada a uma milha de distância. Você pode tentar persuadir uma audiência de que os ratos são ovelhas dizendo-lhes o que os ratos são e o que as ovelhas não são, mas provavelmente não terá êxito pela simples razão de que as pessoas sentem o cheiro do rato antes que a lã seja posta diante dos seus olhos. É extremamente fácil perceber que você não pode afirmar que duas coisas são a mesma coisa simplesmente porque elas são diferentes. A única ocasião em que você tem uma chance de se sair bem com esta falácia é ao telefonar para um programa de rádio ao vivo. E isso apenas porque tudo é possív possível el num num progra programa ma de rádio rádio com telefo telefonem nemas as ao ao vivo vivo..
Post hoc ergo propter hoc
A SENTENÇA latina traduz-se por "após isso, logo por causa disso"; ou livremente: "após o fato, logo devido a ele", e é a falácia de supor que, porque um determinado acontecimento seguiu-se a outro, então o segundo foi causado pelo primeiro.
Gomo vencer todas as argumentações
Imediatamente Imediatamente depois da introduƒ‚o das ervilhas em conserva, o ‰ndice de nascimentos de ileg‰timos elevou-se chegando a um novo pico, do qual s† desceu quando as ervilhas congeladas expulsaram do mercado as ervilhas em conserva. A conex‚o „ inteiramente †bvia. (Talvez ‡bvia demais para ser verdadeira. Se vocŒ j‹ est‹ pensando em alimentar suas filhas com feij“es em vez de ervilhas, lembre de deixar claras para elas todas as demais coisas que precederam a eleva‰Šo no nascimento de filhos ileg†timos. Elas devem se manter longe da televisŠo, dos avi“es a jato, do polietileno e das gomas de mascar, para mencionar apenas alguns dos perigos mais ‡bvios.) Embora dois acontecimentos sejam consecutivos, não podemos simplesmente simplesmente assumir que um deles não teria ocorrido sem o outro. O segundo poderia ter ocorrido de qualquer maneira. Os dois acontecimentos podem estar interconectados por um fator comum a ambos. A maior prosperidade pode influenciar nossa propensão a consumir ervilhas em conserva e também nossa propensão a realizar atividades
que aumentem o índice de nascimentos ilegítimos. As crianças pequenas em máquinas de jogos oferecem uma ilustração vívida da falácia post hoc. Elas muitas vezes podem ser vistas com os dedos cruzados, os olhos fechados, pulando numa perna perna só ou em qualque qualquerr outra outra contor contorção ção física física que que algu alguma ma vez tenha tenha prec precedid edido o uma vitória. Elas vinculam suas preparações aleatórias com o resultado de sua sorte; e, nisso, não diferem em nada de apostadores mais adultos, cujos pés de coelho e outros amuletos escondidos denunciam a mesma suposição. Se funcionou uma vez, funcionará de novo. Infelizmente, dificultando nossa habilidade de previsão, todos os acontecimentos são precedidos por um número infinito de outros acontecimentos. Antes que possamos atribuir a idéia de causa, precisamos de mais que a simples sucessão no tempo. O filósofo David Hume indicou a regularidade como o principal requisito, com alguma contigüidade no tempo e no espaço. É mais plausível que descrevamos um germe como a causa de uma infecção num homem se a sua presença precedeu regularmente a infecção e se ele for encontrado no corpo que está infectado. O encanto da falácia post hoc aparece quando deixamos para trás a idéia cotidiana de causa e efeito. Embora suponhamos compreender os mecanismos mecanismos por meios meios dos dos quais quais um um acon acontecim tecimento ento leva a outro, outro, Hume Hume mostrou mostrou que isso isso se resume à nossa expectativa de regularidade. A chama da vela no dedo e a dor subseqüente são chamadas de causa e efeito porque temos a expectativa de que urna decorra regularmente da outra. Evidentemente, forjamos todo tipo de explicações como fios invisíveis interligando as duas coisas, mas elas, em última análise, consistem em interpor eventos não observados entre o nosso primeiro
Quaternio terminorum
acontecimento e o nosso segundo acontecimento. Como podemos saber se esses eventos não observados são realmente a causa? Isso é fácil: eles sempre se seguem uns aos outros. Esta lacuna em nosso conhecimento oferece uma vaga na qual as falácias podem podem estacio estacionar nar à vonta vontade. de. Os historia historiador dores es gregos gregos discutia discutiam m regula regularm rment entee os desastres naturais de acordo com as ações humanas. Ao buscar a causa de um terremoto, por exemplo, podemos encontrar Heródoto, ou até Tucídides, discutindo seriamente os acontecimentos que o precederam antes de concluir que a causa foi provavelmente um massacre previamente perpetrado pelos habitantes da cidade atingida. Aquele que está determinado a impingir falácias verá que este é um campo de oportunidades. O que quer que seu oponente esteja defendendo certamente já foi tentado em algum outro lugar, de algum modo, em alguma ocasião. Tudo o que você prec isa fazer é atrib uir as co isas rui ns qu e se se guir am co mo cons eqüên cias daq uele fator. Sabemos que coisas ruins se seguiram porque coisas ruins estão acontecendo o tempo todo; sempre há abundantes terremotos, ofensas sexuais e propagandas polít polític icas as na telev televisã isão o que que você você pode pode lança lançarr à porta porta de seu seu adv advers ersári ário. o.
ˆ O aprisio aprisionam nament entoo „ uma uma cois coisaa b‡rb b‡rbara ara.. Dev Devemo emoss tenta tentarr com compre preen ender der os crimin criminoso ososs e cur‡-los usando prisŽes abertas e terapia ocupacional. ˆ Eles t•m t•m tent tentad adoo isso isso na Su„cia desde 1955, e veja o que aconteceu: suic‰dios, degeneraƒ‚o moral e b•bados por toda parte. Queremos que isso aconteƒa aqui? (Urna expressŠo como "degenera‰Šo moral" ˆ a marca registrada do perpetrador de fal‹cias e mais ou menos imposs†vel de refutar.) Bua tern io term ino rum
QU AT ER NI O T ER MIN OR UM „ a falácia dos quatro termos. O argumento-padrão de três linhas requer que um dos termos se repita nas duas primeiras linhas e seja eliminado na conclusão. Isso I sso porque ele funciona relacionando duas coisas uma à outra primeiramente relacionando cada uma delas a uma terceira. Esse raciocínio "silogístico" depende de um termo, o "termo médio'; que se repete premiss issas as mas mas desa desapar parece ece na concl conclusã usão. o. Quan Quando do há, em lugar lugar diss disso, o, quat quatro ro nas prem termos separados, não podemos derivar a conclusão de modo válido, e comete-se o quaternio terminorum. Jo‚o „ admi admirad rador or de de Pedro Pedro,, e Pedr Pedroo „ admira admirador dor de Paul Paulo; o; logo, logo, Jo‚o Jo‚o „ admira admirador dor'' de Paulo.
Como vencer todas as argumentações
( O erro aqui é mais óbvio. João pode admirar Pedro por seu intelecto, e Pedro pode admirar Paulo por sua Mercedes. Uma vez que João tem um velho Bentley, pode ser que ele não estenda a admiração que tem por Pedro ao outro reles novo-rico.)
A falácia ocorre porque, estritamente falando, os termos neste tipo de argumento estão separados pelo verbo "ser". O termo é constituído por tudo o que vier depois do verbo. Pode ser "o pai de'; "grato a" ou muitas outras coisas. A menos que todo o termo apareça na próxima linha, há um quaternio terminorum. Evidentemente, Evidentemente, com quatro termos não se podem deduzir novas relações entre os termos mediante um termo médio comum a ambos, já que não há um. Jo‚o Jo‚o „ o pai pai de de Pedr Pedro, o, e Pedro Pedro „ o pai de Paulo; Paulo; logo, logo, Jo‚o Jo‚o „ o pai de Paulo. Paulo. (Até o seu avô consegue ver que isto está errado.)
Veja agora um exemplo no qual há um termo médio repetido:
Jo‚o Jo‚o „ o pai pai de de Pedr Pedro, o, e o pai pai de Pedro Pedro „ o pai de Paulo; Paulo; logo, logo, Jo‚o Jo‚o „ o pai de Paulo. Paulo. (Aqui há realmente três termos, e isto é válido.)
O quaternio terminorum pod pode res resul ulta tarr num numa a conf confus usã ão inte interm rmin ináv ável el nas nas
relações cotidianas. Se João é devedor de Pedro (com uma dívida de 45 reais) e Pedro é devedor de Paulo (que o salvou de um afogamento), João pode ficar muito surpreso ao ver Paulo bater em sua porta para lhe cobrar o dinheiro devido com ameaças. Por outro lado, se João é apaixonado por Maria e Maria é apaixonada por Paulo, ninguém a não ser um novelista tentaria completar a dedução falaciosa. Há maior probabilidade de que a falácia dos quatro termos apareça como como um erro genuíno do que com a intenção deliberada de iludir. As pessoas podem se enganar, mas provavelmente não enganarão outros. Há algo no aspecto estranho da falácia que alerta os descuidados; é como um cheque sem a quantia preenchida. Talvez possa possa estar estar sem sem data, data, talve talvezz até até sem sem assin assinatu atura, ra, mas mas todo todoss olha olham m para para a qua quanti ntia. a.
A China China „ pac‰fic pac‰ficaa em relaƒ‚o relaƒ‚o Franƒ Franƒa, a, e a Franƒ Franƒaa „ pac‰fica pac‰fica em relaƒ relaƒ‚o ‚o aos aos Estad Estados os Unidos; logo, a China „ pac‰fica em relaƒ‚o aos Estados Unidos. ( Você nem precisa saber nada sobre a China para saber que isto está errado. Apenas se lembre de não se basear em nenhuma relação com a França quanto ao assunto.)
Um modo de usar a falácia com uma boa chance de êxito é contrabandeá-la etn meio a um grupo de comparativos. As expressões comparativas, tais como "maior que"; "melhor que'; "mais forte que" ou "mais gordo que'; funcionam
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O arenque defumado
porqu porquee são são trans transiti itiva vas, s, a des despe peito ito dos dos term termos os.. Após Após algum algumas as dela delas, s, insira insira a rel relaç ação ão não-transitiva e pode ser que dê certo.
Queri Querida da,, sou sou maio maiorr que que voc•, voc•, mais mais forte forte e mais mais rico. rico. Entr Entreta etanto nto,, eu a resp respeit eito. o. Voc• Voc• tem com sua m‚e esta mesma relaƒ‚o; portanto, eu tamb„m respeito sua m‚e. (Eu só não a quero aqui em casa.)
0 arenque defumado QUANDO OS cães de caça estão empenhados em seguir um rasto de sua própria escolha, preferencialmente àquele escolhido pelo chefe da caçada, um arenque defumado é usado como Manobra de diversão para fazer a transferência do faro para para uma uma outra outra trilha trilha.. Atado Atado a uma uma corda corda,, ele ele é levado levado ao longo longo do rasto rasto que os cães estão seguindo. O aroma poderoso é suficiente para fazê-los seguir seu rasto, esquecendo-se do que estavam farejando. O arenque é então habilmente desviado para para o rast rasto o de de pre prefer ferên ência cia do caçad caçador or.. Na lóg lógica ica,, o arenqu arenquee é arrast arrastado ado ao longo longo de um argum argument ento. o. Seu Seu odor odor é tão tão
forte que os participantes: são irresistivelm ente atraídos em seu rasto, esquecendose do objetivo original. Á falácia do arenque defumado é cometida sempre que se usam elementos irrelevantes para desviar as pessoas do cerne do argumento, encaminhando-as a uma conclusão diferente.
ˆ A pol‰cia pol‰cia deve deve impedir impedir que manifest manifestante antess ambien ambientalis talistas tas incom incomodem odem o pŒblico pŒblico em geral geral.. Afin Afinal, al, n†s pagam pagamos os nosso nossoss impo imposto stos. s. ˆ A deva devasta staƒ‚ ƒ‚oo glob global al n‚o n‚o „ com certez certezaa infi infinit nitam ament entee pior pior que que uma uma pequ pequen enaa inconveni•ncia? (Pode até ser que sim, mas esse peixe suculento e odorífero não era a trilha que estávamos seguindo.)
O uso do arenque defumado defumado é falacioso porque usa elementos irrelevantes para para evita evitarr a conc conclu lusã são o a que se chega chegaria ria em sua sua aus ausênc ência. ia. Se o argu argume mento nto cond conduz uz a uma direção particular porque a razão e as evidências assim o direcionam, não é válido desviá-lo mediante elementos externos, por mais atrativos que possam ser. ˆ Com licenƒ licenƒa, a, sen senho hor. r. O que que faz faz um um colar colar de diama diamante ntess pend pendur urado ado em seu bolso? bolso? ˆ Oh! Mas Mas este este c‚o c‚o que que est‡ est‡ com com voc• voc• n‚o n‚o seri seriaa uni uni pasto pastorr alem alem‚o ‚o de raƒa raƒa pur pura? a? (Ainda que o policial perca o rasto, o cão não perderá.)
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Refutando o exemplo
Como vencer todas as argumentações
Quanto mais o arenque parecer seguir a trilha original, mais atrativo será, e também mais eficaz em desviar a atenção.
ˆ Os donos donos de bare baress sempr sempree tentam tentam promove promoverr aquilo aquilo que lhes seja mais mais lucrat lucrativo. ivo. ˆ Acho cho que que essas essas modas odas v‚o v‚o e v•m v•m. Num Numaa ocasi‚ ocasi‚o, o, prom promov over er‚o ‚o a cerv cerveja eja clara clara por por julgare julgarem m que que a deman demanda da est‡ concen concentra trada da nela; nela; mas, mas, um ou dois dois anos anos mais mais tarde, tarde, podem podem estar promovendo a cerveja conservada em ton„is. (A atra‰Šo aqui ˆ que o racioc†nio parece similar Ž trilha original. Ele fala sobre o que os donos de bares promovem, mas, ap‡s seguir esta trilha por uma ou duas horas, os debatedores estŠo tŠo embriagados pelo argumento quanto pela cerveja.) Os arenques defumados são usados por aqueles que não têm um bom argumento e percebem que os cães farejadores estão perigosamente perto. Os políticos políticos sob pressão pressão alardear alardearão ão um arenque arenque tão tão tentad tentador or que os cães cães se voltar voltarão ão para para ele, ele, mesm mesmo o que que para para isso isso acab acabem em salta saltand ndo o para para a morte morte.. Os Os advo advoga gado doss disseminam os arenques, lançando-os aos pés do júri para desviar a atenção de seus clientes trapaceiros. Todo advogado famoso tem a reputação de ter usado o truque de pôr um arame dentro do cigarro para que, em lugar de ouvir atentamente os detalhes de sua argumentação fraca, os jurados assistam, com crescente aflição, o comprimento das cinzas do cigarro ficar cada vez maior. O arenque, nesse caso, é visual, como a gravata-borboleta de cor berrante do vendedor que desvia a atenção da má qualidade de seu produto. ˆ Voc• Voc• nun nunca ca se lemb lembra ra do meu aniver anivers‡r s‡rio. io. ˆ Eu j‡ lhe lhe diss„ diss„ que voc• voc• tem lindos lindos olhos? olhos? Você nunca deve atacar com um argumento fraco sem um bolso repleto de arenques para sustentá-lo ao longo de sua exposição. Quando suas energias intelectuais começarem a decair, seu sortimento de arenques lhe permitirá respirar. Se você almeja chegar ao nível dos peritos, deve selecionar seus arenques com base nos interesses conhecidos de sua audiência. Cada matilha tem o seu aroma favorito, e os seus arenques devem ser escolhidos tendo isso em mente. Quando for preciso sacar o seu arenque, a audiência não conseguirá resistir à sua isca predileta. Você pode ganhar respeito nas mais difíceis situações introduzindo habilmente o assunto do problema de coluna do argumentador, ou até de suas férias de verão. Se estiver realmente desesperado, você poderá falar até de seu gato de estimação.
Refutando o exemplo COM FREQÜÊNCIA aduzem-se exemplos pará apoiar um argumento. Quando a atenção se concentra em demonstrar que o exemplo é falso, mas deixa intocada a tese principal, comete-se a falácia da "refutação do exemplo':
Os adolescentes hoje s‚o muito mal-educados. Aquele garoto da casa vizinha quase me derrubou na rua ontem, e nem mesmo teve a preocupaƒ‚o de pedir desculpas. ˆ Voc• est‡ est‡ erra errado do.. Sim Simon on n‚o „ mai maiss um um adole adolesce scente nte.. •
Embora um exemplo possa ilustrar e reforçar um argumento, o fato de que seja refutado não refuta o argumento em si. Pode haver muitos outros casos que sustentem a tese e que sejam casos genuínos. Há uma clara distinção entre a atividade inteiramente legítima de questionar as evidências de um oponente e concentrar as críticas no exemplo em vez de concentrá-las na tese que ele sustenta. Comete-se a falácia quando se insiste na rejeição da afirmação central com base no fato de haver sido usado um maZ exemplo para apoiá-la.
Posso mostrar que n‚o „ de modo algum verdadeira a alegaƒ‚o de que a caƒa „ cruel para com os animais. No caso da caƒada descrita, o que n‚o foi informado „ que a necropsia revelou que a raposa em quest‚o morrera de causas naturais. … um exagero a acusaƒ‚o de crueldade. (A raposa est‹ mais viva que o argumento.) Um caso desta falácia ocorreu numa eleição geral. Um dos partidos apresentava um cartaz que exibia uma família feliz para ilustrar o slogan de que a vida era melhor com tal partido. Seus oponentes dedicaram uma extraordinária quantidade de tempo e atenção à vida real do modelo que aparecia na fotografia, divulgando o fato de que o seu casamento não era um casamento feliz. O esforço presumi presumivelm velmente ente se base baseava ava na crenç crençaa de que haveri haveriaa menor menor proba probabilid bilidade ade de que o público acreditasse no fato se o exemplo fosse refutado. Por alguma razão, esta falácia predomina nas discussões sobre esportes. Para defender uma afirmação geral, como "a Espanha produz os melhores artilheiros", oferecer-se-á um exemplo. Isso parece ser a deixa para uma longa e tediosa avaliação dos méritos do indivíduo em questão. A suposição, ao longo de toda a discussão, parece ser a de que a afirmação geral inicial será validada ou refutada segundo o veredicto sobre o exemplo.
Como vencer todas as argumentações
Você pode criar situações para usar esta falácia incitando seus oponentes a fornecer um exemplo. Seu forte ceticismo, retrucando com um "por exemplo?" às suas afirmações, os impelirá a apresentar um caso concreto. Tão logo o façam, você ataca o exemplo, mostrando que ele não pode ser válido. Caso se apresente o exemplo de uma família para mostrar que o salário dos motoristas de ônibus é muito baixo, pode-se atacá-lo com grande mérito indagando se a família possui uma televisão em cores e quanto o marido gasta em cerveja. Mesmo que você não consiga aniquilar o exemplo acarretando com isso a aparente destruição da afirmação que ele sustenta, provavelmente poderá ampliar a conversa para a discussão mais geral sobre o que constitui a pobreza, lançando dúvidas sobre se a afirmação inicial realmente significa algo. Isso se chama "análise lingüística".
Reificação
A FALÁCIA da reificação, também chamada de hipostasiação, consiste na su posiçã posição o de de que que as palavr palavras as têm têm de denota denotarr coisas coisas reais. reais. Pelo Pelo fato fato de que podem podemos os admirar a vermelhidão de um pôr-do-sol pôr-do-sol não temos de ser llevados, evados, pela existência da palavra, a supor que a vermelhidão é uma coisa. Quando vemos uma bola vermelha, uma mesa vermelha, uma caneta vermelha e um chapéu vermelho, cometemos a falácia da reificação caso suponhamos que há um quinto objeto presen presente, te, a verme vermelhid lhidão ão,, junto junto com com a bola bola,, a mesa mesa,, a cane caneta ta e o chap chapéu. éu. Extraímos a branc ura das nuven s e inserimo s numa barra d e sabão ima culada.
(Já que a bran brancu cura ra das das nuv nuven enss não não é um um objet objeto, o, não não pode pode ser ser pro proce cess ssad ada a com como uma uma coisa material.)
Transformar qualidades descritivas em coisas é apenas uma das formas de reificação. Podemos também cometer o erro de supor que os substantivos abstratos são objetos reais. Ele percebeu que havia jogado fora seu futuro e pas sou o resto da tarde tentando enco ntrálo novamente. (Se vo. acha que isso parece bobo, deveria ver Platão à procura da justiça.)
Os objetos têm atributos, e cometemos a reificação se supomos que tais atributos são tão reais quanto os objetos dos quais dependem. dependem. 118
Reificação
Ele [o gato d e Cheshirej desapare ceu lent amente, começan do pela p onta da c auda e terminando pelo sorriso, que ainda permaneceu certo tempo depois que o restante havia desaparecido. ( Alice pôde vê-lo porque tinha olhos muitos aguçados. Afinal, ela havia visto ninguém na estrada, enquanto a duquesa havia tido muita dificuldade em ver alguém.)
A falácia ocorre porque nossas palavras não têm o poder de evocar a existência real. Podemos falar sobre coisas que não existem, e podemos falar sobre elas de uma forma quando elas na verdade existem de outra forma. `A vermelhidão invadiu o céu" diz mais ou menos o mesmo que "o céu ficou vermelho'; mas as palavras denotam ações diferentes. Nossas palavras não são evidências da existência das coisas; elas são ferramentas para falar sobre aquilo que experimentamos. Há uma escola de filósofos que acredita que, se podemos falar sobre as coisas, elas, em certo sentido, têm de existir. Uma vez que podemos formular sentenças sobre unicórnios e o atual rei dà França, eles afirmam que hão de existir unicórnios e o atual rei da França Fr ança (presumivelmente (presumivelmente com este último ú ltimo montado num dos dos prim primeir eiros) os).. Contudo, outra escola eleva a falácia a uma forma de arte, falando das "essências" das coisas. Os membros dessa escola afirmam que o que faz que um ovo seja um ovo e nenhuma outra coisa é a sua "ovidade", ou a essência do ovo. Essa essência é mais real e mais durável que o ovo concreto, pois os ovos comuns desaparecem em bolos, bolos, mas a idéia de um ovo persiste. A objeção óbvia de que isso é uma bobagem é uma das principais. Nós usamos as palavras como rótulos, para para fixar fixar às coisa coisass de de mod modo o que que não não ten tenham hamos os de ficar ficar aponta apontand ndo o para para elas elas e nos nos comunicando por meio de linguagem de sinais. Pouco se pode inferir disso, a não ser que concordemos em usar as palavras de certa maneira. Se alguém apresenta as "essências" por trás das suas palavras para lhe mostrar aquilo em que você realmente realmente acredita, mude as palavras. — Você afirma apoiar a liberdade, mas todo o sistema democrático liberal tem a essência da escravidão. — Tudo bem. Então chamemos de escravidão. E deixemos claro que, com "escravidão", queremos dizer: as pessoas votando segundo sua vontade nas eleições, imprensa livre e um sistema judiciário independente etc.
(Esta é urna tática desconcertante. O acusador pretendia que a antiga imagem dos escravos sendo açoitados em plantações fosse transferida para a descrição das democracias democracias ocidentais.)
Como vencer todas as argumentações
O seu uso da reificação pode ser dirigido para mostrar que aquilo que as pessoas dizem apoiar envolve-as no apoio à sua posição. Simplesmente pegue todos os conceitos abstratos, transforme-os em entidades reais e comece a demonstrar que as suas reais naturezas estão de acordo com aquilo que você estava dizendo.
Voc• diz que Deus existe, mas examinemos esta id„ia de exist•ncia. Podemos falar sobre mesas que t•m exist•ncia, cadeiras que t•m exist•ncia e assim por diante, mas, no que se refere exist•ncia pura, „ preciso eliminar as mesas e cadeiras e todas as coisas que existem, e ficar apenas com a exist•ncia em si. Ao eliminar tudo o que existe, n‚o existe nada, ent‚o voc• pode ver que a exist•ncia do seu Deus „ o mesmo que a n‚o-exist•ncia. (Ele nunca dir‹ que a existŒncia nŠo existe. Afinal, Hegel nŠo fez isso.) U trem desgovernado UM TREM desgovernado transporta-o velozmente, mas infelizmente não pára. Isso significa que, quando você chega ao destino pretendido, não pode sair do trem e é levado adiante. Comete-se a falácia do trem desgovernado quando um argumento argumento usado para sustentar s ustentar um curso de ação sustentaria também algo além dele. Se você quer parar num ponto específico, precisa de um argumento que lhe perm permita ita isso. isso. Pode ser verdade que baixar o limite de velocidade de uma estrada de 110 km/h para 100 km/h salve vidas. Isso, porém, não é um argumento suficiente para para se decidi decidirr por por 100 100 km/h, km/h, pois pois baixar baixar o lim limite ite para para 90 90 km/h km/h salvar salvaria ia aind aindaa mais vidas. E ainda mais a redução para 80 km/h. A conclusão óbvia desse trem desgovernado é que, se salvar vidas for a única meta, o limite de velocidade deverá ser estabelecido no nível que salva o máximo de vidas, ou seja, O km/h. Na prátic prática, a, as as vidas vidas em risco risco de cada cada limite limite de de veloc velocidad idadee propo proposto sto têm de ser medidas em comparação com as vantagens da possibilidade de viajar e de transportar bens rapidamente. A maioria de nossas atividades diárias envolve um grau de risco que poderia ser reduzido se limitássemos nossas ações. Na prática, permuta permutamo moss os os risco riscoss pela pela conv conveni eniênci ênciaa e pelo pelo confort conforto. o. Se Se o argumen argumento to em em defesa de estabelecer o limite de 100 km/h estiver baseado unicamente nas vidas que seriam salvas, o argumentador precisará de razões adicionais para parar no limite li mite de 100 km/h antes que o trem desgovernado o conduza ao limite de 90 km/h, depois ao de 80 km/h, espatifando-se por fim ao chegar ao limite de O km/h. As pessoas argumentam que, já que no Reino Unido todos têm de pagar pelo serviço de saúde do país, isso dá ao Estado uma justificação suficiente para proibir o fumo, pois os fumantes têm mais doenças. Pode haver boas razões para proibir o
O trem
desgovernado
fumo, mas o argumento de que os custos do comportamento do fumante seriam impostos aos outros é um trem desgovernado. Por que parar aqui? O mesmo argumento se aplica a ttodos odos os comportamentos que afetam a saúde de modo prejud prejudici icial. al. Pode Pode ser aplica aplicado do à inge ingestã stão o de de gord gordura ura satura saturada, da, como como mante manteiga iga,, ou ou de açúcar refinado. O Estado poderia exigir que as pessoas se exercitassem a fim de impedir que os custos médicos de seu sedentarismo recaíssem sobre outros. Se esse argumento se aplicar somente ao fumo, terá de haver razões para que o trem pare aí. Uma pessoa embarca num trem desgovernado quando está tão preocupada com a direção que se esquece de pensar na distância. Ela pode prosseguir contente em sua jornada até que seu devaneio é interrompido por alguém que pergunta: "Por que parar aqui?".
Estadoo deve deveria ria subsid subsidiar iar a †per †pera, a, pois pois seria seria muito muito caro caro mon montar tar produƒ produƒŽes Žes sem o apoi apoioo O Estad de verbas pŒblicas. (E, Ž medida que o trem aparece Ž dist”ncia, espere as esta‰“es dos concertos son et reencena‰“es da guerra civil e exibi‰“es de gladiadores. Se a ‡ pera ˆ diferente lumi’re, reencena‰“es desses outros casos precisamos saber por quŒ.) ;
Com freqüência se comete a falácia quando alguém apresenta um argumento geral em defesa de algo que vê como um caso especial. Se o argumento tiver algum mérito, o ouvinte imediatamente se perguntará por que ele deve ser limitado àquele caso específico. Para combater um trem desgovernado, geralmente basta apontar algumas das estações absurdas ao longo dos mesmos trilhos. Se devemos suprimir as boas escolas por darem aos nossos filhos uma vantagem "injusta'; por que não impedir que pais ricos façam o mesmo ao comprar livros para seus filhos ou levá-los em viagens ao exterior? Para convencer as pessoas a embarcar no trem desgovernado, simplesmente apele às coisas que as pessoas mais favorecem, como salvar vidas, ajudar viúvas e órfãos e ter filhos mais bem-comportados. Use o apoio geral que tais coisas detêm para para invoc invocar ar apo apoio io para para a propo proposta sta única única que que você você defe defend nde, e, que que pod poderá erá ajudar ajudar a alcançá-las, mesmo ao ignorar cuidadosamente as outras. Num uso muito muito espe especial cializad izado o da da falác falácia, ia, você você deve deve cons consegu eguir ir a aceitaç aceitação ão dos princípios sustentando um objetivo razoável, e, em seguida, apenas quando aquele ponto houver sido alcançado, deve revelar o objetivo irrazoável também sustentado pelos mesmos princípios.
Voc•s concordaram concordaram em permitir uma sala de bingo na cidade porque as pessoas devem ter a escolha de jogar caso desejem. Proponho agora ter m‡quinas de jogos em cada esquina precis precisam ament entee pela pelass mesm mesmas as razŽes razŽes..
Terreno instável
Como vencer todas as ar gumentações
Secundum quid
A FALÁCIA secundum FALÁCIA secundum qu id é também conhecida como falácia da generalização precip precipita itada da.. Come Cometete-se se a fal falác ácia ia semp sempre re que se chega chega a uma uma gene general raliza izaçã ção o com com base base em casos muito escassos ou possivelmente não-representativos. O argumento vai de casos particulares a uma regra geral com base em evidências inadequadas. Estive em Cambridge por dez minutos e encontrei três pessoas, todas bêbadas . Todo o lugar deve estar em perpétuo estado de embriaguez.
(Não necessariamente. necessariamente. A noite de sábado em frente ao Trinity College pode ser inteiramente diferente do ambiente diante da capela do King's College no domingo. Uma pessoa que visita,Londres e vê três pessoas em frente a um escritório de jornal ao meio-dia pode tirar urna con clusão similar sobre a cidade.)
A falácia está na suposição que tem de ser estabelecida. Deve-se tentar garantir que a amostra seja suficientemente grande e suficienteme s uficientemente nte representativa. Um ou dois casos em circunstâncias particulares não justificam a suposição de uma regra geral — não mais do que ver uma moeda moeda caindo duas vezes seguidas com a face da coroa voltada para cima poderia justificar a afirmação de que ela se comportará sempre assim. Por trás da identificação da falácia está nosso reconhecimento de que os poucos casos observados podem podem constituir exceções a uma regra geral que prevaleça. Não compre aqui. Certa vez eu comprei queijo e estava mofado.
Um visitante que avalia a população de Londres com base na experiência de um dia de cerimônia matrimonial da realeza provavelmente estará tão errado quanto alguém que faz um julgamento similar sobre Alberdeen num dia de coleta de doações de caridade. A regra básica é: "Não se apresse em tirar conclusões". Pesquisadores de opinião tentam ser muito cuidadosos para evitar secundum quids. Uma famosa pesquisa norte-americana certa vez previu erroneamente uma vitória dos republicanos porque efetuou a pesquisa por telefone, sem levar em conta que uma percentagem menor dos democratas possuía telefones. Os parti partidos dos políti político coss não não são de modo modo algum algum contrá contrário rioss a anunc anunciar iar o apo apoio io que estão estão recebendo citando pesquisas obviamente não-representativas. O conhecimento científico é como um campo de batalha minado de secundum quids.As quids.As teorias científicas são muitas vezes propostas com apenas alguns exemplos que as sustentam. O problema é saber quando há casos suficientes para se ter certeza da regra geral proposta para explicá-los. Surpreendentemente, a resposta é: nunca. A ciência avança sabendo que sempre pode surgir um novo caso que mostre que até mesmo as suas teorias mais sólidas estão erradas. Um bilhão de maçãs podem ter atingido uris bilhão de cabeças desde a descoberta de Newton, mas ainda assim bastaria que uma única maçã levitasse em vez de cair para obrigar ao menos a uma modificação da teria geral da gravidade. Os secundum quids lhe, serão muito úteis para persuadir audiências a aceitar julgam ento s que co incid ar#t co m o s seus. Vo cê deve recor rer a u m ou dois casos, se possív possível el basta bastante nte conhec conhecido idos, s, como como prova provass de de um um julgam julgamen ento to geral geral.. Todos os atores são esquerdistas subversivos. Vou lhe dar alguns exemplos...
(Em seguida espalhe sobre todos os membros da profissão a tinta que extraiu de dois deles.)
(Isto cheira a uma condenação ampla firmada sobre uma base estreita.) Claramente se requer um julgamento sutil para distinguir dist inguir um secundum qui d de um caso em que um ou dois exemplos efetivamente possibilitam que se faça um julgamento válido. Ao avaliar a aptidão de candidatos a pais adotivos, por exemplo, seria prudente fazer um julgamento com base num único incidente de abuso infantil. No filme Dr. Fant ástico, quando um comandante psicótico envia seus aviões num ataque nuclear contra a União Soviética, o general tranqüiliza o presidente: "Não se pode condenar todo o sistema só por causa de uma única escorregadela': Ambos os casos lidam com sistemas que buscam um alcance de 100% de segurança e nos quais uma exceção isolada is olada efetivamente valida um por outro outr o lado, la do, diz resp respeito eito à circu circunstâ nstância ncia mais mais julgam julgament ento. o. O secundum quid, geral na qual uma exceção isolada não valida um julgamento. 122
Terreno instável AS PESSOAS podem empregar a cerca para tornar suas argumentações ambíguas ou podem usar um refúgio na definição para afirmar que suas palavras significavam alguma outra coisa. Na terceira versão desse tipo de operação defensiva, as pessoas podem podem realm realmen ente te modif modifica icarr toda toda a bas basee que que estav estavam am mante mantendo ndo,, afir afirma mand ndo o poré porém m uma continuidade. Quando as pessoas mudam a substância do que estavam dizendo, cometem a falácia do terreno instável. Eu disse que gos tei do projeto e o cons iderava bom. Contudo, partilho as objeções apontadas por todos vocês , e só posso d izer quanto isso re força uma visão que venho su stentando há muito tempo de que não basta que um projeto seja bom e inspire simpatia.
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Como vencer todas as argumentações
( Um salto de uma margem à outra com a elegância de um bailarino sobreposta ao desespero de um homem em sérias dificuldades.)
O logro é a fonte da falácia. As críticas à posição inicial são evitadas com a passa passagem gem para para uma uma posiçã posição o dife diferen rente. te. Na medid medidaa em em que o argu argume mento nto se dirigia dirigia à posição conforme era entendida, ele é irrelevante para a nova posição que agora se declara. Do mesmo modo, uma crítica agora terá de recomeçar do início considerando considerando a nova posição, pois a argumentação até então não se centrava nela.
Eu disse disse que que sair‰a sair‰amos mos fortale fortalecid cidos os ap†s ap†s essa eleiƒ‚o. eleiƒ‚o. Veja, Veja, n†s n†s dois dois sabemo sabemoss que que muitas muitas coisas podem fortalecer um partido. Eu sempre julguei uma demonstraƒ‚o de forƒa que um partido seja capaz de responder a cr‰ticas. Ora, com nossa percentagem de votos inferior a 9%, eu acho que... (Isto pode ser testemunhado em todas as eleições por parte de todos os partidos à exceção do vencedor. Em linhas gerais, equivale a "Eu não acho que um placar de cinco a um contra nós deva ser visto como uma derrota para o futebol escocês. É, antes, um desafio que...".) As areias movediças da sorte política com freqüência coincidem com o terreno instável da falácia. Iss Isso o ocorre devido a uma regra patentemente absurda de que nenhum político deve jamais mudar de idéia sobre nada. Fazê-lo seria admitir estar errado antes e, por implicação, que poderia estar errado agora. Por conseguinte, é preciso manter a infalibilidade. O terreno instável, por mais inseguro que possa nos parecer, fornece uma fundação sólida para a continuidade política. Há uma certa classe de argumentos religiosos nos quais absolutamente qualquer coisa com cuja existência se concorde pode ser chamada de divina. Aqui, a base da discussão parece deslizar rapidamente ao longo de vários continentes, e aquilo que começou como uma discussão sobre um homem no céu com uma barba barba branca branca termi termina na na conside consideraç ração ão de algum algum princí princípio pio abstra abstrato to do univer universo. so. O recurso do terreno instável destina-se ao uso defensivo. Você não pode usálo para convencer as outras pessoas acerca de uma nova posição, mas pode usá-lo para para evita evitarr que que se se saiba saiba que você você estava estava errado errado.. Quan Quando do os exér exército citoss vitor vitorioso iososs marcham adentrando seu território após o combate, ficam surpresos ao vê-lo à sua frente, liderando a invasão. Eles haviam, erroneamente, suposto que você estava à frente das forças de defesa.
Depois de ouvir seu ponto de vista, sinto que a emenda do senhor Smith que propŽe inserir a palavra "n‚o" na minha moƒ‚o expressa o esp‰rito do que eu estava tentando dizei. Portanto, aceito sua emenda como um aprimoramento de minha moƒ‚o.
Transferindo o ônus da prova
Há exercícios musculares que você deve praticar todos os dias em frente a um espelho e que facilitam as contorções mentais necessárias para mudar de base com rapidez.
S‰m, policial, caminhei em linha reta de ponta a ponta, e posso explicar a garrafa extra de u‰sque. (Alguém notou o leve tremor em seus pés?)
Transferindo o õnus da prova A TRANSFERÊNCIA do ônus da prova é uma forma especializada do argumentum
ad ignorantiam. Ela consiste em propor uma afirmação sem justificação, com base na alegação de que a audiência tem de refutá-la para que seja rejeitada. Norma Normalm lment ente, e, assum assumim imos os que a nov novaa posi posiçã ção o tem tem de ter evidê evidênc ncias ias ou razões razões
que a sustentem aduzidas em seu favor pela pessoa que a introduz. Quando, em vez disso, essa pessoa requer que nós produzamos argumentos argumentos contra a sua posição ela comete a falácia da transferência do ônus da prova. ˆA opini‚ opini‚oo das das crian crianƒas ƒas deve deve ter ter o maior maior peso peso na contra contrataƒ‚ taƒ‚oo dos dos seus seus profess professore ores. s. ˆ Por Por qu• qu•?? ˆ D•-m D•-mee uma uma boa boa raz raz‚o ‚o para para que que n‚o n‚o seja seja assi assim. m. ( O argumento sempre parece mais razoável do que realmente é. Você pode requerer também que a opinião do zelador, dos serventes e do bicheiro da região seja levada em consideração. Pense nisso, eles podem fazer um trabalho melhor.)
É a proposta em si que tem de ser justificada, não a resistência a ela. A fonte
da falácia é a pressuposição implícita de que algo é aceitável a menos que se prove o contrário. Com efeito, o ônus de oferecer razões é da pessoa que deseja mudar o status quo. Ela tem de mostrar por que nossas práticas e crenças atuais são de algum modo inadequadas e por que suas propostas seriam melhores que elas.
Acred Acredito ito que que uma uma conspi conspiraƒ raƒ‚o ‚o secr secreta eta de illuminati dirigiu clandestinamente os aconte- cimentos mundiais por v‡rias centenas de anos. Prove-me que n‚o „ o caso. precisamos os fazê-lo fazê-lo,, assim assim corno corno não temos temos de de prov provar ar que que isso isso não não foi feito ( Nós não precisam por por elfos elfos invisív invisíveis eis nem por por uma uma civili civilizaçã zação o prov proveni enient entee de de Andrô Andrôme meda da que vive vive em pirâmid pirâmides es sob sob o triân triângul gulo o das das Berm Bermuda udas.) s.)
Como vencer todas as argumentações
A ladeira escorregadia
A máxima de Guilherme de Ockham, usualmente resumida como "as entidades não devem ser multiplicadas além do necessário'; nos diz para não introduzir na explicação mais do que é necessário para explicar. Os acontecimentos do mundo já são são explic explicad ados os seja seja pelo pelo prop propós ósito ito divin divino, o, pelo pelo prog progres resso so evolu evolutiv tivo o ou ou pelo pelo total total caos aleatório. Não precisamos de illuminati acrescentados à trama, e aquele que os introduzisse teria de mostrar quais evidências os requerem na explicação. A transferência do ônus da prova é uma falácia muito disseminada e comum. Na conc concepç epção ão popula popular, r, aque aquele le que que diz "prove "prove"" e aquele aquele que diz "pro "prove ve que não" não" são considerados como estando em condições iguais. Isso é um erro. Aquele que pede pede prova provass está está simple simplesm smen ente te declar declaran ando do a inte intenç nção ão de não não ace aceitar itar mais mais do do que que as evidências requerem. O outro está declarando sua intenção de assumir mais do que isso. - Esta falácia é a frágil escora sobre a qual se sustenta todo o peso de objetos voadores não identificados, da percepção extra-sensorial, dos monstros, dos demônios e das colheres que se dobram. Os defensores desses e de muitos outros fenômenos etéreos tentam nos fazer aceitar o ônus de demonstrar sua falsidade. Esse ônus, uma vez aceito, seria infinito. Não só é extraordinariamente difícil também há uma quantidade infinita de Mostrar que algo não existe, como também possi possibil bilida idade dess a ser testad testadas. as. Você precisará da transferência do ônus da prova caso pretenda fazer uma incursão no mundo das entidades metafísicas. Em lugar de recorrer ao simples "prove que não é"; envolva sua falácia em circunlóquios:
numa ladeira escorregadia; elas funcionam exclusivamente como descida para o desastre. A falácia é supor que um único passo numa determinada direção tem de levar inevitável e implacavelmente a que se percorra todo o caminho ladeira abaixo. Há casos nos quais um passo leva a outro e casos em que isso não ocorre. Não é uma uma falác falácia ia supo suporr que, que, após após o prim primeir eiro o movi movime mento nto,, os próxim próximos os passos passos possa possam m se dirigi dirigirr rum rumo o a conse conseqüên qüência ciass inde indesejá sejáve veis, is, mas mas usua usualm lmen ente te é um erro erro supor que tem de ser assim necessariamente. Há um número limitado de casos em que alguém está condenado após o primeiro primeiro passo; passo; pisar pisar fora fora de de um arranha arranha-céu -céu é um um dele deles. s. Mas Mas na na maior maioria ia das das situações da vida há uma escolha de se queremos ou não queremos seguir adiante. Aqueles que se opõem ao progresso, porém, com freqüência usam o argumento da ladeira escorregadia para sugerir que qualquer reforma levará inexoravelmente a resultados inaceitáveis.
Você é capaz de me mostrar uma evidência convincente que efetivamente refute que...?
(Isto instiga a audiência a fornecer exemplos, dando-lhe chance de escapar para a estratégia de "refutar o exemplo" em vez de apresentar argumentos em favor de seu argumento.) O equívoco comum referente ao ônus da prova lhe possibilitará propor opiniões para as quais não há o menor vestígio de evidência. Você pode sustentar a'existência dos grifos, a perfectibilidade do homem ou as intenções pacíficas dos fundamentalistas fundamentalistas religiosos.
A ladeira escorregadia AS LADEIRAS escorregadias são tão traiçoeiras que até mesmo a primeira pisada
tímida em seus declives faz que você escorregue até o fim. Ninguém jamais sobe
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Oponho-me a reduzir a idade para a permissão de ingestão de bebidas alcoólicas de 21 para 18 a nos. Isso a penas leva rá a futuras pressões p ara que re duzamos de 18 anos pa ra 16. Em seguida, para 14 anos, e, antes que nos demos conta, nossos recém-nascidos serão amamentados com vinho em. vez de leite materno.
A questão é que os fatores que levaram à determinação arbitrária da idade permi permitida tida para para inge ingestão stão de bebida bebidass alco alcoólic ólicas as em 21 anos anos pode podem m se modifi modificar car.. Não há nada nada que que sugira sugira que eles eles cont continu inuem em a se se modi modific ficar, ar, ou que a soc socied iedade ade tem de continuar se adequando a eles. A ladeira escorregadia argumenta basicamente que você não pode fazer nada sem ir longe demais. Isso contradiz o progresso humano, que freqüentemente se deu por meio de pequenos passos sucessivos quando passos maiores poderiam ter sido desastrosos. Se permitirmos que as idéias francesas sobre comida nos influenciem, em breve estaremos " comendo apenas lesmas e alho e ensinando nossas crianças a cantar a Marselhesa. ( Mas pode ser que isso ganhe da pizza e da batata frita.)
Em alguns casos, está em jogo uma questão de princípio, e, uma vez que se abra uma exceção, tudo será permissível. Não se trata tanto de uma ladeira escorregadia, mas de uma queda vertical. Conta-se a história de uma conversa à mesa entre o dramaturgo George Bernard Shaw e uma bela moça: — Você dormiria comigo por um milhão de libras? 127
Como vencer todas as argumentações
— Sem dúvida que sim, eu dor miria. — Eis aqui cinco libras , então. — Cinco libras! O que v ocê pensa que eu sou? — Isso já está claro. Agora nós estamos discutindo o preço. (Shaw estava certo, mas este não é um argumento da ladeira escorregadia que teria levado a moça à imortalidade nos palcos. Uma vez que o princípio tenha sido comprometido, comprometido, o resto é negociado.)
Numa ladeira ladeira escor escorrega regadia, dia, o desast desastre re é alcançad alcançado o em estágios estágios.. A falácia falácia introduz os elementos irrelevantes concernentes às conseqüências de uma ação mais ampla a fim de se opor à proposta mais restrita que de fato foi feita. Você deve usar a falácia para se opor a mudanças. Há pouquíssimas propostas que não conduziriam a um desastre se fossem levadas longe demais. Eles querem cobrar entrada para a entrada no bazar da igreja, mas o seu argumento é que, se isso for aceito, cobrarão mais no ano seguinte, e mais ainda no outro, até que as pessoas mais pobres não poderão participar. A falácia funciona melhor com pessoas pessimistas, que estão sempre prontas a acreditar que as coisas se encaminharão para o pior. Apenas tenha a certeza de que, se fizerem alguma coisa, é quase certeza que isso de fato acontecerá. acontecerá.
Apelo a condi•‚o especial O APELO a condição especial envolve a aplicação de um duplo critério. Embora as regras normais da evidência e da argumentação se apliquem aos outros casos, a falácia do apelo a condição especial estipula que alguns casos constituem exceções e devem ser julgados de forma diferente. Isso normalmente ocorre quando um orador pede um tratamento menos restrito para aquilo que advoga do que procura aplicar nos demais casos. Nossa tentativa de encetar encetar uma conversa foi inteiramente impedida pelo pelo vozerio das conversas das outras pessoas. ( Olhe quem está falando.)
a condição especial é uma fonte de erro. Para aplicar critérios diferentes a determinados casos, precisamos de evidências que justifiquem tal conduta além do mero fato de que gostaríamos de receber um tratamento melhor. Os mesmos critérios que excluiriam aquilo que outra pessoa reivindica excluirão Oapelo
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Apelo a condição especial
também aquilo que nós reivindicamos. Se recebermos tratamento especial, como justific justificare aremo moss vetá-l vetá-lo o a outros outros?? A argu argume menta ntação ção se dá por regras regras gerais gerais,, e não é justific justificado ado que haja haja exce exceçõe ções. s. Embora normalmente normalmente não seja correto invadir a privacidade de alguém, não não há problema em que nós, jornalistas, o façamos, pois servimos a uma necessidade pública. ( Ainda que produzamos lucros privados.)
O apelo a tratamento especial é às vezes descrito como "privilégio do clero'; em virtude do direito qque ue a Igreja medieval estabeleceu estabeleceu de julgar os ofensores pertenc pertencente entess ao clero clero em tribuna tribunais is da da Igreja, Igreja, mesmo mesmo que por crim crimes es civis civis.. Esse Esse direito, que era chamado de "privilégio do clero'; é exatamente aquilo que o pleiteante a tratáìnento especial quer: o direito de ser julgado num tribunal diferente.
O capitalismo sempre deixou áreas de pobreza e miséria e recursos mal alocados. .O socialismo, por outro lado, nunca foi apropriadamente experimentado. ( Você é capaz de identificar o apelo a tratamento especial? Nós somos convidados a comparar o capitalismo na prática, conforme aplicado, com o socialismo teórico. Ele é às vezes chamado de socialismo "real" para ocultar o fato de que é o oposto do real. Evidentemente, se examinamos os países capitalistas para nossa concepção do capitalismo, então devemos considerar os países socialistas para a concepção do socialismo. A comparação deve ser feita entre duas teorias ou entre duas práticas.)
especial são aqueles cujos Quem geralmente se vale do apelo a tratamento especial argumentos não teriam muito êxito nos tribunais comuns. Diante de um conflito entre suas idéias e as evidências, os cientistas mudam suas idéias. Os pleiteantes a tratamento especial, como os cientistas sociais, preferem mudar as evidências e mostrar por que não se podem fazer julgamentos normais em seu caso particular. Com freqüência é a suma importância da causa que é invocada para justificar os critérios especiais. Eu normal mente me oporia à a titude de cuspir em fi guras públ icas, mas a a meaça do aquecimento global é tão terrível que... ( Assim como a ameaça da fluoração, do comércio aos domingos e da nudez canina. Depende de quão intensos são os seus sentimentos a respeito.)
Num nível nível pessoa pessoal, l, todos todos nós nós tende tendemos mos a ser ser mais mais tolera tolerantes ntes conosco conosco que com os outros. Para comportamentos que condenaríamos universalmente ém
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Como vencer todas as argumentações
O espantalho
outros, inventamos desculpas para perdoá-los em nós mesmos. Furar fila pode ser desculpado porque estamos com pressa, mas não pode ser perdoado em mais ninguém. Nosso impulso de comprar é justificado pela necessidade, mas os outros o fazem por ser perdulários. Os mesmos critérios que nos desculpam também desculpam nosso time, nosso grupo, nossa cidade ou nosso país. Ao usar o apelo a tratamento especial em defesa do lado em que você se situa, assegure-se de sempre oferecer justificativas plausíveis para a exceção à regra geral. Nunca se trata trata apenas apenas do do mero mero fato fato de que o seu lado está envolvid envolvido; o; sempre sempre há circunstâncias especiais de interesse público.
O espantalho é falacioso porque não diz nada sobre o argumento real. Como a sociedade dos ignorati elenchi à qual pertence, ele erra totalmente o alvo. Sua função é suscitar, em razão da facilidade com`que é destruído, um desprezo que pode pode ser ser dirig dirigido ido contra contra a figur figuraa real real por por ele represe representa ntada. da. Os aficionados da manobra do espantalho reservam seus mais altos brados de olé! para para aque aqueles les cujo espant espantalho alho se oculta oculta sob uma uma cama camada da de carn carne. e. A questã questão o é que o espantalho nem sempre tem de ser especialmente criado. Escolhendo deliberadamente um oponente cujos argumentos sejam fracos ou absurdos, e decidindo refutá-lo em vez de tentar refutar a principal figura representante de tal posição posição,, você você prati pratica ca o uso do espanta espantalho lho própri próprio o do do verd verdade adeiro iro perito. perito. Até mesmo hoje podem-se ganhar aplausos por "refutar" a teoria da evolução, desde que se tome a precaução de refutar o próprio Darwin. A teoria da evolução moderna é mais avançada, e possui conhecimento de fatores como a genética para ampará-la. Mas você pode erguer Darwin como seu espantalho e, derrubando-o, dar a impressão de ter "refutado" a teoria da evolução. É prática habitual nas eleições escolher como interlocutor o membro mais tolo ou ignorante do lado rival, bem como fabricar extremistas que possam ser aniquilados com meia dúzia de palavras desdenhosas.
No caso de qualquer ou tro garoto, eu seria o primeiro a a dmitir que incendiar a escola é errado, mas Miguel estava sob extrema pressão, como tendem a estar as pessoas muito talentosas... (Ao que parece, as pessoas talentosas se safam de incêndios criminosos e também de
assassinatos.)
O espantalho
O ESPANTALHO da lógica não assusta ninguém. Nenhum corvo provido de auto-respeito agitaria urna pena por causa dele; ele é muito fácil de vencer. Precisamente. O espantalho é fabricado de modo que seja inacreditavelmente fácil de derrubar, de modo que, quando você não consegue refutar o argumento de seu oponente, pode em vez disso destroçar o espantalho. O espantalho é, em suma, uma má interpretação da posição de seu oponente, forjada por você com o pro propó pósi sito to delib eliber erad ado o de derru errub bá-la á-la.. — Devemos liberal izar as leis contra a maconha. — Não. Toda sociedade com acesso irrestri to às drogas perde sua éti ca do trabalh o e é movida apenas pela gratificação imediata.
(E aí vai ele ladeira abaixo! A proposta era liberalizar as leis contra a maconha, mas o "acesso irrestrito às drogas" constitui um alvo muito m ais fácil de atingir.) Tradicionalmente, o espantalho é elaborado como urna formulação propositalmente mais ampla da posição de um oponente. Será muito mais se opor à maioria das visões se elas forem levadas a extremos. Se o seu oponente não se colocar corno um extremista, você poderá obrigá-lo a isso com um espantalho. Qualquer má interpretação à qual você se oponha servirá corno seu boneco. 130
Corno podemos apoiar os democratas se um de seus próprios apoiadores sindicalistas defende um "Estado dos trabalhadores" como o da Rússia soviética?
(Pum! E mais um espantalho beija a lona! Os sindicalistas de um lado, assim como o s empresários de outro, podem ser politicamente ingênuos e, desse modo, podem ser
alvos muito melhores que as enguias escorregadias que lideram os partidos.) Historicamente, o papel do espantalho tem sido mostrar os perigos da mudança. Numerosos reformadores ou radicais em defesa da ampliação da liberdade ou de uma maior tolerância têm sido pisoteados até a morte por legiões e legiões de espantalhos enfileirados clamando por anarquia, excesso de liberdade, destruição da sociedade e massacre de inocentes. O uso do espantalho é divertido. Todos precisam de uma ou duas vitórias para elevar elevar o moral moral para o combate combate.. Se não se se pode pode ter uma vitória vitória real, real, então então usar o espantalho corno saco de pancadas pode ser revigorante. Além de seguir os conselhos já dados, você deve ser esperto para construir e demolir seu espantalho, sempre que possível, depois que seu oponente tiver dito a última palavra sobre o assunto. Seu espantalho parecerá inteiramente tolo caído no chão se o seu adversário estiver ali para repudiá-lo. Se seu oponente estiver ausente, ou tiver terminado sua fala, não haverá ninguém para negar que a figura caída aos seus 131
Como vencer todas as argumentações
TemperantUam, argumentum ad
pés seja de fato fato o oponent oponentee que você está enfrenta enfrentando, ndo, em vez de de um parvo parvo feito feito de palha seca, impetuosamente fabricado para cair em seu lugar.
Em países e em situações em que a negociação é mais comum que as transações com preço fixo, as pessoas manipulam rotineiramente os extremos a fim de influenciar a idéia de uma média "justa". Precisamente o mesmo procedimento pode ser usado na vida pública, com a defesa de uma posição extrema a fim de trazer a determinação final mais para perto do próprio modo de pensar. Somente na Inglaterra as pessoas escrevem livros com títulos como O caminho do meio, elevando o argumentum ad temperantiam a um guia para as políticas pú blicas. blicas. O Partid Partido o Libe Liberal ral costum costumav avaa fazer fazer uso corriqu corriqueiro eiro da faláci falácia, a, adot adotand ando o regu regu-larmente uma posição intermediária à dos dois principais partidos e acusando-os ritualmente de extremismo. Os principais partidos, por sua vez, contornaram essa ameaça proclamando-se eles próprios como a posição intermediária. Isso levou os liberais a se tornar extremistas a fim de atrair atenção. Na Grã-Bretanha, o novo trabalhismo foi edificado sobre o argumentum ad temperantiam. temperantiam. Eles chamaram sua posição de terceira via.
Temperanfiam, argumentum ad
SE ATRIBUÍSSEMOS falácias às nações do mundo, o argumentum ad temperantiam seria atribuído à Inglaterra. É a falácia do inglês. O argumentum ad temperantiam sugere que a visão moderada é a visão correta; independentemente de seus outros méritos, ele assume a moderação como a marca da sensatez de uma posição.
dir eƒ‚o ofereceu 2%. N‚o N‚o poder‰amos evitar O sindicatos pediram 6% de aumento e a direƒ‚o
todo o desgaste e as perdas ocasionados por uma greve prolongada e concordar em 4%? (Se o fizermos, da pr‡xima vez o sindicato pedir‹ 20% e a dire‰Šo oferecer‹ um aumento abaixo de 4%.) O argumentum ad temperantiam apela para um instinto comum de que tudo está certo cert o na moderação. Comer moderadamente, moderadamente, beber moderadamente moderadamente e ter t er prazeres prazeres moderad moderados os são são atitu atitudes des que têm têm sido sido largame largamente nte exaltada exaltadass por por filósof filósofos os reclusos desprovidos de desejos extremos. O argumentum ad temperantiam apela para o sentim sentimento ento da class classee dominant dominantee inglesa inglesa de que que todo todo tipo tipo de entusias entusiasmo mo é um sinal de falta de polidez ou de má educação. Não se deve ter muito entusiasmo. Isso ajuda a explicar por que nenhum deles é particularmente bom em nada, e explica o seu contínuo, porém moderado, declínio. A falácia ocorre porque, embora a moderação possa ser uma máxima útil para regular nossos desejos, não possui mérito específico no campo dos argumentos. Para que urna visão seja correta, não há nenhuma regra que diga que tal visão deva resultar da média de todas as demais visões expressadas. Se dois grupos esti estivessem vessem discutindo num cômodo, um deles sustentando que 2 + 2 = 4 e o outro afirmando que 2 + 2 = 6, um inglês entraria no recinto e determinaria que 2 + 2 = 5, acusando ambos os grupos de extremistas. Ele estaria certo em descrevê-los como extremistas, mas errado em supor que isso prova que estão errados.
"Tentei, "Tentei, durante meu mandato, seguir um caminho c aminho intermedi‡rio entre a parcialidade, parciali dade, por por um um lado, lado, e a imparcialidade, por outro.
(Ele .deveria acrescentar: entre a verdade e a falsidade, entre o v†cio e a virtude, entre dormir e ficar acordado, entre o racional e o irracional.)
Um dos lados representa o capitalismo; o outro representa o socialismo. Oferecemos, Oferecemos, em vez disso, uma pol‰tica de parceria para substituir a antiga pol‰tica do conflito c onflito e o extremismo. (Esse tipo de coisa é tŠo sedutor para a mente ad temperantiam que os outros partidos produzem ardorosamente suas pr‡prias vers“es.)
Ao fazer uso do argumentum ad temperantiam, você deve tentar cultivar aquele ar de afetada correção que se revela como o mais vantajoso. Lembre-se de que seus oponentes são extremistas, provavelmente extremistas perigosos. Eles são divisores e destrutivos. Somente você, adotando a via intermediária, trilha o caminho virtuoso da moderação. Você verá que é útil inventar posições extremas de um dos lados a fim de forjar as visões opostas também como extremistas. O vereador demanda transporte gratuito para os cidad‚os idosos. Outros sugeriram que devemos lhes cobrar 1 real por viagem. Certamente a conduta mais sensata seria rejeitar tais extremos e optar pelo valor moderado de 50 centavos.
(Evidentemente, (Evidentemente, o debate se d‹ concretamente concretamente entre o pre‰o de 50 centavos e a gratuidade. Os defensores da cobran‰a de 1 real sŠo invocados para apoiar o ad temperantiam.) Tente . cultivar a companhia de funcionários do Ministério das Relações Exteriores da Inglaterra. É tão natural para eles admitir metade da coisa quando
Como vencer todas as argumentações
As objeções frívolas tendem a aparecer quando é difícil fazer oposição ao cerne do argumento. Elas com freqüência aparecem como dificuldades práticas postas como empecilhos empecilhos a uma proposta que detém certa simpatia.
Em Embora bora a proib proibiƒ‚ iƒ‚oo do tr‡f tr‡feg egoo de carr carros os ness nessaa rua rua v‡ afet afetar ar seve severa ram mente ente as vend vendas as em minha pr†pria loja, eu ainda assim apoiaria a maioria a n‚o ser por uma coisa. N†s n‚o temos um Œnico Œnico art‰fice art‰fic e na regi‚o que possa fabricar os sinais de tr‹nsito necess‡rios. É muitas vezes difícil se opor ao processo democrático sem parecer ser antidemocrático. A falácia das objeções frívolas permite uma combinação da disposição a aceitar a idéia com a hostilidade a qualquer proposta prática. Podese ser contrário às eleições em virtude da burocracia envolvida. Os referendos, embora bons em princípio, podem ser objetados em razão do custo. … claro claro que que n†s, n†s, profe profess ssor ores es,, gos gosta tar‰a r‰am mos que que os pais pais tives tivesse sem m a pala palavr vraa final final sobr sobree esse esse assunto; mas simplesmente n‚o h‡ um audit†rio grande o suficiente para promovermos essa reuni‚o.
(Urna reuniŠo dos professores que realmente favorecem a proposta, entretanto, poderia ser realizada no arm‹rio de suprimentos.) Quando est‹ procurando objeções triviais com as quais derrubar idéias Žs quais ˆ dif†cil se contrapor, você sempre pode extrair objeções de situações
hipotˆticas altamente improv‹veis. Sim, vig‡rio, eu gostaria de vir igreja com mais regularidade. Mas suponhamos que a casa pegue fogo no domingo de manh‚ manh‚ enquanto eu estiver fora...
Se vocŒ vive fazendo objeções, listando-as e mostrando que cada uma delas é válida, sua audiência ficará mais impressionada por seu número que por sua falta de substância. gosto da id„ia id„ia de esten estende derr a esco escolh lhaa tend tendoo m‡q m‡qui uina nass de vend vendaa auto autom m‡tica ‡tica Eu Eu tamb„m b„m gosto nos trens, ruas tenho oito objeƒŽes. Em primeiro lugar, como os passageiros conseguiriam as moedas certas para elas? Em segundo lugar... Muito bom, desde que vocŒ nunca mencione a verdadeira obje‰Šo, que ˆ o fato de ( Muito
que isso possibilitaria Žs pessoas contornar as falhas no s ervi‰o existentes. Mantenhase no fr†volo; ˆ um terreno mais seguro.)
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k
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Tu quoque
Tu quoque TU QUOQUE significa "você também'; e comete-se esta falácia quando uma posiçã posição o é solapa solapada da pela pela afirm afirmaçã ação o de de que que seu seu prop propon onent entee é ele própri próprio o culp culpado ado daquilo de que fala. É uma mudança mudança de assunto, passando-se de uma afirmação
feita por um proponente para uma afirmação contra ele. ("Você me acusa de abusar de minha posição, mas é você quem é visto com o carro da empresa escorando a grade do hipódromo!") Com um pouco mais de sutileza, o tu quoque pode pode ser ser usado usado para para debi debilita litarr uma acusação desacreditando o acusador. E agora agora me volto volto acu acusaƒ saƒ‚o ‚o do senhor senhor Green Green de que que ilud iludii delib delibera eradam damen ente te esta esta socied sociedade ade a respeito de meu interesse pessoal na empresa em quest‚o. Posso record‡-los de que essa acusaƒ‚o vem do mesmo senhor Green que se manteve em sil•ncio quando seu genro se beneficiou de nossa d is‚o quanto ao terreno restante? Voc•s t•m de convir que n‚o se trata de algu„m que tenha moral para fazer tais acusaƒŽes. * *
(Eu suponho que ele efetivamente tenha feito aquilo de que ˆ acusado.)
A fal‹cia fal‹cia tu quoque ocorre porque não tenta tratar do assunto em discussão. Introduz-se um novo assunto, a saber, a menção a alguém envolvido em algo. A verdade ou falsidade da asserção não tem nenhuma relação com o passado da pess pessoa oa que a prof profere ere.. As As evid evidênc ência iass a favo favorr ou ou con contra tra tal tal ass asserç erção ão não não são são alter alterad adas as pelos pelos detalh detalhes es das ações ações prévia préviass daqu daquele ele que a está está propon propondo. do. Outra versão do tu quoque busca busca debil debilita itarr o que está está sendo sendo dito dito most mostran rando do ser ser inconsistente com as opiniões anteriores do proponente. Por que dever‰amos dar ouvidos ao apoio de Brown ao novo est estacionamento acionamento se h‡ apenas um ano ele era inteiramente contr‡rio id„ia? (Em primeiro lugar, se os argumentos fizeram que mudasse de idˆia, pode ser que sejam dignos de ser ouvidos. Em segundo lugar, pode ser que agora haja mais carros nas redondezas.)
O fato de que alguém tenha sido anteriormente contrário a uma idéia não i mpede que seus argumentos em favor sejam bons. A despeito disso, a falácia é
sustentada por uma forte tendência inerente a nós de parecer consistentes sempre que possível. O novo prefeito acha difícil argumentar com sinceridade este ano em favor da mesma limusine oficial a respeito da qual vociferou contra seu prede predeces cessor sor..
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Como vencer todas as argumentações
Entimemas não-consentidos
A questão de ordem dos parlamentares é o lar do tu quoque. Com efeito, a habilidade para lidar com as questões é freqüentemente medida exclusivamente péla destreza destreza do indiv indivíduo íduo nessa nessa falác falácia ia espe específi cífica. ca. É por isso que as as respo respostas stas às questões sobre o presente ou o futuro começam invariavelmente com a frase:
embora não explicitada. Se somente o ouvinte faz a suposição, ele pode pensar que o argumento tem maior fundamento do que realmente tem. Muitas vezes deixamos de fora estágios importantes porque são compreendidos de modo geral, mas temos de reconhecer que pode haver discordâncias sobre aquilo que estamos autorizados a presumir.
Posso recordar aos meus ilustres colegas qu e...
(Ele está, evidentemente, evidentemente, recordando aos opositores que eles fizeram fiz eram a mesma coisa mais cedo, por mais tempo e com maior gravidade. Essa é a razão pela qual suas
Espero reembolsar o banco em breve, senhor Smith. Minha Minha tia recém-falecida disse que deixaria uma retribuição para todos os que cuidaram dela.
acusações capciosas podem ser rejeitadas.)
(O gerente do banco, surpreso com o não-pagamento da dívida, ficará ainda mais surpreso quando você lhe disser que sempre negligenciou sua tia.)
O tu quoque é fácil de usar porque todos são inconsistentes em algumas ocasiões, e poucas pessoas .têm um passado irrepreensível. Você pode argumentar que qualquer um que tenha mudado de idéia provou, desse modo, que tem de estar errado pelo menos algumas vezes, e que a ocasião presente pode ser uma delas. Se você não conseguir encontrar absolutamente nada que desmereça seu oponente, até mesmo esse fato poderá ser usado numa tentativa de solapar o que está afirmando. O restante de nós tem suas fraquezas, por que ele não teria? Quanto às acusações de que apenas em algumas ocasiões posso ter me favorecido um pouco para sair d e uma dificu ldade, tudo o que posso dizer é que olhem bem p ara o "Sr. Certinho':
(E ele provavelmente é bem m ais certinho que você.)
Entimemas não-consentidos UM ENTIMEMA é um argumento com um de seus estágios subentendido em vez de declarado. Nada de errado com isso, desde que ambos os lados aceitem a suposição tácita. Quando o elemento implícito não é aceito, entramos no território da-falácia. Bill deve ser estúpido. É preciso ser es túpido para ser r eprovado nu m exame de direção.
(Embora o ouvinte médio possa balançar a cabeça com uma expressão inteligente ao
ouvir isto, ele ficaria um tanto desconcertado se descobrisse posteriormente que Bill não foi reprovado em seu exame de direção. O argumento só vale se isso é presumido.) Neste caso, caso, cometecomete-se se a falácia falácia porque porque um element elemento o impor importan tante te do do argum argumento ento é omitido. Se as duas partes concordam quanto à suposição, então ela está presente
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As oportunidades parà a falácia surgem porque usamos entimemas rotineiramente ramente para evitar evit ar a trabalhosa menção de todos os detalhes. O determinado militante que deseja discutir a Bíblia com você ficará satisfeito se você lhe disser "Sou budista"; pois ambos aceitam o fato implícito de que os budistas não discutem a Bíblia. Se, contudo, você respondesse: "Budistas não discutem a Bíblia", seu interlocutor ainda assim poderia ficar satisfeito, fazendo a óbvia suposição de que você é budista. (Mas tenha a certeza de que você terá uma boa resposta pronta caso o encontre na igreja no domingo seguinte.) Os entimemas não-consentidos constituem bons remendos para desculpas esfarrapadas. O ouvinte generosamente os proverá da parte não expressa necessária para para compl completa etarr o argu argume mento. nto. Desculpe, querida. Pessoas Pessoas ocupadas tendem a esquecer coisas como aniversários. aniversários.
(Tudo bem, até que seus colegas mencionem que há dois meses você não faz nada a não ser palavras cruzadas.) A falácia é fácil de usar, e o salvará nas mais variadas situações. O procedimento procedimento é simples. Ofereça uma afirmação geral como resposta a uma situação individual. Sua audiência automaticamente assumirá a premissa ausente: que a situação geral se aplica a esse caso particular. O que as pessoas normalmente fazem em determinadas circunstâncias só é relevante para as acusações contra você caso se suponha que você de fato está em tais circunstâncias. O entimema não-consentido se introduzirá suavemente. Sim, estou atrasado. Simplesmente não se pode mais depender dos ônibus.
(É verdade, mas você veio a pé do mesmo quarteirão.)
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Termo médio não-distribuído
Você também pode fazer afirmações gerais durante uma discussão sobre alguém em particular. O gosto de sua audiência pela fofoca e sua disposição de acreditar no pior sobre todos ajudarão o entimema não-consentido a se entrosar com os convidados.
sível que os bebedores inveterados de gim também sejam intrometidos, mas isso não significa que os burocratas sejam bebedores inveterados de gim. (A vida pode poderia ria ser ser mais mais intere interessa ssante nte caso caso fosse fossem. m.))
Não estou contente com a escolha de Smith. Nunca se pode ficar contente com quem se aproveita de viúvas ricas.
(Ou de implicações injustificadas.) injustificadas.) Termo médio não-distribuído É CLÁSSICO entre as crianças em idade escolar o argumento de que, já que todos os cavalos têm quatro pernas e todos os cães têm quatro pernas, então todos os cavalos são cães. Esta é a versão mais simples da famosa falácia do termo médio não-distribuído. Tanto os cavalos como os cães de fato têm quatro pernas, mas nenhum ocupa toda a classe dos seres de quatro pernas. Isso deixa um espaço conveniente para que cavalos e cães sejam diferentes uns dos outros, e para que outros seres também possam ter quatro pernas sem nenhuma sobreposição na categoria dos quadrúpedes. O termo médio que de modo tão descuidado não se distribuiu é o termo que aparece nas primeiras duas linhas de um argumento de três linhas, mas que desaparece na conclusão. O argumento clássico de três linhas requer que esse termo médio abranja o todo da classe ao menos em uma linha. Caso contrário, ele é não-distribuído. Todos os homens são mamíferos. Alguns mamíferos são coelhos; logo, alguns homens são coelhos.
(Embora as duas primeiras linhas estejam corretas, o termo médio "mamíferos" em nenhum momento se refere a todos os mamíferos. O termo médio, portanto, não está distribuído, e a dedução é inválida.) O senso comum mostra por que o termo médio não-distribuído é falacioso. O argumento-padrão argumento-padrão de três trê s linhas (chamado de"silogismo") funciona relacionando uma coisa a outra por meio de uma relação que ambas têm com uma terceira coisa. Somente se ao menos uma dessas relações se aplicar a toda a classe da terceira coisa saberemos que é seguro incluir a outra relação. Não, podemo podemoss dizer dizer que que os burocr burocratas atas são pequeno pequenoss tiran tiranos os só só porqu porquee os burocr burocrata atass são são introm intrometid etidos os e os os pequ pequen enos os tiranos tiranos são introm intrometid etidos. os. É bem bem pospos-
Os maiores opressores da classe trabalhadora trabalhadora são os proprietários de terras. fones é um proprietário de terras; logo, fones é um dos maiores opressores da classe trabalhadora,
(Jones sai apressadamente, antes que se diga que o s maiores opressores da classe trabalhadora são humanos, e, sendo fones humano...) A grande questão acerca do termo médio não-distribuído é que você pode deixar de distribuir novos termos médios como "evidências" adicionais para sustentar os primeiros. ("Os piores opressores da classe trabalhadora usam sapatos; Jones usa sapatos...") O perito se dará ao trabalho de descobrir quais termos estão distribuídos e quais não estão. Ele aprenderá a regra simples: os universais têm sujeitos distribuídos, e as proposições particulares têm predicados distribuídos. Os universais são enunciados que nos falam algo que se aplica a toda uma classe ou a nenhum membro de uma classe, e as proposições particulares nos dizem que esse não é o caso. Munido desta informação técnica, o perito é capaz de infligir à 1a audiência monstruosidades tais como: Todas as enfermeiras são pessoas realmente muito boas, mas acontece que algumas pessoas, realmente muito boas não são apropriadamente retribuídas. Logo, algumas enfermeiras não são apropriadamente apropriadamente retribuídas.
(Isto pode ser verdade, mas foi de fato apresentado um argumento? Uma vez que o termo médio "pessoas realmente muito boas" não é nem o sujeito de um universal nem o predicado de uma prop osição particular, particular, ele não está distribuído. Temos, portan to, um a falácia mu ito comp lexa do te rmo méd io não-d istribuíd o.) Deixando de lado tais usos técnicos, a falácia em sua forma mais simples lhe dará momentos de grande êxito caso aplicada sistematicamente. Você deve usá-la para para obter obter apro aprova vação ção para para aquilo aquilo que defen defende de desta destaca cand ndo o qua quanta ntass quali qualida dade dess sua sua posiç posição ão tem em com comum com com algo algo que que é univ univer ersal salme mente nte admi admirad rado. o. Simila Similarm rmen ente, te, você pode desmerecer idéias às quais se opõe mostrando que têm qualidades em comum com coisas universalmente detestadas. O elitismo é algo de que apenas alguns se beneficiam, e o tênis é algo de que apenas alguns se beneficiam ; logo, o té nis é clarame nte elitista.
(Fora!) .t
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Perfeição inalcançável
QUANDO SE avaliam os argumentos a favor e contra determinados cursos de ação, é importante lembrar que a escolha tem de ser feita com base nas alternativas viáveis. Todas podem ser criticadas por suas imperfeições, assim como o status quo. A menos que uma das opções seja perfeita, o simples fato de que as outras sejam imperfeitas não é motivo suficiente para uma rejeição. Comete-se a falácia . da perfeição inalcançável quando o caráter imperfeito é apresentado como base para para a rejeiçã rejeição, o, aind aindaa que que nenh nenhum umaa das das dem demais ais alterna alternativ tivas as seja seja perfei perfeita. ta.
propo proposta sta de govern governo, o, qua qualqu lquer er gover governo no serão serão subme submetid tidos os a uma uma análi análise se detalh detalhada ada de suas imperfeições. Frágeis viúvas e mães batalhadoras relatarão diante das câmeras as dificuldades que serão causadas, deixando a audiência apreensiva com o sentimento de que o governo está sendo excessivamente impetuoso. Poder-se-ia aplicar precisamente o mesmo tratamento à situação presente. A falácia assombra os recintos polidos das reuniões de comitês. Em todo comitê há uma pessoa, geralmente um membro antigo, cuja missão na vida é conter a corrente de anarquia e destruição representada pela mudança. Ela castiga todas as novas propostas por suas imperfeições.
Pe>r`feiÇão inalcançável
Devemos proi bir a geraçã o de energi a nuclea r porque ela nunca é co mpletamen te seg ur a. ,
Eu nã o a ch o q ue pr oib ir o t rá feg o d e c ar ro s n a r ua do pa rq ue evi tar á q ue os id oso s s eja m
feridos. feridos. Ainda haverá criança criançass com patins patins e bicicle bicicletas, tas, carrinhos carrinhos de cachorros-q cachorros-quentes uentes e carrinhos de bebês.
(Assim como a movida a carvão, combustível e a hidrelétrica, todas as quais matam pessoas tod os os anos em sua produç ão e em seu uso. A qu estão tem de ser se a energia nuclear seria melhor ou p ior que as outras.)
(A questão não é se a proposta é perfeita. A questão é se a nova proposta diminuirá os quo diminui o número de idosos.) acidentes como o status quo
Se nenhuma das alternativas, incluindo a de não fazer absolutamente nenhuma mudança, for perfeita, então o caráter imperfeito não será motivo para uma decisão entre elas. É irrelevante para tal decisão. Se for usado para criticar apenas uma opção, tornará o argumento tendencioso em detrimento de tal opção, pois poder poderia ia ser ser apli aplicad cado o a todas todas elas. elas.
Embora você possa usar a versão geral desta falácia para solapar quaisquer propo proposta stass que que desa desapro prova va,, também também será será lucra lucrativ tivo o que que você você fizer fizer um um esfo esforço rço para para aprender duas versões .especializadas e muito sagazes da falácia. A primeira demanda que uma sugestão específica seja repudiada por não ir longe o bastante. Você deve mostrar suas imperfeições e sugerir que é preciso algo mais drástico. Essa idéia, porém, deve ser rejeitada.
Sou contra ir para as ilhas gregas, pois não temos como ter certeza de que nos divertiremos lá.
(Quando encontrar um lugar onde isso seja garantido, não deixe de me contar.) A falácia é freqüentemente usada com o objetivo de rejeitar mudanças no status quo, ainda que ele mesmo mesmo possa não ser perfeito.
Em princípio, aprovo a proposta de distribuir os benefícios por sorteio em vez de por minha decisão pessoal, mas isso ainda deixaria de eliminar muitas áreas de patronato e de influência. Creio que é necessária uma medida muito mais abrangente, que contemple a questão como um todo, e, portanto, proponho que deixemos esta sugestão em suspenso suspenso por enquanto...
(Ela nunca mais foi vista novamente.) Devemos proibir o novo novo medicamento para para o coração, pois ele ele tem sido ocasionalmente ocasionalmente relacionado com distúrbios neurológicos.
(Isso parece estar certo, mas e se houver atualmente 15 mil mortes a cada ano por doenças cardíacas que poderiam ser evitadas com o novo medicamento? O status quo também não é perfeito.) Os documentários de tevê e os programas que tratam de assuntos públicos são uma excelente fonte para a falácia da perfeição inalcançável. Qualquer nova
Na segund segundaa vari variant ante, e, você você pede pede algo algo que está totalme totalmente nte além além dos podere poderess daqueles que tomam a decisão, e, portanto, estabelece algo que eles não podem fazer contra algo que podem fazer. É boa a sugestão sugestão de penalida penalidades des mais severas severas para trapaças, trapaças, mas isso isso não erradicará erradicará o problema. O que realmente precisamos precisamos fazer é conquistar esses meninos meninos e meninas de modo que se produza unia mudança em seus corações e em seu modo de pensar...
(A proposta original sai de cena em meio a uma melodia com violinos.)
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Verecundiam, argumentum ad
ESTE É o apelo à falsa autoridade. Embora esteja tudo certo em citar como testemunha de apoio alguém que possui um conhecimento especializado no campo concernente, é uma falácia supor que um especialista num determinado campo pode fornecer suporte em outro. A menos que tenha conhecimento especializado, trata-se de uma falsa autoridade. Centenas de cientistas proeminentes rejeitam a evolução. ( Um exame minucioso mostrará que poucos deles, ou talvez nenhum, são especialistas em biologia evolutiva.)
O conhecimento é especializado, e, em certa medida, temos de aceitar a visão das autoridades. Há uma relutância geral em contestar a opinião de alguém que parece parece muito muito mais mais qual qualific ificado ado que as pessoa pessoass com comuns uns.. Quand Quando o se se recla reclama ma o apoi apoio o a uma posição com base na opinião de alguém que parece ser mais qualificado mas não é, comete-se a falácia do argumentum ad verecundiam. A falácia consiste na introdução de elementos que não são concernentes ao assunto em discussão. Não temos razões para supor que a opinião de uma pessoa qualificada tem maior valor que a nossa própria. A tentativa de nos fazer abrir mão de nossa própria opinião diante de uma autoridade espúria vale-se de nosso respeito pela posição e pelas conquistas pessoais, usando tal recurso em lugar de argumentos e evidências. O perfume das estrelas. (Já que hoje em dia poucos de nós têm a chance de cheirar nossos heróis e heroínas, suas opiniões sobre esse assunto são provavelmente de menor interesse que as opiniões das pessoas comuns mais próximas.)
O argumentum ad verecundiam domina o mundo da publicidade. Aqueles que são considerados dignos de admiração e estima em virtude de suas conquistas e realizações freqüentemente descem ao nosso nível e oferecem conselhos sobre assuntos mais triviais. Aqueles cuja excelência consiste em atuar estão inteiramente dispostos a partilhar conosco sua vasta experiência em café instantâneo e ração para para cães cães.. A conq conqui uist sta a de um Oscar scar pela pela exce excelê lênc ncia ia no mund mundo o do cine cinema ma é amplamente reconhecida como uma qualificação para falar sobre questões tais como a miséria do mundo e a política externa norte-americana.
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Pensamento veleidoso
Pode-se atribuir a um jovem promissor após um êxito em Wimbledon alguma autoridade no que se refere a raquetes de tênis... mas a lâminas de barbear? (Ficase surpreso ao descobrir que ele faz a barba.)Similarmente, vemos rostos famosos comendo iogurtes ou fazendo seguros de vida. Aqueles que provaram seu valor como apresentadores de programas de rádio ou televisão se dispõem a partilhar conosco seu detalhado conhecimento sobre sabão em pó ou sobre as virtudes da margarina rica em poliinsaturados. Uma variante do argumentum ad verecundiam apela a autoridades nãoidentificadas, embora no campo correto. Nesse mundo, somos confrontados confrontados com as opiniões de "cientistas proeminentes'; de "criadores de ponta" e das "mães mais exigentes". Como não sabemos quem são eles, tudo o que podemos fazer é aceitar a aparente autoridade que possuem. Nunca ouvimos falar dos cientistas medíocres, dos criadores de qualidade média ou baixa ou das mães negligentes. Há também o ad verecundiam visual, exemplificado pelo time esportivo que usa o uniforme como nome ou o slogan do patrocinador, mesmo que não tenha nenhuma conexão com o esporte. Vencer o campeonato de slalom me dá muita sede. É por isso que...
(E a lógica é tão espumante quanto a bebida que ele está vendendo.)
Seu uso do argumentum ad verecundiam é facilitado pelo desejo de muitas pes pesso soas as emin eminen ente tess de ser ser cons consid ider erad adas as preoc reocup upa adas das com com ques questõ tões es de gran rande alcance. Não importa quão circunscrita seja a causa, você sempre conseguirá reunir um quadro de nomes ilustres para atuar como seus defensores honorários. O fato de que tais indivíduos tenham atingido a fama como atores, escritores e cantores não diminuirá em nada sua autoridade para conferir força à sua campanha. Em defesa da suspensão das importações de produtos espanhóis até que as touradas sejam proibidas, estou unido a eminentes eminentes cientistas internacionais, internacionais, grandes acadêmicos e figuras proeminentes do mundo da comunicação e das artes.
(Eles devem saber. Afinal, também são especialistas em guerras, baleias e moinhos de vento.) Pensamento vele leidoso
EMBORA MUITOS de nós se entreguem de boa vontade ao pensamento veleidoso, nós o elevamos à condição de falácia quando o usamos em lugar de argumentos. Se aceitamos uma posição porque gostaríamos que fosse verdadeira, e não em
Como vencer todas as argumentações
Pensamento veleidoso
virtude dos argumentos ou das evidências que a sustentam, introduzimo-nos na falácia. Similarmente, também cometemos a falácia do pensamento veleidoso ao rejeitar algo meramente porque não desejamos que seja verdade.
O tempo, como a morte, é um campo no qual nossos desejos restituem nossa habilidade de influenciar.
Ir para o trabalho com esse tempo horrível não faria bem a ninguém. Acho que vou tirar o dia de folga e ficar na cama. (Todos já devem ter sentido a força deste argumento em alguma ocasião. Infelizmente, embora possa haver muitas razões a favor e contra ir para o trabalho, não desejar ir é uma razão que carece de força persuasiva sobre todos a não ser nós mesmos.)
Noss Nossos os desejos raramente têm alguma influência sobre a questão de se algo é verdadeiro ou falso. Cometemos uma falácia ao introduzi-los numa discussão sobre prós e contras. Supor que o mundo é como gostaríamos que fosse é um bom solipsismo, porém má lógica.
É claro que os d iscursos sob re o meio ambiente terã o êxito. Caso con trário, a huma nidade está em vias de desaparecer. (O fato de que queremos que eles tenham êxito não significa que efetivamente terão. Pode ser que a humanidade realmente esteja a caminho de seu desaparecimento; nesse caso, você poderia estar em clima de despedida tanto quanto está esperançoso.)
O pensamento veleidoso com freqüência aparece para dar colorido aos nossos julgam julgament entos os acerca acerca de resulta resultado doss que que não não podem podemos os influe influenci nciar. ar.
Não é pos sível que já s eja sexta- feira! Eu n ão chegu ei nem perto d e estudar o suficiente para passar na prova! (Errado sobre a data; certo sobre a prova.)
O problema com o pensamento veleidoso é que, se você quer uma coisa e as leis do universo determinam outra, há um conflito de interesses que não será resolvido em seu favor. Sendo isto verdade, você pode se dedicar a pensar em como lidar com o resultado, em lugar de se dedicar a desejar que as coisas acontecessem de outro modo. O banco aumentará nosso limite de cheque especial. Caso contrário, simplesmente não conseguiríamos sobreviver. ( Gerentes de bancos não estão interessados em sua sobrevivência. Eles só se preocupam com duas coisas: ganhar dinheiro para o banco e tirar o sangue dos pobres.)
Em nossa maioria, já somos adeptos do uso da falácia do pensamento veleidoso para convencer a nós mesmos. Ao usá-la para convencer outras pessoas, tenha em mente que os desejos aos quais apelar deverão ser os delas, e não os seus própr próprios ios..
Ele não p ode morre r. Nós não consegui ríamos viver sem ele.
O negócio dará certo. Vocês terão um enorme retorno de seu investimento.
(Ele pode. Eles conseguiriam.)
(Isto é mais eficiente do que "O negócio dará certo. Ficarei rico para o resto da vida!")
A morte é, com efeito, um assunto especialmente propenso à incursão da falácia do pensamento veleidoso. Sua natureza súbita e implacáve i mplacávell é suavizada pela falácia, que a transforma em algo que julgaríamos mais aceitável, embora nossos desejos dificilmente disponham de razões válidas para nossas suposições. Boswell, numa visita a Hume, dirigiu ao filósofo uma pergunta sobre uma possível vida após a morte: Não seria ap razível ter a esperan ça de reencontra r nossos amig os? (Ele mencionou três amigos de Hume recém-falecidos, mas este rejeitou firmemente a falácia. "Ele admitiu que seria aprazível'; relatou Boswell, "mas acrescentou que nenhum deles nutria noção tão absurda.")
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CLASSIFICAÇÃO DAS FALÁCIAS
Há cinco categorias que englobam todas as falácias. A divisão mais importante se dá entre as falácias formais e as falácias informais, embora haja divisões importantes entre os vários tipos de falácias informais. As falácias formais têm algum erro em sua estrutura lógica. Embora muitas vezes se assemelhem a formas válidas de argumentos, a escada só nos leva de A a B por meio de degraus rachados ou ausentes. Em suma, a falácia ocorre porque a cadeia de raciocínio é em si mesma defeituosa.
As falácias informais, por outro lado, muitas vezes aplicam raciocínios válidos a termos que não têm qualidade suficiente para merecer tal tratamento. Elas podem ser lingüísticas, admitindo ambigüidades de linguagem que permitem erros, ou podem podem ser faláci falácias as de relevâ relevânci ncia, a, que que omitem omitem algo algo nece necessá ssário rio para para susten sustentar tar o argumento, argumento, que permitem que fatores irrelevantes influenciem a conclusão, ou que permitem que suposições injustificadas alterem a conclusão.
As cinco categorias de falácias são:
Classificação das falácias •
Como vencer todas as ar gumentações
formais 2 . informais (lingüísticas) 3. informais (relevância — omissão) 4 . informais (relevância — intrusão) 5 . informais (relevância — press pressup upos osiçã ição) o)
Cercando sua posição Condenando das alternativas Entimemas Entimemas não-consentidos O espantalho A exceção que comprova a regra Falso dilema
Falácias formais
Ignorantiam, argumentam a d Lapidem, argu mentum ad Nauseam, argumentum ad
1.
Afirmação do conseqüente Conclusão positiva/premissas negativas Conclusão que nega as premissas Falácia existencial Falsa conversão Negaçã Negação o do do ante anteced cedent entee Premissas Premissas contraditórias Premissas excludentes Processo ilícito maior Processo ilícito menor
Quaternio termínorum Termo médio não-distribuído
Objeções frívolas Perfeição inalcançável Poda extensional Quantificação oculta Refúgio na definição Refutando o exemplo Terreno instável Transferindo o ônus da prova
Falácias informais de relevância — intrusão Apelos emocionais
argumentum ad invidiam argumentum ad metum argumentum ad modum argumentum ad odium argumentum ad superbiam argumentum ad superstitionem sentimens sup erior
Fálácias informais lingüísticas Anfibologia Composição Divisão Ênfase Equivocação Reificação
O arenque defumado "Até uma criança sabe" Cegando com a ciência
Crumenam, argumentum ad
Falácias informais de relevância — omissão Apelo a condição especial Avaliação unilateral
Envenenando a fonte Falácia genética Homine m (abusivo), argumentam ad Hominem (circunstancial),argumentum
ad
Humor Humor irrelevante Ignoratio elenchi A ladeira escorregadia
Lazarum, argumentum ad Misericordia m, argume ntum ad Palavras tendenciosas Pensamento veleidoso
Antiquitam, argumentam ad Apriorismo Bifurcação
Circulus in probando A culpa é de Margaret Thatcher Cum hoc ergo propter hoc
O trem desgovernado
Dicto simpliciter Estatísticas ex-post facto Falácia analógica
Tu quoque Verecundiam, argumentum ad
Falácia do jogador Não-an Não-antec tecipa ipação ção
Falácias informais de relevância — press pressup upos osiçã ição o
Novitam, argumentum ad Numeram, argumen tum ad Petitio principii Post hoc ergo propter propter hoc
Acidente Analogia abusiva
Secundum quid Temperantiam, argumentam ad
Populum, argumentum ad
Questão complexa