Clipping Online Edição Intranet Quar Qu arta-F ta-F ei r a, 13 de març mar ço de 2013 2013
G1 Veja 10 passos para estudar para concursos públicos (atualizado em 13/03/2013 às 08:47 h)
A grande maioria dos concurseiros quer saber: como estudar de forma eficiente tantos conteúdos diferentes e, muitas vezes, desconhecidos? A partir de perguntas enviadas por internautas, selecionamos as principais dificuldades e preparamos um passo a passo para você estudar para um concurso público. As orientações abaixo levam em conta o estudo antecipado das disciplicinas. Caso o candidato esteja estudando para um edital já publicado, será necessário adequar as sugestões ao tempo disponível até a prova. Esta coluna foi elaborada a partir de perguntas enviadas pelos internautas Leandro Silva, Luis Abreu e Karyne Papadimitriou. Mande suas dúvidas sobre concursos no espaço para comentários, ao final desta coluna. 1º PASSO: Como preparar um plano de estudo Ter clareza de quais são são os horários de estudo e quais não são permite uma redução redução do nível de cobrança sofrido pelo candidato. Isso pode ser feito a partir da elaboração de um quadro mensal com as atividades obrigatórias que a pessoa tem a cada dia (trabalho, aulas e outros afazeres). Importante anotar ali feriados e compromissos eventuais já assumidos, para que fique evidente qual é o tempo disponível para o estudo. A partir daí, considerando o tempo que será dedicado ao estudo, o candidato poderá distribuir as disciplinas, buscando colocar todas a cada semana ou, no máximo, a cada quinzena - para que nenhuma fique muito tempo sem ser vista -, lembrando de deixar intervalos a cada hora e meia ou duas horas de estudo. Mas o quadro de estudo é um norteador, um ideal a se buscar. Não há motivo para desânimo caso algo saia do controle isso é natural, afinal, a vida é dinâmica. De toda forma, o objetivo é sempre tentar cumprir da melhor forma possível a meta estabelecida. Veja
aqui
detalhadamente
como
preparar
o
seu
plano
de
estudos.
2º PASSO: Quando aumentar (ou reduzir) o tempo de estudo Um dos benefícios do quadro de horários é o candidato saber que o tempo de estudo tem hora de acabar, ou seja, é uma meta finita. Isso facilita o comprometimento. Mas há situações em que o candidato está motivado e percebe que teria condições de estudar por mais tempo do que o estabelecido. Se isso acontecer regularmente, talvez seja o momento de aumentar um pouco o período de estudo no quadro de horários (desde que não comprometa horário de sono ou outros compromissos). O inverso também pode acontecer: o candidato estabeleceu determinada duração para o estudo, mas observa que não consegue render ao final do período. Se isso acontecer
regularmente, talvez seja melhor alterar o quadro de horários, reduzindo o tempo de estudo até ter reais condições de aumentá-lo novamente. Isso evitará a sensação de frustração por não cumprir a meta, que pode ter resultados desastrosos no longo prazo. 3º PASSO: Como vencer preguiça, cansaço, inércia e começar a estudar O desejo de conquistar uma vida melhor já deveria ser o suficiente, mas sabemos que as coisas nem sempre funcionam assim. Além disso, muitas vezes o concurseiro trabalha o dia todo e precisa reunir forças para iniciar um segundo turno de atividade (estudar). Ter uma meta estabelecida para o dia ajuda bastante - como um atleta que já sabe qual será o treino do dia. Para isso, a planilha de treinos é essencial e, no caso, dos concursos públicos, estamos falando do quadro de estudos com horários e matérias, que comentamos no "1º Passo". É mais simples cumprir algo já definido do que decidir na hora, quando outros fatores podem interferir desfavoravelmente. Assim, é preciso dar cada pequeno passo, um de cada vez, e evitar as distrações do caminho: acordar na hora combinada e fazer apenas o que for preciso para iniciar os estudos (alimentação, banho, troca de roupa). Para quem ainda não criou o ritmo, ligar computador ou TV antes do estudo é um risco enorme - o que o candidato imaginava serem apenas alguns minutos de pesquisa ou relaxamento tende a se prolongar indefinidamente e um período inteiro de estudo poderá ser perdido. O mesmo acontece para quem estuda à noite, após o trabalho. Mas a preparação para concurso é similar à preparação de um atleta. O ritmo é construído com o tempo e com a continuidade. Ainda assim, há períodos em que o candidato está mais comprometido e outros em que fatores diversos interferem no cumprimento do plano. O importante é seguir sempre, em maior ou menor ritmo. 4º PASSO: Como manter o interesse durante os estudos Quase todo candidato tem aquelas matérias preferidas as que ele mais sabe - e as "odiadas" aquelas que considera mais difíceis. O curioso é que, mesmo sabendo que a prova cobrará todas elas, o candidato termina estudando mais as que mais sabe e deixando para trás as outras. O plano de estudo ajuda a corrigir essa tendência e até a invertê-la: o ideal é dedicar mais tempo ao que menos se sabe. Outro fator é que o cérebro obedece aos comandos recebidos, sem questionar. Então, é mais produtivo olhar para todas as matérias como passaportes para a vaga, sem carimbálas com a marca da rejeição, que será captada pelo cérebro e só tornará tudo mais difícil. O estudo dinâmico ajuda a superar as distrações e, para isso, a resolução de exercícios com consulta logo após a leitura da teoria faz com que o candidato compreenda melhor os conteúdos, perceba detalhes e inicie a fixação, tudo de forma natural. 5º PASSO: Como não esquecer o que já foi estudado Quando o candidato chega ao fim de uma matéria lembrando que sugerimos o estudo de todas as disciplinas do grupo, de forma paralela deve voltar ao início sucessivas vezes, até a aprovação. Essa repetição levará à memorização definitiva dos conteúdos. Mas, a cada retorno o procedimento deve ser modificado, a fim de manter o interesse e aprofundar o conhecimento. Assim, se na primeira vez o candidato apenas leu a teoria e
fez exercícios didáticos de cada ponto, na segunda vez poderá repetir o procedimento anterior (teoria + exercícios) acrescentando a elaboração de fichas-resumo. Essa é a etapa mais trabalhosa do estudo, mas é essencial, porque além de permitir a organização das informações já conhecidas, produz material valioso para revisões futuras. 6º PASSO: Como preparar o material para revisões Depois que o candidato já tem alguma noção do conteúdo da disciplina, é possível sublinhar as informações mais importantes e, a partir daí, preparar fichas-resumo. A idéia é criar quadros, esquemas e itens que permitam ao candidato lembrar com facilidade a teoria estudada. Exceções e casos especiais devem ser ressaltados, bem como detalhes importantes, que ajudem na solução das questões de prova. Todas as fichas devem ter o título da matéria e ser numeradas. Cada ficha deve ter o subtítulo do assunto. As informações devem ser colocadas de forma organizada, privilegiando o aspecto visual. O uso de cores diferentes é interessante, para ressaltar informações similares, mas é importante não poluir demais. Por exemplo: conteúdo básico em azul, exceções em vermelho, detalhes complementares a lápis. É prudente deixar espaço para inclusões futuras de novas informações, como veremos no "7º Passo Vale lembrar que a proposta da ficha-resumo é bem diferente dos tradicionais resumos. Não se utilizam textos corridos, pontuações nem palavras que não sejam essenciais ao entendimento. A função da ficha é ajudar o candidato a lembrar informações que ele já conhece e, para isso, bastam palavras-chave. 7º PASSO: Como saber Muitas vezes o candidato acha quando vai fazer a prova do profundidade exigido
se é preciso aprofundar mais nos estudos que sabe bem toda a teoria, mas sofre uma decepção seu concurso. Isso porque não verificou o nível de e não se preparou adequadamente.
A melhor forma de aferir se a abrangência e profundidade do estudo está suficiente é conhecer provas de concursos já realizados, para o mesmo nível de escolaridade e, se possível, para a mesma área de concurso. De nada adianta utilizar provas muito antigas, porque é notória a diferença entre concursos muito antigos e os atuais em relação ao nível de complexidade das questões. Assim, o melhor é trabalhar questões de concursos realizados há até dios anos ou, no máximo, três. Importante também estar atento a gabaritos que possam estar desatualizados, em razão de alterações nas disciplinas. Informática e legislação, por exemplo, sofrem constantes modificações, e há outras matérias que passaram por modificações pontuais, como auditoria e contabilidade. O candidato já pode iniciar a resolução de algumas provas anteriores na segunda etapa de estudo, mas a prioridade naquele momento é a preparação das fichas. 8º PASSO: O que fazer para não esquecer o conteúdo que já você estudou A partir do momento em que uma disciplina estiver totalmente fichada, vai passar para a fase de manutenção - que continua até a aprovação -, para que o conhecimento adquirido não seja perdido.
Independentemente de como estejam outras matérias, no período de estudo da matéria já fichada o candidato deve, uma vez por mês, revisar todas as fichas. A partir daí, em todos os períodos seguintes destinados àquela disciplina, vai resolver provas anteriores e, desta vez, sem consulta. Após a conferência do gabarito, retornará às fichas para reler o assunto de cada questão. Caso as informações da ficha estejam incompletas, será necessário buscar mais uma vez a teoria no material de apoio (livros e anotações de aula) e incluir na ficha. Assim se garante que tudo o que já foi visto sobre aquela disciplina estará anotado e organizado num mesmo lugar. Além disso, todo o conteúdo da matéria passa por revisões mensais completas e revisões pontuais a partir das provas. Dessa forma, os assuntos que costumam ser mais cobrados serão, naturalmente, mais revisados. 9º PASSO: Como incluir novas matérias no plano de estudos Sabemos que a preparação para concursos públicos envolve um número razoável de matérias. Iniciar o estudo pelo grupo de disciplinas básicas permite que o candidato dedique mais tempo a poucas matérias e aumente rapidamente o seu conhecimento em relação àquele grupo. Posteriormente, poderá reduzir um pouco o tempo dedicado ao grupo inicial a fim de liberar horas de estudo para, gradativamente, incluir outras disciplinas, sem abandonar as primeiras. Esse procedimento é sucessivo, de modo que o candidato vai passando algumas disciplinas para a fase de manutenção e acrescentando novas, até ter condições de estudar todo o conjunto necessário, que pode chegar a até 20 matérias, simultaneamente. 10º PASSO: Observe os pontos fracos e corrija a estratégia Qualquer projeto de médio/longo prazo exige ajustes de estratégia durante o percurso e não seria diferente na preparação para concurso público. Tal providência deve ser adotada durante todo o tempo. A cada mês o candidato deve traçar novas metas, e preparar novo quadro de horários, com base na observação de seu desempenho no mês anterior. Nesse aspecto, reprovações tão comuns no caminho dos concurseiros não devem ser vistas como fracassos, mas também devem funcionar como uma oportunidade para o candidato rever suas estratégias e ajustar a preparação. Afinal, depois de conquistada a vaga, ninguém mais se lembrará de quantas batalhas foram travadas; apenas da vitória final!