DOMINANDO A TERAPIA FAMILIAR
SALVADOR MINUCHIN, Ph.D.,é o autor do texto-padrão na área Families and family theraphy, assim como de várias outras obras, incluindo, mais recentemente,Working with families of the poor (em co-autoria de Patricia Minuchin e Jorge Colapinto). Foi diretor do Philadelphia Child Guidance Center, dirigiu também o Family Studies Inc. e lecionou pesquisa em psiquiatria na Uni-
versidade de Nova York. dirige o HKY Family Institute e é professora associada do Departamento de Serviço e Administração Social da Universidade de Hong Kong. É docente na faculdade do Centro Minuchin, além de trabalhar e estudar com Salvador Minuchin desde 1990. WAI-YUNG LEE, Ph.D.,
GEORGE M. SIMON, Ph.D., atua
na faculdade do Centro Minuchin. Ele mantém uma prática particular dedicada a casais e à terapia familiar em Nova York. Leciona terapia familiar aos funcionários do Children’s Village, em Dobbs Ferry, Nova York. Estuda e trabalha com Salvador Minuchin desde 1990.
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Minuchin, Salvador. Dominando a terapia familiar [recurso eletrônico] / Salvador Minuchin, Wai-Yung Lee, George M. Simon ; tradução Gisele Klein. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2008. Editado também como livro impresso em 2008. ISBN 978-85-363-1483-9 1. Terapia familiar. I. Lee, Wai-Yung. II. Simon, George M. III. Título. CDU 364.044.24
Catalogação na publicação: Mônica Ballejo Canto – CRB 10/1023
DOMINANDO A TERAPIA FAMILIAR SALVADOR MINUCHIN Wai-Yung Lee
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George M. Simon
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2 edição
Tradução: Gisele Klein
Consultoria, supervisão e revisão técnica desta edição: Helena Centeno Hintz
Psicóloga, psicoterapeuta individual, de casal e família. Presidente da de Terapia Familiar/2006-2008. Vice-Presidente daAssociação AssociaçãoGaúcha Brasileira de Terapia Familiar/2006-2008.
Versão impressa desta obra: 2008
2008
Obra srcinalmente publicada sob o título Mastering family therapy – journeys of growth and transformation, 2nd Edition
© 1996, 2006 de John Wiley & Sons, Inc. Todos os direitos reservados. All Rights Reserved. This translation published under license ISBN 978-0-471-75772-6 Capa: Tatiana Sperhacke Preparação do srcinal: Edna Calil Leitura final: Maria Rita Quintella Supervisão editorial: Mônica Ballejo Canto Editoração eletrônica: Formato Artes Gráficas
Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à ARTMED EDITORA S.A. Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana 90040-340 Porto Alegre RS Fone (51) 3027-7000 Fax (51) 3027-7070 ®
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da Editora. SÃO PAULO Av. Angélica, 1091 - Higienópolis 01227-100 São Paulo SP Fone (11) 3665-1100 Fax (11) 3667-1333 SAC 0800 703-3444 IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL
Para Andy Schauer (1946-1994), um amigo que foi compreensivo, sincero, franco, leal e amável, viveu sua vida sem rancores e deixou-nos antes do tempo.
Agradecimentos
Somos profundamente gratos aos terapeutas autores dos capítulos que constituem segunda desteclínicos livro. Se nãoofosse a boa e a coragem de aexpor seus parte trabalhos para exame das vontade massas, este livro teria se tornado um texto acadêmico seco, de pouca utilidade para aqueles envolvidos no trabalho da natureza humana de fazer e supervisionar a terapia familiar. Agradecemos às contribuições de Richard Holm, nosso colega-membro da faculdade no Minuchin Center for the Family (Centro Minuchin para a Família). Richard está presente em todo este livro, ainda que de forma invisível. Suas contribuições estendem-se do sublime ao meticuloso – desde ajudar-nos a cristalizar algumas das idéias teóricas até trabalhar com a análise de vídeos. Os autores podem se sentireamparados encontram um editor que possa entender o material melhorá-lo.quando Ao escrever este livro, tivemos sorte, encontramos Frances Hitchcock, que trabalhou nas transformações básicas logo que o material surgiu em nossos processadores de texto. Nina Gunzenhauser alertou-nos para as falhas no manuscrito, quando acreditávamos que já estava impecável. Enquanto a primeira edição ainda estava sendo redigida, Jo Ann Miller, a editora-executiva na John Wiley, trouxe um conhecimento da área e uma habilidade de integrar o trabalho de muitos escritores em um volume coerente. E Patricia Rossi, nossa editora na Wiley para esta segunda edição, conseguiu nos influenciar com seu entusiasmo para um projeto de revisão e nova redação que nunca teríamos conseguido sozinhos.
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Agradecimentos
Nossos melhores agradecimentos também a Lori Mitchell, Jenny Hill e Gail Elia. Elas trabalharam sem descanso e com paciência para digitar as várias revisões pelas quais o manuscrito passou. Finalmente, agradecemos a nossos cônjuges: Patricia Minuchin, Gail Elia e Ching Chi Kwan, que acompanharam no processo deste livro e representam a melhor complementaridade no trabalho e no casamento.
Sumário
PREFÁCIO Salvador Minuchin .............................................................................
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INTRODUÇÃO Braulio Montalvo ................................................................................
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PARTE I – AS FAMÍLIAS E A TERAPIA FAMILIAR 1 Terapia familiar: uma dicotomia teórica...........................................
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2 Famílias singulares: todas as famílias são diferentes ........................
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3 Famílias universais: todas as famílias são semelhantes ....................
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4 Terapias familiares: prática clínica e supervisão...............................
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Tendências contemporâneas: o que pode ter acontecido à terapia familiar? ............................................................................. 84 6 O encontro terapêutico ..................................................................... 99 5
PARTE II – HISTÓRIAS SOBRE SUPERVISÃO 7 Supervisão do encontro terapêutico ................................................. 125 8 A feminista e o professor hierárquico ............................................... 134 Margaret Ann Meskill 9 Uma cabeça, muitos chapéus ............................................................ 153 Hannah Levin
10 A poeta e o baterista ......................................................................... 169 Adam Price 11 “O filho edipiano” revisitado ............................................................ 193 Gil Tunnell 12 Entrando no vasilhame ..................................................................... 214 Israela Meyerstein 13 Os homens e a dependência: o tratamento de um
casal do mesmo sexo......................................................................... 235 David E. Greenan
14 O pintor de fezes............................................................................... 259 Wai-Yung Lee 15 Enchendo o recipiente vazio: a história de Andy Schauer ................ 291 Wai-Yung Lee
EPÍLOGO ................................................................................................. 311 Salvador Minuchin
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 317 ÍNDICE .................................................................................................... 319
Prefácio Salvador Minuchin
Certa vez, um velho e sábio rabino escutava com paciência dois de seus alunos mais brilhantes que se encontravam engajados em uma discussão polêmica. O primeiro apresentou seu argumento com convicção apaixonada.OOoutro rabino sorriu em aprovação. “Isso está certo.” aluno argumentou o contrário, convincente e claramente. O rabino sorriu novamente. “Isso está certo.” Aturdidos, os alunos protestaram. “Rabino, nós dois não podemos estar certos!” “Isso está certo”, disse o velho e sábio homem.
Como o velho e sábio rabino, os autores têm duas opiniões concernentes à formação de um terapeuta familiar. Meyer Maskin, um brilhante e irônico analista em treinamento no William Alanson White Institute, costumava contar aos seus supervisionados que uma vez, quando queria construir uma casa de praia, pediu a um arquiteto para mostrar-lhe os projetos de casas que haviaterminadas. desenhado anteriormente. ver como elas se pareciam quando Aqui Maskin fezEntão umafoi pausa para causar um efeito dramático. “Nós não deveríamos ter um enfoque igualmente rigoroso quando procuramos por um analista? Em outras palavras, antes de iniciarmos a árdua viagem psicológica juntos, não deveríamos ver como os analistas em potencial construíram suas vidas? Como eles entendem a si mesmos? Que tipo de marido ou de mulher são? E ainda mais importante: foram bons pais?” Um observador de clínicos igualmente crítico, o terapeuta familiar Jay Haley, discordaria desse ponto de vista. Haley diz que conhece muitas pessoas boas e excelentes pais que são terapeutas medíocres ou ruins; ele também conhece bons terapeutas familiares que fizeram da vida pessoal
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uma confusão. Nem habilidades de vida nem autoconhecimento por meio da psicanálise ou da psicoterapia melhoram a capacidade dos terapeutas de se tornarem melhores clínicos. A habilidade clínica, diria, requer um treinamento específico na arte da terapia: como planejar, como dar orientações, como rearranjar hierarquias. Isso pode ser alcançado, ele diria, apenas pela supervisão da própria terapia. Para Haley, para saber quão bom um terapeuta familiar é, seria necessário entrevistar seus pacientes anteriores. Até mesmo o trabalho escrito de um terapeuta mostra-nos apenas suas habilidades de escrita, mas não suas habilidades terapêuticas. Então, aqui nos encontramos em um dilema porque, como na história do rabino, os dois lados discordam totalmente, e nós concordamos com os dois. Em trabalhos escritos anteriores, eu (SM) indiquei como respondi às necessidades específicas dos pacientes usando diferentes facetas de mim mesmo. Minha compreensão experiencial das atrações que a família exerce sobre mim formam minhas respostas sobre elas. Esse aspecto da terapia certamente requer autoconhecimento. Mas Haley está certo quando diz que as respostas terapêuticas não são guiadas pelo autoconhecimento, mas pelo conhecimento dos processos da família em funcionamento e das intervenções dirigidas a mudá-las. Para escapar desse paradoxo, várias escolas deterapia familiar exigem que seus estagiários passem pelo processo de psicoterapia enquanto são treinados na terapia familiar. Na verdade, essa é uma exigência de licenciamento em alguns países europeus. Lembramo-nos das primeiras estratégias de Virginia Satir sobre reconstrução familiar e de Murray Bowen de enviar seus alunos para mudar seus relacionamentos com suas famílias de srcem. Carl Whitaker costumava ter seus alunos e seus maridos ou mulheres em terapia como parte de seu treinamento. Mais recentemente, Harry Aponte, Maurizio Andolfi e Russell Haber desenvolveram técnicas de supervisão que objetivam o autoconhecimentocomo terapeutas. A estratégia de supervisão com a qual confrontamos esse paradoxo é concentrar-se no estilo preferido do terapeuta – ou seja, seu uso de uma série limitada de respostas previsíveis de uma variedade de diversas circunstâncias. Um terapeuta pode estar envolvido com o conteúdo; outro pode perceber o comportamento à luz de uma determinada ideologia, como o feminismo, por exemplo. Às vezes, o estilo relaciona-se com as respostas caracterológicas básicas do terapeuta, como evitação de conflitos, um ponto de vista hierárquico, medo de confronto, um foco exclusivo sobre as emoções ou sobre a lógica, ou a preferência de finais felizes. Mas, geralmente, o estilo do terapeuta manifesta-se em elementos que
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são menos visíveis para o próprio terapeuta, como concentrar-se em pequenos detalhes, permanecendo a distância, sendo indireto, falando demais, fazendo preleções ou não assumindo as próprias idéias. Dessa forma, dois terapeutas com uma compreensão semelhante de uma situação familiar e com o mesmo objetivo terapêutico responderão à família de duas maneiras diferentes e idiossincráticas. Essa diferença de estilo pode ter um efeito considerável no desenrolar da terapia; algumas respostas são melhores do que as outras. Nosso enfoque quanto à supervisão é, portanto, começar a trabalhar com o terapeuta para entender seu estilo preferido. Que respostas em seu repertório ele usa com maior freqüência? Nós as aceitamos. Elas estão ok. Então, declaramos que elas deixam a desejar. O estilo do terapeuta é bom dentro da sua alçada, mas pode ser expandido. O terapeuta que se concentra no conteúdo pode aprender a dirigir sua atenção às transações que ocorrem entre os membros da família; o terapeuta que é cativado pela trama da história pode aprender a arte da intervenção descontínua. O que quer que identifiquemos no início torna-se o ponto Desafiamos o terapeuta a expandir seu repertório, a ser capaz de de partida. responder a partir de uma série de perspectivas, de maneiras que sejam complementares às necessidades familiares. O objetivo é um clínico que consiga manejar a si mesmo em nome da mudança terapêutica e, além disso, ser espontâneo. Carl Whitaker, que foi um terapeuta idiossincrático e brilhante, comunicava em seus ensinamentos a necessidade de se ter uma variedade de papéis universais enquanto trabalhasse com uma família. Ele apreciava contar histórias sobre quando era uma “garotinha”. É essa liberdade de ser multiforme e, ao mesmo tempo, permanecer fiel a si mesmo que tentamos comunicar aos nossos alunos. A supervisão bem-sucedida resulta em um terapeuta diferente do supervisor, mas também diferente da pessoa que ele era antes da supervisão. O artifício é respeitar os limites da vida privada dos supervisionados durante o processo de autotransformação. Sobre a segunda edição
Apesar de a organização geral desta edição do livro ter mudado pouco desde sua primeira edição, fizemos mudanças substanciais no conteúdo, principalmente na forma do novo material adicionado. A primeira parte fornece uma visão geral das teorias do funcionamento familiar e da terapia, incluindo nosso próprio modelo de trabalho com famí-
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lias, o que serve debase para nossa supervisão de terapeutas. Nesta segunda edição, incluímos novos materiais de casos no Capítulo 2, o que acreditamos melhor ilustrar o impacto da pobreza e da classificação étnica sobre o funcionamento familiar do que o faz o material incluído na primeira edição. O Capítulo 5 é totalmente novo, examinando desenvolvimentos no campo da terapia familiar durante a década passada, desde a publicação da primeira edição. A parte principal desse capítulo é dedicada a desenvolver modelos baseados em evidências do tratamento familiar. O Capítulo 6, que resume nosso próprio enfoque sobre a terapia familiar, inclui uma nova seção detalhando o Modelo de Quatro Passos recentemente desenvolvido por Minuchin para avaliação familiar. A primeira parte do livro foi escrita em conjunto por três autores. A voz dos autores que predomina na Primeira Parte é “nós” e refere-se a todos os três. Contudo, de tempos em tempos, e especialmente no Capítulo 6, a discussão concentra-se no trabalho terapêutico ou de supervisão individual feito por Minuchin. Nesse caso, a autoria “eu” refere-se a ele. A segunda parte do livro representa uma resposta à sugestão de Haley de que a maneira de saber se um terapeuta é bem-sucedido é perguntar às famílias dos pacientes. Como este livro trata sobre supervisão, solicitamos reações, não das famílias, mas de supervisionados. Em um curso de treinamento avançado com Minuchin, pedimos a oito supervisionados para descrever suas experiências na supervisão. Os supervisionados começaram suas histórias descrevendo-se como membros de suas famílias de srcem. (Tal relato não fazia parte de seu curso de treinamento; ele foi destinado apenas para fins deste livro.) Os supervisionados então vão adiante e contam sobre o que experienciaram à medida que apresentavam casos a Minuchin e ao grupo de treinamento para supervisão. As passagens em itálico dessa parte do livro refletem o comentário de Minuchin sobre o processo de supervisão. Como 10 anos se passaram desde que os supervisionados escreveram suas histórias srcinais para este livro, pedimos a eles para redigirem pósescritos para esta segunda edição, detalhando como sua reação à experiência de supervisão pode ter mudado ao longo do tempo e como seu trabalho clínico atual está, ou não, sendo influenciado pela experiência. No epílogo, Minuchin responde a esses pós-escritos de forma epistolar. Esperamos que as duas partes deste livro – a teórica e a experiencial – transmitam o complexo e recompensador processo de dominar a terapia familiar.
Introdução Braulio Montalvo
A primeira parte deste livro é uma contribuição precursora, na qual Salvador Minuchin oferece sua perspectiva única sobre as principais idéias dos eruditos na área, selecionando algumas das mais excitantes ferramentas conceituais e clínicas para auxiliar famílias com problemas. Na segunda parte, ouvimos as vozes individuais de oito terapeutassupervisionados, enquanto lutavam para transformar a si mesmos e às famílias sob seus cuidados, com a hábil orientação de seu supervisor. Nós os observamos melhorar a complexidade e a exatidão de suas intervenções e os observamos aprendendo a abandonar objetivos não-executáveis. Vemos como usam as reações catalisadoras de Minuchin e compartilhamos de sua dor e alegria enquanto aperfeiçoam suas habilidades e melhoram seus estilos. A maneira pela qual a história de cada terapeuta é contada, assim como os comentários contínuos de Minuchin sobre seu trabalho, tornam a leitura livro verdadeiramente semelhante sentar-sequanto em umaasaula magna.deste Nós seguimos tanto as perspectivas do aprofessor dos alunos e vemos como elas se cruzam e como essas perspectivas afetam a terapia. Este trabalho é especialmente impressionante à luz dos exemplos apresentados: uma galeria formidável de vítimas do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM) de altos níveis de dificuldades. Para o iniciante que procura novos enfoques para problemas que no início pareciam estar apenas dentro do indivíduo, Dominando a terapia familiar é um recurso extraordinariamente rico. Para o terapeuta experiente que está à procura de maneiras estimulantes de desequilibrar sistemas patológicos, amplificar divergências e desafiar o habitual, a colheita nunca foi tão abundante. Este livro é particularmente valioso para esti-
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mular a imaginação do supervisor. Quando nos encontrarmos em conflito com um direcionamento escolhido por um supervisionado aprenderemos a partir das maneiras engenhosas que Minuchin encontra para resolver conflitos e promover crescimento. Também mostra como um supervisor pode ter sucesso sobre as diferenças entre ele e os supervisionados, e o supervisionado e a família com que ele ou ela trabalha, tornando essas diferenças um conflito produtivo, uma resolução inesperada de problemas e uma cura. Ele ensina como fazer uso eficiente do instrumento mais fundamental do supervisor: a habilidade de engajar o supervisionado em um diálogo difícil e honesto, no qual ambos buscam avidamente por maneiras de antecipar e criar enredos. Essas idéias não se encaixam em uma área inclinada a sacrificar o uso da conversa evocativa e investigativa no planejamento e na realização de intervenções terapêuticas, assim como não acomodam o protocolo rápido e automatizado enquanto meio principal de treinamento. Elas não pertencem, contudo, a qualquer cenário que utilize uma terapia baseada na família, feita por provedores que valorizam a relevância e a utilidade das intervenções acima de tudo. Esses clínicos adotarão com entusiasmo o ponto principal deste livro: descobrir objetivos factíveis e improvisar uma trajetória flexível para a terapia ao obter uma compreensão sistêmica das famílias. A orientação de Minuchin para atingir tal tarefa cultiva e libera a imaginação multiforme do terapeuta – a capacidade infinita de formar novas opiniões. Ele ensina como assumir diferentes formas, dependendo do que o caso requer. No futuro, quando a área da terapia familiar for examinada e as ferramentas dessa oficina forem inventariadas, Dominando a terapia familiar será contado como mais do que o trabalho de um artífice brilhante de cuja forja surgiu uma extraordinária coleção de ferramentas que continuam a formar a estrutura da terapia familiar. Será lembrado como o livro-fonte de inspiração para terapeutas que deflagram sua própria imaginação e forjam suas próprias ferramentas para melhor servir às famílias com quem trabalham.
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Descentralizar o problema que se apresenta e o portador do sintoma.
Explorar os padrões familiares que podem estar mantendo o problema que se apresenta.
Explorar o que membros-chave da família trazem do passado que ainda influencia o presente.
Redefinir o problema e explorar opções.
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N. de R.T. Mulher que luta pelos direitos da mulher. Sojourner Truth: Abolicionista e feminista norte-americana que foi uma líder defensora da abolição da escravatura e dos direitos das mulheres.
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