Introdução Este Ebook foi desenvolvido com base no levantamento de dados, pesquisas em fontes seguras e confiáveis, em informações pessoais e no aprendizado adquirido em minha vivência profissional com o propósito de criar um material de base e suporte para um melhor aproveitamento aos alunos. A intenção dessa Ebook e falar sobre a serigrafia em geral (silk screen) voltada para confecção em tecidos e abordar técnicas, dicas e truques para a criação de estampas e facilitar no desenvolvimento de uma maneira simples, fácil e eficiente. Sempre que esquecer de algo abordado em curso, terá onde recorrer e aguçar a sua mente! Faça bom proveito do curso, boa sorte e vamos colocar a mão na massa, ou será na tinta?!?
Índice 1 - Entendendo o Silk Screen Serigrafia ou Silk Screen História do silk Screen A serigrafia e suas aplicações O princípio básico da serigrafia Principais vantagens da serigrafia
2 - Silk Screen Tipos de estampa Tipos de tintas utilizadas Processos e técnicas de Silk screen Onde pode ser aplicado em confecção Materiais usados no processo do silk screen Equipamentos e suporte para aplicação do silk screen Empresas e fornecedores de equipamentos
3 - Cores O que é cor? Classificação das cores Quais são as cores mais utilizadas? O que é o sistema PMS (Pantone Matching System) de cores? O que é a separação de cores? Quais são os processos de separação de cores existentes?
4 - Fotolito ou Diapositivo O que é um fotolito / diapositivo? Quais são as características de um bom fotolito? Quais são os tipos de fotolito? O que são as marcas de registro colocadas em um fotolito?
5 - Com a Mão na Massa Ficha Técnica Emulsão Como preparar a Emulsão Tela, quadro ou matriz Tipo de tecido e suas finalidades (poliéster) Como emulsionar, fotografar ou revelar uma tela ou
quadro Secagem da tela Fotografando a tela Abertura de quadro / tela Fixando melhor o quadro (catalizador) Preparando a tela para o silk Como retirar a emulsão da tela Preparando o tecido, a mesa e o quadro para o silk Tipos de tinta na serigrafia Observações finais e cuidados no processo. O que eu devo verificar antes de começar o processo de silk (desde a arte final até a produção do silk)
6 - Pequeno Glossário de Termos referentes à Serigrafia 7 – Referências Sites de referências sobre silk Sites de imagens Sites de fontes Alguns contatos e Fornecedores Lojas de materiais de SIlk Screen
8 - Processo Criativo da criação de uma estampa Preciso saber desenhar? Como criar uma estampa Quais programas eu uso para desenvolver uma estampa? Pesquisas de mercado e tendências Referências Construção de um banco de dados
9 - Dicas, Toque e Truques Dicas e truques no Corel, Illustrator, Photoshop e Adobe Streamline Como imprimir fotolito em cores chapadas Como criar um raport Montando um cubo de gravação de quadro artesanalmente Montando uma Ficha Técnica Montando uma Tela / Matriz
• Serigrafia ou Silk Screen • História do Silk Screen • A Serigrafia e suas aplicações • O princípio básico da serigrafia • Principais vantagens da serigrafia
Serigrafia ou Silk Screen Serigrafia ou silk screen é um processo de impressão no qual a tinta é vazada pela pressão de um rodo ou puxador através de uma tela preparada. A tela, normalmente de seda, náilon ou poliéster, é esticada em um bastidor de madeira, alumínio ou aço. A “gravação” da tela se dá pelo processo de foto sensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão foto sensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto matriz+fotolito colocados por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão foto sensível que foi exposta a luz. É utilizada na impressão em variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido, etc.), superfícies (cilíndrica, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante, etc.), espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. Também pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas). A serigrafia caracteriza-se como um dos processos da gravura, determ inado de gravura permeográfica. A palavra permeográfica, pretende enfatizar que não há realização de sulcos e cortes com retirada de m atéria da matriz. O processo se dá no plano, ou seja, na superfície da tela serigráfica, que é sensibilizada por processos foto sensibilizantes e químicos. O princípio básico da serigrafia é relacionado freqüentemente ao mesmo princípio do estêncil, uma espécie de máscara que veda áreas onde a tinta não deve atingir o substrato (suporte). O termo serigrafia (serigraph, em inglês) é creditado a Anthony Velonis, que influenciado por Carl Zigrosser, crítico, editor e nos anos 40, curador de gravuras do Philadelphia Museum of Art, propôs a palavra serigraph (em inglês), do grego sericos (seda), e graphos (escrever), para modificar os aspectos comerciais associados ao processo, distinguindo o trabalho de criação realizado por um artista dos trabalhos destinados ao uso comercial, industrial ou puramente reprodutivo. Velonis também escreveu um livro em 1939, intitulado Silk Screen Technique (New York: Creative Crafts Press, 1939) que foi usado como “how-to” manual de outras divisões de posters. Ele viajou extensivamente orientando os artistas da FAP sobre a técnica da serigrafia.
A História do Silk Screen Desde os tempos mais remotos, existe no Oriente, o estêncil (pl. estênceis, em inglês stencil) para a aplicação de padrões (modelos, espaços seqüenciais) em tecidos, móveis e paredes. Na China os recortes em papel (cut-papers) não eram só usados como uma forma independente de artefato, mas também como máscaras para estampa, principalmente em tecidos. No Japão o processo com estêncil alcançou grande notabilidade no período Kamamura quando as armaduras dos samurais, as cobertas de cavalos e os estandartes tinham emblemas aplicados por esse processo. Durante os séculos XVII e XVIII ainda se usava esse tipo de impressão na estamparia de tecidos. Aos japoneses é atribuída a solução das “pontes” das máscaras: diz-se que usavam fios de cabelo para segurar uma parte na outra. No Ocidente registra-se no século passado, em Lyon, França, o processo (de máscaras, recortes) sendo usado em indústrias têxteis (impressão a la lyonnaise ou pochoir) onde a imagem era impressa através dos vazados, a pincel. No início do século registravam-se as primeiras patentes: 1907 na Inglaterra e 1915 nos Estados Unidos, e o números de impressos comerciais cresceu muito. Na América, os móveis, paredes e outras superfícies eram decorados dessa maneira. Foram raros os artistas que utilizaram o processo como ferramenta para a execução de gravuras, ou de trabalhos gráficos. Theóphile Steinlein, um artista suíço que vivia em Paris no início do século (morreu em 1923) é um dos poucos exemplos do uso da técnica. Neste período da grande depressão de 30, nos EUA os esforços do WPA - Federal Art Projects, estimulou um grupo de artistas encabeçados por Anthony Velonis a experimentar a técnica com propósitos artísticos. Os materiais e equipamentos baratos, facilmente encontrados sem grandes investimentos foram algumas das razões que estimularam os artistas a experimentar o processo. Entre eles, citamos Bem Shahn, Robert Gwathmey, Harry Stenberg. Tais artistas iniciaram um importante trabalho de transformar um meio mecânico, cujas qualidades gráficas se limitavam às impressões comerciais, numa importante ferramenta para desenvolver seus estilos pessoais. O sentido desse esforço inicial estendeuse aos artistas dos anos 50, incluindo os expressionistas abstratos e os action painters, como Jackson Pollock. Até Marcel Duchamp, que não era exatamente um artista- gravador, nos deixou um auto-retrato de 1959, um a serigrafia colorida que está no MoMa (Museum of Modern Art, Nova York).
No fim da segunda guerra mundial, quando os aviões americanos aterrizaram em Colônia (Alemanha), com suas fuselagens decoradas com emblemas e comics em serigrafia, surgiu o interesse europeu pela técnica. As barreiras e definições estabelecidas que tratavam a serigrafia como “manifestação gráfica menor” só foram eliminadas no fim dos anos 50, início dos 60. O grande responsável por isso foi o processo fotográfico utilizado através da serigrafia e novos conceitos e movimentos artísticos, além do avanço tecnológico (ver Pop art, Op art, Hard-edge, Stripe, Color-field, Minimal Art). Os primeiros artistas que se utilizaram do processo procuravam tornar mais naturais e menos frias as impressões. Foram ressaltados, entre outros, dois pontos básicos da técnica: (1) sua extrema adaptabilidade que permite a aplicação sobre qualquer superfície inclusive tridimensional, muito conveniente para certas tendências artísticas (2) e suas especificidades gráficas próprias, ou seja, características gráficas que apenas a serigrafia pode proporcionar. Da necessidade de artistas como Rauschemberg, Rosenquist, Warhol, Lichtenstein, Vasarely, Amrskiemicz, Albers, Indiana e Stella, houve o desenvolvimento contemporâneo do processo em aplicações artísticas. Novos conceitos foram associados às idéias tradicionais e o estigma “comercial” da serigrafia tornou-se uma questão ultrapassada. Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Serigrafia
Podemos verificar em outra pesquisa realizada sobre a história da estamparia que os dados não fogem muito das informações acima descritas no site Wikipédia. O que podemos notar é que o processo da estamparia iniciou a séculos passados, cada um com sua cultura e sua técnica de produção. Os fenícios produziram os primeiros tecidos estampados, usando o método de estamparia em blocos e a tecelagem trabalhada em fios de diversas cores formando estampas muito apreciadas pelo mercado. Outro método usado era o stencil, em diferentes estamparias, além de bordados em cores ricas e vibrantes. Na verdade, tecidos estampados apenas passaram a ser utilizados na Europa após o século XVII. Porém, existem exemplos de estamparia utilizando blocos de madeira sobre linho, durante a Idade Média, técnica esta que foi muito provavelmente trazida da Ásia e introduzida pelos romanos na Europa. A Índia era mestra na arte de estamparia sendo que seus produtos superavam, em muito, o trabalho feito pelos Persas e Egípcios. Estampas usando técnica de serigrafia sobre linho foram escavadas pelos arqueólogos em tumbas egípcias de 8.000 anos.
Seda estampada foi encontrada em escavações a leste do Turkistão e Kansu muito provavelmente originárias da dinastia Tang chinesa. Tartans e Xadrez: estampas geométricas fazem parte da história humana. Na história da moda ocidental, a origem do xadrez pode ser traçada até a Idade do ferro (700 – 50a.C.) no Norte da Europa, mas especificamente nos pântanos da Alemanha e Dinamarca. Pesquisas arqueológicas escavaram vários sacrifícios humanos, nos quais foi possível identificar as padronagens têxteis das roupas das vítimas. Estas se compunham quase exclusivamente de tecidos com padronagem xadrez em fio de lã, tecido 2X2 cruzado (em forma de losango). Os pigmentos de base vegetal davam à cor na lã, naturalmente branca. Hoje este xadrez vermelho e branco é conhecido por padronagem “Medevi square” e considerado a marca registrada do xadrez sueco assim como a padronagem xadrez branco e preto é conhecido como “Vichy”.
Já os Tartans, tão famosos símbolos dos clãs escoceses surgiram, com este específico propósito, apenas no século XVI II. A falta de tecnologia indispensável para a imensa quantidade de diferentes combinações de tons que classificam os vários clãs impossibilitava o tingimento homogêneo do fio, necessário para a confecção da padronagem xadrez complexa dos tartans. Contudo existe evidência da existência de tartans que datam do século 3 a.C.. Escavações arqueológicas acharam um pedaço de pano xadrez, nas cores marrom e branca, fora usado como tampa. A palavra Tartan significava, originalmente, “tecido de lã leve” e origina-se do francês tiretaine ou do espanhol tiritana. Enfim, o que podemos concluir é que a estamparia é usada mesmo antes de pensarmos em existir em vida nessa encarnação, e podemos reparar que o processo começou de uma maneira praticamente artesanal e usando matérias primas e recursos que as pessoas tinham conhecimento naquela época. Essa introdução sobre a história da estamparia é mais uma curiosidade sobre o assunto que vamos abordar em curso e para o conhecimento geral de como a estamparia surgiu.
A serigrafia e suas aplicações Aplicação na indústria O uso extensivo da serigrafia por diversos setores industriais tem contribuído para o desenvolvimento de novos materiais, métodos e equipamentos que, aliados à pesquisa e à experimentação artística, abrem novas possibilidades de aplicação da técnica na elaboração da obra de arte. A serigrafia, devido à versatilidade de aplicação sobre os mais diversos tipos de substratos, à possibilidade de utilização d e praticamente qualquer tipo de material fluido para imprimir (desde os mais diversos tipos de tinta até materiais condutivos, adesivos, isolantes, resinas etc.) e à capacidade de controle de deposição da camada impressa, é largamente utilizada pela indústria, e se estende aos mais variados setores. Dentre os quais, destacamos alguns exemplos:
Publicidade e comunicação visual: Impressão de cartazes, displays, placas de ruas, sinais de trânsito, auto-adesivos, outdoors etc., tanto de áreas chapadas como reticuladas (imagem fotográfica). Os outdoors atuais como, por exemplo, os backlights, têm alta resolução gráfica e são impressos em quadricromia sobre lonas e vinis, com modernos equipamentos automáticos, utilizando-se tinta UV (ultravioleta). A impressão em serigrafia se destaca pela durabilidade da camada impressa, no que se refere à maior resistência de exposição à luz e às intempéries, à viabilidade de impressão de grandes formatos, como também à versatilidade de produção de pequenas tiragens, o que torna a opção pela serigrafia, muitas vezes, economicamente mais viável se compararmos à impressão em off-set. Indústria de embalagens e brindes: Impressão de frascos, caixas, sacolas, balões, canetas, cd-roms, cartões de crédito, brinquedos, entre outros e aplicada a uma grande variedade de substratos como papéis, plástic os, madeira, couro, metais, vidro entre outras. Aplicações sobre superfícies planas e curvas, em diversos formatos e tamanhos, e com diferentes espessuras da camada de tinta (alto relevo). Indústria de eletrodomésticos: Impressão sobre vidro temperado utilizado nas portas de fornos, impressão de material condutivo aplicado nos circuitos térmicos de condução de gás em geladeiras, impressão sobre teclados de membrana como os dos painéis de microondas e balanças. Indústria de eletrônicos: Impressão de tintas resistes (tintas que imprimem uma camada que funciona como máscara protetora) sobre placas de circuitos impressos, com diversas finalidades de aplicação como resistes de corrosão, de metalização e de solda, impressão de tintas de legenda, impressão de tintas condutivas nas calculadoras eletrônicas. Indústria automobilística: Impressão sobre vidros para aplicação de reticulados para controle da incidência de luz (esmalte vitrificado) de condutores elétricos para antena FM e condutores de calor para desembaç adores de vidros (pasta de prata), impressão de painéis (tintas epóxi e vinílica), impressão em relevo das juntas de motores (tinta plástica). Indústria cerâmica: Impressão direta sobre azulejos e pisos, voltada tanto à decoração quanto à funcionalidade c omo, por exemplo, os pisos antiderrapantes, que são impressos por meio de diferentes deposições da camada de tinta, criando uma superfície texturizada. Impressão sobre decalques, utilizando-se tinta cerâmica, que são posteriormente aplicados sobre porcelanas. Indústria alimentícia: Impressão sobre chocolates e biscoitos, seja diretamente, utilizando telas de metal para imprimir o chocolate derretido, ou indiretamente na impressão de papéis transferíveis (transfers) com tinta comestível, que são aplicados no alimento. Indústria têxtil: Impressão de estampas em tecidos de camisetas, bonés, toalhas, lençóis, bandeiras, etc. São utilizadas desde tintas para impressão em quadricromia, até tintas metalizadas, emborrachadas, glitter, plastissóis entre outras.
As aplicações da impressão serigráfica são múltiplas, incluindo desde processos artesanais simples e baratos, até processos automatizados que proporcionam alta qualidade de resolução de imagens. Os recursos oferecidos pelo processo serigráfico viabilizam a impressão sobre suportes com características, dimensões e formas fora dos padrões convencionais de outros meios de impressão, possibilitam a edição de grandes e pequenas tiragens, sem limitação quanto ao número de impressões, além de permitir o uso de uma grande variedade de tintas e outros materiais fluidos para imprimir. A pesquisa destes recursos abre um amplo campo de experimentação ao artista interessado em utilizar a serigrafia na elaboração da obra de arte.
O princípio básico da serigrafia A serigrafia é considerada o quarto processo de impressão, ao lado da impressão tipográfica, da rotogravura e da impressão plana. Ao contrário do que ocorre nestes três outros processos, “a tinta não é aplicada no papel diretamente
pela matriz”, mas impressa no papel após atravessar a matriz. Na serigrafia, a matriz se constitui de uma tela permeável de malhas finas, que é esticada em um quadro. No passado, a tela era feita de seda (daí o nome silk-screen, do inglês seda) ou gaze. Hoje ela é fabricada com tecidos de poliéster ou também com uma rede de arame muito fina. Através de diferentes técnicas, esta tela é coberta e/ou impermeabilizada de acordo com o m otivo apenas nos lugares onde a tinta não deverá chegar ao papel. Os pontos a serem impressos permanecem “abertos”.
Principais vantagens da serigrafia As vantagens da aplicação da serigrafia comparadas com outros processos de impressão são grandes, sendo possível imprimir os materiais e as superfícies mais diversas como superfícies lisas, porosas, irregulares e também objetos tridimensionais como garrafas, latinhas, etc.
Impressão de pisos e azulejos com superfícies estruturadas. É possível determinar o depósito de tinta de maneira exata. Isto permite a produção de impressões funcionais como, por exemplo, de resistores elétricos, desembaçadores de vidros traseiros de automóveis, camadas de cola, etc. Aplicação de camadas de emulsão com grandes espessuras: o volume de tinta pode ser até 20 vezes maior do que em outros processos de impressão. O depósito da tinta depende principalmente da espessura do tecido e da camada de emulsão. É possível imprimir as mais diferentes tintas como, por exemplo, tintas convencionais com solvente, tintas UV, pastas condutoras, colas, material de vedação, chocolate, calda de açúcar, entre outras, sendo possível produzir efeitos especiais com tintas fluorescentes.
• Tipos de estampa • Tipos de tintas utilizadas • Processos e técnicas de Silk screen • Onde pode ser aplicado em confecção • Materiais usados no processo do silk screen • Equipamentos e suporte para aplicação do silk screen
Tipos de estampa Estampa Localizada É o processo de silk screen tradicional mais usado no mercado. O processo é utilizado em peças individuais e não no tecido todo, como por exemplo, fazer o silk de uma camiseta, onde a estampa é realizada sobre peças cortadas. O processo pode ser realizado em produção individual ou em longa escala de acordo com a necessidade de cada produto podendo ser manuais, ou mecanizadas em carrosséis automáticos, como usam uma Hering ou Sul Fabril, que possuem várias destas máquinas. O processo é feito através de um quadro de silk screen (tela ou matriz) que é aplicado no tecido e silkado diretamente cor a cor e peça por peça.
Nesse processo é necessário tomar todos os cuidados e providências para que a estampa saia perfeitamente sem nenhum defeito na peça. Os cuidados requeridos são a verificação do local onde a estampa será silkada no tecido através de uma Ficha Técnica, marcas de registros aplicadas no fotolito que deveram seguir na gravação da tela para registrar a sobreposição de cores na estampa, realizar o registro dos quadros antes de aplicar a tinta para o silk e a verificação da(s) cor(es) exata(s) a ser(em) aplicada(s) e qual técnica de silk será usada. Podem ser estampadas na mesma mesa onde se faz as estampas corridas ou em berços de alumínio com aquecimento, em carrosséis manuais, ou até mesmo em placas soltas de “duratex”. A utilização de mesa de silkscreen tem a finalidade de se usar tecidos abertos (corte sem fechamento / costura) e a utilização de berços ou carrosséis manuais é para silk screen realizados em produtos prontos (camisetas fechadas/costuradas, por exemplo). Ambas as bases de aplicações podem ter tamanhos e quantidades variadas, de acordo com a necessidade da produção ou espaço físico do seu negócio, caso venha trabalhar no ramo.
Quadros, telas ou matrizes? É a ferramenta fundamental do silk screen, ou serigrafia. Basicamente é constituída da moldura e de uma gaze, ou tecido, esticada e fixada na moldura. Hoje, utilizam-se tecidos técnicos de poliéster, de alta precisão, fabricado exclusivamente para este fim, devido a sua excelente estabilidade dimensional que garante o registro das cores da estampa. As molduras podem ser em madeira, alumínio ou ferro. Elas possuem dois parafusos de apoio e outro com uma “chaveta” e esses parafusos regulam o movimento longitudinal da estampa na hora do registro e a chaveta o movimento lateral.
Estes três elementos, devidamente ajustados, permitem que se possam estampar cada cor no seu devido registro. Registro é o encaixe exato de cada cor do desenho nas demais cores que compõe o desenho. Normalmente já se grava as telas devidamente registradas.
As telas são gravadas com a imagem de cada cor componente do desenho. Para isto utiliza-se de uma emulsão fotográfica que é aplicada uniformemente, e com muita técnica, ao tecido do quadro com um aplicador apropriado. Depois de seca, na posição horizontal - para não escorrer - a tela pode então ser gravada.
Prensa-se a arte final ou o fotolito entre a tela e um vidro (com pesos ou com vácuo) e se expõe a uma fonte de luz por um tempo determinado. Após isto, com um jato de água molha-se a tela. A área protegida pela arte, que não recebeu luz, não endurece, e escorre, deixan do aberta a área por onde a tinta vai passar durante a impressão, reproduzindo exatamente o desenho original. Para as artes mais complexas, como a quadricomia, separações indexadas ou mesmo na especialidade dos circuitos eletrônico impressos, utiliza-se emulsões diazoicas ou de fotopolímeros, que exigem um alto grau de emissão ultravioleta para a perfeita gravação da imagem desejada.
Estampa Corrida São estampas realizadas em tecido ou malhas a metro. Como já vimos, manualmente ou mecanizadas. O segredo da estampa corrida está em confeccionar a arte de forma em que cada batida consecutiva das telas, a emenda de uma batida com a outra não seja percebida, que a estampa mostre um continuo absolutamente uniforme, como se a emenda não existisse.
Esta emenda é chamada de Rapport, também chamada em português de atacadura. Chamamos de rapport também a largura de cada batida, ou melhor, a distância entre as cruzetas de registro que define a distância entre os batentes da mesa que vão garantir o perfeito encaixe de cada batida consecutiva. Se o rapport for marcado errado na mesa, ou fica uma abertura entre cada batida ou a estampa trepa uma na outra, deixando uma marca que vai arruinar a estampa.
Falso Corrido Estampas realizadas sobre pedaços de tecidos cortado, ou “paneaux”, mas sem continuidade de emenda do rapport de uma estampagem para a outra. Muito usada em pequenas estamparias que não possuem longas mesas de estampagem, para simular a estampa corrida, não tem compromisso de rapport e são mais simples de realizar. Neste caso os paneaux são enfestados e o corte riscado e efetuado. A perda de tecido é maior, mas é a única maneira de viabilizar um corrido simulado em uma pequena área. Pode-se fazer falso corrido de forma corrida. Estampa-se como se fosse corrida, mas cada batida de tela não emenda com a outra. Tem-se que cortar em paneaux e enfestado (empilhado) como já mencionado. Existem certa estampas onde isso é desejável. Por exemplo: estampar a bandeira do Brasil, uma atrás da outra em um tecido a metro, ou vestidos onde a flor principal tem que estar na altura do peito, ou fazer uma tela para estampar listras longitudinais num tamanho que dê para cortar uma calça, com uma tela de tamanho especial, com o rapport adequado.
Listras longitudinais não podem ser estampadas à quadro, pois fica marcada a emenda da tinta sobre tinta. Nenhuma área continua pode ser estampada em estamparia de quadro, só com cilindros. Para viabilizar a estamparia de quadros de certos desenhos, utilizamos recursos para permitir que cada batida flua para a outra sem emendas percebíveis. Usamos os elementos da estampa pra criar um caminho da emenda - raminhos, folhas,
ou qualquer outro motivo que constitua a estampa. Estampa Corrida de Quadro É um processo de estamparia de rolo de tecido. São desenhos que se repetem formando um rapport cobrem toda a extensão do tecido sem tingimento. Assim são feitos os tecidos estampados. O rapport é padrão mínimo da estrutura do desenho que se repetirá por toda a extensão do tecido, sua arte é criada para que não seja percebida a emenda entre uma batida e a outra, e também de forma que o desenho se complemente. O processo de estamparia corrida em quadro é um processo lento e caro. São feitas telas de nylon como as telas de silk screen, porém com a medida de 1,50 x 0,80m e a tinta é aplicada manualmente ou por máquinas através dos quadros (telas). É utilizada uma tinta especial que busca obter o menor toque possível para não comprometer o caimento do tecido. Existe um limite de até oito cores. Estamparia Corrida de Cilindro Processo semelhante ao processo de quadro. Porém, neste são utilizados cilindros metálicos perfurados com os desenhos da estampa. Esse tipo de estampa pode ser realizadas em máquinas de estamparia, que utilizam até 12 cilindros (que é uma tela cilíndrica feita em níquel). Podem estampar algo como 50 metros, ou mais, por minuto. São máquinas caríssimas, usadas normalmente nas fábricas de tecido e malhas. Nas máquinas mais antigas podia-se gastar cerca de 300 metros, ou mais, para ajustar o registro de todas as cores, e essas perdas vão para as lojas de pontas de estoques das fábricas de tecido. Hoje existem máquinas com modernos ajustes digitais que reduzem isto ao mínimo. Para cada cor é feito um cilindro. A tinta é colocada dentro do cilindro e uma maquina gira os cilindros aplicando a tinta ao tecido como numa gráfica. É o processo mais moderno de estamparia corrida. Seu custo de preparo é pouco mais alto que o de quadro, porém o tempo de produção é muito mais rápido.
Também existe o limite de oito cores.
Para se gravar um cilindro, o processo pode ser digital usando gravadoras a laser, cera ou manual utilizando fotolitos. A estamparia de cilindros geralmente é utilizada quando a quantidade de tecido a ser estam pada é muito grande e com pouco prazo para sua execução. Podem-se estampar listras continuas no sentido longitudinal, o sentido do urdimento. Tecidos têm trama (transversal) e urdimento (longitudinal), permite áreas contínuas chapadas de tinta vazado na cor do tecido, impossível de ser feito a quadro.
Estamparia Corrida em Transfer Sublimático É um processo que funciona com cilindros metálicos perfurados, a diferença do processo de estampa de cilindro comum é que os cilindros são alimentados com tinta sublimática e a máquina aplica a tinta a um rolo de papel que na mesma hora vai aplicando por processo de prensa térmica no tecido. Praticamente são estampas que são transferidas de um papel previamente impresso com a tinta de corante sublimático (“dye sublimation” em inglês). Para a estamparia corrida, tais papeis são produzidos em bobinas por gráficas especializadas, pelo processo “off set”. A bobina de papel e o rolo do tecido são alimentados numa calandra especial que transf ere a estampa do papel para o tecido por pressão e calor. A tinta sublimática é uma tinta que reage diretamente com a fibra dos tecidos de poliéster e poliam ida e funciona como uma espécie de tingimento localizado. Limita-se ao uso de até oito cores e apenas aos tecidos de poliéster e poliamida e o resultado é lindo e de alta precisão. Mas tem o inconveniente de só servir para estampar tecidos de poliéster e da dependência de papeis pré-impressos importados.
Estamparia Digital Processo de estamparia onde uma maquina semelhante a uma impressora gigante imprime diretamente no tecido um desenho digital. Do computador para o tecido. Esse processo dispensa a fabricação de quadros e cilindros, além de possibilitar a produção em pequena escala, sendo possível estampar um único metro se necessário, contra os 600 metros mínimos pedidos para os outros processos de estamparia corrida.
Graças à alta resolução dessas “impressoras” de tecido é possível imprimir até fotos atr avés da estamparia digital. Este processo eliminou alguns custos, porém seu valor é três vezes maior que os convencionais porque a tinta usada é extremamente cara.
Sua aparência após estampado é a de quadricromia. Suas cores são formadas pelos pixels em jatos de tinta e podem ser estampados praticamente todos os tipos de desenhos que se desejar os de qualquer padronagem que conhecemos em estamparia e inclusive ou principalmente os formados por fotos e/ou ilustrações com todas as cores possíveis. Por todas as possibilidades é o processo mais lento e por isso usado para desenhos difíceis, com inúmeras cores, desenhos fotográficos, exclusivos ou de pouca quantidade. Sua qualidade é excelente e seu toque é somente o do tecido, como os do processo transfer.
Tipos de tintas utilizadas Existem basicamente os seguintes sistemas de tinta para estampar tecidos:
Com Pigmentos Pigmentos são matérias sólida, moída muito fina, em diversas cores. Adicionada nas doses certas a uma base, ou pasta à base d’água, que contém fixador, emulsionador, amaciante, água e outros aditivos conservantes, constituem a tinta de estamparia. Existem pastas (à base d’água) de cura ao ar (acrílica) ou de cura por calor. A pasta com resina acrílica, de cura ao ar, é muito usada em camisetas, e cura ao ar em 72 horas. São muito práticas para estampas localizadas, porém têm um toque mais sólido, e desagradável para uma blusa ou vestido todo estampado. As pastas de cura por calor, por outro lado, têm um toque mais suave e macio. Depois de lavadas e amaciadas ficam melhor ainda. São o que chamamos de tinta TT - tintas translúcidas para serem estampadas sobre tecidos brancos.
Quando estampadas sobre tecidos coloridos elas se compõe com a cor do fundo formando uma terceira cor, o que muitas vezes é o que se quer. No caso da tinta preta o resultado é sempre o preto, e isto é muito utilizado, já que se tem um tecido estampado em duas cores tendo-se estampado uma única cor, o preto. Pigmentos adicionados em excesso requerem mais fixador, o que endurece e empapela a estampa - sendo assim não adianta tentar copiar certas cores muito intensas de corante, com pigmento.
Corantes São tintas feitas com corantes químicos cujo resultado é normalmente excelente: cores mais vivas e vibrantes e absolutamente nenhum toque; porque mudam a cor da fibra sem acrescentar matéria sólida. É o que se encontra nas roupas mais finas, nos lenços de seda, nas cangas de praia (dependendo da viscosidade da pasta, a estampa aparece também do outro lado do material.) São chamados de corantes reativos, usados para estampas popeline, viscose, seda, etc. Para estampar lycra e poliéster usam-se os corantes ácidos. Porque não a usamos? É um processo mais complexo e caro: o controle das cores é traiçoeiro (só se vê a cor final depois da lavagem), o material estampado tem que ser vaporizado em equipamentos que utilizam caldeiras e, depois, têm que ser lavados para descarregar o excesso de corantes. As cores têm que ser escolhidas de cartelas previamente preparadas, que já foram lavadas e mostram as cores finais. O difícil é novos lotes de corantes serem fornecidos exatamente iguais aos usados para as cartelas. Isso pode ocorrer também com pigmentos - por isso usamos sempre os pigmentos Bayer. O corante, quando bem feito, é uma maravilha; não tão bem feito pode ser um desastre. A não ser que você esteja estampando para seu próprio uso. Aí ninguém vai saber que foi um desastre. Mas para atender as especificações de um cliente, já viu! No Rio de Janeiro não existem prestadores de serviço fazendo estampa corrida em corante reativo. Os confeccionistas, quando solicitados pelas lojas, mandam fazer em São Paulo. Mas existem estamparias que estampam lycra com corantes ácidos para os confeccionista de linha praia e lingerie, como a Sayonara no Rio e a Rosset em São Paulo. Pode-se estampar lycra com pigmento, mas o resultado não é tão bonito nem tem a mesma solidez do corante.
Solidez refere-se à capacidade de fixação das tintas no material estampado. Mas fazemos muitas estampas localizadas em peças de lycra cortada com tinta plastisol - como peças de biquínis, maiôs e roupas da linha aeróbica, com aplicação de glitter, esferas de vidro e brilhantes.
Transfer Sublimático São papeis impressos com uma tinta a base de corante ácido que quando pressionados com calor sobre um tecido com poliéster em sua composição, transferem com solidez a estampa impressa para o tecido. Existem máquinas, ou calandras, que trabalham com papel em bobinas, que transferem a estampa continuamente para um tecido alimentado paralelamente na máquina. Como estes papeis são impressos em offset, exatamente como papel de revistas, consegue-se uma qualidade de impressão extraordinária. Quase toda roupa de alta qualidade em tecidos com poliéster são impressos assim. No caso de estampas localizadas, ou mesmo em falsos corridos, temos uma prensa com 1 metro por 90 cm que permite usar papeis feitos por nós numa impressora automática para papéis, ou, se a quantidade justificar, mandar imprimir numa gráfica especializada, em offset, e obter um resultado excelente.
Plastisol É uma tinta à base de plástico PVC. Ela tem um toque mais forte, o que muitas vezes é desejável pelo cliente. Têm que ser curada numa estufa à 165º C. O material tem que agüentar esta temperatura sem encolher ou amarelar, ou mudar de cor. Aliás, todo material tem que ser testado antes de se realizar o corte e a impressão. É uma tinta que tem uma qualidade maravilhosa em relação à produtividade e à mecanização da impressão: elas não secam nunca, não entopem telas, o que permite largar a tinta na tela e ir almoçar. Elas não secam, elas são curadas, e se fundem no material onde estão sendo impressas. Nos Estados Unidos, fãs da produtividade, praticamente só usam esta tinta para camisetas. Nos carrosséis automáticos só se pode usar esta tinta, pois, como não secam nem estopem as telas, a produção não é arruinada porque a tela de alguma cor entupiu e a cor ficou falhada. No nosso calor, poucas peças seriam estampadas antes de todas as cores começassem a secar nas telas. Além do mais, no final do expediente pode-se deixar as telas no lugar, devidamente no registro, para retomar o trabalho no dia seguinte.
Tinta de Cobertura São usadas quando se deseja estampar sobre tecidos ou malhas coloridas, sobretudo nas cores mais escuras. Podem ser TT, acrílicas ou plastisóis. Recebem, em sua composição, óxido de titânio finamente moído. No caso das tintas à base d’água, o pigmento branco acrescenta mais um fator sério de entupimento de telas. O pigmento branco é muito maior que o pigmento colorido: como comparar uma bola de futebol com uma continha. Quando se usa tinta de cobertura as telas utilizadas precisam estar esticadas com um tecido com uma trama mais aberta, que permita a tinta fluir sem provocar entupimentos. A tinta plastisol de cobertura não entope, e trabalha com telas onde as tintas à base d’água não poderiam ser usadas. Isto permite bons detalhes, mesmo em letras finas em branco sobre fundo escuro, ou retícula de policromia ou indexado. As tintas de cobertura normalmente são repicadas, ou seja, estampadas como um a segunda demão, para poder efetuar uma cobertura eficiente. Na estampa corrida procuramos usar as tintas de cobertura com parcimônia, pois não só têm um toque mais sólido devido ao depósito de mais pigmentos brancos, como não se repica estas cores. Repicar cores na estampa corrida a encareceria demasiadamente. Assim o branco fica meio off-white, ou um branco sujo. Se o fundo é de cor clara ou pastel a cobertura é muito boa.
Tintas Especiais Para confeccionar outras tintas especiais adicionamos componentes para se obter outros visuais.
Usamos também pigmentos metalizados para conseguir tintas dourada, prateada, bronze e ouro velho. Há ainda a adição de “glitter” e purpurina. O “glitter” é uma purpurina com partículas um pouco maior. É feita normalmente em poliéster metalizado e é fornecido em várias cores além do tradicional prata e ouro. Estas tintas podem ser usadas tanto na estampa corrida como na localizada. A tintas plastisol é usada apenas na estampa localizada, já que como não secam não há como fazer a cura intermediária entre as cores, o que é possível ao estampar peças cortadas.
Processos e técnicas de Silk Screen Técnicas de Silk Screen Temos muitas estampas que utilizam processos especiais, ou uma combinação de vários processos como a Flocagem, o Foil, o Relevo entre outros. É possível combinar estes processos, acrescentando bordados ou crochets, patchs, folhas, fios de lã, recortes de feltro ou o que a criatividade inventar e a técnica permitir. Obviamente existem custos associados a esta viagem criativa, que muitos emrpesas ou marcas escolhem por serem de vanguarda, ou por que sua clientela pode absorver este tipo de custo, em nome da diferenciação. Abaixo vamos falar sobre os principais tipos de técnicas usadas na aplicação do silk screen.
Toque Zero - Base D´Água Tinta para tecido a base de água. Seu efeito é de uma estampa com aspecto mais claro, lavadinho. A grande quantidade de água na composição dessa tinta proporciona um toque imperceptível na estampa. Esse é o processo mais tradicional do silk e é o processo que usamos neste curso.
Puff O efeito puff é proporcionado por um tipo de tinta expansiva, onde, através do contato com o calor, ela expande dando o efeito “fofinho” ao desenho. A tinta pode ser encontrada em plastisol e a base de água.
Foil É uma película metálica (folha) importada que é aplicada do tecido através de uma cola. A cola é aplicada como qualquer cor no processo de silk screen através da tela de nylon. Depois de aplicada a cola, a folha de foil é colada na peça, que é levada para uma prensa térmica, e retiradas às sobras (que não foram aplicadas pela cola. O foil é utilizado para obter brilhos incríveis como prateados e dourados.
Plastisol - Relevo É uma tinta expansiva, reagente ao calor, onde seu brilho é semelhante ao do plástico, e aplicando calor a tinta é possível obter volumes na estampa. É o famoso emborrachado.
Plastisol - Relevo Transparente É uma tinta plastisol gel (transparente ou incolor) expansiva, que da o efeito de tinta transparente onde a tinta puxa a tonalidade do tecido de fundo, dando um aspecto de tom sobre tom.
Plastisol - Repuxado É uma técnica utilizada com o recurso da tinta plastisol que através de camadas de tintas criadas na matriz na hora da impressão da estampa, ao retirar a tela, ela cria superfícies irregulares na estampa.
Craquelê É uma processo de aplicação de tinta plastisol com a ação de calor, gerado pelo soprador térmico, que gera o craquelamento ou rachadura onde a tinta plastisol craquelê foi aplicada.
Flocagem É uma processo de aplicação parecido com o do foil, onde é aplicada uma cola localizada no tecido através da tela, e a peça vai para uma máquina especial onde são aplicadas pequenas fibras sobre a cola, resultando num efeito de estampa que parece um veludinho colado.
Perolada É uma tinta para tecido com uma mistura de pasta de brilho. Essa tinta já vem preparada para a estamparia, e sua aplicação deixa a estampa com um aspecto brilhoso, semelhante ao brilho leve de uma pérola.
Processos de Silk Screen O silk screen pode ser resumido à 4 tipos de processos, sendo eles o Silk Screen, a Quadricromia, o Transfer e o Transfer Sublimático. Abaixo, segue a definição de cada processo. Silk Screen Essa é a mais popular forma de estamparia localizada. É feita a partir de uma tela de nylon perfurada (revelada pela impressão de um filme fotolito), onde a tinta é aplicada na tela e transferida para o tecido pelos furos na tela. Não existem restrições de quantidades de cor, porém, quanto mais cores o desenho tiver, mas caro ele ficará, pois para cada cor, é necessário uma tela diferente.
Quadricromia É um processo de silk screen onde são feitas 4 telas de nylon perfuradas especiais (com furos menores) que funcionam como os cilindros de impressão gráfica. São utilizadas as 4 cores da impressão gráfica em papel (Azul, Magenta, Amarelo e Preto) possibilitando obter com a mistura das cores uma extensa gama de combinações. É utilizada para estampar fotos em sua maioria, porém, a resolução de imagem deixa a desejar. Transfer Processo de transferência de imagem do papel para o tecido por prancha aquecida, impressões em impressoras laser. A tinta contida no papel é transferida para o tecido quando o papel é submetido à pressão e alta temperatura por alguns segundos. Não existem limitações de cor por ser um processo de impressão.
Transfer Sublimático Processo semelhante ao transfer comum, a diferença é o tipo de tinta utilizada e o toque proporcionado. O transfer sublimático é feito com tinta sublimática, utilizada em impressoras especiais (sublimáticas). A tinta sublimática é uma tinta que reage diretamente com a fibra dos tecidos de poliéster e poliam ida e funciona como uma espécie de tingimento localizado.
Onde pode ser aplicado em confecção. Hoje em dia, a aplicação de estampas em peças de confecção tomou uma grande proporção no mundo da moda tendo uma excelente aceitação pelos consumidores. Conseguimos identificar a estamparia em diversos produtos e aplicações que nunca imaginaríamos que poderiam ser usados em tempos atrás. A estampa em geral, tem muitas finalidades e aplicações que não só diz respeito à moda ou na indústria da confecção em geral, hoje a estampa é utilizada em produtos diversos como a papelaria, adesivos decorativos de ambientes, embalagens, canetas, chaveiros, cartazes, relógios, óculos, produtos esportivos como shapes de skate, pranchas de sur f, bikes, bolas, carros, motos, capacetes de motos, entre outros tantos que se eu for dar continuidade, a lista vai ser enorme, mas é muito importante citar isso, pois a proposta do curso é aguçar a criatividade do aluno para a criação de estampas não pensando somente em confecção, mas sim de uma forma mais ampla onde da imaginação e criatividade de cada podem surgir novas técnicas, processos e tipos de aplicações do silk screen. Abaixo vou ilustrar algumas aplicações da estamparia em alguns produtos diferenciados voltados para o ram o da moda.
Materiais usados no processo do Silk Screen Para a prática do silk screen são necessárias o uso de alguns tipos de materiais que são peças fundamentais para que o processo em geral seja bem aplicado. É importante lembrar que alguns materiais podem ser improvisados com alguns utensílios domésticos no começo para se ter um melhor custo benefício no início da sua empreitada ao mundo do silk screen, mas também é importante lembrar que o uso do material adequado é fundamental com o tempo.
Rodo impressor Material utilizado para aplicação da tinta ao objeto a ser impresso. Quadro de madeira Componente básico da estrutura da tela. Nylon (trama) Espécie de tecido utilizado para confecções de telas. Hoje é o tecido mais utilizado e indicado é o poliéster que mais para frente na apostila iremos falar sobre ele. Matriz ou tela É o composto final para execução da impressão. Desengraxante de tecidos Com a tela pronta, esse produto é passado para limpar todas as sujeiras (gorduras, poeiras, etc.) que ficam no nylon. É uma espécie de detergente que serve para a limpeza do tecido antes de preparar a tela para a gravação. Emulsão e sensibilizante Esses dois tipos de componente, misturado a proporções corretas, fazem parte da gravação da tela.
Corda, grampeador, tachinhas e cola Materiais que são utilizados para fixar o nylon (trama) ao quadro de madeira para a produção do quadro ou tela para a produção do silk screen. Acessórios Calhas ou canaletas Servem para aplicação da emulsão preparada na tela para a gravação da arte no quadro. As calhas podem ter diversos tamanhos que são usados de acordo com o tamanho do quadro a ser gravado. Pincéis Em vários tamanhos para fazer o retoque das telas e cobrir os espaços abertos no quadro para a tinta não vazar no tecido no ato da aplicação do silk. Cola permanente Especialmente para fixar tecido e outros materiais a mesa de impressão. Copos, recipiente plástico (graduados ou não) São usados para medir a quantidade certa a ser aplicado na hora do preparo da emulsão e também serve para misturar as tintas que serão aplicadas na estampa. Espátula Serve para colocar e retirar a tinta nas telas, para misturar a emulsão e para retoques em telas. Estopas, esponjas, trapos de pano e papel São acessórios de limpeza de telas, mesa, rodos e outros materiais. Estilete e tesoura Para recortar filmes, fazer arte final, cortar papel, etc. Fita adesiva Serve para a vedação da tela, na preparação para a impressão e também é usada para aplicar no fotolito quando há necessidade de junção devido ao tamanho da arte e no momento do registro no quadro para a gravação da tela. Secador É um secador especial utilizado na área da serigrafia ou pode-se usar um secador de cabelo. Tintas e solventes Existem vários tipos de tintas para serigrafia, mas basicamente se usam tintas a base d’água e tintas a base de solvente. Cada tipo de material a ser impresso possui um tipo próprio de tinta e cada tinta por sua vez possui seu tipo de solvente. A consistência da tinta usada dependerá do tipo do material e do nylon da tela. Mesa de impressão Para a impressão, a tela precisa ser fixada a uma mesa que podem ser de diferentes jeitos. Temos as mesas profissionais utilizadas em estamparia para o processo de larga escala e de tecidos aberto, temos os berços ou carrosséis onde é utilizado para peças já prontas e podem ter diferentes tamanhos ou podemos usar nossa imaginação e criar uma base de mesa de impressão utilizando madeira, um forro de plástico ou nylon e dobradiças que permitem a marcaç ão do registro, permitindo que a tela seja abaixada e levantada sem perder o local onde está apoiado o material a ser impresso, o que é feito diversas vezes durante a impressão.
Equipamentos e suporte para aplicação do Silk Screen O nível da tecnologia está se desenvolvendo e proporcionando uma capacidade produtiva cada vez maior. Neste ponto, vemos a importância da automatização dos processos, não só na economia de mão de obra, mas principalmente na padronização dos resultados. Além do ganho de produtividade e velocidade, isso é um fato. Hoje temos suporte para todas as etapas, seja na pré-impressão, impressão e pós-impressão, apresentam algum tipo de aparato que dão suporte ao sistema. O avanço da tecnologia é um grande ponto positivo para nossa área também, cabe cada um saber utilizá-la da melhor maneira que seu espaço e seu bolso permitir. Vamos ver alguns equipamentos e suas funcionalidades.
PRE-IMPRESSÃO Se o profissional deseja qualidade na impressão, deve conhecer e controlar diversas variáveis do processo produtivo, e dispor de equipamentos com um alto nível técnico. E, para a realização de um bom trabalho, também é imprescindível contar com matrizes serigráficas de qualidade. Para isso é preciso adotar tecidos com fios, cores, tecitura e lineatura adequados ao substrato e à imagem que se deseja imprimir. Emulsões e quadros (caixilhos) também são elementos aos quais se devem atentar. Com todos os aparatos em mãos, é fundamental realizar corretamente as etapas de esticagem, emulsionamento, gravação e revelação da tela serigráfica. A qualidade da serigrafia começa na confecção das matrizes. A definição da tela e a armação vão garantir a longevidade e a qualidade do quadro. Mas, além disso, é necessário extrair o máximo potencial desses produtos e, para isso, são necessário equipamentos adequados para cada etapa de fabricação de matrizes.
ESTICADORES Para a esticagem da malha (tecido da tela), pode-se fazer uso das técnicas manual, eletromecânica ou pneumática. Dentre os métodos de esticagem, o manual é o mais básico e não utiliza aparatos com muita sofisticação. Na maioria das vezes, é adotado por serigrafias de pequeno porte, que trabalham com produções pequenas e não exigem um alto nível de qualidade. Grampos e adesivos específicos são usados para prender o tecido à superfície do quadro. Para realizar esse trabalho, o serígrafo depende de um grampeador e um suporte para prender a matriz a uma mesa, que facilita a esticagem. No processo eletromecânico, o tecido é desenrolado e acoplado aos esticadores. Estes, ao serem acionados, puxam a malha, longitudinal e transversalmente, até que se alcance a tensão adequada. É importante ficar atento ao aparecimento de furos e defeitos no tecido, pois podem causar rasgos e depreciação da malha. Quando falamos de esticagem pneumática, referimo-nos a um dispositivo composto por várias pinças operadas por ar comprimido, que agem em conjunto para tencionar o tecido. Essas pinças possuem uma base (na qual o quadro é apoiado) e uma manivela (para fechar manualmente os mordentes, que prendem e esticam). O equipamento conta, ainda, com caixas de controle, ligado às pinças, que regulam a tensão exercida na malha.
Para garantir a uniformidade e a tensão correta, é possível utilizar o tensiômetro. Enquanto o tecido está recebendo a esticagem, esse aparelho é colocado sobre a malha. Uma tela mal tensionada pode produzir desencaixe e, nas máquinas automáticas, pode vir a não descolar do palete (mesa) ou produto, podendo arrancar o produto, romper a tela, aumentando os custos da produção e atrasando a entrega. Além disso, interfere na aplicação uniforme de tinta sobre a peça.
EMULSIONADORES A camada de emulsão é imprescindível para a gravação da imagem na matriz. Essa camada é a que define a passagem de tinta e, por isso, é uma das responsáveis pela qualidade da imagem. O líquido viscoso pode ser aplicado no tecido, manualmente, com uma calha especial ou com equipamentos automáticos, que agilizam o processo e proporcionam uniformidade. Existem alguns tipos de dispositivos confeccionados com aço e alumínio, os quais se diferenciam, basicamente, pelo tamanho.
Emulsão automatizada proporciona Modelo de prensa combina, em um único equipamento, processo de mais agilidade e uniformidade. gravação e secagem, por meio de uma estufa com gavetas individuais.
GRAVADORAS DE MATRIZ Depois de receber a emulsão, a tela serigráfica é levada a uma prensa, que nada mais é do que um dispositivo para gravação de matrizes. Nessa etapa, ocorre a transferência da imagem do diapositivo à emulsão. Aliás, a qualidade desse diapositivo, o tempo de exposição e a luz precisam ser controlados, para um trabalho padronizado. Os equipamentos industrializados são capazes de manter o quadro fixo e estável durante a exposição à luz. Existem dois principais formatos de gravadoras: gabinete e basculante. Gabinete: É similar a uma caixa com um tampo de vidro. E, sobre esse tampo, há outro de borracha, que funciona como uma prensa. A luz para gravação se localiza dentro do gabinete. É também chamada de mesa. Alguns modelos podem incluir uma estufa. Basculante: Podendo ficar tanto na horizontal quanto na vertical, possui dois tampos ligados por dobradiças. A lâmpada para gravação pode estar na base oi ser avulsa, instalada em um pedestal. O segundo formato é o mais indicara para registro de quadros maiores, isso porque telas de grandes formatos exigem mais distância da fonte luminosa, durante a gravação e no caso das prensas em formato gabinete, a lâmpada é fixa. É importante ressaltar que o gabinete fechado protege a matriz contra outras fontes de luz durante a gravação. Quando se utiliza uma prensa basculante, é necessário um ambiente em que não existam lâmpadas que emitam raios ultravioletas, os quais podem comprometer a revelação da emulsão.
CTS (COMPUTER TO SCREEN / COMPUTADOR PARA A TELA) Outra maneira de gravar a matriz serigráfica é do Computador para a tela. Essa tecnologia permite ao serígrafo dispensar fotolitos e prensas a vácuo. Em alguns casos, nos CTS mais avançados, é possível prescindir da etapa de exposição.
No CTS, as imagens salvas são enviadas ao software RIP (Raster Image Processor) que as converte para um sistema de impressão a jato de tinta. Com esse equipamento, há uma redução no tempo de exposição de até 40%. Dessa forma, além de maior agilidade na produção, garante-se estabilidade no processo. E não podemos deixar de mencionar a facilidade de armazenamento de imagens, que é feito em arquivos digitais. Há quatro tipos básicos de sistemas CTS> A jato de tinta: Faz a impressão do positivo da imagem diretamente na camada de emulsão do quadro. A tinta utilizada é à base d água e por isso é preciso ter atenção com emulsões compatíveis à água para que ela não penetre na camada, gerando má definição. A jato de cera: O princípio é semelhante ao método com tinta. A distinção está no fato que a cera é liquidificada a 180º C e ao entrar em contato com a matriz, se solidifica. É um processo instantâneo. Exposição com luz UV: Também conhecida como DMD (Digital Micromirrors Devices) usa um chip com micro espelhos, refletindo a luz de uma lâmpada ultravioleta diretamente na tela emulsionada. Se comparado ao diapositivo, esse método elimina duas etapas: O filme e a exposição à luz. Exposição a laser: Para remover a emulsão polimerizada, o equipamento adota diodos de laser azul-violeta que emitem raios nas áreas positivas da imagem. Um entrave para a disseminação desse método é o custo alto do aparelho. E, apesar das diversas vantagens, o CTS possui algumas limitações - problemas de foco na exposição da luz, por exemplo.
IMPRESSÃO Com desenvolvimento da tecnologia serigráfica, hoje existem diversos equipamentos para imprimir trabalhos variados, entretanto, não podemos menosprezar as impressoras manuais, pois elas acabam sendo bons instrumentos para quem deseja começar na serigrafia. IMPRESSORAS PLANAS As impressoras (ou mesas) planas contêm um tampo a vácuo que possibilita a fixação do substrato durante a impressão (não operam com tecidos). E para prender o quadro ao equipamento, precisam de um sistema de garras específicas. Com esse dispositivo, basta o impressor instalar o quadro corretamente para iniciar uma produção em série, pois o quadro pode ser levantado e abaixado sem o risco de mudar seu posicionamento. Existem alguns tipos principais de mesas planas, confira: MANUAIS Nas impressoras manuais, o operador realiza a passada do rodo. Para acertar o posicionamento do substrato nas planas são usadas as marcas de registro. Assim que o ponto de impressão for definido, marca-se a mesa com f itas adesivas para garantir a repetição do local de gravação. A medição da produtividade de aparelhos manuais é muito difícil, dada a subjetividade do processo, depende muito de variáveis como agilidade e resistência do impressor. Durante um dia inteiro, o trabalhador não consegue manter um ritmo constante
SEMI-AUTOMÁTICAS Com um sistema semi-automático, podemos notar um aumento na produção. Nesse processo, o impressor apenas coloca e retira o substrato da máquina, enquanto ela realiza a passada do rodo automaticamente. A impressora plana semiautomática é destinada a produções de maior demanda, geralmente com lotes acima de 500 peças, ou menores, quando há exigência de muita qualidade.
Um pouco acima dos aparatos semi-automáticos, ainda existem os modelos 3/4 automáticos, que possuem passada de rodo e extrator de substratos ambos automatizados. Dessa forma, só é preciso configurar a impressora e alimentá-la com as mídias.
AUTOMÁTICAS Essas impressoras são semelhantes às máquinas semiautomáticos. O principal fator que as diferenciam são os módulos para entrada e saída do substrato que, nesse caso, são automático, adquirido no momento certo, pode sozinho duplicar o faturamento de uma serigrafia, desde que o projeto ou análise tenha sido bem feita. O sistema desse tipo de máquina possibilita a operação com suportes planos flexíveis, como papel e auto-adesivos ou materiais rígidos como chapas de PVC e vidro. Todavia, não são todos os modelos que permitem impressão sobre esses substratos. Se desejar um registro em vidro, por exemplo, é necessário que a máquina seja projetada para tal aplicação, visto que precisa suportar o peso desse material durante todas as etapas (alimentação, impressão e extração). Tais equipamentos automáticos ajustam adequadamente as peças, a fim de garantir o encaixe preciso das cores. Essa manobra é feita por meio de mecanismos ou sensores óticos, que transportam o substrato à área de impressão corretamente. Como a tiragem é elevada, a curadora UV pode ser acoplada ao mecanismo, pelo fato de a tinta ultravioleta ter uma rápida cura, procedimento mais adequado à produção das impressoras automáticas. Grande parte dessas impressoras permite a instalação modular. Assim, é possível montar uma linha de produção em módulo, com quatro estações, por exemplo. Para isso, é necessário o transporte automático das peças a serem impressas, do primeiro ao último módulo de impressão, dispondo de esteiras e curadoras UV entre as unidades.
AUTOMÁTICAS COM CILINDRO A VÁCUO Os equipamentos com essa estrutura são especialmente voltados à impressão de substratos planos, leves e de baixa espessura, trabalham basicamente com folhas avulsas de papel. Podem ser empregados, também, na aplicação de verniz em capas de livros e folhetos. Se comparados aos padrões serigráficos, é possível dizer que operam em altíssima velocidade, alguns modelos atingem a marca de 3 a 4 mil impressos por hora. Um dos dispositivos que proporciona esses índices altos de operação é o cilindro a vácuo, que faz o substrato se mover rapidamente sobre a matriz de impressão. Os aparatos desse tipo apresentam módulos de alimentação e extração automatizados (como os aparelhos com mesa a vácuo), além da curadora UV.
IMPRESSORAS AUTOMÁTICAS ROLO A ROLO Esse tipo de equipamento é destinado à impressão de materiais disponibilizados em rolos - podem ser papéis, filmes, poliéster, PVC, sintético, alguns tipos de tecidos, vinil e materiais plásticos - desde que a largura do substrato respeite os limites da saída da impressora, que também é conhecida como máquina de alimentação à bobina. Geralmente, essa largura não chega a 50 cm. Entretanto, empresas já disponibilizam tamanhos variados e, no mercado internacional, existem modelos disponíveis para grande formato, com capacidade para rolos de mais de 2 m de largura. Para produzir de forma adequada, o desbobinador e o rebobinador dessa impressora têm de funcionar em sincronia e, dessa forma, evita-se problemas de tracionamento, garantindo um registro correto das imagens. O módulo de impressão de grande parte das impressoras rolo a rolo apresenta uma mesa a vácuo, embora existam as que funcionam com um cilindro a vácuo.
A velocidade que operam esses aparelhos é medida em metros por minuto, variando bastante de modelo a modelo, É importante ressaltar que, para atingir altas velocidades, é fundamental ter um conjunto estável, que ofereça a sincronia exigida. Muitos associam tais equipamentos apenas a produções em larga escala. Estão enganados os que pensam que trabalhar com bobinas é só para altas produções, porque os tempos de setup e preparação em um sistema contínuo a partir de bobinas são rápidos e de fácil preparação.
IMPRESSORAS ROTATIVAS O sistema de impressão desse tipo de máquina é pouco usual: o substrato passa entre a matriz rotativa e o rolo de contrapressão. Com um trabalho automático e em alta velocidade, esse processo se difere do tradicional: o rodo, localizado dentro da tela rotativa, não se movimenta. O que gira é a tela. Esse tipo de equipamento apresenta uma bomba para alimentar o reservatório de tinta dentro do cilindro, onde fica a tela.
As tintas usadas podem variar à base d água, de solvente ou de cura UV. Para a cura, o aparelho costuma contar com uma unidade própria. Altas ou baixas tiragens são possíveis de serem produzidas, já que as telas são regraváveis, trazendo ótimo custo-benefício.
IMPRESSORAS CILÍNDRICAS Não é difícil imaginar o porquê de esse equipamento receber tal nome. Como se pode deduzir, essa impressora é capaz de gravar imagens em objetos cilíndricos e também em peças cônicas.
Para efetuar o procedimento, as impressoras cilíndricas (tanto manuais quanto automáticos) seguem o mesmo sistema básico: a pela gira em torno de seu próprio eixo e a matriz desliza sobre ela enquanto o rodo faz a passada. O porte das máquinas é um quesito que varia bastante. Existem modelos destinados à impressão manual em pequenos objetos, como canetas, squezzes, garrafas e baldes. Esses equipamentos podem ser explorados pelo mercado de brindes com uma baixa tiragem. Em contrapartida, há impressoras de porte industrial, que contam com o módulo de impressão em câmara fechada. Esse gênero apresenta um sistema automatizado para abastecer a máquina com o objeto a ser impresso e para retirá-lo, após o trabalho.
MESAS CORRIDAS A estrutura de uma mesa corrida, formada por um tampo de madeira (revestido com espuma coberta de lona ou corvim) apoiado em cavaletes, é destinada à estampa de tecidos abertos. Esses dispositivos são encontrados, principalmente, em empresas de pequeno e médio porte. No mercado, há dois tipos de mesas corridas: térmica ou fria. O primeiro gênero apresenta resistência elétrica sob o revestimento do tampo, o que mantém a superfície aquecida e colabora na secagem das tintas à base d água, Já as frias, não conta com esse procedimento.
Ao trabalhar com mesas corridas, a principal característica, à qual o profissional deve ficar atento, é a robustez do equipamento. Esse atributo ajuda a manter a mesa firme, já que ela não deve oscilar na hora da impressão. Outra parte fundamental do mecanismo é o trilho, no qual estão localizados os morcetes, usados para posicionar corretamente o quadro, o que evita as perdas de registro no momento de estampar. Dica para o profissional: é recomendável utilizar um tampo de MDF, com pelo menos dois cm de espessura, para que ele não empene.
MESA LOCALIZADA Relativamente parecida com a corrida, à mesa localizada, em vez de um tampo extenso de madeira, apresenta uma seqüência de berços instalados lado a lado, o que possibilita estampar também, peças costuradas. Para isso, essas peças são vestidas nos berços, que podem variar de tamanho, caso seja necessário operar com mangas de camisas e pernas de calça, por exemplo. Nesse equipamento, os trilhos ficam no centro, entre as filas de berço. Embora existam, ainda, mesas com apenas uma linha de berços. A mesa localizada é recomendada para profissionais que possuem uma pequena demanda ou estão adentrando o ramo serigráfico.
CORROSSÉIS Muito disseminados no ramo de estamparia têxtil, os carrosséis apresentam uma base conhecida também como gabinete ou cavalete, na qual são instalados os
berços e os braços. Nessas máquinas, os berços são instalados em hastes que giram conforme o comando (manual ou programado) do estampador, dependendo do tipo de carrossel que estiver sendo usado. A saber, os berços desses equipamentos são sempre frios. Já os braços são as hastes nas quais as matrizes são fixadas. Portanto, quando mais desses braços houver, mais cores poderão ser estampadas. O formato dos carrosséis, geralmente, é circular. Mas existem alguns com uma configuração oval, cujo objetivo é atender empresas que não dispõem de um espaço físico suficiente para compreender um equipamento maior. Manual
A estrutura de um carrossel manual segue o formato padrão, na base são instalados berços e braços. Alguns modelos ainda contam com berços giratórios. Esse tipo mais simples de carrossel é uma boa alternativa às mesas corridas e localizadas, facilita principalmente o trabalho com várias cores. S emi-automátic o
Conforme vai aumentando o nível de automação, cresce também o potencial produtivo. Assim, podemos considerar os carrosséis semi-automáticos mais rentáveis em relação aos manuais e ás mesas. Esses carrosséis são indicados para produções acima de mil peças por turno,
Tais equipamentos apresentam um giro automático dos berços, acionado por meio de um pedal ou uma programação prévia. Com um sistema semi-automático, o estampador segura o quadro enquanto aguarda o giro dos berços. Embora em um nível menor, o processo ainda depende de forças humanas, já que o operador é quem alimenta a máquina.
A utomátic o
O carrossel automático esta no hall dos equipamentos considerados top de linha na serigrafia. Além de contar com um sistema giratório automático de berços, apresentam também passadas automáticas de rodo, Com isso, possibilita uma produção em larga escala e com ótimos resultados, devido à padronização da impressão. Em média, estampando uma cor, pode atingir um patamar de 700 a 800 peças por hora. Obviamente, alguns fatores interferem nessas metas: operador que alimenta a máquina, tempo de exposição de peça ao flash cure e o número de passadas. No carrossel automático, essas variáveis podem ser consideradas na hora de programar o aparelho. Ainda é possível instalar em alguns modelos acessórios aplicados diretamente nos braços da máquina como flash cure e módulos para flocagem.
FLASH CURE
OUTRAS IMPRESSÕES É possível imaginas a existência de equipamentos completamente específicos, pela versatilidade que a serigrafia nos permite, como por exemplo, para imprimir em CD e DVD, há dispositivos manuais e até mesmo alguns super automatizados. Os pequenos brindes também estão inclusos no grupo que usa dispositivos especiais. Uma aplicação interessante é aquela realizada por equipamentos capazes de imprimir balões de borracha (bexigas). Especialmente desenvolvidos para essa finalidade, contam com placa laterais de apoio que ajudam a segurar o balão. Devido à irregularidade, a bexiga é impressa cheia de ar.
Esse dispositivo pode ser empregado em carrosséis ou, até mesmo, mesas corridas. Sua finalidade é realizar a pré secagem, na produção de impressões com mais de uma cor. Tais dispositivos possuem lâmpadas e temporizadores, que marcam o tempo de acionamento para um controle preciso de exposição da estampa à luz. Para adaptar o flash cure a alguns carrosséis, algumas vezes, é preciso à utilização de pedestais. Embora não seja o mais indicado para secagem de estampas flocadas e substratos com baixa resistência ao calor, é o método de pré-cura mais empregado em processos serigráficos.
PÓS-IMPRESSÃO ESTUFA As estufas são direcionadas à secagem de tinta de um produto impresso. Atualmente, diversos m odelos estão disponíveis no mercado. Nesse dispositivo, o calor produzido pelas resistências entra em contato direto com a peça. Existem máquinas com gavetas (modelos menores) ou com esteira, que transportam os objetos para dentro do equipamento. POLIMERIZADORA Como o próprio nome indica esse dispositivo faz a polimerização das tintas já impressas. O termo que designa o processo pelo qual um monômero se liga a outros, constituindo cadeias moleculares maiores (polímeros), significa, na prática, tinta seca. Também é conhecida como polimerizadeira, estufa de esteira ou forno de secagem. Seu funcionamento não é muito complexo: basta esticar a peça na esteira (com a impressão voltada para cima), acionar o aparelho, aguardá-la percorrer o túnel e, depois de um a três minutos, retirá-la do outro lado já seca. Com o calor emanado por esse dispositivo não atinge diretamente as partes impressas, na polimerizadora o risco de queimar a superfície de uma peça é menor, se comparado à estufa. No mercado, existem dois padrões básicos de alimentação energética: As elétricas (mais comuns) e as alimentadas por gás (GLP). Ambas são eficientes, mas apresentam seus prós e contras: as elétricas são mais seguras e práticas, enquanto as de gás são mais econômicas. Basicamente, são muito requisitadas pela indústria têxtil, pois acelera o processo de secagem de tintas, como o plastisol.
LAVADORA DE MATRIZES Na produção serigráfica, é importante trabalhar com materiais de qualidade para que eles possam ser aproveitados posteriormente. Uma das etapas focadas na reutilização de matrizes é a lavagem. Para isso, pode-se contato com estruturas em aço de carbono, as quais reaproveitam a água utilizada nesse procedimento.
Também existem máquinas que fazem esse serviço automaticamente e de forma contínua: uma combinação de vários módulos (de reaproveitamento, de remoção de tinta e remoção de emulsão. Alguns desses equipamentos contam com barras móveis deslizantes, que borrifam solvente com alta pressão nos dois lados da tela, em ciclos programados. Além de manter o operador livre do contato direto com produtos químicos, essas lavadoras não geram grande atrito nas matrizes, o que possibilita maior vida útil.
Empresas e fornecedores de equipamentos Abaixo, vou listar alguns fornecedores dos equipamentos listados nessa sessão:
Termopress Telefone: (11) 2957-1425 / (11) 2791-3526
Site: www.termopress.com.br Penha / SP
Silksmaq Telefone: (19) 3451-6384 / (19) 3451-5358
Site: www.silksmaq.com.br Limeira / SP
Flock Color Telefone: (11) 2440-8486 Site: www.flockcolor.com.br Guarulhos / SP AKA Equipamentos Telefone: (19) 3272-6014 / (19) 3272-1073
Site: www.akaequipamentos.com.br Campinas / SP
PR Sul Máquinas Telefone: (43) 3423-1131 Site: www.prsulmaquinas.com.br Apucarana / PR Gilmaq Telefone: (51) 3595-0553 / (51) 3595-0798
Site: www.gilmaq-silk.com.br Novo Hamburgo / RS
Imah - Indústria de máquinas Telefone: (41) 3557-6008 Site: www.imah.com.br Mogk Máquinas Telefone: (47) 3323-5844 Site: www.mogk.com.br Blumenau / SC Phenix Máquinas Telefone: (41) 3633-1008 Site: www.phenixmaquinas.com Mandirituba / PR
• O que é cor? • Classificação das cores • Quais são as cores mais utilizadas? • O que é o sistema PMS (Pantone Matching System) de cores? • O que é a separação de cores? • Quais são os processos de separação de cores existentes?
Classifi cação das cores Cores PrimáriasVermelhoVermelho Uma cor primária é uma cor que não pode ser decomposta em outras cores.
Essas cores são misturadas entre si para produzir as demais cores do espec tro. Quando duas cores primárias são misturadas, produz-se o que se conhece AzulVerde como cor secundária, e ao se misturar uma cor secundária com primária surge uma cor terciária.
uma
AmareloAzul Tradicionalmente, o Vermelho, o Azul e o Amarelo são tratadas como as cores primárias nas artes plásticas. Esse sistema de classifi cação é conhecido como RYB. Entretanto, essa é uma defi nição errada do ponto de vista científi co, uma vez que, em se tratando de pigmentos, o sistema correto é o CMYK (ciano, magenta, amarelo e preto).
Como são muito raros na natureza pigmentos de cor ciano e magenta, eles são substituídos respectivamente pelo azul e pelo vermelho nas artes plásticas. Para os que trabalham com cor-luz as primárias são: vermelho, verde e azul, ou em linguagem técnica: Red, Green e Blue. (RGB).
Cores Secundárias Cores secundárias são as cores que se formam pela mistura de duas cores primárias, em partes iguais. No início, a teoria dos pigmentos era restrita à pintura. Os antigos pintores já faziam misturas antes da moderna ciência das cores, e as tintas usadas até então eram poucas. No sistema RYB, que emprega a teoria das cores de Leonardo da Vinci, as cores secundárias são:
Verde - Formado pela mistura do Azul com o Amarelo Laranja Formado pela mistura do Amarelo com o Vermelho Violeta (ou roxo) - Formado pela mistura do Azul com o Vermelho Verde Laranja Violeta Modernamente, contudo, considera-se dois casos de classifi cação de cores: o aditivo (ou luminoso) e o subtrativo (ou refl etivo), uma vez que o sistema RYB não representa de fato todas as cores perceptíveis pelo olho humano. As cores primárias de um caso são secundárias do outro, e vice-versa. Esse sistema aditivo de mistura das cores conhecido como RGB é o que forma as cores dos sistemas de comunicação visual, como a televisão e até mesmo o monitor do seu computador. A mistura dessas três cores em quantidades iguais produz o branco - Síntese Aditiva. Para o químico e o artista e aqueles que trabalham com cores-pigmento, as cores primárias são vermelho, amarelo e azul, e a mistura dessas cores em igual quantidade resulta na cor preta ou cinza-neutro síntese substrativa. O nome técnico dado a estas cores é CMYK (cian, magenta, yellow e black). O sistema CMYK é usado nas gráfi cas para a impressão por fotolitos, nos jornais, revistas, livros, cartões e tudo o que é impresso. Os dois extremos da classifi cação das cores: o branco, ausência total de cor, ou seja, luz pura; e o preto, ausência total de luz, o que faz com que não se refl ita nenhuma cor. Não são exatamente cores, mas características da luz, que convencionamos chamar de cor.
Cor TerciáriaLaranja Cor terciária é uma cor composta por uma cor primária e uma cor secundária. São ao todo seis cores, a saber:
Oliva Laranja = Vermelho + Amarelo Oliva = Verde + Amarelo Turquesa Turquesa = Verde + Ciano Celeste = Azul + Ciano Celeste Violeta = Azul + Magenta Rosa = Vermelho + Magenta Violeta A defi nição das cores terciárias independe de o caso ser aditivo (RGB) ou subtrativo (CMY), as cores são Rosa sempre as mesmas, e com as mesmas combinações.
O que é cor? A cor faz parte do nosso mundo e está tão presente que muitos de nós já não da mos tanta importância, tornou-se corriqueiro, algo que já é inerente ao ser. Desde o momento em que acordamos estamos em contato com as cores: ao nos depararmos com as cores do nosso quarto, ao escolhermos a roupa para vestirmos, quando saímos vemos os muros e outdoors da cidade nos invadindo de cores, ou mesmo se ficarmos em casa; tudo está repleto de cores. Mas afinal, o que é cor? Só podemos perceber as cores quando temos luz. Cor é luz. A luz emitida, seja pelo sol ou por uma lâmpada, contém todas as cores do arco-íris. A luz branca é constituída pela reunião de numerosas radiações coloridas que podem ser separadas. A cor é o resultado do reflexo da luz que não é absorvida por um pigmento. Assim podemos perceber que a cor
é uma sensação provocada pela luz sobre nossos olhos. Podemos estudar as cores sob dois aspectos que estão diretamente relacionados, embora sejam aparentemente opostos: a COR-LUZ e a COR-PIGMENTO.
Cor Luz Você já viu um arco-íris? Ao incidir nas gotas de água da chuva os raios da luz solar se decompõem em várias cores. São radiações coloridas. Semelhante a um arco-íris temos um prisma comum, onde a luz branca é dividida em um espectro de cores. Essas cores — vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta — compõem o que é chamado de espectro visível da luz, que são freqüências do espectro eletromagnético (“luz”) que podemos ver a olho nu. O que nos dá um total de 7 cores.
Porém, temos milhões de cores diferentes na transição de uma cor para outra. Estudos nos mostram a classificação das cores, são elas: primária, secundária e terciária. A qual gerará o círculo cromático e diante deste teremos também as cores complementares e análogas, além de muitos outros estudos e definições.
Cor Pigmento O pigmento é o que dá cor a tudo o que é material. Os homens primitivos descobriam as cores pela experiência. As pinturas rupestres eram feitas com os mais variados tipos de pigmentos naturais: plantas, terra, carvão, e até o sangue dos animais que caçavam. As técnicas de pintura se desenvolveram se industrializaram e a tecnologia criou os pigmentos sintéticos. Cores “artificiais” , feitas em laboratório, mas tão intensas e belas como as cores naturais que tentam imitar. Muitas tintas industrializadas ainda são feitas com pigmentos naturais, mas já existem pigmentos sintéticos de todas as cores. Os corantes também são pigmentos. A mistura de pigmentos altera a quantidade de luz absorvida e refletida pelos objetos. Cada um reflete somente a cor que não é absorvida. Por exemplo: o pigmento amarelo absorve da luz branca as cores azul violeta, azul cian, verde, vermelho alaranjado e vermelho magenta, e reflete somente a luz amarela, que é a cor que podemos ver.
Seguindo os estudos de NEWTON, podemos classificar as cores pigmento inversamente a cor -luz, pois é assim que nossos olhos podem ver perceber e misturar as tintas. Essa mistura de cor-pigmento é chamada de mistura subtrativa, por ser oposta a mistura aditiva que acontece com a cor-luz.
Cores Complementares Cores complementares são cores que são, em certo sentido, opostas umas às outras. A acepção dessas cores varia dentro da ciência das cores, na arte e no processo de impressão. Na concepção artística, como no decorrer da história havia poucos pigmentos disponíveis - cores como o magenta e o ciano são muito raras na natureza - os artistas ainda hoje costumam usar outros pares de cores complementares, a saber: Azul e Laranja Vermelho e Verde Amarelo e Violeta (ou roxo) Como acontece na ciência das cores, cada cor primária tem uma secundária por complementar e vice-versa. Ao juntar uma com outra, obtém-se alguma tonalidade de cinza ou marrom. O uso de cores complementares é um aspecto importante para a beleza na arte e no design gráfico. Quando são colocadas uma ao lado da outra, os complementos aparecem contrastantes. No disco artístico, as cores complementares são colocadas no lado oposto uma da outra. Embora essa concepção artística não se enquadre rigorosamente dentro da definição científica de cores, a maioria dos discos de cores na arte são dispostas de maneira semelhante ao sistema HSV.
Quais são as cores mais utilizadas?
Basicamente as cores que são mais utilizadas em estamparias são as cores branca, preta, vermelha, azul e amarela. O resultado das outras cores como laranja, verde, cinza, rosa entre outras cores é utilizado o processo de mistura de tintas que tomamos por base a classificação das cores citas no item anterior. É legal tocar em um ponto que pode ser muito útil na economia e desperdício de tintas. Todas as cores misturadas ou sobras de tintas que não dá mais para ser recolocadas em seu pote, pois vai afetar a cor exata da tinta, as aproveitamos deixando em um pote separado, aonde vamos misturando todas as sobras das tintas que vai resultar na cor PRETA (mistura de todas as cores). Então não desperdice tintas que foram misturadas e não terá mais utilidade naquele momento, você pode ter uma nova cor ai dessa mistura que é muito usada, a cor preta! Em estamparias de médio e grande porte, existem profissionais que somente fazem a preparação das tintas, são chamados de Colorista ou Misturadores. São pessoas que tem grande prática e experiência na mistura de cores para a reprodução da cor exata exigida na ficha técnica do produto. As cores são baseadas no sistema da Escala Pantone como referência exata da cor estipulada na estampa. Profissionais da área sejam designers, estilistas e estamparias se baseiam nesse sistema de referência de cores que vamos falar melhor sobre no próximo item.
O que é o sistema Pantone (pantone matching system) de cores? A marca PANTONE® foi criada pela Pantone Inc. que está sediada em Carlstadt, Nova Jersey, EUA. Considerada hoje uma autoridade em cores, é mundialmente conhecida pelos sistemas e tecnologias de ponta criada para os processos que envolvem cores com reprodução precisa, nas etapas de seleção, comunicação e controle de cores. O nome PANTONE® é conhecido mundialmente como a linguagem padrão para a comunicação em todas as fases do processo de gerenciamento de cores,
desde o designer até o fabricante, desde o revendedor e até o consumidor, em várias indústrias. Em 1963, Lawrence Herbert, fundador da PANTONE®, criou um sistema inovador de identificação, combinação e comunicação de cores para resolver problemas associados com produção precisa de combinações de cores na comunidade de artes gráficas. Sua visão de que o espectro de cores é visto e interpretado diferentemente por cada indivíduo conduziu à invenção do PANTONE MATCHING SYSTEM, um manual de cores padrão em formato de leque ou chip. Durante os últimos quarenta anos, a PANTONE® desenvolveu e aprimorou o conceito do seu sistema de combinação de cores, adaptando-o para outras indústrias, onde a reprodução fiel das cores são críticas, incluindo tecnologia digital, têxteis, plásticos, arquitetura e interiores. Fonte: Site Pantone do Brasil (http://www.pantonebr.com.br/sobre -nos.asp)
A escala Pantone é usada mundialmente como identificação de cores em diversos processos e no mundo da estamparia também não fica de fora. Para maiores informações sobre os tipos de guias Pantone e como você pode adquirir, visite o site da marca http://www.pantone.com.br e tenha todas as informações sobre.
O que é a separação de cores? Chamamos de separação de cores, quando falamos de estamparia, o processo da separação de cada cor existente em uma estampa. Não existe um número máximo de cores exigidas numa estampa e sim um número padrão que utilizamos, pois cada cor que é criada na estampa é um processo que tem que ser feito individual, o que pode acabar encarecendo o seu produto final. Existem basicamente duas formas de se reproduzir uma cor, através de cores chapadas, já na tonalidade final (mistura física de cores), ou através da técnica de Quadricromia Por exemplo, se uma estampa tem 4 cores (vermelho, preto, amarelo e branco) para cada cor vamos ter que fazer 1 fotolito e 1 quadro terá que ser gravado para ser aplicado individualmente na base a ser estampada. Então teremos o total de 4 fotolitos e 4 quadros. Se tivermos uma estampa com 12 cores, teremos 12 fotolitos e 12 quadros e assim por diante. Claro que todo tem as suas vantagens e desvantagens que veremos a seguir: A grande vantagem é que podemos imprimir sobre um material de qualquer cor (até m esmo o preto), pois as tintas usadas são opacas (não confundir com fosca), isto é, não são transparentes.
A grande desvantagens é o tempo elevado para a conclusão do trabalho (se o nú mero de cores for elevado), a necessidade de uma maior precisão de registro e o custo elevado de todo o processo. Imaginem o preço que essa estampa vai acrescentar no valor final do produto. Vale lembrar que estamos falando nesse exemplo de cores chapadas. Para estampas que se utilizam degrades e imagens, estamos falando do processo de quadricromia que é baseado na escala de 4 cores CMYK (Cyan, Magenta, Amarelo e Preto), onde serão necessários 4 fotolitos e 4 quadros especiais para esse tipo de reprodução que veremos mais adiante na apostila. Temos uma referência padrão em relação a quantidade de cores de estampas em vetor (cores chapadas) de até 4 cores, sendo os mais usados de 1, 2 ou 3 cores pelo baixo custo e pelo resultado que não deixa nada a desejar. Eu, Evandro da Silva Borges, sou da seguinte opinião: “Às vezes o básico é o mais bonito!” Falo isso, pois vai muito da sua criatividade com o desenho, local onde será aplicada a estampa, a junção do tipo do tecido com a cor ou o processo de estampa que vai utilizar que são ferramentas que ajudam muito na criação final do seu produto, pois de nada adianta uma estampa bem feita se na hora da aplicação na peça, vamos pensar aqui em camiseta, o modelo de camiseta, o tipo de tecido, a cor do tecido e as cores da estampa não tiverem harmonia, seu produto final não é bem aceito no mercado e você tem um produto encalhado em seu estoque!
• O que é um fotolito / diapositivo? • Quais são as características de um bom fotolito? • Quais são os tipos de fotolito? • O que são as marcas de registro colocadas em um fotolito?
O que é um fotolito / diapositivo? Fotolito ou diapositivo são os nomes genéricos que são dados a uma base transparente, que contém gravada a imagem a ser impressa. O filme é o material de base transparente que serve como matriz da impressão da arte final ou estampa, transportando a imagem que queremos imprimir para o quadro de silk screen. Eles podem ser chamados de transparência, filme positivo ou fotolito também e numa comparação simplista é como um negativo de uma fotografia. O fotolito é um elemento extremamente importante para obter a impressão com muita qualidade e muita fidelidade em relação ao original. A impressão deve ser feita na cor preta e falhas, riscos ou sujeiras na impressão ou na folha pode afetar a qualidade na reprodução do silk. Assim como qualquer outra etapa de processo serígráfico, a dos fotolitos também sofre uma evolução constante. Os métodos de produção dos dispositivos também são beneficiados pela tecnologia, por isso, além de considerarmos as matrizes, tintas e substratos, também devemos considerar a qualidade dos diapositivos para a obtenção de um bom resultado. É importante lembrar que para cada cor da estampa criada, é necessário um fotolito. O fotolito pode ser feito manualmente, fotograficamente ou digitalmente.
Quais são as características de um bom fotolito? As propriedades de um bom fotolito são básicas e fundamentais para que sua estampa seja reproduzida fielmente no silk screen. Devemos levar em conta os seguintes cuidados: 1) A escolha do papel correto para o seu tipo de aplicação e saída certa. 2) Uma boa impressora, seja ela jato de tinta ou a laser, conferindo sempre se os cartuchos estão em bom estado de conservação dando um suporte a uma boa impressão. 3) A sua arte final tem que estar bem definida e em boas condições de reprodução no fotolito, contendo as marcas de registro corretas, a separação de cores, se no caso for usar imagem ou for imprimir a estampas em arquivos fechados (JPG, TIF e PSD) o tamanho do desenho tem que estar com o tamanho correto da estampa e a resolução tem que estar em 300 DPI. 4) O papel a ser impresso não deve conter sujeiras, manchas ou gorduras que possam atrapalhar a impressão. 5) A impressão sempre será na cor preta 100%, em alta qualidade, evitando assim efeitos de degrades, riscos, oscilação de cores, buracos e falha na impressão por causa de pouca tinta na impressora ou uma folha não bem preservada. 6) Verificar o lado correto que a arte tem que ser impressa na folha. Esses cuidados devem ser tomados antes de realizar a impressão do fotolito, para que o mesmo esteja em perfeitas condições para a gravação do quadro. A função do fotolito no processo de gravação do quadro é de impedir a total passagem da luz pelas áreas pretas (arte final / estampa) impressas no fotolito, no momento em que a luz é acionada. Caso haja algum tipo de interferência ou de passagem da luz, corre o risco de na hora da abertura da tela, algumas partes da estampa não abra perfeitamente, tendo assim, que realizar novamente a gravação da tela.
Quais são os tipos de fotolito? O fotolito pode ser feito de 3 maneiras, manual, fotograficamente ou digitalmente. Confira abaixo a diferença de cada tipo de processo.
Fotolitos feito manualmente Esse processo é para pessoas que queiram eliminar o processo do computador e desenhar a sua estampa diretamente no fotolito. Você pode desenhar utilizando um pincel e uma tinta opaca ou uma caneta apropriada para o tipo de folha que for usar. Para o caso de desenhos manuais direto na folha, falhas na cor ou uma tinta mal usada vai interferir na gravação do quadro. Normalmente é usada para esse processo a tinta nanquim com pincel ou caneta específica em um papel transparente.
Fotolitos feitos fotograficamente
Esse processo é o mais tradicional usado na produção do fotolito. Ele é feito por intermédio de um computador e uma impressora onde vai dar a saída da sua estampa do computador para a impressora que vai imprimir o filme. Podemos usar impressoras jato de tinta e impressoras a laser e para cada tipo de impressora é usado um tipo de papel. Normalmente para impressoras a jato de tinta são usadas papel transparência tradicionais que suportem a impressão a base de jato de tinta e para impressoras a laser, normalmente é usado o Laser Film ou poliéster especial para impressoras a laser que segurem a impressão sem borrar ou manchar o papel.
Fotolitos feitos digitalmente Esse processo é usado em grande estamparias ou semelhante, pois o custo e o investimento para a compra do maquinário é elevado. Esse processo é conhecido como CTS, onde a arte final feita no computador tem a saída direta para o quadro, eliminando assim o filme propriamente dito. O processo funciona da seguinte maneira: Os dados do computador (arte final) são convertidos por um RIP e enviados para um ploter a jato de tinta. Esse ploter lança uma tinta UV opaca ou cera diretamente sobre a matriz emulsionada. A matriz é então exposta e enxaguada da mesma maneira que as matrizes feitas de filmes. Essa técnica não requer retenção a vácuo durante a exposição, porque a tinta ou cera é depositada diretamente sobre a superfície da emulsão.
O que são as marcas de registro colocadas em um fotolito? As marca de registro, como são chamadas, são registro feitos no fotolito para garantir que a sobre posição e o alinhamento das cores da estampa a ser produzidas sejam encaixadas e registradas perfeitamente na preparação do quadro e assim na preparação do silk na peça a ser reproduzida. O registro é um elemento essencial na produção do fotolito, pois ele ajuda na montagem do fotolito em relação ao número de cores ou também é usado quando a folha a ser impressa não caiba toda a arte sendo dividida em 2, 3 ou mais folhas.
A marca de registro não tem um padrão estipulado, ela pode ser representada d e algumas maneiras,. Abaixo, segue alguns exemplos de como pode ser criada uma marca de registro.
• Ficha Técnica • Emulsão • Como preparar a Emulsão • Tela, quadro ou matriz • Tipo de tecido e suas fi nalidades (poliéster) • Como emulsionar, fotografar ou revelar uma tela ou quadro • Secagem da tela • Fotografando a tela • Abertura de quadro / tela • Fixando melhor o quadro (catalizador) • Preparando a tela para o silk • Como retirar a emulsão da tela • Preparando o tecido, a mesa e o quadro para o silk • Tipos de tinta na serigrafi a • Observações fi nais e cuidados no processo. • O que eu devo verifi car antes de começar o processo de silk (desde a arte fi nal até a produção do silk)
Fichá Técnica A ficha técnica é um grande aliado para quem está interessado em atuar ou já trabalha com confecção em geral, pois é com ela que vamos nos basear e nos guiar em toda a construção de nosso produto. A criação de uma ficha técnica é um procedimento muito importante para a criação de qualquer tipo de produto, ainda mais se falando de confecção e estamparia, pois é nessa ficha que você irá colocar todas as informações e características técnicas para a produção do seu produto. No caso, da estamparia, colocamos informações sobre as cores que vamos usar na estampa, a localização de onde a estampa será aplicada na peça, o tipo de estampa, o processo de estampa a ser usado, a quantidade a ser silkada, dados do tecido, etc. Na verdade, ela serve como um guia tanto para quem está criando o produto como para quem irá produzi-lo. Com ela, a estamparia tem como se guiar e saber exatamente o que, como e onde fazer. É importante ressaltar que antes de realizarmos a produção final do produto na estamparia, pedirmos antes ao fornecedor, uma prova ou uma bandeira (como chamamos) para verificarmos se a estampa está correta e assim podermos aprovar
antes da produção final, pois com essa bandeira vamos poder ver se a cor está correta, se o processo de silk que será aplicado tem o efeito que está imaginando, se tem alguma falha no desenho e com essa bandeira aprovada, o estampador vai se baser para a produção sem ter maiores problemas ou cometer erros durante todo o processo. Em curso, será mostrado como criar uma ficha técnica e junto ao CD que consta essa apostila tem um modelo padrão para ser usado como referência.
Emulsão O que é uma Emulsão? A emulsão é uma substância química usada para o transporte do desenh o ou estampa para a matriz, também chamado transporte fotográfico feito com o auxílio de emulsões fotográficas. Essas emulsões, sensíveis à luz, são constituídas de dois elementos: a emulsão propriamente dita e o sensibilizante. Normalmente são utilizadas resinas de PVA ou de PVOH, que têm a interessante propriedade de serem solúveis em água.
Por isso, todas as emulsões, mesmo depois de secas, dissolvem-se com água. Mas existe uma coisa que as torna insolúveis, é a sua exposição à luz. Uma vez sensibilizadas, as emulsões ficam sujeitas à ação da luz, que modifica a estrutura de suas moléculas, tornando a camada de emulsão insolúvel em água. Assim, com o auxílio de um fotolito, podemos gravar na camada de emulsão áreas solúveis e áreas insolúveis. As áreas que não forem expostas á luz permanecerão solúveis e serão facilmente removidas com água e formarão o estêncil, que é a mascara que reproduz a imagem. Na serigrafia a emulsão funciona como estêncil, isto é, é a emulsão quem define a imagem, delimitando as áreas por onde deve passar a tinta. Pode-se dizer que são duas as propriedades exigidas de um material utilizado como estêncil: 1) A fidelidade de cópia, que implica em definição e resolução. 2) A resistência a produtos químicos e ao desgaste físico e também à abrasão. Uma boa emulsão deve ter fidelidade de cópia e resistência a produtos químicos e ao desgaste físico e também à abrasão. As emulsões podem ser encontradas em dois tipos:
Plastifoto: Emulsão própria para impressão com tinta a base de solvente. É feita, à base de álcool polivinílico, usada para impressão de motivos coloridos com tintas sintéticas, vinílicas ou epóxi, sendo resistente a solventes.
Hidrofoto: Emulsão especial para impressão com tinta a base de água. É feita à base de cola, para ser usada na impressão de motivos coloridos com tintas à base de água exclusiva para tecidos, sendo resistente à água. As emulsões não sensibilizadas podem ser armazenadas por um bom tempo, já as sensibilizadas duram até quatro semanas, quando mantidas em ambiente fresco, ventiladas e protegidas da luz. As emulsões podem ser sensibilizadas com bicromatos ou diazo. Os bicromatos podem ser sódio, potássio e amônia, destes, o mais usado é o de sódio. A sua composição é líquida. O diazo possui excelente resistência ao tempo e pode ser armazenado por períodos mais longos que os bicromatos e também apresenta alto grau de definição de traços finos. A sua composição e solúvel, em pó. Os sensibilizantes vêm em quantidade exatas para a sensibilização de um pote de emulsão (100 ml). Esses produtos são encontrados em lojas especializadas para silk screen a um preço acessível.
Como preparar a emulsão O processo da preparação da emulsão se da na mistura da emulsão com o sensibilizante, sendo usado na proporção de 10 partes de emulsão com 01 parte de sensibilizante, até formar uma mistura sem bolhas e homogênea. Exemplo: Para 1 Litro de Emulsão é necessário adicionar 100 ml de sensibilizante. Você pode preparar a emulsão de acordo com a quantidade exata que for usar, não precisando usar o liquido todo. Para isso, usamos o apoio de seringas ou potes dosadores e ou medidores para poder saber a medida exata a ser usada.
Para o preparo da emulsão é necessário um pote, caso não de para fazer o preparo no próprio frasco da emulsão e uma espátula para poder fazer a mistura. Para Emulsões Hidrofoto e Plastifoto usando o sensibilizante a base de Bicromato. 1) Misturar 1 parte de sensibilizante liquido para 10 partes de emulsão, evitando formar bolhas 2) Aguardar um período de até 2 horas para proceder à aplicação da emulsão já preparada na matriz. 3) Quando a aplicação não for feita imediatamente, conservar a emulsão sensibilizada em recipiente bem fechado e em ambiente fresco, podendo ser usada até o prazo máximo de uma semana, sem que haja alteração no teor de sensibilização.
Para Emulsões Hidrofoto e Plastifoto usando o sensibilizante sensibilizante a base de Diazo. 1) Misturar água quente ao pó contido no recipiente do sensibilizante de Diazo em quantidade suficiente para formar uma solução pastosa. 2) Encher o restante do recipiente com água fria de modo a tornar a solução pastosa em líquida 3) Misturar o líquido sensibilizante à emulsão, sempre na proporção de 1 parte de sensibilizante para 10 partes de emulsão. 4) Aguardar um período de até 2 horas para usar a emulsão já sensibilizada. 5) Sensibilizada a emulsão, guardar em lugar fresco e escuro, onde se conservará inalterada durante o prazo de 2 meses. Se guardada em refrigerador, este prazo se prolongará até 4 meses. Feita a sensibilização acima descrita, a emulsão fica sensível à luz, por isso não deve ser passada na tela em ambiente com iluminação comum, mas sim de luz fraca ou laranja.
Tela, quadro ou matriz Chamamos de tela, quadro ou matriz o conjunto composto pelo quadro (bastidor) mais o tecido com a gravação da imagem a ser impressa. Sua função é deixar livre para passagem de tinta os espaços correspondentes à figura que deverá ser impressa e vedar (para impedir a passagem de tinta) a área restante. Esse quadro é composto de madeira ou metal (alumínio ou afins) e tecidos que pode ser fixado no quadro por intermédio de grampos, prego ou cola.
Tecidos A padronização (tipo de malha, largura, etc.) agiliza a produção e permite o aproveitamento constante do tecido na esticagem das telas. O tecido serigráfico tem a função de efetuar a dosagem da quantidade de tinta por igual sobre toda a área de impressão. A filtragem da tinta se dá pelo seu corte contra os fios de tecido, sob a ação exercida pelo rodo ou espátula. O tipo de tecido vai determinar a quantidade de tinta a ser depositada na impressão.
Tensão dos quadros Os quadros devem ser tão rígidos quanto possível, além de estáveis. É importante observar que quanto mais esticada a tela, melhor será a impressão. Recomendável utilizar tecido de poliéster, pois este quando envelhece tende a se estabilizar, requerendo retensionamento para continuar seu uso. A esticagem do tecido é uma das etapas na confecção da matriz que requer maior atenção e cuidado , pois ela é responsável pela definição da imagem, pelo controle do depósito de tintas, e pelo registro das cores. Quando o tecido fica mal esticado, ele se movimenta durante a impressão e faz com que a tinta seja arrastada de maneira indesejável, provocando borrões na imagem. O controle da esticagem pode ser feito de maneira manual ou mecânica, com um aparelho denominado tensiômetro.
Tipos de tecidos e suas finalidades É fundamental a seleção correta do tecido, já que ele funcionará como uma estrutura para suportar a camada fotográfica, determinará a deposição de tinta e terá influência na definição e resolução da imagem. Para a escolha do tecido ideal, observe os seguintes fatores:
Material do Fio Determina as propriedades físicas e químicas do tecido como a elasticidade, estabilidade dimensional, resistência à abrasão e a produtos químicos etc. Os tecidos podem ser de nylon (boa elasticidade), poliéster (excelente estabilidade dimensional) ou metálicos (máxima estabilidade dimensional e efeitos anti-estático e térmico devido à condutibilidade elétrica). O Nylon por ter surgido primeiro é mais popular, mas por ser mais elástico e sofrer a interferência da umidade e temperatura é menos instável. O Poliéster é um tecido mais estável, perde muito menos tensão após a esticagem, permitindo um melhor encaixe de cores e registro. É mais resistente em aplicações gerais.
Quantidade de fios por centímetro linear (Lineatura) Determina a deposição de tinta sobre o substrato. Também relacionado com a ancoragem da camada. Tipo de fio Pode ser mono ou multifilamento (de custo menor, porém menos preciso). A tela monofilamento oferece o melhor desempenho, entope menos e é muito mais resistente e ainda imprime com mais definição. Diâmetro dos fios Influência as propriedades físicas do tecido (resistência mecânica), o fluxo de tinta e a resolução nos detalhes finos. Pigmentação Tecidos tingidos (amarelo ou laranja) eliminam a difração de luz, permitindo melhor definição e resolução de imagem.
O tecido amarelo ou laranja garante uma definição melhor que a branca, mas necessita de um tempo de exposição de ao menos o dobro do que é usado no tecido branco. Os tecido amarelos ou laranjas são recomendados para o uso na quadricromia.
Acabamento O tecido pode ainda se calandrado, o que reduz a deposição de tinta sem diminuir a lineatura (fios/cm). A redução da deposição chega a ser de até 50% em relação ao mesmo tipo de tecido não calandrado. Quantidade de fios por cm em nylon ou poliéster - Material a ser impresso Fios 32 a 44 Ideais para tecidos felpudos e atoalhados. Fios 50 a 77 Ideais para tecidos lisos e não muito finos, como brim, as malhas e algodão e desenhos chapados. Fios 90 a 100 Ideais para retículas de até 12 pontos e desenhos detalhados, tecidos lisos de qualquer espessura. Fios 120 Ideais para papel, papelão, vidro, materiais impermeáveis, madeira, couro, plásticos e tecidos finos como a seda. Fios 150 a 180 Ideais para retículas finas, desenhos detalhados e semitons.
Como emulsionar, fotografar ou revelar uma tela ou quadro Esse é o processo mais complexo e sujeito a erros na serigrafia. Por se tratar de um processo 100% manual e acaba exigindo muita prática para um melhor aprendizado e desempenho na aplicação do processo. É importante se atentar a algumas etapas antes de iniciar os processos de emulsionar, fotografar e revelar a tela: 1) Verificar se a emulsão foi preparada da maneira correta para não ter erros, lembrando sempre da proporção de 10 x 1 e de ter misturado bem eliminando todas as bolhas. 2) Verificar se a tela está limpa, seca ou se contem algum rasgo ou irregularidade no tecido. 3) Tempo de exposição à luz na caixa ou mesa de luz utilizada para a gravação da tela. 4) Verificar se o fotolito foi bem impresso ou desenhado, esta bem definido e preparado da maneira correta. 5) Preparar todo o registro do fotolito no quadro antes de aplicar a emulsão para não ter erros no momento da aplicação do silk. 6) Verificar se todo o material necessário para a aplicação como calhas, espátulas e panos para limpeza estão em fácil acesso para o uso. 7) Deixar por perto o secador ou soprador térmico para a secagem da tela após a aplicação da emulsão. 8) Estar em um ambiente escuro, com luz laranja ou negra para que após a aplicação da emulsão e no ato da secagem a luz direta na tela não atrapalhe o processo de gravação e abertura do quadro. Feitas todas essa precauções vamos se preparar para emulsionar a tela. Vamos utilizar a emulsão já preparada e uma calha que corresponda a medida (largura) da tela para ter um melhor aproveitamento. 1) Jogar a emulsão na calha em uma medida que não transborde assim evitando o desperdício e o acumulo ou excesso de emulsão na tela. 2) Primeiramente vamos aplicar a emulsão na parte da frente da tela (externa), onde será aplicado o fotolito para a gravação, e depois aplicaremos a emulsão na parte de dentro da tela (interna), onde será aplicada a tinta para o silk. A passagem da emulsão é feita da seguinte maneira. 1) Aplicar 2 (duas) mãos de emulsão na parte externa da tela, de maneira uniforme, sendo alinhado no centro do quadro e aplicado de baixo para cima de modo firme. Caso a aplicação não fique uniforme e tenha alguns excessos de emulsões em algumas partes, use a calha ou uma espátula para remover excessos e deixar a emulsão uniforme. 2) Aplicar 1 (uma) mão de emulsão na parte da interna da tela, de maneira uniforme, sendo alinhado no centro do quadro e aplicado de baixo para cima de modo firme. Caso a aplicação não fique uniforme e tenha alguns excessos de emulsões em algumas partes, use a calha ou uma espátula para remover excessos e deixar a emulsão uniforme.
Após emulsionar a tela, a mesma será colocada em um local totalmente escuro para secar.
Secagem da tela Após emulsionar a tela, é necessário secá-la para poder ser f eito o processo de gravação. Pode ser usado secador de cabelo, ventilador ou um soprador térmico para acelerar o processo de secagem da tela. A tela estará seca quando passar de brilhante para fosca e quando começamos a notar essa transição, podem os ir verificando com os dedos, mas sempre tomando cuidado para não marcar a tela caso não esteja 100% seco. Todo esse processo é feito num ambiente 100% escuro, ou com uma luz laranja ou negra, pois já estamos no processo de revelação da tela.
Fotografando a tela Esse é o processo onde a arte impressa no fotolito será passada para a tela de silk através da exposição de luz. Para esse processo é necessário alguns materiais como, uma mesa de luz, fotolito, um tecido, alguns pedaços de papelão e algum tipo de peso para ser colocado sobre o quadro para firmar mais o fotolito junto à tela e a mesa, evitando a passagem de luz em locais que não devem ser passados no fotolito para a tela, evitando que a tela seja mal gravada. Com todos esses materiais em mãos, vamos preparar a mesa para a gravação. Primeiramente é importante verificar o lado certo que o fotolito será aplicado na tela para a gravação. O fotolito será fixado na parte de fora da tela com uma fita adesiva e a arte do fotolito será aplicada com a leitura invertida, para que quando você virar o quadro e olhar para o lado interno dele, você tenha a leitura exata da arte, pois é ali que a tinta será aplicada no quadro e o silk será feito. Feito isso, vamos colocar a tela com o nylon e o fotolito fixado voltado para baixo junto ao vidro da mesa de luz. Dentro do quadro, colocamos alguns pedaços de papelão até cobrir toda a tela, evitando assim o vazamento de luz, sobre o quadro colocamos alguns pesos para pressionar melhor o quadro, fotolito e vidro. Esses pesos podem ser feitos de caixas, livros, garrafas de 5 litros cheia de areia ou outros tipos de pesos. Aplicado o peso, vamos pegar um pedaço de tecido e jogar por cima da tela e da mesa de luz para fechar melhor a luz na tela. Feito todo esse processo, vamos ascender à luz da mesa, dando assim o inicio a gravação da tela. Passado o tempo de exposição da sua mesa, vamos desligar a luz e retirar o quadro para prepará-lo para a abertura da tela. É importante ressaltar que todo esse processo é feito em um ambiente escuro!
Tempo de exposição Para esse processo é necessária saber qual o tempo de exposição da mesa de luz que será usada. Para cada mesa de luz o tempo é diferente, pois vai depender do tamanho da caixa, da luz usada, etc. Para isso é necessário fazermos alguns testes para saber o tempo exato a ser usado.
É recomendando usar intervalos de 30 em 30 segundos para esse teste. Se a sua mesa de luz for pequena e uma luz forte, esse intervalo será de até 1 minuto. Se sua mesa for grande e usar várias lâmpadas, vamos se basear no tempo superior a 1 minuto. Para saber o tempo de exposição correto a ser usado em sua mesa, vamos fazer o seguinte teste. Vamos fazer uma arte simples e jogar essa arte em 2 partes do fotolito que será impresso. Pegue um quadro já emulsionado e seco como foi falado anteriormente, aplique o fotolito no mesmo e cubra metade da tela com uma folha de papel grosso e fita adesiva, de forma que apenas metade da tela seja exposta à luz e a outra metade, vamos deixar aberta para gravarmos a tela. Vamos chamar esses dois processos de Teste 1 e Teste 2.
Teste 1 Nosso tempo base será de 1 minuto, portanto para a parte aberta da tela, vamos deixar o tempo de 1 minuto e 15 segundos de exposição para a gravação da tela. Feita a gravação, apague a luz da mesa e desloque a folha de papel, deixando a metade da tela que não foi exposta desprotegida e cobrindo a metade da tela que foi exposta para que não seja exposta à luz novamente e vamos para o Teste 2. Teste 2 Vamos usar agora o tempo de 45 segundos como tempo de exposição teste para a gravação da tela, assim você terá duas metades da tela expostas em tempos diferentes, uma por 1 min. e 15 seg. e outra por 45 seg. Revele a tela com água, removendo a emulsão do vazado. Onde a tela foi exposta por maior tempo, a lu z pode ter invadido as áreas protegidas pelo desenho, dificultando a retirada da emulsão ou mesmo vedando o vazado. Esta exposição variada testará o tempo de exposição que você deverá usar com sua mesa de luz.
Você vai reparar que algumas partes podem ficar mais fáceis de abrir e outras não, ou um lado pode ficar com a emulsão mole e sair mais que o devido na abertura e a outra abrir exatamente a arte. Com essa abertura, você vai poder identificar qual o tempo que vai ser usada em sua mesa de luz, podendo ser superior a 1 minuto e 15 segundos ou inferior a 45 segundos. É bom lembrar que o tempo de exposição vai depender da arte final. Se os traços forem grossos, daremos mais tempo, se forem finos, menos tempo.
Abertura de quadro / tela Feito todo o processo de gravação da tela, vamos abrir o quadro ou a tela. Para esse processo é necessário um ambiente onde contenha água corrente e um ralo para evacuação da água. Não é necessário estar em um ambiente escuro, pois o processo de revelação da tela já foi feito. Após gravar a tela, retire o fotolito do quadro e vamos lavar essa tela para dar inicio a abertura. Podemos utilizar uma mangueira ou um jato de água (WAP). Inicialmente vamos jogar água corrente dos 2 lados da tela e você vai verificar alguns detalhes importantes que é resultado do processo bem feito. Primeiramente quando você grava a tela, você enxerga muito pouco a arte, e quando começar a jogar a água na tela, você ira reparar que a sua arte vai
começar a aparecer, um liquido amarelo começará a escorrer (esse líquido amarelo é resultado da mistura da emulsão com o sensibilizante) e a emulsão em geral aplicada na tela vai começar a ficar homogênea ou irá mudar de cor. Quando o liquido amarelo parar de sair e a tela toda estiver de uma cor só, vamos começar a pressionar com mais força a água na arte, fazendo com que a parte preta do fotolito (arte) que não foi passada a luz pra tela e assim não foi gravada junto à emulsão, comece a amolecer e sair do nylon, ficando vazada na tela. Algumas partes terão que dar mais uma pressão que outras para que a tela seja aberta totalmente. Nesse processo pode ocorrer que algumas partes fora da arte abram também, mas isso não será problema que após a abertura total da tela e a secagem da mesma, vamos corrigir falhas que ficaram na tela, com a emulsão, para que o quadro fique bem vedado. Bom, feito esse processo de abertura, vamos deixar o quadro secar para corrigir aberturas indesejadas na tela, se necessário, e prepará-lo para aplicar o catalisador. Nesse processo pode ser usada a luz do sol, um secador, soprador térmico ou ventilador para acelerar o processo.
Vedando cantos e imperfeições da tela Com o quadro seco, vamos verificar se toda a tela está completamente vedada e ou se tem falhas para ser corrigidas. É importante que somente a arte a ser silkada esteja vazada na tela, pois caso tenha alguns buracos ou falhas na tela que não dizem respeito à estampa, quando for aplicar a tinta, essas falhas serão silkadas também, prejudicando o seu produto final. Para corrigir essas falhas, usamos a emulsão e um pincel, corrigindo e cobrindo todas as imperfeições da tela a ponto de deixar seu quadro totalmente vedado. Feito isso, vamos secar novamente a tela e aplicar agora o catalisador.
Fixando melhor o quadro (catalizador) O catalisador é um produto usado para fixar melhor a tela, prolongando o tempo de vida útil da mesma, pois quando em contato com tinta, água, secagem no processo do silk, a tela começa a se desgastar naturalmente por todo o processo utilizado e com o catalisador aplicado, esse tempo é prolongado. Para aplicar o catalisador é simples, use uma bucha macia, aquelas Scoth Brite podem ser usadas desde que use o lado amarelo (macio) da bucha para a aplicação. Passe o catalisador na bucha e aplique na tela de forma a preencher toda a tela do lado de fora e de dentro. Não precisa usar muito, pois ele se espalha facilmente na tela. Após passar o catalisador, vamos secar novamente à tela, para assim fixar o catalisador. Pode se usar secador, soprador, ventilador ou a luz do sol para agilizar o processo. Seca a tela, vamos lavá-la novamente, agora com água e sabão de coco para tirar todo o excesso do catalisador da tela assim evitando que uma vez em contato com o tecido ou o material a ser aplicado o silk, o catalisador que não foi retirado da tela, aja com o tecido e pode ocorrer de queimar o mesmo, assim você pode ter prejuízo, perdendo matéria prima. Após lavar a tela e remover o excesso, vamos secar novamente à tela.
Preparando a tela para o Silk Feito todos os processos acima descritos, vamos preparar a tela finalmente para aplicar o silk. Aqui não tem segredos, é mais uma precaução para que a tinta na hora do silk não vaze por partes não cobertas 100% pela emulsão. Para isso, vamos usar fita adesiva ou crepe para vedar os cantos. Para as telas à base de água, usar fita crepe e para as telas à base de solvente usar fita gomada.
Como retirar a emulsão da tela Caso em alguma parte do processo ocorreu alguma falha, o risco de sua tela não abrir pode ocorrer. Mas não se preocupe com isso, pois como esse processo é manual e depende de uma série de outras etapas, sempre há o risco de dar erros, mas os mesmos podem ser solucionados e corrigidos e para o caso da tela não abrir total ou em partes, podemos retirar a emulsão da tela e prepará-la novamente para o processo. Para isso podemos usar o meio tradicional, cuja é à base de um produto que já compramos prontos feito exatamente para isso ou a base do improviso. Em lojas que vendem produtos para silk screen, é vendido um líquido chamado Removedor de Emulsão que serve exatamente para isso, revolver emulsão. A aplicação é simples, vamos lá: Utilize uma bucha macia, aquelas Scoth Brite podem ser usadas desde que use o lado amarelo (macio) da bucha para a aplicação. Jogue o removedor na bucha e passe a mesma na tela, dos dois lados a ponto de preencher toda a área
emulsionada na tela. De alguns minutos e coloque a tela em água corrente e repare que a emulsão começa a sair da tela. Em partes que tenha uma maior dificuldade para a remoção, vai passando a bucha e jogando água até a emulsão sair por completo. A outra maneira é usando água sanitária, pano ou jornal. Vamos colocar um pano ou jorn al sobre a tela e jogue água sanitária; esfregue a tela com um pano até sair à emulsão por completo. Em ambos os processos, depois de terminado a retirada da emulsão por completa, lave a tela com água corrente e sabão neutro e seque a mesma. Pronto, sua tela está pronta para ser usada novamente!
Preparando o tecido, a mesa e o quadro para o Silk Entramos na parte mais gostosa de todo o processo, onde teremos nosso resultado final reproduzido na base que determinamos desde o inicio. Com a tela toda pronta, vamos verificar a ficha técnica para saber quais as cores serão usadas na estampa, onde será localizada a estampa no tecido e qual o tipo de processo de silk screen será aplicado. Feito isso, começamos a preparar a tinta exata que vai ser usada baseado no tecido e tipo de silk que será aplicado. Caso haja cores que necessitem de mistura para chegar à cor exata, vamos lembrar do capitulo que falamos das cores primárias, secundárias para sabe qual cor misturar exatamente para se chegar ao resultado pretendido. Não se esqueça de usar uma palheta de cor da escala Pantone como referência. Tintas prontas vamos preparar a mesa ou berço onde será aplicado o tecido a ser silkado. Verifique se a mesa esta com a cola para que o tecido fique esticado e fixado sem ter o problema de enrugar na hora de aplicar a tinta no mesmo. Vamos verificar a posição da estampa junto ao tecido para efetuarmos o registro da arte junto ao tecido antes de começar a aplicar a tinta. Usamos parafusos, porcas e uma base de fero no próprio quadro ou no suporte da mesa para verificarmos esse registro. Após feito o registro de todos os quadros, podes usar talco como prévia para ver se a estampa esta centrali zada, reta ou no local exato. Com o quadro sobre o tecido, jogamos talco e com um pano vamos passando na tela que será passado para o tecido. Tiramos o quadro e verificamos a posição da estampa no tecido. Se tiver tudo certo, limpe o tecido com a mão, secador para tirar todo o talco e passe um pano ou secador na tela para sair o talco. Vamos jogar a tinta preparada na tela posicionada sobre o tecido, vamos verificar o tamanho de r odo que vamos usar para passar a tinta. É importante que o rodo seja maior que o desenho todo (largura) e menor que a parte interna do quadro.
Para aplicar a tinta, pegamos o rodo na tinta espalhada no ponto inicial da tela, pressionamos junto a tela e passamos em direção à arte de maneira que toda a arte seja preenchida com a tinta. Cada passada de tinta é contada como ida e volta e chamamos esse processo de mão, ou seja, podemos aplicar de 1 a 4 mãos de tinta no tecido. Conforme mais mãos aplicadas, a estampa fica mais grossa e forte e podemos fazer alguns efeitos nesse processo também, onde passamos 1 mão somente, fazendo o efeito de falha da estampa no tecido. Ai vai da criação e intenção da estampa junto a sua peça. Após cada passagem de mão, é necessária a secagem da tinta junto ao tecido e para esse processo é usa do um secador de cabelo ou um soprador térmico. Lembrando que para cada cor é necessário 1 quadro e o processo é repetido para cada cor até chegar ao resultado final da sua estampa!
Tipos de tinta na serigrafia A determinação do tipo correto de tinta a ser utilizado no processo serigráfico escolhido vai influenciar diretam ente na qualidade e produtividade do trabalho. Em serigrafia há um tipo de tinta para cada superfície. Assim, a mesma tinta utilizada para se imprimir um determinado tipo de tecido não serve para a impressão de plásticos.
Os fabricantes de tintas fornecem literatura para evitar a utilização inadequada de seus produtos, informações importantes como poder de cobertura, resistência à luz, tempo de secagem, etc.
Classificação das tintas e o tempo de secagem Sintéticas As tintas sintéticas são muito utilizadas em trabalhos onde a durabilidade seja requerida. Sua secagem lenta limita a tiragem, mas apresenta preço bastante acessível. Vinílica As tintas vinílicas possuem secagem rápida pela evaporação do solvente. Epóxi São tintas a base de resina ou epóxi, solúvel em solventes. A secagem ocorre pela reação química entre a tinta e o catalisador. Poliamídicas São tintas a base de resinas poliamídicas termoplásticas, solúveis em solventes. Indicadas para impressão de sacolas plásticas e faixas promocionais. Qualquer que seja a tinta utilizada, quando não se dispõe de meios mecânicos para secagem, é muito importante a ventilação do ambiente de impressão para uma rápida e eficiente secagem. A maioria das tintas seca à temperatura ambiente, mas existem algumas que não secam ao ar, sendo necessária a utilização de uma estufa. O processo de secagem ao ar ocorre em duas fases distintas que são: a) Secagem ao toque; b) Secagem definitiva. Por secagem ao toque entende-se que depois de algum tempo (geralmente uma ou duas horas), o impresso pode ser manuseado sem lhe causar danos. A secagem definitiva ocorre em geral, depois de 24 horas. As fábricas de tintas geralmente inform am qual o tempo necessário para cada fase de secagem. O serígrafo deve analisar a peça a ser impressa para depois escolher a tinta apropriada. Um material cuja impressão deve durar por apenas 15 ou 20 dias, pode ser impresso com qualquer tinta de baixo custo. Por outro lado, uma peça que deve ser exposta durante anos só pode ser impressa com uma tinta com boa resistência à luz.
Guia de tintas Tinta para Tecidos (T.T) Não muito consistente, porém ótima para certos trabalhos, principalmente os que podem ser feitos com registro visual, entretanto após a secagem devemos colocar um pano em cima da impressão e passar um ferro quente para fixar, caso contrário com a lavagem à impressão vai desbotando. Tinta Acrílica De altíssimo rendimento em tecido, extrema resistência ao atrito nas lavagens e também aos detergentes domésticos, dispensa toda e qualquer forma de polimerização ou fixação a calor. Tinta Puff Para impressão em tecidos, tendo a característica de ficar em relevo após ser submetida à estufa, ferro quente ou secador de cabelos, proporcionando grande efeito visual. Tinta Sintética Brilhante Impressões serigráficas sobre chapas de ferro e metais, duratex, cartolina, papéis, flâmulas, poliéster e madeira. Tinta Sintética Fosca Chapas de ferro e metal, duratex, papelão, papel, cartolina, flâmulas, sacolas de papel para posterior plastificação. Tinta Sintética Luminosa Presta-se aos casos acima citados.
Tinta Vinílica Brilhante Material vinílico flexível, semi-rígido. Bolsas, carteiras e sacolas, auto-adesivos, embalagens industriais, brinquedos. Tinta Vinílica Fosca Vinílicos flexíveis e semi-rígidos como bolsas, plásticos, encadernações, auto-adesivos, pastas e carteiras, brinquedos, pneumáticos, embalagens industriais, etc. Tinta Vinílica Luminosa As mesmas aplicações do item anterior, além de decalques. Tinta ETCH-RESIST para Circuito Impresso Tinta branca para gravar e imprimir circuitos eletrônicos com posterior aplicação ácida com percloreto de ferro e remoção final com álcalis. Solder Resist para Circuito Impresso Tinta serigráfica verde transparente, base de epóxi, dois componentes, para dar acabamento no circuito impresso (máscara), para posterior soldagem com estanho. Tinta para Acetato Impressão serigráfica sobre acetato, celofane, cartolina, papel, duratex, poliéster ou acrílicos em chaveiros de propaganda.
Tinta Epóxi Impressão serigráfica sobre Polietileno tratado, Polipropileno tratado, metais (ferro, alumínio, etc.), vidro, fórmica e semelhantes, baquelites e chapas fenólicas. Esta tinta é diluída a uma proporção de 10% com o seu catalisador.
Tinta para Couro Impressão sobre couro, tecidos de nylon, diversos materiais vinílicos. Observação: Emprega-se solvente vinílico para a limpeza da tela ou diluição, no caso de se utilizar tinta vinílica, emprega-se solvente sintético ou água raz, no caso em que houver utilização de tintas sintéticas, emprega-se solvente epóxi no caso de tinta epóxi.
Lista das tintas e superficies a ser aplicada Para cada tipo de superfície existe um tipo de tinta ideal, a mesma tinta utilizada para se imprimir um determinado tipo de tecido não serve para a impressão de plásticos como, por exemplo, o vinil, o polietileno ou o poliestireno. Existem tintas próprias para vidro, madeira, plásticos, papel, acetato, tecidos de todos os tipos, metais, etc. Vamos ver abaixo alguns exemplos de material e tinta a ser usada: Material PVC, vinil, ABS: Tinta Vinílica Material de policarbonato: Tinta Vinílica e Epóxi Material de polietileno tratado, Poliéster: Tinta Epóxi e Poliuretânica Material de polietileno laminado tratado: Tinta Poliâmidica Material acrílico: Tinta Vinílica, Epóxi e Poliuretânica Material alumínio: Tinta Epóxi e Acrílica Material ferro galvanizado, aço inox, vidro, cerâmica, laminado melamínico: Tinta Epóxi Material madeira, papel celulose: Tinta Sintética Material couro: Tinta Poliuretânica Material tecido: Tinta Têxtil
Tinta Acrílica Vamos falar sobre o que realmente nos interessa tinta para tecidos. Para Tecido Para impressões sobre tecidos de algodão (puros sem fios sintéticos), não engomados. Utilizada em mensagens e propagandas sobre camisetas, bonés, flanelas e outros artigos promocionais. Cores luminosas, excelente rendimento e boa cobertura. Secagem Secagem inicial: 15 minutos. Secagem final: 3 horas (para empilhamento e embalagem). Após 72 horas pode ser lavada sem desprendimento da impressão. Não necessita de caloria para fixação.
Solventes Para diluir usar água (quando necessário). Para retardar a secagem usar água raz mineral. Para Quadricomia Para a reprodução de uma arte ou foto de tecidos de algodão (puros, sem fios sintéticos), não engomados pelo processo de quadricromia, usando-se meio tons separados por processos fotográficos especiais para a confecção de fotolitos.
Secagem Secagem inicial: 20 minutos, em temperatura ambiente. Secagem final: 3 horas. Após 72 horas pode ser lavada sem desprendimento da impressão. Não n ecessita de caloria para fixação. Solventes Pronta para uso, se necessário, utilizar água para diluir. Fosca Luminosa Para impressões sobre tecidos de algodão (puros, sem fios sintéticos), não engomados. Utilizada em mensagens e propagandas sobre camisetas, bonés, flanelas e outros artigos promocionais. Cores firmes, excelente rendimento, boa cobertura e solidez à luz.
Secagem Secagem inicial: 15 minutos. Secagem final: 3 horas (para empilhamento e embalagem). Após 72 horas pode ser lavada sem desprendimento da im pressão. Não necessita de caloria para fixação. Solventes Para diluir usar água (quando necessário). Para retardar a secagem, usar água raz mineral.
Observações finais e cuidados no processo 1) Caso você erre o tempo de exposição quando estiver trabalhando, sua tela pode ser recuperada antes de fixar a emulsão. Se expuser demais à luz, não jogue água na tela, passe água sanitária ou removedor de emulsão apropriado e a emulsão será removida com facilidade. A maneira de lavar a tela para remover a emulsão é a seguinte: coloque um pano ou jornal sobre a tela e jogue água sanitária; esfregue a tela com um pano até sair à emulsão por completo. A seguir, lave a tela com água corrente e sabão neutro, para remover os restos de emulsão e da água sanitária. 2) Caso a emulsão esteja difícil de sair, na lavagem com água, das áreas que devem ficar vazadas, esfregue levemente com uma esponja macia por trás da área emulsionada, para não danificar a gravação. 3) Quando for secar a tela com secador, não aproxime demasiadamente o secador da trama, para não “cozinhar” a emulsão. 4) Se após a revelação com água a tela apresentar falhas na gravação, estas podem ser corrigidas com retoques feitos com emulsão sensibilizada. Para retocar a tela, não é preciso trabalhar no escuro. Retoque a tela com auxílio de um palito ou um pincel fininho e de cerdas duras. 5) Não se preocupe se sua primeira tela gravada com emulsão não ficar muito bem gravada. Com a prática os resultados melhoram. É muito importante que este processo de gravação de telas seja bem compreendido, pois disto dependerá a eficiência na execução de seus trabalhos. 6) A mesa de luz pode ser montada colocando-se duas tábuas formando um ângulo, da beirada da mesa até o bocal da lâmpada para apoiar o papel alumínio. É fundamental este “espelho” de papel alumínio para que a luz se distribua por igual no tampo de vidro da mesa. Água: utilizada em toda a tinta à base d’água, acrílica, puff, etc.
O que eu devo verificar antes de começar o processo de silk (desde a arte final até a produção do silk) Vamos fazer uma breve revisão para ver todos os processos e etapas a serem seguidos desde o processo da criação da arte a impressão do silk no tecido, vamos lá:
1) Verificar Arte Final ou Estampa
Verificar se a estampa a ser feita é de cor chapada ou quadricromia. Verificar na arte, fontes convertidas em curvas, caso mande imprimir seu fotolito em outro local, marcas de registro, quantidade de cores. Criar a ficha técnica com a posição da estampa a ser aplicada, as cores a serem seguidas se baseando a escala Pantone, quantidade de cores, tipo de tinta e efeito a ser aplicado na estampa.
2) Fotolito Verificar inicialmente onde o fotolito será impresso, se vai ter saída em impressora jato de tinta ou em impressora a laser. Isso é importante, pois o tipo de papel a ser usado é diferente um do outro. Se sua arte for maior que o papel a ser impresso, fazer a marca de registro para a junção e sobreposição da arte nos fotolitos impressos. Fazer as marcas de registros, caso sua estampa tenha mais que 1 cor para bater o registro na hora da gravação da tela. Seguir os passos de impressão adequado ao tipo de saída, papel e estampa (cor chapada ou quadricromia).
3) Preparando a Emulsão Ver qual o tipo de processo de silkscreen será feito (cor chapada ou quadricromia) para usar o tipo de química especifica para cada processo. Se atentar a medida exata que será feita a mistura da emulsão com o sensibilizador. Lembrando-se sempre da proporção 10 x 1 (Emulsão x Sensibilizante). Misturar bem a emulsão junto ao sensibilizante para que todas as bolhas saiam no processo da preparação. Após usar a emulsão, não voltar ao pote original sem a mistura. Deve ser conservada em am biente arejado em pote fechado. É recomendando usar uma geladeira, por exemplo, para esse armazenamento. Não pode ser guardado por muito tempo.
4) Tela Verificar o tipo de tecido certo para o tipo de silk a ser feito. Cores chapadas e quadricromia a tela é diferente para cada processo! Verificar se a tela está totalmente seca e sem sujeiras para dar inicio ao processo de emulsionar a tela. Utilizar o produto chamado Desengraxante de tecido para a limpeza da tela antes de aplicar a emulsão. Utiliza-se esse produto em uma esponja e com água passamos nos 2 lados do tecido em sentidos verticais e horizontais até fazer bastante espuma. Logo após, jogar bastante água (jatos) para tirar toda a espuma da tela e deixar secar toda para poder aplicar a emulsão. Fazer as marcas de registro junto ao(s) fotolito(s) na tela para a arte ficar bem registrada na hora da aplicação do silk screen.
5) Aplicando emulsão na tela Verificar antes do preparo se os materiais a serem usados estão próximos para não ocorrer erros. Materiais a serem usados são calhas (verificar o tamanho da calha mais apropriada ao tamanho da tela a ser emulsionada), espátula, panos, papéis ou estopas para prevenir sujeiras e excessos. Jogar a emulsão já preparada na calha e aplicar 2 mãos de emulsão na parte de fora da tela (frente), sempre posicionando de baixo para cima, e 1 mão na parte de dentro do quadro. É importante que seja pressionado e passada a emulsão de forma homogênea na tela e tentar sempre cobrir buracos ou falhas e retirar o excesso.
6) Secando a tela Aplicada a emulsão, vamos secar a tela. Um secador, soprador ou ventilador pode acelerar o processo. Fazer a secagem sempre em um ambiente escuro, pois já estamos no processo de revelação e uma vez a tela exposta a luz, corre-se o risco da tela não abrir. Ao usar algum tipo de aparelho para acelerar o proces so de secagem, tome o cuidado de não aproximar muito o secador da tela a ponto de não cozinhar o tecido.
A tela começara a secar quando começarmos a verificar que a tela passa de brilhante para fosca. Podemos ir verificando com os dedos, mas sempre tomando cuidado para não marcar a tela caso não esteja 100% seco.
7) Gravando a tela Após a tela emulsionada estiver seca, vamos preparar o quadro para a gravação. Essa etapa é necessária ser feita em um ambiente escuro. Verificar se todos os materiais de apoio estão de fácil alcance para o processo, como pesos, panos para cobertura, papelão e fita adesiva. Verificar a posição que o fotolito será fixado na tela. Saber exatamente o tempo de exposição da luz da mesa de luz a ser usada. Ter um cronometro para verificar o tempo exato de exposição.
8) Abrindo a tela Após a tela ser gravada, vamos abrir a tela em um ambiente que tenha bom escoamento de água, uma mangueira ou um WAP. Antes de lavar a tela, não se esqueça de retirar o fotolito da tela. Jogar água dos 2 lados da tela, retirando assim o sensibilizante (líquido amarelo) e verificando a mudança da cor ou homogeanização da tela antes de começar a pressionar a água na arte a ser aberta. Verificar se toda a arte foi aberta impedindo assim falhas na estampa ou o entupimento da tinta.
9) Preparando a tela para o silk. Após a abertura da tela, vamos secar a mesma para verificar se tem alguma f alha ou buraco a ser corrigido. A tela estando 100% seca, corrigir as falhas com a emulsão preparada e colocar para secar novamente. Com a tela toda pronta, vamos aplicar o catalisador com uma bucha macia nos 2 lados da tela e deixar secar novamente. Após secagem, lavar a tela com água e sabão a fim de tirar excessos de catalisador para não prejudicar o tecido a ser estampado. Fechar os 4 cantos da tela com uma fita adesiva.
10) Silkando Antes de todo o processo ser feito, é necessário saber em qual tipo de tecido será aplicado à estampa, qual tinta a ser usada e qual o efeito de silk será aplicado. Tudo verificado, colocar o tecido ou o produto já pronta na mesa ou no berço. Verificar se a mesa está com a cola a ponto de esticar o tecido e não deixar que o mesmo enrugue no ato do silk. Verificar todo o registro da(s) tela(s) junto ao tecido antes de passar a tinta. Pode-se usar um talco como base aplicado no quadro já registrado para verificar se a posição da estampa vai ficar exatamente onde foi colocado em ficha técnica. Verificar a cor correta a ser usada, usando a escala Pantone e misturando as tintas de acordo com as matrizes para se chegar à cor exata desejada. Tudo verificado vamos usar espátulas, rodo, soprador ou secador. Não se esqueça que para cada cor é usado um quadro e um fotolito, então é sempre importante se atentar as cores mais fortes e detalhes da estampa para ser aplicado antes ou depois. Jogue tinta suficiente na tela (lado de dentro do quadro) à medida que o rodo seja do tamanho adequado ao tamanho da arte para que na passagem da tinta com o mesmo, nenhuma parte da arte não fique sem a tinta. Se necessária, passar de 2 a 4 mãos de tinta e no intervalo de cada mão, é necessário a secagem da tinta junto ao tecido com um secador para não dar problema no resultado final da sua estampa. Todas as mãos passadas, e telas aplicadas com suas devidas cores, vamos secar a estampa toda e pronto, sua estampa está prontinha!
Pequeno glossário de termos referentes à serigrafi a Adesivo, cola Cola para fi xar o tecido no quadro serigráfi co. Na maioria das vezes são empregados adesivos de dois componentes. Há também adesivos instantâneos e adesivos UV. Aparelho de esticagem Aparelhos de esticagem destinam-se à esticagem do tecido serigráfi co antes da sua colagem no quadro. Diferencia-se entre: - Sistemas de esticagem mecânica - Sistemas de esticagem pneumática Aparelho pneumático de esticagem Sistemas pneumáticos de esticagem compõem-se de pinças individuais conectadas entre si formando um sistema de esticagem. De acordo com o sistema, elas são operadas através de ar comprimido e um ou dois aparelhos de comando. O total necessário de pinças depende do tamanho do quadro Área aberta da malha Soma de todas as aberturas da malha na superfície do tecido ao em %. Um tecido com ao = 30,5% possui uma superfície aberta, que deixa passar a tinta, de 30,5% e uma superfície fechada, que não deixa passar a tinta, de 69,5%. Abrir tela Ato de revelar a tela com água após emulsionada e gravada Cura Signifi ca secar, secagem da tinta Copiar Ver exposição Depósito de tinta seco Espessura em um do depósito de tinta após a secagem e endurecimento da tinta Desengraxe Antes da confecção da matriz, o tecido deve ser desengraxado (limpo) com um produto apr opriado caso ele não possua um tratamento especial da superfície, do qual dispõe, por exemplo, o SEFAR PET 1500. Solicitamos que não utilize produtos domésticos de limpeza! . Diâmetro do fi o A indicação do diâmetro do fi o, ou da espessura do fi o, é feita em valor nominal, ou seja, a inf ormação refere-se ao diâmetro do fi o não tecido em µm. Dispositivo de exposição Aparelho destinado à exposição da matriz. A fonte de luz UV deve ter a maior radiação no intervalo de aprox. 350 e 4 20 nm. Emulsão Camada fotográfi ca sensível à luz UV para matrizes serigráfi cas Espessura do tecido A espessura do tecido é medida em µm com o tecido não esticado Espessura da tela Ver espessura do tecido Exposição Exposição da emulsão fotográfi ca a raios de luz UV. As partes não cobertas da matriz e expostas à luz endurecem e não dissolvem na água. As zonas não expostas, ao contrário, podem ser lavadas com água Exposição gradual A exposição gradual é o meio de se determinar o tempo ideal de exposição. Ela depende da em ulsão fotográfi ca, do tecido, de toda a espessura da matriz, da fonte de luz e da distância entre a luz e a matriz.
Filme capilar Emulsão que foi aplicada sobre a película e secou. Fora de contato Fora de contato é a distância entre a tela e o suporte de impressão antes do processo de impressão, ou seja, antes de o rodo pressionar a tela sobre o substrato. Formação de dentes-de-serra Os contornos das linhas e superfícies impressas não são nítidos, ou seja, são serrilhados. Causa principal: emulsão fina demais ou valores de RZ alto demais. Repique É o termo utilizando para a aplicações de mão de tinta, ou seja, quando aplicamos a primeira mão de tinta, fazemos a cura (secagem) e em seguida vamos passar outra mão, chamamos esse processo de repique.
• Sites de referências sobre Silk Screen
• Sites de pesquisa de imagens • Site de download de fontes • Alguns contatos e fornecedores • Lojas de materiais de Silk Screen
baixo, vou listar algumas fontes úteis para o processo de silk screen, ajuda no processo criativo, busca de imagens, sites de referências e fornecedores que possam usar após o curso.
Sites de referências sobre Silk Screen Sefar Empresa serigráfica de grande referência no mercado mundial www.sefar-screens.com/ www.sefar.com/cms/pt.nsf/vPageID/glb_home O Serigráfico Site sobre noticiais e informações em geral sobre serigrafia. www.oserigrafico.com/default.asp Ipts Dicas, notícias, tutoriais sobre artes gráficas e serigrafia. www.iptshome.org/ Pantone Site oficial em português da Pantone. www.pantonebr.com.br/ Faz Fácil O site que ensina TUDO, rsrsrs. www.fazfacil.com.br Ibytes Site com algumas informações sobre a serigrafia em geral. www.ibytes.com.br/silkscreen.php?id=1 Grupo Sertec O Grupo Sertec é uma empresa que vem Atuando fortemente nos segmentos de comunicação visual, sinalização, impressão digital, serigrafia e marketing promocional. www.gruposertec.com.br/index.asp Guia Textil Site sobre o mundo têxtil que facilita o intercâmbio entre produtores/produtores e produtores/pontos de venda. www.guiatextil.com/portal2008/index.php
Sites de pesquisa de imagens Uma ótima opção de pesquisa para referencias que podem ajudar ou ilustrar sua estampa. Stock xchng www.sxc.hu
Shutterstock images www.shutterstock.com Every stock photo www.everystockphoto.com Fotolia br.fotolia.com Free photos www.freephotos.com Blue Vertigo www.bluevertigo.com.ar/bluevertigo.htm
Site de download de fontes Site que podem ser baixada fontes gratuitamente ou pagas que podem trazer um bom resultado junto à composição da sua estampa. Da font www.dafont.com
My fonts http://new.myfonts.com 1001 free fonts www.1001freefonts.com Free Fonts www.freefonts.com Urban fonts www.urbanfonts.com Download Free Fonts www.downloadfreefonts.com Dingbat Depot www.dingbatdepot.com
Alguns contatos e fornecedores Luk Screen Estamparia de grande escala, onde o vídeo da estampa foi feito. Contato: Toninho Fone: (11) 2274-7307 Santa Nina Estamparia Estamparia de pequeno porte Contato: Claudio Fone: (11) 2276-6008 Marinyl Estamparia e confecção Contato: Rubia ou Leo Fone: (11) 3451-4386 / (11) 3277 - 0767 Clean Stamp Estamparia e confecção Contato: Alessandra ou David Fone: (11) 2341-4276 Arfix Print Solutions Estamparia Digital Site: www.artfix.com.br
Transfer Bisa Transfer Rua Bresser, 831 – Brás Fone: (11) 2796-42655 / (11) 2081-5798
Blumund Transfer, serigrafi a e bordado Rua Bresser, 728 – Brás Fone: (11) 2797-1200
Tecidos
Ponto Têxtil Bairro: Brás Fone: (11) 6692 - 4097 Cabo Verde Bairro: Brás Fone: (11) 6291-2005 Metatex / Tecno Malhas Bairro: Moóca Fone: (11) 2274-3833 Site: www.metatex.com.br
Lojas de materiais de Silk Screen Comunic Sign Rua General Lecor, 683 Fone: (11) 2274-7744 Site: www.comunicsign.com.br
Super Silk Signs Rua da Figueira, 257 | Paqrue Dom Pedro II (Brás) Fone: (11) 3228-0778 E-mail:
[email protected] Rotaprint (Papel para fotolito) Rua Simão Dias da Fonseca, 97 | Cambuci Fone: (11) 3209-2822 / (11) 3208-8953 Site: www.rotaprint.com.br Star Transfer Rua Bresser, 617 – Brás Fone: (11) 3895-1430 / (11) 3895-1431 / (11) 3895-1432 Site: www.startransfer.com.br Screen e Cia Av. Duque de Caxias, 153 | Campos Elíseos / SP Fone: (11) 3225-9810 Site: www.screencia.com.br Auge Silk e Sign Rua Madre de Deus, 733 | Moóca / SP Fone: (11) 2813-2333 Site: www.augesilk.com.br Galeria do Rock (2 últimos andares praticamente de materiais para silk screen) www.portalgaleriadorock.com.br Entradas: Rua Vinta e quarto de maio, 62 ou Av. São João, 439 | República / SP Império da Serigrafi a Galeria do Rock Loja 530 Fone: (11) 3337-8161 / (11) 3221-6354 Rob Screen Av. Robert Kennedy, 3196 | São Bernardo do Campo / SP Fone: (11) 4109-5334 / (11) 9896-4354
• Preciso saber desenhar? • Quais programas eu uso para desenvolver uma estampa?
• Pesquisas de mercado e tendências • Referências • Construção de um banco de dados • Como criar uma estampa
Neste capítulo irei falar sobre alguns princípios básicos na criação de uma estampa e elementos, ferramentas e informações que podem ajudar no processo criativo.
Preciso saber desenhar? Esse é um dos grandes questionamentos que todos fazem na hora que se deparam com a vontade de fazer estampas e ter seus produtos personalizados ou trabalhar para empresas e marcas, EU PRECISO SABER DESENHAR PARA CRIAR UMA ESTAMPA LEGAL? Sabe qual é a real? Se você não sabe desenhar, você esta completamente perdido! Opa, não leve a sério hein, é apenas uma brincadeirinha de mau gosto, rsrsrsrs. Na verdade você não precisa saber desenhar para poder criar estampas bacanas, precisa ao menos ter uma boa imaginação, um bom senso para enxergar ou descobrir oportunidades onde alguns olhos não enxergam e às vezes se você se arrisca a desenhar e você perceber que seu desenho tem uma característica própria que identifica a sua personalidade ou o seu trabalho, te falo que esse tipo de desenho é mil vezes melhor e mais pessoal que um desenho bem feitinho e cheio de frescura! Então o importante é você perde a vergonha e o medo e passar pro papel aquilo que gosta, que te motiva, que tem facilidade de se expressar e o resultado você vai ficar impressionado! Agora se você não tem noção nenhuma de desenho e a palavra desenhar para você é um E.T, não se preocupe, pois hoje temos meios e ferramentas que auxiliam a sua criação, então você entra nesse grande questionamento que já algumas pessoas fazerem de que não sabe desenhar e assim não sabe fazer uma estampa! Eu falo que a pessoa esta completamente enganada, basta ela ter criatividade e algumas noções de programas de computador que vão auxiliar na criação da estampa. Hoje temos muitas referências, muitas ferramentas acessíveis e de graça praticamente que nos ajudam a compor elementos que vai nos ajudar a criar uma estampa e que será falado nos tópicos a seguir.
Quais programas eu uso para desenvolver uma estampa? Além de você poder criar estampas desenhando direto no fotolito ou em papel, caso tenha um traço bom ou um traço bem pessoal que caracterize com a sua arte, você pode usar alguns programas gráficos que podem auxiliar na composição da sua estampa. O software mais usado hoje para a industrial de estamparia em geral é o Corel Draw pela facilidade da impressão do fotolito e por ser um software mais comum entre os usuários em geral. Alem do Corel Draw, temos outros softwares que são tão bons quanto o mesmo e particularmente eu prefiro usar, pois são da mesma plataforma (fabricante) e a comunicação entre eles é mais fácil, estou me referindo ao Adobe Illustrator (software gráfico vetorial) e o Adobe Photoshop (software de manipulação de imagens) que são bastante usados em publicidade, design e moda. Esses 3 sãos os softwares mais convencionais no uso da produção de estampas, pois todos possuem características necessárias para todo o processo de produção. Para saber mais sobre os programas acima citados, visite o site dos fabricantes: Adobe Illustrator: http://www.adobe.com/br/products/illustrator/?promoid=BOZRF Adobe Photoshop: http://www.adobe.com/br/products/photoshop/photoshop/ Corel Draw: http://www.corel.com.br/pt/
Pesquisas de mercado e tendências Um dos pontos fundamentais para quem trabalha na indústria da moda (a estamparia faz parte dessa indústria) é sempre estar antenado com o que anda acontecendo com o meio em que trabalha. Sempre que puder, é aconselhável ir a desfiles de moda, feiras especializadas do seu setor, ver o que seus concorrentes ou marcas que lhe expiram ou as que ditam a moda no Brasil e no Mundo estão usando em relação a tecidos, cores, estampas, modelagens entre outras e ir coletando informações que podem lhe ajudar na evolução do seu trabalho.
Além de ir a feiras, pois são poucas ao ano e às vezes fica fora de mão para você, você pode fazer a sua pesquisa de mercado de uma maneira mais fácil e eficiente também. Pegue uma maquina fotográfica ou se seu celular tiver essa função também serve e saia para a rua. Por incrível que pareça a rua e a nossa maior fonte de expiração e muitas pessoas não percebem isso, o que é um grande pecado. Na rua podemos ver o que as pessoas estão usando, o jeito que elas estão se vestindo, podemos ver coisas de fora do Brasil, ver muita tendência, cores fortes, modelos malucos que nunca imaginaríamos e que acaba nos inspirando.
Na rua também temos a maior galeria de arte a seu aberto que podíamos imaginar! Hoje, por onde você anda você se depara com grafites dos mais variados e de artistas que se destacam no cenário, podemos ver muitas interferências urbanas que artistas fazem com a proposta de expressar seu trabalho ao mundo ou de protestar sobre algo que lhes incomodam, temos muitas obras e esculturas ao ar livre, temos uma arquitetura muito rica, temos muita arte na rua e o melhor sem pagar nada para ver, basta ao menos começar a desviar a sua atenção de uma outra maneira que você começa a captar e enxergar coisas que jamais imaginaria ver. Quantas vezes eu não me deparei com um simples desenho que vi na rua e a estampa já me veio à cabeça! É tudo uma questão de estar atento as ferramentas que estão a sua frente e saber como usá-las! Outro ambiente que acho muito positivo e válido e ir para o bom e velho shopping dar aquela pescoçada no que anda rolando. Mas não tenha vergonha, como quem não quer nada, tire fotos de peças em vitrines (mas naquela sutil descrição), entre nas lojas, peça para ver modelos, veja as estampas que estão usando, veja o tipo de técnica que estão fazendo, grave na memória e ao sair da loja, pegue o bom e velho caderninho de anotações e rabisque o que vier a sua cabeça, e se a loja que você entrou tiver algum tipo de catálogo que eles deixam disponível para os seus consumidores conhecer a coleção, não vacile, pegue um e comece a montar seu banco de dados com informações e referências que vão lhe ajudar muito! Outra ferramenta que gosto muito de usar, ai já é uma particularidade, mas é o trabalho com tipologia em estampa. Gosto muito de música e sempre tento ouvir uma música de qual gosto muito ou em algum momento me marcou e tento pegar o enrredo da letras e transformá-la em estampa ou pego alguns trechos da música e o transformo em estampa. O resultado pode dar muito certo, pois hoje temos muitas pessoas que procuram camisetas com frases e tipologias e esse é um público muito gostoso e divertido de se trabalhar! Todo tipo de informação que você ver, ler ou escutar é muito válida, pois elas vão lhe ajudar a criar produtos e estampas que estão seguindo o mesmo foco que o consumidor está buscando ou vai poder lhe ajudar a criar um diferencial em cima do que hoje é moda!
Referências Quando falo em referências, estou apenas reforçando o que foi falado acima, pois tudo não deixa de ser referência para lhe ajudar em seu trabalho. Isso funciona em qualquer profissão, todo mundo se baseia em algo para poder ter uma melhor idéia ou melhoria em seu trabalho. Como já dizia aquele antigo ditado, “Na vida nada se cria, tudo se copia” é a mais pura verdade, rsrsrs. É tudo uma questão de evolução, você olha para uma idéia e você se depara com 2 situações, ou você copia ou você a adapta em uma nova receita e criar algo novo em cima de algo que já existe! Claro que às vezes temos aqueles insights do nada que lhe vem na cabeça uma coisa que você nunca viu (inconscientemente) e lhe da aquele estalo e, no nosso caso, a estampa lhe vem pronta na cabeça e você parte diretamente para a execução sem mais outro tipo de referência, o desenho sai direto da sua imaginação. É claro que como disse antes, isso vem do seu inconsciente e em algum momento ou ocasião você já se deparou com alguma coisa que lhe fez ter esse seu insight. Não fique achando que você copiando ou melhorando uma idéia que já existe você não é uma pessoa talentosa ou criativa, o mundo conspira assim e às vezes precisamos de uma base para criar um algo melhor do que já existe, é a evolução
natural do ser humano e como vimos isso acontece a todo o momento, em todas as profissões e é uma coisa natural, pois ter referência é um chão, um ponta pé inicial para ajudar em nosso trabalho.
Construção de um banco de dados Uma ferramenta que pode auxiliar muito em qualquer etapa do seu processo criativo é a construção de um banco de dados que vão lhe dar suporte à criação de novos produtos e novas idéias de estampas. Mas afi nal, o que é esse tal de banco de dados? Eu chamo de banco de dados, pois é um material que costumo coletar que me ajudam na pesquisa na hora de criar novos produtos, estampas, cores, tecidos, modelagem, entre outros. Essas informações eu costumo retirar de processos que foram falados acima, em minhas jornadas de pesquisa e referência e digo que isso eu estou fazendo a toda hora, pois já acostumei com a idéia e tudo que acabo vendo, tento imaginar aquilo se transformando em um produto novo, em uma estampa e por ai vai. Com todas essas informações citadas, eu criei um banco de dados que me ajudam no meu processo de criaç ão. Criei algumas pastas aonde vou colocando materiais que coletei e coleto como recortes de revistas, jornais, catálogos de marcas, fotos que tiro pelo celular andando na rua ou quando estou observando algo na televisão, viagens que faço e vejo traços de uma cultura diferente que pode ajudar a criar algo novo, revistas, vitrines, pessoas na rua que vejo usando uma camiseta ou um produto legal, pesquisa na internet em site de marcas que me identifi co muito e que tem uma proposta bacana e diferenciada, enfi m, tudo o que eu acho legal e que posso aproveitar de alguma maneira eu coloco nessa banco de dados que sei que em algum momento vai servir de alguma coisa. Alem de criar pastas, eu costumo criar arquivos no computador com elementos que usei em toda minha carreira profi ssional de designer que são objetos, ícones e desenhos em vetor que costumo ir salvando que sei que um dia aquilo poderá me ser útil de alguma maneira. Acreditem vocês devem estar imaginando, que cara xarope, agora vou fi car fotografando tudo o que eu vejo na minha frente, arrancando folha de revistas enquanto estou esperando para ser atendida no dentista??? Desculpe lhe dizer, mas vai, rsrsrsr. É o processo natural da coisa, ela começa pequena, simples e tímida, mas com o passar do tempo ela vai te consumindo e se torna grande, diário e sem vergonha! Claro que isso é apenas uma dica e tudo vai depender de onde você quer chegar como profi ssional, se você quer voar alto como profi ssional ou como marca, você estará fardado a isso.
Como criar uma estampa Depois de todas essas informações que passei, se você não conseguir criar uma estampa ou começar a evoluir no seu trabalho, sinto lhe dizer mas.... a persistência é o que transforma o homem, rsrsrsrs. Brincadeiras a parte, mas agora é a parte mais gostosa a ser feita, onde vamos colocar em prática tudo o que temos em mente, pesquisamos através de nossas referências e vamos ao granfi nale. Você pode usar uma infi nidade de ferramentas que vão lhe ajudar ao processo. Pode usar alguns traços que desenhou em um papel, scaneou e passou pro computador (no próximo capítulo vou dar algumas dicas que vão lhe ajudar nesse processo), fotos que pesquisou e quer usar um detalhe do desenho, tipologia que pode usar para ajudar a ilustrar o seu desenho, a sua grande criação, a sua estampa! Como disse e reforço hoje tem muitas ferramentas que nos ajudam a criar uma estampa bacana e apenas basta ter uma idéia na cabeça, um pouco de prática seja em desenho manual ou em facilidade a mexer no computador que você consegue expressar suas idéias por meio de uma estampa. No tópico que vamos entrar, vou ensinar algumas dicas, alguns truques e manhas que vão lhe ajudar nesse processo todo.
• Dicas e truques no Corel, Illustrator, Photoshop e Adobe Streamline
• Como imprimir fotolito em cores chapadas • Preparando um arquivo em quadricromia • Como criar um raport • Montando um cubo de gravação de quadro artesanalmente • Montando uma Ficha Técnica • Montando uma Tela / Matriz
Dicas e truques no Photoshop, Illustrator, Corel e Adobe Streamline Photoshop | Como transformar uma imagem em Path para usar no Illustrator. Vamos usar uma imagem de referência para poder ilustrar os processos que vou explicar etapa por etapa. Passo 1: Vamos abrir uma imagem para mostrar como funciona o processo. Essa imagem esta na pasta Dicas. Imagem: arte.jpg
Passo 2: Vamos transformar essa imagem em Tons de cinza (Grayscale) - Menu Superior: Image / Mode / Grayscale
Passo 3: Agora vamos Limiar (Threshold) a imagem para separar bem os tons entre Branco e Preto para podermos criar o Path.
- Menu Superior: Image / Adjustments / Threshold (Limiar)
Passo 4: Vai abrir uma janela onde vamos ajustar o nível que vamos aplicar a imagem. Esse ajuste é feito através de um triângulo que fica abaixo do gráfico que vai aparecer.
(Circulo vermelho)
Passo 5: Ajustado o nível e aplicado a imagem, vamos duplicar o layer para podermos aplicar a seleção na imagem. Clique na Aba LAYER e verifique que vai conter um único layer com o desenho da imagem e o escrito ao lado Background + um cadeado ao lado. Selecione esse layer e arraste até um a folha que se encontra no rodapé da janela do Layer, ao lado de um ícone da Lixeira. (Segundo icone da direita para a esquerda / circulo vermelho). Arraste até esse icone e solte, ele automaticamente vai duplicar o layer (Background copy).
Passo 6: Duplicado o layer, vamos deletar o primeiro layer (Background). Para fazer isso clique no layer Background com o cadeado ao lado e em seguida clique no ícone da lixeira que fica no rodapé da janela. Ele vai abrir uma janela confirmando a exclusão. Confirme e o layer será excluido.
Passo 7: Vamos selecionar o fundo em preto da imagem para deletar o mesmo. Para fazer isso, vamos usar a varinha mágica que fica na guia Tools (ferramentas) ilustrado ao seu lado esquerdo (circulo vermelho). Com a varinha magica selecionada, vamos clicar no f undo preto da imagem. Repare que ele vai aparecer um trasejado onde foi clicado.
Passo 8: Com o fundo preto selecionado, vamos agora selecionar tudo o que estiver em preto na imagem. - Menu Superior: Select / Similar
Passo 9: Com toda a cor preta na imagem selecionada, pois o que importa para nós nesse desenho é a imagem em branco, vamos apertar o DELETE para apagarmos o preto. Feito isso, agora vamos criar o Path. Com a varinha mágica selecionada, vamos até a aba do layer para selecionarmos somente a imagem em branca por completa. Segure a tecla CTRL e com a varinha magica clique no layer (no quadro que fica ao lado do olhinho). Ele vai selecionar somente a imagem.
Veja como a imagem fica selecionada.
Passo 10: Com a imagem selecionada, vamos criar o Path (Máscara). Na mesma janela que temos o LAYER, vamos na Aba PATH. No canto direito dessa janela, vamos ter uma SETA que fica localizada no topo da janela, logo abaixo o botão X de fechar . Clique nessa seta e ela vai aparecer uma janela/ menu com algumas opções. Selecione a opção MAKE WORK PATH.
Passo 11: Feito isso, ele vai abrir uma janela onde você vai definir o nível de tolerância. Vamos deixar em 1,0 pixel e em seguida clicar no OK.
Passo 12: O Path foi criado, agora vamos exportar ele para o Illustrator (.ai). - Menu Superior: File / Export / Path to Illustrator. Feito isso, ele vai pedir para você salvar o arquivo. Eu salvei o arquivo como arte.ai que se encontra na pasta Dicas
Passo 13: Agora vamos abrir o Illustrator e abrir o arquivo que foi criado. Quando abrir o arquivo ele vai aparecer uma tela em branco somente com as marcas de corte. Dê um CTRL+A (selecionar tudo) que ele vai aparecer o path do arquivo criado.
Passo 14: Com o path selecionado, vamos pintar a imagem. Eu usei o preto e reparem que a imagem não ficou completamente vazada (vamos chamar assim / Exemplo: Olhos e boca). Isso é normal pois todos os paths que foram criados não estão unificados, estão separados. Para poder juntar tudo, termos que fazer uma nova ação.
Passo 15: Vamos clicar na imagem com o botão direito do mouse. Vai abrir uma janela/menu e selecione a opção Make Compound Path. Ele vai unificar os paths e vamos ver a imagem completa. Em alguns casos ele não da o resultado que esperamos logo de cara, não deixando a imagem completa. Ai é um processo de paciência onde vamos ter que selecionar path por path (um de cada vez) e ir aplicando o make compound path até a imagem ficar totalmente completa.
Passo 16: A figura está finalizada, agora é so aplicar cores e dar asas a sua imaginação...
Corel Draw | Como transformar uma imagem para aplicar cor no Corel. Vamos usar uma imagem de referência para poder ilustrar os processos que vou explicar etapa por etapa.
Passo 1: Vamos abrir uma imagem para mostrar como funciona o processo. Essa imagem está na pasta Dicas. Imagem: arte.jpg
Passo 2: Vamos transformar essa imagem em Tons de cinza (Grayscale) - Menu Superior: Image / Mode / Grayscale
Passo 3: Agora vamos Limiar (Threshold) a imagem para separar bem os tons entre Branco e Preto para podermos criar o Path. - Menu Superior: Image / Adjustments / Threshold (Limiar)
Passo 4: Vai abrir uma janela onde vamos ajustar o nível que vamos aplicar a imagem. Esse ajuste é feito através de um triângulo que fica abaixo do gráfico que vai aparecer.
(Circulo vermelho)
Passo 5: Ajustado o nível e aplicado a imagem, vamos inverter a cor da imagem. - Menu Superior: Image / Adjustments / Invert
Passo 6: Repare que o que era Preto virou Branco e o que era Branco virou Preto. Feito isso, vamos trasnformar a imagem em BITMAP - Menu Superior: Image / Mode / Bitmap
Passo 7: Aplicado ao modo Bitmap, ele vai abrir uma janela com as opções de Resolução (resolution) e Método (Method). Vamos deixar da seguinte maneira: - Resolution Output: 300 pixel/inch - Method Use: 50% Threshold
Passo 8: Vamos salvar a imagem em TIFF. No caso, eu salvei como arte.tif (A imagem encontra-se na pasta dica).
Passo 9: Vamos abrir o Corel e importar a imagem. - Menu Superior: Arquivo / Importar
Passo 10: Com a imagem importada no Corel, agora podemos mexer na Cor de Fundo da Imagem e na Cor da Imagem, veja como:
Passo 11: Mexer na Cor de Fundo: Vamos selecionar a imagem e na Palheta de Cores do Corel (que fica ao lado direito da página), vamos Clicar na cor que quiser, no caso eu cliquei na cor Amarela com o BOTÂO DIREITO DO MOUSE, e ele vai mudar a cor do fundo.
Passo 12: Mexer na Cor da Imagem Vamos selecionar a imagem e na Palheta de Cores do Corel (que fica ao lado direito da página), vamos Clicar na cor que quiser, no caso eu cliquei na cor Vermelha com o BOTÂO ESQUERDO DO MOUSE, e ele vai mudar a cor da imagem.
Passo 13: Tirar a cor de Fundo da imagem Vamos selecionar a imagem e na Palheta de Cores do Corel (que fica ao lado direito da página), vamos Clicar na primeira opção da palheta que é um quadrado com um X dentro (sem cor/preenchimento) com o BOTÂO ESQUERDO DO MOUSE, e ele vai tirar a cor do fundo e deixar a imagem sem fundo algum, totalmente transparente e sem fundo para poder ser aplicado junto a outros elementos.
Adobe Streamline | Como transformar uma imagem em vetor Vamos usar uma imagem de referência para poder ilustrar os processos que vou explicar etapa por etapa.
Passo 1: Vamos abrir uma imagem para mostrar como funciona o processo. Essa imagem está na pasta Dicas. Imagem: arte.jpg
Passo 2: Vamos cortar a imagem que vamos querer usar. Para isso na palheta de ferramentas do Photoshop vamos usar a ferramenta chamada CROP (em destaque vermelho na img) para recortar.
Passo 3: Feito o recorte na imagem, vamos deixa-la em Grayscale (tons de cinza) - Menu Superior: Image / Mode / Grayscale (tons de cinza)
Passo 3: Agora vamos Limiar (Threshold) a imagem para separar bem os tons entre Branco e Preto para podermos criar o vetor com maiores detalhes - Menu Superior: Image / Adjustments / Threshold (Limiar).
Passo 5: Vai abrir uma janela onde vamos ajustar o nível que vamos aplicar a imagem. Esse ajuste é feito através de um triângulo que fica abaixo do gráfico que vai aparecer.
(Circulo vermelho)
Passo 6: Pronto, agora vamos salvar a imagem em TIF (arte.tif) no photoshop para poder abrir a imagem para a vetorização no Adobe Streamline.
Passo 7: A imagem vai abrir em uma janela dentro do programa e vamos dar a ação para que o programa automaticamente transforme a imagem em traços. - Menu Superior: File / Convert
Repare na figura abaixo, que a imagem ficou toda chapada e com alguns traços e formas um pouco diferente do desenho original.
Passo 8: Com a imagem já transformada em vetor pelo programa, vamos salvar a mesma - Menu Superior: File / Save Art / Salvar em Adobe Illustrator (.ai)
Passo 9: Vamos abrir a imagem salva no Illustrator e eliminar detalhes que não vamos querer usar na imagem (seleção em azul) para assim dar uma limpada na imagem da maneira que quisermos.
Passo 10: Pronto, a sua imagem foi transformada em vetor, limpa e você pode mexer em cores, ampliar ou reduzir sem perder a qualidade da mesma.
Como imprimr fotolito em cores chapadas Illustrator | Imprimir Fotolito com mais de 1 cor. Vamos usar uma estampa de 2 cores da Acervo Pessoal como referência para poder ilustrar os processos que vou explicar etapa por et apa.
Passo 1: A estampa que estamos dando o exemplo tem 2 cores (Azul e Preto). É bom resaltar que a página já tem que estar configurada no tamanho certo que vai ser impressa. (Configurar a pagina ao tamanho do papel transparência.)
Passo 2: Com a estampa pronta, vamos criar as marcas de registro, ao redor da estampa para quando imprimir, podermos registrar os 2 fotolitos e fazer o encaixe exato da estampa. As marcas de registro no exemplo somam o total de 4 marcas ao redor da estampa. Isso varia de acordo com o desenho e seu tamanho.
Passo 3: Com a página configurada no tamanho do papel, com as marcas de registro criadas, vamos imprimir o fotolito. Como no illustrator não tem a opção de separar a cor na hora da impressão, vamos ter que fazer na unha mesmo. Vamos deixar as marcas de registro na cor preta, deletar uma das cores, no caso deletamos as ondas que estavam em azul e deixamos somente 1 cor.
Passo 4: Com a cor configurada, vamos imprimir. Menu Superior: File / Print
Passo 5: Vai abrir uma janela onde você vai visualizar a impressão e fazer toda a configuração que expliquei em aula, ajustar o tamanho do papel, o tipo de papel, impressão em alta qualidade, tons de cinza, etc...
Passo 6: Agora, vamos fazer a mesma coisa com a Segunda cor, no caso a cor azul que foi pintada de preto para poder imprimir o fotolito na cor preta. Como na primeira etapa da impressão, essa parte da arte foi deletada, logo apos imprimir vamos dar um Control + Z para a arte que foi deletada voltar e em seguida podermos deletar a arte que já foi impressa.
Passo 7: Com a cor configurada, vamos imprimir. - Menu Superior: File / Print
Passo 8: Vai abrir uma janela onde você vai visualizar a impressão e fazer toda a configuração que expliquei em aula, ajustar o tamanho do papel, o tipo de papel, impressão em alta qualidade, tons de cinza, etc... Pronto, você tem os 2 fotolitos impressos e com as marcas de registro prontas para fazer o encaixe para o quadro ser gravado!
Corel Draw | Imprimir Fotolito com mais de 1 cor. Vamos usar uma estampa de 2 cores da Acervo Pessoal como referência para poder ilustrar os processos que vou explicar etapa por etapa.
Passo 1: A estampa que estamos dando o exemplo tem 2 cores (Azul e Preto). É bom resaltar que a página já tem que estar no tamanho certo que vai ser impressa. (Configurar a página ao tamanho do papel transparência.)
Passo 2: Com a estampa pronta, vamos criar as marcas de registro, ao redor da estampa para quando imprimir, podermos registrar os 2 fotolitos e fazer o encaixe exato da estampa. As marcas de registro no exemplo somam o total de 4 marcas ao redor da estampa. No caso do Corel, como ele vai imprimir as cores separadas, após criar as marcas de registro da primeira cor (azul) vamos selecionar todas as marcas, Copiar e Colar (em cima das primeiras criadas) e vamos pintar essas marcas de registro copiadas de preto.
Passo 3: Com as marcas de registro criadas (em Azul e Preto), vamos imprir o fotolito. - Menu Superior: Arquivo / Imprimir
Passo 4: Vai abrir uma janela com a caixa de impressão. Vamos configurar a separação das cores por essa caixa. Repare que a Aba que abre é a Geral. Vamos ir na terceira Aba chamada Separações.
Passo 5: Na Aba Separações, logo abaixo vamos ter um Clique Box “Imprimir Separações”. Clicando nesse box, ele vai abrir as outras opções que até então estavam ocultas, mas no caso não vamos precisar usá-las.
Logo abaixo , vamos ter um campo com as 4 cores CMYK e ele automaticamente vai identificar quais cores contem a sua estampa, no exemplo em questão, ele identificou as cores Ciano e Preto. Repare também que no canto direito, ele tem a opção de visualização da impressão e veja que ele já está mostrando a estampa separada pela cor, no caso ele esta mostrando a estampa + marca de corte que está em Azul (ciano).
Passo 6: Para poder visualizar a outra cor da estampa, logo abaixo ao campo que visualiza a estampa, tem 4 botões com as opções de avançar e voltar. Isso vai permitir você visualizar a segunda cor da estampa e voltar. Agora é só configurar as opções de impressão (papel, cor, qualidade, etc.) e clicar em imprimir que ele vai imprimir as 2 cores na sequência automaticamente.
Pronto, você tem seus 2 fotolitos impressos e prontos para mandar fazer o quadro!
Como criar um Raport O raport é uma técnica usada para criar estampas no tecido inteiro. Essa estampa pode ser impressa por quadro, cilindro ou digital, como vimos no capítulo Silk screen / Tipo de estampa nesta apostila.
Bom, vou mostrar a criação do raport em 3 programas, sendo eles Photoshop, Illustrator e Corel.
Photoshop | Criando um raport para estamparia É importante falar algumas informações importantes antes de começar a criar o seu raport. A largura do seu arquivo não importa muito, tudo vai depender qual o produto a ser produto e ai você se baseara na largura e no densenho em geral, pois se for peças pequenas, como por exemplo 1 bikini, talvez alguns detalhes que faça na estampa não acabe aparecendo, então é bom ter isso em mente na criação da sua estampa / Raport. A altura do raport já é importantíssimo, se a estampa for para cilindro vc deve sempre usar “multiplos divisores de 64cm [32cm(=/2), 21,33cm (=/3) ,16cm(=/4), etc. A resolução, sempre o mínimo de 300 dpi, se os elementos forem muito delicados aconselho fazer o raport com 600dpi por causa da finalização da estampa e criação de harmonias (cores). O modo de cores - se o desenho vc pretende também oferecer para indústria gráfica, você escolhe CMYK, mas se for só para o textil, fazer as cores em RGB vc consegue mais contraste e outros efeitos de cores.
Passo 1: Vamos configurar o arquivo antes. Menu Principal: File / New - Width: 21 cm - Height: 21 cm - Resolução: 300 dpi - Color Mode: RGB
Passo 2: A imagem que vou usar como estampa são de caveiras. Como uma caveira base no arquivo vou fazer minha estampa final. Clico e seleciono o Layer da caveira e vou duplicar ele. Clico e arrasto até o final da guia onde tem um ícone de uma folha e solto, ele automaticamente duplica meu layer ou
vc pode fazer da seguinte maneira, clique com o botão direito no layer que quer duplicar e ele vai aparecer uma janela. Escolha a opçãõ duplicar layer e pronto!
Layer
Duplicar layer
Passo 3: Faremos a mesma ação até completar a largura todo do arquivo. A medida que for duplicando o layer, vai movendo o para o lado direito com a seta ou o mouse tomando cuidado com o alinhamento da imagem, para isso, aperte a tecla Shift junto ao mover.
Passo 4: Agora vamos dar uma leve modificada em algumas caveiras para deixar a estampa mais interessante. Vamos inverter na vertical os layers 2, 4 e 6. Para isso, selecione os 3 layers e siga a ação: Menu Principal: Edit / Transform / Flip Vertical
Veja na figura abaixo que as caveiras 2, 4 e 6 ficaram de cabeça pra baixo!
Passo 5: Vamos selecionar todos os layers e multiplicá-los para formar uma nova coluna e vamos direcionando os layers para baixo até ficar fi car num ponto em que todas as caveiras apareçam sem haver alguma interferência uma com a outra. Siga o mesmo procedimento do Passo 3.
Novamente vamos dar uma leve modificada na coluna e inverter todos os layers da coluna 2 para dar um contraste na estampa. Para essa ação, siga as mesmas intruções do Passo 4.
multiplicá-l os para formar novas colunas até completar Passo 6: Vamos selecionar todos os layers e multiplicá-los o arquivo todo. Para isso, siga o mesmo procedimento do Passo 3.
f eito, vamos agora criar um elemento na estampa principal. Vou usar usar a a Passo 7: Com o seu fundo base feito, mesma caveira porem maior e em outra cor para dar o destaque principal. Como esse meu desenho é um vetor, eu ajustei ele no illustrator (tamanho e cor) e dei um Control C (copiar) e um Control V (colar) para jogar ele no photoshop. Ao fazer isso, ele vai me pedir como eu quero colar essa figura no arquivo, selecioner como PIXEL e de OK.
Passo 8: Pronto, feito isso ele vai me colar a imagem no tamanho que escolhi no ilustrator e centralizado ao arquivo como um todo.
Estampa pronta, arquivo fechado e o Raport está pronto e pode ser aplicado no tecido todo.
Como criar um Raport Illustrator | Criando um raport para estamparia Vamos criar a mesma estampa, usando o mesmo procedimento porém pelo Illustrator. Passo 1: Vamos configurar o arquivo no mesmo tamanho que no exemplo anterior. Menu Principal: File / New - Width: 21 cm - Height: 21 cm
Agora com a caveira já posicionada no canto superior esquerdo, vamos fazer toda a reprodução da mesma na página toda.
Passo 2:
Com o desenho no tamanho certo, vou configurar meu espaçamento para locomover as caveiras na lateral sem maiores problemas. Para isso vou fazer o seguinte comando: Dou um Control K e vai me abrir uma janela com as minhas preferências. Na guia General (geral) vou na primeira opção Keyboard Increment e vou colocar o tamanho do espaçamento que eu quero na minha lateral, nesse caso eu usei o tamanho 4,1 cm. Feito isso, eu seleciono minha caveira, dou um Control C (copiar) e um Control F (colar no mesmo lugar) para não desalinhar meu desenho. Com a seta do teclado vou clicar para o lado esquerdo e ele vai me posicionar exatamente ao lado da caveira.
Agora é so fazer a mesma ação Control C e Control F e ir posicionando até preencher a lateral da página como na imagem abaixo! Agora vamos dar uma leve modificada em algumas caveiras para deixar a estampa mais in-
teressante. Vamos inverter na vertical os layers 2, 4 e 6. Para isso, selecione os 3 layers e siga a ação: Menu Principal: Object / Transform / Reflect
Passo 3:
Vai me abrir uma janela com as opções Horizontal, Vertical ou Angulo. No nosso caso, vou selecionar o vertical para deixar as caveiras de cabeça para baixo!
Agora com a minha coluna pronta, vou selecionar todas para poder copiá-las e jogar para baixo da primeira coluna. Para acertar o espaçamento certo para baixo, vou fazer exatamente o que fiz no Passo 2.
Passo 4:
Agora com a minha segunda coluna pronta, vamos dar uma leve modificada na coluna toda dando um efeito mais interessante na estampa. Para isso, vamos seguir as instruções do Passo 3.
Passo 5:
Passo 6: Com a segunda coluna criada e modificada, vamos fazer isso com as demais colunas até preencher a página toda, como na imagem abaixo.
Passo 7: Para finalizar, vou inserir a minha imagem principal da estampa. Vou usar o mesmo desenho da caveira, porem maior e em outra cor para poder dar o destaque que pretendo. Feito isso, eu centralizo o desenho no meio da página. Estampa pronta, arquivo fechado e o Raport está pronto e pode ser aplicado no tecido todo.
Como criar um Raport Corel Draw | Criando um raport para estamparia Vamos criar a mesma estampa, usando o mesmo procedimento porém pelo Corel. Passo 1: Vamos configurar o arquivo no mesmo tamanho que no exemplo anterior. Menu Principal: File / New - Width: 21 cm - Height: 21 cm
Agora com a caveira já posicionada no canto superior esquerdo, vamos fazer toda a reprodução da mesma na página toda. Na figura abaixo, vai estar indicando onde vamos configurar a distância que vamos posicionar a imagem colada para a esquerda, nesse cado dei o valor de 4,1 cm.
Nudge Offset - Define a distância do posicionamento da imagem para os 4 lados quando eu movimentar a figura com as setas do teclado.
Passo 2: Com o espaçamento definido, vamos clicar na imagem, dar um Control C (copiar) e um Control V (colar) e movimentar a imagem copiada para o lado esquerdo.
Feito isso, vamos vamos copiar e colar as imagens até atingir a pagina toda para formar uma coluna com 6 caveiras.
Passo 3: Agora vamos dar uma leve modificada em algumas caveiras para deixar a estampa mais interessante. Vamos inverter na vertical os layers 2, 4 e 6. Para isso, selecione os 3 layers e vamos flipar as imagem para baixo. Veja como fazer esse flip na figura abaixo.
Mirror Verticaly - Clicando nesse botão você flipa a imagem na vertical
Passo 4: Agora com a minha coluna pronta, vou selecionar todas para poder copiá-las e jogar para baixo da primeira coluna. Para acertar o espaçamento certo para baixo, vou fazer exatamente o que fiz no Passo 1 só que vou mudar a distância para 5 cm.
Nudge Offset - Define a distância do posicionamento da imagem para os 4 lados quando eu movimentar a figura com as setas do teclado.
Passo 5: Com a segunda coluna criada, vou dar outro flip na vertical seguindo o mesmo processo feito no Passo 3.
Mirror Verticaly - Clicando nesse botão você flipa a imagem na vertical
Passo 6: Com as 2 colunas prontas, vou copiar, colar e posicionar para baixo até preencher toda a minha página.
Passo 7: Com o fundo pronto, vou criar a imagem de destaque da estampa. Copio e colo uma caveira do fundo, aumento ela uns 300% (o tamanho vai da necessidade de cada) e mudei a cor dela para um azul mais escuro. Feito isso, vou centralizar minha estampa principal no centro da página:
Menu Principal: Arrange / Align and Distribute / Center to page
Estampa pronta, arquivo fechado e o Raport está pronto e pode ser aplicado no tecido todo.
Montando um cubo de gravação de quadro artesanalmente Materiais para construção do cubo - Madeira - Vidro - Adesivo Prata - Lampada PhotoFood 500 Wtz - Tomada, interruptor e soquete. - Parafusos (cerca de 30 parafusos no total) Ferramentas - Furradeira - Chave de fenda - Estilete - Tesoura- Régua Construindo o cubo Ele é construido na base de uma caixa, com 4 paredes laterias e um fundo de madeira. As medidas que usei no cubo que desenvolvi são: - 2 paredes laterais de 63 x 50 cm x 18 mm de espessura - 2 paredes laterais de 60 x 50 cm x 18 mm de espessura - 1 fundo de 60 x 60 cm x 15 mm de espessura (Onde a luz vai ficar) - 4 sarrafos de madeira de 55 x 4 cm - 1 vidro de 60 x 60 cm por 6 mm de espessura - 1 rolo de adesivo metalico de 2 metros (esse adesivo é aplicado internamente no cubo, para dar mais força a luz quando acender. Pode ser usar também papel aluminio de cozinha).
Custos de material Chapas de MDF = R$ 102,00 Vidro 30 x 30 cm com 6 milimetros de espessura = R$ 30,00 Lâmpada Photoflood 500wtz = R$ 22,40 Parafusos = R$ 10,20 (Média de 30 parafusos) Fios = R$ 2,56 Interruptor = R$ 3,90 Soquete de luz = R$ 6,60 Tomada = R$ 5,90 Adesivo Poliester Prata (2 metros) = R$ 19,60 Total = R$ 203,16 Locais para compra de materiais Unida (2274-7744) - Pode ser comprar o Adesivo e a Lâmpada Photoflood de 500 Wtz. Super Silk Screen (3228-0778) - Pode ser comprar o Adesivo e a Lâmpada Photoflood de 500 W tz.
Vidros - A mais próxima da sua casa ou escritório Peg e Faça - www.pegfaça.com.br - Madeiras MDF, fios, parafusos, soquete de luz, tomada e interruptor. Leroy Merlin - Fios, parafusos, soquete de luz, tomada e interruptor.
Montando uma ficha técnica Vou dar um exemplo de como criar uma ficha técnica simples para você poder usar de guia na criação do seu produto. Abaixo segue um modelo padrão onde você vai preencher todas as informações necessárias para a produção do seu produto, nesse caso, uma camiseta.
Campo
Data de Cadastro: Produto: Tecido:
Coleção:
Fornecedor: Ref. Fornecedor: Piloto Recebida em:
01
Tel.: Preço:
Campo 02
Grade: Cor 01 Cor 02 Cor 03
ampo 03
P/36
M/38
Observações:
Campo 05
Determinei minha ficha técnica em 4 campos sendo eles:
G/40
GG/42
Campo 04
Total:
Campo 01 Nesse campo, vou colocar as informações que vou usar no meu cadastro do produto, como por exemplo: Data de Cadastro: Data na qual o produto foi criado ou cadastrado Coleção: Qual a coleção vingente que esse produto pertence Produto: Qual o produto que está sendo especificado em ficha Fornecedor: Qual ou quais os fornecedores que eu vou usar para a produção desse produto Telefone: Telefone de contato do fornecedor Ref. Fornecedor: Qual a referência ou código do fornecedor que tenho cadastrado em sistema. Piloto Recebida em: Data em que a peça piloto foi recebida e aprovada. Preço: Preço de custo do meu produto Campo 02 Nesse campo, vou colocar o layout do meu produto a ser criado. No exemplo é uma camiseta e nesse espaçop eu indico o modelo, desenho e recorte da camiseta que vou usar, a(s) estampa(s) que vai ter nessa camiseta, suas posições de aplicação do silk e as cores que compõe a minha estampa e caso tenha algum outro elemento que vai compor o meu produto, eu indico o mesmo e a posição, como por exemplo uma etiqueta. Campo 3 Nesse campo, vou determinar a grade que vou usar para o produto, a quantidade que vou produzir de cada tamanho, a quantidade total e a cor de corpo do tecido. Cor 01: Nome da cor do tecido escolhida Cor 02: Nome da cor do tecido escolhida Cor 03: Nome da cor do tecido escolhida Grade: Qual a grade que vou usar P / 36: Coloco a quantidade de tamanho P que vou produzir M / 38: Coloco a quantidade de tamanho M que vou produzir G / 40: Coloco a quantidade de tamanho G que vou produzir GG / 42: Coloco a quantidade de tamanho GG que vou produzir Total: Coloco a quantidade total de tamanhos que vou produzir Campo 04 Nesse campo, vou determinar o valor total da produção do produto. Campo 05 Nesse campo, vou determinar todas as observações que vai conter no meu produto, no caso, o tipo e processo de estampa que vou usar, costura, recorte, path, etc. Na próxima página, vou exemplificar essa ficha técnica toda preenchida para você ter como referência para a produção da sua. No CD, contem esse arquivo base em Illustrator e Corel Draw.
Montando uma Tela / Matriz Nesse exemplo a seguir, vou mostrar como montar uma matriz utilizando o método convencional, que é um dos métodos mais simples e de baixo custo de se montar quadros para silk screen. Para isso, utilizei os seguintes materiais: - Quadro de madeira no tamanho 40cm x 50 cm; - Tecido / Nylon de 77 fios; - Grampeador e grampos; - Cadarço; - Estilete;- Martelo. Com esses materiais você consegue produzir telas de boa qualidade, utilizando o método tradicional e com baixo investimento. Bom, vou mostrar agora o passo a passo da produção, vamos lá:
Passo 1: Recorte o tecido, utilizando um tamanho maior que o quadro para poder nos dar suporte na hora de tencionar o tecido. Coloque o nylon sobre o quadro e utilize um dos cantos do quadro (vertical e horizontal) para deixar o tecido bem rente a moldura, pois vamos começar a grampear por esse lado escolhido primeiramente e não é preciso tencionar o tecido nesse momento. Isso ajuda a dar uma margem nos outros cantos para poder fazer a tensão necessária para a esticagem do tecido
Passo 2: Recorte um pedaço do cardaço no tamanho do lado do quadro que irá grampear. Aplique o cadarço sobre o tecido, para que o grampo não seja fixado diretamento no nylon e grampeie uma das pontas do quadro no sentido diagonal.
Cadarço
Passo 3: Agora vamos grampear a outra extremidade do quadro, para poder fixar e esticar o cadarço e o nylon por completo, para poder nos dar suporte ao grampear o restante da tela.
Passo 4: Vamos grampear toda a lateral do quadro, no sentido diagonal, utilizando espaços de aproximadamente 4 cm entre um grampo e o outro. Faça isso de um lado até o outro.
Passo 5: Veja como ficou a primeiro canto do quadro. Grampos sobre o cardaço, com uma distância de mais ou menos 4 cm e grampos no sentido diagonal do quadro. Agora vamos grampear o outro lado do quadro, fazendo tipo um L. Isso ajuda na hora de tencionar a tela. Coloque um cadarço no tamanho da lateral a ser grampeada sobre o nylon e faça o primeiro grampo em um dos ex tremos da tela.
Passo 6: Estique o cadarço e o nylon e fixe outro grampo na outra extremidade da tela. Isso ajuda e dá suporte para fazer os outros grampos. Não esqueça do sentido diagonal do grampo na tela.
Passo 7: Grampeie toda a lateral, com grampos no sentido diagonal, utilizando espaços de aproximadamente 4 cm entre um grampo e o outro. Faça isso de um lado até o outro lado.
Passo 8: Agora vamos começar a segunda etapa da montagem da tela, pois até agora somente criamos a base e a partir de agora, vamos começar a tencionar / esticar o tecido para ele ficar bem firme para realizar os processos de emulsionamento e impressão sem maiores problemas. Grampeie uma das pontas da tela, como nos casos anteriores.
Passo 9: Estique o cardarço e de uma leve esticada no tecido, para criar um leve tencionamento do tecido e grampeie a outra extremidade do quadro.
Passo 10: Agora o sistema muda, rsrsrs. Ao invés de fixar os grampos de uma lateral a outra, na sequência e sem esticar o tecido, comece grampeando os MEIOS e com a sobra do tecido, puxe para baixo com um certa força para esticar o tecido. Grampei o meio do quadro, com os grampos na diagonal e vai grampeando os meios dos meios até grampear o lado todo! Não esqueça de forçar para baixo o tecido em todo grampo que fixar.
Puxe para baixo!
Passo 11: Agora vamos grampear o último lado do quadro. Faça a mesma coisa que no exemplo anterior, fixe com um grampo na diagonal um lado do quadro e estique o cardaço e o nylon para fixar a outra extremidade da tela.
Passo 12: Vamos fazer o mesmo esquema de grampear o meio do quadro esticando o tecido para dar a tensão necessária para a tela. Como esse é o último lado do quadro é nele que vai fazer toda a diferença na esticagem final para deixar sua tela 100%.
Passo 13: Veja no detalhe, a esticagem do tecido (minha mão puchando para baixo o tecido) e o sistema de grampear os meios dos meios dos grampos até grampear o lado todo. Não se esqueça de fixar os grampos na diagonal e de forçar para baixo o tecido em todo grampo que fixar.
Passo 14: Agora é a hora de revisar todo o quadro. Com um martelo, inspecione se todos os grampos estão bem fixados no quadro e se não tiver, o martelo é a solução! Martele até fixar de vez os grampos irregulares.
Passo 15: Grampos revisados e fixados, vamos cortar as sobras do tecido e dos cadarços para deixar o seu quadro prontinho para usar. Utilize um estilete para retirar as sobras encontradas, como no exemplo abaixo.
Passo 16: Tela PRONTA! Tente reparar como ela está bem esticada e toda finalizada, sem sobras nem nada para atrapalhar o emulsionamento, gravação e impressão do silk. Essa é uma maneira bem tradicional de se montar matrizes para silk screen, uma maneira barata e eficiênte de você começar a sua produção, boa sorte!
Considerações finais Essa apostila foi desenvolvida a base de muita pesquisa, dedicação e experiência adquirida com anos de trabalho. Espero que com as informações e o conteúdo apresentado em nessa apostila e com a vivência na realização do curso, possam servir de muita utilidade para a sua profissão ou caminho que deseja seguir. Gostaria de salientar que a reprodução, cópia ou distribuição da mesma por outros meios de comunicação é extremamente proibido, sujeito a contravenções judiciais por direitos autorais e pirataria e seria uma grande injustiça com você mesmo, que pagou pelo curso e pelo investimento que fez para participar do curso!
Vamos usar o bom senso e fazer o que é correto, certo? Foi um grande prazer poder passar um pouco da minha experiência através deste curso a você! Um grande abraço e desejo sucesso em sua carreira.
Evandro da Silva Borges
Bônus Vídeo de Apoio Como fazer tela https://www.youtube.com/watch?v=3wZtZetZVt0
Como revelar Tela https://www.youtube.com/watch?v=92tofAMo9xc
Como estampar camisetas https://www.youtube.com/watch?v=9ChOnPoIRpA
Limpeza de tela https://www.youtube.com/watch?v=eD0T_ghZBgI
Quadricromia https://www.youtube.com/watch?v=I8-PY54bPyk