E-BOOK
O GUIA DEFINITIVO ANNIE BELLO, PHD O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
Termo Termo de responsabilidade Quando eu comecei a realizar atendimento nutricional aprendi várias erramentas. Todas essas inormações que eu aprendi e que você vai ler neste livro são ruto das minhas experiências proissionais. Embora eu tenha me esorçado ao máximo para garantir precisão e a mais alta qualidade das inormações para que sejam altamente eetivas para qualquer pessoa que esteja disposta a aprender e colocar todo o esorço necessário para aplica los conorme instruídos, eu não me responsabilizo por erros ou omissões. Assim, você deverá utilizar e ajustar as inormações de acordo com a sua necessidade especíica.
ANNIE BELLO PHD
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
2
Termo Termo de responsabilidade Quando eu comecei a realizar atendimento nutricional aprendi várias erramentas. Todas essas inormações que eu aprendi e que você vai ler neste livro são ruto das minhas experiências proissionais. Embora eu tenha me esorçado ao máximo para garantir precisão e a mais alta qualidade das inormações para que sejam altamente eetivas para qualquer pessoa que esteja disposta a aprender e colocar todo o esorço necessário para aplica los conorme instruídos, eu não me responsabilizo por erros ou omissões. Assim, você deverá utilizar e ajustar as inormações de acordo com a sua necessidade especíica.
ANNIE BELLO PHD
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
2
Sobre a Autora Meu nome é Annie Bello, sou carioca e nasci em 1983. Apesar de não ter certeza que o meu destino era a nutrição, logo no segundo período ganhei um prêmio na iniciação cientíica como o melhor trabalho do congresso. O prêmio oi o inanciamento de um dos principais congressos americanos de nutrição em Vegas! Tinha 18 anos! Foi um dos divisores de água, a partir daquele momento tudo o que eu queria era azer doutorado nos estados unidos. Era uma ideia ixa durante toda a graduação. E corri atrás disso, deendi o mestrado me strado em 15 meses e ui para os EUA azer parte do meu doutorado com 22 anos. Estudar, estudar, estudar, estudar, pesquisar, pesquisar serão sonhos sempre. A adrenalina vai a mil quando submeto s ubmeto um paper, ou tenho um artigo aceito. Sonho realizado? Em parte. Precisava colocar tudo em prática. E aí, a busca continua sendo ininita. Corria do consultório ao posto de saúde (era concursada na atenção primária) e atuava na atenção terciária (também concursada do Instituto Nacional de Cardiologia). Adquiri muita experiência. Eram mais de 100 pacientes vistos por semana (entre posto, internação e particular). Assim eu ui aplicando o meu conhecimento. Mas, acabei optando por exonerar de 2 concursos públicos para assumir o cargo de Pro. Adjunta de Nutrição Clínica na UERJ. Tinha certeza que assim poderia casar o ensino, a docência, a pesquisa e a prática clínica. Mas comecei a sentir que ensinava muito pouco. Só compartilhava meu conhecimento com aqueles a queles 30 alunos por período. Aquilo continuava não sendo suiciente. Passava às vezes 1 mês m ês montando uma única aula, e tudo que eu queria era poder dar acesso a um número ainda maior de
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
3
Aquilo continuava não sendo suiciente. Passava às vezes 1 mês montando uma única aula, e tudo que eu queria era poder dar acesso a um número ainda maior de alunos. Mas como? Com marido, 2 ilhos, 2 concursos públicos, alunos de mestrado, doutorado, iniciação cientíica, aulas de pós graduação por todo o Brasil. Mas agora uma nova ideia ixa icava na minha cabeça, eu queria atuar na ormação de um número ainda maior de alunos. E aí que começaram os cursos Online. Agora, eu consigo entrar na casa de cada um “de norte a sul do Brasil” (e além das ronteiras brasileiras, tenho muitos alunos ao redor desse mundão). Me perguntam hoje, qual a minha maior realização proissional? Estudar, pesquisar, ver os resultado dos meus pacientes e poder ensinar. Ensinar o que eu aprendo e o que eu pratico. Hoje, consigo que milhares de alunos possam aprender prática clínica pura! Sem ronteira! Nesse guia, eu organizei e disponibilizo para você o conhecimento que orma a base de todas as estratégias que eu implementei até hoje. Meu objetivo é levar essa mensagem para o maior número de pessoas possível, porque eu passei poucas e boas para aprender tudo o que quero ensinar para você. E eu não quero que você passe pelos mesmos problemas. E oi por causa disso, por essa minha vontade de ensinar tudo o que aprendi, e que hoje eu já atendi mais de 1000 pacientes e já ormei milhares de alunos. Eu acredito que você também pode. Vamos lá?
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
4
Como usar esse livro Acredite, eu investi pesado no planejamento da organização pereita desse mundo de inormações de orma que você consiga consumir, aprender e aplicar da maneira mais eiciente possível. Eu verdadeiramente acredito que o que tem dentro deste livro pode transormar o seu atendimento. Isso porque o conhecimento que eu divido aqui com você transormou tanto a mim como a milhares de pessoas que eu já ensinei. O seu aprendizado e desenvolvimento é diretamente proporcional ao oco e à imersão que você coloca no que quer aprender. Isso não vale só para nutrição clínica, mas para qualquer coisa que você decida aprender. Logo, uma das coisas que você vai precisar azer é criar o seu “próprio mundo”, onde boa parte do tempo você praticamente vai prática clínica. Esse livro vai ser o seu guia central, mas ler uma boa parte dele e passar o resto do seu dia assistindo jornal na TV não vai ajudar muito. Você vai precisar ter mais controle sobre os inputs que vai se dar, principalmente quando você terminar esse livro e começar a aplicar as estratégias no seu atendimento. Por isso, eu posto conteúdos de dierentes ormatos e tamanhos em várias plataormas que contribuem para o processo de imersão no dia a dia. Assim, eu recomendo que você:
Assine meu canal no YouTube; youtube.com/user/anniebellophd Lá você encontra grandes sacadas do mundo da nutrição baseada em evidência. Curta minha página no Facebook; acebook.com/anniebellophd Conteúdo de qualidade direto na sua timeline. Siga meu perfil no Instagram; instagram.com/anniebellophd Pílulas diárias de sabedoria e bastidores do dia a dia de uma nutricionista
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
5
Índice PARTE �- O SEU PACIENTE O ��� �������� � � ������ �� � �� �����������.
C������-�� O ������ � ��� �������� ���� �����? O� � �������� ��� �����
PARTE � - O SEU ATENDIMENTO S���������� � ��� ����������� E������� � ������������ ��������� �� ���� S���������� � ��� ����������� S��� �� ��� �����������
PARTE �- O SEGREDO DA FIDELIZAÇÃO E DA ADESÃO C��� ����� � ��� ������� P��������� O��� �������� C������, � ��� ����� ���� S����������� I�����
���� ��
M���� ���� �� ���� �� ��� ���
PARTE �- A ATUALIZAÇÃO
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
6
PARTE 1
C��� ����� ���������� ���� � SEU PACIENTE “A� ������� ��� ����� � ��� ���� ������ ��� ���� ������� ���� ����” — STEVE JOBS
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
7
O seu paciente é o centro do seu atendimento. Primeiramente você precisa entender que o modelo de ensino é ocado na doença e não no paciente. É mais ácil para o proessor ensinar diabetes, hipertensão ou câncer, do que dar uma aula que tem como base um caso clínico com várias co morbidades. O nosso paciente pode ter até hipertensão, e você vai precisar saber disso, mas ele tem uma história de vida, uma história sociocultural, alimentar, uma rotina única e preerencias alimentares também. Isso signiica que o mais importante em uma consulta de nutrição é escutar o seu paciente. Conhecer a história dele é a parte mais importante do acompanhamento.
Se conecte O paciente é o centro do atendimento e você precisa se conectar com ele. Toda consulta começa com uma ase de envolvimento – de conexão! Crie o RAPPORT, mostre empatia, orme uma relação de coniança! O Rapport é um conceito do ramo da psicologia que signiica uma técnica usada para criar uma ligação de sintonia e empatia com outra pessoa. Coniamos em pessoas que são parecidas conosco, com isso ica mais ácil sugestionar/ persuadir seu interlocutor. O sorriso é a chave universal do rapport. Chame o paciente pelo nome. Identiique algum ponto de semelhança e diga: “eu também moro na Gávea”. Ou “minha amília também é do interior” (se or, claro).
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
8
Identifique o quanto o seu paciente quer mudar Ter a resposta de algumas perguntas chaves pode ser o grande pulo do gato. O paciente que vem para a sua consulta por um desejo da esposa ou do médico pode não estar pronto para a mudança. Por outro lado, o paciente que chega no consultório tendo perdido já 3 kg e iniciado uma atividade ísica, ele passa ser considerado um paciente em ação. O primeiro passo do tratamento nutricional é identiicar em que ase o paciente está. O diálogo que será estabelecido com ele vai ser de acordo com o seu grau de prontidão de mudanças. Se o seu paciente não está pronto para mudar, não estabeleça muitas metas, procure gerar mais conscientização do problema e os beneícios da mudança. O resultado só vai aparecer se ele estiver comprometido. Procure identiicar esse comprometimento logo nos primeiros momentos juntos na consulta. O resultado não depende do nutricionista, depende da adesão do paciente. E ele precisa estar ciente disso.
Algumas perguntas chaves: • Porque ele (o seu paciente) veio até o seu consultório? • O quanto ele deseja atingir o objetivo dele? • de 0-10 qual o seu grau de comprometimento?
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
9
Seja um bom comunicador. Faça perguntas abertas e poderosas (perguntas do tipo “o que” e “como”), resuma pensamentos do cliente e aça algumas relexões. Peça permissão para sugerir uma estratégia. Evite usar o verbo no imperativo: “Se você não mudar a alimentação o seu colesterol vai aumentar”. Procure tentar: “Pessoas que começaram a comer ruta 1x ao dia conseguem ter um impacto importante na redução do colesterol. Alguma ruta você considera uma opção prática para comer ao acordar?” Vai encorajar o cliente a ter mais ação!
Paciente desmarcou o retorno, ou faltou. Não se culpe. Possivelmente ele não estava pronto para entrar no processo de mudança. Não deixe de entrar em contato para se colocar disponível para quando ele estiver pronto. Exemplo: “Respeito sua decisão, esse talvez não seja o momento de alar de dieta. Alguns pacientes quando recebem o diagnóstico precisam de um pouco mais de tempo, mas eu gostaria que você soubesse que estou aqui caso você precise de ajuda, e aproveito para lhe enviar alguns materiais para você ler sobre alimentação e pressão.”
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
10
F��� ������ ��� ���� ��������� Avalie o seu atendimento. Você praticou a escuta ativa? Falou menos que o seu paciente? Estava 100% ocado no seu cliente? Estava motivado e coniante? O que você pode azer melhor no seu próximo atendimento?
������ � ��� �������������� �� ������������ V��� ���� ���������� ��� � ��� ������������ S��������� ��� � ��� ��������� S��������� ��� �� �������� �� ����� �� ����� O ��� ���� ��� ����������
Avalie seu paciente de forma INTEGRAL Todo processo de cuidado, não importa em que estágio esteja, é necessária a avaliação integral do paciente. Mas para conseguir isso, o que geralmente se az? Se avalia a antropometria ou a dietética? Pede inúmeros exames bioquímicos? Não! Invista o seu tempo para avaliar os multidomínios do bem estar.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
11
OS 7 DOMÍNIOS DA AVALIAÇÃO DE BEM ESTAR • ALIMENTAÇÃO e NUTRIÇÃO, • COMPORTAMENTO e PESO • SAÚDE MENTAL e EMOCIONAL • ENERGIA • EXERCÍCIO • SAÚDE GERAL • SATISFAÇÃO e EQUILÍBRIO
Ou seja, com a avaliação em multidomínios, além de você aumentar a quantidade de inormação que você tem sobre o seu paciente, você consegue conhecer um pouco mais sobre os atores que intererem nas escolhas alimentares. Você só consegue promover a melhor versão do paciente, se você identiicar os pontos que precisam ser melhorados no estilo de vida. Claro que você não vai abordar tudo isso na primeira consulta, mas terá inormação suiciente para promover o processo de cuidado ao longo das semanas/ meses do tratamento.
Isso tudo faz sentido para você? Se isso ez sentido para você e se você quer saber mais sobre as perguntas para acessar cada um dos 7 dominios baixe o e-book “Guia prático para um atendimento nutricional eiciente” que tem um passo a passo de como eu construí uma anamnese pautada nos 7 dominios.
CURSO DE ATENDIMENTO NUTRICIONAL EFICIENTE Transormação, Adesão e Eiciência https://anniebello.com.br/cursos/para-nutricionista/atendimento-nutricional-eiciente/
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
12
O que me ajuda na prática clínica é ter orientações e desaios práticos organizados. Isso acilita todo o processo de educação nutricional com o paciente. Para cada um desses 7 domínios você pode preparar inúmeras orientações, erramentas ou estratégias para serem trabalhadas com o paciente nas consultas de retorno. Vamos a alguns exemplos do domínio alimentação e nutrição você pode organizar orientações sobre como azer uma escolha consciente, alimentos ultraprocessados: quais são, o que são carboidratos simples e complexos, dicas de pequenas reeições, dicas de grandes reeições, e-books de gastronomia uncional, e-books de receitas com quinoa, e-book de snacks... Com todo esse material em mãos, de acordo com a necessidade do seu paciente você pode entregar para ele como orma de educação nutricional ou simplesmente te ajudar a construir o plano alimentar. Com um nicho bem deinido, você vai criando os materiais aos poucos de acordo com a demanda!
Recaptulando: 1. O seu paciente deve estar no centro do seu atendimento. 2. Você deve se conectar com ele 3. Identiicar o estágio de prontidão de mudança para ajustar a sua ala. O quanto o seu paciente quer mudar? 4. Realize a avaliação dele de orma integral. Buscando o bem estar e não a ausência de doença.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
13
Em que você é PhD? P.H.D (Paixão, Habilidade e Demanda).
“E� ����� ���������� ���� �������� ����� ���� �� �������� �� ������ ����� ���� �� ��������������” Essa pergunta te ajuda a escolher um nicho.
Escreva quem você mais gosta de atender
E������ ���� ���� ���� ����� �� �������� Q��� �������� ��� ���� ���� ������� S� �������� ��� ��� ��� ���� ��������� ������ ���� ���� �� ��������� Se isso ez sentido para você, se prepare, pois agora vamos aprender tudo sobre o maior ativo do seu consultório: O seu atendimento.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
14
PARTE 2
“����� � ����.” Fale o mínimo, escute ao máximo.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
15
Simplifique o seu atendimento Quanto mais simples mais ácil será organizar o seu tempo e azer o planejamento do plano alimentar com o seu cliente. Qual a melhor Bioimpedância? Qual o melhor protocolo de percentual de gordura? Qual o melhor sofwares de atendimento nutricional? Não vou te responder nenhuma nessas perguntas pois elas são irrelevantes para o seu atendimento. Mas como assim Annie? Elas podem te atrapalhar mais do que te ajudar, assim como realizar muitas especializações e muitos cursos. Você já sentiu isso? Tem uma ininidade de inormação, e não sabe o que azer com elas? Gera uma verdadeira obesidade mental, vivemos em um mundo com excesso de inormação.
O que você precisa:
E�����������: ���� �������, ������� A������� ������� (�� ������ � ������)
P������� �� ������� �� ����� (���� ������ ���� ������)
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
16
Entregue o planejamento alimentar na hora Para azer o seu atendimento icar realmente eiciente é condição quase que obrigatória calcular e entregar a dieta na hora. E se alguém te alar que te ensina mudanças qualitativas, evite cair nessa. O cálculo do plano alimentar é previsto em nutrição clínica. Mas você pode simpliicar sim todo o processo. Mas como Annie? Fazendo uma simples planilha de cálculo de equivalente no excel. Assim você tem 100% de controle e simplicidade. Vamos ao passo a passo: 1. Você escolhe as órmulas que vai trabalhar 2. Escolhe os alimentos que você usualmente prescreve (sem alimentos ultraprocessados) 3. Organiza esses alimentos em grupos alimentares de acordo com as características nutricionais. 4. Calcula a quantidade de macro e micronutriente por grupo. 5. Inclui na planilha e pronto. Quase como uma receita de bolo de caneca. Quando você or atender o paciente você pode usar esse cálculo por equivalente tanto para estimar a ingestão calórica dele quanto para calcular o planejamento alimentar. Assim você tem total controle de quanto o paciente estava ingerido, e como você vai propor as mudanças qualitativas em cima de um cálculo real.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
17
De novo, não me entenda mal. Se você não calcula dieta eu sugiro ortemente que você aça para garantir mais segurança na sua prescrição. A sociedade americana de obesidade recomenda restrição de 500 a 1000 calorias. Quando você prescreve uma mudança qualitativa você respeita as diretrizes? E mais, se você usa sofwares e calcula exatamente do que o paciente vai consumir. Preste bem atenção. Na hora de usar o sofware você escolhe maça por exemplo de ruta da manhã. O paciente vai comer maça todos os dias?? Ou você vai pedir para ele variar entre 10 ou 15 rutas? Então, pelo menos para mim, é claro que o mais lógico é você azer uma média dos nutrientes por grupo. Lembre-se sempre disso a grande sacada não está na exatidão do plano alimentar. Está na variedade deste plano. Gostou? Agora o organize o plano da mudança, bem direcionado, claro, sem discrepâncias, sem jargões técnicos, de maneira lógica.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
18
Sistematize o seu atendimento 1) Envio da anamnese por e mail. Quando marca a consulta, envio a anamnese por e mail, ele responde e me encaminha antes da primeira consulta. Funciona? Sim. 90% das vezes. Esse é um passo que salva muito tempo na consulta, além de ser bom para o paciente, pois ele preenche em casa, relete sobre o assunto, avalia outras questões que também serão importantes de serem trabalhadas durante a consulta. Também é bom para o nutricionista, pois você já conhece um pouco sobre o paciente, perde menos tempo preenchendo ormulários e ganha mais tempo para estar 100% presente na consulta com o seu paciente. Você já experimentou azer perguntas por e-mail para o seu paciente antes da consulta? Você pode enviar uma anamnese clínica com as perguntas que considera mais importante.
2) Atenda com uma folha em branco. Quando você usa a estratégia de enviar a anamnese por e mail te conere mais liberdade para não precisar azer aquelas inúmeras perguntas: Você gosta disso ou daquilo? Como está o intestino? Alguma alergia? E etc.... Atender com uma olha em branco te proporciona a oportunidade de deixar o paciente guiar o atendimento, azendo com que você não se prenda as perguntas, e te conere ainda a liberdade de anotar os pontos que te chamaram mais atenção. Mas você não se perde? Peço que você aça essa experiência. Você se surpreenderá como vai se sentir “livre” sem ter que seguir uma anamnese e parecer que o paciente está em um interrogatório.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
19
Algumas perguntas que guiam o atendimento: “O que trouxe você aqui?” “De que orma eu posso te ajudar?” “Você já oi a algum nutricionista?” “O que uncionou?” “Você pode me contar um dia típico seu pontuando também sobre alimentação, me leve para esse dia do inicio ao inal. Você acorda às...?” Enquanto coleta as inormações, sugiro que NÃO REAJA COM ORIENTAÇÕES, CRITICAS OU JULGAMENTO, pode inibir a conversa. Deixe o cliente alar com o mínimo de interrupção possível.
3) O bom e o velho diagnóstico nutricional completo. O diagnóstico NÃO é o IMC e nem percentual de gordura. Toda a sua prescrição nutricional será pautada no diagnóstico. Sem um diagnóstico nutricional bem eito não tem intervenção de sucesso. Quando alo em diagnóstico completo envolve identiicação dos comportamentos, do problema, de barreiras, de severidade, dos sucessos anteriores, identiicação do ambiente ísico que poderia ajudar ou não nos resultados, avaliação do suporte e a rede de apoio do paciente. Claro, além desses aspectos, precisa realizar a avaliação dietética recordatório de 24h ou dia típico e mais um questionário de requência de consumo alimentar.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
20
4) Fechamento da consulta: Que tal azer um resumo para caracterizar o término: “Foi um prazer encontrálo hoje. Você veio para saber como reduzir a pressão. Nós revisamos o padrão alimentar e identiicamos vários comportamentos que são undamentais que você já az, como usar o leite X e azer a adequada ingestão de água. Eu acredito que izemos um bom trabalho deinindo os objetivos de comer a ruta no trabalho. Eu estou bem otimista que você vai gostar de comer e que você tem um plano bem deinido para as rutas. Eu estou muito impressionada com toda a pesquisa que você ez sobre pressão e alimentação. Eu estou disponível para trabalhar a incorporação de novas mudanças. Você gostaria que eu te mandasse um e-mail de acompanhamento no meio da semana?”
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
21
Conexão, a sua maior arte Esteja 100% conectado com ele e com a causa dele. Procure escutar ele com atenção plena; Conheça as principais “dores”, as suas principais diiculdades; Entregue o que ele quer e entregue também o que você acha que é melhor para ele; Conheça o nome dos seus ilhos, marido, pessoas importantes na vida dele; Conheça a rotina dele, a sua principal onte de estresse, a sua principal onte de prazer. Atenção: nunca restringir a sua segunda consulta a uma recapitulação do que o paciente ez ou deixou de azer, pode deixar a sensação de que a consulta não oi produtiva ou nova. Vai dar a sensação de que sempre é a mesma coisa. Procure agregar alguma inormação NOVA na consulta. Pode trabalhar um pouco mais sobre a qualidade, quantidade, receitas, cuidados com o estilo de vida, terapia cognitivo-comportamental, comer intuitivo, mindul eating, entrevista motivacional e de coaching em saúde. E mantenha o contato constante. Mande e mail agradecendo por ter escolhido como nutricionistas. Mande e-mail após 1 semana, com alguma material complementar, um e-book ou alguma dica pode ser até mesmo uma dica de livro.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
22
Simplicidade impera sempre Quando você mostra o valor da simplicidade para uma pessoa, ela ica muito mais propensa a agir. Uma estratégia de trazer leveza e resultados no atendimento é através do estabelecimento de metas. Essas metas precisam ser especíicas com o objetivo de gerar mais comprometimento e acilidade de execução.
Modelo de meta SMART: S (específica), M (mensurável), A (atingível), R (realistas), T (temporais). As metas devem ser bem detalhadas. Com um papel de aconselhador você deverá ocar na experiência do cliente, nos sentimentos, pensamentos, comportamento do cliente com resposta para aprendizado e explorar a mudança. O caminho entre conhecimento e comportamento é longo, portanto não basta inormar, transmitir conhecimento ou ensinar nutrição. Quando queremos mudar o comportamento devemos estar preocupados com os pensamentos dos indivíduos e acessar as suas percepções minuciosamente.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
23
PARTE 3
O ������� �� ����������� ��� A����� “E� ������� ���� �� ������� � ��� ���� ������ ���� ����� �������� � ��� ���� ��������”
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
24
Esse é o capitulo que eu vou te mostrar como gerar a idelização e adesão dos pacientes e com isso promover mais resultados. Mas primeiro é importante compreender porque a adesão costuma ser tão baixa dos pacientes. A literatura aponta que os pacientes acreditam que já sabem tudo de alimentação ou até que tem hábitos alimentares satisatórios ou não querem sorer tantas privações alimentares. Outros relatam alta de tempo, custo, alta de motivação, altam habilidades ou “orça de vontade” nos eventos sociais. As “dores” são as mais variadas, vai depender muito do público que você atende. Mas tenha certeza que a principal estratégia para a idelização é conhecer as dores.
L���� �� “�����” �� ��� ������ �������� (����� �� �����). Com as dores bem identiicadas o segundo passo é produzir conteúdo para resolver os problemas do seu uturo paciente. Que é o que eu chamo de arsenal de segurança. Esse conteúdo pode ser usado em consulta e parte dele pode ser veiculado até mesmo nas redes sociais para atrair novos clientes.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
25
Como criar o seu arsenal Esse arsenal podem ser orientações, questionários, olderes educativos, esquemas. Você vai avaliar a melhor orma de conscientizar e explorar a dor do paciente. Eu divido o arsenal o meu “arsenal” em 3 grandes áreas:
Básicas: Alimentos ultraprocessados: quais são, índice glicêmico e alimentos, comer devagar, escolhendo os alimentos, lista de compras, Receitas e receitas. Comportamentais Como comer devagar, como controlar as quantidades, resolvendo os pensamentos dicotômicos, mudando a ambivalência. Avançadas ou específicas: Vai depender se é gestante, criança, paciente com excesso de peso, doenças cardiometabólicas.
Praticando Over delivery É o momento que você vai entregar mais do que o seu paciente espera. Sempre de acordo com as dores dele. E como azer isso? Pode propor desaios, pode montar uma lista de transmissão com mensagens motivacionais e educacionais. Sintetizar receitas e azer um livro de receitas e disponibilizar como um bônus para ele.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
26
Marketing em prol da adesão O Marketing também pode ser uma excelente orma de criar mais adesão, idelização e também ajuda a captar clientes. As redes sociais são uma excelente via para estar mais presente na vida do outro e se azer ser lembrado. Facebook, Linkeding, instagram, Youtube e WhasApp. Você pode azer uma agenda de postagens com conteúdo que vai solucionar as dores do seu cliente. Ou seja, você organiza as postagens para o mês. Vou ensinar para você 3 ingredientes que considero básicos para estimular o seu cliente ou uturo cliente a icar com o seu acompanhamento.
#ingrediente 1 – autoridade. O ato de você ter uma audiência, e publicar conteúdo também e uma maneira de construir autoridade. Quanto mais conteúdo de valor você entrega para o seu público, mais ele vai enxergar você como uma autoridade e vai gerar coniança nele.
#ingrediente 2 – Prova social A prova social consiste em você mostrar para as pessoas que tem muita gente interessada no que você az. São números que mostram que as pessoas estão aprovando o que você está azendo
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
27
���� ��� ������� �� �������� � �� ������ �� ���������. #ingrediente 3 – simplicidade e especificidade E importante que você deixe claro para a pessoa que usar o seu atendimento pode acilitar a vida dela. A pessoa tem que imaginar que ela consegue azer aquilo. Simpliicar e a palavra de ordem, não se esqueça!
Na marcação da consulta tem alguns outros ingredientes do Marketing que podem ser muito interessantes de serem usados. Por exemplo, procure brevemente apresentar o seu atendimento, os seus dierenciais e a consequência para a pessoa. Outra estratégia é usar a escassez pois ajuda a provocar urgência para o seu paciente. Se você alar “Tenho um horário às 14h na próxima quinta eira” pode surtir um eeito maior do que “Para quando você quer marcar”.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
28
PARTE 4
A�������-�� L�� ����, A�����, S���� B����, Z���, ��� ��� (������), �������� �� ��������������� ( ������� �����, �����������, ������ ��������), ������ ���������, Z��� ����,J���� ������������ ����������,D�����������������, R�� ���� ����, C�����������, D���� ��������������� � ������������, D����, S�� ������ �������, A������� � � ������������, ���� ������ ���� � �������������, F��� ��� S����� �������, ����� ��������
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
29
Preciso conhecer tudo isso? SIM. Como são? Quais que uncionam? Como buscar inormação sobre cada uma delas?
#Primeiro passo: Buscar ontes seguras de inormação. A maior base de dados é o www.pubmed.com. Existem dierentes níveis de evidências, desde artigos experimentais (células, ratos) até meta-análises. As meta-análises são as ontes de inormação mais robusta, pois agrupam artigos que estudaram a mesma coisa e reazem a análise estatística considerando um pool maior de pacientes (agrupados de todos os estudos). Isso conere importante robustez. Artigos que não estão disponíveis nessa base de dados pode ter a sua validade comprometida.
#Segundo passo: OAvaliar a aplicabilidade das inormações. De nada adianta uma teoria interessante se não é aplicável ou não têm aceitabilidade pela população. Além de ser aplicável o paciente precisa ter adesão a proposta. Existem evidências sobre dieta com alto teor de proteína e gorduras sobre o emagrecimento, mas tem baixíssima adesão na maior parte da população. Ou seja, não vai ter aplicabilidade apesar de se mostrar eicaz. Quando praticamos nutrição baseada em evidência, a relevância do estudo deve ser considerada tal como a aplicabilidade e a adesão.
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
30
#Terceiro passo: Individualidade. Fique ciente que uma proposta alimentar pode uncionar para um e não para outro. Pessoas com rotinas completamente dierente diicilmente conseguem seguir o mesmo plano alimentar. Vamos a 3 exemplos práticos: 1. Dieta low carb – pode ser uma excelente estratégia para alguns, mas não para outros. A adesão apresentadas nos estudos é em torno de 50%. Mas isso não desmerece a proposta. 2. Dieta alcalina – zero de evidência cientíica sobre o emagrecimento ou osteoporose. 3. Dieta mediterrânea – grande aplicabilidade e adesão por parte dos pacientes. Tem estudo que aponta adesão de mais de 90%.
Grande aprendizado é que nós como nutricionistas e estudantes de nutrição temos que conhecer TODAS as teorias. Abra o leque de opções e adapte as necessidades do seu paciente. Não pré-julgue acreditando que não é uma boa opção. Mas pode ser que o próprio paciente diga que não gosta de lista de substituição, cabe a você propor outra estratégia!
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
31
Primeira Ação: Liste as teorias que você mais se interessa e monte um cronograma para atualização. Segunda Ação: Alguns questionamentos de autodescoberta O que eu preciso desenvolver? • Mais comunicativa? • Mais sociável? • Ser mais eu, alar mais da minha história • Preciso me expor mais? • Desenvolver maior capacidade de comunicação? • Ter mais criatividade?
Terceira Ação: Tire as ideias da cabeça e coloque em ação.
Vamos entrar em ação! O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
32