REFLEXOLOGIA PODAL E AURICULOTERAPIA Ricardo A. Feliciano (11) 94839-6221 (11) 4602-5671 Salto – Sao Paulo www.ricardofeliciano.com www.facebook.com/ricardo.terapeuta
Importante: Este material não pretende formar terapeutas. Não nos responsabilizamos por danos causados à saúde por leitores que Que este conhecimento beneficie sua saúde. Namastê!
praticarem tais técnicas, tanto em si próprios como em outras pessoas.
REFLEXOLOGIA PODAL
INTRODUÇÃO Esta técnica se originou em tempos remotos, havendo registros no Antigo Egito datando de 2500 a.C. Muitos defendem que se originou na China em torno de 5000 a.C. É conhecida por vários nomes: reflexologia podal ou sensibilização podal, ou ainda terapia zonal. Baseia-se no fato de que as extremidades (pés, mãos, cabeça e orelhas) são microssistemas - o corpo inteiro está representado nesse “mapa das extremidades”. Aqui, nos concentraremos nos estímulos gerados nos pés.
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Os sensores dos pés, quando pressionados, enviam sinais ao sistema nervoso para equilibrar os órgãos correspondentes a esses pontos reflexos dos pés. O sistema nervoso libera substâncias químicas para corrigir distúrbios orgânicos e emocionais, gerando equilíbrio corporal. Existem variações de estilo na Ásia, África, Oriente Médio e no Ocidente. Alguns utilizam creme deslizante ao invés de talco, enquanto
outros
preferem
pressão com bastões ao invés das mãos. É uma técnica não invasiva e pode ser aliada a outras terapias alternativas ou mesmo
convencionais,
para
pessoas de todas as idades. Alguns dos muitos benefícios da reflexologia podal são:
Diminuição dos efeitos do estresse;
Equilíbrio (homeostase) dos órgãos;
Alívio da dor;
Eliminação de toxinas.
Contraindicações:
Cálculos renais e biliares;
Trombose venosa profunda.
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Existem pesquisas científicas demonstrando a eficácia dessa técnica. As pesquisas de Ivan Petrovitch Pavlov e companheiros na Rússia foram muito importantes, pois descobriram a influência de estímulos e respostas. Notáveis praticantes surgiram do Instituto Central de Reflexologia de Estocolmo (Suécia). O Dr. Harts fundou na Finlândia a melhor escola do mundo em reflexologia. O Dr. W. Kohbrausch, professor da Faculdade de Medicina da Alemanha, foi reconhecido como a maior autoridade no mundo em reflexologia.
MAPEANDO OS PÉS Não explicaremos aqui a anatomia humana e o funcionamento dos órgãos e sistemas, pois esse material tem a intenção de ilustrar a técnica e não pretende formar terapeutas. O Dr. William Fitzgerald publicou um livro em 1917 no qual dividiu o corpo em dez seções (“fatias”) longitudinais com cinco seções em cada pé. Por isso, a técnica foi nomeada como terapia zonal. Uma área sensível ou mesmo dolorosa dos pés pode indicar um problema agudo ou crônico em um órgão ou em toda a seção longitudinal. Uma pessoa que tenha conjuntivite no olho direito pode ter também um desequilíbrio no rim direito. Basta conhecer o “mapa dos pés”... e é sobre isto que falaremos agora.
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Órgãos/sistemas são homolaterais (mesmo lado), o que significa que pelo fato de o baço estar na parte esquerda do seu corpo, está refletido no mapa do pé esquerdo; o fígado, por estar na parte direita do seu corpo, está refletido no mapa do pé direito.
Mapa plantar do pé esquerdo
Mapa plantar do pé direito
Por termos dois pulmões e dois rins, eles estão refletidos no mapa de ambos os pés. Nossas articulações também: ombros, cotovelos, joelhos, estão refletidos no mapa dos dois pés, mas na parte lateral – “parte de fora” – de ambos. Órgãos/sistemas centrais são encontrados no mapa dos dois pés, como por exemplo, a coluna vertebral (reflete na parte medial – “parte de dentro” - dos dois pés).
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Mapa medial do pé esquerdo e lateral do pé direito, respectivamente Os mapas apresentados aqui foram extraídos do livro “A Bíblia da Reflexologia” de Louise Keet (2010), detentora dos direitos autorais. Vale lembrar que a reflexologia podal pode tratar muito bem as emoções. As relações, resumidamente são: o fígado e a raiva, o coração e a euforia, o baço e a ansiedade, o pulmão e a tristeza, o rim e o medo.
ESTIMULANDO O “MAPA DOS PÉS” O reflexologista descobre áreas congestionadas ao encontrar cristais nos pés. São cristais de ácido úrico ou cálcio que se acumulam nas regiões que estão “bloqueadas”. O reflexologista deve passar mais tempo trabalhando nas áreas onde existe uma tensão (“dureza”) ou maior acúmulo de cristais.
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Os pacientes costumam dizer: “Sinto como se tivesse areia!”. Ou ainda: “Sinto pequenos nós ou caroços nos pés.” O reflexologista deve evitar trabalhar em áreas dos pés com doenças contagiosas, feridas abertas, veias varicosas, dor extrema e inflamações da pele (com coceira e/ou vermelhidão). Verrugas podem ser cobertas com esparadrapos. Algumas pessoas podem ter um processo de cura que envolva uma leve piora por aproximadamente 24 horas, antes que haja melhora. Isso acontece principalmente quando o reflexologista imprime estímulos muito fortes. Algumas possíveis reações ao tratamento são:
Profundo relaxamento durante e depois da sessão;
Dormir durante a sessão;
Agravamento leve e temporário da condição física ou mental;
Muita sede;
Calor ou frio;
Suor excessivo;
Sensação de euforia;
Maior frequência para urinar ou evacuar.
Ao tratar pessoas com diferentes idades e condições de saúde, o reflexologista deve considerar estímulos diferentes, sendo:
Estímulos mais leves e suaves em bebês, crianças, idosos e pacientes com dores aumentadas;
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Estímulos mais concentrados na região reflexa do cérebro e suprarrenais em pessoas com dores aumentadas ou em fase pós-operatória;
Estímulos na região reflexa do plexo solar (associado com respiração profunda) em pacientes terminais e pessoas com condições emocionais exacerbadas;
Estímulos mais concentrados na região reflexa dos órgãos que sofrem com efeitos colaterais em pacientes sob medicação. Nesse caso, a eficácia dos remédios pode aumentar e o médico responsável deve ser comunicado.
A SESSÃO DO COMEÇO AO FIM A sessão geralmente tem início com uma ficha de anamnese (ou questionário de saúde), onde são anotados todos os dados relevantes sobre a saúde geral do paciente, incluindo a saúde dos pés. Todas as informações do interrogatório devem ser tratadas de modo sigiloso e servem de base para que o terapeuta elabore seu plano de tratamento. A
sessão
segue
aproximadamente
esses passos e duração:
Preparação
do
ambiente
(iluminação, conforto, higiene, maca, música, aromatização caso queira, aquecimento - se necessário): 5 a 10 minutos;
Ficha do paciente: 5 a 20 minutos;
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Técnicas de relaxamento com lava-pés ou toalhas úmidas ou outras técnicas: 5 minutos;
Técnicas de reflexologia em si: 15 a 30 minutos;
Técnicas de relaxamento: 5 minutos;
Higiene do paciente e terapeuta + Informações finais ao paciente: 5 minutos.
Além das condições de saúde relatadas pelo paciente durante o questionário, o terapeuta pode descobrir algumas condições desconhecidas pelo paciente durante a sessão. Dessa forma, a disfunção já é tratada antecipadamente e o paciente é orientado a visitar um médico especialista, por exemplo.
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AURICULOTERAPIA CHINESA
INTRODUÇÃO Auriculoterapia é uma técnica milenar utilizada desde tempos remotos no Oriente. Esta técnica foi mencionada no livro chinês “Hung Ti Nei Ching”, escrito há 5000 anos. Há 2500 anos, mulheres egípcias usavam pontos anticoncepcionais. A Auriculoterapia moderna nasceu na França em 1950, porque o Dr. Paul Nogier constatou uma cicatriz na orelha de alguns de seus pacientes. A Madame Barrin havia conseguido, com uma simples queimadura em uma região da orelha, curar a dor ciática de muitos dos pacientes do Dr. Paul Nogier. Ele começou a testar esse mesmo ponto descoberto pela Madame Barrin em outros pacientes. www.ricardofeliciano.com
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Ele se questionava se não haveria outros pontos relacionados a outras regiões
do
corpo. Após
suas
descobertas, Paul Nogier fez uma publicação em 1956 e essa publicação chegou à China. Os estudos do Dr. Nogier continuaram e surgiram duas escolas muito diferentes: a escola chinesa com base nos estudos do Dr. Nogier e uma outra escola (francesa), com cartografias de pontos bem diferentes.
Aqui
tratamos
da
auriculoterapia chinesa. Essa técnica é baseada no fato de que a orelha é um microssistema. Você se lembra de que já falamos que o corpo está representado nesse “mapa das extremidades”? Aqui, nos concentraremos nos estímulos gerados no pavilhão auricular (a orelha), pois há situações quando algo prejudica o uso dos pés. Geralmente, quando há:
Grave infecção por fungos nos pés e unhas;
Excesso de verrugas;
Recente fratura, torção, luxação.
Também podemos usar as duas técnicas ao mesmo tempo, o que torna os efeitos benéficos mais fortes e rápidos. Aliás, essa técnica pode ser usada juntamente com qualquer outra técnica.
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A auriculoterapia chinesa tem à disposição aproximadamente 200 (duzentos) pontos na orelha para tratar os mais variados distúrbios físicos e mentais. As contraindicações são parecidas com as da reflexologia podal:
Cálculos renais e biliares;
Gravidez (nos pontos hormonais e reprodutivos, por precaução);
Existem pesquisas científicas demonstrando a eficácia dessa técnica com artigos publicados em revistas renomadas.
MAPEANDO AS ORELHAS A auriculoterapia é uma reflexologia, pois se baseia nos reflexos do pavilhão auricular. Alguns autores relacionam a orelha com a semelhança de um feto com a cabeça voltada para baixo. A partir desse referencial, todos os pontos/órgãos poderiam ser encontrados. Outros autores relacionam os órgãos reflexos apenas pelos feixes de terminações nervosas que ligam a orelha ao cérebro, ou seja, a relação de cada feixe de nervos (passando pela orelha) com cada parte do cérebro e a relação de cada parte do cérebro comandando cada grupo de órgãos. Independentemente da linha de raciocínio, a auriculoterapia chinesa tem pontos definidos para todos os órgãos, o que é mostrado de maneira resumida abaixo.
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Mapa de auriculoterapia chinesa, distribuído pela Dux Acupuncture www.duxacupuncture.com Como já mencionamos, os pontos na orelha apresentam conexões com o sistema nervoso, regulando de forma reflexa os órgãos representados por tais pontos auriculares. Assim como na reflexologia podal, existe aqui o princípio de lateralidade, ou seja, o baço deve ser tratado pela orelha esquerda e o fígado deve ser tratado pela orelha direita. A coluna vertebral é central e, por isso, pode ser tratada através de qualquer uma das orelhas e os rins esquerdo e direito são tratados pela orelha esquerda e direita, respectivamente.
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Assim como a reflexologia podal, a auriculoterapia pode tratar as emoções através dos órgãos que as regem e que são afetados por tais emoções. É uma via de “mão dupla”: raiva prejudica o fígado e fígado intoxicado pode gerar raiva.
ESTIMULANDO O “MAPA DA ORELHA” Quando um órgão ou membro estiver desequilibrado, a região correspondente na orelha manifesta sinais, que podem ser:
Palidez por deficiência orgânica, diminuição ou paralisação da função orgânica;
Vermelhidão por hiperatividade da função;
Manchas senis (ou condensação de melanina), que indicam disfunções crônicas;
Ressecamento, que indica disfunções crônicas;
Muita oleosidade, que indica disfunções subagudas;
Muito suor, que indica tendência a doenças degenerativas;
Cistos, que indicam início de disfunções agudas;
Excesso de sensibilidade/dor, que indica disfunções agudas ou subagudas;
Falta de sensibilidade/dor, que indica disfunções crônicas;
Reações vasculares em forma de malha (ou rede), que indicam processos inflamatórios agudos.
Assim, através do ponto reflexo, o órgão desequilibrado recebe cuidados, que são:
Tonificação (fortalece, aumenta uma função ou processo que está deficiente/fraco);
Sedação (enfraquece, diminui uma função ou processo que está em excesso).
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O estímulo pode ser obtido de várias formas, por exemplo, agulhas, pressão de pequenas esferas metálicas ou de cristal. Quando se usa agulhas, é a profundidade da aplicação que diferencia
a
tonificação
(superficial)
da
sedação (profunda). Quando se usa objetos dourados
obtém-se
a
tonificação.
Com
objetos prateados obtém-se a sedação. Estímulos neutros como sementes e esferas de cristal, por exemplo, geram o equilíbrio. Nesse
caso,
o
cérebro
saberá
se
a
necessidade é tonificar ou sedar um órgão. Ao tratar pessoas com diferentes idades e condições de saúde, o auriculoterapeuta deve considerar estímulos diferentes, sendo:
Estímulos mais leves e menos pontos em bebês, crianças, idosos e pessoas muito sensíveis;
Estímulos nas duas orelhas ao mesmo tempo em casos mais graves;
Estímulos na orelha oposta à região de um acidente neurológico;
Estímulos mais concentrados na região reflexa dos órgãos que sofrem com efeitos colaterais em pacientes sob medicação;
Estímulos concentrados em regiões de pré e/ou pós-operatório.
Pode haver reações corporais durante a sessão. São raras e indesejáveis, porém reversíveis, e são:
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Suores;
Frio Intenso;
Tontura;
Tremores.
Essas reações indesejáveis desaparecem com exercícios de respiração durante a sessão e com a retirada dos estímulos. Algumas reações consideradas normais podem ocorrer na orelha e nos pontos correspondentes aos órgãos. Além de normais, são também consideradas sinais de sucesso durante a sessão e mesmo durante todo o tratamento as seguintes reações:
Calor;
Formigamento;
Adormecimento;
Dor.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GARCIA, EG. Auriculoterapia. São Paulo: Roca; 1999. GILLANDERS, A. Reflexologia para Mulheres. São Paulo: Pensamento; 2006. KEET, L. A Bíblia da Reflexologia: o guia definitivo da massagem nos pés e nas mãos. São Paulo: Pensamento; 2010. NOGIER, PM. Noções práticas de auriculoterapia. São Paulo: Andrei; 1998. NOGIER, R. Prática Fácil de Auriculoterapia e Auriculomedicina. São Paulo: Ícone; 2001. PEDROL, S. Reflexologia Integral, Scribd: publicado em 16 de junho de 2006. Disponível em www.scribd.com, acessado em 02/11/2016. SOUZA, MP. Tratado de auriculoterapia.
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