ELE DIZ ELA DIZ

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Como duas personalidades fortes conseguem ter sucesso no casamento

LARRY

TITUS

LARRY

DEVI

TITUS

TITUS

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ELE DIZ, ELA DIZ Como duas personalidades fortes conseguem ter sucesso no casamento

CENTRAL

GOSPEL

Deus une pessoas. Isso é um chamado! Obrigado, Larry e Devi, por en­ tenderem isso, abençoando-nos, por meio dessa obra, com a revelação que receberam e as experiências que viveram. Que alívio sabermos que é possí­ vel cumprirmos um propósito JUNTOS. Vamos usufruir deste presente! P asto res K

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I g r e j a B a t ist a F il a d é l f ia - T a g u a t in g a ,

Livros que casam o conteúdo com a vida prática do escritor são raros. Mais raro ainda é o livro escrito por um casal de personalidade forte que vive o que ensina. Parabéns a Devi e Larry por este precioso trabalho, e a você que investiu na leitura de um material escrito por autores que têm autoridade para tratar de um tema importantíssimo. P a s t o r e s S im o n t o n M

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Quando pessoas de forte personalidade vivem juntas, elas desfrutam da liberdade de ser autênticas, desenvolvendo suas habilidades e dons da me­ lhor forma possível, cultivando o respeito e a motivação e sendo guiadas pelo Espírito Santo diariamente. Neste livro, você vai desvendar alguns segredos para um viver saudável com o seu cônjuge. P a s t o r e s S il a s M A

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Larry e Devi nos ensinam não apenas com as palavras escritas neste livro, mas também com sua vida, que admiramos e temos o privilégio de conhecer. Eles compartilham conosco os desafios e as alegrias de um casamento di­ nâmico, em que os dois possuem dons de liderança e fazem desta união um maximizador de seus potenciais. Marido e mulher, entendendo bem os seus papéis e o propósito de Deus para a liderança, formarão a melhor equipe que alguém poderia sonhar. G I g r e j a B a t ista

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ELE DIZ, ELA DIZ Como duas personalidades fortes conseguem ter sucesso no casamento

When leaders live together © 2012 by Devi Titus and Larry Titus Published by HigherLife Development Services, Inc. 400 Fontana Circle, Building 1, Suite 105, Oviedo, FL 32765 (407) 563-4806 www.ahigherlife.com All rights reserved. This licensed work published under license. Copyright 2013 por Editora Central Gospel Gerência editorial e de produção Gilmar Vieira Chaves Coordenação Editorial Michelle Cândida Caetano I a Revisão Débora Silvestre Costa Paulo Pancote

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

TITUS, Lany; TITUS, Devi Título original: When leaders live together —How two strong personalities can thrive in marriage Título em português: ELE DIZ, ELA DIZ — Como duas personalidades fortes conseguem ter sucesso no casamento Rio de Janeiro: 2013 162 páginas

Revisão final Juliana Ramos Queila Memoria

ISBN: 978-85-7689-307-3 1. Bíblia - Vida Cristã I. Título II.

Adaptação de Capa Jóse Armini Coutinho Projeto Gráfico e Diagramação Josias Finamore/Hosseu Design

Impressão e acabamento Exklustva

As citações bíblicas utilizadas neste livro foram extraídas da Versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), salvo indicação específica, e visam incentivar a leitura das Sagradas Escrituras. É proibida a reprodução total ou parcial do texto deste livro por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos etc.), a não ser em citações breves, com indicação da fonte bibliográfica. Este livro está de acordo com as mudanças propostas pelo novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor em janeiro de 2009.

1“ edição: M arço/2013 I a Reimpressão: Setem bro/2013 2 a Reimpressão: M aio/2014 3 a Reimpressão: O utubro/2014

Editora Central Gospel Ltda Estrada do Guerenguê, 1851 - Taquara Cep: 22.713-001 Rio de Janeiro - RJ

CENTRAL

GOSPEL

TEL: (21)2187-7000

www.editoracentralgospel.com

ÍNDICE

Prefácio........................................................................................... 07 Prefácio........................................................................................... 09 Introdução.......................................................................................11 Capítulo 1 ELE diz

Liderança e autoridade................................................... 13

ELA diz

Liderança e autoridade....................................................17

Capítulo 2 ELE diz

Aceite sua diversidade...................................................21

ELA diz

Aceite sua diversidade................................................... 28

Capítulo 3 ELE diz

Controlador ou libertador............................................... 31

ELA diz

Controladora ou libertadora........................................... 38

Capítulo 4 ELE diz

Submisso e satisfeito.......................................................43

ELA diz

Submissa e satisfeita.......................................................49

Capítulo 5 ELE diz

A maldição da crítica ..................................................... 55

ELA diz

A maldição da crítica ......................................................64

Capítulo 6 ELE diz

Eu sou o m a ch o................................................................ 68

ELA diz

Eu sou a “ machonete” .....................................................75

ELE DIZ, ELA DIZ Capítulo 7 ELE diz

Vivendo com uma líder.................................................. 78

ELA diz

Vivendo com um líd e r ................................................... 83

Capítulo 8 ELE diz

É o meu dinheiro, amorzinho...................................... 93

ELA diz

É o meu dinheiro, amorzinho.......................................98

Capítulo 9 ELE diz,

Somos tão diferentes!....................................................103

ELA diz

Somos tão diferentes!.................................................... 112

Capítulo 10 ELE diz

Não sou defensivo!.........................................................119

ELA diz

Não sou defensiva!........................................................124

Capítulo 11 ELE diz

Zonas de alerta - cuidado com os sinais de perigo.. 133

ELA diz

Zonas de alerta - cuidado com os sinais de perigo . 143

Capítulo 12

6

ELE diz

Ninguém vence sozinho............................................... 151

ELA diz

Ninguém vence sozinho................................................156

PREFÁCIO Por: Larry

evi e eu estamos casados há 48 anos. Como sempre acontece, estaremos de novo ausentes em nosso aniversário de casamento; desta vez, no Bra­ sil. Quando nos casamos, disse-lhe que mostraria o mundo a ela; e, pela graça de Deus, tenho feito um ótimo trabalho. E lógico que não contei como seria glamoroso ou como as viagens seriam luxuosas, mesmo se dirigíssemos uma li­ musine ou uma lata velha; só disse que lhe mostraria o mundo.

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O “ mundo” incluía dormir em lençóis imundos na índia, em estrados na Tailândia; andar em um ônibus descontrolado que tombou em uma estrada de gelo no Colorado, ou espremido no banco detrás de um táxi com mais três pessoas na Nigéria. Dividir os quartos com insetos peçonhentos por toda a parte, e, lógico, hospedar-nos a maior parte da nossa quota em lindos hotéis, onde nos sentimos mimados por Deus. 0 ponto chave é que Devi sempre esteve ao meu lado, seja com prín­ cip es ou plebeus. Ela nunca reclam ou, nem tentou percorrer um caminho independente, buscando sua própria agenda profissional; muito menos tentou usurpar minha autoridade. E uma pessoa tão talentosa com o Devi não teria problem as em conseguir fazer sim plesm ente qualquer coisa que estivesse determinada a fazer. Por isso, nosso casamento tem sido sempre [com] nós dois atuando como se fôssemos um só. Escolhemos agir com o uma dupla, e cada um de nós li­ dera de vez quando, em vez de vivermos separados e de forma independente. Este livro fala sobre casamento, mas um tipo de matrimônio diferente. Tentamos escrever não um livro sobre casamento [semelhante aos] que já es­ tão no mercado, abordando problemas comuns à relação. Há uma infinidade de bons livros sobre esse assunto, os quais irão responder qualquer problema que possa surgir no relacionamento. Porém, parece haver uma escassez de livros escritos sobre autoridade e o que ela significa, sobre como as personalidades fortes podem trabalhar em unidade, com o cada cônjuge pode liderar na área em que possui maior com ­ petência e com o os casais podem reverter à tendência demoníaca do divórcio e dos relacionamentos superficiais, que é [uma] epidemia na sociedade. [Pro­ pomos, nesta obra,] apresentar um exemplo saudável de Jesus e de Sua Igreja ao mundo doente e sedento. 7

ELE DIZ, ELA DIZ Como você perceberá, há mais histórias pessoais do que se está acostu­ mado em um livro desse tipo, mas fizemos assim para que você consiga ver a praticidade do que estamos receitando. Este livro é teológico e prático. E possível colocar as prescrições bíblicas para casais em um modelo que os permite viver a ordenança do casamento dada por Deus no mundo moderno, e ter sucesso com isso. Afinal, se nosso casamento não funcionasse em har­ monia, com o as pessoas veriam perfeitamente Jesus e Sua Igreja [em nós]? 0 matrimônio deve ser padronizado por Jesus e pela Sua Igreja. Por fim, este livro tem um toque do que é único nas habilidades de lide­ rança da Devi, que é de muitas formas, superior às minhas. Ele diz, ela diz não foi escrito por um macho alfa dominante forte e colérico; sou, meramente, uma daquelas personalidades comuns que constituem quase 70 por cento dos homens. Eu também, com o todos os homens, possuo habilidades de li­ derança em algumas áreas. E o mesmo vale para as mulheres. Independente de seu traço de personalidade, a mulher ainda possui dons de liderança em uma área específica, seja esta grande ou pequena. Então, este livro, basi­ camente, leva conforto a ambos os cônjuges, não importando em qual nível suas habilidades de liderança estejam; [sejam elas] dóceis ou dominantes, passivas ou persuasivas, você ainda é um líder eficaz em alguma área e digno de encorajamento. Como, constantemente, eu ensino homens, estou sempre preocupado com o mundo destruído e condescendente em que nasceram e que continuará a desvalorizá-los e masculinizá-los. Quero que saiba que você não é nem um pouquinho inferior, e, provavelmente, seja bem superior do que acredita ser. Para o homem lá fora que sente que você jamais será um bom chefe, mui­ to menos um líder, escrevo para que saiba que você já é um. Suas habilidades precisam ser reconhecidas, encorajadas e liberadas. Deus o projetou para a grandeza; ou seja, como digo para milhares de homens: “ Você é incrível e não precisa fazer mais nada” . Queremos exaltar tanto homens com o mulheres na compreensão de como são especiais e com o podem liberar suas habilidades de liderança de maneiras simples e até profundas. Portanto, seja bem -vindo a um livro diferente! — LARRY TITUS

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PREFÁCIO Por: Devi

screver esta obra tem sido uma jornada divertida. Muitos anos atrás, Larry e eu escrevemos a primeira versão, e nós mesmos a publicamos, pois eu poderia distribuí-la na conferência em que estivesse palestran­ do. Meu tópico atribuído às oficinas para as esposas de ministros era Vivendo com um líder. Porém, durante o período de preparação para aquela conferência, percebi que não só vivia com um líder, já que meu marido era o pastor dirigente de uma grande congregação, mas Larry também vivia com uma líder. Minha in­ tenção era encorajar as esposas de pastores nos desafios que elas encontram por causa da tarefa dos maridos - liderar uma igreja. Afinal, enquanto liderar uma igreja é um chamado para alguns, para outros, é uma profissão. Mas,

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quando os homens que são líderes, independente do que sejam, também vi­ vem com uma líder, isso pode ser um problema em dose dupla. Assim, durante minhas conversas com Larry sobre este tema, decidimos escrever um livro juntos, cada um apresentando sua perspectiva pessoal so­ bre o assunto que tínhamos em mãos. Ao final, concluím os um livro de casa­ mento diferente. Não é para ser uma obra sobre o abrangente aconselhamen­ to conjugal, mas real, simples e fácil de entender. Não editamos nosso estilo pessoal de com unicação. Você irá perceber o humor dele e minha abordagem crucial. Em alguns capítulos, Larry escreve tanto para cônjuge com o para homens apenas. Primeiro, tentei mudar esse estilo para incluir os homens e mulhe­ res, mas quando eu troquei, o roteiro perdeu a paixão e personalidade dele. Larry escreve Ele diz para que homens e mulheres leiam, mas você tem de entender que isso acontece porque Larry é tão apaixonado por orientar ho­ mens, que ele sempre direciona a instrução somente a eles. E eu amo isso nele. Ele é marido e pai e fala com o um na maior parte do tempo. Ele também é um pastor e fala com o um. Ele é um amigo e fala aos homens com o um ami­ go. Portanto, aproveite quem ele é enquanto ele compartilha a sua sabedoria com você. Meus capítulos têm pontos fundamentais para homens e mulheres, mas em inúmeras vezes, vejo-me escrevendo especificamente para as mulheres. 9

ELE DIZ, ELA DIZ É natural eu fazer isso já que palestro para milhares de mulheres por ano. Então, basicamente, nossos capítulos refletem quem somos. Duas mil cópias de nosso livro defeituoso, patético, cheio de erros de digitação e de frases com estruturas pobres foram vendidas rapidamente. Envergonhada pelo seu aspecto, recusei-me a investir na segunda publicação do manuscrito. Desse modo, a obra original ficou sem impressão por vários anos. Mas agora, em resposta à demanda, reescrevemos Ele diz, ela diz — Como duas personalidades fortes conseguem ter sucesso no casamento. Esta é uma versão ampliada, feita por dois autores que têm 48 anos de casados na data de publicação desta obra, e muita prática em submeter-se e em honrar o outro, com o experimentamos quando vivemos com um líder. Hoje em dia, sou tão apaixonada por Larry quanto eu era quando nos casamos e, certamente, divertimo-nos mais hoje. Aprendemos a rir quando percebem os que estamos liderando o outro ou devo dizer: orientando um ao outro em o que fazer. Não existe nada importante para discutir —ele me deixa ter razão, e eu o deixo ter razão. Não tentamos provar o contrário um ao outro. Tem sido meu privilégio honrar Larry. Ele me escolheu para ser sua esposa e tenho me concentrado em fazer a vida ser maravilhosa para ele, pois, as­ sim, ele nunca se arrependeria por ter-me escolhido. Enquanto honro e sirvo Larry, sendo submissa à sua autoridade, eu não me perco. Eu me encontro. Larry me amou e serviu, fielmente, quando eu não merecia. Sua paixão tem me levado a muitas nações pelo mundo. Lágrimas me veem aos olhos quando penso em nossa maravilhosa vida juntos - uma menininha de uma c i­ dade muito pequena da Califórnia dizendo: “ Eu aceito, eu prometo” , e man­ tendo a promessa. Meu tesouro são nossos admiráveis filhos, netos e bisnetos - tendo com o modelo o amor de Cristo que Larry tem demonstrado na família. Tenho correspondido com o uma noiva fiel e estou profundamente grata pelo poder de seu amor em minha vida. Apegamo-nos um ao outro e perseveramos em tempos difíceis. Abaixe a guarda e as espadas. Aproveite a incrível vida dinâmica que é criada por líderes que amam servir uns aos outros e que adotam a lideran­ ça dos outros. Agarre estes princípios e assuma-os: faça com que sejam os seus. Um dia, você conseguirá escrever sua própria versão de Ele diz, ela diz. Aguardamos suas histórias. A NOIVA AGRADECIDA DEVI TITUS

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INTRODUÇÃO Por: Larry

uer saber por que escolhi ser coautor do livro Ele diz, ela diz? É porque eu mesmo precisava de um, mas não conseguia encontrá-lo. Sabe por que estou qualificado para escrever tal livro? Porque vivo com uma líder. Pensando bem, vivo com uma Líder com “ L” maiusculo. Não, [pensando melhor,]

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eu vivo com uma UDERl Em uma escala de um a dez, o quociente de liderança de minha esposa é 193 e está aumentando a cada dia. Quero que saiba: “ VIVO COM UMA LÍDER!!!!!” Alguma dúvida? Lembro-me de voar uma vez em um jato 747 quando minha esposa tentou reorganizar os assentos de todos em nossa classe do Boeing, pois ela queria que nossa família se sentasse junta. Lembro-me de ela redefinir todos os detalhes com plicados da nossa cerimônia de casamento, e de também querer redefinir o casamento de todos quando era convidada. Lembro-me de ela testemunhar um acidente de trânsito e imediatamente dominar a situação. Sem hesitar, ela com eçou a ajudar o ferido, direcionar o tráfego, chamar o 911 e dizer ao policial para ligar a luz de alerta; então, ela desceu a rua em perseguição ao motorista que atropelou o ferido e havia fugido. Minha esposa fez tudo isso em um terninho de grife e de salto alto! Nada, e eu quero dizer nada, é impossível para minha líder/esposa. Pergunto novamente: ainda há dúvidas sobre meus requisitos para escrever um livro acerca de como viver com uma líder? Meus amigos, eu vivo com Devi Titus, uma talentosa escritora, editora, modelo, mãe, palestrante, professora e pregadora da Palavra, designer de interiores, fundadora do Mentoring Mansion [Mansão Tutorial], empresária, e executora de qualquer coisa que ela determina, em sua mente, realizar. A cho que foi Devi a inventora da palavra líder. Ela saiu do útero da mãe com o uma líder e não parou de liderar por um dia sequer em sua vida. En­ tão ela se casou comigo. Quando nos casamos, Devi se casou com um líder. Contudo, eu o sou por obrigação. Sou um líder porque sou a cabeça da minha esposa e porque sou pastor há 34 anos. Sou um líder porque sou homem e nós devemos ser líderes. Sou um líder porque tenho convicções bíblicas que me levam a liderar. Einalmente, e o mais importante, sou um líder porque minha esposa diz que sou. Agora veja! Amém! 11

ELE DIZ, ELA DIZ Não é preciso dizer que tivemos alguns desentendimentos sobre com o liderar em nossos 48 anos de casamento. Então, essa é a razão deste livro. Você ou alguém que você conhece se identifica com minha situação? Se sim, junte-se a mim e debata as possibilidades ricas e gratificantes que estão ine­ rentes em viver com um líder.

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[ELE diz] (©

LIDERANÇA E AUTORIDADE Por: Larry

ocê sabe a diferença entre autoridade e liderança no casamento? A res­ ponsabilidade bíblica do homem casado de supervisionar sua casa e amar, de proteger e dar liberdade à sua esposa define a autoridade. A liderança faz referência à personalidade ou ao dom de alguém. Se você for um homem ca­ sado, Deus lhe chama de “ cabeça” da sua esposa. P or outro la d o, o líd er dom inante na casa pode tanto ser o hom em

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com o a m ulher. A não com p reen são dessa d istin çã o tem cau sado s é c u ­ los de con fu sã o nos casam entos. Os hom ens sem pre tentam assum ir o p a p el de líd e r porq u e se sentem obriga dos a agirem assim . Já as m u­ lh eres tentam reprim ir suas p erson a lid a d es de lid era n ça porq u e sen ­ tem que liderar iria con tradizer a resp on sa b ilid a d e de su bm eterem -se aos seus m aridos. Porém, tenho boas notícias. Se um homem não possui as habilidades de liderança, ele não tem de liderar por obrigação; contudo, ainda deve assumir a responsabilidade por causa da autoridade. Se a mulher possui a habilidade natural da liderança, ela pode liderar livremente de acordo com sua perso­ nalidade. Todavia, ela não deve violar o princípio da autoridade por meio de rebeldia, de dominação e de desrespeito.

O CHAMADO DO HOMEM PARA EXERCER A AUTORIDADE Observemos as seguintes passagens das Escrituras referentes ao chama­ do do homem à autoridade: Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo varão, e o varão, a cabeça da mulher; e Deus, a cabeça de Cristo. 1 Coríntios 11.3 13

ELE DIZ, ELA DIZ Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. Efésios 5.23 A o com preender a autoridade, deve-se perceber que o homem, em última instância, é responsável pelo casamento diante de Deus. Como m encionei acim a, é uma questão de gênero. Não está relacionada às com ­ petências, habilidades ou personalidade do homem, mas somente a uma coisa: Deus, em Seu privilégio com o Criador, nomeou o homem (e não a mulher) a “ ca b eça ” . Se as mulheres tiverem algum conflito em relação a isso, sugiro que elas falem com Deus, porque foi Ele quem tomou a d e c i­ são. Ou então, elas poderiam escolher não se casar.

LÍDER DE NASCENÇA A liderança, por outro lado, é uma questão de personalidade, tempera­ mento e dom. A qualidade de liderança dominante pode ser do homem, da mulher, ou de uma combinação de ambos. Como descrevi na introdução [des­ te livro], minha esposa é uma líder de nascença. Nós a chamamos de líder por natureza. Desde o momento em que seus pés tocam o chão pela manhã até ir para a cama à noite, ela lidera. Mesmo assim, ela escolheu, por vontade própria, honrar e ser submissa à minha autoridade em nosso casamento e em nosso lar, abaixo de Cristo.

Deus deseja que o homem aprecie o dom de liderança da esposa e libere-o. REPRIMIR OU LIBERAR Devi lidera os outros de forma natural e eficiente. Assim , eu tenho apenas duas op ções: posso reprim i-la ou liberá-la. Muitos homens tentam oprim ir e controlar esposas que possuem o dom da liderança. Eles fazem isso por insegurança, ou porque não com preendem os papéis do casa­ mento. Im pedem os dons de liderança das esposas de serem liberados e até podem recusar-se a dar a elas voz no casamento ou perm iti-las terem liberdade de expressarem -se. Que vergonha! Em geral, as mulheres p os­ suem habilidades de liderança superiores que serviriam bem aos maridos no crescim ento deles, se eles sim plesm ente permitissem suas esposas a liberdade de expressar seus dons. 14

Liderança e Autoridade Infelizmente, sempre que um marido tentar reprimir a personalidade de sua esposa, não dará certo. Ela pode encobrir, mascarar e ser submissa ao esposo, mas nunca conseguirá mudar quem é mais do que você consegue mu­ dar sua própria personalidade. Além disso, Deus não deseja que ela mude; Ele quer que ela seja ela mesma - a mulher singular que Ele criou. Deus deseja que o homem aprecie o dom de liderança da esposa e libere-o. Nossos amigos Anna e Richmond McCoy possuem personalidades for­ tes de liderança. Eles têm um grande conceito que chamam de Princípio de Crescer e Diminuir. Eles decidiram seguir a dica deixada por João Batista, que teve de diminuir a si mesmo para que Jesus crescesse (Jo 3.30). Ambos decidiram honrar o outro ao saber quando era hora de diminuir-se para que o parceiro pudesse crescer. É uma decisão que deveria ser tomada, natural­ mente, entre duas pessoas comprometidas uma com a outra em amor. Não são necessários instruções ou manuais em especial. Cada um deveria saber isso de maneira instintiva. Dependendo das circunstâncias, um deles deveria saber quando diminuir ou crescer. Paulo nos instrui a agir dessa maneira nas seguintes passagens das Escrituras: Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.

Filipenses 2.3

[Andando] Com toda a humildade e mansidão, com longanimi­ dade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guar­ dar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Efésios 4.2,3

AUTORIDADE VERSUS LIDERANÇA Para esclarecer, resumimos as diferenças entre autoridade e liderança no casamento: • A responsabilidade da autoridade cai somente sobre o homem. • A autoridade fornece a cobertura para as habilidades de liderança da esposa. • A autoridade requer que o homem entenda que ele mesmo está sob a autoridade de Cristo. • A autoridade no casamento deve refletir a autoridade de Cristo. • A cabeça entende que a responsabilidade é dele. • A cabeça supervisiona a casa e o casamento totalmente.

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ELE DIZ, ELA DIZ • A cabeça é o árbitro final ao decidir a direção para a família. • A cabeça é o ponto final da autoridade no lar. Por outro lado: • A liderança é um dom natural para influenciar pessoas. • A liderança está intimamente ligada às habilidades e à personalidade. • A liderança pode ser uma combinação das habilidades do marido e da esposa. • A liderança pode ser predominante em um dos cônjuges. • A liderança deve ser reconhecida e liberada pela cabeça da casa (o homem) para ser eficiente. • As responsabilidades da liderança podem ser reconhecidas e libe­ radas para os filhos quando eles atingirem a maturidade.

DEIXE-A VOAR Agora, senhor, você deve fazer a si mesmo o questionamento mais im­ portante de todos: “ Em quais áreas eu tenho recusado dar à minha esposa a liberdade de exercer sua liderança?” . Com sabedoria, confesse as áreas em que você reprimiu a liderança dela para que sua esposa possa ser completa­ mente liberada para cumprir o chamado dela em Deus sob sua autoridade. A maior alegria para mim, um marido, é ver minha esposa liberada e trabalhando plenamente em seus dons, personalidade e chamado. E se isso exige que eu me diminua em algumas áreas para que ela cresça, que assim seja. Sou o único que pode dar à minha esposa asas para voar.

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[ELA diz]

LIDERANÇA E AUTORIDADE Por: Devi

arry abordou autoridade e liderança sob a perspectiva masculina. Con­ cordo plenamente com a apresentação desta compreensão vital feita por ele. Creio que o mal-entendido geral sobre autoridade e liderança causa grande confusão em organizações, igrejas e, principalmente, nas famílias. Larry deixou bem claro que autoridade e liderança não são palavras sinô­ nimas, nem são designadas pelo gênero, exceto no casamento, em que Deus

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ordena que o homem seja a cabeça da esposa. Porém, muitas vezes, usamos os termos autoridade e liderança alternadamente. E o uso relapso desses dois princípios importantes, mas diferentes, confunde os papéis e as reações dos envolvidos. Talvez, eu possa ajudar a esclarecer e dar mais detalhes.

AUTORIDADE A autoridade é delegada. A cabeça se situa acima de todas as posições de liderança; no entanto, talvez, não possua o dom da liderança. E há vários níveis de liderança que podem existir sob a cabeça. Contudo, a autoridade, diferente da liderança, tem apenas um nível. Existe apenas uma cabeça. Va­ mos rever, rapidamente, os atributos da autoridade: • A cabeça é a autoridade. • A cabeça supervisiona. • A cabeça libera os líderes para trabalharem abaixo dela. • A cabeça deve ser um criador de equipes. • A cabeça pode ser o homem ou a mulher; exceto no casamento, em que, de acordo com o padrão bíblico, o homem é a cabeça. • A autoridade tem limites. 17

ELE DIZ, ELA DIZ Deixe-m e ilustrar a autoridade com a seguinte situação: se um policial rodoviário para e dá-lhe uma multa por dirigir muito rápido, você deve ser submisso a ele ou ela. Se você não o for, certamente receberá uma intimação. Por quê? Os policiais rodoviários possuem autoridade legitimada pela lei. 0 fato de eles possuírem autoridade sobre você neste segmento não significa que eles o lideram, nem prova que são bons líderes. Você pode ser um líder muito influente em seu próprio local de trabalho, e pode ter o respeito de milhares em sua empresa. Talvez, até trabalhe como presidente desta. Entretanto, no momento em que as luzes da polícia se acen­ dem, você não permanecerá mais no poder. Sua autoridade com o presidente não se estende a essa situação. Quando o policial o aborda, ele passa a ser a cabeça. Quem é o líder? Você continua sendo o líder [da empresa], mas não o líder dele [do policial]. Você não deve dizer a ele: “ Oficial, possuo excelentes habilidades de liderança e você não. Então, eu não devo pagar esta multa” . Nem deve dizer: “ Bem, pagarei a multa se você com eçar a liderar” . Não! Você se submete àquela autoridade e faz o que ela diz. Depois que ela se for, você permanece em seu papel anterior. Você pode voltar à sua função de presidente da empre­ sa e continuar liderando e dirigindo quem for seu funcionário.

LIDERANÇA Diferente da autoridade, a liderança tem múltiplas facetas: • A liderança tem vários estilos. • A liderança pode ser aprendida. • A liderança surge naturalmente para uns e com esforço para outros, dependendo da personalidade. • Os líderes possuem seguidores. • Os líderes influenciam outros. • Os líderes instruem. • Os líderes delegam. • Os líderes respeitam aqueles que influenciam.

AUTORIDADE E LIDERANÇA NO CASAMENTO Que tal a história de uma mulher com o dom de liderança que se casa com um homem sem a habilidade natural para tal? Essa situação muito familiar sempre leva a dificuldades conjugais. Às vezes, os problemas surgem quando a esposa tenta forçar

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Liderança e Autoridade seu marido a fazer aquilo que não é natural para ele, querendo que ele assuma o papel da liderança para o qual não está preparado. Em outras situações, o marido entende mal seu papel como cabeça, e acha que deve dominar e controlar. Tais casamentos se tomarão saudáveis quando o homem e a mulher enten­ derem [o que são] autoridade e liderança. 0 marido deve entender que a respon­ sabilidade bíblica de supervisionar sua esposa foi dada a ele. Todavia, o espo­ so deve fazer isso com sensibilidade. Ele precisa liberar sua esposa para servir a família com as habilidades de liderança dela. O homem não deve sentir-se inadequado ou ameaçado pelas aptidões de liderança que ela possui. A iniciativa dele em sua autoridade faz a esposa reagir com sua liderança sob a autoridade do marido, e esta libera um novo tipo de liderança: a dele e a dela. Esposas que possuem competências de liderança devem continuar tomando cuidado para não instruir seus maridos, constantemente ensinando-os e dizendo-os o que fazer. Se uma mulher tem autoridade de chefia em seu local de trabalho, ela deve conscientizar-se da necessidade de remover o título de patroa enquanto se dirige para casa. Ela deve entrar em casa com uma atitude de serva e usar suas habilidades de liderança para orientar seus filhos com responsabilidade, mas ela não pode agir de maneira igual com o seu marido. Uma vez que ela é submissa à autoridade do marido e honra-o como a cabeça, ela promoverá a paz em seu lar e em todos os relacionamentos famihares.

AUTORIDADE E LIDERANÇA NO TRABALHO E que tal uma situação profissional em que a mulher exerce a função de patroa? Esta situação tem im plicações tanto para o patrão como para os ho­ mens que trabalham sob a autoridade dela. Os homens ainda devem tratar as patroas com o damas, e não como outro homem. Em um ambiente profissional, o homem ainda deve ceder o assento, levantar-se quando ela entra no recinto, aproximar-se da mesa e auxiliá-la com sua força masculina, levando em con­ ta que ela é o vaso mais frágil. Porém, ele deve lembrar-se de que mais frágil não significa menos inteligente! Da mesma forma, as mulheres com autoridade de liderança devem rela­ cionar-se com os homens que trabalham sob sua autoridade com boas ma­ neiras, conduta graciosa, comportamento respeitoso e delicadeza feminina. Lembrem-se, mulheres: nunca somos obrigadas a mostrar que temos capaci­ dade de fazer algo bem feito.

EU SOU UMA LÍDER Eu sou mulher e uma líder por natureza. Minha mãe conta a história de quando eu era pequena e estava no jardim da infância. Certa tarde, enquanto 19

ELE DIZ, ELA DIZ estávamos no recreio, persuadi meus coleguinhas a formarem três filas. Sob meu comando, uma fila terminava no balanço, outra terminava na gangorra e a outra terminava nas barras. Novamente, sob meu comando, cada grupo trocava de posição. Surpreendentemente, as crianças faziam o que eu dizia que fizessem! Lembre-se: líderes têm seguidores —eu já tinha seguidores aos cinco anos. Quem me fez dessa forma? Deus. E Ele também me fez mulher? Lógico! Então, está certo se eu liderar? Sim! No entanto, por eu ser uma mulher e entender a autoridade, eu preciso honrar e respeitar os homens, mesmo que eu tenha autoridade sobre eles.

EA SUBMISSÃO? Não entenda mal minha posição neste capítulo. Não estou abordando este tópico para defender-me com o líder, nem estou tentando tirar o crédito da im­ portância da submissão, afinal esta continua sendo importante no casamento, em relacionamentos empresariais e em qualquer outra área. Entendo perfei­ tamente que o princípio de autoridade e sua função com o relacionamento certo em relação à autoridade fornece algo essencial para o bom caráter. A autoridade apropriada não é somente bíblica, mas é também liberada à vida daqueles que escolhem ser submissos. Discutiremos sobre submissão de for­ ma mais profunda no próximo capítulo.

ANDANDO NO ESPÍRITO As instruções de Paulo aos gálatas fornecem discernimento sobre este assunto: Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Gálatas 5.16 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, be­ nignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio [...]. Gálatas 5.22,23a ara

Nenhum líder, seja homem ou mulher, deve relacionar-se com outra pes­ soa de maneira condescendente ou arrogante. As boas maneiras, a gentileza e a bondade devem sempre prevalecer. Seja a cabeça, o líder, ou ambos, lembre-se de considerar os outros mais importantes que você. Dessa forma, quando os líderes viverem juntos, duplicarão as bênçãos.

20

2 [ELE diz]

O ACEITE SUA DIVERSIDADE Por: Larry

emos em Gênesis como Deus realizou a primeira cirurgia entre os seres humanos —Ele pegou uma costela do lado de Adão e criou Eva. Este acon­ tecimento, no jardim do Éden, marca o início de quando o homem começa a perceber as diferenças da mulher.

L

Imagino que Adão olhou para Eva logo após acordar da anestesia e disse: “ Uau, ela certamente não se parece comigo. Imagino se existem outras áreas em que somos diferentes” . Você está de brincadeira? Adão foi surpreendido! Adão e Eva eram tão diferentes que você imaginaria que eram de planetas distintos. Também imagino que, logo após ter saído do pós-operatório, Adão com eçou a reclamar: “ Deus, você tem de fazê-la tão diferente? Não somos iguais em nada” . Muita coisa não mudou desde o jardim do Éden. Podemos ainda ouvir os homens reclamarem que as mulheres são diferentes. É lógico! Deus planejou dessa forma! Aprendemos que o Senhor pretendia que Eva se relacionasse com Adão, mesmo sendo totalmente diferente dele. Homens, sua costela não está mais em seu lado, mas sentada à mesa olhando para você. De vez em quando, ouvirei alguém dizer: “ Você precisa entrar em contato com seu lado feminino” . Minha resposta é simples: “ Casei-me com meu lado feminino, e seu nome é Devi” . Se você quiser entrar em contato com seu lado feminino, vá ao outro lado da mesa e segure a mão dela. Ser um homem criativo não significa ter um lado feminino; Deus removeu este lado cirurgicamente, e isso quer dizer, meramente, que você é um homem com aptidão para criar. Vou dar um palpite: posso quase garantir que sua esposa é o seu oposto, estou certo? Não apenas em alguns aspectos, mas em tudo. Ela ouve as coisas de forma diferente de você; ela reage, processa, e - graças a Deus - ela é fisi­ camente diferente de você. Então, porque está reclamando? A questão não é 21

ELE DIZ, ELA DIZ se minha esposa é diferente de mim, mas se eu aprecio esta distinção. Além disso, decido de forma ativa usar essas diferenças para produzir a harmonia e a unidade em meu casamento? Sei que vai parecer um choque ouvir que Devi e eu somos polos opostos um do outro, mas que ainda assim vivemos em perfeita harmonia. Eu proces­ so as coisas devagar; ela, rapidamente. Eu gosto de gratificação instantânea; ela, de planejar, poupar e esperar. Ela se move muito, muito rápido; e eu me movo muito, muito e muito devagar. Ela ama situações sociais, eu amo a so­ lidão. Ela ama falar, eu, ler. Ela ama mexer no jardim, eu amo sentar-me em jardins. Ela ama cozinhar; eu, comer. Ela ama comidas sofisticadas, eu amo M cDonalds. Ela ama filmes sérios e cheios de suspense; eu, comédias. Devi ama falar para as multidões, eu amo gastar tempo com pessoas em particular. Ela ama ir às compras, e eu amo fazer qualquer coisa nesse mundo, menos ir às compras. Eu preferiria saltar de asa-delta a ir às compras. Agora, vá em frente e pense em alguns aspectos em que você seja diferente de seu cônjuge. A pergunta é: você aprecia ou ignora a diversidade dele? Não é possível estar em harmonia sem diversidade. Deixe-me dizer novamente: não se pode estar em harmonia sem diversidade. A mesmice nunca produz unidade, apenas a diversidade a produz. Você não consegue unir-se consigo mesmo. Deus não o criou para ser um solista; Ele deseja que você e sua esposa estejam em harmonia, que cantem um dueto ao longo de todos os dias da sua vida.

DEUS CRIOU UMA PESSOA Com ecei a aprender sobre diversidade há 48 anos, quando, em nossa lua de mel, Devi e eu dirigíamos por aí para encontrar um estacionamento. Mi­ nha esposa, de apenas um dia, instantaneamente identificou e apontou para um estacionamento. É claro, ele estava em um local diferente daquele que eu, em última instância, já havia decidido. Desde então, não se passou um único dia em que eu tenha feito zigue e ela, zague; que eu tenho ido para um lado e ela, para o outro, ou dito não enquanto ela dizia sim. As decisões e as ideias que parecem ser totalmente lógicas para mim parecem ser ilógicas para ela, e vice-versa. Fico admirado com as nossas diferenças. As vezes, imagino: “ Como alguém tão linda poderia estar sempre errada?” . Não, isso não é verdade. 0 que me deixa constantemente admirado é o quanto trabalhamos em harmonia, unindo nossa diversidade em [favor de] apenas uma posição muito mais forte. Você deve notar, por meio de uma leitura atenta do segundo capítulo de Gênesis, que Deus não criou duas pessoas, mas apenas uma. Ele apenas fez duas pessoas de uma mesma criação. Na verdade, tudo o que o homem fala 22

Aceite Sua Diversidade ou faz é somente a metade da resposta. A outra metade reside na pessoa que constitui a outra metade dele.

Deixe-me dizer novamente: não se pode estar em harmonia sem diversidade. O grande projeto de Deus chama duas pessoas, totalmente, diferentes macho e fêmea - para unirem-se sob a aliança do casamento e tornarem-se uma. Isso significa unir duas opiniões e pontos de vista opostos para [juntos] tomarem as melhores decisões.

OS OPOSTOS SE ATRAEM OU NÃO? Não é interessante que, antes de um homem e uma mulher se casarem, eles sejam atraídos por causa das diferenças que possuem? Mas, assim que declaram: “ Eu aceito” , as diferenças começam a irritar. 0 que costumava ser fofo agora incomoda. Um truísmo chamado os opostos se atraem muda após o casamento para os opostos se repelem. Costumava ser tão fofo quando Devi deixava os sapatos espalhados pelo chão. Mas, chegou um dia em que não o foi mais. Lembro-me da noite em que os sapatos espalhados pelo chão estavam do meu lado da cama, sem que eu percebesse, até que me levantei de madrugada e tropecei em cima deles. Antes do casamento, a personalidade forte de liderança de Devi era mui­ to atraente para mim. Mas, depois que nos casamos, o que costumavam ser habilidades de liderança positivas mudaram, e Devi se tornou uma mandona. Contudo, será que ela realmente mudou ou sou eu quem estou enxergando as coisas de uma perspectiva diferente? Tenho uma teoria. Creio que os traços que são fofos antes do casamento irão sempre se tornar desprezíveis após o matrimônio. Contudo, uma relação saudável deve retornar àquela etapa da fofura. Por exemplo, o estilo agres­ sivo de liderança de Devi que eu considerei atraente em minha experiência pré-casamento deve voltar àquela etapa de fofice. Isso faz sentido? 0 que eu acreditava ser atraente em seu jeito espontâneo de tirar os sa­ patos assim que ela adentrava pela porta, deve voltar à mesma fofura pré-conjugal que me atraiu a ela, pela primeira vez. Quais são as características de nosso cônjuge que passaram da fofura aó desprezo? A menos que você se volte para elas com o mesmo encanto que o atraiu pela primeira vez, seu casamento permanecerá doente, e o abismo entre vocês dois aumentará. 23

ELE DIZ, ELA DIZ Deus não nos chamou para mudarmos a personalidade de nossos cônju­ ges. No entanto, após o casamento, sempre sentimos que Ele nos dotou com o dom da crítica para que possamos de forma ativa mudar as coisas de que não gostamos em nossos parceiros. Bem, eu tenho novidades para você: Deus não fez isso! Ele deseja que apreciemos as diferenças em nosso cônjuge, no estilo e na personalidade dele, em vez de tentar adaptá-las à nossa própria imagem. Então, o Senhor nos uniu e disse: “ Aprendam a trabalhar juntos. Cada um de vocês tem o ingrediente perfeito para complementar o outro” .

DEUS GOSTA DE SINFONIA Encontramos uma das mais poderosas passagens de toda a Palavra de Deus no Evangelho de Mateus: Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Mateus 18.19 A palavra concordar vem do mesmo termo grego do qual derivamos nossa palavra sinfonia. Jesus disse que, se duas pessoas começarem a harmonizar-se, Deus fará tudo o que elas pedirem. Ele sempre ouve os sons da harmonia. Ele não está procurando por solos - tanto da mulher como do homem - afinal, solos são sem vida, ocos e repulsivos se não tiverem a música de fundo para acompanhar. Quer sejam vozes ou instrumentos, a música soa melhor quando vários elementos se unem para um resultado específico. Porém, os casamen­ tos, muitas vezes, consistem em um dos parceiros trabalhando totalmente sozinho sem elogiar a ajuda do outro. Até mesmo Deus trabalha em harmonia e sinfonia com o Filho e com o Espírito Santo. Nada acontece sem a cooperação deles. Deus também esta­ belece que todo o universo trabalhe em sinfonia, pois este trabalha como um sinergismo em que a cooperação de cada ser criado é necessária. Sendo isto verdade, não devem o marido e a mulher - a coroa da criação divina - traba­ lhar juntos? O casal deve aprender a harmonizar-se. Lembre-se: Deus ouve. Até que ouça a sinfonia, Ele fica sem o compromisso de responder às orações (consulte 1 Pedro 3.7).

É HARMONIA De acordo com a Bíblia, Deus criou todo o universo, desde os céus até os animais, por meio da Sua voz. “ E disse Deus” ; Sua palavra falada era, sufi­ cientemente, necessária para trazer algo do nada. Entretanto, quando Deus 24

Aceite Sua Diversidade criou o homem, Ele fez mais do que simplesmente chamá-lo à existência; Ele veio à terra e, pessoalmente, formou-o do barro. Então, Deus soprou Seu fôlego de vida em Adão. 0 homem é a m elhor energia criativa de Deus. E Ele não somente criou o homem, mas form ou-o à Sua imagem. Seguindo o relato da cria­ ção, Ele gerou a mulher a partir do homem. Ele os cham ou e ordenou que se tornassem um. Esta unidade b íb lica não é unicidade; mas, harmonia. São duas pessoas unindo seus diferentes talentos, opiniões e discern i­ mentos para um bem comum. Lem bre-se: a unidade não é uma opção, é ordem do Senhor. Na economia e sabedoria divina do Senhor, Ele escolheu unir os opostos. Consequentemente, a escolha do casal de unir-se leva a um relacionamento mais completo e saudável. Graças a Deus que os opostos se atraem. Se você e seu cônjuge não têm personalidades e origens únicas, suas decisões não terão equilíbrio, segurança, sabedoria, proteção e o sucesso final. E a diver­ sidade que permite a eficácia.

LOUVE A DEUS PELAS DIFERENÇAS Este é um bom momento para parar e refletir, e até mesmo anotar as áreas em que você e seu cônjuge discordam. Então, depois de listá-las, tirem um tempo para louvar a Deus pelas diferenças de vocês. Por exemplo, um homem pode dizer da esposa: • Ela é emocional, e eu sou racional. • Ela é prática, e eu sou um visionário. • Ela realiza multitarefas, e eu, apenas uma. • Ela é extrovertida, e eu sou introvertido. • Ela é quieta, e eu sou extrovertido. • Ele é socialmente cheia de energia, e eu tenho poucas necessidades sociais. Uma mulher pode dizer: • Ele está feliz por ficar em casa, enquanto eu quero socializar-me. • Ele tende a tomar decisões precipitadas quando compra coisas, en­ quanto eu quero ter tempo para comparar os preços e pensar muito bem.

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ELE DIZ, ELA DIZ • Ele está feliz por assistir televisão, enquanto eu quero fazer projetos. • Ele é rápido em oferecer soluções, enquanto eu quero discutir sobre o problema. • Ele é desconfiado das pessoas, enquanto eu confio mais. • Ele é lento para chegar a conclusões, enquanto eu as processo rapi­ damente. • Ele sempre quer jogar, e eu estou sempre tentando fazê-lo trabalhar. É hora de, verbalmente, louvar a Deus pelas diferenças de vocês. Os cônjuges precisam trabalhar para elogiarem -se, em vez de criticarem um ao outro. O que você enxerga com o obstáculo pode tornar-se em vantagem. Apenas quando unirmos nossos diversos pontos de vista, percep ções, op i­ niões e observações, nós nos tornaremos valiosos um para o outro e para o R eino de Deus. E o mais importante, aquilo de que um cônjuge tem falta é possível que o outro possua. Isso não parece lóg ico? Se Deus removeu parte de sua personalidade na criação, ela é sim plesm ente restaurada no casam ento. Assim , os diferentes pontos de vista de cada um [de vocês] não serão mais vistos com o algo negativo. Eles são extremamente n eces­ sários para que ambos tenham êxito. Sempre ouço casais dizerem: “ Não posso deixá-la (ou deixá-lo) saber que tem razão, senão, vai pensar que venceu” . Venceu o quê? Isso é uma bata­ lha? Você acha que seu cônjuge é seu inimigo? Cônjuges, não lutem de lados opostos. Isso não é uma guerra. Vocês estão do mesmo lado. Qualquer vitória dele é sua. Quem liga para quem está com a razão quando a certeza de um faz, automaticamente, o outro ter razão?

O CASAMENTO E O CORPO DE CRISTO P or isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.

Efésios 5.31,32

0 casamento reflete o Corpo de Cristo - muitos membros operam sob uma Cabeça com o propósito de cumprir os planos de Deus na terra. A diversi­ dade é tão importante no casamento quanto no Corpo de Cristo. Aprenda a apreciar as diferenças em vez de desprezá-las. Faça uma sinfonia. É melhor serem dois do que um quando aprendem a harmonizar.

26

Aceite Sua Diversidade Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o le­ vante. Eclesiastes 4 .9,10

Quanto mais vocês dois trabalharem em harmonia, mais saudável o ca­ samento se tornará; e quanto mais saudável for o casamento, mais saudável será o Corpo de Cristo. Tudo depende da unidade, e esta não pode ser alcançada sem harmonia. E hora de nós, homens, pararmos de cantar solos e começarmos a cantar duetos [com nossas companheiras] de forma harmoniosa. Após a harmonia, podemos atuar na sinfonia, que é quando as crianças aparecem e acrescen­ tam suas diversidades a essa mistura.

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2

[ELA diz]

ACEITE SUA DIVERSIDADE Por: Devi

arry disse que eu faço zague e que ele faz zigue. Porém, não confunda isso com Larry achar que tem razão, e eu considerar que ele esteja erra­ do. Ziguezaguear não tem nada a ver com estar certo ou errado. Quando costuro e coloco a máquina no ponto de zigue-zague, faço isso por uma razão

L

— evitar que a costura se desalinhe. A harmonização de nossos pontos de vista fortalece nossas decisões, amplia nossas perspectivas pessoais e une nossa decisão final. O dicionário [de língua inglesa] Webster define a palavra diverso como “ duas ou mais coisas que são muito diferentes umas das outras” . Isso não é surpresa para quem entende as espécies macho e fêmea. Desde o princípio, os seres humanos foram criados por Deus de forma diferente para vários pro­ pósitos diferentes. Nunca foi plano de Deus o homem e a mulher serem iguais. O segundo ca­ pítulo de Gênesis relata os diversos métodos que Deus usou para criá-los: o ho­ mem foi feito do pó da terra; e a mulher, da costela e da carne deste. 0 homem foi criado para trabalhar e sustentar o jardim do Éden; e a mulher, para ser sua auxiliadora. Na estrutura física, o homem é o mais forte, e a mulher, a mais fraca. Somos diferentes em todas as formas: em nossa estrutura física, em nossa capa­ cidade emocional e até mesmo nossas sensibilidades espirituais são diferentes. O homem é o doador da vida por meio do sêmen, e a mulher é a portadora dela por causa do útero. Nada no homem e na mulher é o mesmo. Não há o unissex na criação divina, e polinizar a diversidade é multiplicar uma única geração de diversos seres humanos. Trata-se de um impressionante sistema criado por Deus, e que é certamente apreciado e honrado. Então, por que estamos tentando mudar nosso cônjuge para que seja com o nós som os? Não apreciar a diversidade é a principal causa de dis28

Aceite Sua Diversidade córdia entre os casais. Os argumentos são meras discussões entre duas pessoas diferentes que tentam converter as opiniões, o com portam ento, os hábitos e as preferências do outro nas suas próprias. Quem discute seus próprios pontos de vista, forçando os demais a serem com o ele, faz isso porque considera a si mesmo superior e recusa-se a apreciar e a aceitar a diversidade de pensamento. E totalmente impossível mudar seu cônjuge para que ele seja como você, então nem tente. É melhor enxergar as diferenças com um olhar amoroso e ser grato por elas. Larry diz que quando meus pés tocam o chão pela manhã, os prim ei­ ros sons que ele ouve são pantufas em passos ligeiros. Ele acha que eu tenho apenas um ritmo — o acelerado. Juntos, somos o típico exem plo da lebre e da tartaruga: enquanto a lebre corre rápido, fica cansada e dorme à beira da estrada, a lenta tartaruga anda sozinha e vence a corrida. Se Larry se adaptasse a mim e corresse para lá e para cá, ficando ansioso e frenético, jam ais cumpriríamos nossas tarefas mútuas; e ele não teria mo­ tivação para com eçar uma grande missão sem minha iniciativa e in cen ­ tivo. A verdade é esta: precisam os da diversidade do outro para atingir nossos objetivos em comum.

É totalmente impossível mudar seu cônjuge para que ele seja como você, então nem tente. UM CÔNJUGE À MINHA IMAGEM? NÃO, OBRIGADO! Larry tem razão! A diversidade é boa! Eu não gosto de estar com alguém que seja exatamente com o eu sou. Essa pessoa me deixa exausta. Sei o que ela dirá antes mesmo de dizer. Larry, por outro lado, ainda me faz adivinhar coisas, mesmo depois de 48 anos de casamento. Eu nunca o entendi, e espero nunca entendê-lo. Amo escutá-lo. Sempre quero saber o que ele pensa. Na verdade, fascina-me entender que ele pensa antes de falar. Eu? Eu falo e só depois penso no que falei. Às vezes, após pensar muito, percebo que nem acredito no que acabei de dizer!

Precisamos da diversidade do outro para atingir nossos objetivos em comum. 29

ELE DIZ, ELA DIZ Eu amo os momentos silenciosos que passamos juntos. Podemos sentar-nos no mesmo lugar e ficar sem falar nada. Pelo menos, ele não diz nada. Eu, geralmente, quebro o silêncio. E ele olha para mim com um olhar carinhoso. Passamos muito tempo juntos em aviões, e ambos gostamos de ler. Entretan­ to, eu sempre leio as frases e trechos que considero mais interessantes em voz alta para ele ouvir, esperando que ele fique igualmente impressionado com a profundidade do autor. Ele sorri para mim com um sorriso torto (este é o jeito do Larry dizer: “ Não estou gostando do que você está tentando fazer” ).

Larry é meu descanso, e eu sou sua energia. Por favor, não tente transformar seu cônjuge à sua própria imagem. Se você tentar, não gostará dele ou de si mesmo. O seu casamento deve criar um dueto cantado em uma bela harmonia. Se forçou ou persuadiu seu parceiro a ser com o você, suas canções mútuas são todas uníssonas — e isso é chato! E possível que elas estejam até fora de sintonia! 0 essencial é que vocês preci­ sam da exclusividade do outro. Aproveite as diferenças! Nosso relacionamento é cheio de riso, e, na maior parte do tempo, estamos rindo de nossas diferenças. Aprenda a rir de si mesmo com seu cônjuge, mas nunca ria dele. Larry é meu descanso, e eu sou sua energia; ambos são igualmente necessários para uma boa saúde. Te­ mos um casamento saudável porque, com seu zigue e com meu zague, nada pode separar-nos.

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[ELE diz]

CONTROLADOR OU LIBERTADOR Por: Larry

ara simplificar, colocarei os homens na categoria de controladores ou de libertadores. E lógico que isso é muito generalizado e simplista, pois mui­ tos homens são controladores em algumas áreas, mas libertadores em ou­ tras. Entretanto, apresentarei os extremos por causa da ênfase. Primeiro, olhare­

P

mos os controladores.

OS CONTROLADORES Os controladores são brutos, arrogantes, opressivos, estúpidos, imprudentes, desbocados, durões, miseráveis, sem esperanças, grossos, hominídeos sem pelos e menos corajosos que uma mosca. Os homens nessa categoria acreditam que a única maneira de manter o domínio sobre as esposas é controlando-as e repri­ mindo-as. Não é preciso dizer que não enviarei cartões de Natal a esses homens neste ano, porque sinto que são absolutamente perigosos. Como ousam tomar os lindos dons que Deus deu a eles por intermédio de suas esposas e mantê-los reprimidos por causa de seu ego inflamado e de seu machismo massageado? Esta forma de orgulho masculino precisa ser jogada no vaso sanitário e descer pela descarga. Isso não é bíblico. Os controladores lideram com ira, intimidação, manipulação, repressão e força. Sim, eles lideram; mas essa liderança é negativa e destrutiva. As pessoas os seguem por medo, em vez de o fazerem por respeito. Eles transfor­ mam suas lindas esposas em serviçais, bajuladoras, pessoas retraídas, com medo das trevas - escravas de um marido brutal. Com o passar dos anos, será possível perceber o semblante cheio de luz das esposas deles, lentamente, tomar-se triste, calado, tenso e oprimido, até que elas percam toda a esperança. A luz da personalidade amorosa delas se tornará turva, até que finalmente desapareça. Eu não gostaria de estar no 31

ELE DIZ, ELA DIZ lugar de um homem desses no Dia do Juízo, quando ele tiver de dar conta a Deus por ter abusado de sua autoridade. Eu já conheci, pessoalmente, e observei, certa vez, lindas mulheres se tornarem irreconhecíveis por causa de seus maridos inseguros e opressivos. Se você é um desses homens, precisa demonstrar arrependimento para sua esposa, para Jesus, para seus filhos, seus empregados, e para todos que foram tratados com grosseria. Você precisa levar seu arrependimento até o fim, ao presidente [da República] no Salão Oval, apenas para garantir que isso foi apagado do seu sistema. Se as pessoas o seguem por qualquer razão que não seja o bom e piedoso exemplo que você lhes dá, então você não está em sincronia com o Espírito Santo e com toda a Palavra de Deus. Seu objetivo deve ser as pessoas queren­ do (e não tendo de) segui-lo. A submissão deve ser sempre subjetiva, porque quem está debaixo de sua liderança entende o princípio b íblico envolvido nisto. Ninguém deve reprimir ou bajular outra pessoa por obediência. E sua esposa nunca deve sentir-se forçada a submeter-se por meio da tirania. Se forçá-la a ser submissa, você viola toda a Palavra de Deus. A submissão da mulher deve vir por vontade dela. Boa parte do que consideramos com o “ rebelião” em uma mulher nada mais é do que resistência ao controle e à manipulação de um homem insegu­ ro. Este teme o que sua esposa pode tornar-se se ele perder o controle [sobre ela]. Além disso, um controlador pode exprimir ira e frustação quando as pessoas - principalmente, a companheira - não se adequam à sua agenda. Dá-lhe nos nervos quando as coisas e as pessoas não se alinham às suas exigências. No exército do homem inseguro, ele é o general, e o restante das pessoas - especialmente, a esposa - são os soldados.

Sua esposa nunca deve sentir-se forçada a submeter-se por meio da tirania. Mais uma vez, admito que tudo isso é simplista, mas creio que uma ques­ tão de controle é igual a uma questão de orgulho — o orgulho masculino em sua forma mais letal. Embora seja um adulto, ele ainda brinca daquele jogo infantil 0 dono da rua. E ele é o dono da rua inteira.

OS LIBERTADORES Homens, o seu chamado não é para controlar sua esposa, mas para liberá-la. Libere-a para que seja tudo que Deus a criou para ser. Não tenham medo de 32

Controlador ou Libertador que ela se tome melhor que vocês, mas louvem a Deus se ela vier a ser. Não se preocupem se ela ganhar mais atenção e notoriedade que vocês; louvem a Deus se ela o conseguir. Não tenham medo de que sua esposa ganhe mais dinheiro que vocês, mas louvem a Deus pelas Suas bênçãos na vida do casal! Sua esposa não consegue destacar-se sem que isso traga honra a você. Ela reflete o marido. Se ela brilha, é porque está capturando o seu brilho. [A passagem de] 1 Coríntios 11.7 declara que a mulher é a glória do homem. Logo, se você brilha, ela será radiante. Mas, se você se torna opaco por causa do seu espírito controlador e distorcido, ela não pode refletir adequadamente você sem descobrir sua escuridão. No entanto, quando você brilha, isso é demonstrado imediatamente pelo semblante dela. Assim, se quiser saber de verdade de que forma o marido é como homem, olhe para o espelho que está no rosto da esposa. Isso lhe dirá muitas coisas. 0 oposto do marido controlador é o libertador. Você não pode ser os dois ao mesmo tempo. Ou se é um controlador, ou um libertador. Então, faça a si mesmo a pergunta óbvia: qual deles eu sou? Se eu lhe descrevi nos primeiros parágrafos, então chegou a hora de mudar. Você quer imitar Cristo?

Se quiser saber de verdade de que forma o marido é como homem, olhe para o es­ pelho que está no rosto da esposa. COMO JESUS FEZ ISSO? Lem os, no Novo Testamento, com o Jesus escolheu 12 homens comuns e, com exceção de Judas, tornou cada um deles incom um . Esses 11 se­ guidores incultos de Cristo viraram o mundo de ca b eça para baixo — ou talvez eu deva dizer que viraram o mundo para o lado certo. Como Ele fez isso? 1.

Ele acreditava neles. Os discípulos sabiam que Jesus era p or eles, e não contra. Eles não tinham dúvidas [quanto a isso]. Eles seguiriam seu Senhor até os confins da terra por causa de Seu com prom etim ento com eles. Ê verdade que acreditar em outra pessoa expressa amor, porém é mais do que isso; pois lhe diz, em termos precisos, que você o ajuda, que ficará do lado dele e que perm anecerá com prom etido com o seu sucesso. 33

ELE DIZ, ELA DIZ 2.

Ele lhes deu Sua autoridade. Toda vez em que Jesus enviou os discípulos com a mensagem do R ei­ no, deu-lhes autoridade para reproduzirem o que viram Cristo fazer. Alguns homens temem que suas esposas possam sobressair-se além de seus próprios sucessos; porém, é evidente que Jesus não temia essa possibilidade. Na verdade, em João 14.12-14, Ele prometeu que Seus discípulos fariam obras maiores do que as que Ele realizou. Je­ sus não tinha medo de ser ofuscado pelo sucesso dos discípulos. Suas últimas palavras a eles em Mateus 28.18,19 indicavam que estes possuiriam a mesma autoridade que o Pai dera a Jesus.

3.

Ele os permitia falhar sem os repreender. Nenhum dos discípulos passou pelos três anos e meio de treinamento sem cometer erros notáveis. É claro que Pedro vem imediatamente à mente, mas ele não foi o único. Todos abandonaram Jesus quando Ele foi preso no jardim do Getsêmani; nenhum deles se manteve leal. Po­ rém, ainda assim, as Escrituras nunca relataram Jesus repreendendo, humilhando, ou falando de forma abusiva com eles. Na verdade, re­ cepcionou-os com um café da manhã caseiro na praia da Galileia não muitos dias após a derrota deles [(ver João 21.1-14)]. Jesus honrou os discípulos quando eles estavam “ na pior” ; e, desse modo, Ele pôde liberá-los para que alcançassem o maior potencial de si mesmos.

4.

Ele os amou com amor incondicional. O amor de Deus é sempre incondicional. Você não precisa merecê-lo. 0 ser humano não consegue ser verdadeiramente seguro, a menos que tenha um ambiente de amor incondicional para viver e destacar-se. Se você quer que sua esposa viva em segurança, liberta, plena e alegre, dê a ela amor incondicional. Ame-a, diz Paulo em Efésios 5.25, da mesma maneira como Cristo amou a Igreja - um amor que o levou à cruz, e que, por vontade própria, entregou Sua vida para que ela vivesse.

5.

Ele lhes deixou Sua glória quando retomou ao Pai. Um marido libertador faz planos para o futuro da esposa, para depois da morte dele. Ele deseja que ela continue a ser cuidada, abenço­ ada, segura e gozando dos frutos daquilo que conquistaram juntos, mesmo após ele ter morrido e quando não puder mais cuidar dela.

34

Controlador ou Libertador Antes de Sua morte, Jesus orou para que o Pai desse aos discípulos a mesma glória que Ele tivera com Deus, antes da criação do mundo. Cada bênção que o Pai lhe deu deve ser transmitida à sua esposa e à posteridade. Não interrompa a glória. Não interrompa a bênção. Não relute em conceder a ela o que lhe é de direito. Deixe uma herança para sua esposa que demonstre que você se importou muito com ela para garantir a segurança dela após sua morte. 6.

Ele orou pelos discípulos. Em Sua oração final, Jesus pediu ao Pai pelos Seus discípulos. Ele desejou que eles tivessem Sua glória, Sua unidade e a proteção de Seu Pai. A oração pela esposa deposita uma bênção insubstituível na vida dela. De acordo com a Palavra de Deus, você é a cabeça dela. Suas orações enfeitam a sua esposa com um escudo de fé impenetrá­ vel que fornece proteção, bênção, unção, e liberação a ela. 0 maior presente que você pode dar à sua esposa é a oração diária e devota em favor dela.

7.

Ele exaltou o potencial deles. Jesus via Seus discípulos pelo que viriam a ser, e não pelo que eram. Ele mudou o nome de Simão para Pedro, pois sabia que algum dia este se tornaria uma rocha. Como certa pessoa disse: “ Na presen­ ça de pecadores, Jesus sonhou com justos” . Ele não se concentrava nas fraquezas, mas na força deles. Jesus tinha fé que Seus discípulos completariam o grande potencial deles. Ele enxergava o vaso finaliza­ do quando este ainda era um bocado de barro. Ele os encorajava com palavras motivadoras como: “ Vamos lá, você consegue” . Um marido que é um libertador dará confiança à esposa para que ela consiga fa­ zer tudo. Ele enxerga o que Deus planejou que ela fosse, e emprega o peso de sua confiança nela até que isso se torne realidade.

8.

Ele os liderava usando o exemplo. Jesus não liderava usando repressão e intimidação. Seus seguidores viam o Senhor orando, testemunhavam Seus milagres e viam Jesus amar o desprezado. Eles viram Cristo viver uma vida de pureza, de sinceridade e de verdade. 0 Senhor era tangível, apaixonado e ca­ rinhoso, e não distante ou indiferente. Jesus amava as crianças e ensinou aos discípulos também amá-las. Ele amava os pecadores e

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ELE DIZ, ELA DIZ encorajava os discípulos a fazerem o mesmo. Ele era manso, mas não frágil; tinha autoridade, mas nunca abusava dela. Ele ganhava o respeito em vez de exigi-lo; confiava totalmente no Pai para obter direção, colocava a vontade deste em primeiro lugar e buscava fazer apenas as coisas que traziam glória ao Senhor. Jesus não era levado pelas necessidades do povo, mas pela direção do Pai. E mais do que tudo, o Mestre era completamente obediente à vontade de Deus.

Um marido que é um libertador dará confiança à esposa para que ela consiga fazer tudo. 9.

Ele os servia. Jesus não vestiu as vestes de servo e lavou os pés dos discípulos na última ceia para impressionar Seus seguidores. Isso não foi uma atua­ ção teatral. Essa atitude demonstrou Seu caráter e quem Ele realmen­ te era. Assim, a verdadeira liderança, ao estilo de Jesus, sempre vem de um processo pessoal de desenvolvimento. A promoção em Cristo não vem da exaltação de si mesmo, mas de dobrar os joelhos. Servir não deveria ser a linguagem do amor de apenas alguns homens que não conhecem outra forma de expressar o amor, mas uma parte ativa da vida de cada homem. Logo à noite, quando você chegar do traba­ lho, vista suas próprias roupas de servo. E hora de servir, e não de reclinar-se em frente à televisão enquanto sua esposa e filhos satis­ fazem todos os seus caprichos, e o cão busca o jornal. Primeiro, você os serve; e, então, eles podem fazer o mesmo, uma vez que seguem o seu exemplo.

10. Ele deu dons a eles. Na noite da ressurreição, além de soprar sobre os discípulos no Ce­ náculo, Jesus também derramou a promessa do Pai, o Espírito Santo, no dia de Pentecostes. Jesus mal havia partido para o céu e assentado à direita do Pai quando os dons começaram a chegar. Os homens sempre falham em compreender a necessidade que a mulher tem de dons. A menos que ela jogue uma infinidade de indiretas antes de um aniversário ou comemoração, continua a possibilidade de que o dia especial escape sem ela receber prova alguma de sua afeição. Onde estão os dons, homens? 0 que eles são é menos importante do que 36

Controlador ou Libertador recebê-los! Para uma mulher, os dons significam sensibilidade, amor e consideração. Porque toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do P ai das luzes (Tg 1.17a). Você se torna uma extensão da beneficência do Pai quando você dá. 11. Ele era gentil com eles. Jesus sabia com o tratar as mulheres. Ele tinha um espírito manso e humilde. Mateus 12 cita a descrição de Isaías sobre Jesus como alguém que nunca discutiu ou aumentou o volume da voz nas ruas. Ele era tão gentil que se recusou a esmagar a cana quebrada e apagar o morrão que fumega. Jesus caracterizou a palavra cavalheiro — um homem gentil. Um homem de verdade não é jactante, bombástico, chamativo, insensível ou cheio de vanglória arrogante. Ele é gentil. Ele lidera com gentileza, e não com força, não necessita de volume ou ira para fazer cumprir Sua liderança. Ele não tem medo de que os outros interpretem Sua sensibilidade como fraqueza, pois é seguro em Sua identidade com o Cristo.

VAMOS SERGUIR O MESTRE LIBERTADOR! Homens, da mesma forma que Jesus trouxe libertação a esses pescadores fracassados e a seus amigos, você também pode trazê-la à sua esposa e aos outros que você lidera. Você é um controlador ou um libertador. Tome hoje sua decisão. Quem você era no passado e quem quer ser no futuro? Assim que Deus vir seu coração e testemunhar seu desejo de mudar, Ele o ajudará com o restante. Vamos começar! Eu estou com você!

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[ELA diz]

(© CONTROLADORA OU LIBERTADORA Por: Devi

arry escreve para os homens quase como se as mulheres não precisassem de inventário. Então, quero abordar a mesma questão para elas. Você é con­ troladora ou libertadora? Você precisa dirigir, ditar, dominar, discordar, de­ sarmar, desligar-se das decisões, ou devo dizer, das decisões tomadas por seu marido? Quando ele dá uma direção sobre coisas simples, como: onde comer,

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o que fazer ou o que vestir, você geralmente dá sugestões alternativas? Você, de modo sutil, acha que tem ideias melhores que ele?

O FEMINISMO DEFEITUOSO A filosofia feminista tem afetado radicalmente o pensamento das mulhe­ res sobre os homens. O feminismo promete liberdade e satisfação, mas esses benefícios prometidos já passaram. Em vez disso, esse jeito independente e autoindulgente de pensar leva a hábitos que destroem o caráter dos relacio­ namentos saudáveis e gratificantes. Aprendemos a pensar: “ Se eu não cuidar de mim mesma, ninguém cuidará” . Em se tratando de assumir a responsabi­ lidade pessoal, essa frase é válida. Entretanto, esta atitude vai além da res­ ponsabilidade pessoal. É uma mentalidade de autoproteção, autoexaltação, autogratificação e de uma vida egocêntrica. A plataforma feminista com eçou com o desejo de a mulher ter direitos iguais [ao homem]. Porém, esse interesse digno nos levou ao extremo oposto, da mulher querer dominar o homem. A igualdade parece não ter fim. No iní­ cio do movimento, as líderes feministas patrocinaram campanhas, insistindo que as mulheres não representam mais o sexo. Essas líderes expressaram suas opiniões verbalmente, buscando mudar a imagem pública da mulher. Elas ambicionavam influenciar a mídia a revestir a mulher em terninhos "p o­ derosos” . 38

Controlador ou Libertador Recentemente, enquanto eu viajava, uma jovem profissional se sentou ao meu lado no avião. Ela com eçou a folhear as páginas de várias revistas que trouxe a bordo. Eu poderia dizer que não era uma leitura por lazer, mas, de alguma forma, aquelas páginas se relacionavam à profissão dela. Ela hesitou em uma propaganda e observou-a cuidadosamente. A modelo atraente na página vestia uma roupa minúscula e posava de maneira sedutora. Intrometi-me em seus profundos pensamentos com essa pergunta: “ Onde estão as líderes feministas agora? No início do movimento, elas foram contra as mulheres serem usadas dessa forma, insistindo que estas têm uma imagem pública de profissionalismo e poder” . Sua resposta me horrorizou: ela olhou para mim decididamente, pressionou o dedo indicador na página e disse: “ Isto é poder” . Sentei-me sem palavras. Eu não tinha mais nada a dizer. Minha mente viajou, lembrando-me de histórias de mulheres em minha sala, arrasadas por causa do vício dos maridos em pornografia. Ela falou perfeitamente: as fem i­ nistas não fazem mais lobby a favor da imagem profissional da mulher; elas estão felizes em controlar os homens, independentemente de como seja feito. Os publicitários sabem disso e usam o poder do corpo da mulher exposto para capturar os homens.

SERVINDO O EGO As revistas feministas carregam títulos com o EU e MIM; reforçando, as­ sim, a mentalidade do eu em primeiro lugar. Tais atitudes colocam os outros em segunda posição, e esta maneira de pensar nos afasta de considerar os outros mais importantes do que nós mesmos (Fp 2.3). Você não consegue honrar seu cônjuge a menos que, deliberadamente, deixe-o ser o primeiro. Fico maravilhada com a eficácia da regra de ouro, quando é praticada nos relacionamentos: E como vós quereis que os homens vos façam , da mesma maneira fazei-lhes vós também. Lucas 6.31 Em outras palavras, trate os outros como gostaria de ser tratado. Isso funciona mesmo! As mulheres geralmente controlam por manipulação e se­ dução. Nós manobramos com habilidade as circunstâncias, as situações e os diálogos de tal maneira, que podemos determinar nosso resultado preferido. Negociamos e seduzimos dizendo: “ Se você fizer isso, farei aquilo” . Assim, as mulheres precisam estar cientes da força poderosa, porém, sutil, que exer­ cem. Elas podem ter o controle sem nem mesmo saber [que têm]. 39

ELE DIZ, ELA DIZ Controlar não faz você ser feliz. Na verdade, após tomar o controle vi­ toriosamente, e seu marido permitir que tome todas as decisões, você logo se sentirá exausta, emocionalmente cansada e ressentida por dentro por ele não estar liderando. Você consegue o que queria, mas logo em seguida, não quer mais o que conseguiu. Se esse é o caso, você pode querer dar meia vol­ ta. Talvez se pergunte: “ Por onde com eço?” ou “ Como posso tornar-me uma libertadora em vez de uma controladora?”

REFLITA NESSES PENSAMENTOS Com ece mudando sua mente; e então, transforme o seu jeito de pensar. Medite em coisas positivas e siga as instruções de Paulo: Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que épuro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fam a, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. Filipenses 4.8

Você consegue o que queria, mas logo em seguida, não quer mais o que conseguiu. Faça uma lista dos atributos positivos do seu marido. A grama pode pa­ recer um pasto antes de ele cortá-la. Mas, em vez de dar ênfase a isso, pense nas outras coisas que ele faz muito bem. Escreva-as como um lembrete e coloque-as em sua mente. Seus pensamentos se tornam suas palavras, as palavras se tornam suas ações, as ações se tornam hábitos, os hábitos constituem o caráter, e este de­ termina o destino. Uau! Não é de duvidar que a Escritura diga para fixarmos nossa mente nos melhores atributos dos outros.

LIBERE-0 COM ELOGIO Fale palavras de afirmação, confiança, esperança, e de possiblidades ao seu marido. Acredite nele. Aprenda as coisas de que ele gosta e participe das que são importantes para ele. Não o menospreze. Você tem o poder de torná-lo um rei, e você, sua coroa: ou pode minar o caráter dele ao envergonhá-lo. Salomão disse: A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que procede vergo­ nhosamente é como apodrecimento nos seus ossos. Provérbios 12.4 40

Controlador ou Libertador TOME MEDIDAS A ceite-o fisicamente. Se ele com eçar a perder cabelo, diga como você acha charmosos os homens calvos. Se lhe faltarem músculos, diga que você gosta de homens magros e arrumados. Toque-o. Afague-o. Crie um novo hábito de conexão [com ele]. B eije-o e abrace-o, no mínimo, dez vezes ao dia. Quando você entrar e sair de um lugar em que ele está, fale com ele. Pisque para ele do outro lado da sala. Larry e eu podemos estar de um lado e do outro de um imenso auditório. Talvez ele vá até a plataforma para falar, mas ele irá olhar para mim e per­ mitir que seus olhos encontrem os meus. Eu sorrio, e meu sorriso diz: “ Eu acredito em você. Estou orando por você. Sou orgulhosa de ser sua esposa” . Há pouco tempo, Larry pregou com o palestrante convidado no Dia dos Pais em uma igreja muito grande no sul da Califórnia. E eu preguei no culto de domingo à noite no mesmo dia. Quando me aproximei do altar, eu olhei para ele, e ele piscou para mim. Isso era tudo de que eu precisava. Sua pis­ cadela me aceitou, ajudou-me, acreditou em mim e liberou-me para eu dar o meu melhor naquela congregação. Seus pensamentos, palavras, ações e hábitos de apoio podem criar uma base de caráter relacional em você que pode suportar o teste do tempo. Você pode até perceber a fraqueza de seu marido aumentando e mesmo assim, isso não vai chateá-la tanto.

LIBERE-0 Eu dou valor ao antigo provérbio: “ Atrás de um grande homem existe uma grande mulher” . Este pensamento surgiu de algum lugar. A maioria das mu­ lheres não percebe ou assume a responsabilidade pelo poder que têm sobre os homens. Igualmente, as mulheres controladoras e egoístas são geralmente as que estão por detrás dos homens fracassados. Os homens que não têm sucesso, na maioria das vezes, são os que tiveram mães ou esposas que não acreditaram neles, não os tocaram, nem os amaram. 0 medo constantemente proíbe as mulheres de liberarem seus maridos. Porém, a verdade é que você não pode controlar e liberar ao mesmo tempo. Então, do que você tem medo? É a preocupação com a segurança que abas­ tece seu medo? Você acha que se confiar em seu esposo, ele não fará o que é melhor para você e para a família? Você não quer correr riscos? Estou aqui para dizer que liberar seu parceiro a coloca em risco, mas tudo bem. 0 fracasso dele pode trazer sofrimento para você, no entanto o sucesso final dele lhe trará prosperidade. Corra o risco e você conseguirá compar41

ELE DIZ, ELA DIZ tilhar a vitória dele. Todo sucesso exige elementos de risco. Sua recusa em permitir que ele se aventure e conquiste irá matar a iniciativa dele e privará você de dividir a alegria e a satisfação de seu esposo. Não tenha medo! Liberte-o. R eposicione-se e aproveite as bênçãos de ver seu marido prosperar.

Sua recusa em permitir que ele se aventure e conquiste irá matar a iniciativa dele e privará você de dividir a alegria e a satisfação de seu esposo.

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[ELE diz]

SUBMISSO E SATISFEITO Por: Larry

eralmente, abordamos as mulheres quando falamos de submissão. Existe uma razão para isso, e não é porque a mulher se rebela mais do que o homem. A razão principal é que os homens são, na maioria das vezes, aqueles que pregam os sermões sobre submissão. Portanto, toma-se lógico que os homens queiram desviar a atenção deles mesmos, certo? Por vontade própria, quais pregadores gostariam de incriminar-se? A resposta seria: “ Não muitos” .

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Assim, com a finalidade de abordar o inabordável, remeterei este discurso so­ mente aos destinatários do sexo masculino. Então, mulheres, sentem-se, aprovei­ tem e regozijem. Deem um “ toca aqui” com alguém ao seu lado, mas, por favor, não acotovele ninguém. Vários anos atrás, uma piada foi feita pelas igrejas sobre um homem que ouviu pela primeira vez uma pregação sobre submissão. Ele aprendeu como sua esposa deveria sujeitar-se imediatamente à sua autoridade. Maravilhado, ele foi para casa para instruir a esposa na mais nova doutrina e para colocar o casamento em ordem. Após fazer sua queixa à esposa, ele não a viu mais por algum tempo. Então, após quase duas semanas, ele a viu novamente, contudo, com apenas um dos olhos. Você está rindo? Tenho certeza de que todas as mulheres disseram “ amém!” , e os homens disseram “ pobre de mim” .

A SUBMISSÃO BÍBLICA 0 ensino b íb lico sobre submissão, ao contrário do que tem vindo dos púlpitos nas últimas três décadas, é um princípio que está relacionado tanto ao homem com o à mulher, porque a B íblia diz para nos sujeitarmos uns aos outros. Para explorar profundamente a ideia de submissão, precisamos dar uma olhada no oposto a ela — a autoridade. Este assunto retoma um pouquinho a 43

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questão do controle, mas a autoridade é muito mais do que simplesmente ser a cabeça do lar enquanto dá liberdade à sua esposa. Vamos levar em con­ sideração a definição da verdadeira autoridade bíblica e identificar o que a autoridade não é. A autoridade pode dar vida ou devastar a de alguém. A autoridade opres­ siva, unilateral, supressiva e ditadora é má, antibíblica e profana. Mas a exercida de forma apropriada é um modelo organizacional libertador, produ­ tivo, bem -sucedido e altamente eficiente.

A AUTORIDADE DEMONÍACA O mau uso da autoridade pode tornar-se demoníaco. A o longo dos séculos da civilização humana, os ditadores abusaram da autoridade e abriram uma porta para a atividade de Satanás. Por favor, perceba que o que distingue a autoridade de Satanás da do Espírito Santo é o ódio do diabo à submissão. Satanás exige submissão dos seus súditos, mas ele resiste sujeitar-se às ou­ tras autoridades, principalmente à de Jesus. 0 diabo sabe que a autoridade bíblica exigiria que ele também se sujeitasse ao senhorio de Cristo. Satanás odeia a doutrina da submissão. Quando ensinamos esse assun­ to, não é de se admirar que ele incentive resistência e oposição ao tema. A submissão é o que impede que a autoridade se torne algo maligno. 0 diabo precisa desesperadamente de autoridade, mas não de submissão. Talvez al­ guém deva dizer a Satanás e seus súditos que eles se sujeitarão tanto nessa vida com o na próxima; mas se sujeitarão ao final. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Filipenses 2.9-11 Você vê como é importante para quem exerce autoridade estar debaixo dela? Jesus a tinha, porque se sujeitava à autoridade do Pai. E você a tem, porque se sujeita a Jesus e àquele que tem autoridade sobre você. Sua esposa e filhos têm autoridade quando se sujeitam à sua. É perigoso para um líder exercer autoridade sem submeter-se à liderança. 0 arreio da submissão beneficia líderes e liderados, pois isso produz quebranta­ mento, humildade e compaixão, que geram um bom líder. Porém, o mais impor­ tante: se um líder não se mantém submisso a uma autoridade superior, ele corre o risco de abusar de sua própria autoridade e de também perdê-la. 44

Submisso e Satisfeito A submissão é essencial para a liderança eficiente. Um coração submisso é igual a um obediente e rendido. A submissão que vem de uma atitude subserviente e relutante à autoridade destrói a eficácia da submissão. Este tipo de atitude aniquila o sucesso do líder. “ Oh, acho que serei submis­ so se for obrigatório” não corresponde à sua autoridade, nem move a mão de Deus, que conhece seu coração e consegue reconhecer suas motivações impuras. A autoridade religiosa, exercida sob a direção bíblica, deve ser o objetivo final de todos os líderes. Cada um deles deve ser completamente submisso aos que estão acima dele. Os líderes que não se sujeitam aos outros irão, por fim, fracassar.

A submissão é uma ideia divina. A palavra submissão é um termo militar que significa “ colocar-se debaixo de quem possui um nível acima do seu” . A palavra grega hupotasso vem da palavra hupo, uma preposição que significa “ de­ baixo” , e tasso, um verbo que quer dizer “ organizar de forma ordenada” . Cada um no exército de Deus deve alinhar-se sob alguém. [Por exemplo,] se você é um tenente, deve alinhar-se sob o capitão. Do mesmo modo, os capitães sujeitam-se aos majores, que se sujeitam aos coronéis, que se submetem aos generais. Todos no exército de Deus começam como soldados, os quais se sujeitam a todos! Con­ tudo, todos devem alinhar-se diante do Senhor para honrar Sua autoridade. Deus não se move coletiva ou individualmente até que todo mundo se alinhe e mova-se conforme Sua posição prescrita. A submissão não é uma questão de gênero sexual, de acordo com as Escrituras. Todos devem sujeitar-se à autoridade, ou não podem tê-la. E uma regra simples. Memorize-a. Você não pode estar acima até que esteja abaixo. • Jesus se sujeitou aos Seus pais (Lc 2.51). • Os demônios se sujeitavam aos discípulos (Lc 10.17-20). • Israel pecou por não se sujeitar à justiça de Deus (Rm 10.3). • Os cristãos devem sujeitar-se a todas as formas de autoridade (Rm 13.1). • Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas (1 Co 14.32). • Os cristãos devem sujeitar-se uns aos outros (Ef 5.21). • As esposas devem sujeitar-se aos maridos (Ef 5.22; Cl 3.18; Tt 2). • A Igreja se sujeita a Cristo (Ef 5.24). • Os servos devem sujeitar-se aos seus senhores (empregados e pa­ trões) (Tt 2.9). 45

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• 0 mundo todo deve submeter-se a Cristo (Hb 2.5). • Todos se sujeitam ao Pai dos espíritos (Hb 12.9). • Os crentes devem submeter-se à autoridade espiritual (Hb 13.17). • Os crentes devem sujeitar-se a Deus antes de resistir ao diabo (Tg 4.7). • Toda a humanidade se submete àqueles que exercem autoridade sobre ela (1 Pe 2.13). • Os anjos e as autoridades se sujeitam a Cristo (1 Pe 3.22). • 0 jovem deve sujeitar-se ao ancião (1 Pe 5.5).

A submissão não é uma questão de gênero sexual. A submissão é a m aneira como Deus lib e ra os líderes. Quan­ do estes se submetem à maneira de Deus, eles se movem em direção a liberação da autoridade apropriada e saudável. Ainda mais importante, o Senhor escolh eu esse m étodo para alinhar o universo inteiro sob a lid e­ rança e a autoridade de Seu Filho, Jesus Cristo. A submissão é uma ideia de Deus; portanto, é ótima. Devemos aceitá-la com alegria. 0 Senhor não nos chama para sermos subm issos a fim de fazerm o-nos m iseráveis; pelo contrário, Ele nos chama à subm issão para que libere Sua plena autori­ dade sobre nós. Deus usa nossa submissão para que tenhamos êxito em nossa posição de autoridade. Isso me leva a uma pergunta investigativa direcionada aos maridos, pais, patrões, pastores e líderes de todo tipo: pessoalm ente, você se su­ jeita à autoridade? Se não, você perm anece vulnerável, desprotegido e ineficiente, pois você só é eficiente quando está debaixo de autoridade. Você não tem o direito de esperar subm issão daqueles que lidera se não se sujeitar à autoridade. Muitas vezes, os maridos exigem subm issão das esposas, mas eles não a praticam. Felizmente, durante os primeiros anos do nosso casamento, Deus e minha esposa me deram graça suficiente, até que aprendi como exercer de maneira correta a autoridade. Porém, demorou certo tempo. Falhei com os outros e fui um pouco grosseiro durante o processo; às vezes, magoando minha esposa, família e a congregação. Sinceramente tentei liderar, mas eu fazia sem estar debaixo de autoridade. Eu a exercia sem submeter-me. Porque, ainda que eu me glorie mais alguma coisa do nosso poder, o qual o Senhor nos deu para edificação e não para vossa destruição, 46

Submisso e Satisfeito não me envergonharei, [...] o poder que o Senhor me deu para edifica­ ção e não para destruição. 2 Coríntios 10.8; 13.10b Minha própria submissão à autoridade vacilou em certos momentos quan­ do eu era mais jovem. Quando eu tinha cerca de 12 anos de idade, aprendi uma lição muito valiosa sobre submissão. Meu pai, que passou quase toda sua vida adulta trabalhando com o capataz para diversas vinhas da Califórnia, tirou uma tarde para plantar algumas videiras em nosso quintal. Como de costume, ele me recrutou para ajudá-lo. Depois de cavar um buraco para colocar a parreira, ele me pediu para lhe entregar a cavadeira. Eu não fazia ideia que minha resposta teria sérias repercussões: “ Vá, você, buscar” , disse eu. Sem dizer uma palavra, papai desceu da videira, caminhou até a cavadeira e pegou-a. Logo em seguida, eu entendi. Sem aviso, meu pai perdeu as estribeiras, e eu saí correndo pelo quintal. Eu quero que saiba que entendi! De várias maneiras, entendi. Realmente compreendi o significado da submissão; e isso, em primeira mão. Você acredi­ taria que até hoje, eu nunca mais disse a ninguém: “ Vá, você, buscar” ? Com a pancada firme de uma cavadeira, aprendi a lembrar do valioso princípio da submissão. Se você for submisso, as bênçãos virão; mas, se não for, os castigos virão. 0 versículo 22, o mais citado do capítulo 5 de Efésios, instrui as mulhe­ res a sujeitarem-se aos maridos. No entanto, o versículo imediatamente an­ terior a este fornece o contexto para todas as passagens que se seguem sobre casamento. Paulo instrui, no versículo 21, a sujeitarem-se uns aos outros no temor de Deus. Entenderam, homens? Antes de exigir a submissão da espo­ sa, vocês precisam sujeitar-se um ao outro.

Sua submissão libera Deus para lhe abençoar. Devi e eu acreditamos piamente no princípio da submissão. Ela se sujeita a mim, e eu, a ela. E o que determina nossa submissão nem sempre é uma questão de quem está certo. Na verdade, raramente é. Nenhum de nós age com uma atitude cabisbaixa, de mãos na cintura, de “ Ok, você está certo. Eu vou me sujeitar” . Muitas vezes, não queremos honrar a outra pessoa por termos de abrir mão de nossos próprios desejos. Posso honrar Devi, deixando de lado minha própria agenda e buscando cumprir a dela.A submissão não é uma desistência forçada para manter a paz; pelo contrário, é uma decisão para ceder à sabedoria do outro. Você e seu cônjuge precisam entender que a autoridade de vocês como líderes nunca enfraquece por vocês se sujeitarem um ao outro. Na verdade, ela é fortalecida. 47

E LE D IZ , E L A D IZ

Sem dúvida, uma das histórias mais comoventes sobre submissão vem do encontro de Jesus com o centurião romano, uma história encontrada na Bíblia, no capítulo 8 do Evangelho de Mateus. Esse centurião possuía au­ toridade sobre mais de 100 soldados, mas ele reconheceu e sujeitou-se à autoridade de Jesus. Cristo, por sua vez, deixa muito claro ao centurião que, por causa da vontade dele de sujeitar-se à autoridade, seu servo seria cura­ do, sua fé seria notada em Israel, e ele seria incluído como gentio no Reino de Deus. Isso não é uma recompensa ruim por fazer apenas uma coisa, ou seja, sujeitar-se à autoridade. Você também pode receber uma recompensa igualmente grande. Confie em mim. Não, melhor ainda, confie na Palavra de Deus. Sua sub­ missão libera Deus para lhe abençoar.

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[ELA diz]

O SUBMISSA E SATISFEITA Por: Devi

ntriga-me o fato de que as pessoas tenham tanta dificuldade em aceitar o con­ ceito de submissão —dificuldade tal que raramente abordam o tópico de forma direta. Talvez seja porque cresci em uma família em que minha mãe respeitava meu pai. Agora, não entenda mal, não pense que minha corajosa mãe se compor­ tava de maneira passiva e permissiva, como uma mulher necessitada, que nunca se impunha. Não era esse o caso. Minha mãe trabalhava fora, ajudava a pagar as

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contas e administrava o orçamento familiar. E, evidentemente, ela amava meu pai, honrava-o e era submissa a ele. Todos nós sabíamos quem era o chefe. 0 dinheiro ficava com meu pai - não porque ele ficava dando ordens o tempo todo, mas porque ele era o papai. Nunca existiu a opção de sujeitar-se ou não. Honrávamos o papai fazendo o que ele mandava; e não apenas fazíamos o que ele mandava, mas também cozinhávamos sua refeição favorita e suportávamos jogos intermináveis de baseball no rádio e na televisão. Não fazíamos essas coisas porque ele nos forçava, mas porque o amávamos. A educação que recebi quando era moça incutiu em mim o respeito pela autoridade. Eu obedecia naturalmente aos meus professores na escola, e mais tarde em minha vida, eu obedecia aos meus patrões e fazia o que eles mandavam. Quando me apaixonei por Larry, eu reagia da mesma forma sub­ missa. Porém, em relação a ele, tive um pouco de dificuldade de honrá-lo do mesmo jeito que eu fora acostumada com meu pai.

UMA QUESTÃO DO CORAÇÃO A submissão não é apenas um gesto de obediência, ou seja, fazer o que alguém manda; é uma atitude de coração de amor e respeito, que honra os outros com o mais importantes que você. Isso vem naturalmente quando você aprende a respeitar as autoridades. Entretanto, se quando criança você po49

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dia desobedecer e conseguia as coisas do seu jeito; discutia até seus pais se dobrarem às suas exigências, você terá de trabalhar para desenvolver um coração submisso. Não devemos ter medo da submissão. Não perdemos nossa identidade ou valor próprio quando nos sujeitamos; na verdade, revelamos ter força [quan­ do fazemos isso]. Um coração submisso não tem de afirmar a si mesmo. Você não tem de provar seu ponto de vista e mostrar que tem razão, não permitindo que os outros tenham razão. Quando decidimos viver com um espírito rendido e submisso, discutire­ mos menos. Se tivermos razão, não teremos de provar isso; a razão, no final das contas, prova a si mesma. E se não temos razão, a submissão nos protege; nossos eixos não irão consumir-nos. Uma pessoa com um coração submisso até permite que os outros estejam errados, sem amontoar sobre eles vergonha ou culpa. Uma vez, escutei um grupo de mulheres discutir esse tópico. Ouvi várias delas darem ênfase à importância de concordar, em vez de se sujeitarem a um relacionamento matrimonial. Uma delas concordou com os comentários so­ bre a igualdade entre homens e mulheres. Curiosamente, percebi que o tom de suas vozes mudava quando elas mencionavam a palavra sujeitar. Falavam com tonalidade de repulsa, desaprovação e defesa; suas atitudes podiam ser resumidas em desafiadoras. Essas mulheres não eram maltratadas, nem seus maridos as tratavam com infidelidade e insensibilidade. Elas eram líderes religiosas - graduadas, in­ dependentes, pensadoras, leitoras da Bíblia, e frequentavam as reuniões de oração. Contudo, nossa cultura também influenciou a mentalidade delas. Es­ sas mulheres, não querendo serfracas, certamente não seguiriam a iniciativa dos maridos sem enxergar nisso uma concessão, chamando isso de acordo. Esposas, permitam que seu marido dê o primeiro passo e siga as suges­ tões e ideias dele. Ouça o ponto de vista dele e dê-lhe suporte em seu modo de pensar, sem sempre tentar mudar a perspectiva dele. Se ele tem um jeito diferente do seu, mas isso a levará ao mesmo destino pretendido, honre-o fazendo as coisas do jeito dele. Ele fará o mesmo por você.

COMO DISCORDAR DE FORMA AGRADÁVEL Você pode perguntar: “ Mas, e se não concordarmos?” Deixe-me escla­ recer. Um coração submisso não é sempre uma voz silenciosa, mas, sim, al­ guém que respeita o próximo o suficiente para expressar com segurança uma opinião diferente com autocontrole, comunicação articulada e embasamento para seu ponto de vista, [além de] usar uma abordagem diplomática. Quando 50

Submisso e Satisfeito dizemos o que pensamos, podemos entrar em uma discussão que levará a um bate e volta de ideias e filosofias; e neste ponto, tanto o marido com o a mulher testam o coração submisso. Pergunte a si mesma: • “ Estou fora de controle com minhas em oções?” • “ Pretendo mostrar ao meu marido que ele não tem razão?” • “ Para mim, é importante fazer as coisas do meu jeito?” Se você respondeu sim a uma dessas perguntas, você perde, mesmo que ven­ ça. Entretanto, se chegar a um impasse, Deus providenciou um juiz em Sua Pa­ lavra. Ele deseja que nos sujeitemo-nos uns aos outros; contudo, o capítulo 5 de Efésios diz: Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor (Ef 5.22). Uau! Mas, e se ele não tiver razão? Digo que isso definitivamente vai acontecer. Eu já tive a resposta certa que Larry jamais ouviria, mas, mesmo assim, eu me sujeitei à sua decisão, e isso estava errado? Sim. Qual foi o resultado? Vivemos em harmonia, não com o objetivo de apontar o dedo para provar quem tinha razão ou não, mas pretendemos viver em unidade. Quando me sujeito e ele não tem razão, vivemos juntos as consequências da decisão errada, mas Deus nos honra no processo. Larry aprende a lição, e eu vivo em unidade e amor com meu marido.

Esposas, permitam que seu marido dê o primeiro passo e siga as sugestões e ideias dele. 0 jogo muda. Larry também já se sujeitou a mim quando o pressionei para ver minha sabedoria. Lembro-me de um caso em que minha sabedoria provou ser uma persuasão motivada pelo egoísmo e pela tolice. Para fazer do meu jeito, Larry cedeu e violou seu bom senso de juízo. No momento, parecia mais um acordo, pois, na verdade, ele se sujeitou a mim em vez de eu me submeter a ele. Até hoje, quando estamos prestes a descobrir que tomamos uma decisão errada, admitimos isso juntos. Assim, não culpe um ao outro, arrependam-se e fiquem unidos. Deus não está tão preocupado se você tem razão ou não; Ele procura um coração hum ilde e contrito - um coração rendido e subm isso um ao outro e a Ele. 51

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Lutamos contra o quê? Submissão ou autoridade? Na liberação das mu­ lheres, ficamos ressentidas pelo fato de outros nos dizerem o que fazer? Nos­ so esforço de controlar nossa própria vida sempre nos leva a controlar a dos outros também? Alguém pode dizer: “ Meu marido não tem autoridade so­ bre mim; compartilhamos em igual parceria. Não me sujeitarei à autoridade dele” . Sim, vocês são igualmente valiosos, mas vocês dois não são o “ primeiro da fila” no casamento. A Palavra de Deus claramente declara que, no ca­ samento, o marido é “ a cabeça da esposa” . Nenhum governo, corporação, igreja ou família trabalha de forma eficiente quando são liderados por dois presidentes. Todas as instituições têm um único presidente - a cabeça, que autoriza todos os colegas a atingirem as metas em unidade. Vamos falar sobre autoridade e como isso afeta nossa vida.

A AUTORIDADE É UNIVERSAL A autoridade está em toda parte, e seu princípio entra em ação no mo­ mento em que nascemos. 0 espírito humano deve render-se à autoridade, se não, não conseguirá viver em paz. E quando resistimos a ela, vivemos insatisfeitos e miseráveis. A submissão à autoridade traz segurança e conten­ tamento para nossa alma. Ela nos libera, em vez de prender-nos. Resistir à autoridade atrai muita energia negativa. Pense na criança que decide desobedecer. Resistir à súplica do pai do “ venha aqui” gasta muita energia. A criança foge, e quando os pais a encontram, ela briga, resiste, tem um ataque de fúria, chora e, por fim, termina em exaustão. Sujeitar-se teria sido bem mais fácil e mais recompensador.

Deus não está tão preocupado se você tem razão ou não, Ele procura um coração humilde e contrito - um coração rendido e submisso um ao outro e a Ele. Desde que a autoridade é uma lei universal, quem sou eu para pensar que posso desafiar essa lei e ainda experimentar o resultado positivo que este princípio absoluto gera? Um princípio fundamental não tem exceções. A s­ sim, da mesma forma, qual cientista tentaria provar que a lei da conservação de energia tem exceções? Simplesmente não existem exceções! [Então,] por que eu ainda ia querer tentar desaprovar um princípio universal? Logo, respeitar à autoridade e submeter-me a ela, quer seja um guarda de 52

Submisso e Satisfeito trânsito, a Receita Federal, o órgão público ou o meu marido, traz satisfação e paz para minha vida. Isso remove meu esforço, o uso da energia negativa e protege-me de ser governada pelo meu coração por meio de em oções negati­ vas, com o medo, ira, ofensa e amargura. Recentemente, mudamo-nos para nossa nova casa, e eu quis fazer um novo canteiro para plantar uma fileira de arbustos de buxo aparados, alinhando o ca­ minho até nosso quintal. Para essas plantações se alinharem corretamente ao portão, o caminho precisava invadir os limites da propriedade do vizinho em quase dois metros quadrados. Pedi permissão a ele para fazer isso. Toda vez que pedir permissão a alguém para fazer alguma coisa, prepare-se para submeter-se à resposta dele. Eu estava totalmente motivada para valorizar nosso jardim em um estilo de jardinagem elegante e formal. No entanto, quando pedi permissão, estipulei que concordaria com a decisão de meus vizinhos, quer fosse sim ou não, mas eu realmente pensei que eles dariam uma única resposta: “ Sim” . Porém, passou a tarde e eles responderam que não queriam que eu me intrometesse nem um centímetro sequer nos limites da propriedade deles. Minha pergunta lhes deu autoridade sobre mim. Assim, encarei as decisões de sujeitar-me a eles, honrá-los e não guardar ressentimentos; ou de subme­ ter-me, pensar na insensibilidade deles cada vez que os visse e criar uma barreira de comunicação em nosso relacionamento.

A submissão à autoridade traz segurança e contentamento para nossa alma. A o lon go da vida, quase diariam ente, enfrentam os uma infinidade de oportunidades para sujeitarm o-nos e ficarm os satisfeitos, para su jei­ tarm o-nos e ficarm os ressentidos, ou até para fazerm os inim igos por não nos sujeitarm os e fazerm os [as coisas] do nosso jeito. E scolh er sujeitar-se e respeitar a autoridade da outra pessoa nos liberta e perm ite-nos colh er os frutos de uma vida p a cífica . Não existe estilo de jardinagem algum que seja digno de criar um relacionam ento desconfortável com meus vizinhos. Eles provavelm ente veem algo que eu não, e a d ecisã o d eles p od e proteger-m e no futuro. Na realidade, a verdadeira submissão sempre vence. Um coração que, de fato, é submisso permanece grato, mesmo quando a resposta for “ não” . Para aceitar totalmente este princípio, pode ser de grande ajuda retratar as seguintes imagens da palavra “ sujeitar-se” e de seu sinônimo “ ceder” . Quando dirijo em uma rodovia com um trânsito pesado a 100 km por hora, 53

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vejo placas de dê a preferência. No estado onde eu morava no passado, as placas na rampa das estradas diziam confluência. Contudo, dar a preferência e confluir contêm dois significados muito diferentes. Dar a preferência significa adiar, sujeitar-se, ceder; e confluir significa combinar, reunir, fundir. No casamento, a esposa dá a preferência, e assim, a vida do casal pode confluir. Se seguirmos em frente no tráfego acelerado, insistindo em nossos próprios direitos sem ceder enquanto nos fundimos ao outro, provavelmente derramaremos sangue desnecessário. Quando dou a preferência e procuro meu lugar para confluir no trânsito em curso, o tráfego [naturalmente] ajusta sua velocidade e permite que eu me torne uma ao unir-me com o fluxo. Unimo-nos porque ajustamos nosso ritmo. Esta é a recom ­ pensa satisfatória de viver uma vida submissa.

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[ELE diz]

A MALDIÇÃO DA CRÍTICA Por: Larry

mbora Paulo deixe de mencionar na primeira carta aos Coríntios, estou certo de que muitos cônjuges creem que mais um dom deveria ser adicio­ nado à lista do capítulo 12 —o dom da crítica. Na maioria das vezes, este se manifesta entre os casais logo após dizerem “ aceito” , e consiste em liberar regulares comentários de censura e depreciação. Esse dom [também] se especia­ liza em expor as falhas, bater na mesma tecla das fraquezas, condenar constan­

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temente, e dedicar-se a diversas formas de procurar defeitos. No fim, o acusador eloquente permanece como vencedor e o vencido se toma um fracassado retraí­ do, sentindo-se sem autoconfiança ou valor. 0 dom da crítica é quase sempre exercido por um dos cônjuges que, nos estágios iniciais do matrimônio, sentia que seu chamado era mudar o outro. 0 objetivo é realizar as mudanças necessárias para vê-lo transformado à ima­ gem do crítico. Isso exige que o cônjuge “ dotado” revele, exponha e aumente cada falha vista no parceiro aparentemente menos “ dotado” . Enquanto as falhas são expostas durante o processo, o resultado final pretendido é [alcan­ çar] a perfeição do outro cônjuge. Aleluia! As coisas esquentam mais quando ambos os cônjuges são “ habilido­ sos” em criticar. Esta bênção (ou maldição) dupla geralmente chega quando os parceiros conseguem, de maneira habilidosa, participar de lutas de boxe verbais. Nessa situação , eles tentam superar o outro com pedacinhos de sar­ casmo e golpes verbais na mesma moeda. Ninguém tem vontade de desistir quando é atacado. 0 único objetivo pessoal é golpear verbalmente o outro com palavras cruéis, até que ele seja levado a nocaute. Às vezes, a luta de boxe pode durar meses, ou até anos. Infelizmente, a competição, de fato, nunca termina, e as cicatrizes podem durar a vida toda.

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A DEVASTAÇÃO DA CRÍTICA Quer a crítica venha, em geral, de um ou dos dois parceiros, o resultado final é sempre o mesmo — a devastação. Ninguém atinge seu pleno potencial sendo atacado pelo outro. 0 dom da crítica é, obviamente, o fruto do espírito humano e carnal, e não do Espírito. 0 que é isso na natureza humana, que é mais propenso a ver e apontar as fraquezas dos parceiros, do que ressaltar os pontos fortes? Por que um mando destruiria a autoestima da esposa, ou por que ela desmoralizaria a autoestima dele? Por que é mais fácil difamar uma pessoa do que encorajá-la? Cada escolha exige a mesma quantidade de palavras. Nada é mais devastador do que uma língua solta e descontrolada. Ela pode fazer fracassar até mesmo o parceiro mais cheio de potencial. Será que, realmente, conhecemos os efeitos devastadores da crítica constante? Nin­ guém consegue sobreviver a ela. Tiago, um escritor do Novo Testamento, no terceiro capítulo de sua carta, revela um bom aspecto: a língua é inflamada pelo inferno, e carrega consigo o fogo de um mundo de iniquidade.

POR QUE CRITICAR SEU PARCEIRO? 1. A doença da insegurança Gente insegura destrói outras [pessoas] - moral da história. Estou convic­ to de que criticamos nossos parceiros porque somos infelizes conosco mes­ mos. Não gostamos de quem somos, e nossa baixa autoestima se revela pela maneira com o tratamos nosso cônjuge. Quando aconselho jovens que estão pensando em casar-se com uma moça, sempre faço um questionamento. Pode surpreender-lhe que a primeira pergunta não seja “ Ela já nasceu de novo?” ; esta é a segunda. A primeira pergunta é: “ Quando você está com ela, ela o elogia ou humilha?” Se o jovem responde: “ Ela às vezes (ou sempre) me humilha” , então eu o aconselho fir­ memente: “ Vá em frente! E improvável que você tenha sucesso na vida ou no ministério com um cônjuge que o censura” .

Estou convicto de que criticamos nossos parceiros porque somos infelizes conosco mesmos. A mesma pergunta se aplica à jovem: “ Quando você está ao lado do ho­ mem dos seus sonhos, você se sente edificada ou abatida?” A resposta mos­ trará se ela deve prosseguir ou fugir. Não importa se ele age como o homem 56

A Maldição da Crítica mais espiritual do mundo; se uma moça se sente abatida quando está perto dele, ela deve largar tudo e fugir. Tenho visto muitas mulheres destruídas por esses homens autoproclamados de Deus. E logo após a cerimônia de ca­ samento com tal homem, ele se transforma em Atila, o huno, e ela se torna a escrava em ocional dele.

2. O castigo do moralismo O moralismo também pode levar uma pessoa a criticar o parceiro. Um cônjuge moralista pode censurar seu parceiro por não ser tão espiritual. In­ dependente do quanto tente, a pobre vítima do assédio espiritual nunca con­ segue ter total sucesso. Mesmo que a pessoa faça um grande esforço, sua determinação nunca satisfaz o parceiro. As mulheres moralistas tentarão dominar o casamento por meio de uma variedade de métodos que vão da manipulação à condenação. Por meio da pressão sutil (e às vezes, não tão sutil assim) para adaptar o marido ao seu conjunto de regras religiosas, a esposa constantemente o cutuca com frases do tipo: ” Leia mais a Bíblia” , “ Ore mais” , “ Vá mais à igreja” ou “ Seja mais espiritual!” Porém, toda vez que ela o pressiona para ser a cabeça da casa, ela está, na verdade, afastando-o cada vez mais disso. Estou certo de que essas mulheres creem que é mais fácil para elas fazer seus maridos serem espirituais do que confiar no Espírito Santo para isso. Ou, no mínimo, elas sentem que o Espírito Santo, certamente, poderia precisar da ajuda delas. 0 legalismo é a tática masculina mais frequente. Ao contrário das mu­ lheres, um homem crítico tende a usar o legalismo em vez da manipulação e da condenação para reforçar suas convicções. Para ele, o que vale é a Lei de Moisés. A graça está fora de cogitação. Ele pode dizer: “ Eu disse e pronto! Deus e eu somos sinônimos. Você será espiritual porque eu digo que será!” Quanto mais legalista ele é, maiores os níveis de críticas à esposa e aos mem­ bros da família. Ninguém fica isento de seu espírito altamente crítico. Um homem legalista é sempre opressor. Ele serve a Deus por obrigação, e não por alegria ou amor. Todas as críticas vem em forma de condenação. E coitados dos filhos e esposa que amam divertir-se, pois o legalista considera a diversão uma forma de carnalidade e pecado. Sinto muito pela esposa e filhos que cresceram sob o domínio espiritual moralista desse homem.

3. O veneno do perfeccionismo 0 perfeccionismo é a terceira causa de uma atitude crítica. 0 cônjuge exigente pode fazer com que as exigências meticulosas, perfeitas e exatas conduzam a esferas totalmente novas de sofrimento. Os perfeccionistas são mestres da miséria. Eles sabem como fazer todos ficarem desanimados, in­ 57

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cluindo eles mesmos. O estilo de vida purista sempre se infiltra em todos e em tudo dentro de sua esfera de influência. Louvado seja Deus, eu não sou mais um perfeccionista, mas, em certo tempo, fui. Eu podia tirar um cisco do seu olho a um quilômetro de distância. Através da lente telescópica da minha atitude julgadora, eu podia citar suas falhas sem ao menos o conhecer. Eu conseguia criticar questões que não me­ reciam ser. Eu conseguia achar falhas em sua casa, filhos, cabelo, calvície e roupas; no seu carpete imundo; em seu cão malvado e feio; em sua caspa ou seu mau odor. Eu conseguia criticar o seu jeito de andar, conversar ou usar o fio dental. Eu conseguia criticar sua teologia e metodologia. Eu conseguia criticar sua cosmologia e desaprovar sua etimologia. Eu conseguia julgar sua musicologia e condenar sua escatologia. E ai daquele que não tivesse uma “ -logia” para eu censurar. Então, eu me casei. Oh! Deus, ajuda-me! Logo com ecei a descobrir que o perfeccionism o é pecado. Não! E PECADO! 0 perfeccionista é o maior dos detalhistas. Ele consegue encontrar falhas em tudo e em todos. Só para começar, minha esposa não tampava o tubo de creme dental. Pior ainda, ela apertava o tubo bem no meio! E lógico, ela nunca tinha lido as instruções do lado da caixa —imprescindível para qualquer perfeccionista. E o que foi mais ofensivo foi a noite em que percebi que meu tubo de pasta de dente estava úmido antes de usá-lo. Eu quase parti antes do arrebatamento! Minha reação foi: “ 0 quê? Só porque você esqueceu seu tubo de creme dental em casa não significa que você pode usar o meu!” Então veio o dia em que descobri que ela colocou o rolo de papel higiênico do lado de baixo no rolete. De fato, foi um dia sombrio. Dá para imaginar? De novo, DÁ PARA IMAGINAR? Percebe como isso pode ser traumático para um per­ feccionista? Para os homens que estão sempre correndo, como você pode ir mais rápido quando o rolo de papel higiênico está do lado de baixo? Você não está feliz pelo dia em que Deus me mostrou que Ele deseja excelência, e não perfeição? Sim, e é assim com todo mundo. Eu nasci de novo, de novo. E especialmente difícil quando um perfeccionista encontra outro. Deixe-me ilustrar com uma experiência pessoal: uma vez, sentei-me em um restau­ rante com meu braço sobre o encosto do estofado. Um homem sentado logo atrás de mim se levantou de seu assento e aproximou-se de onde eu estava e deu-me um tapinha no ombro [e disse]: “ Você está quase tocando em minha mãe” . “ Oh, desculpe-m e” , eu respondi, notando, pela primeira vez, sua idosa mãe sentada atrás de mim. “ Eu toquei em sua mãe?” [, perguntei] “ Não” , ele disse, “ Mas estava quase tocando!” Eu tinha acabado de ter contato com um membro daquela raça de pessoas adoráveis que não toleram imperfeição nas pessoas imperfeitas ao seu redor. 58

A Maldição da Crítica Esse padrão parece alto porque ele acha que todos os pontos fracos, as fra­ quezas, os erros, os pecados e as falhas humanas são imperdoáveis. Não, seu padrão não é Jesus ou a Bíblia, mas, sim, ele mesmo. Se você não corresponder às suas exigências perfeccionistas, ele o cri­ ticará com sua lista. E, uma vez que você entra para esta, é difícil sair. Por quê? Porque você provavelmente continuará cometendo os mesmos erros im­ perdoáveis que colocaram você na lista. Para um perfeccionista, o inferno é descobrir que ele não é perfeito. A conclusão final, curta e simples é que o perfeccionism o é um pecado que requer arrependimento. Ninguém é perfeito, incluindo o perfeccionista. Se o seu objetivo máximo na vida é trabalhar com o um cirurgião espiritual, então você pode remover o argueiro do olho de qualquer um - principalmente do seu cônjuge — mas primeiro, tire a trave do seu. Caso contrário, você não terá os requisitos necessários para realizar a cirurgia.

4. O pecado da autopromoção A autopromoção é outra fonte de críticas. Em minha opinião, os homens são mais culpados nesta área. Este é o homem inseguro que se engana ao pensar que a única maneira pela qual pode desenvolver-se é desmerecendo sua esposa. E, na maioria das vezes, ele faz isso em um nível subconsciente, não conhecendo sua motivação. Porém, as outras pessoas veem os resultados. A pobre mulher tem de suportar a humilhação e a reprovação constante na frente dos outros para que a imagem machista dele seja agradada. Contudo, ele deve perceber que, quando humilha publicamente a esposa, ele também se abate. Você não pode, ao mesmo tempo, edificar-se enquanto abate sua esposa. Em Efésios 5.28, Paulo considera o ódio da esposa o mes­ mo que autodepreciação, porque ela e o marido são um. Assim, o que ele faz à sua esposa, faz a si mesmo. Maridos, se vocês depreciam suas esposas, no final das contas, vocês se devastarão. É simples.

5. Egoísmo: o destruidor final Por qualquer razão que um cônjuge desmereça o outro, ela sempre se re­ sume a uma palavra — “ ego” . 0 egoísmo é o maior destruidor de casamento e liderança. A crítica no casamento rapidamente morreria por falta de uso, se não fosse pelo egoísmo, levantando sua cabeça horrenda no relacionamento.

OS PARCEIROS PODEM SER FERIDOS A boa notícia é que podemos trocar as críticas por edificação e encora­ jamento. Como uma pessoa que é crítica por natureza consegue mudar sua 59

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personalidade para incentivadora? Deus, afinal, é o que exalta minha cabeça (SI 3.3). Existem inúmeras soluções para ajudar um parceiro a crescer em seu total potencial. Quem melhor para nos ajudar a libertar-nos dos padrões de hábitos destrutivos do que um cônjuge amoroso e sensível?

Podemos trocar as críticas por edificação e encorajamento. Como podemos quebrar os padrões destrutivos de abuso verbal? Quais são os antídotos? Existem vários. 1.

Retire sua própria trave Jesus toma claro em Mateus 7.3-5 que, se eu quiser remover um argueiro do olho de outra pessoa, devo primeiro remover a trave do meu próprio olho. E isso realmente funciona. Quando percebo que critiquei algo que minha esposa está fazendo, eu paro e digo a mim mesmo: “ Larry, você está sendo crítico sobre algo que Devi está fazendo; e ao mesmo tempo, você está ignorando totalmente seus próprios hábitos negativos. Se, primeiro, você mudar seus próprios hábitos negativos, então, será capaz de resolver os seus problemas” . 0 engraçado é que assim que com eço a remover a trave do meu próprio olho, logo esqueço porque ela me irritou antes.

2.

Transforme o negativo em positivo Transforme a irritação negativa em um atributo positivo. Você pode sempre encontrar algo positivo no que, anteriormente, considerava negativo. Busque isso, pois está lá. Lembre-se de que Deus não o chamou para mudar a outra pessoa. Essa é obra do Espírito Santo. Ele apenas chama você para mudar a si mesmo.

3.

Escolha amar 0 amor é uma escolha. É uma decisão, e não um sentimento. Paulo escreve em 1 Coríntios 13 as seguintes verdades: • 0 amor não se lembra dos erros; • 0 amor não registra as dores do passado; • 0 amor não inveja o sucesso dos outros; • 0 amor escolhe acreditar no melhor em uma pessoa;

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A Maldição da Crítica Pedro expressa um pensamento semelhante quando escreve estas pa­ lavras: porque o amor cobre multidão de pecados (1 Pe 4.8 ara). 4.

Seja paciente Deus é paciente com você. Estenda ao seu parceiro a mesma graça que Deus lhe dá.

5.

Fale palavras edificantes Fale apenas palavras que edifiquem a outra pessoa. Em Efésios 4.29, Paulo desafia [os cristãos] a frear quaisquer palavras torpes e cance­ rosas antes que saiam da boca. Temos de selecionar apenas palavras que edificam e encorajam. Lembre-se: não somos parte da equipe de destruição, mas da de edificação. Assim, se nossas palavras não edifi­ cam, não devemos usá-las. Às vezes, falamos as palavras mais detes­ táveis àqueles que mais amamos. Que Deus nos ajude!

6.

Não fa le imediatamente Quando algo o incomoda e você acredita que a questão deve ser abor­ dada, espere. Deixe suas emoções se acalmarem até que você consiga ver a perspectiva da outra pessoa. Não diga a sua esposa “ umas pou­ cas e boas” se isso a denigre. Além disso, lembre-se sabiamente de que toda vez que você diz “ umas poucas e boas” para alguém, sempre sobra menos para você.

UM CÔNJUGE QUE APOIA Adoro citar minha esposa como exemplo de alguém que sabe usar de maneira eficiente a diplomacia e a sensibilidade ao chamar minha atenção para coisas que precisam de mudança. Nunca sinto que ela está no modo de ataque; mas, em vez disso, ela mostra um interesse genuíno em meu bem-estar. E claro, eu, como muitos homens, fico na defensiva por natureza; por isso é importante que tenhamos cônjuges que saibam quando e com o chamar nossa atenção para áreas preocupantes. Eu não conheço muitos líderes bem -sucedidos cujos cônjuges os depre­ ciam constantemente. De fato, eu não consigo pensar em ninguém. Por outro lado, posso nomear centenas de excelentes líderes cujos companheiros lhes dão apoio e incentivam-nos. Se você não edifica seu companheiro pública e particularmente, importa menos ainda quem quer que edifique. Ter sua esposa ou marido como presidente de seu fã-clube é a melhor das bênçãos. 61

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DUAS PALAVRAS DEVEM SER PROIBIDAS Proíba duas palavras em seu vocabulário - as paradoxais crítica construti­ va. Elas se contradizem. O construtivo cria algo bonito; a crítica é espinhosa, dolorosa, insensível e egoisticamente motivada. Ela sempre destrói. Não é motivada pelo amor, mas por uma atitude de julgamento por parte do infrator. Assim, as críticas nunca podem ser construtivas. Uma pessoa madura deseja ser corrigida quando está errada — mesmo que ela fique tão defensiva como eu. Todavia, ninguém consegue suportar a constante crítica sem sua autoestima e valor próprio serem destruídos.

A PARÁBOLA DA ROSA Sammy Jo Barbour, um detento da Penitenciária do estado de Iowa, en­ viou-me uma parábola que ele escreveu, depois de ver Devi e eu na Celebration [Celebração], um programa de televisão apresentado por Joni e Marcus Lamb, da rede Daystar em Dallas, Texas: Certo homem plantou uma rosa e regou-a fielmente. Antes de florescer, ele examinou e viu o botão que em breve desabrocharia; mas também percebeu os espinhos sobre o talo da flor e pensou: “ Como uma bela flor pode vir de uma planta com tantos espinhos afiados?” Triste pelo seu pensamento, ele deixou de regar a rosa, e antes de estar pronta para desabrochar, ela morreu. Assim acontece com muitas pessoas. Dentro de cada alma há uma rosa. Ao nascer, tivemos qualidades como as de Deus plantadas em nós, que cres­ ceram em meio aos espinhos de nossas falhas. Muitos de nós olham para si mesmos e veem apenas os espinhos, os defeitos. Desprezamo-nos, pensando que provavelmente nada de bom pode vir de nós. Deixamos de regar o bem dentro de nós e, por fim, ele morre. Nunca percebemos o nosso potencial. Há pessoas que não veem a rosa dentro de si. Assim, outros devem mostrar-lhes. Um dos maiores dons que alguém pode possuir é a capacidade de ultrapassar os espinhos do passado e encontrar a rosa dentro dos outros. Isso caracteriza o amor - olhar as pessoas e conhecer seus verdadeiros defeitos, mas, ainda assim, aceitá-los na sua vida e reconhecer a nobreza em sua alma. Ajude-os a perceber que são capazes de superar suas falhas. Se lhes mostrarmos a rosa, eles vencerão os espinhos. Só então florescerão muitas vezes mais. Dentro de cada alma, há uma rosa. 62

A Maldiçao da Crítica Esta parábola me fez extremamente grato por Devi. Louvo a Deus por minha esposa/líder, que passou sua vida escolhendo ignorar meus espinhos para cultivar minhas rosas!

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[ELA diz]

GB A MALDIÇÃO DA CRÍTICA Por: DEVI

arry me impressiona. É obvio que ele usa a ironia para prender a atenção do leitor e comunicar uma verdade comovente — a qual é essencial aceitar, principalmente quando líderes vivem juntos. A verdade é que a crítica, em todas as nuances, é uma maldição, e não um presente! E impossível alcançar os objetivos na vida se tiver de lidar constantemente com a nuvem escura da de­

L

saprovação. A crítica gera insegurança, e ninguém tem sucesso na vida quando esta prevalece.

OS LÍDERES SÃO ALVOS Eu queria que meu marido fosse bem-sucedido. Ele trabalhava tempo in­ tegral no ministério quando casamos, e sentia-me honrada por ser a esposa do pastor. Devo admitir que eu fantasiava sobre a vida da família de um ministro. Eu via sua profissão no mesmo nível da do prefeito da cidade, dos médicos e dos advogados. Cresci em uma família que respeitava o sacerdócio e também tenho grande consideração por aqueles que serviram no ministério. Não muito tempo depois de aceitarmos nosso primeiro pastorado, no entanto, eu aprendi de ma­ neira diferente. De alguma forma, a pessoa importante com quem me casei não era necessariamente vista como alguém importante por todos. Na verdade, logo percebi que ele era alvo de críticas. E não só as pessoas o criticam, mas também eu e nossos filhos.

A crítica gera insegurança. Eu logo soube que a melhor defesa contra a tentativa dos outros de des­ truir o sucesso do meu marido era fazer tudo o que pudesse para edificá-lo. 64

A Maldição da Crítica Enquanto as pessoas o abatiam, eu o edificava. Eu era a única que tinha maior poder de influência para expulsar da vida dele a insegurança. Não é que não veja os defeitos dele; é que, sim plesm ente, suas vir­ tudes pareceram ser bem maiores. Vi com clareza o papel que me foi atribuído nesta batalha contra a crítica. Por que eu escolheria ficar de braços cruzados e vê-lo lutar sob os ataques de pessoas críticas? Afinal, se ele for bem -su cedido, também receberei as bênçãos. E se ele falhar, eu sofrerei. Por que, então, eu escolheria gerar ou impor insegurança a ele, apontando seus defeitos?

O PODER DAS PALAVRAS As palavras têm poder! Elas têm o poder de edificar ou de destruir. Minha passagem favorita — um guia para a minha vida — está em Efésios 4.29: Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que f o r boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. Acredito que esteja na natureza carnal de todos encontrar falhas nos ou­ tros. Este é um nível de vida baixo. No entanto, quando verdadeiramente andamos no Espírito, escolhemos vencer as manifestações carnais e aplicar a verdade em nossa vida. Assim, quanto mais seguro você tornar-se em Cristo, mais fácil é edificar o próximo. Em situações sociais, é tão constrangedor e desconfortável quando ou­ tros casais se golpeiam e esfaqueiam-se com palavras. A atmosfera se toma sufocante — como se não desse para respirar. Ê certo que você não sabe rir, e realmente deseja chorar. Como é triste arruinar o amor com palavras tão cm éis e indelicadas.

AS PALAVRAS PODEM VOLTAR-SE CONTRA VOCÊ A esposa destrutiva é aquela que constantemente arrasa seu marido. azucrina, despreza e censura; e ela faz isso mesmo estando na presença filhos. Que imprudência! Ela não percebe os efeitos em longo prazo de jeito crítico. As consequências iniciais de depreciar o marido na frente

Ela dos seu das

crianças serão: elas desenvolverão uma falta de respeito pelo pai. No entanto, à medida que envelhecem, elas verão as coisas mais claramente, e acabarão desrespeitando também a mãe e a si próprias. Uma jovem me contou sua história: ela cresceu em uma casa com um úni­ co parente, sendo criada pela mãe depois que seus pais se divorciaram. Ela relatou que sua mãe construiu uma imagem do pai como um homem horrível, demoníaco.

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Quando era menina, ela foi privada de ter um relacionamento com o pai por causa da amargura entre seus pais. Só mais tarde, depois de tornar-se adulta, ela se encontrou com ele. Ela descobriu uma pessoa prática, traba­ lhadora e afetuosa. Enquanto criança, ela via sua mãe como uma vítima. A go­ ra, tendo uma perspectiva mais clara, questiona a veracidade da mãe sobre o caráter do pai. Ela, neste momento, entende a natureza crítica, hipócrita e manipuladora da mãe; e, carinhosamente, mantém um relacionamento com os dois. No entanto, vê com nitidez os resultados devastadores da condenação do pai feita pela mãe. A crítica nunca produz boas consequências. 0 que você espera alcançar sempre se virará contra você. Todo mundo perde.

O PONTO CEGO Por dez anos consecutivos, encontrei-me com um pequeno grupo de se­ nhoras que foram importantes influenciadoras. Cada ano, passávamos cinco dias juntas, conversando, orando e comendo, sem nenhuma agenda particu­ lar. Nomeamo-nos as Irmãs MSA, que era um acrônimo feito por nós para “ Mulheres Submissas e Agradecidas” . Éramos diferentes em muitos aspec­ tos, mas o que compartilhávamos em comum era o amor tínhamos pela Pala­ vra de Deus e o amor pelos nossos maridos. Para mim, este era um tempo pessoal de avaliação perante o Senhor, em preparação para o próximo ano. Lembro-me claramente de perguntar a Deus: “ 0 que queres que eu melhore em minha vida neste ano?” Certo ano, Ele dis­ se para eu falar menos e ouvir mais. E eu fiz isso; agora, já é um hábito. Mas, para minha surpresa, o Espírito Santo me atingiu no meu ponto cego. Neste ano, o que eu ouvi em meu espírito foi: “ Devi, você é crítica e julgadora” . CARAM BA! Argumentei com Deus. Como assim? Eu ensaiava em minha mente os diálogos e os momentos de negociações, desaprovações e conflitos. Eu sempre queria o melhor para o próximo, não censurava ou desmerecia meu marido. Eu simplesmente não podia aceitar isso como verdade. Eu não via isso. Contudo, a voz suave e amorosa de Deus disse-me: “ Você não vê, porque chama isso de ‘discernimento’” . Discernir significa perceber ou reconhecer algo. Minha mente pensa ra­ pidamente, assim, chego a conclusões e tomo decisões sem demora. Sou na­ turalmente comunicativa e professora. Gosto de dizer aos outros o que sei, seja um livro que estou lendo ou uma receita que vale a pena cozinhar. Mis­ ture tudo junto e adivinhe o que você ganha: uma lição, uma correção, uma instrução, uma direção, uma sugestão. Devido ao fato de meu coração não ser mal-intencionado, eu nunca pensaria que tudo isso chegaria a ponto de 66

A Maldiçao da Crítica julgar os outros de modo que eu não deveria fazer, ou de criticar alguém por não alinhar-se aos meus padrões. Entendi! Deus conhecia minhas limitações; meus pontos fortes eram vulnerá­ veis ao tomarem-se minha fraqueza. Ele me pegou. Ele sabia que eu olhava para as pessoas do ponto de vista de como eu poderia melhorá-las, em vez de como eu poderia suportá-las. A diferença é uma abordagem de cima para baixo, em vez de uma abordagem humilde. Minha filha adulta tentou dizer-me isso por anos, mas eu simplesmente não conseguia ver. Eu a ouvia e tentava entender suas palavras carinhosas de correção, mas não conseguia, até que Deus me pegou. Por um ano, eu observei (e ainda observo). Primeiro, eu escutei meus pensamentos. Quando entrava em um saguão de hotel e queria ajustar o qua­ dro, descê-lo e colocá-lo em linha reta, eu parava, mudava minha maneira de pensar e olhava para a pintura. Apreciei as cores e o estilo em vez de querer realinhar o quadro. Então, percebi quando quis dar instruções aos outros, im pedindo-os de aprenderem com seus próprios erros. E uma linha tênue para andar, para discernir, e não para julgar ou criticar. E o famoso ensinamento de Jesus, citado até mesmo por ateus: Não ju l­ gueis, para que não sejais julgados. Este é o primeiro versículo do capítulo 7 de Mateus. Ele vai explicar que é comum tentar remover um argueiro do olho de alguém quando temos uma trave no nosso. Eu entendi isso e, com honestidade, trabalhei constantemente para reduzir de maneira gradual minhas próprias traves. Talvez era por isso que ainda morava com meu ponto cego. Em Mateus 7.6, Jesus disse: nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; para que não as pisem e, voltando-se, vos despedacem. Minha pergunta foi: “ Como saber que são porcos, a menos que os julgue porcos?” Boa pergunta. Aqui está o que eu aprendi: ter bom senso e ser juiz são coisas muito di­ ferentes. Bom senso é a capacidade de tomar uma decisão ponderada. Julgar é ter um ponto de vista excessivamente crítico, de acordo com a definição do dicionário. Com esse entendimento, ao longo de um ano, eu já era capaz de converter minha atitude crítica e julgadora em uma que tomava decisões ponderadas — especialmente a de falar ao próximo de uma posição de baixo para cima, incentivando-os, em vez de instruí-lo ou corrigi-los.

Ter bom senso e ser juiz são coisas muito diferentes. Larry é o benfeitor da minha melhora, e assim é a minha família. Se eu posso mudar, então você também pode. Obrigado, Espírito Santo, por ser meu auxiliador. Não somente eu sou grata, mas os outros também são. 67

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[ELE diz]

G» EU SOU O MACHO Por: Larry

uase conseguimos ouvir os grunhidos do Tarzan enquanto ele balança de um galho de uma árvore para outro. Finalmente, ele atinge o chão com um baque e solta seu famoso grito: “ Oooh-oooooooh-oooh” . Então, ele se vira para Jane, batendo no peito e gritando: “ Mim macho, mim o líder” . Jane, claro, tendo lido Efésios 5.21, sujeita-se de boa vontade ao seu

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valentão espiritual com desdém: “ Claro que você é, amorzinho. E eu humil­ demente me sujeito à sua autoridade espiritual” .

NÃO SEJA UM FILHO DAS SELVAS!1 Em casamentos doentes, o Tarzan geralmente governa o relacionamento. Você consegue identificá-lo por seu peito amassado, que ficou côncavo pelos socos que recebeu e pelos delírios machistas. Este tipo de homem conhece a liderança forte e unilateral, mas não sabe dar e receber a liderança normal. Ele só conhece o lado de receber. Ele mantém a autoridade por meio da tática do medo, dos acessos de raiva, do controle financeiro, da intimidação, do si­ gilo, do mau humor, do egoísmo e da repressão à esposa e aos filhos. Ele exer­ ce domínio absoluto sobre o ambiente doméstico. Muitas vezes, ele se sente livre para aumentar o abuso emocional ou físico e, de vez em quando, toma uma grande decisão, que faz com que ele se veja melhor do que realmente é. É crucial para os líderes fortes dividirem a liderança com o resto dos membros da família e, em particular, com seus cônjuges. Isso não só cria um equilíbrio saudável em casa, como também produz membros saudáveis na família; e dá ao homem a capacidade e a liberdade de tornar-se tudo o que Deus deseja [que ele seja], Infelizmente, os líderes autoritários mantêm seus seguidores anêmicos e fracos. 1Personagem retirado do filme 0 filho da selva, de 1981.

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Eu Sou o Macho Já em um casamento saudável, o pêndulo da liderança balança para fren­ te e para trás, entre marido e mulher. Deve existir um equilíbrio saudável de liderança entre os cônjuges. Tanto o marido como a esposa conhecem as respectivas áreas de competência e capacidade, e cedem ao outro quando uma tarefa ou decisão é mais adequada para as habilidades de seu parceiro.

TAMBÉM NÃO SEJA UM FRACO! 0 oposto do líder dominante é igualmente fraco. Ele se encaixa na descri­ ção de um homem tímido, molenga, indefinível, covarde, abdicado, retraído, decadente e indeciso. Ele fala com frequência a resposta: “ Sim, querida” . Este homem não se locomove entre árvores e arbustos. Balançar entre árvores pa­ rece ser muito perigoso, e brincar entre arbustos pode dar coceira. Ele pode aceitar podá-los, mas só se tiver luvas para vestir, para que a tesoura de poda não machuque suas mãos. Você sabe quanto custam as loções hoje em dia. Praticamente, todos esses homens bons, porém tímidos, possuem um medo tremendo das esposas. E este sentimento os impede de tomar decisões eficientes o que, por sua vez, impos­ sibilita-os de ganhar o respeito das esposas que anseiam. Na verdade, porque têm medo de tomar a decisão errada, provavelmente não tomarão nenhuma. Eu ouvi um exemplo deste tipo de homem há vários anos, contado de forma tipicamente apócrifa por um pregador, que queria exagerar em um ponto. Foi dito que São Pedro, na tentativa de examinar os candidatos recém-chegados ao céu, instruiu todos os homens que não tinham sido acovardados pelas esposas para ficarem em uma determinada seção reservada na cidade celestial. Daque­ la área, eles seriam levados à mansão deles. Todos imediatamente obedeceram e foram em direção à sala de espera, com uma exceção. Um homenzinho tímido se encolheu em um canto. “ Por que você não permanece com o restante dos homens?” , exigiu o respeitado Apóstolo. “ Porque minha esposa disse para eu ficar aqui” . Ha! Ha! Hi! Hi Hi! É engraçadinha se nunca ouviu essa história antes, mas isso relata uma verdade que parece encaixar-se para muitos homens da geração atual. A maio­ ria foi criada pelas mães, avós ou tias, e cresceu sem ter um par de calças para apegar-se. Eles não tinham quaisquer modelos masculinos para mentoreá-los. Acho que os homens cabisbaixos e fracassados que se encaixam nessa descrição são mais tristes do que patéticos. Estamos criando uma geração de homens passivos, que necessitam desesperadamente de modelos. Precisamos de líderes masculinos fortes, espirituais, equilibrados e sensíveis, que levarão esses homens sob seus paletós, ajudando-os a fugir da paralisia e da dor deste estilo de vida. 69

E L E D IZ , E L A D IZ

Enquanto a Bíblia apresenta vários exemplos de líderes fracos, tímidos e sem confiança, eles não parecem ser o tipo de homem que Deus projetou. A razão é porque homens tímidos e recatados raramente demonstram a auto­ ridade necessária para representar Deus. Porém, da mesma forma, o Senhor raramente convida o tipo Tarzan. Um se recusa a usar a autoridade, enquanto o outro só sabe abusar dela. Ambos os extremos podem desqualificar-se para serem usados por Deus.

SEJA HOMEM COM H MAIÚSCULO! Elias, o homem que foi modelo para João Batista, aquele que, em Malaquias 4.5, o profeta apresenta como padrão de homem com H maiusculo! Ele entrou em cena com um zelo pelo Senhor que, tanto dizimou os profetas de Jezabel como de­ safiou as blasfêmias de Acabe. Sua palavra tinha o poder de fazer parar de chover por três anos e meio, mas também tinha a compaixão para alimentar uma viúva e seu filho, permitindo-lhes viver durante um período de fome. Havia em Elias uma personalidade que poderia ser tão forte como pregos, quando se tratava de tiranos; e tão suave como veludo, quando se importava com uma mãe desesperada. Não sinto que você tenha de fazer uma escolha entre dois extremos: de toda arrogância e ousadia à moleza, recato e timidez. Deus o quer equilibrado. Ele está à procura de líderes que exerçam autoridade, mas que também demons­ trem bondade. Ele quer que os homens sejam poderosos, mas também compas­ sivos. Sua espada precisa ser afiada de um lado e suave do outro. Quando João Batista entrou em cena, centenas de anos mais tarde, Jesus disse que ele tinha o espírito de Elias. Para provar Seu ponto de vista, Jesus fez uma pergunta investigativa à multidão: E, tendo-se retirado os mensageiros de João, começou a dizer à mul­ tidão acerca de João: Que saístes a ver no deserto? Uma cana aba­ lada pelo vento? Mas que saístes a ver? Um homem trajado de vestes delicadas? Eis que os que andam com vestes preciosas e em delícias estão nos paços reais. Mas que saístes a ver? Um profeta? Sim, vos digo, e muito mais do que profeta. Lucas 7.2 4-26 Jesus, na verdade, perguntou à população se eles saíram de suas cidades e aldeias para testemunhar um pregador delicado. Obviamente, sua pergunta retórica não precisa de resposta. Quando Deus faz uma pergunta, Ele não quer uma resposta, apenas uma reação. Jesus queria que as multidões observassem que João Batista não exemplifi­ cava afeminação ou delicadeza. Então, qual era o Seu ponto de vista? Simples! 70

Eu Sou o Macho Deus não vai enviar um mensageiro que não o represente devidamente. Os homens não são atraídos por outros tímidos, patéticos e hesitantes. Nem as mulheres, nem Deus. Uma mulher pode ser inicialmente atraída pela sensibilidade de um ho­ mem tímido antes de casarem-se. No entanto, se ela descobre, após o casamen­ to, que a sensibilidade dele é uma capa para uma natureza indecisa e enver­ gonhada, ela perderá imediatamente o respeito por ele, e os demais também. Quem você veria no deserto? Não é qualquer um que me atrairia ao deserto. Posso ir a uma floresta nacional, ao oceano Pacífico ou para uma ilha do Caribe para ver alguém; mas se eu fosse ao deserto para ouvir ou ver alguém, gostaria de encontrar João Batista, Jesus, Elias ou alguém que emana autoridade. Essa pessoa que eu gostaria de ver no deserto também precisaria exigir respeito, arrependimento e saber quando é o momento certo de recuar e de ceder à autoridade para aquele que tem autoridade sobre ele. Caso contrário, eu não estana disposto. Creio que quando Jesus voltar, Seu processo de seleção será provavelmente semelhante a quando Ele veio pela primeira vez. Ele vai escolher homens que reflitam de modo adequado Seu caráter.

UM HOMEM COM H MAIÚSCULO O TEMPO TODO Quando Jesus entrou em cena, Sua autoridade natural o distinguia dos mestres da lei e fazia-o amado pelas multidões; afinal, Ele veio para um povo que sofria séculos de tirania. 0 contrastante estilo de liderança pelo exemplo, e não pela força, deste homem imediatamente se tomou reconhecido e apreciado [pelos outros]. 0 Líder de todos os líderes sabia ser humilde, quieto, sensível, compassivo e pacífico. Apenas duas vezes Seu zelo se intensificou publica­ mente, devido à limpeza da casa de Seu Pai. Que homem. Que homem com H maiusculo. Que modelo perfeito para nós. Fico ofendido com as pinturas da Idade Média que retratam Jesus como afeminado e belo. Os artistas que criaram essas pinturas contrataram modelos para posar como Jesus. E lógico, como nenhum deles conheceu Jesus, eles tiveram de contratar dublês que se encaixassem na ideia que tinham de como Jesus se pareceria. Obviamente, esses artistas nunca leram a descrição de Isaías acerca do Cristo como sendo indescritivelmente simples (Is 53), ou a feita por João, o discípulo amado, de Jesus como alguém com olhos como chama de fogo e a voz como de muitas águas (Ap 1). Nenhuma afeminação aqui. Infelizmente, essas caricaturas das pinturas da Idade Média têm grudado em nossa mente. Há centenas de anos, tínhamos imagens de Jesus em cada lar e livraria, o que o fazia parecer-se mais como um vendedor de uma loja de cos­ 71

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méticos do que um carpinteiro com mãos ásperas e lascadas. Eu simplesmente não consigo imaginar Jesus oferecendo-me um aperto de mão fraco quando retomar [à terra] em glória. Você consegue? Não daquele que governará as nações do mundo com um cetro. A propósito, se alguém sugerir que você deva entrar em contato com seu lado feminino, diga-lhe que o único lado feminino que você tem é a sua esposa, e que está em contato com ela todos os dias — literalmente. E difícil para os homens delicados, educados, gentis e calmos relatar o zelo de Jesus ao purificar o templo. Da mesma forma, eles podem achar árduo identificar-se com João Batista esbravejando no rio, enchendo seu esôfago com gafanhotos; ou com Elias clamando por fogo do céu sobre o holocausto e en­ viando os profetas de Baal à morte. Hoje, temos um monte de homens mais do que felizes em participar dessas façanhas — com ou sem o Espírito de lide­ rança, mas para o homem com uma disposição branda, não lhe é natural usar a força. Eu respeito isso, e também sou assim. Eu prefiro ficar distante [nesses casos]. Eu sou um pouco recluso e sinto-me desconfortável com qualquer coisa que exija confronto. Porém, fico nervoso com o fato de todos fugirem quando se trata de assumir a autoridade. Como nós, que somos mais delicados por nature­ za, deveríamos liderar neste ambiente estranho e desconfortável?

QUER VOCÊ SE SINTA OU NÃO Na introdução deste livro, descrevo como lidero por convicção e obrigação. Ambas as motivações para isso provêm da Palavra de Deus. Tenho uma profun­ da convicção de que Deus chama todos os homens para serem cabeças, portan­ to, eles devem liderar. Eu também entendo, biblicamente, que Deus delegou a mim e a todos os homens estender Sua autoridade; logo, sou obrigado a exercê-la sempre que for necessário. É o meu trabalho agir assim. Contudo, não posso dizer que nunca gostei de ser respeitado, mas isso é uma responsabilidade que aceito para manter a unidade, a paz e a harmonia no meu casamento e na família. Porém, como exercer a autoridade já é outra história. Por vezes, eu tentei usar a autoridade de forma bruta, dominadora, mas esse não era eu. A aborda­ gem que mais me faz sentir-me confortável, e a que se encaixa melhor à minha personalidade, é entregar a ordem em um tom baixo de voz e com as emoções sob controle. Eu desejo, o máximo possível, compreender o coração de quem está sendo afetado. Tente visualizar Josué em pé, no topo da colina de Efraim, gritando a ple­ nos pulmões com veias salientes em seu pescoço. Imagine-o bradando: “ Ouça, bando de judeus rebeldes, brutos e desonestos. Estou farto de vê-los vacilar 72

Eu Sou o Macho entre deuses. Decidi o que vou fazer, e se não quiserem ir para o inferno, é melhor vocês irem decidindo logo! Quanto a mim e minha casa, nós serviremos ao Senhor. Ouviram isso, crianças? Se calassem a boca e parassem de brincar com seus estilingues, teriam me ouvido. Agora, voltem para a tenda e comam seus biscoitos” . Eu simplesmente não consigo imaginá-lo dizendo desse jeito. E você? Porém, ao contrário disso, eu acho que Josué proferiu suas últimas palavras com pura convicção. Elas não exigiram voz alta porque ele já tinha decidido que havia um único modo de agir para ele e sua família. Mas, queria ter cer­ teza de que o seguiriam. Não havia opções, e ninguém poderia fazê-lo mudar de ideia. Liderar por meio da pura convicção e da demonstração de exemplo inspira muito os outros a segui-lo.

DEFINA O EXEMPLO Minha maneira preferida de ministrar a autoridade é pelo exemplo. Eu devo, por vontade própria, submeter-me àqueles que Deus coloca em auto­ ridade sobre mim, se espero que outros obedeçam à minha. Não posso fazer exigências à minha esposa e filhos se me recuso a andar obedientemente diante daqueles que têm autoridade sobre minha vida. Se eu fizesse isso, seria hipo­ crisia e causaria rebeldia neles. Há momentos em que o templo da sua casa deve ser posto em ordem pela ação purificante da disciplina e da autoridade. Nesses momentos, Jesus não voltará em carne para fazer isso em seu lugar. Você pode fazer isso sozinho. Você deve tomar sobre si a parte da natureza de Jesus que é compassiva e, ao mesmo tempo, confrontadora. A forte convicção em seu interior deve continu­ ar a ser tão forte e determinada como a de Josué dizendo: Eu e a minha casa serviremos ao Senhor (Js 24.15). Nada de se, e ou mas sobre esse assunto. E, a propósito, abdicar da liderança da sua esposa em tempos como estes está fora de cogitação. Deus não chama homens para serem exigentes, ditadores, repressores de mulheres, e para baterem no próprio peito. Ele os chama para agirem com fir­ meza e convicção. Ele quer que sejamos caçadores do Reino cheios de caráter. 0 brilhante elogio de Jesus a João Batista — o único entre os que de mulher têm nascido a quem Ele chama de maior — é Sua afirmação de que João tomou o Reino por esforço (Mt 11.11-15). Nos mesmos versículos, Ele, então, identifica João como aquele que tem o espírito de Elias. Você não precisa usar roupas ásperas de pelo de camelo, comer gafanho­ tos e viver no deserto para cumprir o propósito de Deus como um homem ao estilo de Elias. Mas, você tem de viver como um homem de convicções. Você 73

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tem de recusar-se a curvar-se para esta geração machista de peito peludo com esteroides, ou para andróginos, que querem ser como as mulheres, buscando implantes para os seios. Esta geração emaseulada precisa ter o significado da verdadeira maturidade redefinida, e esta nova definição deve vir da Bíblia e dos homens que são o exemplo do modelo bíblico. Nós, que vivemos nos últimos dias de ocupação dos gentios antes do re­ torno de Cristo, devemos aprender a mover-nos no mesmo espírito de Elias. Temos uma ordenança bíblica em Malaquias 4.5,6 para virmos no espírito da­ quele profeta e restaurar a liderança religiosa nos lares. Temos também uma ordem do Rei dos reis, em Mateus 11, para promovermos fortemente o Reino de Deus no mesmo espírito de Elias. Devemos construir uma nova geração de homens como Elias que são: • Comprometidos em colocar suas famílias antes de seus empregos e igreja. • Fiéis às esposas e exemplos para os filhos. • Modelos de piedade para os jovens do mundo. • Mais do que tudo, corajosos e que não têm medo de ficar contra o reino das trevas. Não podemos realizar estas coisas por meio de discursos ditatoriais bom ­ básticos, mas, sim, com um espírito de humildade e quebrantamento. Mateus descreve Jesus como alguém que nunca brigou, argumentou ou au­ mentou o tom de voz nas ruas. Jesus era tão gentil que não esmagará a cana quebrada e não apagará o morrão que fum ega (Mt 12.18-21). Isso é o que chamo de um homem com H maiusculo. Este é o tipo de líder que os outros seguirão automaticamente, em quem as nações colocarão sua confiança. É óbvio que Jesus não viveu inseguro ou com a necessidade de provar a si mesmo; todavia, em vez disso, Ele viveu com confiança como a pessoa que Deus o chamou para ser. Homens, independentemente de seu estilo de liderança ou do tipo de per­ sonalidade que possuem, ainda é obrigatório que vocês liderem. Não abdiquem de suas responsabilidades de liderança às suas esposas ou para qualquer outra pessoa. Isso é o que significa promover fortemente o Reino de Deus. Final­ mente, quando Cristo voltar para estabelecer Seu Reino na terra, queremos ser parte de Sua equipe de liderança. Então, está na hora de começar a praticar para o horário nobre.

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[ELA diz]

EU SOU A “MACHONETE” Por: Devi

nfelizmente, muitas mulheres em posições de liderança possuem atitudes que promovem a concorrência com os homens. Para finalmente agarrar um quinhão de poder no mundo empresarial dominado por homens, ou na Igreja mundial e ganhar notoriedade pessoal e respeito, muitas mulheres sentiram que era neces­ sário falar com vozes emprestadas — vozes de homens. Elas se convenceram de

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que, para serem ouvidas, deviam vestir-se com temos, sacrificar a educação e a sensibilidade, afirmar a si mesmas e falar grosso. Na verdade, esse tipo de ação dilui o impacto da liderança feminina, em vez de reforçá-la. A mentira do feminismo nos levou a pensar que existe uma maneira [de liderar]: a de um homem. E a mentira continua com a ideia de que para as mulheres liderarem, elas devem fazer isto no estilo machista.

A CAPACITAÇÃO É SUPERIOR Várias gerações se passaram desde o impulso inicial para a igualdade de direitos. Agora, após décadas sacrificando nossa feminilidade, chegou o tempo de as mulheres enfatizarem sua primogenitura humana de cooperação, sensibili­ dade e capacitação aos outros. Destacamo-nos naturalmente nestas áreas. Hom ens e mulheres têm a ganhar se empresas, igrejas e famílias ado­ tarem a estratégia terna e agradável. Um livro sobre este assunto, Tender Pow er [0 poder da ternura], de Sherry Suib Cohen, claramente dem ons­ tra, por m eio de histórias pessoais que são sustentadas por resultados de pesquisas, o im pacto que a liderança agradável pode ter sobre os mundos profissional e privado. A verdadeira influência feminina muda os estilos dominadores de gestão masculina para um ambiente mais familiar de cooperação ou formação de

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ELE DIZ, ELA DIZ equipe. Nós chamamos isso de “ o novo modelo de liderança” . Os autores estão escrevendo livros sobre esse assunto e as empresas, beneficiando-se ao usá-los. Mas, isso é realmente novo? Não para as mulheres. Simplesmente voltamos para o que sempre foi natural e confortável. A liderança é para capacitar o próximo: marido, filhos, amigos, colegas e sócios. Quando as pessoas ao seu redor vivem capacitadas, você também vive. As mulheres têm capacitado o próximo desde o tempo de Eva. É uma prática antiga do sexo feminino. Tentar fazer e ser tudo se tomam um fardo. Nas Escrituras, Jesus diz assim: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou MANSO e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Mateus 11.28,29 (ênfase da autora) Voltar à TERNURA e ao AGRADÁVEL levantará a carga que você sem­ pre carrega. Há poder em apenas ser agradável! Então, o que é PODER e o que é TERNURA? 0 velho e evidente poder, do tipo que geralmente é praticado em um ambiente competitivo — muitas vezes, um espaço dominado por um homem — normalmente tem estas características: • É diretivo. • É autoprotetor. • Não é ligado aos outros. • Valoriza o resultado mais do que se preocupa com o próximo. • E sobre fatos, e não sentimentos. • É competitivo. Algumas palavras descritivas para poder incluem: vigor, potência, pres­ são, energia, força e capacidade de influenciar. Em contraste, algumas pala­ vras descritivas para ternura incluem: vulnerável, suave, empático, sensível, amoroso, gentil, atencioso, misericordioso, apaixonado, generoso e bondoso. Embora as palavras descritivas para PODER pareçam contrastar àquelas dada para TERNURA, veja com o elas capacitam quando unidas: • Força sensível. • Liderança empática. 76

Eu Sou a “Machonete • Força amorosa. • Capacidade atenciosa para liderar. • Pressão branda.

A FORÇA BRANDA A com binação de ternura e poder — vou chamá-la de FORÇA BRAN ­ DA — pode ser revolucionária. Homens e mulheres podem adotá-la se não tiverem medo de tentar algo novo. No discurso de Larry, ele habilmente incorporou os personagens de Tarzan e Jane. Vejo que eles precisam um do outro. A força branda balançando em unidade coloca o coração no que você faz: em seus negócios, ministério, família e casamento. A força branda é sobre parcerias. A guerra dos sexos, fazendo-os competir violenta ou sutilmente um contra o outro, não é orde­ nada. Em vez do modelo “ Mim, Tarzan, tu, Jane” , maridos e esposas em posições de liderança podem segurar juntos o cipó. As vezes, isso significa cozinhar, limpar e compartilhar com cortesia juntos, apoiando um ao outro em tudo que for necessário para ter sucesso. A força branda é para capacitar o próximo — uma generosidade de espí­ rito que passa o conhecimento para os que estão nos degraus mais baixos da escada. A força branda é sobre empatia — a capacidade humana de colocar-se no lugar do outro. Larry é um exemplo de força branda em minha vida. Ele me incentiva e corrige-me — duas qualidades de um líder eficaz. Quando ele me corri­ ge, usa sensibilidade e empatia. Se me sinto envergonhada, ele me ama e promove-me até que eu recupere a minha coragem. Quando me aproximo dele com um apelo justo, pedindo-lhe que mude de opinião, adentro em seu ego masculino com quantidades generosas de elogio. Sabendo que ele tem uma tendência a ficar na defensiva, afirmo minha preocupação, correção ou convicção e não exijo uma decisão da parte dele. Eu apresento meu apelo e rendo-me ao resultado. Dou-lhe tempo para responder. Quando capacitamos um ao outro com ternura, podemos crescer em se­ gurança e estima pessoal. E bom ser gentil. Sinto-me melhor comigo mesma quando me relaciono com outros com a força branda. Quando abordamos questões com repressão ou agressão, todo mundo perde. Assim, quando me aproximo de Larry desta forma, sinto-me insatisfeita e culpada, e ele se sente inseguro e com raiva. Homens e mulheres, maridos e esposas, não tenham medo de usar a man­ sidão. A força misturada à bondade acentua seu poder, e não a diminui. 77

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[ELE diz]

GD VIVENDO COM UMA LÍDER Por: Larry

a introdução deste livro, descrevo como minha esposa nasceu uma líder. Liderar é tão natural para ela assim como respirai'. Ela me lidera, a si mesma, a sua equipe, as pessoas em um avião, alguém em pé na fila de um caixa de supermercado, o tráfego, a polícia, os jardineiros, a equipe de cons­

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trução e, acima de tudo, dezenas de milhares de mulheres por todo o país. Estou tão orgulhoso e agradecido por ela. Quanto mais ela se soltar e expor-se, mais feliz eu fico. Creio que Deus também me dotou e agraciou-me com algumas habilida­ des de liderança, mas nada comparado aos da minha esposa. Eu me sentiria totalmente intimidado se não fosse por dois fatos: Devi nunca demonstra um ar ou uma atitude de superioridade em relação a mim, e ela sempre apoia minha visão. Eu sei que um líder seguro provavelmente não precisaria dessas qualidades provenientes da sua outra metade, mas eu preciso delas.

SEJA ABENÇOADO AO VÊ-LA ABENÇOADA Dois fatores principais me ajudam a reagir adequadamente à liderança de Devi e impedem de tornar-me negativo ou ressentido: • Uma vez que estou confortável com quem Deus me tornou, eu não fico intimidado. Amo o que Deus me chamou para fazer. Estou muito feliz por pregar, ensinar, discipular homens e investir em líderes e ministérios globais. Porém, fico cansado só de pensar em fazer o que Devi faz. Ela se move em um ritmo excepcional, e eu, no de lesma. Ela quer diversão, diversão, diversão, enquanto eu mal posso esperar para escapar e tirar um cochilo. Ela quer sentar-se no banco da frente, mesmo quando visita uma igreja diferente, e eu quero sentar-me no 78

Vivendo com Uma Líder último banco. Ela prefere movimento e eu, recolhimento. Na maio­ ria das vezes, ela precisa de um calmante e eu, de uma injeção de adrenalina. 1. Gosto de vê-la destacar-se. Eu não sinto inveja ou ciúmes quando as pessoas pedem para ela falar em conferências maiores do que aquelas em que falo. Estou orgulhoso de vê-la atuando em seus dons. Anos atrás, um pastor me ligou para ver se Devi e eu poderíamos pales­ trar em sua igreja. Quando respondi que eu estava disponível, mas Devi não, ele disse: “ Tudo bem; era ela quem eu realmente queria” . Muito obrigado, amigão. Sem cartão de Natal para você neste ano! Brincadeirinha. A verdade é que sou abençoado ao vê-la abençoada. Fico tremendamente orgulhoso pelas realizações dela. Ela me fascina assim como faz com os ou­ tros. Não me importo de vê-la receber toda a atenção. Na verdade, prefiro que os elogios vão para ela em vez de virem para mim. Você já ouviu muitos homens apresentarem suas esposas usando a frase banal: “ Gostaria que conhecessem minha melhor metade” . Apresento Devi dizendo: “ Eu gostaria que conhecessem meus melhores M” . Que fofo, não? Eu criei isso sozinho. Não, a razão de dizer isso é que realmente acredito nessa frase. Ela realmente carrega % do peso da liderança. Isso não é ser compreensivo, é ser exato; pois Devi pode liderar grupos ao meu redor. E gosto do ritmo das atividades dela. Como a cauda de um cometa, ela me puxa para a força gravitacional de sua visão, para que possamos desfrutar o passeio juntos. Sem ela, eu estaria vagando pelo espaço sideral. Quantos homens vivem com uma mulher cuja capacidade de liderança representa os dons deles; contudo, nunca experimentaram a alegria de ver suas esposas abençoadas? Suspeito que muitos. Provavelmente, um percen­ tual maior do que poderíamos imaginar.

MEUS MODELOS DE LIDERANÇA A cho que minha atitude em relação à minha esposa - não ficar ressentido por suas habilidades de liderança e desejar promovê-la e vê-la abençoada — veio de meus pais. Minha mãe, Rachel Titus, definitivamente ajudou a moldar minhas atitudes em relação aos meus dons e chamado. Meu contenta­ mento com meus próprios dons, e a alegria e a satisfação que tenho em minha vocação certamente surgiram ao observá-la. Oradora e professora incrivelmente talentosa, minha mãe amava o que fazia. Ela matinha a mala pronta o tempo todo, e mal podia esperar para 79

ELE DIZ, ELA DIZ embarcar em um avião para seu próximo compromisso. E assim com o minha mãe, eu amo o que faço. Agora que criamos nossos filhos e não carregamos mais as responsabilidades pastorais de uma congregação local, meu ritmo se acelera e meu espírito se anima ao pensar em embarcar em outro avião e pre­ gar para uma nova igreja. Desse modo, por que invejaria o sucesso da minha esposa quando estou tão feliz com o meu? Meu pai também influenciou positivamente minha capacidade de alegrar-me com as conquistas de Devi. Papai era um promotor de pessoas, e isso com eçou em sua própria casa. Para ele, minha mãe era a maior pregadora na terra. Assim, além da mamãe, ele também me promovia. Um dia, eu o encontrei no shopping, vangloriando-se para um estranho: “ Você deveria ouvir meu filho. Ele é tão bom quanto Billy Graham” . Enquan­ to apreciava o elogio, eu não tinha qualquer ilusão. Comparar-me a Billy Graham elevou a imaginação a proporções gigantescas, mas isso não impor­ tava para papai. Na visão dele, eu estava bem ali em cima, no ar rarefeito, com o maior evangelista na terra. Não me lembro de meu pai insinuar que ele se ressentia do sucesso da mamãe ou de qualquer outra pessoa. Papai tratava minha mãe com respeito e reverência. Ele sabia com o di­ minuir para que ela pudesse crescer; descer para que ela subisse. Na ver­ dade, ele literalmente fazia isso quando a apresentava, antes de ela falar. Embora meu pai não conseguisse pregar nem um pouquinho, ele sempre apresentava mamãe antes de ela palestrar. Você iria achar que alguém maior que Margaret Thatcher estava prestes a subir no palanque. Mamãe subia im­ ponentemente até o púlpito, tomava o microfone e retribuía, honrando meu pai da mesma forma que ele a havia homenageado. Papai acreditava firmemente no cavalheirismo. Ele tinha a honra de abrir a porta para mamãe a qualquer momento em que ela se aproximasse dele. Na verdade, ela escreveu um poema [sobre isso] que lemos no funeral dele em 1972.

ESPERE, A PORTA, EU ABRIREI A despedida enobrece os tempos de ouro De memórias que guardei; Os momentos em que você disse: “ Espere, a porta, eu abrirei” . 0 cavalheirismo foi sua marca, Como era nos tempos de outrora; “ Espere por mim, minha amada, 80

Vivendo com Uma Líder Sou seu esposo e, à porta, estarei, sem demora” . Com sua mão na maçaneta E balançando o portal ao largo, Yocê conduziu-me gentilmente, Ficou sempre ao meu lado. Do seu amor e conforto, saudades sentirei, E das palavras de encorajamento; Mas, do que mais falta sentirei: 0 abrir da porta, pois não estás aqui neste momento. Minhas portas, devo aprender a abrir E caminhar corajosamente. 0 que estiver além, descobrir Sem estares presente. Pois do céu, uma voz lhe chamou E partiste antes de nós, Mas, quando eu aí chegar, “ Espere, a porta, eu abrirei” , certamente dirás. Não quero que São Pedro a porta abra, Nem qualquer anjo leal, Espero que me recebas e me cumprimentes Quando eu adentrar pelo portão celestial. — Rachel Titus

É UMA HONRA TER DISCÍPULOS MELHORES QUE VOCÊ Eu não consigo entender líderes que ficam ciumentos, invejosos, e que se sentem diminuídos quando seus discípulos se tornam melhores do que eles. Isso devia ser o maior dos elogios — quando aquele em quem você investiu destaca-se mais que você. Eu amo ver minha esposa e filhos irem mais longe do que nunca fui. Isso me traz honra quando consigo alegrar-me por suas realizações. A oração final de Jesus em João 17 era para que Seus discípulos experi­ mentassem a glória que o Pai tinha lhe dado. A glória que Deus tinha com 81

ELE DIZ, ELA DIZ partilhado com o Filho na eternidade passada, estava sendo agora transmiti­ da aos Seus discípulos. Um grande líder compartilha com prazer suas vitórias com aqueles que vêm após ele. Um líder inseguro teme que seu foco tenha de incluir outros, e ele não permite que isso aconteça. Os verdadeiros líderes não ficam contentes apenas com o sucesso dos outros, mas também se alegram, de fato, em promover os outros e vê-los as­ sim. Em minha opinião, é preciso um grande homem para promover e dar liberdade à sua esposa e família. Vamos inverter a frase “ Atrás de todo grande homem há uma mulher” e dizer: “ Por trás de cada grande mulher há um homem que acredita nela, dá apoio e não fica ressentido pelo fato de ela ser uma grande líder” . E um b o­ cado dizer, mas isso descreve exatamente a atitude que os homens devem ter quando se casam com uma líder. Em vez de ser o “ elefante na loja de porcelana” , sinceramente, deixe sua esposa ser “ a porcelana na loja do elefante” .

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[ELA diz]

OD VIVENDO COM UM LÍDER Por: Devi

uando você lê as palavras de Larry sobre mim, ele não se dá crédito ne­ nhum. Mas, por que ele faria isso? Sua humildade peifeitamente explica sua liderança. Quando nos casamos, Larry estava no ministério em tem­ po integral. Sua primeira missão no ministério, fora do Bible College1, foi traba­

Q

lhar com seu irmão mais velho em uma reserva indígena no Colorado. Desde essa época, ele foi ministro de música, preparando corais para louvores de exaltação e esplendor. Ele viajou com seus pais, que eram evangelistas, por uma temporada, liderando ocasionalmente a adoração e a pregação. Então, Deus lhe deu a missão da liderança. Larry tomou posse em uma denominação ao liderar os programas esta­ duais de juventude. Seu título era presidente da juventude do distrito no­ roeste, e ele já estava nesse cargo quando nos casamos. Mais tarde, ele foi o reitor de homens no Bible College e depois disso, ele cumpriu o papel de pastor-assistente; e em seguida, fizemos nossa primeira missão como pastor-dirigente enquanto casal. Larry passou 34 anos na posição de dirigen­ te, liderando congregações e grandes equipes de funcionários. Nossas igrejas cresceram rapidamente. Algumas deram certo, e outras, não. Hoje, ele lidera a organização missionária que fundamos juntos, a Kingdom Global Ministries [Ministérios Globais do Reino]. Ele também liderou em nosso relacionam ento. Ele foi responsável por nossas vidas, e eu sempre estive tão grata por ele ter me escolh ido para seguir seu cham ado. Ele não me fez prom essas, exceto que me amaria, seria fiel a mim e manteria a Palavra de Deus com o prioridade. Eu não con h ecia Larry muito bem quando disse: “ aceito” (na verdade, eu disse: 1Instituição de graduação que prepara os alunos para o ministério pastoral, com educação teoló­ gica, estudos bíblicos e treinamento prático para o ministério.

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ELE DIZ, ELA DIZ “ Eu vou” ). Seguirei sua liderança e me sujeitarei à sua autoridade. E manter esta aliança tem provado ser frutífero em minha vida, embora eu também seja uma líder. Eu tinha 17 anos de idade e tinha acabado de graduar-me no Ensino Mé­ dio quando nos casamos. Eu não sabia que era uma líder, principalmente do jeito que Larry me descreveu. Sim, sou responsável pelo nosso lar, cuidando meticulosamente de nossa casa e família. Acompanhei o amor de Larry pelas pessoas, proporcionando extraordinária hospitalidade a elas. Mais tarde, tra­ balhei em todos os ministérios da igreja, em várias temporadas, em que era necessário o meu apoio. Também trabalhei em empregos fora da igreja durante tempos de renda limitada. Minha atitude era: “ Tudo o que for preciso fazer, farei” . Eu cer­ tamente liderei em minha esfera de influência e responsabilidade, mas na época, eu não me via com o uma líder. A liderança é tão variada quanto as pessoas que preenchem essa posição. Ela também tem diversos estilos. Meu marido é um forte líder de tempera­ mento introvertido e melancólico. Ele nunca pretende ser o centro das aten­ ções, nem perde tempo com ocupações triviais. Ele planeja cuidadosamente sua estratégia para incluir as relações pessoais [à vida]. Ele se sente confor­ tável com a solidão e é amigo da meditação. Ele raramente fala, mas faz com ousadia quando tem algo a dizer. Porém, eu também sou uma líder, mas diferente, como Larry descreveu de maneira clara. Geralmente sou notada quando entro em uma sala. Tenho de lembrar-me de tomar o banco de trás e não me pressionar para o banco da frente. A solidão, para mim, em qualquer momento é algo ruim. Falo sobre qualquer as­ sunto como uma especialista, articulando claramente minha perspectiva. Às ve­ zes, eu realmente sei do que estou falando, e outras vezes, irei deixá-lo adivinhar. De certa forma, as pessoas são minha vida. Larry passa horas, dias ou meses com uma pessoa de cada vez. Seu telefone toca constantemente com [ligações de] homens de todo o país chamando: “ Pai?” Mas, eu? Eu gosto de pessoas em grupos. Assim, eu faço festas: jantares, aniversário, festas para sair, ou apenas festas. Quem se importa para que sejam as festas? Larry? Ele não gosta de festas, mas ama pessoas. Para mim, acho que preparar uma festa é a parte mais agradável dela, e não o evento em si. Eu amo observar os outros desfrutarem de algo que fiz. Amo compartilhar minhas paixões com os outros, tanto um por um como coletivamente. 0 que estou aprendendo e o que aprendi se tornam minha plataforma para ensinar os outros. Vou criar grandes espaços para que outros possam saber o que sei — mesmo que não seja muito. Rádio, televisão, internet e multidões de pessoas — quanto mais ensino as pessoas, mais pessoas influencio. 84

Vivendo com Um Líder NÃO SOMOS CONCORRENTES Não disputo com meu marido. Títulos não são importantes para nenhum dos dois. Ambos sabem em que área cada um de nós se destacou, dando ao outro a liberdade para fazer exatamente isso - destacar-se. Podemos compen­ sar um ao outro. Não somos concorrentes. A característica marcante de um concorrente é que ele é movido para “ vencer” . Porém, quando um vence, o outro perde. Nem Larry, nem eu tenta­ mos exceder o outro; promovemos um ao outro e também somos os torcedores um do outro. Nenhum de nós quer que o outro fracasse.

O SUCESSO NÃO ESTÁ NO SEU TÍTULO No início da vida, não sabemos totalmente qual será o nosso destino. Larry e eu temos experimentado juntos e individualmente o sucesso. Este é medido muito mais pela influência que tivemos na vida dos outros, incluindo nossos filhos e netos, do que por dinheiro ou posses materiais [que conquista­ mos]. No entanto, ambos temos grandes reputações de visibilidade por causa de anos de ministério fiel e eficaz e autorias. Nossa influência tem impactado discretamente multidões nas nações — juntos e individualmente. Nenhum de nós produziu para obter graduações ou títulos prestigiosos. Algumas pessoas valorizam os títulos e adicionam-nos aos nossos nomes por respeito, mas nós nunca nos intitulamos. Os títulos não são necessários para provar o fato de que somos líderes. A frutificação de quem lideramos é a va­ lidação de que somos líderes eficazes, e não os nossos títulos. Quando você sabe quem é, não tem de provar isso. Uma vez, nosso filho me repreendeu delicadamente quando o apresen­ tei com o Dr. Aaron Titus. Embora possua doutorado em Física, seja profes­ sor de uma renomada universidade e um cientista respeitado e famoso, ele nunca assina seu nome ou apresenta-se usando seu título. Nem sua esposa, Dra. Kimberly Titus, que também tem doutorado em Física. Kim é professora universitária de Matemática. Os títulos são adequados quando usados dentro do ambiente de gradua­ ção ou do reconhecimento merecido. Por exemplo, no campus da universi­ dade em que Aaron leciona, para seus alunos e em sala de aula, ele é o Dr. Titus. No entanto, entre os amigos e colegas, ele nunca se autoproclama.

A frutificação de quem lideramos é a va­ lidação de que somos líderes eficazes, e não os nossos títulos. 85

ELE DIZ, ELA DIZ No ambiente profissional, [às vezes,] não se coloca os títulos das funções descritivas na frente dos nomes. Por exemplo, nunca escreveríamos ou dirí­ amos: “ Por favor, encontre o Gerente Felipe Hasegawa, ou esta é a Direto­ ra Devi Titus” . Meu médico não tem seu título na porta do consultório. Na placa, está seu nome, seguido pela graduação obtida. Outros podem optar por chamá-lo de “ Doutor” , e ele chama a si mesmo de “ Dot” em seu ambiente de serviço. A B íb lia não usa títulos. O texto b íb lic o denom ina am igos, fa m ilia ­ res e co le g a s de m inistério p elo prim eiro nom e: Jesus, P aulo, P edro, T iago, João, A braão, Isaías e assim por diante. Então, por que nós som os acostum ados na igreja com títulos de au toproclam ação: b isp o, pastor, copastor, a n ciã o, profeta, a póstolo, evangelista e tc? Essas p a ­ lavras p od em eficien tem en te ser usadas com o adjetivos d escritiv os, e s cla re ce n d o a nossa fu n çã o, mas não com o títulos, na esp era n ça de d efin ir n osso su cesso. As mulheres que são casadas com pastores de algumas afiliações cristãs parecem ser vulneráveis a autointitulação e buscam coliderar. Incentivo to­ das as mulheres a crescerem em sua liderança individual enquanto apoiando o chamado do marido, e Deus lhes dará o reconhecimento que merecem. Você não precisará esforçar-se para ter seu valor. Nenhuma outra profissão dá às esposas um título para coincidir com a profissão do cônjuge; então, nem devemos [fazer o mesmo]. Na denominação em que Larry congregava, os líderes me incentivavam a ser ordenada. Recusei porque eu nunca estive no Bible College, muito menos no Seminário. Eu amo as Sagradas Escrituras, e lê-las é uma parte diária da minha vida. Agora, ensino os princípios que aprendi na Bíblia para multi­ dões. Eu escrevo livros e vendo CDs e DVDs sobre eles, além de multiplicar minhas mensagens. Eu ministro a outros, com o todos os cristãos devem fazer, mas eu não preciso de um certificado na minha parede para validar o que eu não ganhei. Se uma honoris causa for concedida a mim pelas realizações da minha vida, eu consideraria receber, mas com um senso de humildade por algo imerecido.

Incentivo todas as mulheres a crescerem em sua liderança individual enquanto apoiando o chamado do marido, e Deus lhes dará o reconhecimento que merecem. Suas graduações, ou a falta delas, não medem seu sucesso. 86

Vivendo com Um Líder QUANDO O SUCESSO BATE EM AMBAS AS PORTAS Verdadeiramente, nem você, nem seu esposo nasceram líderes. Vocês fo­ ram bebês. A enfermeira não olhou para sua mãe e disse: “ Oh, você acabou de dar à luz um líder” . No entanto, Deus tinha seu destino em mente antes da fundação do mundo. Você é ideia dele. Ele lhe deu uma personalidade, ou temperamento, que definirá o tipo de líder que você se tornará, pois este é desenvolvido. Levou tempo para ambos se tornarem quem são. Vocês ama­ dureceram em suas identidades pessoais. Quando ambos encontram sua paixão e vivem na frutificação para a qual Deus os criou, descobrem um lugar incrível para estar. Nada de esforçar-se, competir ou ser intimidado. As temporadas na vida flexionarão seu foco, mas o que permanecerá o mesmo será sua confiança pessoal. Você não é ameaça­ da pelo sucesso do seu cônjuge — pelo contrário, você o comemora. Porque Larry é um líder forte, quieto e humilde, seu sucesso nunca o levará a colocar sua foto em outdoors. No entanto, seus anos fiéis de discipulado com outros agora mantém seu telefone tocando diariamente, [em que se ouve]: “ Oi, pai” , na outra extremidade da linha. E possível ter centenas ou milhares de filhos? Eu teria respondido: “ Não” , mas Larry provou o contrário. Felizmente, Larry fez grandes igrejas crescerem, treinou líderes, iniciou igrejas e faculdades bíblicas, e inspirou incontáveis líderes. Sua influência mantém o telefone tocando e a mala pronta, viajando pelo mundo, responden­ do ao chamado de Deus para sua vida. Eu também estou passando por algo que não planejei. Estive totalmente satisfeita em seguir Larry, arrumar sua mala, apoiá-lo, hospedar sua multidão de amigos e preocupar-me com nossa família. No entanto, Deus tinha algo em mente para mim — algo em que não havia pensado. Eu também sou bem-sucedida. A poiei totalmente meu marido em tudo o que Deus lhe chamou. Também levantei filhos piedosos, iniciei empresas, lancei novas áreas no ministério e agora viajo pelo mundo e escrevo livros que são publicados em vários idiomas. Sou a oradora mais procurada do Christian Womens Conference [Conferência para Mulheres Cristãs]. Durante a terceira idade, tenho um ministério de alto nível para as mulheres. Este não é um resultado de planejamento estratégico ou de escrever de­ clarações missionárias. Um por um, tenho aceitado convites e agora tenho mais do que posso cumprir pessoalmente. Minha paixão é restaurar a dig­ nidade e a santidade do lar da forma com o homens e mulheres o veem em relação ao coração humano. Eu sou movida a fazer isso com cada meio de com unicação em potencial que existe. Aos 65 anos de idade, estou procu­ rando diligentemente aprender tecnologia, mídias sociais e novas formas de 87

ELE DIZ, ELA DIZ com unicação para aumentar a minha marca na família de hoje, que está de­ sesperadamente necessitada. Examine minha vida e a de Larry. 0 sucesso bateu em ambas as portas — juntos e individualmente. Este sucesso nos dá novos desafios que devem ser entendidos e administrados de forma a manter nosso relacionamento flo­ rescendo. Todos os líderes têm algumas coisas em comum, que devem ser administradas; assim, você vai ter sucesso e não irá afundar.

ACEITANDO AS REALIDADES DA LIDERANÇA COMUM Quando você vive com um líder, existem algumas coisas que não podem ser mudadas, pois são comuns a todos e devem ser gerenciadas. E quando líderes vivem juntos, a responsabilidade da liderança duplica. Aceitar estas realidades, em vez de resistir a elas, permitirá que você viva em harmonia. Caso contrário, seu relacionamento pode terminar com uma colisão cataclís­ mica. Considere estas realidades muito importantes. 1.

Os líderes têm exigências de tempo. Os horários e prazos fazem parte do sistema que o líder cria para alcançar seus objetivos. Portanto, um cônjuge deve procurar manter calendários precisos de datas e horá­ rios, para que ele ou ela possa abordar cada dia com uma sensação de preparo, e não de caos.

Comunique diariamente seus horários e faça ajustes, sempre que possí­ vel, para estarem juntos. Não permita que as exigências de tempo os levem a ter vidas separadas.

Este sucesso nos dá novos desafios que devem ser entendidos e administrados de forma a manter nosso relacionamento florescendo. Larry e eu viajamos extensivamente como palestrantes. Nosso público é diferente. Eu falo para mulheres, e ele fala para homens e congregações. Nesta temporada de sucesso, estamos longe um do outro por muito tempo. Comunicar ao outro sobre nossas programações, consultar-nos antes de fazer compromissos e considerar o outro no processo é muito importante. Isso man­ tém nossos corações unidos e permite-nos participar juntos nas orações, nas preocupações e nos relatórios. 88

Vivendo com Um Líder É importante colocar o outro em seu calendário. Se você não fizer isso, outras solicitações espremerão o tempo do seu esposo. [Além disso,] seria sem sentido queixar-me constantemente que Larry está longe por muito tem­ po. Reclamar só faz as coisas piores para ambos, e você não comunica apro­ priadamente o que precisa dizer. Libere seu cônjuge para que ele faça o que for necessário. Mas, faça valer o seu tempo quando estiverem juntos. Programe aquele horário como se fosse um compromisso inadiável. 2.

Líderes têm seguidores. A vida com um líder sempre inclui outras pessoas. E seu público e o meu podem ser diferentes. Uma manei­ ra comum para algumas pessoas lidarem com o “ outro” público de um líder é tornar-se possessiva e tentar limitar seus relacionamentos. Outra maneira é tornar-se isolada e permanecer sem envolver-se e participar das atividades do seu esposo. Qualquer uma dessas opções atrapalhará seu relacionamento e sua liderança eficaz.

Embora você deva agendar horários para estar sozinha com seu esposo, a única solução verdadeira é apreciar que seu líder tenha outros que estão dispostos a segui-lo. Desfrute de participar, o quanto for possível, da área de liderança da vida dele ou dela. Larry não gosta de frequentar conferências de mulheres. Mas, eu fiz ami­ zades incríveis ao longo da vida com algumas dessas mulheres. Agora, ele passa um tempo com os cônjuges dessas minhas amigas e conosco. Nós apre­ ciamos a companhia um do outro, porque ele escolheu participar com meus “ seguidores” . Da mesma forma, Larry está sempre me dizendo com o é incrível este homem ou aquele “ filho” , e ele quer que eu os conheça. A verdade é que Larry quer que eu ame aqueles que ele ama, e eu quero que ele faça o mesmo por mim. É importante participar de eventos e ocasiões especiais com “ o público” do seu cônjuge. Se seu cônjuge for o líder de uma organização ou empresa, você deve acompanhá-lo (a) em seus eventos corporativos e conhecer seus “ seguidores” . Seu público se toma meu público, e meu público se torna o público dele. Apoiamos um ao outro ao participar do público do outro. 3.

Os líderes estão focados. Há pouco espaço para a espontaneidade quando se vive com um líder. Este está sempre focado em seus ob­ jetivos; e os horários predeterminam as atividades. Quando você fala 89

ELE DIZ, ELA DIZ com alguém que é um líder focado, você geralmente tem apenas uma parte da atenção dele. Sua mente está sempre preocupada e sua aten­ ção é curta, quase igual a de uma criança. Não leve isso para o lado pessoal. Tire vários intervalos breves na con ­ versa, em vez de tentar manter a atenção para uma longa dissertação. Desta forma, é mais provável que você mantenha o interesse do seu líder. Larry e eu rimos um do outro. Mas também, podemos passar horas juntos, e não dizer uma palavra sequer. Estamos ambos focados. Ele lê; eu crio. Am ­ bos requerem foco. Nenhum de nós se queixa de ser negligenciado. Lembre-se, ele não é um tagarela, nem eu. Por isso é muito importante que eu lhe dê espaço. E ele faz o mesmo por mim. Nós falamos; ele escuta e eu falo. Estamos focados um no outro. Muitas das nossas discussões significativas são a respeito de nossas re­ velações individuais, o conhecimento que temos descoberto e as tarefas que estão disponíveis. Buscamos e valorizamos a opinião do outro. A profundida­ de das nossas convicções vem de permitir o outro, o que dá ênfase às nossas paixões. 4.

Líderes trabalham em equipe. Os líderes estão acostumados a dar dire­ trizes a um grupo de pessoas, trabalhando com estas para implementar suas visões. Eles estão em posição de autoridade, e aqueles em sua equi­ pe dão opiniões, mas raramente questionam sua autoridade.

No lar, entretanto, é diferente. Não somos o patrão do nosso cônjuge. Quando os líderes chegam à casa do ambiente de trabalho, muitas vezes con­ tinuam a tratar a família como a equipe de trabalho, dando tarefas e avalia­ ções. Para evitar isso, é de grande ajuda dar ao líder tempo para a transição do ambiente de trabalho para o ambiente familiar. Esposas, seu marido não é seu assistente pessoal, seu zelador ou sua babá. Ele é o seu amor. Não lhe dê ordens quando você chegar a casa. Você pode ajudar a si mesma para transitar de um ambiente de tarefas para um cli­ ma caseiro tranquilo e amoroso, criando um ambiente suave, aquecido, com velas perfumadas e boa música. Evite o ruído e a confusão. Fale baixinho e de modo delicado. Cavalheiros, sejam apenas isso — gentis. Sua esposa não é a secretária. Ela não é sua escrava. Ela não é a diretora financeira ou a diretora de ope­ rações. Ela é seu amor. Tire o “ chapéu de líder” e vista o “ de namorado” quando se dirigir ao estacionamento. Você está em casa para estar conectado, e não desligado. Deixe suas tarefas no trabalho e concentre-se em suas tare90

Vivendo com Um Líder fas em casa — - seus relacionamentos familiares, com eçando com sua esposa. Eles são suas avaliações e seu prazo. 5.

Os líderes carregam estresse. A liderança tem questões estressantes que nem sempre são definíveis. Algumas coisas podem ser faladas, mas outras não são tão claras.

As pressões e preocupações que não podem ser ditas conseguem alte­ rar seu humor. Quando você percebe que este é o caso, não se preocupe, tentando descobrir o que está errado. Isso apenas acumulará mais tensão. Porém, ajude a transportar a carga sendo com preensível, dando espaço e tomando quantas d ecisões forem possíveis sem incom odá-los com pequ e­ nas coisas. Lem bre-se de que nenhuma situação vai durar para sempre. Isso também vai passar. Sua atitude de apoio amoroso irá aliviar a tensão e salvar a saúde dele. Há estresse positivo e negativo. Certifique-se de que você é responsável por gerenciar suas próprias questões estressantes de forma positiva. Não as descarregue em seu esposo, culpando-o pelo seu mau humor ou pela situação no trabalho. Você irá definir o exemplo para que ele possa fazer o mesmo por você. Lembre-se, você está longe de ser o que foi uma vez, mas também ainda não está onde você quer estar. Administre seu estresse de maneira positiva e construa seu caráter. 6.

Os líderes também podem estar errados. Os líderes sentem tanta respon­ sabilidade pelos outros, que, às vezes, é difícil para eles aceitar que po­ deriam estar errados. Eles podem preocupar-se com o erro que pode ferir a quem estão liderando. Eu amo e vivo pela sabedoria de minha mãe. Ela é famosa em nossa família por seus provérbios e este é meu favorito: “ 0 que há de tão ruim em estar errado?” Aceitar esta atitude liberta-nos de temer o fracasso e de tentar proteger-nos na defensiva.

Os líderes têm a tendência de querer cobrir seus erros ou justificá-los. Dê ao seu líder/cônjuge espaço para dizer: “ Estou errado” , sem medo de críticas. Porque você é um “ descobridor de soluções” (líder), pode ser sua tendência pa­ lestrar para seu cônjuge quando estiverem descobrindo e admitindo que estão er­ rados. Seja tardio para falar, pronto para ouvir e lento para se irar. Sua reação faz maravilhas ao fornecer a confiança necessária para seu esposo tentar novamente. 7.

Os líderes precisam de carinho. Deem muito carinho um ao outro. Por­ que seu líder-cônjuge passa os dias com uma equipe de pessoas que 91

ELE DIZ, ELA DIZ o apoia, trabalha com ele e relaciona-se com ele de forma íntima, é importante que se conecte com você quando ele chega a casa. Se você está distante e desinteressada nele, será tentador para ele permane­ cer no local de trabalho e tornar-se íntimo de outra pessoa. A maioria dos líderes é vulnerável aos casos amorosos porque seus côn­ juges não se relacionam com eles de forma emocional. Em A verdade sobre a traição masculina, o autor M. Gary Neuman, especialista em relacionamen­ tos, entrevistou 200 homens para descobrir por que o sexo masculino trai. Desse total, 4 8 % dos homens classificaram a insatisfação emocional como a principal razão. Valor alto para o mito de que, para os homens, a traição é sobre sexo: apenas 8 % dos homens disseram que a insatisfação sexual era a razão da traição. Expresse publicamente ligação física com seu cônjuge quando um estiver no ambiente de trabalho do outro. Cumprimentem-se com um beijo breve, fiquem de mãos dadas, deem um tapinha suave no braço ou ombro um do outro. Isso indi­ ca uma afirmação pessoal e pública do seu relacionamento. Evitem declarações contraditórias na frente dos outros e protejam o ego um do outro. Falem palavras encorajadoras, de aceitação e cheias de carinho aos colegas do seu cônjuge. De­ clare seu apreço pela liderança, pelas realizações e pelo caráter do seu cônjuge. Estimulem a ternura no coração do seu líder-cônjuge.

PROBLEMA EM DOBRO OU RECOMPENSA EM DOBRO Há muita responsabilidade em ser um líder e, quando líderes vivem jun­ tos, isso pode ser um problema ou uma recompensa em dobro. Quando Larry está no centro das atenções, sento-me no banco da frente, desfrutando de poder compartilhar de seu sucesso. Quando eu estou no centro das atenções, ele faz o mesmo comigo.

Estimule a ternura no coração do seu líder-cônjuge. Como trabalhamos juntos, aceitando nossos desafios, em vez de resistir às coisas que não podemos mudar, vivemos com uma recompensa em dobro. Eu amo os momentos em que estamos juntos, e dar liberdade quando ele se vai é muito necessário. Ele faz o mesmo por mim. Estou muito orgulhosa dele e não tenho expectativas de que qualquer coisa seja diferente do que é no momento. Agora, em nossos últimos anos de vida, viajamos o mundo juntos, falando com o equipe - da recompensa em dobro que nos pegou de surpresa. 92

8 [ELE diz]

Gi É O MEU DINHEIRO, AMORZINHO Por: Larry

o casamento, nada consegue causar divisão mais rápido entre o casal do que o dinheiro. Como você deve ter adivinhado, em questões financeiras, assim como em todo o resto, sou totalmente diferente de Devi. Será isso sinônimo de encrenca? Pode apostar uma grana, camarada. Como disse antes, se eu vou para a esquerda, Devi vai para a direita. Se eu subo, ela desce. Se eu digo “ sim” , ela diz “ não” . Enfaticamente!

N

Assim, em relação às finanças, os casais enfrentam um grande potencial de divisão, especialmente quando ambos os parceiros têm personalidades, opiniões e rendas fortes. Você pode ver a real diferença entre mim e Devi quando vendemos nos­ sos produtos. Enquanto Devi vende livros, CDs e DVDs de sua mesa de pro­ dutos, o que, na maioria dos fins de semana, é muito rápido, eu estou do lado oposto da mesa, dando-lhes os produtos tão rápido quanto ela os vende. Na verdade, se você quiser pagar o preço de mercado de um livro, dirija-se até Devi. Mas se quiser um livro, CD ou DVD grátis, dirija-se a mim. Ela irá amá-lo, abraçá-lo, assinar seu livro e pegar seu dinheiro. Já eu, irei abraçá-lo, dar-lhe um aperto de mão, cumprimentá-lo e, em seguida, dar-lhe o livro de graça ou devolver seu dinheiro. E esta é apenas uma das muitas maneiras em que vemos e reagimos de forma diferente às situações financeiras. Você poderia imaginar que as diferenças em sua formação infantil teriam um impacto no seu casamento de forma tão influente? 0 matrimônio pode agravar muitos problemas, e o dinheiro fica no topo da lista. Quando criança, meus pais nunca me ensinaram a economizar dinheiro. Agora que sou adulto, ainda é difícil poupá-lo. Ninguém me ensinou como administrar dinheiro ou como fazer o orçamento dele. Não me lembro de meus pais me ensinarem uma vez sequer sobre finanças, diferentemente de dizimar. 93

ELE DIZ, ELA DIZ Naquela época, não tínhamos cartões de crédito, mas se eu tivesse, esta­ ria com a corda no pescoço. Como foi assim, eu esperei vários anos de casa­ mento, antes de ficar com a corda no pescoço. Talvez meus irmãos tivessem, mas com o o último dos filhos, eu nunca sabia quando meus pais não estavam batalhando financeiramente. Não éramos miseráveis, mas meu pai nunca tinha dinheiro suficiente para fazer deste o bastante, e definitivamente, também não tinha o necessário para aposentar-se. Se minha mãe não tivesse trabalhado no ministério após o AVC do meu pai, não tenho ideia de com o teríamos sobrevivido. Até hoje, eu luto com as questões financeiras. Se vejo algo de que gosto, eu compro, aqui e agora. A cho que é chamado de “ gratificação instantânea” . Eu também gosto do melhor de tudo e não gosto de ficar para trás. Por outro lado, se Devi vê algo de que gosta, ela espera até que entre em oferta ou opta por algo que parece ser tão bom quanto, mas que custe menos. A o contrário da minha, a família de Devi viveu como trabalhadores árdu­ os, poupadores e grandes gestores de dinheiro. Eles nunca ganharam muito, mas economizaram ao longo dos anos e finalmente se aposentarem com uma vida muito confortável. Quanto a mim, é provável que eu irei aposentar-me algum tempo depois que meus filhos fizerem isso (graças a Deus, eles aboli­ ram a prisão do devedor). Quando Devi e eu nos casamos, eu tinha o hábito de gastar o dinheiro assim que o ganhava. Mas, agora que estamos casados há 48 anos, logo que ele entra, não vai embora por, pelo menos, um mês. Brincadeirinha. Estamos fazendo o melhor nos dias de hoje, mas aprendi a confiar mais intensamente na sabedoria de Devi do que em minhas em oções, incluindo a minha neces­ sidade de gratificação instantânea ou de querer “ abençoar” alguém. Ela não é tímida ao dizer: “ Amorzinho, você não deve dar dinheiro a essa pessoa. Ela não trabalhou para isso, o que não é bom para ela” . 0 que posso dizer? Eu amo abençoar os outros. Porém, ainda preciso lembrar-me de que, às vezes, abençoar as pessoas se torna um prejuízo para o aprendizado delas e, portanto, não é uma bênção, mas um obstáculo para seu crescimento. 0 dinheiro e as finanças constituem uma oportunidade única para os ca­ sais se unirem em um objetivo comum ou dividirem-se em opiniões e dire­ ções diferentes. As divisões podem não só ser rápidas, mas também podem levar a fissuras que não cicatrizam com o tempo. Muitos casamentos têm caído por causa das rachaduras causadas por opiniões divergentes ou in­ transigentes sobre questões financeiras, terminando em divórcio ou em um divisor de águas de desunião que dura anos. E raro, mas alguns casais têm origens semelhantes quando se trata de finanças. Ambos aprenderam a administrar eficientemente o dinheiro e com ­ 94

É o Meu Dinheiro, Amorzinho partilham opiniões semelhantes sobre as decisões financeiras. Se vocês são um desses casais, parabéns! Você faz parte da elite e, provavelmente, um dos 144 mil de Apocalipse capítulo 7. (Brincadeirinha). No entanto, nem todo cônjuge teve a bênção de aprender sobre gestão fi­ nanceira com os pais durante seus anos de formação. Provavelmente, apenas um de vocês teve a oportunidade de trazer para o casamento o sábio conselho financeiro da infância. Não seria incomum, em tais casos, o esposo orientado achar que o outro é imaturo, irresponsável, ou, pelo menos, ingênuo quando se trata de decisões financeiras. Embora isso seja verdade, ele faz pouca coisa boa para abordar o assunto com qualquer tipo de atitude condescendente. Alimentar a amargura ou discursar longamente para um cônjuge fraco nunca melhora o relaciona­ mento matrimonial, nem cura os problemas financeiros. O incentivo, a acei­ tação e o amor podem cobrir uma multidão de pecados e erros financeiros. Em muitos casos, ambos os cônjuges entram no casamento sem a menor ideia de com o poupar ou gerenciar o dinheiro. Uau! O desastre aguarda na porta, a menos que o casal tome alguma atitude imediatamente. 0 aconselha­ mento de casais pode, de fato, ajudar se for feito com antecedência. E quanto aos seus dons ou habilidades financeiros? Em muitos, se não na maioria dos casos, um dos parceiros no casamento terá mais sabedoria e experiência sobre gerenciar o dinheiro que o outro. Por exemplo, um bom número de homens tem sucesso ao investir na bolsa de valores. Além disso, a esposa geralmente tem bons conhecimentos de contabilidade, enquanto o marido trabalha duro para ganhar o dinheiro que ela administrará habilmen­ te. Porém, em alguns casamentos, é o inverso. E crítico que vocês encontrem quem faz o quê da melhor forma. Então, deixe que a pessoa assuma essa responsabilidade, e quanto mais cedo, melhor. Para mim, o maior princípio de todos é que vocês entrem em acordo antes de tomar qualquer decisão importante. Isso é especialmente verdadeiro nas finanças. Deus ama a unidade e quer que vocês vivam unidos. E mais im­ portante que vocês estejam unidos do que certos. Pelo menos, vocês estarão errados juntos. Levou anos para Devi e eu descobrirmos como lidar melhor com as finan­ ças. Ou talvez eu deva dizer que levou anos para eu descobrir que Devi tem uma mentalidade financeira melhor, e eu só tenho uma teimosa. Devi tem uma visão geral. Gestão financeira e economizar são coisas muito naturais para ela. Eu descobri, após muitos anos de tentativas e erros, que em todas as negociações, era melhor eu deixá-la tomar a frente. Quando ela compra um carro, uma casa, um eletrodoméstico, ou planeja o futuro, ela sempre está anos-luz à minha frente. É sempre um desastre quando eu tomo 95

ELE DIZ, ELA DIZ sozinho a decisão. Quando compro um carro, fico chocado se ainda não ofe­ reci ao vendedor charlatão dinheiro extra por ele apenas me deixar comprar o carro pelo valor acima do preço real. Eu só quero agradar a todos e fazê-los feliz. No entanto, quando se trata do talão de cheques, entregue a mim, que­ rida. O temperamento sanguíneo de Devi parece fazer efeito no caixa. Ela pode escrever a data na linha do valor do cheque, ou a quantia anterior no cheque atual, ou esquecer-se de escrever qualquer coisa no canhoto. Isso sempre nos dá um motivo para rir, chorar ou comemorar quando eu abro o extrato bancário mensal: “ Amorzinho, de onde veio esse cheque? 0 que é essa quantia? Amorzinho, estamos sem fundos. Amorzinho, temos um extra de $1.000 neste mês porque você se esqueceu de registrar no depósito” . Ou gritamos: “ Socorro!” ou “ Aleluia!” Deve ser fácil resolver — descubra a experiência do outro e entregue-a a ele. E, principalmente vocês, homens, não tentem controlar as finanças se este não for o seu dom. Admita, supere isso e transforme seu talão de cheques no que Deus sabia que poderia fazer você ficar financeiramente bem, organi­ zado e parecendo ser mais esperto do que você, de fato, é. Antes de folhear meu capítulo pensando “ Esse cara é um completo fra­ casso financeiro” , espere. Posso ser um fracasso financeiro, mas hoje sou um muito melhor do que costumava ser. Antes de acrescentar o apelido “ fracasso financeiro!” ao meu nome, você deve saber algumas das minhas melhores qualidades: • Eu nunca desencorajei minha esposa de sonhar e poupar para isso. Já ouvi tantos homens responderem ao apelo de uma mulher para comprar uma máquina de lavar louça, um sofá, uma cama ou uma casa nova, com um sucinto: “ Não temos dinheiro para isso” . Que maneira de matar um sonho. Encoraje o sonho dela, ao começar uma poupança ou ao trabalhar em um emprego extra, ou mesmo ao fazer horas extras para economizar dinheiro, mas não mate o sonho de sua esposa. • Certifique-se de que sua esposa tem dinheiro na bolsa em todos os momentos, sem ter de implorar por isso. Se você estiver com seu último centavo, dê a ela. Quando sacar dinheiro do banco, dê-lhe a metade do valor. Afinal, ela é a sua metade. • Considero que todo “ meu” dinheiro seja o dela também. Eu nunca ganhei nada que quisesse guardar e não compartilhar com ela. A s­ sim, não considere o dinheiro “ seu” , mas “ nosso” . Estamos nisto 96

É o Meu Dinheiro, Amorzinho juntos. Tudo é “ nosso” — nossos filhos, nossa casa, nosso dinheiro, nossos sonhos e, sim, nossas dívidas. • Eu dou o dízimo e os primeiros 10% de tudo que sempre faço para o Reino de Deus e para a Igreja. Deus pode julgar uma série de coisas como sendo deficientes na minha conta bancária quando nos encontrarmos no Dia do Juízo, mas quando se trata do dízimo, nunca roubei a Deus. • Sempre pago minhas contas em dia. Tenho de fazer algumas exce­ ções, com o quando não tenho dinheiro porque comprei algo que não tinha condições de pagar, mas esses são raros casos. • Não tomo decisões eternas com base em considerações financeiras. Por último, as pessoas podem perguntar: “ Se minha esposa trabalha, po­ demos compartilhar esse dinheiro ou ele é só dela?” Isso exige uma resposta brilhante. Por esse motivo, vou adiar e com prazer passar a pergunta para minha esposa. Vê com o eu sou submisso?

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8 [ELA diz]

É O MEU DINHEIRO, AMORZINHO Por: Devi

im, Larry e eu crescemos com visões muito diferentes sobre dinheiro. Quando eu era jovem, meu pai trabalhava como um açougueiro não sindi­ calizado, cortando carne em uma pequena mercearia da cidade, da qual seu sobrinho era dono. Ele não ganhava muito. Minha mãe trabalhou como caixa na mesma pequena mercearia durante os meses em que frequentávamos a esco­

S

la. No verão, ela ficava em casa com a gente e ficava desempregada. Mais tarde, minha mãe se tornou a chefe do Correios de nossa pequena cidade, e papai, o pastor da nossa pequena igreja. Ambos se aposentaram nessas profissões. Eu estava no ensino médio quando minha mãe com eçou seu trabalho nos Correios e casei-m e quando papai se tornou o pastor da igreja que frequentei na infância. Não nos víamos como pobres, mas, de acordo as estatísticas do governo, éramos. Eu vestia roupas elegantes e encantadoras porque minha mãe costu­ rava a maior parte do que eu usava. Na verdade, eu me considerava uma das garotas mais bem vestidas da escola. Também mantivemos nossa mobília em dia; e nossa casa, embora tivesse 100 anos de idade, permaneceu entre as mais bonitas em nossa pequena cidade rural de 300 pessoas. Meu irmão, que é quatro anos mais velho que eu, com eçou a trabalhar no estoque da mesma loja quando era muito jovem. Eu cuidava da casa, arruma­ va a mesa e com eçava nosso jantar antes da nossa mãe voltar para casa todos os dias. Eu estava empregada em meu primeiro trabalho renumerado aos 15 anos, e logo depois tirei minha habilitação de motorista. No entanto, eu tinha 12 anos quando com ecei a ganhar dinheiro. Eu passava roupa e também trabalhei com o a “ esteticista” da cidade, para amigos e parentes de minha mãe. Eu me dava muito bem com os bobs de cabelo e penteados volumosos. Os estilos que eu criava duravam uma semana até que estivem prontos para 98

É o Meu Dinheiro, Amorzinho serem lavados e penteados. 0 dinheiro que eu ganhava era meu. Eu poupava muito e gastava pouco. Aos sábados, meu irmão e eu podíamos dormir até às oito da manhã! Após as tarefas da manhã, nossos pais deixavam a gente brincar no período da tarde. Nossas tarefas consistiam em serviços domésticos, além de cortar e capinar as ervas daninhas lá fora. Ele e eu dividíamos e trocávamos as tare­ fas, apenas para manter a vida interessante. Eu nunca tinha ouvido falar de alguém que recebesse mesada até chegar ao ensino médio. Meu comentário para meu amigo foi: “ Quer dizer que seus pais apenas lhe dão dinheiro sem você trabalhar por isso?” Parecia ridículo. Lembro-me tão bem de meu pai abrir a carteira para me mostrar dois compartimentos secretos. Um era designado para o dízimo, dez por cento do salário que ganhava semanalmente. Ele o reservava para entregar na igre­ ja. 0 outro compartimento era designado para lA [do salário], que era nosso financiamento mensal da casa. A cada semana, papai colocava o dinheiro nesses compartimentos para se certificar de que ele não gastaria em outras coisas. Este exemplo causou uma impressão indelével em mim. 0 crédito simplesmente não era usado em nossa casa, e eu nem sabia que isso existia até pouco antes de casar-me. Minha família entrou em um padrão de ganhar, poupar, separar e gastar um pouco de dinheiro. Com a poupança que meus pais acumularam, eles compraram mais tarde alguns arrendamentos, que produziram uma boa renda suplementar e de aposentadoria. Como Larry e eu nos casamos muito jovens, não discutíamos nossas opini­ ões sobre dinheiro. Deixe-me explicar nossas personalidades por um momen­ to, para que você possa entender nossos desafios de lidar com dinheiro. Eu sou visionária, determinada, decisiva e muito orientada para tarefas; Larry é estável, fiel, confiável, extrovertido e muito orientado para pessoas. Tenho a tendência a controlar pessoas e situações, e Larry tem uma personalidade teimosa, às vezes. Logo, você pode facilmente ver que nossas forças traba­ lham muito bem juntas, mas nossas fraquezas têm o potencial de envenenar e destruir nosso relacionamento. No in ício do nosso casamento, fizemos com o a maioria das pessoas: empurramos a responsabilidade de pagar as contas e de gerenciar as despesas dom ésticas para o outro, várias vezes. E quando eu pagava as contas, tratava Larry com o uma criança. Eu lhe dava um subsídio e d i­ zia “ não” a seus gastos padrões com mais frequência do que “ sim ” . Eu manipulava nosso dinheiro, assumia riscos e não fazia os pagamentos no prazo. Isso rebaixava sua m asculinidade e seu senso de realização com o sendo nosso provedor. 99

ELE DIZ, ELA DIZ Porém, quando transferi toda a responsabilidade para ele, não confiei que teríamos alguma coisa. Pensei que ele abandonaria tudo, e temi que não tivéssemos deixado nada para nossa família. Nem ele, nem eu tínhamos a menor ideia sobre como fazer um orçamen­ to e aderir a ele. Nós apenas ganhávamos dinheiro, aparentemente nunca o suficiente e gastávamos o que ganhávamos. Pensávamos que estávamos trabalhando juntos, mas, na verdade, eu me fechei e não expressava minhas opiniões quando ele assumia o comando — um ambiente para um futuro desastre financeiro total! Fazer um orçamento com a renda e as despesas planejadas não funcio­ nava para nós, porque, ao contrário da maioria das pessoas, não sabíamos quanto ganharíamos a cada semana. Em nossa fase de ministério, a maior parte das nossas rendas vinha de “ ofertas de amor” que apenas dava para sobreviver. Quando ganhávamos um salário miserável, geralmente não rece­ bíamos na data. A tensão e o conflito surgiam neste tipo de ambiente financeiro. Larry era muito generoso; ele doou tudo, incluindo o patrimônio de nossa segunda casa e os carros que não foram pagos. Porque eu confiei mais na espiritualidade de Larry do que na minha, fiquei com medo de interferir. Eu pensei que meu egoísmo e falta de fé pudessem levar-nos a não ter a provisão, a unção e a bênção de Deus em nossas vidas. Então, mantive-me calada. Depois de vários anos, percebi que eu tinha responsabilidade, não pelo nosso dinheiro, mas pelo meu coração. Não importa como gastamos nosso dinheiro ou quantas dívidas fazemos, eu sabia que não podia deixar o ressen­ timento habitar em meu coração, nem podia permitir que esta diferença se tornasse uma lacuna em nosso relacionamento. Diante de Deus, estabeleci em meu coração que, quer fosse rico ou po­ bre, tudo o que nosso resultado financeiro fosse devido à má ou à eficaz ges­ tão, eu ficaria contente. Eu viveria em amor, paz e harmonia com Larry, seja em um gueto ou nos arredores da cidade. Eu abandonei totalmente o controle e confiei em meu marido e no Senhor para o nosso bem-estar futuix). Sempre ganhei dinheiro de uma forma ou de outra durante nosso casa­ mento. Naturalmente, eu sou uma empreendedora e leio em Provérbios 31 que a mulher virtuosa, mesmo cuidando de seu marido e família, também pode ganhar dinheiro. É isto o que eu fiz e ainda faço hoje. Eu abri mão do controle de todas as finanças, e Larry tomou a respon­ sabilidade sobre elas. Eu surgi com essa ideia. Dou-lhe o que ganho, e ele deposita em nossa conta conjunta. 0 meu dinheiro é dele, e o dele é meu. Ele paga as contas e mantém minha carteira cheia de dinheiro, se o tivermos. Ele 100

É o Meu Dinheiro, Amorzinho continua generoso comigo, e quando eu desejo fazer uma compra pessoal de valor significativo, sempre o chamo. Faço isso por respeito, e não por obri­ gação. Ele nunca me obriga a pedir sua permissão para gastar dinheiro; mas quando faço isso, dá-me controle, e então, eu não compro impulsivamente. Isso também nos mantém conectados e informados com os desejos e escolhas do outro. Verificar mutuamente nos mantém unidos nas nossas relações e in­ teresses. Isso nos mantém vivendo de forma interdependente, em vez de independente.

O meu dinheiro é dele, e o dele é meu. Corno confiei em Larry e dei-lhe o controle, ele se tornou, de verdade, um gerenciador muito bom. Continuamos vivendo pela fé, mas nada nos falta. Juntos, saímos da dívida, e ele permanece vigilante para nos manter na linha com pagamentos oportunos, poupança e todas as coisas que deveríamos ter feito quando éramos mais jovens. Não olhamos para trás com arrependimento e culpa. Deus proveu para nós a prosperidade, mas a desperdiçamos em boa parte. No entanto, estamos encarando a terceira idade com algo mais importante do que ações e títulos e grandes contas bancárias. Vivemos em harmonia, amor e unidade. Esta relação tem nos dado a alegria de uma família amorosa com um caráter forte e religioso, que se dá bem nos desafios da vida e permanece empenhada em seus casamentos. Agora, também desfrutamos ao sentarmo-nos do lado de fora, observando nossos netos adultos compreenderem de maneira mais rápida as coisas que levamos anos para descobrir. Iremos deixar uma he­ rança para nossa família? Sim; não será muito mais do que podería ser se conseguíssemos administrar melhor nosso dinheiro, mas está tudo bem para nós. Os valores aprendidos com essas lições de vida enriqueceram muito a história deles. A geração da herança prometida por Deus a Abraão inclui a transferência de cinco elementos essenciais para as gerações vindouras, os quais incluem af é que Abraão tinha em Deus e a provisão que Ele deu a Abraão. 0 patriar­ ca foi um bom administrador dessa provisão; pois a multiplicou, tornando-a prosperidade. Abraão permaneceu radicalmente obediente, e esta obediência o levou a um relacionamento íntimo com Deus. Esta é a promessa da herança que pode ser passada para as nossas gerações. Embora nossa conta bancá­ ria, que será transferida para nossos filhos no final de nossos dias, não seja suficiente para sustentá-los, a herança deles inclui muito mais que isso.

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ELE DIZ, ELA DIZ Transmitimos aos filhos fé, provisão, prosperidade (em um grau peque­ no), obediência e intimidade com Deus. 0 que mais uma família poderia desejar? E a maior recompensa é ver nossos filhos transferindo esses valores para seus filhos, e nossos netos adultos orientarem seus filhos da mesma for­ ma que meus pais fizeram comigo. Larry me ensinou como compartilhar generosamente as coisas que Deus nos deu para confiar nele com nossas vidas. Tenho demonstrado a ele a vida rica da moderação e da criatividade. Liberar o outro nos permite experimen­ tar nosso belo amor comum — uma bela casa e uma bela vida. Podemos ago­ ra compartilhar a alegria de dar, poupar e gastar — um milagre para nós dois.

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9

[ELE diz]

SOMOS TÃO DIFERENTES Por: Larry

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unidade nunca é mesmice ou concordância total. Ela necessita de diver­ sidade. Eu não posso ser um comigo mesmo. Eu só posso ser um com ou­ tra pessoa, e esta deve ser totalmente diferente de mim para alcançarmos a unidade. Até a fala: “ somos tão diferentes, nunca deveríamos ter casado” , é um absurdo. É exatamente porque vocês são tão diferentes que a unidade pode ser

alcançada. Se Deus estivesse interessado na “ concordância total” , ele não teria desprendido Eva do lado de Adão, pois, como ela foi removida do “ lado” dele, então, fisiologicamente, as mulheres são diferentes dos homens. No casamento, Deus exige que duas pessoas completamente diferentes tornem-se um: Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. Este versículo, mencionado pela primeira vez por Deus em Gênesis 2.24 ( n v i ) , é tão importante que é repetido no Novo Testamento por Jesus em Mateus 19.5 e Marcos 10.7,8, e por Paulo em 1 Coríntios 6.16. Então, é ideia de Deus que duas pessoas totalmente diferentes tornem-se uma só carne.

A unidade necessita de diversidade. Naturalmente, todos já estão cientes das enormes diferenças entre ho­ mens e mulheres quanto ao gênero sexual. Ela gosta de companhia, ele gosta de isolar-se; ela gosta de fazer compras, ele gosta de esportes. Ela gosta de comida sofisticada, ele gosta de molho gorduroso; ela gosta de vestir-se de maneira formal, ele gosta de jeans e camiseta. Ela gosta de fazer perguntas intermináveis, que ele responde com apenas alguns grunhidos monossilá­ bicos; ela pode dizer seus pensamentos mais íntimos ao caixa da mercearia diante de Deus e de todos, ele não compartilharia seus segredos nem com um 103

ELE DIZ, ELA DIZ padre surdo em um confessionário. Ela gasta horas arrumando-se, ele escova os dentes e já está do lado de fora. Ela sempre está com frio, e ele, calor. Como um comentário à parte, eu muito recomendo o livro ou o DVD da série Marriage on the Rock, de Jimmy Evans, para uma abordagem profunda sobre este assunto. Ele ensina com o a diversidade deve ajudar, em vez de dificultar, as relações no casamento. Eu sou, sem dúvida, tendencioso, já que Jimmy e Karen continuam sendo meus amigos íntimos, mas eu nunca jamais ouvi ensino tão bom ou prático sobre casamento como o de Jimmy. A cesse a internet e encomende esta série antes de ler o restante deste capítulo. Você ficará feliz pelo que fez — isso pode salvar seu casamento. Outro dia, eu estava observando quatro adolescentes em pé na esquina, com placas de um lava a jato rápido, tentando persuadir os clientes a entrar e comprar sabão para lavar carros para arrecadar fundos para o projeto deles. Na verdade, devo dizer, havia três adolescentes em pé com suas placas, e um deles sentado com a placa no colo. Os que estavam em pé eram moças e o quarto, sentado, era um rapaz. Isso lhe diz algo sobre os sexos? Três meninas gritando, berrando, balançando suas placas para cada carro que passava, e um rapaz sentado no banco com a placa no colo, cutucando o nariz. E eles ainda nem sequer são casados. Se eles fossem casados, ele deitaria com o cartaz protegendo seus olhos do sol, com seu suquinho de pozinho esquen­ tando ao lado. Em cada página deste livro, você leu sobre nossas diferentes perspectivas — sobre tudo. No mundo animal, descrevo Devi como o guepardo e eu com o a preguiça de três dedos. Entenda que eu sou a preguiça de três dedos, e não a de dois dedos, o que é totalmente inaceitável, bem com o uma ofensa franca. Aquele dedo extra faz toda a diferença no mundo. O guepardo pode correr de 100 a 120 km/h. Pode acelerar de zero a 104 km/h em apenas três segundos. E eu, o bicho preguiça, por outro lado, posso chegar até 0,2 km/h, isto é, quando estou com pressa. E por isso que um dedo extra vem a calhar quando você está com pressa. Durmo quase o dia inteiro, pendurado de cabeça para baixo. Eu como de cabeça para baixo e também faço “ você-sabe-o-que” nesta posição, o que não é um truque fácil. Eu faço tudo de cabeça para baixo (você ainda sente pena da Devi?). Mal posso ter­ minar este parágrafo sem querer parar e tirar um cochilo. Isso me descreve ou o quê? Eu rio de mim mesmo porque é melhor rir do que chorar. Se eu tivesse de chorar de cabeça para baixo, correria o risco de afogar-me. Como duas pessoas tão diferentes tornam-se unidas? Como os dois opos­ tos totais podem trabalhar em unidade? Ou, para inverter essa última frase, com o podem duas pessoas estar em unidade sem trabalhar para isso? 104

Somos Tão Diferentes Primeiro, eu quero que saiba a importância que a Bíblia dá à unidade. A última oração de Jesus, encontrada no capítulo 17 do Evangelho de João, foi que Sua igreja, Seu Corpo, se tornasse um. Por que Jesus considera a unidade tão importante? A resposta é encon­ trada em João 10, 14 e 17. Deixe-me ser um pouco teológico com você. Sim­ plificando: Jesus e o Pai são unidos, e Ele quer isso para Seus filhos. Por outro lado, o diabo faz tudo o que pode para destruir a unidade; ele ama a divisão, o ódio, a malícia, o egoísmo e o divórcio. Em João 10.30, Jesus declara que Ele e o Pai são um. A palavra grega para um é “ hice” e significa um com propósito; não com alguém. Seria im­ possível, para Jesus e para o Pai, ser um se Eles fossem a mesma pessoa, porque a unidade necessita da diversidade. Em toda a Bíblia, Jesus e o Pai preenchem duas funções completamente diferentes:

A PESSOA DE JESUS, O FILHO • Jesus descreve a si mesmo como o Filho e a Deus com o Seu Pai (Jo 5.17,19 ss.; 1 Jo 1.3); • Jesus está sentado à direita do Pai (Rm 8.34; 1 Jo 2.1; E f 1.20; Hb I . 3); • Jesus não sabe a data de Seu retorno, somente o Pai (Mt 24.36); • Jesus veio fazer a vontade do Pai, e não a Sua própria (Jo 4.34; 5.19; 9.4; Lc 22.42); • Jesus orou ao Pai, e não o contrário, e Ele pede que façamos o mes­ mo (Mt 6.6-14; Jo 17); • Jesus não fala Suas próprias palavras, faz Seus próprios milagres ou Seus próprios julgamentos (Jo 5.19-30; 6.38; 7.16; 8.28); • Jesus tomará todo o Reino de Deus e irá entregá-lo ao Pai (1 Co 15.24-28); • Jesus criou os céus e a terra de acordo com o plano de Seu Pai (Hb 1.2; I I . 3; Cl 1.15-18); • Jesus morreu na cruz; o Pai não (Mt; Mc; Lc; Jo); • Jesus veio com a completa natureza do Pai para viver em carne; o Pai não veio em carne (Jo 1.14; F1 2.6; Cl 1.19; 2.9,10); • Jesus era mortal; o Pai é o Único que habita na imortalidade (1 Tm 1.17; 6.16; Lc 24.39; 1 Jo 1.1); • Jesus levou os pecados do mundo; o Pai, não (2 Co 5.21; 1 Pe 2.24);

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ELE DIZ, ELA DIZ • Jesus é o mediador; o Pai é o alvo (At 4.12; 1 Tm 2.5); • Jesus tem um corpo espiritual chamado Igreja; o Pai não tem (1 Co 12.13; 18,28); • Jesus está voltando em um cavalo branco para julgar as nações do mundo; o Pai não está voltando (Ap 19.11); • Jesus teve um corpo físico que multidões viram e tocaram; ninguém nunca viu o Pai (Jo 1.18; Cl 1.15; 1 Jo 1.1; Lc 24.39; 1 Tm 6.16); • Jesus veio do Pai a esta terra, e não o contrário (Jo 1.14); • Jesus é o Messias, o Cristo; o Pai não é (Mt 1.16; 16.16; Jo 1.45); • Jesus recebe adoração porque Ele redimiu o ser humano com o Seu sangue (Ap 5); o Pai recebe adoração porque Ele criou todas as coi­ sas (Ap 4); • Jesus foi enviado do Pai; o Pai nunca foi enviado de Jesus (Jo 17.18; 20.21).

A PESSOA DO PAI • 0 Pai falou do céu em três ocasiões com o Filho, que estava na ter­ ra (Lc 3.22; 9.35; Jo 12.28); • O trono e a casa do Pai estão no céu (Mt 6.1,9); • O Pai tem um Filho unigénito, Jesus; embora Deus tenha muitos filhos, só Jesus é o unigénito (Jo 1.14,18; 3.16; At 13.33; 1 Jo 4.9); • O trono do Pai no céu é sempre o centro, e o Filho está sempre à Sua direita (Ap 4 e 5; 22.1; SI 110.1; E f 1.20-22); • O Pai nomeou Jesus o herdeiro de todas as coisas e, por meio dele, criou o universo (Hb 1.1,2); • O Pai deu Sua plenitude a Jesus, e não o contrário (Cl 1.19; 2.9); • O Pai é Espírito (Jo 4.24). Os espíritos não têm carne e osso (Lc 24.39); • O Pai nunca foi visto pelo homem, que não pode vê-lo e permanecer vivo (1 Tm 1.17; 6.16; Êx 33; Jo 1.18; 6.46); • O Pai é aquele que atrai as pessoas ao Filho (Jo 6.44; Jo 17.2); • 0 Pai deu Sua glória ao Filho (Jo 17.5,24); • O Pai enviou o Filho ao mundo (Jo 17.18); • O Pai é invisível (Cl 1.15; 1 Tm 1.17; 6.16; Jo 1.18); • 0 Pai é maior do que todos (Jo 10.29; 14.28); • O Pai comanda o Filho, mas este nunca mandou no Pai (Jo 14.31); 106

Somos Tao Diferentes • 0 Pai colocou tudo sob os pés de Cristo (1 Co 15.27; E f 1.22; SI 8.6; 110.1; Mt 22.44); • O Pai receberá todos os Reinos do mundo por intermédio de Jesus; Cristo, então, irá sujeitar-se ao Pai, para que este seja “ tudo em to­ dos” (1 Co 15.28); • O Pai deu ao Filho um nome, um título, que está acima de todo nome ou de todo título (Ef 1.21; F1 2.9-11); • O Pai ressuscitou Jesus dentre os mortos (Ef 1.19, 20; G 1 1.1); • O Pai é imortal; o Filho experimentou a mortalidade, ou a morte (1 Tm 1.17; 6.16). • O Pai reconciliou o mundo consigo mesmo em Cristo (2 Co 5.19); • O Pai irá habitar, ou permanecer, entre nós na Nova Jerusalém, com o Jesus habitou entre os discípulos há [mais de] dois mil anos (Ap 21.3); • O Pai habita em luz inacessível; Jesus, a Luz do mundo, era facil­ mente acessível (1 Tm 6.16; 1 Jo 1.1-7). Esta é apenas uma lista parcial das diferenças entre o Pai e Seu Filho unigénito, Jesus. A razão de mostrar estas passagens é ressaltar que Jesus e o Pai são duas personalidades (pessoas) completamente diferentes, mas são um em totalidade, unidos em propósito. Em João 10.38, Jesus descreve como Sua diversidade os permite alcançar a unidade: Mas, se as fa ço, e não credes em mim, crede nas obras, para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim, e eu, nele. Em João 14.10, Jesus diz: Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem fa z as obras. No versículo 23 do mesmo capítulo, Jesus respondeu e disse-lhe: Se al­ guém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e farem os nele morada. Em João 17.21, Jesus amplia Sua explicação sobre unidade para também incluir o cristão: para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. No versículo 22, Ele desenvolve dizendo: E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Agora, o versículo 23 é a conclusão, encerrando tudo: Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim. 107

ELE DIZ, ELA DIZ Agora, é importante aplicar isso ao casamento, porque Deus ordena que nós, marido e mulher, tornemo-nos um, assim como Jesus e a Igreja são. Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois [gr. duo] numa [gr. hice] carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respei­ to de Cristo e da igreja. (Ef 5.31,32). Observe que em todos os casos, as personalidades envolvidas nunca se tornam a da outra pessoa, mas elas se misturam quando as partes unidas fa­ zem a escolha deliberada de unir-se. Eu quero dar-lhes uma ilustração simples, mas profunda. Quando você nasceu de novo, duas coisas aconteceram, as quais estão relacionadas a você e a Jesus. Este habitou espiritualmente dentro de você, e você, dele. O Espí­ rito Santo realizou este processo por causa da sua decisão de aceitar a Cristo (veja 1 Co 12.13). Entretanto, você não se tornou Jesus, nem Ele se tornou você. Vocês apenas começaram a viver um dentro do outro em espírito de unidade, da mesma forma que o Pai vive no Filho, e este vive no Pai. Em várias passagens, Paulo diz que estamos em Cristo. Ele também diz que Cristo vive em nós. Qual destes é verdadeiro? Ambos são. Os dois, Jesus e você, tornaram-se um. Isso não se parece com algo que você gostaria em seu casamento? Como um rápido passeio, Paulo se empenha, nos versículos 3 e 13 de Efésios 4, para enfatizar que a unidade é exigida não apenas aos casados, mas a todo corpo de Cristo: Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Até que todos cheguemos à unidade da f é e ao conhecimento do Filho, de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. Eis o ponto-chave: ou entramos em unidade com Deus Pai, Jesus Cris­ to, nossos cônjuges e nossos irmãos e irmãs; ou estamos evidentem ente fora da vontade de Deus. Entristece-m e ver tantos casais vivendo vidas separadas, nunca entrando em unidade nem vivendo com o outro e com o um em Cristo. A menos que viva em unidade, você perm anece casado somente no nome. Paulo se esforça em várias passagens do Novo Testamento para enfatizar a importância da unidade. Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz, ele suplica em Efésios 4.3. Procurando guardar é a tradução da palavra grega spoudazo, que significa “ fazer às pressas, ser zeloso e ser rápido” . Na tradução de Titus, significa: “ Anda logo!” Entenda a importância da unidade e, em seguida, faça tudo que estiver ao seu alcance para produzir isso imediatamente em seu casamento. É algo MUITO IMPORTANTE! 108

Somos Tão Diferentes A menos que viva em unidade, você permanece casado somente no nome. Quando Jesus diz que Ele e o Pai são um, em João 10.30, isso não sig­ nifica mesmice, mas concordância total na diversidade. A prova disso é o versículo anterior, em que Jesus descreve o Pai como sendo maior do que Ele mesmo (veja também João 14.28). Cristo, de acordo com a descrição feita por Paulo em Filipenses 2.5-10, já tinha abnegado os privilégios de igualdade com o Pai quando Ele encarnou com o Deus/homem nesta terra. Assim, qualquer tentativa de transformar “ concordância total” em “ mes­ m ice” já cai por terra. A unidade necessita da diversidade, e, ao lado de Jesus e da Igreja, de Deus Pai e Deus Filho, o casamento é um exemplo per­ feito de com o pessoas diversas podem tornar-se um. Na verdade, diferente da divindade, o casamento é o melhor exemplo da unidade que a Bíblia nos dá. Se eu tivesse de ampliar e expor os demais versículos e capítulos da Bíblia sobre unidade, isso exigiria que eu escrevesse um novo livro apenas sobre este tópico, o que não pretendo fazer, pelo menos não agora. Basta dizer que a unidade é algo muito importante na Bíblia. Na verdade, parece que, se acreditar nas estatísticas desanimadoras sobre casamento, tom a-se ainda mais importante que os casais entendam isso. Será que realmente com preen­ demos o quanto Deus valoriza a unidade, e procuramos guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz? Você não pode fazer uma sinfonia usando um único instrumento. A har­ monia exige vários instrumentos distintos. [Além disso,] não conseguimos construir casamentos e mantê-los sem a harmonia da diversidade. A qui estão algumas sugestões para manter a unidade em seu rela cio­ namento: • Ambos precisam entender claramente que o homem é a cabeça do casamento. A autoridade, algo que a liderança fornece, sempre precede a unidade. Isso não é verdade só no casamento, mas em todos os outros aspectos da sociedade civilizada. Em cada evento que você participar, alguém está no comando e outros têm de adiar seus desejos. Se não houver um claro entendimento a respeito da liderança, nun­ ca haverá unidade no casamento, na Igreja, em corporações, na nação, no exército, ou em qualquer outro lugar. Então, deixe-me fazer-lhe uma pergunta básica, mas profunda: quem é a cabeça em seu casamento? Se a resposta for você, o homem, então, podemos ir para a próxima questão. Mas, se sua resposta não for esta, então

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ELE DIZ, ELA DIZ não pode haver unidade até que essa escolha seja feita por ambos os cônjuges. • Escolha honrar e preferir o outro cônjuge. O egoísmo irá destruir o casamento; mas colocar o outro em primeiro lugar produzirá unidade e abnegação. Veja Filipenses 2.5-10 para ver com o Jesus fez isso. Contudo, a pergunta que sempre surge é: mas, não somos iguais? Claro que não, assim como Jesus e o Pai, mas o Filho esco­ lheu humilhar-se, em vez de exigir igualdade. Ambos os cônjuges devem fazer essa mesma escolha; você deve humilhar-se e não exi­ gir a sua própria maneira (veja 1 Pedro 3.7).

O egoísmo irá destruir o casamento; mas colocar o outro em primeiro lugar produzirá unidade e abnegação. • Aprecie, em vez de desprezar, sua diversidade. Embora tenha refe­ rido isso detalhadamente no capítulo 2, quero incluí-lo novamente, com o um lembrete. Não pode haver unidade enquanto você des­ prezar a beleza da diversidade. Deus o fez diferente, e, em seguida, uniu-o a outro para funcionar com o um. Aquela coisinha fofa que se sentou ao seu lado enquanto paqueravam um ao outro ainda é a mesma coisinha fofa que foi naquela época, mas agora você despre­ za o que achava tão fofo. Então, quem mudou? Ame a diversidade dela. Graças a Deus que ela não age da mesma forma que você. • Aprendam a ceder e sujeitar-se um ao outro. É verdade que, em Efésios 5.22, Paulo diz para as mulheres se sujeitarem aos homens. Mas, no versículo anterior, ele nos encoraja a sujeitarmo-nos uns aos outros. A cho que “ um ao outro” deve incluir ambos; o que você acha?

Aprecie, em vez de desprezar, sua diversidade. Se você se sujeitar mais à sua esposa, descobrirá que Deus fala com ela com mais frequência do que você pensa. E isso irá evitar que você cometa um monte de erros estúpidos que provavelmente fará se não ouvir.

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Somos Tão Diferentes • Façam coisas juntos. Sentem-se juntos; apertem as mãos; cam i­ nhem juntos; vão a com prom issos juntos; dirijam juntos (pode parecer ridícu lo, mas nesta época de vários veícu los, os casais podem passam dias e semanas andando em carros separados); vão a eventos esportivos juntos, assistam à televisão juntos e, pelo amor de Deus, comam juntos. A propósito, Devi tem um ex­ celente livro sobre esse assunto chamado The Table Experience [A experiência da mesa]. Honestamente, eu prefiro fazer um canal no dente a ir às compras com a minha esposa. Mas, por uma questão de estarmos juntos, carrego um livro e procuro a cadeira mais próxima no departamento de lingerie. [Além disso,] encontre maneiras de estarem juntos, mesmo quando não estiverem, por exemplo: • Telefone para ela durante o dia ou a noite; • Escreva um e-mail, uma carta, ou bilhetinhos de amor; • Converse com os outros sobre ela, exaltando suas virtudes; • Adie as principais decisões até que vocês possam discutir detalha­ damente. Não é só quando um não quer que dois não brigam; é preciso dois para se tornar um, e se Deus deu a ordem, vamos aceitar isso.

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[ELA diz]

SOMOS TÃO DIFERENTES Por: Devi

arry expressou extensivamente como somos diferentes. Para mim, é interes­ sante ler sobre nossas diferenças pelo ponto de vista dele, porque, do meu ponto de vista, elas não parecem ser tão exageradas. Talvez seja porque eu o veja como “ diferente” e eu, como “ normal” . Quando você vê algo por um ponto de vista, seu lado mais próximo será o mais distante e vice-versa, embora estejam

L

vendo as mesmas coisas. Compreender isto ajuda a perceber um dos valores da unidade: esta am­ plia o ponto de vista de cada pessoa. 0 que você vê como mais importante (seu lado mais próximo) e o que ele vê com o mais importante (o lado mais próximo dele) poderiam ser a mesma coisa, mas vistas por dois ângulos dife­ rentes. Quando unem seus diferentes pontos de vista, vocês obtêm uma visão mais completa do que teriam sozinhos. Faça esta pergunta fundamental a si mesmo: você está disposto a unir-se em diversidade? 0 capítulo 2 ajuda a apreciar as diferenças e celebrá-las. Mas unificar é uma coisa totalmente diferente. A palavra unir é um verbo e não um substantivo — o que descreve o pro­ cesso de trabalhar com o objetivo da unidade. Para dois se tornarem um é a razão de existirem: unidade. No entanto, aceitar o processo de união é aceitar uma jornada de autossacrifício e autoconsciência. E impossível alcançar a unidade se duas pessoas permanentemente se recusam a unirem-se. Agora, vamos discutir esta jornada de unificação. Pense em duas estradas provenientes de duas comunidades muito diferentes. Talvez uma venha de uma cidade pequena e a outra, de uma cidade metropolitana. Em algum momento, estas duas estradas se fundem em uma rodovia interestadual. Nenhuma delas por si só consegue levá-lo a uma infinidade de lugares interessantes sem a fusão, deixando para trás seus pontos de origem para chegar a um novo destino. 112

Somos Tão Diferentes Quando líderes se casam, ambos são qualificados e até mesmo experien­ tes em dois mundos diferentes. Seria ótimo se pudéssemos dizer que a unidade acontece automaticamente na noite de núpcias. Mas isso não é verdade. 0 que acontece, porém, é que cada pessoa começa a jornada de mover-se de “ seus passados” para o futuro. Observe que “ passados” é plural e “ futuro” é singular.

Aceitar o processo de união é aceitar uma jornada de autossacrifício e autoconsciência. Porém, muitas vezes os casais vivem suas vidas com dois futuros, cada um seguindo seu próprio caminho e fazendo coisas por conta própria, o que é trágico. Infelizmente, este tipo de vida é apenas a metade de como pode ser gratificante viver uma vida de unidade — aceitando por completo as paixões, os interesses e as realizações de cada um. De volta à analogia — muitas ve­ zes, quando as estradas individuais de pista dupla se fundem, elas se tornam uma rodovia de seis ou oito faixas, não apenas uma estrada de quatro faixas. 0 processo de mesclagem de duas pessoas muito diferentes ou com duas origens muito diferentes pode ser desconfortável, mas não desista. Com prá­ tica, vocês pegam o jeito da mesclagem de suas vidas e de viver em unida­ de. Apenas continue pensando sobre a estrada de oito pistas que suas vidas podem formar juntas. As vezes, vocês dirigem na mesma faixa, e em outras, você dirige em sua própria faixa, mas vocês sempre sabem em qual faixa cada um de vocês está e para onde estão indo juntos. Vamos considerar os componentes essenciais para a unidade: autossacri­ fício e autoconsciência.

Autossacrifício: Dê liberdade ao outro para se expressar plenamente dentro de sua personalidade. Não o atrapalhe. E para fazer isso, você deve sacrificar seus gostos e preferências pessoais para permitir que seu esposo expresse plenamente os deles. É um truísmo que nossos gostos e preferências mudam ao longo do tempo por causa da maturidade, educação e exposição. Portanto, torna-se limitado insistir que a vida de seu parceiro tenha os mes­ mos gostos que a sua. Então, com o duas pessoas se unem quando querem duas coisas muito diferentes? A personalidade mais forte dos dois deve ceder às preferências do outro de uma fala mais suave. Quando o tímido se sente livre para ex­ pressar plenamente sua criatividade pessoal, sem medo de críticas ou de ser ridicularizado, você vai, de maneira surpreendente, descobrir algumas novas qualidades neles que vai amar. Pare de restringir seu parceiro e desfrute de sua liberdade recém-adquirida. 113

ELE DIZ, ELA DIZ Você talvez pergunte: “ Mas e se eu realmente não gostar do que a outra pessoa gosta, com o com ida, decoração, h obbies, interesses e tc?” Minha resposta é: “ Você a am a?” Se sim, você vai sacrificar seus “ gostos” pelo prazer dela. Observe que eu estou aconselhando os homens a fazerem isso pelas suas es­ posas. E aqui em que a responsabilidade bíblica e os papéis dos gêneros sexuais entram em jogo. 0 marido, que é a cabeça da esposa, deve amá-la como Cristo ama a Igreja. Deus o chama para conduzir o modo de viver em autossacrifício com sua esposa. Sua liderança religiosa vai liberar, e não reprimir, sua esposa. Ela será liberada em sua personalidade e criatividade, que compõem a natureza de Deus nela. Ela se sentirá segura por causa do seu apoio. Deus faz uma distinção clara no que diz respeito aos papéis de gênero sexual. 0 marido governa o ambiente na “ área externa” , e a esposa, o ambiente no “ lar” . A liberdade de expressão dela deve ser em casa, e a liberdade de expressão dele deve fazer-se presente no tipo de trabalho que ele escolh e exercer. Por exem plo, a esposa não incentiva o marido a ir para a faculdade de M edicina quando ele quer com eçar um negócio de paisagism o. Ela deve apoiá-lo totalmente em sua paixão e na profissão que ele escolher. Do mesmo m odo, ele não deve reprim i-la de reorganizar a m obília da casa. Porque Deus designou a mulher para ser a “ guardiã da casa” , ela tem a responsabilidade perante Ele de ordenar a casa e administrá-la com amor e paz. Deus deu a ela a responsabilidade de man­ ter a atmosfera do lar. Não há nada pior do que ter responsabilidade, mas nenhuma autoridade. Portanto, o marido deve sujeitar-se a Deus e liberar sua esposa para criar dentro de casa o que ela é responsável [por fazer]. Isso irá encorajá-la ainda mais para cuidar do lar. Deve ser dada liberdade a ela para mover esponta­ neamente a mobília e os acessórios como ela desejar, sem críticas ou medo do marido. Os esposos podem ajudar e dar palpites, mas eles não devem dominar este ambiente da mesma forma que ela não controla o ambiente de trabalho dele. Quando um casal se apoia, cada um fica melhor no que faz. A esposa, que gostaria que o seu marido cortasse mais a grama, poderia com eçar incenti­ vando-o a melhorar suas habilidades nos negócios para abrir uma empresa grande e bem -sucedida. 0 marido artístico e encorajador, que quer uma casa bem equipada, pode incentivar a esposa a aprender técnicas de projetos por meio de pesquisa e experimentação para ajudá-la a crescer em seu dom. Preservamos a responsabilidade de sacrificar nossas preferências a fim de dar completa liberdade para o nosso parceiro e unirmo-nos às escolhas dele ou dela. O benefício de unir-se com o outro é que, em seguida, você 114

Somos Tao Diferentes irá desejar agradá-lo e pedir sua opinião. O coração cheio de amor desejará incluir o desejo de seu cônjuge. Em outras palavras, a liberdade libera a individualidade, e o amor combina os gostos, os interesses e as preferências. Esta é uma maneira maravilhosa de viver.

Autoconliecim eiito: É impossível se unir com alguém que se recusa a juntar-se a você. Considere o caso do azeite com o vinagre. Eles parecem unidos quando despejados juntos e misturados, mas, dado certo tempo, eles se separam novamente. No entanto, se você adiciona um pouco de mostarda, um emulsificante, ao azeite e vinagre e agitá-los, eles nunca irão separar-se de novo. Se você, o azeite, recusar os sábios conselhos (a adição) do emulsi­ ficante, você nunca será capaz de misturar-se ao vinagre. Você pode insistir em ser do jeito que é e permanecer uma ilha emocional para si mesmo. No entanto, se admitir que precisa de ajuda — você também não é tudo o que pensa que é — e ouvir o que os outros têm a dizer sobre você, seu autoconhecimento vai aceitar os sábios conselhos, que irão ajudá-lo a misturar-se com seu parceiro.

É impossível se unir com alguém que se recusa a juntar-se a você. Rir de suas limitações é a coisa mais libertadora que você pode fazer. E é muito melhor do que os outros rirem de você! Seja o primeiro a confessar seus desafios e obstáculos que o afastam dos prazeres da unidade. Fale sobre suas próprias limitações e não das de seu parceiro. Essa autoconsciência o liberta da camisa de força do perfeccionism o e de uma autoavaliação perfeccionista. Os outros logo reconhecem suas falhas, e se você não as admitir, irá isolar-se emocionalmente das pessoas que ama. E logo não irá mais receber o respeito de que você precisa. O orgulho precede a queda e prepara o fracasso. Muitas pessoas maravi­ lhosas têm se casado e fracassado porque se recusaram a humilhar-se. Não importa o quanto você se considera bom em alguma coisa, sempre haverá alguém melhor que você com quem poderá aprender algo. Humilhe-se e per­ gunte primeiro ao seu cônjuge. Quando ele tiver absoluta liberdade para falar com você em amor e sem medo, você se surpreenderá ao descobrir a sabe­ doria que ele pode lhe conceder. No casamento, o medo do fracasso torna-se o nosso fracasso. 0 desempenho e o perfeccionism o nos afastam de nosso objetivo — a unidade. A humildade, no entanto, prepara o terreno para o sucesso. Duas pessoas humildes, que estimam a singularidade um do outro, são duas pessoas que 115

ELE DIZ, ELA DIZ vivem os benefícios da unidade. Alegrem-se, riam, regozijem-se, comparti­ lhem, apoiem, encorajem, trabalhem e sirvam juntos — estes são os benefí­ cios da unidade.

OS BONS HÁBITOS DE VIVER EM UNIDADE Quando um casal une suas vidas em unidade, isso muda os hábitos. Aqui estão alguns hábitos para considerar.

1. Façam coisas juntos. 0 melhor conselho que meus pais me de­ ram quando me casei foi: “ façam coisas juntos” . Se ele for lavar o carro, ajude-o ou faça outra coisa ao ar livre ao mesmo tempo, assim, vocês podem passar tempo juntos. Quando você cozinhar ou limpar a cozinha, façam isso juntos. Vão para a cama juntos. A cor­ dem juntos. Arrumem a cama juntos. Limpem a casa juntos. Orga­ nizem a garagem juntos. Quando estiverem em um lugar público, sentem-se juntos. Não coloquem os filhos entre vocês. Há vários anos, Larry e eu reduzimos nosso orçamento ao ter apenas um carro. Pensamos que poderíamos fazer isso durante seis meses, mas agora, dez anos depois, ainda temos apenas um carro. Amamos a intimidade que isso gera. Descobrimos que dirigir um carro obriga-nos a estarmos juntos mais vezes, e isso nos impede de viver vidas diferentes e separadas. Temos de levar em conta a agenda um do outro, mas andar de carro juntos permi­ te-nos passar mais tempo conversando. Nunca nos sentimos tão próximos quanto agora.

2 . Fale positivamente de seu cônjuge para outras pessoas. Muitas vezes, enquanto estão com amigos, ou em outros locais com grupos, os casais tomam liberdade para “ alfinetar” um ao outro, res­ saltando as fraquezas do outro e rindo delas. Mas, quando você fere seu parceiro, fere a si mesmo. Falar positivamente sobre as virtudes do seu cônjuge prioriza-o em seu pensamento. Quando sou a pregadora convidada em uma igreja na qual Larry já falou, as pessoas ficam empolgadas para me con h ecer por causa das c o i­ sas edificantes que Larry já disse sobre mim. Eles estão prontos para aprender de mim por causa de sua validação. Este tipo de afirmação faz com que eu sempre m elhore, não querendo d ecep cion ar ninguém, espe­ cialm ente a ele. 116

Somos Tão Diferentes 3 . Escolha cuidadosamente seus confidentes. A unidade também irá proteger as vulnerabilidades de seu relacionamento. Na estrada de oito faixas que vocês desfrutam juntos, encontrarão áreas de construção ao longo do caminho. Isso melhora o prazer e a segurança da rodovia e a prepara para atender às novas demandas do tráfego no futuro. Porém, a rodovia exige ajustes e reparos a fim de permanecer em unidade. As diferentes circunstâncias da vida mudam o fluxo do tráfego, e muitas vezes, não gostamos dos obstáculos e das intrusões que esses inespera­ dos cones laranja sinalizam. Quando você achar difícil dirigir por esta área de construção e precisar de “ assistência na estrada” , escolha cui­ dadosamente com quem você conversará. Uma coisa que sei com certeza é que você não deve falar negativamente de seu esposo aos seus pais. Deus lhe dará a graça de perdoar, esquecer e re­ começar. No entanto, sua família não terá essa mesma graça, e tenderá a ver seu esposo através de seu relatório negativo, mesmo muito depois de você ter se reconciliado com ele. Além disso, quando seu esposo descobrir que você falou sobre seus desafios de relacionamento e expôs abertamente as defici­ ências dele, ele sentirá que você tem sido desleal, o que destrói a unidade.

4. P rocure conselhos sábios. O caminho para a unidade pode ter curvas, buracos, desvios e asperezas. Podemos trabalhar algumas questões nas nossas relações com tempo, experiência, paciência e amor. No entanto, não tente navegar sua jornada sozinha. Se perce­ ber que está chegando a um impasse, uma bifurcação na estrada, e não sabe qual caminho tomar, peça ajuda. Juntos, por favor, procu­ rem conselhos sábios. Conversar com um mediador ou receber ajuda pessoal é um sinal de for­ ça, e indica que você valoriza a unidade em seu casamento. Recentemente, conheci recém -casados que cresceram em uma família muito disfuncional. De maneira sábia, após um ano de casamento, eles decidiram acrescentar um aconselhamento regular ao orçamento. Eles queriam ser proativos ao as­ segurar que a relação teria uma base forte. Juntos, eles se submeteram para escutar e aprender, para serem corrigidos e dirigidos. Eles fizeram a unidade ser de alta prioridade.

5. Ore. Eu acredito no velho ditado: “ A família que ora unida perma­ nece unida” . Nunca subestime o poder da oração. Faça da oração 117

ELE DIZ, ELA DIZ pelo seu esposo um dever diário, porque só Deus pode mudar o co ­ ração humano. Quando você entender isso, você vai parar de tentar mudar seu companheiro e deixar Deus ser Deus em sua vida e na vida dele. E incrível como Deus responde suas orações, e por meio dela, Ele transforma vocês dois!

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10 [ELE diz]

GD NÃO ESTOU NA DEFENSIVA! Por: Larry

evi diz que a atitude defensiva é o inimigo número um da intimidade no

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casamento. Você sabe qual é minha resposta para isso? "Não é a úni­ ca. Há outras causas; apenas não consigo pensar nelas neste momento” . Quando ela diz que sou demasiadamente sensível ou defensivo por alguma coisa,

respondo: “ Não, não sou” . E quando ela começa a chegar perto de sugerir que tenho um problema, imediatamente começo a escanear meu radar mental para encontrar alguém para culpar. E fundamental encontrar alguém que seja o pro­ blema, e não eu. Você provavelmente já adivinhou, a esta altura, que um de nós nesta rela­ ção matrimonial é extremamente defensivo. Consegue adivinhar qual de nós dois é? Se você me acusar de ser o tal, irei negar. Afinal, eu sou homem. Não cometo erros, não preciso pedir desculpas e eu nunca, jamais, estou errado. Se você acha que estou errado, então isso prova que quem está errado é você. Gente defensiva não quer inspecionar-se para encontrar pistas para as fa­ lhas. Gente defensiva permanece extremamente impossível de ser ensinada, porque ela nunca é o problema; a culpa é sempre da outra pessoa. Pessoas defensivas são muito fechadas, e relutam para que os outros não as conheçam realmente. Como diz Devi, elas sempre têm, diante de si, um escudo defen­ sivo, desviando-se de qualquer tentativa que os outros façam para conhecê-las. Elas geralmente têm medo de machucar-se. A atitude defensiva é, na verdade, o inimigo número um da intimidade. As pessoas defensivas não querem enfrentar os fatos; elas não vão abrir-se para a correção, e sempre procuram alguém para culpar. As pessoas defensivas são paranoicas por serem expostas por uma fraqueza, um erro ou uma falha percebida. As desculpas são a capa do fracasso. Elas veem os outros com o os verdadeiros culpados e acusam as circunstâncias para 119

ELE DIZ, ELA DIZ desviar a própria culpa delas: “ Eu teria chegado a tempo, mas o trânsito estava parado” . “ Eu teria conseguido seu carro de volta a tempo, mas minha esposa estava doente” . “ Eu teria, mas...” torna-se a frase inicial para cada desculpa. Quando alguém pergunta por que você está atrasado, não seria reanimador dizer: “ Não calculei antecipadamente como o trânsito estaria lento” , ou “ simplesmente tentei forçar muitos projetos no tempo previsto antes de sair” ? Melhor ainda, você poderia apenas dizer: “ Porque eu sou um procrastinador incorrigível, e não tenho ninguém para culpar, senão a mim mesmo” . Por que tentamos culpar os outros em vez de assumir a responsabilidade das decisões tolas que tomamos, das coisas que não deram certo e das confu­ sões que criamos? Por que é tão difícil erguer a mão e dizer: “ Sou eu; eu fiz isso. Eu sou o problema” . Eu não acho que existe um político em Washington que seja capaz de dizer: “ Eu sou o problema. Sou eu. Não culpe ninguém porque eu sou o culpado. Diga-me o que preciso fazer para corrigir isso” . Se houver, acho que devemos elegê-lo para Presidente. 0 ex-presidente Harry Truman tinha uma placa em sua mesa que dizia: “ A responsabilidade é toda minha” . É um grande lema para um homem que foi o único Presidente a usar uma arma nuclear. Ele assumia total responsa­ bilidade pelas ações, não usando desculpas, nem transferindo a culpa para escapar das críticas públicas. Se não existissem os Republicanos, os Demo­ cratas não teriam quem culpar pela confusão em que o país se encontra. Se não existissem os Democratas, os Republicanos não teriam a quem censurar e atribuir a culpa quando fazem a propaganda política deles. Felizmente, para os presidentes, eles sempre podem culpar os seus an­ tecessores. 0 vice-presidente sempre pode responsabilizar o superior pelo motivo de ele não ter sucesso. Os generais podem culpar os subordinados, e estes, os generais. Os homens sempre podem culpar a esposa, como Adão fez com a explosão defensiva: “ Foi a mulher que me deste por companheira/ ” E as esposas têm o maior bode expiatório imaginável - o diabo. Os cristãos realmente amam o inimigo, porque podem culpá-lo por tudo, incluindo pelas coisas que ele, na verdade, não faz. Em meus anos trabalhando com detentos em prisões, raramente encon­ trei um preso que dissesse: “ Fui eu. Eu era o problema. Eu não tenho nin­ guém para culpar, senão a mim mesmo” . É sempre a mãe, o pai, a namorada, a polícia, o cão, o gato, o professor, o patrão —todo mundo, menos eles. Estou convencido de que um homem nunca pode tornar-se verdadeira­ mente grande e continuar sendo defensivo. Ê a maldição dos homens inse­ guros que nunca confessam de modo franco seus próprios problemas. Como 120

Nao Estou na Defensiva! você é o único que pode consertar sua confusão, enquanto não tomar o pro­ blema com o seu, nunca será capaz de corrigi-lo. Quais são alguns sinais de uma pessoa defensiva? • Você tem medo de confessar abertamente um erro; • Ao primeiro sinal de acusação, você com eça a procurar alguém para culpar; • Você não diz toda a verdade, mas apenas a parte que faz você pare­ cer bom; • Você não está disposto a ouvir as sugestões dos outros; • Você não é ensinável e não está disposto a aprender; você sabe mais do que os outros; • Se alguém o desafia, você imediatamente despreza a pessoa; • Para você, é difícil admitir quando está errado; • É difícil se desculpar e pedir perdão; • Você não quer parecer “ menos do que perfeito” ; • É difícil elogiar os outros; • Você é controlador; • Não é uma pessoa aberta ou vulnerável; • Seus amigos não se sentem confortáveis ao confrontá-lo; • Você evita o confronto; • Você esconde as coisas. Se faria um X ao lado de cinco ou mais destes itens, há uma forte possi­ bilidade de que você seja um DEFENSIVO MANÍACO POR CONTROLE! Não, deixe-me suavizar isso. Você é como o resto de nós, machos defensivos, sempre à procura de alguém para culpar, mas interiormente querendo “ ir à luta” pelos seus problemas.

O QUE VOCÊ PODE FAZER? • Aceite sugestões; • Não busque bodes expiatórios quando ficar encurralado; • Assuma a culpa quando algo der errado e a culpa for sua; • Seja extremamente honesto quando for exposto; • Não se esconda, como fez Adão, quando sentir o Espírito Santo convencendo-o; 121

ELE DIZ, ELA DIZ • Aceite a crítica e veja se há alguma paxte dela que você possa ex­ trair e aprender; • Não tenha medo do erro; ele é um amigo, e não um inimigo; • Veja os erros com o algo normal da humanidade, e não um pecado contra Deus; • Não tenha medo de ser magoado. Se você aceitar a verdade, ela irá libertá-lo, e não machucá-lo. Vários anos atrás, convoquei uma reunião do conselho em nossa igreja, que incluía os anciãos e os diáconos. Quando todos os homens se sentaram ao redor da mesa em forma de U, fiz-lhes uma das perguntas mais tolas que nunca havia feito: “ Há alguma coisa em minha liderança de que vocês não gostam?” Eu sabia que receberia algumas respostas negativas, mas só não tinha ideia de que receberia 2 0 delas. Enquanto a maioria delas era pequena, um homem decidiu descarregar todo seu veneno em mim: “ Você não ouve ninguém; se alguém tenta corrigi-lo, você dá as costas para essa pessoa; é to­ talmente insubmisso; não está disposto a ouvir qualquer sugestão que alguém tenha a dizer. E nada nunca é culpa sua” . Na verdade, incluía mais do que isso, mas você já entendeu tudo. Eu fiquei atordoado, chocado, envergonhado, ferido e louco, tudo ao mes­ mo tempo. Rapidamente encerrei a reunião, fui para casa e chorei pelo resto da noite. No dia seguinte, dirigi-me para o centro de conferências onde planejei informar à liderança que não seria possível efetivar o compromisso combina­ do de que eu falaria em nome deles naquele dia. Não precisava compartilhar o fato de que chorei a noite toda; estava emocionalmente esgotado, senti-me com o um fracassado e não tinha nada para falar. Eu apenas diria que não poderia falar por eles. Certa vez ouvi alguém dizer que tinha um amigo que o magoara tão profundamente que ele se sentia tão pequeno e insignificante, que poderia sentar-se na beirada de uma nota de um de dólar e balançar as pernas. Era assim que eu me sentia, mas, provavelmente, minhas pernas ainda estariam bem longe de tocar o chão. Mas, enquanto eu dirigia para o centro de conferências, passei pela saída de minha igreja e fui automaticamente puxado com o se fosse para ir ao meu escritório. Fiquei ch ocado. Era com o se alguém estivesse girando o volante do meu carro para que eu fosse ao escritório. A o longo das cin ­ co placas de “ vire à direita” que levam para o estacionam ento da minha igreja, ouvi claramente a voz do Senhor falar com igo: “ Larry, Eu tentei dizer-lhe que você é defensivo, enviando-lhe amigos, inim igos, equipe e 122

Não Estou na Defensiva/ sua esposa, mas você não ouviu ninguém. Se você não se arrepender, irei rem over o castiçal da sua vida” . Instantaneamente, soube do que o Senhor estava falando. Eu tinha estu­ dado o livro de Apocalipse o bastante para saber que castiçais ou candeeiros, entre os quais Jesus caminhou em Apocalipse capítulos 2 e 3, descreviam as igrejas da Ásia Menor. Mas, no meu estudo anterior, também tinha concluí­ do que o castiçal era realmente a indicativa da unção do Espírito Santo nas igrejas. Minha interpretação foi que, se eu não me arrependesse, Jesus remo­ veria a unção do meu ministério. Ele não quis dizer que eu perderia minha salvação, mas que meu ministério já não iria levar esse elemento crucial, a capacitação do Espírito Santo, que garante a eficácia. Estacionei o carro, entrei no meu escritório e fui imediatamente para o escritório do homem que tinha me dado o golpe de morte. Agradeci-lhe por repreender-me. Agradeci pelo fato de ele ter exposto esta questão da defensi­ va em minha vida. Também elogiei o irmão por falar a verdade para mim em amor, e não temendo a retaliação da minha parte. A o final da minha confis­ são, eu era um homem diferente. Eu saltitava em meu carro e segui para a conferência, entregando uma mensagem poderosa e profética para a multidão. Se eu não aceitasse meus problemas e confessasse meu pecado de ser defensivo, estou convencido de que não teria nenhuma unção nessa reunião, ou em qualquer uma que se seguisse posteriormente. Eu gostaria de poder dizer que, daquele dia até hoje, nunca mais fui defensivo. Isso seria uma mentira. A verdade é que a atitude defensiva pode aparecer ocasionalmente, mas eu lido com ela e não a permito dominar-me. Eu posso aceitar de bom grado a verdade, não importa o quanto possa ser dolorosa, mas sabendo que a verdade sempre me libertará. Foi isso que Jesus disse e Ele estava certo (veja João 8.32). 0 que acontece se alguém fala a verdade, mas não em amor? Bem, eu ainda sou obrigado a aceitar. A atitude de alguém não pode impedir-me de ser transformado, nem é uma desculpa por que eu não deveria aceitar isso. Jamie Buckingham tinha uma grande ironia. Ele dizia que a verdade vos libertará, mas, primeiro, ela machucará. Concordo, mas é um bom dano. Então, meu bem, diga-me a verdade. Vou aceitá-la como homem, após falar umas dez desculpas. Não, não, eu concordo com isso atualmente.

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[ELA diz]

NÃO SOU DEFENSIVA! Por: Devi

e o tempo pudesse prometer intimidade no casamento, seria uma coisa ótima. No entanto, ele não promete. O número de divórcios arquivado por ano de casais juntos há mais de 20 anos é alarmante. As taxas de divórcio entre os casais com mais 50 anos dobrou nos últimos 20 anos, de acordo com um estudo realizado pela Bowling Green State University. Em 1990, menos de uma, em cada dez pessoas que se divorciaram, tinha 50 anos de idade ou mais. Em 2009, esse número foi para uma em cada quatro. É perfeitamente possível atravessar as diferenças e viver em harmonia uns com os outros, mas, de fato, nunca ser íntimo. É possível ter sexo mara­ vilhoso, risadas hilariantes e um companheirismo pacífico, mas sem sentir-se íntimo do outro. Quando um marido ou esposa vive com um guarda emocional

S

em seu coração, eles criam uma parede emocional que o outro não consegue atravessar. Pior ainda é quando o marido e a esposa são defensivos. Assim, no relacionamento, eles podem crescer mais, mas a atitude defen­ siva irá impedi-los de adentrar — sendo íntimos em seus corações. Permitir que outra pessoa entre em seu coração é confiar nela totalmente com todos os seus pensamentos, bons e maus, com todos os “ segredos” , o que significa que você já não vive mais em um, e com todos os seus medos. A intimidade também compartilha, sem temer ser ridículo, as esperanças, os sonhos e as visões, não importando como possa parecer ridículo e vasto. Dois tornando-se uma só carne não é apenas um voto de casamento repetido no altar; é um mistério incrível do coração humano.

DOIS TORNANDO-SE UMA SÓ CARNE A verdadeira intimidade é dois corações tornando-se um só. Tenho dado total autoridade a Larry sobre meu coração, e ele tem me dado o mesmo so­ 124

Nao Estou na Defensiva! bre o seu coração. Não há nada que Larry possa dizer sobre mim que eu não ouça — mesmo quando acho que ele está errado. Estou ciente de que tenho um lado cego em mim mesma que não consigo reconhecer. Se ele ressalta algo que precisa de correção, quem sou eu para não confiar que ele tem em mente o melhor para mim? Sua correção é sempre em amor, e se eu aceitar suas sugestões na minha vida, sou a benfeitora do crescimento pessoal e da intimidade com ele. Você pode pensar: “ Mas meu marido me corrige com raiva, e não em amor” . Quando isso acontece, você ainda pode ouvir o que ele tem a dizer, filtrar, reter o que é bom e jogar fora as coisas ruins. Não deixe que a ira dele im peça-a de receber a correção se você estiver errada. A raiva não é pro­ blema seu — é dele. Permitir que a outra pessoa fale dos problemas em seu caráter sempre aproxima seu relacionamento.

UM OLHAR MAIS DE PERTO Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Hebreus 12.1,2 A atitude defensiva é um peso ou um empecilho que se adere intima­ mente à alma. As Escrituras dizem para deixar todo embaraço... 0 dicionário descreve a atitude defensiva desta forma: “ um argumento feito perante um tribunal (acusador); dedicada a evitar ou resistir à agressão; um argumento para justificar” . Os líderes (aqueles que estão acostumados a ter autorida­ de) que demonstram ter uma atitude defensiva são muito bons em discutir o caso para provar o ponto de vista deles, justificando seu comportamento e protegendo-se. Eles também se destacam ao dizer à outra pessoa o que fazer e por quê. Assim, como alguém deixa todo embaraço?

1. Encare sua necessidade de estar certo e permita que seu marido esteja certo, ou, pelo menos, pense que ele está certo. Isto é realmente bom para o ego dele. Se ele estiver errado (e você souber disso), não será necessário dizê-lo. Ele descobrirá isso por conta própria.

2. Apresente o seu caso em um momento diferente de quando estiver apresentando o dele. Isto evitará uma discussão. 125

ELE DIZ, ELA DIZ

3 .M elhore os seus hábitos de comunicação. Quando responde com as palavras “ eu sei” , você imediatamente se fecha para os palpites da outra pessoa. Não é nada divertido comunicar-se com alguém que já sabe tudo. Uma convidada da Mentoring Mansions Home Experience Intensive [Ex­ periência intensiva e inicial da Mansão Mentoring] explicou os desafios que ela e o marido tiveram no relacionamento. Ela trabalhava como advogada de defesa no tribunal, e ele era professor de psicologia. Muitas vezes, ele lhe dizia: “ Não me interrogue” . E ela lhe dizia: “ Não me analise” . Eu tive de rir. Eu podia ver facilmente como isso poderia acabar com o re­ lacionamento deles. Embora você não seja casado com um psicólogo ou com uma advogada de defesa, é fácil ver como podemos usar as ferramentas do nosso ofício contra nosso cônjuge quando queremos ganhar. Assim, se você é professora, você poderia sempre ensinar seu marido. E se ele é um médico, ele poderia sempre diagnosticá-la e assim por diante. Pare e pense: por que você gostaria de criar uma situação para levar quem você ama a perder, sobretudo com você? Na maioria das vezes, quan­ do estamos tendo “ comunhão intensa” (brigando ou discutindo), não enten­ demos o que está realmente acontecendo entre nós. Dois estão tentando se tornar um. Não é fácil, mas é possível. Continue tentando baixar sua guarda para “ deixá-lo entrar” .

ENTENDENDO A ATITUDE DEFENSIVA Existem cinco causas comuns da atitude defensiva: 1.

R ejeição

2.

D ecepção

3.

Traição

4.

Constrangimento

5.

Fracasso

Entender as cinco causas da atitude defensiva irá ajudá-la a passar por cima da muralha defensiva de seu marido para entrar no coração dele. Você também irá perceber porque é defensiva e terá a coragem de derrubar seu próprio muro, medo por medo, para permitir que ele entre em seu coração. Entretanto, é importante saber que você nunca pode derrubar a parede em ocional defensiva da outra pessoa. As escavadeiras não funcionam. Se 126

Não Estou na Defensiva! você tentar esse método, você será recebida por um pelotão de fuzilamento, ficando ferida e abandonada. No entanto, o amor pode penetrar qualquer coisa, não importa com o as paredes pareçam ser imóveis. A atitude defensiva fará com que a pessoa aja por fraqueza, e não por força. Essa reação é geralmente para evitar algo tido como pessoalmente do­ loroso. Esta dor tem raízes em uma ou mais das já referidas cinco causas comuns da atitude defensiva. Certa vez, Larry voltou para casa depois de uma reunião do conselho de nossa igreja em crescimento. Eu tinha desenvolvido uma difusão em toda a cidade para mulheres e recentemente tinha organizado um evento do Mi­ nistério, enchendo o centro de convenções da cidade. Estávamos cheios de visão, e nossa congregação a amou e apoiou-nos. Compramos mais terreno para expandir, contratamos uma equipe qualificada e um ministério frutífero impactou nossa cidade.

A atitude defensiva fará com que a pessoa aja por fraqueza, e não por força. Com um semblante sério, Larry me disse: “ Eu renunciei hoje à noite” . Eu me senti como se estivesse em um desfile de Carnaval, girando em uma gaiola da qual não conseguia escapar e cujo fundo caiu. “ Por quê? 0 que aconteceu?” , perguntei. A reação defensiva de Larry em uma reunião do conselho resultou em uma perda dolorosa para nossa família. Sua renúncia não aconteceu diretamente por causa desse encontro. Ele reagiu por fraque­ za, percebendo e temendo a repetição da dor que ele tinha experimentado quatro anos atrás. Muitas vezes, as ações defensivas de seu cônjuge estão relacionadas ao seu problema atual, mas estão ligadas ao passado. Compreender isto a aju­ dará a lidar com seu relacionamento. Fiquei muito irritada com Larry por alguns dias, então Deus falou comigo: “ Você tem de permitir que Larry erre. Está tudo bem para mim, por isso tem de estar bem para você. Em vários momentos, você também está errada” . Foi então que consegui abrir mão da minha ira (atitude defensiva) e seguir em frente com a nova aventura de nossa família que o “ erro” dele criou. Agarrei-me em Romanos 8.28. É uma passa­ gem que todos nós conhecemos, mas poucos querem ter que vivê-la! E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreta.

Rom anos 8 .2 8 [Ênfase da autora].

127

ELE DIZ, ELA DIZ Entender e confiar nesta verdade deveria remover o medo de estar errado. Mesmo com nossos melhores esforços, nem Larry, nem eu estaremos sempre certos. Nem você estará. A dura realidade da vida é o que acontece conosco hoje e o que afeta com o reagiremos [a algo] amanhã, a menos que encaremos o problema de frente e o vençamos. Fazemos isso ao aceitar o que nos acontece hoje e tirar o máximo disso. Você é o único que consegue derrubar sua parede.

IDENTIFICANDO SUAS REAÇÕES [0 amor] tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 0 amor jam ais acaba.

1 Coríntios 13 .7,8 ara

Rem over sua parede defensiva para permitir que seu amor penetre no coração de seu marido é uma decisão deliberada. Lembre-se, quando você ergue uma parede emocional para afastar a dor, também aparta o amor. Por isso, irei dar-lhe algumas reações comuns e veja se você se identifica com alguma delas. Admitir que você reage de alguma dessas formas pode ser o primeiro passo para baixar a guarda.

1. Tenho medo de rejeição. Temê-la fará com que a pessoa endureça o coração e ataque antes de ser atacada. Eles irão retaliar com raiva, a qual sempre afasta seu amado, que lhe deseja o melhor e está ten­ tando chegar até você para ajudar.

2. Eu sou cínica e sarcástica. Cinismo e sarcasmo é uma maneira apa­ rentemente aceitável para humilhar os outros. São feitos geralmente com humor. Mas o fato de denegrir o cônjuge e apontar as falhas dele amarra você à própria ilusão —a de fingir que não tem falhas próprias.

3. Eu culpo os outros. Se você tem de explicar por que disse o que disse ou fez o que fez, você está defendendo suas ações e culpando as circuns­ tâncias ou as pessoas pelo seu comportamento. Isso a impedirá de rece­ ber instruções ou correções que poderiam ser bênção para você.

4. Eu ajo de form a independente. Se você atua de forma indepen­ dente, sem buscar sábios conselhos ou sem pedir [uma opinião] aos outros, talvez tenha medo de ser julgada da mesma maneira que julga os outros — cruelmente. Em sua cabeça, pedir para ser ensinada por outra pessoa, especialmente pelo marido, é com o admitir que não sabe tudo e é uma ameaça à imagem que tem de si mesma. 128

Não Estou na Defensiva! A atitude defensiva é uma prisão emocional autoinfligida. A fechadura desta está do lado de dentro do seu coração e só você tem as chaves [para abri-la],

DERRUBE SUA PAREDE— ABRA A PORTA Profetisa hipócrita... No início de nosso casamento e ministério, Larry e eu experimentamos um incrível impacto e sucesso no Reino em proporções gigantescas. Deus es­ colheu ungir e abençoar nossa fé cega e apaixonada. Após 12 anos, chegou a nossa vez de aceitar uma provação de iguais proporções para o nosso sucesso. O que encontramos pela frente poderia ter sido devastador e destrutivo para nossa vida, casamento e chamado ministerial. Foi então que decidimos que terminar bem era mais importante do que com eçar bem.

A atitude defensiva é uma prisão emocio­ nal autoinfligida. A fechadura desta está do lado de dentro do seu coração e só você tem as chaves [para abri-la]. Ao longo do tempo, ficando sempre presos à dor do fracasso, Larry e eu unimos forças e aceitamos o que foi “ feito a nós” . Em vez de culpar os outros e justificar-nos, assumimos toda a culpa. Aceitamos que Deus era a mão por trás da que nos magoou. Larry derrubou sua muralha defensiva, pedra por pedra, experiência por experiência. E eu lhe dei a liberdade de estar errado, sem apontar-lhe o dedo. Minha mãe tem uma abundância de pérolas de sabedoria que moldaram meu caráter. Duas das minhas favoritas incluem: “ O que há de tão ruim em estar errado?” O medo do fracasso, ou o de estar errado, impede a pessoa de­ fensiva de tentar. A vida é cheia de altos e baixos, certos e errados, vitórias e fracassos — ninguém escapa disso. A batida do tambor é grave, e o tom das teclas do piano ecoa grave. Nossos momentos mais negros se tornaram nossas maiores vitórias. Não tentar é não conseguir, e o contrário é correr o risco de falhar ou vencer. Entretanto, ambos [fracassar ou triunfar] são vitórias. Real­ mente, não é tão ruim estar errado, se você admitir isso. E se você é culpado por estar errado quando você não é, lembre-se: não é tão ruim estar errado, quando você sabe que não está. De qualquer forma, você ganha. Outra pérola de sabedoria da minha mãe é o complemento para um velho ditado: “ Não chore sobre o leite derramado. Apenas o lim pe” , ela diria. Se você tem estado errado, faça o melhor quanto a isso, assuma a responsabili­ 129

ELE DIZ, ELA DIZ dade e siga em frente. Definitivamente, foi este tipo de treinamento e exem­ plo o que me deu confiança para aceitar minhas falhas, ser ensinável e ser o apoio para outros que não tiveram este tipo de base emocional.

VIVENDO COM UMA PESSOA DEFENSIVA É importante entender como abordar uma pessoa que tem a guarda levantada e medo de confiar em você de todo o coração. Seguem algumas orientações:

1. Ajuste seu estilo de comunicação. Você não é o professor do seu cônjuge. Insegurança e baixa autoestima geralmente são a causa da natureza defensiva. Use muitas perguntas quando se comunicar com ele. Faça sugestões em vez de dar instruções. Evite uma conversa acusatória. “ Por que você fez isso?” ; “ você deveria” ; “ você podia” e “ você fez” . Aceite-o. Faça que ele saiba como a opinião dele é im­ portante para você. Não encha a paciência dele. Seja educado na sua abordagem. Você não tem de pisar em ovos, mas a doçura sempre usa a diplomacia. Isso é amor. A pior coisa que se pode dizer para uma pessoa defensiva durante uma conversa é: “ Você está sendo defen­ sivo” . Ou, pior ainda: “ Não seja defensivo” . Isto sempre criará uma resistência; e você obterá tanto uma agressão como um recuo.

2. Construa a autoestima dele. Ajude seu cônjuge. Aceite tudo que ele ama. Concorde com ele. Faça contato visual quando ele estiver falando com você. Aceite suas ideias com um aceno de cabeça ou sor­ riso. Acrescente à conversa com uma pergunta de interesse ou apoio. Evite fazer comentários que desafiem o que ele disse.

3. Confronte com um coração rendido. Se você tem uma opinião diferente da do seu cônjuge sobre um problema sério que acredita ser destrutivo para você ou sua família, use o que chamo de “ princípio de Ester” . Quando esta rainha precisou confrontar a decisão do marido, ela orou por três dias e, então, entrou na presença dele com um cora­ ção totalmente rendido. Ela iniciou o diálogo com esta frase: uSe bem parecer ao rei...” . Ela convidou o rei para um banquete que preparara e com eçou a explicar o problema. Ela foi cuidadosa e deliberada. Ela não descarregou [o problema] em cima dele, ameaçou-o, atacou-o; pelo contrário, ela entregou-lhe seu coração e estava disposta a cor­ rer o risco de mudar de opinião ou de viver com as consequências da decisão. Esta é a verdadeira submissão.

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Não Estou na Defensiva! MULHERES DEFENSIVAS Homens e mulheres defensivos se comportam um pouco diferente, em­ bora as causas dessa atitude sejam as mesmas. Larry abordou os homens incisivamente, e agora é minha vez de fazer o mesmo com as mulheres. No princípio, Eva demonstrou duas vulnerabilidades das mulheres. Primeira, ela buscou espiritualidade: ... e sereis como Deus. Segunda, ela culpou a ser­ pente: A serpente me enganou, e eu comi (Gn 3.13b). A superespiritualidade entre as mulheres torna-se um muro de defesa im­ penetrável. Elas sempre têm a “ Palavra do Senhor” e não ouvirão os outros. Em breve, irão tornar-se superiores ao marido, pastores, e como certa mulher disse, “ Deus me fez ‘a sentinela sobre os muros’ para garantir que esta igreja não esteja no erro!” Eva provavelmente quis ser como Deus para poder dizer a Adão o que fazer! E precisamente esta atitude que prepara as mulheres defensivas para serem enganadas. Eva entrou em uma conversa com uma voz que contradizia a Palavra de Deus. Ela raciocinou com ideias que estavam em conflito direto com o que Deus tinha dito a Adão. Aparentemente, ela não confiou por completo no que Adão tinha ouvido de Deus e não estava muito disposta a sujeitar-se e aceitar a Palavra do Senhor. Assim, quando o enganador se aproximou dela, ques­ tionando o que Deus realmente tinha dito, o primeiro erro que ela cometeu foi envolver-se na conversa com um pensamento ou uma ideia que estava em conflito direto com a Palavra. Eva era insubmissa e não confiava no que Adão tinha ouvido de Deus. Satanás citou Deus e mal interpretou o que Ele quis dizer. 0 diabo disse a Eva: Certamente não morrereis. Ela ouviu e, em seguida, questionou-se, não confiando no que Adão acreditava. Ela se envol­ veu em uma conversa racionai que a levou ao engano. Então ela pon derou ,... aquela árvore era boa para se comer, Eva estava sendo prática; e ... agradável aos olhos, ela amava a beleza; e a árvore ... desejável para dar entendimento (as citações foram retiradas de Gênesis 3). 0 que poderia ter de tão errado com a praticidade, a beleza e a sabedoria? Siga em frente! A dão, olhe o que podem os alcançar. Sensibilidade, beleza e inteligência... E o que as mulheres querem. Mas, era o que Deus queria? Quando o Senhor se aproximou deles, A dão e Eva defensivam ente “ se esconderam ” . Eles não queriam encarar o que tinham feito. A defesa de A dão foi esconder-se e culpar sua esposa; a de Eva foi também se esconder e culpar o diabo. E Adão não f o i enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão (1 Tm 2.14). Adão d esob e­ deceu a Deus e não assumiu a responsabilidade por isso. Ele con h ecia a Palavra do Senhor, mas não o temeu e foi desviado por sua vulnerabilida­ de à mulher que amava. 131

ELE DIZ, ELA DIZ Ele deu ouvidos a ela e não a protegeu, recusando-se a comprometer-se. Mas Eva foi enganada por Satanás. Estas são duas coisas muito diferentes. A desobediência e o engano levaram este casal a uma consequência de dura perda e dificuldade, causando dor às futuras gerações inocentes. Culpar é outra característica que as mulheres usam como arma defensiva. E as “ mulheres superespirituais” sempre irão culpar o diabo: “ Satanás está atacando nosso casamento” . Não, não é o inimigo, é você que não está res­ peitando e confiando na sabedoria do seu marido. Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra, consideran­ do a vossa vida casta, em temor. [...] mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que éprecioso diante de Deus. 1 Pedro 3 .1 ,2 ,4 Render sua atitude defensiva e unir-se em confiança à habilidade do seu marido de ouvir de Deus irão protegê-los do erro. As mulheres defensivas tendem a ser insubmissas, incorrigíveis, sarcásticas e repreensivas. Todos os homens irão livrar-se desse comportamento e fechar-se. A maioria dos homens lhe mostrará o caminho deles e você não gostará de para onde este caminho irá levá-la. Derrube a muralha defensiva ao dar aos outros permissão para ensinar-lhe o que você não sabe, corrigindo, assim, seu comportamento rude e incorreto e assumindo a responsabilidade por suas tensões relacionais. Edifique os ou­ tros sem olhar para aprovação pessoal. Retire do seu vocabulário a resposta: “ Eu sei” . Assim que alguém falar algo, em vez de dizer: “ Eu sei” , o que faz com que essa pessoa pare, substitua por: “ Sério?” ; “ ok” , “ fale-me mais sobre isso” ... etc. Esta nova resposta abrirá seu coração para dados. Você irá amar as ideias impressionantes que os outros irão dar-lhe. A coisa mais triste sobre viver com uma muralha defensiva é que a defesa não afasta só o sofrimento, mas a parede em seu coração também distancia o amor. Edifique os outros sem olhar para aprovação pessoal.

Edifique os outros sem olhar para aprovação pessoal. Abaixe a guarda e aceite as bênçãos que estão esperando por você por intermédio das pessoas incríveis que Deus colocou em sua vida. 132

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[ELE diz]

ZONAS DE ALERTA - CUIDADO COM OS SINAIS DE PERIGO Por: Larry

s sinais de perigo são, geralmente, sinais vermelhos de alerta que são inseridos ou colocados por trabalhadores da construção civil, indicando a necessidade de alerta extremo. Pessoas que ignoram esses avisos fa­ zem isso por conta própria e risco. Os casamentos também têm alertas de perigo que são sinais bíblicos para avisá-lo de um possível perigo ou, se ignorados, um provável desastre.

O

Este capítulo se destina a sinais de perigo, para avisá-lo de ameaças em potencial na vida dos líderes que vivem juntos. Embora esta lista não seja exaustiva, é, ao menos, uma tentativa de afastar alguns dos perigos mais evi­ dentes pelos quais temos visto líderes sucumbirem nos últimos 50 anos de ministério. Se você prestar atenção a eles, você salvará seu casamento, sua família e seu futuro. Mas, se ignorá-los, você pode perder tudo. O que com eça com o uma paquera com a aventura termina com o namoro com o desastre. Não há ninguém que seja tão espiritual a ponto de ser imune a estes de­ sastres em potencial. Como Paulo disse: Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado (1 Co 9.27). Não é que Paulo estivesse prevendo a maldição etema. Ele está dizendo que, se não disciplinarmos nossos apetites carnais, Deus não irá usar-nos. Seremos postos de lado e desclassibcados. Você acha que o Senhor usará uma pessoa indisciplinada que constantemen­ te escolhe ignorar Seus sinais de perigo? Isso nunca acontecerá. Abaixo, listei alguns sinais de perigo que encontrei.

DISCUSSÕES SOBRE O DIVÓRCIO Atualmente, o divórcio é feito em nossos tribunais com facilidade; por­ tanto, tornou-se algo comum em nossa sociedade. Hoje, os casais brincam 133

ELE DIZ, ELA DIZ com a palavra “ divórcio” , usando-a com o uma ameaça constante para manter o cônjuge na linha. Eu não consigo imaginar nada mais doentio. Divórcio não é uma palavra no meu dicionário familiar. Devi e eu não consideramos isso; ela não está em nosso vocabulário. Não falamos disso, nem gostamos que os outros sequer a mencione. Em uma entrevista, pergun­ taram a Ruth Graham: “ Você já considerou divorciar-se?” Ela disse cons­ cientemente que se divorciar de seu marido, Billy, nunca foi uma opção, mas que ela tinha considerado o assassinato. E claro, esta afirmação foi feita em tom de brincadeira; mas essa foi uma maneira bonita de reforçar suas con ­ vicções de que divórcio não era uma opção no casamento, mesmo quando enfrentaram tempos difíceis. Estou tão firme em minhas convicções que não gosto de qualquer piada relacionada ao divórcio ou de quem fala sobre o casamento de modo pejorati­ vo ou leviano. 0 matrimônio é para ser tido em alta consideração. Há poucas décadas, um pequeno número de pessoas nos Estados Unidos ou na cultura ocidental sequer considerava o divórcio. Naquela época, se você se casava, permanecia assim a qualquer custo. Agora, muitas vezes, o divórcio é considerado uma opção mesmo antes da cerimônia de casamento. “ Bem, se as coisas não derem certo, eu posso sempre me divorciar” . É até escrito nos acordos pré-nupciais. E Hollywood não ajuda nem um pouco com sua abordagem superficial sobre o casamento em filmes e na vida real. As revistas sensacionalistas devem ficar em êxtase ao ouvir sobre outro divórcio pendente entre as celebridades. Isso é muito aproveitado pelos comerciantes de fofoca. Eles raramente se alegram pelos casamentos que experimentaram a fidelidade e a longevidade. A cho que estes não vendem nenhuma revista. Embora o divórcio seja socialmente aceito, ainda há tristeza quando o casa­ mento de alguém fracassa, quer seja um político, um artista, um pregador ou um membro da família. Por favor, entenda que você não pode sempre trazer à tona o tema “ di­ vórcio” em suas conversas sem realmente existir a possibilidade de ocorrer um. Quando você fez seus votos de casamento, devia ter fechado as portas de pensar sobre o divórcio, muito menos de desejá-lo. Que maior legado você poderia deixar para os seus filhos que ver o seu comprometimento com o casamento? Isso lhes dará caráter para não estagnar quando a vida ficar difícil. Eles podem aceitar “ ... na riqueza ou na pobreza, até que a morte nos separe” , porque você aceitou. A Bíblia é clara, pois “ Deus odeia o divórcio” . Eu também. Recentemente, um homem me contou que sua esposa estava ameaçando-o com o divórcio. Ele se gabou dizendo-lhe que seu compromisso com os filhos seria tal que eles ficariam bem. Quando relatei a frase dele para Devi, 134

Zonas de Alerta - Cuidado com os Sinais de Perigo ela disparou: “ Não, as crianças não ficarão bem” , então listou inúmeras ra­ zões porque isso é absolutamente falso. As crianças nunca ficarão bem quan­ do a mãe e o pai, a quem amam profundamente, não demonstram o mesmo tipo de amor um pelo outro. Quem aconselha casais regularmente tem de lidar com as consequências negativas do divórcio. Você não tem ideia do dano que isto causa às crianças, e décadas de aconselhamento não conseguem erradicá-lo. Crianças com c o ­ ração partido porque os pais não estão juntos tornam-se adultos com coração partido e que raramente vivem em relacionamentos amorosos comprometidos e duradouros. Eles temem a dor da separação porque já conviveram com ela em suas vidas. As crianças são um bom motivo para permanecer casado? Absolutamen­ te. Você pode reacender a chama mais tarde, se necessário, então, dê ao “ mais tarde” uma chance. 0 maior presente que você pode dar aos seus filhos é uma mãe e um pai que vivem juntos.

Que maior legado você poderia deixar para os seus filhos que ver o seu compro­ metimento com o casamento? Anos atrás, quando o divórcio não era tão comum como é agora, uma se­ nhora veio confessar que ia divorciar-se do marido. Imediatamente, pergun­ tei o porquê. Ela foi muito sincera: “ É muito simples; eu não o amo mais” . Quando sugeri a ela que “ eu não o amo mais” não era uma razão bíblica para o divórcio, ela respondeu: “ Eu não me importo” . É um problema quando o “ eu não me importo” ignora a ordem bíblica contra o divórcio. Onde está o temor a Deus? Onde está o medo das consequências negativas por causa das nossas decisões? Para você, seu cônjuge e filhos. 0 interessante é que ela nunca considerou que estava expondo-se ao fra­ casso, ao pecado, a uma família disfuncional e à miséria. Eu não tenho ideia de para quantos cônjuges falei que se arrependeram da decisão do divórcio. 0 bastante, eu garanto, para confirmar o fato de que a grama do vizinho não é sempre mais verde. Na verdade, muitas vezes é seca e morta. Não estou condenando quem se divorciou. Estou sugerindo que você considere a possibilidade de divórcio não só como um sinal de perigo, mas com o um outdoor de perigo, uma faixa de perigo, um balão inflável de perigo e qualquer outra coisa na cor vermelha, que sinalize perigo. E mortal. Nossa cultura, sociedade e famílias estão sendo sistematicamente destruídas por este enorme problema. Devíamos ter cuidado disso quando era apenas um 135

ELE DIZ, ELA DIZ sinal de perigo, antes que se tornasse um exército perigoso que marchou para destruir nossas famílias. É bem possível que um cônjuge ou um casal desejoso de obter o divórcio, às vezes, vá abordá-lo com o líder. Por favor, não seja culpado de incentivar isso. A menos que haja abuso físico ou um caso extraconjugal, faça tudo que puder para evitar que isso aconteça. Quando você estiver diante de Deus, estará contente por ter resistido, em seu próprio casamento e no dos outros também. Anos atrás, minha filha enfrentou o fantasma incerto e temeroso de um casamento desfeito por causa da infidelidade conjugal e de um divórcio indesejado. Nunca vi alguém mais teimoso. Ela manteve o amor e o respeito pelo marido, resistiu firmemente ao divórcio e, dentro de meses, viu seu esposo completamente arrependido e restaurado. 0 divórcio não era uma opção. A oração prevaleceu e o amor superou todas as emoções negativas, i n c l u i n do o monstro da amargura. Estou muito orgulhoso de minha filha e do meu genro. Eu gostaria de fazer uma estátua de bronze de ambos e escrever nele uma legenda: “ Divórcio, você perdeu” .

Não estou condenando quem se divorciou. Se todas as coisas são possíveis com Deus, então certamente a cura de um casamento é uma delas. Se a oração pode mover montanhas, então, com ece a interceder. Se o amor cobre multidão de pecados, então, abra as comportas do amor. Mas não concorde com esse espírito demoníaco de divór­ cio que se recusa a lidar com as questões subjacentes e que procura soluções temporárias e superficiais.

NENHUMA OUTRA MULHER Esta é minha convicção e estilo de vida. Não há outra mulher no mundo, no que me diz respeito, além da minha esposa. Ninguém merece minha atenção, meu carinho, meu compromisso emocional, minha fixação visual ou meu coração além da minha esposa. Nenhuma mulher é muito bonita, inteligente, criativa ou ativa para me seduzir. Se você está romanticamente interessada em mim, então, está desperdiçando seu tempo. Não estou interessado em você e ponto final. Não enviarei mensagens de texto para você, não falarei ao telefone com você, não visitarei sua página do Facebook, não a levarei para casa após o expediente, não vou “ twittar” para você, ou encontrá-la no bebedouro mais tarde. Anos atrás, Devi me infonnou que ela viu mna mulher em nossa igreja que deliberadamente me esperaria terminar de cumprimentar as pessoas após o culto para 136

Zonas de Alerta - Cuidado com os Sinais de Perigo me dar um abraço “pastoral” . No início, pensei que Devi estava sendo sensível de modo excessivo. Ela não estava. Ela estava absolutamente certa. As vezes, só uma mulher conhece a intenção de outra. Talvez isso seja verdade também com os ho­ mens: eles podem perceber outro que está à espreita. Ela percebeu corretamente e eu não tinha notado. Escute seu cônjuge. Este não era um abraço inocente, mas um gesto físico calculado por uma mulher sedutora. Eu estou tão feliz que Devi foi capaz de abrir meus olhos cegos para a realidade de um abraço sedutor que poderia ter destruído minha vida, casamento e ministério. Devi deu o sinal de perigo para mim e eu tomei cuidado, embora, na época, esse sinal perecesse mais rosa do que vermelho, e eu não conseguisse vê-lo. Até hoje, sou excessivamente cauteloso com mu­ lheres que são muito amigáveis. Quanto mais uma mulher fica íntima, mais eu me afasto dela. A única mulher que tem entrada em minha vida é Devi. Mulheres atrevidas me fazem recuar, e elas não precisam estar vestindo ver­ melho para eu dar a marcha a ré no meu carro. Esposas, o mesmo vale para vocês. Nenhum outro homem deve ter o seu coração. Compartilhar sentimentos e confidências íntimas é uma área que não se deve atravessar. Se você se veste de forma que atrairá a atenção de alguém que não é seu cônjuge, troque de roupa. É comum para líderes, homens e mulheres, trabalhar em estreita comunhão com outros homens e mulheres. Mulheres inteligentes gostam de homens inteligentes. Tenha cuidado quando interagir intelectualmente com outro ho­ mem. Isso pode tomar-se uma provável atração. Evite almoços de negócios quan­ do estiver sozinha com outro homem, e sempre dirija seu próprio carro, em vez de andar com outro homem. Além disso, abstenha-se de contatos físicos indesejá­ veis e de mexer na propriedade alheia. Personalidades extrovertidas são comuns a mulheres líderes. Pequenos gestos de toque podem criar sinais inadequados para os outros que não podem viver por seus padrões. Estas são orientações de bom senso para evitar tentações desnecessárias.

SEGREDOS: “SHHH, NÃO CONTE” 0 diabo gosta de segredos e lugares escuros. Deus ama a verdade e a luz. Se amamos, servimos e seguimos a Deus, temos de ser pessoas abertas, sem esconder nada. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coi­ sas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar. H ebreus 4.13

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ELE DIZ, ELA DIZ Jesus disse: Portanto, não os temais, porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se (Mt 10.26). Jesus então amplia Sua frase em Lucas 12.3, quando Ele declara: Porquanto tudo o que em trevas dissestes à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete sobre os telhados será apregoado. Uma análise rápida das exposições atuais de vários políticos e pregadores é suficiente para que você saiba que tudo o que é feito em segredo pode facilmente ser pego pelas mídias sociais, garan­ tindo que sua indiscrição privada em breve se tornará desgraça pública. Os segredos têm o hábito de destruir as melhores reputações e líderes. No jardim do Éden, a queda de Adão resultou na primeira tentativa hu­ mana de esconder algo de Deus. Quando Deus perguntou a Adão “ Onde estás?” (Gn 3.9), não foi porque Ele não sabia. Deus queria que Adão reco­ nhecesse que nada é escondido dele. Desde então, a humanidade tem tenta­ do esconder algo não só de Deus, mas também uns dos outros. Tornamo-nos mestres alfaiates e costureiras, excelentes em costurar folhas de figueira para cobrir nossos pecados. Se você oculta algumas coisas de seu cônjuge, sabe que o pecado vem a seguir. Os segredos são os maiores sinais de perigo. Se há algo que não posso contar para minha esposa, pode acreditar que isso não vem de Deus. Se não posso dizer à minha mulher o que estou pensando, algo está errado. Se eu não posso dizer a ela ao que estive assistindo, algo está errado. Se não quero dizer o preço de algo que comprei, eu tenho um problema. Se não posso dizer à minha esposa o verdadeiro motivo de ficar até tarde no trabalho, meu se­ gredo abriu a porta para o diabo entrar. Se eu não posso dizer ao meu cônjuge a quem tenho enviado mensagens de texto, o pecado está à porta. Segredos e pecados são companheiros. Se você não pode contar ao seu cônjuge, isso não é de Deus. Você pode contar ao seu companheiro tudo. Em um casamento saudável, não há segredos.

MINANDO A AUTORIDADE UM DO OUTRO Quando eu era criança e estava em fase de crescimento, ouvia a esposa do meu irmão mais velho dizer aos seus filhos: “ Oh, você não tem de ouvir seu pai. De qualquer maneira, ele não sabe o que está falando” . Às vezes, ela dizia de forma pejorativa e, em outras vezes, de modo côm ico, por exemplo, “ ele é burro” . Mas, quer fosse retratado por uma crítica, ou de um jeito meio brincalhão, era sempre minando sua autoridade. A família foi destruída pela sistemática humilhação feita por ela ao meu irmão, até que tudo terminou em divórcio e as crianças desrespeitando-o. Ela com eçou a acreditar em suas próprias mentiras. 138

Zonas de Alerta Cuidado com os Sinais de Perigo -

Mesmo criança, eu me assustava com sua maneira conivente e manipulativa de fazer-se parecer superior, e ele, inferior. Muitas vezes, ela dava suas “ alfinetadas” em tom de brincadeira. Cada coisa dolorosa que ela dizia con­ tra meu irmão me magoava. Intuitivamente, eu sabia que aquilo era errado. Meus pais não se relacionavam daquela forma e eu não queria isso no meu casamento. Em Provérbios, diz que: 0 que fa z uma cova nela cairá; e o que revolve a pedra, esta sobre ele rolará (Pv 26.27). Você não pode minar seu cônjuge diante dos seus filhos ou dos outros sem destruir-se com isso. A pedra que mina e usurpa a confiança, a identidade ou a autoridade do seu cônjuge irá retornar para esmagá-lo. Sinto-me tão triste pelos pais que optaram por fazer os filhos se voltarem contra a mãe ou o pai. Eles não têm ideia de com o suas ações são destrutivas. Todo mundo perde. Eles destruirão seus filhos e a si próprios no processo. As gerações vindouras serão feridas pelo comportamento deles. Para garantir as bênçãos de Deus, você deve edificar seu cônjuge em todos os momentos, e prmcipalmente na presença dos filhos. Nada é mais importante para a manutenção da estabilidade e da saúde em uma família do que uma frente unida. Se a esposa dá uma orientação para os filhos, concorde, mesmo que vocês precisem discutir isso mais tarde. “ Filho, o que sua mãe disse para fazer? Então, faça” . “ 0 que seu pai disse? Bem, eu concordo com ele” . Não permita que seus filhos façam vocês entrarem em confronto um com o outro. Eles começam este jogo logo após o nascimento e, frequentemente, tentam mantê-lo por toda a infância e adolescência. Vá em frente e frustre toda essa ar­ mação dos filhos ao estar em unidade com a decisão de seu cônjuge.

O DESTRUIDOR PRINCIPAL - O FATOR “E” 0 adultério NAO é o principal destruidor do casamento —mas, sim, o ego­ ísmo. Para que ninguém pense que estou minimizando o perigo em potencial dos casos extraconjugais, deixe-me garantir-lhe que a razão de mencionar isso acima foi para enfatizar seu impacto mortal. Há algo muito mais sutil e fatal, e isto é o egoísmo. Em minha opinião, esse sentimento é o denominador comum de todas as dificuldades conjugais. E quando líderes vivem juntos, é muito tentador ser motivado por seus próprios objetivos, responsabilidades e estilos de vida. Após 50 anos de ministério, nunca houve — deixe-me repetir — nunca houve um casal sequer que tenha entrado em meu gabinete de aconselha­ mento e que o egoísmo não fosse o grande problema deles. Os problemas 139

ELE DIZ, ELA DIZ superficiais sempre vêm à tona, tais como dinheiro, “ eu não amo mais ele (ela)” , infidelidade, falta de comunicação; mas, todas essas causas inevita­ velmente se resumem ao egoísmo. Podemos facilmente identificar o egoísmo por meio de uma atitude, que é o “ eu primeiro” . Se você considerasse a outra pessoa mais importante que você, com o Filipenses 2.3 manda, o egoísmo já não seria um problema. Tro­ que a atitude “ eu primeiro” por “ você primeiro” , e você nunca se verá na sala de um conselheiro matrimonial. O egoísmo irá diminuir e morrer durante a noite, se você tiver essa postura. O egoísmo irá destruir qualquer casamento ou outros relacionamentos, incluindo aqueles dentro da família, da igreja, do local de trabalho ou do país. O egoísmo não só abre a porta para uma série de sinais de perigo, mas também chacoalha um sinal de perigo para uma manada de touros que vem investindo contra você, destruindo tudo em seu caminho. Nada é mais destrutivo do que o egoísmo. 0 cantor que entoou [o lema] sobre fazer as coisas “ do meu jeito” [My way] não sabia como sua filosofia era letal. Conseguir ou fazer as coisas “ do meu jeito” destrói qualquer pos­ sibilidade de sucesso na vida. Além disso, isso nega a própria essência do Evangelho, de colocar Deus em primeiro lugar, os outros em segundo e você em último. Tenho uma sugestão: vamos escrever uma nova canção intitula­ da “ Farei do seu jeito” ; efetivamente paralisando o egoísmo, o destruidor Número Um de casamentos e famílias. Eu o desafio a encontrar qualquer problema cuja raiz não esteja centrada no egoísmo. Até a raiz da amargura é enxertada no egoísmo. Você não apenas “ se livra” do egoísmo; você tem de deliberadamente negar a si mesmo e colocar seu cônjuge em primeiro lugar. A abnegação tem de substituir o egoísmo. Desfrutem juntos da jornada enquanto apreciam um ao outro, e vivam de maneira cuidadosa através das zonas de construção.

O TRAUMA DAS MUDANÇAS Benjamin Franklin disse que duas coisas são inevitáveis na vida: a morte e os impostos. Ele está certo. E eu tenho outra inevitabilidade que poderia acrescentar à lista — mudanças. Estas são inevitáveis e elas sempre carregam o potencial de balançar o barco, na melhor das hipóteses, ou emborcá-lo, na pior delas. Quando um parceiro da liderança passa por uma mudança, sempre afeta o outro. Muitas vezes, quem é mais profundamente afetado pela mudança não é quem toma a decisão de mudar, mas, ao contrário, é o que tem de adaptar-se à decisão feita. 140

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E impossível experimentar mudanças em planos, visão, objetivos, locais, posições, ocupações ou em sua equipe sem preocupar-se com um trauma emocional. Mesmo quando você sabe que a mudança iminente é da vontade de Deus, ainda pode viver o trauma. Leva tempo para adaptar-se. Leva tempo para organizar as várias emoções envolvidas; além disso, você provavelmente irá sofrer. Entenda que a vida pode ser muito inquietante nestes momentos. A mudança pode carregar uma variedade de consequências. Muitas ve­ zes, irá incluir a separação da família e dos amigos. As vezes, irá colocá-lo em um ambiente totalmente novo e desconhecido. De vez em quando, significará uma perda na renda. E você sabe como isso pode fazê-lo sentir-se inseguro. A mudança pode ser o resultado de uma má decisão que trouxe consequências negativas. Em outras vezes, a mudança pode inicialmente parecer incômoda, mas isso é só para descobrir mais tarde que foi uma das melhores decisões que você já tomou. Podemos aprender muito em retrospecto. “ 0 tempo dirá” é mais do que uma expressão banal. É uma maneira muito exata de avaliar com o o passado afeta o presente e o futuro. Você pode imaginar como as esposas se sentiram quando os 12 discípulos soltaram abruptamente a notícia de que deixariam seus barcos de pesca e outros locais de trabalho anteriores e seguiriam um estranho chamado Jesus de Nazaré? Até posso ouvir suas esposas judias exclamando: “ Oh, não! Você perdeu o ju ízo?” Mas, olhando para trás, vemos que eles tomaram definiti­ vamente a decisão certa. A cho que podemos corretamente supor, no entanto, que as esposas deles não viam dessa forma — pelo menos, não no início. Elas apenas sabiam que estavam perdendo seus maridos, os pais de seus filhos e suas rendas, tudo ao mesmo tempo. Decisões unilaterais de liderança podem colocar relacionamentos em pe­ rigo. 0 cônjuge indeciso pode sentir-se traído, não valorizado, abandonado e deixado de fora da decisão. No início do nosso casamento, eu tomava d eci­ sões unilateralmente, deixando minha esposa fora da cúpula. Eu achava que sabia o que “ Deus” queria e tomava uma decisão de chefia, esquecendo-m e de que deveria ter sido uma decisão de líderes, e isso deixava minha esposa emocionalmente esgotada, pois ela tinha de lidar com o trauma da mudan­ ça sem ter feito parte do processo. Eu sabia o que estava fazendo e porque estava fazendo aquilo, mas não dizia meus pensamentos a ela. E embora eu não a incluísse na decisão, esperava que ela fosse parte das consequências. Ambos sofremos por causa da minha falta de consideração. Desse modo, a com unicação é absolutamente essencial em tempos de mudança. Então, fale, fale, fale, fale e fale mais. Não somente as mudanças requerem diálogo, mas o tempo também. A s­ sim, deve passar certo tempo para que se obtenha uma perspectiva clara. 141

ELE DIZ, ELA DIZ Mesmo que você tome uma decisão absolutamente certa, ainda deve criar um intervalo de tempo para a mudança, para que consiga ver toda a situação e obter uma compreensão clara do resultado. Ambos precisam de tempo para resolver os detalhes. Comece a entender desde o início que você não pode apressar as mudanças. 0 mesmo princípio se aplica quando surge uma crise e você tem de fazer uma mudança. Por exemplo, a morte de um cônjuge, de um colega de negó­ cios ou de um membro da família traz uma necessidade de transição. Nessas situações, o tempo é sempre seu aliado. Veja Deus usar o tempo para curar as feridas das mudanças indesejadas. Eu nunca experimentei uma mudança de emprego, de casas, de ajustes administrativos, de cargos ou de empregados sem alguma forma de choque emocional. Mesmo quando eu sabia que era a vontade de Deus, ainda assim eu vivenciava algum tipo de trauma. A parte chata, difícil e inevitável disso é que a mudança é inquietante, perturbadora e, às vezes, dolorosa. Contudo, as que são dirigidas por Deus sempre produzem bons resultados, se apenas esperarmos por isso. Já chorei por semanas por ter deixado amigos e familiares para seguir a Deus em um novo local. Eu já passei por grandes momentos de dúvida, toda vez que me demitia de uma igreja para ir para outro ministério. As mudanças na equipe inevitavelmente me desconcertam e deixam-me nervoso. Nossa carne ama a segurança do que é conhecido. Perturbe o status quo e prepare-se para o sofrimento. Contudo, a mudança não é somente inevitável, mas necessária, como também o sofrimento causado pela mudança. Deus é o único que não muda. 0 restante de nós deve mudar. Desfrutem juntos da sua jornada enquanto apreciam um ao outro, e vivam de maneira cuidadosa através das zonas de construção.

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[ELA diz]

GD ZONAS DE ALERTA - CUIDADO COM OS SINAIS DE PERIGO Por; Devi

uando os sinais de perigo são mostrados, eles representam algo maior do que um mero alerta, eles indicam mudança. Larry descreve uma zona de construção erguendo sinais de perigo. A razão pela qual esses sinais foram colocados ali é por causa da mudança. As estradas velhas são consertadas e novas são feitas. Isso não é negativo, é positivo; no entanto, devemos ajustar o que nos era comum a fim de aceitar o novo crescimento. Nós vivemos em Dallas/ Fort Worth, na metrópole do Texas. Tenho certeza de que estamos na Meca das zonas de construção. Dallas deve fabricar os sinais de perigo — ou deveria dizer, “ os cones laranjas” — , pois parece haver milhares deles. Tudo em uma zona de construção é inconveniente. Ele altera a direção em que dirigimos, testa nossa paciência e enche nosso carro de sujeira. Nada é divertido durante esse processo. A melhor maneira de tolerar essa invasão é manter o foco no maravilhoso resultado. A primeira coisa que acontece é que o sinal aparece: “ Atenção, você acaba de entrar em uma zona de construção” . Os limites de velocidade são reduzidos e tudo fica mais lento e, às vezes, até para. Isso significa que as coisas não serão mais as mesmas. As antigas estão ficando para trás e outras

Q

estão tornando-se novas. Na reconstrução, o que é bom permanece, e, muitas vezes, é melhorado. E aquilo que não é tão bom é removido. Quando a mudança ocorre em seu casamento (e irá acontecer), isso pro­ vavelmente significa que você e seu cônjuge têm mudado. Graças a DEUS que todos nós mudamos! Seus interesses mudam, seu corpo muda, e como um líder, talvez quem você esteja liderando tenha mudado. Atravessar a mudança em uma zona de construção requer foco, atenção e cuidado. E assim é no casamento. Não esteja tão consumida e distraída ao ponto de não perceber que as coisas mudaram. Isso pode ser como enviar 143

ELE DIZ, ELA DIZ mensagens de texto enquanto dirige. A distração pode desviá-la para a pista errada, e, assim, você perderá a saída que a levará ao seu destino — um ca­ samento amoroso de longa duração. Então, vamos dar uma olhada no que creio que não pode ser menosprezado:

OBSERVE A VELOCIDADE Você anda vivendo sua vida na via expressa? A placa diz: “ DEVAGAR” . 0 preço é sempre alto quando se dirige muito rápido na zona de sinais de perigo — duas multas. Gerenciar a vida no mundo de hoje é um verdadeiro desafio. Com as vantagens e desvantagens da internet, é fácil se tomar muito programado, principalmente quando líderes vivem juntos. A programação excessiva irá desligá-los, se você não for cuidadosa. É fácil permitir que muito tempo a desvie da conexão significativa. Quando estou superprogramada e meu calendário me controla, em vez de eu controlá-lo; meu calendário, então, controla Larry. Meus compromissos alteram as opções dele. 0 mesmo acontece com o calendário dele. Às vezes, seus novos compromissos mudarão minhas opções. O resultado é sentir-se preso. Quero dar minha atenção a Larry, passar tempo com minha família, netos e bisnetos, e quero ter tempo para me divertir com os amigos. Mas, quando eu sobrecarrego minha vida, o que também amo, com projetos, compromis­ sos de palestras, prazos de publicação e coisas semelhantes, adivinha o que acontece... Você acertou! Fico cheia de ansiedade. E também tenho as exigências de tempo de Larry para lidar — seu ca­ lendário e agenda. Quando estou ansiosa, fico agressiva e mal-educada. E ao contrário de mim, quando Larry é pressionado, ele se torna emocionalmente distante — ele se desliga. Conduzir a vida na via expressa por longos perío­ dos de tempo pode distanciar e adoecer os relacionamentos saudáveis. Juntos, vamos demonstrar duas maneiras de lidar com a ansiedade: eu fico mais ocupada e Larry tira sonecas. Nada disso é um tipo de desenvolve­ dor relacional; mas de divisor relacional. Alerta! Sinal de perigo. Lembro que certa vez experimentamos uma mudança dramática. Nós mudamos de pastores dirigentes de uma grande igreja, localizada em uma capital, para implantar uma igreja no centro de uma cidade economicamente falida. Mudamo-nos da cidade onde viviam a nossa filha casada e netos. Eu estava palestrando mais do que nunca para complementar nossa renda. Larry e eu não estávamos conversando muito em virtude da situação à qual tínha­ mos nos prendido. Ambos estavam muito ocupados. Fizemos cortes severos em nosso estilo de vida para bancar a nova direção ministerial de Larry, [por exemplo,] vendemos nosso segundo carro. A igreja ficava a cinco quarteirões 144

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da nossa casa e racionalizamos [nisso também], pois andar seria bom para nós. Foi muito bom para nós, mas de uma maneira muito diferente. Viver com apenas um carro pegou-nos de surpresa! O que pensávamos que seria uma dificuldade tornou-se uma bênção. Larry e eu tínhamos de conversar sobre nossas programações, escolher uma ou outra, e tínhamos muito tempo no carro para conversar. Estamos ligados novamente. Ele me levava aos lugares e me buscava, e eu fazia o mesmo por ele. Muitas vezes, digo brincando aos casais: “ Se você sente que está distante do seu cônjuge e vocês não têm muitas coisas em comum, venda seu segundo carro e dirija somente um por um ano. Em seguida, veja com o você se sente” . 0 que achávamos que seria um sacrifício a curto prazo, tornou-se um estilo de vida. Ainda temos apenas um carro. Nós gostamos desse jeito. É muito importante fazer pausas, desacelerar e viver com margens. Estas são um espaço de cada lado do papel em branco. Isto lhe dá espaço para ajus­ tes, adições e subtrações. As margens a mantêm pontual e pacífica. Elas são com o o acostamento na estrada, a pista de emergência na qual estacionamos ao lado. Não amontoe seu tempo, tentando encaixar mais coisas. Mas, em vez disso, avalie o que você pode eliminar. Há alguns anos, eu terminei o ano estressada internamente. Tudo do lado de fora da minha vida parecia ótimo — sucesso em minhas realizações, amor no meu casamento e dinheiro suficiente para pagar minhas contas. Perguntei ao Senhor, “ com o posso viver minha vida de forma diferente? Quais ajustes posso fazer?” Então, percebi que eu raramente parava de trabalhar. Passava horas por semanas em aviões e a primeira coisa que gostaria de fazer era sair do meu computador. Eu escrevi artigos, fiz listas e criei mais trabalho para todos que trabalhavam para mim. Acreditei que Deus falou para eu colocar meu computador de lado enquanto estivesse no avião e ler, mas apenas aquilo de que não sabia nada a respeito. Isso significava que eu não poderia ler minha Bíblia enquanto estivesse no voo. Anteriormente, eu lia para estudar e preparar-me para minha próxima palestra, sermão ou discurso... ou do que você quiser chamar. Eu sou uma palestrante conhecida. Em suma, quando eu lia, eu ainda estava trabalhando.

É muito importante fazer pausas, desace­ lerar e viver com margens. Eu estava em um buraco, e buracos nas estradas não permitem um trajeto seguro. Eu lembro que isso aconteceu durante a primeira corrida democrática 145

ELE DIZ, ELA DIZ competitiva entre Barak Obama e Hillary Clinton. Assim, os primeiros livros que passei a ler foram sobre esses políticos. Isso me levou a uma jornada de mudança - para o bem. Mais tarde, li a autobiografia de Allen Greenspan1; eu não sabia nada sobre economias! Eu li o INFIDEL [Infiel] (de Ayaan Hirsi Ali); eu não sabia nada sobre a trágica vida das mulheres muçulmanas. Deze­ nas de livros mais tarde levaram-me a uma descoberta sobre mim que eu não conhecia e foi a melhor coisa que me aconteceu. Eu lia de seis a oito horas por semana em aviões e aprendi muito. 0 sinal de perigo me desacelerou, mudei meu ritmo e estou mais bem informada. Este é agora o meu compro­ misso ao longo da vida, e meu estado interno de ansiedade nunca mais voltou àquele grau.

OBSERVE A MUDANÇA EM SEU FALAR A melhor maneira de avaliar as alterações no seu relacionamento é ouvir suas conversas. Examine o conteúdo de suas conversas e a frequência delas. Você parou de falar? Você se sente impaciente quando seu cônjuge quer falar sobre coisas que não são importantes para você? Vocês estão rindo juntos e compartilhando histórias? Você busca a sabedoria do outro quando toma decisões em sua área de responsabilidade? Tenho certeza de que você já notou casais jantando em restaurantes, que se sentam para uma refeição com pleta e nunca dizem uma palavra. Larry e eu tínhamos acabado de fazer nosso pedido, ele se desculpou por ter de terminar uma mensagem de texto antes de guardar seu celular e peguei uma caneta e papel para fazer a lista para o dia seguinte. Passou-se certo tempo e fomos tirados da nossa concentração pelo garçom entre­ gando nossas bebidas. Am bos estávamos preocupados e nenhum de nós estava conversando. Então, notei o casal ao nosso lado, na mesa coberta de linho com guardanapo em seus colos; ela estava lendo um livro no seu tablet, e ele estava lendo o e-m ail em seu iPhone enquanto ambos esta­ vam com endo seus pratos. Eu olhei para o outro lada da mesa para Larry e chamei sua atenção para este casal de cabelo branco. Comecei a falar com Larry um monte de besteiras. Eu sorri, ri, paquerei e fiz Larry rir. Aqui está o que eu disse: “ Os outros também estão olhando para nós, e, de hoje em diante, vamos fingir que estamos conver­ sando e divertindo-nos, mesmo que você não esteja ‘aqui’ no momento. NÁO nos tomaremos como um deles!” Em seguida, percebemos que tínhamos mudado, e não para melhor. Ele riu para mim e disse: “ Conte-me o que você quer que eu fale, e eu direi”— tão típico do meu marido bem-humorado e não verbal. ’ Economista americano que foi presidente da Receita Federal dos Estados Unidos por 19 anos.

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Zonas de Alerta - Cuidado com os Sinais de Perigo Mantenha-se interessante e aprenda sobre os interesses do seu côn ju ­ ge, assim vocês terão assuntos em comum para conversar. Meu pai amava esportes, e minha mãe, ler. Assim, ela lia a página de esportes do jornal todos os dias enquanto papai assistia aos jogos. Ele sabia todas as estatís­ ticas e os nomes de jogadores, e minha mãe também. Ela amava esportes? Não necessariamente, mas ela aprendeu os interesses do meu pai, e, então, eles tinham coisas em comum para conversar. Minha mãe era a chefe dos correios. Papai participava de todas as convenções de negócios e conseguiu relacionar-se com seus colegas no trabalho. Eles compartilhavam os inte­ resses um do outro. À medida que cada um mudar e crescer, continuem aprendendo sobre o outro e sobre seus interesses recém-descobertos. Isso a manterá conversando.

OBSERVE A MUDANÇA EM SEU TOM DE VOZ Frequentes explosões de raiva contra seu cônjuge não é com o vocês se relacionavam antes de dizer: «A ceito». Falar com ele em tons ásperos e com gritos não foi o que ganhou o carinho do seu esposo, nem manterá seu afeto por você. Ouça a si mesma. Você mudou? Provérbios 15.1 diz: A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. Esta será sempre uma emoção viável para expressar o descontentamento. E ela só se torna prejudi­ cial quando for descontrolada e dirigida a outra pessoa. Por isso, pratiquem falar um ao outro em um tom suave de voz. Em nossa casa, eu não permitia que meus filhos gritassem de um côm odo para outro, e eu não fazia o mesmo com eles, chamando-os para vir até mim. A regra era: se você quiser falar comigo, venha até onde eu estou. E a propósito, eu não sou surda. Não há razão para levantar a voz.

Mantenha-se interessante e aprenda sobre os interesses do seu cônjuge, assim vocês terão assuntos em comum para conversar. Larry é um homem gentil por natureza. Eu nunca o ouvi levantar a voz com raiva. Ele fica louco, seu rosto fica vermelho, e ele fala rispidamente, mas não em voz alta. Por outro lado, eu posso ficar apaixonada pelo que acredito, e quando quero expor uma questão, é fácil eu gritar. Nasci com um volume de voz alto. Mamãe dizia que eu chorava em voz alta. Quando eu era criança, ela dizia: “ Devi, lembre-se, sua voz tem presença” ; esta era a forma proverbial e positiva de ela dizer: “ Não fale tão alto” . 147

ELE DIZ, ELA DIZ Para manter nossas “ discussões acaloradas” domadas, Larry tem sido c o ­ nhecido por dizer: “ Devi, não use esse tom de voz” . Naquele momento, eu tinha uma escolha: honrar seu pedido ou resistir a ele. Fiz a escolha certa e prestei atenção no sinal de perigo. Gerenciar esta zona de alerta agora lhe dará, mais tarde, o benefício de atravessar sua vida em uma estrada pavimentada novinha em folha. Lembre-se, você não pode dirigir nos dois lados da estrada. Só você é responsável por sua pista, e você não tem controle sobre as escolhas do seu cônjuge.

OBSERVE A MUDANÇA EM SUAS PRIORIDADES Quando todos e tudo têm prioridade sobre seu cônjuge, você está diri­ gindo na pista errada. Você pode dizer que valoriza seu casamento e que seu cônjuge é importante para você. É então que eu quero dizer: “ Então, mostre-me seu calendário e talão de cheques. E direi se está dirigindo na pista correta” . A forma com o você gasta seu tempo e dinheiro revela seus verdadeiros valores. Se o calendário semanal não demonstra nenhum tempo gasto com seu cônjuge, você não está mantendo um bom relacionamento e, com certeza, não está construindo uma grande relação. Não importa com o vocês passam tempo juntos; vocês só precisam estar assim, apoiando um ao outro em ambos os interesses e responsabilidades. Em nossas vidas, não só vivemos juntos, mas trabalhamos juntos também. Viajamos juntos, ministramos juntos, va­ mos às compras juntos, lavamos o carro juntos e limpamos o quintal juntos. Eu cozinho e Larry limpa a bagunça que fiz, e, em seguida, comemos juntos. Realmente gostamos um do outro. Vivemos priorizando o outro. Contudo, também gostamos de nossos momentos a sós. Juntos, concorda­ mos em dar espaço ao outro. Mas, mesmo quando Larry está em outro país, ele é a minha prioridade. Eu fico ligada a ele ao orar por ele, comunicar-me com ele e planejar seu regresso em casa. Quando Larry retorna, tudo muda. Cozinho o que ele gosta; fico em casa quando ele está lá. Estamos em uma eterna lua-de-mel porque fizemos do outro a nossa prioridade. Além disso, olhe o seu talão de cheques. Quanto dinheiro você gasta pessoalmente com seu esposo e com os interesses próprios dele? Vocês estão comprando presentes um para o outro? Quando vocês comem em restauran­ tes, você vai para onde seu cônjuge deseja ou insiste sempre nos lugares mais baratos para comer? Você come em restaurantes encantadores enquanto está a trabalho e só vai para os mais baratos em suas noites de namoro? Uma coisa é planejar cuidadosamente o orçamento, e outra coisa é ser miserável quando se trata de gastar com seu marido ou esposa. 148

Zonas de Alerta Cuidado com os Sinais de Perigo -

Olhe para sua casa. Você prioriza os gastos para modernizá-la e torná-la um lugar de conforto e prazer para seu cônjuge? Talvez o marido precise de uma nova poltrona confortável e a esposa precise de uma mesa ao ar livre para as refeições aconchegantes do casal. Talvez você goste de golfe e seu cônjuge ame viajar. Planeje fazer ambos. Pergunte a si mesma: “ Os nossos gastos estão desequilibrados? Estamos investindo em nosso relacionamen­ to?” Evite fazer coisas sozinha apenas porque é mais barato pagar para um do que para dois. Compare o que você gasta com as atividades das crianças e o que você gasta em seu casamento. Seus filhos estarão com vocês apenas por 18 anos, e seu casamento é para toda a vida. Priorize.

OBSERVE A MUDANÇA EM SEU COMPORTAMENTO RESPEITÁVEL 0 respeito é um sentimento de profunda admiração por alguém ou algo, e que é provocado pelas suas habilidades, qualidades ou realizações. E im­ possível viver um relacionamento saudável e próspero em um ambiente de crítica, julgamento e negatividade. Muitas vezes, podemos justificar o com ­ portamento desrespeitoso com base no que alguém fez. As vezes, as tensões comuns e mudanças na vida que nos acontecem fazem-nos reagir de forma imprópria. No entanto, não posso permitir que a má escolha da outra pessoa determine qual é o tipo de pessoa que quero ser. Eu estou falando sobre assumir a responsabilidade de lidar com seguran­ ça com o seu comportamento pessoal. 0 jeito louco segundo o qual os outros podem comportar-se às vezes, ou como dirigem “ com raiva” em suas zonas de construção, não é responsabilidade sua. Mas, com o você se comporta, sua reação [às atitudes de] seu cônjuge, especialmente quando o comportamento dele é menos honroso que o seu, pode fazer toda a diferença do mundo no futuro do relacionamento. Pare de culpar seu cônjuge pelas reações descontroladas que você tem por causa das escolhas insensíveis dele. Ninguém “ faz” você fazer o que faz. Conduza-se de maneira digna de honra. Provavelmente, as pessoas ao redor seguirão o exemplo. Em sua carta à igreja em Efeso, Paulo incentiva os maridos a amarem as esposas, e estas a respeitarem-nos. 0 amor respeita, e o respeito ama. Um não pode funcionar sem o outro. Aqui está minha opinião de Efésios 5.33: Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido. Você espera que, se uma pessoa reage a você em amor, o respeito a ela virá automaticamente. Mas nem sempre esse é o caso. Muitas vezes, um homem ou uma mulher se comportam de modo desrespeitoso em relação ao 149

ELE DIZ, ELA DIZ cônjuge por causa de sua dor interna e caos. Esse comportamento insensível não é baseado no da outra pessoa, mas é um resultado proveniente do próprio coração do outro. 0 respeito é uma atitude proveniente da posição em que você escolhe viver independentemente da outra pessoa. Ser respeitável é uma escolha que você faz quanto a si mesmo. Que tipo de pessoa você quer ser? 0 que denigre os outros, destrói-os, ou a pessoa que se posiciona para reagir com respeito, independentemente do que está vindo sobre você. Quando o versículo em Efésios diz: e a mulher reverencie o marido, isso significa que é MINHA responsabilidade respeitar, independente de se meu marido não está sendo respeitável. Esta é a escolha que fiz. Creio que as es­ posas foram especificamente ordenadas desta maneira porque é tão fácil ser emocional e comportar-se de maneira a magoar os outros, principalmente nos­ sos maridos. Os egos dos homens são tão importantes para a masculinidade deles que Paulo aborda isso em sua admoestação: ame a sua própria mulher como a si mesmo.

Ser respeitável é uma escolha que você faz a si mesmo. Que tipo de pessoa você quer ser? Às vezes, o dicionário define melhor. Na forma verbal, respeitar leva em con­ sideração os sentimentos, os desejos, os direitos ou as tradições dos outros. Res­ peitar evita prejudicar ou interferir. Respeitar concorda em reconhecer e cumprir requisitos. Um dos atributos mais importantes em relacionamentos saudáveis é o respeito e a concordância em cumprir os requisitos de Deus. Os sinais de perigo de Larry e os meus são muito diferentes, mas igual­ mente importantes. Somos ambos atraídos por nossas vidas pessoal e pro­ fissional. Milhares de casais em aconselhamento pastoral dão a Larry uma avaliação precisa dos problemas comuns recorrentes no casamento. Se esses sinais de perigo forem ignorados, eles podem tornar-se colisões no casamen­ to. Algumas delas são reparáveis, e outras, não. Infelizmente, quanto mais uma pessoa vive em um relacionamento disfuncional, mais difícil se torna viver em um relacionamento saudável e amoroso. Abordei diretamente as possíveis coisas que acontecem quando líderes vivem juntos. Observe como você atravessa suas zonas de construção de mu­ danças e, com o Larry e eu, você não só terá um casamento duradouro, mas você vai amar viver a vida a dois.

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[ELE diz]

GD NINGUÉM VENCE SOZINHO Por: Larry

m 1936, o rei Edward VIII da Grã-Bretanha anunciou que iria abdicar do trono do Reino Unido. Ele foi rei por menos de um ano e nunca foi coroado. Desistiu do trono para se casar com a socialite americana já casada duas vezes, Wallis Simpson. Edward tivera diversos relacionamentos com uma suces­ são de mulheres casadas e mais velhas, mas ele nunca se casou. Sua decisão de

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casar-se com a Sra. Simpson foi apenas uma das muitas decisões trágicas que ele fez durante sua vida. A decisão do rei Edward de abdicar significava que ele passaria o res­ tante da vida distante da família. Ele se recusou até a escrever para a mãe. Exigiu-se também excluir o título de “ Sua Santidade” , além de perder quase todas as honras e ter de contentar-se com o humilhante título de Duque de Windsor. Seu irmão, o rei George VI, recusava-se a atender seus telefonemas di­ ários, porque sabia que eram pedidos de dinheiro. Nem lhe foi permitido regressar à sua terra natal até o fim da vida. Os planos que ele fez para o seu funeral indicavam um desejo de ser enterrado em Baltimore, MD [Estados Unidos]; mas o envolvimento bondoso da família real, após sua morte, con ­ cordou e permitiu que ele fosse enterrado na Inglaterra. Edward passou praticamente toda a vida adulta em outros países, par­ ticularmente na França, embora por um curto período, foi governador das Bahamas, algo que ele considerou muito abaixo de sua dignidade e status na vida. Muitas vezes, suas ações, como proteger Hitler, causaram grande embaraço e angústia para a coroa britânica. Poderia haver algo mais trágico? Para mim, é doloroso. Ele nasceu na realeza, cresceu como um príncipe, foi proclamado e coroado rei e, em segui­ da, perdeu tudo. Embora ele fosse rei, contentou-se com uma vida infrutífera, 151

ELE DIZ, ELA DIZ indefinida, distante da família, privado da herança e autocondenado a uma vida de humilhação. Só de ler sua biografia já sinto vontade de chorar. A maneira mais fácil para eu explicar e racionalizar o comportamento de Edward é que ele só fez más escolhas. Deus sabe que ele deixou um monte de exemplos de escolhas pobres, se alguém precisasse de provas, incluindo jogar fora sua herança gloriosa por uma mulher que fora casada duas vezes. Vi-me relutante, no entanto, em conformar-me com o raciocínio imediato e óbvio de que a vida de Edward era resultado de suas escolhas ruins, mesmo que seja um caso à parte. Para mim, isso é uma resposta muito banal. Supõe-se que os reis transformem seus príncipes em reis, e que as rainhas transformem suas princesas em rainhas. Os líderes tem de levantar líderes. Gente bem -sucedida tem de refletir o sucesso nos filhos. Existe um princípio que foi perdido no caso de Edward? Veja as palavras do pai de Edward, o rei George V. “ Depois que eu mor­ rer” , disse ele, “ o menino se arruinará em 12 meses” . Uau! Espero que Edward não tenha ouvido isso. “ Espero que meu filho mais velho (Edward) nunca se case ou tenha filhos” , sugerindo a adesão verbal de seu filho mais novo, o Príncipe Albert (Rei George VI). Espero que Edward não tenha ou­ vido essa também. Imagino o que mais foi dito a ele e a outros membros da família sobre ele, que levou um príncipe a agir de forma tão plebeia. Por que alguém com tanto potencial afundaria sua vida de propósito? Não estou tentando eliminar as indiscrições de Edward e suas más es­ colhas com o sendo insignificantes no que se refere ao motivo de sua vida ter afundado. Apenas estou sugerindo que, se olharmos mais de perto o por que de ele tomar essas decisões ruins, talvez possamos encontrar uma razão mais clara por trás de seus fracassos. Existem princípios que podemos extrair dessa tragédia que permitem que nosso casamento e família tenham sucesso onde a realeza fracassou? Afinal, quem está em Cristo é de linhagem real. Talvez o príncipe nunca tenha se sentido como tal porque os outros, ou seja, seu próprio pai, ficavam lembrando-lhe como ele era incompetente com o príncipe. Talvez o príncipe se sentisse deslocado nos palácios e jan­ tares imponentes. Talvez ele se sentisse um fracassado na faculdade, pois realmente foi, ou nas Forças Armadas, o que também aconteceu, ou com o Monarca Responsável, onde igualmente fracassou. Não estou sugerindo que podemos colocar a culpa de todos os nossos pro­ blemas em nossos pais ou cônjuges, mas quem está mais próximo de nós tem o poder, nas palavras ou ações, para programar o nosso fracasso ou liberar nosso potencial. Tenho uma profunda convicção do que está no cerne deste livro inteiro. Cada pessoa precisa de alguém para acreditar nela, e, sem essa afirmação, 152

Ninguém Vence Sozinho ela vive abaixo do potencial que possui. É difícil agir como um príncipe quando se sente como um fracassado. E difícil mergulhar em seu pleno po­ tencial quando se sente com o se não tivesse nenhum. Os príncipes nasceram para tornarem-se reis, e as princesas para trans­ formarem-se em rainhas. Mas, no corpo de Cristo, embora tenhamos nascido no Reino de Deus, nossa herança real pode ser nada se continuarmos tendo vidas desprezíveis e insignificantes. Fomos criados para reinar com o reis e rainhas com Cristo. Jesus não é apenas um rei, Ele é o Rei dós reis, e somos parte dessa herança.

Cada pessoa precisa de alguém para acreditar nela, e, sem essa afirmação, ela vive abaixo do potencial que possui. Alguém precisa falar profeticamente para nós, para que todo o potencial da nossa herança possa florescer em vida. Romanos 8.17 diz: E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cris­ to; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glo­ rificados. Isso é inacreditável. Você consegue imaginar algo mais poderoso? 0 Criador do universo se digna a compartilhar Sua linhagem real, herança, autoridade, poder, domínio, riqueza e glória conosco. Pois Deus criou a raça humana, e aqueles em Seu reino, em particular, precisam incentivar outros que veem o sangue real fluindo em suas veias. Não é o suficiente saber que somos a realeza; devemos ser gerados em um ambiente real. Estou convencido de que nossas palavras podem profeticamente acender a chama da importância em nossos cônjuges e famílias. As crianças não pre­ cisam passar toda a vida sentindo-se desprezíveis. As esposas não precisam gastar suas vidas com o potencial não desenvolvido. Será que minha esposa podia ter se tornado a palestrante globalmente reconhecida, autora e líder que ela é hoje sem mim? E bem possível. Ela poderia ter feito isso por iniciativa própria sem qualquer assistência. Mas, para a maioria das pessoas. Deus usa os outros para acender a chama da criatividade em nós. Uma palavra de afirmação, um elogio, uma direção clara ou uma recompensa pelo trabalho bem feito, tudo se torna explosivo quando se refere ao potencial de uma pessoa. Alguém nos deu uma oportunidade que abriu as grandes portas. Alguém nos deu um contato que mostrou a mudança de vida. Alguém falou uma palavra de encorajamento que destruiu os anos anteriores de declarações negativas. O termo, “ homem de sucesso” (ou mulher) é muito suspeito, em minha 153

ELE DIZ, ELA DIZ opinião. Eu não conheço ninguém que já viveu que possa vangloriar-se dis­ so. Todos foram apoiados por corajosos pioneiros. Todos foram auxiliados de alguma forma por pessoas que viram o potencial em nós e cujas opiniões e aceitação se tornaram cruciais para nosso sucesso. Se você encontrar alguém que se considere bem -sucedido, eu me ofereço para procurar por outras pes­ soas na vida dele que lhe deram o impulso. Devi é a pessoa mais importante na minha vida. Ela é minha princesa. Mas eu queria vê-la aderir ao trono em nossa casa e no casamento e tornar-se rainha. Na verdade, acho que ela está neste cargo há anos. Trato-a com a dig­ nidade e o respeito que acho que são devidos à realeza. Minhas palavras res­ saltam sua dignidade e minhas ações promovem sua realeza. Ela é temente a Deus, gloriosa e justa. Sou muito abençoado por ser casado com uma rainha.

Estou convencido de que nossas palavras podem profeticamente acender a chama da importância em nossos cônjuges e famílias. Jesus deixou claro, em João 5.31, que é necessário que os outros estabe­ leçam sua posição no Reino de Deus. Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Em seguida, ele continua confirmando o que são essas outras vozes de afirmação: a Palavra de Deus, as obras de Deus, o Pai e João Batista. Observe que, das quatro vozes necessárias para confirmar o status de alguém, neste caso, de Jesus, um é o ser humano de carne e san­ gue, João, o Batista. E assim é até hoje; independentemente da qualidade, do potencial ou do talento que eu possa ter, é sempre necessário outra pessoa para trazer a voz libertadora de confirmação. Eu quero ser essa voz, primeiro para minha esposa e, em seguida, para meus filhos e suas famílias e, finalmente, para todos que encontro. Algo po­ deroso acontece quando você ministra vida à visão latente dos outros; ela acende e inflama poder dentro delas. Que grande honra é deixar os príncipes saber que nasceram para a grandeza, e então ministrá-la, para que eles pos­ sam tornar-se reis. São as palavras que mais repito às pessoas: “ Você é tremendo!” E falo sé­ rio. Às vezes, alguém irá repreender-me dizendo: “ Só Deus é tremendo” , mas sou rápido para lembrá-los de que, se um Deus tremendo me criou, então, o que isso faz de mim? Como pode Deus me fazer menos do que tremendo? Devi e eu terminamos de falar no Bible College recentemente e um estu­ dante veio até nós e disse: “ Esta foi a primeira vez que vi um pregador beijar sua esposa do púlpito” . 154

Ninguém Vence Sozinho Talvez o aluno não tenha se exposto amplamente, ou talvez tenha. Que triste. Talvez os pregadores achem que somente a palavra falada é o que conta. Eu acho que nossas ações falam mais alto do que os sermões. Quando meu filho, Aaron, era jovem, disse a um amigo certo dia: “ Meus pais são tra­ quinas” . Não sei o que isso significa, mas levei isso como elogio.

“Você é tremendo!” E falo sério. Sei que o beijo da princesa transformou o sapo em príncipe, segundo a tradição dos contos de fadas, e acho que pode funcionar também comigo. O amor de Devi por mim desperta o melhor em mim, e eu tenho certeza que o mesmo acontece com ela. Devemos fazer tudo o que pudermos para trazer à tona a realeza entre nós. Oro para que, de alguma forma, a fragrância do nosso casamento tenha passado para você. Por meio de livros, nossas vidas existirão muito mais do que nós. Se Jesus demorar a voltar, oro para que os casais, as gerações a partir de agora, continuem crescendo por meio das palavras deste livro. Está chegando a hora em que embarcaremos em nossa carruagem e ire­ mos em direção a nosso palácio celestial, a Nova Jerusalém. Cavalheiros, que estas sejam as suas últimas palavras: “ Eu amei minha esposa, minha rainha, com o Jesus amou Sua Igreja, Sua Noiva e morreu por ela” . Acho que ouvirei o Mestre responder enquanto a carruagem vier em dire­ ção aos portões celestiais: Bem está, servo bom efiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. [Mt 25.21], Uau! Não sabia que nossa vida na terra era apenas a preparação para a vida eternamen­ te, na Nova Jerusalém, como a Noiva de Cristo, assim como o príncipe e a princesa no conto de fadas. E as ladainhas das fábulas estavam certas sobre uma coisa: viveremos felizes para sempre, com Jesus, nosso Príncipe e Rei dos reis. P.S.: E por falar nisso, antes de embarcar na carruagem, certifique-se de abrir a porta para a sua rainha.

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12 [ELA diz]

NINGUÉM VENCE SOZINHO Por: Devi

oi durante os momentos dolorosos, escassos e de abandono que Larry e eu conversamos sobre nosso futuro e o que queríamos extrair dessas decep­ ções profundas e momentos sombrios. Era importante para nós terminar bem. Nossos filhos eram jovens e estávamos cheios de visão e muita determina­ ção. No entanto, Deus parou nosso progresso. Ele teve de revelar nosso caráter com provações. Foi difícil, mas unimo-nos e juntos permanecemos. Tomamo-nos mais fortes em nossa fé, vocação, valores e missão. Aceitamos nossas provações e essas se tomaram nossas vitórias. Não é como você com eça, mas como termina que conta na vida. Erros serão cometidos por você e com você. Se você concentrar-se no mal que lhe foi feito, viverá com culpa e acusação; ao concentrar-se no erro que cometeu, ficará preso pela culpa e vergonha. Então, onde deve estar seu foco quando

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as coisas não saírem do seu jeito? Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, que Ele tornou abundante para conosco em toda a sabedoria e prudência, descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu bene­ plácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus com o as que estão na terra. Efésios 1 .7 -1 0

Foi difícil, mas unimo-nos e juntos permanecemos. 156

Ninguém Vence Sozinho A palavra de Deus é muito poderosa e prática. Assimile o conceito das ri­ quezas da Sua graça e agarre isso com força em seu coração. Quando você, seu cônjuge ou outros estiverem errados, filtre esse comportamento errôneo através de Sua graça. Diariamente, faça o que Jesus nos ensinou fazer: Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mt 6.12). Meditar e orar desse modo irá mudar seu caráter. Seu foco não estará no momento do choque, da vergonha, da tristeza ou do pranto, mas estenderá as riquezas da graça. Prestar favor quando não é m erecido irá ajudá-la a concentrar sua energia. Uma pessoa centrada na graça é aquela que coloca a dor dos outros antes de seus próprios sentimentos. Os olhos da graça conse­ guem olhar para além da circunstância em questão para ver o que as coisas podem ser no futuro — e não o que elas são no presente. E quando estamos a ponto de cometer uma transgressão na vida pessoal que Jesus dá em abun­ dância Sua graça sobre nós, que Ele tornou abundante para conosco em toda a sabedoria e prudência, descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo (Ef 1.8,9).

Aceitamos nossas provações e essas se tornaram nossas vitórias. A graça lhes dá um futuro e revela o mistério da vontade de Deus para vocês, para o cumprimento de Seu propósito na vida de vocês. Dar graça por seu cônjuge dá-lhes a esperança para o futuro. Mas, ao longo do caminho de aceitar nossas provações antes de elas se tornarem nossas vitórias, eu tive de fazer algumas escolhas muito sérias. Percebi que, em muitos aspectos, o resultado do nosso futuro estava em minhas mãos. Durante essas fases, e foram mais de uma, aprendi um princípio mui­ to valioso, o qual se tornou meu prumo em meu relacionamento com Larry. Aprendi esse princípio por meio de um provérbio: A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que procede vergonhosamente é como apodrecimento nos seus ossos (Pv 12.4). Larry sempre foi meu príncipe e eu sua princesa, mas eu poderia escolher ser uma coroa e fazê-lo meu rei ou poderia optar por en­ vergonhar meu príncipe e fazê-lo ser um completo inútil. 0 futuro de Larry estava em minhas mãos.

Uma pessoa centrada na graça é aquela que coloca a dor dos outros antes de seus próprios sentimentos. 157

ELE DIZ, ELA DIZ A palavra apodrecimento, utilizada neste provérbio, simboliza um ato de decadência lenta ou deterioração. A imagem que vem à mente é o alimento que é deixado na geladeira por muito tempo. Quando decidi guardá-lo para outra ocasião, ainda estava delicioso, colorido e cheio de bons nutrientes. No entanto, ao ser esquecido, a aparência mudou. 0 que era antes cheio de cor, com o cenouras brilhantes e alaranjadas, tornou-se algo como cenouras distorcidas e cinzentas, enjoativas e fedidas. 0 que antes era cheio de vida e nutrição, agora é “ podre” , sem ser melhor ou útil para qualquer pessoa — elas devem ser descartadas. Entender esta revelação da minha responsabilidade para o nosso fu­ turo era enorme. E isso o que quero para Larry? É verdade que, se eu me es­ quecer dele, tenho esse tipo de influência sobre ele? Aquele homem incrível com quem me casei, ao longo do tempo, podia ser reduzido à inutilidade, sem valor futuro para alguém? Seu ministério podia ser descartado? É isso que esta passagem quer expressar para mim? Eu acreditei nisso e assumi a responsabilidade. Este entendimento me fez trabalhar em mim mesma, tornando-me mais excelente em todos os meus caminhos; buscando força e sabedoria em Deus, disciplinando minha língua descuidada e tendo a certeza de que minhas palavras e ações não trariam constrangimento ou vergonha para ele. Isso elevou meu padrão de comportamento a um que eu não poderia ter conseguido, caso contrário. Quando os casais enfrentam provações devastadoras, é muito fácil para a esposa apontar o dedo, culpar, dar conselhos, acusar ou envergonhar seu marido por não protegê-los de tal dor. Mas, se fizermos isso, iremos destruir o cônjuge. Ele vai perder a iniciativa, a confiança, a autoestima e murchar no nada. Isso não tem que acontecer. Oh, não significa que não iremos experimentar crises de desânimo ou mesmo depressão, mas, quando experimentarmos, poderemos olhar para além das circunstâncias e ver um futuro — um homem que amarei e com quem me unirei. Passaremos nosso futuro juntos. Não estou satisfeita com apenas um príncipe. Eu quero um rei. Se uma esposa excelente pode ser a coroa da cabeça do marido, com o diz Pro­ vérbios 12.4; quero que meu marido seja coroado rei; e adivinhem: tenho um trabalho a fazer. Perguntei a mim mesma: escolho a excelência ou a vergonha para ele? Meu comportamento, minhas palavras, minha atitude, meu com ­ promisso, minha aliança, minha moral, meu caráter, minha fé irão fazer a diferença e determinar quem Larry se tornará.

Não estou satisfeita com apenas um prínci­ pe. Eu quero um rei. 158

Ninguém Vence Sozinho Enquanto escrevo, os Jogos Olímpicos de verão de 2012 estão aconte­ cendo em Londres. Larry e eu somos viciados por torcer por nossas equi­ pes americanas e somos inspirados pelos jovens globais que disciplinaram suas vidas para chegar a esta competição feroz. Todos são campeões. Piers Morgan, da CNN, entrevistou vários ganhadores da medalha de ouro. Tomei nota dos comentários de dois atletas: Michael Duane Johnson (nascido em 13 de setembro de 1967) é um ex-velocista norte-americano. Ele ganhou quatro medalhas de ouro olímpicas e oito medalhas de ouro no Campeonato Mundial. Johnson atualmente possui a medalha mundial e recorde nos Jogos Olímpicos pelo revezamento 4 x 400 m, e nos 400 m rasos; é conhecido como o corredor mais rápido do mundo. Ele disse: “ Ninguém vence sozinho” . Ele continuou dizendo que todos os vencedores devem ter alguém que acredite neles: um pai, um treinador, um professor, uma esposa, um marido. Greg Louganis, considerado o maior mergulhador de todos os tempos, ganhou medalhas de ouro em 1984 e 1988 no trampolim e na plataforma nos Jogos Olímpicos. Ele é o único homem e o segundo mergulhador na história olím pica que conquistou os eventos de mergulho consecutivos. Greg Lou­ ganis, enquanto competia pelo ouro nos Jogos Olímpicos de Seul em 1988, bateu a cabeça no trampolim. Sua confiança foi quebrada. Ele teve de tomar a decisão de novamente mergulhar e continuar na competição olím pica ou não. Seu treinador lhe disse: “ Você pode não acreditar em si mesmo, mas eu acredito em você. Mergulhe” . Greg competiu e foi para casa com o um cam­ peão. De certa forma, seu treinador o fez ser o rei do mergulho antes de Greg saltar do trampolim.

Ninguém vence sozinho. Seja o único a acreditar em seu cônjuge. Eu acredito em Larry e eu o co ­ roei rei. Eu o mantenho no lugar mais alto na minha vida. Ele está acima de meus pais, filhos e netos. Eles o honram porque eu faço isso. Eu comemoro suas conquistas e dou-lhe apoio em suas falhas. Eu acredito nele quando ele não acredita em si mesmo. Eu o encorajo a tentar novamente e ele faz o mesmo por mim. Larry me trata como uma rainha. Eu não sou uma rainha; eu sou a coroa do meu rei. Uma coroa é um cocar ornamental que simboliza a autoridade (não é de se admirar que eu ame vários ornamentos). A coroa de um monarca também significa fidelidade às leis que elas representam. Larry vive pelas leis de Deus e pela Sua graça em nosso casamento, e eu reflito minha aceita­ ção dessas leis e de sua autoridade sendo a sua coroa. O rei e sua coroa são inseparáveis. 159

ELE DIZ, ELA DIZ Embora fisicamente possa haver algumas horas do dia do rei em que a coroa é posta de lado, ela é sempre parte de quem ele é. Um REI nunca fica sem uma coroa; ele nunca fica sem o impacto que ela representa em sua vida. Da mesma forma, embora Larry e eu possamos estar a um continente de distância, ele nunca fica sem a influência de sua coroa e eu nunca fico sem a guarda do meu rei. Alguns anos atrás, fui convidada para servir em um prestigiado conselho de administração. Por um tempo, eu fui a única mulher que servia entre 19 homens. Quando assistia a essas reuniões, vários dias em outro estado, eu estava plenamente consciente de que minha presença estava represen­ tando Larry. Embora ele não fora convidado para servir nesta posição, ele me apoiou totalmente e estava orgulhoso de mim. Enquanto eu era uma pensadora independente e colaboradora das decisões e discussões sobre os negócios em mão, eu sabia que minha conduta, minhas conversas, meu traje e minha atitude representavam não só a mim, mas também ao meu marido. Eu era sua coroa e éramos inseparáveis em nossa influência. Recentemente, fui capa de uma revista brasileira. Na entrevista, pergunta­ ram qual é o meu maior sonho. Meu maior sonho, nesta fase da minha vida, é que os casais saibam o impressionante cumprimento de uma vida juntos que é preen­ chida com amor e paz, que é cheia da plenitude da alegria de Deus. Nosso legado é deixar a vocês, dois líderes fortes, sabedoria e verdade sobre como vocês podem ter sucesso em seu casamento. 0 que foi possível para nós também é para vocês. Larry e eu não queremos que digam “ ninguém nunca nos disse” ; mas queremos deixar um legado de possibilidade para vocês. Agora, nós dissemos. Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Hebreus 12.1,2 Se vocês acham que ninguém acredita em vocês, saibam que estão eirados. Nós acreditamos em vocês. Como começou o seu casamento não é a questão agora; é como termina. Aceitem as verdades que estão neste livro, usem nossas vidas como exemplo e terminem o que começaram — terminem bem. E, esposas, quando as carruagens de fogo chegarem à sua porta, vocês podem dizer: “Reverenciei meu marido e dei-lhe a honra da mesma fonna que a Igreja dá glória a Cristo” . Vistam-se com as vestes reais do sucesso do casamento e tenham sucesso — juntos. Seu reino de gerações íuturas será abençoado. 160

ESTE E UM LIVRO DIFERENTE

SOBRE CASAMENTO! Quem sabe você tenha uma daquelas personalidades fortes... Ou talvez seja casado com uma. Provavelmente, você e seu cônjuge tenham personalidades fortes, ainda que essa força destaque-se de várias maneiras. Então, esse livro deve ser lido por ambos! Se estiverem procurando por soluções simplistas de “sujeite-se e seja feliz” , preparem-se para serem desafiados de forma amorosa e ponderada. Ele diz, ela diz proporciona opiniões convincentes sobre:

• COMO A LIDERANÇA E A AUTORIDADE SÃO DIFERENTES • ACEITAR A DIVERSIDADE • LIBERAR SEU CÔNJUGE PARA TER SUCESSO • ZONAS DE ALERTA QUE PODEM SABOTAR ATÉ MESMO O RELACIONAMENTO MAIS FIRME

Quando pessoas de forte personalidade vivem juntas, elas desfrutam da liberdade de ser autenticas, desenvolvendo suas habilidades e dons da melhor forma possível, cultivando o respeito e a motivação e sendo guiadas pelo Espírito Santo diariamente. Neste livro, você vai desvendar alguns segredos para um viver saudável com o seu cônjuge.

Pastores Silas Malafaia e Elizete Assembleia de Deus Vitória em Cristo - Rio de Janeiro, RJ

SOBRE OS AUTORES Devi e Larry Titus são casados e loucamente apaixonados há mais de 48 anos. Durante muitos anos, eles estiveram no ministério trabalhando JUNTOS de forma ativa, lado a lado. Eles construíram igrejas, publicaram revistas, escreveram livros, sediaram conferências e ministraram para milhares ao redor do mundo através do ministério Kingdom Global Ministries www.kingdomglobal.com. Eles têm dois filhos, seis netos e, até o presente momento, seis bisnetos! Atualmente, residem em Colleyville, Texas. ISBN: 978-85-7689-307-3

9 788576 893073