Encontros | Português, 12.º ano
Matriz do teste de avaliação Fernando Pessoa, Bernardo Soares – Soares – Livro do Des Des as s os s eg o Domínios Educação Literária
Leitura
Descritores de desempenho EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e
universos de referência, justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos
mencionados no Programa. EL16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de diferentes épocas. L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando. L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando. L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
Conteúdos • Fernando Pessoa – Bernardo Soares, Livro do Desassossego RETOMA
• Luís de Camões, Os Lusíadas • Cesário Verde, Cânticos do Realismo (O Livro de Cesário Verde) • Apreciação crítica • Artigo de opinião • Diário RETOMA
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos
anos anteriores. G18.1. Demonstrar, em textos, a existência de coerência textual. G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual. G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo. G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.
• Artigo de divulgação científica • Relato de viagem • Valor temporal RETOMA
• Principais etapas da formação
e evolução do português • Fonética e fonologia • Etimologia • Geografia do português no mundo • Funções sintáticas • Frase complexa • Arcaísmos e neologismos • Campo lexical e campo semântico • Processos irregulares de formação
de palavras • Coesão textual • Coerência textual • Reprodução do discurso no
discurso • Dêixis: pessoal, temporal e
espacial
Escrita
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género […]. E12.1. Respeitar o tema. E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada. E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação,
evidenciando um bom domínio dos mecanismos de coesão textual: a) texto constituído por três partes (introdução, desenvolvimento e conclusão), individualizadas e devidamente proporcionadas; b) marcação correta de parágrafos; c) articulação das diferentes partes por meio de retomas apropriadas; d) utilização adequada de conectores diversificados. E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua, vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na pontuação.
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• Exposição sobre um tema • Apreciação crítica
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Estrutura, cotações e critérios de classificação Estrutura Grupo I
Avaliam-se conhecimentos/ capacidades no domínio da Educação Literária e da Escrita. Nota: Neste grupo,
além da interpretação de textos/excertos em presença, a resposta aos itens pode implicar a mobilização de conhecimentos sobre outras obras estudadas. Grupo II
Parte A
Integra um dos fragmentos do Livro do Desassossego , que constitui o suporte de itens de resposta.
Tipologia de questões e cotações
Critérios de classificação*
Resposta restrita • 3 itens de construção – 60 pontos (20 pontos cada)
A cotação é distribuída por parâmetros de conteúdo (12 pontos) e de estruturação do discurso (4 pontos) e correção linguística (4 pontos).
Parte B
Resposta restrita
É constituída por itens de resposta restrita com base em:
• 2 itens de construção – 40
pontos (20 pontos cada)
• Luís de Camões, Os Lusíadas ou • Cesário Verde, Cânticos do Realismo (O Livro de Cesário Verde)
Avaliam-se capacidades/ conhecimentos no domínio da Leitura e da Gramática. Grupo III
Avaliam-se capacidades no domínio da Escrita, articuladas ou não com conhecimentos de Educação Literária.
Resposta restrita
Itens de escolha múltipla: A cotação
• 7 itens de seleção – 35 pontos
do item só é atribuída às respostas que apresentem de forma inequívoca a opção correta.
(5 pontos cada) • 3 itens de construção – 15 pontos
(5 pontos cada) Resposta extensa (200 a 300 palavras) – 50 pontos
• A cotação é distribuída por
parâmetros de estruturação temática e discursiva (30 pontos) e de correção linguística (20 pontos). • Estão previstos descontos por
aplicação de fatores de desvalorização no domínio da correção linguística**. Estes descontos são efetuados até ao limite das pontuações indicadas nos critérios de classificação. • São desvalorizadas as respostas que não respeitem as indicações apresentadas relativamente ao género textual, ao tema ou à extensão. • São classificadas com zero pontos as
respostas em que se verifique o afastamento integral do tema proposto ou em que a extensão seja inferior a oitenta palavras. * Critérios gerais de classificação • As respostas ilegíveis são classificadas com zero pontos. • Em caso de omissão ou de engano na identificação de uma resposta, esta pode ser classificada se for possível identificar
inequivocamente o item a que diz respeito. • Se for apresentada mais do que uma resposta ao m esmo item, só é classificada a resposta que surgir em primeiro lugar. • A classificação das provas nas quais se apresente, pelo menos, uma resposta escrita integr almente em maiúsculas é sujeita a uma
desvalorização de cinco pontos. ** Fatores de desvalorização − correção linguística • Desvalorização de um ponto: erro inequívoco de pontuação; erro de ortografia (incluindo erro de acentuação, uso indevido de letra
minúscula ou de letra maiúscula e erro de translineação); erro de morfologia; incumprimento das regras de citação de texto ou de referência a título de uma obra. • Desvalorização de dois pontos: erro de sintaxe; impropriedade lexical.
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T ES TE S D E A VA L IA ÇÃ O
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Teste de avaliação 2 Português, 12.º ano Fernando Pessoa, Bernardo Soares – Livro do Desassossego (100 PONTOS)
GRUPOI
A Lê o texto.
Releio passivamente…
5
10
15
20
Releio passivamente, recebendo o que sinto como uma inspiração e um livramento, aquelas frases simples de Caeiro, na referência natural ao que resulta do pequeno tamanho da sua aldeia. Dali, diz ele, porque é pequena, pode ver-se mais do mundo do que da cidade; e por isso a aldeia é maior que a cidade… “Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura.” Frases como estas, que parecem crescer sem vontade que as houvesse dito, limpam-me de toda a metafísica que espontaneamente acrescento à vida. Depois de as ler, chego à minha janela sobre a rua estreita, olho o grande céu e os muitos astros, e sou livre com um esplendor alado cuja vibração me estremece no corpo todo. “Sou do tamanho do que vejo!” Cada vez que penso esta frase com toda a atenção dos meus nervos, ela me parece mais destinada a reconstruir consteladamente o universo. “Sou do tamanho do que vejo!” Que grande posse mental vai desde o poço das emoções profundas até às altas estrelas que se refletem nele, e, assim, em certo modo, ali estão. E já agora, consciente de saber ver, olho a vasta metafísica objetiva dos céus todos com uma segurança que me dá vontade de morrer cantando. “Sou do tamanho do que vejo!” E o vago luar, inteiramente meu, começa a estragar de vago o azul meio-negro do horizonte. Tenho vontade de erguer os braços e gritar coisas de uma selvajaria ignorada, de dizer palavras aos mistérios altos, de afirmar uma nova personalidade vasta aos grandes espaços da matéria vazia. Mas recolho-me e abrando. “Sou do tamanho do que vejo!” E a frase f ica-me sendo a alma inteira, encosto a ela todas as emoções que sinto, e sobre mim, por dentro, como sobre a cidade por fora, cai a paz indecifrável do luar duro que começa largo com o anoitecer. SOARES, Bernardo (2013), Livro do Desassossego. Lisboa: Assírio e Alvim, pp. 83-84.
Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Divide o texto em três partes lógicas, explicitando a ideia-chave de cada uma delas.
(20 PONTOS)
2. Indica dois traços do perfil de Bernardo Soares, fundamentando a tua resposta com exemplos. (20 PONTOS)
3. Comenta o valor da repetição da expressão “ S ou do tamanho do que vejo!” ao longo do texto. (20 PONTOS)
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B Lê as estâncias 80, 81 e 82 do Canto VII de Os Lusíadas. Se necessário, consulta as notas. 80 Agora, com pobreza avorrecida, Por hospícios1 alheios degradado; Agora, da esperança já adquirida, De novo, mais que nunca, derribado; Agora, às costas escapando a vida 2, Que dum fio pendia tão delgado, Que não menos milagre foi salvar-se Que pera o Rei judaico3 acrescentar-se . 81 E ainda, Ninfas minhas, não bastava Que tamanhas misérias me cercassem, Senão que aqueles que eu cantando andava Tal prémio de meus versos me tornassem: A troco dos descansos que esperava, Das capelas4 de louro que me honrassem, Trabalhos nunca usados me inventaram, Com que em tão duro estado me deitaram!
1. hospícios: locais onde se acolhem viajantes,
necessitados e doentes. 2. v. 5: alusão ao naufrágio de Camões, no mar da China. 3. Rei judaico: Rei de Judá que, sabendo que ia morrer, pediu a Deus mais quinze anos de vida. 4. capelas: grinaldas. 5. engenhos: talentos; saberes .
82 Vede, Ninfas, que engenhos5 de senhores O vosso Tejo cria valerosos, Que assi sabem prezar, com tais favores, A quem os faz, cantando, gloriosos! Que exemplos a futuros escritores, Pera espertar engenhos curiosos, Pera porem as coisas em memória, Que merecerem ter eterna glória! CAMÕES, Luís de (2011). Os Lusíadas. Porto: Porto Editora, p. 265.
Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 4. Mostra de que forma a reflexão sobre a vida pessoal do poeta é concretizada nas duas (20 PONTOS) primeiras estâncias. 5. Explicita a crítica social presente na terceira estância.
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(20 PONTOS)
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(50 PONTOS)
G R U P O II
Lê o texto.
“Porque eu sou do tamanho do que vejo” “Porque eu sou do tamanho do que vejo”, porque sou do tamanho do que a minha vista alcança, tanto posso ser um gigante ao olhar a ampla planície alentejana, onde o horizonte se perde e todos os sonhos se tornam possíveis, como uma pequena formiga, se apenas olhar para o meu umbigo, os meus problemas e a vida daqueles que me rodeiam. 5
10
15
20
25
Centrarmo-nos em nós, na nossa própria vida, é uma opção tão válida como qualquer outra, mas tolda-nos a visão ao não confrontarmos as nossas ideias e opiniões com as dos outros, ao ignorarmos os seus pontos de vista e, sobretudo, ao não considerarmos a essência da sua existência humana enquanto seres que, tal como nós, têm anseios, têm sonhos e, essencialmente, têm direito a existir na plenitude da sua dignidade. Esta frase foi pintada nos muros do Parque de Saúde de Lisboa, e pertence ao poema “O guardador de rebanhos” de Alberto Caeiro, o heterónimo de Fernando Pessoa que valoriza a natureza e a simplicidade da vida. Representa a dicotomia entre a vida na cidade e a vida na aldeia, defendendo Caeiro que, nas cidades, os prédios impedem de ver o horizonte, pelo que, no campo, na sua aldeia, a possibilidade de ver “quanto da terra se pode ver do universo” é bem maior e, como tal, também ele próprio pode ser bem maior. Esta afirmação pode naturalmente ser questionada, porque, sabemos, não são os prédios que nos impedem de ver, mas a nossa própria incapacidade de levantar os olhos para o céu e descobrir, também aí, o universo, ou de, mantendo os olhos no que nos rodeia, descobrir a beleza e os estímulos de que necessitamos para sermos mais do que do tamanho do que vemos e conseguirmos ser do tamanho do que sonhamos, do tamanho do que desejamos realmente ser. E é quando olhamos mais além de nós, da nossa vida, da nossa família, do nosso trabalho ou estudo que verdadeiramente nos podemos tornar do tamanho incomensurável do universo. Todas estas frases e palavras que me encontram na rua são também uma outra forma de me ajudar a ver mais além, a refletir sobre alguns temas em que nunca tinha verdadeiramente pensado ou que me conduzem a novos caminhos e novos pensamentos, como quem desenrola o fio de Ariadne para encontrar o caminho na descoberta do que há em mim. E conhecermo-nos a nós próprios é fundamental para conhecermos os outros e com eles partilharmos uma visão mais fraterna da vida, seja seguindo os ensinamentos de Buda, de Krishna, de Alá ou de Deus, porque quem tem fé consegue sempre ver mais além. LEITÃO, Maria Eugénia. “Porque eu sou do tamanho do que vejo” [Em linha]. Sol/Sapo, 11-05-2016 [Consult. em 07-11-2016, adaptado].
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção correta. 1. A afirmação “Porque eu s ou do tamanho do que vejo” (l. 1) (A) é utilizada de acordo com o sentido original. (B) tem como intuito demonstrar a cultura literária da autora. (C) é objeto de refutação ao longo do texto. (D) é reinterpretada pela autora, constituindo o ponto de partida da argumentação.
(5 PONTOS)
(5 PONTOS) 2. O tema predominantemente desenvolvido no texto é (A) a dicotomia cidade/campo. (C) a reflexão sobre o mundo que nos rodeia. (B) a simplicidade da vida. (D) o autoconhecimento.
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3. De acordo com a autora, devemos (A) confrontar as nossas perspetivas com as dos outros. (B) centrarmo-nos em nós. (C) relegar para segundo plano a essência da existência humana. (D) valorizar a natureza e a simplicidade da vida.
(5 PONTOS)
4. Nas linhas 10-11, as aspas são utilizadas para delimitar (A) uma citação. (C) um comentário irónico. (B) um título. (D) um empréstimo.
(5 PONTOS)
(5 PONTOS) 5. O referente de “Esta afirmação” (l. 16) é (A) “Porque eu sou do tamanho do que vejo” (l. 1). (B) “nas cidades, os prédios impedem de ver o horizonte” (l. 13). (C) “quanto da terra se pode ver do universo” (l. 14). (D) “não são os prédios que nos impedem de ver, mas a nossa própria incapacidade de levantar os olhos para o céu” (ll. 16-17).
6. O adjetivo “incomensurável” (l. 22) significa (A) indefinível. (B) omnipotente.
(5 PONTOS)
(C) que não se pode compreender. (D) que não se pode medir.
7. A oração “quem tem fé” (l. 29) classifica-se como subordinada (A) adverbial comparativa. (C) substantiva relativa. (B) substantiva completiva. (D) adjetiva relativa restritiva.
(5 PONTOS)
8. Identifica o valor aspetual veiculado no enunciado “E s ta frase foi pintada nos muros do Parque (5 PONTOS) de Saúde de Lis boa” (l. 10). 9. Identifica a função sintática desempenhada pelo constituinte “Caeiro” (l. 12).
(5 PONTOS)
10. Identifica o valor do modificador “que me encontram na rua” (l. 23).
(5 PONTOS)
G R U P O III Redige uma apreciação crítica da pintura de René Magritte. O teu texto deverá conter entre duzentas e trezentas palavras e consistir na descrição sucinta do objeto, acompanhada de comentário crítico.
Observações: 1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada
por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, i ndependentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2017/). 2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras –, há que atender ao seguinte: • um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido; • um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.
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(50 PONTOS)
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Critérios de classificação do teste de avaliação Fernando Pessoa, Bernardo Soares – Livro do Des as s os s eg o Cotação, cenários de resposta e critérios de classificação (100 PONTOS)
GRUPOI Item 1.
Cotação
20 pontos
Cenário de resposta • Introdução (ll. 1 -6): apresentação e contextualização da afirmação
que constitui o ponto de partida da reflexão. • Desenvolvimento (ll. 7 -19): reflexão sobre a importância / o impacto que a afirmação adquire no âmbito das vivências interiores de Bernardo Soares – possibilidade de recusa de um pensamento metafísico. • Conclusão (ll. 20 -22): constatação da impossibilidade de viver, tendo como lema a afirmação citada. 2.
20 pontos
• Possíveis tópicos a abordar (selecionar dois): · tédio, apatia ( “releio passivamente” );
· aspiração à liberdade (ll. 11-14); · recusa do pensamento metafísico (ll. 12-14); · aspiração à plenitude (ll. 14-15); · solidão, mágoa, devido à impossibilidade de vida sem metafísica (ll. 15-17, 20-22). 3.
20 pontos
Critérios específicos de classificação • Aspetos de conteúdo –
12 pontos. • Aspetos de estruturação
do discurso e correção linguística: · estruturação do discurso – 4 pontos; · correção linguística – 4 pontos.
• Repetição que remete para uma conceção de vida oposta à de
Bernardo Soares, conotada com a liberdade que decorre de uma postura antimetafísica. 4.
20 pontos
• Reflexão da vida pessoal presente na referência à errância e ao
desterro (est. 80, v. 2), à pobreza (est. 80, vv. 1-2), às desilusões sucessivas (est. 80, v. 3-4), à excecionalidade da sua vida/sobrevivência a um naufrágio (est. 80, vv. 5-8) e às expectativas frustradas quanto ao reconhecimento da sua obra pelos poderosos (est. 81, vv. 4-8). 5.
20 pontos
• Crítica aos poderosos que menosprezam os artistas e não
reconhecem o seu valor na preservação da memória nacional.
(50 PONTOS)
G R U P O II Item 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
Cotação
5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos
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Cenário de resposta
(D) (C) (A) (B) (A) (D) (C) Valor perfetivo Sujeito Valor restritivo
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G R U P O III Cenário de resposta
Dada a natureza deste item, não é apresentado cenário de resposta.
Critérios específicos de classificação • Estruturação temática e discursiva – 30 pontos • Correção linguística – 20 pontos
Estruturação temática e discursiva Descritores dos níveis de desempenho
Género de texto e tema
15 Trata, sem desvios, o tema proposto. Mobiliza informação ampla e diversificada, com eficácia argumentativa, de acordo com o género de texto apreciação crítica :
12
R A L A
• descreve sucintamente o
C
objeto em apreciação;
E
• articula a descrição com
NI
comentários críticos; E
R T L VÍ
• produz um discurso N
coerente e sem qualquer tipo de ambiguidade.
9 Trata o tema proposto, embora com alguns desvios. Mobiliza informação suficiente, de acordo com o género de texto apreciação crítica , mas nem sempre com eficácia argumentativa:
6
R A L A
• descreve o objeto em
C
apreciação, mas fá-lo de forma desproporcional (de forma demasiado pormenorizada ou com lacunas); • articula a descrição com alguns comentários críticos; T
E
• não descreve o objeto em NI
apreciação;
R
L E
• não articula a descrição com N
comentários críticos;
VÍ
• produz um discurso
geralmente inconsistente e, por vezes, ininteligível.
• produz um discurso
10 Redige um texto bem estruturado, refletindo uma planificação adequada e evidenciando um bom domínio dos mecanismos de coesão textual:
globalmente coerente, apesar de algumas ambiguidades. 6 Redige um texto satisfatoriamente estruturado, refletindo uma planificação com algumas insuficiências e evidenciando um domínio suficiente dos mecanismos de coesão textual:
8
• apresenta um texto
Estrutura e coesão
constituído por três partes (introdução, desenvolvimento e conclusão), individualizadas, devidamente proporcionadas e articuladas entre si de modo consistente; T
E
R
C
A
L
A
NI
parágrafos;
sistemática, cadeias de referência através de substituições nominais e pronominais adequadas;
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C
A
L
A
R
• raramente marca parágrafos T
de forma correta;
ÍV
algumas falhas;
E
N
• utiliza apenas os conectores
N
NI
E
R
L
• utiliza, adequadamente,
• mantém, de forma
não se conseguem identificar claramente três partes (introdução, desenvolvimento e conclusão) ou em que estas estão insuficientemente articuladas;
• marca parágrafos, mas com E
e/ou outros marcadores discursivos mais comuns, embora sem incorreções graves; • mantém, com algumas
descontinuidades, cadeias de referência;
2 Redige um texto com estruturação muito deficiente e com insuficientes mecanismos de coesão textual: • apresenta um texto em que
constituído por três partes (introdução, desenvolvimento e conclusão), nem sempre devidamente articuladas entre si ou com desequilíbrios de proporção mais ou menos notórios;
• marca corretamente os
mecanismos de coesão textual diversificados para assegurar a articulação interfrásica (ex.: conectores e outros marcadores discursivos);
4
• apresenta um texto
R
3 Aborda lateralmente o tema proposto. Mobiliza muito pouca informação e com eficácia argumentativa reduzida, sem ter em conta as marcas específicas do género apreciação crítica :
• raramente utiliza conectores ÍV
L
e mecanismos de coesão textual ou utiliza os de forma inadequada; • raramente constrói cadeias
de referência; • não mantém conexões entre
as coordenadas de enunciação ao longo do texto.
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Descritores dos níveis de desempenho • estabelece conexões • estabelece, com algumas
Estrutura e coesão
(cont.)
R
adequadas entre coordenadas de enunciação (pessoa, tempo, espaço) ao longo do texto.
R
descontinuidades, conexões entre as coordenadas de enunciação (pessoa, tempo, espaço) ao longo do texto. A L A C R E T
A L A C R E T
NI
NI L
L VÍ
VÍ
E
E N
5 Mobiliza, com intencionalidade, recursos da língua adequados ao género solicitado: • repertório lexical variado e pertinente, associado à área cultural em questão (literária);
4
N
3 Mobiliza, com alguma intencionalidade, recursos da língua adequados ao género solicitado: • repertório lexical adequado
Utiliza o registo de língua adequado ao texto, eventualmente com esporádicos afastamentos, que se encontram, no entanto, justificados pela intencionalidade do discurso e assinalados graficamente (com aspas ou sublinhados).
elementar e restrito (muitas vezes redundante) ou globalmente inadequado ao género solicitado;
• procedimentos de
modalização (ex.: uso expressivo do adjetivo e do advérbio; pontuação) que atestem o ponto de vista adotado (apreciativo/ depreciativo).
tropos, procedimentos de modalização (ex.: uso expressivo do adjetivo e do advérbio; pontuação) que atestem o ponto de vista adotado (apreciativo/ depreciativo). T
E
R
C
A
L
A
R
R
• não recorre a
NI L
L VÍ
VÍ
T
E
R
C
A
L
A
NI E
E N
Utiliza, em geral, o registo de língua adequado ao texto, mas apresentando alguns afastamentos que afetam pontualmente a adequação global.
1 Não mobiliza de forma satisfatória recursos da língua adequados ao género solicitado: • utiliza vocabulário
ao género solicitado, mas pouco variado;
• figuras de retórica e
Léxico e adequação do discurso
2
N
procedimentos de modalização (ex.: uso expressivo do adjetivo e do advérbio; pontuação) que atestem o ponto de vista adotado (apreciativo/ depreciativo). Utiliza indiferenciadamente registos de língua, sem manifestar consciência do registo adequado ao texto, ou recorre a um único registo inadequado.
Correção linguística Fatores de desvalorização • Erro inequívoco de pontuação • Erro de ortografia (incluindo erro de acentuação, uso indevido de letra minúscula ou de
Desvalorização (pontos)
1
letra maiúscula e erro de translineação) • Erro de morfologia • Incumprimento das regras de citação de texto ou de referência a título de uma obra • Erro de sintaxe • Impropriedade lexical
ENC12DP © Porto Editora
2