Otto Maria Carpeaux
Unidade 3
Introdução
As aplicações da eletricidade no mundo atual tornam-se cada dia maiores e mais importantes. Na indústria, no transporte, nas comunicações, na agricultura, na iluminação, enfim em todas as atividades ativi dades técnicas e científicas é absolutamente indispensável a utilização da eletricidade. Nas grandes indústrias a energia elétrica é produzida geralmente em termoelétricas por meio de equipamentos que se chamam geradores elétricos, elétricos, os quais são acionados por turbinas a vapor e turbinas a gás. Em algumas empresas são utilizados diversos tipos de equipamentos elétricos, de controle, de registros e medição, bem como de proteção. Nesta Unidade iremos estudar alguns desses equipamentos e seus acessórios. ..........
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Tome Nota
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Equipamentos elétricos
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Condutor
U m material condutor é caracterizado pela grande quantidade de elétrons livres localizados na última órbita de seus átomos. A principal característica deste tipo de material é a sua capacidade de conduzir corrente elétrica, de um átomo para outro, através dos elétrons livres. Desta maneira, os materiais que permitem o livre movimento dos elétrons são chamados condutores. A energia elétrica nos condutores é transferida através do movimento de elétrons livres ao se deslocarem desl ocarem de um átomo para outro. Cada um dos elétrons, portanto, percorre uma pequena distância, alcança o átomo vizinho e substitui um elétron, FIGURA 1 CONDUTOR desalojando-o de sua órbita externa. Os elétrons substituISOLANTE ídos repetem o processo até que o movimento dos elétrons tenha percorrido toda a extensão do condutor. A maioria dos metais são bons condutores, tais como o alumínio, a prata, o ouro, o cobre etc. Sais e ácidos
também são bons condutores de eletricidade. Observe a Figura 1.
CONDUTOR
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Tran Tr ansf sfor orma mado dorr A energia elétrica produzida nas usinas hidrelétricas é levada, mediante condutores de eletricidade, eletricidade, aos lugares mais adequados para o seu aproveitamento. veitamento. Ela iluminará cidades, movimentará máquinas e motores, proporcionando muitas comodidades. Para o transporte da energia até os pontos de utilização, utilização , não bastam fios e postes. Toda a rede de distribuição depende estreitamente dos transformadores, que ora elevam a tensão, ora a rebaixam. Nesse sobe e desce, eles não só resolvem um problema econômico, reduzindo os custos da transmissão a distância de energia, como também melhoram a eficiência do processo. Antes de mais nada os geradores que produzem energia precisam alimentar a rede de transmissão e distribuição com um valor de tensão adequado, tendo em vista seu melhor rendimento. Esse valor depende das características do próprio gerador, enquanto a tensão que alimenta os aparelhos consumidores, por motivos de construção e sobretudo de segurança, tem valor baixo, nos limites de algumas centenas de volts (em geral, 110, 220, 380, 480, 2.400 e 13.800). Isso significa que a corrente, e principalmente a tensão fornecida, varia de acordo com as exigências. O princípio básico de funcionamento de um transformador é o fenômeno conhecido como indução eletromagnética: quando um circuito é submetido a um campo magnético variável, aparece nele uma corrente elétrica cuja intensidade é proporcional às variações do fluxo magnético. A Figura 2 apresenta a visão em dois dois perfis de um transformador transformador trifásico, o qual possui 6 enrolamentos (3 correspondentes ao primário e 3 ao secundário). Os transformadores, na sua forma mais simples, consistem em dois enrolamentos enrolamentos de fio (o primário e o secundário), que geralmente envolvem os braços de um quadro metálico (o núcleo). Uma corrente alternada aplicada ao primário produz um campo magnético proporcional à intensidade dessa corrente e ao número de espiras do enrolamento (número de voltas do fio em torno do braço metálico). Através do metal, o fluxo magnético quase não encontra resistência e, assim, concentra-se no núcleo, em grande parte, chegando ao enrolamento secundário com um mínimo de perdas. Ocorre, então, a indução eletromagnética: no secundário surge uma corrente elétrica, que varia de acordo com a corrente do primário e com a razão entre os números de espiras esp iras dos dois enrolamentos. Um transformador transformador trifásico trifásico possui três conjuntos iguais, ..........
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FIGURA 2
TRANSFORMADOR
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conforme o relatado sobre a forma mais simples, podendo o mesmo ser baixador ou elevador de tensão. A Figura 3, ao lado, mostra um transformador elevador de tensão, com tanque de reservatório de óleo.
FIGURA 3
TRANSFORMADOR Com elevador de tensão
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Painéis Com suas blindagens perfeitas, garantem elevada segurança de serviço e acentuada proteção contra acidentes. A evolução técnica na construção de painéis de comando funcionais e de boa apresentação reflete a característica principal dos painéis modernos. Exceções variadas, baseadas sempre em dimensões padronizadas, em execução aberta e fechada, são atualmente empregadas com freqüência, em virtude das vantagens práticas que apresentam. ..........
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Os painéis podem ser classificados segundo dois critérios: o tipo de proteção e a execução construtiva. Quanto ao tipo de proteção, temos: Aber Ab erto to
Como tais, não apresentam proteção contra o contato manual ou contra a introdução de ferramentas, além de permitirem a influência de umidade e água. Possuem estes painéis aberturas de topo e na parte posterior, devendo ser montados em interiores de indústrias.
FIGURA 4
PAINEL DE ALTA TENSÃO
Com dutos de barramentos superiores de entrada e saída de energia
Fechado
Fundamentalmente, esta construção evita o contato manual e, de acordo com o tipo, impossibilita o uso de ferramentas de diâmetro superior superi or a 1mm, ou terá vedação total. Não apresenta, porém, proteção contra os efeitos da água, podendo ser construído à prova de poeira.
Disjuntor Os circuitos elétricos industriais, em vez de fusíveis, utilizam dispositivos baseados no efeito magnético da corrente denominados disjuntores. disjuntores. Em essência, o disjuntor é uma chave magnética que se desliga automaticamente quando a intensidade da corrente supera certo valor. Tem sobre o fusível a vantagem de não precisar ser trocado. Uma vez resolvido o problema que provocou o desligamento, basta religá-lo para que a corrente de circulação se restabeleça. restabeleça. São equipamentos equipamentos de proteção capazes de interromper a passagem de uma corrente elétrica de curto-circuito ou corrente de sobrecarga. Diferentemente dos fusíveis, são capazes de operar diversas vezes antes de necessitarem de manutenção. ..........
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O acionamento dos disjuntores pode ser manual ou automático, seja através de bobinas de disparo (disparadores), seja pela ação de dispositivos especiais (os relés).
CHAVES ELÉTRICAS Além dos disjuntores, existem as seguintes chaves elétricas:
FIGURA 5
CHAVE DESLIGADORA
Utilizada no primário dos transformadores
S ECCIONADORAS Podem ser abertas somente sem corrente.
D ESLIGADORAS
I NTERRUPTORAS
FIGURA 6
Podem ser abertas com a corrente nominal.
CHAVE SECCIONADORA
Com fusível e utilizada nas redes de alta tensão
M AG NÉ TI C AS Servem para partida de motores, que no normal é seis vezes a corrente nominal.
Geralmente é alimentado por uma fonte de corrente contínua auxiliar, transformando-a em corrente alternada para alimentar proteção, sinalização, instrumentação, iluminação de emergência, controle e comando em uma indústria. Dependendo do sistema operacional, poderá ser utilizado como reserva quando faltar a fonte principal que alimenta os circuitos citados anteriormente, ou supri-los normalmente de uma forma contínua. E
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FIGURA 7
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CHAVE MAGNÉTICA
Utilizada na partida de motores
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Inversor
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Podem ser abertas somente com pouca corrente.
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FIGURA 8
INVERSOR
De corrente contínua para alternada
VAT20
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FIGURA 9
RETIFICADOR
De corrente alternada para contínua
Carregador de corrente contínua É alimentado por uma fonte de corrente alternada confiável, realizando a retificação da mesma para suprir o conjunto de baterias e os circuitos de proteção, sinalização, iluminação de emergência, controle e comando em uma indústria. Utiliza-se para alimentar equipamentos industriais e subestações elétricas com requisitos de alta confiabilidade. confiabilidade. Tem como função específica fornecer correncor rente contínua para consumidores de faixa larga la rga ou estreita e simultaneamente simultaneamente flutuar/carregar baterias de qualquer tipo. Pode ser operado dos seguintes modos:
AUTOMÁTICO Quando ocorrer uma descarga de bateria, o sensor de recarga automática eleva a tensão (2,4V/ elemento para bateria chumbo ácida ou 1,6V/ elemento para alcalina) para recarregar a bateria e simultaneamente alimentar o consumidor.
F LUTUAÇÃO A tensão do carregador é mantida em um nível para suprir a energia da bateria por autodescarautodescarga, alimentando simultaneamente o consumidor.
E QUALIZAÇÃO O carregador assume a tensão de 2,4V/elemento para bateria chumbo ácida ou 1,6V/elemento para bateria alcalina.
C AR GA
PROFUNDA
O carregador assume uma tensão de 2,65V/elemento para bateria chumbo ácida ou 1,7V/elemento para p ara bateria alcalina. alcalina . Também Também pode ser adaptado para bateria regulada por válvula. ..........
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Ac Ace e ssóriios os Aces ess io elétricos B ateria é usada como reserva
BATERIAS
para suprir com corrente contínua o sistema de proteção, sinalização, iluminação de emergência, controle e comando em uma indústria, por um determinado período de tempo, na falta do carregador de corrente contínua principal. Serve também como pulmão num determinado momento, quando há solicitação maior pelo consumidor ao serem alimentadas as bobinas de operação de um disjuntor do circuito de potência.
✔ Ácidas
FIGURA 10
✔ Alcalinas Alcalin as
BATERIA
Com vários elementos: ácida ou alcalina
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Capacitores Um dispositivo muito usado em circuitos elétricos é denominado capacitor . Este aparelho, destinado a armazenar cargas elétricas, é constituído por dois condutores separados por um isolante: os condutores são chamados armaduras (ou placas) do capacitor, e o isolante é o dielétrico do capacitor. pacitor. Costuma-se dar nome a esses aparelhos de acordo com a forma de suas armaduras. Assim, temos o capacitor plano, capacitor cilíndrico, ..........
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capacitor esférico etc. O dielétrico pode ser um isolante qualquer como o vidro, a parafina, o papel e muitas vezes o próprio ar. Os capacitores são utilizados na indústria, principalmente em geradores e no circuito elétrico para melhoria do fator de potência.
Pára-raios O raio é uma descarga elétrica visível, que ocorre em áreas da atmosfera altamente carregadas de eletricidade, associando-se em regra à nuvem de tempestade – o cúmulo-nimbo. Este se compõe de nuvens menores ou células, capazes de carregar o cúmulo-nimbo cúmulo-nimbo com até 50 milhões de volts acima do potencial da terra. Ocorre um relâmpago ou raio quando a diferença de potencial entre a nuvem e a superfície da Terra ou entre duas nuvens é suficiente para ionizar o ar; os átomos do ar perdem alguns de seus elétrons e tem início uma corrente elétrica (descarga). Mais de 90% dos raios que atingem ati ngem a Terra Terra transportam transpor tam carga negativa, ramificando-se e alcançando o solo em milésimos de segundo. Quando um dos ramos chega a uns cem metros da superfície, ocorre a descarga em sentido contrário (da Terra para a nuvem). Disso resul- FIGURA 11 PÁRA-RAIOS Para rede elétrica de alta tensão ta o choque de retorno, com um pulso de corrente muito elevada. A carga negativa dispersa-se pelo solo. Ondas de elevada tensão de crista podem surgir em conseqüência de distúrbios atmosféricos (raios) ou em conseqüência de operação de equipamentos de proteção (surtos de manobra). A tensão poderia atingir instantaneamente valores muito superiores ao nível de isolamento dos equipamentos, danificando-os. Para ..........
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proteger os equipamentos, em especial transformadores, transformadores , bancos de capacitores e linhas de transmissão, são instalados os pára-raios, que automaticamente descarregam para a Terra o excesso de tensão.
Tran Tr ansf sfor orma mado dore ress de corr co rren ente te e de pote po tenc ncia iall São transformadores de medida, medida , equipamentos que pela relação de corrente ou tensão, de uma fonte primária de correntes ou tensões muito altas, diminuem essas correntes ou tensões para valores mí- FIGURA 12 TRANSFORMADOR nimos nos seus respectivos secundários. Estes transformadores são usados em circuitos cuja intensidade de corrente ou tensão é muito grande, não podendo, por isso, ser aplicada diretamente aos instrumentos, dispositivos de proteção, proteção, controle e comando. O transformador de potencial tem o seu primário alimentado pela linha cuja tensão deve ser medida, enquanto o secundário alimenta sempre com 120 volts os seus respectivos dispositivos e instrumentos. instrumentos. Os transformadores de corrente são fabricados para diversas correntes primárias, sendo sempre a secundária de 5 ampères, que alimentará proteções, comandos, instrumentações e sinalizações. O isolamento empregado na fabricação dos transformadores de corrente varia de acordo com a tensão da linha de serviço. Em geral, esses transformadores são isolados para as seguintes tensões: 600, 2.500, 5.000, 8.700 e 15.000 volts.
Fusíveis Numa instalação elétrica são empregados fios cuja finalidade é suportar uma certa intensidade de corrente. Esta intensidade não poderá atingir valor muito além do previsto; caso contrário, o calor liberado pelo efeito Joule poderá fundir os fios e danificar a instalação. ..........
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Num circuito elétrico, FIGURA 13 COMPOSIÇÃO DE UM FUSÍVEL sempre acontecem acidentes que elevam o valor da intensidade da corrente. Por isso, para a devida proteção da instalação elétrica, conecta-se em série, série , no circircuito elétrico, um condutor de chumbo. Se o valor da intensidade da corrente for maior do que o previsto, o calor produzido funde o chumbo antes dos outros condutores. O chumbo fundido tem por finalidade a interrupção do circuito, e a FIGURA 14 FUSÍVEL DE CARTUCHO intensidade da corrente deixa de passar. Este condutor de chumbo, prata ou de uma liga metálica é comumente chamado de fusível. O funcionamento do fusível baseia-se no princípio segundo o qual uma corrente que passa por um condutor gera calor proporcional ao quadrado de sua intensidade. Quando a corrente atinge a intensidade máxima tolerável, o calor gerado não se dissipa com rapidez suficiente, derretendo um componente e interrompendo o circuito. O tipo mais simples é composto basicamente basicamente de um recipiente tipo soquete, em geral de porcelana, cujos terminais são ligados por um fio curto, que se derrete quando a corrente que passa pass a por ele atinge determinada intensidade. O chumbo e o estanho são dois metais utilizados para esse fim. O chumbo se funde a 327ºC e o estanho, a 232ºC, se a corrente for maior do que a especificada no fusível. O fusível de cartucho, manufaturado e lacrado em fábrica, consiste em um corpo oco não-condutivo, não-condutivo, de vidro ou plástico, cujo elemento condutor está ligado interiormente a duas cápsulas de metal, os terminais, localizados nas extremidades (Figura 14). ..........
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Isoladores São muito numerosos os tipos de isoladores encontrados na prática. Devemos analisá-los sob os seguintes aspectos: U ANTO À MAT ÉR IA Q UANTO
FIGURA 15
Os isoladores são de porcelana ou de vidro. Os mais comuns nesse setor são os isoladores de porcelana
ISOLADORES DE PORCELANA
U ANTO À TE N SÃ O Q UANTO MÁX MÁ X I MA Q U E SUPORTAM
O valor da diferença de potência que devem suportar depende das condições da rede de alimentação, abrangendo também os equipamentos, condutores etc.
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U ANTO À INSTALAÇÃO Q UANTO
No setor industrial, prevalece o tipo de montagem sobre pino, vertical ou horizontal. Isoladores Isolado res tipo disco poderão ser encontrados nas entradas de força, porém não no setor fabril interno, com raras exceções. Na Figura 15, vêem-se vários tipos de isoladores isolad ores de porcelana com saias que interrompem os filetes d’água.
Relés O relé é um dispositivo sensível a grandezas operacionais, operacio nais, elétricas ou não, que causem uma brusca mudança em um ou mais circuitos elétricos, elétrico s, quando as grandezas operacionais variam dentro de valores predeterminados. Um relé pode consistir em uma ou mais unidades, unidades , cada uma delas sensível a uma ou mais grandezas. A reunião das unidades separadas provê as características desejáveis de operação. ..........
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Esta definição refere-se a relés elétricos. Há também os mecânicos, óticos, acústicos, estáticos e digitais. Nos relés usualmente distinguem-se distinguem-se os três elementos fundamentais: FIGURA 16
ELEMENTOS DO RELÉ
S INAL DE GRANDEZA OPERANTE
Elemento sensitivo
Elemento de comparação
Elemento de controle
DISJUNTOR A LARME SINALIZAÇÃO
É impossível evitar-se um defeito no sistema elétrico, por melhor que seja o equipamento, mas, com o emprego de um sistema de proteções bem projetado, pode-se isolar a zona defeituosa, mantendo-se mantendo-s e os demais componentes em operação normal.
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Gerador ou alternador A corrente alternativa trifásica oferece mais vantagens do que a mono-
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fásica na aplicação industrial onde são utilizados motores de potências elevadas, cujos acionamentos são inviáveis com corrente monofásica. Um alternador trifásico representa três alternadores monofásicos numa só máquina, em que suas forças eletromotrizes estão defasadas de 120°. Para facilidade de compreensão, vamos analisar um induzido móvel e campo fixo, para explicar o funcionamento funcionamento de um alternador trifásico. Uma tensão (ou corrente) alternada varia senoidalmente em função do tempo, conforme mostrado na Figura 17.
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,
FIGURA 17
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CORRENTE ALTERNADA
PEÇAS POLARES
PEÇAS POLARES
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ANÉIS COLETORES
RESÍSTOR DE CARGA
ESCOVA
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UMA ROTAÇÃO
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180°
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Denominamos alternador ao gerador de corrente alternada, assim como chamamos de dínamo o gerador de corrente contínua. Os geradores são máquinas destinadas a converter energia mecânica em energia elétrica. A transformação de energia nos geradores fundamenta-se no princípio físico conhecido como Lei de Lens. Esta lei afirma que “quando existe indução magnética, a direção da força eletromotriz induzida é tal que o campo magnético dela resultante tende a parar o movimento que produz a força eletromotriz”. Os alternadores pertencem à categoria das máquinas síncronas, isto é, máquinas cuja rotação é diretamente relacionada com o número de pólos magnéticos e a freqüência da força eletromotriz.
Conexões de circuitos trifásicos O alternador industrial possui enrolamento trifásico que apresenta dois tipos de conexões: delta () ou estrela (). Assim, um induzido ou estator tem três enrolamentos ligados em delta/triângulo ou estrela e um campo móvel ou rotor, que possui três anéis coletores de corrente contínua de alimentação do induzido, onde será produzida a energia para os usuários (Ver (Ver Figura 18). Os alternadores industri industriais ais são de campo móvel e induzido fixo, com os três enrolamentos ligados em estrela. O ponto comum é chamado neutro, sendo solidamente ligado à terra, ou ligado à terra através de um resístor, que tem a finalidade de limitar as correntes de curto-circuito curto-circuito entre fase e terra. O alternador é acionado por turbinas de potência a vapor ou a gás.
ALTERNAD ALTE RNADOR OR DE D E QUATRO QU ATRO PÓLO PÓLOS S
FIGURA 18
ESTATOR
ENROLAMENTO DO ESTATOR N
+ S
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LINHAS DE FORÇA DO CAMPO MAGNÉTICO
ROTOR
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Construção do alternador Com muitas espiras, um campo magnético controlado por meio de um dispositivo de excitação com corrente contínua, montado em arranjo conveniente, fabricam-se os alternadores comerciais utilizados nos grupos geradores, bem como os grandes alternadores das usinas hidroelétricas, conforme mostrado na Figura 19. O alternador é uma máquina que gera corrente alternada, uma máquina reversível, ou seja, pode funcionar também como motor elétrico. É ainda chamado de máquina síncrona, porque a velocidade de rotação é rigorosamente determinada pela fórmula:
r.p.m. =
(
120.f Nº pólos
(
Um induzido girante requer dois ou mais anéis rotativos r otativos para transportar sua corrente ao circuito externo. Tais anéis estão mais ou menos expostos e são de difícil isolamento, isolamento, particularmente no caso de altas voltagens de 6.600V, 13.200V e 13.800V 13.80 0V,, nas quais os alternadores alte rnadores são s ão habitualmente operados. Estes anéis causam freqüentes perturbações, como arcos voltaicos, curtos-circuitos etc. Com induzido fixo, dispensam-se os anéis de contatos e os condutores que ligam os enrolamentos do induzido às barras gerais gerai s coletoras. Podem
ALTERNAD ALTE RNADOR OR
FIGURA 19
ESTATOR DO GERADOR
CARCAÇA
ROTOR DA EXCITATRIZ RETIFICADORES GIRANTES (+) ROTOR DO GERADOR VENTILADOR
RETIFICADORES GIRANTES (–)
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apresentar um isolamento sem solução de continuidade. Além disso, é mais difícil se executar o isolamento isol amento de um induzido tipo rotatório rotatóri o que o de um estacionário, devido à força centrífuga e à vibração resultantes do movimento rotativo. Quando o campo é a parte girante, a corrente de alimentação do campo é conduzida aos enrolamentos polares por meio de anéis rotativos, mas com pouca voltagem, que raras vezes excede a 250V. A quantidade de energia transferida transferi da é pequena, por isto não se apresentam dificuldades na operação dos anéis. Existem mais vantagens ainda no gerador sem escovas (brushless).
INDUZIDO (ESTATOR) O induzido é constituído por um pacote de lâminas de ferro-silício de alta qualidade. Estas lâminas são isoladas umas das outras por meio de verniz especial ou de oxidação da própria superfície, superfície , a fim de minimizar as perdas por correntes foucaut (correntes parasitas). Ao longo da periferia da lâmina, são feitos furos que, uma vez montada a coroa de lâminas, fornecem às ranhuras os canais nos quais são colocados os condutores dos enrolamentos.
CAMPO (ROTOR) É inviável um campo magnético constituído de um ímã permanente, não só pelo pouco número de linhas de força, como também pela impossibilidade de regulação deste campo magnético. Somente pequenos alternadores são usados em campos deste tipo, como por exemplo alternador de bicicleta. Um alternador industrial tem o seu campo constituído de um cilindro de uma liga simples de aço forjado, com propriedades físicas e metalúrgicas metalúrgicas adequadas. Neste cilindro são feitas radialmente radialmente ranhuras longitudinais longitudinais nas quais são colocadas bobinas concêntricas que recebem corrente contínua para produção de um campo magnético invariável, cu jas linhas de força “cortam” os condutores do induzido, pela ação giratória de uma máquina motriz. Os canais do rotor são fechados com c om cunhas de fibra para a fixação das bobinas, protegendo-as e evitando a ação da força centrífuga sobre as mesmas. Em alguns geradores estas cunhas são de aço, com as extremidades ligadas a um anel, para que atuem com enrolamento enro lamento amortecedor. amortecedo r. ..........
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Acabamos de descrever um campo de pólos lisos de rotor ranhurado, utilizado em máquinas de velocidades elevadas (2 pólos, 3.600rpm). Nas máquinas de baixas velocidades, o campo é de pólos salientes (mais de dois pólos), no qual as bobinas envolvem as expansões polares. A velocidade dos alternadores acionados por turbinas hidráulicas varia de 60 até 500rpm.
CARCAÇA A carcaça destina-se a fixar o núcleo. É construída em uma única peça e executada em chapas e perfis de aço soldado em disposição circular. Ela deve permitir fácil circulação de ar de refrigeração no interior da máquina. A estrutura é prevista para resistir às solicitações mecânicas provenientes de:
Empuxos magnéticos, que surgem quando a máquina funciona em regime permanente e transitório Movimentos devidos a curto-circuito Movimentos fletores a que está sujeita a estrutura mecânica da carcaça durante as operações de transporte e montagem
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Excitatrizes Os geradores da corrente alternada síncronos (alternadores) (alternadores) e os geradores da corrente contínua de excitadores separados necessitam necessitam de campos magnéticos que, devido aos seus valores elevados, não podem ser obtidos por ímãs naturais. Esses campos magnéticos são obtidos, então, através de um enrolamento nos pólos (norte e sul) por onde circula uma corrente contínua proveniente de um outro gerador independente. A este gerador independente de corrente contínua nós chamamos de excitatriz , pois ele é o responsável pela excitação da máquina. Existem máquinas excitadas por outro tipo, que é um sistema estático com grupos de diodos, os quais retificam a corrente alternada de uma fonte auxiliar ou recebida receb ida da própria saída do gerador, que irá excitar a própria máquina. ..........
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GERADORES
CORRENTE ALTERNADA
Síncronos ou Alternadores
CORRENTE CONTÍNUA
Assíncronos
Autoexcitada
Excitação separada
Série
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Co mp os to
Moto Mo torr el elét étri rico co Na Figura 20, vê-se o corte de um motor elétrico, podendo-se visualizar visualizar a carcaça protetora protetora do enrolamento ou indutor e seu rotor central. central. Todos os motores elétricos valem-se dos princípios do eletromagnetismo, mediante os quais condutores situados num campo magnético e atravessados por correntes elétricas sofrem a ação de uma força mecânica, ou eletroímãs exercem forças de atração ou repulsão sobre outros materiais magnéticos. Na verdade, um campo FIGURA 20 MOTOR ELÉTRICO magnético pode exercer força sobre cargas elétricas em movimento. Como uma corrente elétrica é um fluxo de cargas elétricas em movimento num condutor, conclui-se que todo condutor percorrido por uma corrente elétrica, imerso num campo magnético, pode sofrer a ação de uma força. ..........
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MONITORAMENTO E CONTROLE DE PROCESSOS Ficha Técnica
PETROBRAS
MAURÍCIO LIMA Coordenador de Formação, Capacitação e Certificação no Abastecimento
LUIS CLAUDIO MICHEL Coordenador de Certificação para o Segmento Operação
Produzido pela Diretoria de Educação
REGINA MARIA
DE Diretora de Educação
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FÁTIMA TORRES
LUIS ROBERTO ARRUDA Gerente de Educação Profissional
Gerência de Educação Profissional
ROSILENE FERREIRA MENEZES A NA PAULA DE BARROS LEITE
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Analistas de Projetos Educacionais
A CERVO PETROBRAS Fotografias
DE
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SENAI-RJ
GERÊNCIA
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PRODUTO PETRÓLEO
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GÁS
Apoio Técnico
R ITA G ODOY Revisão gramatical e editorial
IN-F ÓLIO – P RODUÇÃO EDITORIAL , G RÁFICA
PROGRAMAÇÃO VISUAL
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Edição, projeto gráfico e produção editorial
J OSÉ CARLOS MARTINS Produção editorial A NA PAULA MOURA Arte-final digital SILVIO DIAS Capa ..........
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