Publicação Movimento
Tradicionalista Gaúcho
Organ i z adora do Liv ro Odila Paese S avaris
Textos de: Alessandra Carvalho da Motta, Renata de Cássia Pletz, Maria Verônica da Costa Oliveira, Tanise Leal de Mello, Alicia Costa de Oliveira, Gilda Guterres, Flávio A. Canto Wunderlich, Elaine Fossa de Barcelos, Ana Gisele Silveira, Ariele Cristine Hannecker, Alexandre da Rosa Vieira, Tiarajú Lopes, Júlia Lara, Júlia Rigo, Angela Zanin, Marina Giollo, Leonel Castellani, Vanderleia Belegante Nervo, Isadora Focher, Alessandra Hoppen, Paloma Drum Schacht, Anarlique Izaura Vieira Schneider, Marília Dornelles, Irís Kaiser Paulves, Ana Lúcia Freitas da Rosa Silva, Valdevi de Lima Maciel, Douglas Uilliam de Quadros da Silva, Liane Luisa dos Santos Peixoto, Aline Zuse, Ana Paula Pinheiro, Oscar Bessi Filho, Mirelle Gonçalves de F. Hugo, Henrique Pereira Lima, Paula OlivaBundt, Aline Durli,Bernardete LorensetPadoin, AntônioFerrari,VerônicaLorenset Padoin, LucianaRolim, Guilherme Heck,Odilon de Oliveira, Zico Fojit Ribeiro , Geisa Portelinha Coelho, José Roberto Fischborn, Simone Adriana Grings dos Santos, João Carlos Silva da Luz, Luis Soledade da Silva, Terezinha da Silva Nunes, Ana Paula Vieira Labres, Cla udia Camilo, aVnuza Rempel Bussmann, Jorge Moreira, Juarez Nunes, Luiz Antônio Machado Junior, Vera Lúcia Machado, Ueslei Goulart, Fábio Rodrigo Guaragni, Enio Silveira, Carlos Fernando Schwantes Kich, Daiane Tomazi, João Luiz Favari, Kátia Walkíria Lemos, Caroline Borges de Lemos, Suely Elisabeth Assmann Benkenstein e Haidé Ida Blos.
Expedição: Realização: FUNDAÇÃO CULTURAL GAÚCHA - MTG Coordenação Editorial:ODILA PAESE SAVARIS Edição Geral: ROGÉRIO BASTOS Projeto Gráfico: BASTOS PRODUÇÕES LTDA Diagramação e Tratamento de Imagens: LILIANE PAPPEN Revisão: Sob responsabilidade das regiões tradicionalistas Ano da Publicação: 2014 Impressão e Acabamento: Gráfica Odisséia Informações: FUNDAÇÃO CULTURAL GAÚCHA Fone: 51-3223-5194
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Ficha Catalográfica: Rio Grande do Sul. Fundação Cultural Gaúcha. Movimento Tradicionalista Gaúcho. Eu sou do Sul. Organizado por Odila Paese Savaris.Edição geral de Rogério Bastos. Porto Alegre, 2014. 208 p.: Il. 1. Tradição – Rio Grande do Sul. 2. Regionalismo – Rio Grande do Sul. 3. História – Rio Grande do Sul. 4. Geografia – Rio Grande do Sul. 5. Movimento Tradicionalista Gaúcho. I. Savaris, Odila Paese (Org.). II. Bastos, Rogério (Ed.). III. Título. CDU 39. (816.5) 981.65 918.65 Catalogação na fonte - Bibliotecária Maria Sílvia Robaina de Sousa Lessa CRB-10/665
Apre s ent aç ão 1ª Regi ão Tradi cionalis ta 2ª Regi ão Tradi cionali st a 3ª Regi ão Tradi cionali st a 4ª Regi ão Tradi cionalis ta 5ª Regi ão Tradi cionalis ta 6ª Regi ão Tradi cionali st a 7ª Regi ão Tradi cionalis ta 8ª R egi ão Tradi cionali st a 9ª Regi ão Tradi cionali st a 10ª Regi ão Tradi cionalis ta
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11ª Regi ão Tradi cionalis ta 12 ª Regi ão Tradi cionalis ta 13 ª Regi ão Tradi cionalis ta 14ª Regi ão Tradi cionalis ta 15 ª Regi ão Tradi cionalist a
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Eu sou do Sul
O tema escolhido para os festejos farroupilhas de 2014, pelo Congresso Tradicionalista Gaúcho do MTG, realizado no mês de janeiro na cidade de Porto Alegre tem o objetivo de oportunizar a que cada entidade, cada localidade ou mesmo cada cidadão possa expressar ou mostrar porque tem orgulho de ser (pertencer) ao SUL. O desenvolvimento do tema permite destacar e valorizar os diferentes aspectos da formação da sociedade gaúcha e o legado cultural de cada uma dasetnias formadoras: do índio autóctone, do ibérico europeu, do africano, do mameluco brasileiro, do imigrante açoriano, polonês, alemão, italiano etc. Nas escolas, os professores terão a oportunidade de destacar e fortalecer aspectos típicos locais ou regionais que se referiram aos hábitos e costumes da comunidade da qual são oriundos os alunos, tais como: a indumentária, a culinária, as crenças, a música, a dança, etc. Isso contribuirá para o fortalecimento do espírito de pertencimento necessário para a autoestima dos discentes. É evidente que um temário amplo como este necessita ser trabalhado no conceito da interdisciplinaridade e da transversalidade do ensino. Há necessidade de que toda a escola se envolva com o temário favorecendo o engajamento alunos. De forma prática, os alunosdos devem ser conduzidos para a realização de pesquisas e busca de informações fora da sala de aula, descobrindo e valorizando locais típicos da região, sítios históricos, as belezas naturais, além de perceber o entorno formado pela fisionomia geográfica, pelo clima, pela arquitetura urbana, etc. De grande valor é a posição do Professor como orientador para despertar o interesse dos alunos na exploração e na busca da informação e na construção do conhecimento. Há de ter ficado para trás o tempo em que o professor entrava em sala de aula com o conteúdo pronto e ditava para seus alunos, na maioria das vezes desconhecendo a capacidade de conhecimento e a bagagem cultural que as crianças traziam consigo, fruto das vivências e experiências adquiridas com outras pessoas no convívio familiar. Na função desempenhada pelo professor é fundamental a sua sensibilidade e capacidade de percepção para auxiliar o aluno a perceber, entender, se apropriar e se orgulhar da sua srcem e do seu lugar, mesmo que haja dificuldades e problemas no espaço em que vivem. Só com orgulho de si é que será possível melhorar o ambiente e construir alternativas mais adequadas para a vida em sociedade. Se houver negação ou vergonha do que se é e de onde se vem, será impossível alterar o que está incorreto e manter o que está certo. A partir da identificação de realidade, o professor deve assumir a responsabilidade de reconhecimento e engrandecimento no processo ensino aprendizagem.
Permitir a participação da criança e dos pais nesta construção, é um somatório positivo e certamente as metas e objetivos da aprendizagem serão alcançados tanto pelo professor como pelascrianças. A identidade cultural do povo gaúcho resulta da mescla das etnias formadoras. A compreensão de que brancos, negros e amarelos tem igual contribuição na formação da identidade de quem é do SUL, contribuirá para a eliminação ou minimizaçãode preconceitos e discriminaçõesque grassam no meio social. O gaúcho se expressa de formas e maneiras típicas e isso identifica a sua srcem. No entanto, cada região do estado apresenta aspectos que lhe dão um colorido próprio: a campanha, as fronteiras sul e oeste, o litoral, as missões, a serra, a região colonial. Cada uma dessas regiões e mesmo cada município terá oportunidade de mostrar tudo aquilo que faz com que tenha orgulho de dizer: EU SOU DO SUL! As características nativas, a natureza, os locais históricos, o clima frio, o vento minuano, o céu azul, a abundância de rios, as lagoas, a e Revolução Farroupilha, a saga dos imigrantes, a pujança agrícola e pecuária, o amor pela liberdade, o sotaque sulino, tudo isso, e muito mais, será motivo para desenvolver uma infinidade de iniciativas nas escolas, nos CTGs, nos desfiles temáticos, de modo a que seja mostrado tudo aquilo que contribui para o nosso orgulho de ser do SUL. Teremos, desta forma, a oportunidade de reconhecer as mais variadas manifestações e as diferentes formas de expressar o orgulho de dizer: EU SOU DO SUL! Odila Paese Savaris Pedagoga
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Texto e organi zação do capítulo : Alessandra Carvalho da Motta - diretora cultural da 1ª RT.
A 1ª RT é composta pelos municípios comércio. Possuí 17 armazéns, que são usados de Alvorada, Barra do Ribeiro, Cachoeiri- para eventos culturais, como durante alguns anos nha, Eldorado do Sul, Gravataí, Guaíba, abrigou a Feira do Livro e a Bienal. Glorinha, Mariana Pime ntel, Porto AleO Cais Mauá é uma seção do porto fluvial gre, Viamão e Sertão Santana. de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, cujas caracPorto Alegre, capital dos gaúchos possui lo- terísticas especiais o fizeram ser protegido pelos calização privilegiada, ponto estratégico dentroPatrimônios Históricos Nacional e Municipal. do MERCOSUL, é centro geográfico das princiOrgulho dos gaúchos com destaque especial, pais rotas do Cone sul, equidistante tanto de Buenos Aires e de Montevidéu, quanto de São Paulo e do Rio de Janeiro. Para quem chega em terras gaúchas, Porto Alegre é a porta de entrada para os principais atrativos turísticos da região. Fundada em 1772 por casais portugueses açorianos. Ao longo dos anos acolheu imigrantes de todo o mundo, as etnias mais expressivas, são alemães, italianos, espanhóis, africanos, poloneses e libaneses. Na capital convivem em harmonia os mais diversos credos e religiões como, católicos, judeus, muçulmanos e protestantes. ão O conjunto de tudo isso faz da nossa capital,açlg um raro espaço onde contrastes e diferenças sãouivD to:o respeitadas e até apreciadas. F A mais forte expressão geográfica de Porto Alegre é o Lago Guaíba. Dele podemos ter a me- dando boas vindas aos visitantes que chegam a lhor visão das cidades e das ilhas do Delta do Ja- Capital, está a Estátua do Laçador, ou Monumento cuí, navegando por suas águas a bordo dos bar- do Laçador, que representa o gaúcho tradicionalcos que fazem passeios a partir do Cais, da Usina mente pilchado (em trajes típicos), que teve como do Gasômetro, do Cais Mauá e praia de Ipanema. modelo o tradicionalista Paixão Cortes, tombada O lago forma 72 quilômetros de orla fluvial, emcomo patrimônio histórico em 2001. boa parte urbanizada e aproveitada para atividaSão Inúmeros os atrativos da Capital, dentre des de lazer e recreação por uma população que os tantos, a Catedral Metropolitana de Porto Alevaloriza a vida ao ar livre. As cores do pôr do sol gre, considerada cartão-postal da capital gaúcha, nas águas do Guaíba são um espetáculo imper- mais conhecida como Igreja Matriz, foi construídível e o melhor cartão-postal da cidade. da entre 1921 e 1986. O também chamado de Cais do Porto foi Em Porto Alegre destacamos a histórica a Porta de entrada para viajantes na cidade. FoiPonte da Azenha, localizada na Avenida Ipiranga também o grande responsável pelo desenvolviDilúvio. Alipilse a primeira mento que resultou na transformação da sobre batalhaodaArroio Revolução Farrou ha,travou que, mais tarde, vila em capital, devido ao seu uso para após a declaração da independência da Repúbli-
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de Viamão e Capivari estão ocupadas as terras de Lomba do Pinheiro (Anhetengua) - onde vivem 15 famílias, ainda não regularizada e com menos de 10 hectares ; Lami (Pindó Poty) - acampamento onde vivem 08 famílias em menos de dois hectares; Canta Galo (jataity) - homologada com 286 hectares e onde vivem mais de 30 famílias; Itapuã (Pindo Mirim) - não demarcada, mas que foi constituído GT pela Funai para proceder sua identificação, englobando nesta demarcação as áreas da Ponta da Formiga e Morro do Coco, cerca de 15 famílias vivem nas proximidades da terra tradicional em um assentamento de 24 hectares feito pelo Estado do Rio Grande do Sul; área da Estiva (Nhundy) - localizada nas margens da RS-040 em Águas Claras, município de Viamão, área de 7 hectares cedida pelo município e onde vivem mais de 20 famílias; ca Rio-Grandense, passaria a se chamar “Guerra Capivari (Porãi) - acampamento situado no municídos Farrapos”. pio de mesmo nome onde vivem mais de 12 famíNossa região é privilegiada pela natureza. lias; Granja Vargas (Yryapu), área adquirida pelo Em 1975, a Prefeitura Municipal de Porto AlegreEstado do Rio Grande do Sul de 43 hectares e onde criou a Reserva Biológica do Lami. Nela encontra-vivem 10 famílias. mos mata virgem e espécies cultivadas pela mão Também encontramos no município de Pordo homem. O bairro do Lami constitui-se em to Alegre, várias comunidades quilombolas. uma das poucas praias de águas fluviais (atualO Quilombo Família Silva, no Bairro Três mente limpas) do Guaíba, tornando-se uma op-Figueiras, o Quilombo do Areal, comunidade que ção de lazer para a população durante o verão. No se reconhece como legatária doPorto ArealAlegre, da Barolocal está a reserva Biológica José Lutzemberger,nesa, antigo território negro de faonde animais em risco de extinção podem ser moso por ser isolado, pelas casas de religião, pelo encontrados, dentre eles o tuco-tuco e o bugio. O carnaval de rua e por seus músicos populares. O Lami também é considerado um dos cenários doQuilombo dos Alpes, formado por cerca de 70 faturismo rural no município, devido à presença demílias que vivem nos altos do Morro dos Alpes, no inúmeras pequenas propriedades agrícolas. bairro Cascata, região da Vitória e o Quilombo A fonte de subsistência dos Guaranis e Kain-Família Fideliz, como se denomina a comunidade gangs é o artesanato (cestarias confeccionadas alocalizada na região do bairro Cidade Baixa. partir do cipó e da taquara) e o cultivo de pequeNa região do DELTA DO JACUÍ SUL, desnas roças (coleta de ervas e alimentos nos campostaca-se o município de Guaíba, região da antiga e matas da região). Há particularidades, sendo queSesmaria de Antônio Ferreira Leitão, por heranos primeiros fazem esculturas em madeira e cultiça passou para sua filha Dona Isabel Leonor, que vam espécies alimentícias, tais como batata, feijão,posterior tornar-se-ia esposa de José Gomes de milho, amendoim, cana de açúcar, abóbora e, ainVasconcelos Jardim. Conhecida pelo título “Guaída, o fumo. As tribos Charruas, além do artesanato ba Berço da Revolução Farroupilha”, que surgiu da e cultivo de espécies alimentícias, desenvolvem adécada de 1960, tornando-se oficial no ano de 2011. criação de pequenos animais. Nesta região, o município de BarNa cidade de Porto Alegre e nos municípiosra do Ribeiro que faz parte da bacia
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DA UFRCS FIGUEIRA CENTENÁRIA - ASSENTAMENTO PADRE JOSIMO. Entre as belas paisagens de Eldorado do Sul se destaca a Figueira Centenária, situada no Assentamento Padre Josimo que chama a atenção por sua exuberância e imponência.
hidrográfica do rio Camaquã e que é banhado pelas águas do lago Guaíba, possui importantes pontos turísticos, a Praia Canto das Mulatas, bal- o ã neário ao Sul da sede do município, com areiasçgal finas e limpas, numa extensão de cerca de 1 Kmuiv:D de comprimento por 80 metros de largura. BarratoFo do Ribeiro fazia parte do município de Porto AleEm Cachoeirinha o Horto Municipal é um gre, surgiu em 1959. O povoamento iniciou-se 1800. O município tem esse nome devido ao encontroorgulho para a Região. Grande berçário de esdo Arroio Ribeiro com o Rio Guaíba, é conside- pécimes vegetais, fundado em 1989, abriga mais rado uma ilha e não península por ser cercado de 50 mil mudas de 480 espécies diferentes de de águade porAntónio todos osAlves lagos. Teve srcem na char- ornamentais, plantas nativas, frutíferas, sendo algumasexóticas, já raras medicinais na natureza.e queada Guimarães. O município de Eldorado do Sul em sua ori- Além do berçário de plantas, o Horto promove atigem já servia de balneário turístico à população vidades de educação ambiental e conscientização de Porto Alegre e de porto para os barcos queecológica, com a visita de grupos de estudantes, iam para a Capital, como meio de transporte.professores e funcionários de empresas. No muSua ocupação iniciou por estancieiros açorianosnicípio o Parque Doutor Tancredo Neves, é uma pertencentes ao grupo pioneiro de Jerônimo deunidade de conservação da natureza, com área Ornellas, na metade do Século, integra a área dede aproximadamente 18 hectares. Merece destapreservação ambiental do Delta do Jacuí e é pri-que a Casa do leite, que é um espaço museológico vilegiado com a paisagem exuberante das mar-com funções de pesquisa, preservação, gestão e gens do Rio Jacuí e Lago Guaíba, apresentandocomunicação do patrimônio histórico, da memóuma vocação natural para o turismo. A área é ria e da história de Cachoeirinha. Gravataí, fundada em 08 de Abril de 1763, integrada por diversas fazendas, pousadas, sítios e parques voltados para o turismo rural. Algunsé um município integrante da Região Metropolirecantos de Eldorado do Sul: PRAIA SANSSOUCI,tana de Porto Alegre. Até o final do Século XIX, TÚNEL VERDE DO BOM RETIRO, CAPELA SÃO a grafia correta para o nome do município era PEDRO, A F BRICA DE PAPEL PEDRAS “Gravatahy” que pode ser traduzido como “Rio das BRANCAS, ESTAÇÃO AGRONÔMICA Gravatas” Conta com vinte e duas praças arbori-
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zadas, muitas com espécies nativas. Porém três afluentes (Rios Jacuí, Caí, Taquari, Gravataí e dos delas são reconhecidas como atrativos turísticos: Sinos), que formam a imagem de uma mão espalO Parque Jayme Caetano Braum, O Parcão da 79mada, daí surge a frase “ Vi a Mão”. Há inúmeros e o Parque Pampas Safári, considerado o maioratrativos turísticos na região, especialmente o Parque Estadual de Itapuã, nesse refúgio ecolóparque da América do Sul. A Igreja Matriz Nossa Senhora dos Anjos, gico foram descobertos, em 1993, pela equipe de é o principal monumento histórico do município,Sérgio Baptista da Silva, 12 sítios arqueológicos contribui também como atrativo turístico da cida-guaranis, além de cinco pré-históricos e um sítio de de Gravataí, sua construção iniciou no ano de misto. Neste município está a Igreja Matriz Nos1772, e traz o estilo Barroco Português procedente da época em sua arquitetura. Construída nove sa Senhora da Conceição, segunda mais antiga anos depois da fundação da cidade, que então erado estado, sua construção iniciou em 1767, tena conhecida “Aldeia dos Anjos”. Cidade colonizadado sido celebrada sua primeira missa em 1770. por Açorianos, a religiosidade tem grande valorA construção de estilo barroco assemelha-se a para seus moradores. Lá está a CAERGS - Casauma fortificação, reflexo do período de disputas dos Açorianos do Rio Grande do Sul Localizadana fronteira entre os territórios português e esno Casarão dos Fonseca que foi tombado Peio patrimônio Histórico de Gravataí na tarde do dia 17 de Setembro de 2005. O município de Glorinha, antes conhecido como, Passo Grande, Rua da Glorinha, Vila da Glorinha e Nossa Senhora da Glorinha. Fundada em 04 de março de 1988. Destacam-se turisticamente a Fazenda Fruto d’agua, o Parque Municipal de Eventos “Lídio da Silva Peixoto” e a Igreja Nossa Senhora da Glória localizado na região norteMariana da SerraPimentel do Erval.está Reduto de imigrantes europeus, pois remonta uma colônia fundada pelo governo provincial para a fixação de imigrantes, para onde vieram, primeiramente, poloneses e a partir de 1874, colonos italianos e alemães, que cultivaram lavouras. Oferece belezas naturais, váo rias trilhas aos seus visitantes e moradores, essas çãga trilhas são as principais atrações turísticas da ulivD : cidade. too F Alvorada nasceu como município de Viamão, com a denominação de Passo do Feijó, empanhol na América do Sul. Destacamos ainda a 1952. Em 17 de Setembro de 1965, a Lei Estadual Fonte da Paciência, que tem esse nome em homen° 5026, garantiu a emancipação política de Pas- nagem a uma escrava sempre presente no local, so do Feijó, que passou a chamar-se Alvorada. “Asegundo Adônis dos Santos, fora conhecida antes como “Fonte do Beco do Pinheiro. Servia ao abasCAPITAL DA SOLIDARIEDADE”. Viamão tem várias versões sobre a srcem tecimento de água potável na Vila de Viamão. O do seu nome, a mais conhecida é a de que, a cer- registro mais antigo a respeito destas ta altura do Rio Guaíba, pode-se avistar cinco fontes, Bicas e Paciência, é o documen-
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to da Câmera Provincial datado de 1768, que manda construir benfeitorias em ambos locais com finalidades sanitárias. Neste município está o Largo das Trincheiras de Tarumã, onde ainda se encontra vestígios das trincheiras utilizadas pelos Farrapos. Servindo de refúgio para as tropas de Bento Gonçalves e Onofre Pires. No ano de 1935 foi implantado no local um monumento em homenagem aos heróis farroupilhas. Sertão Santana já teve outras denominações, todas semelhantes a atual, srcinada da pronuncia “SanfaAna do Sertão”. Predomina nesse município a cultura do fumo, bem como o plantio de arroz. Fotos: Divulgação
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Texto e organi zação do capítulo : Renata de Cássia Pletz - diretora cultural da 2ª RT graduada em letras e literaturas de língua portuguesa;especialista em educação e contemporaneidade.
Localizada às margens da con- giões pela Depressão Central, o município de São fluência dos Rios Taquari e Jacuí, a 2ª Jerônimo pertencia a Triunfo, do qual foi emanciRegião Tradicionalista é composta pelospado em 1861, mais recentemente dando srcem municípios de Vale Verde, General Câ-aos municípios de Charqueadas, Arroio dos Ratos, mara, São Jerônimo, Charqueadas, Ar-Butiá, Minas do Leão e Barão do Triunfo. roio dos Ratos, Butiá, Minas do Leão e Barão doreita As Charqueadas localizadas à margem Triunfo. do Jacuí dão o nome ao município que alidi-se F ot encontra e já chamavam a atenção de Saint’Hilaire o: D iv em seus diários de viagem, da obra “Voyage à Rio u lg aç Grande do Sul” quando por aqui passou excurão sionando no século XIX : “...descendo o rio Jacuí, cruzou diante da aldeia de Santo Amaro, da Freguesia Nova (Triunfo), de diversas charqueadas, da Ilha do Fanfa (medindo uma légua) e da Ilha Rasa (habitada). Após ter recebido o Taquari, o rio Jacuí tornou-se bem mais longo, talvez tão largo quanto o Loire diante de Orléans” ( in “Rio Grande do Sul, prazer em conhecê-lo”. LESSA, Luiz Carlos Barbosa – Porto Alegre, AGE, 2000).
De colonização basicamente Açoriana, Santo Amaro do Sul, distrito do município de General Câmara, possui a terceira igreja mais antiga do estado do Rio Grande do Sul, construída em 1787. A igreja de Santo Amaro representava a presença dos portugueses na divisa de seu império com o império espanhol no século XVIII e também a preocupação dos primeiros habitantes com suao fé. Sua construção envolveu grande parte da co-ãçlga munidade pretérita e seus esforços estão regis-uivD trados pelos mais de duzentos anos que a igreja:toFo possui (conforme imagem da capa do capítulo). Conhecido à época por “Passo das Tropas”, A região está em grande ascensão induspor, segundo a tradição oral, ser o melhor e mais trial, porém sua economia ainda é basicamente adequado local para a travessia do volumoso cur-agro pastoril. Destacam- se o cultivo de arroz, so de águas, pela junção dos dois rios – Jacuí e milho, fumo, uva e melancia e a criação de boviTaquari – dividindo o estado em duas re- nos e ovinos, principalmente na região da “serra”,
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como é conhecida a zona rural dos municípios A exploração das jazidas de carvão trouxe que compõem a região. Destaque para a “Festa grande desenvolvimento à região a partir do séda Uva” e para a “Festa da Melancia” nos municí- culo XX, já que 85% do carvão mineral existente pios de Barão do Triunfo e Arroio dos Ratos, res-no país aqui se localizavam. Fato que fez com que pectivamente. os municípios recebessem um grande número de trabalhadores, oriundos das mais diversas loF too s: calidades do país e até mesmo do exterior para D iv u suprir a mão-de-obra necessária para a construlg aç ção das minas de exploração, desde sua concepão ção até o trabalho braçal propriamente dito. Embora sua raiz seja açoriana, a região sofreu grande miscigenação devido à exploração do “ouro negro”, como por aqui ficou conhecido o carvão mineral que abastecia grande parte das usinas termelétricas do estado, inclusive a Usina do Gasômetro em Porto Alegre. Motivo de orgulho que dá nome à Região Carbonífera. Encontra-se no município de Arroio dos Ratos o Museu Estadual do Carvão que passa por uma nova fase, onde serão realizados o restauro dos prédios com o intuito de transformá-lo em um centro cultural multifacetado, com diversas ações culturais disponíveis às comunidades através de exposições, cinema, auditório, teatro, arquivo histórico, espaços para oficinas culturais, etc. O complexo do Museu Estadual do Carvão é resAs belezas naturaisdodos distritosde Quitéria e museológico ponsável pelae salvaguarda importante acervo Morrinhos, no interior município São Jerôarquivístico de composto por ferranimo, bem como do município de Barão do Triun-mentas utilizadas nas minas, além de fotos, livros, fo, “ao pé da Serra do Sudeste”, são um grande documentos, obras de arte, mapas, entre outros, atrativo turístico da 2ª Região Tradicionalista. que registram a história das minas de carvão e F ot o s: D iv u lg aç ão
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dos trabalhadores, especialmente dos mineiros. Considerada o berço do Tradicionalismo, a 2ª Além de tratar-se de um depositário da histó- Região é a terra de ninguém menos que Glaucus ria da mineração gaúcha, o Museu Estadual doSaraiva, um dos fundadores do Movimento, autor Carvão atua como um espaço de acolhida e pro-da nomenclatura simbólica do tradicionalismo, moção das diferentes linguagens da cultura dacélebre autor da poesia “Chimarrão” e redator da Região Carbonífera do Baixo Jacuí. “Carta de Princípios”, um dos documentos basilaNo município de Charqueadas, localiza-se o res do Movimento Tradicionalista Gaúcho e o mais “Memorial ao Mineiro”, um espaço cultural aber-importante para a fixação da ideologia e dos comto à visitação pública dedicado a uma importantepromissos tradicionalistas. Em São Jerônimo loparte da história da região e destinado a resgatar caliza-se o Quero-quero CTG, um dos CTG’s mais documentos e objetos relativos à mineração. antigos do estado, fundado em 1954 por Glaucus e F ot o seus precursores companheiros. s: D iv u lg aç ão
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Orgulha-se ainda nossa região por ter visto nascer muitos outros talentos, dentre eles o escritor que tanto fez pelo enaltecimento da cultura gaúcha, Walter Spalding. Renomado historiador, membro da Academia Rio-grandense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e do Instituto Brasileiro de Genealogia.
Spalding foi o organizador do Pavilhão Cultural da Exposição Comemorativa do Centenário da Revolução Farroupilha em Porto Alegre em 1935 e homenageado como patrono da Feira do Livro de Porto Alegre em 1978. Estão entre suas principais obras: “A Epopeia Farroupilha”, “A Invasão Paraguaia no Brasil”, “Construtores do Rio Grande”, “Farrapos!”, “Revolução Farroupilha”, “Manuscrito Nacional” e “Pequena História de Porto Alegre”. Contribuiu ainda com diversas publicações de história e folclore, nacionais e estrangeiras. E também Josué Guimarães, um dos mais célebres escritores da história recente do Rio Grande e um dos mais influentes e importantes do país. Exerceu várias funções, entre elas as de repórter e jornalista, sendo inclusive correspondente internacional. Autor de “Os ladrões”, “A ferro e fogo I (Tempo de Guerra), “A ferro e fogo II (Tempo de solidão), “Depois do Último Trem”, “Os tambores silenciosos”, “É tarde para saber”, “Dona Anja”, “Enquanto a noite não chega”, “Camilo Mortágua” e “Amor de Perdição”, entre outras. Retratou com excelência a história do Rio Grande do Sul e consagrou-se por desenvolver com maestria o estilo “fantástico maravilhoso” em algumas de suas obras. Juliano Javoski, reconhecido intérprete e compositor gaúcho, ressalta o orgulho e resume a importância de aqui ter nascido, bem como a influência da Região Carbonífera em sua obra: “Estamos vivendo um momento cultural onde se evidencia os hábitos interioranos da lida de campo, das tropeadas, das domas, do cavalo, etc. e, nas horas de folga, o mate, a prosa, o assado, a bailanta dos fins de semana. Enfim, o trabalho aliado ao lazer. Acontece que, talvez por um certo bairrismo de seus propagadores, estão atribuind o a estes aspectos uma srcem ou prática apenas ronteiriça f e missioneira. Um grande equívoco, pois há registros de que em nossa região essas práticas sempre estiveram presentes. Haja vista, em apenas um exemplo, a localidade de São Jerônimo, à beira do Jacuí, que lá nos primórdios, foi chamada de Passo das Tropas, devido ao fluxo de gado na região onde está situada. Temos por aqui também a srcem açoriana, presente no casario mais antigo (bem preservado em sua maioria) e, claro, mais presente do que
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nunca, uma riqueza imensurável chamada carvão, elemento responsável por uma enorme migração étnica e cultural para a nossa região. Ele é considerado ouro negro, energia que move e “alumbra” quase que metade do nosso Estado. E neste contexto todo, me vejo como um protagonista atuante em todos os lados ou segmentos, pois sou descendente de eslavos por parte de pai (meu pai foi mineiro) e “pêlo-duro” por parte de mãe (minha mãe se criou no campo). Tenho orgulho, sim, em ser desta região. Desta terra de várias cores: colorada, preta, acinzentada... Um mosaico de raças e culturas tão diferentes, que se tornaram tão iguais. Eu canto outras terras também, talvez por me reencontrar com almas musiqueiras, antepassadas minhas, que me orientaram e me disseram que a arte não tem fronteiras... Mas quando canto a minha terra, aí sim, é que sou universal.
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Texto e organi zação do capítulo: Maria Verônica da Costa Oliveira, Tanise Leal de Mello e Aricia Costa de Oliveira
Das sete catedrais, do soar dos sete São Nicolau, São Luiz Gonzaga, São Lourenço, São sinos dos povoados missioneiros, brotados Miguel, São João e Santo Ângelo, locais que esconna terra vermelha, nasceu uma culturadem mistérios, segredos, são uma verdadeira viasingular, plasmada por uma história de co- gem no tempo, a oportunidade de poder reviver a ragem, bravura, sofrimentos e glorias do povo saga dos padres jesuítas da Companhia de Jesus, guarani. guaranishoje queaviveram nestas plagas.de cereais E neste chão abençoado, tisnado com o san- e dosEmbora 3ª RT seja produtora gue de bravos guerreiro situa-se a 3ª Região Tracomo arroz, soja e milho dentre outros, possui dicionalista, a região Missioneira, do nosso Movi-atualmente, também um polo industrial significamento Tradicionalista Gaúcho composta por 41tivo como é o caso da região de Santa Rosa, Santo municípios, sendo uma das mais extensas do rioÂngelo bem como áreas de beneficiamento de argrande, pois começa em Itaqui e estende-se até Turoz, óleo de soja, mas em seus tempos áureos foi cunduva tendo um território de mais ou menos 380 uma região extremamente ligada a área pastoril, Km para ser cruzado. quando aconteceu a introdução do gado, realizada A nossa região margeia as barrancas do ve- em 1634 pelo padre Cristobal de Mendonza, gado lho Rio Uruguai, vindo daí o embalo característicoeste utilizado como fonte de alimentação para os e singular de nossas canções, vindo daí a inspira-povoados missioneiros e depois da decadência ção de muitos de nossos poetas, em este mesmodas missões serviu de fonte econômica para o Rio rio faz nossas divisas com a Argentina, divisas es-Grande do Sul . sas que muitas e muitas vezes foram defendidas Hoje a região Missioneira é conhecida no aspela bravura dos gaúchos das missões, que de lan-pecto cultural e artístico visto que exporta para ouça firme na mão defenderam nosso torrão. tras paragens ícones da musica Regionalista e NatiA região Missioneira como é conhecida no vista, que possui um estilo musical e poético impar, meio tradicionalista, tem como atrativo principal denominado de música missioneira, estilo esse nasos SETE POVOS DAS MISSÕES, que São Borja, cido da inspiração dos Quatro Troncos Missioneiros: F Jayme Caetano Brau, Pedro Ortaça, Noel Guarani e ot :oD Cenair Maicá. E bebendo da mesma fonte vieram iv u lg muitos outros que levam o nome e estilo missioneiro aç ão de cantar e compor além fronteiras. Compõem a região missioneira as seguintes cidades: SÃO BORJA É conhecida comoa “Terra dos Presidentes”, estas são as lembranças na memória coletiva sobre a história de São Borja ou seja os ex presidentes da Republica Getúlio Dorneles Vargas e João Belchior Marques. São Borja dos destaca-se na arte musical a partir da fundação “Angueras” grupo amador de arte,fundado pelo saudoso Aparício Silva Rillo
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e José Lewis Bicca, festivais como “A Barranca”,dição do bolo frito e café produzido na cambona “Ronda de São Pedro “ e de ter museus do Getu-como era feito antigamente. lio Vargas e Jango Goulart e alem disso conta com SÃO MIGUEL DAS MISSÕES um pôr de sol maravilhoso do Rio Uruguai. Localiza-se o sitio arqueológico de São Miguel Arcanjo, onde estão as ruínas jesuíticas das SÃO LUIZ GONZAGA, antigas redução de São Miguel Arcanjo,foram deCapital Estadual da Música Missioneira, terra clarados patrimônio mundial pela UNESCO em do Jaime Caetano Braun, pajador e poeta, tem na entrada da cidade uma estatua em sua homena-1983, o sitio arqueológico conta com o museu das gem, no interior do município o sitio arq ueológico missões que abriga estátuas de imagens sacras feitas pelos índios guaranis. de São Lourenço . Também é cria desta plaga, Pedro Ortaça, um dos principais representantes na atualidade da música missioneira. SANTO ÂNGELO Cidade históricacatedral Missioneira de uma beleza impar, local onde os evento os culturais geralmente são feitos, alem dos festivais de musicas nativistas como o “Canto Missioneiro”. SANTA ROSA F ot o: D iv u lg aç ão ãoç a g l vu i :D too F
ENTRE-IJUÍS Local onde situa-se o sitio arqueológico de São João Batista um dos mais importantes pois foi a 1ª fundição de ferro do Brasil da qual ainda restam vestígios, local onde nasceu Tio Bilia nas terras da ocalidad l e da serra de cima, reconhecido cantor e compositor e gaiteiro nativista “ O rei dos É considerado o berço nacional da soja, temoito baixos” . festival Sul Americano de musica nativista “Musi- CAIBATÉ canto” tem também Festival “Santa Rosa em Dan- Município chamado “Terra dos Mártires” porque em Caaró terra do atual município de Caibaté ça”, “Canto Livre” festival estudantil da canção, tem , os padres jesuítas Roque Gonzales , Afonso Romuseu da apresentadora “Xuxa Menegel”. drigues e Juan Del Castillo foram trucidados por SÃO NICOLAU Um dos sete povos, ainda guarda algumas um grupo de nativos contrários a evangelização
edificações dos tempos dos jesuítas, tem evento fa- cristã peloum cacique Nheçu no localliderado foi erguido santuário em líder honraguarani, aos moso pela hospitalidade que é tradicional “Café de jesuítas Mártires . Cambona” com objetivo de resgatar e manter a tra-
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GIRUÁ PORTO LUCENA, PORTO XAVIER, PORTO Seu nome é ref erencia aos frutos de cachos MAUÃ, PORTO VERA CRUZ dourados o “Butiá” símbolo do município leva o ti- São municípios que são banhados pelas tulo de capital da produtividade por ser o maior águas do rio Uruguai,tem fronteira fluvial com a produtor de linhaça do RGS, 3º maior produtor de Argentina, são lindas as paisagens formadas pelo girassol, , 4º maior produtor de trigo do Brasil e 8ºrio Uruguai, no porto Vera Cruz atrativo natural é maior produtor de soja do RS. o Salto do Roncador que é uma cachoeira que devido ao barulho das quedas das águas que é mais TUPARENDI Destaca-se por ter um céu azul de beleza intenso no inverno,tem ainda paredão das pedras proporciona vista deslumbrante do Rio Uruguai. impar , já foi chamado de “Fronteira da Amizade” por ter características no seu povo de amizade eSETE DE SETEMBRO hospitalidade. Margeada pelo rio comandai onde suas margens são ideais para trilhas ecológicas tem tamCERRO LARGO Colonização alemã famosa por sua festa debém a cachoeira das pedras, localizada na linha eita para Kerb, possui no município um campus da Univer-do meio, e a cascata do Tatu que é perf pratica de Cascading e trilhas ecológicas. sidade Federal da Fronteira Sul. ITAQUI SANTO CRISTO Tem um dos mais antigo Teatros da AmeriTem colonização alemã, possui um grupo ca do Sul, oteatro PREZEWODOWSKI, tem festival de danças folclóricas a sua festa alemã é tradicional na região noroeste, tem como ponto turísticoteatro amador, o festival do Canto Farrapo e da Cao Parque Aquatico e hotel fazenda para turis mo silha do Porto e o dança comigo Itaqui. rural. EUGENIO DE CASTRO Cidade que chegou Eugenio de Castro e sua TUCUANDUVA Origem italiana tem projeto turístico desen-família por isso leva seu nome. volvido pelo Rota do Rio Uruguai que reúne 21 muCATUIPE nicipios localizados entre as ruínas de São Miguel Terra das água minerais. e o Salto do Yucumã é conhecido como capital da CAMPINA DAS MISSÕES lavoura mecanizada. Colonizada por alemãs e russos conta com GUARANI DAS MISSÕES um grupo de danças folclóricas“TROYKA” é manFoi colonizada por imigrantes poloneses sen- tido pela associação cultural russa, divulga os usos do conhecida como a “Capital Polonesa dos gaú-e costumes e tradições, enfim danças alegres e vichos”. brantes do fascinante folclore russo. SENADOR SALGADO FILHO PIRAPÓ Colonizado por alemães ,suecos, russos e Imigração alemã ,tem como legado cultural a austriacos,o municipio tem como característica as igreja em estilo gótico e a casa canônica com bepequenas propriedades rurais. los adereços e a casa de cultura em estilo enxamel germânico. SÃO PEDRO DO BUTIÁ Colonizada por alemãos tem uma estatua de CANDIDO GODOI 30metros conhecida como “O Monumento a São É conhecida como a capital brasileira dos gêPedro”, dentro da estatua há uma capela com meos univitelinos.
uma cruzCentro missioneira de 10 metros de altura, também Germânico Missioneiro que étem umBOSSOROCA Terra natal do compositor e cantor do Noel complexo de 4 casas em estilo alemão. Guarani .
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ROQUE GONZALES comunidade de São Borja, na atualidade, é referiTem como ponto turístico o Salto do Pirapóda pelos brasileiros como “Terra dos Presidentes” e como uma das belezas naturais da região, a usinapelos seus munícipes, como “Terra de Valor”. Estas elétrica de Pirapó faz parte da historia do lugar, são as lembranças na memória coletiva, entre os onde hoje o local dispõem 2 áreas de acampamen-muitos flashes sobre a história brasileira, porque to sendo que uma delas permite aos visitantes basão dois são-borjenses ilustres, ou seja, os ex-prenhos de rio, local ideal para explorar fauna e flora sidentes da República, Getúlio Dornelles Vargas e do rio Ijuí. João Belchior Marques Goulart, os quais tiveram Esta é a história da terra missioneira, umapapéis marcantes na história do país no século história cheia mistérios, lutas, sacrifício, supera-XX. Por outro lado, especialmente na comunidade ções uma história que merece ser relembrada,gaúcha, e de modo especial na região das antigas contada e revivida, A história das missões é umaMissões Jesuíticas da América do Sul, São Borja das raízes culturais do Rio Grande do Sul, onde seé distinguida como um dos Sete Povos espanhóis delineou os primeiros traços do povo gaúcho. Que do século XVII. Distinção esta que avança pelos sétem como símbolo a Cruz missioneira, a Cruz deculos XVIII e XIX, trazendo uma marca indelével dois braços e na alma de seu povo,um canto sin-nesta significação histórica. cero de amor pela vida, o orgulho sincero dos seus Com a proclamação da República, São Borja ancestrais, porque este povo traz em seu peito pormais uma vez nafase de transição,agora adentrava ser missioneiro uma história na estampa. E emna etapa política republicana do Brasil, mantendonome disso afirma que tem muito orgulho de ser -se como referência estratégica da fronteira merigaúcho e missioneiro. dional do país, mas já estruturada como cidade de população expressiva e detentora de equipamentos urbanos que a equivaliam a outras de seu porte. São Borja destacou-se sempre nos episódios político-guerreiros de formação da nacionalidade. Dentre seus filhos mais eminentes é justo
São Borja – Uma das mais significativas hi stórias da
destacar-se: Apparício Mariense da Silva, Coronel da Guarda Na cional, jornalista e político de re nome nacional, autor da célebre Moção Plebiscitária São Borja, sob a invocação de São Franciscode 13 de janeiro de 1888; Doutor Getúlio Dornelles de Borja, foi fundada em 1682, segundo alguns historiadores, que apontam este ano como sendo o da fundação histórica, mas outros tem como ano de fundação o de 1687, quando foi oficialmente instalado, passando ater livros próprios de assentamentos, o que antes eram feitos nos livros da redução de srcem. Seu fundador o jesuíta Francisco Garcia de Prada, na 2ª fase reducional da Companhia de Jesus, à margem esquerda do Rio Uruguai, quase fronteira à Redução de Santo Tomé/RA. Constituiu-se no primeiro dos Sete Povos a ser organizado após a primeira fase das Missões Orientais,oã derrocada pela invasão dos bandeirantes, que açlgvuas i destruíram completamente. D : “Neste contexto de fronteiras internacionaisootF a Ramão Aguilar (*) América Latina
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Vargas, político de fino trato e larga visão que galgou todas as posições da vida pública brasil eira: Deputado Estadual, Deputado Federal, Ministro da Fazenda, Governad or do estado do Rio Grande od Sul e, finalmente, Presidente da República. Derrubado em 1945, voltou à presidência em 1950, pelo voto popular, suicidando-se tragicamente em 24 de agosto de 1954 e, dos mais atuais, Dr. João Belchior Marques Goulart (Jango) – sucessor político do Presidente Vargas: Foi Deputado Estadual e Fede ral, Ministro do Trabalho, duas vezes vice- presidente da República e Presidente, quando foi deposto em 1964, pelo golpe militar. Faleceu no exílio a 6 de dezembro de 1976, em Missiones, na República Argentina, onde se dedicava a pecuária e a agricultura. São Borja destaca-se na arte musical a partir da fundação de “Os Angueras – Grupo Amador de Arte, pelos saudosos Apparício Silva Rillo e José Lewis Bicca entre outros, com o tema de Cantigas de Rio e Remo e o Missioneiro, somando-seaos Troncos Missioneiros, ou seja, Noel Guara ny, Cenair Maica, Pedro Ortaça e Jayme Caetano Braun. Diz o escritor Israel Lopes, em seu Livro Pedro Raymundo e o Canto Monarca, uma História daMúsica Regionalista, Nativista e Missioneira, p.179: - “Um defensor dessa integração cultural com os países do Cone Sul que se manifestou e fez um estudo esclarecedor sobre a Música Missioneira ou Ritmos de Fronteiras, foi o saudoso poeta e folclorista Apparício Silva Rillo que publicou “Fronteiras e Intercâmbio Cultural”, na Revista Nativismo, de dezembro de 1982”.
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Texto e organi zação do capítulo : Prof. Gilda Guterres - diretora cultural da 4ª RT
Os municípios que compõem a 4ª Região Tradicionalista Alegrete, Barra do Quaraí, Quaraí e Uruguaiana tem a personalidade de campeadores, acostumados a olharem à distancia mostrando o queextremidade há de melhormeridional nesta terra. na doEstamos Brasil nalocalizados fronteira oeste do Rio Grande do Sul, denominada zona de Campanha Ocidental marcado pelos ventos Minuano e Pampeano, destacando as coxilhas, banhados pelo rio Uruguai, Quaraí e Ibirapuitã com oã ç descendência dos índios, negros, portugueses eaulg espanhóis que um dia pertenceram as MissõesivDo: otF Jesuíticas de Yapejú. Hoje quando se comemora a Semana Farroupilha na região, se presta uma nas margens do Arroio Inhanduí, conhecido como homenagem a esse tipo estranho que se projetou do “Povoado dos Aparecidos. Hoje este lugar com uma cultura única, o gaúcho fronteiriço gente e é ponto turístico de Alegrete com a denominação para marcar a tradição destes pagos, encontra-se na localidade daharmonia,Triângulo Territorial de “Capela Queimada do Inhanduí”. Mais tarde as na rodovia Oswaldo Aranha, BR 290, o “Marco dasmargens do rio Ibirapuitã (arroio da madeira vermelha) surge Alegrete das cercas de pedra que Três Divisas”, monumento construído, com o lema “Na região das três divisas cultuamos a tradição, ovíncia contornam as Ped coxilhas, oitavo de município de São ro em ordem criação da e oprocivismo e a honra”. Aqui na região o povo oferece maior município em extensão territorial, floresceu a hospitalidade e o jeito gaúcho de ser, encantando todos que passam por este pedaço de chão comem propriedades com doações de sesmarias para militares guerreiros, pois possuía campos ricos e seus rios, museus, igrejas e uma infinidade de lugares bonitos e uma das maiores gastronomia iden-próprios para os pastoreios. No período de 1842 a 1845, tornou-se a 3ª Capital da República Sul-riotificando o autentico gaúcho com o churrasco de chão temperado apenas com sal grosso, os causos-grandense sendo aqui redigida a 1ª constituição Republicana do Brasil. Foi no Alegrete que os farcantados ao pé do fogo, o mate amargo, o rodeio roupilhas planejaram a construção de um porto e o fandando que nos enche de orgulho de tantas belezas naturais, culturais e históricas que vamospara atender seus interesses comerciais, surgindo assim Uruguaiana. contar num breve relato. Este pago sempre esteve alerta na defesa dos O nome do município de Alegrete significa interesses do Brasil, participando da revolução de pequeno canteiro de flores, designação provinda de Dom Luiz Telles da Silva Caminha e Menezes1893 na maior batalha campal da Revolução Federalista,a “Batalha do Inhanduí” e em 1923, novamen- 5º Marques de Alegrete e 2º Comandante geral da Capitania de São Pedro, fundador do município, te palco no combate da “Ponte do Ibirapuitã” entre que surgiu de um acampamento militaras forças Maragatas de Honório Lemes e as forças governistas, os chimangos de Flores da Cunha.
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É em Alegrete também que se encontra o jornal mais antigo do RioGrande do Sul e o 3º do Brasil ainda em circulação, o Jornal Gazeta de Alegrete fundado pelo Barão do Ibirocai, em 1882. E para nosso orgulho, no dia 20 de setembro registramos um dos mais srcinais eventos de manifestação cultural do País, o desfile de cavalarianos, o maior do mundo (conforme Guiness Book). São mais de oito mil cavalarianos de dezessete entidades tradicionalistas com seus piquetes. Esse respeito e cuidado que os alegretenses manifestam pelas suas raízes iniciais começou em 1954, com o Centroãoaç lg Farroupilha de Tradições Gaúchas e foi crescendo vu i conforme foram surgindo as entidades que são: :D too F Centro Farroupilha de Tradições Gaúchas - o Pioneiro da cidade, CTG Aconchego dos Caranchos, xador, Ministro das Relações Exteriores, Presidente CTG Vaqueanos da Fronteira, CTG Capela Queimada ONU e criador do Estado de Israel o Museu de da, CTG Lanceiros de Canabarro, CTG Sentinela do Arqueologia e Artes Dr. José Pinto Bicca de MedeiIbicui, CTG Tradição do Rio Grande, CTG Querênros – MAARA, criado a partir da doação do procia Charrua, CTG Oswaldo Aranha, CTG Honório prietário, que manteve seu nome, à Fundação EduLemes, CTG Nico Dorneles, CTG Quero-Quero,cacional de Alegrete, instituição mantenedora dos CTG Amizade de Vasco Alves, Grupo Nativista Ibicursos Superiores da cidade, também a memória rapuitã, DTG Clube Juventude, DTG Emilio Zuñeda, de Alegrete e a Identidade do Gaúcho no Museu do DTG Estradeiros. Gaúcho e no Centro de Pesquisas e DocumentaOutro destaque do município é o agrupamen-ção de Alegrete- CEPAL no Largo da Viação Férto de afro descendentes de escravos que migraram rea se registra a História natural como vegetais, durante o processo de desmante lame nto do regime minerais, paleontologia e arqueologia. escravagista e ocuparam uma área a 60 km daanimais, O Museu Marciano Rodrigues Jaques, localisede do município no 2º Sub Distrito. Desde 2004zado no CTG Oswaldo Aranha, na zona rural do o Governo Estadual e Federal aprovou a autenticimunicípio, possui acervo com aproximadamente dade do grupo Remanescentes de Quilombolas cem e peças da cultura gaúcha, bem como no Muforam incluídos no Programa RS Rurais Quilomseu Coronel Vasco Alves que está contido na Fabolas. Hoje sobrevivem de trabalhos em estâncias zenda Progresso, zona rural de Alegrete o sítio locais, e também de renda do Centro de Artesahistórico da Sanga da Batalha ocorrida durante a nato Raimundo Ferreira Ramos a Associação deRevolução Federalista. E tantos outros museus como Quilombolas do Angico e recebem assessoria dados Esportes João Saldanha, demonstrando as glóEMATER. rias do futebol alegretense no Estádio Farroupilha Dentre tantos pontos turísticos de Alegreteda cidade. Museu Mário Quintana, ilustre poeta que registram o motivo do nosso orgulho, destaca-Alegretense no interior do espaço expo gráfico do mos também o Museu Histórico Oswaldo Aranha,MAQUI e da Pinacoteca Mário Quintana. Museu uma das mais tradicionais casas de memória daFazenda da Cascata, na zona rural, que guarda obnossa região. O museu se encontra na casa ondejetos campeiros e domésticos pertencentes à famínasceu Oswaldo Aranha. Foi Intendente Municipal, lia Dorneles Fernandes desde o final do século XIX. Deputado Federal, Secretario do Interior e Justiça, Museu Marechal José de Abreu, localizaMinistro da Justiça, Ministro da Fazendo, Embai-
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do no prédio do 6º Regimento de Cavalaria Blindafoi inaugurada em 1947 pelos presidentes, Eurico do, mostrando a colaboração do Marechal e Museu Gaspar Dutra do Brasil e Juan Domingo Perón da Histórico Marechal Enéas Galvão, com a história da Argentina, contando com a presença da Primeira vida militar. Todos estes museus abertos ao público Dama Argentina Evita Perón. preservando a tradição destes pagos. Todos os anos em setembro são realizados ceOutro município da região é Uruguaiana rimônias de preservação a memória histórica da que vem do nome da Padroeira Santa Ana e do RioRetomada de Uruguaiana no local onde as tropas Uruguai, “Filha dos Farrapos”, registra sua históriaparaguaias se instalaram para combater os soldaa partir de sua fundação em 1843, dentro de umdos da Tríplice Aliança. E para marcar este fato foi período conturbado, decorrente da Revolução Farerguido o Obelisco do Centenário em 1965. A soleniroupilha tendo a primeira Capela na vila Santana dade é realizada pelo Exército Brasileiro e comunido Uruguai,inaugurada em 1861, hoje Igreja Matriz, dade em homenagem aos personagens que fazem a Catedral de Sant’Ana em estilo neo-romano, posparte da história do município. Em 18 de setembro sui em seu interior uma cripta ond e descansam os de 2015 serão realizados os festejos de 150 anos da restos mortais de seu primeiro e terceiro bispo. A Retomada de Uruguaiana. cidade teve sua área urbana projetada e sua locali- Entre tantos prédios, monumentos, obeliscos, zação estrategicamente escolhida. Com calçadas que revelam a história encontram-se o Centro e ruas amplas, foi a primeira cidade brasileira com Cultural Dr. Pedro Marini, onde foi instalado o priessa característica de planejamento, um diferenmeiro elevador e a primeira calefação interna da cial em comparação às outras cidades. Uruguaia-cidade. Hoje funcionam museus como de Arte Dina faz fronteira com dois países pertencentes ao dática, Crioulo com muitos objetos da história rioMERCOSUL, o Uruguai, ao sul, e Argentina, a oes-grandense, objetos pessoais de brasileiros ilustres te, fortalecendo o comércio exterior com o maior ligados a cidade e animais típicos da região. O Muporto seco da América Latina, situado na saídaseu Raul Pont, na antiga residência do ex-prefeito da cidade, 80% da produção nacional atravessa aJoão Fagundes, destaca a História de Uru guaiana Ponte Internacional “Getúlio Vargas – Augustin até P. os dias de hoje, com esculturas e telas da anticomprincipais quase 2000 metros comprimento, guidade de civilizações O do Museu do éJusto”, uma das portas de de entrada do nossoPiá, composto com maisdodeséculo cem XX. peças imagipaís. Esta levou cinco anos para ser construída enário infantil da região, no CTG Sinuelo do Pago,
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ril do Rio Grande do Sul, o primeiro da zona fron- Dos saladeiros de Quaraí restaram apenas teiriça com o Estado Oriental, trouxe trabalho ruínas, e lá foi produzido o charque posteriormenprosperidade para a região, hoje restam poucaste exportado para Cuba, Itália e Inglaterra. Quaraí ruínas testemunhas de um tempo que já se foi. As contou com dois saladeiros, o primeiro foi o “Novo entidades públicas e privadas que cuidam da valoQuaraí”, em 1894, onde é a atual parte da Cabanha rização do patrimônio cultural e histórico da cida-Branca. Durante a Revolução de 1923, a mando dos de projetam um museu na antiga Viação Férrea,maragatos, foram incendiadas algumas mantas de responsável pelo apogeu econômico de Barra docharque no saladeiro, que era propriedade dos chiQuaraí na época do charque. mangos. A partir deste fato o saladeiro foi desativaEstância São Pedro, além de lá ter passado ado. Em 1907, foi criado o segundo Saladeiro, o “São expedição do Francês Auguste deSaint Hílare, em Carlos”, que passava o charque por um cabo aéreo 1820, registrado na sua obra “Voyage à Rio Grande nas margens direita do Rio Quaraí, em comunicado Sul”, também foi propriedade do embaixadorção com a margem esquerda, facilitando o embarJoão Batista Luzardo, onde se realizavam encon-que do produto para o Uruguai. tros políticos e serviu em cento e três dias de refúNuma faixa de aproximadamente 25 km de gio para o Presidente da República Getúlio Vargas extensão se encontra a Reserva do Butiazal de entre 1950 e 1951. Quaraí, nesta área existe mais de cinco mil pés Na zona rural do município se encontra ode butiás usados como complemento de renda faprincipal complexo biológico, o Parque Estadual do miliar e turismo rural do município assistido pela Espinilho no Campo Osório. EMATER. Há registro de que foram os Jesuítas Entre os principais eventos na cidade, se des-que trouxeram as frutas de butiá com o objetivo taca o Festival de Musica Nativa, “Barra em Canto” de se alimentarem, e também para demarcarem com o objetivo de preservar as tradições do Rioo espaço por onde passavam. Hoje a comunidade Grande através da musica. As principais entidades aproveita o fruto na gastronomia e artesanat o. Protradicionalistas do município sãoo CTG Rincão do duzem licores, geleias, schimier, pão, suco concenSaladeiro - o pioneiro do município e CTG Porteira trado, mouse e rapaduras. E no artesanato fazem do Rio Grande. chapéus, bolsas,Eporta cuias, cestos e muitos ou-as Outra história ligada a de Alegrete é a de tros trabalhos. não podemos deixar de citar Quaraí também área territorial da mesma, for-Entidades Tradicionalistas de Quaraí, o CTG Sentimando mais tarde a área do Município de Quaraí nela do Jarau - o pioneiro do Município, PQT Orepelos estancieiros sesmeiros e após a Proclamação lhano CTG, DTG Escola Brasil. da República do Brasil passa a ser cidade que liga Esta é a comprovação de que o gaúcho se a República Oriental do Uruguai através da Ponte aquerenciou nesse rincão do Rio Grande componInternacional da Concórdia, construída em suavedo a 4ª Região tradicionalista que tem orgulho excurva, ligando a cidade de Artigas. tremo das raízes, sempre mantendo os costumes A palavra Quaraí é uma composição de ori- e crenças de uma man eira total, tendo como elo gem indígena que na linguagem tupi-guarani sigde vida a criação de gado, ovelha e cavalares mosnifica “Rio das Garças” ou “Rio do Sol”. Na Praçatrando tudo isso através de suas cavalgadas, evenesta a Igreja São João Batista, padroeiro da cidade,tos culturais, pontos turísticos e tantas outras maconstruída no século XIX e na zona rural se en-nifestações de orgulho da fronteira gaúcha. Assim contra o Cerro do Jarau, ponto turístico lendário, conclui-se que falar de tradição nesta região é fadivulgado internacionalmente pela Lenda da Salalar com as palavras de Manoelito de Ornelas: manca do Jarau. No cerro existe uma gruta inex- “Tradição é um espírito de uma raça, é a forplorada, com vertentes de água e terraça poderosa que empresta coesão e firmeza ao cacolorida, cenário da lenda. ráter de um povo”.
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Texto e organi zação do capítulo : Festa do Bumba-Meu-Boi - Elaine Fossa de Barcelos História de Rio Pardo - Flávio A. Canto Wunderlich
Estamos entrando agora, no capítu-gueses escolheram muito bem este local estratélo que vai falar sobre a 5ª RT, mais espe- gico. cificamente da história da cidade de Rio Rio Pardo srcinou-se a partir do Tratado de Pardo, dos festejos do Bumba –Meu Madri, que falamos ser a troca da Colônia do SaBoi de Encruzilhada do Sul e de Santa Cruzcramento que fica no Uruguai a 160 km de Montedo Sul, a cidade do Encontro Artes e Tradições vidéu, pelas Missões Este Jesuíticas, dominadas pelosna Gaúchas (ENART). Iniciamos de então com um dosíndios e espanhóis. Tratado foi subscrito mais importantes municípios do Rio Grande docidade de Madrid – Espanha por D. João V, rei de Sul: RIO PARDO. Você irá aprender sobre os fatos Portugal e por Dom Fernando VI, rei da Espanha. e curiosidades que fizeram parte da nossa história A ocupação do lugar veio a partir de uma já que muitas cidades do Rio Grande do Sul estão instalação militar, como “Guarda de Fronteira”, sobre o território que pertencia ao Rio Pardo. As cipara proteger o Sul do m i pério. A Fortaleza Jesus dades em geral possuem algo de destaque, a nossa Maria José, começa a ser construída a mando possui muita história,arquitetura, religiosidade, ... e do General Gomes Freire de Andrade, na metade todos são bem vindos. de 1751, século XVIII. Em agosto de 1754 chegou o F ot Regimento de Dragões comandado pelo tenenteo: Je -coronel Tomás Luiz Osório, com 420 soldados e 70 rr y A escravos. n ed rs Foram estabelecidas plantações e fazendas, on T ri que sustentaram a economia durante décadas e até n d ad hoje estão presentes, pois nosso forte continua sene d a S il va
do agricultura e pecuária. Tornou-se, até meados do século XIX, o mais importante ponto de partida para a expansão portuguesa ao sul e a oeste do território da Região Sul. Alguns anos após, chegaram os primeiros colonizadores açorianos que, impedidos de ocuparem a região missioneira, conforme havia sido estabelecido pelo frustrado Tratado de Madri, acabaram por permanecer aguardando as margens Estamos localizados na região central do Es- do rio Jacuí, contribuindo para o crescimento potado, segundo estimativa de 2011, estamos com umpulacional de várias localidades. Chegamos ser a total de 37.577 habitantes, a maior parte da popufronteira Sul do império. lação é urbana e está na sede. Somos banhados No período da dominação castelhana da pelo maior rio do RS, o rio Jacuí e também peloColônia de Sacramento e Vila do Rio Grande na rio Pardo. Estes dois rios juntos cercam a cidadeocasião, os luso-brasileiros viram-se obrigados a e com o relevo propício, pois sua elevação cercadarecuar em direção ao norte, mudando seu centro por águas dava certa vantagem contra os inimigos administrativo para Viamão. O território rio-granespanhóis e indígenas, ou seja, os portu- dense ficou com sua menor área, reduzida à faixa
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litorânea entre a Lagoa dos Patos e o mar, do Esum centro-administrativo, político e econômico da treito para o Norte, compreendendo os campos de maior parte do Continente de São Pedro. Sua poViamão, Porto Alegre, até a fronteira de Rio Pardo. pulação, durante algum tempo teria sido superior Podemos dizer que se Rio Pardo tivesse sido to-a Porto Alegre e durante muitos anos deve ter com mada, talvez agora fôssemos espanhóis, imaginem ela rivalizado (1984, p. 20). tudo diferente, falando outra cultura, ou costumes, Por estas razões, uma parte significativa das gastronomia. Rio Pardo foi bravo, um grande soldafamílias do Rio Grande do Sul, com raízes no pasdo, fundamental para concretizarmos nossa histósado mais distante, tem ligação com esta cidade. ria junto ao Sul do País. Eu sou do Sul, com muito Inclusive muitas famílias de proprietários vinham orgulho e dedicação. casar suas filhas com cadetes que vinham de todo Em 1776, recuariam os espanhóis e, em 1777,o Brasil estudar na cidade. Em 1807, foi criada a consolidava-se a paz por meio da assinatura doCapitania de São Pedro e, em 7 de outubro de 1809, Tratado de Santo Ildefonso. Em 1801, um pequeno através do Decreto Real assinado por D. João VI, bando armado liderado por Manoel dos Santos Pedroso, por José Borges do Canto, e seus companheiros que, em aliança com parcialidades dissidentes dos guaranis missioneiros, insatisfeitas com a administração militar espanhola, conquistou as Missões para o império lusitano, que hoje representa 1/3 do estado. Após essa conquista, os guaranis missioneiros perderiam, em algumas décadas,alvSi a d o que restava das fazendas coletivas, em favor de e d a d latifundiários luso-brasileiros. Alguns historiadoin r T res contam que foi “no atalaia do Rio Pardo que n os se plasmou a alma guerreira dos rio-grandenses”,rden visto que os Dragões (tropa de elite) estiveram emyAr re J to:o F
Rio Pardo. Consequentemente, houve o avanço da fronteira do Rio Grande até as barrancas do rio Uruguai, moldando, a grosso modo, os contornos limítrofesRio Pardo foi elevado à condição de vila, com o atuais. (LAYTANO, 1983, p. 139). nome de Vila do Príncipe. Em 31 de março de 1846, E esse crescimento também pode ser notado a vila de Rio Pardo foi elevada à categoria de cidade. pelo elevado número de construções que passaAlém da importante participação na conquisram a ser edificadas em seu povoado, que só eramta da região das Missões, o município se destacou avistadas após caminhada de 800 a 1200 metros ana Revolução Farroupilha (1835-1845) e na Guerra partir do porto da cidade, pois também ficavam do Paraguai (1865). A seguir, vieram colonizar a reprotegidas. No século XIX, ocorreria o apareci-gião os imigrantes alemães e de outras srcens. A mento dos primeiros moinhos de farinha, curtueconomia de Rio Pardo esteve apoiada na criação mes, açougues, casas de pouso, fábricas de arreios,animal, na agricultura e no comércio. ferrarias, olarias, etc. Cresce o número de comer- No ano de 1813, recebemos a primeira rua paciantes registrados em sua praça. Rio Pardo pros-vimentada do RS, construída com pedras irregupera como nunca, estamos começando a virarmos lares, tinham o ob jetivo de melhorar o fluxo das entreposto comercial entre as regiões. carretas, mulas e charretes, que se deslocavam de Rio Pardo assumiu uma importância quase várias regiões para Rio Pardo, para bustão grande como a capital, transformando-se em carem os produtos no Porto.
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Conforme o Hino de nossa cidade, podemoshino. Do lado dos farrapos, o autor do nosso hino ter uma ideia da importância, de ser fronteiriço, de do Rio Grande do Sul, Francisco Pinto da Fontoura termos lutado para defendermos a fronteira Sul, “Chi he- quinho da vovó”, rio-pardense. róis que escreveram seu nome na história: Rio Pardo sempre foi referência em diversos aspectos, sejam eles políticos, artísticos, econômiTu surgiste, cidade gloriosa, cos, estando sempre na vanguarda. Lutamos muito Da caserna do bravo Dragão para sermos do Sul, para podermos bater no peito Que, formando a heroica Tranqueira e termos orgulho de sermos gaúchos, de cultivarEvitou de Castela a invasão. mos nossas tradições e sempre estarmos melhorando nosso entendimento com a natureza, com os CORO: Ó Rio pardo de heróis legendários, animais, mas também entendermos sobre nossa Berço altivo um povooutrora, viril, própria história e a partir dai podermos passa-la Guardiã das de fronteiras adiante para as novas gerações. És relíquia de nosso Brasil. No passado, ponteando o Rio grande, Foste forte, soberba, brilhante. Teu presente de paz e trabalho, No porvir te fará triunfante.
Bumba-Meu-Boi
O Bumba-Meu-Boi é uma alegre, barulhenta e movimentada festa folclórica, realizada todos os anos no primeiro sábado após o Carnaval, encerPelo livro, o gado, a charrua, rando com correrias, gritos e tombos, o ciclo carTu trocaste a espada e o fuzil, navalesco. E agora defendes briosa Esta festa, que acontece em Encruzilhada do O progresso maior do Brasil. Sul há bem mais de um século, segundo o histoLetra: Marina Rezende de Quadros riador Câmara Cascudo, tem sua srcem no antigo Música: Alfredo Raul Silveira Egito, onde o boi era reverenciado e adorado como (Rio Pardo – História, Recordações, Lendas – Rezende,um animal sagrado. Marina de Quadros, 3ª Edição, 1993). Os navegadores europeus em suas expedições pela Ásia e África, na busca de sedas, porceA história de Rio Pardo guarda importanteslanas, especiarias, objetos de vidro e outra mercafeitos como, por exemplo, a Batalha do Barro Verdorias vendidas por alto preço na Europa, traziam melho, que ocorreu durante a Revolução Farroupina bagagem um pouco da cultura, história eol-f lha (maior guerra que o Brasil já teve até hoje em clore dos povos que visitavam. Assim as festas em seu território, além de ser um dos principais aconhomenagem ao boi chegaram à Península Ibérica, tecimentos históricos, na construção do imaginá-perdendo pelo caminho o caráter religioso e gario do gaúcho e sua cultura tradicionalista), foram nhando, apenas, características lúdicas. Assim, co10 anos de lutas entre farrapos e imperiais, de 1835meçaram a ser construídas em Portugal e Espaa 1845. A cidade sempre foi imperialista desde os nha grandes praças de touros, onde toureiros com primórdios, mas durante o terceiro ano da Revolutrajes ricamente bordados desafiavam, enfrentação Farroupilha, em 1838, Rio Pardo foi atacada e os vam e sacrificavam os temidos touros miúras. Nos farrapos ganharam esta luta, ao final da batalha os pequenos povoados, sem condições de construir imperiais que não foram mortos ou fugiram, acauma arena, os moradores divertiam-se correndo baram sendo aprisionados, com destaque para o Maestro mineiro da Banda Imperial Joaquim José pelas vielasbrincadei com um verdadeiro faziam tourinhas, ra boi alegre e cantada,oucom um as de Mendanha, criador da melodia doboi de pano.
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Quando aportaram no nordeste do Brasil, oseste costume veio com os portugueses e que quaportugueses trouxeram sua pobre bagagem emse todos os municípios gaúchos, povoados por açopequenas trouxas e no coração, apertado pelarianos, realizavam esta festa: Porto Alegre, Santo saudade e o receio do desconhecido, uma devoção Antônio da Patrulha, Viamão, Osório, Tramandaí, muito grande pela Virgem Maria e pelo Divino EsTorres e muitos outros. Com o passar do tempo, a pírito Santo, as brincadeiras com o boi, a festa de festa do boi foi caindo em desuso e no esquecimenReis, o gosto pela dança, pelos doces e um espíritoto, não tendo sido diferente em nosso município. sociável e tranquilo. Com o falecimento dos componentes do gruÀ medida que o povoamento veio descendopo chefiado pelo Mestre Heitor Mota, todos com para o sul, os portugueses foram trazendo con-muita idade, o Bumba-Meu-Boi, sem uma pessoa sigo a festa do Bumba-Meu-Boi, que foi mudando que coordenasse e organizasse a festa, deixou de de nome e adaptando-se de acordo com as caracsair às ruas. Certo dia, os amigos Hu mberto Fossa terísticas regionais: Boi-Surubim, Boi-De-Reis, Boi-e Fermino Silveira, relembrando as peripécias de -Calemba, Boi-Mamão. De acordo com as peculia-infância, combinaram resgatar do esquecimento a ridades de cada lugar, a festa adquiria um enredo festa tão apreciada por adultos e crianças. diferente. No nordeste a festividade é muito alegre, Humberto ficouencarregado de mandarconcantada e dançada, contando com personagensfeccionar o boi e Firmino de organizar um grupo pré-estabelecidos, que apresentam sempre o mespara levá-lo às ruas. Recomeçou, então, há quarenmo andamento nas falas, nas danças e na música.ta e cinco anos, a Festa do Bumba-Meu-Boi. Em Santa Catarina, um boi verdadeiro, assustado e Antigamente, o festejo era um pouco diferenenfurecido, corre pelas ruas, instigado pela turba te. Na véspera do evento, o grupo levava o boi até a que o enfrenta e provoca, causando, muitas vezes, casa de um comerciante ou fazendeiro, convidando gravesacidentes. sua família para apadrinhar a festa e pintavam na No Rio Grande do Sul, talvez pelo espíritoanca do boi as iniciais oua marca do convidado. No mais belicoso e machista do gaúcho, a brincadeiradia da correria, após percorrer o trajeto previsto, é de enfrentamento; as pessoas desafiam o boi ue q voltavam à casa do padrinho, onde eram “comes e correcorreria. no meio delas, e atrás delas, em uma desaba-grupo, bebes” eanimava a Bandaum de concorrido Música, quebaile. acompanhava o lada O historiador Dante de Laytano afirma que Atualmente, o Bumba-Meu-Boi percorre al-
l u S o d a ad ilh z ru c n E e d ar tu l u C e d ot n e am rta p e D o d ov re c A :s ot o F
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gumas ruas da cidade, até chegar à Avenida 15 de nomia. Colonizada a partir de 1849 por imigrantes Novembro, já esperadopor umamultidão eonde alemães e emancipada em28 de setembro de 1878. realmente a brincadeira acontece. O boi de pano Com é forte presença da cultura alemã , que presacudido, empurrado, desafiado e corre atrás dos dominou por mais de um século, hoje da lugar a mais atrevidos. De tempos em tempos, o boi dei-uma gama de influencias étnicas . Da tradicional ta. É quando o “veterinário” explica para um grupo ou dono de um bar que o bicho está doente e que os “campeiros” precisam de ajuda para comprar a vacina para tratá-lo. Após receber um donativo, em dinheiro ou bebida, o veterinário simula injetar o medicamento no animal, afz um sinal aos companheiros e a festa continua. Esta festa de caráter estritamente popular já recebeu o troféu Cultura Gaúcha, do governo do Estado e foi oficializada pelo governo municipal pelo Decreto nº 1241, de 13 de fevereiro de 1991, passando a fazer parte do calendário dos festejos do oã ça município. lg Após o falecimento de Humberto Fossa eivuD: ot Fermino Silveira, Diogo Kucharski, neto de FermioF no, deu continuidade à organização do evento para que não caia no esquecimento a lembrança dosOktoberfest, Santa Cruz do Sul orgulha-se também dois amigos e não deixe de acontecer a festa, úni- em sediar o Encontro de Artes e Tradição Gaúca atualmente no Rio Grande do Sul, como acontecha – ENART, que acontece a mais de dez anos na ceu em outros municípios. capital do fumo, reunindo os melhores em cada categoria; da expressão artística e do gau chismo, organizado pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG).
Santa Cruz do Sul
Santa Cruz do Sul, cidade situada na região central do Rio Grande do Sul, destaca-se pela ecoF ot o: D iv u lg aç ão
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t d i m h c lS ier b a G :o to F
No Brasil não existe um evento parecido com o Encontro de Artes e Tradição Gaúcha, onde prendas e peões vem das mais variadas regiões do Rio Grande do Sul e mostram para o Brasil e para o Mundo o que o estado tem de melhor na arte tradicionalista. O Orgulhando-se de ser do Sul, assim são os participantes do Enart, impregnados de um sentimento cívico deixam sua emoção transbordar, nas poesias, nas letras das musicas e na dança, reverenciando assim os atos dos nossos antepassados, e ainda indo além de um ato artístico e cultural, mas de um ato cívico de amor pelo Rio Grande.
F ot o s: G ab ri el cS h m id t
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Texto e organiz ação do capítulo: Ana Gisele Silveira - professora de história e diretora cultural da 6ª RT
Morar no sul para nós é um orguO farol Verga foi construído em 1964 e o Falho extremo, já que vivemos no extremorol Fronteira Aberta em 1996, sendo este derrubado sul do Brasil. Aqui na sexta região tradi- pouco depois por fortes ventos. cionalista começa o Brasil. Em 1986 foi inaugurado o farol da Barra em No ar ou no chão, existe algo de diferen-São José do Norte. te noEnquanto Rio Grande do se Sul.descobre o que, tempo esomente A ocupação portuguesa se estendia Brasil não até Laguna, em Santa Catarina,nofoi feita a vento vão moendo e remoendo uma cultura de so-arrojada tentativa de ocupar o Prata, instalando-se taques e gosto fortes demais ao primeiro contato, a Colônia de Sacramento, mas sem qualquer apoio igual a chimarrão amarguento. de retaguarda. O segredo da preservação do modo gaúcho Até o final do século seguinte, Portugal e Espade ser, óbvio demais para ser entendido, se escon-nha alternaram-se na posse da Colônia do Sacrade na engrenagem de transmissão, geração a ge-mento, até que, depois de diversos tratados, a região ração, de uma práticasingela. Cada povoado conta terminou por ficar com a Espanha, trocada com de si mesmo e grava a receita histórica na memó-uma grande área no Rio Grande do Sul, conhecida ria de alguém especial. como Sete Povos das Missões, onde se concentraAs fronteiras abrem-se, as linhas de forçavam reduções jesuíticas que, após a expulsão dos entranham-se no subsolo social para demarcar injesuítas e inúmeras guerras cisplatinas, acabaram teresses e posições, mas não engana quem tem ossendo dizimadas, restando, atualmente, umas poupés no chão e a forquilha da verdade na mão. cas ruínas no Brasil, Argentina e Paraguai. E para falar do nosso orgulho fica até difícil, Diante dos conflitos na Colônia de Sacramenpois nos enaltecemos quando dissemos “Eu sou doto, as tropas espanholas procuraram fortalecer Sul”. Neste capitulo iremos destacar o privilégio da sua retaguarda ocupando Montevidéu e arredores, nossa rica Costa Atlântica e seus faróis. e as portuguesas estabeleceram o seu núcleo de apoio na cidade de Rio Grande, principal cidade portuária do Rio Grande do Sul. Os faróis No atual Uruguai, pouco depois de Rio Grande, próximo ao Chuí, a posse esteve ora com a CoDesde 1525 inúmeros naufrágios foram relaroa Espanhola, ora com a Coroa Portuguesa. tados na Costa Atlântica, na fronteira sul do Brasil No lado português, depois de Rio Grande com o Uruguai. em direção ao sul, os imensos banhados e lagoas A frequência deles diminuiu com a constru-que separavam a região do Uruguai dificultavam ção de faróis que proporcionam as embarcações os a ocupação e, mesmo, a movimentação de tropas. únicos pontos de referencia neste litoral sem acen- Esta era a “terra de ninguém” ou os “Campos tuadas elevações. Neutrais”, reconhecido pelo Tratado de Santo IldeEntre 1909 e 1910 foram construídos os faróis fonso. da Barra do Chuí e o farol Sarita, próximo a Reserva Campos Neutrais também terminou sendo Ecológica do Taim, o farol do Albardão, que foi subsa denominação de um povoado surgido na região tituído por outro, em 1949, sendo conside-e que atualmente tem o nome de Santa Vitória do rado o mais solitário da costa brasileira.
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Palmar, município que é o principal ponto de apoio les estariam carregados com prata e ouro que separa uma visita a essa região. guiam das colônias espanholas para a Espanha, Essa área passou ao controle português até hoje ninguém conseguiu provar isso, não haquando o governador-geral da capitania que deu vendo qualquer pista dos tesouros. Mas os navios srcem ao Rio Grande do Sul, dom Diogo de Souza,estão lá. Como são muitos, a região chega a ser doou sesmarias aos oficiais que o auxiliaram na in- apontada como sendo um cemitério de navios. tervenção armada feita no atual Uruguai, a pedido O navio mais famoso, afundado na região, é do vice-rei espanhol, quando Artigas cercou Mono “Prince of Wales”, de bandeira inglesa, que deu tevidéu, durante a revolução de independência da srcem à chamada “Questão Christie”, relatada em Argentina (à qual estava integrada a banda oriental nossa história. Depois do naufrágio, a 30 quilômedo Uruguai). tros ao sul do Farol do Albardão, os ingleses acusaDom Diogo derrotou Artigas e, com esse ram os brasileiros de terem saqueado o navio. trunfo, tomou a iniciativa de ocupar os Campos Indignados com a acusação, moradores da Neutrais, apesar do impedimento estabelecido no cidade de Rio Grande chegaram a fazer uma pasTratado de Santo Ildefonso. seata de protesto na cidade. E hoje, mesmo passaSomente em 1851 houve o reconhecimento dado tanto tempo, ainda há quem veja o que restou do posse e, quatro anos depois, é que surgiu a vila quevelho navio, quando a maré está muito baixa. daria srcem ao atual município de Santa Vitória O Farol do Albardão está a 87 quilômetros do Palmar. da Barra do Chuí, pela beira da praia, a região é deserta, as praias perigosas com o sobe e desce das marés, masquem arriscar uma ave ntura pode Cemitério de navios fazer um passeio muito bonito, viajando com muito cuidado até o local, aconselhando-se bem sobre as São muitas as histórias do banditismo noscondições do trajeto, em Santa Vitória do Palmar. Campos Neutrais. Assaltantes, ladrões de gado e Além do Albardão, há ainda o Farol Sarita, na assassinos, procurados pela Coroa Portuguesa divisa e dos municípios de Santa Vitória do Palmar pela Coroa Espanhola, aterrorizavam a população da região, transmitindo-se, de geração a geração, ine Rio Grande, 135 quilômetros Barra Chuí.ou O acesso até lá também pode serdafeito pordobarco formações esparsas que terminaram chegando aos pela beira da praia, valendo a recomendação feita livros de história, algumas das quais muito curiosas. em relação ao Albardão: ninguém deve se aventurar Conta-se, por exemplo, que havia grupos es-a fazer a viagem antes de ouvir o pessoal que conhepecializados no ataque a navios que passavam pró- ce bem o percursopois, se a maré subir rapidamenximo à costa. Colocavam tochas nos chifres dos bois te, não haverá para onde fugir com o carro. para simular a existência de faróis sinalizadores, No farol da Barra do Chuí também é possível desviando assim a rota das embarcações. Como afazer visitação. Trata-se de um lugar igualmente incosta é muito perigosa, com traiçoeiros bancos deteressante e de acesso mais fácil, a partir do Chuí. areia, e o mar bastante agitado, os navios acabavam encalhando e, então, eram saqueados. Entre Chuí e Maldonado, no Uruguai, contamFarol Chuí -se 60 navios encalhados próximo à costa -- uns atraídos pelos saqueadores e outros em conseO farol da Barra do Chuí é um farol situado quência das condições da costa, com bancos dena desembocadura do Arroio Chuí (do qual receareiaEntre e muitas rochas. o nome) no balneário da Barra do Vitória Chuí pertenChuí e Rio Grande existem tambémbe cente ao município gaúcho de Santa do inúmeros navios. Embora se conte que alguns dePalmar. No extremo sul do Brasil próxi-
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mo à fronteira com o Uruguai. O Farol foi erguido Farol Verga em um terreno doado por João Pedro Pereira (Joca Documento) que havia sido nomeado faroleiro. Em O Farol Verga possui 11 metros de altura e foi 1910 foi inaugurado a primeira com armação de ferconstruído em 1964. ro e, em 1934, uma torre metálica que não resistiu muito tempo, a construção da atual torre começou em 1941. Torre cônica em concreto, com 4 estreitas longarinas laterais, lanterna e galeria dupla. Farol pintado com faixas horizontais brancas e vermelhas. É considerado o farol mais avançado do Brasil. Possui iluminação automática e “Rádio farol” com alcance de 30 milhas. F ot o: S er g io O li ve ra
rae vi l O io rg e S o:t oF
Farol Sarita Farol Albardão Foi inaugurado em 03 de maio de 1909, o primeiro de uma rede que complementaria iluminação de costa entre Rio Grande e divisão com o Uruguai. Esse trecho conhecido como Praia do Cassino, apresentava a média de um naufrágio por ano.
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F ot o: S er g io O li ve ra
rae vi l O io rg e S :o to F
Inaugurado em 12 de outubro de 1908, ele leva o nome de um navio naufragado naquele local nesse ano. Sua primeira torre foi do tipo Mitchell da marca BBT.
Farol da Barra O atual farol de São José do Norte foi inaugurado em 1896. Possui 31 metros de altura e seu facho luminoso tem o alcance de 10 milhas náuticas, está localizado na povoação da Barra.
Farol Estreito O Farol do Estreito na cidade de São José do Norte, torre de armação metálica com 30 metros de altura.
Reserva ecológica do Taim A Reserva ecológica do Taim entre os municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grandeoã é uma das principais do país. Hoje encanta nela gaçulv sua beleza e resguardo do que dá à flora e faunai:D too silvestre de nossa biosfera. F Por ser uma área de preservação ambien- rosas espécies habitam o banhado ou migram, tal e estando assegurada por lei federal somentefazendo dali um ponto de parada obrigatório, desembeleza os passantes da BR 471 e os que estão tacando-se entre elas cisne- do- pescoço-preto, em seu entorno. Justo é que a mesma seja preser-colheiro-marrecas. Por causa do solo alagado e vada que para tanto, fique defendida à ocupaçãoda fauna muito rica, recebeu o apelido de “Pantahumana que, sabidamente dentro da história danal Gaúcho”. Aqui vivem cerca de 230 espécies de humanidade, é uma predadora incansável e queaves (entre agosto e janeiro é o melhor período somente toma providências, as vezes, tardiamente,para avistá-las por conta da chegada de aves miquando o ambiente já está degradado fisicamente gratórias). e com grande número de animais desaparecidos, Também há jacarés-de-papo-amarelo, preás, inclusive vítimas de extinção. capivaras, lagartos e cerca de 60 espécies de peiNo entanto, deveríamos encontrar uma fór-xes. Ao percorrer de carro os 15 km da BR-471 mula para que a circulação racional feita, atravessam a região, são possíveis observar através da criação de um parque e quefosse todos, in-que animais, mas o melhor é caminhar nas quatro discriminadamente, pudessem apreciar interna-trilhas monitoradas (agendar com a ONG NEMA, mente a beleza da região, numa exploração hote-3236-2420; grupos de quatro a cinco pessoas, leira onde mais uma riqueza viria a dar suporte a1h30 a duas horas). Na trilha da Figueira, podem essa região. aparecer jacarés, cisnes e o maçarico-do-bicoA Estação Ecológica do Taim é a mais im- -torto. A Trilha da Capilha visita a vila homônima portante do Rio Grande do Sul. Fica a 120 km da(com uma capela do século 19), falésias e a lagoa sede do município, com acesso direto pela BR mirim. A trilha do tigre vai até os campos de ba471. São Cerca de 33.000 hectares, sendo que 70% nhado. A Trilha das Flores leva à praia e passa dessa área fica em Santa Vitória do Palmar e ospela Lagoa das Flores. A sede fica no km 537 da restante 30% no município do Rio Grande. É umBR-471, 100 km (Instituto Chico Mendes, 3503-3151, ecossistema dominantemente pantanoso, com ve-2ª/6ª 8h30/12h e 13h30/18h. getação e fauna típicas. Belos bosques circundam O clima regional é subtropical, com tempeos banhados em anéis de figueiras e corticeiras,ratura média anual de 18graus, e precipitação além de dunas na extensão intermediaria com asanual média de 1100m mm. praias litorâneas. Além de inúmeras espécies de O inverno é frio e chuvoso, o verão quente peixes e animais silvestres (jacarés, lontras, capi- e seco, apresentam ventos bastante invaras, ratões do banhado, aves aquáticas de nume-
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tensos. O relevo é suave, caracterizando uma planície com micro relevos, de pouca expressão altimétrica. A vegetação é exuberante em macrófitos. Encontram-se matas de restinga turfosa e arenosa, Campos Secos (com denso extrato arbóreo) e de várzeas. ar i A fauna tem uma diversidade muito gran-dea de devido a variedade do habitat. O ecossistemaMnto terrestre é representados por insetos, artrópodes.rAi:o aves e mamíferos o ecossistema límnico, repre- Fot sentado por aves e quelônios. mem Avila Fuculo com Pós Graduação em RS/ Os agrossistemas no entorno da área provo- Sociedade, Política e Cultura. cam a deficiência de água e diminuem a qualidaÉ um grande orgulho poder mostrar nossa de do solo, havendo grandes prejuízos econômi-região a todos, uma beleza que para nós é incomcos e ambientais. Outros problemas enfrentadosparável pois ela é única. . Nossa região tradiciopela reserva são; as queimadas, os atropelamen- nalista que compreende os municípios de Chuí, tos de animais na BR 471, a pesca e caça. Santa Vitória do Palmar, Rio Grande e São José Sua finalidade é a preservação de um gran- do Norte, tem inúmeras belezas a mostrar, uma de viveiro de animais e vegetais distribuídos em rica história a explorar, mas nesse capítulo troubanhado, campos, lagoas, praias arensas e dunas xe algo que fosse de igual para toda a região, pois litorâneas. Na região são encontradas flora e fau-temos orgulho de sermos ligados pelos belíssimos na nativas em abundância. faróis que contam um pouco de nossa história. O Taim é um importante berçário das aves Também não poderíamos deixar de falar da migratórias. Algumas viajam milhares de quilô-reserva ecológica do Taim, pela sua imensurável metros provenientes da região Ártica ou Antár-beleza tida. gulhos reconhecendo-a de nossa região. como um dos maiores orAlém das aves, esse ambiente favorável abriEncerrando este capitulo a sexta região traga a maior variação e mamíferos do Brasil. dicionalista tem orgulho em participar desta ediEncontramos na estação Ecológica do Taim ção e estar apresentando as belezas da região. várias espécies de animais como capivaras, ratões, jacarés, tartarugas, tachá, garça vaqueira entre outras. Conhecer e ajudar a preservar o Taim é garantir a sobrevivência do ambiente e das espécies legando às nossas gerações futuras um ecossistema de inestimável valor cientifico, econômico e social. Este foi um trabalho embasado no estudo de livros e sites de informação e pesquisa com a pessoas conhecedoras da região. As fotos da re- irde a serva Ecológica do aTim do acervo do Dr. Airton Mont Madeira Cirurgião Dentista, e a colabo-rAi : ração da Professora de História Car- ootF
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Organização do capítulo: Departamento cultural da 7ª RT Textos: Autores diversos
A história da região Norte do Rio Grandemaiores debates literários da América Latina que do Sul e a intensa relação do homem com seuocorre a cada 2 anos no Circo da Cultura. O evenespaço possuem uma forte srcem no Tropei- to tem como objetivo o incentivo a leitura através rismo. As expedições guiadas por homens – da formação de leitores em múltiplas linguagens. conhecidos “Tropeiros” – e o “cavalo madrinha” A Jornada está em sua 15ª edição e a Jornadinha, sempre a frente da tropa,entre fizeram de seusdoposos destinada crianças, eme sua 7ª edição. Adesde jornada em fazendas no caminho a Vacaria Martem comoasidealizadora organizadora, 1981, e as feiras de São Paulo, verdadeiras vilas que, ao Tânia Rosing, e engloba a Academia Brasileira de passar do tempo, deram srcens às cidades e à po- Letras com seminários, debates, prêmios, cursos, pulação por entre as estradas dos trabalhadores. espetáculos, exposições e pesquisas. Passo Fundo e outras cidades que faziam Através de uma proposição do vereador Marparte desse caminho foram logo cedo influenciacos Cittolin, desde 1º de junho de 2004, Passo Fundo das pela vida dos homens que juntamente com transformou-se o na Capital Nacional da Literatura. transporte do gado e das mulas, traziam artigos oriundos da região sudeste e desenvolveram, em consequência, os vilarejos das redondezas. Entre- Fe st ival Internacional de tanto, não somente na economia, os Tropeiros fizeFolclore ram despertar um sentido único aos moradores. (Por Ariele Cristine Hannecker) Em suas ânsias para voltar ao RioGrande, criaram um grande sentimento pelo nosso estado e após Um grupo de pessoas de Passo Fundo, ao suas vidas dedicadas ao trabalho, acabaram por terminá-las próximas de onde construíram seuseserem escolhidos de para representar o CIOFF-RS, após participar 2 festivais de folclore em SP, laços e assim, transmitirem os sentimentos e valoidealizou um festival no sul do país, mais precisares ganhos com as viagens. mente em Passo Fundo, visto que outros festivais Os livres viajantes a trabalho, enraizaram-se do Brasil aconteciam em sua grande maioria no ao nosso estado e permitiram-se enaltecer o sentimento existente entre o povo e a sua cultura, com os diversos fatores que hoje nos fazem sentir pertencentes ao que chamamos de “Sul”!
PASSO FUNDO
Jornada Nacional da Literatura (Por Ariele Cristine Hannecker)
tat a n ao Z og i D :o to F
Passo Fundo é sede da Jornada Nacional da Literatura as 30 anos (bienal), um dos
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norte do País. A primeira edição do Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo aconteceu de 17 a 31 de agosto de 1992, tendo como local o Parque de Exposições Wolmar Salton. Seu tema central foi “O Encontro de Dois Mundos”, em comemoração aos 500 Anos do Descobrimento da América e contou com o apoio de diversas entidades locais. Esse evento só foi possível após a elaboração e aprovação de um projeto pelo então Prefeito Municipal, Eng. Airton Lângaro Dipp no dia 10 de Maio de 1991. Desde então, o festival acontece bienalmente, com a presença de artistas locais e estrangeiros, disseminando culturas em um só lugar. Entre os dias 15 e 23 de agosto de 2014 apresentará sua XII Edição no Circo da Cultural, que teve sua estrutura ampliada e hoje é montada no Parque da Gare em Passo Fundo.
O monumento ao Teixeirinha (Por Ariele CristineHannecker)
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Feito com sucatas e diversos tipos de metais, o monumento em homenagem a Vitor Ma-Passo Fundo ergue na saída para Porto Alegre o theus Teixeira, o Teixeirinha, chama a atenção Seminário de que responde por Nossa Senhora Apaquem passa pela Av. Brasil (quase esquina com arecida. Em sua abertura, aconteceu uma pequena Rua Sete de Setembro) em Passo Fundo – RS. Oprocissão em torno de um eucalipto do pátio tendo arquitetônico é uma obra de Paulo Siqueira a presença de sacerdotes, seminaristas e algumas eprojeto deixa uma grata lembrança do cantor Teixeirinha, pessoas da vizinhança nos idos de 1977. Hoje, a proque levou nome da cidade estado e Brasil a fora, cissão tomou grandes proporções, agrega em torno através da música cancioneira “Gaúcho de Passo de 200 mil pessoas (o equivalente a população da Fundo”. cidade), saindo da Catedral Nossa Senhora Aparecida e percorrendo sete quilômetros até o Seminário. oficialmente no segundo domingo de Romaria de Nossa Senhora Acontecendo outubro a população se reúne em caminhada, missa, bênçãos e comemoração. Já no sábado, grupos Aparecida de cavaleiros acompanhados de motociclistas e ou(Por Alexandre da Rosa Vieira) tros tantos perfazem o caminho de procissão no lombo do cavalo até o Santuário em honra a Santa A Romaria de Nossa Senhora Aparecida, queque é precedido pela romaria das crianças. O sanacontece na cidade de Passo Fundo anualmente tuário é Arquidiocesano de Aparecida fica locali zado uma destas fortes construções da cultura gaúchaas margens da RST 153, Km 3, saída para Porto Alena atualidade. Conforme acontecia o crescimento gre, emPasso Fundo. Tem celebrações dominicais, da comunidade e a construção de novas igrejas 8h30min e as 16h, e todo dia 12 de cada mês tem e capelas, ampliou-se também a necessidade deàs missa festiva em preparação a grande roformação de mais padres, então a já Diocese demaria, as 16hs.
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lia. Companheiros como os trovadores Teixeirinha, Gildo de Freitas, Portela De Lavid, Orlei Caramês, Valdir Garcia e Pedro Ribeiro da Luz. Sobre a cria(Por Tiarajú Lopes) ção do estilo de trova denominado “Trova do Martelo”, ele lembra que a ideia surgiu na década de A Capela de São Miguel tem a procissão 50 quando viajavam muito se apresentando, na época da fundação do CTG Lalau Miranda, entidade mais antiga do interior do Rio Grande do Sul, foi fundada em 1870 e as procissões iniciaram no anoque representavam em todos os pagos gaúchos. O de 1871. Segundo a lenda regional, dois escravostrovador faz questão de afirmar que o gosto pela tradição, pelo gauchismo e pela música, foi incentique voltavam da guerra do Paraguai encontraram a estatueta do Arcanjo Miguel em São Miguel, avado pelo amor que tem pela cidade onde nasceu, estatueta era do Arcanjo de mesmo nome, comoencontrou amigos, família e muitas alegrias. pai e filho eram escravos de Castanho da Rocha MARAU levaram a escultura para as terras de seu proprietário, local onde está situada a capela até hoje. Os escravos a construíram de pau a pique e santa-fé, A Rota das Salamarias, um e hoje em dia ela é tombada pelo município como legado ital iano patrimônio Histórico. Já foram realizadas por 142 (Por Júlia Rigo e Angela Zanin) anos a procissão e a festa de São Miguel, o trecho de 05 quilômetros de caminhada levou no ano pasA Rota das Salamarias teve seu lançamensado mais de 20 mil fiéis as ruas de Passo Fundo. to oficial no dia 18 de agosto de 2008 e tornou-se o projeto pioneiro no ramo de turismo no município João Alves Castanho Filho – de Marau. Localizada às margens da ERS 324, distante 20 quilômetros de Passo Fundo, se dividem Trova de Martelo entre as comunidades de Nossa Senhora do Car-
Capela e Procissão em honra a São Miguel Arcanjo
(Por Júlia Lara) cia mo, Taquari. São Luís Adainiciativa Mortandade e Sede aIndependênde montar rota com a João Castanho. Com 82 anos, o sargento apo- temática do salame possui bases bem concretas: o frigorífico Borella, produtor de salames, foi o ressentado da Brigada Militar, se encantou pelo tradicionalismo ainda menino e, como poeta e compo-ponsável, nos anos 50, pelo grande impulso para sitor, foi um dos criadores da “Trova do Martelo”. Dentre suas principais composições estão: Picasso Velho, Morena Luxuosa e Rio Passo Fundo. Casado com Dalila Pedroso, Castanho é pai de 4 filhos, nasceu em Passo Fundo, na região do Rio Pinheiro Torto, perto da Igreja de São Miguel. E foi ali que, incentivado por grandes amigos, iniciou a carreira de trovador e compositor. Teve participação na fundação de Entidades Tradicionalistas como o CTG Lalau Miranda e a Associação de Trovadores Pedro Ribeiro da Luz. oã açlg Em sua vida, traz como grande feito, ter tido bons amigos, gaiteiros e poetas que trouxeramivuD: alegria para si e para toda a sua famí- ootF
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o desenvolvimento industrial da cidade. E mais, a Vila Maria, localizada no norte do RS, a cerca Perdigão, hoje Brazil Foods, que veio substituí-lo, éde 45km de Passo Fundo ostenta o título de capital uma das maiores fontes empregadoras da cidade. regional do ecoturismo. Três principais cascatas A qualidade do salame de Marau sempre fez susão cartões postais do município. A cascata do cesso na região e também na capital, tanto que aMaringá é a mais alta, com 54 metros de queda Brazil Foods mantem a marca Borella para produd’água. Para aproveitar a força da água, no mesmo tos especiais (BERNARDI, 1992). lugar existe uma usina hidrelétrica. O camping do A Rota das Salamarias tinha a intenção deMaringá conta ainda com trilhas, pinguelas e váviabilizar uma rota que pudesse potencializar ecorias atividades ao ar livre. nomia, turismo, cultura e a permanência de uniA cascata das Bruxas tem uma queda d’agua dades e/ou membros na atividade rural/agrícola, de 37 metros,e o cenário com ogrande cânion torou seja, dinamizar pluriatividades rurais, agrícolasna o ambiente ainda mais belo. Por ser um local e não agrícolas, com conotação mercantil e quecom mato fechado, as visitas precisam ser agenprestasse serviços de turismo rural, gastronomia,dadas entrando em contato com a prefeitura de educação ambiental e que fosse promotora da perVila Maria. A terceira cascata é a do Porongo, com manência de filhos nas pequenas unidades familia31 metros de queda. A área conta com camping res que a compõe. de futebol, bares e locais para acampamentos. Se localiza a 4km da cidade de Vila Maria, é a mais próxima do município. VILA MARIA
As Cascatas
CIRÍACO O Cristo Redentor
(Por Marina Giollo) F ot o: D iv u lg aç ão
(por Leonel Castellani)
O Cristo redentor da cidade de Ciríaco – RS, fica no ponto mais alto da cidade, onde se pode enxergá-la inteira, uma vista agradável e que reflete calma a quem vê. Em 24 de abril de 1995, foram iniciadas as escavações para as fundações e dois
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dias após feita a primeira explosão de rocha; Em 18 de setembro de 1995, foi concretada a cabeça, A sociedade não indígena conhece os formaprocedendo-se a seguir, os arremates da obra; tos geométricos dos desenhos Kaigang ( povo indíDados oficiais: gena que habita várias regiões do RS ) principal- Escavação da Rocha: 65m³; mente por estarem presentes em suas cestarias, - Profundidade da escavação: 1,80m; que são comercializados nos centros urbanos das - Volume de concreto armado de todo o monucidades que estão entorno de suas aldeias. O que a mento: 34m³; sociedade desconhece é que muito além dos dese- Tijolos furados, para enchimento: 10.500 um;nhos - geométricos, as figuras possuem uma idenPeso total da estrutura: 155 ton.; tidade que caracteriza os kaigang, estando intima- Altura do pedestal: 5,50m; mente ligada ao dualismo clânico, que os estrutura - Altura dos pés até sobre a cabeça: 19,80 m.; socialmente. - Largura da ponta dos dedos entre as mãos: Desta forma percebe-se que a identidade de 13,20m.; cada indivíduo é muito importante para o kaikang, - Desnível total do chão até sobre a cabeça:o entendimento de quem são seus parentes, isto 20,30m.; não com relação a consanguinidade, os parentes - Escadaria de acesso: 174 degraus. da sua marca que possuem o mesmo rá que o seu, porque a vida do indivíduo será toda organizada de acordo com a sua metade, o seu nome Kaigang ÁGUA SANTA terá a ver com a sua marca.
Eg Ba (Nossas marcas)
A importância do grafismo para a preservação e valoriz ação da cultura Kaigang
SÃO DOMINGOS DO SUL
(Por Vanderleia Belegante Nervo) F ot o: D iv lg u aç ão
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A fé e devoção ao Monsenhor João Benvegnú (Por Isadora Focher)
Monsenhor João Benvegnú nasceu no dia 12/08/1907, a margem do Rio Taquari, no município de Muçum, hoje Santa Teresa. Filho de Fidélis e Maria Benvegnú Moretti, vindos da Itália em 1898, se criou em um ambiente de oração familiar. Em 1922 ingressou no Seminário Menor de São Leopoldo. Por causa da saúde quase deixou o Seminário. Interrompeu os estudos por duas vezes: em 1927 e 1929. Muito sofrimento lhe custou a ideia de ter que deixar o Seminário. Masas orações e a vontade firme de ser Padre o levaram a lutar pela vocação. Foi ordenado sacerdote em 16/09/1934. Celebrou sua primeira missa solene em sua terranatal. Monsenhor João Benvegnú, trabalhou como pároco de São Domingos do Sul por mais de 50 anos, durante esses anos de sacerdócio, guiava espiritualmente os paroquianos, ficou muito famoso pelas suas
diversas bênçãos, através da intervenção de Deus solicitava a proteção das lavouras. Outras bênçãos também distribuídas eram a bênção do sal e da água, bênção da saúde, dos objetos para proteção das casas, motorista, e outra para aqueles a quem ele amava a bênção das crianças. Grande líder na comunidade, estão dentre suas iniciativas comunitárias está uma usina hidrelétrica, a Empresa Quatipi, o telefone entre São Domingos e o Hospital de Parai (líder da construção), a escola, pequenas indústrias de queijo, óleo de soja, frigorífico, salame e banha. O Padre João faleceu em 03/01/1986. Todo ano, é realizada a Romaria vocacional em sua honoã ra esta acontece no primeiro fim de semana do ç ano, inicia na quarta-feira com tríduo, no sábado algvua noite é feita a famosa Procissão Luminosa onde Dio:os t mistérios são representados os mistérios em climaoF de oração e no domingo as missas campais com asas Searas, a composição Santa Helena da Serra, famosas bênçãos. Hoje, Monsenhor João Benvegnú interpretada por Rui Biriva e Daniel Torres. Grande é considerado Servo de Deus pelo Vaticano. parte dos poetas, músicos, interpretes e instrumentistas que conquistaram seu espaço e prestígio CARAZINHO foram através dos festivais nativistas, em especial Seara, como Porca Véia, Daniel Torres, Cezar Seara da Canção Gaúcha da Passarinho, Borguetinho e Rui Biriva. (Por Alessandra Hoppen)
Mus eu Ol ívio Otto Como um dos maiores festivais da música (Por Paloma DrumSchacht) nativista, a Seara da Canção Gaúcha até hoje é reconhecida como um dos festivais mais representativos do estado. O festival carazinhense teve início Assim como outros museus do país, também no ano de 1981 a partir do programa da Rádio Ca-o museu de Carazinho teve seu surgimento por razinho “Raízes do Sul” do locutor Aylton de Jesus iniciativa particular. Seu começo foi marcado por Magalhães. A escolha do nome vem de encontro um à desastre aéreo, quando no ano de 1957, Antôidentificação regional, onde “Seara” tem o significanio Carlos Otto faleceu em consequência de um do de Campo Cultivado, o que se identificaria com acidente de avião. Na ocasião, seu pai, Olívio Otto, a vocação de produtor primário de Carazinho. Até recolheu a ponta da asa do avião que restou do hoje, foram dezoito edições de deste festival, que acidente e junto com outros pertences deu início presentearam seu o público com músicas inéditas,a uma coleção particular, que, aos poucos, comedas quais, muitas fizeram sucesso e até hoje sãoçou a aderir objetos representativos da história da lembradas. Exemplo disto é a música “Até Quando cidade e região, através de aspectos religiosos, poDeus Quiser”, apresentada na 13ª Seara da Cançãolíticos e de ciências naturais. Até o ano de 1972, OlíGaúcha por Paulo Ferreti, Gabriel Ferreti e Banvio Otto reuniu mais de 6 mil peças, que lotavam da, que acabou sendo regravada por Fábio Júnior, o porão de sua casa onde funcionava seu próprio bem como a conhecida grande campeã de todasmuseu. A partir desta data, sua coleção distinta
passa a ser conduzida sob responsabilidade da CHAPADA Prefeitura Municipal, sendo instituído assim, o Museu Regional do Planalto, que nos anos seguintes Capão da Mortandade – A recebe nova alcunha chamando-se Museu Munidegola do Boi Preto cipal Pedro Vargas - em homenagem ao fundador (Por Anarlique Izaura Vieira Schneider) de Carazinho. Quando Olívio Otto vem a falecer, a instituição passa a levar seu nome como denominação, uma forma de homenagear quem reuniu as O Capão da Mortandade (distrito de Boi Preto – Chapada) foi um dos locais que sediou um embaprimeiras peças do museu. No início do séc. XXI, o espaço cultural, con-te da Revolução Federalista, entre os anos de 1893 e 1895, de um lado o governo republicano, de outro os siderado um dos maiores acervos do interior do estado, é reinaugurado, sendo uma das primeiras federalistas. No ano de 2011, durante a 10ª cavalgada instituições do país a estar adaptada ao estatutoda Independência, foi promovida a encenação da dos museus, assim, tornando-se destaque estadualdegola do Boi Preto contou com aproximadamente 50 pessoas em uma promoção dos municípios e nacional, principalmente por sua estrutura profissionalizada. Hoje, o Museu Olívio Otto, contandode Nova Bassano, Novo Barreiro, Barra Funda e Chapada. A degola ocorreu em 05 de abril de 1894, com um acervo diversificado de cerca de 15 mil peças, estrutura-se em dois núcleos: Núcleo de Histó-deixando 370 maragatos mortos, através da degola, em uma emboscada, tornando a partir de então raria e Cultura e Núcleo de Ciências Naturais, além dical as próximas atitudes a serem tomadas pelos do setor de Salvaguarda e Conservação do Acervo oponentes. e Extensão e Ação Educativa, sempre levando como Toda a atividade tev e início em uma sexta-feira missão retratar a história local, consolidando-se como um ponto de referência cultural na região em e Novo Barreiro, percorrendo 50 km até o Capão da Mortandade, onde finalizou com a encenação orgulho para os cidadãos carazinhenses. na tarde de domingo. Segundo os organizadores, F ot o: o objetivo da promoção era relembrar a degola de D iv Boi Preto, desconhecida por umitos, e fazer uma lg u aç reverência a tantos combatentes que perderam ão suas vidas nesse episódio.
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Texto e organi zação do capítulo : Marília Dornelles - diretora cultural da 8ª RT
A 8ª Região Tradicionalistatraz Como falar doRio Grande do Sul sem lembrar em sua historia um legado de feitos queo sabor do churrasco gaúcho? O principal prato da engrandecem sua tradição: a indumentá-culinária do nosso estado! A diversidade cultural ria, as danças pesquisadas nos Campos de que prevalece na formação do homem gaúcho faz Cima da Serra por Paixão Cortes e Barbosa com que o mesmo prato seja elaborado de formas Lessa, a paisagem homem serran o tro- Sul. diferentes cada região do Vermelha, nosso Rio Grande peirismo, artistas,natura comol, oPorca Veia, Oso,Serranos, Coube,em a cidade de Lagoa através do do enfim, vários aspectos de nossa cultura que nosseu corte diferenciado e de seus saborosos churfortalecem. Mas, a culinária campeira, principalrascos realizar aFesta Nacional do Churrasco eda mente o churrasco e o berço do tiro de laço, serãoComidaCampeira. destacados neste livro por nos permitir abrir porDiversos autores têm variações de conceito teiras e cruzar fronteiras. para a palavra churrasco. Segundo Rogue CallaDestacar a importância campeira da 8ª RT ege, em seu Vocabulário Gaúcho, 1962, refere-se a seu legado para o homem campeiro nos permitechurrasco:carne sangrenta assada no espeto. dizer que somos do Sul! É o mais tradicional alimento dos rio-grandenses. O churrasco no espeto aparece com registro no ano 1900. Churrasc o Lagoense Desde tempos passados o homem come F ot churrasco, nas mais distantes áreas do mundo o o: La u homem mastiga a carne sob a forma de churrasri T er co. O gaúcho sempre diferenciou o churrasco do e izn h a B .d e A lm ei d a
assado. O churrasco é feito no espeto e o assado na grelha ou no girau, (uma armação de pau usada (antigamente à guisa de grelha). Os primeiros gaúchos atiravam a carne diretamente ao fogo e a cinza servia de sal.
Tipos de churrasco
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Assado no barro: Na campanha era muito comum envolver a carne em lama e tapar com terra. Acendia se sobre ele um fogo forte por quatro ou 5 horas. Apos este tempo, o assado era desenterrado e o barro endurecido era quebrado e dentro estava uma carne suculenta e saborosa. Assado campeiro: Quando se tem pressa de assar a carne. Um processo ainda muito usado é o assado de labareda. Espeta-se a carne em um espeto comprido e faz-se um fogo grande, segurando
o espeto por uma ponta, leva-se ao fogo de um lado carne a ser assada for grande deve-se salgar com e do outro, virando a carne dentro da labareda. Em antecedência, empilhando a carne para dissorar. 15 minutos o churrasco esta pronto. Na cidade de Lagoa Vermelha costuma-se Ass ado na grelha: é exclusivamente fronteiri-salgar a carne antes (8 horas, em media) com sal ça, herança castelhana. que é consumido pelo gado. Usando somente este sal será evidenciado o sabor da carne. O acompanhamento é pão e farinha de mandioca.
Churrasco Serrano
O espeto é usado em todo estado, mas somente na região dos Campos de Cima da Serra, mais precisamente nas do cidades, Caseiros, Capão Bonito Sul, o Lagoa espetoVermelha, é feito de guamirim. Na serra o espeto sempre é deitado, apoiado em dois varais a uma altura media de 60 centímetros. A carne é movimentada permitindo a um assado uniforme. id e lm A ed . B a h in ze re T ir u aL :o to F
F ot o: La u ri T er ez in h a B .d e A lm ei d a
No corte a rês é abatida pela sangria, ou seja, pela secção da veia jugular e artéria carótida.
Após morte é retirado couro do animal. Quando sãoa cortadas as pataso(membros anteriores e posteriores) nas juntas (articulações) e vicerados (vísceras). A cabeça é separada do corpo na articulação dos ossos, axis e atlas, retira-se a paleta, o matambre, as mantas (porção de carne que é deUm churrasco bem serrano deve ter carnesossada), do pescoço, do costilhar (músculos que de gado ou de ovelha. No gado a preferência esta cobrem as costelas) e o quarto. Vira-se a carcaça e nas costelas, principalmente a “minga” (flutuante) repete a operação. As mantas, os quartos e as palee o granito (carne de peito). O matambre também tas são charqueados (arte de uniformizar a espese muito apreciado e deve ser retirado antes de assura das porções da carne) e os soquetes (ossos sar a costela, pois se ficar a mesma endurece. Se osem músculos) são descotonados (desarticulados). churrasco for ao meio dia a rês deve ser abatida no Para o churrasco as mantas são cortadas no sentidia anterior, para que passe a noite enxugando ou do do comprimento, em porções que variam de 4 a oreando e assim ficar mais macia. As mantas de5 kg, em media. No espeto são colocados grandes carne que forem salgadas e não foram assadas depedaços de carne. Salgados e espetados são levavem ficar no vento para orear ou para charquear. para assar no moqueio (local ou buraco feito A espessura da carne para churrasco é maisdos com tijolos, onde se queima e lenha ate grossa que o charque. Quando a quantidade de ficar em brasa).
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Este corte permitiu que principalmente a ci-janeiro nos anos impar do calendário. Os restaudade de Lagoa Vermelha fosse reconhecida comorantes do parque são instruídos a servir a típica a capital do churrasco e da comida campeira. Estacomida campeira procurando chegar o mais perto festa que esta em sua XVII edição, permite quepossível das características srcinais. Junto com a todos os gaúchos apreciem esta iguaria que comcomida é servido o churrasco, a linguiça campeira certeza nos da muito orgulho em dizermos que sofeita de acordo com a tradição da cidade. A cada mos do sul. ano buscamos mais formas de valorizar esta festa. A Festa Nacional do Churrasco e ComidaAcontecem, também, concursos com degustação Campeira é realizada juntamente com o Rodeiode pratos pela comissão avaliadora. A primeira fesCrioulo Internacional, no parque de rodeios Ítata foi realizada de 25 a 30 de Janeiro de 1983, tendo lo Nunes Mandadori, Lagoa Vermelha, no mês decomo patrão Sebastião Wilson do Amaral. O presiF ot dente e idealizador desta edição foi Oscar Menna o s: Barreto Grau. O churrasco também é vendido por La u ri espeto de acordo com o gosto da cada um, chapéu eT re de bispo, costela, paleta, etc... O churrasco pode ser zi n h a vendido assado ou somente espetado, assim cada B .d um assa conforme o gosto. Sendo assim, este chure A lm rasco é degustado debaixo das arvores e cortado a ei d a faca somente. A faca passa de mão em mão e cada um tira o seu pedaço. O pão é o acompanhamento. Esta forma de saborear o autentico churrasco gaúcho nos faz acreditar que vale a pena ser do sul! ESMERALDA
Terra do berço do tiro de laço! Esmeralda na época pertencia ao município de Vacaria. Terra de homens fortes e de campos cheios de pastagens próprios para o cultivo do gado. Terras dobradas,mas com campos bons para a “brincadeira” que hora iniciava. Na sede da vila, amigos confraternizavam e em meio a conversas surgiu a ideia de fazer uma competição de futebol. Entre os homens estava Alfredo José dos Santos que declinou do convite de participar do futebol, mas gaúcho de sangue bom disse que ajudaria financeiramente. Completou a frase, dizendo: se fosse para fazer o que gosto, “correr atrás das novilhas de encomenda, na porteira da mangueira, vinda do fundo e como corrida era parceiro! Estava tratado feito. Osformada”... amigos gostaram da ideia! O primeiro treino de laço aconteceu no dia
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14 de novembro de 1951, na fazenda de Ataliba Kuse e Walter Brehm emprestou o gado para a atividade. Este ato despertou a curiosidade, fortificou e trouxe mais homens para a realização da laçada. No dia 04 de Fevereiro de 1952, na fazenda de Jorge Tigre acontece o primeiro rodeio. Esta conversa de homens deu srcem aos nossos rodeios atuais e as primeiras disputas de laço no Rio Grande do Sul. Conforme a laçada crescia foi se tornando necessário fazer o “regulamento “ e esta regulamento foi usado no primeiro rodeio da cidade de Vacaria,no dia 06 de Abril de 1958, que hoje se encontra em sua XXX edição e é realizado de dois em dois anos (nos anos pares do calendário ) . Evento este consolidado em todo o Brasil. E também serviu para que o MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho) através dos senhores Cyro Dutra Ferreira e Wilson Freitas viessem aos Campos de Cima da Serra para ver como acontecia e levar para a capital! No Congresso Tradicionalista Gaúcho, de Caxias do Sul, no ano de 2002, nos consagramos como pioneiros do tiro de laço, contando com a presença de vários ícones do Movimento Tradicionalista Organizado, como Paixão Cortes e Cyro Dutra Ferreira. Na cidade de Esmeralda o parque de rodeios, inaugurado em 27 de novembro de 2008, leva o nome de Alfredo José dos Santos. A 8ª Região Tradicionalista realiza anualmente torneio de laço que leva o nome de Alfredo José dos Santos. Hoje rodeios e torneios acontecem por todo nosso Estado e com alegria celebram a cultura, a historia, a amizade e o culto as nossas tradições. Mas, para nós, serranos é um orgulho ser do sul, berço do tiro de laço! “Só há uma história: a história do homem. A história do homem é a história do mundo. A história do mundo e a história das ideias do homem. Só faz história o que é relevante“ - Jarbas Lima.
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a id e lm A e d . B a h in ze er iT r au :Ls ot oF
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dio Difusora – Otelo Jaques – sobre a possibilidade de levar ao ar, durante um mês, um programa A cidade de Vacaria tem essa nomenclaturatradicionalista. Franqueado o microfone, iniciou o ligada diretamente à expressão espanhola “baque- programa juntamente com jovens artistas, como ria de los piñares” , ou vacaria dos pinhais, deno- músicos, declamadores, trovadores, entre outros. minação dada pelos jesuítas espanhóis aos Cam-Sendo assim, nas suas últimas edições, foi realipos de Cima da Serra, onde iniciaram a criaçãozado a divulgação do objetivo: convidar os gaúchos de gado que abasteceria as reduções jesuíticasvacarianos para a fundação de um Centro de Trae, mais tarde, com o ataque dos bandeirantes às dições Gaúchas. Foram marcada duas assembleias missões, este gado se reproduziu em larga escala,no salão da Prefeitura, onde, na primeira não teve número suficiente de pessoas, mas na segunda tornando-se dos principais compareceram 60 tradicionalistas. nomia do Rioum Grande do Sul. elementos da ecoNasceu o CTG de Vacaria, porém faltava o nome. Entre as sugestões enviadas, a comissão composta por Dr. Cássio Costa, Osmar Paim Terra CTG Porteira do Rio e Dorival Guazzelli, escolheram, porunanimidade, Grande e o rodeio de o nome “Porteira do Rio Grande” Centro de Tradições Gaúchas, sugerido pela professora Jurema de Vacaria Oliveira Terra.Como lema do CTG,Getúlio MarcanO CTG Porteira do Rio Grande, localizadotônio sugeriu: “Palanque do passado, esteio do futuro”. Foi, então, realizado um baile no salão do Cluna cidade de Vacaria, tem como fundador Getúlio be do Comércio para comemorar, com grandiosa Marcantônio, que durante o Congresso Tradicionalista, de Santa Maria, de 1954, onde participaramfesta, a fundação do CTG Porteira do Rio Grande. os 38 centros de tradições gaúchas existentes naO primeiro patrão do CTG foi Dorival Guazelli e, o época, resolveu fundar um CTG em sua terra. Ematual, Neuri Fortuna. julho de 1955, ele consultou o diretor da antiga rá- Para comemorar o aniversário do Porteira
Vacaria
Foto: Divulgação
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do Rio Grande, a diretoria,decidiram juntamentefazer com os laboradores, umcorodeio. Como modelo, se tinha os rodeios americanos, porém, para reviver nossos costumes, e diferenciar daqueles, acrescentou-se ao termo “rodeio”, o adjetivo “crioulo”. O primeiro rodeio do Porteira aconteceu em 1958, na patronagem de Getúlio Marcantônio. Conhecida nacionalmente, a entidade realiza, de dois em dois anos, o Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria, que tem como objetivo cultuar e difundir nossa cultura em todos os estados e países. O evento se encontra em sua 30ª edição, realizada em Janeiro de 2014.
Texto e organi zação do capítulo : Ana Lúcia Freitas da Rosa Silva - professora, pedagoga e pós graduada em supervisão e gestão escolar. Irís Kaiser Paulves - professora, pós graduada em educação
Apresentamos nossa região, mos- Ramada, Panambi, Pejuçara, Pinhal Grande, Quetrando no mapa os municípios que dela vedo, Quinze de Novembro, Santa Bárbara do Sul, fazem parte , destacamos Cruz Alta por serSelbach, uTpanciretã. Assim destacamos algumas a sede da Região neste ano de 2014. características gerais de algumas das cidades da 9ª Região Tradicionalista:
Ajuricaba Considerada “Terra do Peixe Cultivado”. O município de Ajuricaba em quase sua totalidade foi colonizado por imigrantes alemães e italianos, procedentes das Colônias Velhas do Rio Grande do Sul, como Bento Gonçalves e São Leopoldo.
Augus to Pest ana
A 9ª Região Tradicionalista conta e faz Hi stóri a
A formação étnica, basicamente de imigrantes alemães e italianos, somada às demais, confere ao município características culturais em seus hábitos e costumes de grande riqueza, como o espírito empreendedor, a vontade de trabalhar e inovar. Conhecido como “recanto da produção” a economia é baseada na produção primária.
Boa Vi st a do Cadeado A história da região é rica tanto cultural como economicamente por ter municípios próspeCompõe a Rota da Terras Encantadas, valoriros, porém o que diz de nós é a história de nossa zando as riquezas culturais e naturais da Região, gente sua contribuição em cada um dos espaços do qual faz parte. A 9ª Região Tradicionalista Em é Boa Vista do Cadeado, as belezas naturais são composta por 22 municípios que desempenham um grande diferencial da região, como, Cachoeiras um importante papel no tradicionalismo gaúchoe Cascatas. através de suas entidades preservando nossos usos e costumes. Os Municípios que compõem Boa Vista do Incra a 9ª são: Ajuricaba, Augusto Pestana, Boa Vista do Cadeado, Boa Alta, VistaFortaleza do Incra,dos Bozano,Coronel A srcem do nome, remonta uma época muiBarros,Cruz Valos, Ibirubá, to distante. Por volta de 1839, a área de Boa Vista Ijuí, Jarí, Jóia, Júlio de Castilhos, Nova do Incra foi possuída pelo Cel. José Lopes da Silva,
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cinco anos após a criação do município de Cruz Alta. Foi ele quem denominou essa localidade de “fazenda Boa Vista”.
Coronel B arros O município de Coronel Barros tem sua economia baseada na Agricultura - Agropecuária Produção Leiteira e extração mineral. O município conta com a maior reserva de rocha basáltica da região.
Fortaleza dos Valos
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A srcem de seu nome é relacionada a enor-homenageia os 150 Anos da Imigração Alemã, além mes valos abertos pelos índios em torno de umade um parque de recreação para crianças. Fortaleza Jesuítica. Outra versão assegura ter a Fazenda Fortaleza abrigado revolucionários em 1893, com escaramuças entre republicanos e fede- Ijuí - Nossa terra, nosso ralistas, que abriam valos para lhes servirem de orgulho. trincheiras. Destaque turístico a Barragem do Passo real, um forte atrativo para dinamizar a econoNão importa o lugar onde vivemos, nem tammia de Fortaleza dos Valos. pouco se nascemos e crescemos ali, ou por quaisquer motivos optamos por nos instalar e construir nossa nos vidafaça nesse local. O desperte importante que esse lugar bem e nos umésentimento Nova Ramada O nome de Nova Ramada surgiu do acordode orgulho por aquilo que oferece e também o deentre as vilas Barro Preto e Pinhal, tendo por basesejo de contribuir para que os outros se orgulhem histórias reais do novo município, onde desde osdo lugar que escolheram para viver, definitiva ou anos da década de 1920, girava em torno das palavra RAMADA, que significa “Cobertura ou sombreamento por folhagens verdes, onde a população se encontrava para realizar festejos populares”.
Selbach A Praça atrai pelos ciprestes com poda artesanal. Os ciprestes dão forma a personagens representados por casais de namorados lembranão açg do osciprestes primeirose encontros na praça.muitas É umaflores praça l com podas artesanais, vu i juntamente com o Monumento do Imigrante que :D to o F
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ça, fortalecendo a tese de que preservando o passatransitoriamente. do se constrói o futuro. Ijuí, primeiramente Colônia de Ijuhy (Ijuhy, em guarani, “Rio das Águas Divinas”), primeira colônia oficial do Estado do Rio Grande do Sul em terras do Ibirubá planalto, município da Região Noroeste/Missões, é detentora de muitos atributos, dentre eles o de fazer seus munícipes sentirem orgulho de serem A história de Ibirubá inicia-se em 1895, quando da inauguração do trecho da estrada de ferro ou estarem ijuienses. Conhecida como a Terra das Santa Maria – Passo Fundo, se cogitou colonizar Culturas Diversificadas, Colméia do Trabalho, Terra das Fontes de Água Mineral e Portal das Missões,General Osório. Assim, em 1898, o advogado Diniz a sua formação a partir de várias culturas lhe re-Dias Filho e o intendente de Cruz Alta Serafim Faveste de uma riqueza muito grande em todas as gundes, fundaram a Empresa colonizadora Dias contribuições culturais, quais sejam: o folclore, eo Fagundes. A sede recebeu o nome de General Osório. Em 1938 mudou-se o nome para General artesanato, a culinária, a dança, o trabalho, enfim, tudo o que os imigrantes das mais diversas nacio-Câmara, na visita de um membro do IBGE ao município foi sugerido o nome de Ibirubá, que em Tupinalidades e os índios nos legaram, reunindo em um único lugar, toda a formação do nosso estado. -Guarani significa Pitangueira do Mato. A emancipação veio em 15 de dezembro de Tão forte é a preocupação com a preserva1954, criando o município de Ibirubá, desmembrado ção da cultura desses povos, que cada etnia está de Cruz Alta. Em 28 de fevereiro de 1955 foi instaorganizada em atividades permanentes, como os grupos de danças, eventos de gastronomia típica,lado o município de Ibirubá, pois já se destacava pelo seu desenvolvimento na vida levando o resultado do trabalho do ano todo pararegionalmente a social, política e econômica. grande Festa Nacional das Culturas Diversificadas-FENADI, que ocorre junto à EXPO-IJUI. Também A história de Ibirubá é marcada pela evoluo gaúcho, formado por essa miscigenação cultural, ção do trabalho e dedicação do seu povo. É contem nesse espaço, não como etnia, mas como “cul-siderado Capital da Eletrificação Rural, Sede do Congresso de Ecologia e Destaque Regional em tura”, a oportunidade de mostrar e valorizar suaDesenvolvimento Social, Cooperativismo, Indústria tradição, costumes, danças, culinária, indumentáMetal Mecânica e na Produção Rural. ria, fazendo-o através da Associação Tradicionalista Querência Gaúcha. Em termos tradicionalistas, o orgulho de ter em sua história a primeira EntidaJúlio de Castilhos de Tradicionalista do Estado, o Clube Farroupilha, ainda em plena atividade. Segundo o historiador Firmino Costa, nas Essa questão cultural também faz de Ijuí umaterras do atual município de Júlio de Castilhos, em grande força de trabalho, tendo como um dos princitempos imemoráveis, vagavam os índios tapes. pais símbolos, a Estátua do Desbravador, localizada No início do século XVII, foram encontrados na expressivo noEstado, proveniente daagricultura, pelos jesuítas da Companhia de Jesus que os reucomércio, indústria e prestação de serviços. Ijuí é ciniram e os organizaram em uma aldeia: a Redução dade universitária e tornou-se referência no interior de Natividade de Nossa Senhora, fundada em 1633 do Estado, na área da saúde. pelo padre Todo esse conjunto de atributos torna Ijuí um Pedro Álvares, que poderia estar localizada lugar muito bom para se viver, pois oferece muitas dentro dos limites do atual município, hoje chamapossibilidades de crescimento e inovação, sem deido de Júlio de Castilhos. xar de lado a qualidade de vida, a cultura e Em 1812 ou 1813, chega João Vieira de Alvarena preocupação social deixada de heran-
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ga, jovem com cerca de 24 anos, sua mulher Marialheiros do MTG Oracy Louzada ed Abreu e João Rosa de Morais e seu primeiro filho, o menino MaPedro Santos Neto , a Dra. Sonia Suzana de Camnoel, e alguns escravos, ocupando terras devolutas pos Abreu pela contribuição no Livro das Pilchas entre os pioneiros citados, cujo título de SesmariaGaúchas. ele teria recebido em 1826, escolheu o alto da Coxilha do Durasnal, onde hoje é o centro da cidade, Panambi ali estabelecendo seus ranchos e mangueira começando a criar gado. O local do rodeio teria sido o da atual praça que leva seu nome. O generoso e bem Porque a sua história foi construída sobre alicercescaracterizados pela coragem , ousadia,deterestimado curitibano João Vieira de Alvarenga, que experiência e conhecimento de homens e se dedicava mais a carretear, levando erva para minação, o Uruguai, deixou que muitos se estabelecessemunj mulheres queeendimen escolheram esta terra para servir berço de empr tos que ofereceram oportu - de to à sua fazenda, no desejo de vê-la transformada nidade de trabalho e, consequentemente, de sustento em um povoado. Em 1870, o povoação passou a ser conhecida para os seus habitantes até os dias de hoje. como Povo Novo, em 1885, como Vila Rica e, em 14 de julho de 1891 - Lei N.º 607, em homenagem a seu ilustre filho , Júlio de Castilhos. Considerada a capital brasileira do gado charolês, por ter sido a pri meira cidade do mundo à nascer o primeiro gado charolês mocho (sem aspas) Júlio de Castilhos possui uma infra estrutura em constante crescimento, devido ao aquecimento da economia Castilhense nos últimos anos, assegurada pelo cultivo Trigo e daSoja Anualmente é realizado no Parque de Exposiçãoregião Miguela Waihrich uma das maiores feiras oã da EXPOJUC,Filho etambém o efstival demúç sicas inéditas , Convenção Nativista, no tradiciona-gaulv i lismo , temos seis entidades. CTG Júlio de Castilhos, :Dto CTG Tio Anastácio, DT Herdeiros da Tradição e oF CTG Porteira Aberta, DT Alma Farrapa, e CTG TroEstes colonizadores souberam aproveitar tudo peiro Serrano. Destacamos o CTG Júlio de Castilhos por tero que tinha na sua bagagem para aqui desenvolver a indústria e o comércio sem, no entanto, descuidar sediado no ano de 1987 Convenção Extraordinária e em 1991 o 36º Congresso Tradicionalista Gaúcho,da cultura que expressa através da música, da arte, do esporte e da gastronomia. Tudo isto destaca o dentre outras atividades como rodeio internacional, estadual e regional, também com o Grupo Nativis- Município na região noroeste colonial do estado do ta Fogo de Chão, invernada danças mirim, juvenilRio e Grande do Sul. adulta, esta entidade já obteve várias premiações, e destaques como as prendas estaduais , Janine Tupanciretã Appel, Dorete Padilha, Marta Canfield, Danuza Matiazzi, Evelise Boherer e peõe e guris farroupilha Em Tupanciretã, os Jesuítas invocaram o nome estaduais Roberto de Souza Barbosa, Adriano Mo-da Mãe de Deus. Reza a lenda “Um misreira, Roberto Oliveira da Rosa Fil ho , e os Conse-
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sionário e alguns poucos índios foram colhidos por uma tempestade próximo ao planalto da Coxilha Grande. A noite chegava e com ela o pânico e o terror. Quando a desorientação desesperava o padre e os poucos índios companheiros, um relâmpago lhes mostrou na fímbria do horizonte, em plena noite, um vulto mal definido. A silhueta que os relâmpagos mostravam, era a imagem da madona exposta ao furor da tempestade, que arrebatara da capela pequenina a cobertura frágil. O sacerdote cheio deoaleãç gria cristã, exclamou: “Tupan-cy”, e os índios, aterroa lg ivu rizados, repetiram: “Tupan-cy-retan”, que na língua :D too indígena quer dizer Tupan=Deus, cy=mãe e retan= F terra, ou seja, “Terra da Mãe de Deus”. Tupanciretã é considerada a capital da soja, Cruz Alta tem o seu processo de formação devido à sua produção, que é a maior do estado dohistórica iniciado ao final do século XVII, quando uma Cruz de Madeira foi erguida simbolizando Rio Grande do Sul e também pela grande particium marco de povoado. O Padre Jesuíta Anton pação em movimentos a favor da liberação da soja Sepp Von Rechegg foi o responsável por este feito transgênica. em 1698, logo após a Fundação de São João Batista nos Sete Povos das Missões. Mais tarde com Cruz Alta a demarcação do Tratado de Santo Ildefonso em 1777, a linha divisória (campos neutrais) que se“Num chão cheio de vida, Nasceu uma ter-parava as terras da Espanha das de Portugal, corra querida, Cruz Alta dos Trigais...”, nos versos datava o território Rio-grandense pelos divisores de música Terra Saudade de Horacio Côrtes e Miltonágua por esse local onde existia a grande cruz e Magalhães, nosso orgulho de nossa cidade e um uma pequena capela do Menino Jesus. fragmento de sua história. Esse imenso “corredor” recebeu um grande Foto:Divulgação
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Foto:CrisMota
Foto:LilianePappen
número de pessoas das mais variadas atividades, quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver Cruz Alta tornou-se ponto de invernada e pousodeixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar para milhares de tropeiros oriundos das frontei-os lírios do campo e as aves do céu”. ras com a Argentina e Uruguai, que se dirigiam Importante ressaltar que neste ano de 2014, até a feira de Sorocaba para comercialização detemos um capítulo novo para acrescentar a nossa animais. história que é o Acendimento da Chama Crioula Com a fundação da vila, autorizada em 1821do Estado que será acesa em Cruz Alta e distrie a criação do município em 1833, Cruz Alta cons- buída para as demais regiões tradicionalistas do tituiu-se numa imensa área territorial do qual seestado e CBTGS do Brasil. srcinaram mais de 200 municípios, cujos limites foram testemunhas e protagonistas dos principais embates da vida dos gaúchos. A boa água das vertentes do Arroio Panelinha9ª Região Tradicionalista que abasteciam os viajantes pelas mãos das nativas A 9ª Região Tradicionalista foi criada no dia 25 de novembro de 1967, por ocasião do Rodeio de do lugar, deu srcem a Lenda da Panelinha, preganPatrões, realizado no CTG Querência da Serra de do o retorno dos que bebem a água da fonte à Cruz Cruz Alta, presidido pelo tradicionalista Hugo da Alta. Herdeira de forte tradição religiosa CruzCunha Alves, Presidente do Movimento Tradicionalisnominação: “9ª Zona – A”. (RelaAlta, exerce atração para milhares de centenas deta Gaúcho, com a de pessoas na Romaria de Nossa Senhora de Fátima, tório do Presidente do MTG, 1967, apresentado duranfesta anual que acontece nas ruas e no santuário,te o XIV Congresso Tradicionalista – São Francisco que recebe grande fluxo de turistas diariamente.de Paula – 1969). Passou a denominar-se “9ª REGIÃO TRADIOutro aspecto de orgulho para a cidade é que desde 1981 temos, o maior Festival de musi- CIONALISTA, no XV Congresso Tradicionalista em ca regional sul-rio-grandense, a Coxilha Nativista,Santiago – 1970”. Compreende 22 municípios e 71 que de forma ininterrupta nestes anos, consoli-EntidadesTradicionalistas. Seu primeiro Coordenad or foi o senhor ALAN dou-se o Cruz sul doalta Brasil países vizinhos. BUENO PAIM, no ano de 1967 a 1969. Ao longopor do todo tempo, geroue filh os famosos, Foto: Divulgação personalidades que extrapolaram as fronteiras do Estado e do país, tornando-a conhecida em varias partes do mundo, dentre estes filhos destacamos o escritor Érico Veríssimo, cuja obra tornou-se referência em quase todas as nações do planeta. Para ilustrar a sensibilidade deste autor um pequeno fragmento de tantos outros que tornam a vida mais leve “Precisamos dar um sentido humano às nossas construções. E,
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Texto e organização do capítulo: Valdevi de Lima Maciel - historiador
Primeiro homem Civilizado gentina. a pisar no solo do município de Portanto estão ai os dois fatos pioneiros da São Francisco de Assis – 1627 nossa história que registram a chegada dos espaNo atual território do municí- nhóis – Padres Jesuítas e seus seguidores – funpio de São Francisco de Assis, o ho- dando e edificando suas igrejas, alfabetizando e memo“civilizado” – evangelizar entenda-se europeu vinha catequizando os nativos odesta terra,batizado, rezandoeacopricom propósito de e explorarque as riquemeira missa realizando primeiro zas da América – que pisou por primeira vez foi locando São Francisco de Assis no rol do território o Padre Roque Gonzáles de Santa Cruz, membromissioneiro. da Companhia de Jesus, popularmente conhecida Como município, São Francisco de Assis como Jesuíta e fundou na foz do rio Jaguari-Guassrcinou-se da fundação do Forte com o mesmo su com o rio Ibicuí, uma redução (de efêmera dunome, em 1801 – na sesmaria de Itajuru, à margem ração) que em razãoda data de suachegada (02 de esquerda do rio Inhacundá – um dos instrumentos fevereiro de 1627), dia de Nossa Senhora das Can-da ocupação portuguesa deste território, após o delas, Nossa Senhora dos Navegantes, ou Iemanjá, Tratado de Madri. Em 1805 foi instalada a Guarda batizou de Candelária, dai Candelária do Ibicuí, de São Francisco de Assis, tendo como primeiro que foi a segunda Redução Jesuítica fundada no comandante o Capitão Victor Nogueira daSilva. Em território rio-grandense, que teve duração até 1632, 1809 teve início o povoamento da sede (hoje cidaquando os índios resolveram tirar a vida do Padre de), em torno do Forte da Capitania do Rio Grande Roque, sendo que ele fugiu deixando a redução em de São Pedro do Sul, por índios e mestiços, com a construção, que foi imediatamente destruída pelos definitiva ocupação das missões espanholas, e seíndios. gundo a história oral, existiu por estas bandas um Neste mesmo ano, 1632, foi fundada a da Re- cidadão chamado Côco, remanescente trabalhador dução Jesuítica São Thomé do Ibicuí, nas imediações de onde hoje está localizada “Gruta São Tomé”, sendo que os padres que participaram da fundação desta redução foram: Cristóvão de Mendoza Orelhano (introdutor do gado no território Rio Grandense), Manuel Bertot, Luis Ernot, Romero, e Paulo Benavides. Esta redução teve fim quando os seus habitantes, antes que os bandeirantes paulistas (1638) chegassem, resolveram abandonar a redução descendo o rio Ibicuí em direção ao Rio Uruguai, Levando tudo aquilo que puderam e destruíram Casas, igrejas, escolas, deixando tão somente os escombros daquela civilização, reconstruindo-aoã açlg a margem direita do rio Uruguai, onde hoje está vu localizado a cidade de Santo Thomé/Ar-Dio:
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do Forte, que se impôs o compromisso de fundar O caso João de Deus sete capelas, em cumprimento de uma promessa, lá pelo ano 1819, todas elas no território que hoje João de Deus era natural de Uruguaiana, esta localizado o município. um rapaz bem apresentado, aqui apareceu por Entretanto, existem relatos que já existia uma ocasião do período da Revolução Federalista de capela em 1812, e que o inicio do povoamento data 1893/1895, um soldado desertor das forças Republide fins do século XVIII. Por Don Diogo de Souza,canas do General Firmino de Paula. Governador da Capitania, foi concedida a sesmaria Segundo a literatura oral, ele ficou pouco das Sobras de Itajurú, com a clausula de ser reser-mais de oito meses na cidade, sendo que seguidavada meia légua em quadro para a povoação, istomente encilhava o seu pingo e passeava pelas ruas em 1814, e em cuja área está situada a atual cidade de São Francisco de Assis. de São Francisco de Assis, chamando a atenção das moças da época, e algumas vinham até as Em 1824, a capela de São Vicente foi desane-janelas para observá-lo, e mais, que sua presença xada da capela de São Miguel e anexada a capelatambém havia chamado atenção de uma moça, ficurada de São Francisco de Assis. lha de um alto político republicano da época, que ao chegar ao seu conhecimento, imediatamente ordenou a sua prisão. Revolução Federali sta Os lideres republicanos do município, lideraGumercindo Saraiva (13/01/1852 a 10/08/1894) dos por Gabriel Machado, tomando conhecimento O Guerrilheiro Pampe ano tombou no solo de que era um desertor, o apanharam na prisão da 10ª RT levando-o para ser torturado até a morte. Foi portanto, preso e torturado por companheiros da mesNa Revolução Federalista surgiu a figura imma causa política. par do “Guerrilheiro Pampeano”, General Gumercindo Saraiva, que encontrou a morte, nos campos Gritava desesperadamente de dor, seus gritos e lamentos profundos eram ouvidos pela popudo carovi, hoje município de Capão do Cipó, no dia lação da vila de São Francisco de Assis, no lado 10 de agosto de 1894, e a parOeste da vila, para onde foi levado para a execução tir deste episodio deste crime bárbaro. a Revolução Foi um mártir do sofrimento e da dor infinita, Federalista, cosofreu varias torturas, foi desconjuntado, mutilado meçou a ir para horrivelmente e, por fim, degolado, tendo seus reso seu final, pois tomtos mortais sido arrastado por algumas ruas da bava o maior líder cidade. revolucionário, que O Corpo do mártir foi sepultado numa fossa chegou a ser considecavada no próprio local do hediondo crime. rado o “Napoleão dos O túmulo de João de Deus encontra-se hoje Pampas”, pois mesna praça do bairro que leva seu nome. mo sem ser um miDesde muitos anos nossa população vem litar de carreira, foi cuidando, zelando carinhosamente a sepultura de o melhor esJoão de Deus, circundada por cruzeiros diversos trategista e juncada de flores, pois João de Deus sempre foi militar da Revolução Federalista.
considerado um milagreiro, nessapromessa sepultura,risoconsiderada milagrosa, encarnam-se nhas de esperanças onde antigamente
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romarias de fiéis iam, constantemente, fazer as um bom pouco, perguntaram, – de que são essas suas preces, ungidas de fé inabaláveis, e até 1970 ocostelas? – De carneiro – respondeu o Capitão CorCTG Negrinho do Pastoreio realizava a solenidade tes. – Venha ver o carneiro, convidaram os soldados de acendimento da Chama Crioula neste local. e mostraram-lhe o cadáver do pai do qual tinham tirado as costelas. Perto estava o cadáver de seu cunhado, O Capitão Cortes enfurecido apoderou-se O caso Ignácio Cortes de uma espada e sozinho enfrentou a todos os que o cercavam até cair aos golpes que lhe desferiam. O Coronel Cândido Ignácio da Silva Cortes, Não contentes com essa atrocidade os soldaera um estancieiro, de São Francisco de Assis, cuja dos republicanos (pica-paus) foram até a sede da sede de sua Estância estava localizada onde hoje éEstância das Tarimbas, de propriedade da família acificamente sede do Município deéManoel Viana,Brasil, mais quadra espe-Cortes, e encontrando a mesma tapera, saquearam onde hoje a Rua Assis a casa e depois puseram fogo, sendo que a viúva entre as Ruas Franklin Bastos de Carvalho e Presie três filhas do coronel haviam migrado anteriordente Vargas. Era um fervoroso admirador do Dr. mente paraa Argentina,e seu filho Diamantino, haGaspar da Silveira Martins, político rio-grandense,via cruzado o Rio Ibicuí rumo a fronteira. fundador do Partido Federalista, primeiro partido político no Brasil que se opôs ao partido republicano. Em 1893 reuniu peões de estância e gaúchos Revolução de 1923 da região e liderou um piquete de revolucionários A praça central de São Francisco de Assis que incorporou nas tropas do General Gumercinfoi palco de um combate do Saraiva, percorrendo mais de 8000km, indo até a Lapa, no Paraná e de lá retornando ao Rio Gran- No final de setembro, ocorreu uma das maiode do Sul. res façanhas na Revolução de 1923, conhecida No dia 06 de setembro de 1894 o seu piquete como “Volta da Serra”, desempenhada pelo Genetravou um renhido combate no Capão da Laran-ral Honôrio Lemes (Leão do Caverá) quando, em jeira, 5º distrito de São Francisco de Assis, com opleno tiroteio, depois de ter saído da Serra do Capiquete do coronel Fabrício Batista de Oliveira Piverá, passou para a margem direita do Rio Ibicuí, lar, de onde resultou ferido e foi trazido por dois local conhecido como Passo do Catarina, fugindo capitães seu filho, e seu genro, para buscar recur-de tropas republicanas, comandadas pelo General sos para a sua saúde na vila de São Francisco deJosé Antônio Flores da Cunha. Assis, ao chegarem na residência de um parente Após essa passagem no Ibicui, que ocorreu no na localidade de Caraypasso, chegaram tambémdia 29 de setembro, Honório Lemes com um grupo os soldados da Brigada Militar, remanescentes das de mais ou menos 100 homens, ficaram acampados tropas do Coronel Fabrício Pilar, ameaçando que na propriedade rural de Henrique Gregório Haiarrasariam a casa onde eles se ocultava, caso nãogert, pai do Coronel Pimba, do Capitão João Virgise entregassem e dando garantia de vida após lio a Haigert e do Tenente Amarino Haigert, enquanto prisão. Em vista disso o parente entregou-os. Fo-o restante, pouco mais de 200 homens, ficou sob o ram separados, o filho do pai. O comandante do comando dos Coroneis Hortêncio Rodrigues e João piquete Brigadiano, convidou o filho a fazer parte Batista Luzardo (chefe do Estado Maior da Coluna das forças sob seu comando, este negou-se. Deixa-de Honório Lemes) e seguiu em direção a Vila de ram-no preso alguns dias sem comer. No fim deSão Francisco de Assis, distante uns 18 km do Pasalguns trouxeram-lhe costelas assadas, do Catarina. O Paulino Senhor Cipryano Anany Haigert, filho mais eledias comeu com voracidade, dado a fomeque deso velho do Coronel Haigert (Pimba), muitos dias de fuga, depois de comercontou que seu pai, no dia anterior ao combate,
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passou em sua casa para dizer que estavam acam-quem Flores da Cunha não dava quartel, empreenpados por perto e que se preparassem para qual-deu uma incursão pela zona missioneira, transquer coisa, e, ainda relatou que naquela ocasião, do pondo o lbicuí no Passo do Catarina. Sua vanguarlado de fora da casa, alguém socava no pilão e suada, comandada pelo coronel Hortêncio Rodrigues, mãe mandou que essa pessoa entrasse, pois temiaatacou a vila de São Francisco de Assis, guarneuma bala perdida. cida apenas pela polícia municipal. O intendente Desta vez o Intendente da Vila, Dr. Carlosdesse município Dr. Carlos de Oliveira Gomes, Gomes, ao saber da aproximação da tropa revotendo reunido alguns correligionários, ofereceu lucionária, embora aconselhado a retirar-se para aos atacantes uma resistência espartana, digna de Santiago ou Jaguari, resolveu preparar-se para figurar entre os mais belos feitos da história rioenfrentá-la, manifestando que desta vez ficaria, -grandense. porque não queria sofrer mais humilhações e que Algum tempo depois de ter atravessado o mostraria para o pessoal de São Vicente do Sul ePasso do Catarina, o Coronel Hortêncio Rodrigues, de Santa Maria quem era o covarde. Com pouco juntamente com o Coronel Otaviano Fernandes de mais de 80 homens, mal armados e mal municia-Dom Pedrito, e com o Coronel Batista Luzardo de dos, com trincheiras em forma de meia lua queUruguaiana, mandaram o ultimato para o Intenforam cavadas ao correr das ruas e contornando dente e sua pequena força dizendo para se retiraa praça (localizada em frente à Intendência), com rem, pois eles iriam tomar a Vila. trincheiras de sacos de areia e cercas de arame far- Mas o que era temido aconteceu, contam que, pado, o Intendente e seus companheiros armaramde repente, um forte barulho, um bater de cascos -se como puderam. veio em direção a uma das trincheiras causando Assim, os republicanos assisenses ficaram agrande susto aos que nela estavam posicionados. espera do inimigo, aliás, um inimigo bastante co-Imaginaram que fosse o inimigo, alguém disparou nhecido, pois ambos nasceram no mesmo lugar,o primeiro tiro. E claro que o adversário respondeu cresceram brincando sob o mesmo chão, talvez até da mesma forma e assim teve início o sangrento juntos em alguns casos, mas a política tem suascombate. artimanhas, suas armadilhas, seus encantos, conAproximava-se daspor seismais horasdedaduas manhã e alie seguindo inclusive isso, a rivalidade, o ódio entre osse travou um combate horas filhos da mesma terra, levando-os, inclusive, à mormeia, considerado um dos mais violentos. te se preciso fosse em defesa de seus ideais. Depois de dado o primeiro tiro, na manhã do Os revolucionários também procuravam sedia 02 de outubro de 1923, a Vila de São Francisco armar para eventual combate. Para tanto, o senhor de Assis, virou um cenário de guerra, onde só o Manoel Grenalvo Rodrigues Rosback, ordenança que se ouvia eram gritos, tropel de cascos de cae sobrinho do Coronel Hortêncio Rodrigues (para valos, estouro das espadas e estampido das balas quem deixou todos os seus objetos pessoais como: Os republicanos posicionaram-se nos telhafotos, álbum dos bandoleiros, arreios, faca de prata dos, inclusive alguns se protegeram no telhado da e até o “copo de arreio”, copo de guampa, estes úl-Igreja, mais exatamente na sua torre, de onde mitimos usados durante a revolução), foi mandado ao ravam perfeitamente seus alvos, os revolucionários. comércio local com o fim de arrematar tesouras O combate seguia sem dar tréguas quando, de tosquia e de costura para fazerem lanças, poisentre muitos dos mortos que estavam dentro das as armas que tinham eram poucas e a muniçãotrincheiras, cai o delegado da Vila e seu Ex-intenmenos ainda. Outros tipos de lanças eram confec-dente (gestão 1904 a 1908), Major Estevão Brandão, cionadas por um ferreiro que trabalhava no outro já sem uma parte do braço que segurava a espada lado do arroio lnhacundá. e que lhe foi decepado enquanto lutava. Em fins de setembro, o caudilho do Caverá, a As balas haviam marcado pare-
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des, janelas, portas e portões das casas e tambémque é nascido e criado numa determinada região muitas árvores por perto. Algumas dessas marcasou lugar e que telurismo é a influencia do solo de existem até hoje, como nos portões do pátio dauma região sobre os usos e costumes de um povo, Prefeitura Municipal que na época, dava acesso ao sendo a força que brota das entranhas da terra. É Presídio Municipal. neste ambiente e patamar que São Francisco de Enquanto as trincheiras enchiam-se de com-Assis, através da criatividade e inspiração de Wenbatentes mortos ou feridos, os que ainda viviam ceslau da Silva Gomes (Neneca) executando a sua eram incentivados pelo Intendente Municipal, Dr. gaitinha de 48 baixos, na localidade de Mato GranCarlos Gomes a seguirem lutando, a não se en-de, 5º distrito do município, tentando imitar o ronco tregarem enquanto ele atendia um a um dos seus e tranco cadenciado dos bugios, criou o único ritcompanheiros, distribuindo-lhes a pouca muniçãomo musical eminentemente gaúcho, que segundo a que ainda restava. Em uma dessas suas idas e vin-pesquisa do escritor Salvador Ferrando Lamberty das foi atingido mortalmente por tiros. Segundo “éo um ritmo rude e nativo como o próprio animal e professor Sebastião Moreira Oliveira, muitos dos altaneiro como o pago rio-grandense”. que viam o Dr. Carlos Gomes chegar às trincheiras, pediam para que não atirassem, pois ele era um homem que gozava de muito bom conceito. Deve-se considerar que havia muitos revolucionários que não pertenciam à força de São Francisco de Assis, logo, não sabiam quase nada sobre os moradores da Vila. Encontravam-se, entre as forças revolucionárias assisenses, revolucionários de Dom Pedrito, Bagé, Uruguaiana e Alegrete (Regimento Vasco Alves).
Bugio O Único Ritmo eminentemente Gaúcho Percorrendo as paginas da história chegamos aos dias em que nasceu em solo assisense, oã o único ritmo musical eminentemente gaúcho rioaç g -grandense. Se regionalismo é a corrente artísticalvuDi o:t voltada aos temas da terra e se inspira nos temas oF regionais. É o sentimento expresso na guarda de um patrimônio local. Movimento que trata dos in- Tudo isso se passou no ano de 1928 quando teresses de uma região. É a corrente artística queNeneca Gomes que era um dos cantadores anôniencontra expressão nos diversos aspectos da arte,mos da época, que expressavam a sua arte através da literatura e da musicalidade de uma região.das décimas criou esse ritmo, um acidente musiConsiderando também que o nativismo é tudocal, com muita irreverência, peraltice e telurismo aquilo que é próprio do lugar de nascimento, naque batizou “Os Três Bugios”, numa homenagem tural, não adquirido e que conserva as caracterísa três bugios domésticos que possuía a primeira ticas de srcinais, sendo basicamente um sentimento de Neneca Gomes, com o novo ritmo, defesa e amor ao pago nativo. Conside-apresentação fora de seu município, foi numa festa religiosa em rando também que crioulo é tudo aquiloSantiago, cidade vizinha. E ai o Bugio foi se espa-
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lhando entre os gaiteiros de São Francisco de Asda Cavalaria de Guardas sis, Santiago, Bossoroca, Jaguari, são Luiz Gonzaga,Nacionais, em CaçapaItaqui, Alegrete e São Borja. O Bugio encontrou va, o no posto de Ten. caminho da consagração em 1936 pelo mestre gai-Cel. Foi respeitado teiro das Missões, Antônio Soares de Oliveira (Tiolíder na Guerra Bilia), que recolheu o bugio passando a executá-lodos Farrapos. Em em sua gaitinha de 8 baixos. Foi nesta região que3/2/1838, a Repúno final da década de 40 os pesquisadores Paixãoblica Rio-granCortes e Barbosa Lessa, buscando embasamentodense nomeou-o para escrever o manual da danças gaúchas foi enComandante da Dicontrada a dança do bugio e sua musica srcinal. visão da Direita. Foi As noticias do surgimento desse ritmo mu-eleito Deputado Conssical chegaram à serra gaúcha, no inicio dos anos tituinte da República 50, foi quando os Irmãos Bertussi (Honeyde e AdeRio-grandense. Ao findar a lar) levaram o primeiro Bugio ao disco, gravando Grande Revolução, João Antônio ocupava o posto “O Casamento da Doralícia”, em 1955, que nem elesde General da República Rio-grandense. Após o mesmos sabiam que sabiam que ritmo era, pois decênio o farroupilha, não cessou. Em 1851, foi cotrataram de Samba Ritmado. mandante da 12ª Brigada da Divisão do Exército, Em 1991 um grupo de amigos fundou em organizada pelo Duque de Caxias. São Francisco de Assis, o Grupo de Arte e CultuNa Guerra do Paraguai, em 1864, comandou a ra Candelária do Ibicuí com o objetivo primordial 2.ª Brigada da Divisão de Davi Canabarro. Segundo de promover um festival nativista que objetivasse historiadores, “era calmo durante as batalhas, seno resgate e a homenagem ao Ritmo eminentemendo um dos generais farrapos mais admirados pete gaúcho inspirados e apoiados na obra “ABC DO los subalternos”. Na visita do Imperador D. Pedro II TRADICIONALISMO GAÚCHO” escrito pelo assi-a Uruguaiana, recusou uma condecoração impesense Salvador Ferrando Lamberty e editado pela rial. Convicto republicano, ele declarou: “Não devo Martinsnasce Livreiro de Porto em 1989.de Desta receberque homenagem representante de uma insforma nos dias 12, 13 eAlegre 14 de fevereiro 1993,tituição desejo ver do derru bada”. o 1º Aparte do Festival Querência do Bugio na sua João Antônio da Silveira tem fortes ligações terra natal. com a nossa região. Em duas núpcias, entrelaçou-se com a tradicional família Prates, de srcem como ele. Gerou 12 filhos, alguns dos quais se General João Antônio da lusa, multiplicaram, resultando conhecida descendência. Faleceu, em 28/3/1872, na sua propriedade ruSilveira ral, próxima ao Cerro do Loreto, em São Vicente do Um Herói Farroupilha Sul. Seus restos jazem naquela cidade, em túmulo É lamentável que a maior parte da nova ge-da família Victorino Prates, a qual conta com alração desconheça muitos vultos da História Sul-guns descendentes seus. A 10ª Região Tradicionalista também tem or-rio-grandense. Dentre esses, merece destaque o de dois fatos importantes do Tradicionalismo General João Antônio da Silveira, por sua longa gulho e Gaúcho realizados em municípiosde nossa região. importante atuação durante o século 19. João Antônio participou de Campanhas Mili- 1º) Um deles é a realização do Congresso Tratares em 1801,1811, 1812, 1818 e 1820. Ao irromper a Re- dicionalista de 1970, na cidade de Santiago, presidido por Jaime Medeiros Pinto, onde foi volução Farroupilha, era comandante do Regimento aprovada a proposição que versava sobre
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a realização oficial do Concurso de Prendas do Rio Grande do Sul, somente na categoria adulta. 2º) A realização da Primeira Convenção Tradicionalista, no CTG Invernada do Chapadão em Jaguari. Compõem a 10ª Região Tradicionalista os seguintes municípios: Manoel Viana, São Francisco de Assis, São Vicente do Sul, Cacequi, Mata, Toropi, Jaguari, Nova Esperança do Sul, Santiago, Capão do Cipó, Unistalda, Itacurubi. Foto: Divulgação
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F ot o: N es to r F or es ti
Texto e organi zação do capítulo : Douglas Uilliam de Quadros da Silva - estudante de arquitetura e urbanismo - Peão Farroupilha do RS 2011/2012
O Rio Grande do Sul teve sua for- e trabalhador começa nossa região, na cidade de mação através de várias etnias cul- São Vendelino, considerada um pequeno paraíso. turais de outros países que vieram para cá, formando uma só, um povo São Vendelino forte, leal, justo e exemplar. A nossa serraportuguesa caracterizou-se pela imigraÉ a única cidade de nossa região que foi preção italiana, alemã, e polonesa. A 11ª Região Tradicionalista é composta atual- dominantemente colonizada por imigrantes italiamente por 25 municípios, que abrangem mais denos, as casas “enxaimel” tipicamente alemã, que eram casas com uma estrutura em madeira apa200mil habitantes, nas cidades que fazem parte da Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande dorente entre as paredes, são facilmente vistas nas Sul. Isso desmistifica a formação de nossos cida-estreitas ruas do interior desta cidade. No tempo dãos, que mesclam as imigrações acima citadas,da imigração não haviam muitas formas de fixação da estrutura, então os imigrantes faziam pinos engrandecendo a pujança de trabalho, força e fé, de madeira, furavam e encaixavam, uma verdadeique nortearam o povo de nossa serra. O ano de 1875 desembarcou na região os pri- ra obra de muito projeto e precisão e utilização valiosas dos recursos da época. meiros imigrantes italianos, de hábitos rurais e curtidos pela dureza da sobrevivência na Itália, estes colonos estavam preparados para a rude vida na Carlos Barbosa “Mérica”, como chamavam o Brasil. Ao contrário dos demais imigrantes, os italianos tiveram que pa- Tem sua colonização alemã e italiana, nesta gar pelo lote. pequena cidade o desenvolvimento predomina. A Exímios agricultores, logo plantaram o milhocriação do gado leiteiro, e outros animais também e prontamente tiraram a base de sua alimentação, foi uma economia do imigrante italiano, do leite a polenta. era feito o queijo, e outras culinárias, logo fizeram Plantando a uva, prontamente fizeram o vinho o salame e a copa. Também eram agricultores, a graspa e o suco de uva. plantavam a uva claro, mas lidavam com o milho, o feijão o trigo. Como foi crescendo a quantidade de produção, que tal industrializar isso? Parece Uma herança cultural... que Carlos Barbosa foi a principal responsável reHoje a serra gaúcha responsabiliza-se por ter gional para industrializar a pecuária e a produção as principais vinícolas de nosso estado, e cidadesleiteira, com uma grande e abençoada cooperativa destacadas na economia, cada cidade tem uma compravam o leite do colono em uma maior quantidade o que fez que este aumentasse sua produção, particularidade. A seguir conheceremos algumas cidades da 11ª RT e suas particularidades, curiosi-e ocasionou o crescimento com organização das dades e importância econômica, e social para ofamílias rurais da redondeza. Rio Grande do Sul. Na agricultura a respeitada e importante faNa Encosta da serra, num povoa- mília Tramontina iniciou com ferramentas para a agricultura, e logo expandiram seu ramo para do muito pequeno, mas muito querido
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a casa, fizeram panelas, talheres da melhor quali- Um evento nacional movimenta com nossa cultura que é a FENACHAMP - Festa Nacional do dade nacional. Hoje, é uma das mais importantes Champanha, movidos por ideais. metalúrgicas do mundo responsável por produtos de qualidade que engrandecem o nome de nossa região e estado.
Bento Gonçalves
F ot o: D iv u lg aç ão
É a terra do vinho! Principal polo moveleiro do estado, Bento, como nós carinhosamente a chamamos produz móveis de alta qualidade onde são exportados para todo omundo, movimen tando eco-
nomicamente a região. Empresas cresceram juntando a dedicação e vendo o exemplo dos antigos imigrantes, nesta cidade houve um período muito importante que foi a criação de uma antiga empresa de gaitas conhecida em todo o estado que se responsabilizou por gaitas famosas e de boa qualidade. Acontece em Bento Gonçalves importantes feiras nacionais, no maior parque coberto climatizado da América Latina. Garibaldi Bento é a cidade natal de Ernesto Geisel, um É um ícone nacional, pois é o Berço Nacio- dos presidentes dos Brasil! Além de ser a Capital Brasileira do Vinho, engrandecendo os valorosos nal do Esqui, o primeiro lugar do Brasil onde foi possível esquiar sem neve, e considerada a Capi-vales de vinhas, que tem em sua srcem a certificação de nossos vinhos, agregando assim, a respontal Nacional do “Champagne” porque das cidades sabilidade de sermos modelo de preparo, cuidado e brasileiras foi produzido em Garibaldi o primeiro vinho espumante, no ano de 1913. O produto esta-acima de tudo, qualidade em sua produção. va sempre presente nos banquetes oferecidos pelo A cidade de Bento Gonçalves tem em seus valores a personalidade da Entidade mais antiga governo de Getúlio Vargas e elogiado pela Rainha Elisabeth ao visitar o Brasil. A educação dos jovenspertencente a 11ª RT, o que enobrece o culto as verdadeiras tradições do Rio Grande tradicionalista. garibaldenses foi de responsabilidade das Irmãs de Foto: Gustavo Bottega São José e os Freis Capuchinhos. F ot o: D iv u lg aç ão
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Monte Belo do Sul Cidade colonizada unicamente por imigrantes italianos, que sob os montes e as pedras, tiveram como ideia para a sua sobrevivência o cultivo das videiras. Nos dias atuais ainda mantém viva a sua cultura, através das festas de santos, os filós, os capitéis e por duas festas maiores que fazem um resgate evidenciado da cultura: A Festa de Abertura da Vindima, onde marca o inicio da colheita e ffo o Polentaço, onde de u polenta. Monte Belohádocompetições Sul tambémdeé oescultura maior proZ ic ra dutor per capta de uvas da América latina, e ainda D mantém a sua economia baseada na agricultura.:too F Neste pequeno município grupos folclóricos ainda cantam e encantam com o predominante sotaque italiano músicasculturais. F ot o: G u st av o B ot te g a P re fe it u ra M u n ic i al p
Guaporé
Veranópolis
É considerada a princesa dos vales, cidade de veraneios, Capital Nacional da Maçã, pois foi em Veranópolisplantado os primeiros pés de maça doBrasil, terra dalongevidade,comprovada cientificamente que lá as pessoas “vivem mais”, bela por natureza, é banhada pelo Rio das Antas, um dos afluentes do rio Taquari, região onde o folclore, lendas são intensos, causos de Lobisomem em noites de Lua Cheia, “Mariquinha” o lendário índio do bem “Paco”, são comuns por ali e todos conhecem as histórias, e alguns mais antigos juram que viram. Veranópolis é a terra de um dos grandes festivais de música de nossa terra, o Festival Serra, Campo e Cantiga, que em seu auge, promoveu diversos de nossos cantadores e compositores rio-grandenses.
Nova Prata
É conhecida pela sua beleza natural e pelas É a cidade gaúcha que dedicou-se na lapi- suas águas termais conhecida nacionalmente é dação das pedras semipreciosas e na fabricaçãoa Capital Nacional do Basalto. Da pedra o italiano de joias, uma cidade planejada e organizada com prosperou também, construíram casarões de peruas largas, e várias opções de compras de joias.dra, muito fortes com úmidos porões, pois ali era Antigos mascates compravam joias em Guaporéum ótimo espaço para conservação dos produtos e levam-nas para revendê-las em outros que produziram como o queijo e o vinho. Estas cacantos do Rio Grande do Sul.
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sas tinham a cozinha separada dos demais cômodos, pois havia um grande temor de incêndio. Núcleo surgido em 1891, distrito de Nova Prata, hoje o município de Nova Bassano teve como primeira denominação “Bassano Dell Grappa” em homenagem aos imigrantes oriundos do norte da Itália, província de Vicenza. Antes a região era habitada pelos índios coroados, que aos poucos se afastaram do local. Os primeiros migrantes desbravadores eram todos italianos em grupos de aproximadamente 30 famílias.
Serafina Corrêa
la ip ci n u M ra tu eif er P a g et to B ov at s u :G too F
A agropecuária e as indústrias são a base da economia que sustenta o desenvolvimento social, colocando o município em destaque entre os 496 municípios gaúchos. A Via Gênova é a Avenida que passa em frente à Prefeitura Municipal e a mesma é formada por um conjunto de construções que representam do. Utilizaram o basalto para fazer os porões que prédios históricos da Itália. Os prédios foram conseram utilizados estes para servir de cantina, aliera truídos sobre o Arroio Feijão Cru que atravessa a fabricado o vinho e descansado nas pipas. cidade e, juntamente com a ‘Nave Degli ImmigranMuitas pessoas consideram este região um ti’, são o Centro Turístico da cidade. pedaço da Europa no Brasil, muitos projetos de casas daqui eram exatamente os que haviam na Itália, não havia uma arquitetura brasileira formada ainda, então cada povo fazia como sabia, como se Cidades da costa do rio, como Cotiporã, Vis-lembrava. As casas eram fortes e tinham um estilo elegante, o pé direito muito alto, janelas retanta Alegre do Prata, Protásio Alves, União da Serra, gulares ritmadas de quando em quando fazendo Dois Lajeados, Guabijú, São Jorge, Pinto Bandeira, com que a fachada obedecesse uma ordem, sem Fagundes Varela, Montauri, Paraí, Santa Tereza, se preocupar com a funcionalidade interna. São Valentim do Sul e Vila Flores enobrecem muito o tradicionalismo gaúcho de nosso estado, pois emEm uma extensão da rua Buarque de Macedo no todas as cidades que compõem a Coordenadoriamunicípio de Garibaldi, está um passeio chamado: “Passadas, a Arquitetura do Olhar” onde casa cada 11ª RT, tem uma Entidade Tradicionalista ativa, sarão antigo tem um breve histórico com datas de que fortalece e desenvolve seus valores artísticos, sua obra, quem morou por ali e a importância coculturais e campeiros. mercial que teve no município. Em bento Gonçalves em frente ao hospital A Arquitetura Tacchini ainda está em pé a casa que residiu Sr. Ernesto Geisel, presidente de nosso Brasil. Os Italianos na serra construíram suas casas Em Monte Belo do Sul, a casa da fasimples, os anos foram passando e foi aperfeiçoanmília Tramontina ainda está forte!
Demais Municípios
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Paisagem Natural O rio das Antas e o Rio Carreiro passam por nossa 11ª RT e banham esta região, são alguns campings na cidade de Serafina Corrêa que fazem o veraneio da população serrana, as “prainhas” do Rio Das Antas, e os passeios de “caíco” são atrativos no verão em Veranópolispara paise crianças,vários mirantes nos possibilitam ver a região de várias perspectivas, cada ponto uma nova concepção e cada estação um calor a mais. O Verão é a fase mais alegre da serra, onde há a Vindima, ou seja, a colheita da uva, famílias reúnem-se para a festança da colheita, embaixo dos parreirais, o processo é primitivo ainda, pois não há possibilidade de mecanizar a colheita. Depois vem o outono,pela os parreirais dosmui plátanos caem, ae parreira adormece, o frio serran o caracteriza-se geada, peloficam pinhãosecos, ao péas dofolhas fogo, por tas culinárias é claro um bom chimarrão, os dias cinzas não escondem a alegria deste povo. O inverso serrano é rigoroso, em vários locais é facilmente visível a neve caindo, a geada fria no amanhecer... Após o inverno chega a primavera, época que renasce os parreirais, muito verdes, as rosas que protegem as parreiras brotam e enfeitam e embelezam a serra, as rosas tem uma função importante, há muitas roseiras plantadas perto das videiras e por um motivo: elas são mais fracas que as videiras, e quando alguma peste ou doença pegar primeiro nas roseiras é para tomar-se cuidado que em seguida isso pode acontecer com a parreira. Uma protetora! Chega o verão, banhos de rio, colheita e começa tudo outra vez. Por estes motivos que amamos ser do Sul!
i on T e d eli ca :M ost oF la ip ic n u M ar u ite fe r P ag tet o B ov ta su G : too F
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Texto e organi zação do capítulo: Liane Luisa dos Santos Peixoto - diretora cultural da 12ª RT
A 12ª Região Tradicionalis- Grande do Sul. ta é uma das 30 Regiões TradiEm meio a tantas coisas boas em Esteio o que cionalistas do estado e é dividida mais os esteienses têm orgulho de dizer “EU SOU em cinco importantes cidades da DO SUL” é sem duvida a: região metropolitana de Porto AlegLeopoldo re : Esteio, Rita. Sapucaia do Sul, re-Expointer São eCanoas, Nova Santa São cidades lativamente novas e cada uma tem peculiaridades Em 1970 as instalações no Parque Assis Brasil únicas e bem diferentes. Foram construídas porestavam prontas e a Exposição Estadual foi inaudiversas etnias de colonizadores, tendo em Sãogurada. Em 1972 a feira passou a ser internacional, Leopoldo a mais unificada, pelos Alemães, sendochamando-se Expointer e contou com participantes que nas outras a colonização é bem variada. Nos-de outros estados e expositores da Holanda, França, sa região é muito unida, pois a geografia nos pro-EUA, Inglaterra, Alemanha, Uruguai, Argentina, Dinamarca, Bélgica, Áustria, Suécia e Chile. porciona estarmos sempre junto. A distância entre As três esferas com as cores do Rio Grande uma cidade e outra é bem pequena. A seguir falaremos especificamente o quedo Sul foram doadas aos gaúchos pelo governo da Ocidental, em 1974. As estruturas se cada cidade de nossa região tem, e que orgulha Alemanha a constituíram como a marca da Expointer e intetodos em dizerporque “EU SOUDO SUL”. gram a logomarca da Prefeitura de Esteio. Hoje a Expointer é a maior feira agropecuária Esteio da América Latina. Esteio é um município que graças à posição privilegiada na Região Metropolitana de Porto Alegre e ao empenho de um povo orgulhoso de suas raízes possui uma vocação natural para o crescimento. Casa de excelentes indústrias e um forte pólo comercial, a cidade conquistou em 2010 o 2º melhor Índice de Desenvolvimento Socioeconômico do Rio Grande do Sul (IDESE). Próximo aos 60 anos de emancipação, o município vive um momento histórico. A construção da BR-448 potencializa o desenvolvimento e cria condições para uma ocupação ordenada e inteligente do setor oeste, além de incorporar o Rio dos Sinos ao mapa da cidade. ão É um município pequeno, possuindo apenasaçlgu 27,5 quilômetros quadrados e está locali-vDi : zada a 16 quilômetros da capital do RiootoF
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Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Foi inaugurado em 1962, e hoje é um dos zooSapucaia do Sul tem uma história emocionan-lógicos mais visitados do país. Possui 620 hectares de reserva natural e 160 te, srcinada com os descendentes portugueses e hectares destinados à visitação pública. açorianos, que chegaram à Fazenda Sapucaia e ali fixaram moradia, tomando posse da terra com a Mantém cerca de 1.400 animais de todas as partes do mundo, incluindo espécies nativas ameaCarta Sesmaria, em 10 de setembro de 1738. Distrito do município de São Leopoldo, con-çadas, procurando reproduzir em seus espaços quistou vida administrativa própria em 14 de no-uma aproximação de seus habitats de srcem. vembro de 1961, quando foi emancipada pelo então Além da exposição de animais, o Parque Zoológico oferece uma infra-estrutura de lazer e governador do estado do Rio Grande do Sul, Leonel é também um centro de pesquisa e de educação de Moura Brizola. ambiental, com uma série de roteiros de visitas Visando incentivar o turismo, foi criada na cidade a associação Geração 2000. Todas as açõesguiadas e outros projetos científicos e educativos. visam incentivar as mais diferentes formas de Turismo. O slogan da associação é: “Sapucaia, a terra Nova S anta Rita do Zoo”. E assim sem sombra de dúvidas o que faz Nova Santa Rita está situada a25 km de Porto com que os Sapucaienses tenham orgulho de dizer Alegre, na região metropolitana. Nova Santa Rita é “EU SOU DO SUL” é o: a pequena entre as grandes. Com 21 anos de emancipação política, se desParque Zoológ ico do Rio Grande do Sul taca entre as outras por estar tão próximo da capital e ainda ter traços de vida interiorana. O Parque Zoológico do Rio Grande do Sul, Nova Santa Rita tem como base da economia também conhecido como o Zoo de Sapucaia, é uma agricultura e o cultivo do melão, ganhando, assim jardim zoológico. o título de capital Gaúcha do Melão. É um dos três órgãos executivos da Fundação Na cidade também está localizado o maior F ot parque automobilístico da América Latina, que hon:oD ra seus habitantes e faz com que eles tenham orguiv u lg lho de dizer “EU SOU DO SUL” porque temos o: aç
Sapuca ia do Sul
ão
Velopark Localizado a 30 km do centro de Porto Alegre, ocupa uma área equivalente a 200 campos de futebol. É formado por três pistas de kart (que juntas formam o maior kartódromo do mundo), um autódromo, pista de arrancada e um circuito oval. Inaugurado em 2008 foi construído em conformidade com as normas da Federação Internacional dee Automobilismo (FIA), recebendo com-e petições eventos automobilísticos nacionais internacionais.
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rio com um Instituto Federal e quatro Universidades: Uniritter, Unilasalle, Ipuc e ULBRA. Em seu território correm as águas dos rios Gravataí e Sinos. O Município continua crescendo devido ao esgotamento da capacidade habitacional de Porto Alegre e por oferecer alternativa imobiliária mais barata. No município esta localizada a Base Aérea de Canoas - BACO ou Aeroporto de Canoas que é uma base da Força Aérea Brasileira. Na base atua o Esquadrão Pampa com os caças supersônicos F-5E (Northrop F5E Tiger II) e algumas aeronaves de caça do tipo Embraer EMB312 Tucano. A Base Aérea doou ao município um avião que foi colocado na praça da cidade, criando assim o cartão postal e referência da Cidade de Canoas e como não poderia ser diferente, se tornou o orguAlém das pistas, o complexo é composto por lho dos Canoenses fazendo com eles possam dizer 29 edificações distribuídas dentro da mini cidade,“EU SOU DO SUL” porque temos a: loja de produtos de competição, restaurante, churrasqueiras, 10 quiosques de alimentação, espaçoPraça do Avi ão kids e dois espaços para eventos empresariais,corporativos e sociais. A Praça do Avião ou Praça Santos Dumont é Movido pela inovação, pela qualidade e peloum dos pontos mais famosos da cidade de Canoas. prazer de oferecer o melhor entretenimento o Velo- No local, um avião de fabricação inglesa F-8 park se tornou um grande parque. F ot o: D iv u lg aç ão
Canoas Canoas é um município que pertencente à região metropolitana de Porto Alegre. Foi emancipado das cidades de São Sebastião do Cai e Gravataí em 1939, e seu nome tem srcem na confecção de canoas em seu território no início de seu povoamento, mais precisamente depois da construção da estação férrea local em 1874. O município possui o segundo maior PIB e a terceira maior população do estado, além de ser a 73ª cidade do Brasil com mais habitantes. Canoas atrai pessoas de outros municípiosoã açlg por causa de seu centro movimentado, das muitas u iv indústrias e por ser um polo Universitá-Do:t
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oF
Gloster Meteor, sustentado por um suporte de conmais orgulha os Leopoldinenses é uma casa, marcreto armado, faz uma homenagem à importância co histórico e ainda vivo destes fatos e assim eles da Aeronáutica para o desenvolvimento municipal. podem dizer “EU SOU DO SUL” porque temos a: Inaugurado em 22 de janeiro de 1968, o monumento foi oferecido à comunidade pela Força Aérea Casa do Imigrante Brasileira. A aeronave veio para o Brasil em maio Esta casa, símbolo da imigração alemã, abride 1953 e foi o primeiro avião a jato no país. Com velocidade máxima de 960 km/h e carga para 1.342gou os primeiros imigrantes em 1824. quilos de bombas, o avião foi desativado em 31 de Nesta data foi realizado o primeiro culto evangélico do Estado. outubro de 1996. Outro símbolo importante na praça é o mas- Construída em 1788, nela funcionava a Feitotro de 35 metros com a bandeira do Brasil. Hastea-ria do Linho Cânhamo, estabelecimento agrícola estatal criado para a plantação deste vegetal, utilida permanentemente, a bandeira é vista de vários pontos da cidade e também serve como localiza-zado na fabricação de cordas para os navios àvela. ção do centro de Canoas. O Monumento homena- A casa foi transformada em museu a partir geando as srcens de Santos Dumont também sede 1984 e é de propriedade do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo. encontra na praça. Seus cômodos possuem exposições temáticas de móveis, utensílios e vestuário utilizados peSão Leopoldo los imigrantes germânicos ao chegarem ao RS. No pátio existe uma atafona e ao lado uma São Leopoldo é um município que foi habita-coleção de pedras tumulares antigas. do por índios carijós e por imigrantes açorianos. O prédio foi tombado pelo patrimônio históriEra um vilarejo conhecido como Feitoria doco em março de 1992. Linho-cânhamo quando chegaram os primeiros 39 imigrantes alemães à região, em 25 de julho de 1824, enviados pelo imperador brasileiro Dom Pedro I para povoá-la. Essa feitoria localizava-se à margem esquerda do Rio dos Sinos. A data de 25 de julho de 1824 passou a ser considerada a data de fundação de São Leopoldo. Instalados na feitoria até que recebessem seus lotes coloniais, este núcleo foi batizado “Colônia Alemã de São Leopoldo” em homenagem à Imperatriz Leopoldina, a esposa austríaca de Dom Pedro I. Estes fatos deram a São Leopoldo o titulo de “berço da colonização Alemã no Rio Grande do Sul” fato que orgulha muito os Leopoldenses ou “Capilés”, tanto que eles têm muitos monumentos referentes a este fato como a “Casa do Imigrante”, “Monumento ao Centenário da Imigração Alemã”, oã
açlg “Monumento ao Sesquicentenário da Imigração Alemã” e “Monumento em Homenagem aos 175 vu i anos da Imigração Alemã”, mas com certeza o queDo:ot F
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F ot o: A li n e Z u se
Texto e organi zação do capítulo : Aline Zuse 1ª Prenda da 13ª RT 2006/2007, jornalista, 17256/RS
Na depressão central do densa floresta, pois nos vales e nas planícies já estado pulsa o coração gaúcho, se encontravam estabelecidos os alemães e lusos sede da 13ª Região Tradiciona- brasileiros. Na época, o estado vinha alcançando lista. Fronteira de todos os costa- desenvolvimento notório na agricultura pelo esfordos, na região situam-se pequenas ço dos colonos de srcem alemã, mas ainda tinha cidades ondeque cada ém dotada de etnias peculiares comoOatividade a pecuária. racterísticas repruma esenta as várias que caestado, depredominante 1875 a 1914, recebeu 80 mil imicompõem o lugar. grantes atraídos ao “Novo Mundo” pelo sonho da Atualmente a 13ª RT se forma de oitenta eterra. Quase que exclusivamente os imigrantes itanove entidades tradicionalistas espalhadas em 18lianos provinham do norte da Itália onde a crise era cidades assim designadas: Santa Maria, Agudo,maior. O porto de Gênova foi o embarque da maioDilermando de Aguiar, Dona Francisca, Faxinal do ria dos italianos que vieram para o Rio Grande do Soturno, Formigueiro, Itaára, Ivorá, Nova Palma, PaSul. raíso do Sul, Restinga Seca, Santa Maria, São João Após Conde D’Eu (Garibaldi), Dona Isabel do Polesine, São Martinho da Serra, São Pedro do(Bento Gonçalves) e Caxias do Sul, em 1877 foi orgaSul, São Sepé, Silveira Martins e Vila Nova do Sul.nizada uma quarta colônia de imigração italiana. Entre os legados de Índios, Belgas, Alemães,Silveira Martins, que se localizou em terras próItalianos, Judeus, Árabes e tantos outros povos,ximas a Santa Maria, na região central do estado destacamos algumas relevâncias culturais: acolheu os estrangeiros em um processo de formação onde, os imigrantes enfrentaram diversas dificuldades como habitacional e de higiene, junto com a saudade de sua terra natal. Rapidamente Silveira Martins foi elevada à município e paulatinamente os elementos culturais O caminho de chão batido traz o tom de rus-trazidos pela imigração enriqueceram nossa reticidade para o trajeto. É possível perder-se em de-gião. A valorização do trabalho, uma dasprincipais vaneios que ressaltam o som da água aos tocar ascaracterísticas desse povo, resultou no saber tirar pedras no Rio do Sapo, mas em um instante o can-aproveito dos legados de sua terra, transformandotar dos pássaros toma a frente dos pensamentos -os e em fontes de renda. Entre suas produções uma das mais destacáveis foi a gastronomia. se faz de sinfonia para receber os visitantes. A Rota Turística e Gastronômica percorre Como quem se perde no tempo, casas típicas um caminho entre Santa Maria e Silveira Martins, da imigração local pintam um quadro atemporal região central do estado gaúcho. Criada para reda história central do Rio Grande do Sul. Detalhes em pedra, utensílios tradicionais, cozinhas inteirasceber imigrantes russo-alemães, a região abrangida é a mesma denominada de Quarta Colônia de remontam um passado ainda vivo no interior desta Imigração do RS. Elementos culturais que enriqueregião e preservam um espaço culturalmente rico. ceram nossa região e formaram, aos poucos, uma No Rio Grande do Sul os imigrantes italianosregião de distinta beleza estética e cultural. Silveira chegaram a partir de 1875, sendo encaminhados para as regiões montanhosas, com Martins propicia atrativos religiosos,históricos,cul-
Quartasabores colônia e seus
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turais, e principalmente gastronômicos, este quedo Brasil. Gerando a organização do 7° Corpo Projustifica a Rota Gastronômica e motiva visitantes avisório de Cavalaria, para marchar para os inóspidesvendar seus aspectos. tos campos do Paraguai, junto à qual partia o AlO município, formado por um pequeno nú-feres, secretário do estado maior, Inácio de Souza mero de habitantes, encontra-se camuflado em Jacques (pai de Cezimbra). meio a grandes territórios como Santa Maria, as- Quis a fatalidade que Inácio não regressasse sim, muitas vezes esquecido e injustamente ignoaos pagos, e a orfandade paterna levou Cezimbra radas suas riquezas. Hoje, Silveira Martins (poucoa sentar praça aos 18 anos, seguindo ao campo de mais de 30 Km de Santa Maria e com 2.452 de ha-luta para vingar a morte do pai. Com seu heroísbitantes) atrai, através da Rota Gastronômica, inúmo precoce ingressou à carreira militar e exercímeros turistas durante o ano para apreciarem os cio paralelo tornava-se o prime iro escritor santaatrativos naturais, religiosos e histórico, mas, prin-mariense com a publicação de “Ensaio sobre os cipalmente a sua distinta cozinha. Costumes do Rio Gra nde do Sul”. Depois de ter se envolvido nas batalhas campais, lançava-se agora, na batalha das ideias. Em 1884, ele sobe mais um Linhas hi stóric as de um degrau de hierarquia militar, promovido à tenente. Dois anos já prestava serviços à pátria nesse pioneiro posto, quando sua saúde começou a declinar; em Em 13 de novembro de 1849, vinha à luz do consequência foi licenciado para o tratamento de mundo, na pequena Santa Maria da Boca do Mon-sua saúde, vindo refazer suas forças na terra natal. te, o menino cujo destino estava assinalado, pois se-Cezimbra, acabou surpreendido pelo destino contraindo núpcias com a jovem Dona Júlia Cidade e ria este, o primeiro escritor deste povoamento, de desta união deu-se luz a: Alberto (11/12/1891), Bolínome: João. A história de João Cezimbra Jacques é cons-var (24/08/1893) e Albertina (13/07/1894). Passados seis anos do seu matrimonio, a fatituída delinhas escassas e difíceis de se colher. talidade arrebatou-lhe a esposa tão adorada. AlberMas ao que parece o destino lhe fora implacável marcand o sua história com o aquela ferrete que da dor: tina deixou adaluzmãe do com mundo ano de10 1904, seusnopoucos anosindo de cinco anos perde o menino lhecom dera ao o encontro idade. Quando recém saído da Escola Milita r, Alser, orfandade que vincou-lhe a existência com um berto veio logo à convalescer de lesão pulmonar e profundo traço de mágoa. É difícil crer, mas a vida de João CezimbraBolívar, o mais moço, faleceu dois anos depois, no sobrado que residia. Jacques, fora como tragédia e romance real. O Cezimbra não demorou a falecer levado pelo menino criado sem mãe, teria por sua vez, sido mesmo morbus perseguidor de sua família. Seu educado pela avó, pois segundo documentos, havia nascido na rua do acampamento, onde esta (suamaterial, se valor incalculável, ficou perdido em avó) possuía casa (mesmo local onde teria se insta-malas e caixotes que ninguém quis herdar receando contágio e ignorando o valor intelectual deste lado a primeira olaria da localidade). Com uma vida quase pastoril, ingressou nos estudos aos 8 anos,conteúdo. devido a precariedade escolar que ainda pairava Julho, dia 27 do ano de 1922, quando partia ao no município, isto pouco lhe incentivaria à vida li-além tumulo, aquele que servira de exemplo de homem, pesquisador, sociólogo, militar atuante, preoterária. Decorria assim, plácidos e serenos os dias decupado e engajado nas causas sociais de sua époadolescente quando D. Lopes perturbou a paz do ca, precursor de ideias, amante das artes gaúchas continente com sua agressão insólita ao impérioe lides campeiras, pai amoroso e dedicado, além de um esposo apaixonado. Hoje
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só nos restam suas sementes, que germinam aonem quartéis, nem mesmo os principais cursos da mundo sendo chamadas de tradicionalistas. cidade; apenas uma antiga e envelhecida memória que outrora fora a artéria desta região. O ponto de ligação entre um pequeno burgo do séc. XX às Traços da via férrea fronteiras as mais destintas localidades; Um dos maiores entroncamentos ferroviários de sua época Tum… Tum… Tum… O som repetido ecooue o pólo dinamizador desta região. como um pulsar no coração gaúcho anunciando a Entretanto, é observando as vias paralelas a chegada do ano de 1884. Ouviu-se assim os últimosGare onde é possível encontrar um dos mais belos sons que assentavam a prosperidade até a pequecartões-postais de Santa Maria. Como se cada visina e tradicional cidade de interior, Santa Maria da tante pudesse abrir as janelas de um horizonte anBoca do Monte. Aquele que viriadesertoda o símbolo de tigo e saudoso, recorrendo ao as lembranças de um municipalidade e crescimento a região velho maquinista puxador de longos silvos, para recentral do Rio Grande do Sul deixou um trajeto de construir a risca as imagens de um momento imo suor e o cansaço gerado pelo incessante trabalho portante da história da 13ª Região Tradicionalista. dos operários da época. Uma imagem repetida lado à lado ajudou a Os dormentes fixados pouco a pouco deramimpulsionar o crescimento do coração gaúcho, oisustentação aos trilhos da nova ferrovia. Linhas de tenta e quatro famílias legaram oitenta e quatro caacesso ligaram os pontos extremos do Brasil com o sas. Com ares Belgas, elas se destinavam a abrigar Oceano Atlântico, países da região Platina e sudes- os operários da época e compunham o primeiro te brasileiro tornando o município um verdadeiro conjunto habitacional do Rio Grande do Sul. pólo ferroviário. Sua população, reflexo do avanço proporcionado pela ferrovia, tornou-se vertente pujante no desenvolvimento futuro e no crescimento de tantas áreas como educação e saúde. O simplório povoado ganhava desta forma novos horiz ontes, e paulatinamente desembarcavam no largo de sua estação, bagagens repletas de saudades e sonhos. O reduto multirracial se formou tendo como principal característica constituir-se num ponto de passagem: passagens breves, passagens duradouras.. Passagens eternas... Pela região central do estado cruzaram caixeiros-viajantes, represenes tantes comerciais, cantores de opera, artistas de u Z teatro, homens de negócio, estudantes... Famíliasneli :A inteiras; e muitos foram, os que aqui fixaram suas too F raízes enriquecer o panorama da crescente Santa Maria. Os casarões sólidos e sombrios que distriDos tempos da ferrovia restaram as ruínas buíam-se por quatro quarteirões, foram os primeide uma Gare e o saudosismo local. Ao caminharros passos da solidificação da cidadela. E da vila pelo centro de Santa Maria, quem desce a Av. Rio dos ferroviários sobrou ao hoje o patrimônio hisBranco rumo a antiga ferrovia, percebe as mudane cultural do município e do estado gaúcho. ças da cidade. No local já não se encontra otórico Cruzando as proximidades da avenida principal comércio dinâmico dos outros tempos, com a velha gare, vê-se as esquinas e paredes da
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Vila Belga, que ainda nos deixam sentir sua presenlada no interior do estado, a Universidade Federal ça; foram mulheres e filhos em longas esperas, que de Santa Maria está entre as 70 melhores da Amécomo momentos únicos de felicidade e emoçãorica Latina. A UFSM foi fundada por José Mariano entre lágrimas de alegria de corações afastadosda Rocha Filho em 1960, contando hoje com uma pelas viagens e pelas rotinas levadas pela ferrovia.área de aproximados dois hectares. De acordo com Não há como deixar escapar que por aqui o site da instituição, a circulação anual de alunos as histórias da ferrovia por muito substituíram as(graduandos e pós-graduandos) orça em uma mécanções de ninar. A matriz ferroviária se forjou na dia de 30 mil estudantes. imaginação de filhos e netos de ferroviários como O município conta também com um vasto o ruído da Maria Fumaça. Santa Maria foi símbolo número de universidades particulares. O Centro de ferro e fumaça, e seus cidadãos tiveram a vida Universitário Franciscano está entre as primeiras girando em torno do apito do trem ao apontar da instituições acadêmicas na região central do eslocomotiva na estrutura em alvenaria portante, tado. Um polo educacional, a UNIFRA ocupa um adotada na edificação da estação. espaço de referência na formação superior, ofertando mais de 32 cursos de graduação e pós-graduação, bem como, operando em diversos prograUm centro educacional mas, pesquisas e serviços educacionais. Além de universitárioscirculamna região A interiorana cidade de Santa Maria possuiestudantes de nível fundamental, médio, de cursos aproximadamente 300 mil habitantes, segundo pré-vestibular o e de pós-graduação. Entre distintas InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística. Na instituições localizadas em Santa Maria e em camsua atualidade, o município é denominado de cidapus distribuídos nas cidades que circundam a rede-cultura, sendo a designação dada resultante do gião. Na atualidade a vida educacional movimenta investimento educacional que omunicípio apresen- o sistema econômico por serviços que variam de ta. Além de escolas municipais, estaduais, particu-materiais escolares à festas de formatura. lares e cursos preparatórios, a cidade conta com mais de dez instituições de formação superior. Sendo a primeira universidade pública instaA fé que país “Maria de acolhe todas asum graças, F ot que na terra derrama os céus, o: A li esperamos de ti que nos faça n e Z óh Maria subir até Deus” u es Orai pelo que tens. Orai pelo que sonhas. Se há quem diga que a fé move montanhas, Santa Maria diria que esta pode salvar vidas. Do devoto para a devoção foi Fráter Ignácio Rafael Valle quem trouxe Maria Medianeira para coração do estado. Pe. Ignácio chegou a Santa Maria em 1928 ficando sediado no Seminário Diocesano São José. Em sua bagagem trazia grande riqueza, após ter sofrido com uma grave doença decidiu dedicar sua vida à promessa de tornar conhecida “Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças”. No ano seguinte, Papa Pio XIconce-
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deu a Diocese de Santa Maria a honra de sediar a Festa de Nossa Senhora Medianeira e missa própria. Todavia, a devoção ganhou forças em 1930 quando a cidade sofria pela ameaça de um confronto armado entre unidades militares. Tomadas pelo medo, 23 mulheres reuniram-se (no mês de setembro) em procissão, caminhando em oração pediam à Nossa Senhora Medianeira que não houvesse o conflito. Ainda em 1930, as vozes multiplicaram-se e somavam 1.000 pessoas clamando por intercessão na Primeira Romaria Diocesana. As preces foram atendidas, a Revolução findara e sequer uma arma disparou no coração gaúcho. Medianeira abençoou a fé e as orações que clamaram por ela fazendo com que os devotos espalhassem a notícia de que “Medianeira os salvara”. Passados alguns anos os Bispos Gaúchos ao Rio Grande do Sul o privilégio de ter como padroeira Nossa Senhora Medianeira. Tendo sido proclamada ao estado, em 1943 as Romarias passaram a ser estaduais e até hoje, centenas de milhares de peregrinos, romeiros e devotos já passaram pelo Santuário Basílica de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. A Romaria acontece sempre no segundo domingo do mês de novembro, período em que também acontece o Encontro de Arte e Tradição Gaúcha - ENART. A promoção do Movimento Tradicionalista integrou-se à devoção e com a colaboração dos cavalarianos da 13ª Região Tradicionalista recebe anualmente o estandarte da padroeira. A procissão feita no lombo do cavalo cultiva a tradição e a devoção de Santa Maria para aquela que o estado protege e faz orações levando bênçãos ao evento tradicionalista.
se u Z e n li: A too F
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Texto e organi zação do capítulo : Ana Paula Pinheiro - diretora de cultura da 14ª RT, pedagoga, bióloga, especialista em gestão e coordenação, mídias na educação e educação ambiental.
Este capítulo apresentará um fato histórico da 14ª RT acontecido entre municípiosque compõem a nossa região e apresentará lugares especiais que re-
Xavier. E também mostrar o orgulho de sermos gaúchos desta região apresentando suas relíquias naturais como as que podemos encontrar em Arvorezinha, Soledade e Tapera. Iniciando a nossa narrativa como o Combate
presentam o orgulho de nosso chão. do Fão fatomarco histórico durou apenas A região é constituída atualmente por 28 dia, masum foi um paraque muitos gaúchos da 14ªum municípios, sendo que recentemente passaramRegião Tradicionalista. a fazer parte mais duas cidades: Cerro Branco e Lagoa Bonita do Sul, abrangendo, assim 85 entiO Combate do Fão dades distribuídas entre plenas, parciais e especiais. Portanto os municípios que fazem parte de Para entendermos o Combate do Fão nos renossa região são: Alto Alegre, Anta Gorda, Arroio portemos a Revolução Constitucionalista de 1932 e do Tigre, Arvorezinha, Barros Cassal, Cerro Branco, Campos Borges, Espumoso, Estrela Velha, Fon-ter a compreensão de que esta revolução ocorreu toura Xavier, Ibarama, Ibirapuitã, Ilópolis, Itapuca,por consequência da Revolução de 1930 que de cerJacuizinho, Lagoa Bonita do Sul, Lagoa dos Trêsta forma foi à ruptura da tão conhecida República Cantos, Lagoão, Mormaço, Passa Sete, Putinga, do café com leite. Getúlio Dornelles Vargas assuSalto do Jacuí, São José do Herval, Segredo, So- miu o Governo Provisório, prometendo democratizar o país com a Assembleia Constituinte, o que bradinho, Soledade, Tapera e Tunas. A economia predominante na 14ª RT é a pri- não aconteceu. mária com a: agricultura, agropecuária, avicultu- rais eOsSão estados Rio Grandecom do Sul, MinasorganiGePaulo,do descontentes Vargas ra, extração mineral e terciária com o: comércio zam levantes contra o seu governo. No Rio Grande de produtos. As lides campeiras são bem desenvolvidas na região e o gosto pelo laço é algo quedo Sul ocorre uma divisão de forças e em 1932 a faz com que se possuam grupos e piquetes volta-morte de quatro jornalistas serviu de estopim para Revolução Constitucionalista. Mas boa parte do dos para este objetivo. As etnias que constituem os municípios da Rio Grande do Sul e de Minas Gerais apoiava Geregião são compostas basicamente de italianos, túlio Vargas. De acordo com Trombini (p.12, 2010) Flores da alemães, portugueses e bugres, constituindo-se desta mescla o povo de nossa região. Gaúcho que Cunha o interventor no Rio Grande do Sul apoiava ama a lida, a gaita, o violão, o cantar, dançar e tro- Vargas, enquanto havia a ala regionalista com Borvar ao redor do fogo de chão. Este mesmo gaúchoges de Medeiros que apoiava o grupo paulista. enaltece o seu amor pela terra, e por lugares que Ainda conforme Trombini (p.13, 2010) são mais do que joias da natureza. Flores da Cunha, nomeado pelopresidenProcuramos relatar neste capítulo um fato te Getúlio Vargas, colocou corpos provisórios histórico de maior abrangência e repercussão acontecido entre municípios de Soledade, Esem todos os municípios gaúchos. No noroeste do estado, precisamente em Soledade, inicioupumoso, São José do Herval, Fontoura -se um levante contra Getúlio conhecido como
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Combate do Fão. Este el vante constitui-se de horas, ou como contam até acabar a munição do dois corpos: o quadragésimo quarto sob o co-Coronel Candoca que se retirou da peleia atravesmando de Coronel Pedro Correa Garcez, re-sando os matos e o Arroio Dudulha e deixando presentando o Partido Republicano, eo trigési- mortos por uma causa que na verdade já havia mo terceiro, comandado pelo Coronel Cândido sido resolvida nas instâncias maiores. Carneiro Junior, mais conhecido como Can- E esta história é conhecida e divulgada pelas doca, do Partido Libertador. pessoas que se sentem revivendo a peleia e dizem ter orgulho deste povo que lutou alguns por serem Então o Combate do Fão constitui-se do levanpeleadores, outros por estar abarcando uma causa te armado de Soledade em apoio aos constitucionalistas paulistas e confronto com as tropas de apoiopolítica. ao governo de Vargas. O Combate aconteceu na localidade de Barra Relíqui as da natureza e do Dudulha, e fica localizada no município de Fontoura Xavier, abrangendo as planícies onde se en- orgulhos de nossa região contram os municípios de Pouso Novo e Progresso, por onde passa o Rio Fão e Arroio Dudulha.
Arvorezinha
F ot o: D iv u lg aç ão
Subindo a montanha a 750 metros de altitude chegamos à Arvorezinha. Um cenário mágico de filme de distantes aldeias italianas? Um cartão postal no arco da montanha, ou uma terna tela de Guignard? Arvorezinha é uma cidade de 10.500 habitantes, clara e perfumada, ao pé de um majestoso morro manchado de hortênsias. No seu cume, uma bela igreja histórica e uma figueira (que lhe
dá portuguesa, o nome) velamitaliana a saga entre e os sonhos de uma cultura outras. Esse pedaço temperado de América vem alcançando ao mundo, incansavelmente, sua qualificada produção em erva-mate, cerâmica, basalto, agropecuária, além de diferenciados doces caseiros. Já a paisagem de Arvorezinha não precisa dizer a que veio. Épica e grandiosa, recostada no A batalha peito da floresta atlântica, se abre em trilhas ecológicas, peraus, bosques singulares e se oferece Em 03 de setembro o General Cândido Carcomo provisão ao habitante do século XXI, faminto neiro Junior (Candoca), enviou o manifesto para de equilíbrio e beleza. São várias festividades que Flores da Cunha, explanando que estaria com um encantam a região: Festa da Erva Mate, Natal no grupo de homens prontos para pelear contra a diMorro, Semana Santa no Morro. tadura de Vargas, portanto contra Flores da Cunha, Fonte: Rejane Borille - Secretaria Municipal de Turismo e apoiando os paulistas. e Cultura de Arvorezinha E o combate aconteceu em meados de setemGesmari Zen Taborda - Diretora de equipe da Cultura bro de 1932, na localidade da Barra do Dudulha em de Arvorezinha Fontoura Xavier, o confronto durou cerca de seis
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Moinho Fachinetto F ot o: D iv u lg aç ão
vidos no restaurante panorâmico. Ainda poderá se hospedar nas cabanas inseridas na natureza. Tudo isso ambientado em uma bela paisagem, com área de 125.000 m², situado na estrada da Linha Gramado, a 300 metros do trevo central de acesso a cidade, a apenas três minutos do centro de Arvorezinha. Fonte: Rejane Borille - Secretaria Municipal de Turismo e Cultura de Arvorezinha Gesmari Zen Taborda - Diretora de equipe da Cultura de Arvorezinha
Perau de Janeiro Este Perau grandioso excepcionalmente, nos janeiros se veste de musgos brancos. Sim, sob o sol dos verões o Perau tem pele de luar. É quase de seda, escala encostas de pedras e eternidade, afia vertigem de encantamento, mergulha no fundo da grandeza da terra e fica perdidamente apaixonado Além de moer o grão e modelar o olhar até opor esse Deus de pedra guardando a água pura percurso remoto do imigrante, o MOINHO FACHI-do planeta. Tudo é possível neste monumental Perau de NETTO nos presenteia com um espaço criador 207 m de altura onde podemos morar provisoriaaberto ao publico mostrando todo o processo de famente. Trilhas ecológicas para quem gosta de avenbricação da farinha de milho. Com o nome da sua avó e de todas as avós alcança, nos tenros biscoitos,tura. Cabanas aguardam o visitante. A paisagem é cucas e pães coloniais, a certe za sutil do aconche- ficcional e está apenas a 19 km do Centro de Arvogo, a comunhão, e aquela incansável sensação derezinha, localidade de Linha Torres Gonçalves. infância, de mundo começando ao redor de uma O local é o habitat do anfíbio conhecido como mesa, e de um coração de avó ao eterno continente do Amor.
Parque das Araucárias A natureza preservada predomina em grande parte de sua área, destaque para as imponentes araucárias com suas mãos em taças, aparando o sol e a neve gaúcha, elegantes, vigilantes da paisagem, onde sob elas o homem fará mil vezes as pazes com a natureza, bem como acordos com a alegria, jogando futebol de areia com os amigos, curtindo a piscina e o lago com pedalinhos, des-o ã açlg frutará de área de camping com infraestrutura (sombra, água potável, churrasqueiras evuDi : mesas), ou os saborosos alimentos ser- ootF
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sapo-de-barriga-vermelha, o anfíbio mede menos de cinco centímetros, e cabe na palma da mão. Uma espécie descoberta recentemente pelos pesquisadores, e que corre risco de extinção. É uma espécie totalmente própria do Rio Grande do Sul, é endêmica e totalmente nossa. Fonte: Rejane Borille - Secretaria Municipal de Turismo e Cultura de Arvorezinha Gesmari Zen Taborda - Diretora de equipe da Cultura de Arvorezinha
Igreja São João Batista o
Quem chega à Arvorezinha chega à igrejaçãalg São João Batista. Ela nos enlaça e enternece. Sin-ivuD o:t gela e elegante em seu desenho neogótico, bem no oF alto lembram ao visitante: essa cidade tem Dono e é visceralmente, de Todos. E mais. Que aqui o céuvo a história de Tapera em obras literárias de aue terra estão, de forma absoluta, conectados a bem tores taperenses e em peças que retratam o uso e costumes de nossos antepassados. A própria edide todas as harmonias. Construída pelos próprios imigrantes e inau-ficação, reconstituída srcinalmente, é uma peça gurada em 1942, ela é o patrimônio histórico e ar-integrante da memória taperense. Trata-se de uma quitetônico mais precioso da região, sela o replan-casa em estilo italiano, construída nos primórdios tio da alma italiana nesse chão e a busca de Sãode Tapera e onde funcionaram a Prefeitura e Câmara Municipal de Vereadores. O Memorial TapeJoão Batista como o arauto de um Novo Tempo. rense não se limita a abrigar o acervo histórico de Palco de eventos como o Natal no Morro e a Semana Santa.
FEMATE
Tapera. taperense, Ele é, na verdade, um meio de de difusão cultura com a programação exposi-da ções de artistas locais durante o ano todo. Fonte: Fernanda Luíza Haumpenthal - 1ª Prenda da 14ª RT
A Femate, evento promovido pela comunidade Arvorezinhense juntamente com a Prefeitura Fontoura Xavier Municipal é realizada a cada dois anos. Além do sucesso comercial, é um polo forte na área da culA terra do pinhão tura através de espetáculos artísticos de teatro, música, canto, dança fotografia e artesanato. Reunindo num evento festivo com foco empresarial, Conhecida como a terra do pinhão, devido a grande quantidade deste produto. Também devido todas as potencialidades do município e região, aos pinheiros gigantes que se encontram na locadestacando a importância da cultura da erva-mate lidade de Três Pinheiros. É realizada a cada dois para a economia local e regional. anos a tradicional Festa do Pinhão uma feira de exposição de tudo que o município possui, quanto àzidos culinária típica do pinhão e os produtos produna região. Memorial Taperense Além disso, foi o 15º Erval das MisO Memorial Taperense mantém em seu acer-
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sões Jesuíticas nos anos de 1633 fundada pelo Pa-Grande. As belezas que estas paisagens naturais dre João Soares da Serra do Botucaraí que conforreproduzem possibilitam ao gaúcho a certeza de me Ortiz (2008, p.82) levou o nome de São Joaquim,que somos um povo ligado a ao amor a terra. Que e possui como registro desta passagem a pedra valoriza o seu chão acima de tudo como também marco divisória dos antigos ervais que foi enconas coisas simples da vida. Como o saborear do mate trada nas matas do município. Estudada e restau-sentado à frente de casa, olhando para a natureza rada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico como em sintonia e compreendendo a essência de e Artístico Nacional), está exposta no Parque deser Gaúcho! Eventos Atílio Chitolina, junto a BR 386. Com este capítulo apenas mostramos um pouquinho do que a 14ª Região Tradicionalista possui, são vários lugares que nos orgulham e refletem este sentimento de corpo, alma e coração. Que faParque da s Tu i a s F ot zem com que sejamos aquerenciados pela tradição o: D e que busquemos no Movimento Tradicionalista iv u lg Gaúcho não só a preservação, mas a perpetuação aç ão de toda esta essência de ser Gaúcho. E para refletir todo orgulho de ser gaúcho dos Soledadenses deixamos este poema (enviado pela tradicionalista Mara Muniz) CREPÚSCULO
Exaltação desta terra, é o crepúsculo no horizonte. No vermelho das colinas é brasa viva que arde, Localizado entre os municípios de Fontoura Xavier e Soledade, o parque constitui um lugar de preservação da natureza e de lazer ao mesmo tempo atraindo pessoas de vários outros municípios e regiões. Mescla a cultura e as riquezas soledadenses com a mostra de pedras preciosas de ornamentos, adereços feitos em pedra, de esculturas feitas em ferro e aço de sucata.
Soledade E o município de Soledade também nos faz sentir orgulho de suas riquezas E como não falar dos Campos de Soledade! Como dizia nosso saudoso Teixeirinha que os campos de Soledade são o terreiro do Rio
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e deixa o borralho da ànoite, pouco a pouco engolir tarde. Cada crepúsculo que chega, tão longe de um novo dia, recebe a noite negra, vivência daminha Soledade, que em doce melancolia, enche o coração de saudade. A cada crepúsculo o sol leva o brilho do entardecer. Mas ao voltar novamente, alimenta a fonte da vida, caminha rumo ao poente, numa eterna roda-viva. Maria Lêda Lóss dos Santos Academia Soledadense de Letras
Texto e organi zação do capítulo: Oscar Bessi Filho - escritor e colunista
Gaúcho tem disso. É gaú- Mas ele, num gesto, já deu a regra da viagem: ticho e basta. Nas fronteiras de nha que se prestar atenção. um lugar chamado Vapor Velho, - E o Tesouro, Véio? É em moeda de ouro? na tríplice divisa entre Monte- É uma fornada de cuca? negro, Brochier e Maratá, vive um - Um barril de chope? grupo de gaudérios conhecidos como “Os Bai- Humpf. ta”. Dispostos a lutar com unhas (pretas da lida!) Ele era assim, o Véio. Meia palavra e olhe lá. e dentes pelo seu estilo de vida e costumes, seu Xiru sabia, não seria uma cavalgada mui fágrito de guerra é “Bamo que bamo!”. Baita, que é cil. A 15ª RT abrange 23 municípios:Montenegro, Capela de Santana, Portão, São Sebastião do Baita, é mais fechado que baú de solteirona. No Boteco do Ju, ao lado do cemitério – poisCaí, São José do Hortêncio, Linha Nova, Vale Baita, que é Baita, não tem medo de assombra- Real, Alto Feliz, Feliz, Bom Principio, Harmoção, só de bafômetro -, decidiram, num belo dia, nia, Tupandi, Salvador do Sul, São Pedro da iniciar a cavalgada pelo “Caminho da 15ª RT”. Que,Serra, Barão, Poço das Antas, Brochier, Marasegundo diziam, era mais bonito que tal Caminhotá, São José do Sul, Pareci Novo, Tabaí, Taquari de Santiago. E ainda teria um tesouro no final. e Triunfo, a cidade histórica onde encerrariam a - Mas que tal! Tesouro, tchê? cavalgada. Umas das regiões mais belas do pam- De forrar a guaiaca? pa gaúcho. Tinham orgulho de ser dali, terra de Souberam da lenda num rodeio da região. A gente valente, trabalhadora. E levavam fé que era 15ª Região Tradicionalista, aliás, é rica em rodeios. mesmo possível encontrar um tesouro. Começa pelo Rodeio de Triunfo, um dos mais imEntraram em Pareci Novo quando o sol nasportantes do sul do país, mais os rodeios de Bro- cia. Belíssimo cenário para a terra das flores: a chier, Taquari, Capela de Santana, Portão, São Se-combinação perfeita da luz solar com o multicolobastião do Caí, o do CTG Estância do Imigrante, rido das pétalas. A terra da Citrusflor – festa das em São Pedro da Serra, e o de Montenegro. plantas, flores e frutas –, principal evento da cidaSaíram antes do amanhecer de Vapor Velho.de tem o nome de Pareci graças a um índio do Do lugar onde, em 1923, ocorreu combate históri- Mato Grosso que se mudou para a região quando co da peleia entre borgistas e assisistas. Outros tinha entre uns 10 anos, descendente das tribos tempos, onde um espirro meio de atravessado jáParecis. A maioria da população é descendente gerava uma revolução. de alemães vindos de Hamburgo. Eram seis cavaleiros e um cusco amarelado. Os Baita ficaram impressionados com o préO Xiru, dono da Estância e líder dos Baita, levou dio do Seminário Jesuíta, tombado pelo Patrimôconsigo Golias, o guri da bombacha miúda, Ta- nio Histórico e Cultural do RS. Ele funcionou dudeu, o homem da cuia gigante, Taborda, o morenorante cem anos. Neste período, moraram ali 326 que aborda, e Simão, brigadiano macho barbari-padres, seis reitores e cinco bispos, além de 600 dade que veio de Pelotas pra fazer a segurança.seminaristas vindos de todo o pampa. Os jesuíConvenceram Seu Gerônimo, o Véio, que sabia tas chegaram ao Brasil em 1549, na expedição de tudo de todos os lugares - e único da redondeza Tomé de Souza. Em Salvador do Sul há outro seque já havia feito o Caminho - a ir junto. minário jesuíta.
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Junto ao Seminário está a Gruta do Silên- Humpf. – respondeu o Véio. E o Xiru negou. cio, uma das quatro principais do município que Chegaram a Portão à noite. Golias quis saatraem os turistas. No centro da cidade, a Igreja ber onde tinha, afinal, o tal portão. Xiru explicou: de São José, construída no início do século XX, o nome vinha de um grande portão construído composta por um altar talhado em pedra grés eem 1788, 1789, para impedir que o gado criado na com uma escadaria de 101 degraus. Estância Velha escapasse pelo arroio para Rincão Passaram pelo Porto dos Pereiras, às mar- do Cascalho. O Véio fez um “humpf”, o que signigens do Rio Caí, onde as carroças vinham buscar ficava que podia ter mais história atrás daquele as mercadorias dos barcos de carga. portão. Golias soltou um espirro, ao passar entre uma das tantas floriculturas parecienses. Xiru o advertiu, “mas que falta de educação, chê”! . O que ele não sabia é que Golias, o gaúcho da bombacha miúda, na verdade disfarçou para colher uma flor. Nem sabia ainda a quem entregar. Mas, nessa cavalgada toda, vai que surgia uma prenda no caminho! Ouviram uma música e tomaram a direção do som. Só podia ser festa. A colonização alemã tem esta marca de alegria e amor pela música, tanto quanto pelos corais – inúmeros nas cidades oã da região. açg l Era um Kerb. vu i O Kerb é uma das festas mais importantesDo:t o dos imigrantes alemães. Indicam a festa da igre-F ja, do padroeiro, para cumprir promessas, conseguir fundos reformas da uma igrejasemana. ou do cemiSimão, via dúvidas, dormiu agarrado no tério e, antes,para chegava a durar Hoje,seu mango. “Vaidasque alguém pula esse Portão”, dura dois ou três dias. Nestes dias a casa deve resmungou. estar brilhando e moça usar vestido novo - Mas A cavalgada seguiu por São Sebastião do bah! Quero ver o cavalo me aguentar! - brincouCaí. A cidade, fundada em 1875, capital nacional Tadeu, o homem da cuia grande, que largou o chi-da bergamota – onde ocorre a FENAMOTA - oumarrão e já se lambuzava com chucrute, salsicha,trora foi habitada por índios. Rio “Caahy”, ou rio batata, couve, rabanete e fatias generosas da me-da mata, era como eles chamavam o Rio Caí. Por lhor cuca alemã. volta de 1800 começaram a chegar as primeiras Já era a tarde quando chegaram a Capela defamílias de imigrantes luso-portugueses. A terSantana. Terra de arroz. Entre 1738 e 1745, índiosceira família a chegar chegou a dar seu nome ao Tapes e Guayacanans se juntaram a alguns por-porto – Porto dos Guimarães -, local importante tugueses. Onde hoje está o município, foi erguidade comércio por ser o último antes da serra. A uma igreja dedicada a Santa Ana. O Véio levouflor símbolo do município é o Lírio Amarelo. Goos Baitas à Barragem Rio Branco, primeira cons- lias colheu um. truída na América Latina, no Pareci Velho. - Pra quê tanta flor, vivente? - indagou Taborda. - Dá pra dar uma sesteada? – perguntou Ele não respondeu. Golias, ainda digerindo o excesso de almoço com Pararam para comer umas bergadificuldade. motas, cuca com linguiça, dar água aos
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prussiano Georg Heinrich Ritter. Chegaram a Vale Real só no dia seguinte. O lugar se chamava Kronenthal, Vale da Coroa, nome dado pelo município estar num vale cercado por treze morros que formam uma verdadeira coroa natural até 1938, quando houve uma proibição de se falar a língua alemã em virtude da 2ª Guerra Mundial. Os colonos dali eram provenientes da região do Reno e Pomerânea. Hoje, esta memória e cultura é festejada na Kronenthal Fest. Seguiram para Alto Feliz, terra de A.J. Renner, um dos maiores empresários no princípio da industrialização do pampa antigo, e que um dia os colonos alemães chamaram de Batatenberg, ou Morro das Batatas. Golias brincou com Tadeu cavalos e descansar um pouco, antes de prosse- para que cuidasse do narizdele, pois também parecia uma batata. Em represália, Tadeu não deu guir. Foram a São José do Hortêncio. Onde acon- mais chimarrão pro gaúcho da bombacha miúda. tece a Festa do Aipim. Que provaram na forma Na cidade também tinha a Alto Fest. Vale Real também foi colonizada por italiade purê. São José era padroeiro da Paróquia de Hortêncio - homenagem ao Sr. Hortêncio, que ti-nos, que chegaram por volta de 1875, através da nha terras localizadas entre as vias de acesso, velha linha colonial traçada nas matas da Encosta sendo popular dizer que ia-se para São José pe- da Serra. Pararam pra comer uma macarronada las terras do Hortêncio, srcem do nome. Em 1826 italiana com galeto. Estavam gostando das festas e vieram as primeiras levas de imigrantes alemães. A cidade foi chamada de “Picada do Cadeia ou F ot o: D iv u lg aç ão
“Freguesia de SãoàJosé do Nova. Hortêncio”. Dali foram Linha O povoamento da localidade iniciou com colonos alemães provenientes das “picadas” mais antigas no Vale dos Sinos. É aqui que tem um cemitério muito, mas muito antigo? – perguntou Golias, voz meio trêmula. oã ç Simão, antes de responder que sim, o enca-algu rou com cenho e bigodão fechados. Baita não temvDio: otF medo de cemitério. Esqueceu, bagual? Encontraram uma festa onde tocava uma bandinha. Não era a Heimatfest – Festa da Inte-dos pratos do Caminho da 15ª - Será este o tesouro da 15ª Região? A culigração que ocorria na cidade -, mas era um baita agito. Casais dançavam valsas, polcas, marchas e nária e a alegria? – perguntou Tadeu ao Véio. Que danças folclóricas como Herr Schmitt. Para finali-só respondeu “Humpf”. E todos entenderam que a zar, o Kehraus (dança final ou saideira). E os Baitaalegria era só uma parte do todo a se descobrir se esbaldaram na comida outra vez. E na cerveja.no caminho. A cavalgada prosseguiu pelos dias e noites. Linha Nova teve a primeira cervejaria do Rio Grande do Sul, criada pelo Na Feliz, outra cidade de colonização germânica,
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cruzaram a famosa ponte de ferro. A cidade mais Seguiram a Tupandi, terra da Maifest e da alfabetizada do Brasil é a sede do Festival Nacio-Festa do Porco no Rolete. Que chegou a ser connal do Chopp e o Encontro de Cervejarias Artesa-siderada uma das cidades com melhor qualidade nais. E da Festa Nacional das Amoras, Morangosde vida no país, junto com Feliz. Outra marca fore Chantilly – Fenamor. te da região: a educação diferenciada. F Salvador do Sul foi a próxima etapa da cavalot o: D gada. Município da encosta inferior da Serra do iv u lg Nordeste, sede da Festur, foi rota de tropeiros que aç ão vinham pela Estrada Buarque de Macedo, ligação entre Bento Gonçalves e São João do Montenegro. Colonização alemã. Foi forte ponto de comércio graças a ferrovia, desativada só em 1970.
Desceram para Bom Princípio. A Terra do Morango. A História Marista no Sul do Brasil tem seu marco inicial ali, em 1900. Dom Cláudio José ão Ponce de Leão, bispo de Porto Alegre, questionouaçlg u na França, junto ao Irmão Teofânio, a vinda de Ir-iv:D too
mãos para a região. Foi da atendido o Con-F gresso de Agricultores área dequando colonização alemã encarregou o Padre Rudgero Stenmans (je- Os Baita viajaram ao passado pela Linha suíta) e pároco de Bom Princípio, a fundar uma Stein e no túnel de Linha Bonita, primeiro feito no Escola de Formação para Professores destinadosRio Grande do Sul e primeiro em estilo curvilíneo às paróquias de todo o Rio Grande do Sul. Vie-da América Latina. Sua construção, em 1906, foi ram os Irmãos Weibert, Jean-Dominici e Marie-necessária pelo terreno acidentado onde passava -Berthaire. a estrada de ferro e a escavação se deu a partir A certa altura da cavalgada, Simão, o briga-das duas extremidades. O encaixe dos dois setodiano guasca, avisou: res foi perfeito, não necessitando ajustes comple- Tchês! Aqui vocês não podem brigar. Nemmentares. Uma façanha na época. bater boca. Golias disse que gostou do calafrio ao pas- Por quê? - quis saber o Taborda, já comsar no túnel e ia e voltava. Tadeu parou no meio medo de abordar alguém. do túnel tomando mate bem mansito, sentindo a - Olha o nome. Estamos em Harmonia! natureza nas ventas. O Véio fez “humpf”. E Xiru De fato, a cidade da Früchtefest assim se chamandou a cavalgada prosseguir. ma porque os primeiros moradores de srcem aleO Véio na frente, quieto, o cusco amarelamã dali reuniram-se com frequência para cantardo e lhe acompanhando no mesmo trim. fazer música. O que harmoniza a convivência. Um pouco atrás, Xiru, no comando dos
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demais, Tadeu – que ficava no meio pra passar a Passaram por Maratá, outra vez colônia alecuia -, Golias trovando fiado com o Taborda (osmã, terra de Oktoberfest - popular festa alemã dois eram os extremos no tamanho e tudo o mais)que iniciou em Munique e se espalhou pelas colôe, na segurança, Simão. Um olho na estrada, ou- nias mundo afora. Tomaram banho nas cascatas tro nos companheiros, outro nos cavalos, outro nada Vitória e do Maratá e prosseguiram. Golias até paisagem, outro pra todo lado. Que brigadiano équis confraternizar com Fritz e Frida, no Parque, assim, tem que ter olho pra tudo. mas o Véio fez “ humpf ” e Xiru não permitiu. Cruzaram por Barão. Onde acontecia a traPassaram por São José do Sul, criada no cadicional Festa Colonial, uma celebração à diversi-minho da linha férrea que vinha de Montenegro dade étnica. Em setembro de 1880, o Barão Luiz à serra. E chegaram em Montenegro, onde Golias Henrique von Holleben, que dá o nome ao lugar,soltou um suspiro. acompanhou o engenheiro Carvalho Borges a - Voltamos pra casa e nada de tesouro. Conde D’Eu, hoje Garibaldi e Bento Gonçalves, por - Humpf. causa das obras da estrada entre Montenegro e Xiru traduziu o resmungo do guru dos Baita: Bento Gonçalves. Estabeleceu residência no ponto - Falta trecho. E um bom trecho. mais avançado da colonização alemã entre SalvaGolias suspirou, cansado. Montenegro é a dor do Sul e Carlos Barbosa. Vieram para aquelamaior cidade do Vale do Caí. Chamada de Cidalocalidade também colonos italianos e, posterior-de das Artes pela Fundação criada no município mente, em menor número, suíços, franceses, ho-e pela relevância de grandes artistas locais deslandeses, portugueses, bolivianos e outros. O que tacados no cenário gaúcho e brasileiro. Cresceu explica a diversidade local. em torno do morro São João e às margens do Rio Cruzaram pela acolhedora São Pedro da Caí, onde foi importante porto, o das Laranjeiras. Serra, colonizada por alemães, onde o Véio parouTerra da Expomonte e da bergamota montenegripara que orassem um pouco na Igreja Matriz, na. Sede da 15ª Região Tradicionalista. construída toda em estilo gótico e encontraram - O que já vale a cidade. – disse Tadeu.Os ouna saída o grupo de danças alemãs Sankt Petrus. tros concordaram. Dali, foramalemã, até Poço Antas, outra cidade pra Tabaí, cujo nome vem da de colonização quedas levava este nome pelaunião Edeseguiram águas e arroios (TABA, aldeia, e Y, água, enorme quantidade de poços abertos para abas-Rio da Aldeia) que formam o arroio Santa Cruz, tecer de água as famílias ali instaladas. na divisa com Triunfo. Muitos açorianos povoaQuando chegaram em Brochier, o Véio ram o lugar. parou. Ali era a única colônia francesa do Rio Seguiram até Taquari, terra de Davi CanaGrande do Sul. Os fundadores da cidade forambarro e cidade-mãe do Vale do Rio Taquari - teros irmãos João Honoré e Augusto Brochier. Eles ceiro vale mais fértil do mundo. A cidade se conschegaram em 1832, vindos da França, numa épocatituiu com a chegada de casais açorianos, em 1764, em que o Vale do Caí ainda era muito pouco po-sendo uma das mais antigas do estado. Recebeu voado. Ficava em Capela de Santana, a igreja quetambém influências oriundas dos negros africaservia de sede paroquial para toda a região. nos, alemães, italianos e outras raças, em menor Brochier tem a Expofesta. E é a capital do número. carvão vegetal. Finalmente chegaram em Triunfo, cidade - Carvão? Mas então vamos assar uma car- história, sede do Polo Petroquímico do Sul, terra ne! – propôs Simão. onde nasceu Bento Gonçalves. Local onde se enTodos aceitaram, lambendo os bigodes. Gaú- contra enterrado Jerônimo de Ornelas, fundador cho, que é gaúcho, não pode passar mui- de Porto Alegre. Lugar com passado fortemente to tempo sem churrasco. vinculado à Revolução Farroupilha, palco de vá-
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da Canção Gaudéria. Foi em Triunfo, respirando o ar farrapo, que o Véio fez sinal pra apearem. - Eis o tesouro. – falou. Os Baitas se olharam, espantados. Primeiro, porque ele tinha falado mais que “humpf”. Segundo, porque não estavam vendo jóias, moedas, nada ali perto. O Véio fez um gesto ao seu redor. Que era um gesto de mundo. E levou a mão ao peito e à cabeça. Soltou seu cavalo campo, pegou o chimarrão, fez um cafuné no cusco amarelado aos seus pés e sorriu. Os Baita entenderam o recado. O valor da tradição, da identidade, da corarios combates. Como a Batalha do Fanfa, quandogem daqueles colonos, índios e negros, a importância de preservar a tradição para que a chama não Bento Gonçalves foi preso. Triunfo preserva patrimônio artístico e ar-se apague para as gerações futuras. Uma esperanquitetônico considerável, cujo principal represen-ça de diasà altura dos sonhos de nossos antepassatante é a Igreja Bom Jesus, marco na fundação dados. O verdadeiro orgulho de ser deste chão. Eis o tesouro no Caminho da 15ª RT, a região cidade e sede da terceira paróquia mais antiga do estado (1754) e construída em estilo barroco colo- do Coordenador Pedro Cândido Angeli. E Golias nial. Terra de tradicionalismo. Do Rodeio Crioulojogou suas flores ao Minuano que assobiava uma Estadual, Gineteada Internacional e Escaramuçamilonga de orgulho e felicidade. F ot o: D iv u lg aç ão
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F ot o: D ie g o A raú jo
Texto e organização do capítulo: Mirelle Gonçalves de F. Hugo departamento cultural da 16ª RT
Composta pelos municíQuem por aqui chegar vai sentir a história pios de Arambaré, Camaquã, que ainda habita os casarões e fazendas da bela Cerro Grande do Sul, Chuvisca, Camaquã, vai sentir o espirito idealista que fez Cristal, Dom Feliciano, São Louren- dos nossos bravos guerreiros partir em prol de ço do Sul, Sentinela do Sul e Tapes a um Rio Grande maior mas sonhando sempre em Aramba16ª Região Tradicionalista emSul, uma poder voltar para sobra dastrigueiras figueiras que de ficaram das mais belas paisagens doesta Rio inserida Grande do a ré , paras as lindas prendas “Costa Doce” ou “Mar de Dentro”, por ser banha- a aguardar. da pela Lagoa dos Patos. Lagoa esta que trouxe através de suas águas toda a influência cultural que faz destes nove municípios pitorescos e homogêneos a cultura gaúcha. Foi através dela e por ela que portugueses, alemães, poloneses e italianos vieram fazer a vida nestas paragens que por muito tempo serviu de palco para contar a revolucionaria, idealista e sangrenta história do Rio Grande do Sul. Homens como Bento Gonçalves da Silva, General Zeca Netto e BarbosaLessa escolheram por joaú amor, viver e escrever a história desta região que Aro g tem em seu legado mais remoto a construção dosei:D o
Lanchões Farroupilhas e no seu mais recente, serFot a terra onde foi composto o Hino Tradicionalista. A cultura do arroz, do fumo a pesca fez e Vai querer sentir o gosto do bom fumo que se faz girar a economia desta região edeixar estam- fez pé nas serras daChuvi sca e Dom Feliciano e pado às raízes migratórias que ao longo dos anos tentar tocar o céu quando chegar ao topo do Cerro Cerro Grande do Sul. vem sendo vividas e preservadas por nossa gente.da Fortaleza na bela Abrigados à sombra de uma figueira tecenEntenderás que para sermos do sul deste do redes ou mantendo os costumes mais tradi- país muitos mangrulhos foram espetados nos cionais pomeranos, nossa gente tem em comumelevados deSentinela do Sul que ficaram a nos o orgulho de ter escolhido ser gaúcho e recebercuidar quando um italiano que tornou-se herói a incumbência de guardar os fatos marcantes da de dois mundos por aqui sonhou e construiu nas criação deste estado civil e de espirito. margens do rio Camaquã as personagens prinSer do Sul aqui nesta região tem um signi- cipais da marinha rio-grandense e partiram de ficado que somente que tem os olhos abençoadosCristal para conquistar Laguna. pelo dourado do sol nas águas da lagoa, que conE desejarás molhar os pés e lavar a alma nas segue ouvir o choro das cascatas que emolduramáguas doce ora salgada da grande Lagoa que traz a Serra do Herval que nos costeia pode saber ex-para a sua namoradaTapes e para a pérolaSão Lourenço do Sul a esperança que na rede este plicar.
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ano não lhes falte camarão. ras bem como a casa onde residiu o idealizador Somos do Sul por que seguimos avante se- do tradicionalismo. Há ainda uma biblioteca em guindo o que nos deixaram os avós e criando asmeio à mata nativa e objetos pessoais e livros do novas gerações conscientes que somos amiscige- autor. nação de muitos formadores daquele que se torCom fauna e flora exuberantes, estes são alnou o único em sua espécie, “O GAÚCHO”. guns dos atrativos desta reserva ecológica, emboExpressamos este orgulho dentro do Movi- ra o maior deles seja a magia de partilhar da simmento Tradicionalista Gaúcho através de nossaplicidade em que vivia o escritor Barbosa Lessa. atuação cultural, artística e campeira em destaque para sermos uma das regiões que mais obtiveram títulos nos Entreveros Culturais do RS.
Cenário Hi stórico A região é cenário histórico marcante da Revolução Farroupilha. Nesse território de criação encontra-se, residências e sedes de estâncias de Bento Gonçalves da Silva e de outros líderes daoã quele conflito. ça lg u Eminentemente farroupilha, a nossa região iv guarda até hoje grandes sinais da história do RioDo:ot F Grande do Sul. Por seu inigualável valor histórico o espaço A Fazenda do Sobrado está situada a 1 km foi adquirido pela Prefeitura Municipal de Camado centro da cidade de São Lourenço do Sul, as quã, em 1991, e no ano seguinte tombado comomargens da Laguna dos Patos. O Sobrado presenPatrimônio Público Cultural do Estado do Rio Grande do Sul em 09 de julho de 1992. Em 1996, da ciouRevolução Revoluções da históriaserviu gaúcha. No período Farroupilha, de quartel genecompletamente restaurado o Forte Zeca Netto ral é para Bento Gonçalves e seus comandados. entregue à comunidade. Serviu de residência ao A Fazenda do Sobrado foi fundamental para legendário General José Antônio Netto – o Zecaa escolha do local do Acendimento da Chama Netto, líder das lutas entre libertadores e chimangos nas revoluções de 1893 e 1923. Um espaço que reúne atrativos históricos, culturais e ecológicos. Fundação Barbosa Lessa. Fundada em 2005, além de preservar a obra e a memória do escritor e historiador Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929 - 2002), a entidade tem por objetivo conservar a beleza natural e ecológica do Sítio Água Grande, onde no ano de 2003 foi acesa a Chama Crioula Oficial do Estado do RS. O sítio, encravado na serra do Herval está oã
localizado 30 Km doestão centro de Camaquã. Entreaçlgvu os principaisa atrativos a cascata com 30 mei tros de queda, além de outras pequenas cachoei-Do:ot F
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Crioula no ano de 2009, pois possui o resgate da cultura e da história do Rio Grande do Sul. Hoje instituição vinculada a Secretaria do Estado da Cultura o Parque Histórico General Bento Gonçalves foi criado através do Decreto Nº 21.624, em 28 de janeiro de 1972. Está localizado na antiga Sesmaria do Cristal, srcinada por uma doação de terras feita por D. João VI ao alferes Joaquim Gonçalves da Silva, pai do líder farroupilha Bento Gonçalves. No seu interior foi construída, em 1976, junto às ruínas da casa original (casa em que o líder Farroupilha viveu parte de sua vida) uma réplica daquela que pertenceu ao General Bento Gonçalves. Nela existe um museu que conta com um acervo de objetos relativos à história do Herói Brasileiro Bento Gonçalves, Estância de Cristal e sobre a Revolução Farroupilha. Realizando esporadicamente Exposição de curta duração. F ot o: D iv u lg aç ão
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Texto e organização do capítulo: Henrique Pereira Lima - diretor cultural da 17ª RT
Quando voltamos nosso olhar cípio de PassoFundo; ao sul – com o município de para os tempos idos, buscando con- Cruz Alta; ao oeste – com o município de Santo templar a época de nossos antepassa- Ângelo e República Argentina” (Soares, 2004, p. dos, e contemplar as eras remotas de 134). Era um espaço de amplos campos naturais nossa história, não procuramos encon- e ricas matas, no qual passaram os jesuítas no e viver o passado. sim, localizar séculontes XVIII, ervaise italia nativos etrar compreender a nossaProcuramos srcem. Procuramos per- imigra dosexplorando séculos XIXseus (alemães nos)eeos ceber as raízes de nossas tradições ancestrais, XX (orientais, libaneses, poloneses, entre outros) e o tronco do qual, hoje, brotam os emblemas daque, associados aos indígenas, portugueses e esidentidade e o modo de ver o mundo e de ser, gaú-panhóis, desenharam os contornos culturais da cho, na 17ª Região Tradicionalista. região, permitindo que ao longo do século XX, no Localizada na região norte-noroeste, “no Pla-antigo território de Palmeira das Missões, nascesnalto rio-grandense” (Ardenghi, 2003, p. 18), a 17ªsem 62 municípios, muitos dos quais, assim como R.T. é composta por 16 municípios: Barra Funda,Palmeira das Missões, são “filhos da erva-mate”. Boa Vista das Missões, Cerro Grande, Condor, A ocupação de grande parte do Planalto Dois Irmãos das Missões, Erval Seco, Jaboticaba, Rio-grandense e, por extensão, de Palmeira das Lageado do Bugre, Novo Barreiro, Novo Xingu, PalMissões e dezenas de outros municípios desta meira das Missões, Pinhal, Sagrada Família, Sãoregião, está conectada com o processo de exploJosé das Missões, São Pedro das Missões e Seberi. ração e comercio de erva-mate. Esta relação, tão A atual Região Tradicionalista, no século estreita, indica que a primeira denominação da XIX, correspondia ao território de um único mu- vila que iria dar srcem ao município de palmeinicípio: Palmeira das Missões, limitado “ao norte ra das Missões em 1874, foi “[...] Vilinha, nome este – com o Estado do Paraná; a leste – com o muni- atribuído pelos extratores de erva-mate [...] [sendo F ot o: D iv u lg aç ão
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que] o município ainda teve outras denominações,rão, foram definindo seus contornos simbólicos: quais sejam, Vilinha do Herval, Vilinha da Palmei-de riqueza econômica, definiu-se um forte teor ra, Santo Antônio da Palmeira e finalmente Palsimbólico, que hoje é um emblema, em todo o Rio meira das Missões.” (PREFEITURA MUNICIPAL Grande do Sul, mas especialmente nesta Região, DE Palmeira das Missões, 2014). de hospitalidade e amizade. Esta riqueza cultural, tão diversificada posAo lado da hospitalidade, a coragem figura, sui, entretanto, elementos comuns a toda a região,também como um simbolismo local, também vine que por isso, reconhecidos e cultuados. Assim é culado à erva-mate. Os homens simples, caboclos, com a erva-mate, bem como sua cadeia produtivaque ocuparam as matas da região, também denotradicional. Sua histórica cadeia produtiva con-minados de “ervateiro nas regiões dos ervais do siste em um ciclo econômico que atravessa todos sul do país” (Zarth, 1997, p. 47) eram hábeis com os demais. A erva-mate é ao lado do chimarrão eo facão, uma vez que esta era uma ferramenta dos pioneiros ervateiros que ocuparam este vastoindispensável na colheita e no beneficiamento da território, os autores da história regional, símbo-erva-mate. Assim, o manejo do fação e o calor dos los de uma história escrita no solo rio-grandense carijos, ao longo da história local deram a tempee brasileiro. Junto a estes, há ainda, o festival dera de sua população, seja para o trabalho, ou para música nativista denominado “Carijo da Cançãoa guerra. Gaúcha” que, sediado em Palmeira das Missões, Nas diversas guerras que abalaram o Rio aproxima, anualmente, não apenas os municípiosGrande do Sul, e o Brasil, o guerreiro palmeirenpróximos, mas o Rio Grande e o Brasil, uma vez se vinha, em grande parte, de dentro das matas, que o festival é reconhecido como “Patrimôniotrazendo consigo, o conhecimento e destreza do Cultural do Rio Grande do Sul”. facão ervateiro. Nestes episódios, os caboclos e erO chimarrão, figura, nesta região, como vateiros de mãos calejadas pelo facão no corte da seu coração vibrante. Foi graças a abundante Ilex erva, sapecoe rondas de carijo, se destacavam pela Paraguariensisna região das matas do Planalto bravura com que se batiam contra armas de fogo. Rio-grandense, que Palmeira das Missões e os deA vivência destes trabalhadores remonta o maisaomunicípios desta, emancipados, iní-partir século da XIX e, embora tenha se modernizado, a cio seu processo histórico. É na rodaderam de mate, adoção de novas técnicas de produção, e no topete audacioso do amargo que, hoje, perce-bem como pela urbanização, a colheita, o benefibe-se a essência deste pedacinho do Rio Grande ciamento e o comercio de erva-mate, ainda modo Sul e que hoje identifica seu povo. biliza os municípios da região que, em sua totaNo século XIX, as terras compreendidas en- lidade, ainda são – em menor, ou maior escala, tre o Rio Uruguai (ao norte) e Cruz Alta (ao sul) produtores, ou beneficiadores de erva-mate. eram conhecidas como uma grande região proNas épocas ancestrais, entretanto, os tradutora de erva-mate. Tal era sua importância, quebalhadores desta faina construíam e ocupavam a já naquele tempo, esta “[...] pequena árvore de ranchos de capim, embora os perigos que as magrande importância econômica [...]” (Zarth, 1997, p. tas ofereciam fossem muitos. Eram nômades, “[...] 25) era conhecida como o “ouro verde das coxi- extraindo erva-mate nos ervais públicos para a lhas”. Foi em busca desta riqueza que os jesuítas venda a particulares e a comerciantes” (Rückert, do século XVIII incluíram esta região em seus 1997, p. 81). Viviam como podiam com pequenos mapas, encetando que o território de ervais que,roçados e, sobretudo da erva-mate que beneficiahoje corresponde aos municípios que compõe avam nas matas, em tornos dos carijos – giraus de 17ª RT, situava-se na região dos ervais missionei- varas toscas que, sobre o fogo, secavam as folhas ros de Santo Ângelo e de São Luiz Gonzaga. já sapecadas. Esta atividade durava em Desde esta época, a erva-mate e o chimar- torno de três ou quatro dias durante os
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quais, sobretudo à noite, se promoviam tertúliasnativos, ao beneficiamento e ao comércio de ervapara animar as noites de vigília que buscavam-mate, bem como, vinculadas à cidade de Palmeira evitar que os ramos já secos prendessem fogo. das Missões. Esta atividade secular não conheceu, em Neste festival, anualmente, as srcens cultutempo algum, declínio em seu sentido cultural.rais de todo um povo se fazem presentes. Nesse Pelo contrário: mesmo em épocas de baixa na culto às srcens, que tanto encantam Palmeira das produção, o sentido da vivência real e culturalMissões, os ervateiros de antigamente e as tradidos caboclos e ervateiros preservou-se. A ativida-ções centenárias, ganham vida e cor, sob o brilho de ervateira nas matas do Planalto Rio-grandense,do luar nas noites de ronda. Nesses momentos, nunca cessou. Modificou-se, com o tempo, mas todos os rincões onde a erva mate ainda é um nunca deixou de ter seu conhecimento e seussímbolo mais que econômico, e sim, cultural, se mistérios transmitidos entre as gerações. Ainda une em uma só voz, para cantar o sentido de ser são claros os vestígios do seu modo de vida, seu gaúcho, nas matas e campos do Planalto Rio-granconhecimento e seus comportamentos. dense. O trabalho ancestral em torno da erva-mate Sempre realizado no último final do mês é um elemento de convergência regional. Primeide maio, este festival aquece, assim como faz o ro, por seu sentido econômico, que gera renda echimarrão, aqueles que a ele voltam sua atenção. beneficia todas as regiões produtoras e todos osAquece através das melodias que se esforçam municípios da região. Segundo e, tão importante,em resgatar o significado da cultura local e das é o aspecto simbólico que reveste a erva-mate e tradições do Rio Grande. O passado ervateiro o chimarrão, símbolos estes, tão caros à cultura da região, o trabalho de homens e mulheres que gaúcha. construíram essa história reponta, dessa forma, E, hoje, muito deste patrimônio, ecoa nas o sentido de pertencimento a esta grande região. memórias ancestrais e ganham vida, nos causos Todos os anos, a comunidade regional se integra a familiares e nas lembranças guardadas. E, estas essa promessa – nunca quebrada – de culto à melembranças, quando revividas, são capazes de re-moria dos pioneiros, e do seu esforço que transpontar as dostrabalho antepassados que traba-ocia formava o “ouro-verde”, essênlharam e, aimagens partir do na terra, deram de todo o Rio Grandeem do “amargo-doce”, Sul. sentido social das comunidades em que viveram O Carijo é um emblema, um símbolo cultural e, que hoje, nós vivemos. Entre estas imagens, denão apenas para Palmeira das Missões, ou para cores fortes e vibrantes, de revoluções e lutas, deo território que compõe a 17ª Região Tradicionamatas e campos, as folhas, de carijos e canchea-lista. É um emblema cultural do Rio Grande do mento, a história regional ganha mais vida e maisSul. O festival, em certo sentido, é composto por cor, quando é cantada. inúmeros elementos, cada um deles, com alguma Quando se fala em Carijo da Canção Gaú- conexão com a história local, regional, ou naciocha, festival de musica gaúcha, de vertente nati-nal. A ocupação deste espaço, pelos ervateiros, vista, a primeira imagem que se forma, é esta: umque colhiam e beneficia a erva-mate nas matas, o festival de música. Contudo, para os filhos da er-importante comércio de erva mate entre Palmeira va-mate (os diversos municípios do Planalto), estedas Missões e Cruz Alta, são exemplos de conexão sentido se amplia, pois se converte em um espaçohistórica e cultural deste território com o procesde memória, um espaço voltado às srcens da di- so de ocupação local. O chimarrão, símbolo da ferentes cidades da região, que assim como Pal-hospitalidade do gaúcho, em todo o Rio Grande do meira das Missões, local onde ocorre este festival, Sul apenas reforça seu sentido nesta região. tem suas próprias históricas de alguma Nacionalmente, o “Carijo da Canção Gaúcha” forma conectadas às matas dos ervais se reconecta à História Nacional, através de seu
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mais prestigiado prêmio: o Troféu Pé-no-Chão.tarem suas botinas junto à cintura, foram assim Este troféu, criado em 1986, no 1ª Carijo, buscava denominados: “Pés-no-Chão”. resgatar do esquecimento, os guerreiros que forFoi dessa forma impetuosa que a imagem maram um batalhão, em caráter provisório, sobde uma Palmeira das Missões em 1932, se inseriu a orientação da briosa Brigada Militar que, parano contexto da História Nacional. Neste esforço, a lutar, em São Paulo, na Revolução Constituciona-Revolução Paulista de 1932 foi debelada e o gaúlista de 1932, que intentava, entre outras medidas,cho Getúlio Vargas, Presidente do Brasil à época, depor o Presidente, Getúlio Vargas. pode dar continuidade ao seu governo. O que torna esse episódio especialmente Hoje, estes episódio histórico, se faz presensignificativo, é que essa tropa, era composta, as- te em Palmeira das Missões de forma evidente, sim como nas demais que abalaram o Rio Grandeatravés do troféu do Festival, mas também por do Sul, por homens simples, camponeses, peões. uma estátua localizada em frente à Prefeitura Eram os caboclos das matas, que viviam de for-Municipal, mas sem perder sua dimensão regioma simples, cujo maior patrimônio, era o conhe-nal. Esta é uma história que pertence a muitos cimento das lides das matas, da erva, e o manejo com o facão. Esse batalhão recebeu a denominação de 3º Corpo Provisório, cuja sede, era em Palmeira das Missões. Na época, a cidade sede de um vasto município, do qual, surgiram inúmeros municípios, a partir da primeira emancipação em 1933 (Iraí). Portanto, este batalhão era composto pelos palmeirenses que mais tarde auxiliariam a edificar muitas outras comarcas, assim como ajudaram a construir a História Nacional. Vestidos e armados pela Brigada Militar, o 3º Corpo Provisório, não se do adaptou nem às armas de fogo,entretanto, nem às botinas uniforme. Preferiam as armas brancas (o facão que tão bem conheciam) e lutar descalços, uma vez que sesentiam incomodados pelas botinas, que pouco conhecia. Por isso, se celebrizaram: preferiam a luta corpo-a-corpo, com o facão, mesmo que do outro o ã lado, houvesse metralhadoras, e, descalços – levan-açlg do as botinas amarradas à cintura. Destacaram- vui:D -se sob o comando do “[...] tenente-coronel SerafimtoFo de Moura Assis, de Palmeira [...] [que] agindo com grande valentia, agindo contra cercas de arameoutros municípios. Por isso, no Festival Nativista farpado protegidas por metralhadoras, tomando“Carijo da Canção Gaúcha”, além da erva-mate e -as a arma branca [...]” (JORNAL O NACIONAL,do chimarrão, é rememorada a valentia e cora1932, p. 1). gem daqueles homens das matas. Sua memória Nos confrontos em São Paulo, não tardou é revivida através nos versos e nas notas a eles para que o 3º Batalhão de Provisórios fossem per-dedicados, é revisitada no monumento ao Pé-nocebidos, além da ousadia, também pelo fato de-Chão, mas principalmente, é cultivada estarem descalços. Estes homens bravos, ao por- no “Troféu Pé-no-Chão”.
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E, assim como os episódios e momentos de conflito, a preservação do passado ervateiro, ainda pode ser contemplada: na colheita dos ervais, nos “soques de erva mate” tradicionais, ou no bater das mãos dos pilões ancestrais. Hoje, seu trabalho árduo é também relembrado ritualisticamente, em canções e versos, nas rondas de Carijo, todos os anos. Portanto, o “Carijo da Canção Gaúcha” é uma “[...] espécie de regresso às srcens [...] uma redescoberta das Foto: Divulgação
fontes de nossos mais genuínos valores espirituais, que devemos manter e aprimorar [...]” (Soares, 2004, p. 316). No Carijo, enquanto as brasas ardem, e a erva-mate seca, o presente reconecta-se, não ao passado, mas sim, às origens. O passado missioneiro, o passado ervateiro e o espirito guerreiro, de diversas comunidades, outrora reunidas no vasto município de Palmeira das Missões de 1874, se encontram na cuia de chimarrão, e no “Carijo da Canção”. Assim, a erva-mate, o chimarrão e, a história regional, construída por mãos calejadas das lides, nos campos e nas matas, constitui patrimônio que mais orgulha um pouco, e que dão forma e sentido às tradições mais caras deste território. O “Carijo”, hoje, rememora esta história e seus autores anônimos, colaborando com “[...] o progresso cultural do grande Todo que é a Nação” (Soares, 2004, p. 316). São estes elementos, cantados anualmente, que fazem Palmeira das Missões, o Rio Grande do Sul, e o Brasil, grandes.
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Texto e organiz ação do capítulo: Paula Oliva Bundt - diretora cultural da 18ª RT.
A 18ª Região Tradicionalista é formada por 12 municípios: Santana do Livramento, Dom Pedrito, Rosário do Sul, Santa Margarida, São Gabriel, Ca-
nho da Ponte e Reculuta Municipal, evento fracionado que acontece durante o ano, com a participação das entidades tradicionalista, com o intuito de decidira ordem do desfile Farroupilha de 20 de setembro, por meio de pontuação;
çapavaNegra, do Sul,Santana Lavrasda doBoa Sul,Vista Aceguá, Candiota,tro, Museu Atrativos turísticos: Palácio Plácido de CasHulha e Bagé. Gaúcho da FEB, Capela da Guapa, Temos orgulho em pertencermos ao PampaTúmulo da Cigana Anita, Parque Tradicionalista Gaúcho, termo de srcem indígena para “região Rincão das Carretas. plana”. CAÇAPAVA DO SUL Cada cidade da região possui suas peculiaSentinela da Canção Nativa, Festival Artchê, ridades, tendo o turismo histórico como um dosFestival Estudantil Municipal da Canção – Femuc, principais atrativos para quem visita essas para- Festas Campeiras e campeonatos de Automobilisgens. mo; SANTANA DO LIVRAMENTO Atrativos turísticos: Pedra do Segredo, MiMuitos são os eventos que se destacam nos nas do Camaquã, Forte Dom Pedro II, Vale dos municípios da região, tais como: Festival da Pan- Lanceiros; dorga, Festival Ovino e Vinho e Festival de músicaLAVRAS DO SUL Gaúcha “Um Canto para Martin Fierro”; Festejos de Santo Antônio – Romaria ao SanAtrativos turísticos: Lago do Batuva, Parquetuário; Eólico, Parque Internacional, Cerro de Palomas; Atrativos Turísticos: Gruta Nossa Senhora DOM PEDRITO de Lourdes, Balneário da Praia do Paredão, ChaPonche Verde da Canção Gaúcha, Feira dofariz da Praça das Bandeiras. Livro e Exposição Feira Agropecuária; ACEGUÁ Atrativos turísticos: Obelisco da Paz, MoFestival de Cometas e Pandorgas e Festival numento a Paz Farroupilha, Museu Paulo Firpo de e Balonismo do Pampa; Caixa Dágua da Praça General Osório; Atrativos turísticos: Praça Central, Rio JaROSÁRIO DO SUL guarão, Cavalo de Pedra, no Cerro dos Quietos. Gauderiada da Canção Gaúcha e Pixurum CANDIOTA Cultural; Semana Farroupilha e Festival Canto MoleAtrativos turísticos: Praia das Areias Bran- que, que projeta intérpretes e instrumentistas micas, Serra do Caverá, Monumento a Nossa Senho-rins; ra de Fátima; Atrativos turísticos: Casarão do Seival, PraiSANTA MARGARIDA DO SUL nha, Usina Termelétrica Presidente Médici. Exposição feira agropecuária e Flete da HULHA NEGRA Canção Gaúcha; Festa do Colono e Festa da Central Fruticultura; SÃO GABRIEL Atrativos Turísticos: Praça Festival de música gaúcha Joãozi- SANTANA DA BOA VISTA
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Encantada da Canção Gaúcha, Café de Cam-nas por uma rua. É conhecida também como a bona e Cavalgada das Mulheres; “Fronteira mais irmã do mundo”, pois santanenses Pontos turísticos: Toca da Tigra, Balneárioe riverenses convivem em harmonia em todos os do Passo das Carretas. sentidos. BAGÉ DOM PEDRITO Galponeira da Canção Gaúcha, Semana Nos campos de Ponche Verde, em 1845, teve Crioula Internacional, Carnaval de Santa Tereza. fim a Revolução Farroupilha, através de um traAtrativos turísticos: Parque do Gaúcho, comtado de paz, acordado entre Farrapos e Impea cidade cenográfica de Santa Fé, Casa de Culturarialistas. No local, existe um marco denominado Pedro Wayne,Palacete Pedro Osório e Centro His-“Obelisco da Paz”, local bastante visitado por sua tórico Vila de Santa Tereza. importância histórica. A cidade, por este fato, foi batizada de “Capital da Paz”. CAÇAPAVA DO SUL História 2ª Capital da República Riograndense - de 9 de janeiro de 1839 a 30 de maio de 1840). A posição Os municípios da 18ª Região Tradicionalistaestratégica de Caçapava do Sul também a tornou orgulham-se também em fazer parte da históriaum importante ponto de defesa do território condo Rio Grande do Sul. Destacamos: tra a temida invasão do ditador argentino Rosas SANTANA DO LIVRAMENTO ao Brasil, em meados do século passado. Por isso, Conhecida como “Fronteira da Paz”. Cidade juntamente com Rio Grande, a cidade foi fortificaonde nasceu o folclorista e pioneiro do Movimen-da pelo “Barão de Caçapava”, general Francisco to Tradicionalista Gaúcho organizado, João Car-José de Souza Soares de Andréa, que presidia a los D’ávila Paixão Côrtes. Na entrada da cidade Província e era seu comandante das armas. Mas foi inaugurado recentemente um Monumento em somente o Forte Dom Pedro II, construído em sua homenagem. O município faz fronteira secaCaçapava, resistiu no tempo. Ele começou a ser com a cidade de Rivera – Uruguay, divididos ape-construído em 1848, mas as obras foram paralisaF ot das em 1856, por não ter se concretizado a invasão o: D argentina. Na forma de um polígono hexagonal e iv u lg com uma área de 19 mil metros quadrados, onde aç ão caberiam 20 mil homens, está situado no fim da Rua Ulhoa Cintra, na zona norte da cidade. Da época dos farrapos restam em Caçapava do Sul duas construções ainda muito bem conservadas: o “Reduto Farroupilha”, um prédio construído no início do século passado, que abrigava os revoltosos e onde já funcionou a Câmara de Vereadores da cidade, a cadeia, uma escola pública e o Fórum. Hoje abriga o Centro Municipal de Cultura e a Biblioteca Domingos José de Almeida (farroupilha que criou na cidade a primeira biblioteca pública do Rio Grande do Sul), tendo um acervo com cerca de e400 peças antigas, desde ossadas pré-históricas urnas funerárias indígenas, até lanças, armas e outros objetos dos far-
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rapos. as forças luso-espanholas, tombou em combate, A outra casa histórica está localizada na nas cercanias da Sanga da Bica, no que hoje é Rua Sete de Setembro, nos fundos da Igreja Ma-o centro da cidade de São Gabriel, Sepé Tiarajú, triz: ali nasceu Borges de Medeiros e, durante o grande líder indígena e, considerado por muitos, funcionamento da capital farroupilha na cidade, nos dias de hoje, santo popular. No local onde ele abrigou os ministérios do governo rebelde. Alitombou, dentro da cidade, foi erguido um monuhá atualmente uma residência particular. A casamento, uma cruz de Lorena de madeira, a cruz conta com nove peças, mais os porões. Onde está dupla, que sempre foi o símbolo dos padres Jea garagem, funcionava durante a Revolução a ofisuítas das missões. Com a morte de Sepé Tiarajú, cina onde era impresso o jornal rebelde “O Povo”.aproxima-se o fim dos conflitos entre os indígenas dos Sete Povos das Missões e as forças de CANDIOTA Ficam localizados os Campos do Seival. Se- Espanha e Portugal, confronto este, denominado gundo reportagem publicada no jornal Folha doGuerra Guaranítica. No local onde se travou o Sul: Era manhã de 10 de setembro de 1836, quan-combate, a cerca de 20 Km ao norte da atual sede do Antônio de Souza Neto liderou cerca de 400municipal, foi erguido um monumento em memóhomens no campo dos Menezes, em Candiota, ria dos que ali tombaram. Também aconteceu a próximo às margens do Rio Jaguarão. Ali, um Batalha do Cerro do Ouro: O combate ocorreu às dos mais importantes embates da Revolução Far-margens do Arroio do Salso, no Distrito de Cerro roupilha ocorrera: a Batalha do Seival. Os farra-do Ouro, em agosto de 1893, durante a Revolução pos de Neto duelaram contra soldados imperiaisliderada por Gaspar Silveira Martins e Gumercindo Saraiva contra o governo de Júlio de Castilhos, liderados por João da Silva Tavares. Na margem esquerda da BR 293, no sentido Bagé/Pelotas, umchamada de Revolução Federalista. Sendo uma das batalhas mais sangrentas do conflito, com monumento alusivo à batalha foi erguido para remais de 200 mortos. Perto do local, numa coxilha lembrar o embate. Segundo a história, era próximo das 9h próxima existe um monumento em homenagem quando os tiros das carabinas deram início aoaos que ali morreram. duelo. seguida, cavaleiros farroupilhas se-BAGÉConhecida como “Rainha da Fronteira”, e guiramEm a galope emosdireção à cavalaria imperial, composta por quase 500 homens. O encontro das tropas fez o metal das espadas rangir e ecoar pelos campos. Apesar do número inferior de soldados, os farroupilhas venceram o sangrento combate. Talvez tenha sido este o exa to motivo que levo u Neto a proclamar, no dia seguinte (11 de setembro de 1836), a República Rio-grandense. Bem ali, em meio ao Campo dos Menezes, onde hoje fica Candiota. SÃO GABRIEL Conhecida como Terra dos Marechais. Em 10 de fevereiro de 1756, no território onde hoje en-mo contra-se o município de São Gabriel, ocorreu a o.ci Batalha de Caiboaté. Durante essa batalha entreamorn a índios guaranis dos Sete Povos contra Po:t
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mais recentemente como “Terra do Tempo e oLAVRAS DO SUL Os jesuítas comandando um grupo de ínVento”, pois no município, mais precisamente no Parque do Gaúcho, foi erguida a cidade ceno-dios construíram em terras do Segundo Distrito gráfica para a gravação do filme “O Tempo e ode Lavraso Povoado de Santo Antônio, o Novo, que Vento”, baseada na obra de Érico Veríssimo, adap-desapareceu por conta das guerras guaraníticas. tada pelo diretor Jayme Monjardim. Os camposHouve em nosso território a Batalha do Jaguary de Bagé foram alvo de disputa por parte dos ín-onde conquistadores e índios pereceram. O Visconde do Serro Formoso, Francisco Pedios, portugueses e também dos espanhóis. Bagé presenciou ainda importantes fatos, tais como areira de Macedo, em 1865, recebeu o Imperador Guerra Cisplatina e as Revoluções Farroupilha eDom Pedro II e sua comitiva que rumavam para Federalista. Na segunda metade do século XVIIUruguaiana por ocasião da Guerra do Paraguai, aconteceu o primeiro contato do município comem sua fazenda com uma banda composta por o homem europeu, nessa época chegaram os pri-60 escravos que tocaram o Hino Nacional Brasileimeiros padres jesuítas. Os padres jesuítas que ro. O Imperador que ia verificar a movimentação chegaram a Bagé foram os fundadores de Sãodas tropas foi surpreendido pelo ato do cidadão Miguel e desceram da região dos Sete Povos das lavrense que alforriou 50 de seus escravos para Missões instalando-se em Bagé. Fundaram no que fizessem parte do Exército Nacional, bem município a Redução Santo André dos Guenoas,como quatro de seus filhos engajaram-se às tropas, forneceu ainda uma boa quantidade de caem 1683. Os padres pretendiam catequizar os índiosvalos crioulos para que servissem de montaria à de Bagé, porém os índios eram rebeldes se com- tropa, por conta de que, recebeu do imperador o parados aos índios missionários e aos homens título de Barão, e depois, Visconde de Serro Forbrancos. A redução foi destruída pelos índios. moso. Foi pioneiro, o Visconde de Serro Formoso, ROSÁRIO DO SUL Terra da Praia das Areias Brancas (Rio na libertação de seus escravos tendo alforriado Santa Maria). Foi desmembrado dos municípiosa todos em 1884, quatro anos antes da Abolição de Alegrete e São Gabriel e noAsano de 1800, teveexiste da Escravatura através denominado da Lei Áurea.“Toca Na cidade, o ponto turístico da Tiinício o povoamento da sede. denominações anteriores, “Nossa Senhora do Rosário” e “Rosá- gre”: Jacinto Inácio da Silva (1772/1841), filho de rio”, assim como a denominação atual, ligam-se à Santa Padroeira do lugar, Nossa Senhora do Rosário. Rosário do Sul já havia entrado na história do Rio Grande do Sul e do país como quartel-general das forças imperiais que, em 1816, se preparavam para combater o caudilho oriental, José Artigas e já recebera a visita do imperador Dom Pedro II, que atravessava a província para receber em Uruguaiana a rendição das tropas paraguaias que haviam ocupado aquela cidade. Rosário do Sul orgulha-se de ser o berço do gaúcho nativo, ar afirmando que foi na Serra do Caverá, junto aos u cerros Macaco, Bugio, Figura de Pedra e Minua-onto no, que se processou a formação do homem doeFani zi pampa a partir do final do século 17. L: ot oF
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Leonardo Fagundes e Inácia de Jesus, ambos naturais da Ilha Terceira, nos Açores (segundo registros civis), morador da Costa do Camaquã/Campina (então Caçapava do Sul), homem de posses e pessoa de projeção no seu meio, sofreu o ataque de uma Onça, popularmente chamada de “tigra”, ferindo-se gravemente no ano de 1821. Religioso, invocou o nome de Nossa Senhora de Santa Ana, apelando por salvação. Ao se colocar atrás de um árvore, o cachorro que o acompanhava mordeu a Onça, chamando a atenção desta, que deu as costas para Jacinto Inácio. Neste momento, ele aproveitou para abater a fera. Para agradecer pela sua salvação, mandou que fosse erguida uma capelinha de sapê, em agradecimento à Santa Ana. HULHA NEGRA A trágica degola do Rio Negro, em 1893, é referencial histórico, inclusive faz parte dos contos populares através da Lenda da Lagoa da Música. Consta este episódio, do assassinato de 300 prisioneiros republicanos pelas forças do Partido Libertador. A primeira denominação de Hulha Negra, foi Rio Negro, devido ao fato ocorrido. Somente com o início da exploração do carvão mineral, a localidade passa a ser chamada de Hulha (pedra, carvão mineral) Negra. Foto: Site Dom Pedrito Virtual
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Texto e organi zação do capítulo: Aline Durli - advogada, integrante do departamento cultural da 19ª RT.
Em meio aos verdes cam- Há quem diga “Eu Sou do Sul” porque sou deste pos do planalto no norte gaú- chão e de tudo que ele simboliza, seja por sua hischo, uma terra de prosperidade, tória, por suas potencialidades, por seu povo. de regalos naturais, de crenças e, De fato, muitos são os motivos para o orguacima de tudo, de ideais... Assim é a lho desta procedência. Iniciando, por exemplo, 19ª Região Tradicionalista composta por 34uma municom asede terradados Capital Erechim, da Amicípios, 34 forças, 34 corações que formam sózade, 19ª botas Regiãoamarelas, Tradicionalista, alma tradicionalista, um lugar de luta, trabalho e fé. que recebe a todos com o mais tradicional regioO povo destas terras altas sente orgulho ao nalismo gaúcho, marcante gesto de convivência dizer “Eu Sou do Sul”, termo que qualifica umque leva, de mão-em-mão, a seiva da hospitalidamodo de viver e expressa um sentimento intrín-de no amargo do chimarrão. seco, fruto de um legado histórico de conquistas, O apelido bota amarela é derivado do fato de tradições, de costumes, de labor e anseios pas- que antigamente os colonos conviviam com um sados entre as gerações. “Ser do Sul” é honrar a barro vermelho e pegajoso que em contato com bravura dos que contribuíram com a história, éo couro cru, utilizado nas botas da época, adquienaltecer as potencialidades locais, é preservar ariam uma cor amarelada srcinando o apelido cultura enriquecida pela miscigenação dos colo-que foi lançado pelos habitantes da cidade vizinha, nizadores, é trabalhar por este chão para que elePasso Fundo, em função da rivalidade no futebol. se mantenha como o melhor local para se viver, éPorém, o que era destinado a desqualificar foi represervar o passado, valorizar o presente e proje-cebido como brasão de orgulho. Os “botas amatar o futuro. relas” aceitaram o cognome e o assinaram com Em cada querência da região há fundamen- a certeza de que endossavam o reconhecimento tos que justificam a honra deste povo que conhe-por sua trajetória de desbravadores, vencedores ce e valoriza suas srcens, lutando para que as de distâncias, caminhantes que inventam camimesmas se mantenham íntegras e, desta forma,nhos. Assim, essa denominação, longe de ser pese perpetue o orgulho em “Ser do Sul”. Assim, jorativa, tornou-se fator de dignidade e incentivo, quando pais e filhos andam pelo norte do planal-um símbolo que trilhou muito chão. to campeando lembranças, saboreando vivências, O nome Erechim, de srcem Caingangue,igs aprendendo a identificar o seu próprio lugar é que nifica “Campo Pequeno”, provavelmente porque os se estabelece um projeto de vida paralelo aos valo-campos eram cercados por florestas. Inicialmente res transmitidos pelo tempo. foi chamado de Paiol Grande e depois, sucessivaPortanto, há quem diga “Eu sou do Sul” por- mente de Boa Vista, Boa Vista de Erechim, José que sou da terra dos primeiros habitantes desteBonifácio e finalmente Erechim. Estado, os primitivos Gês, e atualmente de seus Como diversos outros povoados próximos, derivados Caingangues. Outros pela forte vincula-Erechim se iniciou com a estrada de ferro que ção à via férrea, os desafios vencidos para a sua ligava o Rio Grande do Sul a São Paulo. Coloniimplantação e as localidades que a partir daí sezado basicamente por imigrantes de srcem poiniciaram. Ainda, pela descendência de imigran-lonesa, italiana e alemã, o povoado formou-se em tes e tudo aquilo que deles foi herdado. 1908 à margem dos trilhos. Foi neste ano que 36
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pioneiros, entre imigrantes europeus e outrospalmente nos municípios de Áurea, Carlos Govindos das terras velhas (Caxias do Sul), vieram mes e Centenário-, imigrantes judeus, sendo uma pela estrada de ferro e habitaram o lugar. O cres-das maiores colônias judaicas no estado do RS a cimento da cidade impulsionou a construção doda cidade de Quatro Irmãos, e outros grupos mi“Castelinho”, com a finalidade de abrigar a Comis-noritários como russos, ucranianos, lituanos, açosão de Terras do Estado do Rio Grande do Sul,rianos e castelhanos. A estrada de ferro cumpriu que foi o órgão que projetou e demarcou as ruasamplamente sua missão civilizadora deixando e avenidas, lotes urbanos e rurais de Erechim. Oem cada estação um início de vida comunitária. “Castelinho” é símbolo vivo da colonização que Ela foi à ponta de lança a abrir as entranhas do traduz o esforço, o trabalho, a tenacidade e pro-Alto Uruguai, expondo um coração terno e acogresso dos colonizadores. É o prédio, em madeira, lhedor. Enquanto a Velha Maria Fumaça avançava mais antigo da cidade. A obra foi contratada peloe o som do apito despertava a terra adormecida, Sr. Guilherme Franzmann e construído pelo Sr.homens e mulheres de todas as raças, de muitas Germano Müssig, entre 1912 e 1915 e inaugurado pátrias, com vários idiomas, estabeleciam uma em 20 de abril de 1916. A madeira (de lei) veio donova linguagem. Município de Getúlio Vargas e as pedras, que formam os alicerces, vieram das cabeceiras do Rio Dourado. O prédio do Castelinho ocupa uma área equivalente a 603,91 m², representando algo inédito na América Latina, por sua natureza construída sem pregos, com encaixes elegantes. Este símbolo de orgulho dos erechinenses sobreviveu ao tempo, ao vento e a aurora e até hoje é a construção que no coração da cidade atrai muitos visitantes admirados que, então, compreendem a honra dos que são desta terra.
Até a chegada da ferrovia, a região era habitada pelos índios, inclusive a cidade de Rio dos Índios, recebeu este nome devido à existência de grandes reservas indígenas no local; como também, a cidade de Nonoai, que foi assim denominada em homenagem ao bondoso cacique Nonoai que com cordialidade recebeu e firmou um acordo com o Comendador Rocha Loires, permitindo a abertura de uma estrada entre Passo Fundo e o Goio-En, no Rio Uruguai, passando pelo Toldo indígena de sua tribo que acabou se tornando A viação férrea também trouxe a vinda de um ponto de parada para os tropeiros que ali imigrantes italianos e alemães em diversas outraspermaneciam para recuperar as enercidades regionais, imigrantes poloneses – princi-gias gastas durante as longas jornadas
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conduzindo as tropas. município) e vários outros. Além da agricultura, Outro local regional muito importante para há destaque na produção de frango em Barão de as tropeadas foi a lagoa do atual município deCotegipe, beneficiamento de pedras preciosas em Trindade do Sul, eis que naquele tempo esse eraGaurama e um forte parque industrial e deseno caminho utilizado para ligar o Planalto médiovolvimento comercial em Erechim. Na educação e as Missões ao centro do País. Na lagoa existia e cultura Universidades e diversos grupos folclóágua em abundância para os homens e os ani- ricos e culturais perpetuam esse legado oriunmais, único meio de transporte da época. Por do da miscigenação dos colonizadores, como no isso, ao redor da “Lagoa” surgiram os primeiros Grupo Gillé, Grupo Avanti (Grupos Italianos de moradores que ao acamparem por acaso, ou porErechim) Coral Italiano I Baronesi, (de Barão de necessidade, acabaram fixando residência, de iní-Cotegipe), Grupo Afrodescendente (de Campinas cio provisório e aos poucos definitivamente. do Sul), e o reverenciado Grupo Jupem (de EreEssa diversidade de etnias, com diferenteschim), que além de preservar a cultura polonesa maneiras de ser, de vestir, de viver, enriqueceu ana região, seguidamente vai além-oceano e após região com diversas culturas, cada uma com um suas elogiadas apresentações sempre demonstra legado característico. Com acentuada dedicaçãoalgo relativo à cultura gaúcha, encerrando com a e esmero ao trabalho, os colonos, manualmente,bandeira do Rio Grande do Sul, demonstrando em puseram abaixo a mata para construir uma eco- outras Nações o orgulho de ser gaúcho e por que nomia de subsistência, baseada na policultura. “Sou do Sul”. Desde o princípio, cultivou-se o trigo, o milho, o O sentimento de amor do gaúcho é também feijão, o fumo e a parreira. Produziram-se suí-refletido na valorização da História e de fatos heroinos, bovinos e outros animais. Houve extração cos que defendiam os ideais característicos deste de erva-mate, bem como de madeira, que era povo. Historicamente há que se destacar queem beneficiada pelos engenhos e mesmo exportada,1923 os campos de Quatro Irmãos foram palco de quer pela ferrovia, quer pelo Rio Uruguai, atra-uma ferrenha batalha chamada Revolução Borgisvés das “balsas”. No cenário econômico surgiram ta, conhecida popularmente como Revolução do casas de comércio. As(arados, influências no plantio Combate. Aque batalha foi travada entrepelo Chimangos easnas técnicas agrícolas moinhos, e as- Maragatos disputavam o poder Governoe sim sucessivamente até os equipamentos moder-do Estado do Rio Grande do Sul, e hoje ainda se nos) contribuíram para a diversidade atual daencontra no município de Erebango, o Cemitério produção agrícola, destacando-se cidades como Campinas do Sul, Getúlio Vargas (nome dado em homenagem ao Presidente da República), Estação, Itatiba do Sul (cujo nome significa caminho das pedras e valoriza a imponente existência destas na paisagem local), Severiano de Almeida, Jacutinga (denominação que se refere à permanência de muitas aves com esse nome no lugar), Ponte Preta (cuja ponte sobre o Rio Jupirangava construída orgulhosamente com a colaboração voluntária da comunidade, através de uma suspensão aérea, totalmente de madeira, foi para fins de conservação pintada com um líquido preto, conhecido naquela época como alcatrão, hoje, como piche, dando srcem ao nome do
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do Combate onde foram sepultadas as vítimas que Grande”, com um referencial histórico-cultural tombaram neste capítulo da História Rio-grandenfruto de um legado deixado pela ferrovia visualise. Também em 1923, no município de Erechim, ouzado nos trilhos do trem por onde hoje desfila a tra batalha marcou a região. Na ocasião, quandosaudosa Maria-Fumaça, que ao passar nos vales, os chimangos se prepararam para atacar e tirar os rios e montanhas esculpem belíssimas paisagens maragatos do comando da prefeitura municipal, os que provocam encantamento e forte saudosismo. maragatos conhecendo a intenção dos chimangos, Em Erechim, também é motivo de orgulho preserexplodiram os trilhos do trem em ponto estratégivar a vegetação no Parque Longines Malinowski, co, na altura do desvio Giare ta e assim surpreende- onde trilhas ecológicas propiciam o contato com a ram os chimangos que mesmo em maior númeronatureza que acalenta o corpo e a alma. No início, perderam essa batalha, sendo que aproximada-este espaço era o potreiro da Comissão de Terras, mente 50 chimangos foram mortos e outros 70 ferihoje é um parque de 24 hectares caracterizandodos foram atendidos pela cruz vermelha instalada -se por apresentar Mata de Araucária, sendo esta no Castelinho em Erechim. uma das vegetações típicas da região Alto UruConhecer a História e extrair exemplos deguai. Localiza-se no perímetro urbano, próximo bravura, de luta por objetivos, de entrega à uma ao centro da cidade. Foi doado pelo Estado ao causa, é conhecer a própria identidade do gaúcho Município de Erechim, através da Lei 267 de 09 de destemido, que não se nega ao compromisso deagosto de 1948. O patrono foi um dos funcionários honrar seu Estado e lutar para que este seja o chão da Comissão de Terras, agrimensor e projetista de que orgulha seu povo. estradas e pontes, que lá plantou cerca de 1000 esMas além de marcos históricos, a região pécies recolhidas que permanecem preservadas. possui diversos outros atrativos turísticos que O orgulho da riqueza local também fica eviseja por sua beleza natural, seja por sua contribui- dente em outros belíssimos passeios como no Vale ção cultural, ou ainda, pela alegria e integraçãoDourado, onde o andar em meio à natureza perdo homem com o meio em que vive, estampam omite conhecer construções antigas dos imigrantes orgulho de “Ser do Sul”. Em Aratiba os gaudériosque fizeram esta terra crescer e prosperar, além se descontraem maior tirolesa da de América de provar café e passar Latina, instalada na entre os municípios Aratibamentos deum pazsaboroso espiritual no colonial Santuário Nossa moSee Itá, além de prestigiarem espetáculos como o nhora da Santa Cruz. E, das nossas raízes, brota da encenação da Paixão e Morte de Cristo, con- a força que vem do passado através do Arquivo sagrado como o maior espetáculo do gênero naHistórico e Museus, Templos Religiosos e Grutas, região. Por sua vez, Entre Rios do Sul, que sedia o Parreirais e Cantinas, Trilhas Ecológicas, Cascatas, centro de controle da hidroelétrica do Rio PassoPraças e Centros Históricos, Arquitetura Art Déco, Fundo, possui um imponente parque aquático ePasseiosrurais, Orquidário e Arboreto. é considerado a Capital nacional da motonáutica. Gaúchos de fé, para os quais as manifestaAinda, há que se citar a cidade das Azaléias, Ervalções religiosas são motivo de honra nas terras do Grande; as excursões para visitas aos Jardins de Planalto. Várias festas e procissões aos padroeiIpiranga do Sul; a cachoeira do Salto no municí-ros locais, algumas que se consagraram a nível pio de Gaurama; uma das mais belas grutas do estadual e nacional, como a procissão a Nossa sul do País, a Gruta de Nossa Senhora de Lour- Senhora dos Navegantes, sobre o lago da Usina des, em Mariano Moro; a Igreja de Pedra, o Mon-Hidrelétrica Itá, realizada no início de fevereiro, te Cristo e as Termas de Três Arroios; também oem Aratiba, há mais de 70 anos quando balseiros Balneário de Águas Termais Sulfurosas de Mar-passaram a homenagear Nossa Senhora dos Nacelino Ramos, sendo esta uma cidade de fronteiravegantes como padroeira da boa viagem denominada por muitos como a “Porteira do Rioe protetora das tempestades e perigos
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que o rio Uruguai of erecia. A tradicional procis- das paisagens, na brisa das cachoeiras, no céu da são luminosa de Nossa Senhora da Salete realiza-estrela boeira... da, sempre no dia 19 de setembro e na Romaria Além disso, dizer “Eu sou do Sul” é ser da realizada desde 1936, no último final de semanaterra onde se aquerenciou Nesio Alves Correâ, o de setembro, no município de Marcelino Ramos. A “Gildinho”, patrono daSemana Farroupilha do ano Romaria de Nossa Senhora de Lourdes, realizadade 2013, e também seu irmão caçula “Chiquito”, anualmente no segundo domingo do mês de fevedo grupo Chiquito e Bordoneio. Em especial, ser reiro, em Mariano Moro. A Romaria a Nossa Se-da querência do Gildinho é ser da terra dos Monhora de Fátima, na primeira quinzena de outubro, narcas, expressivo conjunto da autêntica música em Erechim. Além da fé católica que representa a maior expressividade em número de fiéis, também outras religiões norteiam crenças e valores com a mesma intensidade espiritual. A Sociedade Judaica, por exemplo, comemora todas as festas religiosas de seu calendário, tais como Pessach (Páscoa), Chanuca (Festa das Luzes), Tu Beav, Yom Kippur (Dia do Perdão), Aseret Yemei Teshuva (10 dias de Arrependimento). Diferentes etnias, diferentes religiões, mas uma só integração com o lugar em que se vive, uma terra abençoada na crença de todos a os cultos. n g Orgulho máximo da região épreservar suas apm a raízes tradicionalistas no sorver do chimarrão, no Cre t saborear do churrasco, nas charlas galponeiras aoet:P redor do fogo de chão que, especialmente na cida-toFo de de Erebango, desde 1962 se mantém acesso no galpão de Danilo Webber. “Eu Souosdopaz tradicionalista. assim “pedir que do levefiSul” é dizer que de cuia naEntão, mão, dizer reforçam-se aonde tem Éguerra, é pediraoavento” proteção laços de amizade e cordialidade, é escutar cau- lho da mãe amorosa que busca nos nossos CTGs sos, trovas, declamações e, de mansito, sentir que transmitir valores e princípios a uma juventude isto basta... cada vez mais exposta aos perigos modernos, é Por certo que nas características próprias pedir que as tradições e as verdades deste povo deste povo encontram-se as contribuições das di- se mantenham vivas e fortes, pedir que o amor ferentes etnias que, cortando quebradas, fizerampelo Rio Grande do Sul se expanda a todos os paesta terra prosperar. Culinária, usos, costumes, gos, a todas as querências e que todos os gaúchos fala... mas, só quem é, de fato, do Sul tem uma lin-se vejam como irmãos. guagem própria e sabe o quanto é bom comer E, quando o jovem tradicionalista lança seu umas “bergas”, “lagarteando no sol” acompanhadoolhar ao longe nos verdes campos do planalto, deido “cusco”. “Ser do Sul” é ter a certeza de que es- xando no brilho de seus olhos transparecer a força ses preciosos e singelos momentos foram e sem-telúrica que agiganta a alma dos filhos desta terpre serão assim. Viver em harmonia com o que ara, se consolida a certeza que não se trata de ser natureza oferece na simplicidade de ser gaúcho émelhor, nem pior, do que ninguém, mas sim de ter seguir o rumo sentindo o vento batendo no rostoconsciência de uma identidade cultural própria, e reconhecer o seu lugar no cheiro da amada e reverenciada, definida orgulhosamente ao terra, na relva dos campos, no verde apresentar-se “Eu Sou do Sul!
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Organização do capítulo:Bernardete Lorenset Padoin – diretora cultural
da 20ª RT Textos: Antônio Ferrari - patrono da 20ª RT - Verônica Lorenset Padoin: 2ª
Prenda juvenil do RS 12/13 - Luciana Rolim, Guilherme Heck, Odilon de Oliveira Zico Fojit Ribeiro -ng. E Agrônomo - indígena da reserva de Guarita
A maioria dos municípios que hoje formam a 20ª RT era coberto por mata nativa, constituído por pés de erva mate.
consumo da família. Os imigrantes, ao sair de suas terras, já traziam junto sementes e mudas dos alimentos que desejavam cultivar na nova terra. Cada leva de imigrantes que para cá vinha construir sua nova vida, se agrupava conforme
O trabalhar índio foinos o primeiro a fazer a ocupação, srcem, dando formaçãoonde de uma e postepois, ervais virou profissão do mes- riormente um amunicípio passavila a predomimo. Mais tarde, com a vinda dos portugueses, nar esta etnia. este passou a chamar o índio de ervateiro. Os municípios que compõem a 20ª Região Logo veio o caboclo, resultado da miscigena-Tradicionalista aparecem como destaques regioção do índio com o europeu, que transitava por nais, estaduais e nacionais em vários aspectos; esta região. O caboclo, por causa de sua descen- estão encravados no noroeste do estado do Rio dência, esteve muito ligado ao indígena. Grande do Sul, Região Celeiro do Estado, famosa As estâncias e a ocupação dos campos co- pela sua economia agropecuária e também ponmeçaram a se estabelecer na nossa região com to de localização de uma das maiores empresas a chegada dos europeus, que primeiro vinham pe-fabricantes de maquinários agrícolas do país, do las missões e, a seguir, pela criação do gado, já maior salto longitudinal do mundo e maior reserque em nossas terras predominava o mato com va natural do estado, terra dos Mártires Padre ilhas de campo. Manuel Gómez e Coroinha Adílio Daronch. Esta Embora a ocupação tenha sido maior nos região é famosa pela sua receptividade aos visicampos, a extração de erva mate, já em desenvol-tantes e pelas riquezas naturais, rios e matas exuvimento nas missões, se destacou como primeira berantes. economia da região.Assim, nossas terras tiveram duas fases de ocupação: A ocupação dos matos e Terra s agrada do s b ema ocupação dos campos. Com o fim das missões, o índio voltou para aventurados mártires do o lugar de srcem, a mata. Porque era lá que ele sabia trabalhar e conseguiria viver. E no campo, Rio Grande do Sul: padre onde aprendeu a lidar no tempo das missões, pasManuel Gómez e coroinha sou a não ter mais espaço. A seguir, com as imigrações, vieram mais etAdílio Daronch nias europeias: o alemão, o italiano, o polonês. Em 1824, instalaram-se as primeiras colôA diversidade cultural do Rio Grande do Sul nias de imigrantes, sendo estas constituídas pordá ao estado uma riqueza inestimável em maalemães. Em 1875, vieram os italianos. As colôniasnifestações culturais populares, que retratam a cresceram muito, pois seu povo não veio para cáhistória, srcem e religiosidade de seu povo. Entre para criar gado, mas para desenvolver uma atividade que não tinha aqui: o cultivo de produtos elas a história dosque mártires de Nonoai, uma fes-na tividade religiosa é realizada anualmente agrícolas produzido para subsistência, cidade devido à história de um padre espanhol e
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seu coroinha, que ficaram conhecidos na regiãolizada anualmente no mês de maio. Esta cavalgado Alto Uruguai pelas suas dedicações à igreja e da inclui o município de Três Passos no cenário pela doação aosdesvalidos. histórico do Rio Grande do Sul aproximando nosPadre Manuel Gomes Gonzalez nasceu na sa cultura da fé religiosa. Espanha, sendo que em 1902 foi ordenado sacerEm 2008, através da Lei nº 13.001, o municídote. Já no ano de 1913 estava na cidade de Nonoai,pio de Três Passos foi reconhecido como “Terra onde bravamente organizou o apostolado da ora-Sagrada dos Bem-Aventurados Mártires do RS – ção, a catequese paroquial, o combate ao analfa-Padre Manuel Gómez Gonzáles e Coroinha Adílio betismo. Lutando com muitas dificuldades eco-Daronch”. nômicas, reformou a igreja matriz. Ao seu lado A Lei Estadual nº 12.357 de 1º de Novembro estava o coroinha Adílio Daronch auxiliar nos ser-de 2005 oficializou o chamado “Caminho dos Márviços do altar e da paróquia. tires”, indicando os municípios que o compõem: Nesta época o Rio Grande do Sul vivia mo“Art. 2º - Denomina-se “Caminho dos Mártimentos conturbados. O estado acabava de passarres”, o percurso compreendido entre os municípela revolução entre Chimangos e Maragatos (Re-pios de Nonoai, Rio dos Índios, Alpestre, Planalto, volução de 1923), em que houve muita violência eIraí, Vicente Dutra, Caiçara, Palmitinho, Vista Alederramamento de sangue. gre, Frederico Westphalen, Seberi, Ametista do Padre Manuel e o Coroinha Adílio DaronchSul, Rodeio Bonito, Constantina, Novo Tiradentes, dirigiram-se a cavalo, para o Alto Uruguai, mais Cerro Grande, Liberato Salzano, Engenho Velho, precisamente para a Colônia Militar, onde a 20 deNovo Xingu, São José das Missões, Palmeira das maio, Adílio ainda ajudou na páscoa de militares. Missões, São Pedro das Missões, Redentora, CoA caminho de Três Passos, ao chegar na lo- ronel Bicaco, Braga, Campo Novo, Santo Augusto, calidade de “Feijão Miúdo” o Coroinha Adílio e oSão Valério do Sul, São Martinho, Boa Vista do Padre Manuel foram surpreendidos por anticleriBuricá, Humaitá, Crissiumal, Miraguaí, Tenente cais e inimigos da religião. Foram levados para oPortela, Derrubadas, Tiradentes do Sul, Taquarumato, amarrados em árvores e fuzilados. Era o diaçu do Sul, Esperança do Sul e Três Passos”. 21 de Os maio de 1924. Em 24aodePadre maioManuel de 2004 Gonzáles foi inaugurado o mocorpos só foram encontrados muitas ho- numento e o Coroinha ras após o assassinato. Apesar de ter transcorrido Adílio Daronch, sendo ponto turístico da cidade e tanto tempo, vale salientar que ao serem encontra- região. No local também fica o santuário, local de dos, os corpos estavam preservados e não haviam peregrinações religiosas. sido sequer tocados pelos animaisda floresta, não apresentavam nenhum outro sinal de violência, além da perpetrada pelos vis assassinos. Levados os corpos dos mártires com sentida aflição e desconsolo dos amigos e fiéis, foram sepultados com grande acompanhamento em Três Passos. No local do martírio, foi construída uma capela, para onde começaram a acorrer em seguida e de forma crescente, devotos, peregrinos e romeiros, com a finalidade de pedir favores e agradecer pelas graças alcançadas. ão Hoje são beatos, reconhecidos mundialmente açlgu vi e homenageados pelo Movimento Tradicionalista D Gaúcho, através da “Cavalgada dos Mártires”, rea-:otoF
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testavam esse sistema implantado e reivindicavam eleições livres, isentas da pressão exercida pela máquina administrativa, além de uma série de outros objetivos. A gente do Miquelinos,dirigida pelo chefe do clã, Adriano Miquelino, atuou pouco tempo, tendo emigrado para a Argentina, onde ficou até depois do fim da Revolução. De Santo Ângelo saiu uma força do 3º Provisório, sob o comando de Tarquino de Oliveira, para reforçar a “gente do Major Câncio”em Campo Novo. Entre o Inhacorá e a Fazenda Monte Alvão essa força encontrou-se com um grupo de recrutadores de gado, companheiros do Cardoso, que recrutavam para Leonel Rocha de Palmeira. Houve combate onde foi morto o Bugre Chindangue. Nesse local os Provisórios estavam reforçados pelos comandados do Major Joaquim Rolim de Moura. Após esse encontro, os sobreviventes, se dispersaram e procuraram agrupar-se com o Cardoso que, segundo alguns informantes, se prepaO cemitério dos dego l ados rava para juntar-se com Leonel Rocha. Carlos Cardoso afastou-se do acampamenCorria o ano de 1923, outros afirmam que to que era próximo de onde está hoje a Policia ocorreu em 1924, o certo é que os ânimos em todo Rodoviária de Santo Augusto e, junto com João o Rio Grande estavam exaltados. Grupos de pes-Dentista, João Rufino e outros, foi até o Bolicho do F ot o: D iv u lg aç ão
soas, chamados “piquetes”, se formavam em todaVila BirivaPedro na localidade chamada PortãoláVelho, hoje Paiva. Quando estavam avistaram a parte. Na região do município de Santo Augusto, soldados se aproximando e tomaram posição para os mais destacados piquetes foram o do Cardoso,combater. João Dentista, que tinha conhecimendos Marianos e dos Miquelinos, pelo lado Maraga-tos de tática de combate, propôs ao Cardoso não to (oposição). O piquete do Major Câncio de Cam-dar combate ali, mas que fossem até a Boca da po Novo, ao qual está subordinado o grupo dos Picada, adentrassem no mato e, se perseguidos, Lifonsos (Ildefonso A. de Mello), sobressaiu-se pelopusessem o inimigo entre dois fogos. Foi conteslado dos Chimangos (ala situacionista). Tambémtado pelo chefe que disse ser covardia abrigar-se: era comum no dizer do povo: “A gente do Cardo-“homem briga de frente”. Nessa altura rompeu o tiroteio e, a “força”, como eram chamados os gruso” e “A gente do Major Câncio”. Todos os piquetes recrutavam homens parapos compostos por militares, já estava posicioas suas fileiras, usando qualquer expediente paranada devidamente e abriu fogo cerrado: do que resultou seis mortos e muitos feridos na ala do isso, inclusive os “maneadores”. A nível partidário, a situação era represen- Cardoso, inclusive morto o Tenente João Dentista, um menino negro de quinze ou dezesseis anos e, tada pelos chimangos que queriam manter-se no poder, usando para isso vários meios, destacando-feridos, o chefe do piquete, João Rufino e outros -se a fraude eleitoral. Os maragatos con-companheiros. Do lado dos Chimangos houveram vários feridos, sem nenhuma perda de vida.
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Dispersados os Maragatos, os feridos, inclusiOuvir a descrição do aspecto dos cadáveve o Cardoso, se esconderam num alambique exis-res degolados na manhã de um dia de sol quente tente nas proximidades onde, hoje, mora o Sérgioe, que só foram sepultados à tarde, já cheirando Geleski e foram tratados com remédios de ervas emal, deitados em poças de sangue com moscas homeopatia feitos por Salvador Bastiana, que eracobrindo-os de vermes, levados de arrasto até a vizinho e compadre do Carlos, para o qual, mes-cova rasa por mulheres e crianças, capitaneadas mo sendo adversários, a amizade falou mais altopor Benedito de Castro, é o bastante para repupois este sabia que aquele saiu com Firmino dediar violência de qualquer natureza. Paula em 93 e, em 23, se escondeu como pode e A “força” do Tarquino seguiu para Campo não participou da revolta. Novo cumprir sua missão: levar reforço para o Entre os comandados por Tarquino, estava oMajor Câncio. Tenente Froylan Rolim e, no grupo do Cardoso, o Por muito tempo o local conhecido como CEirmão deste, Jovino Rolim que foi ferido duranteMITÉRIO o DOS DEGOLADOS, foi usado para secombate e não pode caminhar. Preso e amarradopultar pessoas pobres de famílias da redondeza e na sapata de uma das duas carroças dos milita- estava abandonado quando a 20ª Região Tradiciores estava um homem que fora preso na Estradanalista do MTG e o CTG Pompílio Silva solicitaram dos Baianos, entre o Passo da Laje e o da Lumi- ao Prefeito Municipal a colocação de um marco no nata. Como houve um confronto o comandantelocal e sua conservação como ponto histórico do Tarquino reuniu-se com “seu Estado Maior” paramunicípio, no que foram atendidos pelo então Predecidir sobre o destino que se daria ao preso e feito Alecrides S. de Moraes e, na Semana Farrouao ferido (Jovino). Decisão: degolar o prisioneiropilha de 1980, se concretizou a ideia. como já haviam degolados os que morreram no Recentemente, com a movimentação da recombate. Como Jovino havia sido reconhecido egião em torno do turismo, o Prefeito Naldo Wieera irmão do Tenente Froylan, este foi consultado gert, através da SICOMTUR, cercou a área e fez sobre o que fazer com seu irmão. estacionamento, executando um projeto de melho- É inimigo, tem o mesmo destino dos outros, ria e conservação daquele ponto histórico. disseAssim Froylan. sendo também foi degolado. Mais tarde alguém tentou justificar a atitudeSalto Yucumã: maravilha do de Froylan dizendo que seu irmão levou um tiro Rio Grande do Sul na coluna e ele preferiu executá-lo “para não ficar sofrendo”. Na verdade, as diferenças entre os Uma das maiores quedas d’água em extenirmãos eram muito grandes: eles eram inimigossão do mundo, com 1.800 metros de cachoeira, e, se a situação fosse invertida a “sorte” seria a fica no município de Derrubadas, fronteira com mesma. a Argentina. Os mortos foram sepultados pelo Tio Peque- Emancipado em 20 de março de 1992, o no ou Tio Castro e pelas mulheres e crianças da município de Derrubadas - nome srcinário de vizinhança, pois os homens estavam na revoluçãoderrubadas de matas para extração de madeira ou escondidos nos matos para escaparem dos - concentra uma população de 3.190 habitantes, a recrutadores. Para sepultar os degolados, apro-maioria descendentes de alemães e italianos. veitaram a vala de um carreiro que foi alargada A cidade de Derrubadas abriga a maior flopelo Tio Castro e, na qual, puseram osoito mortos, resta gaúcha: o Parque Estadual do Turvo, com 18 sem caixão, velório ou outra formalidade que nãomil hectares de belezas naturais. É no Parque do o “Terço das Incelências” (Excelências) rezado porTurvo, banhado pelo Rio Uruguai, fronBenedito de Castro que era Capelão.
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F ot o: D iv u lg aç ão
A terra indígena do Guarita A Terra Indígena do Guarita, localizada a noroeste do estado do Rio Grande do Sul, possui uma extensão de 23.407 hectares e 5.210 habitantes. Faz parte dos territórios dos municípios de Tenente Portela, Redentora e Erval Seco. É a maior reserva indígena em superfície territorial do estado. A Terra Indígena do Guarita abriga em seu
territóriomaioria, índios das Kaingang, quedesãopesa grande e umetnias número reduzido soas da etnia guarani. É importante citar a sobreposição da Terra Indígena com o Parque Estadual do Turvo (Floresta Estacional Decidual – Bioma Mata Atlântica), área de proteção integral com 17.491 hectares, Unidade de Conservação criada em 1947 e que, infelizmente, é o último grande fragmento protegido deste tipo de vegetação no Rio Grande do Sul. O aldeamento da Terra Indígena do Guarita F ot o: foi criado em 1854, havendo desde então pressão D iv u lg da sociedade envolvente sobre o modo tradicional aç ão de vida indígena e seu meio ambiente. A delimitação do território atual em 1911 e sua demarcação em 1918 ocorreram quando as demais terras da região, tradicionalmente ocupadas pelos índios para caça e coleta, foram liberadas para empresas de colonização. A partir da década de 40, empresas madeireiras desmataram a região e as terras posteriormente foram utilizadas para agricultura extrativa, prática que se estendeu à área demarcada. Atualmente a maioria das famílias indígenas do Guarita sobrevivem da agricultura familiar teira com Argentina, que está o Salto Yucumã – longitudinalmente é a maior cachoeira do mundo.de subsistência, venda de artesanato, aposentadoO que divide os dois países é uma fenda com atéria, trabalhos temporários e raros empregos de funcionários de órgãos públicos. 120 metros de profundidade. O rio Uruguai, que nasce a 65 quilômetros a Também é desenvolvido o cultivo de soja, milho e trigo em parceria com os agricultores “branoeste da costa do Oceano Atlântico, encontra no cos”, devido à dificuldade que os índios enfrentam trecho do parque uma espécie de Canyon, estreito em conseguir recursos para implantar a lavoura, e longo. Por isso que asque águas caem, formando uma comprar insumos ou mesmo ter crédito junto às grande cortina quase se perde no horiempresas fornecedoras. zonte.
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F ot o: M il an e F on se ca d e V ar g a s
Texto e organi zação do capítulo: Geisa Portelinha Coelho Licenciada em letras e especialista em educação Fontes: Entrevista com os senhores Arabi Pinto da Silveira e Fábio Braga Mattos.
A 21ª RT engloba os municípios de Arroio Grande, Cerrito, Herval, Jaguarão, Pedras Altas, Pedro Osório, Pinheiro Machado e Piratini. Cada
Uma das mais belas edificações da cidade de Piratini é o Palácio do Governo, sobrado construído em 1826. Dez anos mais tarde, o prédio foi sede da reunião que declarou Piratini a Capital da República Rio-grandense. Hoje sedia o Museu
umconforme deles foi mencionaremos palco de importantes Municipal Barbosa Lessa, com referência a biohistóricos, ainda fatos nes-grafia e obra do autor, além de abordar o proceste capítulo. No entanto, cabe ressaltar a sede daso evolutivo e histórico da cidade. Prédio tombado Primeira Capital Farroupilha, Piratini, que marpelo IPHAN em 1941 e pelo município em 1956. ca presença nos registros históricos desde 1777, quando os primeiros militares instalaram-se às margens do rio Piratinim, seguindo da chegada, em 1789, de 48 casais açorianos que trabalharam as terras e construíram importantes solares e sobrados que resistem ao tempo, e atraem turistas de todo país, não só pelo valor arquitetônico, mas especialmente pelo valor histórico - muitos de seus prédiosserviram de moradia para oslíderes da Revolução Farroupilha. Antiga propriedade de Antônio José Vieira Guimarães, a casa da Camarinha é conhecida como o primeiro prédio de Piratini e data de 1789,asg tombado pelo IPHAE em 1986 e pelo municípiora V ed em 1956. F ot o: M il an e F on se ca d e V ar g as
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ac es n oF e n lai M :o to F
Imponente construção piratinense abriga desde 1853 o Museu Histórico Farroupilha, aberto diariamente à visitação. O prédio, datado de 1819, pertenceu ao Capitão Manuel Gonçalves Meirelles. Supõe-se que tenha sido casa comercial no andar térreo e residência no superior. Foi sede do Ministério da Guerra no período farroupilha e em 1837 tornou-se escola para meninos. (...) Prédio Tombado pelo IPHAN em 1952 e pelo município em 1956.
F ot o: M il an e F on se ca d e V ar g as
s a rg a V ed ac sen oF e n al i M :o otF
Com a mesma relevância dos prédios citados Construída entre 1800 a 1850 esta é a casa onde morou o pesquisador, escritor e folcloristaacima, temos diversos outros que encontram-se Luís Carlos Barbosa Lessa, piratinense que par- de pé, como se quisessem reforçar aos gaúchos e platinos a importância de Piratini na história do ticipou da Primeira Ronda Crioula e foi fundador Brasil Meridional. do 35 CTG. F ot o: M il an e F on se ca d e V a rg a s
O VANGUARDEIRO “Aos quatorze dias do mês de setembro de mil novecentos e setenta oito, centésimo décimo quarto da Guerra doeParaguai e centésimo quadragésimo terceiro da Revolução Farroupilha, ao entardecer, nesta centenária Estância do Cristal, estabelecimento agropecuário do século passado, localizado no primeiro subdistrito de Canguçu, reúnem-se um punhado de bravos canguçuenses. Tem a reunião o objetivo de aqui acender a “Chama Crioula (...)”
Assim, de modo quase poético, começou a Atual Prefeitura Municipal de Piratini, a Ata nº 1, redigida pela pesquisadora canguçuense casa datada de 1858, construída por Manoel José Marlene Barbosa Coelho, e que oficializou a criaGomes de Freitas, juiz quando irrompeu a Revo-ção do Piquete “O Vanguardeiro”, com sede na 21ª lução, foi remodelada em 1934. Hoje exibe a pin-RT, cujo nascimento oficial deu-se em 14 de setemtura a óleo de 310x514cm “Alegoria do Sentido e bro de 1978. Neste ano, um grupo de cavaleiros de Espírito da Revolução Farroupilha”, obra de Hélios Canguçu, “gentes” do CTG Sinuelo, gaúchos Seelinger no halll de entrada. que gostavam e gostam das lides cam-
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peiras, dos fandangos, das charlas nos galpõesGrande Do Sul. de fazendas e estâncias, que sentiam e sentem Felizmente já não havia mais peleias no fiorgulho do passado farrapo, responderam à ne-nal do século XX. Nem o Piquete foi formado para cessidade de formar um grupo que apanhasse adefesa. Sem armas e sem guerras homens e cavaChama Crioula para acendê-la em locais históri-los podiam desfrutar da liberdade, da natureza, cos de Canguçu e distribui-la às Rondas Crioulas da vista dos campos e coxilhas por onde passanos Centros de Tradições Gaúchas do município,vam ao mesmo tempo em que reverenciavam a com intento de promover a Semana Farroupilha. história– o que fazem até hoje. A necessidade era E Gaúcho é gaúcho! Gaúcho, tal qual os co-puramente pacífica e emancipadora e significanhecemos nos casos tradicionais de galpão, na ria a manutenção das tradições para que as geraliteratura rio-grandense, nas tomadas de deci-ções futuras conhecessem sua história como visões,... não deixa para amanhã o que pode fazer vência, algo semelhante ao que seus antepassados hoje. E assim foi feito. Formou-se o Piquete! Em fizeram, porém agora livres. Além de vivenciarem sua primeira cavalgada, em 1978, o grupo já ti- este momento, estavam lado a lado experimentannha, discretamente, os ares da importância quedo e transmitindo a jovens e crianças a importânrevelaria mais tarde. Sua formação inicial traziacia de um momento cívico. como comandante, Clementino Carlos Goulart da Inicialmente os cavalarianos mantiveram a Fonseca; como Subcomandante, Adair Presteschama utilizando uma tocha. Em seguida pasdos Santos; como conselheiros: Fernando Krussersaram a observar aspectos como aquecimento e Moreira, Sady Soares da Silva, Raul Soares da Sil-riscos de queimaduras a homem e animal, mau veira, Armando Ecíquio Peres, Marlene Barbosacheiro proveniente dos gases tóxicos eliminados Coelho (apenas os dois primeiros participavamdurante a queima etc. Feitas estas importantes das cavalgadas, sendo que os outros três ficavamconsiderações, por sugestão do cavaleiro Amilton de responsáveis pela organização da solenidade Silveira optaram por conduzir um candeeiro com na chegada dos cavaleiros); como cavaleiros, Ace-uma vela dentro. Assim ainda o fazem. lino Borges Leal, Antero Gonçalves Valente, Antô- Criado o grupo havia a necessidade de batinio Fernando Barbos a, Antônio GonçalAmilton ves Valente, zá-lo. A escolha do nome deu-se porCoelho. sugestãoSeria da Antônio Valter Meneses da Rocha, Valensubcomandante Marlene Barbosa te da Silveira, Arabi Pinto da Silveira, Ari Fernanuma forma de homenagem ao General Hipólito do Rodrigues, Clodis Ney Esquiavon Luiz, DaltroRibeiro , filho deste pago, herói da Guerra Oribe Cardoso da Silva, Daniel Nunes Pinheiro, Etelvinoe Rosas, 1851-1852 e do Paraguai, 1865-1870. Hipólito Loiraci Rodrigues da Silva, Francisco Cardoso,Ribeiro, além de ter sido chefe da cavalaria rioJoão Alberto Goulart da Fonseca, Jorge Alberto-grandense, após o término da guerra contra RoGoularte, José Fernando Ribeiro, Lauro José Do-sas, permaneceu na mesma brigada e ao estoumingues, Luiz Soares de Andrade, Moacir Borgesrar a Guerra do Paraguai, seguiu para o campo Rodrigues,Renato Barbosa Coelho, Renato Pureza de batalha, já no posto de major, na “vanguarda” da Cunha, Talai Djalma Selistre, Tassel Franciscodo exército de Osório: daí surge o sugestivo nome Selistre, Tupy Alcides Vaz Correia, Ubiratan Ro‘O Vanguardeiro’. drigues, Willianson Coelho Lopes, Zeferino Couto Nos primeiros 4 anos, o Piquete não manteve Terres. Todos com uma característica e desejo emvínculo com outros munícipios, nem mesmo da comum: reforçar a importância dos cavaleiros e21ª RT. Mas em 1982, o grupo canguçuense uniuseus cavalos na história e na construção do Rio -se aos cavaleiros de Pinheiro Machado e Piratini e 1. Serviu como soldado na Guerra dos Farrapos e terminada a guerra entrou para o exército como voluntário. Chegando ao posto de capitão pediu baixa do exército e ingressou na Guarda Nacional. Na Guerra contra Rosas, dirigiu um dos corpos de cavalaria organizados pelo general Antônio de Souza Neto.
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fizeram a primeira cavalgada para fora do municícom regras internas imprescindíveis à conservapio deslocando-se até Bagé, região da Campanha.ção da história do piquete e do Rio Grande do Sul, Nesta jornada deslocaram-se aproximadamentedos valores e do bom senso, como o uso correto 50 cavaleiros além de outros 20 como equipe deda pilcha e manter sempre a formação durante apoio. A partir deste ano começaram a demarcara cavalgada, especial cuidado às crianças e aos pontos históricos em toda 21ª RT e, por vezes, em animais, entre outros. outras. Logo, cavaleiros de várias Regiões passaAinda durante os preparativos, depois de esram a acompanhar as cavalgadas. Até o ano decolhido o local onde a Chama será acessa o pi1992, o destino do ano seguinte era articulado ou quete reúne-se para a organização da cavalgada definido pelos integrantes d’O Vanguardeiro ainda e tudo é minuciosamente planejado. Além de delidurante a cavalgada. Desde 1993, por sugestão de nearem com precisão o percurso também é feita José Canez Pinto, os locais percorridos passaram a preparação cultural dos cavaleiros, apresentaa ser escolhidos nas charlas dos encontros regio-das informações de embasamento teórico- cultunais da 21ª RT, e o são até hoje. ral sobre o próximo ponto histórico (isso até 2003, A partir do cavalgada de 1982, as marchas pois hoje a meta é re-visitar os pontos onde foram tornaram-se mais consistentes e reforçaram a colocados os “mapas” referindo-se a 21ª RT. Finda importância da existência, de movimentação, daa cavalgada, o grupo desfaz-se, temporariamente, atuação do grupo. A cada local em que o Pique- logo após a entrega da centelha em Canguçu. Em te passava era reconhecido e atraia admiradores.suas entidades, os cavaleiros aguardam o próximo Aos poucos, cavaleiros de outras Regiões do Rioano em que poderão cumprir sua missão: “trazer Grande do Sul, e até do Uruguai, foram engessan-a chama para a Semana Farroupilha”, palavras do do a coluna. cavaleiro mais antigo em atividade, Sr. Arabi Pinto Embora movimento cívico, curiosamente o da Silveira. Piquete não tem bandeira própria. Segundo enSegundo Fábio Braga Mattos: trevista com o senhor Arabi Pinto da Silveira, e “Essas atividades do piquete têm similafundador do piquete, esta particularidade deveridade com o Plano de Ação Social do MTG, -se ao fato dedeOqualquer Vanguardeiro sersocial, um grupo lançado na gestão de 1982. Lá, era destacada desvinculado segmento quase a necessidade de os tradicionalistas demar“orelhano”, por assim dizer. Segundo o Conselheicarem pontos históricos e o Carlinhos Fonsero Fábio Braga Mattos, o desentendimento entre integrantes do CTG Sinuelo e do CTG Joaquim ca sempre citava com orgulho que os únicos que faziam isso por anos e anos eram os caPaulo de Freitas, em 1974, foi fator decisivo para valeiros do Vanguardeiro.”(sic) que adotassem a bandeira municipal como agregadora de ambas entidades e símbolo do piquete. Durante as cavalgadas, O Vanguardeiro é repre- Como reconhecimento da relevância das atisentado pelas bandeiras do Brasil, do Rio Grandevidades do Piquete, a 21ª RT já indicou 4 cavaleiros do Sul e da 21ª Região Tradicionalista. No entanto,do grupo ao Título de Cavaleiros da Ordem de ao entrar no município de Canguçu, a bandeiraRio Grande: Acelino Borges Leal, Adair Prestes da 21ª RT é substituída pela bandeira municipal dos Santos, Arabi Pinto Silveira, Clementino Carlos e os cavaleiros sentem-se ainda mais orgulhososGoulart da Fonseca. Importante registrar que, para que um cavaleiro possa fazer parte da Orde sua atuação. Até hoje, 36 anos após sua criação, o Pique- dem dos Cavaleiros do Rio Grande, ele deve ser te mantém-se independente e não possui regula-indicado pela Coordenadoria Regional e para ser mento interno. Qualquer pessoa que quiser fazeraceito deve preencher requisitos básicos parte do grupo será aceita, desde que concordecomo: quilometragem de cavalgadas
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realizadas, importância dessas cavalgadas para o Ano: 1984 tradicionalismo e participação efetiva em ativida- Local: Chasqueiro - Arroio Grande des tradicionalistas. Além desses títulos, o Pique- Fato: Morte do Cel. Joaquim Teixeira Nunes te O Vanguardeiro recebeu a homenagem máxi- Ano: 1985 ma da 21ª RT por seus feitos. Em setembro de 1995: Local: Cidade de Piratini a Comenda da Ordem de Gumercindo Saraiva, Fato: Ano do Sesquicentenárioda Revolução Farentregue no Monumento ao MTG, em Canguçu. roupilha. Convém lembrar que desde 2003 O Vanguardeiro não demarca mais pontos históricos uma Ano: 1986 vez que a 21ª RT assumiu o comando do Acendi- Local: Seival, costa do Rio Jaguarão mento da Chama Crioula da 21ª RT e o Vanguar- Fato: Sesquicentenário da Proclamação da Redeiro passou a ser o condutor da Chama Crioulapública Rio-Grandense de Canguçu. Ano: 1987 A seguir os principais eventos experimenta- Local: Cerro Pelado - Cerrito dos pelos cavaleiros. Fato: Local de Nascimento do Tenente Caldeira Ano: 1978 Ano: 1988 Local: Fazenda do Cristal Local: Canhada do Verdum - Herval Fato: Ruínas da sede da Fazenda Cristal Fato: Morte de Gervásio Verdum Ano: 1979 Ano: 1989 Local: Pilar - Canguçu Local: Caçapava do Sul Fato: Marco de pedra que assinala as primeiras Fato: Caçapava Comemorou 150 Anos de Capital sesmarias doadas pelo reino de Portugal naquela Farrapa região Ano: 1990 Ano: 1980 Local: Estância de Bento Gonçalves - Cristal Local: Vau dos Preste - Canguçu Fato: Residência do Comandante da Tropa FarFato: Local de Passagem dos Dragões de Rio rapa Pardo a Rio Grande Ano: 1991 Ano: 1981 Local: Arroio Grande Local: Rincão dos Marques - Canguçu Fato: Local onde nasceu o Visconde De Mauá Fato: Local base de guerrilhas do Capitão Pinto Ano: 1992 Bandeira Local: Jaguarão Ano: 1982 Fato: Primeira Câmara a reconhecer a RepúbliLocal: Seival ca Rio-grandense Fato: Batalha Do Seival Ano: 1993 Ano: 1983 Local: Vila Freira - Cerrito Local: Cerro dos Porongos - Pinheiro Machado Fato: Local de passagem de tropas Distância Percorrida: 120 km. Ano: 1994 Fato: Batalha Dos Porongos Local: Monumento onde estão os restos mortais de Bento Gonçalves- Praça Tamandaré, Rio Grande
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O monumento em homenagem ao Joaquim eTixeira Nunes não estaria no local correto. A historiadora Marle ne Barbosa Coelho afirmava um raio de 3km em torno do Arroio Chasqueiro. Assim, colocaram o Monumento à beira da BR-116, num local que foi cedido por um associado do CTG Tropeiros da Querência.
Fato: Homenagem ao Gen. Bento Gonçalves da Local: Arroio Grande Fato: Inauguração do monumento ao MTG Silva Ano: 2005 Ano: 1995 Local: Herval Local: Marco de Ponche Verde - Dom Pedrito Fato: Sesquicentenário da assinatura da Paz en- Fato: Inauguração do Monumento do MTG e Troca de Placa Da Canhada Do eVrdum tre Farroupilhas e Imperialistas Ano: 1996 Local: Povo Novo - Rio Grande Fato: Local de nascimento do General Farroupilha Antônio de Souza Netto
Ano: 2006 Local: Cerrito Fato: Inauguração do Monumento ao MTG
Ano: 2007 Ano: 1997 Local: Jaguarão Local: Colégio Júlio de Castilhos - Porto Alegre Fato: Inauguração do Monumento ao MTG Fato: Comemoração do cinquentenário da Cha- Ano: 2008 ma Crioula Local: Pedras Altas Ano: 1998 Fato: Inauguração do Monumento ao MTG Local: Túmulo do Soldado Desconhecido - Rio Ano: 2009 Pardo Local: São Lourenço do Sul Fato: 160 anos do Hino Rio-grandense Fato: Inauguração do Monumento ao MTG Ano: 1999 Ano: 2010 Local: Túmulo do General Antônio de Souza Net- Local: Pedro Osório to - Bagé Fato: Inauguração do Monumento ao MTG Fato: homenagem ao proclamador da República Ano: 2011 Rio-grandense Local: Piratini Ano: 2000 Local: São José do Norte Distância percorrida: 62 km Fato: Inauguração do Monumento ao MTG Fato: Batalha de São José do Norte Ano: 2012 Ano: 2001 Local: Pinheiro Machado Local: Alegrete Fato: Inauguração do Monumento ao MTG Fato: Visitação a Terceira capital Farroupilha Ano: 2013 Ano: 2002 Local: Arroio Grande Local: Pedro Osório Fato: Inauguração do Monumento ao MTG Fato: Reconhecimento do casarão onde Caxias acampou Depois de tantas marchas, aprendizados e Ano: 2003 ensinamentos o pioneiro Piquete é referência reLocal: Pinheiro Machado gional, senão estadual, em cavalgadas cívicas. O Grupo iniciado em 1978 fortaleceu-se com o pasFato: Inauguraçã o do monumento ao MTG sar dos anos, ao mesmo tempo em que fortalece a Ano: 2004 3. Inauguração de monumentos em forma mapa da21ª RT em cada um dos novenmunicípios que compõem região. 4. Em 1988 o proprietário das terras ondedeaconteceu a batalha que eriu f mortalme te o Genera l Verdum não apermit iu que fosse erguido o monumento, nem colocado placa no local, o que foi feito na beira da estrada. Em 2005, quando as terras já tinham outro dono, foi finalmente feito o monumento no local adequado, e reinaugurada a placa.
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região e cada um de seus integrantes, seus familiares e amigos. São 35 anos e 4.600km de cavalgadas, de contato com pessoas de idades e municípios diferentes, com a exuberante paisagem sulina, com os equinos, fiéis companheiros de história, com outras entidades e outros aspectos que fazem o homem mais forte e livre e sua história mais rica. São também 35 anos de aprendizado, de tomadas de decisões em conjunto, de produtivas discussões e de respeito à história e às gerações passadas e futuras. No entanto, como saldo “negativo”, porém natural, o grupo registra a perda de 21 cavaleiros e 14 pessoas da equipe de apoio, que com frequência são relembradas como membros importantes na história do piquete. Fotos: Milane Fonsec a de Vargas
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Texto e organi zação do capitulo: José Roberto Fischborn - vicepresidente de eventos do MTG, conselheiro do MTG
A 22ª Região Tradicionalistaorgulhosamente apresenta: • Tropeirismo na 22
- Estrada Real - Passo do Rolante - Tumulodo Farrapo • CTG “O Fogão Gaúcho”
- O 1º CTG do interior do Estado - O 2º CTG do Mundo • Carta de Princípios
- 1961 – 8º Congresso Tradicionalista Gaúcho – Aprovação da Carta de Princípios - 2001 – 1º Fórum Tradicionalista – 40 anos da Carta de Princípios - 2011 – 1º Acendimento Nacional da Chama Crioula – 50 anos da Carta de Princípios
Dentre os fatos que marcam a história da 22ª Região Tradicionalista, composta pelos municípios de Taquara, Parobé, Igrejinha, Três Coroas, Rolante e Riozinho; destacamos acontecimentos que remontam ao início da ocupação do nosso estado, aproximadamente por 1734, quando por essa região começaram a passar os primeiros tropeiros em direção à Sorocaba. A história do Tropeirismo é um dos capítulos mais importantes da formação gaúcha, pois integrou nosso estado ao Brasil no início do séc.XVIII, através do comércio de mulas e traçou a rota de formação de muitas cidades das regiões Sul e Sudeste. Foi através dessa atividade que se consolidou o movimento comercial do país e que se definiram vocações econômicas regionais, como no caso da atividade econômica de algumas regiões do nosso estado até os dias de hoje.
1734 – O Tropeirismo passa pela 22ª RT. Através do resgate da nossa história construímos um saber local, mostrando ações dotadas de emoção, saudades ou surpresas. A partir o ã do conhecimento das nossas srcens, de quem fo- çgal ram nossos antepassados e quais suas contribui- uiv:D ções, aprendemos a valorizar o espaço em que vi- toFo vemos e o que já aconteceu de bom antes de nós. O conhecimento da nossa história é fundamental Nossa região teve uma participação muito para a compreensão de aspectos da nossa cul- importante nessa parte da história, pois o roteiro tura, a valorização do nosso povo e das nossas da Estrada Geral ou Caminho das Tropas passava raízes, para assim podermos dizer com pelas terras do município de Rolante, que nessa orgulho: “Eu sou do Sul”. época, fazia parte do território de Santo Antônio
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da Patrulha e só se fazia menção ao rio que ori- so de povoamento e integração do Rio Grande do ginou o nome da cidade. Vários escritos sobre aSul ao restante do Brasil. ocupação e povoamento do Vale do Rio Rolante contam que por volta de 1734 foi aberta a estrada Geral de Cristóvão Pereira de Abreu e os tropei- 184 0 – Os farroupilhas de ros que levavam gado do território do Rio Gran- Bento Gonçalves passam de para São Paulo se reuniam em Viamão para pel a 22ª RT. depois segui-la em direção ao território paulista, subiam pelo vale do rio Rolante até os campos de Mesmo transformado em picada e em preCima da Serra, atravessavam o Passo de Santa Vitória no rio Pelotas e atingiam os campos decárias condições, mais adiante em 1840, durante a Lages, viabilizando a união mais rápida com So- Revolução Farroupilha, o caminho continuava sendo usado e foi através dele que Bento Gonçalves rocaba. O intenso movimento de tropas por essa es- movimentou sua tropa até os campos de Cima da trada vai determinar a criação de uma guardaSerra quando da retirada geral de Viamão. Ainda no Rio dos Sinos, no ponto de intercessão com a hoje, à margem do antigo caminho entre as localiestrada de Laguna, para que se evitasse o não pa- dades de Glória e Pedra Branca, existe o “Túmulo gamento dos impostos para a Coroa. Esta guardado Farrapo” lugar onde foi enterrado um religioso, que entrou para a história sob a denominação deintegrante das tropas farroupilhas. Guarda Velha veio a ser o início da Vila de Santo Simone Adriana Grings do s SanAntônio da Patrulha, da qual o território de Rolantos, Professora, Historiadora formada pela UNISINOS e Especiali sta em Rio te fazia parte. O termo “Patrulha” refere-se a uma Grande do Sul: So ciedade, Política & providência das autoridades que, percebendo que Cultura pelo Instituto de Ciências Huperdiam receita pelo fato dos tropeiros usarem manas e da Informação (ICHI) da FURG. desvios evitando a guarda velha, organizaram patrulhas com a finalidade de reprimirem o contrabando,e pagarem obrigandoo as tropas a passarem pelo 1948 – Surge na 22ª RT o registro devido tributo. Para termos uma ideia do valor arrecadado pelo registro, o Bri- CTG “O Fogão Gaúcho” gadeiro José da Silva Pais declarou em 1742 que a1º Centro de Tradições Gaúchas do interior do Estado e 2º CTG do Mundo Fazenda Real recebia por três anos a quantia de 210 cruzados, o que equivalia na época a 84 mil O Centro de Tradições Gaúchas “O Fogão réis ou a 168 kg de ouro. Esse caminho era Real, pois havia sido aberto Gaúcho”, nasceu de um grupo de jovens amigos com o aval do rei, sendo assim era o roteiro oficialque após o expediente na Prefeitura, no Fórum e do comércio de mulas e desviá-lo seria sonegar na Delegacia de Polícia, reuniam-se no escritório os direitos da Coroa. Esse posto de pedágio era do Dr. Antonio Aguiar, em rodas de chimarrão, uma verdadeira “coletoria de rendas” do comércioque cuja água era sempre mantida “no ponto”, muar no Rio Grande do Sul para Portugal; contro-graças a um minúsculo fogãozinho, alimentado lando o subir e descer de tropeiros que passarampor carvão e nós de pinho, em torno do qual proa se fixar, povoando os Campos de Viamão e os seavam sobre os maisdiversos assuntos... A mediCampos de Cima da Serra, garantindo a sobera-da em que os dias e meses passavam, aumentava nia portuguesa nas terras que acabaram sendoo número de interessados em participar daquela incorporadas aos seus domínios. Foi a partir des- verdadeira “Confraria Gaúcha”, cujo objetivo se momento que efetivamente se iniciou o proces-era criar um Centro Cívico Gauchesco.
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Passaram-se alguns meses e surgiu em Porto Ale-tradicionalista, pois o congresso debateria temas gre o “35” CTG. Então o Senhor Olavo de Carvalhoe teses sobre seus rumos junto a sociedade. Freitas, em uma de suas idas a Capital por moIniciando dessa forma, parecia que seria tivos profissionais, buscou junto ao “35” informa-apenas mais um congresso, com propostas, teses ções de como oficializar a Entidade. Assim, em 07 e debates, servindo de palco para encontro e conde agosto de 1948, foi fundado o inicialmente cha-fraternização das delegações. Mas, dentre as promado “FOGÃO DO GAÚCHO” e que por suges- postas a serem analisadas por egrégio grupo de tão do “Tio Cyro” – Cyro Dutra Ferreira, passoulideranças tradicionalistas, havia uma especiala chamar-se CTG “O FOGÃO GAÚCHO”. No dia mente estudada e que teria a função de definir as do “batismo do Fogão, uma vez que o “35” é nosso diretrizes basilares do Movimento Tradicionalista Padrinho, o Tio Cyro veio a Taquara e eternizou Gaúcho. Ela fora concebida através de um estuo momento com a seguinte declaração: “O QUE do solicitado pelo então Conselho Coordenador SERIA DO PRIMEIRO, SE NÃO HOUVESSE O do Movimento Tradicionalista Gaúcho a Glaucus SEGUNDO?”. Saraiva – poeta da poesia crioula, tradicionalista folclorista, historiador, professor, pesquisador, 1 961 – 22ª RT e a Cart a de eescritor, conferencista, musico e compositor braÉ personagem importante do tradicionalisPrincípios do Movimento sileiro. mo gaúcho, ao lado de Paixão Cortes e Barbosa Tradic ional i st a Gaúcho Lessa. Naquele final de semana, aqui em solo taquaÉ julho de 1961. Taquara é o palco do 8º rense, dentro da segunda Entidade TradicionalisCongresso Tradicionalista Gaúcho, evento sedia-ta mais antiga do mundo, é aprovado o maior e do pelo CTG “O Fogão Gaúcho”, que tinha a suamais importante documento do tradicionalismo frente o Patrão Ivo Ostermann e o amigo e com-gaúcho: a CARTA DE PRINCÍPIOS, documento panheiro de causa Eldo Ivo Klain, ambos tradicio-magno, que rege nossa forma de agir e pensar nalistas fervorosos e lideranças de nossa comuni-levando em conta aspectos Éticos, Cívicos, Cultudade. O CTG foradereformado para do acomodar astradicionalista. rais, Estruturais e Filosóficos do gaúcho quando delegações vindas todos os cantos Rio Grande do Sul, e o município se preparava para um evento de grande importância para o movimento2001 – 22ª RT, cenário do 1º
Fórum Tradicionalista – 40 anos da Carta de Princípios É realizado o 1º Fórum Tradicionalista, nas dependências do CTG “O Fogão Gaúcho”, em comemoração aos 35 anos do MTG e aos 40 anos de aprovação da Carta de Princípios, teve seu texto analisado, e que após profundos estudos, foi definido como um documento concebido através de tamanha inspiração que, mesmo após décadas, permanece atual junto as necessidades da sociedade. Por isso foi considerado pétreo, não podendo mais ter seu texto alterado.
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2011 – 50 Anos da Carta de Princípios Acendimento Nacional da Chama Crioula Cinquenta anos depois, Taquara, 22ª RT preparou-se para mais uma vez receber o Rio Grande do Sul e o Brasil, desta vez paraCrioula o 1º Acendimento Nacional da Chama realizado em comemoração aos Cinquentenário de aprovação da Carta de Princípios, de onde partiu uma Centelha histórica que iluminou os Festejos Farroupilhas de todas as cidades do Brasil e do mundo, aquecendo nossa alma e relembrando nossos feitos, nossos heróis e nossos ideais. Talvez nem Taquara, nem a 22ª RT saibam o quanto foram importantes para o tradicionalismo gaúcho, podemos dizer que, em cada CTG, existe um pedacinho de nossa Região, pois lá em 48, quando nasceu o primeiro CTG do mundo, o “35” CTG, sua afirmação veio com a criação do segundo, o nosso CTG “O FOGÃO GAÚCHO”, pois ... O que seria do primeiro, se não houvesse o segundo?
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Texto e organi zação do capítulo: Luis Soledade da Silva Terezinha da Silva Nunes – diretora cultural da 23ª RT João Carlos Silva da Luz - coordenador da 23ª RT
A região litorânea do norte gaúcho tem sua definição étnica e cultural fundada em muitas srcens. Vemos nesta
-católica com srcem no quilombo de Morro Alto, situado entre os municípios de Osório e Maquiné. Nos traz Antônio Stenzel Filho (1924) que esta única congada gaúcha mantém o patrimônio cultural afro-brasileiro mat erial imaterial, bem
parteportuguesa-açoriana, do estado áreas urbanas marcadas como a devoção aos Nossa seus dois principais santose pela srcem campos habita- padroeiros católicos, Senhora do Rosário dos por castelhanos, serras marcadas pela presen- São Benedito: ça de descendentes de italianos e alemães e morros [...] a parte característica da festa do povoados pela cultura negra. Deste caldo cultural Rosário era a dança dos negros. Assim era. emerge a gente gaúcha desta parte do Estado. Daí, Quicumbis e Moçambiques eram dois Ternos também bebe muito da culinária, música, dança e de Negros, o primeiro composto de negros religiosidade das suas localidades. crioulos, nascidos no Brasil, e o segundo forUma das manifestações mais marcantes e mado de negros africanos. Aqueles, em sua impares deste lugar, deriva da contribuição da maioria, pertenciam a fazendeiros residentes cultura negra, em particular daquela que um dia no distrito da Vila e no de Palmares, e estes, habitou os quilombos da região. Trata-se do Macom seus senhores, moravam no Morro Alto. çambique, uma manifestação religiosa calcada (STENZEL FILHO, 1924). na cultura negra, por onde é encenada a repreO grupo de 24 dançantes é constituído por sentação da cerimônia de coroação da Rainha Nzinga Mbandi do Reino de Angola e Matamba duas Varas (filas) de Maçambique, que dançam e e o Rei de Congo africano (Rainha Ginga e Reientoam cânticos em louvor a Nossa Senhora do Congo), como forma de preservação da tradiçãoRosário e São Benedito. Eles se diferenciam pelas roupas brancas srcinal africana. Em nossos dias, temos como expressão mais alusivas à Santa e pelas fitas azuis e vermelhas forte do Maçambique litorâneo a irmandade afro-que, por um lado, devido à influência ibérico-cris-
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tã representam cristãos e mouros; por outro lado, os reis do Maçambique, a Rainha Ginga e o Rei de Congo.
Bons ventos no l itoral
Um dos municípios mais antigos da região, Osório possui posição geográfica privilegiada, sendo passagem obrigatória para as demais cidaO des envolvimento p elo des do litoral. Seus morros, planícies e praias esturismo tão marcadas por culturas diversas, indo da presença negra àaçoriana, passando por influências O litoral gaúcho é conhecido pela sua gente,castelhanas, italianas e alemãs. Seus ventos se sua cultura e muito especialmente pelas suas be- fizeram sempre presentes na história do municílezas naturais. Nele encontramos extensas áreas pio. Agora impulsionam a economia por gerando meio do de morros, sob os quais está um verdadeiro rosá- maior parque eólico da América Latina, rio de lagoas, muitas delas ligadas ao mar azul de energia e desenvolvimento para a região e o esareias brancas. tado. Esta particular geografia, integrando serra, lagoas e mar, possibilita aos gaúchos que por lá caminham, desfrutar de belas cascatas, campos que convidam à cavalgada, lagoas de águas calmas e mornas, trilhas ecológicas nos morros, banho de mar, pesca em águas doces e salgadas e um sem fim de outras possibilidades para o lazer familiar, esportivo ou ecológico. F ot o: D iv u lg aç ão
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Uma região que se desenvolve a passos largos a partir das suas belas naturais. Um desenvolvimento com permanente preocupação com a natureza por meio do equilíbrio entre a sua gente e o meio ambiente.
O maior p arque eól ico da América Latina Subindo o Morro da Borússia, tem-
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-se como prêmio uma vista encantadora que se camarão. estende da cidade ao pé do morro, passando peAo final de cada temporada, Tramandaí se las lagoas da região, indo até o oceano atlântico.despede de seus visitante, com a certeza de que Nos seus contrafortes, cascatas, mata nativa e logo a ali eles estarão de volta. A cada nova temmuitas belezas naturais. porada a magia e o encanto da cidade se renova, O município de Osório, berço de tantos ou- para receber os gaúchos de todas as partes do tros municípios, é até hoje referência na região.estado. Sua posição geográfica, sua inserção econômica no litoral e no estado, suas belezas naturais e O encanto da naturez a seus bons ventos, são um convite constante aos gaúchos de todas as partes. A natureza generosa litoral gaúcho. Um exemplo vivofoidas belezas no desta região é a A praia de todos os cidade de Torres. Está localizada às margens do Rio Mampituba, na divisa com o estado de Santa gaúchos Catarina, e banhada pelas águas do oceano atlântico. Suas praias são marcadas pela presença Ao longo de gerações, os gaúchos se acos- harmoniosa de rochas que unem a areia e o mar, tumaram a fazer do litoral gaúcho seu destino de oferecendo aos banhistas um espetáculo visual verão. É nesta época do ano que Tramandaí sesem igual. No horizonte, a alguma distância das transforma na capital de todos os gaúchos. Suas praias, está a Ilha dos Lobos, um santuário ecolópraias são visitadas por centenas de milhares degico que abriga dezenas de lobos-marinhos. pessoas que, ao longo da sua estada, desfrutam do Após o verão é a vez do Festival de Balonismar azul e das areias brancas desta terra. A cida-mo, já tradicional no calendário de eventos gaúde, emoldurada pelo mar, rio e lagoa, é um convite cho. Nesta época o céu de Torres fica colorido por ao lazer. No inverno as atrações ficam por conta da dezenas de balões, vindos de várias partes do país Festa do Peixe, um marco no calendário da gastroe do exterior. nomia e do turismo na região e no estado. A plataforma de pesca entra dezenas de metros mar à dentro, garantindo a diversão dos O adeptos à pescaria. No Rio Tramandaí, o espetáculo é o bailar dos botos e da pesca da sardinha. Já na lagoa do Armazém acontece a pesca do F ot o: D iv u lg aç ão
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Festival de Balonismo de Torres
Visitar Torres é sempre uma experiência inesquecível. Banhar-se em suas praias emolduradas por rochas milenares, visitar o santuário ecológico doslobos-marinhos, voar de balão ou simplesmente assisti-los no céu, são lembranças que levamos para toda a vida.
Braços abertos para o Rio Grande O litoral norte gaúcho é uma região singular no Rio Grande do Sul. Suas belezas naturais, sua gente hospitaleira, sua cultura multifacetada, fazem deste lugar o destino de milhares de gaúchos que buscam qualidade de vida. Alguns de seus lugares são pura história, como é o caso de Santo Antônio da Patrulha, município que deuterra, srcem a todos os demais na região. Outros representantes da cultura e do cultivo da como acontece em Terra de Areia comsão sualegítimos produção de abacaxi doce como açúcar. Em outros casos, ainda, termos o perfeito exemplo da integração do homem com o campo, como vemos em Capivari do Sul e Palmares do Sul, onde os campos estão repletos de gado e plantações de grãos. Praias como Imbé, Capão da Canoa e Arroio do Sal são procuradas a cada verão pelos gaúchos. Esta é uma região formada por muitos povos, que tem na sua diversidade cultural a força da sua gente. O Litoral espera por todos os gaúchos de braços abertos.
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Texto e organi zação do capítulo: Ana Paula Vieira Labres - 3ª Prenda do RS - 2005/2006 - Claudia VerônicaScheeren Ca milo e Vanuza Rempel Bussmann - coordenadoras do departamento de cultura da 24ª RT Jorge Moreira - conselheiro benemérito do MTG, escritor e compositor
A 24ª Região Tra- integram essas localidades são as mais diversas. dicionalista (RT) foi fun- Destacamos aqui, os dada em 1976e apresenDestacamos aqui os aspectos religiosos, o ta como tema “Do Vale caminho do desenvolvimento, por meio de pontes do Taquari surge o grito e travessias, os roteiros turísticos, e não podemos da tradição“. Atualmente, a RT formada deixar de relatar sobredea sermos erva-mate, um dos motipor 34 municípios, sendo eles: Arroio doéMeio, Boavos de termos orgulho do Sul. Vista do Sul, BomRetiro do Sul, Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Capitão, Colinas, Coqueiro Baixo, Lugares de Fé Coronel Pilar, Cruzeiro do Sul, Doutor Ricardo, EnOlhe agora para o céu cantado, Estrela, Fazenda Vila Nova, Forquetinha, do chão, leve seu pés Gramado Xavier, Imigrante, Lajeado, Marques de Algo diz que tudo é mais leve Souza, Mato Leitão, Muçum, Nova Bréscia, Paveentão lave com suas fés rama, Pouso Novo, Progresso, Relvado, Roca Sales, de onde quer que venhas Santa Clara do Sul, Sério, Teutônia, Travesseiro, Veonde quer que plantes nâncio Aires, Vespasiano Corrêa e Westfália. sente-se agora com o céu O Vale do Taquari localiza-se na área cenpegue nas mãos do vento tral do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil.As peça o calor nos instantes distâncias, em média, de 120 km de Porto Alegre e entenda que tudo é tão breve de 60 Km da serra gaúcha, além da malha rodocolha no seu interior -hidro-ferroviária, colocam a região numa posição estratégica favorável ao desenvolvimento socioecoseja ele próspero mas ouçaou duvidoso nômico. Algo diz que tudo é mais leve Com 4.821,1 km² de área e 329.258 habitantes, Autor: Augusto Darde conforme o Censo Demográfico realizado pelo IBGE de 2011, a região situa-se às margens do Rio Taquari. O Vale é uma terra de muitas riquezas, Aspectos re l igiosos considerado o terceiro mais fértil do mundo, além de ser o território onde se concentra uma das maiores diversidades econômicas do Rio Grande O surgimento das religiões no Vale do Taquari, nos podemos situar no tempo com a chegada do Sul. O povoamento iniciou por volta do séculoem 1752 da imigração Açoriana, cuja entrada se XVIII com a chegada dos açorianos, seguido dedeu pela cidade de Rio Grande, vindo depois, para alemães, poloneses e austríacos. Juntamente comViamão, Porto Alegre espalhando-se pelo interior essa herança cultural estão ainda as tradiçõesdo estado, incluindo-se, é claro, a cidade de Taquari, gaúchas que, em conjunto, formam um mosaicocujos imigrantes vinham sempre acompanhados por um sacerdote católico, uma vez que esta era a étnico-cultural regional. Com a integração de tantos municípios, asReligião Oficial do Reino de Portugal. No ano de 1824 se deu a grande imigração manifestações culturais dos povos que alemã, cujos imigrantes se fixaram, inicialmente na
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região de São Leopoldo e arredores, que trouxeram lonial abrindo picadas e estradas e construindo consigo a prática das religiões católica e protespontilhões além é claro, da escola e igreja. Naquela tante. Com o tempo e vinda de mais levas de imiépoca alguns integrantes vieram de São Vendelino, grantes alemães, eles foram se fixando mais parapor o isso este é o padroeiro da comunidade, sendo interior do Rio Grande, fixando-se, também no Vale lembrado com uma estátua ao lado da igreja. do Taquari, a partir de Bom Retiro do Su l, Lajeado, Estrela e Arroio do Meio, preferindo as margens planas ao longo do rio. Cinquenta anos mais tarde, em 1875, se deu a grande imigração italiana que se fixaram, primeiramente, em Nova Milano, pelos lados de Farroupitae lha, Bento Gonçalves e Caxias, para se espalharem,omC depois, pelos quatro cantos do Estado, descendo aafic rá Serra, pelas encostas de Garibaldi, Santa Tereza, G lae Coronel Pilar, para se estabelecerem pelos morros p a de Encantado, em 1882 e depois para o erior int de ddie c Arroio do Meio, Encantado e arredores. em O imigrante italiano trazia consigo a prática agmI da Religião Cat ólica, podendo se afi rmar que junto tid com eles vinha o Terço e a Bíblia, para as reuniõesmchS an de filó e orações com a família e vizinhos. tis ir Já nos tempos atuais, independente de imiC o: grações, se deu o surgimento de novas religiões,otF crenças, seitas e novas práticas religiosas, com o surgimento de pastores que se reúnem muitas multidões de fiéis para ouvirem seus pregadores. Igreja Católica São Pedro As Protestantes, principais religiões dos tempos modernos sãoLocalidade: Centro – Município: Encantado/ as Metodistas, Evangélicas, QuadranRS gular, Testemunhas de Jeová, Sabatistas, Luteranas, Sétimo Dia e tantas outras com seus fiéis seguidores, todas pregando a existência de Deus, com base na interpretação do Evangelho e muito respeitadas por toda a população. Autor: Jorge Moreira
Igreja Evangélica (IECLB)
Local idade: Forqueta – Município: Arroio do Meio/RS Localizada no segundo distrito de Arroio do Meio, a Igreja Luterana surgiu por volta de 1880. oã A colonização na localidade iniciou a partir deaçlgvu i 1865, quando chegaram os primeiros imigrantes D o:t oF alemães. Estes fundaram um pequeno núcleo co-
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O início da construção, em estilo romano, aconteceu uma das mais trágicas enchentes que ocorreu em 1898. Sua inauguração deu-se em 20teve reflexos negativos na economia do Rio Grande de setembro de 1904, por ocasião da vinda do Bispodo Sul e principalmente do Vale do Taquari. italiano João Batista Scalabrini. Nela encontra-se a Imagine as lavouras, vilas, cidades e ruas imagem esculpida em madeira do padroeiro Sãocompletamente cobertas de água, prejuízos finanPedro e o Memorial do Santo Sudário contendo ceiros a enormes, com perda de criações, casas arúnica réplica em tamanho srcinal da Américarastadas rio abaixo. Somente quem viu enchentes Latina. Hoje, a igreja está totalmente remodeladaeequem sofreu os prejuízos, saberá avaliar. restaurada com pinturas, janelas e escadarias. Naquela época, segundos os mais antigos moradores, ainda existia navegação fluvial que alTravessia s e caminhos do des envolvimento cançava a então Vila “General Osório”, hoje cidade de Muçum. No Vale do Taquari, desde a cidade de A ponte entre mim e lá Triunfo até Muçum, não existiam pontes. A priPonta a ponta meira a ser construída foi a de Vila Mariante, vinDestino mais claro, levantado do, depois, a de Lajeado-Estrela, inaugurada em 20 Protegido de setembro de 1962 e a Ponte Rodo-Ferroviária Mas sempre com algo de altura de Muçum-“Ministro Brochado da Rocha”, inaugurada no dia 12 de setembro de 1963, vindo, por Ponte seca, ponte molhada último a Ponte ligando os municípios de EncantaViaduto, corda, pinguela do - Roca Sales, inaugurada no ano de 1986. Temos Tudo feito por ela que registrar, também, a construção de pontes Que não tem hora, noite, dia sobre os seguintes afluentes do Rio Taquari, na Não há regras para a travessia Região, partindo da cidade de Muçum: Ponte do Pode ser amor, amizade Guaporé, ligando Muçum a Encantado, Ponte SeFuga, saudade nador Tarso Dutra, sobre o Arroio Jacaré, no MuPode ser passeio nicípio de Encantado, Ponte sobre o Rio ForqueEla Tece acontece Jamais levando ao nada Pois se existe É porque é estrada Autor: Augusto Darde
Aspectos de desenvolvimento através das pon tes e t raves si as do Vale do Taquari
ta queainda há muito tempo existia com estrutura ferro, em uso , somen te para automóve is, e de ponte de concreto no mesmo Rio Forqueta, ambas ligando Arroio do Meio a Lajeado e, por fim, temos a Ponte sobre o Rio Castelhano nas imediações de Venâncio Aires. Mas agora vem a pergunta: E antes das pontes como se processavam as travessias do Rio Taquari e seus afluentes? E eu respondo com os seguintes versos que servem para todas as pontes:
Para se falar sobre pontes existentes no Vale do Taquari, é necessário que se volte no tempo, em mais de meio século na história. Vamos nos deter lá pelo ano de 1941, quando
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Mágoas de Barqueiro “Óia a barca! Vem barqueiro, “Traga de vez essa barca “Quero seguir na marca ! “Do meu destino chasqueiro De vereda ele atendia
Os apelos do outro lado. Era sempre bem mandado No vai-e-vem dos seus dias.. Transportou tropas de gado Dos campos desta Querência, Viveu infância e existência Tendo o Rio a seu costado ! Carregou Prendas e Peões No lombo de seu destino viveu, desde menino NaE garupa dos planchões... Sentinela sempre alerta Nos dois lados das barrancas E ao primeiro grito arranca Tendo a lua por coberta! O tropel das águas cheias Nunca assustou o barqueiro Assobiando, mui faceiro, No entrechoques da peleia... Pataços de chuva ou vento A lhe cortar a carcaça, No braço e no remo enlaça As mágoas de seu lamento ! Hoje a vida se fez dura Pra o seu viver andarengo: A ponte lhe deixou rengo Se fez órfão da fartura ! Os homens de colarinho Lhe chamam de ultrapassado. Esquecem que em seu passado Lhe serviste de caminho !... Ele foi ponte antes das pontes No rodeio do progresso. Meu barqueiro foi acesso Na busca dos horizontes... 2ª Pena da Canção – Lajeado Letra de Jorge Moreira Música de Irineu Maria - Intérprete: Paulo Silva e Grupo Capivari
Barragem eclusa Bom Retiro do Sul/RS
Construída na década de 1970, é a única barragem implantada no Rio Taquari, permitindo um estirão navegável de aproximadamente 150 km. Com boa estrutura para os visitantes, é um ótimo local para passar momentos junto à natureza e ver a interessante movimentação dos barcos. Ela possui seis comportas duplas do tipo vagão, com 17 metros de largura de descarga de fundo, apresentando cota de represamento de 13,00 metros. Em sua margem esquerda foi implantada uma eclusa com dimensões de 120 metros de comprimento por 17 metros de largura.
tae m o C cai fá r G lae p a d i d ec em g aI m t id m h c S n ai ts ir C :o otF
Pinguela s obre o Rio Forqueta Marques de Souza/RS
As pinguelas fazem parte do cenário e da história de diversas localidades do interior da região. Elas têm uma função importante para famílias que vivem isoladas e ficam ilhadas quando acontece uma enchente. No município de Marques de Sou-
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za existem muitas pinguelas, a maioria sobre o rio Conhecida como ponte Rodo-Ferroviária de Forqueta, ligando as localidades de Linha Perau àMuçum-“Ministro Brochado da Rocha”,Viaduto Forqueta, em Arroio do Meio; Marques de Souzado Exército ou Viaduto 13. a Três Saltos, município de Travesseiro; Tamanduá Construído pelo Exército Brasileiro na décaà Linha São João, também em Travesseiro. Sus-da de 1970, é considerado o segundo maior viadutentadas por espias de aço e partes de madeiras,to ferroviário do mundo, com 143 metros de altura elas ajudam os moradores a se deslocar de umae 509 metros de extensão. cidade a outra. É muito procurado para a prática de esportes radicais e só chegar até ele já pode ser uma F ot o: belíssima aventura. C ri s tian S ch m id t Im ag em ce d id a p el a G rá fi ca C om et a
Ponte rodo-ferroviária Muçum/RS
F ot o: C ri st ia n S ch m id t Im ag em ce d id a p el a G rá fi ca C om eta
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Aspectos turí sticos Sob coordenação da Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales AMTURVALES - a região tem se destacado no setor de turístico, oferecendo aos seus visitantes atrativos culturais, belezas naturais exuberantes e arquitetura marcante, onde osturistas que visitam a região tem a certeza de terem percorrido um dos lugares mais deslumbrantes do interior do Rio Grande do Sul. A região, que é rodeada por extensos vales e montanhas e circunda pelas águas do Rio Taquari, preserva a arquitetura e os costumes herdados dos imigrantes europeus e possui um relevante número de propriedades rurais com atividades turísticas incorporadas em sua rotina. O Vale do Taquari conta hoje com oito roteiros turísticos que viajam pelas lembranças do passado até as riquezas atuais: a Rota Caminho dos Moinhos; a Rota da Erva Mate; a rota Germânica; a Rota Turística Trilhas e Memórias; o Roteiro Delícias da Colônia; o Roteiro Encantado; o Roteiro Taquari Açorianos e o Tour Lajeado. Fonte: site da AMTURVALES
Muitos são os atrativos do Vale, destacamos aqui o Parque Histórico de Lajeado, a Lagoa da Harmonia de Teutônia e o Parque do Chimarrão de Venâncio Aires e a própria Erva Mate.
Parque Hi stórico Lajeado/RS
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Local onde foram instalados, em dimensõesmoC srcinais, vários prédios antigos do tipo “enxai- cafiá mel”, uma característica das habitações dos pri- rGla meiros colonizadores alemães do município. Opea id conjunto arquitetônico do Parque Histórico forma ed c uma autêntica “aldeia-museu”, com escola, salão meg de baile, ferraria, moinho e todos os demais pré-aImt d i
dios que formavam dos tempos doshmSc pioneiros. Além de uma seu “colônia” valor histórico-cultural, n este é um local destinado à realização de eventosiasti de lazer e gastronomia. O Parque está localizado r:Cto oF ao lado do Parque do Imigrante e foi inaugurado no dia 08/11/2002.
Igreja Matri z São Sebasti ão Mártir
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Venâncio Aires/RS Considerada a segunda maior igreja em estilo neogótico da América Latina, a Igreja Matriz impressiona por sua beleza e imponência, sendo um dos pontos de maior visitação do município, especialmente durante as festividades dopadroeiro São Sebastião Mártir, no mês de janeiro.
Lagoa da Harmonia Teutônia/RS
A Lagoa da Harmonia localiza-se na cidade de Teutônia, na parte mais alta, com uma vista marcante. O Parque oferece como atrações aos visitantes, além da bela lagoa cercada pelasmon- oã tanhas, um ótimo restaurante, cabanas para alu-açlgvu i gar e muita área verde. D o: otF
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propriedades benéficas ao ser humano, estimula a atividade física e mental, atuando beneficamente Largo do Chimarrão - Venâncio Aires/RS sobre os nervos e músculos, combatendo a fadiga, proporcionando a sensação de saciedade, sem O hábito de saborear um bom chimarrão provocar efeitos colaterais como insônia e irritabireúne pessoas de diversas idades no calçadão lidade (apenas pessoas sensíveis aos estimulantes municipal, denominado Largo do Chimarrão. Esta contidos na erva-mate podem sofrer algum efeito tradição é facilitada pelo Chimarródromo, belo colateral). A erva também atua sobre a circulação, monumento em forma de cuia, construído em acelerando o ritmo cardíaco e harmonizando o metal, que disponibiliza água quente. funcionamento bulbo medular. Age sobre o tubo digestivo, facilitando a digestão sendo diurética e É considerado ainda um ótimo remédio Propriedades medicinais e laxativa. para a pele e reguladora das funções cardíacas nutritivas da erva-mate e respiratórias, além de exercer importante papel na regeneração celular. Análises e estudos sobre a erva-mate tem Fonte: site escola do chimarrão revelado uma composição que identifica diversas
Chimarródromo
Foto: Divulgação
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Texto e organi zação do capítulo: Juarez Nunes
A 25ª Região TradiAs srcens cionalista, que atualmente congrega 6 municípios Esta região é um exemplo vivo de culto à heda serra gaúcha - Caxias rança social deixada pelos seus antepassados - os do Sul, Flores da Cunha, Far- imigrantes italianos, fazendo o verdadeiro exercício Marcos, Nova Romaitaliana, do Sulda tradição, que é o ato de transmitir um legad o de e Novaroupilha, Pádua, é São o berço da colonização crenças, valores e costumes, de geração a geração, de um povo que veio de terras longínquas e transou seja, de pai para filho. O sonho de uma terra formou uma região montanhosa, de difícil aces-de fartura e o choque da dura realidade de uma so, coberta por espessa mata, em uma das mais terra que precisava ser transformada para dar fruprósperas regiões do país. Por este motivo, hoje atos, fez com que estes italianos se agarrassem às região serrana é o destino de uma grande massamemórias de suas srcens, mantendo-as vivas para de migrantes, que vêm de vários estados brasilei-que a identidade não se perdesse num ambiente toros, abrigando uma diversidade de etnias, inclusive talmente hostil. Por isso, passados quase 140 anos novos imigrantes do continente africano e da Améda imigração, ainda continuam vivos os usos e cosrica Central. tumes deste povo, que orgulha-se das suas srcens É sabido que outras nacionalidades tambémeuropeias e da cultura herdada dos campos de tiveram sua participação, como os poloneses, suí-cima da serra, nos seus usos e costumes, integraços e russos. dos numa perfeita simbiose. Por que este povo se orgulha em dizer EU SOU DO SUL? Numa iniciativa tímida da política de incentivo a imigração do governo imperial, aqui chegaram 110 imigrantes vindos da Itália. O sofrimento dos primeiros tempos, como os péssimos abrigos provisórios, o frio e a umidade, a alimentação escassa, a terra pouco fértil, montanhosa, coberta de pedras e de mata densa, obrigando o colono ao esforço da enxada,foice e machado, fez destespioneiros uma raça forte de homens e mulheres que só tinham um desejo: vencer. E venceram com muito sacrifício, tornando a serra gaúcha uma região próspera, onde plantaram cidades e enobreceram o sentido da labuta. O desenvolvimento social que rai se apresenta é resultado do trabalho destes primeiex ie ros imigrantes que deixaram um legado regional T ré d de povo trabalhador, empreendedor e civilizador, n orgulhoso de suas srcens e da terra que fez pros-oAcir a M perar. o:
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A gast ronomia
A paisagem
No princípio, os colonos costumavam caçar Coberta por matas, numa região montanhopassarinhos e com o passar do tempo, estes escas-sa, a serra gaúcha lembra a terra natal dos prisearam e logo foram substituídos pelo galeto “al meiros imigrantes. Ao lado das araucárias, os parprimo canto” (invenção dos colonizadores de Caxias reirais tomaram seu espaço, junto com o plátano, do Sul), srcem das galeterias que tanto chamam aas plantas cítricas, o caqui e o eucalipto. Mais ao atenção dos visitantes de fora. Com as culturas de norte, o Rio das Antas serpenteia entre as montamilho e trigo, os moinhos entraram em atividade nhas, criando uma paisagem única que encanta os para moer os grãos e a polenta, as massas, o agno-olhos, parecendo vales encantados e misteriosos, lini, o tort o nhoqu e, osdospães e biscoitoda s viera m O onde oe do silêncio é invadido murmurar das cascompor aéi,mesa farta habitantes colônia. catas canto dos pássaros.pelo Mesmo com os arraleite permitiu a fabricação do queijo colonial, que nha-céus das cidades, ainda se pode contemplar a se juntou aos derivados de suínos, como o salamebela arquitetura das casas antigas de madeira com e o codeguim. Com o arroz, a mesa do italianoseus lambrequins e as casas de pedra. também ganhou os risotos. As videiras, trouxeram o vinho para as mesas que logo foi melhorando a qualidade, tornando a região a maior produtora de vinhos do país. Os doces, como o sagu, a abóbora e o pudim de leite, fazem parte da sobremesa da região.Mas, o prato gaúcho queoif adotado dos moradores de cima daserra, o churrasco,encontrou o seu lugar junto dos colonizadores italianos, além do chimarrão, que faz costado com o vinho. Destaque se faz ao pinhão, por ter sido um alimento proviar dencial aos primeiros imigrantes italianos que aqui eix ie éT r chegarão, pois não havia outro sustento oferecido d n pela natureza. A F ot o: D iv u lg aç ão
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a ire xi eT ré d n A ioc ra M :o otF
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A religiosidade e as festas
nharam vida com a gaita. Entre as danças cultuadas nos CTGs, está o “Chote quatro passi”. Caxias A forma de compensar os desencontros, do Sul é a capital dos CTGs, que congrega divero isolamento na colônia, foi reunir-se na capela,sas etnias e procura valorizar a cultura local, com apresentação de danças tipicamente italianas. criando a comunidade. O apego a religiosidade foi o lenitivo que o imigrante encontrou para suportar o sofrimento dos primeiros tempos. Se não era A tradição gaúcha possível uma capela, os capitéis eram construídos e há muitos semeados pelas estradas vicinais da Região que congrega o maior número de região. As primeiras capelinhas se tornaram granCTGs do RS, a tradição gaúcha está intimamente catedrais, muito frequentadas, integrada pilchas gaúchas faadesgrande religiosidade local, que secaracterizando estende, hoje, zem parte na da comunidade. paisagem da As região, sendo comum para várias religiões. O Santuário de Caravaggio,e corriqueiro encontrar prendas e peões pilchados em Farroupilha, construído em 1960, reúne romeipelas ruas da cidade. O imigrante italiano imediataros que ultrapassam a 250 mil pessoas em tornomente assimilou os costumes dos gaúchos de cima da data de 26 de maio. Os tapetes de Corpus Ch-da serra, participando e ajudando a fundar CTGs, risti, em Flores da Cunha e São Marcos, são obrasintegrando invernadas de danças, patronagens, piprimas preparadas pela devotada comunidade. Emquetes de laço, participando de modalidades artístorno da capela se construiu as sedes sociais, lu- ticas individuais, integrando grupos musicais, engar para as festas, os bailes, os casamentos, ondetre outros. Sabendo-se que a pilcha feminina é uma o churrasco, o galeto, o vinho, a música, os rifões,invenção do tradicionalismo,procura-se valorizar a os jogos e as cantorias são os ingredientes de ta-indumentária usada pelas avós, cujos modelos são manha alegria. Periodicamente, os municípios que adaptados para as pilchas gaúchas, homenageando compõe a 25ª RT realizam festas que valorizamos troncos de srcem. Dentre as histórias, lendas e culturas de alcance econômico-social, como a Fes-mitos, o sangüanel é o mito gringo da região. ta da Uva de Caxias do Sul; a Festa da Vindima de Flores da Cunha; a Festa dos motoristas de São Marcos; a La Prima Vendemmia de Nova Roma do Sul e Fenakiwi de Farroupilha.
A música e a dança A música foi uma forma de manter vivo o passado dos imigrantes que aqui chegaram, durante o trabalhoou nos serões e lós. fi Nas festas de colônia, dificilmente não se ouvirá as canções em dialeto vêneto cantadas pelos mais velhos e acompanhadas pelos jovens. Alegria e música fazem parte da tradição italiana, que também rai é relembrada nas vozes dos corais.A dança, que é eixTe ér um elemento importante dos Centros de Tradições d n Gaúchas (110 entidades na 25ª RT), deve muito aosAcior italianos por terem trazido a gaita pianoaM : para o sul do Brasil. Os fandangos ga- toFo
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hortigranjeiro; Flores da Cunha é o município maior produtor de vinhos do Brasil, o 2º maior proA região valoriza muito a memória das suasdutor de uvas, o 2º polo moveleiro e o 1º produtor de srcens através dos seus monumentos e títulos,bebidas alcoólicas do RS; São Marcos é o 6º polo como a “Pérola das Colônias”, a “Campo dos Bu-moveleiro do RS e 1º produtor de suco natural do RG; Farroupilha destacam-se também no pol o ingres”, o Monumento Nacional ao Imigrante em Cadustrial regional, sendo a capital da malha e maior xias do Sul e o Monumento Cristo Terceiro Milênio; produtor de kiwi do país. A região em si, é rica no o Monumento ao Centenário da Imigração Italiana turismo,serviçose eventos, sendo reconhecida por no RS de Farroupilha, cujo nome é em homenagem suas belezas naturais e atrativos para os visitan tes. ao centenário da Revolução Farroupilha. Flores da Com ares de metrópole grande, as cidades Cunha uma homenagem ao interventor dodeEstaque compõe a 25ª RT não contrastam com o apelo do, JosééAntonio Flores da Cunha, na década 30, reconhecida pela “Terra do Galo”; São Marcos é que a se faz às srcens deste povo humilde, pelo contrário, os usos e costumes do italiano, manifestado capital nacional do Scania, com a maior quantidapelos seus descendentes, mescla-se com as tradide per capita de veículos. O monte Calvário em São Marcos é um ponto turístico e congrega muitosções do gaúcho de cima de serra, fazendo desta reromeiros na semana santa na procissão de Corpus gião um lugar onde o povo orgulha-se dassuas origens europeias, ao mesmo tempo que orgulha-se Christi. de cultuar os usos e costumes do gaúcho que aqui F já se encontrava quando chegaram os primeiros ot o: M imigrantes. Hospitaleiros, este povo serrano acolhe ar ci gente de todos os lugares do país e do estrangeiro, o A n d fazendo com que migrantes de passagem decidam ré T ei retornar para fixar residência. Aqui, na serra gaúexi ra cha, é muito bom de se viver, por que EU SOU DO SUL.
Os monumentos e símbolos
A economia da região O crescimento econômico tornou pequenas vilas em cidades que movimentam polos industriais de grande porte, um comércio multivariado oã de bens de consumo e uma grande rede presta-açlgvu mista de serviços. Caxias do Sul é o segundo maioriD: ot oF polo metal mecânico do país e grande produtor
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Texto e organi zação do capítulo: Luiz Antônio Machado Jr. diretor de comunicação da 26ª RT; Vera Lucia Machado - diretora cultural da 26ª RT; Ueslei Goulart - estudante de história - licenciatura (UFPel)
Atualmente a 26ª arquitetura e tecnologia do século XVIII e XIX. Região Tradicionalista Segundo informações fornecidas pela Prepossui não só Pelotas, feitura Municipal de Pelotas, a primeira referência mas também os municí- histórica do surgimento do município data de junh o pios de Capão do Leão, Turu- de 1758, através da doação que Gomes Freire de Ançu, Morro Redondo e Arroio Padre queLuiz drade,Osório, Condedas de Bobadela, ao Coronel Thomáz foram emancipados ao longo destes do 40 anos. terras quefez ficavam às margens “O calçamento perfeito e o rigoroso tra-da Lagoa dos Patos. Fugindo da invasão espanhoçado das ruas o excitaram pela manhã; à tarde, la, em 1763, muitos dos habitantes da Vila de Rio a delicadeza das fachadas contra o horizonteGrande buscaram refúgio nas terras pertencentes selvagem da planície o emocionou; quandoa Thomáz Luiz Osório. A eles vieram juntar-se os escureceu,superfícies espelhadas numa geo- retirantes da Colônia do Sacramento, entregue pemetria de sombras cambiantes puseram-no alos portugueses aos espanhóis em 1777, cumprindo imaginar e conceber tantas coisas que, embo-o tratado de Santo Ildefonso assinado entre os dois ra falasse sem parar, não encontrava tempopaíses. de descrevê-las.” RAMIL,Vitor – Satolep, 2008. Em 1779, Manoel Bento da Rocha estabeleceu F ot em terras da região lavouras de trigo, pomares, vio: Lu nhas e gado em abundância, proveniente das reseriz A n vas jesuíticas deixadas nas Vacarias do Mar. Após tô n io sua morte, a área por ele utilizada foi fracionada M ac em cinco estâncias, são elas: Patrimônio, Graça, h ao d Jú n io r
Palma, Galatéia e Laranjal. Estas estâncias primeiramente trabalhavam com gado e trigo e posteriormente dedicaram-se à indústria saladeril que se estabeleceu como principal atividade da região, utilizando mão de obra escrava . No ano de 1780, o português José Pinto Martins, que abandonara o Ceará em consequência da seca, funda às margens do Arroio Pelotas a primeira Charqueada. A prosperidade do estabelecimento, favorecida pela localização, estimulou a criação Não há como falar da Pelotas atual e de suasde outras charqueadas e o crescimento da região, belezas sem falar de sua história que se confunde dando srcem à povoação que demarcaria o início com o presente e comprova os motivos que deramda cidade de Pelotas. à Princesa do Sul o apelido de “Paris dos Pampas”. A Freguesia de São Francisco de Paula, funAo cruzar as históricas ruas do centro pelotensedada em 07 de Julho de 1812 por iniciativa do padre ou passear pelo Arroio Pelotas, é impossível nãoPedro Pereira de Mesquita, foi elevada à categoria fazer referência aos momentos de apogeu que prede Vila em 07 de abril de 1832. Três anos depois o sentearam Pelotas com uma requintadaPresidente da Província, Antônio Rodrigues Fer-
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nandes Braga, outorgou à Vila os foros de cidade, Organização geográfica com o nome de Pelotas, sugestão dada pelo Deputado Francisco Xavier Pereira. O nome srcinou-se Pelotas está situada na encosta inferior da das embarcações de varas de corticeira forradas Serra dos Tapes, em uma planície com altitude de couro, usadas para a travessia dos rios na épo-média de sete metros sobre o nível do mar, às ca das charqueadas. margens do Canal São Gonçalo, que liga as lagoas A grande expansão das charqueadas fez comdos Patos e Mirim, em coxilha limitada pelo Arroio que Pelotas fosse considerada a verdadeira capital Santa Bárbara. Com uma área de 1.610,084 km2 o econômica da província, vindo a se envolver em tomunicípio abriga, aproximadamente, 341.180 habidas as grandes causas cívicas. Domingos José detantes. Almeida e José Gonçalves Chaves, segundo Ceres Storchi, Luiz Antônio Custódio e Vlademir Roman, foram importantes cidadãos e pensadores de Pe-A pro eminente arquitet ura lotas. Após o início da Revolução Farroupilha, em 1835, Pelotas retoma o crescimento que vinha abala- Devido ao surto de riqueza propiciado pela do há quase dez anos com o advento da Guerra do indústria charqueadora, a sofisticação se fez senParaguai, através do comércio de charque e outros tir, por meio da importação de modelos estilístiprodutos para as tropas imperiais.Quando a guer- cos, de elementos de composição e ornamentação ra terminou, a cidade recebeu o imperador e seu arquitetônica, de mobiliário urbano e mesmo de genro Conde D’Eu que se admirou com o aspectoestruturas arquitetônicas inteiras. Este contexto faz sofisticado de Pelotas. dialogar a forte influência do ecletismo de tendênOs charqueadores da época sempre demons-cia francesa com elementos da renascença italiatraram ser bastante generosos com os menos aforna, impressos especialmente por autores como o tunados e, esta preocupaçãopode ser comprovada arquiteto José Izella Merote, que transformaram, através das edificações da Santa Casa de Miseri-na segunda metade do século XIX e no inicio do córdia, do Asilo das Órfãs, o Asilo de Mendigos e aséculo XX, o aspecto colonial da cidade, seja por Beneficência Portuguesa. adaptações e sobreposições, pela retomada toPelotas tem em sua história relevantes repre-tal de espaços já construídosseja na cidade. sentações intelectuais e artísticas, destacando os É marcante na malha urbana a presença das nomes de: Zola Amaro, primeira soprano brasileira; praças José Bonifácio, Cel. Pedro Osório, Piratinino Francisco Santos, atuando no cinema como fundade Almeida, Sete de Julho e Domingos Rodrigues. dor da Fábrica de Fitas Guarani, filmando desde Na Praça Cel. Pedro Osório a inserção no centro 1898; nas artes plásticas, Antônio Caringi, escultor,do chafariz conhecido como Fonte das Nereidas é Guilherme Litran, Francisco Trebbi e Leopoldo Godeterminante e organiza o desenho dos eixos de tuzzo, pintores. Nas letras, João Simões Lopes Neto,circulação em diagonais e define a paisagem no escritor e Francisco Lobo da Costa, poeta. espaço entre as quatro fachadas das ruas que a O município tem tradição na cultura do pês-delimitam. sego e aspargo. A produção do leite é o grande Diferentemente de muitas cidades brasileiras, destaque na pecuária, constituindo a maior baciaapesar das transformações por que passou, Peloleiteira do Estado. Pelotas apresenta um comércio tas conseguiu manter a estrutura do traçado de ágil e diversificado com serviços especializados esuas ruas, os alinhamentos das testadas e o próempresas de pequeno, médio e grande porte, bem prio sentido das relações entre espaços públicos e como possui a segunda maior concentração deedificações, entre cheios e vazios da malha urbana. curtumes do Estado e uma das maiores capacidaPesquisadores da Universidade des curtidoras de couro e peles do Brasil. Federal de Pelotas – UFPEL desenvolve-
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ram análises sobre mais de 8 mil projetos e defiArroio Pelotas. niram uma cronologia da arquitetura da cidade. O O Primeiro Período Eclético – 1850 a 1900 conprimeiro período, intitulado Colonial – 1779 a 1850serva exemplares considerados como os principais abrange algumas sedes de Charqueadas, como amonumentos da arquitetura urbana pelotense. DesCharqueada São João e exemplares da arquitetura urbana, como o Casarão Mendonça. 1. Charqueada São João: Construída em 1810, situada na margem direita do Arroio Pelotas, foi charqueada do ilustre português Antônio Gonçalves Chaves. Em estilo colonial, residência térrea ori com pátio interno, formada a partir de ampliações n oJú sucessivas, que configura um grande retângulo. d a h Auguste de Saint-Hilaire, célebre viajante e natuac M ralista francês, descreveu o prédio como “divididooniô em grandes peças, que se comunicam, umas comtAn zi u as outras, e ao mesmo tempo, se abrem para fora”, :Lo ou seja, “gênero de distribuição adotado em todo otFo Brasil”.A fachada principal (norte e de costas para o arroio) apresenta sete aberturas, cunhais, soco,tes, destacam-se a Prefeitura Municipal, o primeiro pavimento da Santa Casa e da Biblioteca Municipal, beiral com cimalha e pequena calçada. F o Asilo de Mendigos e a Escola Eliseu Maciel. ot o: Lu 3. Prefeitura Municipal de Pelotas:Consiz A n truído entre 1879 e 1881 o prédio foi inaugurado no tô n io ano de 1881, o mesmo foi construído para ser sede M ac da câmara municipal. Segundo Zênia de Leon, o h ad o projeto é de autoria de José Izella Merotte engenheiJú in or
ro na artedeneoclássica. Em 1884,em foi Pelotas, assinada exímio a Declaração Libertação Escrava quando foram libertados cerca de três mil escravos. 4. Biblioteca Pública Municipal: O prédio da Bibliotheca foi construído entre os anos de 1878 e 1891, mas, a instituição foi fundada em 1875 por lideranças pelotenses com a ideia de proporcionar um espaço de conhecimento para todos. Exemplo disso foram os cursos noturnos oferecidos para 2. Charqueada Santa Rita: A Charqueada trabalhadores e o espaço de discussão política, Santa Rita, construída em 1826 em estilo colonial,com o viés abolicionista e republicano. Em 1878, foi parte importante do Núcleo Charqueador PeloJoão Simões Lopes, o Visconde da Graça, inaugutense. Com uma arquitetura primorosamente res-rou os alicerces do prédio, projetado por José Izella taurada e um exuberante jardim centenário, abre Merotte e construído graças às doações da popusuas portas para visitação turística guiada, a fimlação mais abastada. de mostrar a sua história, seu conjunto arquitetô- Já o Segundo Período Eclético – 1900 a 1930 nico e seu jardim. Também possui uma aconche-compreende oClube Caixeiral, a Igreja do Redentor, gante Pousada, localizada às margens doos segundos pavimentos da Santa Casa e da Biblio-
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teca Municipal, a reforma do Mercado Central; Szarfarki. o Francisco Xavier, Francisco Santos e RoTeatro Sete de Abril, o Banco Pelotense, a Faculdasauro Zambrano com capacidade, somando camade de Direito, o Grande Hotel, o Teatro Guarany rotes e o e plateia, de aproximadamente 1500 lugares. A Moinho Pelotense. grande volumetria do prédio tem na sua fachada 5. Grande Hotel: Através da Cia. Incorpora- figuras e alegorias com motivos indígenas na plaF tibanda vazada e acesso marcado por avanço voot o: Lu lumétrico formando um terraço e marquise com iz A linhas sinuosas do estilo Art-Nouveau em ferro e n ôtn vidro. Seus materiais vieram de diversos pontos do io M ac país e do exterior, destaque para os mármores e o h ad pano dehonra do teatro, oriund os da Itália. o Jú n io Do Terceiro Período Eclético ou Primeiro Per ríodo Moderno – 1930 a 1950, temos o Edifício Glória, o Colégio Santa Margarida e a Associação Comercial, entre outros. 8. Asso ciação Comercial de Pelotas: Prédio cujo projeto é de 1942, assinado por Azzevedo Moura & Gertum. O edifício é constituído de nove andares, sendo no período de sua construção o mais alto da cidade. O projeto representou um novo processo para a cidade, de modernização, manifestando o abandono e a transfiguração dos dora Grande Hotel, organizada para a construção elementos decorativos presentes nas fachadas para do mesmo, foi adquirido o terreno no ano de 1924, dar enfoque na utilização dos diferentes tipos de através de doação do Dr. Fernando Luis Osório, nomateriais de construção. A arquitetura promoveu local onde funcionava o Cinema Politeama. O proje- uma diversificada utilização da edificação que to escolhido através de concurso, vencedor com térreo como comércio, com foifoi Theófilo Borges de Barros. Possui cujo 76 quartos, 6contava salas comerciais e coroamento comocorpo residencial, apartamentos tipo suíte, salão de chá, um grande expressando, assim, o contexto da modernização vestíbulo coberto por clarabóia de vidros coloridos da sociedade vivido no período. (importada da França) e restaurante. Um jantar no restaurante do Grande Hotel era classificado como o que havia de mais requintado. 6. Banco Pelotense: Em 1906, o Banco Pelotense começa a funcionar, inicialmente à rua Andrade Neves nº169. Foi fundado em reunião realizada na “Praça do Comércio”, por convocação dos Incorporadores Dr. Joaquim Augusto Assumpção, ori Barão do Arroio Grande, Coronel Alberto Rosa, Plon Jú tino Amaro Duarte e Eduardo Siqueira. Decorridos o ad 16 anos de sua inauguração, contava o Banco comhac 69 agências espalhadas pelo Brasil, sendo 24 delasMion tô n no Rio Grande do Sul. A iz 7. Teatro Guarany: Projeto de Stanislau u:Lo to F
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além de MBA e especialização, residência médica e cursos de extensão. O Instituto Federal Educação, Ciência e Boa parte dos casarões já citados compõem T ecnolog ia Sul-rio-grandense foi fundado em Peo centro histórico pelotense que tem o seu ápice lotas no ano de 1930. Em dias atuais é composto por nos casarios do entorno da Praça Coronel Pedro Osório. Um pouco mais distante, encontram-se14 campus no Rio Grande do Sul. O Colégio Municipal Pelotense foi criado as charqueadas na região do bairro Areal e o Sopela Maçonaria em 1902, conta com uma área de lar da Baronesa, uma edificação térrea do século XIX com pátio central, camarinha, salão de festas17,5 mil km², abrigando cerca 4100 alunos sendo o maior colégio municipal da América Latina. e capela, bem como, torre externa de banho com
Turismo
banheira e, dois A propriedade aproximadamente setejardins. hectares pertenceu adeAnibal Cultura doceira Antunes Maciel e Amélia Hartley de Brito. Atualmente, no local funciona como parque de lazer e Apesar de Pelotas ficar conhecida com a cimuseu. dade do charque, até o século XX, foi como Capital Outra opção é a praia do Laranjal, uma en- nacional do doce que o município ficou eternizado. seada da Laguna dos Patos, está dividida em trêsSegundo Gilberto Freyre, explica-se esta tradição balneários e Colônia de Pescadores Z-3. Já os ca-precisamente a partirdo intercâmbio charque-açúminhos da colônia de Pelotas levam os visitantes car. Os navios que levavam charque para o Nordesa paisagens pitorescas da encosta da serra do su-te traziam, de torna-viagem, grandes quantidades deste. Considerado reduto de colonizações como de açúcar, transformados, no interior dos casarões Italiana, Francesa e Pomerana com áreas de propelotenses, em doces finos, confeccionados à base dução agrícolas e pequenas indústrias de doces. de ovos, conforme a melhor tradição portuguesa. Outro aspecto relevante é o das sobremesas na região serrana e colonial do muniA Pelotas do s es tudantes elaboradas cípio, onde o cultivo de frutas de clima temperado Atualmente a cidade é reconhecida comopermitiu que se acrescentassem aos chamados polo de desenvolvimento educacional pela pre-doces finos os doces de massa (pessegadas, goiabadas, marmeladas), as geleias, as compotas, as sença da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), passas, os cristalizados. Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), além de diver- Entre 2006 e 2008 surgiu a Associação Doce sas escolas estaduais e municipais, que oferecemPelotas com intuito de proteger a tradição dos Doaos alunos além do ensino fundamental e médio, ces o de Pelotas, garantindo produtos de qualidade e instituindo um selo de procedência a fim de mancurso normal – magistério, destacando o Colégio ter a tradição da cidade. Municipal Pelotense que mantém suas atividades ininterruptas desde 1902. A Universidade Federal de Pelotas – UFPel foi fundada em 1969 e atualmente são disponibilizados 101 cursos de Graduação Presenciais e 6 cursos à Distância; 14, de doutorado; 39, de mestrado e 17, de especialização. o A Universidade Católica de Pelotas – UC- açãlgu Pel conta com os cursos de graduação, ivD pós-graduação, mestrado e doutorado,:toFo
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fusão de tecnologias, proporcionando o ambiente ideal para a realização de bons negócios e fortes parcerias. • Carnaval: Ao longo das seis noites do carna-
Atrações
val participam uma média de cem mil pessoas. A festa de Pelotas diferencia-se das demais cidades Morro Re dondo do Estado por ser irreverente e participativa, o que proporciona alegria e diversão espontânea. O Município possui uma área de 244,643 km² • Fenadoce: A Feira Nacional do Doce – Fe- e população estimada em 6.488 habitantes com asnadoce – é realizado para promover a cultura dopectos predominantes das colonizações alemã e ceira da cidade de Pelotas-RS para todo o Brasilportuguesa. e Anterior ao processo migratório no exterior, umgastronômicas mundo de magia diversas Município, já habitavam aqui algumas famílias de atrações oferece culturais, e com comerciais. srcem portuguesa principalmente na região hoje Os 19 dias de feira são uma excelente oportunidade denominada “Passo do Valdez”, onde se estabelecepara se divertir, fazer negócios e conhecer nossosram os primeiros comércios do Município. Morro doces e história. Redondo ergueu-se a partir do loteamento de ses• Circuito de Rodeios Artístico e Cultumarias pertencentes a portugueses e iniciou sua ral da 26ª Região Tradicionalista:O Circuito de colonização com a chegada de imigrantes alemães, Rodeios da 26ª RT tem por finalidade promover italianos o e também pomeranos. A imigração italiaintercâmbio cultural e artístico entre as entidades na teve início em 1875, com o loteamento de terras tradicionalistas da Região e do Estado, bem como,pertencentes ao português Afonso Pena, srcinando valorizar o artista amador gaúcho. mais tarde a atual colônia Afonso Pena. O primeiro F núcleo de colonizadores alemães e pomeranos estaot o: Lu beleceu-se na atual colônia São Domingos, no ano iz A de 1886, com o loteamento das terras pertencentes n tô n ao político José Domingos de Almeida. O fluxo de io M colonização alemã progrediu até 1892. a ch ad Em maio de 1988, Morro Redondo conquistou o J ú sua emancipação política, deixando de ser o 8° disn io r trito do Município de Pelotas. Durante o mês de julho diversas atrações como apresentações artísticas, desfile temático em homenagem ao colono e motorista, exposições e muita música animama população du rante a Festa do Colono.
Turuçu • Feira do Livro: Com sua primeira edição O município foi emancipado de Pelotas em 28 realizada em 1960, o evento, em 2013, ocorreu numade dezembro de 1995, e instalado em 1º de janeiro edição especial, realizada no Mer cado Público Mu- de 1997. Dados históricos comprovam que tribos nicipal oportunizand o um encontro com a história indígenas habitaram nas atuais terras do municí-
e a cultura de Pelotas. pio. Turuçu, na língua indígena, quer dizer “águas • Expofeira: A Expofeira é um evento quegrandes”, em referência ao Arroio homôpossibilita a troca de experiências técnicas e a di-
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nimo que lhe empresta o nome, divisa com oda pimenta, realizadas em outubro e abril, resmunicípio de São Lourenço do Sul. pectivamente. A tradição teve inicio logo após No ano de 1920, a família do Sr. Arthur a conquista da autonomia municipal do local, Lange mudou-se para a região da Colônia em meados dos anos 1990, e desde então vem Azevedo, aos poucos, foram chegando mais al-sendo realizada com grande repercussão na gumas famílias à região, plantavam e comer-mídia local, ano após ano. Antecedendo estes cializavam seus produtos, principalmente para eventos, há os bailes de escolha das soberanas as cidades mais próximas – Pelotas e São Lou-de ambas as festas. Outras festividades que renço do Sul. Juntamente com com o Sr. Joséatraem a atenção são as festas das comunidaHalfen, em 1930, Arthur Lange fundou, um cur-des religiosas e de aniversário do município. tume e, em 1935, estabeleceu uma fábrica de tamancos coloniais e chinelos, que, embora fosArroio do Padre se rudimentar, já proporcionava oportunidades de emprego à comunidade. Um ano após, veio a comprar a parte do curtume que pertencia a O nome do antigo distrito, hoje município, Arroio do Padre advém do nome do orgaseu sócio, que fora morar na cidade de Pelotas. Em janeiro de 1949, foi constituídaa empre- nizador e primeiro administrador de Feitoria – o padre Francisco Xavier Prates. Era professa Arthur Lange e Filhos Ltda.. Durante a década sor do Mosteiro de São Bento e do Convento de 1950, o empreendimento evoluiu, concentrando suas atividades econômicas no curtimentoSanto Antônio no Rio de Janeiro, tendo falecide couros bovinos e na fabricação de chinelos do e em 1784. Irmão de Paulo Xavier Rodrigues tamancos. Cerca de dez anos de sua fundação,Prates, mais tarde proprietário da região da a empresa passou também a exportar seus pro-cidade de Canguçu e da ilha hoje da Feitoria e de todo o primitivo Rincão do Canguçu, a dutos, satisfazendo clientes e consumidores dos concluir-se de mapa elaborado por Alberto cincos continentes. A construção da rodovia federal – BR 116,Coelho da Cunha, refletindo as sesmarias concedidas em Pelotas. em 1960,contribuindo tornou-se a principal via de acesso da região, para o desenvolvimento in- A economia é dominada pelo setor primário. Destacam-se as plantações de tabaco, midustrial e para formação da Vila Arthur Lange, lho e verduras, a pecuária leiteira também tem hoje sede do município de Turuçu. Possui uma área de 254.933 km² e uma papel importante na economia do município. Tem como características o minifúndio e a popopulação estimada em 3.608 habitantes. Turuçu é um município praticamente agrícola comlicultura. É formado por pequenas propriedades uma cultura diversificada. Destaca-se pelo cul-rurais, cada uma em torno de 20 hectares, que tivo da pimenta calabresa, o que faz com que são a cultivadas com mão-de-obra familiar. Possui uma área de 124,321km² e sua população estimacidade seja conhecida como a “Capital Nacional da em 2.857 habitantes. da Pimenta Vermelha”. Hoje a principal produEm 2014, Arroio do Padre comemora 18 ção alimentícia é o morango, o produto é responsável por grande parte da fonte de rendaanos de emancipação de Pelotas, a festividade municipal, segundo a APM - Associação dos é comemorada com a Festa Regional do Caqui e da Maçã que todos os anos reúne cerca Produtores de Morango. A cidade é também conhecida por pro- de 20 mil pessoas no Centro de Eventos Doromover duas festas anuais em comemoração theiaUm Coswig dos Buss. principais pontos turísticos do ao cultivo do morango e da pimenta. município é o Camping Recanto dos Coswig. Trata-se da OktoberFemorango e Festa
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Enio Silveira – diretor cultural 27ª RT Texto e organização do capítulo: Carlos Fernando Schwantes Kich – tradicionalista Fábio Rodrigo Guaragni – membro IOV/Brasil – Estado do Rio Grande do Sul
A 27ª Região Tradicionalista é formada por sete municípios daSerra Gaúcha e Campos de Cima da Serra. Picada Café, Nova Petrópolis, Gramado, São se Francisco de Paula,um Cambará do Sul eCanela, Jaquirana unem formando conjunto de cores e sabores característicos do forte polo tui rístico que se destaca no Rio Grande do Sul. n a O turismo é uma vocação nata desta regiãoRoé r d ofertando ao visitante belas paisagens naturais de n A serra e campo, as culturas de imigração, o paisa-losra gismo e arquitetura das cidades e a manifestaçãoCo:t oF de eventos com grandes projeções. A formação étnica deste pedacinho do Rio ca-se por sua tradição em feiras do livro e diversas Grande do Sul está baseada nas imigrações ger-iniciativas para o incentivo a prática da leitura. mânicas, italianas, portuguesas, negras e outras, Criada por decreto do Governo Provincial em observadas as suas particularidades em cada um1858 com finalidade de proporcionar um caminho dos municípios claramente expressas em sua formais seguro aos tropeiros que traziam gado dos ma de falar, gastronomia, arquitetura, folguedos Campos e de Cima da Serra, Nova Petrópolis é concostumes. siderada o Jardim da Serra Gaúcha e seu nome é Nossa tropeada começa pelo mu nicípio de Pi- uma homenagem ao Imperador do Brasil. O paisacada Café, na encosta da serra. A Cidade dos Lírios gismo e o cuidado dos seus habitantes no cultivo dá as boas vindas a quem visita a 27ª RT chegandode flores e ajardinamento deixa a cidade num coda capital do Estado. Suas paisagens são bordadaslorido alegre e encantador. A Praça da República por exuberante beleza natural com geografia monno centro da cidade recebe o visitante com uma tanhosa e farta mata verde. Sua srcem remontapaisagem inesquecível. Seu mosaico paisagístico a época dos tropeiros que seguiam de picada emlhe concede carinhosamente o segundo nome de picada cumprindo sua tarefa de comércio e trans“Praça das Flores” com grande destaque para o porte. Na sequência, o município foi colonizado Labirinto Verde, um desafio lançado aos brincantes com a imigração germânica que foi responsávelpara que encontrem o caminho que leva ao centro por seu desenvolvimento e está estampado em sua do grande círculo. Suavocação para o turismo forgente. O dialeto alemão está presente em grande talece esse setor da economia na região, sendo a parte de seus habitantes e é disciplina escolar. Ascolonização germânica o grande destaque de seu tradições teuto-brasileiras que se formaram a pardesenvolvimento com fortes marcas nos costumes tir desta mistura estão vivas e se destacam no can-e na Língua Alemã praticada naturalmente nas to coral, jogo de bolão, casas em técnica enxaimel, gastronomia, produção agrícola e na indústria cal- famílias do movimento currículo escolar. A cultura viva e eme dentro constante se revela através çadista. Com forte vocação leitora, desta-de inúmeras agremiações culturais nas diversas
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áreas das artes e se mistura às manifestações do mundo todo anualmente dentro do Festival Internacional de Folclore com mais de 40 anos de existência. A grande produção de malhas leva o nome do o d a município mais longe através do tradicional Festiam r G malhas, um festival de cores e tranças diretamente e das malharias que aquece a todos no início da es-dlipa tação do frio. Sua história de cooperação e pionei-icnu M rismo projeta o município a nível mundial e concera u ite de o título de Capital Nacional do Cooperativismo fe r P no Brasil. Sede da primeira cooperativa de crédito a ar V latino-americana, a cidade ostenta a obra “A Força n os Cooperativa”, um dos mais imponentes monumeni d tos ao cooperativismo no mundo. O núcleo históri-Eo:t oF co de Linha Imperial, Berço do Cooperativismo de Crédito da América Latina homenageia o padre jenum grande palco de cultura, arte, entretenimento suíta suíço Theodor Amstad, principal fomentador e diversão. O Natal Luz, um dos maiores eventos do cooperativismo, abrigando o memorial batizado natalinos do mundo, encanta com seus grandiosos com seu nome e o monumento em sua honra er-espetáculos artísticos, desfiles e decoração lumiguido no centro da praça construída pela próprianosa espalhados por todos os cantos levando os vicomunidade de forma cooperativa. sitantes a uma inesquecível experiência. O Festival Nossa viagem entra agora nos limites do mu-de Cinema de Gramado, o maior evento cinematonicípio de Gramado, a terra dos grandes espetágráfico do país, reúne artistas, diretores e produtoculos. res de filmes brasileiros e latinos para a premiação F das obras com o cobiçado troféu Kikito, atraindo ot o: D todas as atenções do segmento para nossa região iv u lg aç oã
durante período em que diversidade se encontraoem Gramado queocorre. ofereceAuma variedade imensa de gastronomia e artesanato das mais diversas srcens culturais de todo o planeta no meio do doce sabor do “Chocolate de Gramado”. A mescla de germânicos e italianos confere a Gramado um clima todo especial transformando o dia a dia num festival único de costumes e um grandioso espetáculo gastronômico no seio de suas famílias, refletido no meio urbano através dos famosos cafés coloniais. O turismo de eventos ganha força através da realização de diversos congressos, encontros, conferências, seminários,simpósios econvenções promovidos pelos mais diversos ramos da Ícone do turismo gaúcho, Gramado se desta- economia, instituições governamentais, congregaca por sua vocação de criar grandes espetáculosções religiosas e outras, aproveitando a estrutura baseados nos mais diversos temas. Um mundo en-de hospedagem e espaços de trabalho à disposicantado se cria a cada época do ano, com decora-ção. Uma cidade temática com diversos ção específica e intensa transformando a cidade parques e atrativos como o Mini Mundo,
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Lago Negro, Aldeia do Papai Noel, Palácio dos Fesdestaque para o Festival Internacional de Teatro de tivais, Parque Gaúcho e a Rua Coberta fazem de Bonecos, a Festa Nacional da Música e os Festejos Gramado um lugar de sonhos e fantasias. Farroupilhas. O turismo constitui forte ramo da A espiritualidade é a grande marca da cidadeeconomia através da realização de eventos e inúde Canela que tem como ponto principal no meio meros atrativos temáticos como parques e lojas. O urbano, a Catedral de Pedra, grande atrativo de município também abriga o Palácio das Hortênvisitação do município. O templo construído emsias, residência de veraneio do governador do Rio estilo gótico tem 65 metros de altura e um conjun-Grande do Sul, sede de várias atividades do goverto de doze sinos, de diversos tamanhos capazesno do estado. Na área da educação, Canela ganha F ot destaque por ser um polo universitário oferecendo :oE cursos em diversas áreas do conhecimento mas de n ioS ilv forma muito especial no ramo da hotelaria. ei ra São Francisco de Paula, carinhosamente chamado de “São Chico” na região, é o berço do Festival Ronco do Bugio, um dos mais antigos do Rio Grande do Sul e o único em que todos os concorrentes participam executando o mesmo ritmo musical: o bugio. Gigante por natureza, São Chico também é um dos municípios com maior extensão territorial do Estado, grande parte formada por campos verdejantes e muitas araucárias que produzem um dos símbolos do município, o pinhão, tão presente no dia a dia de seus habitantes que fez surgir a Festa do Pinhão para comemorar a colheita. Durante o evento são apresentados saborosos pratos a base da semente sendo o mais procurado o tradicional “Churrasco Pinhão”, umaassada mistura de tocarem notas musicais variadas soando umade pinhão e carne bovinadetemperados, em melodia inspiradora. A vocação espiritual também espeto de madeira. A cultura campeira também é está muito presente nos eventos natalinos e de pásuma forte tradição do município praticada diariacoa levando o visitante a uma viagem interior de mente com a criação de gado bovino destacando o reflexão. O Santuário de Caravaggio bem como cavalo o como um grande companheiro do serrano Caminho das Graças reforçam ainda mais o con-e as habilidades com o laço uma de suas caractetexto de fé e religiosidade. É Canela também o ponrísticas que ganha destaque nos inúmeros eventos to de convergência entre a região montanhosa e os tradicionalistas que ocorrem em todos os recantos Campos de Cima da Serra que começam a exibirdo município promovidos por um grande número suas coxilhas e invernadas num gracioso ondulado de entidades ligadas a cultura gaúcha. Na gastroverde enfeitado com vistosas araucárias. A naturenomia não podemos deixar de citar o churrasco e za também foi generosa presenteando o município o queijo serrano, iguaria peculiar desta terra. A forcom belezas naturais como a Cascata do Caracol,ça do campo também está presente na produção com mais de 130 metros de queda livre e o Vale daprimária, não apenas na grande criação de gado Ferradura, tema de cartões postais devido a bela bovino, mas também na produção de frutas, horpaisagem formada pelas montanhas e curvas do batata e madeira. Suas paisagens naturais Rio Caí. Um calendário cultural vivo movi-taliças, temperadas com um frescor singular no verão e menta as quatro estações do ano com o frio impiedoso do inverno, muitas vezes moldado
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pela ocorrência de neve, também constituem forte Seu território é marcado por lindas paisagens de atrativo turístico fazendo surgir muitos parques, campos, cascatas e lageados, alternando o verde do hotéis e pousadas baseados no turismo rural. verão com o prateado do inverno. As belezas naMunicípio de belíssimas paisagens conheci- turais se distribuem pelos cantos de Jaquirana se das em todo país, que já foram cenários de gran-destacando a Cascata dos Venâncio, Cachoeira do des produções de televisão, Cambará do Sul, a terPasso do “S” e do Funil bem como a vastidão verde ra dos Cânions, está no alto da região dos Camposdos campos serranos que no inverno perdem a cor de Cima da Serra. A cidade que apresenta os trasem perder o encanto que enche os olhos de quem ços de colonização portuguesa recebe o visitanteos vê. Inverno esse que também traz consigo a sacom a doçura do mel, produto de destaque na ecofra do pinhão e enriquece a culinária local com a nomia local. Durante o inverno, o frio completa as deliciosa paçoca de pinhão ou simplesmente o pipaisagens cobrindo os campos de geada e não ra-nhão assado na chapa do fogão, tradição serrana F antiga que é mantida e passada de geração em geot o: ração. Nesta época o pinhão também acaba sendo R o b er fonte de renda para muitas famílias. to G Jaquirana é uma cidade pacata mas carreri llo gada de história desde os tempos dos antigos tropeiros que ajudaram a desenvolver esse pedaço de chão na região mais alta e fria do Estado. As tropas de gado, de suínos e de mulas rumo a Santa Catarina para levar charq ue e buscar mantimentos eram as mais comuns. Hoje o que se vê são os caminhões cortando as estradas levando não apenas gado, mas diversos produtos destacando-se a madeira de reflorestamento. Apesar da mudança na economia do município, Jaquirana ainda guarda emmarcas suas raízes e nos de seus conterrâneos ramente com neve criando imagens encantadoras as antigas dosrostos tropeiros e andantes que fie tornando o costume do chimarrão ainda maiszeram a história deste pequeno lugar. É como se prazeroso. Uma infinidade de opções de entreteos rastros das tropas não se apagassem e ficasnimento como atividades de aventura, trilhas, tusem para sempre timbrados nos caminhos tortos rismo rural, cavalgadas e deliciosa e diversificada e fechados da serra gaúcha. Por isso ainda existe gastronomia, fazem de Cambará uma referênciatempo para cevar um mate e sentar numa roda em ecoturismo. Os cânions são responsáveis pelade amigos para sentir o tempo passar sem os atroprojeção nacional do município. Fendas gigantespelos de uma cidade grande. Jaquirana guarda o cas se abrem em meio aos campos, com paredõesorgulho gaúcho na sua forma de ser nos bailes, fesde até mil metros de altura que formam paisagens tas de igreja, carreiras de cancha reta, cavalgadas, singulares de beleza incontestável. Essas formafesta do gaúcho, atividades relacionadas ao cavalo ções protegidas por parques oficiais são agracia-crioulo, rodeios e diversos torneios de laço que se das com rica flora e fauna além de serem banhaespalham pelo interior do município e repassam das por riachos de águas cristalinas que corremàs novas gerações um pouco da cultura e da marentre lageados e formam admiráveis cascatas. ca dos antepassados que, abrindo picadas na serra, Completando nosso passeio pela região che-acabaram escrevendo e marcando a história deste gamos à simpática e aconchegante cidade de Japequeno chão rio-grandense. quirana que ostenta o título de Capital da Madeira. A 27ª RT é um pago abençoado
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pelo Patrão Celestial. Neste canto do Rio Grande, a diversidade de paisagens, cores e sabores deixa a vida com um encantamento todo especial. A mistura de muitas culturas nos oferece um colorido único coroado pela vocação de receber o visitante como forma de mostrar o que temos de melhor por aqui.
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Texto e organi zação do capítulo : Daiane Tomazi - licenciada em educação física, especialista em fisiologia e psicopedagogia clínica e institucional
A Região é formada pelos Múnicípios de Vicente Dutra, Caiçara, Iraí, Frederico Westphalen, Ametista do Planalto, Bonito,PinheiriCristal do Sul, Alpestre, Taquaroçu do Sul,Rodeio Palmitinho, nho do Vale e Vista Alegre. Situada na região norte do estado do Rio Grande do Sul, no vale do Médio Alto Uruguai, divisa com Santa Catarina, tem seu desenvolvimento baseado na agricultura e turismo. Destacando-se neste cenário as Águas Minerais e oã Termais de Iraí e Vicente Dutra, outro ponto forte aç são as Jazidas de Pedras Ametistas e sua Igrejalgvui Matriz toda revestida de geodos de Pedras, sendoD:to a oF cidade de Ametista do Sul, considerada por muitos uma das maiores Jazidas do mundo. No tocante do to fechada quase intransponível,serviu paravários turismo, também se destaca a beleza da Catedral criminosos e fugitivos se refugiarem no local. Aos da Cidade de Frederico Westphalen, construída em poucos foram aparecendo os trilhos no meio daestilo Barroco, além do Santuário de Schoenstatt, quela densa floresta, trilhos estes que iriam ou também localizado em Frederico Westphalen. Denligariam a vários outros povoados, como Irai, Platro do contexto cultural a 82ª Região Tradicionalista, nalto, Barril (Frederico Westphalen) e Rodeio Bopossui o 3º CTG fundado no Estado do Rio Grande nito. do Sul, localizado na cidade de Iraí, o MINUANO Nesta mesma época foram descobertas as CTG. pedras preciosas, e com elas começaram a chePor esses e outros motivos nos enchemos de gar os primeiros habitantes. Em meados de 1950 orgulho, pois nossa Região é agraciada por Deusjá se instalava um pequeno comércio. Em frente por possui riquezas Naturais e Cultural que alena este comércio, foi construído um pequeno altar tam as histórias de seu povo, e cada vez mais des-em cima de um tronco de árvore cortado próximo perta o orgulho em representa-la diante de todo àoraiz, dentro de uma caixa de madeira foi colocaMundo. da a estatua do Arcanjo São Gabriel, assim dando o nome ao lugar até 1992. Este altar existe até os dias de hoje e localiza-se em frente ao comércio Ameti st a do Sul da família Bassi (Ferragens Bassi). Nesta época começaram a chegar muitas famílias vindas de A cidade de Ametista do Sul teve sua srcem Caxias do Sul para trabalhar na agricultura, pois na década de 1940, por ser uma região de difícil acesso, dada à superfície de seu território total-cionalidade a terra era muito fértil, entre com elas, famílias de naItaliana trazendo elas a tradição mente irregular, e na época ter toda sua religiosa italiana. superfície coberta por uma manta mui-
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T _ ambém na década de 50, foi instalada em devido ao grande valor comercial das pedras, o “São Gabriel” a Escola Rural de 1 Grau Incomple-interesse pela exploração aumentou. Nesta época, to, a construção da igreja e estradas. Na década surgem os primeiros garimpeiros que faziam as de 60, foi transformada em distrito de Irai, sendoescavações em forma de poço, com uma abertuentão chamada de São Gabriel do Irai. A antigara lateral chamada de carregador, o que era facilicapela foi passada a paróquia de São Gabriel pelotada devido à topografia acidentada. bispo João Hoffman (Bispo diocesano de FrederiO ano de 1972 foi o auge da produção, e o co Westphalen). Em 1964,a cidade de São Gabriel garimpo que era ao ar livre, passou a ser feito sob foi dividida em dois Distritos: de Planalto e Iraí,a forma de túneis, que atualmente podem atingir nesta época a agricultura era muito forte, bema profundidade de aproximadamente 800 metros. como a suinocultura. Nos anos 70, a agricultura e a agropecuária Vicente Dutra foram dando lugar à extração de pedras preciosas como as ametistas e ágatas. Com a instalação População de 5.285 habitantes, distância de de grandes empresas exportadoras em nosso distrito, os negócios começaram a prosperar e tam-POA 464 km Vias de Acesso BR 386, BR 158, RS bém começaram a chegar mais habitantes e má-150 Altitude 380m Clima subtropical DDD(055). quinas para a exploração destes minérios. Nos anos 80, que nos anos anteriores era umAtrativos Naturais pequeno povoado, começa a dar ares de cidade, - EMPREENDIMENTOS ÁGUAS DO PRADO com ruas e avenidas bem traçadas e calçadas, Fone: 737-1125. Área de lazer e centro de saúde. com água, iluminação pública, telefone, ginásio de - RIO URUGUAI esportes, hospital e etc. Distante 1 km da sede. Próprio para pesca e Nos anos 90, um movimento emancipacionis- camping. ta tornou a vila em município, sob a lei Nº 9570, - MATAS sancionada pelo governad or Alceu Collares, em 20 Local para acampamento, caminhadas com inde do março de 1992, criando odos município de Ametis-fraestrutura. ta Sul, desmembrando demais municípios vizinhos as seguintes áreas: 65% de Planalto, 5% His tória da Cidad e de Rodeio Bonito e 30% de Irai. Vicente Dutra a descoberta de uma fonte A cidade de Ametista do Sul tem como seu padroeiro o Arcanjo São Gabriel. É comemorado,de água com poder laxativo e medicinal em seu no dia 29 de Setembro, o aniversário da cidade,território, na época em que pertencia a Palmeimas somente é festejado o mesmo, no dia 20 Mar-ra das Missões. Em 1912, chega André Maldanir, ço com uma exposição de pedras chamada de um político argentino, que se instala sem saber EXPOPEDRAS, que acontece a cada dois anos. da existência da água. Logo depois, no mesmo ano chega João do Prado, revolucionário, maraHis tória da Mineração gato, fanático, foragido de Palmeira das Missões, Surgida há mais de 50 anos, a mineração descobrindo a fonte das águas minerais, algumas no Médio e Alto Uruguai do Rio Grande do Sul,quentes outras frias. Em 1916, foi examinado o barro e a água exisBrasil, teve seu inicio por acaso, onde caçadores e agricultores pioneiros, que habitavam a regiãotentes, em Porto Alegre, onde houve a comprovanos anos encontraram pedras sobção propriedades curativas mesmos. 1917 das sabendo da existência das dos águas e sua Em raízes de 30 árvores, córregosaseprimeiras áreas lavradas. Com o término da Segunda Guerra Mundial, procura inicia-se a colonização.
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Um dos fatos que marcou a história do muRio Uruguai nicípio, foi a passagem da Coluna Prestes, em Divis a com Santa Catarina 1924, onde muitos moradores apavorados fogem para Santa Catarina e para a Argentina. Em 1933, já com um bom número de habitanIraí tes é elevado a categoria de 2º distrito de Iraí, com nome de Vila do Prado, por ato do então prefeito Situada no extremo norte do estado do Rio de Iraí, o médico Vicente Dutra. Grande do Sul, cercada por matas nativas, Iraí é Em 1948 passa a ser chamado de Novo Pra- uma cidade rodeada de belezas naturais. Iraí oferedo. Também neste ano foi construído o primeiroce condições ideaispara o visitante desfrutar o mebalneário. Em 1955, o município passou a integrar lhor da vida com muito conforto, num ambiente em o recém Município de Frederico Westphalen. que a natureza e a saúde encontra-se em sintonia. Em 1964 inicia-se o processo de emancipaDetentora de águas minerais termais, preção, e ocorre em 1965 o plebiscito que decide pela miada como a melhor água do Brasil e a segunda emancipação, sendo instalado em 14 de maio demelhor do mundo, a cidade de Iraí oferece um ce1966. nário incomparável em beleza natural, sendo um de seus cartões postais o Balneário Oswaldo Cruz, Significado do Nome construído em 1935, sobre uma fonte rochosa, por É denominado Vila de Vicente Dutra, em ho- onde jorra água mineral, com temperatura de menagem ao administrador de Irai. Aniversário36,5ºC. Acrescentando a esta vasta beleza, enconda Cidade - 14 de Maio. tramos a Pomona, uma obra em pedra de arenito rosa, que segundo o escultor, Vasco Prado, tal beTurismo O município possui as fontes de água mi- leza foi inspirada numa índia do Toldo Indígena, a neral alcalina, situadas no meio do parque, o lodoqual hoje é símbolo do parque e da cidade. Misturando-se ao perfume das matas, as terapêutico,ideal para massagens, reumatismo e margens de rios de águas límpidas, encontramos doenças de pele. A cidade possui também grande produção de cuias e artesanato em cerâmica. na divisa natural com o estado de Santa Catarina, No Parque Municipal, aberto de segunda a o legendário Rio Uruguai e seus inúmeros pontos atra tivos, como a prainha e a oportunidade de passábado das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. Fone: seios de barco e pesca. (55) 3737-1133 Iraí é uma cidade própria para descanso, saúLodoterapia de, história, integração de povos, é rejuvenescimenNo Balneário é possível desfrutar dos ba- to. Suas águas minerais termais são reconhecidas nhos de lama negra, excelentes para a cura depor médicos e especialistas e atraem visitantes do algumas doenças: reumatismo, inflamações nasBrasil e de países vizinhos. Quem visita apaixonaarticulações, dores musculares, gota, ácido úri- -se, pelas belezas naturais, pela pureza da água co elevado, abcessos, dores nervosas, úlceras de mineral e o encantamento das pedras preciosas. A cidade é rica em pedras preciosas, sendo etômago,etc. encontradas as pedras: citrino, calcita, gipcitos e Água Mineral ametista. Em Iraí, o visitante pode ter a oportuniTambém no Balneário encontramos excelen-dade de passear pela cidade e encontrar lojas de te água mineral. A água, com gosto meio salgado, pedras com preços abaixo do mercado. possui propriedades medicinais comprovadas. Em Iraí, o visitante encontra um comércio diversificado, fábrica de confecções em couro, fábrica de facas artesanais, artesanato em geral e
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todos os visitantes, projetando- a no cenário turísticultura indígena. co nacional e internacional. A Rota Águas e Pedras oferece aos visitantes atrativos naturais e culturais, permitindo momen- O Município de Iraí também possui aspectos tos inesquecíveis junto à natureza, rica em paisa-importante para a cultura do RS, pois nele está situado o 3º CTG fundado no Estado do Rio Grande gens naturais e campestres; combinação perfeita do Sul - O MINUANO CTG, hoje com 64 anos de entre a natureza e o homem, proporcionando mohistória esta Entidade é um marco no desenvolvimentos inesquecíveis em seus roteiros ligados às mento Cultural de nossa Região. Águas, Pedras e Fé. O brilho das Pedras Preciosas proporciona uma viagem pelas minas de garimpos, com suas galerias subterrâneas e a céu aberto, ao Museu Frederic o We st phalen Ametista Parque, com mais de mil exemplares de Catedral Santo Antônio pedras preciosas e momentos de compra junto às lojas de pedras e artesanatos. Na manhã de 18 de setembro de 1950, em meio Nas águas destaque especial às Águas Mine- a muita alegria, foram derrubadas as árvores e rais e Termais e à Lama Medicinal de Iraí e Vicente realizada a limpeza do solo, através das mãos de Dutra – A beleza dos bosques com espécies na- agricultores, onde nasceria uma das mais belas tivas, fauna abundante, as águas do Rio Uruguai,catedrais do Estado. As primeiras pedras deposifavorecendo ao pescador, transformar as águas do tadas no local foram transportadas com muita diMel em uma jóia rara, convidando o turista a vi-ficuldade em carroças. Com a firme determinação ver momentos de encantos, descanso, banhos com do Monsenhor Vítor Batistella, a planta da Catedral água mineral e termal, em Balneários e Hotéis.Santo Antônio foi desenhada pela engenheiro Ticia“Água mineral premiada como a melhor do Brasil no Bettanin. O alicerce da catedral conta com 1.320 e a segunda do mundo” (Sevilha na Espanha). metros cúbicos de pedra maciça plantada numa O turismo religioso, terra dos Mártires do Rio Grande do Sul tem nos Beatos Manuel e Adílio o seu em grand e atrativo. Começa no antuário Bea- e tos Nonoai, considerada a STerra dosdos Mártires segue até Três Passos-Terra Sagrada do Martírio, caminho de 190 km em que se destacam, ainda, Igrejas e Santuários, a Catedral Diocesana Santo Antônio em Frederico Westphalen, uma das mais belas do Estado com arquitetura neogótica, arcos ogivas e abóboda com nervuras, pinturas sacras, vitrais multicoloridos, dando a visão exata de sua beleza. A Igreja Matriz São Gabriel de Ametista do Sul, a única do mundo com suas paredes revestidas de pedras Ametista, formando painéis artísticos transmitindo muita energia pela concentração das 42 toneladas de pedras. A Rota se destaca, também, pela diversificada gastronomia e pela cultura dos imigrantes queãoç a colonizaram, através de grupos étnicos e culturais,lgauiv que, com suas músicas e danças, proporcionam:Do t momentos de alegria e de integração encantandoFo a
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profundidade de 4 metros e não há praticamente O Movimento de Schoenstatt iniciou em Freferro. As paredes foram erigidas com 1.185.000 milderico Westphalen em 1976. Em 2000 começou a tijolos maciços,apenas com cal e areia, sem cimen- conquistar um Santuário Diocesano de Schoensto, iniciando com uma base de 60 cm, acabandotatt. No dia 18 de outubro de 1998 realizou-se a bênno alto em 40 cm. Nos 53 metros de comprimen-ção do terreno do futuro Santuário. Em 18 de abril to estão enfileiradas 34 colunas torneadas. Destasde 1999 realizou-se a bênção da Ermida da Mãe colunas partem os arcos que vão se encontrar noTrês Vezes Admirável neste terreno. Concretizado teto, todo ele de estuque. A porta tríplice de entra-o Santuário Diocesano “Tabor da Porta do Céu”,no da, ostenta no alto o coro, ornamentando pelo vitral dia 05 de outubro de 2003 foi consagrado. de Santa Cecília, padroeira dos cantores. O tronco Este Santuário é o 20º construído no Brasil, central da cruz constitui a nave onde permaneceestando num local muito aprazível e de paz inteno povo, a cabeça da cruz aloja o presbitério, localsa, localizado a pouco mais de 1 km da cidade de onde se desenrola o culto, e os braços laterais daFrederico Westphalen. cruz, um prolongamento da nave, oportunizando Praça do Barril maior espaço para os fiéis. Todas as janelas, autênPor volta do ano de 1918 chegaram os primeiticas aberturas góticas, são constituídas de vitrais ros desbravadores à região, vindos de vários pontos com motivos litúrgicos. A Via Sacra segue sua trajetória, nas 14 estações, pelas laterais da Igreja. Ado Estado atraídos pela caça, que na época era abundante devido às matas densas. pintura interna traz os sete sacramentos,e os evanPor volta de 1919 começo a ser aberta a 1ª picagelistas Mateus, Marcos, Lucas e João, elaborados da para construção da estrada que ligaria a Boca por Emílio Zanon. A obra é um desafio à moderna engenharia que só sabe erguer paredes em cimada Picada (atual Seberi) às Águas do Mel, hoje Iraí. Os primeiros carreteiros, sob o comando de um de cimento armado. Naquela época não se conhecia guincho, comerciante estabelecido na Boca da Picada, fanem bitorneira. A argamassa era misturada comziam o transporte de produtos manufaturados e da produção agrícola. Numa dessas viagens, um enxada e puxada com baldes. Durante os nove anos barril de aguardente caiu da carroça, danificando de trabalho, jamais ocorreu um acidente. a tampa e, para não jogar fora a vasilha, eles tiveSantuário de Schoenstatt ram a ideia de colocá-lo de boca para baixo sobre Foto: Divulgação uma fonte, abaixo de uma sombra, introduzindo uma taquara no orifício lateral. A localização do barril à beira da estrada, com água limpa e muita sombra, colaborou para o surgimento da expressão “vou descansar, comer e dormir no barril”. Assim o lugarejo foi crescendo na selva do Vale do Alto Uruguai, e passou a chamar-se simplesmente “Barril”, nome que permaneceu por anos, até o ano de sua emancipação, em 1954. Hoje neste local histórico existe
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uma linda simbolizand praça, muito cuidada dois barris, o ebem venerando o e local fundacional do município.
F ot o: F ol h a d a C lu b
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Textos e organi zação do capítulo: Religiosidade - João Luiz Fávari Katia WalkiriaLemos Cacique Doble - Secretaria Municipal de Educação e Cultura Tropeirismo de porcos -Caroline Borges de Lemos
A 29ª RT desvinTemos inúmeras romarias na 29ª RT, entreculada da 19ª RT e da 8ª tanto existem três grandes romarias, que eúnem r RT, na Convenção de 27 milhares de devotos, vindos de todo o estado e do de julho de 1990, tem como Brasil. tema “NAS RAIZES DO PASSão elas: No município de PaSenhora im Filho; do Caravággio, a SADO AUTENTICIDADE DO GAÚCHO, e tem sua baseAterritorial nos municípios de Barra- Romaria de Nossa cão, Cacique Doble, Ibia çá, Paim Filho, Machadinho, igreja do santuário é toda em estilo gótico, os viMaximilianode Almeida, Sananduva, São João da trais são confeccionados em chumbo, e foram imUrtiga, São José do Ouro, Santo Expedito do Sul eportados da França a quase 70 anos. Acontece há Tupanci do Sul. 63 anos, no último domingo de maio. No município de Santo Expedito do Sul Atualmente tem Sede na Cidade de Ibiaçá, tendo como Coordenador Regional o Tradicionalis- Romaria de Santo Expedito, a estátua do Santa João Luiz Fávari. to mede 4 metros de altura, a romaria acontece no A Coordenadoria da 29ª RT, se orgulha nes- mês de abril, sendo que o dia dedicado ao Santo é te ano do Lançamento de seu Livro (2014), quando dia 19. Neste ano a 14ª romaria será nos dias 26 e fomos contemplados com uma boa classificação27 de abril. (2º Lugar de Equipes) na FECARS/2014 e também, Protege quem precisa obter uma solução graças a sua total dedicação e austeridade a Jovem imediata nosmais diversos assuntos. Padroeiro dos Caroline Borges de Lemos, nossa 3ª Prenda Juvenil comerciantes e navegadores. Seus símbolos são a do Estado do Rio Grande do Sul. Palma, que representa o martírio e a cruz.
Assim relatamos abaixo alguns itens que nos No município de Ibiaçá orgulha do porque: ‘EU SOU DO SUL” Romaria de Nossa Senhora Consoladora, que se realiza nomunicípio de Ibiaçá, sendo Ela Patrona da 29ª RT e da sede da 29ª RT, onde reside Religiosidade na 29ª RT nosso coordenador João Luiz Fávari, é a maior e F ot mais importante romaria da Região. o :M at h eu s P el li n
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His tórico da Paróq uia Em 1886, Filomeno Pereira Gomes adquiriu uma área de terra da atual Ibiaçá. Por volta de 1916, quando o processo migratório se expandiu por toda a região Norte e Nordeste do Rio Grande do Sul, a área da fazenda foi loteada em colôniase vendidas aos colonos descendentes de imigrantes Italianos. Durante a medição, encontraram num determinado local, uma área de mais ou menos um hectare, onde sóhavia capim. O proprietário disse então: Vou deixar está área para construir uma Igreja. Somente quero que seja dedi-
cada a Santa Filomena. Em 1923, ergue-se então, a 1ª capela, consagrada a Santa Filomena, em homenagem à Filomeno Pereira Gomes, primeiro proprietário das terras e doador do terreno para a construção da capelinha. Em 1947, foi construída uma segunda capela, bem mais ampla. Em 1948, é criada a Paróquia de Santa Filomena de Ibiaçá. No dia 10 de fevereiro de 1952, toma posse como Vigário o Padre Narciso Zanatta, iniciando, assim, um grande movimento religioso. Nos dias 23, 24 e 25 de maio 1952 foi realizada a primeira Romaria dedicada a Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos. Como ponto marcante aconteceu a entronização e a bênção da atual imagem na Igreja Matriz Em 30 de maio de 1954, Dom Cândido, proclama, por decreto, Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, co-padroeira da Paróquia de Santa Filomena e fixa, definitivamente, o último domingo de fevereiro para a realização da Romaria. A igrejinha torna-se um Santuário de fama e projeção em toda a região sul do país. Esta projeção religiosa tem muita influência no desenvolvimento e no espírito sócio - religioso do
mais intima confiança filial na vossa compassiva bondade materna. Nunca se ouviu dizer, ó benigna Consoladora dos aflitos, que alguém em suas penas, tristezas e necessidades a vós recorresse em vão. Por isso a vós recorremos nas presentes aflições e angústias de nossa vida. Ó doce mãe da consolação, consolai estes vossos filhos, que cheios de confiança se prostram aos vossos pés. Atendei as súplicas, exugai as nossas lágrimas, aliviai as nossas dores, assisti-nos em todas as nossas tribulações. Alcançai-nos paz, alegria e perfeita resignação à vontade santa de Deus, a fim de que inssesantemente reconfortados pelo bálsamo suavíssimo das consolações espirituais de que sois amável e poderosa intercessora, possamos santificar todos os sofrimentos e amarguras desta vida, transformando-os em coroa de glória para a nossa eternidade Assim seja!
povo de Ibiaçá, dando srcem ao de maior patrimônio espiritual da região, o Santuário Nossa Senhora Consoladora Em 1970, inicia-se a construção do atual Santuário de Nossa Senhora Consoladora. in No dia 22 de fevereiro de 1977 o Bispo Dioce-lelPs u e sano, Dom Henrique Gelain, elevou a Igreja h t Matriz da Paróquia Nossa Senhora Consola-aMo: otF dora à categoria de Santuário Diocesano O Santuário permanece aberto a todos os fiéis durante todos os dias do ano, e aos pés da Em 2014, a Romaria terá o seu primeiro ano imagem que se encontra no interior do mesmo, os de realização como parte integrante do Calendádevotos fazem suas orações e seus pedidos, que serio Oficial de Eventos do Rio Grande do Sul. No ano materializam através de pequenos nós feitos nas fide 2013 passaram pelo Santuário cerca de 130 mil tas que se encontram junto a imagem. devotos. A Romaria acontece sempre no último final Oração: “O virgem Santíssima, NossaSenhora da de semana de fevereiro, sendo, este ano nos dias 21 e 22 de fevereiro a realização da sua 63ª Consolação , a vós recorremos, animados daRomaria.
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com aproximadamente 800 habitantes do grupo Kaingang e a Terra Indígena Passo Grande do Rio Forquilha vivem aproximadamente 220 pessoas do mesmo grupo étnico. O povoamento e a colonização pelo homem branco no município iniciaram-se no começo do século XX. O período de dificuldade enfrentada pelos colonizadores no início do desbravamento foi superado com muito esforço, trabalho e persistência. Esses cidadãos acompanharam o progresso de uma pequena vila que, aos poucos, foi tomando forma de cidade. Cada conquista era comemorada, servindo de mola propulsora para novos feitos, novas obras, novas conquistas. A economia, baseada na agricultura e na pecuária, foi se solidificando com Cacique Doble o passar do tempo e continua sendo, a área mais desenvolvida economicamente. Ao comemorar 50 anos de emancipação poAtualmente, CaciqueDobletem como prinlítico-administrativa, Cacique Doble se volta paracipal evento turístico o Natal Luz e Paz. Este ano sua história, iniciada no século XIX, que relembraacontecerá a XVI edição, evento reconhecido regioaqueles que deram srcem ao nome do nosso mu-nalmente, que acontece ao longo do mês de dezemnicípio, os indígenas e também os caboclos, os imi-bro, proporcionando gratuitamente aos visitantes grantes italianos que iniciaram a sua colonização.uma intensa programação abrangendo os aspectos O nome de nosso município surge em religiosos, culturais, de muito lazer e com grandes homenagem ao Cacique Doble, pois muitas vezesshows. As famílias vêm apreciar a ornamentação, F ot o: M at h eu s P el li n
os colonizadores recorriamO afato ele para alde criatividade e muitas A decoração guns de seus problemas. mais resolver conhecido érepleta toda projetada e executada nasluzes. Oficinas de Natal e relevante para a nossa história foi o resgate dos das secretarias municipais, sob a coordenação de filhos de João Mariano Pimentel, raptados em um uma projetista e mão-de-obra dosfuncionários púmomento de ausência do pai, em 1851, por um ban-blicos e comunidade. do de coroados chefiados pelo negro João Gran- Hoje, temos uma caminhada de 50 anos de de, foragido de São Francisco de Paula. Os vacaemancipação político-administrativa que tradurianos formaram um pequeno batalhão chefiados zem na história, a luta de seus desbravadores que pelo coronel José Luis Teixeira, comandante dacom suor e muito trabalho tornaram-se construtoguarda nacional, que vão em busca dosraptados. res; aqueles que, no anonimato ou não, deram sua Tendo sido frustrada tal expedição, Doble é chacontribuição e fazem parte desta belíssima trajetómado com o seu bando, conseguindo resgatar osria idealizada por uns e realizada por todos. filhos de Pimentel. Devido à sua colaboração com os colonizadores é que o agrimensor João Lúcio Machadinho Nunes nominou a sede da colônia com o nome de Cacique Doble. Este cacique viveu entre 1798 e 1864, vindo a falecer em 25 de março, da doençapara Para olhos, para o astral, curtirencher muitasosemoções, paralevantar ver muito brilho, da bexiga, como diziam os indígenas. Hoje, para tomar um banho de saúde e alegria, isso tudo Cacique Doble possui a Terra Indígena
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e muito mais, você encontra em Machadinho. Tercípios de Piratuba/SC e Maximiliano de Almeida/ ra das Termas de Machadinho – Fonte de Águas RS. O reservatório é intermediado entre Itá/SC (à Termais, sendo isso uma das mais importantes jusante) e o de Campos Novos e Pinhal da Serra (à atrações turísticas do município. Conta tambémmontante) que são Usinas em construção. Entre a o Município de Machadinho com outras atrações Barragem de Machadinho/RS e o reservatório de turísticas com a Cascata do Tigue A Cascata doIta/SC, existe um trecho de aproximadamente 10 Tigre está localizada a 6 km do balneário. Lá vocêKm em que o rio corre em seu leito natural, efeito estará em contato direto com a natureza. O local do deslocamento do eixo para evitar a inundação conta com trilha ecológica, caverna tematizada,do Rio Apuaê. A área do reservatório é de 70 Km², estacionamento privativo, quiosques, mesas e chursua profundidade média é de 43 metros e o tempo rasqueiras, Cascata das Bromélias, Cascata For-médio de permanência da água é de 54 dias (Remaio - balneário de águas superficiais Formaio.servatório de Ita – 55 dias). Localizado a 12 km da cidade, no Rio Inhandava Municípios atingidos no Rio Grade do Sul: Picom ampla área para banho e pratica de espor-nhal da Serra, Barracão, Machadinho e Maximiliates radicais (rafting), com quiosque e área parano de Almeida. camping. Funcionamentodiariamente, Pesque e Municípios atingidos em Santa Catarina: AniPague: No Pesque & Pague você encontra peixes ta Garibaldi, Celso Ramos, Campos Novos, Zortéia, de várias espécies e seus pratos típicos, passeios Capinzal e Piratuba. no lago, área de camping, salão de festas, mesas, Para a escolha do nome deste empreendichurrasqueiras e estacionamento privativo. Um mento, a ELETROSUL (Antiga proprietária da conlocal tematizado com ilhas, passarela e serpente cessão) seguiu o critério de que o nome seria derimarinha, localizado apenas a 500 metros do cen-vado do município mais afetado. tro da cidade, Mirante e Museu Torres único do estado do RS, o Mirante e Museu Torres foi estruturado no interior da torre da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, oferece uma aventura cultural inesquecível eaouma panorâmica espetacular. Monumento Freivista Teófilo: Frei Teófilo foi nomeado em 1943, vigário da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Machadinho, tomando em suas mãos a orientação religiosa do povo. Deixou sua marca na história econômica, política e educacional, sendo corresponsável pela construção e emancipação do município, tornando-se a personalidade mais ãoç importante de Machadinho. Como forma de gratia g dão foi imortalizado pelo povo machadinhense. luiv :D Museus Alma Campeira: Localizado no centoo tro da cidade, o Museu Alma Campeira possuiuF artigos usados pelos antepassados, máquinas e equipamentos que fizeram parte da história do Tropeirismo de porcos município, cenários com esculturas que retratam a vida campeira. No nordeste gaúcho, homens levavam 400 Machadinho também destaca-se com a animais ou mais em tropa para serem embarcaUsina Hidroelétrica de Machadinho: A Usina Hidos de trem na divisa com Santa Catadrelétrica Machadinho está situada entre os munirina. As araucárias perfilavam a beira
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do caminho se revezando ora com sangas e ta- lecimento da Estrada de Ferro São Paulo - Rio quarais, ora com habitações marcantes ao mar deGrande tornou-se possível escoar o excedente de porcos negros, mouros ou pintados que passavamcriação para outras localidades, só que a ferrovia a sua frente. A uma porca velha normalmente era estava um pouco distante, então era preciso endada a função de liderança. Mansa e mais habi-contrar um meio para levar os animais até ela”, tuada ao contato humano, ela troteava ao ritmo do explica Sueli. “chamadô” geralmente era um piazote. Carregava A forma encontrada foram as tropeadas. A junto ao dorso uma bolsa de milho e, enquantoregião já dispunha de tradição no tropeirismo de sibilava sons atrativos aos animais, ia despejandogado e mulas. Por ali passava uma das rotas que os grãos pela estrada. levava estes animais até Sorocaba, no interior de Na comitiva também iam alguns cães, os São Paulo, onde eram negociados e depois destichamados “cães porqueiros”. A eles era atribuídanados à Minas Gerais. a missão de evitar ou alertar possíveis fugitivos Na penúltima década do século XIX, fora da tropa, além de buscá-los no mato, se necessá- criado, definitivamente naquela localidade, o murio. Porcos mais arredios e de difícil trato podiam nicípio de Lagoa Vermelha. Dentro dele se forter suas pálpebras costuradas ou serem tempo- maram alguns distritos ou pequenas povoações, rariamente cegados com creolina. Isto os obrigavaalgumas com denominações diferentes de hoje, a seguir o fluxo apenas com olfato e audição. Àmas das quais partiriam anos mais tardes as frente da tropa seguia o carreteiro. A sua carroçaprimeiras tropas de porcos da região. Ao longo levava mantimentos e outros utensílios necessá-do século XX, Lagoa Vermelha seria subdividida, rios à viagem. Por vez, o acompanhava um burrodando srcem a municípios como: Marcelino Raencilhado com duas bruacas no lombo, cheias demos, Sananduva, São José do Ouro, Barracão, Tumilho ou outros alimentos. Era ele quem organi-panci do Sul e outros. zava a comitiva, negociava a compra e venda dos Ico Mendes foi talvez o principal tropeiro animais, acertava os locais de pouso e contratava daquela região. Chegava a emprestar dinheiro e os peões. animais a quem precisasse ou lhe solicitasse. O O tropeirismo de porcos nasceuum na produto esteira posto seu pai, Emílio Alves Osório, mantinha entreda demanda crescente pela banha, comercial em Machadinho, divisaum com SC, importante na época, pois era utilizado tanto naonde representantes de frigoríficos compravam culinária quanto na conservação de alimentos eanimais, que depois poderiam ser embarcados no até como combustível de lamparinas. No nordes-trem em Rio do Peixe. Osório ainda tinha permiste do Rio Grande do Sul, esta atividade foi essen-são para explorar uma balsa,que fazia a travessia cial para o desenvolvimento da região e viveu seudo rio Pelotas naquele trecho. auge de 1920 à 1940. Ela foi responsável por abasEntre os meses de março e abril as pinhas tecer com animais,vários frigoríficos regionais e começavam a debulhar das altas araucárias. Era principalmente os do oeste de Santa Catarina. o período em que o chamado safrista começava a As características que permitiram o desen- adquirir os animais dos colonos fazendeiros para volvimento do tropeirismo de porcos no nordestea engorda com o pinhão. Estes animais eram solgaúcho, e o seu impacto econômico, foram o tematos nestas áreas para se alimentar mas também de estudo da professora Sueli Maria da Silva, queera deixado milho, mandioca e outros nas cercadefendeu a tese de mestrado na Universidade denias da casa. O safrista engordava os porcos para Passo Fundo (UPF). “Nossa região é formada por depois revendê-los aos tropeiros, representantes matas, principalmente de araucárias, o que con-de frigoríficos ou comerciantes locais. tribuía para a criação de animais soltos, A compra de animais para tropear possuía especialmente porcos. Com o estabe- algumas regras pré-estabelecidas. O pagamento
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era por peso. Para seguir viagem, todos deveriamo maior desafio fosse a travessia dos rios. Os estar castrados. mais extensos eram os conhecidos na região pelo Chegando o mês de junho, as tropas come- nome de Pelotas, Forquilha e Ligeiro. A travessia çavam a partir nas frias madrugadas do invernoera feita a nado pelos porcos. sulino. Ao badalar das cinco, a marcha em polvoNos pontos de travessia, normalmente morarosa dava início.A distância era longa e não havia vam caboclos conhecedores das ardilezas do rio certeza do quanto se poderia percorrer por dia.e de suas correntes. Eles recebiam recompensa A caminhada seguia seu rumo até o sol das 10 para ajudar na passagem da tropa e eram conhehoras, para se reiniciar na fresca depois. Os por- cidos como rebatedores de porcos. cos sofrem no calor, por isto se evitava os horários Por pouco maisde duas décadas, o tropeirismais quentes. mo de porcos integrou o cotidiano de quem moraAs comitivas podiam seguir longos trechos va no nordeste do Rio Grande do Sul. A atividade se o destino final fosse Marcelino Ramos ou Rioera uma importante fonte de renda e responsável do Peixe; mas também circulavam dentro de La-por movimentar economicamente a região. Trabagoa Vermelha, dependendo do local de entrega lhar e com porco era sinônimo de dinheiro. negócio fechado. Nos trajetos percorridos, talvez Este movimento tropeiro começa a minguar a partir dos anos de 1940, com a intensa instalação de serrarias na região. Com as serrarias chegaram os caminhões. Utilizados no carregamento de toras, eles passaram a ser meio de transporte dos porcos também. Isto praticamente acabou com a necessidade de se tanger animais por trilhas e estradas. A indústria da madeira passou ainda a absorver mão-de-obra muitos colonos foram trabalhare nela, deixando de lado as tropeadas. Nas décadas seguintes, a banha vai perdendo sua importância econômica. A conservação de alimentos passou a contar com a geladeira. A iluminação não vai precisar mais de lamparina, substituída por lâmpadas á energia elétrica. A própria criação de porcos vai se transformando. Os “tipo banha” vão perdendo sua importância econômica para os “tipo carne” e, depois, os híbridos. Terminava aí uma história e começava outra na suinocultura brasileira.
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Texto e organização do capítulo: Suely Elisabeth Assmann Benkenstein - idealizadora do “Bivaque Piá”, professora, pedagoga, pós graduada emliteratura infanto juvenil Haidé Ida Blos - professora e declamadora
Reis, Patrão do CTG Terra Nativa, buscaram subNo Encontro de Pa- sídios junto ao Sr. Arabi Rodrigues que detinha o trões da 12ª Região Tradicio- conhecimento quanto ao encaminhamento desta nalista/MTG, realizada em 13/10/1990 no CTG questão. Esteioem daAssemb Tradição, cidade de Esteio - RS, os Pa- Elaborada a Proposta de desmembramento e trões leia,na analisaram: justificativa, foi assinada pelo Coordenador, e então 1- Que até então a Coordenadoria da 12ª re-encaminhada ao MTG gião, era liderada por tradicionalistas oriundos Em Julho de 1991 deslocou-se a cidade de Pedas entidades com sede a partir de São Leopol-dro Osório uma comitiva de Novo Hamburgo e redo para Canoas gião, para participação em data de 25 a 28/07 da 2- Observaram as dificuldades enfrenta-XXXIIª Convenção Tradicionalista, promovida pelo das pelos Coordenadores: de maior assistência,Movimento Tradicionalista Gaúcho - MTG. acompanhamento, orientação e presença junto O Objetivo era conversar com cada Conselheias Entidades com Sede a partir do Rio dos Si- ro, cada Coordenador regional do MTG, buscando nos, ou seja (Novo Hamburgo, Estância Velha,o indispensável e necessário apoio à proposta de Ivoti, Dois Irmãos, Campo Bom, Sapiranga), devi- criação da 30ª Região Tradicionalista do MTG/RS, do a distancia e pelo elevado numero de entidaa qual foi aprovada pelo plenário presente a esta des então existentes dentro da 12ª RT Convenção em data de 26/07/1991. 3- Concluíram então pela: conveniência e Até o ano de 1993 a 30ª RT Do MTG/RS, funoportunidade da proposta de desmembramento da 12ª RT, mediante pedido ao MTG paracionava amparada no Regulamento InternoRegioSomente em 08/08/2003 em Encontro instalação da 30ª RT, respaldados pelo apoio donal de Patrões, realizado no CTG Porteira Velha, foi Coordenador Sr. Moacir de Oliveira e seu Vice-discutida uma minuta, feitas as emendas necessá-Coordenador Sr. Nelson Marques Ortacio. rias e aprovado o Estatuto da 30ª RT Do MTG/RS, A proposta foi aprovada por 12 das 17 entida-fato este que trouxe apersonalidade jurídicaa esta Coordenadoria. des presentes ao encontro. Para tornar real esta Em 01/03/2005 foi assinado junto ao poder proposta, eram necessárias providencias burocrápublico Municipal de Novo Hamburgo o TERMO ticas indispensáveis, tais como: a) Fazer uma proposição escrita formal aoDE PERMISSÃO DE USO das salas onde hoje se MTG para analise do Conselho Diretor e enca-localiza a sede jurídica da Coordenadoria, junto a Rodoviária Normélio Stabel - NH. minhamento a Convenção A 30ªRT do MTG/RS engloba os municípios b) Conversar com cada Coordenador e cada de Santa Maria do Herval, Morro Reuter, Dois IrConselheiro presente na próxima Convenção mãos, Lindolfo Collor, Presidente Lucena, Ivoti, EsTradicionalista Gaúcha tância Velha, Novo Hamburgo, Campo Bom, SapiPara viabilizar ideia o Srdo Ricardo Bianchi, ranga, Araricá e Nova Hartz. integrante da esta Patronagem CTG Porteira Coordenador gestão 2014: Sr. Carlos Alberto Velha, com o apoio de Jalmar Lopes doMoser – CTG Serigote – Estância Velha
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o tempo. Baseado nos objetivos do concurso dirigido aos adultos e sob o olhar e orientação de Valdemar Camargo, foi elaborado o primeiro regulamento, que, após a aprovação da patronagem, na época O Bivaque da Poesia Gaúcha Piá, promovido na sob o comando de Alberto Ferreira, foi encami30ª Região Tradicionalista pelo Centro de Tradições nhado à secretária de educação, Teresinha Roque. Gaúchas M’Bororé, mobiliza os alunos das escolas do município de Cam po Bom, há mais de uma déca- Com a autorização da Secretaria e com a adesão da. O Concurso dáa eles aoportunidade de traduzir das demais redes, o convite, com o regulamento, foi em mãos, no dia 30 de abril, pela própria em versos o amor por sua terra, por seus usos entregue e criadora do Concurso e pelo esposo Laudemir, nas costumes, e de manifestar o orgulho de serem gaúchos, expresso no grito “Eu sou do Sul”. escolas que atendiam alunos da 6ª série ao 2º grau. BIVAQUE: expressão do vocabulário gau- No curto período para a realização, até 19 de maio, os 27 poemas enviados à Comissão Organizadora chesco que refere ao “acampamento de uma noiforam considerados uma resposta positiva das este”, quando os homens sentam em volta do fogo de chão para contarem seus “causos” e dedilhar ocolas e dos piás ao concurso. Após a comunicação dos6 poemas selecionaviolão. O BIVAQUE DA POESIA GAÚCHA é, pordos, foram realizados encontros de orientação e intanto, um evento que reúne os amantes da poesia terpretação dos poemas, com Valdemar Camargo gauchesca para uma noite muito especial de dee com a professora Suely, para sua apresentação clamação, sempre acompanhada pela trilha sonora ao público. Na programação do primeiro evento, do violão amigo. O Concurso “BIVAQUE PIÁ” nasceu à som- constou também uma oficina de criação com o bra e sob o clima do Bivaque da Poesia Gaúcha,poeta Ari Pinheiro, aberta a alunos, professores e demais interessados. Ela foi realizada à tarde, no criado por Joel Capeletti e Valdemar Camargo, em dia do evento, e os poemas criados pelos 25 parti1992. O evento acabou envolvendo um grupo de incipantes, divididos em dois grupos,crianças e adultegrantes da entidade no planejamento, organiza-
Bivaque da Poe si a Gaúcha Piá
ção e se realização das duas Foidos tos, foram lidos na abertura, antes da apresentação seis poemas classificados no Concurso. como “empurrassem, nosprimeiras encontros,edições. mais uma A data de 3 de junho de 1995, da realização do argola na tarca da poesia sul-rio-grandense,” que I Bivaque da PoesiaGaúcha Piá, marcou o início de ficou cravada na terra do CTG M’Bororé, conforme consta na mensagem da Comissão, no Livreto douma parceria muito significativa com a Secretaria III Bivaque, e despertasse “a prática da poesia queMunicipal de Educação e demais redes de ensino do município de Campo Bom e ofi se enraizando credencia o coração a dar e receber amor, infinitacomo um evento em que “a poesia é uma réstia de mente” (Valdemar Camargo). No domingo, 18 de abril de 1995, no almoço deluz a iluminar os caminhos daqueles que estão empeçando sonhos para a vida” (Valdemar Camargo). confraternização, durante a triagem da terceira edição do Bivaque da Poesia Gaúcha, a professo- O Bivaque da Poesia Gaúcha Piá, que começou como uma pequena semente, foi germinando, ra Suely Elisabeth Assmann Benkenstein, numa prosa ao pé do balcão com o poeta e declamadorfirmando raízes e exigindo braços para que o plantio florescesse. Na segunda edição, passou a conJaime Brum Carlos, expôs seu desejo de estender o concurso às crianças e jovens, pois eles garan-tar com a ativa participação da professora Haide Ida Blos que, de uma forma didática, foi transmitiriam sua continuidade e perpetuação, transformando Campo Bom em uma sementeira de novostindo aos declamadores sua experiência na arte de declamar, orientando-os quanto à postutalentos na arte de compor e de declamar. Ele, num ra, aos gestos, à entonação de voz. “faça, vai dar certo”, motivou-a e a fez correr contra
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Portanto, o planejamento, a partir de 1996, foi mesmo local do ano anterior, no dia 18 de julho feito sempre pelas professoras Suely e Haide, que de 1996 e dos 91 poemas enviados, sagrou-se camtomaram para si a responsabilidade da realização peão o poema “Ginete”, de Ederson Wasen do Codo evento, contando com o apoio e o aval dos difelégio Santa Teresinha e o declamador que recebeu rentes patrões e de suas patronagens: Alberto Fero 1º lugar foi novamente Anderson C. Schmitz da reira, Carlos Klöpsch, Darci Freitas da Silva e JuliaE.M.E.F Borges de Medeiros. O poema foi gravado no Dreyer. A partir da décima edição, a tambémno CD do IV Bivaque da Poesia Gaúcha. professora e artista plástica Patrícia C. Ferreira, 1ª Prenda da 30ª RT, gestão 1992/1993 , foi convidada “Oh! Meu Rio Grande do Sul! a ser um vínculo da nova geração com o evento, É com grande emoção agregando-se às demais organizadoras. Elapassou Que pinto a paisagem a ser responsável pelo registro dos participantes, Deste rincão da digitação e formatação do folheto com os poeOnde nasceu o gaúcho.” mas e da criação e confecção dos troféus. (Trecho do poema “Traços do Rio Grande”, de Helena Schirmer) Ano a ano, o número de poemas inscritos tem aumentado, como também sua qualidade, demonstrando o empenho de professores, coordenadores e direções, promovendo a integração entre escolas, já que alunos de uma escola defendem poemas de outra, e revelando novos talentos. Sob esse aspecto, destacam-se inúmeros professores, que, ao longo das edições do Concurso, se tem juntado aos esforços do C.T.G. M’Bororé, para preservar a autóctone cultura gaúcha. O I Bivaque da Poesia Gaúcha Piá realizou-se no galpão do CTG M’Bororé, na data de 3 de junho de 1995, comparticulares, a participação de 27 poemas enviados por escolas estaduais e municipais. O poema “O inverno”, de Victor G. Weiler foi o campeão e o declamador do mesmo poema, Anderson C. Schmitz recebeu o 1º lugar. Ambos eram alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Borges de Medeiros. ãoç A segunda edição do evento aconteceu nogaul F ot o: D iv u lg aç ão
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No dia 10 de julho de 1998 aconteceu, nas dependências do CTG, a terceira edição do Bivaque Piá, tendo como poema vencedor “Amor Gaúcho”, de autoria de Sthefânia da Silva, aluna do Colégio Santa Teresinha. Savana da Silvafoi a declamadora campeã, interpretando o poema “Alma de Gaiteiro”, de Lisiane Constantino, Cristiane Dick, Daiana S. Kruel e Daiana Held, sendo todas alunas da Escola
Técnica Estadual 31 de Janeiro. Os trabalho vencedores fizeram parte do CD od V Bivaque da Poesia Gaúcha. Na data de 24 de agosto de 2001 aconteceu a quarta edição do evento, no CTG M’Bororé, em Campo Bom. Foram enviados 31 poemas, sagrando-se campeão o poema “Rio Grande do Sul”, de autoria das alunas Bruna Blos e Roberta Bauer do Colégio Santa Teresinha A intérprete Bruna Hoffmeister, da mesma escola, foi a melhor declamadora defendendo o poema vencedor. ãoç Abrindo a programação da Semana Farrou-lgavui pilha, a quinta edição realizou-se no Parque ArnoD:o Kunz, na data de 13 de setembro de 2002. Dos 63tFo poemas enviados pelas escolas, Thais Blase da No dia 29 de outubro de 2004 aconteceu a séE.M.E.F Rui Barbosa foi a autora do poema cam-tima edição, na Câmara de Vereadores. Dos 83 trapeão “Lembranças do Passado” e como declama-balhos enviados, o campeão foi “De Taynara para dor foi vencedor Vinicius Gonçalves Athaydes da o Vô Ari”, de Taynara S. Serpa Gomes da E.M.E.F. E.M.E.F Lúcia Mossmann. Rui Barbosa. O declamador premiado foi Paulo CeForam enviados 74 poemas para asexta edição sar Dutra Cardoso, apresentando “Sou Gaúcho”, de do Bivaque da Poesia Gaúcha Piá que aconteceu Djeison na Luis Bernardi da E.M.E.F Borges de MedeiCâmara de Vereadores de Campo Bom, na data ros. de Na ocasião foi feita uma homenagem, em ver24 de outubro de 2003. O poema campeão foi “Saga sos, a Joel Capeletti que falecera no final de 2003. dos Pampas”, de Raquel Salvalaio e Ivana A. Lazari Joel foi um dos idealizadores e organizadores do do Colégio Santa Teresinha. O declamador campeão Bivaque da Poesia Gaúcha. foi Junior Maciel Prates da E.M.E.F Borges de MedeirosVinícius defendendo o poema “O queescola. o Rio Grande tem”, “Não choro, Porque você me ensinou a sorrir. de Cardoso, da mesma Não sofro, “A aurora tardava a clarear e os primeiros raios Porque você me ensinou a ser feliz. de sol custaram Não morro, A perfurar a rubra bruma que envolveu este Porque você me ensinou a viver. pampa Mas se um dia, oh meu Rio Grande, Por uma longa e melancólica década. Em você eu não puder morar, O som da Revolução Farroupilha ainda ecoa Eu choro, sofro e morro, Vivo nos ouvidos dos gaúchos assim como o Pois você não me ensinou minuano A morar em outro lugar!” Sopra frio na calada das noites invernais dos ( Trecho do poema “SOU GAÚCHO”, de Djeison Luis Bernardi) pampas. E no coração dos gaúchos, ainda existe um calor Durante alguns anos o Projeto Bivaque da abrasador, Poesia Gaúcha Piá ficou adormecido, mas na data Assim como o fogo que crepita nas lareiras do de 29 de outubro de 2009 ele volta a acontecer no nosso Rio Grande do Sul.” CTGsendo M’Bororé. Neste ano foram (Trecho do poema “ Saga dos Pampas”, de Raquel Salvalaio galpão e poemas, 85 a poesia “Minha Terra”, enviados de Ivana A. Lazari) Maiara Chauana Flores Trautenmüller,
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da E.M.E.F. Rui Barbosa, a grande campeã. Na deQue Giuseppeela conheceu clamação foi vencedora Talia Victoria Santelmo da E pelo guerrilheiro italiano Silva, da Escola Técnica Estadual 31 de Janeiro, deSeu coração amoleceu.” clamando outro poema intitulado “Minha Terra”, de (Trecho do poema “Anita Garibaldi”, de Ketherin Becker Alexandre) Cristian Kauê Dickel Rodrigues. Na ocasião houve ainda, uma premiação especial pela passagem do “Veríssimo conta a história de Ana Cinquentenário de Campo Bom, recebida por Elisa Pobre e sonhadora, pura e trabalhadora Dapper e Andressa da Silva, da E.M.E.F. Rui BarboQue acreditava em amor verdadeiro sa, autoras do poema “Campo Bom 50 Anos”. Mal sabia ela que era Pedro Missioneiro O IX Bivaque da Poesia Gaúcha Piá, realizado em 30 de outubro de 2010 teve 136 poemas inscritos pelas escolas locais. O poema vencedor foi “GaúO que restou foi um punhal de prata De reverendo esplendor cho com Certeza”, de Giovana Rafaela Fröelich e Que Pedro deu a Ana Joice Mota Vieira, da E.M.E.F. Rui Barbosa. Na deComo símbolo do seu amor” clamação foi vencedora Maiara da Silva Camargo, da E.M.E.F. 25 de Julho, apresentando o poema “ (Trecho do poema “O Amor de Ana e Pedro”, Rio Grande do Sul”, de Julia dos Santos. de Caroline Martins da Silva e Julia Rosskopf) A partir do ano de 2011, o Bivaque Piá passou No ano de 2012 o tema “Nossas Riquezas”, dos a estar integrado à Feira do Livro do município de Festejos Farroupilhas, foi apresentado por Odila Campo Bom e foi realizado no dia 22 de outubro, Paese Savaris numa reunião de professores como na Câmara de Vereadores. O poema campeão foisugestão para o trabalho em sala de aula e ferra“Anita Garibaldi”,de Ketherin Becker Alexandre, da menta para a produção dos poemas. Desta feita, E.M.E.F. Santos Dumont. Defendendo o poema “Vao XI Bivaque da Poesia Gaúcha Piá recebeu 201 lentia e Coração”, Rafaela Laranjeira,representando poemas das escolas participantes e o I Bivaque da o Centro de Educação Integrada (CEI) sagrou-se aPoesia Gaúcha Juvenil teve 16 poemas inscritos. declamadora campeã. Já nadécima edição, o cres- No dia 27 de outubro, na Câmara de Vereadores cimento do festival erananotável, tantodos na quantidade realizou-se a apresentação dos poemas finalistas. de inscrições, quanto qualidade trabalhos Na categoria Piá o poema campeão foi “Rio Grande enviados. Por outro lado, tornou-se evidenciado que Assombrado”, de João Vitor Duarte Seger. Lucas os declamadores e autores estavam crescendo em Daniel de Souza Rockenbach, da E.M.E.F. Duque experiência e “tamanho”. Assim sendo, o Prefeito de Caxias, foi o declamador campeão defendendo Faisal Karan lançou a sugestão de que estava nao poema “Nossas Belezas”, de Jayana da Silva. Na hora de ser realizado o Bivaque da Poesia Gaúcha categoria Juvenil, Julia Alexandra de Oliveira MauJuvenil. sa, do Colégio Santa Teresinha, sagrouse campeã
“Ana Maria de Jesus Ribeiro Assim ela era conhecida, Mas por muito pouco tempo Só um pouco de sua vida
Casou-se jovem, Mas seu casamento não durou. Seu marido foi para o exército E pra casa da mãe ela voltou.
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Foi durante a Revolução Farroupilha
tanto no poema, como na declamação de “Prenda Faceira”.
“Hoje aqui vou falar Das belezas deste lugar Deste meu Rio Grande do Sul Do qual tenho orgulho de morar. Aqui, belezas é o quenão falta Tem o céu que é mais azul E as colinas que são altas.
E os símbolos então Cada um com sua beleza Chimarrão, cavalo crioulo, macela erenda, p Hino, bandeira, brinco de princesa...”
nhecimento nas áreas de Língua Portuguesa, Literatura, História, sendo as comissões constituídas por professores, escritores, poetas, declamadores, o que trouxe legitimidade e lisura ao julgamento. O brilho de cada edição não teria sido o mesmo (Trecho do poema “Nossas Belezas”, de Jayana da Silva) se não fossem as apresentações de talentos locais, Em 26 de outubro de 2013, novamente na casaoriundos das escolas do município, na abertura legislativa, realizou-se a décima segunda edição dodos eventos. Da mesma forma destacaram-se os “Bivaque Piá”, com 199 trabalhos inscritos e a se-apresentadores do festival, Haidé Ida Blos, Marcos gunda edição do “Bivaque Juvenil”, com 34 poemasRiegel (durante nove anos), Jeanine C. Benkenstein enviados. Na categoria “Piá” foi classificado em e1ºo acompanhamento brilhante e sensível do amalugar “Gaúcho de Verdade”, de autoria de Jennifer drinhador Henrique Scholz. dos Santos Ramos. Na declamação sagrou-se camEntretanto, nem sempre tudo foi tranquilo. peão Clóvis Alex Soares Filho, defendendo o poema Houve necessidade de buscar recursos para que a “Meu Rio Grande do Sul”, de Jayana da Silva. Na carealização fosse possível; de tomar atitudes firmes tegoria “Juvenil” foi campeão o poema “Rio Grande como a da desclassificação de plágios; de garantir do Sul de todas as Raças”, de Julia Alexandra de a apresentação dos trabalhos classificados, quanOliveira Mausa da E.M.E.F 25 de Julho. Na decla-do não tinha quem os defendesse no palco. Muitos mação, o 1º lugar foi para Lucas Botelho Makevitz, foram os apoiadores que auxiliaram a realizar o da E.M.E.F Santos Dumont, apresentando “Prosade Bivaque e a eles fica o registro de merecidos agraum Gaúcho Solito”, de Katherin Becker Alexandre decimentos. da mesma instituição. As inúmeras edições do Bivaque da Poesia Gaúcha Piá comprovam que é possível realizarso“ Moro numa terra nhos e disseminar, entre os jovens, os objetivos de Que muita história tem pra contar! um centro de tradições gaúchas. Esta publicação, Uma terra abençoada que é o resultado de um trabalho coletivo, evidenQue tu terás prazer em visitar!” (Trecho do poema “Meu Rio Grande do Sul”, cia, também, que é possível contribuir com a prede Jayana da Silva) servação da identidade sul-rio-grandense, quando
ela recebe seu registro pela palavra. Na realização das doze edições, o evento contou com avaliadores de grande competência e coF ot o: D iv u lg aç ão
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Depoimentos: “O Bivaque significa para mim o despertar para a vida tradicionalista. Tive a oportunidade de ser convidado a participar do VI Bivaque da Poesia Gaúcha Piá, venci e a partir de então me encantei com a nossa bela cultura gaúcha. Aprendi bem mais que declamar, aprendi a viver, a ser gaúcho, a obter valores antes desconhecidos. Hoje dou aula de dança gaúcha, vivo disso,para ensino, educo,nossa sou um tradicionalista que luta manter cultura viva! Obrigado Bivaque!!” Júnior Maciel Prates - Professor
“Aprender pressupõe uma profunda relação entre os sentidos, significados e o corpo. Ter o privilégio de ter participado do I Bivaque da Poesia Gaúcha Piá e posteriormente contribuir nas avaliações é uma recompensa ímpar, quase intraduzível. Pois, ao dizer poesia permitiu que eu construísse um processo de apropriação de saberes e conhecimentos percebendo-me sujeito de minha história. Sobretudo o Bivaque é o desenho de uma arte que é nossa... produto que intitulo tradição cultural campobonense, de fazer-se no processo e na prática, algo que envolve e promove marcas que são reveladoras de nossas mais singulares idiossincrasias José Edimar de Souza - Profes sor, graduado em Históri a, Mestre e Doutorando em Educação
“Sinto-me lisonjeada em participar do X Bivaque da Poesia Gaúcha Piá por saber da importância de preservar as tradições gaúchas e o quão sério é este comprometimento. Agradeço à minha professora, Gabriela Fabian, pelo apoio e incentivo, o qual permitiu que eu chegasse até aqui. Acredito já ser vencedora, pois com minha poesia mostrei o valor que demonstro ao meu Estado.” Rafaela Laranjeira - Est udante
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BASTOS PRODUÇÕES Produção, promoção, assessoria e organização de eventos. Produção gráfica e diagramação de jornais, livros e outros materiais. Fone: 51 8186 4262 - E-mail: [email protected]
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