FICHAMENTO
COMPAGNON COMPAGNON,, Antoine. O Autor Autor. In: Horizonte: Editora UFMG, !!".
O demon demoni i da teri teria: a:
literatura e senso comum. Belo
Com#a$non come%a o te&to 'uestionando esta morte do autor: ser( 'ue temos 'ue trans)erir a im#ort*ncia s+ #ara o leitor, #ara inter#reta%o, se continuamos a )alar das 'uest-es do autor. A inter#reta%o no indica um camino inicial #ara entender o momento da inten%o. /e a $ente tira a inten%o 0 al$o da unidade da o1ra, ao con2unto dos te&tos 0 o con2unto dessas inten%-es continua sendo o de 1uscar um te&to de ori$em e a3 encontramos as inten%-es do autor, as condi%-es de #rodu%o da o1ra. O 'ue seria 1uscar esse sentido ori$inal4 Para a cr3tica americana, no se conse$ue ce$ar a esse te&to cru e no se conse$ue um olar #ara a ori$inalidade da o1ra atra56s da 1io$ra)ia 1io$ra)ia do autor. autor. Ele 5ai re5isitar o conceito conceito de inten%o inten%o com uma discusso mais te+rica #ara o #ro1lema da autoria. Ideia anti$a: #ara entender a o1ra, 6 #reciso entender a inten%o da o1ra. A se$unda ideia a 'ue, ao 1uscar uma inten%o do autor, o leitor se #erde e, #or isso, #recisa se ater as 'uest-es te&tuais da o1ra. A terceira seria 'uela 'ue le5a em conta o leitor no #rocesso de si$ni)ica%o. Im#ort*ncia do te&to de Com#a$non #ara #ensar a o1ra: o conceito de o1ra e o 'ue #rocuramos dentro das o1ras 0 tra%os de $7neros, re#eti%-es, estilo e relacionados com a 5ariedade na unidade. 8odd9 Allen #ara entender a conce#%o de o1ra #ara entender uma marca de estiloautoria. ;u1ric<, #or e&em#lo, 6 um autor 'ue 6 diretor de roteiros 'ue no so seus, ento e&iste uma du#la autoria. O 'ue Com#a$non cama de m6todo das #assa$ens #aralelas 6 o camino 'ue se tra1ala na an(lise de uma o1ra: a 1usca #or uma 5iso de muno 'ue cria re$ras #ara o es#ectador. =ost, #or e&em#lo, se #erdeu um #ouco #or'ue os es#ectadores no conse$uram se$uir as re$ras deste mundo. As #assa$ens #aralelas seria colocar os conte&tos $erais e imanentes em #aralelo, usando a autoria como 5ia de acesso >o #ensamento #ensa mento do autor em determinado tem#o ist+rico 6 mut(5el e diz so1re a #rodu%o de determinada o1ra? ao lon$o do tem#o, a 5iso de mundo do autor #ode mudar@. errida )ala de uma 1usca incessante #elo 5est3$io do ori$inal, mas esta 6 uma 1usca eterna #or'ue no #odemos acessar esse material #uro.
/o1 o nome de intenção em $eral, 6 o #a#el do autor 'ue nos interessa, a rela%o entre o te&to e o seu autor, a res#onsa1ilidade do autor #elo sentido e #ela si$ni)ica%o do te&to. D A anti$a ideia corrente identi)ica5a o sentido da o1ra inten%o do autor D. A ideia corrente moderna >e ademais muito no5a@ denuncia a #ertin7ncia da inten%o do autor #ara determinar ou descre5er a si$ni)ica%o da o1ra. #. O con)lito se a#lica ainda aos #artid(rios #artid(rios da explicação litrária como #rocura da inten%o do autor >de5ese #rocurar no te&to o 'ue o autor 'uis dizer@, e aos ade#tos da interpretação liter(ria como descri%o das si$ni)ica%-es da o1ra D. Para esca#ar dessa alternati5a con)lituosa e reconiciliar os irmos inimi$os, inimi$os, uma terceira 5ia, o2e muitas 5ezes #ri5ile$iad #ri5ile$iada, a, a#onta o leitor como crit6rio de si$ni)ica%o liter(ria. #. O autor )oi, claramente, o 1ode eiat+rio #rinci#al das di5ersas no5as cr3ticas, no somente #or'ue sim1oliza5a o umanismo e o indi5idualismo 'ue a teoria liter(ria 'ueria eliminar do estudos liter(rios, mas tam16m #or'ue sua #ro1lem(tica arrasta5a consi$o todos os outros anticonceitos da teoria liter(ria. #.
Os New Critics americanos, 'ue eliminaram o autor #ara asse$urar a inde#end7ncia dos estudos liter(rios em rela%o ist+ria e #sicolo$ia. In5ersamente, #ara as a1orda$ens 'ue )azem do autor um #onto de re)er7ncia central, mesmo 'ue 5ariem o $rau de consci7ncia intencional >de #remedita%o@ 'ue $o5erna o te&to e a maneira de elicitar essa consci7ncia >alienada@ 0 indi5idual #ra os )reudianos, coleti5a #ara os mar&istas 0 o te&to no 6 mais 'ue um 53nculo #ara ce$arse ao autor. #. Partamos de duas teses em #resen%a. D A inten%o do autor 6 o crit6rio #eda$+$ico ou acad7mico tradicional #ara esta1elecerse o sentido liter(rio. /eu res$ate 6, ou )oi #or muito tem#o, o )im #rinci#al, ou mesmo e&clusi5o. #. J Esse era o #onto de #artida da no5a cr3tica: o autor no era seno o 1ur$u7s, a encarna%o da 'uintess7ncia da ideolo$ia ca#italista. Em torno dele se or$anizam, se$undo Bartes, os manuais de ist+ria liter(ria e todo o ensino da literatura: KA explicação da o1ra 6 sem#re #rocurada do lado de 'uem a #roduziu, como se, de uma maneira ou de outra, a o1ra )osse uma con)isso, no #odendo re#resentar utra coisa 'ue no a con)id7ncia. #. L! O autor cede, #ois, o lu$ar #rinci#al escritura, ao te&to, ou ainda, ao Kescri#tor, 'ue no 6 2amais seno um Ksu2eito no sentido $ramatical ou lin$u3stico, um ser de #a#el, no uma K#essoa no sentido #sicol+$ico, mas o su2eito da enuncia%o 'ue no #ree&iste sua enuncia%o mas se #roduz com ela, a'ui e a$ora. onde se se$ue, ainda, 'ue a escritura no #ode Kre#resentar, K#intar, a1solutamente nada anterior sua enuncia%o, e 'ue ela, tanto 'uanto a lin$ua$em, no tem ori$em. #. L! En)im, ltimo elo do no5o sistema 'ue se deduz inteiramente da morte do autor: o leitor, e no o autor, 6 o lu$ar onde a unidade do te&to se #roduz, no seu destino, no na sua ori$em? mas esse leitor no 6 mais #essoal 'ue o autor recentemente demolido, e ele se identi)ica tam16m a uma )un%o: ele 6 Kesse al$u6m 'ue mant6m reunidos, num nico cam#o, todos os tra%os de 'ue 6 constitu3da a escrita. #. L" Estamos em "J: a 'ueda do autor, 'ue assinala a #assa$em do estruturalismo sistem(tica ao #+s estruturalismo desconstrutor, acom#ana a re1elio antiautorit(ria da #rima5era. Com a )inalidade de, e antes de e&ecutar o autor, )oi necess(rio, no entanto, identi)ic(lo ao indi53duo 1ur$u7s, #essoa #sicol+$ica, e assim reduzir a 'uesto do autor da elica%o do te&to #ela 5ida e #ela 1io$ra)ia, restri%o 'ue a ist+ria liter(ria su$eria, sem d5ida, mas 'ue no reco1re certamente todo o #ro1lema da inten%o, e no o resol5e em a1soluto. #. L" uando uma #assa$em de um te&to a#resenta um #ro1lema #or di)iculdade, sua o1scuridade ou sua am1i$uidade, #rocuramos uma #assa$em #aralela, no mesmo te&to ou num outro te&to, a )im de esclarecer o sentido da #assa$em #ro1lem(tica. Com#reender, inter#retar um te&to 6 sem#re, ine5ita5elmente, com a identidade, #roduzir a di)eren%a, com o mesmo, #roduzir o outro: desco1rimos di)eren%as so1re um )undo de re#eti%-es. Q #or isso 'ue o m6todo das #assa$ens #aralelas encontrase no )undamento de nossa disci#lina: ele 6 mesmo a t6cnica de 1ase. Recorremos sem#re a ele, a maioria das 5ezes, sem #ensar. o sin$ular, do indi5idual, da o1ra na sua unicidade a#arentemente irredut35el D ele #ermite #assar ao #lural e ao serial, e da3 tanto diacronia 'uanto sincronia. O m6todo das #assa$ens #aralelas e to elementar 'uanto a comuta%o #ara isolar as unidades m3nimas em )onolo$ia. #. O #aralelismo 5er1al 6 um 3ndice, uma #ro1a1ilidade, mas 2amis, 6 claro, uma #ro5a: a #ala5ra no tem necessariamente o mesmo sentido em duas #assa$ens #aralelas. Meier reconecia tam16m a identidade da coisa em conte&tos di)erentes. #. J