Poemas de Forma Fixa
Compartilhar Email Os poemas de formas xas são poesias do gênero lírico. Eles seguem sempre a mesma regra segundo a quantidade de versos, estrofes e o esquema de rimas. Tipos e Exemplos
Para compreender melhor esse conceito, segue abaixo os principais poemas de formas xas e alguns exemplos! Soneto
"m dos mais conhecidos poemas de formas xas # o soneto. $oi criado no s#culo %&' sendo composto por cator(e versos, dos quais dois deles são quartetos )con*unto de quatro versos+ e dois são tercetos te rcetos )con*unto de três versos+. egue abaixo um exemplo do escritor -odernista 'inícius de -orais! ão Comerei da /lface a 'erde P#tala em da cenoura as h0stias desbotadas 1eixarei as pastagens 2s manadas E a quem maior aprouver fa(er dieta. Ca*us hei de chupar, mangas3espadas 4alve( 4alve( pouco elegantes para um poeta -as peras e ma5ãs, deixo3as ao esteta 6ue acredita no cromo das saladas. ão nasci ruminante como os bois em como os coelhos, roedor7 nasci Omnívoro! deem3me fei*ão com arro( E um bife, e um quei*o forte, e parati E eu morrerei feli(, do cora5ão 1e ter vivido sem comer em vão. Trova
4amb#m 4amb#m chamada de 8quadra9 ou 8quadrinha9, as trovas trovas são poemas de uma estrofe que foram criados no s#culo %&&&. :epresenta uma poesia de quatro versos heptassílabos )com ; sílabas po#ticas+ e que *untos formam uma estrofe. egue abaixo uma trova do escritor parnasiano brasileiro Olavo
Poema de forma xa composto de três oitavas e uma quadra )ou quintilha+, geralmente de versos octossílabos )oito sílabas po#ticas+. / balada surgiu no s#culo %&' na $ran5a medieval. egue abaixo um exemplo de balada do escritor medieval francês $ran5ois 'illon!
$lora, a bela romana7 Onde /rquipíada ou 4aís, que foi sua prima germana7 Eco, a imitar na >gua que mana de rio ou lago, a vo( que a a?ora, E de bele(a sobre3humana= -as onde estais, neves de outrora= E @eloísa, a mui s>bia e infeli( Pela qual foi enclausurado Pedro /belardo em ão 1enis, por seu amor sacricado= Onde, igualmente, a soberana 6ue a
Criado na $ran5a medieval, o rond0 # um poema de forma xa composto de três estrofes totali(ando tre(e versos, donde dois formam duas quadras, seguidas de uma quintilha. o entanto, devemos lembrar que ele pode surgir de maneira variada quanto a quantidade de versos e estrofes. /ssim, h> três tipos de :ond0! o rond0 francês, o rond0 dobrado e o rond0 português. egue abaixo um exemplo do escritor brasileiro -anuel
Os cavalinhos correndo, E n0s, cavalJes, comendo...
4ua bele(a, Esmeralda, /cabou me enlouquecendo. Os cavalinhos correndo, E n0s, cavalJes, comendo... O sol tão claro l> fora E em minhalma K anoitecendo Os cavalinhos correndo, E n0s, cavalJes, comendo... /lfonso :eLs partindo, E tanta gente cando... Os cavalinhos correndo, E n0s, cavalJes, comendo... / &t>lia falando grosso, / Europa se avacalhando... Os cavalinhos correndo, E n0s, cavalJes, comendo... O fora, O sol tão claro, Esmeralda, E em minhalma K anoitecendo Sextina
/ sextina # um poema de forma xa composto de seis estrofes de seis versos cada )sextilha+ e uma estrofe de três versos )terceto+. egue abaixo um exemplo do escritor português do classicismo de Buís de CamJes! $oge3me, pouco a pouco, a curta vida, e por acaso # verdade que inda vivo7 'ai3se3me o breve tempo de entre os olhos7 Choro pelo passado7 e, enquanto falo, e me passam os dias passo a passo. 'ai3se3me, enm, a idade e ca a pena. 6ue maneira tão >spera de pena Pois nunca uma hora viu tão longa vida Em que posso do mal mover3se um passo. 6ue mais me monta ser morto que vivo= Pera que choro, enm= Pera que falo, e lograr3me não pude de meus olhos= M fermosos gentis e claros olhos, Cu*a ausência me move a tanta pena 6uanta se não compreende enquanto falo e, no m de tão longa e curta vida, 1e v0s me inda in?amasse o raio vivo, Por bem teria tudo quanto passo. -as bem sei que primeiro o extremo passo -e h>3de vir a cerrar os tristes olhos,
6ue amor me mostre aqueles por que vivo. 4estemunhas serão a tinta e pena 6ue escreverão de tão molesta vida O menos que passei, e o mais que falo. Oh que não sei que escrevo, nem que falo 6ue se de um pensamento noutro passo, 'e*o tão triste g#nero de vida 6ue, se lhe não valerem tanto os olhos, ão posso imaginar qual se*a a pena 6ue traslade esta pena com que vivo. a alma tenho contino um fogo vivo, 6ue, se não respirasse no que falo, Estaria *> feita cin(a a pena7 -as, sobre a maior dor que sofro e passo -e temperam as l>grimas dos olhos7 Com que, fugindo, não se acaba a vida. -orrendo estou na vida, e em morte vivo7 'e*o sem olhos, e sem língua falo7 E *untamente passo gl0ria e pena. Haicai
Poema de origem *aponesa criado no s#culo %'&, os haicais são formados por três versos, e seguem a estrutura abaixo! •
Primeiro verso! apresenta N sílabas po#ticas )pentassílabo+
•
Segundo verso ! apresenta ; sílabas po#ticas )heptassílabo+
•
Terceiro verso ! apresenta N sílabas po#ticas )pentassílabo+
'e*a abaixo um exemplo do escritor brasileiro /frnio Peixoto! pini!o so"re #odas
8Observei um lírio! 1e fato, nem alomão tão bem vestidoQ9
ALGUNS POEMAS LÍRICOS DE FORMA FIXA Chama-se lírica a poesia !e "ala so#re se$%ime$%os e emo&'es( Rece#e! es%e $ome) por!e os poemas eram ca$%a*os ao som *a lira $a A$%i+a Gr,cia( Os +re+os !$iam a poesia ao i$s%r!me$%o m!sical) +eralme$%e a lira) por isso) some$%e ca$%aam composi&'es po,%icas( E$%.o m!sa po,%ica e m!sa *a m/sica se i*e$%i"icaam( O +0$ero lírico e1pressa a s!#2e%ii*a*e se$%ime$%al *o ar%is%a( E1is%em poemas !e aprese$%am sempre o mesmo $/mero *e ersos e es%ro"es( Es%es s.o chama*os *e poemas *e "orma "i1a(
Ci%amos ape$as al+!$s( ACALAN3O , !ma ca$%i+a para em#alar cria$&as( Dei%a) "ilho E co$s%r4i %e! so$o O me*o 25 em Fecha os olhos *os o!i*os Fa6 esc!ro aos r!í*os Amor%ece o #rilho *esse som( A a$+/s%ia +ira m!*a No lo$+plei sem s!lcos Da $oi%e sem i$s7$ia Dorme "ilho Fa6 sil0$cio $a Ama67$ia ( Mill7r Fer$a$*es ACR8S3ICO ) poema em !e le%ras *os ersos 9mais !sa*o as primeiras le%ras *os ersos: $o se$%i*o er%ical "ormam o $ome *e pessoa o! !ma "rase o! ape$as !ma palara( Me$i$a M e$i$a *e sere$os olhos) Ami+a *a!eles !e %e ro*eiam( R e"le%es $as %!as per"ei%as "ei&'es 3 o*o o p!ro) er*a*eiro e si$cero Amor *e %!a alma-cria$&a( F es%e2o ca*a e$co$%ro $osso) R ecolho ca*a palara *e cari$ho) I ma+i$o ca*a emo&.o se$%i*a((( E leo o pe$same$%o aos c,!s) D epois *a ca*a *ia ii*o) R espei%osame$%e pe*i$*o a %!a "elici*a*e( I mpresso $a "o%o es%5 o %e! ros%o sorri*e$%e C oloca*o $o por%a-re%ra%o *a me$%e) ; a#i%!a$*o-me e!) assim) < %!a prese$&a( = !sco compree$*er os 7os i$!ie%os *a %!a "a$%asia) R i!e6a permi%i*a ape$as ao m!$*o-cria$&a( A +ra*a-me sa#er !e %e$s so$hos U $icame$%e) por!e a!eces os cora&'es N eles pe$e%ra$*o com a "or&a *e %e! cari$ho(
Mar*il0 Frie*rich Fa#re D>CIMA) improiso com ca$%o le$%o) pr41imo a !ma *eclama&.o) com es%ro"es *e ?@ ersos( A *,cima era !ma es%ro"e *a li%era%!ra cl5ssica $a E!ropa *o s,c!lo X e XI e) se+!$*o a maioria *os a!%ores) eio para a Am,rica pelos colo$i6a*ores e a!i +a$ho! "or&a especialme$%e $o ca$%o improisa*o( S!a es%r!%!ra , a se+!i$%eB rima a##aacc**c) com ersos se%issíla#os o! oc%ossíla#os( As o#ras *a $a%!re6a S.o *e %a$%a per"ei&.o) !e a $ossa ima+i$a&.o N.o pi$%a %a$%a +ra$*e6a Para imi%ar a #ele6a Das $!e$s com s!as cores) Se *esma$cha$*o em lo!ores De !m ma$%o a*amasca*o) O ar%is%a) com c!i*a*o) Da ar%e) aplica os primore s( U+oli$o *o Sa#!+i S!a po%e$ciali*a*e po,%ica , %.o +ra$*e !e po*e ser is%a como !m poema( A *,cima e1i+e !e o a%e colo!e !m ass!$%o por i$%eiro em *e6 ersos( O %ema %em !e %er i$ício) meio e "im( Mesmo !e !m poema poss!a 5rias es%ro"es) ca*a !ma *elas precisa *ese$oler !ma i*,ia comple%a( Ao se+!ir o mesmo %ema) o *ecimis%a %em !e e$co$%rar o!%ra is.o so#re ele e *ese$ol0-la %o%alme$%e( Al+!mas *,cimas aprese%$am o mo%e) !e , !ma se$%e$&a o! pe$same$%o) "orma*o *e !m o! *ois ersos) com !e se "i$ali6am as es%ro"es( Ao p, *o mo$%e Cal5rio) es!s choraa e +emia !$%o *e *ois mal"ei%ores) ia-se !m po#re mori#!$*oB Era o Sala*or *o m!$*o) Se$hor *e %o*os se$hores Re"/+io *os peca*ores) De !em so"re $os%al+ia Se !isesse) sairia Da!ele es%a*o prec5rioB Ao p, *o mo$%e Cal5rio) es!s choraa e +emia ELEGIA) composi&.o lírica i$spira*a por al+!m aco$%ecime$%o %ris%e) como !ma mor%e o! !ma *espe*i*a( A ele+ia) assim como a o*e) %em "orma ari5el( A ele+ia s!r+i! $a
Gr,cia A$%i+a( Na li%era%!ra +re+a e la%i$a) era compos%a em *ís%icos 9es%ro"e *e *ois ersos:( Ele+ia crep!sc!lar A mor%e che+o! e arre#a%o!-%e sem %eres %empo *e %e opores Sa#iame$%e so!#es%e ale+rar a %!a e1is%0$cia e $!m lo$+o a*e!s *ei1%as%e o espa&o a6!l e "os%e para o país *o so$ho Nem %empo %ies%e *e p7r em pr5%ica os so$hos !e %e #a$haam A*e!s ia2a$%e *o %empo Ro+,rio Sai$ia$o 3elo EPIGRAMA) *i%o espiri%!oso) #ree e i$cisio) !e po*e %er "orma po,%ica( Es%a composi&.o po,%ica era com!m e$%re os escri%ores *a a$%i+a Roma( Os epi+ramas %0m m!i%as e6es !m car5%er sa%írico( =oca+e %or$o!-se c,le#re pelos se!s epi+ramas c7micos e sa%íricos) como) por e1emploB A!i 2a6 !m homem rico Nes%a rica sep!l%!raB Escapaa *a mol,s%ia) Se $.o morresse *a c!ra( EPI3FIO ) em +eral) s.o ersos escri%os em %/m!los para home$a+ear pessoas ali sep!l%a*as) mas "i+!ra*ame$%e po*em ser *iri+i*os a o!%ros seres( A!i 2a6 o Sol !e crio! a a!rora E *e! l!6 ao *ia E apasce$%o! a %ar*e O m5+ico pas%or De m.os l!mi$osas !e "ec!$*o! as rosas E as *espe%alo!( A!i 2a6 o Sol O a$*r4+i$o mei+o E iole$%o) !e
Poss!i! a "orma De %o*as as m!lheres E morre! $o mar( i$ici!s *e Morais ;INO) poema o! c$%ico compos%o para +lori"icar *e!ses o! her4is) ca$%o sole$e em ho$ra *a p5%ria eHo! *e se!s *e"e$sores) com re"r.o 9es%ri#ilho:( E1emploB ;i$o Nacio$al) ;i$o Rio-Gra$*e$se) ;i$o < =a$*eira) c!2a le%ra , *e Olao =ilac( O hi$o , ori+i$5rio *a Gr,cia) o$*e era e$%oa*o em ho$ra aos *e!ses( > ho2e ma$i"es%a&.o lírica s!#2e%ia !e se po*e *e*icar a seres h!ma$as e aco$%ecime$%os !e se !er comemorar( ;AICAI , !m poema *e "orma "i1a *e ori+em 2apo$esa( Foi $o s,c!lo XX !e come&o! a ser pra%ica*o $o =rasil( O haicai , !m poema pe!e$o *e ape$as %r0s ersos) !e se+!e al+!mas $ormasB a: o ? e o J ersos s.o re*o$*ilhas me$ores 9K síla#as: e o , !ma re*o$*ilha maior 9 síla#as:) com ? síla#as m,%ricas ao %o*o #: os ersos po*em ser rima*os o! $.o c: "ala *ire%a o! i$*ire%ame$%e so#re a $a%!re6a) represe$%a*a pelas es%a&'es *o a$o *: re"le%e !m mome$%o ii*o pelo poe%a e: li$+!a+em simples ": $.o %em %í%!lo Ma$h. cor *e ci$6a) a +ea*a co#re os campos( er*e esmaeci*o( Mar*il0 Frie*rich Fa#re MADRIGAL ) como composi&.o lírica) ma$i"es%a !m se$%ime$%o s!#2e%io pela esp,cie *e se$%ime$%o) e1pressa !m +ala$%eio *iri+i*o < "ormos!ra *a m!lher pelo %ra%ame$%o) , +racioso e lee( E1prime !m pe$same$%o "i$o) %er$o o! +ala$%e e !e) em +eral) se *es%i$a a ser m!sica*a( O ma*ri+al a#or*a ass!$%os her4icos) pas%oris e a%, li#er%i$os( Ma*ri+al Dormias) M5rcia) e e! i C!pi*o a$sioso 5 *!m) 25 *o o!%ro la*o !erer "!r%ar-%e !m #ei2o +racioso) !e %!) a ca*a ar!e2o *esca$sa*o) Na li$*a #oca !r*ias( Graciosíssimo) oh M5rcia((( N.o sa#ias Como o $!me +iraa *e aloro&o( Esco$*e$*o-lhe o 2ei%o De o *ar *o melhor la*o( E! im) e *ei-%o =em $a #oca) e lo+rei o esper%o mo&o(
Fra$cisco Ma$!el *o Nascime$%o ODE ) c!2o se$%i*o +re+o , ca$%o) poema lírico *e "orma comple1a e ari5el) e1prime ale+ria e e$%!siasmo( S!r+i! $a Gr,cia A$%i+a) o$*e era ca$%a*o com acompa$hame$%o m!sical( A o*e carac%eri6a-se pelo %om elea*o e s!#lime com !e %ra%a *e%ermi$a*o ass!$%o( O*e E! $!$ca "!i *os !e a !m se1o o o!%ro No amor o! $a ami6a*e pre"eriram( Por i+!al a #ele6a ape%e&o Se2a o$*e "or) #ele6a( Po!sa a ae) olha$*o ape$as a !em po!sa Po$*o !erer po!sar a$%es *o ramo Corre o rio o$*e e$co$%ra o se! re%iro E $.o o$*e , preciso( Assim *as *i"ere$&as me separo E o$*e amo) por!e o amo o! $.o amo) Nem a i$oc0$cia i$a%a !a$*o se ama !l+o pos%er+a*a $is%o( N.o $o o#2ec%o) $o mo*o es%5 o amor Lo+o !e a ame) a !al!er co!sa amo( me! amor $ela $.o resi*e) mas Em me! amor( Os *e!ses !e $os *eram es%e r!mo 3am#,m *eram a "lor pra !e a colh0ssemos com melhor amor %ale6 colhamos O !e pra !sar #!scamos( Fer$a$*o Pessoa 9Ricar*o Reis: SONE3O) pe!e$a composi&.o po,%ica compos%a *e ? ersos) com $/mero ari5el *e síla#as) se$*o o mais "ree$%e o *ecassíla#o) e c!2o /l%imo erso 9*i%o chae *e o!ro: co$ce$%ra em si a i*,ia pri$cipal *o poema o! *ee e$cerr5-lo *e ma$eira a e$ca$%ar o! s!rpree$*er o lei%or( De$%re os poemas *e "orma "i1a) , o so$e%o o mais pra%ica*o) *ei*o < s!a co$*e$sa&.o e l4+ica i$%er$a( Ao !e %!*o i$*ica) o so$e%o *o i%alia$o so$e%%o) pe!e$a ca$&.o o!) li%eralme$%e) pe!e$o som - "oi cria*o $o come&o *o s,c!lo XIII) $a Sicília( Al+!$s a%ri#!em a acopo 9Giacomo: No%aro) !m poe%a sicilia$o e imperial *e Fre*erico) a i$e$&.o *o so$e%o) !e s!r+i! como !ma esp,cie *e ca$&.o o! *e le%ra escri%a para m/sica) poss!i$*o !ma oi%aa e *ois
%erce%os) com melo*ias *i"ere$%es( Fra$cesco Pe%rarca aper"ei&oo! a es%r!%!ra po,%ica i$icia*a $a Sicília) *i"!$*i$*o-a por %o*a a E!ropa em s!as ia+e$s( R!a *os Ca%ae$%os I Escreo *ia$%e *a 2a$ela a#er%a( Mi$ha ca$e%a , cor *as e$e6ia$asB er*e((( e !e lees) li$*as "ili+ra$as *ese$ha o sol $a p5+i$a *eser%a N.o sei !e paisa+is%a *oi*ia$as mis%!ra os %o$s((( acer%a((( *esacer%a((( Sempre em #!sca *e $oa *esco#er%a) ai colori$*o as horas !o%i*ia$as o+os *a l!6 *a$&a$*o $a "olha+em Do !e e! ia escreer a%, me es!e&o((( Pra !e pe$sarQ 3am#,m so! *a paisa+em((( a+o) sol/el $o ar) "ico so$ha$*o((( E me %ra$sm!%o((( iriso-me((( es%reme&o((( Nos lees *e*os !e me .o pi$%a$*o M5rio !i$%a$a UADRA) "orma po,%ica escri%a) co$s%i%!í*a *e !a%ro ersos rima*os $ormalme$%e com o ersos( em *es*e os s,c!los XI e XI) !a$*o os poe%as por%!+!eses 25 imi%aam a poesia proe$&al( O poe%a e1pressa %o*o o se! pe$same$%o em !ma /$ica es%ro"e) *emo$s%ra$*o o po*er *a sí$%ese semelha$%e < %roa li%er5ria em !e a rima , ? com J ersos e com o ( A !a*ri$ha pop!lar l!sa , !m poema *e !ma s4 !a*ra) se%issíla#a( No =rasil) , poema *e "orma "i1a com ri+ores) !$$imes) #ai1a*os pelas casas %roa*orescas) como $o ri%mo) $a m,%rica e $a e1i+0$cia *e me$sa+em comple%a) sem o !e seria ape$as !ma es%ro"e( > o mais c!r%o poema !e aprese$%a %o*os os re!isi%os #5sicos e *e m,%rica Cora&.o !e #a%e-#a%e((( A$%es *ei1es *e #a%er S4 $!m rel4+io , !e as horas .o passa$*o sem so"rer( M5rio !i$%a$a ;5 o!%ros s!#+0$eros *e poesia lírica) mas po*emos *i6er !e s.o ape$as aria&'es *esses !e "oram me$cio$a*os(
ados da Aula O que o aluno poderá aprender com esta aula
Perceber que existem alguns tipos de poema que apresentam uma forma fixa.
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Aprender a nomear os poemas de acordo com sua estrutura.
Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos cada Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Espera-se que os alunos já saibam o que é um poema e também a diferena entre !erso e estrofe.
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Estratégias e recursos da aula
Estratégias •
"eitura e discuss#o oral de poemas de forma fixa.
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"eitura de teoria sobre poemas.
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Produ#o em grupo de um carta$ explicati!o.
Recursos •
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Apostila com textos e defini%es. &aterial para produ#o de carta$es. Acesso ' biblioteca escolar ou ao laborat(rio de informática.
Mdulo ! "tividade!
Para introdu$ir o tema da aula) o professor explicará aos alunos que existem alguns tipos de poemas que possuem uma estrutura fi#a. *s escritores frequentemente se utili$am dessas formas para produ$ir seus poemas.
+ispon,!el em /ttp1.bp.blogspot.com2mjc4er2*6789"7*c*:AAAAAAAA;"<x=io6*>?js@00soneto.jpgB. Acesso em 10 out. 10@. Primeiramente) o professor apresentará aos alunos o soneto. Para ajudar na defini#o do que é um soneto) o professor poderá disponibili$ar o seguinte quadro para os alunos
É denominado soneto o gênero lírico de origem italiana. Seu nome deriva do termo franco-provençal "sonet", diminutivo de "suono" (som, melodia), que por sua vez, tem origem na palavra latina "sonus". Su criaço ! geralmente atriuída a #rancesco $etrarca, %umanista do s!culo &', mas %oe * se sae que tal forma ! pelo menos um s!culo mais antiga, * praticada por +iacomo de entino (/ - 0/). 1mora controversa, a teoria mais aceita atualmente ! que de entino ten%a elaorado uma forma estilizada aseando-se na poesia popular de sua terra, a Sicília. O soneto é composto por dois quartetos e dois tercetos , ou sea, quatro estrofes (conuntos de versos), sendo que as duas primeiras devem conter quatro versos e as duas 2ltimas três, num total de catorze verso 3isponível em4 5/ttp<<<.infoescola.comliteraturasoneto6. 7cesso em4 / out. /8. * professor apresentará trCs sonetos e pedirá aos alunos que obser!em como esses poemas s#o constitu,dos) atentando para o fato de serem @ !ersos) agrupados em dois quartetos e dois tercetos. D importante também o professor trabal/ar com os alunos sobre o esquema de rimas) uma !e$ que os sonetos geralmente s#o estruturados de forma a realar as rimas.
9e:to
Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades ;udam-se os tempos, mudam-se as vontades, ;uda-se o ser, muda-se a confiança4 9odo o mundo ! composto de mudança, 9omando sempre novas qualidades. ue * coerto foi de neve fria, 1 em mim converte em c%oro o doce canto. 1 afora este mudar-se cada dia, =utra mudança faz de mor espanto, >ue no se muda * como soía. Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
3isponível em4 5/ttp<<<.citador.ptpoemasmudamse-os-tempos-mudamse-as-!ontades-luis!a$-de-camoes6. 7cesso em4 / out. /8. 9e:to Um beijo #oste o eio mel%or da min%a vida, ou talvez o pior...+l?ria e tormento, contigo @ luz sui do firmamento, contigo fui pela infernal descidaA ;orreste, e o meu deseo no te olvida4 queimas-me o sangue, enc%es-me o pensamento, e do teu gosto amargo me alimento, e rolo-te na oca malferida. Beio e:tremo, meu prêmio e meu castigo, atismo e e:trema-unço, naquele instante por que, feliz, eu no morri contigoC Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto, eio divinoA e anseio delirante, na perp!tua saudade de um minuto... Olavo Bilac
3isponível em4 5/ttppensador.uol.com.brfrase>+6$>j6. 7cesso em4 / out. /8. 9e:to D Versos íntimos êsA Eingu!m assistiu ao formid*vel 1nterro de tua 2ltima quimera. Somente a 'ngratido - esta pantera -
#oi tua compan%eira insepar*velA 7costuma-te @ lama que te esperaA = Fomem, que, nesta terra miser*vel, ;ora, entre feras, sente inevit*vel Eecessidade de tam!m ser fera. 9oma um f?sforo. 7cende teu cigarroA = eio, amigo, ! a v!spera do escarro, 7 mo que afaga ! a mesma que apedrea. Se a algu!m causa inda pena a tua c%aga, 7pedrea essa mo vil que te afaga, 1scarra nessa oca que te eiaA Augusto dos Anjos
3isponível em4 5/ttp<<<.releituras.comaanjos4!ersos.asp6. 7cesso em4 / out. /8. *bser!a#o existe também o c/amado soneto inglCs ou soneto s/aesperiano F3 quartetos e um d,sticoG) tal como no exemplo abaixo
S=E19= 'E+GS Eo. >uando a morte cerrar meus ol%os duros - 3uros de tantos vos padecimentos, >ue pensaro teus peitos imaturos 3a min%a dor de todos os momentosC eo-te agora al%eia, e to distante4 ;ais que distante - isenta. 1 em preveo, 3esde * em preveo o e:ato instante 1m que de outro ser* no teu deseo, >ue o no ter*s, por!m teu aandono, 9ua nudezA Hm dia %ei de ir emora 7dormecer no derradeiro sono. Hm dia c%orar*s... >ue importaC <%ora. 1nto eu sentirei muito mais perto 3e mim feliz, teu coraço incerto. Manuel Bandeira
3isponível em4 5/ttppensador.uol.com.brfrase>HE5>jc<6. 7cesso em4 / out. /8. "tividade $
Ap(s terem trabal/ado com o soneto) os alunos estudar#o o 7aiai. Para a defini#o do que é o 7aiai o professor disponibili$ará aos alunos o seguinte material
= Haikai ! uma pequena poesia com m!trica e molde orientais, surgida no s!culo &', muito difundida
Iapo e vem se espal%ando por todo o mundo durante este s!culo. $ossui uma longa %ist?ria que retoma a filosofia espiritualista e o simolismo 9aoista dos místicos orientais e mestres Jen-udistas que e:pressa muito de seus pensamentos na forma de mitos, símolos, parado:os e imagens po!ticas. 'sto se deve @ tentativa de transcender a limitaço imposta pela linguagem usual e pensamento linear e científico que tra a natureza e o pr?prio ser %umano como m*quina. Ea filosofia Jen, assim como no FaiKai, ! necessario te introspeço e an*lise mais profunda, fazendo-se perceer e descorir curiosos e elos fatos naturais que d outra forma passariam desperceidos. = oetivo ! capturar a essência do local numa poesia contemplativ descritiva com grande valorizaço nos contrastes, na transformaço e dinLmica, na cor, nas estaçMes do an na unio com a natureza, no que ! momentLneo versus o que ! eterno (ruptura do contínuo) e no elemento de surpresa. É uma forma e:tremamente concisa de poesia que "gira" em torno de uma s!rie em definida de regra mas nem sempre oedece sua forma original, podendo ser adaptada para diversas circunstLncias. 7ssim, e:istem poemas aseados em apenas algumas das características do FaiKai4 •
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$oesia de três lin%as e N sílaas normalmente distriuídas na forma O, N e O sílaas respectivamen em cada lin%a. 7ssim como o "clicK" de uma m*quina fotogr*fica, deve registrar ou indicar um momento, sensaç impresso ou drama de um fato específico da natureza. É apro:imadamente a imagem de um "flas ou resultado de um "insig%t (PvisualizaçoQiluminaço), cercado de pureza, simplicidade e sinceridade. Eo costuma %aver posicionamento do poeta, pois ! preferencialmente uma descriço do presente evitando comparaçMes ou conceitos do tipo "isso ! elo (ou feio), etc", evitando o aparecimento da fraquezas do ser %umano perante a natureza.
3isponível em4 5/ttp<<<.insite.com.brrodrigopoet/aiai./tml6. 7cesso em4 / out. /8. Exemplos de 7aiais
+ispon,!el em /ttp1.bp.blogspot.com4uIfJ++<&!1KLgE6M$x4N:AAAAAAAAAe<O5nMI23fKs@00/estrela-cadente.jpgB. Acesso em 10 out. 10@. Hexto @ a estrela cadente me caiu ainda quente na palma da m#o
Paulo Leminski
+ispon,!el em /ttppensador.uol.com.brfrase&H:$>jEB. Acesso em 10 out. 10@. Hexto 1
&eio-dia e as sombras somem. Eis uma escondida Embaixo do /omem. &illor 8ernandes +ispon,!el em /ttp<<<1.uol.com.brmillor/aiai0030@1./tmB. Acesso em 10 out. 10@. Hexto 3 lágrimas na face leno nas m#os fim de romance
Qe$é Pina +ispon,!el em /ttppensador.uol.com.bragora4foi4o4fim4do4nosso4amorKB. Acesso em 10 out. 10@.
"tividade %
* terceiro tipo de poema de forma fixa a ser estudado será a sextina.
7 se:tina ! um poema de forma fi:a formado de seis estrofes de seis versos cada uma, concluindo-se a composiço com uma estrofe de três versos. 7s rimas consistem na repetiço das mesmas palavras no final dos versos de todas as estrofes, repetindo-s tam!m no final dos %emistíquiosR de cada verso do remate. epete-se ainda no primeiro verso de cada estrofe (ou no primeiro %emistíquio do verso inicial do remate) palavra final do 2ltimo verso da estrofe anterior. 7triui-se a invenço da se:tina ao provençal 7rnaut 3aniel. R(cada uma das metades de um verso) 3isponível em4 5/ttpclubedapoesia.com.brI@aprendendoaprformacont./tm6. 7cesso em4 / o /8. Exemplos Hexto @ &E'()*"
8oge-me pouco a pouco a curta !ida Fse por caso é !erdade que inda !i!oGR !ai-se-me o bre!e tempo dSante os ol/osR c/oro pelo passado e quando falo) se me passam os dias passo e passo) !ai-se-me) enfim) a idéia e fica a pena. Oue maneira t#o áspera de penaT Oue nunca Ua /ora !iu t#o longa !ida em que possa do mal mo!er-se um passo. Oue mais me monta ser morto que !i!oV Para que c/oro) enfimV Para que falo) se lograr-me n#o pude de meus ol/osV W fermosos) gentis e claros ol/os) cuja ausCncia me mo!e a tanta pena quanta se n#o compreende enquanto faloT Le) no fim de t#o longa e curta !ida) de !(s mSinda inflamasse o raio !i!o) por bem teria tudo quanto passo. &as bem sei) que primeiro o extremo passo me /á-de !ir a cerrar os tristes ol/os que Amor me mostre aqueles por que !i!o. Hestemun/as ser#o a tinta e pena) que escre!eram de t#o molesta !ida o menos que passei e o mais que falo. */T que n#o sei que escre!o) nem que faloT Oue se de um pensamento nSoutro passo) !ejo t#o triste gCnero de !ida que) se n#o l/e n#o !alerem tantos ol/os) n#o posso imaginar qual seja a pena
que traslade esta pena com que !i!o. >Salma ten/o contino um fogo !i!o) que) se n#o respirasse no que falo) estaria já feita cin$a e penaR mas) sobre a maior dor que sofro e passo) me temperam as lágrimas dos ol/os com que) fugindo) n#o se acaba a !ida. &orrendo estou na !ida) e em morte !i!oR !ejo sem ol/os) e sem l,ngua faloR e juntamente passo gl(ria e pena. F"u,s de 2am%esG. +ispon,!el em /ttpstatic.publico.ptpoemadefault.aspVdataX@YYY-05-@0B. Acesso em 10 out. 10@. Hexto 1 &e#tina
Hanto de amor se disse que n#o sei 2omo di$er que amor é outra coisa Oue nem s( o teu corpo me fe$ rei >em tua alma s( me deu a rosa Hanto se disse menos o di$er Esta paix#o que é de todo o ser E ao fim do ser ainda a outra coisa &ais do que corpo e alma e ser n#o ser 2omo entre !ida e morte e sexo e rosa 6m morrer e um nascer. 2omo di$er Este reino em que sou o ser!o e o rei 2omo di$er se tanto e ainda n#o sei 2omo di$er este Elsenor sem rei Le tanto disse menos o di$er Esta paix#o que sabe o que n#o sei Em Elsenor de ser e de n#o ser Len#o que amor ainda é outra coisa 2omo entre o corpo e a morte o anjo e a rosa 2omo di$er do sexo a alma e a rosa Le amor é mais que ter e mais que ser 6m morrer ou nascer ou outra coisa Entre a !ida e a morte e um n#o di$er Len#o que disse tanto e ainda n#o sei 2omo di$er de amor se ser!o ou rei Le disse tanto menos o di$er Esta paix#o da alma que n#o sei Le é o sexo ou seu anjo ou s( o ser Entre a !ida e a morte o bre!e rei +este reino que fica ' beira-rosa +o teu corpo onde amor é outra coisa 2omo di$er de amor ser e n#o ser Le amor mais do que amor é outra coisa &ais do que ser e ter mais que di$er 6m morrer e nascer entre anjo e rosa *u entre o corpo e a alma o ser!o e o rei 2omo di$er se tanto e ainda n#o sei Manuel Alegre, in "Chegar Aqui"
+ispon,!el em /ttp<<<.citador.ptpoemassextina-manuel-de-melo-duarte-alegreB. Acesso em 10 out. 10@. Hexto 3 &E'()*"
Pusesse por acaso o ol/ar temente Em foco o alcanar do uni!erso &entira certamente tal pensar Ierdade que son/ou imperiosa Porque ela se fe$ demais sutil Pensar criterioso e aprisionado. >os rouba um cora#o aprisionado A gl(ria lastreada no temente Pra$er que se destaca por sutil &edir-se mui de!eras uni!erso Oual nada de uma sombra imperiosa +esperte-se sublime no pensar. E agora a separar-se tal pensar Embora esteja perto) aprisionado >os tra$ enfim a pa$ imperiosa Lentida na !erdade mais temente Em !ida adormecida no uni!erso +o ser de um mundo excelso e t#o sutil. Oue o /omem por querer-se de sutil &el/or que um murmurado tal pensar Assopre-l/e de fato do uni!erso Hra$ida do infinito aprisionado 6Za mente concebida na temente :nc(gnita !erdade imperiosa. +i$er do amém na re$a imperiosa A graa que se fa$ por mais sutil Oue t#o repetiti!a ja$ temente >a brisa acumulada no pensar 7er(i interessante aprisionado 6m mártir sal!ador deste uni!erso. Pudéssemos di$er ao uni!erso Oue a pr(pria gala cai-l/e imperiosa E assim o dele céu aprisionado A n(s se abriria) por sutil E ap(s a morte ' alma esse pensar Ii!esse ainda atrelado e assa$ temente... Hemente ent#o ol/ando pro uni!erso Pensar de uma eminCncia imperiosa Lutil enceta o senso aprisionadoT &iguel Eduardo Nonal!es +ispon,!el em /ttpcentraldapoesia.blogspot.com.br10@10sextina./tmlB. Acesso em 10 out. 10@.
"tividade +
* quarto tipo de poema de forma fixa a ser estudado será o Mondel.
ROND! vem do francês arcaico, que, por sua vez, originou-se do atim rotundu, e significa redondo, e forma de roda. É uma forma de poema origin*rio da poesia lírica francesa, mais tarde utilizada em outras línguas, como a 'nglesa. #oi 'nventado ao mesmo tempo em que o rond? e, por isso mesmo, por ele confundido, soretudo, no s!culo &'. Serve aos galanteios amorosos e aos sentimentos delicados. É um poema composto de treze versos, distriuídos em três estrofes, sendo duas quadras seguidas de uma quintil%a, de forma que os dois primeiros versos da primeira quadra se repetem no final da segunda, e o
primeiro verso da quadra inicial repete no fec%o da quintil%a, assim4 7Ba Q a7B Qaa7 (as mai2sculas representam os versos que so repetidos como estriil%o). 3isponível em4 5/ttp<<<.recantodasletras.com.brteorialiterariaY3Y@6. 7cesso em4 / out. / Exemplos Fcom os !ersos que se repetem em destaqueG.
9e:to Sementeira - (ondel) Tuas "#ores me en"eitam o jardim Nos canteiros em meio ao $ramado% 7s touceiras sorriem para mim
3isponível em4 5 /ttp<<<.recantodasletras.com.brteorialiteraria@5@Y556. 7cesso em4 / out. /8. 9e:to 7 3= 37 97'TU=
& uma dor di#acerante 'ue morta#i(a o cora)*o = fato ! %umil%ante, S? resta a consternaço. 7 alma araça a solido 1 foge pra em distante & uma dor di#acerante 'ue morta#i(a o cora)*o% 7 sensaço ! angustiante, 9raz amargura e desiluso = viver que era radiante, $erde a graça e a emoço & uma dor di#acerante%%% (egina Bertoccelli) 3isponível em4 5 /ttp<<<.a!spe.orgindex.p/pVpgXmtexto[idtX??0[tttXMondel[ttttXA\10do \10da\10trai\E?\E3o6. 7cesso em4 / out. /8.
Mdulo $
"tividade !
* professor di!idirá a turma em quatro grupos) e sorteará para cada um dos grupos um dos tipos de poemas de forma fixa. *s grupos de!er#o buscar Fna biblioteca da escola ou na internet G mais exemplos desses tipos de poemas. 2ada grupo ficará responsá!el por montar um carta$) o qual de!erá apresentar •
A defini#o sobre o tipo de poema sorteado.
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>omes de autores famosos por escre!er poemas desse tipo.
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Exemplos de poemas que se incluem no tipo sorteado.
"tividade $
*s alunos de!er#o fa$er a exposi#o dos carta$es montados) de preferCncia em um local de grande circula#o de pessoas na escola. Recursos Complementares &ite de sonetos ,clássicos e contempor-neos./
+ispon,!el em /ttp<<<.sonetos.com.brB. Acesso em 10 out. 10@. &ite com e#emplos de 0ai1ais e sugest2es de livros de 0ai1ais/
+ispon,!el em /ttp<<<.seabra.com/aiaiB. Acesso em 10 out. 10@. (e#to de Mill3r sobre os 0ai1ais/
+ispon,!el em /ttp<<<1.uol.com.brmillor/aiaiintroindex./tmB. Acesso em 10 out. 10@. Definição de alguns tipos de poemas/
+ispon,!el em /ttprimas.mmacedo.netindex.p/pVEscol/aX?B. Acesso em 10 out. 10@. "valiação
Oualitati!amente) os alunos ser#o a!aliados de forma processual) conforme a participa#o nas ati!idades de leitura) análise e discuss#o dos poemas) bem como no trabal/o em grupo. 2omo instrumento de a!alia#o quantitati!a) o professor poderá a!aliar os carta$es produ$idos no &(dulo 1) obser!ando se os alunos compreenderam bem os tipos de poemas de forma fixa estudados.
Estrutura externa de um poema A estrutura externa de um poema se refere a seus aspectos formais. Numa análise formal, os poemas são analisados quanto ao número de estrofes, número de versos por estrofe, esquema rimático em cada estrofe, métrica dominante e tipo de rima existente.
A poesia, por oposição à prosa, é escrita em verso. Cada linha do poema é chamada de verso. m con!unto de versos, separado de outro con!unto de versos por uma linha "ranca, é chamado de estrofe.
Versos e estrofes #s poemas podem possuir desde um a vários versos, "em como desde uma a diversas estrofes. $m"ora ha!a poemas de estruturas fixas, a maioria dos poetas atuais opta pela li"erdade na criação da estrutura do poema. Classificação de estrofes quanto ao número de versos% •
$strofe com um verso% mon&stico'
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$strofe com dois versos% d(stico'
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$strofe com tr)s versos% terceto'
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$strofe com quatro versos% quarteto ou quadra'
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$strofe com cinco versos% quintilha'
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$strofe com seis versos% sextilha'
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$strofe com sete versos% septilha'
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$strofe com oito versos% oitava'
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$strofe com nove versos% nona'
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$strofe com de* versos% décima'
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$strofe com mais de de* versos% estrofe irre+ular.
Exemplo de uma quadra% -odos estes que a( estão Atravancando o meu caminho, $les passarão. $u passarinho/ 01ário 2uintana3
Exemplo de uma sextilha% 4resa nos elos de uma s& cadeia, A multidão faminta cam"aleia, $ chora e dança ali m de raiva delira, outro enlouquece, #utro, que mart(rios em"rutece, Cantando, +eme e ri/ 0Castro Alves3 Poemas com estrutura fixa% •
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5oneto% 6ormado por duas quadras e dois tercetos. 7alada% 6ormada por tr)s oitavas 0ou décimas3 e uma quadra 0ou quintilha3. 5extina% 6ormada por seis sextilhas e um terceto. 8ond&% 6ormado por uma quintilha, um terceto e outra quintilha.
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8ondel% 6ormado por duas quadras e uma quintilha.
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9aicai% 6ormado por um terceto.
Exemplo de um soneto% $u faço versos como os saltim"ancos :escon!untam os ossos doloridos A entrada é livre para os conhecidos... 5entai, Amadas, nos primeiros "ancos ;ão começar as convuls 4rotesta a clara vo* das 7em>Amadas ? 2ue tédio/ ? o coro dos Ami+os clama. 1as que vos dar de novo e de imprevisto@/ > :i+o... e retorço as po"res mãos cansadas%
$u sei chorar... $u sei sofrer... 5& isto/ 01ário 2uintana3 Exemplo de um haicai% -udo dito, Nada feito, 6ito e deito./ 04aulo eminsBi3
Escansão e sílaba métrica $scansão é a divisão de um verso em s(la"as métricas. $stas se referem às s(la"as existentes num determinado verso e diferem das s(la"as +ramaticais. # verso é considerado na sua totalidade, como se fosse apenas uma palavra. A conta+em das s(la"as existentes num verso é feita apenas até à s(la"a tnica da última palavra do verso e, além disso, duas ou mais vo+ais no fim de uma palavra e no in(cio de outra pertencerão à mesma s(la"a. Classificação de versos quanto ao número de sílabas% •
verso com uma s(la"a% monoss(la"o'
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verso com duas s(la"as% diss(la"o'
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verso com tr)s s(la"as% triss(la"o'
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verso com quatro s(la"as% tetrass(la"o'
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verso com cinco s(la"as% pentass(la"o ou redondilha menor'
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verso com seis s(la"as% hexass(la"o ou heroico que"rado'
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verso com sete s(la"as% heptass(la"o ou redondilha maior'
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verso com oito s(la"as% octoss(la"o'
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verso com nove s(la"as% eneass(la"o'
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verso com de* s(la"as% decass(la"o
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verso com on*e s(la"as% hendecass(la"o'
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verso com do*e s(la"as% dodecass(la"o ou alexandrino'
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verso com mais de do*e s(la"as% verso "ár"aro'
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verso livre% usado atualmente pelos poetas modernistas, não possuem número exato de s(la"as.
Exemplo de heptassílabo ou redondilha maior% :a aurora da minha vida/ 0Casimiro de A"reu3 0:a au D ro D ra D da D mi D nha D vi da3 Exemplo de decassílabo% $, se mais mundo houvera, lá che+ara./ 0u(s de Cam
Rima e esquema rimtico Na poesia, as rimas se caracteri*am pela repetição de sons no final de dois ou mais versos, conferindo musicalidade ao poema. A classificação de rimas poderá ser feita quanto à fonética, quanto ao valor, quanto à acentuação e quanto à posição no verso e na estrofe. # esquema rimático é o"tido através da posição das rimas nos versos e nas estrofes. Classificação de rimas% •
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2uanto à fonética% rima perfeita ou consoante, rima imperfeita, rima toante ou assonante e rima aliterante. 2uanto ao valor% rima po"re, rima rica e rima rara ou preciosa. 2uanto à acentuação% rima a+uda ou masculina, rima +rave ou feminina e rima esdrúxula. 2uanto à posição no verso% rima externa e rima interna ou coroada. 2uanto à posição na estrofe% rimas alternadas ou cru*adas, rimas emparelhadas ou paralelas, rimas interpoladas ou intercaladas, rimas encadeadas, rimas mistas ou misturadas e versos "rancos ou soltos.
Exemplos% $ conversamos toda a noite, enquanto A ;ia áctea, como um pálio a"erto, Cintila. $, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Enda as procuro pelo céu deserto./ 0#lavo 7ilac3 Esquema rimtico% A7A7 ? rimas alternadas ou cru*adas. Enquanto!pranto% rimas externas, +raves, consoantes e ricas. "berto!deserto% rimas externas, +raves, consoantes e po"res. #ique sabendo mais Além da estrutura formal, a análise de um texto poético deverá en+lo"ar tam"ém a análise do conteúdo e da estrutura interna do poema 0su"divis
Ve$a também