Geografia Prof. Luciano Teixeira
Geografia
Professor: Luciano Luc iano Teixeira
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EDITAL
Geografia, atividades econômicas, contrastes intra-regionais, o polígono das secas e as características das regiões naturais do Nordeste; o Nordeste no contexto nacional.
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Geografia
Nordeste A região é uma das cinco regiões do Brasil definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1969. Possui área equivalente à da Mongólia ou do estado do Amazonas, população equivalente à da Itália e um IDH médio, próximo ao de El Salvador. Em comparação com as outras regiões brasileiras, tem o terceiro maior território, o segundo maior colégio eleitoral (36.727.931 eleitores em 2010), o menor IDH (em 2005) e o terceiro maior PIB (em 2009).
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Geograa A área do Nordeste brasileiro é de aproximadamente 1 558 196 km², equivalente a 18% do território nacional e é a região que possui a maior costa litorânea. A região possui os estados com a maior e a menor costa litorânea, respectivamente Bahia, com 932 km de litoral e Piauí, com 60 km de litoral. A região toda possui 3338 km de praias.
Sub-regiões Em função de suas diferentes características físicas, a região é dividida em quatro sub-regiões: meio-norte, sertão, agreste e zona da mata, tendo níveis muito variados de desenvolvimento humano ao longo de suas zonas geográficas. É a região brasileira que possui o maior número de estados (nove no total): Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão,Paraíba, Piauí, Pernambuco (incluindo o Distrito Estadual de Fernando de Noronha e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo), Rio Grande do Norte (incluindo a Reserva Biológica Marinha do Atol das Rocas) e Sergipe.
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Meio-Norte: É uma faixa de transição entre a Amazônia e o Sertão nordestino. Engloba o
estado do Maranhão e o oeste do estado do Piauí . Esta zona geográfica também é conhecida como Mata dos Cocais, devido às palmeiras de babaçu e carnaúba encontradas na região. No litoral chove cerca de 2.000 mm anuais, indo mais para o leste e/ou para o interior esse número cai para 1.500 mm anuais, e no sul do Piauí, uma região mais parecida com o Sertão, chove 700 mm por ano em média. Sertão: Está localizado, em quase sua totalidade, no interior da Região Nordeste, sendo sua
maior zona geográfica. Possui clima semi-árido. Em estados como Ceará e Rio Grande do Norte chega a alcançar o litoral, e descendo mais ao sul alcança a divisa entre Bahia e Minas Gerais. As chuvas nesta sub-região são irregulares e escassas, ocorrendo constantes períodos de estiagem. A vegetação típica é a caatinga. Agreste Nordestino: É uma faixa de transição entre o Sertão e a Zona da Mata. É a menor zona
geográfica da Região Nordeste. Está localizada no alto do Planalto da Borborema, um obstáculo natural para a chegada das chuvas ao sertão. Estende-se do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia. Do lado leste do planalto estão as terras mais úmidas ( Zona da Mata); do outro lado, para o interior, o clima vai ficando cada vez mais seco ( Sertão). Zona da Mata: Localizada no leste, entre o planalto da Borborema e a costa, se estende do Rio
Grande do Norte ao sul da Bahia. As chuvas são abundantes nesta região. Recebeu este nome por ter sido coberta pela Mata Atlântica. Os cultivos de cana-de-açúcar e cacau substituíram as áreas de florestas. É a zona mais urbanizada, industrializada e economicamente desenvolvida da Região Nordeste. O povoamento desta região é muito antigo.
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Relevo
Uma das características do relevo nordestino é a existência de dois antigos e extensos planaltos, o Borborema e a bacia do rio Parnaíba e de algumas áreas altas e planas que formam as chamadas chapadas, como a Diamantina, onde se localiza o ponto mais elevado da região, o Pico do Barbado com 2.033 metros de altitude, na Bahia, e a do Araripe, nas divisas entre os Estados do Ceará, Piauí, Pernambuco e a Paraíba. Entre essas regiões ficam algumas depressões, nas quais está localizado o sertão, região de clima semi-árido. Segundo Jurandyr Ross, que com sua equipe compilou informações do Projeto Radam, mostrou uma divisão do relevo brasileiro mais rico e subdivido em 28 unidades, no Nordeste ficam localizados os já citados planaltos da Borborema e planaltos e chapadas da bacia do rio Parnaíba, a depressão Sertaneja-São Francisco e parte dos planaltos e serras do leste-sudeste, além das planícies e tabuleiros litorâneos.
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Clima A região Nordeste do Brasil apresenta média de anual de temperatura entre 20° e 28° C. Nas áreas situadas acima de 200 metros e no litoral oriental as temperaturas variam de 24° a 26°C. As médias anuais inferiores a 20°C encontram-se nas áreas mais elevadas da Chapada Diamantina e do planalto da Borborema. O índice de precipitação anual varia de 300 a 2000 mm. Quatro tipos de climas estão presentes no Nordeste: Clima equatorial úmido: presente em uma pequena parte do estado do Maranhão, na divisa com o Piauí; Clima litorâneo úmido: presente do litoral da Bahia ao do Rio Grande do Norte; Clima tropical: presente nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí; Clima semi-árido: presente em todo o sertão nordestino. Com precipitação média de chuvas de menos de 300 milímetros por ano, às quais ocorrem durante no máximo três meses, dando vazão a estiagens que duram às vezes mais de dez meses, Cabaceiras, na Paraíba, tem o título de município mais seco do país.
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Vegetação A vegetação nordestina vai desde a Mata Atlântica no litoral até a Mata dos Cocais no Meio Norte, com ecossistemas como os manguezais, a caatinga, o cerrado, as restingas, dentre outros, que possuem fauna e flora exuberantes, diversas espécies endêmicas e animais ameaçados de extinção. Mata Atlântica: também chamada de Floresta tropical úmida de encosta, a mata atlântica
estendia-se originalmente do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, porém em consequência dos desmatamentos que ocorreram em função, principalmente, da indústria açucareira, hoje só restam cerca de 5% da vegetação original, dispersos em “ilhas”. Foi na mata atlântica nordestina que começou o processo de extração do pau-brasil; existem também florestas semideciduais e úmidas nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia, que constituem encraves de Mata Atlântica de forma não contínua como no litoral, ocorrendo somente em serras e chapadas do interior desses territórios e caracterizando o chamado brejo de altitude. Mata dos Cocais: formação vegetal de transição entre os climas semi-árido,equatorial e
tropical. As espécies principais são o babaçu e a carnaúba, podendo ocorrer também buriti. Ocorre em parte do Maranhão, do Piauí , do Ceará, do Rio Grande do Norte e do Tocantins na região Norte. Representa menos de 3% da área do Brasil. Cerrado: ocupa 25% do território brasileiro, mas no Nordeste só abrange o sul do estado do
Maranhão, o sudoeste do Piauí , o oeste da Bahia, áreas interioranas das regiões Sul e Centro-Sul do Ceará (nestas, ilhadas pela caatinga), Microrregião de Araripina em Pernambuco e algumas áreas da faixa litorânea que vai do Piauí até o Sergipe. Apresenta árvores de baixo porte, com galhos retorcidos, com o chão coberto por gramíneas e solos de alta acidez; no Cariri cearense também existe a formação do cerradão, um cerrado com árvores mais altas. Caatinga: vegetação típica do sertão tem como principais espécies o pereiro, a aroeira, as
leguminosas e as cactáceas. É uma formação de vegetais xerófitos (vegetais de regiões secas), mas é rica ecologicamente. Ocorre em todos os estados nordestinos exceto o Maranhão, e no norte de Minas Gerais na Região Sudeste.
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Com uma população de 28 milhões de pessoas, a Caatinga é a região semi-árida mais populosa do mundo. No bioma, o único exclusivamente brasileiro, o grande desafio é promover o desenvolvimento da região com a proteção do meio ambiente. E é para chamar a atenção para a importância do bioma para o Brasil que no dia 28 de abril é comemorado o Dia Nacional da Caatinga. O bioma Caatinga tem uma área de 850 mil km², o que equivale a 11% do território nacional. Além de estar presente nos nove estados nordestinos, a Caatinga também é encontrada no norte do Estado de Minas Gerais. Os dados do desmatamento do Projeto de Monitoramento do Desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélite mostram que o bioma ainda possui 55% de vegetação remanescente (dados do período entre 2002 e 2008). A região da Caatinga tem dependência do recurso florestal para o desenvolvimento. “É preciso combinar ações que proporcionem o desenvolvimento da região, o bem-estar social e a proteção da fauna e da flora. É importante que se avancem as alternativas sociais e econômicas de inclusão e geração de renda para aqueles que vivem, dependem de recursos da Caatinga”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Na região onde está o maior número de propriedades rurais do Brasil, a participação social é fundamental para o desenvolvimento da região. “É importante que a população tenha o interesse de preservar a caatinga, e de criar mecanismos inovadores de conservação da biodiversidade que permitam, além da proteção da natureza, a geração de renda para as comunidades que vivem nessas localidades” Vegetações Litorâneas e Matas Ciliares: na categoria de vegetação litorânea podemos incluir
os mangues, um riquíssimo ecossistema, local de moradia e reprodução dos caranguejos e importante para a preservação de rios e lagoas. Também podemos incluir as restingas e as dunas. As matas ciliares ou matas de galeria são comuns em regiões de cerrados, mas também podem ser vistas na Zona da Mata. São pequenas florestas que acompanham as margens dos rios, onde existe maior concentração de materiais orgânicos no solo, e funcionam como uma proteção para os rios e mares.
Desmatamento Uso Sustentável – Um dos problemas da Caatinga é o desmatamento causado pelo uso da
madeira para energia. Um terço da energia da região é à lenha. De acordo com o diretor de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello, é possível atender à demanda de lenha da indústria com a realização de manejo florestal sustentável. É preciso uma área de 2,5 milhões de hectares para atender a demanda de lenha, utilizando 170 mil hectares por ano, explicou. Para realizar o manejo, a área é dividida em 15. A cada ano, é retirada a madeira de uma parte. Depois essa área é reflorestada e é usada a madeira de outra divisão. Estudo da Rede de Manejo Florestal da Caatinga, que tem a participação da Embrapa, universidades e ONGs, mostraram que em área de manejo florestal sustentável foram registradas a mesma biodiversidade que em áreas preservadas. A sociedade precisa entender que é possível desenvolver com o manejo sustentável, explicou Campello.
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O uso sustentável dos recursos naturais apresenta grandes perspectivas no semi-árido brasileiro. A Caatinga dispõe de modelos já testados e com bons resultados para o manejo agrosilvopastoril, a integração do uso sustentável de produtos madeireiros e não-madeireiros e o manejo da vegetação para pecuária e agricultura. A valorização dos produtos da sociobiodiversidade e a criação de mecanismos de financiamento de atividades sustentáveis, aliados à tecnologia sustentável e aos conhecimentos tradicionais são outras possibilidades para modificar o perfil de uso da Caatinga. A conservação da Caatinga também está intimamente associada ao combate da desertificação, processo de degradação ambiental que ocorre em áreas áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas. No Brasil, 95% das áreas suscetíveis à desertificação estão na Caatinga. Por isso, combater o desmatamento e ampliar atividades sustentáveis são focos de ações para conter a desertificação e proteger a caatinga. A proteção da Caatinga é trabalhada no Ministério do Meio Ambiente com as estratégias de proteção, na Secretaria de Biodiversidade e Florestas, e com as alternativas de uso sustentável, na Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u701579.shtml
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Hidrograa
Bacia do São Francisco: é a principal da região, formada pelos rios São Francisco e seus
afluentes. São praticadas atividades de pesca, navegação e produção de energia elétrica pelas hidrelétricas de Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso e Xingó, delimita as divisas naturais de Bahia com Pernambuco e também de Sergipe e Alagoas, que é onde está localizada sua foz. Bacia do Parnaíba: é a segunda mais importante, ocupando uma área de cerca de 344.112 km²
(3,9% do território nacional) e drena quase todo o estado doPiauí , parte do Maranhão e Ceará. O rio Parnaíba é um dos poucos no mundo a possuir um delta em mar aberto, com uma área de manguezal de, aproximadamente, 2.700 km². Bacia do Atlântico Nordeste Oriental: ocupa uma área de 287.384 km², que abrange os
estados do Ceará, Paraíba,Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas. Os rios principais são o Jaguaribe, Piranhas-Açú, Capibaribe, Acaraú,Curimataú, Mundaú, Paraíba, Itapecuru, Mearim e Una, (esses três últimos no estado do Maranhão). Bacia do Atlântico Nordeste Ocidental: situada entre o Nordeste e a região Norte, fica
localizada, quase que em sua totalidade, no estado do Maranhão. Algumas de suas sub-bacias constituem ricos ecossistemas, como manguezais, babaçuais, várzeas, etc. Bacia do Atlântico Leste: compreende uma área de 364.677 km², dividida entre 2 estados do
Nordeste (Bahia e Sergipe) e dois do Sudeste (Minas Gerais e Espírito Santo). Na bacia, a pesca é utilizada como atividade de subsistência.
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A Seca
Sobre as causas da seca na região, existem alguns motivos principais: em primeiro lugar, o relevo interplanáltico (isto é, depressões localizadas entre planaltos) desfavorece a circulação de massas de ar úmidas, ocasionando a falta de chuvas. Além disso, trata-se de uma região de latitudes equatoriais, com maior incidência de raios solares e, portanto, com maiores temperaturas. Soma-se a isso o fato de a região – ao contrário da Amazônica, por exemplo – não apresentar uma grande quantidade de rios caudalosos que favoreceriam a evaporação com a consequente precipitação em nível local. Na verdade, a maior parte dos rios é intermitente ou sazonal, ou seja, eles secam em determinados períodos. A grande exceção, nesse caso, é o Rio São Francisco, principal recurso hídrico da região. Apesar da posição geográfica equatorial, o clima da região é marcado por ser do tipo tropical, com duas estações bem definidas: um inverno seco e outra moderadamente chuvosa. Essa última é eventualmente interrompida ou intensificada em função de fenômenos climáticos, como o El Niño, que provoca os longos períodos de estiagem, e o La Niña, que ocasiona períodos de chuvas e até alagamentos de algumas cidades. Outro fator que provoca a seca do Nordeste é a pouca força que algumas massas de ar úmido possuem. As massas de ar do Oceano Atlântico atingem, em geral, apenas o litoral nordestino, onde ocorre a maioria das chuvas (e onde é registrada a presença da Mata Atlântica).
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Por outro lado, a oeste, as massas de ar úmido provenientes da Amazônia também não conseguem alcançar inteiramente a região, chegando apenas até o oeste do Maranhão. Apesar dessa série de eventos climáticos naturais que parecem conspirar para caracterizar a aridez da região nordestina, o motivo principal para as secas é, sem dúvida, político. Muitos autores utilizam a expressão Indústria da seca para se referir a essa questão, isso porque somente os fatores climáticos não são suficientes para explicar a miséria em que vive a população. Atualmente, em regiões áridas dos Estados Unidos e, principalmente, Israel, soluções tecnológicas avançadas foram desenvolvidas para resolver problemas de disponibilidade de recursos hídricos. Dessa forma, muito dinheiro foi destinado para a região, o suficiente para implantar projetos avançados de irrigação e distribuição de água, porém boa parte da verba foi desviada e a maior parte dos sistemas de irrigação foi destinada a grandes latifúndios (geralmente associados a grandes políticos da região) que priorizam a exportação.
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Transposição do Rio São Francisco
A transposição do rio São Francisco é o projeto de deslocamento de parte das águas do rio São Francisco, no Brasil, nomeado pelo governo brasileiro como “Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional”. O projeto é um empreendimento do Governo Federal, sob responsabilidade do Ministério da Integração Nacional – MIN. A obra prevê a construção de mais de 700 quilômetros de canais de concreto em dois grandes eixos (norte e leste) ao longo do território de quatro Estados (Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte) para o desvio das águas do rio. Ao longo do caminho, o projeto prevê a construção de nove estações de bombeamento de água. Orçado atualmente em R$ 8,5 bilhões, o projeto, teoricamente, irrigará a região nordeste e semiárida do Brasil. O principal argumento da polêmica dá-se sobretudo pela destinação do uso da água: os críticos do projeto alegam que a água será retirada de regiões onde a demanda por água para uso humano e dessedentação animal é maior que a demanda na região de destino e que a finalidade última da transposição é disponibilizar água para a agroindústria e a carcinicultura — contudo, apesar da controvérsia, tais finalidades são elencadas como positivas no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) em razão da consequente geração de emprego e renda.2 Iniciada em 2007, a conclusão da transposição estava originalmente planejada para 2012, mas atrasos mudaram a data tentativa para 2015.
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Impactos posivos: 1. Aumento da água disponível e diminuição da perda devido aos reservatórios. 2. Geração de 5 mil empregos durante a construção da obra (quatro anos), sobretudo nas
cidades onde serão implantados os canteiros de obras. Entretanto, ao término das obras, não haverá um impacto significativo em termos de geração de empregos. 3. Aumento da renda e do comércio das regiões atingidas. Durante a obra, haverá grande
incremento no comércio e renda nas cidades que abrigarão os canteiros de obra. A longo prazo, a elevação do emprego e renda virão da agricultura irrigada e da indústria, que serão consequências da transposição. 4. Abastecimento de até 12,4 milhões de pessoas das cidades, através de sistemas de
abastecimento urbano já implantados, em implantação ou em planejamento pelas autoridades locais. 5. Abastecimento rural com água de boa qualidade. O projeto prevê a construção de
chafarizes públicos em 400 localidades urbanas do sertão inseridas na região do projeto que não possuem sistema de abastecimento adequado. 6. Redução de problemas trazidos pela seca, como a escassez de alimentos, baixa
produtividade no campo e desemprego rural. Estima-se que 340 mil pessoas seriam beneficiadas, sobretudo na Bacia do Piranhas-Açu (39%) e na bacia do Jaguaribe (29%). 7. Irrigação de áreas abandonadas e criação de novas fronteiras agrícolas. Pode-se viabilizar,
de acordo com os estudos realizados, aproximadamente161 500 hectares em 2025, sendo 24 400 hectares para irrigação difusa ao longo dos canais e 137 100 hectares para irrigação planejada. 8. A qualidade da água dos rios e açudes das regiões receptoras será beneficiada com as águas
do São Francisco. 9. A oferta de água irá ajudar a fixar cerca de 400 mil pessoas no campo.
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10. Redução de doenças e óbitos gerados pelo consumo de água contaminada ou pela falta de
água. Estima-se que baixará em cerca de 14 mil o número de internações provocadas por doenças de associação hídrica no ano de 2025 de uma previsão de 53 mil na ausência do projeto. 11. Redução da pressão na infraestrutura de saúde devido à diminuição dos casos de doenças
trazidas pelas águas impróprias.
Impactos negavos: 1.
Perda do emprego da população nas regiões desapropriadas e dos trabalhadores ao término das obras.
2.
Modificação nos ecossistemas dos rios da região receptora, alterando a população de plantas e animais aquáticos. A criação de ambientes aquáticos distintos dos existentes e a alteração dos volumes de água nos rios receptores promoverão uma seleção das espécies.
3.
Risco de redução da biodiversidade das comunidades biológicas aquáticas nativas nas bacias receptoras. A seleção entre as espécies exóticas e nativas das regiões receptoras pode impactar na redução de espécies nativas.
4.
Introdução de tensões e riscos sociais durante a fase de obra. No início das obras, prevêse a perda de emprego e renda nas áreas rurais devido às desapropriações, a remoção da população das regiões onde passarão os canais e a imigração para as cidades em busca de emprego nas obras. Ao término da obra, a dispensa de trabalhadores pode ser foco de conflitos.
5.
A desapropriação das terras e o êxodo das regiões atingidas alterará o modo de vida e os laços comunitários de parentesco e compadrio, que são muito importantes para enfrentar as condições precárias de vida de muitas comunidades.
6.
Circulação de trabalhadores por terras indígenas de duas etnias: Truká e Pipipã, gerando interferências indesejáveis.
7.
Pressão na infraestrutura urbana das cidades que irão receber os trabalhadores, aumentando a demanda por moradia e serviços de saúde.
8.
A região do projeto possui muitos sítios arqueológicos, colocando-os em risco de perda devido às escavações, nas áreas a serem inundadas pelos reservatórios e no curso dos rios cujo volume será aumentado.
9.
Desmatamento de 430 hectares de terra com flora nativa e possível desaparecimento do habitat de animais terrestres habitantes destas regiões. As espécies da flora mais relevantes são caatinga arbórea e a caatinga arbustiva densa.
10. Introdução de espécies de peixe prejudiciais ao homem na região, como piranhas e
pirambebas, que se alimentam de outros peixes e se reproduzem em água parada. 11. A diminuição dos volumes dos açudes provocará a redução da biodiversidade de peixes.
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População A região Nordeste do Brasil é constituída por nove Estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. A região abrange uma área de 1.554.257 km2, a qual abriga cerca de 53.081.950 habitantes, sendo a segunda mais populosa do território brasileiro. A população nordestina é composta etnicamente por 62,5% de pardos; 29,2%, de brancos; 7,8% de negros e 0,5% de indígenas. Apesar de a região possuir uma população absoluta elevada, existem vazios demográficos. Desse modo, a densidade demográfica refletida por essa população é de 34,1 habitantes por quilômetro quadrado. A região Nordeste apresenta uma enorme irregularidade quanto à distribuição demográfica dentro do território, de modo que há Estados muito povoados e outros nem tanto. Além disso, a maioria da população dos Estados nordestinos concentra seus habitantes nos grandes centros urbanos que se estabelecem nas áreas litorâneas. As unidades da Federação do Nordeste mais populosas são: Bahia, Pernambuco e Ceará, as quais respondem por 60% do total da população da região. E apresentam, respectivamente, a seguinte densidade demográfica: 24,8 hab./km2, 89,6 hab./km2 e 56,7 hab./km2. Ao longo da costa nordestina habitam aproximadamente 32 milhões de pessoas, tendo em vista que as maiores cidades se encontram nessa faixa.
Urbanização Assim como acontece em todo o território brasileiro, a população nordestina é mal distribuída: cerca de 60,6% dela fica concentrada na faixa litorânea (zona da mata) e nas principais capitais. Já no sertão nordestino e interior, os níveis de densidade populacional são mais baixos, por causa do clima semi-árido e da vegetação de caatinga. Ainda assim, a densidade demográfica no semi-árido nordestino é uma das mais altas do mundo para esse tipo de área climática.
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De acordo com os dados do IBGE (2004), 71,5% da dos nordestinos estão em áreas urbanas. No período 1991-1996, a população rural no total da população teve queda de 45,8%. A urbanização do Nordeste foi mais lenta em relação ao resto do país, mas se acelerou nas últimas décadas.
Migrações A estagnação econômica, as constantes secas e a prosperidade econômica de outras regiões do Brasil foram fatores determinantes no início do processo migratório nordestino. Com o início do “Primeiro Ciclo da Borracha” em 1879, os nordestinos migraram para a região da Amazônia, fato que se repete com o “Segundo Ciclo da Borracha” durante a Segunda Guerra Mundial. Com o auge da industrialização do Brasil, entre as décadas de 1950 e 1980, a migração nordestina para a região Sudeste, em especial para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, foi intensa, tornando as capitais destes estados (São Paulo e Rio de Janeiro) grandes pólos de atração para essas populações. Com a melhoria estrutural de outras regiões do Brasil, somada aos problemas que surgiram nas grandes cidades por causa da superpopulação, a migração nordestina diminuiu consideravelmente. Apesar de Rio de Janeiro e São Paulo continuarem sendo importantes pólos de atração, a migração “polinucleada” tornou-se mais evidente. Entre as décadas de 1980 e 1990 o fluxo migratório para o Sudeste diminuiu e surgiram também migrações para a região do Distrito Federal e mais uma vez para a região amazônica.
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Avidades Econômicas A economia da Região Nordeste do Brasil foi a base histórica do começo da economia do Brasil, já que as atividades em torno do pau-brasil e da cana-de-açúcar predominaram e foram iniciadas no Nordeste do Brasil. O Nordeste foi a região mais rica do país até a metade do século XVIII. A Braskem é uma das empresas que formam o conglomerado nordestino Odebrecht, um dos maiores grupos no ramo petroquímico e de construção do mundo. Outras empresas oriundas do Nordeste do Brasil que merecem destaque são as multinacionais Queiroz Galvão e Baterias Moura, além dos grupos João Santos, M. Dias Branco, J. Macêdo, Edson Queiroz e Claudino. A Região Nordeste é, atualmente, a terceira maior economia do Brasil entre as grandes regiões. Sua participação no Produto Interno Bruto brasileiro foi de 13,4% em 2011.
Agricultura
A cana-de-açúcar é o principal produto agrícola da região, produzido principalmente por Alagoas, seguido por Pernambuco e Paraíba. Também é importante destacar os plantios de algodão (Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte), tabaco (Bahia) e caju (Piauí, Paraíba e Ceará), uvas finas, manga, melão, acerola e outros frutos para consumo interno e exportação. Também destaca-se a produção de feijão em Irecê e de soja em Barreiras, Bahia. Nos vales do rio São Francisco (Bahia e Pernambuco) e do Rio Açu (Rio Grande do Norte) existe o cultivo irrigado de frutas para exportação. No sertão predomina a agricultura de subsistência, prejudicada, às vezes, pelas constantes estiagens.
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Pecuária
Na região se cria principalmente gado, os maiores rebanhos bovinos estão na Bahia (10.229.459 cabeças), seguido por Maranhão (5.592.007), Ceará (2.105.441), Pernambuco (1.861.570) e Piauí (1.560.552). No sertão os produtores têm muitas vezes prejuízos devido as constantes secas. Também existem criações de caprinos, que são mais resistentes, suínos, ovinos e aves. As feiras de gado são comuns nas cidades do agreste nordestino, foram estas feiras que deram origem a cidades como Campina Grande, Feira de Santana, Caruaru e outras.
Indústria
É mais forte e diversificada em regiões metropolitanas como a do Recife, a de Salvador e a de Fortaleza. Excetuando as capitais, tem-se a região de Campina Grande no estado da Paraíba. Destaca-se a produção de aços especiais, produtos eletrônicos, equipamentos para irrigação, barcos, chips, softwares, baterias e produtos petroquímicos, além de produtos de marca com valor agregado, calçados de couro e de lona, tecidos de todos os tipos e sal marinho e indústria automobilística. O pólo gesseiro de Araripina, em Pernambuco, é o mais importante do país, responsável por 95% do gesso consumido no Brasil.
IDH Brasil 1° – Distrito Federal – 0,874
16° – Pará – 0,755
2° – Santa Catarina – 0,840
17° – Acre – 0,751
3° – São Paulo – 0,833
18° – Roraima – 0,750
4° – Rio de Janeiro – 0,832
19° – Bahia – 0,742
5° – Rio Grande do Sul – 0,832
20° – Sergipe – 0,742
6° – Paraná – 0,820
21° – Rio Grande do Norte – 0,738
7° – Espírito Santo – 0,802
22° – Ceará – 0,723
8° – Mato Grosso do Sul – 0,802
23° – Pernambuco – 0,718
9° – Goiás – 0,800
24° – Paraíba – 0,718
0° – Minas Gerais – 0,800
25° – Piauí – 0,703
11° – Mato Grosso – 0,796
26° – Maranhão – 0,683
12° – Amapá – 0,780
27° – Alagoas – 0,677
3° – Amazonas – 0,780 14° – Rondônia – 0,756 15° – Tocantins – 0,756
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Analfabesmo
O Nordeste no contexto nacional Uma das mais importantes regionalizações produzidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi a divisão ou classificação do país em complexos regionais ou macroregiões. Uma delas é o complexo regional do Nordeste. O Nordeste é marcado e muitas vezes caracterizado pelo problema da seca. A população dessa região representa 25% do total de pessoas que se encontram distribuídas no território. Apesar de ser considerado relativamente povoado, o Nordeste detém uma distribuição populacional bastante irregular, uma vez que a zona da mata possui grandes aglomerações de pessoas nos principais centros urbanos situados nessa sub-região, enquanto que o sertão e o agreste são despovoados. Há uma grande disparidade socioeconômica na região, pois existe um grupo extremamente restrito de pessoas que vivem em elevados padrões de vida, a maioria da população convive com a miséria, a fome, além de doenças. A economia nordestina em relação aos outros complexos é a que apresenta maior ligação com as atividades tradicionais, como o extrativismo vegetal, mineral e animal. São muitos os fatores que impedem a inserção da mecanização e modernização em diversos ramos produtivos, isso dificulta a diversificação e o desenvolvimento geral do complexo regional nordestino. Essa configuração favorece o surgimento dos piores indicadores sociais do país. Embora muitas empresas tenham recentemente se instaladas na região. Apesar de todos os problemas existentes na Região Nordeste que são demonstrados pelos meios de comunicação, a região também possui potenciais econômicos.
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Há algum tempo foi destinada uma série de investimentos financeiros à região, buscando estabelecer desenvolvimento econômico em diversos seguimentos. Nos últimos anos, o setor industrial do Nordeste alcançou grandes índices de crescimento, com suas próprias empresas e com a entrada de muitas indústrias filiais vindas de diversas partes do Brasil, especialmente do sudeste. Os seguimentos industriais transferidos são dos mais variados, desde indústria de base até tecnologia de ponta. Os motivos pelos quais essas empresas se estabelecem na região são atrativos, o governo oferece redução e isenção de impostos e há abundante mão-de-obra com baixo custo.
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As mudanças produtivas não ocorreram somente no setor industrial, pois o setor da agricultura entrou também em uma etapa de evolução (mecanização e modernização do campo), as áreas agrícolas do sertão, através de técnicas de irrigação, têm conseguido um grande volume de produtividade em diferentes culturas. A partir do incremento tecnológico empregado na produção agrícola, tem sido possível colher cebola, tomate, frutas tropicais como maracujá, manga, melão e uva, dentre outros. Além dessas culturas, no sul do Maranhão e oeste da Bahia, através da correção de solos do cerrado, tem sido difundido o plantio de soja com a inserção de mecanização com os mesmos padrões das regiões produtivas do país. Esses dados comprovam que a Região Nordeste não é somente composta por problemas sociais e econômicos, ela possui um grande potencial de crescimento em todos os aspectos, o que falta realmente no nordeste é vontade política e punição aos corruptos que, muitas vezes, impedem que programas alcancem quem realmente precisa. O que precisa ser feito é um grande projeto de irrigação, pois com água o Nordeste poderá produzir com qualidade. A Região Nordeste é extremamente bem dotada de belezas naturais, que não se limitam simplesmente às suas belas praias. Em função disso, essa é uma das regiões brasileiras com o maior potencial turístico, atividade que ajuda a movimentar e dinamizar a economia local. Ao todo, registram-se dezenas ou até centenas de pontos com potencial turístico envolvendo recursos naturais, dos quais destacaremos os principais. Uma das vantagens geográficas da região Nordeste é o fato de praticamente todos os seus estados apresentarem três tipos de paisagens naturais: as litorâneas (das quais as belas praias se destacam), as de mata fechada e aquelas relacionadas ao semiárido. As Praias
As praias nordestinas estão, sem dúvidas, entre as mais belas do Brasil e do mundo. Com belas paisagens favorecidas pela ampla extensão litorânea da região, elas destacam-se também pela diversidade, havendo aquelas mais conhecidas e movimentadas e aquelas menos agitadas, atendendo a todas as preferências. Dentre as principais praias, destacam-se: Porto Seguro (BA), Praia do Gunga (AL), Praia do Espelho (BA), Jericoacoara (CE), Canoa Quebrada (CE), Porto de Galinhas (PE), Genipabu (RN), Praia da Pipa (RN), além de muitas outras.
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Porto de Galinhas, belíssimo ponto turístico pernambucano Passeios Turísticos
Entre os passeios turísticos, as maiores atrações estão em torno das formações de relevo em dunas, além de alguns pontos litorâneos de elevada beleza. Dentre eles, podemos citar os Lençóis Maranhenses (MA), Lajedo de Soledade (RN), Praia Fluvial do Jacaré (PB), o Passeio das Galés em Maragogi (AL), Ilha de Itaparica (BA), entre incontáveis outros pontos.
Lagoa formada nas imediações dos Lençóis Maranhenses Matas, Rios e Cachoeiras
O Nordeste apresenta três tipos principais de domínios florestais: Mata Atlântica, Caatinga e, em alguns pontos, Cerrado. Por isso, essa região apresenta inúmeras belezas naturais relacionadas a essas formações fitogeográficas, das quais destacamos: Lençóis (município da Bahia com um grande número de belas cachoeiras), Cachoeira da Pedra Caída (MA), Delta do Rio Paranaíba (PI), Parque Nacional Serra da Capivara (PI), Chapada Diamantina (BA) e outras incontáveis maravilhas naturais.
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Chapada Diamantina, um dos mais belos pontos turísticos do Nordeste
Apenas citando algumas localidades, já podemos notar que o Nordeste é extremamente rico em belezas naturais, apresentando um leque de possibilidades para turistas com as mais diversas preferências possíveis.
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Questões
1. A primeira riqueza explorada pelos europeus em terras brasileiras foi ____________________,
material abundante no (a) ____________________. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima. a) b) c) d) e)
Ouro – na região de minas gerais Pau-brasil – no litoral brasileiro Ferro – no quadrilátero ferrífero Sal – no litoral brasileiro Pimenta do reino – no sertão nordestino
2. Observe a figura a seguir. Trata-se do mapa do Brasil do séc. XVIII, donde se fazem afirmações.
I – no sec. XVIII observa-se intensa urbanização na região nordeste do país, onde a historia começou para o povo brasileiro. II – a primeira capital do Brasil, Salvador, localiza-se na zona da mata nordestina. III – o sertão nordestino é mais povoado do que a zona da mata desde o séc. XVIII, conforme mostra a figura. Assinale a alternativa somente com afirmação (ões) correta(s). a) b) c) d) e)
Somente I Somente II I e II I e III I, II e III
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3. A primeira capital do Brasil e sua respectiva sub-região foram. a) b) c) d) e)
Recife – zona da mata Olinda – agreste Brasília – cerrado Rio de Janeiro – zona da mata Salvador – zona da mata
4. A primeira capital do Brasil e a atividade primariam predominante no entorno foi: a) b) c) d) e)
Rio de Janeiro – café Olinda – tabaco Salvador – cana-de-açúcar Brasília - gado Recife - fumo
5. Um viajante partindo em linha reta do centro de recife em direção ao estado do amazonas
passará por quais sub-regiões do nordeste, respectivamente? Assinale a alternativa correta. a) b) c) d) e)
Zona da mata – sertão – agreste e meio norte Sertão – mata dos cocais – agreste e meio norte Sertão – agreste - mata dos cocais e meio norte Zona da mata – agreste – sertão e meio norte Zona da mata – caatinga – sertão e meio norte.
6. Observe o mapa a seguir. Trata-se do Brasil do sec. XVIII, donde se fazem afirmações.
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Os movimentos de entradas e bandeiras no Brasil do séc. XVIII intensificou o processo de ocupação e povoamento no interior do Brasil. Assinale a alternativa correta. a) Na região nordeste, os principais pontos de partida dos movimentos interiorano do Brasil b) c) d) e)
foram: Salvador, Recife e Olinda. Pela exposição do mapa, os movimentos interioranos do país respeitaram as fronteiras definidas por Tordesilhas. Os movimentos partindo do nordeste para o sul da colônia foram no intuito de integração regional e busca do gado sulino. Durante o período das principais bandeiras, a cidade de Olinda tornou-se capital provisória do Brasil, principalmente quando das invasões holandesas. O sertão nordestino não participou dos movimentos de interiorização do Brasil uma vez que seu clima semiárido não permitiu colonização.
7. Observe a figura a seguir.
A devastação do meio ambiente começou cedo no Brasil. Já no inicio da colonização, as atividades exploratórias de conteúdo primário promoveram destruição do ambiente natural. De acordo com a historiadora Laima Mesgravis, “o maravilhoso patrimônio da natureza, onde os índios viviam em harmonia com seu espaço e que tanto deslumbrou os primeiros observadores, incentivou, até certo ponto, a crença da abundancia fácil, sem trabalho, infindável.” (fonte: o Brasil nos primeiros séculos. SP. contexto. 1989.p.62). Assinale a alternativa correta. a) O desmatamento na Amazônia, conforme figura, ocorre devido ao intenso fluxo de pau-
brasil para exportação, seguindo critérios de necessidades europeias. b) A destruição da mata atlântica manteve-se em equilíbrio durante quase 300 anos, somente vindo a cair em virtude da plantação de café, no séc. XIX. c) A mata atlântica alcança o litoral nordestino cujo desmatamento está vinculado ao cultivo de cana de açúcar.
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d) O cerrado brasileiro foi a primeira região que sofreu desmatamento mais sistemático com a
introdução da cultura da soja em meados do séc. XVIII, como mostra a figura. e) De acordo com a figura, o cultivo do café impactou inclusive a Amazônia, posto que o desmatamento da região apresente risco de hots pots preocupantes para o planeta inteiro. 8. Observe a figura a seguir e responda as questões 8 e 9 .
Marque a alternativa correta. a) O principal fluxo de escravos África- Brasil procede do litoral oriental do continente africano, b) c) d) e)
conforme evidencia a figura. Os escravos sudaneses foram trazidos, em sua maioria, para o nordeste, sudeste e sul do Brasil, conforme mostra a figura. Os escravos bantus foram levados para a Bahia, em grande quantidade, conforme evidencia a figura. A rota sudanesa, partindo do atlântico ocidental, chegou à Bahia no sec. XVI. Propagou-se para as demais regiões do Brasil chegando até o sul. A rota sudanesa, partindo do atlântico oriental, teve na Bahia seu principal centro recebedor de escravos e posterior distribuidor para outras regiões do Brasil.
9. A respeito das rotas transportadoras de escravos, partindo da África para o Brasil, marque a
alternativa correta. a) b) c) d) e)
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De lagos para Salvador, a trajetória tem sentido sudeste. De Moçambique para o Rio de Janeiro, o ponto de partida foi o litoral oriental da África. Da costa do Marfim para Salvador, o deslocamento foi para antípoda do ponto original. De Benguela para o Rio de Janeiro, o ponto de chegada está no setor oriental do atlântico. De Ajudá para Salvador, o deslocamento só ocorreu em zênite ativo do ponto subsolar de chegada.
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10. Observe a figura a seguir.
Marque a alternativa correta. a) A linha de Tordesilhas está a oeste do sertão nordestino. b) A baia de todos os santos está ao sul da feitoria de cabo frio. c) Partindo em linha reta da feitoria de cabo frio para Piratininga, o viajante cruza a linha de
Tordesilhas no seu zênite. d) Da vila de São Vicente para a ilha de Santa Catarina, o viajante percorre direção nordeste. e) A linha de Tordesilhas está a leste da baia de todos os santos. 11. Assinale a alternativa que evidencia a região brasileira que mais sofre os efeitos da pobreza
atualmente. a) b) c) d) e)
Sudeste Sul Centro-oeste Nordeste Norte
12. Solo escuro e rico em matéria orgânica, encontrado na Zona da Mata nordestina, aonde vem
sendo utilizado no cultivo da cana-de-açúcar, desde o século XVI, e é denominado. a) b) c) d) e)
Terra-roxa Salmourão Aluvial Massapé Podzol
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13. Clima quente, solo de massapé, chuvas regulares e produção de cana-de-açúcar são
características da sub-região... a) b) c) d) e)
Agreste Sertão Meio-norte Zona da mata Caatinga
14. Marque a alternativa que apresenta relação sub-região/ clima-vegetação correta no nordeste
brasileiro. a) b) c) d) e)
zona da mata: tropical de altitude agreste: vegetação pampeana sertão: tropical semiárido e caatinga meio-norte: tropical de altitude e mata dos cocais agreste: tropical típico com duas estações e floresta subequatorial
15. O antigo quilombo de zumbi dos palmares se localiza em qual estado nordestino atualmente?
Marque a alternativa correta. a) b) c) d) e)
Bahia alagoas Pernambuco ceará Sergipe
16. Ainda hoje, algumas cidades nordestinas registram as marcas dos invasores , que contribuíram
na arquitetura, na língua, na cultura e em vários outros aspectos na formação da sociedade. Dentre os invasores, destacam-se.... Assinale a alternativa correta. a) b) c) d) e)
Holandeses no maranhão Franceses em Manaus Ingleses no rio grande do norte Holandeses no recife Franceses no Tocantins
17. Observe o texto e a figura a seguir.
Admiração e desprezo, encantamento e repulsa. Os mesmos sentimentos dos portugueses que primeiro se depararam com um grupo tupinambá na costa de Porto Seguro, há mais de 500 anos, perduram ainda hoje. Do mais odiento dos fazendeiros ao mais diligente dos antropólogos, compartilhamos doses variadas dessa ambígua impressão sobre os índios brasileiros. Fonte: Mércio Pereira Gomes é antropólogo, professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro e ex-presidente da FUNAI.
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Marque a alternativa correta. a) Atualmente, as áreas de maior demarcação de terras indígenas no Brasil estão no nordeste. b) Depois do assassinato de Chico Mendes, a situação do índio brasileiro melhorou muito no
tratamento dado pela mídia brasileira. c) Os conflitos por terras envolvendo índios, grupos extrativistas, trabalhadores rurais sem terras e outros está longe de terminar e o nordeste constitui área de tensão permanente. d) A evolução da cultura do índio, o aumento da lei e melhor condição de fiscalização ampliaram a participação dos diferentes grupos indígenas no cenário político brasileiro. e) O nordeste brasileiro está na dianteira da inserção política e social dos grupamentos indígenas no Brasil uma vez que os conflitos históricos começaram lá e o povo já compreendeu a importância dos índios. 18. Assinale a alternativa correta em relação às atividades produtivas no nordeste. a) O nordeste foi a mais antiga área criatória que avançou da zona da mata em direção ao b) c) d) e)
sertão. A prioridade da criação de gado foi inicialmente a de oferecer couros e transporte para as regiões mineradoras. A expansão das fazendas de gado no nordeste compete com a produção no centro-sul do Brasil. O gado nordestino, favorecido pelo clima seco, possui maior valor nutritivo, proteico, de modo que sua produção concorre com a exportação para países do primeiro mundo. A atividade pecuária no nordeste é inexpressiva uma vez que a região prioriza a atividade secundaria industrial em zonas econômicas especiais.
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19. Nos últimos anos, o nordeste brasileiro vem passando por transformações em seu sistema
produtivo primário. O sertão nordestino, por exemplo, recebeu novo tratamento com atividades produtivas se destacando tais como: assinale a alternativa correta. Esta atividade é a (o): a) b) c) d) e)
agricultura de vazante. pecuária sertaneja. produção da palmeira e cupuaçu. extrativismo vegetal cultivo do babaçu.
20. A nova perspectiva da economia nordestina está modificando parte do panorama histórico
conhecido da região. Entretanto, alguns problemas ainda persistem. Assinale a alternativa que não condiz com o novo nordeste. a) Aumento do fluxo de migrantes para outras regiões, que refletiu na elevação da renda b) c) d) e)
média da população remanescente empregada nos setores primários. Diversificação das exportações agrícolas, favorecida pela introdução de novas culturas e pela adoção de práticas de plantio mais modernas nas áreas de agricultura comercial. Expansão do turismo, graças aos investimentos particulares, nacionais e estrangeiros, beneficiados pela iniciativa pública de implantação de infraestrutura específica. Investimentos industriais recentes, bem como a consolidação de iniciativas de décadas anteriores, que suscitaram o crescimento do setor secundário da região. novas políticas publicas do governo que incentivam aumento da produtividade da região bem como no aumento da renda a partir de programas sociais.
21. A seca nordestina é um problema antigo e impactante na economia e sociedade nordestina. A
expressão “indústria da seca” sugere que a situação não é resolvida porque alguém se locupleta com ela. Daí pode-se apurar que: a) b) c) d) e)
alguns setores do nordeste exploram politicamente o fenômeno da seca a seca nordestina inexiste do ponto de vista do clima. a seca permitiu crescimento da atividade industrial nordestina. o governo ainda não investiu recursos públicos no combate à seca. as atividades industriais são concessionárias do estado, daí o vinculo com a indústria da seca ser privado e pouco lucrativo.
22. Os projetos de irrigação que alcançaram relativo sucesso demonstram perspectivas positivas
para o semiárido nordestino. Isso repercute no (a): a) b) c) d) e)
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queda da participação da pecuária intensiva na economia da região elevação da capacidade produtiva exclusivamente para mercado interno. modernização da agricultura com implemento de novas tecnologias. diminuição de áreas de plantio para renovação do parque industrial. melhor distribuição de renda e fim do coronelismo agroexportador.
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23. O ponte extremo leste do Brasil se localiza no nordeste. Trata-se...
Assinale a alternativa correta. a) b) c) d) e)
do bico do papagaio, no Pernambuco. da raposa serra do sol, no Rio Grande do Norte. da cabeça do cachorro, no Sergipe. do recôncavo baiano, na Bahia. da ponta do seixas, na Paraíba
24. O território de Fernando de Noronha está sob administração de qual estado do nordeste ? a) b) c) d) e)
Rio Grande do Norte Sergipe Bahia Ceará Pernambuco
25. Observe a figura a seguir.
Assinale a alternativa correta. a) Enquanto o rio são Francisco faz trajeto no sentido norte-sul, o rio Jaguaribe tem percurso b) c) d) e)
leste-oeste em pleno sertão nordestino. As bacias hidrográficas do nordeste contribuem com a expansão das atividades agropastoris, vinculadas ao curso dos rios e projetam liderança da região nas atividades primarias. A bacia do Parnaíba, embora passe pelo sertão nordestino é composta por rios perenes, mesmo em temporadas de secas. O rio são Francisco nasce na serra da canastra, MG, e tem seu curso no sentido sul-norte, passando pelo semiárido nordestino. O vale médio do são Francisco, agora irrigado, constitui principal zona de produção da indústria pesada da região nordeste.
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26. O___________ designa uma área na Região Nordeste do Brasil de transição entre a Zona da
Mata e o Sertão, que se estende por uma vasta área dos estados brasileiros da Bahia,Sergipe Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. A área ocupada situa-se numa estreita faixa, paralela à costa. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima. a) b) c) d) e)
Sertão Meio-norte Agreste Semiárido Vale médio do são Francisco.
27. A ______________ corresponde a uma formação vegetal que se encontra entre a floresta
Amazônica, a caatinga e o cerrado, é considerada uma área de transição dos domínios citados. Abrange os estados do Maranhão, Piauí, Ceará e setentrional do Tocantins, área conhecida como meio-norte. Assinale a alternativa correta. a) b) c) d) e)
caatinga mata de araucária mata atlântica zona cacaueira mata dos cocais
28. Nas áreas mais secas do leste do Piauí, região litorânea do Ceará e Rio Grande do Norte o
vegetal que predomina é a ___________. É um vegetal característico do nordeste brasileiro, se desenvolve em lugares onde predominam solos argilosos, aluviões, leito de rios, além disso, é resistente ao sal. Essa planta é endêmica dessa parte do país. Assinale a alternativa que preenche as lacunas corretamente. a) b) c) d) e)
Carnaúba Piaçava Araucária Castanha do Pará Castanha de caju
29. A bacia do Rio São Francisco é a maior bacia genuinamente brasileira, pois nasce dentro do
Brasil. Sua nascente percorre do sudeste para o nordeste e segue até desaguar no Oceano Atlântico entre Sergipe e Alagoas, onde serve de limite entre esses estados.Desde sua descoberta, em 1502, o São Francisco é o rio da integração nacional. Isso porque une climas e regiões – do Sudeste e do Centro-Oeste com o Nordeste brasileiro. Assinale a alternativa que corresponde a um dos principais desafios atuais desse rio. a) b) c) d) e)
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energia eólica transposição atividades primarias produção indústria pesada turismo
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30. O rio ______________ é conhecido como rio da integração nacional, ou unidade nacional
porque sua bacia abrange climas, biomas , vegetação de diferentes regiões do Brasil. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima. a) b) c) d) e)
Amazonas. Jaguaribe. Araguaia Tocantins São Francisco.
31. observe a figura a seguir.
Considere a figura e assinale a alternativa correta. a) b) c) d) e)
Sugere a saída do retirante nordestino em direção à cidade. Aponta o retorno do imigrante que não se adaptou à cidade. Trata dos refugiados haitianos que chegam ao Brasil e não encontram emprego. Sugere a chegada do retirante no campo, após longa jornada na cidade. Aparenta o movimento pendular campo-cidade que o trabalhador enfrenta diariamente.
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