•
A função financeira é o ponto de encontro entre as origens e aplicações de fundos na empresa. A função financeira faz parte do campo de acção de todas as decisões de ordem estrutural a nível de empresas. Ocupa um lugar importante entre as empresa no seu conjunto, através das várias técnicas: contabilidade, tesouraria, auditoria, fiscalidade, etc; que servem de base à informática, estatística, controlo de gestão, etc, e aos accionistas, credores fisco, etc. : A função financeira é um subsistema do sistema organizacional (conjunto de pessoas e serviços), que numa organização, assumem a sua gestão financeira, através de preparação e execução das decisões financeiras. A função financeira varia de empresa para empresa, variando conforme a sua estrutura, hierarquia, etc. Assim, podemos identificar as principais diferenças d iferenças entre as empresas são:
Dimensão da empresa;
Ramo de actividade;
Estrutura da empresa (centralizada ou descentralizada; etc)
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Posição da função financeira: não existe qualquer regra que permita colocar a função financeira no organigrama da empresa. Poderá fazer parte da função administrativa e poderá tomar posição em organigrama ao lado da função industrial, comercial e pessoal.
A função financeira prepara e executa as decisões financeiras e o seu poder de decisão depende da dimensão e estrutura da empresa. O poder da função financeira está associado à orientação ori entação e metas a atingir, atingir, não podendo pôr em causa a política pol ítica financeira da empresa. De forma geral, a função financeira ocupa um lugar importante junto da administração, atr através avés da info inform rmaç ação ão das das acçõ acções es prev previs ista tass e real realiz izad adas as po porr outr outras as funç funçõe ões, s, essencialmente a comercial e a industrial. A função financeira está normalmente ligada à tomada de decisão. É através desta função que é feita a síntese de todos os investimentos. :
Salvaguardar a integridade do património e a autonomia financeira da empresa;
Participar nas actividades de desenvolvimento no âmbito financeiro e fazer uma gestão eficiente na aplicação de fundos.
•
Consis Consiste te na colheita colheita de informa informaçõe çõess e o seu estudo estudo de forma a se poder obter um julgamento sobre a situação económica e financeira da empresa.
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Cabe-lhe determinar em que medidas são conseguidas os objectivos gerais e particulares que correspondem ao conjunto das tarefas que integram a função financeira.
A análise financeira é baseada em dados referentes à situação económica e financeira da empresa as partir de documentos essencialmente contabilísticos.
Os principais objectivos são:
Dar o tratamento dos dados de contabilidade e económicos, referentes à empresa e sector;
Fazer com que a gestão recorra ao auxílio da função financeira (para conhecimento da situação da empresa), através de uma análise financeira que englobará o seguinte: - Estudo da estrutura do activo; - Financiamento; - Auto financiamento, etc.
•
A gest gestão ão fin financ anceir eira é um conj conjuunto nto de acçõ acções es e proc proced edim imen ento toss admini administr strati ativos vos,, envolv envolvend endoo o planea planeamen mento, to, anális análisee e o control controlee das activi actividad dades es financ financeir eiras as as empres empresa, a, visand visandoo maximi maximizar zar os result resultados ados económ económico ico-fin -financ anceir eiros os decorrentes de suas actividades operacionais. A gestão financeira é considerada uma área síntese, que funciona com elementos recolhidos de outras técnicas ou ciências.
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Em esquema:
Direito Matemática
Economia
Estatística
Contabilidade
Técnicas de Investigação
Informática
Portan Portanto, to, a gestão gestão financ financeir eira, a, caberá caberá na adminis administra tração ção das taref tarefas as que integr integram am a função financeira e as suas actividades compreendem a previsão dos acontecimentos a organização e coordenação dos meios materiais e humanos, a tomada de decisão que impliquem actos executivos posteriores e o controle ou verificação do cumprimento das tarefas predefinidas. •
A função função financ financeir eiraa integr integraa as tarefa tarefass ligada ligadass à obtençã obtenção, o, utiliz utilizaçã açãoo e contro controlo lo dos recursos financeiros, especificamente os estudos e actuações relacionados com:
A determinação das necessidades de recursos financeiros na empresa para a realização dos seus programas operacionais com:
••
Planeamento das necessidades;
••
Inventariação dos recursos disponíveis;
••
Previsão dos recursos que poderão ser libertos pela própria actividade normal;
••
Cálculo do montante dos recursos a obter fora da empresa;
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Obtenção desses recursos, da forma mais vantajosa nomeadamente:
••
Custos e prazos;
••
Condições fiscais;
••
Condições contratuais;
••
Melhor relação entre os capitais próprios e capitais alheios.
Sua aplicação criteriosa por forma obter:
••
Uma estrutura financeira equilibrada;
••
Adequados níveis de eficiência e rendibilidade;
O controle das aplicações dos fundos obtidos:
••
••
Análise previsão/realização; Estudo de desvios. A rent rentabi abililida dade de dos inve invest stim imen entos tos efec efectua tuado doss numa numa persp perspec ectiv tivaa globa globall ou sectorial:
••
A empresa, no seu conjunto como projecto de investimento;
••
A rentabilidade dos diversos tipos de investimentos parcelares, dos diversos tipos de capitais utilizados e da actividade em cada uma das fazes que a compõem. :
••
A função financeira financeira e a contabilidad contabilidadee estão estreitamente estreitamente relacionadas relacionadas e em geral geral se superpõem. Em grandes empresas muitos contabilistas estão intimamente envolvidos em várias actividades financeiras. A segu seguir ir são são apres apresen enta tada dass as prin princi cipai paiss dife difere renç nças as entr entree a funç função ão fina financ ncei eirra e a contabilidade:
AAvvalia aliarr a posi posiçã çãoo fina financ ncei eira ra da
empresa;
Enfatiza o fluxo de caixa (entradas e saídas de caixa);
Desenvolver e fornecer dados para
medir o desempenho da empresa;
Pagar impostos;
Preparar
as
Manter a solvência da empresa; Analisar e planejar o fluxo de caixa para satisfazer as obrigações;
demonstrações
Adq Adqui uiri rirr
acti activvos
nece necesssári sários os
ao 6
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financeiras;
cumprimento dos caixas;
Colecta Colecta aprese apresentaç ntação ão dos dados dados
Analisa os contabilísticos;
Desenvolve dados adicionais e toma
financeiros.
demonstrativos
decisões. ••
Antigamente, a maioria das empresas eram avaliadas com base nos resultados dos seus docu do cume ment ntos os cont contab abililís ísti tico cos. s. Muit Muitas as dela delass não não cons conseg egui uiam am faze fazerr face face das das suas suas responsabilidades de médio e longo prazo, o que impulsionou o surgimento da função do gestor financeiro, que através de suas técnicas de estudo, mantém a solvência da empresa, analisando e planejando os fluxos de caixa para satisfazer as obrigações e adquirir os activos necessários ao cumprimento dos objectivos da empresa. A análise financeira baseia-se num conjunto de técnicas com a finalidade de avaliar e interp interpret retar ar a situaç situação ão económi económica ca e questõ questões es funda fundamen mentai taiss para para a sob sobrev revivê ivênci nciaa e desenvolvimento da empresa. Este processo é fundamental para as diferentes partes interessantes na boa gestão de empresas, nomeadamente:
: Com necessidade de acompanhar a evolução da situação e controlar os planos, de forma a tomar decisões sobre o futuro.
Com nece Com necess ssid idad adee de conh conhec ecer er a situ situaç ação ão actu actual al e a evol evoluç ução ão provável, com a o fim de se assegurarem da possibilidade de reaverem os seus créditos.
Com interesse na segurança rendimento e dos acréscimos de produtividade.
Com interesse no conhecimento da situação actual e a evolução futura, para que possam determinar o valor da empresa, para investirem nela ou cederem a sua posição.
Com interesse pela possibilidade que esta lhe dá de contribuir para a reso resolu luçã çãoo do doss prob proble lema mass que que no mome moment ntoo, lhe lhe são são prio priori ritá tári rios os:: défi défice ce orçamental, desemprego, etc. Interessados em conhecer o grau de dependência
e poder da empresa. 7
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••
1.
Qual Qual é a relaçã relaçãoo existen existente te entre entre a função função financ financeir eira, a, gestão gestão financ financeir eiraa e anális análisee
2.
económica e financeira? Comente sobre os principais objectivos da função financeira?
3.
Quais as principais diferenças entre a função financeira e a contabilística?
4.
Qual é a importância da análise financeira?
Para Para maior maior maximi maximizaç zação ão dos result resultado adoss económ económicos icos - financ financeir eiros os das activida actividades des oper op eraacion cionai aiss da empr empres esa, a, o Gesto estorr fina finanncei ceiro dev deve ado dopt ptar ar proc proced edim imen ento toss administrativos que envolvem o planeamento, análise e controlo. Os principais documentos que geralmente servem de base à análise económica – financeira da empresa, são:
Os documentos de carácter contabilístico de síntese: Os balanços e Contas de resultados;
Outros Outros docume documento ntoss contab contabilí ilísti sticos cos:: Orçame Orçamento ntoss de tesour tesourari aria, a, orçame orçamentos ntos financeiros e as demonstrações de origens e aplicações de d e fundos;
Informações extra contabilísticas: A empresa como entidade jurídica, o produto e sua comercialização, as características do mercado e o enquadramento sectorial da empresa, as condições de funcionamento interno e a Situação conjuntural e institucional. 8
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•
O balanço e o mapa de Demonstração de Resultados são documentos síntese mais importantes sobre a situação de uma empresa. O balanço reflecte a situação patrimonial da empresa: •
Qualitativamente, através da desagregação dos seus componentes em bens, direitos e obrigações;
•
Qualitativamente, utilizando uma unidade de valor, a moeda para medir cada um dos componentes ou grupos de componentes das massas patrimoniais.
:
O Balanço está dividido em três categorias fundamentais: activo, passivo e capital próprio. O activo inclui tudo aquilo que a empresa possui e que é susceptível de ser avaliado em dinheiro – disponibilidades (dinheiro em numerário, depósitos bancários e títulos títulos negoci negociáve áveis) is),, crédito créditoss sob sobre re client clientes, es, stocks stocks de mercad mercadoria orias, s, equipa equipamen mentos tos,, instalações, etc. O passivo é o conjunto de fundos obtidos externamente pela empresa, seja seja atra atravé véss de empré emprést stim imos os,, seja seja atra atravé véss do dife diferi rime ment ntoo de paga pagame ment ntos os (aos (aos fornecedores, ao Estado, etc.). Finalmente, temos o capital próprio, que corresponde ao capital pertencente aos sócios. Ou seja, representa o valor do investimento realizado pelos proprietários adicionado dos lucros (ou deduzido de eventuais prejuízos) obtidos ao longo dos exercícios passados e do exercício corrente. Existe uma relação fundamental que tem que verificar-se obrigatoriamente no Balanço:
Esta expressão constitui o princípio básico da contabilidade, segundo o qual a aquisição do património da empresa (activo) tem que ser financiada por capitais dos sócios (capital próprio) ou por capitais alheios (passivo). Um outro aspecto fundamental é a relação entre activo circulante e passivo de curto prazo (ou exigível num prazo inferior a um ano). Se o primeiro for superior ao segundo, a empresa evidencia capacidade para satisfazer os seus compromissos de curto prazo. Caso contrário, é provável que a
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empresa se veja forçada a recorrer a empréstimos para saldar as suas dívidas mais imediatas. As principais rubricas do activo são as seguintes:
Imobi mobililiza zaçõ ções es corp corpór órea eass – activ ctivos os tang tangív ívei eiss equipamentos, mobiliário, veículos, etc.
como como terr terren enos os,,
edif edifíc ício ios, s,
Imobil Imobiliza izaçõe çõess incorpó incorpórea reass – activo activoss intang intangíve íveis is como como despes despesas as de instal instalaçã ação, o, direitos de propriedade industrial, despesas de investigação e trespasses. Investime Investimentos ntos financeiros financeiros – participações participações de capital, capital, empréstimos empréstimos concedidos e outros investimentos financeiros a médio e longo prazo.
Existências – inventários (stocks) de mercadorias ou matérias-primas Clientes – dívidas dos clientes da empresa Estado e Entes Públicos – dívidas de entidades públicas à empresa Disp Dispon onibi ibililida dade dess – dinh dinhei eiro ro em nume numerá rári rio, o, depós depósititos os à orde ordem m e apli aplica caçõ ções es financeiras negociáveis a curto prazo Outros devedores – outros créditos que a empresa detém para com terceiros Já o fundamentais:
de uma uma empr empres esaa é cons consti titu tuíd ídoo pela pelass segu seguin inte tess rubr rubric icas as
Dívida Dívidass a Terceir erceiros os de médio médio e longo longo prazo prazo – abrang abrangee todas todas aquela aquelass dívidas dívidas exigíveis num prazo superior a um ano · Dívidas a Terceiros de curto prazo – abrange todas aquelas dívidas exigíveis num prazo inferior a um ano O conjunto das dívidas (de curto ou de longo prazo) cuja natureza implica uma remuneração ao credor (o juro) para além do pagamento do montante devido, 10
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design designa-s a-see “ passiv passivoo financ financeir eiroo ”. Inclui Inclui as dívidas dívidas a institu instituiçõ ições es bancár bancárias ias,, empréstimos obrigacionistas, dívidas por contratos leasing, etc. Tanto podem ser de curto como de médio/longo prazo. O conjunto das dívidas que não têm uma natureza financeira designa-se “ passivo corrente ”, na medida em que decorrem da própria actividade da empresa. Inclui os montantes devidos a fornecedores, ao Estado (impostos e outros) e outros débitos débitos decorr decorrent entes es da activid actividade ade operaci operaciona onall da empresa empresa.. Normal Normalmen mente, te, o passivo corrente é de curto prazo (exigível a menos de um ano). O
é constituído pelas seguintes rubricas principais:
Capital social – representa o valor das entradas em dinheiro dos sócios aquando da constituição da sociedade ou de um aumento de capital Reservas – resultados acumulados ao longo de exercícios anteriores Resultado líquido – resultado obtido no exercício a que reporta o balanço
A Demonstração de Resultados ou Contas de Resultados (Benefícios ou perdas), contas de ganhos e perdas, é um documento contabilístico que informa o resultado de uma empresa durante um período de tempo determinado.
Se o
Obtivemos
Se os
Obtivemos
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A DR reflecte os proveitos e os custos ocorridos ao longo de um determinado período de tempo – trimestre, trimestre, semestre semestre ou ano. A diferença diferença entre os proveitos proveitos e custos custos constitui constitui o lucro da empresa durante o período considerado. A estrutura da DR compõe-se de quatro conceitos fundamentais.
Em primeiro lugar, temos o resultado operacional, ou seja, o resultado gerado pela actividade principal da empresa. É obtido pela diferença entre as vendas da empresa e os custos operacionais (compra de mercadorias e matérias-primas, salários e encargos, custos gerais de produção e amortização do imobilizado). Em segundo, surge o resultado financeiro, que resulta da diferença entre proveitos e custos de natureza essencialmente financeira (juros pagos e recebidos, descontos de pronto pagamento obtidos e concedidos, rendimentos e encargos de participações de capital, etc.). Em terceiro, existe o resultado extraordinário, que abrange os custos e proveitos com um carácter inesperado (sinistros, multas, dívidas incobráveis ou recuperadas, etc.) ou meramente pontual (por exemplo, as mais ou menos valias resultantes da alienação de componentes do activo imobilizado). Finalmente, temos o resultado líquido (RL), que resulta da soma algébrica das três componentes anteriores, deduzida do IRC. O Resultado Líquido faz a ligação entre Demonstração de Resultados e Balanço, sendo também incluído nesse último. A Demonstração de Resultados é constituída pelos seguintes elementos: (+) Vendas e/ou Prestações de Serviços (líquidas de IVA). (-) Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas: inclui o custo de aquisi aquisição ção de mer mercad cadori orias as (produ (produtos tos acabad acabados) os),, bem como como de matéri matériasas-prim primas as,, subsidiárias e de consumo. (-) Fornecimento Fornecimentos s e Serviços Serviços Externos: Externos: custos de produção que, ou não são incorp incorpora orados dos direct directame amente nte no produto produto final final (elect (electric ricida idade, de, água, água, combus combustív tíveis eis,, comunicação e publicidade, transporte, higiene e limpeza, etc.) ou são realizados por agentes exteriores à empresa (subcontratos, honorários pagos, etc.).
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(-) Custos com Pessoal: Pessoal: remunerações e encargos conexos (pensões, Segurança Social, seguros, etc.). (-) Impostos: Impostos: inclui inclui impostos impostos diversos, sejam indirectos (IVA, Imposto de Selo) ou directos (-) Amortizações: Amortizações: valo valorr corr corres espo pond nden ente te ao desg desgas aste te do imob imobil iliz izad ado, o, em consequência da simples passagem do tempo (desgaste “espontâneo”) ou da sua utilização (desgaste “funcional”). Provisões: parce parcelas las do result resultado ado destin destinado ados s à cobert cobertura ura de riscos riscos latent latentes, es, (-) Provisões: tratando-se portanto de valores estimados e ainda não concretizados. concretizados . (=) Resultado Resultado Operaciona Operacional: l: é o res resulta ultado do gera gerado do pel pela em empr pres esa a ante antes s de considerados outros custos e proveitos não relacionados com a actividade principal da empresa. empresa. (+) Proveitos Financeiros: inclui juros e outros rendimentos financeiros (de títulos de participação e participações de capital, descontos de pronto pagamento obtidos, etc.). (-) Custos Financeiros: inclui juros e outros encargos financeiros (remuneração de títulos de participação, provisões para aplicações financeiras, descontos de pronto pagamento concedidos, etc.). (=) Resultado Corrente: resulta da soma do Resultado Operacional com o Resultado Financeiro, ou seja, das actividades com um carácter não extraordinário. extraordinário . (+) Resultado Extraordinário: Extraordinário: custos custos e provei proveitos tos com um carác carácter ter inespe inesperad rado o (sinistros, sobras, multas, dívidas incobráveis ou recuperadas, etc.) ou meramente pontual (resultantes, por exemplo, de mais ou menos valias decorrentes da alienação de imobilizado afecto ou não à exploração). (=) Resultado Antes de Impostos: Impostos : resultado sobre o qual irá incidir a taxa de imposto a pagar (IRC). (-) Imposto sobre o Rendimento do Exercício: Exercício : valor que resulta da aplicação aplicação da taxa de imposto. Líquido. (=) Resultado Líquido.
•
Além dos balanços e das contas de resultados, outros documentos elaborados pelas empresas assumem importante interesse muito especial na análise à situação financeira. Trata rata-s -see dos Orça Orçamen mentos tos de Tesou esoura rari riaa ou Demon Demonst stra raçã çãoo dos Flux Fluxos os de Caix Caixa, a, Orçamentos Financeiros, e das Demonstrações de Origens e Aplicações dos Fundos. 13
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Tradicionalmente as contas publicadas pelas empresas incluíam o Balanço, a DR e, eventualmente o Mapa de Origem e Aplicação de Fundos (MOAF). Hoje este documento perdeu importância relativa face à Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ou mapa de tesouraria. A grande diferença entre eles é que enquanto o MOAF coloca-se na óptica dos fundos circulantes (activos de curto prazo), a DFC foca-se exclusivamente nas disponibilidades (caixa, depósitos e títulos negociáveis).
:
A Demonstração dos Fluxos de Caixa completa a informação apresentada no Balanço e Demonstração de Resultados, salientando o envolvimento dos recebimentos previstos para a actividade (ou com a mesma relacionados) com os pagamentos que a empresa deverá efectuar, reportados ao mesmo período de tempo (mês, trimestre, ano ou numa outra perspectiva de muito curto prazo, dia, semana, quinzena etc). Este documento não se encontra sujeito às políticas de amortizações e provisões (o que o torna mais objectivo) e permite ao analista externo detectar mais facilmente quer o potencial de negócio, quer as necessidades graves de tesouraria e potencias falências. A DFC apresenta três grandes categorias de fluxos: os provenientes de actividades operacionais, de actividades de investimento e, por fim, de actividades de financiamento. Conj Co njun unta tame ment nte, e, este estess três três flux fluxos os perm permititem em expl explic icar ar a vari variaç ação ão de caix caixaa e seus seus equivalentes. Eis como o documento é construído:
(+) Recebimentos de clientes (-) Pagamentos a fornecedores (-) Pagamentos ao pessoal 14
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(=) Fluxo gerado pelas operações (+/-) Pagamentos/recebimentos do IRC (+/-) Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (=) Fluxo gerado antes das rubricas extraordinárias (+) Recebimentos relacionados com as rubricas extraordinárias (-) Pagamentos relacionados com as rubricas extraordinárias (=) Fluxo das actividades operacionais
(+) Recebiment Recebimentos os proveniente provenientess de (investimen (investimentos tos financeiro, financeiro, imobilizaçõe imobilizaçõess corpóreas corpóreas e incorpóreas, incorpóreas, subsídios de investimento, juros e proveitos similares, dividendos, etc.) (-) Pagamentos respeitantes a (investimentos financeiros, imobilizações corpóreas e incorpórea, etc.) (=) Fluxo das actividades de investimento
(+) Recebimentos provenientes de (empréstimos obtidos, aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão, subsídios e doações, venda de acções ou quotas próprias, pr óprias, cobertura de prejuízos) (-) Pagamentos respeitantes a (empréstimos obtidos, amortizações de contratos de locação financeira, juros e custos similares, dividendos, redução do capital e prestações suplementares, aquisição de acções ou quotas próprias, etc.) (=) Fluxo das actividades operacionais
Resumidamente temos: De clientes, de vendas etc.
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Mão-de-obra, encargos sociais. Outros encargos fixos, matérias-primas, comissões, outras despesas de distribuição, despesas administrativas, investimento em capital fixo, empréstimos bancários, etc. É a diferença entre os recebimentos e os pagamentos Relativo aos somatórios dos saldos.
:
O orçamento financeiro é um complemento necessário do orçamento de tesouraria. Procura dar adequada utilização aos saldos positivos do orçamento de tesouraria e planeia-se o esquema de cobertura dos défices que este apresente. Não existem modelos normalizados de utilização corrente. O orçamento financeiro contém os seguintes elementos:
Cobertura de défice de tesouraria Encargos financeiros (de curto prazo, médio e longo prazo) Liquidação de empréstimos (de curto prazo, médio e longo prazo) Disponibilidades médias pretendidas
Excedentes de tesouraria Empréstimos (de curto prazo, médio prazo) Suprimentos/aumentos de capital Disponibilidades iniciais
O MOAF- Mapa de Origens e Aplicações de Fundos ou Balanços de liquidez, constituem um relevante elemento de apoio ao estudo da liquidez da empresa. Actualmente, é publicado com o balanço e as demonstrações de resultados. 16
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Os principais passos no processo de elaboração do MOAF são: •
Calcular as variações no balanço patrimonial em activos, passivos e património líquido, durante o período em questão.
: No activo, a depreciação acumulada é tratada como uma dedução do activo imobilizado bruto, um aumento nessa conta é classificado como uma origem; ao contrário, qualquer diminuição é classificada como uma aplicação.
•
Usando o esquema abaixo, classifique cada variação calculada anteriormente como origem ou aplicação.
Diminuição em qualquer activo Aumento em qualquer passivo Lucro líquido após o imposto de renda Depreciação e outros ititens nã não de desembolsáveis Venda de acções •
Aumento em qualquer activo Diminuição em qualquer passivo Prejuízo líquido Dividendos pa pagos Recompra ou resgate de acções
Separadamente, some todas as origens e todas as aplicações encontradas, o total das origens deve ser igual ao total das aplicações.
•
As informações de carácter puramente contabilístico constituem o suporte principal da análise à situação financeira da empresa, mas são regra geral, insuficientes para um estudo em profundidade. As informações extra contabilísticas podem ser sobre: sob re: 1.
é necessário conhecer bem a sua actividade, natureza jurídica, composição do capital, distribuição geográfica, as principais fases da sua evolução histórica e a moralidade e capacidade de gestão doa seus dirigentes.
17
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•
Sua Actividade : Cada tipo de actividade deverá corresponde uma estrutura típica de capitais. Uma empresa comercial tem uma estrutura diferente da de uma empresa industrial;
•
Natureza Natureza jurídica jurídica: sobretudo sobretudo nas apreciaçõe apreciaçõess conduzidas conduzidas pelos seus parceiros parceiros comerciais, efectivos ou potenciais;
•
Composição do capital: capital: quem são os principais accionistas e se detêm ou não directamente, a gestão da empresa. Que ligação terão com outras empresas do mesm mesmoo ramo ramo ou sect sector or de acti activid vidad ade. e. Que Que tipo tipo de contr control oloo ou bene benefífíci cios os indirectos terá levado os principais detentores do capital a participarem nesta.
Ligar à informação obtida as rubricas de suprimentos, acções por realizar, empréstimos a sócios, débitos (ou créditos) a (ou de) empresas a quem os mesmos estejam ligados e sua evolução. •
Distribuição geográfica e localização dos diversos estabelecimentos: acessibilidade
às zonas de aprovisionamento e consumo. Importância da localização ao nível da criação de serviços autónomos de manutenção, trans transport portes, es, tratame tratamento nto de dados, dados, assist assistênc ência ia social social e medica medica dos traba trabalha lhador dores. es. existência ou não, na área de serviços públicos, ou serviços de apoio a que a empresa tenha necessidade de recorrer com frequência. •
Principais fases da sua evolução histórica : quando e como nasceu a empresa. Sua vocação. Evolução no mercado e resultados financeiros. Como venceu eventuais crises por que tenha passado.
•
Moralidade e capacidade de gestão e competência técnica dos seus dirigentes: o
que projectam fazer. É importante não esquecer que a mais bela situação financeira pode deteriorar-se rapid apidam amen ente te com com gest gestor ores es sem sem valo valorr ou capa capaci cida dade de,, e que que uma uma empr empres esaa em dificuldades, mas que esteja entregue em boas mãos, tem mais possibilidades de recuperação e relançamento. a verdadeira situação financeira da
2.
empresa está muito ligada aos problemas que possa ter relativamente ao que produz e como vende. •
Tipo de produto. prod uto. Quantidade Quanti dade (produtos (pro dutos diferenciado dife renciados) s) e qualidade : 18
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- Características do produto; - Em termos de segurança: a existência de mais do que uma categoria de produtos oferece em regra, menores riscos financeiros se os tipos de produtos forem muito dive divers rsifific icad ados os,, po pode dem m leva levant ntar ar-s -see prob proble lema mass de qual qualid idad adee (esp (espec ecia ialiliza zaçã çãoo e estandardização) e/ou de dispersão de esforços, que tornem proporcionalmente mais oneroso o acompanhamento da produção, o aprovisionamento, a armazenagem e a comercialização. - Qualidade dos produtos a aceitação no mercado; - Produtos vendidos sem transformação t ransformação significativa ou após transformação: - Co Conc ncep epçã çãoo e lanç lançam amen ento to de prod produt utos os novo novoss (ver (verifific icar ar se exis existe te viva vivaci cida dade de e dinamismos da empresa, ou tarefa de reconversão?); - Existência ou não a complementaridade entre os produtos diversificados; - Taxa Taxa de expansão das vendas por produtos; - Percentagem de vendas por categorias de produtos; - Produtos que dão prejuízo mão que é necessário vender por razões estratégicas, ou por não ser pos possív sível el abando abandonar nar,, por outros outros motivos motivos,, design designada adamen mente te de carácte carácterr institucional; - Existência no mercado de substitutos ou complementares; - Ocorrência de situações sazonais na produção, no aprovisionamento ou nas vendas; - Bens para consumo interno ou exportação. Percentagem exportada; - Clientela concentrada ou dispersa; - Quantidades produzidas por produtos por produtos mais relevantes (3 a 5 últimos anos) e preço médio de custo e de venda; - Política de preços na empresa. Condicionalismos externos a nível sectorial ou nacional. Preços livres, tabelados ou declarados. •
Posicionamento do produto no seu ciclo de vida: em geral o produto passa por
cinco fases: - Inves Investiga tigação ção e descobe descoberta rta:: que vai vai até ao início início da comerci comerciali alizaç zação. ão. Pode durar durar a alguns meses ou vários anos e mesmo não se passar à fase seguinte. - Lanç Lançam amen ento: to: de desco descola lage gem m e dese desenv nvol olvi vime ment ntoo rápi rápido do,, prov provaa de que que o prod produt utoo conseguiu entrar nos hábitos dos consumidores e é possível produzi-lo em série. 19
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- Desenv Desenvolvi olvimen mento to e indust industria rializ lizaçã ação: o: início início das tendênc tendências ias para para a concent concentra ração ção da produção produção em menor nº de empresas, com benefícios benefícios inerentes inerentes às economias economias da escala escala resultantes. - Maturidade: Maturidade: Maior concorrência concorrência,, menor rentabilidade. rentabilidade. Procura Procura de melhores melhores índices índices de produtividade. - Declín Declínio: io: A concor concorrên rência cia activa activa torna torna os preços preços menos menos compen compensad sadore ores. s. Algumas Algumas empresas são forçadas a abandonar o mercado designadamente através da reconversão. Esta fase também pode ocorrer o correr imediatamente a seguir a qualquer das d as fases anteriores. A duração de cada uma das fases é muito variável. A vida de um produto, por seu lado, pode durar apenas alguns meses ou muitas dezenas ou mesmo algumas centenas de anos. O fabrico e/ou venda de produtos diversificados com posicionamentos diferentes nos respectivos ciclos de vida pode, por outro lado, representar para a empresa um bom factor de estabilidade.
•
Posicionamento da empresa no jogo de forças dos diversos mercados em que
opera: A situação financeira de uma empresa depende muito das características dos mercados em que se insere a sua actividade. Cada mercado corresponde o conjunto das ofertas e das procuras de produtos da empresa, ou seja, ao conjunto dos agentes económicos que põem à venda um bem ou serviço (oferta) e aqueles que têm a intenção de o comprar (procura). •
Enquadramento sectorial: sectorial: O conhecimento do sector empresarial a que a empresa pertence é de relevante importância para a compreensão dos constrangimentos que a envolvem e dos seus reflexos na evolução dos resultados e da estrutura
financeira. Alguns aspectos a pesquisar: - Nº de empresas que produzem o mesmo produto, escalonamento em termos de dimensão e capacidade instalada; - Efectivos de trabalhadores, processo tecnológico; - Pontos fortes e fracos das empresas do sector globalmente consideradas; 20
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- Enquadramento administrativo, associativo e jurídico. A análise nos seguintes aspectos
4.
(estudo das consequências de carácter financeiro que as anomalias detectadas originaram ou poderão vir a provocar): p rovocar): •
Organigrama da empresa;
•
Nível de organização geral e dos diversos serviços e grau de eficiência dos mesmos;
•
Organização fabril;
•
Processo tecnológico;
•
Qualidade dos equipamentos e das técnicas utilizadas;
•
Capacidade instalada e utilizada;
•
Estado de conservação de instalações e equipamentos;
•
Condições de aprovisionamento e armazenagem;
•
Organização comercial e qualidade dos circuitos c ircuitos de distribuição.
Ligação vendas •
Produção
Gestão Gestão de recurs recursos os humano humanos. s. Qualif Qualifica icação ção de pessoa pessoal.l. Políti Políticas cas de salári salários. os. Motiv Motivaç ação ão e abse absent ntis ismo mo.. Co Conf nflilitos tos inter interno noss e rela relaçõe çõess sind sindica icais is.. Form Formaç ação ão evolução dos efectivos e remunerações, por categorias e sectores da actividade.
tendo em conta os seguintes factores:
5. •
Inflação;
•
Desvalorização da moeda;
•
Condicionamentos às importações;
•
Selectividade e contracção do crédito;
•
Agravamento das taxas de juro;
•
Agravamento substancial no custo do crédito ao consumo; 21
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•
Retracção da procura através de medidas de carácter fiscal sobre os rendimentos pessoais;
•
•
•
•
Agravamento dos impostos indirectos; Bonificação de juros; Apoios através de medidas de saneamento financeiro; Instabilidade social e sócio-profissional.
: Representa a conta que registra a diminuição do valor dos bens intangíveis registrados no activo permanente, é a perda de valor de capital aplicado na aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros, com existência ou exercício de duração limitada. : São todos os bens, direitos e valores a receber de uma entidade. Contas do activo têm saldos devedores. : Dinheiro em caixa ou em bancos; bens, direitos e valores a receber no prazo máximo de um ano, ou seja realizável a curto prazo, (duplicatas, stock de mercadorias produzidas, etc.); aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. : Tudo que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça necessidades humanas. (não duráveis ou que são gastos ou consumidos no processo produtivo); depois de consumidos, representam despesas: combustíveis e lubrificantes, material de escritório, material de limpeza etc. : Não destinados aos objectivos da empresa (imóveis destinados à renda ou aluguer). : (representam os bens duráveis, com vida útil superior a 1 ano): imóveis, veículos, máquinas, instalações, equipamentos, móveis e utensílios. 22
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: Não Não pos possu suem em exis existê tênc ncia ia físi física ca,, po poré rém, m, repr repres esen enta tam m uma uma aplicação de capital indispensável aos objectivos, como marcas e patentes, formulas ou processos de fabricação, direitos autorias, autorizações ou concessões, ponto comercial, fundo de comércio, benfeitorias em prédios de terceiros, pesquisa e desenvolvimento de produtos, custo de projectos técnicos, despesas pré – operacionais, pré - industriais, de organização, reorganização, reestruturação ou remodelação de empresas. : Representam recursos originários de terceiros utilizados para a aquisição de activos de propriedade p ropriedade da entidade. Corresponde ao passivo exigível. exi gível. : São os recursos originários dos sócios ou accionistas da entidade ou decorrentes de suas operações sociais. Corresponde ao património p atrimónio líquido. : É o valor previsto em contrato ou estatuto, que forma a participação (em dinheiro, bens ou direitos) dos sócios ou accionistas na empresa. : corresponde à soma do capital próprio com o capital de terceiros. É também igual ao total do activo da entidade. : É a ciên ciênci ciaa que que estu estuda da e contr control olaa o patr patrim imón ónio io,, objec objectiv tivan ando do representá-lo graficamente, evidenciar suas variações, estabelecer normas para sua interpretação, análise e auditoria e servir como instrumento básico para a tomada de decisões de todos os sectores directa ou indirectamente envolvidos com a empresa. : É exercida pelas pessoas que não têm como objectivo final o lucro, mas sim o regime da sobrevivência sob revivência ou bem-estar social. : Ocupa-se Ocupa-se do estudo estudo e registro registro dos fatos administrat administrativos ivos das das pess pessoa oass de dire direit itoo priv privad adoo, tant tantoo as físi física cass quan quanto to as jurí jurídi dica cas, s, além além da representação gráfica de seus patrimónios, dividindo-se em civil e comercial. : Ocupa-se com o estudo e registro dos fatos administrativos das pessoas de direito público e da representação gráfica de seus patrimónios, visando três sistemas distintos: orçamentário, financeiro e patrimonial, para alcançar os seus objectivos, ramificando-se conforme a sua área de abrangência em federal, estadual, municipal e autarquias. : Registram as variações patrimoniais e demonstram o resultado do exercício (receitas e despesas). : Repr Repres esen enta tam m os elem elemen entos tos activ activos os e pass passiv ivos os (ben (bens, s, direitos, obrigações e situação líquida). 23
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: São classificadas no activo, tendo saldos credores, por isso são demonstradas com o sinal (-). Relaciona o conjunto de ingressos e desembolsos financeiros de empresa em determinado período. Procura-se analisar todo deslocamento de cada unidade monetária dentro da empresa. ): Tem por objectivo demonstrar a movimentação da conta de lucros ou prejuízos acumulados, ainda não distribuídos aos sócios titular ou aos accionistas, revelando os eventos que influenciaram a modificação do seu saldo. Essa demonstração deve, também revelar o dividendo por acção do capital realizado. Fornece a movimentação ocorrida durante os exercícios nas contas componentes do Património Líquido, faz clara indicação do fluxo de uma conta para outra além de indicar a origem de cada acréscimo ou diminuição no PL. : Tem por objectivo a demonstração contável destinada a evidenciar num determinado período as modificações que originaram as variações no capital circulante líquido da Entidade. E apre aprese sent ntar ar info inform rmaç açõe õess rela relaci cion onad adas as a fina financi nciam amen ento toss (ori (orige gens ns de recu recurs rsos os)) e investimentos (aplicações de recursos) da empresa durante o exercício, onde, estes recursos são os que afectam o capital circulante líquido (CCL) da empresa. emp resa. Dest Destin inaa-se se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência. : Balanço Patrimonial; Demonstração de Resultado; Demonstrações dos lucros ou prejuízos acumulados; Demonstrações das Muta Mutaçõ ções es do PL PL;; Demon Demonst stra raçõe çõess das das Orig Origen enss e Ap Aplilica caçõ ções es dos recu recurs rsos os;; Nota Notass Explicativas. : Representa o desgaste de bens físicos registrados no activo permanente, pelo uso, por causas naturais ou por obsolescência. : Compreende as despesas pagas antecipadamente que serão consideradas como custos ou despesas no decorrer do exercício seguinte. Ex: seguros a vencer, alugueis a vencer e encargos a apropriar. 24
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: São gastos incorridos para, directa ou indirectamente, gerar receitas. As despesas podem diminuir o activo e/ou aumentar o passivo exigível, mas sempre provocam diminuições na situação líquida. : Aplicações de recursos em despesas que contribuirão para lucro em mais de : Valores a serem recebidos de terceiros, por vendas a prazo ou valores de nossa propriedade que se encontram em posse p osse de terceiros. : Composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas contas de caixa, bancos conta movimento, cheques para cobrança e aplicações no mercado aberto. : Título de crédito cuja quitação prova o pagamento de obrigação oriunda de compra de mercadorias ou de recebimentos de serviços. É emitida pelo credor (ven (vende dedor dor da merc mercad ador oria ia)) contr contraa o deve devedor dor (comp (compra rador dor), ), pelo pelo qual qual se deve deve ser ser reemitida a este último para que a assine (ACEITE), reconhecendo seu débito. Este procedimento é denominado aceite. : Acti Activo vo = Passi assivo vo Exig Exigív ível el + Património Líquido. STOCKS: Representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a actividade da entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaboração, matériasprimas e mercadorias. : É o esgotamento dos recursos naturais não renováveis, em virtude de sua utilização para fins económicos, registrados no activo permanente. : É o espaço de tempo (12 meses), findo o qual as pessoas jurídicas apuram seus resultados; ele pode coincidir, ou não, com o ano - calendário, de acordo como que dispuser o estatuto ou o contrato social. Perante a legislação do imposto de renda, é chamado de período - base (mensal ou anual) de apuramento da base de cálculo do imposto devido. : Exigibilidades com vencimento após o encerramento do exercício subsequente. São os que provocam alterações nos elementos do patr patrim imón ónio io ou do resu result ltad ado. o. Por essa essa razão azão,, tamb também ém são são deno denomi mina nado doss fatos atos contabilísticos.
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: São os que combinam fatos permutativos com fatos modificativos, logo podem ser aumentativos (combinam fatos permutativos com fatos modificativos aumentativos), ou diminutivos (combinam fatos permutativos com fatos modificativos diminutivos). : São os que provocam alterações no valor do património líquid líquidoo (PL) (PL) ou situaç situação ão líquid líquidaa (SL), (SL), podem podem ser aument aumentati ativos vos (quand (quandoo provoc provocam am acréscimos no valor do património líquido) ou diminutivos (quando provocam reduções no valor do património líquido). : São os que que não não pro provo voca cam m alter lteraaçõe ções no valor alor do património líquido (PL) ou situação líquida (SL), mas podem modificar a composição dos demais elementos patrimoniais. : Regi Regist stra rarr, orga organi niza zarr, demon demonst stra rarr, anal analis isar ar e acompanhar as modificações do património em virtude da actividade económica ou social que a empresa exerce no contexto económico. : Bens Bens e dire direito itoss dest destin inad ados os às acti activid vidad ades es da empr empres esa; a; terr terren enos os,, edifícios, máquinas e equipamentos, veículos, móveis e utensílios, obras em andamento para uso próprio, etc. : Recursos aplicados em participações em outras sociedades e em direitos de qualquer natureza que não se destinam à manutenção da actividade da empresa. O conceito principal é que a empresa não deve usar os bens nas suas activ activid idad ades es rotin rotinei eira ras; s; acçõe acções, s, paten patentes tes,, obras obras de arte arte,, imóv imóvei eiss dest destin inad ados os ao arrendamento, imóveis não utilizados. : Resultado positivo acumulado da entidade, legalmente ficam em destaque mas, tecnicamente, enquanto não distribuídos ou capitalizados, podem ser considerados como reservas de lucros. : Títu Título lo de dívi dívida da líqu íquida ida e cert certaa pelo pelo qual qual a pes pessoa soa se compromete a pagar a outra uma certa quantia em dinheiro d inheiro num determinado prazo. Por se tratar de título emitido pelo devedor a favor do credor, dispensa a formalidade do aceite. Visam Visam fornec fornecer er as informa informaçõe çõess necess necessári árias as para para escl esclar arec ecim imen ento to da situ situaç ação ão patri patrimo moni nial al,, ou seja seja,, de dete determi rmina nada da cont conta, a, sald saldoo ou transacção, ou de valores relativos aos resultados do exercício, ou para menção de fatos 26
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que que pod podem em alte altera rarr futu futura rame ment ntee tal tal situ situaç ação ão patri patrimon monia ial,l, ou aind ainda, a, pod poder eráá esta estarr relacionada a qualquer outra das Demonstrações Financeiras, seja a Demonstração das Orig Origen enss e Aplic Aplicaç açõe õess de Recu Recurs rsos os,, seja seja a Demo Demons nstr traç ação ão do doss Lucr Lucros os ou Prej Prejuí uízo zoss Acumulados. : São São dívi dívida dass ou comp compro romi miss ssos os de qual qualqu quer er espé espéci ciee ou natu nature reza za assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que se encontram em nossa posse. : Quando o total de activos ( bens e direitos ) da entidade é menor do que o passivo exigível (obrigações). : Obrigações ou exigibilidades que deverão ser pagas no decorrer do exercício seguinte; duplicatas a pagar, contas a pagar, títulos a pagar, empréstimos bancários, imposto imp osto de renda a pagar, pagar, salários a pagar. pagar. : São as obrigações financeiras para com terceiros. Contas do passivo exigível têm saldos credores. : Valor alor que que os prop propri riet etár ário ioss têm têm apli aplica cado do.. Co Cont ntas as do património líquido têm saldos credores, divide-se em: Capital social; Reservas de capital; Reservas de reavaliação, Reservas de lucros; e Lucros/Prejuízos acumulados. : Relac elacio iona namm-se se com com a inex inexis istê tênc ncia ia de inte intenç nção ão da empr empres esaa em convertê-los em dinheiro. São as perdas acumuladas do exercício. : Existe em função do fato de que a moeda – embora universalmente aceita como medida de valor – não representa unidade cons consta tant ntee de pod poder er aqui aquisi sititivo vo.. Po Porr cons conseq equê uênc ncia ia,, sua sua expr expres essã sãoo form formal al deve deve ser ser ajustada, a fim de que permaneçam substantivamente correctos – isto é, segundo as transacções originais – os valores dos componentes patrimoniais e, via de decorrência, o Património Líquido. : É o Princípio que que estab tabelece quando um determi determinad nadoo compone componente nte deixa deixa de integr integrar ar o patrimó património nio,, para para trans transfor formar mar-se -se em elemento modificador do Património Líquido. : Afirma que o património da Entidade, na sua composição qualitativa e quantitativa, depende das condições em que provavelmente se desenv desenvolv olverã erãoo as operaçõe operaçõess da Entidad Entidade. e. A suspen suspensão são das suas suas activi actividad dades es pod podee
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provocar efeitos na utilidade de determinados activos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor. valor. A queda no nível de ocupação pode também provocar efeitos semelhantes. : Reconhece o Património como objecto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Património particular no universo dos patrimónios existentes, independentemente de pertencer a uma uma pess pessoa oa,, um conj conjun unto to de pess pessoa oas, s, uma uma soci socied edad adee ou inst institu ituiç ição ão de qual qualqu quer er natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o património não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. : Refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do património e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correcta, independentemente das causas que as originaram.
: Dete Deterrmin mina a adop adopçã çãoo do meno menorr valor lor par para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Património Líquido. : Determina que os componentes do património devem ser registrados pelos valores originais das transacções com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na aval avalia iaçã çãoo das das vari variaç açõe õess patr patrim imoni oniai aiss po post steri erior ores es,, incl inclus usiv ivee quan quando do conf config igur urar arem em agregações ou decomposições no interior da Entidade. : Tendo por base as perdas verificadas em períodos anteriores num determinado valor para cobertura das duplicatas que venham a ser consideradas incobráveis. : Direitos realizáveis após o término do exercício subsequente; direitos derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades colig coligad adas as ou contr control olad adas as,, acci accion onis ista tas, s, dire directo ctore ress ou part partic icip ipan ante tess no lucr lucroo (não (não constituem negócios usuais).
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: São entradas de elementos para o activo da empresa, na forma de bens ou direitos que sempre provocam um aumento da situação líquida. : Quan Quando do,, na demon demonst stra raçã çãoo do doss resu resultltado adoss do exer exercí cíci cioo são são considerados apenas os pagamentos e recebimentos efectuados no período. Só pode ser util utiliz izad adoo em enti entida dade dess sem sem fins fins lucr lucrati ativo vos, s, onde onde os conc concei eitos tos de rece recebi bime mento ntoss e pagamentos muitas vezes identificam-se com os conceitos de receitas e despesas. : Quando, Quando, na demonstraçã demonstraçãoo dos resultados resultados do exercício exercício,, são considera considerados dos as receitas e despesas, despesas, independentemente independentemente de seus recebimentos recebimentos ou pagamentos. É obrigatório nas entidades entidad es com fins lucrativos. : São São contri contribu buiç içõe õess rece recebi bida dass por prop propri riet etár ário ioss ou de terceiros, que nada têm a ver com as receitas ou ganhos. : São obtidas pela apropriação de lucros da companhia ou da empresa por vários motivos, por po r exigência legal, estatutária ou por outras razões. : Indicam acréscimo de valor ao custo de aquisição de Activos já corrigidos monetariamente, baseado no mercado. : Co Comp mpre reen ende de as recei eceita tass rece recebi bida dass antecipadamente (receita antecipada) que de acordo com o regime de competência pertence a exercício futuro. (lucro ou prejuízo operacional): É aquele que representa o resultado das actividades, principais ou acessórias, que constituem objecto da pessoa jurídica. •
Embora os balanços (e as contas de resultados) constituam os elementos de base para o estudo da situação financeira da empresa, um único balanço representa apenas a fotografia desta em dado momento. Pouco ou nada nos diz sobre o passado e muito dificilmente pode servir de base para o futuro. As contas de resultados e os mapas de fluxos monetários já dão uma visão mais dinâmica, mas apenas restrita ao ano a que se refere. Nos mapas de fluxos monetários, a vari variaç ação ão das das disp dispon onib ibililid idad ades es é medid medidaa atra atravé véss das das área áreass do cicl cicloo fina financ ncei eiro ro significativas – exploração, investimento e financiamento. 29
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O balanço reúne em si todas as consequências da gestão passada, boa ou má e dos condi condici cion onal alis ismo moss que que afec afecta tara ram m à vida vida da empr empres esa. a. Não Não evide evidenc ncia ia a traj trajec ectór tória ia percorrida (seu sentido e velocidade), mas apenas a situação em dado momento. ••
:
Notícias diárias dão conta de que organizações são compradas e vendidas por valores absolutamente distintos daqueles existentes no seu património líquido. A avaliação de empresas envolve não somente variáveis objectivas como preço de acções e o próprio património das empresas, mas também variáveis subjectivas como credibilidade no mercado, valor da marca da empresa ou de seus produtos etc. Avaliação da empresa consiste na avaliação da evolução financeira de uma empresa. É medir os activos financeiros da empresa com base nos resultados contabilísticos, desde os aspectos técnicos e tácticos aos económicos e financeiros. O valor de avaliação possibilita conhecer e determinar com exactidão qual o estado actual do PATRIMÔNIO EMPRESARIAL, em termos de valores. É uma importante tarefa, a nível externo, para todos os fornecedores de capital e credores da empresa e, a nível interno, para a formulação da estratégia futura. Em um momento histórico em que o futuro se assemelha cada vez menos ao passado, faz-se Necessário que os empreendedores tenham conhecimento das novas ferramentas que podem ter ao seu dispor para avaliarem o valor das suas empresas. O valor de uma empresa pode ser determinado através de um dos modelos de avaliação de empresas, mas a aplicação de uma simples equação ou metodologia não pode ser considerada suficiente pelos profissionais dessa área. As avaliações de entidades ou negócios dependem, em grande parte, das expectativas futuras de desempenho. Os métodos e medidas disponíveis para a avaliação acabam por envolver determinado grau de julgamento. Os métodos variam muito e frequentemente envolvem a realização de ajustes arbitrários baseados em evidências empíricas limitadas e no instinto. Os métodos ou técnicas de análise mais utilizado, podem ser agrupados da seguinte forma: 30
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•
Compar Comparaçã açãoo de balanç balanços os e contas contas de resul resultad tados os de exercí exercício cioss sucess sucessivo ivoss : Cons Co nsis iste te numa numa compa compara raçã çãoo (fei (feita ta norm normal alme mente nte em valo valore ress abso absolu lutos tos,, em per percent centag agen ens, s, em gráf gráfic icos os ou em núme número ross índi índice ces) s),, que que pres presssupõe upõe a normalização prévia das contas e respectivos documentos de síntese de forma a poderem ser comparáveis.
•
Método dos indicadores indicadores ou rácios rácios: Baseia-se Baseia-se na utilização utilização de um conjunto conjunto de rácios ou indicadores – informações sintéticas cuja interpretação permite seguir a evolução da situação da empresa emp resa e extrair conclusões sobre a sua gestão.
•
Anál Anális isee rubr rubric icaa a rubri rubrica ca ou por leit leitur uraa dire direct ctaa: Co Cons nsis iste te em expl explic icar ar as anomalias, sobretudo no tocante às contas de resultados, mas não apenas em relação a estas
••
Comente sobre os principais documentos que geralmente servem de base à análise Económic Económicaa – Financ Financeir eiraa da empresa empresa (defin (definiçã ição, o, estrut estrutur uraa e outra outrass informa informaçõe çõess pertinentes)? Defina e exemplifique os seguintes termos contabilísticos: Activos Passivo Capitais próprios Capitais alheios Imobilizações Capitais permanentes
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Com base Com base nos nos resu resultltado adoss cont contabi abilílíst stic icos os das das empr empres esas as Sist Sistec ec S.A. S.A. e Husa Husa ltda ltda (exercícios de 2004 e 2005), desenvolva o mapa de origens e aplicações de fundos em KZ. No activo, que contas e em que percentagens os recursos da empresa estão a financiar as aplicações? No passivo, que contas e em que percentagens os recursos da empresa estão a financiar as aplicações? O orçamento de tesouraria ou demonstração de fluxos de caixa e o orçamento financeiro são mapas de fluxos monetários que auxiliam o gestor financeiro nas previsões dos recebimentos e pagamentos, na programação financeira dos saldos positivos e cobertura de défices da d a empresa. Estruture os mapas acima citados para os referidos períodos, de acordo com o seguinte:
Recebimentos de vendas equipamento Mão-de-obra Encargos sociais Força motriz Recebimentos de vendas do ano Outros encargos fixos Matérias-primas de ano anterior Matérias-primas do ano Outras despesas de distribuição Comissões Recebimentos de clientes (ano anterior) Despesas administrativas Investimentos em capital fixo Empréstimos bancários
300 794 215 119 12 1050 65 64 2 500 77 2 193
605 119 183 13 51 32 500 60 -
416 119 183 12 51 60 9 500 -
Cobertura de défice de tesouraria 1789 Liquidação de empréstimos c/p Liquidação de de em empréstimos mé médio e -
563 -
10341 32
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longo prazo Suprimentos /aumentos de capital Disponibilidades iniciais Disponibilidades médias prentedidas Empréstimos de c/p Empréstimos de médio prazo Encargos financeiros c/p Enca Encarg rgos os fina financ ncei eiro ross médio médioss e long longoo prazo Excedentes de tesouraria
c)
604 1315 2775 275 -
1315 752 -
840 752 751 9500
-
-
-
-
-
Calcule o valor do saldo acumulado no fim do trimestre? Calcule o total mensal das Origens e Aplicação de Fundos?
Que informações de carácter puramente contabilístico constituem o suporte principal da análise à situação financeira da empresa? Comente sobre as principais limitações dos documentos contabilísticos? 7.
De acordo com os resultados contabilísticos dos exercícios de 2004 de 2005 da empresa empresa Husa Ltda, desenvolva desenvolva uma comparação comparação em percentagens percentagens (hipóteses (hipóteses são aceites)?
8.
Comente sobre o processo de avaliação da empresa? (importância e métodos)
33
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•
Existem inúmeros exemplos de empresas, com estruturas financeira muito semelhantes que em dado momento poderão encontrar-se efectivamente, se se tiver em conta a evolução passada e as perspectivas futuras em situações reais muito diferentes. d iferentes. Consideremos as empresas A, B, e C cuja evolução se pode retratar da seguinte forma:
Situação Financeira
B
Muito Boa
A Boa Má
Falência
Tempo (anos) -3
-2
0
Passado
1
2
Futuro Presente
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No presente momento (ponto zero): Aparentam todas uma situação financeira boa de idêntico nível: •
A empresa
•
A empresa
denota uma estabilidade; partiu numa situação difícil que se recuperou cabalmente. Demonstra
grande vitalidade e boas perspectivas de evolução favorável. •
A empresa
pelo contrário, que a dois anos tinha uma situação que se poderia
considerar mesmo muito boa, tem vindo a degradar-se sistematicamente e a ritmo elevado. Se nadas se fizer para inflectir, inflectir, irá caminhar inexoravelmente para a falência. O exemplo ilustra que geralmente a análise financeira a uma empresa nunca deve assentar apenas no último balanço e respectivas contas de resultados, mas em balanços e a anál anális isee fina financ ncei eira ra está está asso associa ciada da à a util utiliz izaç ação ão de uma uma séri sériee de indic indicad ador ores es conhec conhecido idoss por rácios rácios (que (que express expressem em sob sobre re a perfor performan mance ce e situaç situação ão financ financeir eira, a, passada e presente, de uma determinada organização) os quais foram criados para se poder comparar e analisar dados financeiros da empresa. emp resa. Por exemplo: a análise entre as contas de activo circulante a passivo circulante têm mais significados e utilidade do que simplesmente olharmos para cada uma das rubricas sem faze fazerr refe referê rênc ncia ia à outr outras as.. Isto Isto porqu porquee os acti activo voss circ circul ulan ante tess são são freq freque uent ntem emen ente te considerados como sendo a maior reserva de fundos para fazer face às obrigações de C/P, especialmente quando as perspectivas futuras da empresa não se encontram muito favoráveis. Por outro lado, não faria muito sentido comparar outros activos com as obrigações de c/p e esperara obter uma relação significativa. A análise financeira com base nos rácios das demonstrações financeiras, deve ser entendida como um instrumento prático que bem utilizado tendo em conta as suas limitações (de que falaremos mais tarde) nos ajudam a resumir uma grande quantidade de informações financeiras e comparar o desempenho das empresas. emp resas. Os rácios raramente fornecem as repostas para os problemas, mas podem ajudar de modo selectivo, a descobrir a razão de ser dos problemas das empresas. São uma ferramenta de diagnóstico e não o medicamento m edicamento curativo. 35
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É uma razão razão entre entre duas duas variá variávei veiss (qualq (qualquer uer quocien quociente te entre entre rubric rubricas as dos elementos contabilísticos). É um indicador de grande importância para a gestão e para a análise da situação económica e financeira das empresas. São índices apurados com os valores da empresa, com o objectivo de auxiliar o gestor ou proprietário da empresa a fazer um acompanhamento da situação económica e financeira num determinado momento. Por meio do indicador o gestor ou proprietário da empresa, poderá tomar as decisões gerências necessárias, visando corrigir os desvios que estão prejudicando a performance dos negócios sob o ponto de vista financeiro.
Uma empresa ter 10% de rendibilidade dos capitais próprios é bom ou é mau? A resposta é, depende. Dos vários factores entre eles do sector de actividade, da economia onde a empresa está inserida, do risco envolvido no negócio, etc. isto é, necessitamos sempre de ter um termo de referência ou comparação. Existem dois tipos de comparações que podem ser efectuadas: : Com os dados de outras empresas ou médias do sector, para
1.
um determinado momento de tempo. Cuidados a ter neste tipo de análise:
Diferentes dimensões implicam estruturas diferentes;
A
Média do sector pode não significar um desempenho razoável;
Empresas que actuam em vários sectores;
Falta de homogeneidade nos sistemas contabilísticos e de avaliação;
Credibilidade dos dados apresentados pelas empresas. emp resas.
2.
: com os dados históricos da empresa ou previsões ajuizadas
sobre a evolução favorável ou desfavorável. Cuidados a ter neste tipo de análise: 36
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Atende
ao factor temporal e procura –se avaliar a evolução da empresa
ao longo de um determinado período. Para de poder efectuar uma análise de tendência necessitamos de recolher informações sobre um horizonte mínimo de 3 anos e idealmente de cinco. : existem muitos e variados tipos de rácios, mas os mais
•
vulgarmente calculados numa análise económica e financeira são: envolvem aspectos financeiros, tais como a estrutura
financeira, a capacidade de endividamento, a solvabilidade, etc. (são os que se relacionam com o equilíbrio das diversas massas patrimoniais).
(ava (avalia lia a situaç situação ão financ financeir eira): a): relaci relaciona ona os recurs recursos os (activo (activo
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circulante) que deverão ser gerados no c/p com passivo de c/p, ou seja, os pagamentos a efectuara nos próximos meses.
(ou rácio de tesouraria): calcula um indicador de liquidez
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“mais apertado”. Mede a capacidade da empresa cumprir os seus compromissos de c/p, não com a totalidade do activo circulante mas só com a parte deste que não diz respeito as existências. A lógica é a de que as existências não se transformam em meios líquidos toa rapidamente como os restantes dos activos circulantes.
: Pretende medir a capacidade de fazer face ao passivo de
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C/P, C/P, utilizando somente as disponibilidades da empresa. 37
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Cuidados Cuidado s a ter na interpretação interp retação dos do s rácios de qualquer qua lquer liquidez liq uidez : - Natureza das rubricas analisadas: a sua constante mutação e variabilidade, podem ficar desactualizadas; - Montante significativo de existências obsoletas, vai reflectir num elevado rácio de liquidez geral, quando na verdade estas existências não vão gerar caixa, e a liquidez poderá ser bastante baixa; - Os créditos incobráveis não provisionados aumentam os rácios de liquidez, sem na realidade estarem a contribuir em nada para a geração de fundos de curto prazo; - Análise da liquidez deverá assentar no estudo dos fluxos de caixa; - Valor alores es elev elevad ados os do doss ráci rácios os de liqu liquid idez ez em caso caso que que não não são são nece necess ssár ário ioss só demonstram uma má gestão de fundo de maneio, mantendo meios disponíveis que poderiam ser rentabilizados de forma mais eficiente; É uma margem se segurança na empresa, que lhe permite fazer face ao pagamento das dívidas de curto prazo. Para uma boa situação financeira F.M. = Activa Act iva circulante – exigível de c/p Ou F.M. = Disponível + realizável a c/p + existências - exigível exig ível de c/p Para Para uma uma bo boaa situ situaç ação ão fina financ ncei eira ra,, não não é sufi sufici cien ente te esta esta igua iguald ldad adee de valo valore res. s. É necessário que os capitais circulantes excedam bastante o exigível de c/p. Isto porque os valores do exigível c/p são facilmente escalonados no tempo, ao passo que os activos circulantes são de precisão mais difícil no prazo e na realização.
Exemplo: 38
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Existências Dívidas de terceiros a curto prazo
55..398.281 19.158.167
5.451.973 17.209.404
Dívidas a terceiros a curto prazo 43.584.101 45.123.689 Com base nestes elementos o fundo de maneio é negativo. Exige da empresa cuidados na gestão financeira. Neste caso, a empresa necessita de recorrer aos capitais permanentes (capitais próprios e alheios). Portanto, a liquidez da empresa será boa se o fundo de maneio for positivo. : A analisa o comportamento dos clientes no tocante às suas dívidas para com a empresa e do cumprimento, por parte desta, das suas responsabilidades para com os fornecedores e outros credores. Se os clientes se têm atrasado nos seus pagamentos e/ou a empresa não tem estado a cumprir os prazos que os fornecedores lhe concedem, alguma coisa poderá estar mal do ponto de vista da liquidez. As formas de controlo da variação da liquidez na empresa podem ser objecto de controlo através dos seguintes rácios: ••
: Considera o saldo da conta clientes, o saldo
de letras a receber e as vendas anuais. Prazo médio de recebimentos = [( saldo da conta clientes + saldo médio conta letras a receber)/vendas anuais] x 12 Indica o período das vendas
Exemplo: Empresa X (situação a 31 de Dezembro) valores em usd Saldo de clientes....................... clientes..................................... .....................8.000 .......8.000 Letras a receber em carteira ou à cobrança.....4.000 Letras a receber descontadas não vencidas.....4.000 V endas anuais........................ anuais..................................... .....................40.50 ........40.5000 39
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Hipótese simplificadora: As vendas processam-se linearmente ao longo do ano. Vendas mensais = 40.500/12= 40.500/12= 3.375 Solução: (8.000+4.000+4.000)/40.500 (8.000+4.000+4.000)/40.500 * 365 = 144 dias Ou (8.000+4.000+4.000)/40.500 (8.000+4.000+4.000)/40.500 * 12 = 4.74 meses Se a empresa concede um prazo de 3 meses, o atraso que se verifica é de 1.74 meses (52 dias), que afectará necessariamente a sua liquidez e que, no caso de provocar desequilíbrio, terá que ser colmatado pela empresa, ou através da obtenção de maior rotação noutros elementos do activo (designadamente nos stocks) ou através dum reforço do fundo de maneio, ou ainda atrasando por sua vez pagamentos aos seus credores (hipótese que poderá vir a criar-lhe problemas). Supondo que a empresa vende linearmente ao longo do ano (usd3.375 de vendas mensais com as seguintes condições: 40% a dinheiro, pré pagamento 50% a 2 meses 10 % a 3 meses Se os clientes cumprissem escrupulosamente os prazos p razos acordados, o saldo normal no fim do ano deveria corresponder a usd 4.388. 0.4*3.375*0+0.5*3.375*2+0.10*3375 0.4*3.375*0+0. 5*3.375*2+0.10*3375*3 *3 =4.388 Este saldo representa relativamente às vendas a crédito (60% do total), um prazo médio de recebimentos de 2.17 meses (66 dias) (4.388/0.60 * 40.500) * 12 =2.17 meses (66 dias)
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: quantifica o prazo médio de pagamentos a
fornecedores. Prazo médio de pagamentos = [( saldo médio da conta fornecedores + saldo médio de letras a pagar)/compras anuais] x 12 Indica o período das co com ras
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Exemplo: Empresa y (situação em 31 de Dezembro) Saldo de fornecedores..................... fornecedores................................... .......................8. .........8.000 000 Letras a pagar.......................................................4.000 Compras anuais........................ anuais..................................... .......................... ................36.000 ...36.000 Hipótese simplificadora – linearidade nas compras Solução: (8.000+4.000)/ * 12 = 4 meses Se o mercado fornecedor concede, em regra, 3 meses de prazo, estamos perante um atr atraso aso médi médioo de 1 mês. mês. A falt faltaa de liqu liquid idez ez há-d há-dee ser ser, muit muitoo prov provav avel elme ment nte, e, a responsável, por esta anomalia. Podemos concluir o seguinte:
É o rácio que mede a velocidade com que os É o rácio que mede a velocidade com que a clientes costumam pagar as suas dívidas empresa costuma pagar as suas dívidas aos fornecedores. Prazo médio de Receb Recebime imentos ntos = [(saldo [(saldo médio médio de cliente clientes)/ s)/ Prazo médio de Vds e prestação de serviços)] * 365 Pagamentos = [(saldo médio de fornecedores) / compras e Onde: fornecimentos)] * 365 Cliente Clientess = contas contas a recebe receberr, letras letras a recebe receberr, letr letras as desc descon ontad tadas as não não venc vencid idas as e Onde: factu acturras com com adia adiant ntam amen ento toss de AAss comp compra rass e forn fornec ecim imen ento toss incl inclue uem m os 1 factoring . impostos os impostos sobre as vendas. As vendas e prestação de serviços incluem os impostos sobre as vendas. - Quanto mais baixo o seu valor, valor, menor o grau Um rácio alto mostra por vezes ineficiência do de financiamento por parte dos fornecedores, depa departa rtame mento nto de cobra cobrança nça ou falt faltaa do pode poderr o que pode revelar falta de poder negocial da negocia negociall da empres empresaa perant perantee os seus seus cliente clientes, s, empresa perante os seus fornecedores. deve devend ndoo para para o efeit efeitoo ser ser comp compar arad adoo com com a - Um valor valor muito muito elevad elevadoo pod podee identif identificar icar concorrência. dificuldades da empresa em satisfazer as suas obrigações.
1
Factoring : É uma actividade que consiste na tomada de créditos a curto prazo por uma instituição (factor), que os
fornecedores de bens ou serviços (aderentes) ( aderentes) constituem sobre os seus clientes (devedores). 41
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Este rácio indica os efeitos da gestão ao nível dos
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armazéns. Rotação das existências = vendas anuais / existências médias do ano Onde: Um rácio elevado tanto é encarado como um indicador de eficiência como pode rupturas frequentes de stocks. Em vez de se analisar o rácio em rotação, é frequente a sua análise em dias e em detalhe por rubricas:
Permanência média das matérias-primas = das matérias primas em armazém
existências e médias de matérias-primas x 365 custos das matérias consumidas
Permanência média de produtos em curso =
existências e média de produtos em curso x 365 custos de produção
Permanência média dos produtos acabados = 365 em armazém
existências e médias de produtos acabados x
Permanência média das mercadorias em = armazém
custos dos produtos acabados
existências e médias de mercadorias x 365 custos das mercadorias vendidas
Medidas drásticas de redução de stocks podem ser a razão de uma queda no valor destes rácios. Estes rácios devem ser analisados com cautela e com conhecimento das decisões correntes de gestão no período em análise. Portanto, a liquidez de uma empresa, evolui de uma forma positiva quando diminui o prazo médio de recebimentos, e/ou aumenta o prazo médio de pagamento ou rotação das existências. : Quantificam a velocidade
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de transformação, em meios líquidos, desses mesmos elementos. Quanto maior essa velocidade, maior o montante de meios líquidos libertos em cada período para a liquidação de dívidas ou implementação da actividade. 42
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O nível de liquidez da empresa aumenta (ou diminui) de harmonia com o aumento (ou diminuição) da rotação dos elementos do activo. Quando se fala de rotação de um qualquer elemento do activo, pressupõe-se que se pretende saber quantas vezes por ano foi reconstituído esse mesmo elemento (quantas vezes foi recuperado através das vendas, quando a rotação se faz em função das vendas). Parte-se do princípio de que esse elemento do activo de mantém sensivelmente estável ao longo do ano. São os seguintes rácios:
Rácio de rotação do activo = vendas anuais líquidas /activo líquido
Rácio de rotação do stock de matérias-primas = consumo anual de matérias primas / stock médio de matérias primas
Rácio de rotação dos capitais circulantes = vendas anuais líquidas / capitais
circulantes Se dividirmos 12 ou 365 pelos valores obtidos por cada um destes indicadores obtemos, respectivamente, o número de meses ou dias necessário para efectuar uma rotação. No tocante ao stock de produtos e de matérias-primas, por exemplo, informa-nos sobre o número de meses (ou dias) para os quais em regra se dispõe de produtos para venda, ou para cuja produção existem matérias-primas. Estes Estes indi indica cado dore ress tamb também ém refl reflec ecte tem m a efic eficác ácia ia da gest gestão ão do doss fund fundos os colo coloca cados dos à disposição da empresa (obter o máximo de rendimento com o mínimo de investimento, por exemplo maiores vendas com o mesmo investimento médio em stocks, manutenção do nível de vendas com redução do stock médio de produtos, etc.). Entram, assim como componentes do estudo da rendibilidade.
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: Mede a taxa de
cobertura, por capitais permanentes, das aplicações em capital fixo. Imobilização dos capitais permanentes = capitais permanentes / imobilizações líquidas líquidas
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Mede a cobertura das aplicações em capital fixo por capitais permanentes. Este rácio deverá, em princípio, ser superior à unidade, o que refere a existência de fundo de maneio positivo. Poderá assumir valores inferiores à unidade, denunciando a existência de fundo de maneio negativo o que leva a reflectir sobre o equilíbrio financeiro da empresa. A diferença entre os valores apresentados no numerador e no denominador representa o fundo de maneio. Este Este indi indica cado dorr trad traduz uz a capac capacid idad adee de cont contra rair ir
••
empr emprés éstitimos mos a médi médioo e long longoo praz prazos os,, supo suport rtada ada pelos pelos capi capita tais is própr próprio ios. s. A capacidade esgota-se quando o rácio é igual à unidade, ou seja quando o passivo a médio e longo prazo iguala os capitais próprios. Autonomia Financeira = Capitais Próprios / Capitais Capit ais Alheios ••
: é a capacidade da empresa para solver as suas obrigações a
médio e longo prazo. Realça a parcela da actividade financeira pelos proprietários da empresa, pondo assim em destaque o grau de independência ind ependência desta perante credores. Quanto mais elevado o seu valor, maiores possibilidades terão os credores de reaver os seus empréstimos, e mais predispostos estarão para estudar novos pedidos de crédito. Solvabilidade = capitais próprios / passivo
••
: é uma outra forma de apresentação deste
tipo de rácio. Endividamento = Passivo/ Activo Quanto menor for o peso do passivo na estrutura de financiamento da empresa, mais baixo será o grau de risco relacionado com a mesma e consequentemente maior a capacidade de endividamento potencial.
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O diag diagnó nósti stico co fina financ ncei eiro ro da empr empres esaa resu resultltar aráá do comp comple lexo xo de info inform rmaç açõe õess (e explicações) que for possível obter através de uma criteriosa utilização simultânea e inter interliliga gada da de mais mais do que que um do doss proce procedi dime ment ntos os refe referi ridos dos (méto (método do de anál anális ise: e: indicadores ou rácios), completando os restantes esclarecendo-os, designadamente nas conclusões divergentes que por ventura surjam. É com os dados parcelares e fragmentados obtidos através de cada um dos métodos utilizados (e complementados, integrados e esclarecidos com o recurso também a outras informações que à empresa digam respeito) que se constituirá uma imagem da situação da empresa do ponto de vista financeiro tão aproximada quanto possível da realidade, e cujo grau de aproximação dependerá sobretudo da qualidade e da quantidade dos elementos trabalhados, e ainda da forma criteriosa como forem utilizados os métodos e técnicas de análise. Após a utilização integrada dos diversos métodos permitirá desenvolver esquemas de abordagem das questões fundamentais a que uma análise financeira deve dar resposta (equilíbrio financeiro e rentabilidade). ••
O que entende por rácios e indicadores? 2.
O que são rácios financeiros? A análise financeira com base nos rácios é um instrumento prático que bem utilizado tendo em conta as suas limitações (de que falaremos mais tarde) nos ajudam a resu resumi mirr uma uma gran grande de quan quanti tida dade de de info inform rmaç açõe õess fina financ ncei eirras e comp compar arar ar o desempenho das empresas. Comente sobre os principais rácios financeiros?
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Com base nos documentos contabilísticos da empresa Husa ltda, exercícios 2004 e 2005, calcule o seguinte: Rácios de liquidez Rácios auxiliares na definição da liquidez Outros rácios Solvabilidade Fundo de maneio Efectue uma a análise dos resultados obtidos. Distinga: Autonomia financeira e solvabilidade. Liquidez e disponibilidade
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