LATIM BÁSICO Miguel Barbosa do Rosário
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ÍNDICE Apresentação
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Breves comentários sobre o latim
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Primeira Lição : O nome e o verbo latino; a primeira e segunda declinações;
primeira e segunda conjugações no presente do indicativo; adjetivos de primeira classe. Presente do indicativo do verbo irregular esse e de seu composto posse
13
Segunda Lição: O imperativo presente ativo, o futuro imperfeito do indicativo da
primeira e segunda conjugações; a terceira declinação; os adjetivos de segunda classe
21
Terceira Lição : A terceira e quarta conjugações: o infinitivo presente ativo; o
presente do indicativo ativo; o futuro imperfeito do indicativo ativo; o imperativo presente ativo; a quinta declinação; os pronomes pessoais. O verbo irregular uelle.
Quarta Lição : O pretérito perfeito do indicativo latino; o pronome relativo; o
particípio em latim; o supino.
35 45
Quinta Lição : O imperfeito do indicativo ativo das quatro conjugações; os
pronomes demonstrativos; a voz passiva dos tempos do modo indicativo do infectum.
55
Sexta Lição : O gerúndio; o gerundivo; o gerundivo em lugar do gerúndio; os verbos depoentes; os verbos semi-depoentes.
61
Sétima Lição : O ablativo absoluto; outros empregos do ablativo.
67
Oitava Lição : O acusativo com o infinitivo.
73
Nona Lição : O comparativo de superioridade; o superlativo.
79
Décima Lição : A interrogação indireta; a expressão da condição; a formação do
subjuntivo.
83
Décima Primeira Lição : O subjuntivo na oração independente.
87
Décima Segunda Lição : Orações subordinadas adverbiais.
89
Décima Terceira Lição : Orações subordinadas substantivas com e sem
conectivo.
91
Décima Quarta Lição : Estilo indireto.
93
Apêndice: Sintaxe dos Casos; paradigmas do sistema verbal e do sistema nominal;
pronúncia.
Bibliografia
95 115
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Apresentação A língua em que um Horácio, um Vergílio, um Catulo, um Cícero escreveram nunca deixará de despertar o interesse, a curiosidade e a paixão daqueles que desejam passar pela experiência estética de os ler no original. Não somente sob o aspecto literário, no entanto, o latim desperta interesse, mas também sob o aspecto lingüístico, como muito bem ressalta R. Lakoff in Abstract Syntax and Latin complementation: complementation : “The Latin language has been studied probably for a longer uninterrupted period of time, and by more people, than has any other language. Because of its dominance of the intellectual and religious life of Europe over a long period even after it had ceased to be spoken, its grammar has aroused more curiosity than that of any other language.” (p.1)1 ............................................................................................................................................................................ “A large and continuing supply of data is vital both for synchronic study of a language at one point in time – as, for example, a study of Ciceronian Latin – and for diachronic work attempting to account for the changes observed in a language over a period of time – such as a study of the differences between Ciceronian Latin and modern Spanish.” (p.2) 2 ............................................................................................................................................................................ “For these reasons, a study of Latin syntax can yeld valuable information in a number of areas that we could not hope to touch in a study of a modern language, or, for that matter, of any other ancient language.” (p.2)3
É de meu entendimento que o material contido nas lições ora apresentadas fornece ao professor de latim um roteiro seguro, capaz de o ajudar a transmitir a seus alunos as noções básicas da língua latina. A partir da sintaxe chega-se à morfologia. morfologia. De fato, o desvendamento das estruturas morfológicas mostra que a palavra latina traz em si a indicação de sua função sintática. Na frase, por exemplo, f ē na uirum uidet ‘a mulher vê o homem’, femĭ fem ĭna traz em si ēm ĭ na a indicação de que é o sujeito da frase. Essa indicação morfossintática permite que a frase se escreva de outras formas, sem que seu sentido seja alterado: uirum fem ĭ na na uidet , uirum uidet f ē na, f ē na uidet uirum, uidet uirum f ē mĭ na, na, uidet f ē na uirum. uirum . Já o português e as ēm ĭ na, ē mĭ na ēm ĭ na demais línguas românicas perderam essa indicação morfossintática, razão por que a ordem das palavras passou a ser significativa, havendo, portanto, mudança de sentido, se se disser, por exemplo, o homem vê a mulher. mulher. Essa simples comparação do latim latim com o português mostra quão diferente é a manifestação sintática de uma e outra língua. Seu aprendizado, por isso mesmo, se torna fascinante e permite àquele que a estuda o distanciamento necessário para melhor examinar a própria língua nativa. Além do mais, todos aqueles que desejam apoderar-se do sentido primeiro das palavras não podem deixar de buscar no latim o verivérbio, verivérbio, como a personagem do conto de Guimarães Rosa, Damázio, que fica intrigado com o termo famigerado e viaja longes terras para procurar descobrir o sentido dessa palavra. Vale mesmo a pena transcrever trechos do famoso conto do notável escritor: — “Eu vim preguntar a vosmecê uma opinião sua explicada…” ............................................................................................................................................................................ — “Vosmecê agora me faça a boa obra de querer me ensinar o que é mesmo que é: fasmisgerado … fazme-gerado… falmisgeraldo … familhas-gerado…?” familhas-gerado… ?” ............................................................................................................................................................................ — Famigerado? Famigerado? — “Sim senhor…” 1
“A língua latina tem sido, provavelmente, estudada por um ininterrupto período de tempo mais longo e por um maior número de pessoas, que qualquer outra língua. Por c ausa de seu prestígio na vida intelectual e religiosa da Europa durante um longo período, mesmo depois que ela d eixou de ser falada, sua gramática tem despertado mais curiosidade do que a de qualquer outra língua.”
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“Um grande e ininterrupto fornecimento de dados é vital tanto para um estudo sincrônico de uma língua em um certo ponto no tempo – por exemplo, um estudo do latim ciceroniano – como para um trabalho diacrônico, que busque enumerar as mudanças observadas numa língua através de um período de tempo – como o estudo das diferenças entre o latim ciceroniano e o espanhol atual.”
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“Por essas razões, um estudo da sintaxe latina pode render valiosas valiosas informações em um número de áreas que não logramos alcançar em um estudo de uma língua moderna ou de qualquer outra língua antiga, sobre esse assunto.”
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............................................................................................................................................................................ Só tinha de desentalar-me. O homem queria estrito o caroço: o verivérbio. — Famigerado é inóxio, é “célebre”, “notório”, “notável”… — “Vosmecê mal não veja veja em minha grossaria no não não entender. Mais me diga: é desaforado? É caçoável? É de arrenegar? Farsância? Nome de ofensa?” ............................................................................................................................................................................ — Famigerado? Bem. É: “importante”, que merece louvor, louvor, respeito… ............................................................................................................................................................................ — “Ah, bem!” — soltou, exultante. ............................................................................................................................................................................ ........................................................................................... Agradeceu, quis me apertar a mão. Outra vez, aceitaria de entrar em minha casa. Oh, pois. Esporou, foi-se, o alazão, não pensava pensava no que o trouxera, tese para alto rir, e mais, o famoso assunto4.
G. Rosa se serve do termo famigerado, famigerado , que dá título ao conto, para construir uma rara peça de humor, graça, erudição. Ele joga com o duplo sentido da palavra, um ligado à sua origem etimológica, do latim fama + gerado, e o outro, à etimologia popular, faminto, sentido que ele esconde de Damázio. Etimologia é uma palavra de origem grega (etumo ‘verdadeiro’ + logia ‘tratado’) que Cícero traduziu para o latim por ueriloquium e que significa ‘maneira de falar verdadeiro’, i.e., ‘sentido verdadeiro de uma palavra’, o verivérbio de G.Rosa. E essa busca, só consegue fazê-la quem conhece, pelo menos, o latim. Essa espécie de arqueologia lingüística permanece fascinante para o espírito humano. Feitas essas considerações iniciais, julgo importante tecer alguns comentários sobre a estrutura do livro e sua organização. Busquei, nesta edição, fornecer ao professor de latim uma seleção de frases de autores significativos do período clássico. Se, por vezes, o autor não não se enquadra nesse período, a frase selecionada, no entanto, pertence à estrutura clássica, que é a modalidade examinada no livro. Algumas recomendações para melhor aproveitar-se o material contido no livro: cumpre, inicialmente, ler em voz alta cada frase, a fim de que o aluno passe a ter o domínio da pronúncia do latim clássico (81 a.C. a 17 d.C.). Essa questão da pronúncia vem vem discutida no Apêndice do livro. Após a leitura de cada frase, examina-se o seu conteúdo, seu seu significado, e, se possível, fala-se sobre o autor da frase. A seguir, examina-se a estrutura morfossintática da frase traduzida para o português e, só então, passa-se ao exame da frase latina, dando-lhe as informações gramaticais necessárias para o seu entendimento. Note-se que no corpo de cada lição essas informações estão apresentadas, sem, no entanto, dispensarem complementações, a critério do professor. Ao final de algumas lições estão inseridos textos de autores latinos latinos com sua respectiva tradução. Eles devem ser lidos e comentados. Com a publicação deste trabalho, quero oferecer aos alunos a oportunidade de terem acesso a uma língua que deixou de ser falada há séculos, mas que permanece viva através de sua vasta literatura e ainda encanta a todos aqueles que a ela têm acesso. Examine-se, a propósito, o que nos diz o filósofo Nietzsche: “Até hoje não senti com nenhum poeta aquele mesmo êxtase artístico que desde a primeira leitura me proporcionou a ode horaciana. horaciana. O que aqui se alcançou é algo que, que, em certos idiomas, nem sequer se pode desejar. Esse mosaico de palavras, onde onde cada uma delas, como sonoridade, sonoridade, como posição, como conceito, derrama a sua força à direita e à esquerda e sobre o conjunto, esse minimum em extensão e em número de sinais, esse maximum, maximum, conseguido desse modo, em energia dos signos – tudo isso é bem romano e, se se me quiser crer, notável por excelência.”5
Estou plenamente convencido de que quem tem o domínio da gramática do português padrão terá pouca dificuldade em aprender o latim, e quem se aventurar a aprender essa língua tão sonora e tão bela disporá, tenho certeza, de um instrumental rico e precioso, que o acompanhará por toda sua vida.
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ROSA, J.Guimarães. Primeiras J.Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro:Nova Fronteira.37a. impressão. 1988. p.13-17. 5
Nietzsche, F. Crepúsculo dos Deuses, Deuses, apud Francisco Achcar. Lírica e Lugar-comum. Lugar-comum . São Paulo: Edusp. 1994.
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Dados sobre o autor
Professor Titular de Latim na Escola de Letras da UniverCidade, a partir de 1997. Professor de Latim no Curso de Letras da Universidade Estácio de Sá – Campus Rebouças - a partir de 2001. Professor concursado de Língua e Literatura Latina da Faculdade de Letras da UFRJ, de 1968 a 1996, quando, então, se aposentou como Professor Adjunto. Professor Titular de Língua e Literatura Latina e de Língua Portuguesa da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Notre Dame, de 1974 a 1981. Professor de Língua Latina da Universidade Veiga de Almeida, de 1984 a 1988. Freqüentou, de 1968 a 1970, os cursos de lingüística oferecidos no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, com vista à obtenção do título de Mestre. Defendeu, aos dez de janeiro de 1989, sua Tese de Doutoramento A Gramática Latina de Francisco Sánchez de las Brozas, Brozas, tendo obtido de todos os membros da Banca Examinadora o conceito A, com a recomendação de publicação de sua sua tese. Orientador: Professor Doutor Olmar Guterres da Silveira. Trabalhou como etimólogo, de 1992 a 1994, no Dicionário Aurélio. Trabalhou como lexicógrafo no Instituto Antônio Houaiss, nos meses de setembro e outubro de 1997, na seção de etimologia. Fez parte da equipe que, no ano de 1999, reelaborou o Dicionário da Academia Brasileira de Letras, tendo feito 8.700 verbetes. Coordenação Geral: Professor Doutor Antônio José Chediak.
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Agradecimentos
A meus colegas do Departamento de Letras Clássicas da Faculdade de Letras da UFRJ, pela agradável e fecunda convivência de tantos anos. A meus alunos, pelo constante ensinamento que me dão, a cada contacto. À Rosa Maria, pela dedicação e apoio constantes. À Vanessa, por sua ajuda constante em editar meus textos. Ao Fabricio, incansável em sua ajuda para a feitura do livro.
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Breves comentários sobre o Latim O Latim, língua indo-européia, pertence ao grupo itálico – osco, umbro, latim. latim. Falado primeiramente pela população de Roma e do Lácio, prevaleceu sobre os outros idiomas da Itália (osco, umbro, grego, etrusto), difundiu-se graças às conquistas e ao desenvolvimento do Império Romano, e tornou-se uma das duas principais línguas do mundo antigo. Começou a adquirir forma literária apenas pelo início do século III a.c. Costuma-se dividir a história do latim em períodos: 1. Período arcaico (entre (entre o século III e o início do século I a.C.), com Catão e, sobretudo, com os dois grandes escritores cômicos, Plauto e Terêncio. 2. Período clássico (entre o início do século I a.C. e o início do Império), com Cícero, César, Salústio, Horácio, Vergílio e outros. 3. Período pós-clássico ( a partir de nossa era) com Tito Tito Lívio, Sêneca, Quinto Cúrcio, Plínio, o Velho, Quintiliano, Plínio, o Moço, Suetônio e outros. 4. Período cristão (a partir do século III de nossa era, aproximadamente), com Tertuliano, Santo Agostinho, São Jerônimo e outros. Cumpre ressalvar que ao lado da língua escrita ou literária existia uma língua falada, que nos é conhecida sobretudo pelos textos não literários literários e pelas inscrições. Essa língua se transformava mais rapidamente que a outra. Foi ela que deu origem às línguas românicas — português, espanhol, catalão, provençal, francês, italiano, romeno.
Alfabeto Na época clássica, o alfabeto latino compreende 21 letras, das quais apenas uma não é usual – o K (k). São elas: A (a), B (b), C (c), D (d), E (e), F (f), G (g), H (h), I (I), L (l), M (m), N (n), O (o), P (p), Q (q) R (r), S (s), T (t), V (u), X (x). Ditongos Os ditongos são indicados pelas letras: Ae (ae), Oe (oe), Au (Au) Fonemas Fonemas vocálicos ī
ū ē
ĭ
ō
ŭ ĕ
ā
ŏ ă
Fonemas consonânticos p
t
k
b f m
d
g
s
h
n l r
ŋ
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O acento Não há nenhum sinal para marcar o acento em latim. Regras: 1. Nas palavras de uma sílaba ele recai sobre sobre ela:[tē ela:[t ē] tê; 2. Nas de duas sílabas, ele recai sobre a primeira:[p ăter] páter; 3. Nas de três ou mais sílabas sílabas o acento recai sobre a penúltima, se esta for longa; se for breve, o acento recua uma sílaba: [inuē [inu ēnit] inuénit ‘encontrou’; [inuĕ [inu ĕnit] ínuenit ‘encontra’.
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Primeira Lição O nome e o verbo latinos; os casos; a primeira e segunda declinações; primeira e segunda conjugações no presente do indicativo; adjetivos de primeira classe. Presente do indicativo do verbo irregular esse e de seu seu composto posse.
F1
Fāmă uŏlat. (Vergílio) O boato voa.
[f āmă, –ae (f) boato; uŏ uŏlō, –ās, –āre (1) voar]
F2
Fortū Fortūnă est caecă caecă. (Cícero) O destino é cego.
[fortū [fortūna, –ae (f) destino; sŭ sŭm, ĕs, ĕsse (irr.) ser; caecus, caecus, a, um cego]
F3
Immŏ Immŏdĭcă īr insāniam. (Sêneca) īră creat insā A ira desmedida gera a loucura. [ īra, immŏdĭcus, a, um desmedido; creō creō, – ās, –āre (1) gerar; insā insānia, –ae (f) loucura] īra, –ae (f) ira; immŏ
F4
Debē Debēmus ī mus īram ram uitā uit āre. (Sêneca) Devemos evitar a ira.
[debeō [debeō, –ē s, –ē re re dever (2); ī (2); īra, ra, –ae (f) ira; uitō uitō, –ās, –āre (1) evitar]
F5
Maecē Maecēnas, am ī am īcus cus August ī August ī,, mē mē in numĕ numĕrō amicō amicōrum habet. (Horácio) Mecenas, amigo de Augusto, me tem no rol de seus amigos.
[Maecē [Maecēnas, –ātis (m) Mecenas; am ī am īcus, cus, –i (m) –i (m) amigo; Augustus, –i (m) –i (m) Augusto; mē mē (pron. pess. ac.) me; in (prep. + abl. ) em; numĕ numĕrus, –i (m) –i (m) rol, número; habeō habeō, –ē s, –ē re re (2) ter]
F6
Mŏdum tenē tenēre debē debēmus. (Sêneca) Devemos guardar moderação.
[mŏ [mŏdus, –i (m) –i (m) moderação; teneō teneō, –ē s, –ē re re (2) guardar; debeō debeō, –ē s, –ē re re (2) dever]
F7
Multam pecū pec ūniam deportat. (Cícero) Ele leva muito dinheiro.
[multus, a, um um muito; pecū pecūnia, –ae (f) dinheiro; deportō deportō, –ās, –āre (1) levar]
F8
Errā Errāre est humā hum ānum. Errar é humano.
(Sêneca)
[errō [errō, –ās, –āre (1) errar; sŭ sŭm, ĕs, ĕsse (irr.) ser; humā humānus, a, um humano]
F9
Puellam meam magis quam ocŭ oc ŭlōs meō meōs amō amō. (Terêncio) Amo minha menina mais do que meus olhos.
[puella, –ae (f) menina; meus, a, um meu; magis … quam quam mais … (do) que; que; ocŭ ocŭlus, –i (m) –i (m) olho; amō amō, – –āre (1) amar]
ās ,
F10 Infin ī Infin ītus tus est numĕ num ĕrus stultō stult ōrum. (Eclesiastes) O número dos insensatos é infinito.
[infin ītus, ītus, a, um infinito; sŭ sŭm, ĕs, ĕsse ser; numĕ numĕrus, –i (m) –i (m) número; stultus, a, um insensato]
Vergílio Cícero Sêneca Horácio Terêncio
(P. Vergilius Maro: 70–19 a.C.) (M. Tullius Cicero: 106–43 a.C.) (L. Annaeus Seneca: 4 a.C.–65 d.C.) (Q. Horatius Flaccus: 65–8 a.C.) (P. Terentius Afer: 185?–159 a.C.)
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Informações gramaticais creat (F3), habet (F5), deportat (F7), est (F2, F8, F10) A. As formas verbais uŏlat (F1), creat (F3), estão na terceira pessoa do singular do presente do indicativo da voz ativa, cuja marca é o –t . Já a desinência –mus de debē debēmus (F4, F6) e –ō de amō amō (F9), indicam que os verbos estão na primeira pessoa, plural e singular, respectivamente. As outras desinências são: –s, –s, para a segunda pessoa do singular; –tis, –tis, para a segunda do plural; –nt , para a terceira do plural. Essas terminações aparecem nas quatro conjugações dos verbos regulares e irregulares. O verbo ĕ sse sse e seus compostos, no entanto, têm como marca da primeira pessoa do singular a desinência –m: sum [eu sou] Nesta lição estuda-se o presente do indicativo da primeira e da segunda conjugações, e o do verbo ĕ sse sse [ser] e seu composto p composto pŏsse [poder]. Para se reconhecer a conjugação de um verbo, examina –se a vogal que precede o sufixo do infinitivo presente, –re. –re. A vogal que indica ser o verbo de primeira conjugação é –ā [amā [amāre amar]; amar]; de segunda, –ē [monē [monēre aconselhar]; aconselhar]; de terceira, –ĕ [legĕ [legĕre ler], ler], [capĕ [capĕre pegar re pegar]; ]; de quarta, – ī [aud ī [aud īre re ouvir]. ouvir]. Amāre e monē re re foram escolhidos como paradigmas dos verbos regulares da primeira e segunda conjugações. Presente do Indicativo: egŏ egŏ amō amō monĕō monĕō tū amā amās monē monēs (ille) amă amăt monĕ monĕt nōs amā amāmus monēmus uōs amā amātis monē monētis (illi) amă amănt monĕ monĕnt Conjugação do verbo irregular esse e seu composto p composto pŏsse no presente do indicativo: sum pŏssum es pŏtes est pŏtest sumus pŏssŭ ssŭmus estis pŏtestis sunt pŏssunt B. Assim como o verbo latino tem várias terminações com que desempenha seu papel
particular numa dada frase, também o nome latino tem várias terminações, de acordo com a função sintática que desempenha na frase: sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, adjunto adverbial, e assim por diante. As várias formas de um nome são chamadas chamadas de casos. Em latim, seis são os casos: Nominativo: Nominativo: caso do sujeito e do predicativo do sujeito; Genitivo: Genitivo: caso do adjunto adnominal e do complemento nominal; Dativo: Dativo: caso do objeto indireto; Acusativo: Acusativo: caso do objeto direto e do predicativo do objeto direto; Ablativo: Ablativo: caso dos adjuntos adverbiais; Vocativo: Vocativo: caso da interpelação.
Os termos f āma (F1), fort ūna (F2), immŏd ĭ ĭ ca ca ī ra ra (F3), Maecē nas nas (F5), num ĕ rus rus (F10), estão no nominativo: nominativo : desempenham a função sintática de sujeito. sujeito.
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Caecă (F2), humānum (F8) e infinī tus tus (F10) também estão no nominativo: desempenham a função sintática de predicativo de predicativo do sujeito. sujeito. O gênero do adjetivo está estreitamente relacionado com com o do do sujeito da frase: caecă está no feminino porque o sujeito fort ūna é feminino; infinī tus tus está no masculino em concordância com numĕ rus, rus, também masculino; humānum está no neutro, já que o sujeito é um verbo no infinitivo, o que faz que o predicativo do sujeito fique no neutro. Os termos insaniam (F3), ī ram ram (F4), mŏdum (F6), multam pecūniam (F7), puellam meam (F9), ocŭl ōs meōs (F9) estão no acusativo: sua função sintática é a de objeto direto. direto. In num ĕ rō (F5) está no ablativo e o termo que o completa, amicōrum, rum, no genitivo, genitivo, bem como August ī ī, que complementa amī cus; cus; stult ōrum (F10) também está no genitivo, em estreita relação com numĕ rus. rus. O adjetivo acompanha o substantivo em gênero, número e caso, como em (F3) immŏd ĭ ĭ ca ca ira, (F7) multam pecū pecūniam, (F9) puellam meam, meam, oculō oculōs meōs. Feitas essas observações, apresentar-se-ão paradigmas da primeira e segunda declinações: terră 〈 terra〉 : paradigma da primeira declinação; domĭ nus nus 〈senhor〉: paradigma da segunda declinação dos nomes não-neutros; donum 〈presente〉: paradigma da segunda declinação dos nomes neutros: nom gen dat ac abl voc
singular terră terră terrae terrae terram terrā terrā terră terră
plural terrae terrā terrārum terr ī terr īss terrā terrās terr ī terr īss terrae
singular domĭ domĭnus domĭn ī domĭ domĭnō domĭ domĭnum domĭ domĭnō domĭ domĭnĕ
plural domĭ domĭn ī domĭ domĭnōrum domĭ domĭn īs īs domĭnōs domĭ domĭn īs īs domĭ domĭn ī
singular donum don ī don ī donō donō donum donō donō donum
plural donă donă donō donōrum don ī don īss donă donă don ī don īss donă donă
Para efeitos puramente didáticos misturar-se-ão as desinências casuais com a vogal temática dos nomes, como a seguir se pode visualizar: primeira declinação nom gen dat ac abl voc
singular –ă –ae –ae –am –ā –ă
plural –ae –ārum – ī s – ās – ī s –ae
segunda declinação dos não-neutros singular plural –us –ī –ī –ōrum –ō –ī s –um –ōs –ō –ī s –ĕ –ī
segunda declinação dos neutros singular plural –um –ă –ī –ōrum –ō –ī s –um –ă –ō –ī s –um –ă
C. Adjetivos de primeira classe.
O grupo de adjetivos que se serve das terminações dos substantivos de primeira e segunda declinações são chamados adjetivos de primeira classe. classe . Sua forma masculina é – us, us, a feminina, –a, –a, e a neutra, –um – um.. Stult ŭs, ă, ŭm / caecŭs, ă, ŭm / immŏdicŭs, ă, ŭm / infinī t t ŭs, ă, ŭm são, pois, adjetivos de primeira classe.
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Paradigma dos adjetivos de primeira classe: magn ŭs, ă, ŭm 〈grande〉: masculino
nom. gen. dat. ac. abl. voc.
singular magnŭ magnŭs magn ī magn ī magnō magnō magnŭ magnŭm magnō magnō magnĕ magnĕ
plural magn ī magnō magnōrum magn īs īs magnō magnōs magn īs īs magn ī
feminino
singular magnă magnă magnae magnae magnă magnăm magnā magnā magnă magnă
plural magnae magnā magnārum magn ī magn īss magnā magnās magn ī magn īss magnae
neutro
singular magnŭ magnŭm magn ī magn ī magnō magnō magnŭ magnŭm magnō magnō magnŭ magnŭm
plural magnă magnă magnō magnōrum magn ī magn īss magnă magnă magn ī magn īss magnă magnă
Comentários morfo-fonológicos: Para a obtenção do tema de um nome em latim, retira-se a terminação do genitivo plural, visto ser este o único caso que deixa entrever com clareza a que tema determinado nome pertence, sobretudo quando se examina a terceira declinação. Os substantivos acima pertencem, pois, ao tema em a [terra-rum] e em –o [dominorum — dono-rum]. Os de tema em –a são chamados de primeira declinação e os de tema em –o, –o, de segunda declinação. As declinações são cinco. Regras fonológicas costumam atuar no tema de alguns nomes, fazendo alterações significativas, sobretudo no nominativo, como é o caso de magister, magister, proveniente de *magistros. *magistros. Mas não há problema para a identificação da declinação de uma palavra, uma vez que o dicionário informa seu nominativo e genitivo singular. singular. Assim: terră terră , –ae pertence à primeira declinação, pois seu genitivo termina em –ae; domĭ domĭnus, –ī , magister, magistr ī magistr ī,, donum, –ī pertencem à segunda, pois seu genitivo termina em –i . São aparentemente irregulares os nominativos magister, ager, puer, uir, já que o tema de cada um é * magistro–, magistro –, *agro–, agro–, * puero–, puero–, *uiro–, uiro–, o que se pode verificar no genitivo plural: magistro-rum, agro-rum, puero-rum, uiro-rum. As regras que alteram *agro–s para ager [campo] são as mesmas das de magister [mestre]: *magistros ! magistrs (síncope do o) ! magistrr (assimilação do s ao r) ! magistr (simplificação das consoantes geminadas ) ! magister ( epêntese da vogal e). *agros ! agrs ! agrr ! agr ⇒ ager As mudanças de *puero-s a puer [jovem] e de *uiro-s a uir [homem] são as que se seguem: *puero-s ! puers ! puerr ! puer: síncope, assimilação, simplificação. *uiro*uiro-s ! uirs ! uirr ! uir: síncope, assimilação, simplificação.
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Leitura 5
Viuā Viuāmus, mĕ m ĕa Lesbia, atque amē am ēmus, rumō rumōrēsque senum seueriō seueri ōrum omnē omnēs un ī un īus us aestimē aestimēmus assis. Sōlēs occidĕ occidĕre et red ī red īre re pŏ pŏssunt: 5 nō bis cum semel occĭ occ ĭdit brĕ brĕuis lū lūx, nox est perpetŭ perpetŭa una dormienda. Da mi basia mille, deinde centum, dein mille altĕ alt ĕra, dein secunda centum, deinde usque altĕ alt ĕra mille, deinde centum. centum. 10 Dein, cum milia multa fecer ĭmus, conturbā conturbā bĭ bĭmus illa, ne sciā sci āmus, aut ne quis malus inu ĭdēre possit, cum tantum sciat esse basi ōrum.
Vivamos, minha Lésbia, e amemos, e as graves vozes velhas — todas — valham para nós menos que um vintém. Os sóis podem morrer e renascer: quando se apaga nosso fogo breve dormimos uma noite infinita. Dá-me pois mil beijos, e mais cem, e mil, e cem, e mil, e mil e cem. Quando somarmos muitas vezes mil misturaremos tudo até perder a conta: que a inveja não ponha o olho de agouro no assombro de uma tal soma de beijos.
(Catulo)
(Trad. de Haroldo de Campos) O latim e algumas línguas românicas dele derivadas:
Latim Italiano amicum / amicus amico librum / liber libro tempus tempo manum / manus mano *buccam / bucca bocca caballum/caballus cavallo filium / filius figlio ille il quattuor quattro bonum / bonus buono bene bene facere fare dicere dire legere leggere •
Espanhol amigo libro tiempo mano boca caballo hijo el cuatro bueno bien hacer decir leer
Português amigo livro tempo mão boca cavalo filho ele quatro bom bem fazer dizer ler
Francês ami livre temps main bouche cheval fils il quatre bon bien faire dire lire
A palavra para boca, no Latim Clássico, é os, os, oris; oris; para cavalo, é equus, –i : bucca e caballus pertencem ao chamado Latim Vulgar, variedade do latim que dá origem às línguas neolatinas ou românicas.
Responder, em latim, às perguntas:
a. b. b. c. d. e. f. g. h. i. j.
Quae rē s? s? (nom. sg.) Que coisa? Quae rē s? (nom. s? (nom. pl.) Que coisas? Quam rem? (ac. rem? (ac. sg.) Que coisa? Quās rē s? (ac. s? (ac. pl.) Que coisas? Quis? (nom. Quis? (nom. sg. ) Quem? Quem? (ac. Quem? (ac. sg. ) (A) quem? Quī ? (nom. ? (nom. pl. /plural de quis.) Quōs? (ac. s? (ac. pl./ plural de quem ) Cuius? (gen. Cuius? (gen. sg.) De quem? Quōrum? (gen. rum? (gen. pl. / pl. de cuius)
Resposta: Nominativo singular. Resposta: Nominativo plural. Resposta: Acusativo singular. Resposta: Acusativo plural. Resposta: Nominativo singular. Resposta: Acusativo singular. Resposta: Nominativo plural. Resposta: Acusativo plural. Resposta: Genitivo singular. Resposta: Genitivo plural.
F1 Fāmă uŏlat. [o boato voa] a. Quae rē s uŏlat?……………………………………………………………………………………………………..
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F2 Fortū Fortūnă est caecă caecă. [o destino é cego] a. Quae rē s est caeca?…………………………………………………………………………………………… F3 Immŏ Immŏdĭca iră iră creat insā insāniam. [a ira desmedida gera a loucura] immŏdica iră iră creat?………………………………………………………………………… a. Quam rem immŏ b. Quae rē s creat insaniam?…………………………………………………………………………………. ir ātus insanus?………………………………………………………………………………………. c. Est uir irā femĭnă irā irātă insā insānă?…………………………………………………………………………………… d. Est femĭ insānus?……………………………………………………………………………………………… e. Quis est insā F4 Debē Debēmus ī mus īram ram uitā uitāre. [devemos evitar a ira] Quam rem debē debēmus uitā uitāre?………………………………………………………………………………………….. F5 Maecē Maecēnas, am ī am īcus cus August ī August ī,, mē mē in numĕ numĕrō amicō amicōrum habet. [Mecenas, amigo de Augusto, me tem no rol de seus amigos]
a. Quis est am ī am īcus cus August ī August ī?…………………………………….…………………………………………….. ?…………………………………….…………………………………………….. b. Cuius est am ī am īcus cus Maecē Maecēnas?…………………………………………………………………………….. c. Quō Quōrum in numĕ numĕrō Maecē Maecēnas habet Horatium?………………………………………………… d.Quem d.Quem Maecenas in numĕ num ĕrō amicō amicōrum habet?………………………………………….…………… F6 Mŏdum tenē tenēre debē debēmus. [devemos guardar moderação] a. Quam rem tenē tenēre debē debēmus?………………………………………………………………………………. Debēs mŏ mŏdum tenē tenēre? Ego modum tenere ………………………………………………………… b. Debē Debētis mŏ mŏdum tenē ten ēre? Nos modum tenere………………………………………………………. c. Debē mŏdum tenē tenēre? Viri modum tenere……………………………………….………… d. Debent uiri mŏ e. Debent femĭ femĭnae mŏ mŏdum tenē tenēre? Feminae modum tenere…………………………………… mŏdum tenē ten ēre? Puellae modum tenere……………………………………….. f. Debent puellae mŏ F7 Multam pecū pecūniam deportat. [ele leva muito dinheiro] (completar as perguntas e dar-lhes as respectivas respostas) a. Quam rem puer deportat?…………………………………………………………………………………. b. Quam rem puella deportat?……………………………………………………………………………….. Pueri …………………………………………………………… c. Quam rem pueri ………………………? Pueri …………………………………………………………… Ego……………………………………………………………… d. Quam rem tu ………………………….? Ego……………………………………………………………… e. Quam rem nos………………………….? Vos……………………………………………………………… Vos……………………………………………………………… ………………………….? Nos …………………………………………………………….. f. Quam rem uos ………………………….? Nos F8 Errā Errāre est humā hum ānum. [errar é humano] Quotiens errat uir?………………………………………………………………………………………………….. Quis saepe errat? [quotiens? ‘quantas vezes’?; saepe ‘freqüentemente’]………………………. F9 Puellam meam magis quam ocŭ oc ŭlōs meō meōs amō amō. [amo minha menina mais do que meus olhos] Quis puellam amat? Ego puellam meam …………………………………………………………………. Tu puellam tuam ……………………………………………………………………………………………………. Nos puellam nostram……………………………………………………………………………………………… nostram ……………………………………………………………………………………………… Vos puellam uestram………………………………………………………………………………………………. uestram ………………………………………………………………………………………………. Illi puellam suam …………………………………………………………………………………………………… F10 Infin ī Infin ītus tus est numĕ num ĕrus stultō stultōrum. [o número dos insensatos é infinito] numĕrus est infin ī infin ītus?……………………………………………………………… tus?……………………………………………………………… a. Quōrum numĕ b. Amat uir stultus sapientiam?……………………………………………………………………………… c. Quam rem non amat uir stultus?………………………………………………………………………… [sapientia –ae ‘sabedoria’] Exercício:
Dizer o caso, caso , o número e a função sintática dos termos das orações, em latim. latim. 1.
sum , es, es, esse ser] Terră Terră rotundă rotundă est. [ A terra é redonda.] [terra.-ae (f) terra; rotundus, a, um redondo; sum, terra — função: caso: rotunda — função : caso:
2. Am ī Am īcus cus meus bonus est. [ Meu amigo é bom .] [amicus, [amicus, –i –i (m) amigo; meus, a, um meu; bonus, a, um
bom; sum, es, es, esse ser]
am ī am īcus cus meus — função: bonus — função:
caso: caso:
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[poeta, –ae –ae (m) poeta; pecū pecūnia, nia, –ae –ae (f) dinheiro; 3. Poeta pecū pecūniam non habet. [ O poeta não tem dinheiro .] [poeta, non não; habeo, habeo, –es –es,, –ere –ere (2) ter]
poeta — função: pecū pecūniam — função:
caso: caso:
[numĕrus, rus, –i –i (m) 4. Numĕ Numĕrus amicō amicōrum meō meōrum magnus est. [ O número de meus amigos é grande .] [numĕ número; am īcus –i (m) amigo; a migo; meus, a, um meu; magnus, a, um grande; sum, sum, es, es, esse ser] īcus,, –i
numĕ numĕrus — função: amicō amicōrum meō meōrum — função: magnus — função:
caso: caso: caso:
sabedoria. ] [uir, [uir, uiri (m) homem; 5. Vir stultus non amat sapientiam. [O homem insensato não ama a sabedoria.] stultus, a, um insensato; non não; am amōō, –ā –ās, –ā –āre (1) amar; sapientia, sapientia, –ae –ae (f) sabedoria]
uir stultus — função: sapientiam — função:
6.
caso: caso:
Ira femĭ femĭnae potest esse magna. [ A ira da mulher pode ser grande.] grande. ] [ īra īra,, –ae –ae (f) ira; femĭ femĭna, na, –ae –ae (f) mulher; possum, possum, potes, potes, posse poder; sum, sum, es, es, esse ser; magnus, a, um grande]
īra īra – função: femĭ femĭnae – função: magna — função:
caso: caso: caso:
7. Augustus, Augustus , dux Romae, Romae , Horatium am ī am īcum cum suum habet. [ Augusto, governante de Roma, considera Horácio seu amigo.] amigo.] [Augustus, [Augustus, –i –i (m) A ugusto; dux, dux, ducis (m) governante; Roma, Roma , –ae –ae (f) Roma; Horatius, Horatius, –i –i (m) Horácio; am ī am īcus cus,, –i –i (m) amigo; suus, a, um seu; habeō habeō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) considerar ] Augustus – função: Horatium — função: am ī am īcum cum suum — função:
caso:
caso: caso:
8. Pecū Pecūnia puellae parua est. [O dinheiro da jovem é pouco.] pouco.] [pecunia, [pecunia, –ae –ae (f) dinheiro; puella, puella, –ae –ae (f) jovem; paruus, a, um pouco; sum, sum, es, es, esse ser] pecū pecūnia – função: puellae — função: parua — função:
caso: caso: caso:
poetas. ] 9. Bona f ēmĭna poetis pecū pecūniam dat. [ A boa mulher dá dinheiro aos poetas.]
[bonus, a, um bom; femĭ femĭna, na, –ae –ae (f) mulher; poeta, poeta, –ae –ae (m) poeta; pecū pecūnia, nia, –ae –ae (f) dinheiro; dō dō, –ā –ās, –ă –ăre (1) dar]
bona femĭ femĭna — função: poetis – função: pecū pecūniam — função:
caso: caso: caso:
pátria.] [Brasilia, [Brasilia, –ae –ae (f) Brasil; patria, patria, –ae –ae (f) pátria; noster, noster, 10. Brasilia patria nostra est. [O Brasil é nossa pátria.] nostra, nostra, nostrum nosso; sum, sum, es, es, esse ser]
Brasilia – função: patria nostra – função:
caso: caso:
11. Habitā Habit āmus pulchram terram, terram , ubi natū natūra splendĭ splendĭda est, est , semper fecunda. [ Habitamos uma bela
terra, onde a natureza é esplêndida, sempre fec unda.] unda.] [habĭ [habĭtō, –ā –ās, –ā –āre (1) habitar; pulcher, pulcher, pulchra, pulchra, pulchrum belo; terra, terra, –ae –ae (f) terra; ubi onde; natū natūra, ra, –ae –ae (f) natureza; splendĭ splendĭdus, a, um esplêndido; sum, sum, es, es, esse ser; semper sempre; fecundus, a, um fecundo]
pulchram terram – função: natū natūra – função: splendĭ splendĭda — função: fecunda — função:
caso: caso: caso: caso:
terra. ] [Brasilia, [Brasilia, –ae –ae (f) Brasil; 12. Brasiliae agricŏ agric ŏlae terram amant. [Os agricultores do Brasil amam a terra.] agricŏ agricŏla, la, –ae –ae (m) agricultor; terra, terra, –ae –ae (f) terra; amō am ō, –ā –ās, –ā –āre (1) amar]
Brasiliae – função: agricŏ agricŏlae – função: terram — função:
caso: caso: caso:
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13. Est in Brasiliā Brasili ā magnus numĕ num ĕrus uirō uirōrum sine terr ī terr īs. s. [ Há no Brasil um grande número de homens sem terras.] terras.] [sum, [sum, es, es, esse existir, existir, haver; in (prep. + abl.) em; magnus, a, um grande; numĕ num ĕrus, rus, –i (m) –i (m) número; uir, uir, uiri (m) homem; sine (prep. + abl.) sem; terra, terra, –ae –ae (f) terra] in Brasiliā Brasili ā – função: magnus numĕ num ĕrus – função: uirō uirōrum – função : sine terr ī terr īss – função:
caso: caso: caso: caso:
14. Multi laudant patriam nostram, nostram , quia natū natūra et ora sunt pulchrae. [ Muitos louvam nossa pátria, porque a natureza e a praia são belas.] belas. ] [multus, a, um muito; laudo, laudo, –as –as,, –are –are (1) louvar; patria, patria, –ae –ae (f) pátria; noster, noster, nostra, nostra, nostrum nosso; quia porque; et e; ora, ora, –ae –ae (f) praia; sum, sum, es, es, esse ser; pulcher, pulcher, pulchra, pulchra, pulchrum belo] multi – função: patriam nostram – função: natū natūra et ora – função: pulchrae – função:
caso: caso: caso: caso:
Traduzir: 1. 2. 3. 4.
[debeō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) dever; moneō moneō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) aconselhar; mē mē (ac.) me] Debē Debēs monē monēre mē mē. [debeō [debeō, –ēs, –ē –ēre (2) dever; seruō seru ō, –ā –ās, –ā –āre (1) guardar; mē m ē (ac.) me] Debē Debētis seruā seruāre mē m ē. [debeō Nihil uideō uide ō. Quid uidē uid ēs? [nihil nada; uideō uideō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) ver; quid? quê?] –ae (f) vida; sine (prep. + abl.) sem; sem; pecū pecūnia, nia, –ae –ae (f) dinheiro; Vitam sine pecū pecūniā niā non amā am ātis. [u īta īta,, –ae
5.
–ae (f) ira; puella, puella , –ae –ae (f) jovem; laud laudō, –ā –ās, –ā –āre (1) louvar; Iram puellā puellārum laudā laud āre non debē deb ēs. [ īra īra,, –ae
non não; amō amō, –ā –ās, –ā –āre (1) amar]
non não; debeō debeō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) dever]
6.
Quid est uita sine philosophĭā philosoph ĭā?? [quid? quê? ; sum, sum, es, es, esse ser; uita, uita, –ae –ae (f) vida; sine (prep. + abl.) sem;
philosophĭ philosophĭa, –ae –ae (f) filosofia]
7.
puer , pueri (m) jovem; puella, puella , –ae –ae (f) jovem; amō amō, – Multi pueri puellā puell ās amant. [multus, a, um muito; puer, –āre (1) amar] ās, –ā
8. 9.
[filius, –i – i (m) filho; meus, a, um meu; nihil nada; dō dō, –ā –ās, –ă –ăre (1) dar] Filiō Filiō meō meō nihil datis. [filius, [am īcus cus,, –i –i (m) amigo; filius, filius, –i –i (m) filh o; meus, a, um meu; uideō uideō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) Am ī Am īcum cum filii mei uidē uid ēs. [am ī
10.
–ae (f) vida; paucus, a, um pouco; uir, uir, uiri (m) homem; fama, fama, –ae –ae (f) Vita paucis uiris famam dat. [u īta īta,, –ae
ver]
fama , dō, –ā –ās, –ă –ăre dar]
11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.
[mē (ac.) me; in (prep. + abl.) em; am īcus –i (m) amigo; Mē in numĕ numĕro amicō amicōrum tuō tuōrum habē hab ēs. [mē īcus,, –i tuus, a, um teu; habeō habeō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) considerar; numĕ numĕrus, rus, –i –i (m) rol] [uir, uiri (m) homem; magnus, a, um grande; paucus, a, um Viri magni paucō paucōs am ī am īccōs saepe habent. [uir, pouco; am īcus īcus,, –i –i (m) amigo; saepe freqüentemente; habeō habeō, –ē – ēs, –ē –ēre (2) ter] Sapientiam magnō magn ōrum uirō uirōrum non semper uidē uid ēmus. [sapientia, [sapientia, –ae – ae (f) sabedoria; magnus, a, um grande; uir, uir, uiri (m) homem; non não; semper sempre; uideō uideō, –ē – ēs, –ē –ēre (2) ver] pericŭlum, lum, –i –i (n) perigo; sum, sum, In magnō magnō pericŭ pericŭlō sŭmus. [in (prep. + abl. ) em; magnus, a, um grande; pericŭ es, es, esse estar] V īta mult īss pericŭ pericŭl īs. īta,, –ae –ae (f) vida; non não; sum, sum , es, es, esse existir, existir, haver; sine (prep. īta non est sine mult ī īs. [u īta + abl.) sem; multus, a, um muito; pericŭ pericŭlum, lum, –i –i (n) perigo] uir , uiri (m) homem; periculum, periculum , –i –i (n) Stultus uir pericŭ peric ŭla belli laudat. [stultus, a, um insensato; uir, perigo; bellum, bellum, –i –i (n) guerra; laudō laudō, –ā –ās, –ā –āre (1) louvar] [uērus, a, um verdadeiro; am ī am īcus cus,, –i –i (m) amig o; sum, sum, es, es, esse ser; paucus, paucus, a, um um V ēri am ī am īci ci sunt pauci. [uē pouco] [pecūnia, nia, –ae –ae (f) dinheiro; habeō habeō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) ter; non não] Pecuniam habē hab ētis? Non habē hab ēmus. [pecū Pecuniam habē hab ēs? Non habeō habeō. [pecū [pecūnia, nia, –ae –ae (f) dinheiro; habeō habeō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) ter] [patria, –ae –ae (f) pátria; poeta, poeta, –ae –ae (m) poeta; sum, sum, es, es, esse ser; insŭ insŭla, la, –ae –ae (f) Patria poetae est insŭ ins ŭla. [patria, ilha]
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Segunda Lição O imperativo presente ativo, o futuro imperfeito do indicativo da primeira e segunda conjugações; a terceira declinação; os adjetivos de segunda classe.
F11 Secrē Secrētē am ī am īccōs admŏ admŏnē; laudā laud ā palam. (Publílio Siro) Adverte os amigos em particular; louva-os em público.
[secrē [secrētē (adv.) secretamente, em particular; am ī am īcus, cus, –i (m) amigo; admoneō admone ō, –ē – ēs, –ē – ēre (2) advertir; laudō laudō, –ā – ās, – āre (1) louvar; palam (adv.) em público]
F12 Sanam f ōrmam uitae tenē ten ētē. (Sêneca) Tende uma forma sadia de vida.
[sanus, a, um sadio; f ōrma, –ae (f) forma; uita, –ae (f) vida; teneō teneō, –ē s, –ē re re (2) ter]
F13 Remedium ī Remedium īrae rae est mŏ mŏra. (Sêneca) O remédio da ira é a demora.
[remedium–i [remedium–i (n) (n) remédio; ī remédio; īra, ra, –ae (f) ira; sum, es, esse (irr.) ser; mŏ mŏra, –ae (f) demora]
F14 Da mi multă mult ă basiă basiă. (Catulo) Dá-me muitos beijos.
[dō [dō, –ās, –ăre (1) dar; mi (dat. do pron. pron. pess.) a mim; multus, a, um muito; basium, –i (n) –i (n) beijo]
F15 Praeclā Praeclāră sunt rară rar ă. (Cícero) As coisas notáveis são raras.
[praeclā [praeclārus, a, um notável; sum, es, esse ser; rarus, a, um raro]
F16 Semper glō glōriă riă et f āmă tuă tuă manē manē bunt. (Vergílio) A tua glória e fama sempre permanecerão.
[semper (adv.) sempre; glō gl ōria, –ae (f) glória; et (conj.) e; f āma, –ae (f) fama; tuus, a, um teu; maneō maneō, –ē –ēs, –ē – ēre (2) permanecer]
F17 Si quandō quand ō satis pecuniae habē hab ē bō bō, tum mē m ē philosophiae dabō dab ō. (Sêneca) Se um dia eu tiver bastante dinheiro, então me dedicarei à filosofia.
[si (conj.) se; satis (adv.) bastante; pecū pec ūnia, –ae (f) dinheiro; habeō habeō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) ter; tum então; mē mē (ac. do pron. pess.) me; philosophĭ philosophĭa, –ae (f) filosofia; dō dō, –ā –ās, –ă –ăre (1) dedicar]
F18 Propter adulescentiam, filii mei, mală mal ă uitae non uidē uid ētis. (Terêncio) Por causa de vossa juventude, meus filhos, não vedes os males da vida.
[propter (prep. + ac.) por causa de; adulescentia, –ae (f) juventude; juventude; filius, –i (m) filho; meus, a, um meu;mă meu;mălum, –i (n) mal; uita, –ae (f) vida; non (adv.) não; uideō uideō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) ver]
F19 Vbi lēgēs ualent, ibi pŏ p ŏpŭlŭs potest ualē ual ēre. (Publílio Siro) Onde as leis são fortes, ali o povo pode ser forte.
[ubi onde; lex (lecs), legis (f) lei; ualeō ualeō, –ē – ēs, –ē –ēre (2) ser forte; ibi ali; pŏ pŏpŭlus, –i (m) povo; possum, potes, posse poder]
F20 Mal ī ī sunt in nostrō nostr ō numĕ numĕrō et dē exitiō exitiō bŏnōrum uirō uirōrum cogĭ cogĭtant. Bonō Bon ōs adiuuā adiuu āte; conseruā conseruāte pŏ pŏpŭlŭm Romā Romānum. (Cícero) Os maus estão em nosso meio e planejam sobre a destruição dos homens de bem. Ajudai os bons; preservai o povo romano. [mă [mălus, a, um mau; sum, es, es, esse estar; in (prep. + abl.) em; noster, nostra, nostrum nosso; numĕ numĕrus, –i (m) meio; et e; de (prep. + abl. ) sobre; exitium, –i (n) destruição; bonus, a, um bom; uir, uiri (m) homem; cogĭtō, – adi ŭuō, –ās, –āre (1) ajudar; conseruō conseruō, –ās, –āre (1) preservar; pŏ p ŏpŭlus, –i (m) povo; ās, –āre (1) planejar; adiŭ Romā Romānus, a, um romano]
Publílio Siro Catulo
Publilius Syrus (1 o séc. a.C.) C. Valerius Catullus ( c. 84–c.54 a.C.)
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Informações gramaticais A.
Imperativo presente: Zero (ø) é a marca da segunda pessoa do singular, – te, te, a da segunda pessoa do plural: amā ø uid ē ē ø
ama / vê /
amāte amai uid ē t e vede ēte
Futuro imperfeito do indicativo ativo na voz voz ativa da primeira e segunda segunda conjugações:
amā amā bō bō amā amā bis amā amā bit
amā amā bimus amā amā bitis amā amā bunt
uidē uidē bō bō uidē uidē bis uidē uidē bit
uidē uidē bimus uidē uidē bitis uidē uidē bunt
O sufixo modo–temporal é –b – b– para a primeira pessoa do singular, – bu– bu– para a terceira pessoal do plural e –bi – bi – para as as demais pessoas. [–b [– b–/ –bi –bi –/–bu –/–bu–] –] O verbo ĕ sse tem sse tem formação própria para o futuro:
ĕrō ĕris ĕrit
ĕrimus ĕritis ĕrunt
O radical es– es– mudou par er–, er–, devido à regra do rotacismo, i.e., o s, em posição intervocálica muda para r : *eso ⇒ ero, *esis ⇒ eris etc. B. Nomes da terceira declinação. A terminação do genitivo singular é –is. –is. Admite essa declinação três gêneros: masculino, feminino e neutro. É uma declinação onde ocorrem mudanças significativas no tema do nominativo. Conforme se anunciou na primeira lição, para a obtenção do tema de um nome em latim, basta isolar a terminação do genitivo plural. Assim é que se obtém o tema * terra– terra– a partir de terra-rum, *dom * domĭ no– no– a partir de domino-rum. A desinência do genitivo plural da terceira declinação é –um –um,, tanto para os temas terminados em consoante, os consonânticos, quanto para os que terminam em – i , os sonânticos. Paradigma dos temas consonânticos não-neutros : consul, – is [cônsul]; dos temas sonânticos não-neutros: ciuis, – is [cidadão]; dos temas consonânticos neutros: sidŭ sid ŭs, – ĕ ris ris [astro]; dos temas sonânticos neutros: marĕ mar ĕ, –is –is [mar]. consonântico não-neutro sonântico não-neutro singular plural singular plural nom consŭ consŭlø consŭ consŭlēs ciuĭ ciuĭs ciuē ciuēs gen consŭ consŭlĭs consŭ consŭlŭm ciuĭ ciuĭs ciuiŭ ciuiŭm dat consŭ consŭl ī ī consŭ consŭlĭ bus bus ciu ī ciuĭ ciuĭ bus bus ac consŭ consŭlĕm consŭ consŭlēs ciuĕ ciuĕm ciuē ciuēs ( īs) īs) abl consŭ consŭlĕ consŭ consŭlĭ bus bus ciuĕ ciuĕ ciuĭ ciuĭ bus bus voc consŭ consŭl ø consŭ consŭlēs ciuĭ ciuĭs ciuē ciuēs
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consonântico neutro singular plural nom sidŭ sidŭsø sidĕ sidĕră gen sidĕ sidĕrĭs sidĕ sidĕrŭm dat sidĕ sidĕr ī sidĕ sidĕrĭbus ac sidŭ sidŭsø sidĕ sidĕră abl sidĕ sidĕrĕ sidĕ sidĕrĭbus voc sidŭ sidŭsø sidĕ sidĕră terminações: masculino & feminino singular plural nom –s/–ø –s/–ø –ē s gen –ĭ s –ŭm dat –ī –ĭ bus bus ac –ĕ m –ē s (–ī s) abl –ĕ (ī ) –ĭ bus bus voc –s/–ø –s/–ø –ē s
sonântico neutro singular plural marĕ marĕø mariă mariă marĭ marĭs mariŭ mariŭm mar ī maribus marĕ marĕø mariă mariă mar ī maribus marĕ marĕø mariă mariă neutro singular plural –ø –ă –ĭ s –ŭm –ī –ĭ bus bus –ø –ă –ĕ (–ī ) –ĭ bus bus –ø –ă
C. Adjetivos de segunda classe.
Os adjetivos que se servem das desinências casuais da terceira declinação são chamados de segunda classe. Dividem-se em triformes, biformes e uniformes. São triformes os que, no nominativo singular, singular, têm uma forma para o masculino — acer —, outra para o feminino — acrĭ acr ĭs — e outra para o neutro — acrĕ acr ĕ [acer (m), acris (f), acre (n) agudo]; biformes, os que têm uma forma para o masculino e feminino — fort ĭs — e outra para o neutro — fortĕ fortĕ [ fortis (m&f), forte (m&f), forte (n) corajoso]; uniformes, os que têm apenas uma forma para o masculino, o feminino e o neutro — prudē prudēns [ prudens (m, f, n) prudente, sábio].
nom gen dat ac abl voc
masculino singular plural acerø acrē acrēs acrĭ acrĭs acriŭ acriŭm acr ī acr ī acrĭ acrĭ bus bus acrĕ acrĕm acrē acrēs ( ī ( īs) s) acr ī acr ī acrĭ acrĭ bus bus acerø acrē acrēs
nom gen dat ac abl voc
nom gen dat ac abl voc
feminino singular plural acrĭ acrĭs acrē acrēs acrĭ acrĭs acriŭ acriŭm acr ī acrĭ acrĭ bus bus acrĕ acrĕm acrē acrēs ( ī ( īs) s) acr ī acrĭ acrĭ bus bus acrĭ acrĭs acrē acrēs
masculino & feminino singular plural fortĭ fortĭs fortē fortēs fortĭ fortĭs fortĭŭ fortĭŭm m fort ī fort ī fortĭ fortĭ bus bus fortĕ fortĕm fortē fortēs ( ī ( īs) s) fort ī fort ī fortĭ fortĭ bus bus fortĭ fortĭs fortē fortēs
masculino & feminino singular plural prudē prudēns prudĕ prudĕntē ntēs prudĕ prudĕntĭ ntĭs prudĕ prudĕntĭ ntĭum prudĕ prudĕnt ī nt ī prudĕ prudĕntĭ ntĭ bus bus prudĕ prudĕntĕ ntĕm prudĕ prudĕntē ntēs ( ī ( īs) s) prudĕ prudĕnt ī nt ī (ĕ) prudĕ prudĕntĭ ntĭ bus bus prudē prudēns prudĕ prudĕntē ntēs
singular fortĕ fortĕø fortĭ fortĭs fort ī fort ī fortĕ fortĕø fort ī fort ī fortĕ fortĕø
neutro singular plural acrĕ acrĕø acriă acriă acrĭ acrĭs acriŭ acriŭm acr ī acrĭ acrĭ bus bus acrĕ acrĕø acriă acriă acr ī acrĭ acrĭ bus bus acrĕ acrĕø acriă acriă neutro plural fortiă fortiă fortiŭ fortiŭm fortĭ fortĭ bus bus fortiă fortiă fortĭ fortĭ bus bus fortiă fortiă neutro
singular prudē prudēns prudĕ prudĕntĭ ntĭs prudĕ prudĕnt ī ī prudē prudēns prudĕ prudĕnt ī ī (ĕ) prudē prudēns
plural prudĕ prudĕntiă ntiă prudĕ prudĕntiŭ ntiŭm prudĕ prudĕntĭ ntĭ bus bus prudĕ prudĕntiă ntiă prudĕ prudĕntĭ ntĭ bus bus prudĕ prudĕntiă ntiă
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Comentários morfo-fonológicos:
Há, no latim clássico, uma estreita correspondência entre letra e fonema, i.e., a cada letra corresponde um fonema. A letra x , no entanto, tem sempre o valor dos fonemas k e s. Na palavra dux, ducis [chefe], por exemplo, o x encobre a realidade do radical *duk * duk– – e a da terminação do nominativo singular – s, ou seja, /duks/. Na terceira declinação, nos nomes masculinos e femininos, a marca do nominativo singular é –s – s ou sua ausência, ausência, notada zero (ø). Quando o –s – s se liga ao tema de uma palavra, pode haver acomodações fonéticas. Examine–se, por exemplo, uma palavra como 〈lex, legis〉 /leks, legis/, legis/, cujo tema é /leg–/. leg–/. Acrescentando–se a desinência – s, o nominativo seria *legs * legs.. Ocorre, porém, que, por ser uma consoante surda, o s ensurdece o g, que é uma consoante sonora, fazendo que ele mude para k sua homorgânica surda: /*legs /* legs// ⇒ /leks/ leks/ 〈lex 〉 . É uma assimilação parcial, quanto à sonoridade. Pode, no entanto, essa assimilação ser total, quando o tema termina termina em –t –t , como é o caso de dos, dos, dotis: dotis: *dots ⇒ doss ⇒ dos, dos, onde houve a assimilação do t ao t ao s e, posteriormente, uma simplificação das consoantes geminadas em posição final de palavra — em outra posição não há essa simplificação, como se pode ver em possum, possum, de * potsum * potsum . Quando o tema termina em uma consoante sonora, primeiro se aplica a regra do ensurdecimento, havendo, pois, um ordenamento na aplicação das regras, que, para efeitos de melhor visualização, se formaliza a seguir: a. c. son. ⇒ c. su. / — c su que se lê: uma consoante sonora muda para consoante surda, antes de consoante surda. b. ⇒ t s / –s o t muda para s, antes de s. O d , pois, de *lapid * lapid , que é uma consoante sonora, primeiro muda para t , conforme a regra (a) acima mencionada, e só depois é que ocorre a assimilação do t pelo t pelo s: *lapid –s ⇒ *lapits ⇒ (assimilação parcial, quanto à sonoridade) * lapiss ⇒ (assimilação total do t ao t ao s) lapis (simplificação das geminadas, em final de palavra). Nas palavras sonânticas sincopadas, primeiro ocorre a queda da vogal para, depois, poder aplicar–se a regra de assimilação: em * fontis, fontis , por exemplo, dá–se, primeiramente, a síncope do i e i e só depois a assimilção do –t ao t ao –s –s —: * fontis ⇒ * fonts (síncope do i ) ⇒ * fonss (assimilção do t ao t ao s) ⇒ fons (simplificação das geminadas).
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Leitura
8 Miser Catulle, desĭ des ĭnās inept ī inept īre, re, Infeliz Catulo, deixa de loucura, et quod uidē uidēs perisse perdĭ perdĭtum ducā duc ās. e o que pereceu considera perdido. Fulsē Fulsēre quondam candĭ cand ĭdi tibi sō s ōlēs, Outrora brilharam–te dourados sóis cum uentitā uentit ā bā bās quō quō puella ducē ducē bat quando ias aonde levava a menina amā amāta nō nō bis quantum ambā amb ā bĭ bĭtur nulla. amada por nós como ninguém será; Ibi illa multa tam ioc ōsa fiē fiē bant, lá muitos deleites havia que bem quae tu uolē uol ē bas nec puella nolē nol ē bat. querias tu e ela não queria mal. Fulsē Fulsēre uē u ērē candĭ candĭdi tibi sō s ōlēs. É certo, brilharam–te dourados sóis… Nunc iam illa non uolt; tu quoque,inp ŏtens Agora ela não quer; tu, louco, não queiras nem busques quem foge nem vivas aflito, nōli, nec quae fugit sectā sect āre, nec miser uiue, porém duramente suporta, resiste. sed obstinā obstin āta mente perfer, obdū obd ūra. Vai, menina, adeus, Catulo já resiste, Vale, puella, iam Catullus obd ūrat, não vai te implorar nem à força exigir–te nec te requ īret rogā bit inu ī inu ītam; tam; mas quando ninguém te quiser vais sofrer. īret nec rogā at tu dolē dol ē bis, cum rogabĕ rogab ĕris nulla. Ai de ti, maldita, que vida te resta? Scelesta, uae tē t ē; quae tibi manet u ī u īta! ta! Pois quem vai te ver? P’ra quem te Quis nunc te ad ī ad ī bit? bit? Cui uidē uid ē bĕ bĕris bella? enfeitarias? Quem nunc amā am ā bis? Cuius esse dicē dicēris? E quem vais amar? amar? De quem dirás que és? Quem basiā basi ā bis? Cui labella labella mordē mordē bis? Quem hás de beijar? Que lábios vais morder? At tu, Catulle, destin ātus obdū obdūra. Mas tu, Catulo, resoluto, resiste. (Catulo) (Trad. de João Angelo Oliva Neto) Novas formas de interrogar:
1. 2. 3. 4. 5. 6.
Quŏmŏd ō? (abl.sg.) Cui (dat. sg.) Quibus? (dat. pl. ) Cuius rei? ( gen. sg.) Quārum rē rum? rum? ) (gen.pl.) Quō in locō? ( abl. sg.)
Como? A quem? Plural de cui. De que coisa? De que coisas? Em que lugar? Vbi? Onde?
Resp.: Adj. Adverbial Resp.: Dativo singular. Resp.: Dativo plural. Resp.: Genitivo singular. Resp.: Genitivo plural. Resp.: Adj. Adverbial
Responder, em latim, às perguntas:
F11. Secrē Secrētē am ī am īccōs admŏ admŏnē; laudā laudā palam. [adverte [ adverte os amigos em particular; louva-os em público] público] a. Quomŏd ō am īc debēs admonē admonēre? Ego re? Ego amicos admonere ……………………………………………… īcōs debē crētē debē debēs admonē admonēre? ……………………………………………………………………………………… b. Quōs sēcrē deb ētis admonē admon ēre? Nos palam non debemus ………………………………………………. c. Quōs palam debē Am īccōs possum palam admonē admon ēre? Tu …………………………………………………………………………… d. Am ī F12. Sanam f ōrmam uitae tenē ten ētē. [guardai [guardai uma forma sadia de vida] vida ] tenēre debē debēs? Ego ………………………………………………………………………………………. a. Quam rem tenē ten ēre? ………………………………………………………………………… b. Est bonum sanam f ōrmam uitae tenē c. Cuius rei sanam rei sanam f ōrmam tenē tenēre debē debēmus? Vos ……………………………………………………………… Debeō sanam f ōrmam uitae tenē ten ēre? Tu …………………………………………………………………………. d. Debeō e. Habet uir sanus sanam uitam?……………………………………………………………………………………… F13. Remedium ī Remedium īrae rae est mŏ m ŏra. [o [ o remédio da ira é a demora] demora ] rei remedium est mora?………………………………………………………………………………………. a. Cuius rei remedium b. Est remedium irae mor a?……………………………………………………………………………………………… F14. Da mi multa basia. [dá-me [ dá-me muitos beijos] beijos]
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a. b. c. d. e. f.
Quās rē s tū mi das? Ego tibi ………………………………………………………………………………………… tibi ………………………………………………………………………………………… Quās rē s uōs nō nō bis datis? N ōs uōbis ……………………………………………………………………………… Quās rē s puella Catullō Catullō dat? Puella ………………………………………………………………………………. Cui tu Cui tu multa basia das? ……….…………………………ego ………………………………………………………. Quibus uōs multa basia datis? …………………….nos …………………………………………………………… Cui puella Cui puella multa basia dat?……………………………. puella ……………………………………………………
F15. Praeclā Praeclāra sunt rara. [as coisas notáveis são raras] raras] a. Quae rē s sunt rarae? …………………………………………………………………………………………………….. praecl ārae res?……………………………………………………………………………………………… b. Sunt rarae praeclā F16. Semper glō glōria et f āma tua manē man ē bunt. [a [ a tua glória e fama sempre permanecerão] permanecerão ] a. Quotiens glō glōria et fama tua manē man ē bunt?…………………………………………………………………………. man ē bunt?………………………………………………………………………………………… b. Quae rē s semper manē Manē bit semper fama tua? Fama mea …………………………………………………………………………. …………………………………………………………………………. c. Manē Manē bit semper gloria uestra? Gloria nostra ………………………………………………………………… d. Manē e. Quās rē s tu semper habē hab ē bis? Ego ………………………………………………………………………………… glōria rē rēs bona?……………………………………………………………………………………………………… f. Est glō F17. Si quando satis pecū pecūniae habē habē bō bō, tum me philosophĭ philosoph ĭae dabō dabō. [se um dia eu tiver bastante dinheiro, então me dedicarei à filosofia] filosofia ] philos ŏphus multam pecū pec ūniam?…………………………………………………………………. a. Habet nunc philosŏ rei mē dabō dab ō si pecū pecūniam habē hab ē bō bō? …………………………… tē t ē …………………………………………. b. Cui rei m philosophĭa rē rēs bona?…………………………………………………………………………………………….. c. Est philosophĭ d. Est pecū pecūnia rē rēs bona?………………………………………………………………………………………………….. F18. Propter adulescentiam, filii mei, mala uitae non uidē uid ētis. [ por [ por causa da vossa juventude, meus filhos, não vedes os males da vida ] adulescent ēs non uident?……………………………………………………………………………….. a. Quās rē s adulescentē Vidēs tu mala uitae? Ego ……………………………………………………………………………………………. b. Vidē ……………………………………………………………………………………. c. Vident pueri mala uitae? Pueri ……………………………………………………………………………………. d. Cuius rei mala rei mala non uident adulescentes?……………………………………………………………………….. r ēs bona?………………………………………………………………………………………………………… e. Est uita rē F19. Vbi legē leg ēs ualent, ibi pŏ p ŏpŭlus pŏ pŏtest ualē ualēre.[onde re.[onde as leis são fortes, ali o povo pode pode ser forte] forte] pŏpŭlus ualĭ ual ĭdus ubi legē leg ēs sunt ualĭ ual ĭdae?…………………………………………………………………… a. Est pŏ p ŏpŭlus ubi legē leg ēs non ualent?………………………………………………………………………………. b. Valet pŏ c. Tu potes ualē ualēre? Ego ………………………………………………………………………………………………….. r ēs bonae?…………………………………………………………………………………………………… d. Sunt leges rē Debēmus nos semper esse ualĭ ual ĭdi? V ōs …………………………………………………………………………. e. Debē ualēre?……………………………………………………………………………………………………… f. Quis potest ualē g. Quae rē s semper debent esse?……………………………………………………………………………………… F20. Mali sunt in nostrō nostrō numĕ numĕrō et dē dē exitiō exitiō bonō bonōrum uirō uir ōrum cogĭ cogĭtant. Bonō Bonōs adiuuā adiuu āte; conseruā conseruāte pŏ pŏpŭlum Romā Rom ānum. [os [ os maus estão em nosso meio e planejam [sobre] sobre] a destruição dos homens de de bem. Ajudai os bons; preservai o povo romano] romano ] Qui dē exitiō exitiō bonō bonōrum uirō uirōrum cogĭ cogĭtant?……………………………………………………………………… a. Qui d exitiō mali cogĭ cogĭtant?…………………………………………………………………………………... b. Quōrum de exitiō debēmus adiuuā adiuu āre? V ōs ………………………………………………………………………………………. c. Quōs debē d. Quem conseruā conseruāre debē debēmus? ……………………… u ōs …………………………………………………………. adiuu ās am ī am īcum cum tuum? Ego ……………………………………………………………………………………. ……………………………………………………………………………………. e. Tu adiuuā adiuu ātis amō amōcos uestros? Nō N ōs ………………………………………………………………………………. f. V ōs adiuuā Novas frases:
1. Homō Homō locum ōrnat, non homĭ hom ĭnem locus. [o [ o homem enfeita o lugar, não o lugar o homem ] a. Quem locus non ōrnat?………………………………………………………………………………………………….
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b. Quis locum ornat?………………………………………………………………………………………………………… c. Quam rem homo ornat?…………………………………………………………………………………………………
2. Sub omn ī omn ī lapĭ lapĭdĕ scorpiō scorpiō dormit. [sob [sob toda pedra dorme um escorpião] escorpião ] a. Quo in loco scorpiō scorpiō dormit?…………………………………………………………………………………………… Vbi scorpiōō dormit?………………………………………………………………………………………………………. b. Vbi scorpi 3. a. b. . 4. a. b. c.
Nobilĭ Nobilĭtat stultum uestis honest ă uirum. [a [a roupa elegante enobrece o homem tolo] tolo ] Quem uestis honesta nobilĭ nobil ĭtat?………………………………………………………………………………………. Quae res stultum uirum nobilĭ nobil ĭtat?………………………………………………………………………………….. Habet suum uenē uen ēnum blandă bland ă orā orātiō tiō. [tem seu veneno a fala macia] macia ] Quae res habet uenē uenēnum?……………………………………………………………………………………………… Quam rem blanda oratiō orati ō habet?…………………………………………………………………………………….. Quo in loc ō est uenē uenēnum? In ………………………………………………………………………………………..
d. a. b. c. d. e.
Mēns sană sană in corpŏ corpŏre sanō sanō. [uma [uma mente sadia num corpo sadio] sadio ] Quae rē s in corpore sanō sanō est?………………………………………………………………………………………… Quo in loc ō est mē mēns sana?……………………………………………………………………………………………. Habet corpus sanum mentem sanam?……………………………………………………………………………. Quam rem habet corpus sanum?……………………………………………………………………………………. Est mē mēns sana rē r ēs bona?…………………………………………………………………………………………………
5. a. b. c. d.
Mors lup ī lup ī agn ī agn īss uită uită. [a [a morte do lobo é vida para os cordeiros ] Cuius mors est uita agn ī agn īs?…………………………………………………………………………………………….. s?…………………………………………………………………………………………….. Quibus mors lupi est uita?…………………………………………………………………………………………….. Est mors lupi rē r ēs bona?…………………………………………………………………………………………………. Est mors agni res bona?………………………………………………………………………………………………….
6. Prudē Prudēns cum curā cur ā uiuit, stultus sine cur ā. [o [o prudente vive com cuidado, o insensato sem cuidado] cuidado] curā uiuit?……………………………………………………………………………………………………… a. Quis sine curā curā uiuit?……………………………………………………………………………………………………… b. Quis cum curā prudēns?……………………………………………………………………………………………….. c. Quomŏdo uiuit prudē d. Quomŏdo uiuit stultus?…………………………………………………………………………………………………. e. Viuit stultus cum cur ā?………………………………………………………………………………………………….. prudēns sine curā cur ā?………………………………………………………………………………………………… f. Viuit prudē Trabalho
Na F11 secrē t t ē ē amī cōs adm ŏnē [adverte os amigos em particular], a forma verbal adm ŏnē está no modo ………………………, na ……………. pessoa, do ………………. Seu plur al é: ……………………… A marca da segunda pessoa do singular do modo imperativo é zero ( ø ) e a da segunda pessoa do plural é –te. –te. Observe que a formação do imperativo em português tem características semelhantes às do latim. Em português, à exceção do verbo ser, o imperativo se forma a partir da segunda pessoa do singular e do plural, respectivamente, com a supressão da letra – s. Examine–se, por exemplo o verbo ver: a segunda pessoa do singular do presente do indicativo é (tu) vês e a da segunda pessoa do plural é vedes; com a supressão do –s, obtêm–se as formas vê (tu) e vede (vós). Numa frase como manē nobiscum, Dom ĭ ne ne [fica conosco, Senhor], a forma manē man ē está no modo ………………………., na ………………………pessoa, do ……………………………… O plural do verbo manē re re [ficar, permanecer] é: …………………………. Permanecei aqui , diz–se, portanto, em latim ……………………hic. Na F12 sanam f ōrmam uitae tenē t t ē ē [tende uma forma sadia de vida], tenete está no modo ………………, na ……………… pessoa do …………………….
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Tenē re re é um verbo da …………………… conjugação. Já laud āre [louvar], cogit āre [pensar], adiuuāre [ajudar], conseruāre [conservar], d ăre [dar] são verbos da ………………conjugação. O imperativo singular e plural desses verbos é : ……………… …... / ……………………….
[louva / louvai]
………………… …/ ………………………… [pensa / pensai] …………………... / ………………………… [ajuda / ajudai] ………………… ./ ………………………… [conserva / conservai] …………………. / ………………………….. [dá / dai] Na F16 semper gl ōria et f āma tua man ē bunt bunt [a tua glória e fama sempre permanecerão], a forma verbal manebunt está no futuro imperfeito do indicativo, ………………………. pessoa do ………………… O tema desse verbo é …………………………., ……… …………………., – bu– bu– é o ……………………………… e – nt a nt a …………………… Nas outras pessoas, sua conjugação é: ego ……………………………………………………….tu …………………………………………………………ille ………………………………………………………..nos ……………………………………………………….uos ………………………………………………………. Eu te ajudarei diz–se ajudarei diz–se em latim ego te adiuu ābo – tu me ajudarás: tu me …………………………… — ele te ajudará: ille te ………………………………………… nós te ajudaremos: nos te …………………….. vós nos ajudareis: uos nos ………………………………… eles me ajudarão: illi me ……………………………………Eu te darei muitos beijos se diz em latim ego tibi multa basia ……………………… tu me darás muitos beijos tu mihi multa basia ……………………………………….. A frase de Juvenal mens sana in corpore sano [uma mente sadia num corpo sadio] contém dois substantivos de terceira declinação – mē ns ns e corpus. corpus. Mens está no caso …………………………. Corpŏre está no caso ……………………… O adjetivo sana, sana, feminino de sanus, sanus, indica que o gênero de mē ns ns é feminino, já que entre o substantivo e o adjetivo tem de haver concordância de gênero, número e caso. O acusativo singular de mē m ēns sana é :…………………………………………….. O substantivo corpus é neutro de terceira declinação. Seu nominativo é corpus sanum. sanum. As terminações dos substantivos de terceira declinação dos nomes não–neutros (masculinos e femininos) são: –s/ ø no nominativo, –is no genitivo, –ī no no dativo, –em no acusativo, –e no ablativo; a desinência do vocativo é a mesma da do nominativo. O plural dos nomes de terceira declinação tem as seguintes desinências: –ē s, nom. pl.; –ŭm, gen. pl.; –ĭ bus, bus, dat. pl.; –ē s, ac. pl.;– ĭ bus, bus, abl. pl.; o vocativo tem a mesma terminação do nominativo. Essas desinências se acrescentam ao tema do nome, que nem sempre é o do nominativo. Para declinar, por exemplo, uma palavra como homō, há necessidade de se saber seu tema. O dicionário dá essa informação. No vocabulário, que aparece no corpo e no final de cada lição, essa informação também é fornecida, i.e., de cada substantivo dá–se a informação de seu nominativo e genitivo; o genitivo de homō é homĭ nis. nis. Para se dar seqüência à sua declinação, basta acrescentar ao tema homin– as terminações casuais. O dativo de homō será, pois, …………………, o acusativo ………………, o ablativo ………… O nominativo plural será ……………………, o gen. pl. ……………………, o dat. pl. ………………………, o ac. pl. …………………., o abl. pl. ……………………. regi ō, –ōnis (f), i.e., regi ō, nom., regi ōnis, gen.., se declina nos outros casos:
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dat.sg. …………………, ac. sg. ………………………, abl. sg. ……………………….nom. pl. ……………………, gen. pl. …………………………, dat. pl. ………………………., ac. pl. …………………, abl. pl. …………………… ciuit ās, ciuit ātis [cidade, estado] declina–se no dat.sg ……………………, ac. sg. ……………………, abl.sg. ……………………………………, nom.pl. ………………………………, gen..pl.………………………………………, dat.pl. ………………………………, ac. pl. ………………………, abl. pl. ……………………… A terceira declinação tem, como já se viu, substantivos neutros, que têm as mesmas desinências no nominativo, acusativo e vocativo, no singular e no plural. Nos outros casos — genitivo, dativo e ablativo, tanto no singular quanto no plural —, as terminações são as mesmas dos substantivos não–neutros. Se, pois, corpus é o nominativo, também será assim escrito no acusativo e no vocativo. Termina em –a o plural dos neutros desses desses três casos. casos. A declinação de tempus, tempŏris (n) [tempo] nos casos abaixo será, pois, ……………. (dat.sg.); ……………………… (ac.sg.); ……………………………(abl.sg.). No plural: ……………………… (nom.); ……………………… (gen.); ……………………… (dat.); …………………… (abl.). Indique o caso e o número das terminações da terceira declinação: –ē s…………………………; ………………………… ; –ĭ bus…………………………; bus…………………………; –ă…………………………; ………………………… ; –ŭm…………………………; ………………………… ; –ĕ m…………………………; –ī …………………………; ………………………… ; –ĕ …………………………; ………………………… ; –ĭ s………………………… Decline no singular e plural os seguintes sintagmas: magnum tempus [magnus, a, um = grande/ tempus, –ŏris (n) = tempo]; magna uirt ūs [magnus, a, um (cf.)/ uirtus, uirt ūtis (f) = coragem, virtude]; magnus rex [magnus, a, um (cf.) / rex, regis (m)]; magnus amor [magnus, a, um (cf.) / amor, amōris (m) = amor] sg. nom. magnum tempus gen. dat. ac. abl. voc. sg. nom. gen. dat. ac. abl. voc.
pl.
sg. magna uirtus
pl.
magnus rex
sg.
pl.
pl.
magnus amor
Diga o caso, o gênero e o número em que estão os sintagmas abaixo: [labor, –ō –ōris (m) trabalho, sofrimento; multus, a, um muito]
labōre multo………………………………………… multo…………………………………………lab labōri multo………………………………………. multo ……………………………………….lab labōris multi …………………………………………….lab ……………………………………………. labōres multi …………………………………………… multi …………………………………………… [pax, pacis (f) paz; perpetuus, perpetuus, a, um perpétuo]
pacis perpetuae ……………………………………………. ……………………………………………. pace pace perpetua …………………………………………. paci perpetuae ……………………………………………. [ciuitas, –atis (f) cidade; paruus, a, um pequeno]
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ciuit ātum paru ārum………….…………………………………………………………………. rum…………. …………………………………………………………………. ciuit ātem paruam ………………………………….ciuit …………………………………. ciuit ātes paruas……………..………………………………………. paruas…………….. ……………………………………….ciuit ciuit ātes paruae …………………………………………….ciuit ……………………………………………. ciuit āte parua ………………………………….. [tempus, –ŏ – ŏris (n) tempo; malus, a, um mau]
tempŏra mala ………………………………………………… tempus malum …………………………………………. tempŏri malo ……………………………………… ………………………………………temp tempŏrum mal ōrum ……………………………………………. tempŏris mali ……………………………………………. mali ……………………………………………. [mōs, mōris (m) cost ume; tuus, a, um te u ]
mōri tuo ………………………………………………………. mōre tuo ……………………………………………. mōris tui ……………………………………………. tui ……………………………………………. mōres tui ……………………………………………. tui ……………………………………………. mōres tuos ……………………………………………. mōrum tu ōrum ……………………………………………. Traduzir as frases; dizer o caso em caso em que estão as palavras sublinhadas:
1. Meum tempus ōtio est paruum. paruum.
[meus, a, um meu; meu; tempus, –ŏ –ŏris (n) tempo; tempo; ōtium, –i (n) descanso; descanso; sum, es, esse ser ; paruus, paruus, a, um pequeno um pequeno]]
2. Virt ūs tua est magna. magna .
[uirtū [uirtūs, uirtū uirtūtis (f) coragem, virtude; virtude; tuus, a, um teu; teu; sum, es, esse ser; magnus, a, um grande] grande ]
3. Virt ūtes homĭ num num mult ōrum sunt magnae. magnae .
[uirtū [uirtūs, –ū – ūtis (f) virtude, coragem; homō homō, homĭ homĭnis (m) homem; homem; multus, a, um muito; muito; sum, es, esse esse ser; magnus, a, um grande]
4. Homĭ nē s mult ōs in ciuit āte magnā uid ē r e possŭmus. mus. ēre
[homō [homō, –ĭ – ĭnis homem; multus, a, um muito; ciuitā ciuitās, –ā – ātis (f) cidade; cidade; magnus, a, um um grande; uideō uideō, –ēs, –ē – ēre ver; ver; pŏssum, pŏ pŏtes, pŏ pŏsse poder] poder]
5. Magnum amōrem pecuniae in multis homin ĭ bus bus uid ē mus. ē mus.
[magnus, a, um grande; amor, –ō – ōris (m) amor; amor; pecunia, –ae (f) dinheiro; dinheiro; in (prep. + abl.) em; em; multus, a, um muito; homō homō, –ĭ –ĭnis (m) homem; uideō uideō, –ē –ēs, –ē –ēre ver]
6. Ciuit ās nostra pacem homin ĭ bus bus multis dabit .
[ciuitā [ciuitās, –ā – ātis (f) cidade; noster, nostra, nostrum nosso; nosso; pax, pacis (f) paz ; homō homō, –ĭ – ĭnis (m) homem; multus, a, um muito; dō dō, dā dās, dă dăre (dar)]
7. Pax potest esse perpetua. perpetua .
[pax, pacis (f) paz; possum, potes, posse poder; perpetuus, a, um perpétuo] perpétuo]
8. Sine bonā pace ciuit āt ē bunt . ē s tempŏrum nostr ōrum non ual ē ē bunt
[sine (prep. + abl.) sem; sem; bonus, a, um bom; bom; pax, pacis (f) paz; ciuitā ciuitās, –ā – ātis (f) cidade; tempus, –ŏ –ŏris (n) tempo; tempo; noster, nostra, nostrum nostrum nosso; non não; não; ualeō ualeō, –ē –ēs, –ē –ēre ser forte] forte]
9. Post multa bella temp ŏra sunt mala. mala .
[post (prep. + ac.) depois de; de; multus, a, um muito; bellum, bellum, –i (n) guerra; guerra; tempus, –ŏ –ŏris (n) (cf. supra); malus, a, um mau.] mau.]
–ōris (m) 10. Sine magnō labōre homō nihil habē bit bit . [sine (prep. + abl.) sem; magnus, a, um grande; labor, –ō esforço; homō homō, –ĭ –ĭnis (m) homem; nihil nada; nada; habeō habeō, –ē –ēs, –ē –ēre ter] ter]
11. 11. Amor patriae in ciuit āte nostrā ualet .
[amor, –ō –ōris (m) amor; patria, –ae (f) pátria; in (prep. + abl.) em; ciuitā ciuitās, –ā – ātis (f) cidade; noster, nostra, nostrum nosso; ualeō ualeō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) ser forte].
Traduzir:
Astră regunt homĭ homĭnēs, sed regit astră astr ă Dĕus. (Anônimo). 1. Astră
[astrum, –i (n) astro; regō regō, –is, –ĕ –ĕre (3) reger; homō homō, –ĭ –ĭnis (m) homem; homem; sed mas; Deus, dei Deus]
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Homō locum ōrnat, non homĭ hom ĭnem locus. (Prov. (Pro v. Medieval) 2. Homō
[homō [homō, –ĭ –ĭnis (m) homem; locus, –i (m) lugar; ōrnō rnō, –ā –ās, –ā –āre (1) enfeitar; non não]
3. Sub omn ī omn ī lapĭ lapĭdĕ scorpiō scorpiō dormit. (Anônimo)
[sub (prep. + abl.) sob; omnis, –e todo; lapis, –ĭ –ĭdis (m) pedra; scorpiō scorpi ō, –ō –ōnis (m) escorpião; dormiō dormiō, – ī – īs, s, – īre īre (4) dormir]
Religiō deō deōs colit, superstitiō superstiti ō uiŏ uiŏlat. (Anônimo) 4. Religiō
[religiō [religiō, –ō – ōnis (f) religião; deus, dei (m) deus; colō colō, –is, –ĕ –ĕre (3) venerar; superstitiō superstiti ō, –ō – ōnis (f) superstição; uiolō uiolō, – –āre (1) ultrajar] ās, –ā
5. Nobilĭ Nobilĭtat stultum uestis honest ă uirum. (Prov. Medieval)
[nobilĭ [nobilĭtō, –ā –ās, –ā –āre (1) enobrecer; stultus, a, um tolo; uestis, –is (f) roupa; honestus, a, um elegante; uir, uiri (m) homem]
uen ēnum blandă bland ă orā orātiō tiō. (Publílio Siro) 6. Habet suum uenē
[habeō [habeō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) ter; uenē uenēnum, –i (n) veneno; blandus, a, um macio; oratiō oratiō, –ō –ōnis (f) fala]
fac ĭlem habet felicĭ felic ĭtās. (Publílio Siro) 7. Non semper aurem facĭ
[non nem; semper sempre; auris, –is (f) ouvido; ouvido; facĭ facĭlis, –e atento, fácil; habeō habeō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) ter; felicĭ felicĭtās, –ā –ātis (f) prosperidade; felicidade]
sană in corpŏ corpŏrĕ sanō sanō. (Juvenal) 8. Mēns sană
[mē [mēns, mĕ mĕntis (f) mente; sanus, a, um sadio; in (prep. + abl.) em; corpus, –ŏ –ŏris (n) corpo]
Nemō sine uitiō uitiō est. (Plínio, o Velho) 9. Nemō
[nemō [nemō ninguém; sine (prep. + abl.) sem; uitium, –i (n) defeito; sum, es, esse ser]
Necessĭtās non habet lē l ēgem. (São Bernardo) 10. Necessĭ
[necessitā [necessitās, –ā –ātis (f) necessidade; non não; habeō habeō, –ē –ēs, –ē –ēre (2) ter ; lex, legis (f) lei]
lup ī agn ī agn īss uita. (Anônimo) 11. Mors lup ī
[mors, mortis (f) morte; lupus, –i (m) lobo; agnus, –i (m) cordeiro; uita, –ae (f) vida]
Vită breuis est. (Salústio) 12. Vită
[uita, –ae (f) vida; breuis, –e breve; sum, es, esse ser]
nat ūrae imitā imitātiō tiō est. (Sêneca) 13. Omnis ars natū
[omnis, –e todo; ars, artis (f) arte; natū natūra, –ae (f) natureza; imitatiō imitatiō, –ō –ōnis (f) imitação; sum, es, esse ser]
14. Lupus lupum cognō cogn ōscit. (Anônimo)
[lupus, –i (m) lobo; cognō cognōscō scō, –is, –ĕ –ĕre (3) conhecer]
Prudēns cum curā cur ā uiuit, stultus sine cur ā. (Prov. Medieval) 15. Prudē
[prudē [prudēns, –ntis prudente; cum (prep. + abl. ) com; cura, –ae (f) cuidado; uiuō uiuō, –is, –ĕ –ĕre (3) viver; stultus, a, um insensato; sine (prep. + abl. ) sem]
Verĭtās numquam perit. (Sêneca) 16. Verĭ
[ueritā [ueritās, –ā –ātis (f) verdade; numquam (adv.) nunca; pereō pere ō, – īs, īs, – īre īre (4) perecer]
Desinências casuais dos substantivos e dos adjetivos
1. Desinências dos substantivos masculinos e femininos da primeira declinação, bem como dos adjetivos femininos: sg. nom. –ă –ă gen. –ae dat. –ae ac. –am abl. –ā –ā voc. ă –
pl. –ae –ārum – īs īs – ās – īs īs –ae
Observe:
–a nom.sg. voc. sg.
–is dat.pl. abl. pl.
–ae: –ae: dat.sg.; gen.sg.; nom.pl.; voc. pl.
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2. Desinências dos substantivos masculinos e femininos da segunda declinação, bem como dos adjetivos masculinos: sg. nom. –ŭ –ŭs gen. –ī dat. –ō –ō ac. –ŭ –ŭm abl. –ō –ō voc. ĕ –
pl. –ī –ōrum – īs īs – ōs – īs īs –ī
Observe:
–ō dat.sg. abl. sg.
–ī s dat.pl. abl. pl.
–ī gen. sg. nom. pl. voc. pl.
3. Desinências dos substantivos neutros da segunda declinação, bem como dos adjetivos neutros: sg. nom. –ŭm gen. – ī – ī dat. –ō –ō ac. – ŭm abl. –ō –ō voc. ŭm –
pl. –ă –ōrum īs īs –ă – īs īs –ă
Observe
–ŭm nom. sg. –ī s dat. pl. ac. sg. abl. pl. voc. sg.
–ă nom. pl. ac. pl. voc. pl. 4. Desinências dos substantivos ma masculinos sculinos e femininos da terceira declinação, bem como dos adjetivos masculinos e femininos: sg.
nom. –s/ø gen. –ĭ –ĭs dat. – ī – ī ac. –ĕ –ĕm abl. –ĕ –ĕ/ ī voc. –s/ø
pl. –ēs –ŭm –ĭ –ēs –ĭ bus bus ēs –
–ō dat. sg. abl. sg.
Observe:
bus
–s/ ø nom. sg. –ĭ bus bus dat. pl. voc. sg. abl. pl. –ēs
nom. pl.
ac. pl.
5. Desinências dos substantivos neutros da terceira declinação, bem como dos adjetivos neutros: sg. –ø –ĭ –ĭs – ī – ī –ø –ĕ –ĕ/ ī –ø
pl. –a –ŭm –ĭ –a –ĭ bus bus –a
sg. nom. –ŭ –ŭs gen. –ū –ūs dat. –u ī –u ī ac. –ŭ –ŭm abl. –ū –ū voc. ŭs–
pl. – ūs –ŭum –ĭ bus bus –ūs –ĭ –ūs
nom. gen. dat. ac. abl. voc.
Observe:
–ø
bus
nom. sg. ac. sg.
–ĭ bus bus voc. sg.
dat. pl. abl. pl.
–ă
nom. pl. ac. pl. voc. pl. 6. Desinências dos substantivos masculinos e femininos da quarta declinação: Observe:
bus
–us –us
nom. sg. voc. sg.
–ūs
gen. sg. ac. pl. voc. pl.
–ĭ bus bus dat. pl. abl. pl. nom. pl.
33
7. Desinências dos substantivos neutros da quarta declinação: sg. nom. –ū –ū gen. –ū –ūs dat. –u ī –u ī ac. –ū –ū abl. –ū –ū voc. ū –
pl. –uă –ŭum –ĭ –ŭa –ĭ bus bus –uă
Observe:
–ū –ū
bus
nom. sg. ac. sg. abl. sg.
–ĭ bus bus dat. pl. abl. pl. voc. sg.
–uă nom. pl. ac. pl. voc. pl.
8 Desinências dos substantivos masculinos e femininos da quinta declinação: sg. nom. –ē –ēs gen. –e ī –e ī dat. –e ī –e ī ac. –ē s abl. –ē –ē voc. ē s–
pl. –ē s –ērum –ē –ē s –ē bus –ē s
Observe
bus
– ēs
nom. sg. –ē bus bus dat. pl. voc. sg. abl. pl. nom. pl. ac. pl. voc. pl.
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Terceira Terceira Lição A terceira e quarta conjugações: o infinitivo presente ativo; o presente do indicativo ativo; o futuro imperfeito do indicativo ativo; o imperativo presente presente ativo; a quinta quinta declinação; pronomes pessoais. pessoais. O verbo irregular uelle
F21 Dulcĕ est desĭ pĕ re re in locō. (Horácio) É agradável perder o juízo no momento certo.
[dulcis, e agradável; desĭ pĭō, –is, –ĕ re re (3) perder o juízo; l ŏcus, –i (m) –i (m) momento certo]
F22 Homĭ nē s, s, dum doc ĕ nt, nt, disc ŭnt . (Sêneca) Os homens, enquanto ensinam, aprendem.
[homō, –ĭ nis nis homem; dum (conj.) enquanto; docĕō, –ē s, s, –ē re re (2) ensinar; discō, –is, – ĕ re re (3) aprender]
F23 Obsequi ŭm amī cōs, uerĭ t t ās ōdium părit. (Terêncio) O favor gera amigos, a verdade, ódio.
[obsequium, –i (n) –i (n) favor; amī cŭs, –ī amigo; uerĭ t tā s-ātis verdade; ōdium, – ī (n) ódio; pari ódio; pari ō, –is, –ĕ re re (3) gerar]
F24 Carpĕ di ĕ ĕ m. (Horácio) Aproveita o momento.
[carpō, –is, –ĕ re re (3) colher; aproveitar; di ē s , –ei dia] ēs,
F25 Nunc uin ō pell ĭ ĭte t e curās. (Horácio) Afastai, agora, com o vinho, vossas preocupações.
[nunc (adv.) agora; uinum, –i (n) –i (n) vinho; pello, vinho; pello, –is, –ĕ re re (3) afastar; afastar; cura, –ae (f) preocupação]
F26 Carpĕ nt nt tuă pomă nepōt ē ē s. (Vergílio) Os descendentes colherão os teus frutos.
[ pomum, –i (n) –i (n) fruto; tuus, a, um teu; nepos, –otis descendente]
F27 Difficĭ l lĕ est longŭm sub ĭ t t ō depōnĕ re re amōrem. rem. (Catulo) ĕ É difícil abandonar de repente um longo amor.
[difficĭ lis, lis, e difícil; longus, a, um longo; subĭ t t ō de repente; depōnō, –is, – ĕ re re (3) abandonar; amor, –is amor.]
F28 Si u īs pacĕm, parā par ā bellum. (Provérbio) īs pacĕ Se queres a paz, prepara a guerra.
[si (conj.) si (conj.) se; uŏl ō, uī s, s, uĕ lle lle querer; pax, querer; pax, pacis (f) paz; par paz; parō, –ās, –āre (1) preparar; bellum-i (n) bellum-i (n) guerra]
F29 Numquam pericŭl ŭm sine peric ŭl ō uincē mus. mus. (Publílio Siro) Nunca venceremos o perigo sem perigo.
[numquam (adv.) nunca; peric nunca; pericŭlum, –ī (n) perigo; sine (prep. + abl.) sem; uinc ō, –ĭ s, s, –ĕ re re (3) vencer]
F30 Officium meum faci ăm. (Terêncio) Cumprirei o meu dever.
[officium, –i (n) –i (n) dever; meus, a, um meu; f meu; f ăci ō, –ĭ s, s, –ĕ re re (3) fazer; cumprir.]
Informações gramaticais: A. O sufixo formador do infinitivo presente da terceira e quarta conjugações é o mesmo do da primeira e segunda, –r – rĕ , na verdade –s – sĕ , como se pode ver em ĕ ss ssĕ (ĕs–sĕ ): ): é que houve a mudança do do –s– intervocálico para –r–, fenômeno conhecido como rotacismo em latim, como já se verificou na Segunda Lição. Essa regra pode ser formalizada como se segue: s ⇒ r / V–V que se lê: o s muda para r no contexto intervocálico. l ĕ re (=ler), că pĕ re re (=pegar) e aud ī ī re re (=ouvir) servirão de paradigmas dessas duas ĕg ĕ re conjugações:
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legō legō legĭ legĭs legĭ legĭt eu leio
legă legăm legē legēs legĕ legĕt eu lerei
presente do indicativo capĭō cap ĭō capĭ capĭmus capĭ capĭs capĭ capĭtis capit capiunt eu pego
legĭ legĭmus legĭ legĭtis legŭ legŭnt
futuro imperfeito capiă capi ăm capiē capiēmus capiē capiēs capiē capiētis capiĕ capiĕt capiĕ capiĕnt pegarei
legē leg ēmus legē legētis legĕ legĕnt
audĭō aud ĭō aud ī aud īss audit eu ouço
audiă audi ăm audiē audiēs audiĕ audiĕt ouvirei
aud ī aud īmus mus aud ī aud ītis tis audiunt
audiē audiēmus audiē audiētis audient
Para a primeira pessoa do singular o sufixo do futuro imperfeito do indicativo é – ā– e para as demais pessoas, –ē – ē–. [ –ā –ā- / –ē –ē-]
imperativo presente legĕ legĕø lê legĭ legĭte lede
capĕ capĕø pega capĭ capĭte pegai
aud īø īø ouve aud ī aud īte te ouvi
Verbo uelle: presente do indicativo uolō uolō uolŭ uolŭmus u īs uultis īs uult (uolt) uolunt eu quero
futuro imperfeito uolă uolăm uolē uolēmus uolē uolēs uolē uolētis uolĕ uolĕt uolĕ uolĕnt quererei
O presente do indicativo é irregular, mas o futuro imperfeito se apresenta sem nenhuma irregularidade. Quinta declinação: rē r ēs, rei [coisa] singular nom rē rēs gen re ī re ī dat re ī re ī ac rem abl rē rē voc ēs r
plural rēs rērum rē bus rēs rē bus rēs
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Pronomes pessoais:
nom gen dat ac abl uoc
primeira pessoa segunda pessoa singular plural singular plural nōs tū uōs ĕgŏ mei nostri/nostru tui uestri/uestru m m mihi/mi nō bis tibiō bis u mē nōs tē uōs mē mē nō bis ē ut ō bis — — tū uōs
Não há pronome pessoal de terceira pessoa como tal; usam-se, para tanto, os demonstrativos. Há, no entanto, o reflexivo de terceira pessoa: singular/plural nom gen dat ac abl
— sui sibi sē sē sē voc
—
Os pronomes pessoais de primeira e segunda pessoa do singular, respectivamente egō e t ū, com pequenas modificações mantiveram-se em português — eu e tu. Eles mantêm uma nítida oposição formal com o acusativo mē e t ē ē , o mesmo não ocorrendo com a primeira e segunda pessoa do plural nos e uos, uos, que também assim se escrevem no acusativo, a saber, nōs e uōs. Para se dizer em latim comigo, contigo, consigo, conosco, convosco, coloca-se a preposição cum [cum (prep. + abl.) com] depois dos pronomes, no caso ablativo, ou seja, mē + cum ⇒ mē cum, cum, t ē c um, sē + cum ⇒ sē cum, cum, nōbis + cum ⇒ nōbiscum, u ōbis + cum ⇒ ē + cum ⇒ t ē ēcum, uōbiscum. biscum. O português arcaico mantinha o valor dessa preposição, na verdade posposição, nas formas dos pronomes mego/migo, tego/tigo, sego/sigo, nosco, vosco. Sob o ponto de vista histórico, portanto, as formas do português moderno co-mi-go, con-ti-go, con-si-go, co-nos-co, con-vosco, são redundantes, contendo duas preposições. Notas sintáticas: 1. Nostrum e uestrum são usados como genitivos partitivos: Multi nostrum/uestrum Muitos de nós/de vós 2. Nostri e Nostri e uestri são uestri são usados como genitivos objetivos: ōdium nostri/uestri est magnum O ódio para conosco/convosco é grande. 3. O predicativo do sujeito fica no gênero neutro quando o sujeito da oração é um verbo no infinitivo (cf. F8, F21, F27): F8 Errāre est humānum errar é humano F21 Dulcĕ ĕ st st des ĭ pĕ re re in locō é agradável perder o juízo na hora certa F27 Difficĭ l lĕ ĕ st st longum sub ĭ t t ō depōnĕ re re amōrem. rem. ĕ é difícil abandonar de súbito um longo amor 4. Ablativo de meio: Indica o meio com que a ação é feita, e ele se aplica, o mais das vezes, a objetos ou coisas: F25 Nunc uinō pellĭ pellĭte curā curās Afastai, agora, com o vinho, vossas preocupações.
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Informações etimológicas: Os pronomes pessoais em latim e em algumas línguas românicas: Latim ego tu mihi/mi tibi me te nos(nom.) uos(nom.) nos(ac.) uos(ac.)
Italiano io tu mi ti me te noi voi — —
Espanhol yo tu — — me te nosotros vosotros nos os
Português eu tu mim ti me te nós vós nos vos
Francês je tu — — me/moi te/toi nous vous nous vous
Texto
Ille mi par esse deō de ō uidē uidētur, ille, si fas est, super āre diuō diuōs, qui sedē sedēns aduersus identĭ ident ĭdem te spectat et audit dulce ridentem, misĕ mis ĕro quod omnis erĭ erĭpit sensus mihi; nam simul te, Lesbia, aspē asp ēxi, nihil est super mi uōcis in ōre, lingua sed torpet, tenuis sub artus flamma demā dem ānat, sonĭ son ĭtu suopte tintĭ tintĭnant aurē aur ēs, gemĭ gemĭna teguntur lumĭ lumĭna nocte. ōtium, Catulle, tibi molestum est; ōtio exultas nimiumque gestis. regēs prius et beā be ātas ōtium et regē perdĭ perdĭdit urbē urbēs. (Catulo)
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Safo (c. 600 a.C): Semelhante aos deuses me parece o homem que diante de ti se senta e, tão doce, a tua voz es cuta, ou amoroso riso — que tanto agita meu coração de súbito, pois basta ver-te para que não atine com o que digo, ou a língua se me torne inerte. Um subtil fogo me arrepia a pele, deixam de ver meus olhos, zunem-me os ouvidos, o suor inunda-me o corpo de frio, e tremendo toda, mais verde que as ervas, julgo que a morte não pode já tardar. (Tradução de Eugénio de Andrade)
Ele parece-me ser par de um deus, ele, se é fás dizer, supera os deuses, esse que todo atento o tempo todo contempla e ouve-te doce rir, o que pobre de mim todo sentido rouba-me, pois uma vez que ti vi, Lésbia, nada em mim sobrou de voz na boca mas torpece-me a língua e leve os membros uma chama percorre e de seu som os ouvidos tintinam, gêmea noite cega-me os olhos. O ócio, Catulo, te faz tanto mal. No ócio tu exultas, tu vibras demais. O ócio já reis e já ricas cidades antes perdeu. (Trad. de João Ângelo Oliva Neto)
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Novas formas de interrogar:
–ne? Nonne? Num? Quid? Quid? Quālis, e? Quō auxili ō?
Partícula enclítica cuja resposta pode ser negativa ou positiva. positiva . Trad.: Por acaso? Partícula cuja resposta só pode ser afirmativa . Trad.: Por acaso? Partícula cuja resposta só pode ser negativa . Trad.: Por acaso? = Quae res? = Quam rem? De que espécie? Declina-se como fortis, e. Por meio de quê? Resposta no ablativo. ablativo.
Responder, em latim, às perguntas:
F21 Dulce est desĭ des ĭpĕre in locō locō. [ É agradável perder o juízo no momento certo ] a. Nonne est dulce desipĕ desip ĕre in locō locō?……………………………………………………………………………….. b. Estne Estne dulce desipĕ desip ĕre in locō locō?……………………………………………………………………………………… c. Quid est Quid est dulce?…………………………………………………………………………………………………………. d . Quand ō est dulce desipĕ desip ĕre?……………………………………………………………………………………….. F22 Homĭ Homĭnēs, dum docent, discunt. [Os homens, enquanto ensinam, aprendem ] a. Quando homines discunt?………………………………………………………………………………………….. b. Discuntne Discuntne doctō doctōrēs?…………………………………………………………………………………………………… c. Qui docent?……………………………………………………………………………………………………………….. Qui docent?……………………………………………………………………………………………………………….. d. Qui discunt?………………………………………………………………………………………………………………. Qui discunt?………………………………………………………………………………………………………………. e. Suntne Suntne doctō doctōres discipuli?…………………………………………………………………………………………… F23 Obsequium am ī am īccōs, uerĭ uerĭtās ōdium parit. [O favor gera amigos, a verdade, o ódio] ódio ] a. Quae rē s am īcos īcos parit?………………………………………………………………………………………………… b. Quōs obsequium parit?……………………………………………………………………………………………….. c. Quam rem uerĭ uerĭtās parit?……………………………………………………………………………………………… d. Quid uer Quid uerĭĭtās parit?………………………………………………………………………………………………………. e. Quid ō Quid ōdium parit?……………………………………………………………………………………………………….. F24 Carpe diem. diem. [ Aproveita o momento] momento] a. Quam rem sapiens carpĕ carpĕre debet?………………………………………………………………………………… b. Carpisne Carpisne tu diem? Ego diem ……………………………………………………………………………………….. ……………………………………………………………………………………….. c. Carpitisne Carpitisne uos diem? Nos diem …………………………………………………………………………………… …………………………………………………………………………………… d. Quid debeō debeō carpĕ carpĕre? Tu ……………………………………………………………………………………………… F25 Nunc uinō uin ō pellĭ pellĭte curas. [ Afastai, [ Afastai, agora, vossas preocupações com o vinho] vinho ] a. Quō auxili ō debeō debeō curas pellĕ pellĕre?…………………………………………………………………………………… b. Quās rēs uinō uinō debē debēmus pellĕ pellĕre?……………………………………………………………………………………. c. Estne Estne uinum rē rēs bona?……………………………………………………………………………………………….. F26 Carpent tua poma nepō nepōtes. [Os [Os descendentes colherão os teus frutos ] a. Qui carpent Qui carpent tua poma?………………………………………………………………………………………………….. b. Quās rē s carpent nepō nepōtes?…………………………………………………………………………………………….. c. Carpentne Carpentne tua poma nepō nep ōtes?………………………………………………………………………………………… F27 Difficĭ Difficĭle est longum subĭ sub ĭtō depō depōnĕre amō amōrem. [ É difícil abandonar repentinamente um longo amor] amor] a. Quid est difficĭ diffic ĭle?………………………………………………………………………………………………………….. b. Quālem amō amōrem difficĭ difficĭle est deponere?………………………………………………………………………….. c. Quō mŏd ō est difficĭ difficĭle longum deponĕ depon ĕre amō amōrem?…………………………………………………………… d. Deponisne Deponisne longum amō am ōrem? Ego ………………………………………………………………………………….. e. Deponē Deponēsne longum amō amōrem? Ego …………………………………………………………………………………. F28 Si u ī u īss pacem, para bellum. [ Se queres a paz, prepara a guerra] guerra ]
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a. Quam rem debē debētis uelle? Nos ……………………………………………………………………………………….. ……………………………………………………………………………………….. b. Visne Visne pacem? Ego ………………………………………………………………………………………………………… c. Quam rem non debē debēmus uelle?………………………………………………………………………………………. d. Estne Estne bellum rē rēs bona?…………………………………………………………………………………………………… r ēs bona?……………………………………………………………………………………………… d. Num est bellum rē F29 Numquam pericŭ pericŭlum sine pericŭ pericŭlo uincē uincēmus. mus. [ Nunca venceremos o perigo sem perigo] perigo ] a. Quō mōd ō pericŭ pericŭlum uincē uincēmus? Vos ………………………………………………………………………………. b. Vincentne Vincentne homĭ homĭnēs pericŭ pericŭlum sine pericŭ peric ŭlō?……………………………………………………………………. c. Vincē Vincēsne pericŭ pericŭlum sine pericŭ peric ŭlo? Ego …………………………………………………………………………… d. Vincamne Vincam ne ego pericŭ pericŭlum cum pericŭ pericŭlō? Tu …………………………………………………………………….. F30 Officium meum faciam. faciam . [Cumprirei o meu dever] dever ] a. Faciē Faciēsne officium tuum? Ego …………………………………………………………………………………………. …………………………………………………………………………………………. b. Quid faciam? Tu ………………………………………………………………………………………………………….. Na F21 dulce est desip ĕ re re in locō, o verbo desipĕ re re [perder o juízo] está no modo …………………., desempenha a função sintática de …………………………………. Eu perco o juízo se diz, em latim, ego desipi ō. Desĭ pĕ re re conjuga–se como o verbo capĕ re, re, que é um verbo da ……………… conjugação. Seu futuro imperfeito é, pois, como o de capere: capere: ego desip ………… tu t u ……………………………….ille ………………………………. ille ……………………………….. nos ….………………… uos …………………………………illi ………………………………… illi ………………………….. ………………………….. Dulce [dulcis, dulcis, e] é um adjetivo que está no gênero neutro, uma vez que o sujeito da frase é um verbo no infinitivo — desipere. Ele declina–se como fortis como fortis,, –e – e, sendo, portanto, um adjetivo de terceira declinação ou de segunda classe, biforme . A vida é agradável, em latim, se diz uita ……………………………………………… [ uita, uita, –ae (f)vida]. Para se dizer a fonte é agradável , fons………………………………………………. fons………………………………………………. [ fons [ fons,, fontis (m) fonte]. Observe–se, pois, que a forma do adjetivo foi alterada para dulcis (m&f), já que o sujeito da frase é feminino — uita — ou masculino — fons. fons. Se o sujeito for um substantivo neutro — ou um verbo no infinitivo, como na F12 — a forma do adjetivo terá de ficar no neutro. O vinho é agradável se diz em latim, portanto, uinum…………………………… uinum…………………………… [uinum [ uinum,, –i (n) vinho]. Decline no singular e no plural uinum dulce: dulce : sg
pl
nom. uinum dulce gen. dat. ac. abl. voc. Já fons Já fons dulcis se declina como segue: sg nom. fons dulcis gen. dat. ac. abl. voc.
pl
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sg nom.
pl
uita dulcis
gen. dat. ac. abl. voc. Na F22 Homĭ nē s, dum docent , discunt , a forma verbal discunt está na ………………. pessoa do …………… É um verbo que se conjuga como legere. Seu infinitivo, portanto, é ……………………… Nas outras pessoas, sua conjugação é: ego…….…………………………………..t ego…….…………………………………..tu u…………………………………………. ………………………………………….ille ille…………………………………… …………………………………… nos.………………………………………. nos.……………………………………….uos uos……………………………………….. ………………………………………..illi illi ………………………………………… ………………………………………… Já eu aprenderei se diz: ego……………………………………….tu ego……………………………………….tu aprenderás…………………………….ele aprenderá …………………………. nós aprenderemos …………………….. vós aprendereis …………………………..eles aprenderão ………………………….. Observe que docent também na F22 foi traduzido por ensinam, presente do indicativo. É que docere, docere, infinitivo presente de docent , é um verbo de segunda conjugação. Conjuga–se, portanto, como monē re re (cf. Segunda Lição). Há necessidade, pois, de se conhecer a conjugação a que um verbo pertence, para se poder identificar–lhe o tempo. Essa informação aparece no vocabulário. Numera–se a conjugação a que o verbo pertence —(1), (2), (3), (4). Na F23 Obsequium amī cōs, uerit ās ōdium parit , há duas orações obsequium amī cōs parit [o favor gera amigos] e uerĭ t t ās ōdium parit [a verdade gera ódio]. Obsequium é o sujeito da primeira oração, estando, pois, no caso ………………………………O sujeito da segunda oração é…………………………….. Eu amo a verdade se diz ego …………………………………………………… [ amō, –ās, –āre (1) amar; uerĭ t t ās, uerit ātis (f) verdade] Repare que ueri/t ā /s, /s , ueri/t āt/is é um substantivo derivado do adjetivo uerus, uerus , a, um [vero, verdadeiro]. De fato, o sufixo –tat – (que não se percebe plenamente no nominativo, uma vez que, ao se acrescentar a desinência do caso, o –s, este fez com que houvesse uma assimilação do t ao s, a saber, uerit āts ! uerit āss ! uerit ās ) serve para a formação de nomes abstratos em latim que indicam qualidade ou condição. condição. Esse sufixo é bastante produtivo em latim. Forme, pois, derivados dos seguintes adjetivos mediante esse sufixo: bonus, bonus, a, um ‘bom’ bonitas, bonitatis ‘bondade’ / felix , –icis ‘ feliz’………………………………..……… feliz’………………………………..……… ‘felicidade’ / ciuis, ciuis, –is ‘ cidadão’…………………………………… cidadão’…………………………………… ‘cidade’, ‘estado’ / fidelis, fidelis, –e –e ‘fiel’………..…………………………………. ‘fidelidade’ / cupĭ dus, dus, a, um ‘cúpido’……………………………………………………..‘cobiça’, ‘ambição’ / imbecillus, imbecillus, a, um ‘fraco’…………………………………………‘fraqueza’ / docĭ lis, lis, –e ‘dócil’………………………………………… ‘docilidade’ / nobĭ lis, lis, –e –e ‘nobre’………………….…………………………… ‘nobreza’ / fragĭ lis, lis, – e ‘frágil’………………………………………… ‘fragilidade’ / pius, pius, a, um pio, ‘piedoso’ pietā piet ās, pietā pietātis ‘piedade’ / uicī nus, nus, a, um ‘vizinho’ uicinitā uicinit ās, uicinitā uicinitātis ‘vizinhança’. Na conhecida exortação do poeta Horácio para se aproveitar o momento presente — carpe diem — F24, encontra–se o verbo carpĕ re re no modo …………………….. É um verbo que se conjuga como legĕ re re — carpō, carpĭ s, carpĭ t t , carpĭ mus, mus, carpĭ tis, tis, carpŭnt — pres. do ind.; carpăm, carpē s, carpĕ t t , carpē mus, mus, carpē tis, tis, carpĕ nt nt , fut. imperfeito. Seu imperativo será, pois: .………………… …………………… Diem é um substantivo da quinta declinação. Essa declinação tem um número reduzido de substantivos. Ela não possui substantivos neutros. Para se saber que um substantivo pertence à quinta declinação, basta examinar–lhe a terminação do genitivo singular, ou seu tema, que se obtém a partir do genitivo plural.
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Decline dies no singular e no plural: sg nom.
pl
dies
gen. dat. ac. abl. voc. É muito conhecida a expressão sine die sem dia [sine [sine (prep, + abl.) sem], quando se quer dizer que algo, uma reunião, por exemplo, foi adiada sine die, die, i.e., sem data marcada, sem dia. Na F25 Nunc F25 Nunc uinō pell ĭ ĭte t e curās, a forma verbal pell verbal pell ĭ ĭte t e afastai, do verbo pell verbo pell ĕ r e (3) afastar, está ĕre no modo…….……………………………….., ……………………….pessoa do………………………….. do………………………….. Esse verbo se conjuga como legĕ re. re. Seu presente do indicativo será, pois, ego pell …………………………………….tu ……………………………………. tu…………………………………………….. ……………………………………………..ille ille…………………………………nos …………………………………nos …………………………………………uos ………………………………………… uos……………………………………………i ……………………………………………illi lli ………………………………………… ………………………………………… Curas [cura, cura, –ae – ae (f) cuidado, preocupação] está no caso…………………………. Com cuidado se diz em latim cum cura [cum (prep. + abl. com)], sem cuidado, cuidado, sine cura [sine (prep. + abl.) sem]. A versão para o latim da oração vivo com cuidado ………………………………………………………………………………. [ uiuō, –ĭ s, –ĕ re re (3) viver].
será
Para se dizer os insensatos vivem sem cuidado …………………………………………….. [stultus, stultus, a, um insensato] Nunc é um advérbio que significa agora. agora. Lembre–se de que ele aparece na invocação da Ave Maria: nunc et in hora mortis nostrae. nostrae . A oração por inteiro é: Ave, Ave, Maria, Maria, gratia plena, plena, Dominus tecum, benedicta tu in mulieribus et benedictus fructus uentris tui , tui , Iesus. Iesus. Sancta Maria Sancta Maria,, mater Dei , ora pro nobis, nobis, peccatoribus nunc et in hora mortis nostrae. nostrae . Amen. Amen. Na F26 Carpent tua poma nep ōtes, tes, tua poma [tuus, tuus, a, um teu; pomum teu; pomum,, –i (n) fruto] está no caso……………………………………Já nepōtes [nepō [nepōs, nepō nepōtis (m) descendente] está no caso……………………………. Para se dizer em latim eu colherei os frutos, frutos , dir–se–á ego …………………………………………………….. A F27 Diffic F27 Difficĭ le le est longum sub ĭ t t ō depōnĕ re re amōrem obedece à mesma estruturação sintática da F21 Dulce est desip est desipĕ re re in locō, i.e., Predicativo do Sujeito + Verbo de Ligação + Sujeito no Infinitivo. Daí difficĭ le le [difficĭ lis, lis, e difícil] estar no gênero…………………………., uma vez que seu sujeito é um…………………………………… Observe ainda na F27 que o adjetivo longum [longus, longus, a, um longo] está em concordância com amorem [amor, amor, amōris (m) amor]. Esse distanciamento sintático existente em latim não é possível em português, já que a língua portuguesa ………………………..………………………………………………………………….. Diz–se que o infinitivo é uma forma nominal do verbo. Nominal, porque pode desempenhar a função de nome, como na F27, em que ele é o sujeito da oração. Não deixa, contudo, de ser verbo, já que seu comportamento sintático é também o de um verbo: longum amōrem, rem, na F27, é seu objeto direto.
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Na F28 Si F28 Si uis pacem, pacem, para bellum, bellum, tanto pacem tanto pacem [ pax , pacis (f) paz] quanto bellum [bellum, bellum, –i – i (n) guerra] estão no caso………………………………………….. Para, Para, do verbo parare, parare, [ parō, –ās, –āre (1) (1) preparar] está no modo ………………………, ……………………… pessoa. Observe que uis é a segunda pessoa do singular do verbo uelle [uolo, uolo, uis, uis, uelle querer]. É um verbo irregular. Conjugue–o no presente do indicativo: ego……………………………………….tu…………………………………………ille…………………………………..….… nos………………………………………uos……….…………………………….illi………………………………………. Bellum, Bellum, –i significa guerra; bellicus, bellicus , a, um, um, referente à guerra; bellicosus, bellicosus, a, um, um, guerreiro. Observa–se, pois, que bellicus e bellicosus são palavras derivadas de………………………..; uma, bellicus, bellicus, mediante o sufixo – icus formador de adjetivos que significam pertencente a, a, ligado a, derivado de; de; outra, bellicosus, bellicosus , mediante o sufixo –ō – ōsus formador de adjetivos que indicam completude. Os elementos formadores do adjetivo bellicosus são: bell – radical; ic, ic, primeiro sufixo, –ōsus, sus, segundo sufixo, ou seja, bellicōsus é um adjetivo derivado de bellicus, bellicus, que, por sua vez, se deriva de…………………………. A língua portuguesa possui os adjetivos bélico (material bélico) e belicoso (um homem belicoso), mas abandonou o termo bellum. bellum . Não é um fato incomum esse. A palavra viril é derivada do latim uirī lis, lis, e, que é um adjetivo derivado de uir [uir, uir, uiri homem] mediante o sufixo –ī lis, lis, formador de adjetivos que significam pertencente a, ligado a, a, derivado de. de. Civil é outro exemplo: deriva–se do adjetivo latino ciuī is is [ciuī lis, lis, e civil] que se origina de ciuis [ciuis, ciuis, –is cidadão] mediante também o sufixo –ī lis, lis, o mesmo que forma uirī lis. lis. Veja que a palavra latina ciuil ĭ ĭ t t ās [ciuil ĭ ĭt t ās, ciuilit ātis (f) qualidade do cidadão] tem o radical ...………………………………e ...………………………………e os sufixos……………………… e………………………….. Na F29 Numquam periculum sine peric ŭlō uincē uincēmus, a forma verbal uincemus está no……………………….………………………………..[uinc ō, –ĭs, –ĕre (3) vencer]. Observe que de periculum [pericŭ [pericŭlum, –i (n) perigo] se forma o adjetivo periculosus, a, um, mediante o sufixo………………………….. Na F30 Officium meum faciam, faciam, a forma verbal faciam verbal faciam [ faci ō, – ĭ s, –ĕ – ĕre (3) fazer, cumprir] está no……………..…………………………………………. A esse verbo está ligado o adjetivo…………………………, formado mediante o sufixo – ĭ lis. lis. Já o substantivo……………………………………, que significa facilidade em fazer qualquer coisa se deriva do adjetivo………………………………., mediante o sufixo………………………. Verter para o Latim
1. O vinho é doce. [vinho: uinum, –i (n); ser: esse; doce: dulcis, –e] 2. A vida é breve. [vida: uita, –ae (f); breve: breuis, –e] cupidĭtās, –ā –ātis (f); coisa: res, rei (f); ruim: malus, a, um] 3. A cobiça é uma coisa ruim. [cobiça: cupidĭ mortālis, –e; não: non; enganar: 4. Os atos mortais não enganam os deuses. [ato: actum, –i (n); mortal: mortā fallĕ fallĕre (3); deus: deus, –i (m)]
admonēre (2); 5. O guia adverte os jovens sobre os perigos da guerra. [guia: dux, ducis (m); advertir: admonē
jovem: puer, pueri (m); sobre : de (prep. + abl.); perigo: pericŭ peric ŭlum, –i (n); guerra: bellum, –i ( n)] 6. O homem insensato não ama a sabedoria. [homem: uir, uiri (m); insensato: stultus, a, um; não: non; amar: amā amāre (1); sabedoria: sapientia, –ae (f) femĭna, –ae (f); dar: dă dăre (1); dinheiro: 7. A boa mulher mulher dá dinheiro ao pobre. [bom: bonus, a, um; mulher: femĭ pecunia, –ae (f); pobre: pauper, –is] amāre (1); vida: uita, –ae (f); sem: sine (prep. + abl.); 8. Não amais a vida sem dinheiro. [não: non; amar: amā dinheiro: pecunia, –ae (f)] 9. A verdade sempre vencerá. [verdade: uerĭ uerĭtās, –ā –ātis (f); sempre: semper; vencer: uincĕ uinc ĕre (3)] sapiēns, –ntis; amar: amā amāre; verdade: uerĭ uerĭtās, –ā –ātis (f)] 10. O sábio ama ama a verdade. [sábio: sapiē uer ĭtās, –ā –ātis (f); filha: filia, –ae (f); tempo: tempus, –ŏ –ŏris (n)] 11. A verdade é filha do tempo. [verdade: uerĭ 12. O escorpião dorme sob a pedra. [escorpião: scorpiō scorpiō, –ō –ōnis (m); dormir: dorm ī dorm īre re (4); sob: sub (prep. + abl.); –ĭdis (m)] pedra: lapis, –ĭ regĕre (3); homem: homō homō, –ĭ –ĭnis] 13. Os astros regem os homens. [astro: astrum, –i (n); reger: regĕ habēre (2); corpo: corpus, –ŏ –ŏris (n); sadio: sanus, a, um] 14. Ela tem um corpo sadio. sadio. [ela: illa; ter: habē
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15. 16. 17. 18. 19.
habēre (2); mente: mens, –ntis (f); sadio: sanus, a, um] Ela tem uma mente sadia. sadia. [ela: illa; ter: habē homō, –ĭ –ĭnis; buscar: quaerĕ quaerĕre (3); felicidade: felicĭ felic ĭtās, –ā –ātis (f)] Os homens buscam a felicidade. [homem: homō quaer ĕre (3); cordeiro: agnus, –i (m)] O lobo procura o cordeiro. [lobo: lupus, –i (m); procurar: quaerĕ fugĕre (3); lobo: lupus, –i (m)] Os cordeiros evitam os lobos. [cordeiro: agnus, –i (m); evitar: fugĕ A morte do lobo é vida para os cordeiros. [morte: mors, mortis (f); lobo: lupus, –i (m); vida: uita, –ae (f);
cordeiro: agnus, –i (m)]
necessĭtās, –ā – ātis (f); não: non; ter: habē habēre (2); lei: lex, legis (f)] 20. A necessidade não tem lei. [necessidade: necessĭ homō, –ĭ –ĭnis ; mortal: mortā mortālis, –e] 21. Todo homem é mortal. [todo: omnis, –e; homem: homō 22. A vida sem dinheiro é difícil. [vida: uita, –ae (f); sem: sine (prep. + abl.); dinheiro: pecunia, – ae (f); difícil:
difficĭ difficĭlis, –e]
dăre (1); te: tibi (dat.); muito: multus, a, um; beijo: basium, 23. Dar–te–ei muitos beijos, amada minha. [dar: dă –i (n); amada: puella, –ae (f); meu: meus, a, um]
uidēre (2); mal: mă mălum, 24. As crianças não vêem os males da vida. [criança: puer, pueri (m); não: non; ver: uidē
–i (n); vida: uita, –ae (f)]
25. Seremos fortes e felizes. [forte: fortis, e; feliz: felix, – īcis] īcis] lucēre (2); em: in (prep. + abl.); céu: caelum, –i 26. Os astros brilham no céu. [astro: sidus, –eris (n); brilhar: lucē (n)]
discĕre (3); lei: lex, legis (f); 27. Os cidadãos aprenderão as leis leis da nação. [cidadão: ciuis, –is (m); aprender: discĕ
nação: natiō natiō, –ō –ōnis (f)]
28. Afastarei com o vinho minhas preocupações; [afastar: pellĕ pellĕre (3); vinho: uinum, –i (n); preocupação: cura, –ae (f); meu: meus, a , um]
seruāre (1); em: in (prep. + abl.); mim: me; longo: longus, a, 29. Guardo em mim um longo amor. [guardar: seruā
um; amor: amor, –ō – ōris (m)]
30. Todos desejam a paz. [todo: omnis, –e; desejar: uelle; paz: pax, pacis] 31. Sem paz não podemos viver. [sem: sine (prep. + abl.); paz: pax, pacis (f); não: non; poder: posse; viver: uiuĕ uiuĕre (3)]
delēre (2); homem: uir, 32. A guerra destrói muitos homens e mulheres. [guerra: bellum, –i (n); destruir: delē
uiri (m); mulher: f ēmĭna, –ae (f)]
debēre (2); aproveitar: carpĕ carpĕre (3); momento: diē diēs, diē diēi] 33. Devemos aproveitar o momento. [dever: debē desip ĕre (3); em: in (prep.+abl.); hora 34. Quero perder o juízo na hora certa. [querer: uelle, perder o juízo: desipĕ
certa: locus, –i (m)]
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Quarta Lição O pretérito perfeito do indicativo latino; o pronome relativo; o particípio em latim; o supino.
F31
V ē d ī ī, uī cī . (César, apud Suetônio) ē nī , uī d Vim, vi, venci.
[uĕ ni ni ō, –ī s, s, –ī re, re, uē nī , uentum vir, chegar ; uĭ d dĕō ĕō, – ē s, s, – ē re, re, uī d dī ī , uisum ver; uincō, –ĭs, ĕ re, re, uī ci, ci, uictum vencer]
F32 Vbi libert ās cecĭ d d ĭ ĭ t, t, nemō libĕ rē dicĕ re re aud ĕ t . (Publílio Siro) ĕt Quando a liberdade cai (em latim, caiu), ninguém ousa falar livremente .
[ubi quando; libert ās, –ātis (f) liberdade; căd ō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, cecĭ d d ī ī , casum (3) cair; nemō ninguém; libĕ rē livremente; dicō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, dix ī ī , dictum (3) falar; aud ĕō s, –ē re re (2) ousar] ĕō, –ē s,
F33 Diuī nă nat ūră d ĕ d ĕd ĭ ĭt agrōs, ars hum ānă aedificāuĭ t urbē s. (Varrão) A natureza divina produziu os campos, a arte humana construiu as cidades.
[diuī nus, nus, a, um divino; nat ūra, –ae (f) natureza; d ō, d ās, d ăre, ded ī ī , d ătum (1) produzir; ager, agrī (m) campo; ars, artis ( f) f) arte; humānus, a, um humano; aedif ĭ ĭ cō, –ās, –āre, –āui, –ātum (1) construir; urbs, urbis (f) cidade]
F34 Nec quae praeteriit hōră red ī īre r e pŏtest . (Ovídio) A hora que passou não pode voltar.
[nec nem; qui, quae, quod que; praetere que; praetereō, – ī s, s, – ī re, re, praeteri ī ī , praeterĭ tum tum (4) passar; hōra, –ae (f) hora; redeō, –ī s, s, –ī re, re, redi ī ī , red ĭ ĭ tum tum (4) voltar; voltar; possum, potes, posse, potui (irr.) poder]
F35 Non qu ī parum habet, sed qui plus cupit, pauper est . est . (Sêneca) Não aquele que tem pouco, mas o que cobiça mais, é pobre.
[non não; parum (adv.) pouco; pouco; habeō, – ē s, s, – ē re, re, habuī , habĭ tum tum (2) ter; sed mas; plus mas; plus (adv.) mais; cupi ō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, cupī uī , cupī tum tum (3) cobiçar; pauper, cobiçar; pauper, –ĕ ris ris pobre; sum, es, esse, fui (irr.) fui (irr.) ser]
F36 Nullus agent ī ī di ē Sêneca) ē s long ŭs est. ( Sêneca) Nenhum dia é longo para aquele que age.
[nullus, a, um nenhum; di ē s , –ei dia; ăgō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, ē gi, gi, āctum (3) fazer;agir; longus, a, um longo] ēs,
F37 Nil difficĭ le le est amant ī ī. (Cícero) Nada é difícil para aquele que ama.
[nil (n) nada; difficĭ lis, lis, e difícil; amō, –ās, –āre, –āuī , –ātum (1) amar]
F38 Saepe tacē ns ns uōcem uerbăque uultus habet . (Ovídio) Freqüentemente o rosto que se cala tem voz e palavras.
[saepe freqüentemente; taceō, –ē s, s, – ē re, re, tacui, tac ĭ tum tum (2) calar–se; uō x, uōcis (f) voz; uerbum, uerbum, –i (n) –i (n) palavra; uultus, –ūs (m) rosto]
F39 V ō x aud ī īta t a perit, litt ĕ r a scrī pta mănet . (Anônimo) ĕra A voz, que é ouvida, perece, a letra, que é escrita, permanece.
[vō x, uōcis (cf. supra 38) ; audi ō, – ī s, s, – ī re, re, aud ī ī uī , aud ī ī tum tum (4) ouvir; pereō, – ī s, s, – ī re, re, peri ī ī , perĭ tum tum (4) perecer; litt ĕ ra, –ae (f) letra; scrī bō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, scripsī , scriptum (3) escrever; escrever ; maneō, –ē s, –ēre, ĕ ra, mansi, mansum (2) permanecer]
F40 Inter perit ūra uiu ĭ mus. mus. (Sêneca) Vivemos entre coisas que hão–de perecer.
[inter (prep. + ac.) entre; per entre; perī re re (cf. pereo F39 supra); uiuō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, uix ī ī , uictum (3) viver]
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Informações gramaticais 1.
O pretérito perfeito do indicativo. indicativo. O perfectum e seus tempos. Observe: puseste, viste, vieste, tiveste, coubeste, quiseste, fizeste. Fazendo–se a separação dos elementos constitutivos dessas formas verbais, obtêm–se os temas puse–, vi–, vie–, tive–, coube–, quise–, fize– e a desinência número–pessoal –ste. Desses temas do pretérito perfeito do indicativo formam–se outros tempos, a saber, o mais–que–perfeito do indicativo: puse–ra, vi–ra, vie-ra, tive–ra, coube-ra, quise–ra, fize–ra; o imperfeito do subjuntivo: puse–sse, vi–sse, vie–sse, tive–sse, coube–sse, quise–sse, fize–sse; o futuro do subjuntivo: puse–r, vi–r, vie–r, tive–r, coube–r, quise–r, fize–r. Diz–se, então, que o pretérito perfeito do indicativo é um tempo primitivo, primitivo, i.e., a partir de seu tema formam–se outros tempos: “Tempos primitivos e derivados. – No estudo dos verbos, principalmente dos irregulares, torna–se vantajoso o conhecimento das formas verbais que se derivam de outras chamadas primitivas.” primitivas.” (E. Bechara in: Moderna Gramática Portuguesa. São Paulo: Cia. Ed. Nacional. 24ª ed., p. 115) Examine–se agora o perfeito do indicativo dos verbos em latim:
amā amāre
scribĕ scribĕre
uĭdēre
lĕgĕre
căpĕre
cădĕre
esse
amau ī amau ī amauĭ amauĭisti amauĭ amauĭt amauĭ amauĭmus amauĭ amauĭstis amau amauer erun untt
scrips ī scrips ī scripsĭ scripsĭsti scripsĭ scripsĭt scripsĭ scrips ĭmus scripsĭ scripsĭstis scri scrips pseru erunt nt
u īd īd ī u ī u īd dĭsti u īdit īdit u ī u īd dĭmus u ī u īd dĭstis u īderunt īderunt
lēg ī lē lēgĭisti lē lēgĭt lē lēgĭmus lē lēgĭstis lē lēgerunt
cēp ī cē cēpĭsti cēpĭt cē cēpĭmus cē cēpĭstis ceperunt
cecĭ cecĭd ī cecĭ cecĭdĭsti cecĭ cecĭdĭt cecĭ cecĭdĭmus cecĭ cecĭdĭstis ceciderunt
fu ī fuĭ fuĭsti fuĭ fuĭt fuĭ fuĭmus fuĭ fuĭstis fuerunt
desinência s –ī –ĭ st st ī ī –ĭ t t –ĭ mus mus –ĭ stis stis –erunt/ ē re ē re
Pelas formas acima apresentadas, verifica–se que há quatro formações regulares de perfectum em latim: a. com –u– : amā amā–u (amō (amō, –ās, –āre ‘amar’) b. com–s– com–s– (chamada formação sigmática): scrip–s– (scribō (scrib ō, –ĭ s, –ĕ re re ‘escrever’) c. com o alongamento alongamento da vogal e, por vezes, alternância alternância vocálica: l ĕg–/lē g–/lēg (lĕ (lĕgō, –ĭs, –ĕre ‘ler’); uĭ u ĭd–/u ī d–/u īd– d– (uĭ (uĭdeō deō, –ē s, –ē –ēre ‘ver’); că căp–/cē p–/cēp– (că (căpiō piō, –ĭ s, –ĕ re re ‘capturar’) d. com redobro (que consiste na repetição da consoante da raiz acrescida da vogal e): că c ăd– /cecĭ /cecĭd– (că (cădō, –ĭ s, –ĕ –ĕre ‘cair’) Como em português, também em latim o pretérito perfeito do indicativo é um tempo primitivo. primitivo. Dele, suprimindo–se a desinência número–pessoal –i , obtém–se o tema do perfectum, perfectum, com que se formam os seguintes tempos: — mais-que-perfeito do indicativo, com o sufixo modo–temporal –era– e as desinências número-pessoais –m, –s, –t, –mus, –tis, –nt amāu– + – ĕră– + –m:
amā amāuĕrăm, amā amāuĕrās, amā am āuĕrăt, amā amāuĕrāmus, amā am āuĕrātis, amā amāuĕrănt [eu [ eu amara, tu amaras etc.] etc. ]; scrips– + – ĕră– + –m:
scripsĕ scripsĕrăm, scripsĕ scripsĕrās, scripsĕ scripsĕrăt, scripsĕ scripsĕrāmus, scripsĕ scripsĕrātis, scripsĕ scripsĕrănt [eu escrevera, tu escreveras etc.] etc. ];
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uid– + –ĕră– + –m:
uidĕ uidĕrăm, uidĕ uidĕrās, uidĕ uidĕrăt, uidĕ uidĕrāmus, uidĕ uidĕrātis, uidĕ uidĕrănt [eu [eu vira, tu viras etc.] etc. ]
leg– + –ĕră– + –m:
legĕ legĕrăm, legĕ leg ĕrās, legĕ leg ĕrăt, legĕ leg ĕrāmus, legĕ leg ĕrātis, legĕ leg ĕrănt [eu lera, tu leras etc.] etc. ]
cep– + – ĕră– + –m:
cepĕ cepĕrăm, cepĕ cepĕrās, cepĕ cepĕrăt, cepĕ cepĕrāmus, cepĕ cepĕrātis, cepĕ cepĕrănt [eu pegara, tu pegaras etc.] etc.]
cecid– + –ĕră– + –m:
cecidĕ cecidĕrăm, cecidĕ cecidĕrās, cecidĕ cecidĕrăt, cecidĕ cecidĕrāmus, cecidĕ cecidĕrātis, cecidĕ cecidĕrănt [eu caíra, tu caíras etc.] etc.] fu– + –ĕră– + –m:
fuĕ fuĕrăm, fuĕ fuĕrās, fuĕ fuĕrăt, fuĕ fuĕrāmus, fuĕ fuĕrātis, fuĕ fuĕrănt [eu fora, tu foras etc.] etc. ]
— futuro perfeito, em português chamado futuro composto, com o sufixo modo– temporal – er– (1ª p.sg.) e –eri– (as demais pessoas), mais as desinências número– pessoais –o, –s, –t, –mus, –nt. amāu– +–ĕr–+–ō, amāu– + –eri– + –s :
amā amāuĕrō, amā amāuĕris, amā am āuĕrit, amā am āuĕrĭmus, amā am āuĕrĭtis, amā amāuĕrĭnt [eu terei amado, tu terás amado etc.] etc. ] scrips– + – ĕr– + –ō, scrips– + – ĕri– + –s:
scripsĕ scripsĕrō, scripsĕ scripsĕris, scripsĕ scripsĕrit, scripsĕ scripsĕrĭmus, scripsĕ scrips ĕrĭtis, scripsĕ scripsĕrint escrito, tu terás escrito etc.] etc. ]
[tu [tu terei
uid– + –ĕr– + –ō, uid– + – ĕri– + –s:
uidĕ uidĕrō, uidĕ uidĕris, uidĕ uid ĕrit, uidĕ uid ĕrĭmus, uidĕ uid ĕrĭtis, uidĕ uidĕrint [eu [eu terei visto, tu terás visto etc.] etc.]
leg– + –ĕr– + –ō, leg– + – ĕri– + –s:
legĕ legĕrō, legĕ legĕris, legĕ legĕrit, legĕ leg ĕrĭmus, legĕ leg ĕrĭtis, legĕ leg ĕrint [eu [eu terei lido, tu terás lido etc.] etc. ]
cep– + – ĕr– + –ō, cep– + – ĕri– + –s:
cepĕ cepĕrō, cepĕ cepĕris, cepĕ cepĕrit, cepĕ cepĕrĭmus, cepĕ cepĕrĭtis, cepĕ cepĕrint [eu [eu terei pegado, tu terás pegado etc.] etc.] cecid– + –ĕr– + – ō, cecid– + – ĕri– + –s:
cecidĕ cecidĕrō, cecidĕ cecidĕris, cecidĕ cecidĕrit, cecidĕ cecidĕrĭmus, cecidĕ cecidĕrĭtis, cecidĕ cecidĕrint [eu [eu terei caído, tu terás caído etc.] etc.] fu– + –ĕr– + –ō, fu– + – ĕri– + –s:
fuĕ fuĕrō, fuĕ fuĕris, fuĕ fuĕrit, fuĕ fuĕrĭmus, fuĕ fuĕrĭtis, fuĕ fuĕrint [eu [eu terei sido, tu terás sido etc.] etc. ]
— infinitivo perfeito, em português chamado infinitivo composto, com o sufixo –isse: amā amāuĭsse [ter [ter amado]; amado]; scripsĭ scripsĭsse [ter [ter escrito]; escrito]; uidĭ uidĭsse [ter [ter visto]; visto]; legĭ legĭsse [ter [ter lido]; lido]; cepĭ cepĭsse [ter [ter pegado]; pegado]; cecidĭ cecidĭsse [ter [ter caído]; caído]; fuĭ fuĭsse [ter [ter sido] sido] — perfeito do subjuntivo, com o sufixo modo–temporal –eri– e as desinências número– pessoais –m, –s, –t, –mus, –tis, –nt: amā amāuĕrim, amā am āuĕris, amā am āuĕrit, amā am āuĕrĭmus, amā am āuĕrĭtis, amā am āuĕrint [eu [eu tenha amado, tu tenhas amado etc.] etc. ] scripsĕ scripsĕrim, scripsĕ scripsĕris, scripsĕ scripsĕrit, scripsĕ scripsĕrĭmus, scripsĕ scripsĕrĭtis, scripsĕ scripsĕrint [eu [eu tenha escrito, tu tenhas escrito etc.] etc.] uidĕ uidĕrim, uidĕ uidĕris, uidĕ uidĕrit, uidĕ uidĕrĭmus, uidĕ uid ĕrĭtis, uidĕ uidĕrint [eu [eu tenha visto, tu tenhas visto etc.] etc.] legĕ legĕrim, legĕ legĕris, legĕ legĕrit, legĕ legĕrĭmus, legĕ leg ĕrĭtis, legĕ legĕrint [eu [eu tenha lido, tu tenhas lido etc.] etc.] cepĕ cepĕrim, cepĕ cepĕris, cepĕ cepĕrit, cepĕ cepĕrĭmus, cepĕ cepĕrĭtis, cepĕ cepĕrint [eu [eu tenha pegado, tu tenhas pegado etc.] etc.] cecidĕ cecidĕrim, cecidĕ cecidĕris, cecidĕ cecidĕrit, cecidĕ cecidĕrĭmus, cecidĕ cecid ĕrĭtis, cecidĕ cecidĕrint [eu [eu tenha caído, tu tenhas caído etc.] etc.] fuĕ fuĕrim, fuĕ fuĕris, fuĕ fuĕrit, fuĕ fuĕrĭmus, fuĕ fu ĕrĭtis, fuĕ fuĕrint [eu [eu tenha sido, tu tenhas sido etc. ]
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— mais-que-perfeito do subjuntivo, com o sufixo modo–temporal –isse– e as desinências número–pessoais –m, –s, –t, –mus, –tis, –nt: amā amāuĭssem, amā am āuĭsses, amā am āu ĭsset, amā amāuĭssē ssēmus, amā amāuĭssē ssētis, amā amāuĭssent [eu [ eu tivesse amado, tu tivesses amado etc.] etc. ] scripsĭ scripsĭssem, scripsĭ scripsĭssē ssēs, scripsĭ scripsĭsset, scripsĭ scripsĭssē ssēmus, scripsĭ scripsĭssē ssētis, scripsĭ scripsĭssent [eu [ eu tivesse escrito, tu tivesses escrito etc.] etc. ] uidĭ uidĭssem, uidĭ uid ĭssē ssēs, uidisset, uidĭ uid ĭssē ssēmus, uidĭ uid ĭssetis, uidĭ uidĭssent [eu tivesse visto, tu tivesses visto etc.] etc.] legĭ legĭssem, legĭ legĭssē ssēs, legĭ leg ĭsset, legĭ legĭssē ssēmus, legĭ legĭssē ssētis, legĭ leg ĭssent [eu [eu tivesse lido, tu tivesses lido etc.] etc.] cepĭ cepĭssem, cepĭ cepĭssē ssēs, cepĭ cepĭsset, cepĭ cepĭssē ssēmus, cepĭ cepĭssē ssētis, cepĭ cepĭssent [eu [eu tivesse pegado, tu tivesses pegado etc.] etc.] cecidĭ cecidĭssem, cecidĭ cecidĭssē ssēs, cecidĭ cecidĭsset, cecidĭ cecidĭssē ssēmus, cecidĭ cecidĭssē ssētis, cecidĭ cecidĭssent [eu [eu tivesse caído, tu tivesses caído etc.] etc. ] fuĭ fuĭssem, fuĭ fuĭssē ssēs, fuĭ fuĭsset, fuĭ fu ĭssē ssēmus, fuĭ fuĭssē ssētis, fuĭ fu ĭssent [eu [eu tivesse sido, tu tivesses sido etc.] etc.]
2.
Pronome relativo nom gen dat ac abl
masc. qu ī qu ī quem quō quō
singular fem. quae cuius cui quam quā quā
neutro quŏ quŏd
mas. qu ī qu ī quō quōrum
quod quō quō
quō qu ōs
plural fem. quae quā quārum quibus quā quās quibus
neutro quae quō quōrum quae
Observe: 1. Homin ē s qui in ui ā clamant ōdimus. 2. Poeta cuius amī cus cus erat caecus puĕ rum rum audi ē bat. ē bat. 3. Arma uirumque canō, Troiae qui primus ab ōris uē nit. nit. ( Verg.) Verg.) 4. Illa Lesbia quam Catullus unam plus quam se amāuit . (Cat.) 5. Quod est ante ped ē ēs nemō spectat. 6. Casta est quam nemō rogāuit. (Ov.)
Odiamos os homens que gritam na rua. O poeta cujo amigo era cego ouvia a criança. Canto as armas e o herói, que, primeiro, veio das margens de Tróia. Aquela Lésbia, que, única, Catulo C atulo amou mais do que (plus quam) a si mesmo. Ninguém vê o que está diante de seus pés. É casta aquela que ninguém solicitou.
O pronome relativo introduz uma oração subordinada. Como o nome diz, ele estabelece uma relação com um termo de outra oração que, em latim, diferentemente do português, por exemplo, pode ou não vir antes do pronome — seu antecedente. Esse antecedente pode não aparecer, como nos exemplos n o 5 e 6. O antecedente, então, natural, é o pronome is, is, ea, ea, id (cf. id (cf. sua declinação na Quinta Lição).
3.
Supino É uma das formas primitivas do verbo, i.e., a partir do radical do supino – que se forma mediante o sufixo –tum – tum (–sum) (–sum ) – criam–se outras formas, como o particípio passado e o particípio futuro. 4. Particípio passado Para a formação do particípio passado, acrescentam–se ao tema do supino as terminações –us, –us, –a, –um. O supino de amāre, re, p. ex., é amātum. Para obter–se o particípio passado, substitui–se a terminação –um do supino por –us, –a, –um: –um:
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amātum (supino) ⇒ amātus, –a, –um (particípio passado). Do verbo pon verbo ponĕ re re o supino é pos é posĭ tum. tum. Com a supressão de –um, –um, obtém–se o radical posit –, –, que, acrescido das terminações –us, –a, –um, –um , forma o particípio passado positus, –a, –um. –um . A declinação do particípio passado é a mesma da de magnus, –a, –um, –um , conforme se pode verificar abaixo: singular nom. gen. dat. ac. abl.
m amatŭ amat ŭs amat ī amat ī amatō amat ō amatŭ amat ŭm amatō amat ō voc. ĕ
f amată amat ă amatae amatae amată amat ăam amatā amatā amatamată amată
n amatŭ amatŭm amat ī amat ī amatō amat ō amatŭ amat ŭm amatō amatō amatŭ amatŭm
plural nom. gen. dat. ac. abl. 5.
m f amat ī amat ī amatae amatō amat ōrum amatā amat ārum amat ī amat īss amat ī amat īss amatō amat ōs amatā amat ās amat ī amat īss amat ī amat īss voc. amatamatae ī
n amată amat ă amatō amat ōrum amat ī amat īss amată amată amat ī amat īss amată amat ă
Particípio futuro Para a formação do particípio futuro, acrescentam–se as terminações –ūrus, –ūra, – ao radical do supino, obtendo–se, portanto, as formas amat ūrus, amat ūra, amat ūrum e posit ūrus, posit ūra, posit ūrum, rum, que se declinam pelo modelo de magnus, a, um: um : ūrum
Singular
nom gen dat ac abl
m amatū amat ūrŭs amatū amatūr ī amatū amat ūrō amatū amatūrŭm amatū amat ūrō voc ūramat ĕ
f amatū amatūră amatū amatūrae amatū amatūrae amatū amatūrăm amatū amatūrā amatū amatūră
nom gen dat ac abl
plural amatū amat ūr ī amatū amatūrae amatū amatūrōrum amatū amatūrārum amatū amat ūr īs amatū amatūr īs īs īs amatū amatūrōs amatū amatūrās amatū amat ūr īs amatū amatūr īs īs īs voc amatūrae ūr īamat amatū
n amatū amatūrŭm amatū amatūr ī amatū amatūrō amatū amatūrŭm amatū amatūrō amatū amatūrŭm
amatū amatūră amatū amat ūrōrum amatū amatūr īs īs amatū amatūră amatū amatūr īs īs amatū amatūră
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6. O particípio presente Forma–se, acrescentando–se ao tema do infectum o sufixo –nt–. De amāre, re, portanto, o particípio presente á amāns, ns, gen. amăntis e sua declinação é a mesma da de prud ē ns, ē ns, prud ĕ ntis: ĕ ntis:
singular m&f amā am āns amă am ăntis amă am ănti amă am ăntem amă am ănte voc āns am
nom gen dat ac abl
plural m&f nom amă amăntē ntēs gen amă amăntium dat amă am ăntibus ac amă amăntē ntēs abl amă am ăntibus voc ăntē nt am ēs
n amā amāns amă amăntis amă amănti amā amāns amă amănte amā amāns n amă amăntia amă am ăntium amă am ăntibus amă amăntia amă am ăntibus amă amăntia
Empregos dos particípios:
Particípio presente: Femină Femină clamāns discessit [clamō [clamō, –ās, –āre, re, –ā –āui , –ā –ātum gritar]
Particípio passado: Femină Femină terrĭ ta ta clamā clamāuit
A mulher partiu gritando Enquanto estava gritando, a mulher partiu A mulher que estava gritando partiu
A mulher, tendo sido aterrorizada, gritou A mulher aterrorizada gritou Embora estivesse aterrorizada, a mulher gritou
[terreō [terreō, –ē s, –ē re, re, terru ī, terrĭtum aterrorizar] ī, terrĭ
Particípio futuro: Femină Femină discess ūra uirum u ī u īdit dit
A mulher que estava por partir viu o marido Quando estava por partir, a mulher viu o marido
[discedō, –is –is,, –ĕ –ĕre, re, discess ī, ī, discessum partir]
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Latim oculus (oculum) otium periculum officium bonus (bonum) uerus (uerum) magister (magistrum) bellus (bellum) humanus (humanum) beatus (beatum) basium rarus (rarum)
Italiano Espanhol occhio oc chio ojo ozio ocio pericolo peligro officio oficio buono bueno vero — maestro maestro
Português olho ócio perigo ofício bom vero mestre
bello bello belo umano humano humano
Francês oeil oisiveté péril office bon vrai maître belle humain
beato beato beato béat bacio beso beijo baiser raro raro raro rare
Exercício: traduzir
1. Simulā Simul ātiō tiō delet ueritā ueritātem sine quā quā nōmen amicitiae ualē ual ēre non pŏ p ŏtest. (Cícero)
[simul āti ō, – ōnis (f) simulação, fingimento; deleō, – ē s, s, – ē re, re, –ē ui, ui, –ē tum tum (2) destruir; uerĭ t tā s, – ātis (f) verdade; sine (prep. + abl.) sem; nomen, –ĭ nis nis (n) palavra, nome; amicitia, –ae (f) amizade; uale ō, – ē s, s, –ē re, re, ualui (2) ser forte; non não; não; possum, potes, posse, potui poder]
2. Bis dat qu ī qu ī citō citō dat. (Publílio Siro)
[bis duas vezes; d ō, d ās, d ăre, d ĕ d ĕdi, i, d ătum (1) dar; cito rapidamente]
3. Non caret is qu ī qu ī non desidĕ desidĕrat. (Cícero)
[non não; careō, –ē s, s, –ē re, re, carui (2) carui (2) carecer; desid ĕ ĕr ō, –ās, –āre, –ātum (1) desejar]
4. Leuis est fortū fort ūna: id cĭ cĭtō reposcit quŏ quŏd dĕ dĕdit. (Publílio Siro)
[leuis, –e inconstante; fort inconstante; fort ūna, –ae (f) destino; cit ō rapidamente; rapidamente; reposco, –is, –ĕ re re (3) exigir de volta; d ō, d ās, d ăre, d ĕ di, d ătum (1) dar] ĕ di,
5. Sum quŏ quŏd ĕris, fui quŏ qu ŏd ĕs. (Epitáfio)
6. Qu ī coepit, dimidium fact ī fact ī habet. Incĭ Inc ĭpĕ! (Horácio)
[coepi, coepisse começar; dimidium, –i (n) –i (n) metade; factum, metade; factum, –i (n) –i (n) feito; habeō, –ē s, s, –ē re, re, habui, habĭ tum tum (2) ter; incipi ō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, incē pi, inc ĕ ptum (3) começar]
7. Liber quem recĭ rec ĭtās meus est; sed cum male eum rec ĭtās, incĭ incĭpit ĕsse tuus. (Marcial)
[liber, libri livro; recĭ t tō , – ās, – āre, –āui, –ātum (1) declamar; sed mas; cum quando; eum ac.sg. de is o; male (adv.) mal; incipĕ re re (cf. incipio supra 6]
8. Timĕō Tim ĕō Danăō Danăōss et donă don ă ferentē ferentēs. (Vergílio)
[timeō, –ē s, s, –ē re, re, timui (2) timui (2) temer; Danaus, –i grego –i grego;; et até mesmo; donum, –i (n) –i (n) presente; fero, presente; fero, fers, ferre, tuli, latum (3 irr.) trazer]
9. Tantă Tant ălus sitiē siti ēns flumĭ flumĭna ā labr ī labr īss fugientia tangĕ tang ĕre cupiē cupiē bat. (Horácio)
[Tant ălus, –i (m) –i (m) Tântalo; siti ō, – ī s, s, – ī re, re, –ī ui, ui, –ī tum tum ter sede; flumen, sede; flumen, –ĭ nis nis (n) água; a (prep. + abl. ) a partir de; labrum, –i (n) –i (n) lábio; f lábio; f ŭgi ō, – ĭ s, s, – ĕ re, re, f ūgi, fugĭ tum tum fugir; tangō, – ĭ s, s, – ĕ re, re, tet ĭ ĭ gi gi , tactum tocar; cupi ō, – ĭ s, s, – ĕ re, re, cupī ui, ui, cupī tum tum desejar]
10. Graeciă Graeciă captă captă f ĕrum uictō uictōrem cē cēpit. (Horácio)
[Graecia, ae (f) Grécia; că pi ō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, cē pi, că ptum (3) conquistar; f ĕ r us, a, um feroz; uictor, –ōris vencedor] ĕrus,
11. Attĭ Attĭcus Cicerō Cicerōn ī ex patriā patri ā fugient ī fugient ī multam pecū pecūniam dĕ dĕdit. (Nepos)
[ Att ĭ ĭcus, c us, –i (m) Ático (amigo de Cícero); Cicerō, –ōnis (m) Cícero; ex (prep. + abl.) de; patria, –ae (f) pátria; fugĕ re re (cf. fugio supra 9); multus, a, um muito; pecunia, muito; pecunia, –ae (f) dinheiro; d ō, d ās, d ăre, d ĕ d ĕdi, i, d ătum (1) dar]
12. Verbum semel emissum uŏ uŏlat irreuocā irreuocā bĭ bĭle. (Horácio)
[uerbum, –i (n) palavra; semel uma vez ; emitt ō, – ĭ s, s, – ĕ re, re, emisi, emissum (3) enviar; uol ō, –ās, – āre, –āui, – (1) voar; irreuocabĭ lis, lis, e irrevogável]
ātum
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13. Mort ī Mort ī Socră Socrătis semper illacrĭ illacr ĭmō legē legēns Platō Platōnem. (Cícero)
[mors, mortis (f) morte; Socrates, –is Sócrates; semper sempre; illacrĭ mo, mo, –ās, – āre, –āui , –ā – ātum (1) chorar; legō, –ĭ s, s, –ĕ re; re; l ē g ler; Plat ō, – ōnis (m) Platão] ēgi, i, lectum (3) ler; Plat
15. Parā Par ātae lacrĭ lacrĭmae insidiā insidi ās, non flē fl ētum, indĭ ind ĭcant. (Publílio Siro)
[ parō, – ās, –āre, –āui, –ātum (1) preparar; preparar; lacrĭ ma, ma, –ae (f) lágrima; insidiae, – ārum (f) emboscada; fletus, –us (m) lamento, choro; choro; ind ĭ ĭc ō, –ās, –āre, –āui, –ātum (1) revelar]
non não;
16. Caelum, non non anĭ anĭmum, mutant, qu ī qu ī trans mare currunt. (Horácio) [caelum, –i (n) –i (n) céu; céu; an ĭ mus, mus, –i (m) –i (m) espírito; mut ō, – ās, –āre, –āui, –āum (1) mudar; trans (prep. + ac.) além de; mare, –is (n) mar; curro, –is, –ere; cucurri, cursum (3) correr]
Formas de interrogar:
Quis? (nom. sg.) Cui? (dat. Sg.) Quae res? (nom. Sg) Quam rem? (ac. Sg.) Quo modo? (abl. ) Quid? (ac. / nom.) -ne? Num?
[Quem?] [Para quem?] [Que coisa?] [Que coisa?] [Como?] [Quê?] [Por acaso?] [Por acaso?]
Resposta no nom. sg. Resposta no dat. sg. Resposta no nom. sg. Resposta no ac. sg. Resposta no abl. ou com adv. de modo. Resposta no ac. ou no abl. Resposta afirmativa ou negativa. Resposta negativa.
Responder, em latim, às perguntas:
F31 V ēni, u ī u īdi, di, u ī u īci. ci. [Vim, vi, venci] a Quis uenit, uidit, uicit?…………………………………………………………………………………………………. F32 Vbi libertā libert ās cecĭ cecĭdit, nemō nemō libĕ libĕrē dicĕ dicĕre audet. [Quando a liberdade cai, ninguém ousa falar livremente] a Quae rē s cecĭ cecĭdit?…………………………………………………………………………………………………………. b Am libert ātem? Ego………………………………………………………………………………………….. āsne tu libertā c Quō mŏd ō nemō nemō dicĕ dicĕre audet?……………………………………………………………………………………… F33 Diu ī Diu īna na natū natūra dedit agrō agr ōs, ars humā hum āna aedificā aedificāuit urbē urb ēs.[A natureza divina produziu os campos, a arte humana construiu as cidades] a Quās rē s diu īna natūra dĕ dĕdit?……………………………………………………………………………………….. īna natū b Quae rē s dĕdit agrō agr ōs?…………………………………………………………………………………………………… c Aedificā Aedificāuitne uitne homō homō urbē urbēs?…………………………………………………………………………………………… d Quis aedificā aedificāuit urbē urbēs?…………………………………………………………………………………………………. e Quae rē s aedificā aedific āuit urbē urbēs?…………………………………………………………………………………………… F34 Nec quae praeteriit hō hōra red īre pŏtest. [A hora que passou não pode voltar] īre pŏ a Quae rē s praeteriit?……………………………………………………………………………………………………… b Redit ne hōra?………………………………………………………………………………………………………………. c Amā Amāsne hōram quae praeterit?……………………………………………………………………………………… F35 Non qui parum habet, sed qui plus cupit, cupit, pauper est. [É pobre não aquele que tem pouco, mas aquele que mais deseja] a Quis pauper est?………………………………………………………………………………………………………….. b Est ne pauper is qui parum habet?…………………………………………………………………………………. F36 Nullus agenti diē di ēs longus est. [Para aquele que age nenhum dia é longo] a b c d
Cui nullus Cui nullus diē diēs longus est?……………………………………………………………………………………………. Quae res agenti longa non est?……………………………………………………………………………………… Agisne Agisne tu? Ego……………………………………………………………………………………………………………. Quid agis?……………………………………………………………………………………………………………………
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F37 Nil difficĭ difficĭle est amanti. [Nada é difícil para o que ama] a Cui nil Cui nil difficĭ difficĭle est?………………………………………………………………………………………………………. b Quid amanti Quid amanti difficĭ diffic ĭle est?……………………………………………………………………………………………… F38 Saepe tacē tacēns uō uōcem uerbaque uultus habet. [Muitas vezes, o rosto que se cala tem voz e palavras] a Quae rē s saepe tacet?…………………………………………………………………………………………………… b Quam rem saepe habet tacē tac ēns uultus?…………………………………………………………………………… c Quae res uōcem uerbaque habet?………………………………………………………………………………….. F39 Vox aud ī aud īta ta perit, littĕ litt ĕra scripta manet. [A voz, que é ouvida perece, a letra, que é escrita, permanece] a Quae rē s perit?……………………………………………………………………………………………………………. b. Quae rē s manet?………………………………………………………………………………………………………….. c Manetne Manetne littĕ littĕra scripta?……………………………………………………………………………………………….. d Num manet uō uōx aud ī aud īta?……………………………………………………………………………………………….. ta?……………………………………………………………………………………………….. F40 Inter peritū peritūra uiuĭ uiuĭmus. [Vivemos entre coisas que hão-de perecer] a Inter quās rē s uiuĭ uiuĭmus?……………………………………………………………………………………………….. b Quis inter peritū peritūra uiuit? …………………………………………………………………………………………….. Formas de interrogar:
Quālis, –e ? adjetivo. Quae rē s? s? (nom.pl.) Quās rē s? (ac. s? (ac. pl.) Cuius? (gen. Cuius? (gen. sg.) Cui rei? (dat. rei? (dat. sg.) Nonne?
[De que espécie?] [Que coisas?] [Que coisas?] [De quem?] [Para que coisa?] [Por acaso?]
Resposta
com
um
Resposta no nom. pl. Resposta no ac. pl. Resposta no gen. sg. Resposta no dat. sg. Resposta afirmativa.
Responder, em latim, às perguntas:
1. Simulā Simulātiō tiō delet ueritā uerit ātem sine quā qu ā nomen amicitiae ualē ual ēre non potest. (Cícero) [O fingimento destrói a verdade, sem a qual a palavra amizade não pode manter-se]. a Potestne Potestne ualē ualēre amicitia sine ueritā uerit āte?…………………………………………………………………………… b Num potest ualē ualēre amicitia sine ueritā uerit āte?………………………………………………………………………. c Quam rem simulatiō simulatiō delet?…………………………………………………………………………………………… d Estne Estne simulatiō simulati ō rēs bona?…………………………………………………………………………………………….. e Estne Estne uerĭ uerĭtās rē rēs bona?………………………………………………………………………………………………… 2. Bis dat qu ī qu ī citō citō dat. (P.Siro) [duas vezes dá aquele que dá rapidamente] a Quotiens dat qui cito dat? [quotiens : quantas vezes?]…………………………………………………… 3. Non caret is qu ī qu ī non desidĕ desidĕrat. (Cícero) [Não carece aquele que não deseja] a Quis non caret?……………………………………………………………………………………………………………. b Estne Estne pauper is qu ī qu ī non desidĕ desidĕrat?………………………………………………………………………………… 4. Leuis est fortū fort ūna: id cito reposcit quod dĕ d ĕdit. (P.Siro) [A sorte é inconstante: exige de volta rapidamente aquilo que deu] a Quālis est fortū fortūna?……………………………………………………………………………………………….. b Quid fort Quid fortū ūna reposcit?……………………………………………………………………………………………… 5. Sum quod eris, fui quod es. (Epitáfio) [Sou o que serás, fui o que és] a Erisne Erisne quod sum? Ego ……………………………………………………………………………………………….. b Esne Esne quod fui? Ego …………………………………………………………………………………………………….. ……………………………………………………………………………………………………..
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6. Qui coepit, dimidium facti habet. Incĭ Inc ĭpĕ! (Horácio) [Aquele que começou tem a metade do feito. Começa!] a. Quis dimidium facti habet?……………………………………………………………………………………………. b Habetne Habetne dimidium facti is qu ī qu ī coepit?……………………………………………………………………………. c Quid debes facĕ fac ĕre? Ego ……………………………………………………………………………………………….. 7. Liber quem recĭ recĭtās meus est, sed, cum male eum rec ĭtās, incĭ incĭpit esse tuus. (Marcial) [O livro que declamas é meu, mas, quando o declamas mal, começa a ser teu.] a Quam rem am ī am īcus cus Martiā Marti ālis recĭ recĭtat?……………………………………………………………………………… 8. Timeō Timeō Danaō Danaōs et dona ferentē ferent ēs. (Vergílio) [Temo os gregos até mesmo quando trazem presentes] a Timetne Timetne Vergilius Danaō Danaōs?…………………………………………………………………………………………… b Quās rē s ferunt Danai?………………………………………………………………………………………………… 9. Tantă Tant ălus sitiē siti ēns flumĭ flumĭna ā labris fugientia tangĕ tang ĕre cupiē cupiē bat. (Horácio) [Tântalo sedento desejava atingir as águas que lhe fugiam dos lábios] a Quis sitit?………………………………………………………………………………………………………………….. b Quās rē s Tantă Tantălus cupiē cupiē bat tangĕ tang ĕre?……………………………………………………………………………. c Quae res ā labris Tantă Tant ăli fugiē fugiē bant?……………………………………………………………………………… d Cupiē Cupiē batne bat ne Tantă Tant ălus flumĭ flum ĭna tangĕ tangĕre?………………………………………………………………………….. 10. Graecia capta f ĕrum uictō uictōrem cē cēpit. (Horácio) [A Grécia conquistada conquistou o feroz vencedor] a Quālem uictō uictōrem Graecia capta cē c ēpit?…………………………………………………………………………… b Nonne Graecia capta f ĕrum uictō uictōrem cē cēpit ?………………………………………………………………….. 11. Attĭ Attĭcus Cicerō Cicerōni ex patriā patriā fugienti multam pecū pecūniam dedit. (Nepos) [Ático deu muito dinheiro a Cícero que fugia de sua pátria] a Cui Att Cui Attĭĭcus multam pecuniam dedit?……………………………………………………………………………… b Quis Cicerō Cicerōni multam pecuniam dedit?…………………………………………………………………………. c Quis ex patriā patriā fugiē fugiē bat?………………………………………………………………………………………………… 12. Qui timē timēns uiuet, liber non erit umquam. (Horácio) [Quem viver receoso não será livre nunca] [timeō [timeō, –ē –ēs, –ē –ēre, timui timui temer; uiuō uiuō, –ĭ –ĭs, –ĕ –ĕre, uixi, uictum (3) viver; liber, libera, liberum livre] a Num erit liber qui timet?………………………………………………………………………………………………. 13. Verbum semel emissum uolat irreuocā irreuocā bĭ bĭle. le. (Horácio) [A palavra, uma vez enviada, voa irrevogável] a Quae rē s uolat irreuocā irreuoc ā bĭ bĭlis?………………………………………………………………………………………… b Quid uolat?…………………………………………………………………………………………………………………. Quid uolat?…………………………………………………………………………………………………………………. 14. Morti Socră Socr ătis semper illacrĭ illacrĭmo legē legēns Platō Plat ōnem. (Cícero) [Lendo Platão, sempre choro a morte de Sócrates] a Cuius morti illacrĭ illacrĭmat Cicĕ Cicĕrō?………………………………………………………………………………………. b Quis legē legē bat Platō Plat ōnem?………………………………………………………………………………………………… c Cui rei illacr rei illacrĭĭmat Cicĕ Cicĕro semper?…………………………………………………………………………………… 15. Parā Parātae lacrĭ lacrĭmae insidiā insidi ās, non fletum indĭ ind ĭcant. (P. Siro) [Lágrimas preparadas revelam emboscada, não lamento] a Quae rē s insidiā insidi ās indĭ indĭcant?……………………………………………………………………………………….. b Quās rē s parā parātae lacrĭ lacrĭmae indĭ indĭcant?………………………………………………………………………………. 16. Caelum, non an ĭ mum, mum, mutant, qui trans mare currunt . currunt . (Horácio) [Mudam de céu, não de espírito, aqueles que cruzam o mar] a Mutantne Mutantne anĭ anĭmum qui trans mare currunt?……………………………………………………………………. b Mutantne Mutantne caelum qui trans mare currunt?………………………………………………………………………
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Quinta Lição O imperfeito do indicativo ativo das quatro conjugações; a quarta declinação; os pronomes demonstrativos; a voz passiva dos tempos do modo indicativo do infectum; infectum ;
F41 Dicē Dicē bat ille miser: “Ciuis Romā Rom ānus sum.” (Cícero) Dizia aquele infeliz: “Sou cidadão romano.”
[dicō [dicō, –is, –ĕ –ĕre, dixi, dictum dizer; ille, illa, illud aquele; miser, misera, miserum infeliz; ciuis, –is cidadão; Romā Romānus, a, um romano; sum, es, esse, fui ser]
F42 Mea puella passĕ pass ĕrem suum amă am ă bat et passer ad eam sō s ōlam semper pipiā pipiā bat. (Catulo) Minha menina amava seu pardal e ele sempre pipiava para ela apenas.
[meus, a, um meu; passer, –is (m) pardal; suus, a, um seu; amō amō, –ā – ās, –ā – āre, –ā –āui, –ā –ātum (1) amar; et e; ad (prep. + ac.) para, a; is, ea, ea, id aquele/ele; sōlus, a, um só, sozinho; sozinho; semper sempre; pipiō pipiō, –ās, –ā – āre, –ā –āui, – ātum (1) pipiar]
F43 Filii mei fratrem meum diligē diligē bant, mē mē fugiē fugiē bant; meam mortem exspectā exspectā bant. Nunc autem mō mōrēs meō meōs mutā mutāu ī et filiō filiōs ad mē m ē traham. (Terêncio) Meus filhos amavam meu irmão, evitavam-me; aguardavam minha minha morte. Agora, porém, mudei meus hábitos e os atrairei para junto de mim. [filius, –i (m) filho; meus, a, um meu; frater, fratris (m) irmão; dilĭgō, –is, –ĕ –ĕre, dilexi, dilectum (3) amar; mē mē (pron. pess.) pess.) me; mors, mortis (f) morte; exspect exspectōō, –ā – ās, –ā – āre, –ā –āui, –ā –ātum (1) aguardar; nunc (adv.) agora; autem (conj.) porém; ad (prep. + ac.) a, para; trahō trahō, –is, –ĕ –ĕre, traxi, tractum (3) atrair]
F44 Italia ill ī ill īss tempŏ tempŏrĭ bus erat plena Graecārum artium et mult ī mult ī Romā Romān ī ips ī ips ī hās artē artēs colē colē bant. (Cícero) A Itália, naqueles tempos, estava cheia das artes gregas e muitos romanos cultivavam estas artes.
[Italia, –ae –ae (f) Itália; tempus, –ŏris (n) tempo; sum, es, ess, fui estar; plenus, a, um (+ gen) cheio; ars, artis (f) arte; Graecus, a, um grego; multus, multus, a, um muito; ipse, a, um o próprio; próprio; hic, haec, hoc este, esta, isto; colō, –is, –ĕre, colui, cultum (3) cultivar]
F45 Cornua ceruum ā pericŭ pericŭl īs īs defendunt. (Marcial) Os chifres defendem o cervo dos perigos.
[cornu, –ū –ūs (n) chifre; ceruus, –i (m) cervo, veado; a (prep. + abl.) de; pericŭ pericŭlum, –i (n) perigo; defendō defend ō, –ĭ – ĭs, – ĕre, defendi, defensum defensum (3) defender]
F46 Numquam pericŭ peric ŭlum sine pericŭ pericŭlō uincĭ uincĭtur. (Publílio Siro) O perigo nunca é vencido sem perigo.
[numquam (adv.) nunca; pericŭ pericŭlum, –i (n) perigo; sine (prep. + abl.) sem; uinc ō, –ĭs, –ĕre, uici, uictum (3) vencer]
F47 Futū Futūră sc īri pŏssunt. (Cícero) īri non pŏ As coisas futuras não podem ser conhecidas.
[futū [futūrus, a, um um futuro; sciō sciō, – ī – īs, s, – īre, sc īui, ui, sc ī sc ītum tum (4) conhecer; non (adv.) não; pŏ pŏssum, pŏ pŏtes, pŏ pŏtui poder] īre, sc ī
F48 Trahĭ Trahĭmur omnē omnēs studiō studiō laudis et mult ī mult ī glō glōriā riā ducuntur. (Cícero) Somos todos arrastados pelo desejo do louvor e muitos são conduzidos pela glória.
[trahō [trahō, –ĭs, –ĕre, traxi, tractum tractum (3) arrastar; arrastar; omnis, –e todo; studium, –i (n) desejo; laus, laudis (f) louvor; multus, a, um muito; glō glōria, –ae (f) glória; ducō ducō, –ĭ –ĭs, –ĕ –ĕre, duxi, ductum (3) conduzir]
Informações gramaticais A.
Para a formação do imperfeito do indicativo, acrescenta-se ao tema do infectum o sufixo – bā– , para a primeira e segunda conjugações e –ē bā–, para a terceira e quarta. As desinências número-pessoais são –m, –m, –s, –t, –mus, –tis, –nt . –nt .
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Tema do do infectum + SMT + DNP Imperfeito do Indicativo: 1 2 amā amā bă băm monē monē bă băm amā amā bā bās monē monē bā bās amā amā bă băt monē monē bă băt amā amā bā bāmus monē monē bā bāmus amā amā bā bātis monē monē bā bātis amā amā bă bănt monē monē bă bănt eu amava
B.
eu aconselhava
3a legē legē bă băm legē legē bā bās legē legē bă băt legē legē bā bāmus legē legē bā bātis legē legē bă bănt
3 b capiē capiē bă băm capiē capiē bā bās capiē capiē bă băt capiē capiē bā bāmus capiē capiē bā bātis capiē capiē bă bănt
4 audiē audiē bă băm audiē audiē bā bās audiē audiē bă băt audiē bā bāmus audiē audiē bā bātis audiē audiē bă bănt
esse ĕrăm ĕrās ĕrăt ĕrāmus ĕrātis ĕrănt
eu lia
eu pegava
eu ouvia
eu era
A voz passiva dos tempos do infectum no indicativo O verbo latino, na voz passiva, se serve de desinências próprias, a saber, –r, –ris (re), –tur, –mur, –mini, –ntur. –ntur . A frase ego amō t ē ē [eu te amo], na voz passiva muda para t ū ā mē amāris [tu és amado por mim]. O agente da passiva por mim fica, em latim, no ablativo. É o ablativo de agente, agente, que se faz acompanhar da preposição a/ab se o agente for um nome animado; se o agente for inanimado, o nome fica no ablativo sem preposição, como na oração manū manŭs lauātur [Uma mão é lavada pela outra], passiva de manus manum lauat [uma lauat [uma mão lava a outra]. NB Para a formação do infinitivo passivo, basta mudar o sufixo – re para –ri –ri /–i /–i :
C.
1 amā amāre/amā re/amāri
2 monē monēre/monē re/monēri
3a legĕ legĕre/leg ī re/leg ī
3 b capĕ capĕre/cap ī re/cap ī
4 aud ī aud īre/aud re/aud ī īri ri
amar/ser amado
aconselhar/ser aconselhado
ler/ser lido
capturar/ser capturado
ouvir/ser ouvido
Conjugação dos verbos nos tempos do infectum, na voz passiva 1 amor amā amāris amā amātur amā amāmur amā amāmĭni amă amăntur sou amado
presente do indicativo: 2 3a 3 b moneor legor capior monē monēris legĕ legĕris capĕ capĕris monē monētur legĭ legĭtur capĭ capĭtur monē monēmur legĭ legĭmur capĭ capĭmur monē monēmĭni legĭmĭni capĭ capĭmĭni monĕ monĕntur legŭ legŭntur capiŭ capiŭntur sou aconselhado
sou lido
sou capturado
futuro imperfeito: 3a 3 b legă legăr capiă capiăr legē legēris capiē capiēris legē legētur capiē capiētur legē legēmur capiē capiēmur legē legēmĭni capiē capiēmĭni legĕ legĕntur capiĕ capiĕntur
1 amā amā bor amā amā bĕ bĕris amā amā bĭ bĭtur amā amā bĭ bĭmur amā amā bĭ bĭmĭni amā amā bŭ bŭntur
2 monē monē bor monē monē bĕ bĕris monē monē bĭ bĭtur monē monē bĭ bĭmur monē monē bĭ bĭmĭni monē monē bŭ bŭntur
Serei amado
serei aconselhado
serei lido
serei capturado
4 audior aud ī aud īris ris aud ī aud ītur tur aud ī aud īmur mur aud ī aud īm mĭni audiŭ audiŭntur sou ouvido
4 audiă audi ăr audiē audiēris audiē audiētur audiē audiēmur audiē audiēmĭni audiĕ audiĕntur Serei ouvido
57
D.
1 amā amā bă băr amā amā bā bāris amā amā bā bātur amā amā bā bāmur amā amā bā bāmĭni amā amā bă băntur
imperfeito do indicativo 2 3a 3 b monē monē bă băr legē legē bă băr capiē capiē bă băr monē monē bā bāris legē legē bā bāris capiē capiē bā bāris monē monē bā bātur legē legē bā bātur capiē capiē bā bātur monē monē bā bāmur legē legē bā bāmur capiē capiē bā bāmur monē monē bā bāmĭni legē legē bā bāmĭni capiē capiē bā bāmĭni monē monē bă băntur legē legē bă băntur capiē capiē bă băntur
4 audiē audiē bă b ăr audiē audiē bā b āris audiē audiē bā b ātur audiē audiē bā b āmur audiē audiē bā b āmĭni audiē audiē bă b ăntur
era amado
era aconselhado
era ouvido
era lido
era capturado
Pronomes demonstrativos hic, haec, hoc iste, ista, istud ille, illa, illud
este, esta, isto [perto do falante] esse, essa, isso [perto do ouvinte] aquele, aquela, aquilo [distante do falante e do ouvinte]
Declinação dos demonstrativos
nom gen dat ac abl
nom gen dat ac abl
nom gen dat ac abl
nom gen dat ac abl
m hic — — hunc hōc
singular f haec huius huic hanc hāc
n hŏc — — hŏc hōc
m h ī hōrum — hōs —
plural f hae hārum h īs īs hās h īs īs
n haec hōrum — haec —
n istă istă istōrum — istă istă —
n illă illă illō illōrum — illă illă —
singular m f iste ista — istius — ist ī ī istum istam istō istō istā istā
n istud — — istud istō istō
m ist ī istō istōrum — istōs —
plural f istae istārum ist ī ist īss istā istās istĭ istĭs
singular f illa illius ill ī ī illam illā illā
n illud — — illud illō illō
m ill ī ī illō illōrum — illō illōs —
plural f illae illā illārum ill īs īs illā illās ill īs īs
m e ī/i ī/i ī ī eōrum — eōs —
plural f eae eārum e īs/i īs/i īs īs eās eis/iis
m ille — — illum illō illō
singular m f is ea — eius — ei eum eam eō eā
n id — — id eō
n eă eōrum — eă —-
58
nom gen
m īdem īdem —
singular f eadem eiusdem
n ĭdem —
m e īdem īdem eōrundem
dat ac abl
— eundem eōdem
eidem eandem eādem
— idem eōdem
— eōsdem —
nom gen dat ac abl
Singular m f ipsĕ ipsĕ ipsa — ipsius — ipsi ipsum ipsam ipsō ipsō ipsā ipsā
n ipsum — — ipsum ipsō ipsō
m ips ī ipsō ipsōrum — ipsōs —
plural f eaedem eārunde m e īsdem īsdem eāsdem e īsdem īsdem Plural f ipsae ipsārum ips īs īs ipsā ipsās ips ī ips īss
n eădem eōrundem — eădem -
n ipsă ipsă ipsōrum — ipsă ipsă ——
Há nove adjetivos que seguem o modelo dos demonstrativos no genitivo e no dativo [genitivo –ius e dativo –i ]. ]. Nos outros casos do singular, e no plural, o modelo é o adjetivo de primeira classe magnus, –a, –um: –um: alius, alia, aliud alter, altera, alterum ullus, ulla, ullum nullus, nulla, nullum t ōtus, t ōta, t ōtum uter, utra, utrum neuter, neutra, neutrum sōlus, s ōla, sōlum ūnus, ūna, ūnum E.
outro o outro (de dois) algum nenhum todo, inteiro qual (de dois) nenhum dos dois só, sozinho um, único
A quarta declinação: fructŭ fruct ŭs, –ū –ūs (m) [fruto]; cornū corn ū, –ū –ūs (n) [chifre] nom gen dat ac abl voc
nom gen dat ac abl voc
singular fructŭ fructŭs fructū fructūs fructu ī fructu ī fructum fructū fructū fructŭ fructŭs
plural fructū fructūs fructuŭ fructuŭm fructĭ fructĭ bus bus fructū fructūs fructĭ fructĭ bus bus fructū fructūs
singular cornū cornū cornūs cornu ī cornu ī cornū cornū cornū cornū cornū cornū
plural cornuă cornuă cornuŭ cornuŭm cornĭ cornĭ bus bus cornuă cornuă cornĭ cornĭ bus bus cornuă cornuă
Desinências: masculino & feminino neutro singular plural singular –ŭs –ūs –ū –ūs –uŭm –ūs –uī –ĭ bus bus –uī –ŭm –ūs –ū –ū –ĭ bus bus –ū –ŭs –ūs –ū
plural –uă –uŭm –ĭ bus bus –uă –ĭ bus bus –uă
59
Traduzir
1
Ex uitiō uitiō alter ī alter īus us sapiē sapiēns emendat suum. (Publílio Siro)
[ex (prep. + abl.) abl.) a partir de, de; uitium, –i (n) defeito; defeito; alter, a, um outro, outrem; sapiens, –ntis sábio; emendō emendō, –ā –ās, –ā –āre, –ā –āui, –ā –ātum (1) corrigir; suus, a, um seu]
2
Et Deus aquā aqu ās mariă mariă appellā appellāuit. (Gênesis)
3
Parua form ī form īca ca onĕ onĕra magna ōre trahit. (Horácio)
4
[et (conj.) e; Deus, –i Deus; aqua, –ae (f) água; mare, –is (n) mar; appellō appellō, –ās, –āre, –ā –āui, –ā –ātum (1) chamar]
[paruus, a, um pequeno; form ī form īca, ca, –ae (f) formiga; onus, –ĕ – ĕris (n) peso; magnus, a, um grande; ōs, ōris (n) boca; trahō trahō, –ĭ –ĭs, –ĕ –ĕre, traxi, tractum (3) carregar]
Thais habet nigrō nigr ōs, niueō niue ōs Laecā Laecānia dentē dentēs. Quae ratiō ratiō est? Emptō Emptōs haec habet, illa su ōs. (Marcial)
[Thais, –idis (f) Taís; habeō habeō, –ē – ēs, –ē – ēre, habui, habĭ habĭtum (2) ter; niger, nigra, nigrum negro; niueus, a, um branco; Laecā Laecānia, –ae (f) Lecânia; ĕmō, –ĭ –ĭs, –ĕ –ĕre, ēmi, emptum (3) comprar; hic, haec, hoc este, esta, isto, isto, ratiō ratiō, –ō –ōnis (f) razão, motivo; ille, ille, illa, illud aquele, aquela, aquilo]
5
Dionysius tyrannus, quoniam tonsō tons ōr ī collum commitĕ commit ĕre timē timē bat, filiā filiās suā su ās barbam et capillum tondē tond ēre docuit. Itaque uirgĭ uirg ĭnēs tondē tond ē bant barbam et capillum patris. (Cícero) [Dionysius, –i (m) Dionísio; tyrannus, –i (m) tirano; quoniam (conj.) porque; tonsor, – ōris (m) barbeiro; collus, –i (m) pescoço; committō committō, –ĭ – ĭs, –ĕ – ĕre, commis ī, timeō, –ē – ēs, –ē – ēre, timu ī (2) ī, commissum (3) entregar; timeō temer; filia, –ae (f) filha; filha; suus, a, um seu; barba, –ae (f) barba; et (conj.) e; capillus, capillus, –i (m) cabelo; pater, pater, patris (m) pai]; itaque por isso; tondeō tondeō, -ē -ēs, -ē -ēre, totondi, tonsum ‘cortar’ ]
6
Am ī Am īcus cus certus in rē r ē incertā incert ā cernĭ cernĭtur. (Ênio)
7
Felix est qui potest causā caus ās rē r ērum intellegĕ intelleg ĕre; et fortunā fortunātus ille qui deō de ōs antiquō antiquōs dilĭ dilĭgit. (Vergílio)
[am ī [am īcus, cus, –i (m) amigo; certus, a, um certo; in (prep. + abl.) em; rē rēs, rei momento, hora; incertus, a, um um incerto; cernō cernō, –ĭ –ĭs, –ĕ –ĕre, crē crēui, crē crētum (3) discernir, distinguir]
[felix, – ī – īcis cis feliz; sum, es, esse, esse, fui ser; possum, potes, posse, potui poder; causa, –ae (f) causa; ēes, rei (f) coisa; intellĕ intellĕgo, –is, –ere, intellexi, intellectum (3) compreender; fortun fortunāātus, a, um afortunado; deus, –i (m) deus; antiquus, a, um antigo; dilĭ dilĭgo, –ĭ –ĭs, –ĕ – ĕre, dilexi, dilectum (3) honrar
8
Omnia mutantur; omnia fluunt; quod fuĭ fu ĭmus aut sumus, cras non er ĭmus. (Ovídio)
9
Diligē Diligēmus eum qui pecū pec ūniā niā non mouē mouētur. (Cícero)
[omnis, –e todo; mutō mutō, –ā –ās, –ā –āre, –ā –āui, –ā –ātum (1) mudar; fluō fluō, –ĭ – ĭs, –ĕ –ĕre, flux ī flux ī,, fluxum (3) fluir, correr; cras (adv.) amanhã]
[dilĭ [dilĭgo, –ĭ –ĭs, –ĕ – ĕre, dilexi, dilectum (3) honrar; pecū pec ūnia, –ae (f) dinheiro; mŏ mŏueo, –ē –ēs, –ē –ēre, mō mōui, mō mōtum (2) mover]
60
Texto
( Hor. Ode III, 30 ) Exē Exēgi monumentum aere perennius regal īque pyramĭdum altius, īque situ pyramĭ quod non imber edax, non Aquĭ Aqu ĭlō [inpŏ [inpŏtens possit diruĕ diruĕre aut innumerā innumer ā bĭ bĭlis 5 annō annōrum series et fuga tempŏ temp ŏrum. Non omnis moriar multă mult ăque pars mei uitā uitā bit Libit ī Libit īnam: nam: usque ego postĕ post ĕrā crescam laude recens, dum Capitolium scandet cum tacĭ tac ĭta uirgĭ uirgĭne pontĭ pontĭfex: 10 dicar, quā quā uiŏ uiŏlens obstrĕ obstrĕpit Aufidus et quā quā pauper aquae Daunus agrestium regnā regnāuit populō populōrum, ex humĭ hum ĭli potens princeps Aeolium carmen ad It ălos deduxĭ deduxĭsse mŏ mŏdōs. Sume superbiam 15 quaes ī quaes ītam tam merĭ mer ĭtis et mihi Delphĭ Delph ĭca lauro cinge uolens, Melpomĕ Melpom ĕne, comam. Latim artem /ars mortem /mors partem /pars pedem /pes dentem /dens nauem /nauis noctem /nox gentem /gens finem /finis mundum /mundus continere causam/causa dolorem /dolor consumere defendere dubitare
Italiano arte morte parte piede dente nave notte gente fine mondo continere cosa dolore consumare defendere dubitare
Mais perene que o bronze um monumento ergui, mais alto e régio que as pirâmides, nem o roer da chuva nem a fúria de Áquilo o tocarão, tampouco o tempo ou a série dos anos. anos. Imortal em grande parte, a morte só de um pouco de mim se apossará. Que eu semprenovo, acrescido em louvor, hei de crescer enquanto ao Capitólio suba o Sumo Sacerdote e a calada vestal. Aonde violento o Áufido espadana, aonde depauperado de água o Dauno agrestes povos regeu, de humilde a poderoso dirão que eu passei: príncipe, o primeiro em dar o eólio canto ao modo itálico. Assume os altos méritos, Melpômene: cinge-me a fronte do laurel de Apolo. (Trad. de Haroldo de Campos) Esp. arte muerte parte pie diente nave noche gente fin mundo contener cosa dolor cons onsumir defender dudar
Port. arte morte parte pé dente nau noite gente fim mundo conter cousa dor con consumir defender duvidar
Francês art mort parti pied dent net nuit gent fin monde contenir chose douleur consumer défendre douter
61
Sexta Lição O gerúndio; o gerundivo; o gerundivo em lugar do gerúndio; os verbos depoentes; os verbos semi-depoentes.
F51
Sapientia ars uiuend ī uiuend ī putanda est. (Cícero) A filosofia deve ser considerada a arte de viver.
[sapientia, –ae (f) sabedoria; filosofia; filosofia; ars, artis (f) arte; uiuō uiuō, –ĭ – ĭs, –ĕ –ĕre, uix ī uix ī,, uictum (3) viver; put{o}, –ā –ās, –ā –āre, –ā –āui, – ātum (1) considerar]
F52 Homĭ Homĭnĭs mē mēns discendō discendō alĭ alĭtur et cogitandō cogitand ō. (Cícero) A mente do homem é alimentada pela aprendizagem (pelo aprender) e pela reflexão (pelo pensar). [homō [homō, –ĭ –ĭnis homem; mē mēns, mentis (f) mente; discō discō, –ĭ –ĭs, –ĕ –ĕre, didic ī didic ī (3) aprender; alō al ō, –ĭ –ĭs, –ĕ –ĕre, alu ī, ī, altum (3) alimentar; cogĭ cogĭtō, –ā –ās, –ā –āre, –ā –ātum (1) pensar]
F53 Non sōlum ad dicendum propens ī propens ī sumus, uē u ērum etiam ad docendum. docendum. (Cícero) Não somente somos inclinados a falar, como também a ensinar.
[non sō sōlum … uē uērum etiam não só … mas também; ad (prep. (prep. + ac.) a, para; dicō dicō, –ĭ –ĭs, –ĕ –ĕre, dix ī, ī, dictum (3) falar; propensus, a, um inclinado, propenso; doceō doceō, –ē –ēs, –ē –ēre, docu ī docu ī,, doctum (2) ensinar]
F54 Labuntur ann ī ann ī;; dum loquĭ loqu ĭmur, fugĕ fug ĕrit inuĭ inuĭda aetā aet ās. (Horácio) Os anos passam; enquanto falamos, o tempo invejoso terá fugido.
[labor, –eris, labi, lapsus sum (3) (3) passar; dum (conj.) enquanto; loquor, –ĕ –ĕris, loqu ī, inu ĭdus, a, ī, locutus sum (3) falar; inuĭ um invejoso; aetā aetās, aetā aetātis (f) tempo; f ŭgiō giō, –ĭ –ĭs, –ĕ –ĕre, f ūg ī, ī, fugitum (3) fugir]
F55 Cura pecū pecūniam crescentem sequĭ sequĭtur. (Horácio) A preocupação acompanha o dinheiro que aumenta.
[cura, –ae (f) preocupação; pecū pec ūnia, –ae (f) dinheiro; crescō crescō, –ĭ –ĭs, –ĕ –ĕre, crē crēui, crē crētum (3) aumentar; sequor, –ĕ – ĕris, sequi, secutus sum (3) acompanhar]
F56 Nisi laus n ŏua orĭ orĭtur, etiam uetus laus amitt ĭtur. (Publílio Siro) Se não surge um novo louvor, também o antigo louvor se perde.
[nisi (conj.) se não; laus, laudis (f) louvor; louvor; nŏ nŏuus, a, um novo; orior, orĕ orĕris, or īri, īri, ortus sum surgir; etiam também; uetus, ĕris antigo; amittō amittō, –ĭ –ĭs, –ĕ – ĕre, amis ī amis ī,, amissum (3) perder]
F57 Mult ī Mult ī propter glō glōriae cupidĭ cupidĭtātem sunt cupĭ cup ĭd ī bellō bellōrum gerendō gerendōrum. (Cícero) Muitos, por causa da ambição da glória, são desejosos de empreender guerras.
[multus, a, um muito; propter (prep. + ac.) por causa de; glō glōria, –ae (f) glória; cupidĭ cupid ĭtās, –ā –ātis (f) ambição; cupĭ cupĭdus, a, um desejoso; bellum, –i (n) guerra; gerō gerō, –ĭ –ĭs, –ĕ –ĕre, gessi, gestum (3) empreender; bellum gerĕ ger ĕre guerrear]
F58 Nascentē Nascentēs morĭ morĭmur, finisque ab origĭ orig ĭne pendet. (Manílio) Ao nascer começamos a morrer, e o fim está pendente desde o nascimento.
[nascor, –ĕ –ĕris, nasc ī nasc ī,, natus sum (3) nascer; morior, –ĕris, mor ī mor ī,, mortuus sum (3) morrer; finis, –is (m) fim; ab (prep. + abl.) desde; or ī or īggō, –ĭ –ĭnis (f) nascimento; origem; pendeo, –ē – ēs, –ē –ēre, pependi, pensum (2) estar pendente]
F59 Rem tenē tenē, uerba sequentur. (Catão) Domina o assunto, as palavras surgirão.
[rē [rēs, rei (f) assunto; teneō teneō, –ē –ēs, –ē –ēre, tenui, tentum (2) dominar; ter; uerbum, –i(n) palavra; sequor, –ĕ –ĕris, sequ ī, ī, secutus sum (3) seguir; surgir]
F60 Quō Quōusque tandem abutē abut ēre, Catil īna, patienti ā nostrā nostrā? (Cícero) īna, patientiā Até que ponto, finalmente, abusarás, Catilina, de nossa paciência?
[quō [quōusque até que ponto?; tandem finalmente; abū abūtor, –ĕ –ĕris, abut ī, (f) ī, abusus sum (+ abl.) abusar; patientia, –ae (f) paciência; noster, nostra, nostrum (poss.) nosso.
62
Informações gramaticais Na frase ducem deligĕ re re difficĭ le le est [é est [é difícil escolher um chefe], o infinitivo deligĕ re re é o sujeito de est ; em cupi ō ambul āre [desejo caminhar], ambul āre é objeto de cupi ō. Já a idéia expressa na frase para falar se diz em latim no gerúndio ad dicendum, dicendum, em que dicendum está no acusativo; para traduzir a idéia contida na frase modo de fazer, fazer , emprega-se o genitivo do gerúndio, a saber, mŏdus faciend ī ī; na frase cogitand ō cogit āre discĭ mus mus [aprendemos a pensar pensando], cogitand ō está no ablativo. O gerúndio, portanto, declina-se — as desinências casuais são as da segunda declinação —, ficando no genitivo, dativo, acusativo ou ablativo, de acordo com a relação sintática estabelecida: tempus legend ī ī (genitivo) [momento de de ler] ler] cupĭ dus dus legend ī ī (genitivo) [desejoso de ler] aptus legend ō (dativo) [apto para ler] pronus ad legendum (acusativo) [inclinado a ler] legend ō discē s (ablativo) [lendo aprenderás] ex legend ō uolupt ātem capi ē ēs (ablativo) [tirarás prazer da leitura] Sua tradução se dá ora por um infinitivo presente, ora por um gerúndio, ora por um nome abstrato. Emprego do gerundivo em lugar do gerúndio. Quando o gerúndio vem acompanhado de um objeto no acusativo, ele cede freqüentemente seu lugar e seu caso ao gerundivo, que concorda com o nome, tomando este o caso do gerúndio. Veja-se a frase tempus legendi historiam [momento de ler a história] em que historiam está no acusativo singular, e é um substantivo feminino. De acordo com as regras mencionadas há pouco, historiam vai para o caso do gerúndio — aqui no genitivo — e o gerúndio muda para o gerundivo, que concorda com historiam em gênero e número, e o resultado dessa operação é a estrutura ⇒ tempus legendae historiae. historiae . Para efeito de melhor visualização, eis as regras acima mencionadas: o nome vai para o caso do gerúndio; o gerúndio se transforma em gerundivo; o gerundivo concorda com o nome em gênero e número. • • •
Exemplos: Cupĭ dus dus legend ī ī librōs [desejoso de ler os livros]: • • •
librōs muda para o genitivo (caso do gerúndio na frase) ⇒ librōrum legend ī ī (gerúndio no genitivo) muda para o gerundivo ⇒ legendus, legendus, –a –a, –um –um o gerundivo fica no gênero e no número de librōs (masculino, plural) ⇒ legend ōrum Cupĭ dus dus legend ī ī librōs ⇒ Cupĭ dus dus legend ōrum librōrum Cupĭ dus dus uidend ī ī urbem ⇒ Cupĭ dus dus uidendae urbis [desejoso de ver a cidade] Librōs legend ō legĕ re re discĭ mus mus ⇒ Librī s legend ī īs legere discĭ mus mus [aprendemos a ler lendo livros]
Notas O uso da preposição ad [para] com o gerúndio ou com o gerundivo é uma das formas de expressar a finalidade em latim: Ad legendum u ē nit [ele nit [ele veio para ler] Ad librōs legend ōs uē nit [ele nit [ele veio para ler livros] O genitivo do gerúndio ou do gerundivo seguido de causā [para] serve também para expressar a finalidade: Legend ī ī causā uē nit nit [ele veio para ler] Librōs legend ī ī causā uē nit nit / Librorum legendorum causa uenit [ele veio para ler os livros]
63
Verbos depoentes Muitos verbos em latim têm formas passivas, mas significados ativos — são os depoentes [depō [depōnĕre = abandonar]: hortā hort āri (1) [aconselhar], fatē fat ēri (2) [confessar], sequi (3 a) [seguir], pati (3 b) [suportar], exper ī exper īri ri (4) [experimentar] Notas: Os depoentes têm todas as formas participiais que todo verbo tem; note, porém, os seguintes pontos: particípio presente e futuro: formas ativas com significados ativos; particípio passado: forma passiva com significado ativo. Os depoentes têm um infinitivo para cada tempo; note, porém, os seguintes pontos: infinitivos presente e perfeito: formas passivas com significados ativos; infinitivo futuro: forma ativa com significado ativo. Note-se, ainda: gerúndio: forma ativa com significado ativo; supino: forma ativa com significado ativo; gerundivo: forma passiva com significado passivo. Verbos semi-depoentes São os verbos (quatro) cujo sistema do perfectum é passivo na forma mas ativo no significado: audeō audeō, –ē –ēs, –ē re, re, ausus ausus sum [ousar] gaudeō gaudeō, –ē s, –ē re, re, gauisus sum [alegrar-se] soleō soleō, –ē s, –ē re, re, solĭ solĭtus sum [costumar] fido, –is –is,, –ĕ re, re, fisus sum [confiar] Traduzir
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.
Romam u ēnit ad auxilium ā militĭ militĭ bus bus regis quaerendum. Cottidie currendō currend ō salū salūtem corpŏ corpŏris sustineō sustine ō; numquam ab hoc mŏ m ŏdō uiuendi lapsus sum. Carminĭ Carminĭ bus bus canendis poeta pecuniam acc ēpit. Ciuē Ciuēs fortē fortēs rei publicae hostium superand ōrum causa oppugnā oppugn āre inceperunt. Quamquam studiō studi ōsus erat bene regendi, amor p ŏpŭli ei deĕ deĕrat. Bene regendō regendō dux amō amōrem comitum capit. Aenē Aen ēas ē deā deā natus est, ut aiunt, et multa proficisc ēns Troiā Troi ā ad Italiam expertus est. Patientē Patientēs multā mult ās poenā poenās quam primum R ōmam progrĕ progrĕdi uoluĭ uoluĭmus. Nemō Nemō sine uiti ī uiti īss nascĭ nascĭtur; optimus ille est qui min ĭma habet. Eā Eādem nocte in exsilium profecti sumus. Ex urbe egressus ferro suo suo mori conā con ātus est.
Exercício
O gerúndio O gerúndio é ……………………………….. que ………..……………… de acordo com a ………………………… que desempenha na frase. As terminações do gerúndio são: no genitivo: ……………………………… no dativo:……………………………………….. dativo:……………………………………….. no acusativo:…………………………….. acusativo:…………………………….. no ablativo:…………………………………….. ablativo:…………………………………….. As terminações do gerúndio são, pois, as mesmas da……………………… declinação no singular. O gerúndio só se declina no singular. No acusativo vem geralmente acompanhado da preposição …..……, que é uma preposição que se faz acompanhar do caso ………………………………………………………
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Complete as frases: Studium …………………………. cum am ī am īcis cis magnum est (uiuĕ (uiu ĕre). [O desejo de viver com os amigos é grande ] Discĭ Discĭmus legĕ leg ĕre ………………………….librō ………………………….libr ōs (legĕ (legĕre). [ Aprendemos a ler lendo livros] livros] Fel īces īces f īmus īmus …………………… bene (uiu ĕre). [Tornamo-nos felizes vivendo bem] bem ] Podemos dizer que o gerúndio é um substantivo verbal, com significado ativo, ao passo que o gerundivo é um adjetivo verbal, com significado passivo. O gerundivo O gerundivo de amā am āre, monē monēre, legĕ legĕre, capĕ capĕre, aud ī aud īre, re, é …………………….., …………………, ……………………, ….………………, que se declina como um adjetivo de ………….……… classe. Complete a frase: Nihil sine ratione ……………………………………… (fac ĕre) [Nada deve ser feito sem planejamento] (Sêneca) Omnia …………………………………………………….. (ag ĕre) [Todas as coisas devem ser feitas] Carthago …………………………………………………..(del ēre) [Cartago deve ser destruída] (Catão) Verbos depoentes São depoentes os verbos que ……………………………, mas …………………………….…… Numa frase como Lupus como Lupus puĕ rum rum petit [O petit [O lobo ataca o jovem], o verbo petit (petĕ (pet ĕre) está na voz ………..………………; já na frase Puer a lupo petitur [O jovem é atacado pelo lobo], petitur está na voz …………………………………………….. Na frase Puer lupum sequitur (sequi) [O jovem segue o lobo], sequitur é um verbo………………….……………… Observe quelupum que lupum está no caso……………..………………, já que desempenha a função sintática de ……………….……………… Na estrutura passiva não pode haver ………………………………………………………………. Complete: Tempus ………………………………………………………… (aet ās, – ātis vida) (breuis, e curto) [o tempo da vida é curto] Tempus é um substantivo da ………………………………declinação, do gênero ……………………..A frase não tenho tempo se deiz em latim ………………………………….. non habeo. Já a vida é breve se diz uita ……………………………………………………………………………………………….. Explique uma e outra construção no que diz respeito à concordância do predicativo. Diga o caso em que estão: tempŏre fel ī īci c i : …………………………………………………..……………………………………………………………….. tempŏra felicĭ a:…………………………………………………..……………………………………………………………… tempŏrum felicium: felicium: …………………………………………………………………………………………………………… Coloque as formas acima no singular ou no plural.
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Na frase ōre plenō bibĕre non honestum est. [Não [Não é conveniente beber de boca cheia ], cheia ], ore pleno está no caso ……………………………………….., pois desempenha a função sintática de …………………………………………………………………… …………………………………………………………………………………………………………… …………………………………………………………………… ……………………………
O nominativo de ōre plenō é ………………………………………………………………………………………………..
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Sétima Lição O ablativo absoluto; absoluto; outros empregos do ablativo. ablativo.
F61
Tarquiniō Tarquiniō expulsō expulsō, nomen regis aud ī aud īre re non potĕ potĕrat pŏ pŏpŭlus Romā Rom ānus. (Cícero) Expulso Tarquínio, o povo romano não podia ouvir a palavra rei.
[Tarquinius, –i Tarquínio; expell expellō, –ĭ – ĭs, –ĕ –ĕre, expŭ expŭli, expulsum expulsar; nomen, –inis (n) palavra; rex, rex, regis (m) rei; audio, –is, –ire, –iui, –itum (4) ouvir; possum, possum, potes, posse, potui poder; pŏ pŏpŭlus, –i (m) povo; Romā Romānus, a, um romano]
F62
Pythagŏ Pythagŏras, Superbō Superbō regnante, in Italiam uē u ēnit. (Cícero) Pitágoras veio à Itália, enquanto Soberbo reinava.
[Pythagŏ [Pythagŏras, –ae Pitágoras; Superbus, Superbus, –i Soberbo; regnō regnō, –ā – ās, –ā – āre, –ā –āui, –ā –ātum (1) reinar; in (prep. + ac.) para; Italia, –ae Itália; uĕ uĕnio, – īs, – īre, re, uē uēni, uentum uentum (4) vir] īs, – ī
F63
Iuuĕ Iuuĕnēs ueste deposĭ deposĭtā corpŏ corpŏra oleō oleō perunxerunt. (Cícero) Tirada a roupa, os jovens untaram seus corpos com óleo.
[iuuĕ [iuuĕnis, –is (m&f) jovem; uestis, –is (f) roupa; deponō deponō, –is, –ĕ –ĕre, deposui, depositum depositum (3) tirar; corpus, – ŏris (n) corpo; oleum, –i (n) óleo; perungo, –is, – ĕre, perunxi, perunctum (3) untar]
F64
Caesă Caesăre interfectō interfectō, Brutus Romā Rom ā Athenā Athenās f ūgit. (Cícero) Morto César, Bruto fugiu de Roma para Atenas.
[Caesar, –is César; interficiō interficiō, –is, –ĕ –ĕre, –f ēci, –fectum (3) (3) matar; Brutus, –i Bruto; Roma, –ae Roma; Athenae, –ā –ārum Atenas; f ŭgiō giō, –is, –ĕ –ĕre, f ūgi]
F65
Nec tumultum nec mortem uiolentam tim ē bō bō Augustō Augustō terrā terrās tenente. (Horácio) Enquanto Augusto governar as terras, não temerei tumulto nem morte violenta.
[Nec nem; tumultus, –us (m) tumulto; mors, mortis (f) morte; uiolentus, a, um violento; timeō timeō, –ē – ēs, –ē – ēre, timu ī (2) temer; Augustus, –i Augusto; terra, –ae (f) terra; terra; teneō teneō, –ē –ēs, –ē –ēre, tenu ī tenu ī,, tentum (2) governar]
F66
Aurō Aurō loquente, sermō sermō omnis inā in ānis est. (Provérbio grego) Falando o ouro, toda palavra é inútil.
[aurum, –i (n) (n) ouro; loquor, –ĕ –ĕris, loqui, locutus sum (3) falar; sermō sermō, –ō – ōnis (m) palavra; palavra; omnis, –e –e todo; inā inānis, –e inútil; sum, es, esse, fui ser]
F67
Deō Deō uolente, omnia fiunt. (Provérbio) (P rovérbio) Deus querendo, tudo acontece.
[Deus, –i Deus; uŏ u ŏlō, u īs, īs, uĕ uĕlle, uŏ uŏlu ī querer; omnis, –e todo; f īō, īō, fis, fiĕ fiĕri, factus sum acontecer]
Informações gramaticais 1.
Ablativo absoluto. Refere-se à parte da oração que não tem vínculo sintático com a oração principal.
a. Com o particípio presente: Fonte fluente, flumen crē crēscit. = Fluindo a fonte, o rio aumenta. (Cum, quia, si, dum etc. fons fluit, flumen crescit – Quando, porque, se, enquanto etc. a fonte flui, o rio aumenta) Font ĭ ĭbus b us, flumen crescit = Fluindo as fontes, o rio aumenta. bus fluent ĭ ĭbus, (Cum, quia, si, dum etc. fontes fluunt, flumen crescit – Quando, porque, se, enquanto etc. as fontes fluem, o rio aumenta) Cust ōde am ī am īcum cum uocănte, nte, nautae f ūgerunt. = Quando o guarda chamava o amigo, os marinheiros fugiram. O sujeito do ablativo ablativo absoluto — fonte, font ĭ ĭbus, b us, cust ōde — é diferente do da da oração principal, flumen principal, flumen e nautae, nautae, respectivamente.
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b.Com o particípio passado: Opere conf ĕ ct ō, uir ī uir ī domum miss ī miss ī sunt = Realizado o trabalho, os homens foram ĕ ct enviados para casa. (Postquam opus conf ĕctum est, uir ī uir ī domum miss ī miss ī sunt—depois que o trabalho foi realizado, os homens foram enviados para casa) c.
Uma vez que o verbo esse não tem particípio, dois nomes podem ser usados na construção de ablativo absoluto com um particípio implícito unindo-os. Isto se dá com substantivos que exprimem: a idade: puer [jovem], senex [velho] encargo: rex [rei], consul [cônsul], imperator [imperador] um ato, um papel: dux [chefe], iudex [juiz], testis [testemunha] alguns adjetivos: uiuus [vivo], inuitus [contra a vontade] Illa femĭ nā regī nā, incolae fel īces īces erant [Sendo rainha aquela mulher, os habitantes eram felizes]. Cicerōne consŭle, le, Catilil īna īna interf ĕctus est [Sendo cônsul Cícero, Catilina foi morto].
2.
Ablativo de causa. Sem preposição, geralmente o ablativo é usado para a expressão da causa: Clamā Clamāre gaudi ō coepit Começou a gritar de alegria (por causa da alegria) Formā laudabantur Elas eram elogiadas por sua beleza. A causa pode vir expressa por ob ou propter ou propter (por causa de), seguidos do caso acusativo: Propter mĕ tum tum host ē cit Por medo, matou os inimigos. ē s interf ē ē cit Por
3. Ablativo e genitivo de qualidade. Um nome no caso ablativo ou genitivo, quando modificado por um adjetivo, pode ser usado para descrever ou expressar uma qualidade de outro nome: Vir magnā sapienti ā ⇒ Um homem de grande sabedoria. Vir magnae sapientiae 4. Ablativo de meio cf. F25 (Terceira (Terceira Lição). Lição). 5.
Ablativo de modo. Designa o modo de verificar-se a ação verbal: Arte Com arte Ratione Com método Verba misera cum uenia audiuisti Ouviste minha infelizes palavras com indulgência. Verba misera magna (cum) uenia audiuisti Ouviste minhas infelizes palavras com grande indulgência. indulgência.
Exercícios
1. Mudar para o ablativo absoluto: a. b. c. d.
Cum canis latrat , fur fugit. Dum Fort ūna adi ŭuat , omnia uincam. Quia font ē ē s fluunt , flumen crescit. Quod fons fluit , flumen crescit.
Quando o cão late, o ladrão foge. Enquanto a Sorte ajudar, vencerei todas as coisas. Porque as fontes fluem, o rio aumenta. Porque a fonte flui, o rio aumenta.
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e. Postquam lupus uisus est , agnus fugit. Depois que o lobo foi visto, visto, o cordeiro fugiu. f. Postquam urbs capta est , dux progressus est Depois que a cidade foi conquistada, o general partiu. g. Postquam oppĭ dum dum arsum est , milites discesserunt. Depois que a cidade foi queimada, os soldados partiram. h. Si Marcus erit magister, magister, superā superā bĭ bĭmus. Se Marco for o mestre, venceremos. 2. Traduzir a. b. c. d. e. f. g.
Magistr ō fabulam legente, discipuli silentio audiunt. Librō capt ō, Caius exiit. Romŏlo rege, rege, urbs Roma condita est. Caesăre duce, duce, Romani Gallō Gall ōs uicerunt. Gallis uictis, uictis, Caesar Romam rediit. Omnĭ bus bus host ĭ ĭbus tis, incolae gaudiō gaudiō clamā clamā bant. bus ab urbe rem ōtis, His rē bus bus gestis, gestis, omnē omnēs discesserunt.
3. Exercício de fixação da sétima lição O ablativo absoluto é uma oração reduzida r eduzida de ……………………….. e de ……….………………………. No período cane latrante, fur fugit , a oração cane latrante é uma oração ………………………………………………., que recebe em latim o nome de ……………………………………., sendo fur sendo fur fugit a fugit a oração ……………………… …………………………… Sua tradução para o português pode ser pela oração reduzida de gerúndio latindo o cão, o ladrão foge, foge, ou, de acordo com o contexto, por uma oração subordinada adverbial temporal, causal, condicional, proporcional etc.: quando o cão late, o ladrão foge / porque o cão late, o ladrão foge / se o cão late, o ladrão foge / à medida que o cão late, o ladrão foge . Nota–se na oração cane latrante que os dois termos estão no caso ……….………………………, no número ………………………. No plural, o resultado será can…….……………… latr……………………….. No período Gallis uictis, Caesar Romam rediit [vencidos os gauleses, César voltou para Roma], a oração reduzida é ……………………………………, que se pode traduzir para o português por uma oração reduzida de particípio, a saber, vencidos os gauleses. Complete: Fortun……. adiu…………….., omnia uincam. [A Sorte ajudando, vencerei todas as coisas] Font……….. flu……………….., flu……………….., flumen crescit. [Fluindo as fontes, o rio aumenta] aumenta] Font…..…… flu……..…………, flumen crescit. [Fluindo a fonte, o rio aumenta] Lup ……… uis………., agnus fugit. [Visto o lobo, o cordeiro fugiu] Vrb……….. capt….……, dux progressus est. [Conquistada a cidade, o general partiu] Oppid…… ars………, milites discesserunt. [Queimada a cidade, os soldados partiram] Marc…… magistr….., superabimus. superabimus . [Sendo Marco o mestre, nós venceremos.] Recordando: O particípio presente é uma forma nominal do verbo que se declina como um adjetivo de ……………………………………………… O particípio presente, pois, de nat āre é …………………….. (nom.), ……..………………(gen.). Para decliná–lo, basta verificar a declinação do adjetivo prudens, prudentis, prudentis, na segunda lição. Decline, pois, o particípio presente do verbo natare, natare, nos seis casos, no singular e plural:
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sg.
m&f
pl.
sg.
n
pl.
nom. gen. dat. ac. abl. voc. O substantivo fons, fontis (m) é um substantivo da ………………………… declinação, o que se reconhece pela terminação do ………………………………………Decline o sintagma fons purus no singular e no plural: nom. gen. dat. ac. abl. voc.
sg.
pl.
O substantivo urbs, urbis (f) pertence à ………………………… declinação, visto que ………………………………… Decline o sintagma urbs capta [cidade conquistada] no singular e no plural: sg.
pl.
nom. gen. dat. ac. abl. voc. Verifica–se, pois, pela declinação acima, que a forma captus, a, um, um , i.e., o particípio passado do verbo capere [capio, –is, –ere, cepi, captum], captum], é formada a partir do …………………………….. …………………………….. O particípio passado declina–se, portanto, pelo modelo dos adjetivos de ……………………………… Oppidum, oppidi é oppidi é um substantivo neutro da ………………………………declinação. Decline-o. sg.
pl.
nom. gen. dat. ac. abl. voc. Magister, magistri (m) é um substantivo substantivo da …………………………declinação. Decline-o: nom. gen. dat. ac. abl. voc.
sg.
pl.
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Complete: Dum magist……… fabulam leg………, discipuli silentio audiunt [Enquanto o professor lê uma história, os alunos ouvem em silêncio] Postquam lib…….. capt….…..……, Caius exiit. [Depois que o livro foi apanhado, Caio saiu] Cum Romul……… rex erat, urbs Roma condita est. [Quando Rômulo era rei, a cidade de Roma foi fundada] Cum Caes………… dux dux erat, Romani Gallos uicerunt. [Quando César César era o comandante, os romanos venceram os gauleses. Postquam Gall…………. uict………………, Caesar Romam rediit. [Depois que os gauleses gauleses foram vencidos, César voltou a Roma] Postquam omn……...host………..ab urbe remot……….…….., incolae gaudio clamabant. [Depois que todos os inimigos foram afastados da cidade, os habitantes gritavam de alegria] Postquam hae r………… gest………… ………, omnes discesserunt. [Depois que estas coisas coisas foram feitas, todos partiram] Recordando: Na oração magistro fabulam legente, legente, fabulam está no caso …………………, pois é ………………… de …………………., que, por sua vez, é um …………………………do ver bo leg ĕre. Verifica–se que o pretérito perfeito latino na voz passiva se serve do particípio passado do verbo que se conjuga mais o presente do indicativo do verbo esse. esse. A frase portuguesa a mulher foi elogiada diz–se em latim fem latim femĭ na na laudata est , em que laudata é o particípio passado do verbo laud āre [laud ō, –ās, –āre, –āui, ātum] tum] e est, presente do indicativo do verbo esse. esse. A s mulheres foram louvadas se diz fem diz femĭ nae nae laud ātae sunt . Vejam–se as outras formas do perfeito do indicativo: eu fui louvado ‘ego laud ātus sum’ / tu foste louvado louvado ‘tu laud laud ātus es’ / nós fomos louvados ‘nos laud laud āti sumus’ / vós fostes louvados ‘ uos laud āti estis’. O gênero do particípio passado está estreitamente relacionado com o gênero do sujeito do verbo. Assim é que para a oração femĭ na na laud āta est [a mulher foi louvada] louvada ] tem–se o particípio passado laudā laud āta no gênero feminino, já que o sujeito da oração é fem ĭna, substantivo feminino. Se o sujeito for um substantivo do gênero masculino, o particípio passado também ficará no gênero masculino, como na oração o homem foi louvado, louvado , que se diz em latim uir laudatus est . Além da concordância de gênero, há–de se fazer também a concordância de número: femĭ nae nae laud ātae sunt ‘as mulheres foram louvadas’ / uiri laud āti sunt ‘os homens foram louvados’. Cumpre ainda lembrar que o particípio passado dos verbos em latim se forma a partir do tema do supino. O supino do verbo uid ē r e [uĭ de deō, –ē s, s, –ē re, re, uī di, di, uisum], uisum], por exemplo, é uisum. Seu ēre particípio passado, portanto, será uisus, a, um. A mulher foi vista se diz em latim, portanto, femĭ na na uisa est ; o homem foi visto, uir uisus est.
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Oitava Lição O Acusativo com o Infinitivo
Observe: Scio uitam esse brĕ brĕuem. ‘Sei que a vida é curta’. / Dicunt Homē rum rum caecum fuisse. ‘Dizem que Homero era cego’. / Volo puĕ rum rum exire. ‘Quero que a criança saia’. / Oportet puĕ rum rum legĕ legĕre. ‘Convém que a criança leia’. leia’. / Vtile est homĭ nem nem legĕ legĕre. ‘É útil que o homem leia’. Os verbos que exprimem a) declaração, declaração, os declarativos (uerba ( uerba declarandi ): ): dicĕ re re ‘ dizer’; dizer’; negāre ‘dizer que não, negar’; narrāre ‘ narrar’; narrar’; nunti āre ‘anunciar’; trad ĕ re ‘contar’; etc. etc. etc. ĕ re b) percepção, percepção , juízo, cognição, opinião, conhecimento, os perceptivos ou cognitivos ( uerba sentiendi ): ): cred ĕ r e ‘crer’; ducĕ re re ‘julgar’; put āre ‘pensar’; sent ī ī re re ‘ perceber’; perceber’; scī re re ĕre ‘saber’; nescī re re ‘não saber’; ignorāre ‘ignorar’ etc. c) manifestação de vontade, vontade , os volitivos (uerba uoluntatis): uoluntatis ): uelle ‘querer’; sinĕ re, re, pati ‘permitir’; cogĕ re re ‘obrigar’; iubē re re ‘ ordenar’ ordenar’ etc. d) sentimento (uerba affectuum): affectuum): gaud ē r e ‘alegrar-se’ etc.; ēre e) certas locuções e verbos impessoais: constat ‘é certo’; licet ‘é permitido’; oportet ‘convém’; decet ‘convém’; necesse est ‘é necessário’; ut ĭ ĭle l e est ‘é útil’, fazem-se acompanhar da construção de acusativo com o infinitivo. Há seis infintivios em latim: infinitivo presente ativo/passivo; infintivo perfeito ativo/passivo; infinitivo futuro infinitivo futuro ativo/passivo. Infinitivo presente: amāre-amāri ‘amar-ser amado’ / del ē re-del ē ri ‘destruir-ser destruído’ / legĕ re-leg re-legī ‘lerē re-del ē ri ser lido’ / capĕ re-cap re-capī ‘capturar-ser capturado / aud ī īre-aud r e-aud ī ī ri ‘ouvir-ser ri ‘ouvir-ser ouvido.’ Infintivo perfeito amāuĭ sse-am sse-amātum, am, um esse ‘ter amado-ter sido amado’ / del ē sse-del ē ē uĭ sse-del ētum, tum, am, um esse ‘ter destruído-ter sido destruído / l ē sse-lectum, am, um esse ‘ter lido/ ter sido lido / ēg ĭ sse-lectum, cē pĭ sse-captum, sse-captum, am, um esse ‘ter capturado-ter sido capturado’ / aud ī īu ĭ sse-aud sse-aud ī ītum, t um, am, um esse ‘ter ouvido-ter sido ouvido’. (supino: amātum; del ē t um; lectum; captum; aud ī ītum) t um) ētum; Infinitivo futuro amat ūrum, am, um esse-am ātum iri ‘ haver haver de amar/ haver de ser amado’ / delet ūrum, am, um esse-del ē tum iri ‘haver de destruir/ haver de ser destruído’ / lect ūrum, am, um esse-lectum ē tum iri ‘haver de ler-haver de ser lido’ / capt ūrum, am, um esse-captum iri ‘haver de capturarhaver de ser capturado / audit ūrum, am, um esse-aud ī ītum t um iri ‘haver de ouvir-haver de ser ouvido’. Observe: Aurōra terrās nŏuō lumĭ ne ne spargit ‘A spargit ‘A aurora cobre as terras com uma nova luz’ [spargō [spargō, –ĭ –ĭs, –ĕ –ĕre, sparsi, sparsum (3) ‘cobrir’]
Infinitivo presente Dico aurōram terrā terrās nŏ nŏuō lumĭ lumĭne spargĕ re re Digo ‘Digo que a aurora cobre as terras com uma nova luz’. Dixi aurōram terrā terrās nŏ nŏuō lumĭ lumĭne spargĕ re re ‘Eu disse que a aurora cobria as terras com uma nova luz’.
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Dicam aurōram terrā terrās nŏ nŏuō lumĭ lumĭne spargĕ re re Direi que ‘Direi que a aurora cobre as terras com uma nova luz’ Infintivo perfeito Dicō Dicō aurōram nŏuō lumĭ lumĭne sparsisse Digo ‘Digo que a aurora cobriu as terras com uma nova luz’ Dixi aurōram nŏuō lumĭ lumĭne sparsisse ‘Eu disse que a aurora cobrira/tinha coberto as terras com uma nova luz’ Dicam aurōram nŏuō lumĭ lumĭne sparsisse Direi que ‘Direi que a aurora cobriu as terras com uma nova luz’ Infinitivo futuro Dico aurōram terrā terrās nŏ nŏuō lumĭ lumĭne sparsūram esse. Digo ‘Digo que a aurora cobrirá as terras com uma nova luz’. Dixi aurōram terrā terrās nŏ nŏuō lumĭ lumĭne sparsūram esse. esse. ‘Eu disse que a aurora cobriria as terras com uma nova luz’. Dicam aurōram terrā terrās nŏ nŏuō lumĭ lumĭne sparsūram esse. esse. Direi que ‘Direi que a aurora cobrirá as terras com uma nova luz’. Exercício:
A Usando o verbo sent ī ī re—perceber—, re—perceber—, passe as construções para o acusativo com o infinitivo: 1. Puella incol ās de pericŭl ō monet (mon ē bit, bit, monuit ). ). ‘A jovem adverte (advertirá, (advertirá, advertiu) os habitantes sobre o perigo’. (moneō (moneō, –ē –ēs, –ē re, re, monui, monĭ monĭtum, (2) advertir)
2. Femĭ nae nae istae sententi ās semper mutant (mut ābunt, mut āuerunt ). ). ‘Essas mulheres sempre mudam (mudarão, mudaram) de opinião’. (mutō (mutō, –ā –ās, –ā –āre, re, –ā –āui , –ā –ātum, tum, 1)
3. Soci ī ī ē terrā disced ĕ r e non pŏssunt (potuerunt). ‘Os companheiros não podem (puderam) ĕre partir da terra’. (pŏ (pŏssum, pŏ pŏtes, pŏ pŏsse, pŏ pŏtui)
4. Amī cus cus uitam sine culp ā agit (aget, egit ). ). ‘ Meu amigo vive (viverá, viveu) sem culpa’. (ăgo, –ĭ s, –ĕ re, re, ēgi, āctum, (3) )
5. Opp ĭ dum dum ab inim ī cī s trad ĭ ĭtur t ur (traditum est) ‘ A fortaleza é entregue (foi entregue) pelos inimigos’. (tradō (tradō, –ĭ –ĭs, –ĕ re, re, tradĭ tradĭdi, tradĭ tradĭtum, (3))
6. Amicō est (erat, erit) multa pecunia. pecunia . ‘Meu amigo tem (tinha, terá) muito dinheiro’. (sum, es, esse, fui)
7. Sine curā regī na na uiuĕ re re non p ŏtest (pŏtuit ). ). preocupação’.
‘A rainha não pode (pôde) viver sem
B. Traduzir 1. Rumor est urbem ā milit ĭ ĭbus tam esse. bus oppugn ātam u ī del ē ē tam (rumor est há um boato; urbs, is cidade; miles, ĭ tis tis soldado; oppugnātus, a, um cercado; uis, uim, ui força; ui força; deleō, –ē –ēs, –ē –ēre, –ē –ēui, –ē –ētum destruir)
2. P ŏ pŭlus antiquus dic ē bat bat Iouem ĕ sse sse patrem de ōrum atque hom ĭ num num regem et terram esse matrem hom ĭ num num animaliumque.
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( pŏ pŭlus, i povo; i povo; antiquus, a, um antigo; dicō, – ĭ s, s, – ĕ re, re, dixi, dictum(3) dizer; Iuppĭ ter, ter, Iouis Júpiter ; pater, patris pai;deus, pai;deus, i deus; atque e; homō, ĭ nis nis homem; rex, regis rei; terra, ae terra; mater, matris mãe; anĭ mal, mal, –ālis animal)
3. Vid ē mus nŏuam aurōram lum ĭ ne ne mare, terram et caelum sparg ĕ re. re. ē mus (uĭ (uĭdeō deō, –ēs, –ēre, u īdi, aurōra, ae aurora; īdi, uisum (2) ver; nouus, a, um novo; aurō lumen, inis luz; mare, is mar; terra, ae terra; caelum, i céu; spargere (3) cobrir)
4. Noctem mox tect ūram esse terrrās umbr ī s intelleg ĭ mus. mus. (nox, noctis noite; mox em breve; tegō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, texi, tectum (3) cobrir; umbra, ae sombra; intell ĕ g s, –ĕ re, re, intellexi, intellectum (3) perceber) ĕgo, o, – ĭ s,
5 Rex pŏ pŭlo dixit terram, mont ē s, mare animaliaque esse cara Iouī Iunōnī que. que. ē s, (mons, –ntis monte; carus, a, um + dat . caro; Iun caro; Iunō, Iunōnis Juno)
6. Incŏlae sentiunt regem mala ex urbe pell ĕ re debē re. re. ĕ re (incŏla, la, ae habitante; habitante; senti ō, – ī s, s, – ī re, re, sensi, sensum (4) perceber; mălum, – i mal; pell ō, – ĭ s, s, –ĕ re, re, pepŭli, pulsum (3) afastar; debeō, –ē s, s, –ē re, re, debui, debĭ tum tum (2) dever)
7.
Crās t ē ē uict ūrum, cras dicis, Post ŭme, semper. Dic mihi, cras istud, Post ŭme, quando uenit? Quam longest cras istud? istud? ubi est? aut unde petendum? ………………………………………………………… Cras uiuē s? s? Hodie iam uiu ĕ re, re, Post ŭme, serum est. Ille sapit quisquis, Post ŭme, uixit heri . (Marcial) (crās amanhã; uiuō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, uixi, uictum (3) viver; dicō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, dixi, dictum (3) dizer; dizer; Post ŭmus, i Póstumo; serum tarde; semper sempre; iste, ista, istud esse; istud esse; quando quando?; uĕ ni ni ō, – ī s, s, – ī re, re, uē ni, ni, uentum (4) vir; longe distante; ubi onde?; pet ō, – ĭ s, s, –ĕ re, re, pet ī īui, u i, pet ī ī tum tum (3) buscar; hodie hoje; iam já; quisquis todo aquele que; heri ontem)
Exercício.
A frase insānus omnis fur ĕ re re crē dit dit cet ĕ ĕ rōs (Anônimo) [insānus, a, um louco; omnis, e todo furĕ re re ser louco cred ō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, cred ĭ ĭdi, d i, cred ĭ ĭ tum tum crer, acreditar; cet ĕ ri, ae, a ĕ ri, outros]
[todo louco crê que os outros são loucos] loucos] tem a seguinte explicação: é um período composto por subordinação, em que a oração principal (em latim) é …………………………………………. e a oração subordinada ……………………………………………………………………… O sujeito da oração principal (em latim) é ……………………………………………… e o da oração subordinada …………………………………. Essa oração subordinada em latim é chamada de ………………………………………………………………………. Em que situação ocorre essa construção? Ela depende de certos verbos; credere é um verbo que expressa ………………………………………….; ele exige, portanto, que o verbo da oração subordinada em latim esteja no ………………………………… Se se quiser dizer em português a oração subordinada usando–se o infinitivo, dir–se–á todo louco crê ……………………………………………………………………… Observe: Dicebam : uestis u estis uirum reddit [dicō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, dixi, dictum dizer; uestis, –is (f) roupa; uir, uiri homem; redd ō, –ĭ s, s, –ĕ re, re, redd ĭ ĭdi, d i, redd ĭ ĭtum t um revelar]
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se traduz por eu dizia: a roupa revela o homem. homem. Se se quiser dizer esse mesmo conteúdo em português mediante o discurso indireto, dir–se–á: eu dizia que a roupa revela o homem. homem. Posso, portanto, expressar meu pensamento em portguês, valendo–me do discurso direto ou do indireto. Em latim, esse discurso indireto só pode ser expresso mediante a construção reduzida de infinitvo. Devo, pois, colocar o verbo reddit no infinitivo, redd ĕ r e e seu sujeito no acusativo, ĕre uestem, e o resultado será: dicē dic ē bam uestem uirum redd ĕ re ‘eu dizia que a roupa revela o ĕ re homem.’ De fato, o verbo dicĕ dic ĕre é um verbo que exprime ………………………………………………. As orações de verbos que expressam (a)………………………………………………………… (b) ……………………………………………………….. (c) ……………………………………………………….. (d) ……………………………………………………….. fazem–se acompanhar da construção de ……………………………………………… Outros exemplos: Dico: uerĭ tas tas uincit ‘digo: a verdade vence’ ⇒ Dico uerit ātem uincĕ re re ‘digo que a verdade vence’ [dico [dico (cf. supra); uerit ās, –ātis (f) verdade; uinco, –is, –ere, uici, uictum vencer] Dico: uerit ās uicit ‘digo: a verdade venceu’ ⇒ Dico uerit ātem uicisse ‘digo que a verdade venceu.’ Vicisse nessa última oração está está no infinitivo perfeito. Essa forma verbal se obtém a partir do tema do perfectum, perfectum, fornecido pela primeira pessoa do singular do perfeito do indicativo, suprimindo–se a desinência –i. O perfeito do verbo uincĕ uinc ĕre é uici venci; uici venci; para a obtenção do tema do perfectum do perfectum,, suprime–se o –i de uici ! uic. Esse tema, chamado tema do perfectum, perfectum , serve para a formação dos tempos do perfectum [mais–que–perfeito do indicativo, futuro II, perfeito do subjuntivo, mais–que– perfeito do subjuntivo, infinitivo perfeito] . Uma vez fornecida a primeira pessoa do perfeito do indicativo, basta, para a formação do infinitivo perfeito, acrescentar ao tema o sufixo –isse. Daí a forma de infinitivo perfeito uicisse [ter vencido], em português chamado infinitivo composto. Observe, agora, o seguinte período: Dixi: uerit ās uicit ‘eu disse: a verdade venceu] ⇒ Dixi uerit ātem uicisse [eu disse que a verdade vencera] Além do infinitivo presente e do infinitivo perfeito, o latim possui ainda o infinitivo futuro, que se forma a partir do radical do supino, com o acréscimo das terminações –ūrum, – ūram, –ūrum (sg.) –ūros, –ūras, –ūra (pl.) + esse. esse. O infinitivo futuro de uincĕ re re será, pois, uict ūrum, uict ūram, uict ūrum / uict ūros, uict ūras, uict ūra esse. Dico: uerit ās uincet ‘eu digo: a verdade vencerá’ verdade vencerá’.
⇒
Dico uerit ātem uict ūram esse ‘digo que a
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Uma frase como eu digo que o menino lerá o livro se diz em latim:dico[puer, pueri (m) menino ; legō legō, –is, –ĕ –ĕre, lectum ler; liber, libri (m) livro] …………………………………….………………… …………………………………………………………………………………………………………………………………………. Se se quiser dizer eu digo que os meninos lerão o livro, livro , a frase em latim será: dico ………………………………………………………………………………………………………………………………………….. Digo que o menino leu o livro se dirá em latim: dico …………………………………………………………….. ………………………………………………………………………………………………………………………………………….. Digo que o menino lê o livro se dirá: dico………………………………………………………………………… …………………………………………………………………………………………………………………………………………..
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Nona Lição Graus dos Adjetivos e dos advérbios.
1. Nihil est uirtū uirt ūte amā amā bilius. (Cícero) Nada é mais louvável do que a virtude. [nihil ‘nada’; uirtū uirtūs –tis (f) ‘virtude’; amā amā bĭ bĭlis, e ‘louvável’]
2. Ignorā Ignorātiō tiō futurō futurōrum malō malōrum utilior est quam scientia. (Cícero) O desconhecimento dos males futuros é mais útil do que o seu conhecimento. [ignorā [ignorātiō tiō, –ōnis (f) ‘desconhecimento’;futū ‘desconhecimento’;futūrus, a, um ‘futuro’; malum –i (n) ‘mal’; utĭ ut ĭlis, e ‘útil’; quam ‘do que’; scientia, –ae (f) ‘conhecimento’]
3. Non faciunt meliō meli ōrem equum aurei frē fr ēn ī. ī. (Sêneca) Freios de ouro não tornam o cavalo melhor. [f ăcio, –is –is,, –ĕ re, re, f ēci, factum(3) ‘tornar, fazer’; equus, –i (m) ‘cavalo’; aureus, a, um ‘de ouro’; freni, – ōrum ‘freios’]
4. Nulla seruĭ seru ĭtūs turpior est quam uolunt āria. (Sêneca) Nenhuma escravidão é mais vergonhosa do que a voluntária. [nullus, a, um ‘nenhum’; seruitū seruitūs, –ūtis (f) ‘escravidão’]
5. Homō Homō leuior quam pluma. (Plauto) O homem é mais inconstante do que uma pluma. [homō [homō, –ĭ –ĭnis ‘homem’; leuis, e ‘inconstante’; pluma, ae (f) ‘pluma’]
6. Exē Exēg ī monumentum aere perennius . (Horácio) Construí um monumento mais duradouro do que o bronze. [ex ĭ ĭg ō, is, ĕ re, re, ex ē g i, exactum (3) ‘construir’; monumentum, –i (n) ‘monumento’; aes, aeris (m) ‘bronze’; ēgi, e ‘duradouro’ ]
perennis,
7. Vilius argentum est aurō aur ō, uirtutĭ uirtutĭ bus aurum. (Horácio) A prata é mais barata do que o ouro, o ouro, do que as virtudes. [uilis, e ‘vil, barato’; argentum, –i (n) ‘prata’; aurum, –i (n) ‘ouro’; uirtū uirt ūs, –ū –ūtis (f) ‘virtude’]
8. Nemō Nemō repente fuit turpissĭ turpiss ĭmus. (Juvenal) Não existiu ninguém muito infame de repente. [nemō [nemō ‘ninguém’; repente ‘de repente’; turpis, e ‘infame, torpe’]
9. Qui multum habet plus cupit. (Sêneca) Quem muito tem mais cobiça. [multum ‘muito’; habeō habeō, –ēs, –ēre, habu ī, habĭtum (2) ‘ter’; plus ‘mais’; cupiō cupi ō, –is, –ĕ –ĕre, cup ī cup īu u ī, ī, habĭ ī, cup ītum ītum (3) ‘cobiçar’]
10. Senectū Senectūs est natū nat ūrā loquā loquācior . (Cícero) A velhice é por natureza bastante faladora. [senectū [senectūs, –ūtis (f) ‘velhice’; natū natūra, ae (f) ‘natureza’; loquā loquāx, –cis –cis ‘ loquaz’, loquaz’, ‘falador’]
Informações gramaticais. O comparativo de superioridade; o superlativo. Quando se diz, em latim, beātus uir ‘um homem feliz’, está-se dizendo o adjetivo no grau normal. Pode-se colocá-lo no grau comparativo de superioridade — beātior uir ‘um homem mais/bastante feliz — e também no superlativo — beātissĭ mus mus uir ‘um homem muito feliz/ o homem mais feliz’.
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A declinação do comparativo de superioridade é a mesma da dos adjetivos de segunda classe. Observe-se, no entanto, que seu ablativo singular termina em –e.
nom gen dat ac abl voc
singular purior puriō puriōris puriō puriōr ī puriō puriōrem puriō puriōre purior
plural singular puriō puriōrēs purius puriō puriōrum puriō puriōris puriō puriōrĭ bus puri ōr ī puriō puriōrēs purius puriō puriōrĭ bus puri ōre puriō puriōrēs purius
plural puriō puriōra puriō puriōrum puriō puriōrĭ bus bus puriō puriōra puriō puriōrĭ bus bus puriō puriōra
O sufixo formador do comparativo é, pois, – ior para o masculino e o feminino e –ius para o neutro. Já a declinação do superlativo é a mesma da dos adjetivos de primeira classe: singular nom gen dat ac abl voc
plural
purissĭ purissĭmus purissĭ purissĭmi
purissĭ purissĭmi purissimō purissimōru m purissĭ purissĭmo purissĭ purissĭmis purissŏ purissŏmum purissĭ purissĭmos purissĭ purissĭmo purissĭ purissĭmis purissĭ purissĭme purissĭ purissĭmi
singular
plural
singular
plural
purissĭ purissĭma purissĭ purissĭmae
purissĭ purissĭmae purissimā purissimāru m purissĭ purissĭmis purissĭ purissĭmas purissĭ purissĭmis purissĭ purissĭmae
purissĭ purissĭmum purissĭ purissĭmi
purissĭ purissĭma purissĭ purissĭmōru m purissĭ purissĭmis purissĭ purissĭma purissĭ purissĭmis purissĭ purissĭma
purissĭ purissĭmae purissĭ purissĭmam purissĭ purissĭma purissĭ purissĭma
purissĭ purissĭmo purissĭ purissĭmum purissĭ purissĭmo purissĭ purissĭmum
O sufixo formador do superlativo superlativo é – issĭ mus, mus, a, um. Alguns adjetivos no grau normal, comparativo de superioridade e superlativo: normal carus, a, um longus, a, um fortis, e felix, –icis –icis potens, –ntis –ntis sapiens, –ntis –ntis
radical car– long– fort– felic– potent– sapient–
Comparativo carior longior fortior felicior potentior sapientior
Superlativo carissĭ carissĭmus longissĭ longissĭmus fortissĭ fortissĭmus felicissĭ felicissĭmus potentissĭ potentissĭmus sapientissĭ sapientissĭmus
Sintaxe do comparativo de superioridade: Compare: Fons purior quam flumen est. / Fons purior flumĭ flum ĭne est. ‘A fonte é mais pura (do) que o rio.’ A Flumen purius quam fons est. / Flumen purius fonte est. ‘O rio é mais puro (do) que a fonte. ’
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Se se usar a partícula de comparação — quam— quam— o termo comparado fica no mesmo caso do outro termo que se está comparando. comparando. Nos períodos acima, portanto, flumen está no mesmo caso de fons. fons. A ausência da partícula, no entanto, fez com que o termo comparado ficasse no caso ablativo, que se denomina ablativo de comparação. comparação. Formações irregulares de comparativos e superlativos: 1. bonus, a, um – melior (&f), melius (n) – opt ĭmus, a, um / malus, a, um – peior (m&f), peius (n) –pessĭ –pess ĭmus, a, um / magnus, a, um – maior (m&f), maius (n ) – max ĭmus, a, um / paruus, a, um – minor (m&f), minus (n) – min ĭmus, a, um / multus, a, um – plus – plurĭ plur ĭmus, a, um / inferus, a, um – inferior (m&f), inferius (n) – inf ĭ inf ĭmus, a, um – imus, a, um / superus, a, um – superior (m&f), superius (n) – supremus, a, um – summus, a, um. 2. Os adjetivos cujo nominativo termina termina em – er têm o superlativo em –rimus, – rimus, a, um: miser ‘infeliz’ – miserrĭ miserr ĭmus, a, um / pulcher ‘belo’ – pulcherrĭ pulcherr ĭmus, a, um / acer ‘agudo’ – acerrĭ acerrĭmus, a, um. 3. Os adjetivos facĭ lis lis ‘fácil’, difficĭ lis lis ‘difícil’, sim ĭ lis lis ‘semelhante’, dissimĭ lis lis ‘diferente’, humĭ lis lis ‘humilde’, gracilis ‘ esbelto’, esbelto’, formam seu superlativo em –limus: –limus: facilis — facil+limus ⇒ facill ĭ ĭmus, mus, a, um. 4. Os adjetivos em –d ĭ ĭ cus, cus, –f ĭ ĭ cus, cus, –uŏlus, lus, formam seus graus a partir de um tema em ent-: magnif ĭcus ‘magnífico’ – magnificentior, magnificentissĭ magnificentiss ĭmus. / beneuŏ beneu ŏlus ‘benevolente’ – beneuolentior, beneuolentissĭ beneuolentiss ĭmus. Advérbios — formação e graus. Observe: durus ‘duro’ – dur ē ‘duramente’ / fortis ‘forte’ –fortĭ –fort ĭter ‘fortemente’. Se se quiser dizer ‘mais duramente’, dir-se-á durius, durius , sendo –ius o mesmo sufixo formador do neutro dos adjetivos; para o superlativo do advérbio acrescenta-se o sufixo –ē ao tema do superlativo do adjetivo duriss ĭ mē ‘mui duramente’. Traduzir:
1. Viuĭ Viuĭte fortĭ fortĭter fortiaque pectŏ pectŏra rē rē bus aduers ī aduers īss opponĭ opponĭte. (Horácio) [uiuō [uiuō, is, ĕre, uixi, uictum (3) ‘viver’; fortĭ fortĭter corajosamente; pectus, –ŏris (n) coração; rēs aduersa situação adversa; opponō opponō, is, ĕre, opposui, opposĭ oppos ĭtum (3) apresentar]
2. Saepius uent ī uent īss agitā agitātur ingē ingēns pinus et celsae grauiō graui ōre casū casū decĭ decĭdunt turrē turr ēs feriuntque summō summōs fulgŭ fulg ŭra montē montēs. (Horácio) [saepe freqüentemente; uentus, –i (m) ‘vento’; agĭ ag ĭtō, ās, āre, āui, ātum (1) ‘agitar’; ingē ingēns, –ntis –ntis ‘enorme’; pinus, –i (f) ‘pinheiro’; celsus, a, um ‘elevado’; grauis, e ‘pesado’; casus, –us (m) ‘queda’; decĭ decĭdo, is, ĕre, decidi (3) ‘cair’; turris, –is (f) ‘torre’; feriō feriō, –is, – īre īre (4) ‘atingir’; fulgur, –ŭris (n) ‘raio’; mons, mons, –ntis –ntis (m) ‘monte’]
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Décima Lição A interrogação indireta; a expressão da condição; a formação do s ubjuntivo.
Observe: A. Euclio: Vbi est aul ŭla mea? Quis furem uidet? Euclião: ‘Onde está minha panela? Quem vê o ladrão?’ Transformação da interrogação direta em interrogação indireta: B. Euclio quaerit ubi aul ŭla sit, quis furem uideat. ‘Euclião pergunta onde está a panela, quem vê o ladrão.’ A transformação da interrogação direta em interrogação indireta acarretou uma mudança no modo do verbo. Latim Português Interrogação direta Indicativo Indicativo Interrogação indireta Subjuntivo Indicativo Em latim, a subordinada interrogativa indireta aparece: . como complemento de verbos tais como quaerĕ re, re, rogāre, interrog āre, sciscit āri ‘perguntar’; dicĕ re, re, scī re, re, intellegĕ re re ‘dizer, saber, compreender’; mirāri ‘admirar-se’; dubit d ubit āre ‘duvidar’; experī ri, ri, tent āre ‘experimentar’ , etc.; é introduzida pelas mesmas palavras da interrogação direta: pronomes: qui, quae, quod; advérbios: ubi, cur, quom ŏdo: do: ‘onde?’ ‘por quê?’ ‘como?’; partículas: –ne, num, nonne; nonne ; tem seu verbo no subjuntivo; segue as regras gerais da consecuti ō tempŏrum ‘concordância dos tempos’. •
• •
Compare: A. Quaerō Quaerō quis uĕ niat niat (ação simultânea) [quaer [ quaerō: pres. ind. – uĕ niat niat : pres. subj.] ‘Pergunto quem vem’. B. Quaero quis uē nĕ rit rit . (ação anterior) [quaer [ quaerō: pres. ind. – uē nĕ rit rit : perf. subj.] ‘Pergunto quem veio’. C. Quaesiui quis uĕ nī ret (ação ret (ação simultânea)[quaes simultânea)[ quaesī ui ui : perf. ind.–u ind.–uĕ nī ret ret :impf. :impf. subj.] ‘Perguntei quem vinha’. D. Quaes ī Quaes īui ui quis uē nisset (ação nisset (ação anterior) [quaes [quaesī ui ui :perf. :perf. ind.-u ind.-uē nisset nisset :m.q.perf.subj.] :m.q.perf.subj.] ‘Perguntei quem tinha vindo’. Formação do subjuntivo: O indicativo tem seis tempos: o presente, o imperfeito, o futuro imperfeito, o perfeito, o maisque-perfeito, o futuro perfeito;o subjuntivo, apenas quatro: presente, imperfeito, perfeito e mais-que-perfeito. Não há equivalência completa entre o subjuntivo latino e o português.
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1.
Infectum
1.1
Presente do subjuntivo: subjuntivo : da primeira conjugação, o sufixo modo-temporal é –ē –, da segunda, terceira e quarta conjugações, o sufixo é –ā–; ambos são acrescidos das desinências –m, –m, –s, –s, –t , –mus, –mus, –tis, –tis, –nt , para a voz ativa; –r, –r, ris, ris, –tur, –tur, –mur, –mur, –mĭ ni ni , –ntur, –ntur, para a voz passiva. amĕ amĕm/amĕ m/amĕr;amē r;amēs/amē s/amēris; amĕ amĕt/amē t/amētur; amē amēmus/amē mus/am ēmur; amē am ētis/amē tis/amēmĭni; amĕ amĕnt/amĕ nt/amĕntur. (1) ‘eu ame/ eu seja amado etc.’ deleă deleăm/deleă m/dele ăr; deleā deleās/deleā s/dele āris; deleă dele ăt/deleā t/dele ātur; deleā deleāmus/deleā mus/deleāmur; deleā deleātis/deleā tis/dele āmĭni; deleă dele ănt/deleă nt/dele ăntur. (2) ‘eu destrua / eu seja destruído etc.’ legă legăm/legă m/leg ăr; legā legās/legā s/legāris; legă legăt/legā t/legātur; legā legāmus/legā mus/legāmur; legā legātis/legā tis/leg āmĭni; legă legănt/legă nt/leg ăntur. (3) ‘eu leia / eu seja lido’ etc. capiă capiăm/capiă m/capiăr; capiā capiās/capiā s/capi āris; capiă capiăt/capiā t/capiātur; capiā capiāmus/capiā mus/capiāmur; capiā capiātis/capiā tis/capi āmĭni; capiă capiănt/capiă nt/capiăntur (3) ‘eu apanhe apanhe / eu seja apanhado’ etc. audiă audiăm/audiă m/audiăr;audiā r;audiās/audiā s/audi āris; audiă audi ăt/audiā t/audi ātur; audiā audi āmus/audiā mus/audi āmur; audiā audiātis/audiā tis/audi āmĭni; audiă audi ănt/audiă nt/audi ăntur (4) ‘eu ouça’, ‘eu seja ouvido’ etc.
1.2
Imperfeito do subjuntivo: de todas as conjugações o sufixo é –rē –, acrescido das desinências –m, –s, –t, –mus, –mus , –tis, nt , para a voz ativa; –r, –ris, tur, –mur, –mini, –ntur, para a voz passiva. amā amārĕm/amā m/amārĕr; amā amārēs/amā s/amārēris; amā amārĕt/amā t/amārētur; amā amārēmus/amā mus/am ārēmur; amā amārētis/amā tis/amārēmĭni; amā amārĕnt/amā nt/amārĕntur. (1) ‘eu amasse’, ‘eu fosse amado’ etc. delē delērĕm/delē m/delērĕr; delē delērēs/delē s/delērēris; delē delērĕt/delē t/delērētur; delē delērēmus/delē mus/delērēmur; delē delērētis/delē tis/delērēmĭni; delē delērĕnt/delē nt/delērĕntur. (2) ‘eu destruísse’, ‘eu fosse destruído’ etc. legĕ legĕrĕm/legĕ m/legĕrĕr; legĕ legĕrēs/legĕ s/legĕrēris; legĕ legĕrĕt/legĕ t/legĕrētur; legĕ legĕrēmus/legĕ mus/legĕrēmur; legĕ legĕrētis/legĕ tis/leg ĕrēmĭni; legĕ legĕrĕnt/legĕ nt/legĕrĕntur (3) ‘eu lesse’, ‘eu fosse lido’ etc. capĕ capĕrĕm/capĕ m/capĕrĕr; capĕ capĕrēs/capĕ s/capĕrēris; capĕ capĕrĕt/capĕ t/capĕrētur; capĕ capĕrēmus/capĕ mus/cap ĕrēmur; capĕ capĕrētis/capĕ tis/capĕrēmĭni; capĕ capĕrent/capĕ rent/capĕrĕntur (3) ‘eu apanhasse’, ‘eu fosse apanhado’ etc. aud ī aud īrrĕm/aud ī m/aud īrrĕr; aud ī aud īrrēs/aud ī s/aud īrrēris; aud ī aud īrrĕt/aud ī t/aud īrrētur; aud ī aud īrrēmus/aud ī mus/aud īrrēmur; aud ī aud īrrētis/aud ī tis/aud īrrēmĭni; aud ī aud īrrĕnt/aud ī nt/aud īrrĕntur (4) ‘eu ouvisse’, ‘eu fosse ouvido’ etc.
2.
Perfectum
2.1
Perfeito do subjuntivo de todas as conjugações: acrescentam-se ao tema do perfectum o sufixo –eri – e as desinências –m, –s, –t, –mus, –tis, –nt , –nt , para a voz ativa; para a formação da passiva, usa-se o particípio passado do verbo que se quer conjugar, combinado com o presente do subjuntivo do verbo ĕ sse sse : sĭm, s ī s īs, s, sĭ sĭt, s ī s īmus, mus, s ī s ītis, tis, sĭ sĭnt. amā amāuĕrim, amā am āuĕris, amā am āuĕrit, amā amāuĕrimus, amā am āuĕritis, amā am āuĕrint. ‘eu tenha amado’ delē delēuĕrim, delē delēuĕris, delē delēuĕrit, delē delēuĕrimus, delē delēuĕritis, delē delēuĕrint. ‘eu tenha destruído’ legĕ legĕrim, legĕ legĕris, legĕ legĕrit, legĕ legĕrimus, legĕ legĕritis, legĕ leg ĕrint. ‘eu tenha lido’ lido’ cepĕ cepĕrim, cepĕ cepĕris, cepĕ cepĕrit, cepĕ cepĕrĭmus, cepĕ cep ĕrĭtis, cepĕ cepĕrint. ‘eu tenha apanhado’ aud ī aud īu uĕrim, aud ī aud īu uĕris, aud ī aud īu uĕrit, aud ī aud īu uĕrimus, aud ī aud īu uĕritis, aud ī aud īu uĕrint. ‘eu tenha ouvido’ amātus, a, um + sim, sis, sit; amāti, ae, a + simus, sitis, sint ‘eu tenha sido amado’ del ē t i, ae, a + simus, sitis, sint ‘eu tenha sido destruído’ ētus, tus, a, um + sim, sis, sit; del ē ēti, lectus, a, um + sim, sis, sit; deleti, ae, a + simus, sitis, sint ‘eu tenha sido lido’ captus, a, um + sim, sis, sit; capti, ae, a + simus, sitis, sint. ‘eu tenha sido apanhado’ aud ī ītus, t i, ae, a + simus, sitis, sint. ‘eu tenha sido ouvido’ tus, a, um + sim, sis, sit; aud ī īti,
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2.2
Mais-que-perfeito do subjuntivo de todas as conjugações: acrescentam-se ao tema do perfectum o sufixo –isse –isse– – e as desinências –m, –s, –t, –mus, –tis, –nt , para a voz ativa; para a formação da passiva, usa-se o particípio passado do verbo que se quer conjugar, combinado com o imperfeito do subjuntivo do verbo esse: essĕ m, m, essē s, s, essĕ t, t, essē mus, mus, essē tis, tis, essĕ nt. nt. amā amāuĭssem , amā am āuĭsses, amā amāuĭsset, amā am āuĭssē ssēmus, amā amāuĭssē ssētis, amā amāuĭssĕ ssĕnt. ‘eu tivesse amado’ delē delēuĭssem, delē delēuĭsses, delē delēuĭsset, delē delēuĭssemus, delē del ēuĭssetis, delē del ēuĭssent. ‘eu tivesse destruído’ legĭ legĭssem, legĭ leg ĭsses, legĭ leg ĭsset, legĭ leg ĭssē ssēmus, legĭ leg ĭssē ssētis, legĭ leg ĭssent. ‘eu tivesse lido’ cepĭ cepĭssem, cepĭ cep ĭsses, cepĭ cepĭsset, cepĭ cepĭssē ssēmus, cepĭ cepĭssē ssētis, cepĭ cepĭssent. ‘eu tivesse apanhado’ aud ī aud īu uĭssem, aud ī aud īu uĭsses, aud ī aud īu uĭsset, aud ī aud īu uĭssē ssēmus, aud ī aud īu uĭssē ssētis, aud ī aud īu uĭssent. ‘eu tivesse ouvido’ amātus, a, um essem, esses, esset; amāti, ae, a essemus, essetis, essent. ‘eu tivesse sido amado’ del ē t i, ae, a essemus, essetis, essent. ‘eu tivesse sido ētus, tus, a, um essem, esses, esset; del ē ēti, destruído’ lectus, a, um essem, esses, esset; lecti, ae, a essemus, essetis, essent. ‘eu tivesse sido lido’ captus, a, um essem, esses, esset; capti, ae, a essemus, essetis, essent. ‘eu tivesse sido apanhado’ aud ī ītus, t i, ae, a essemus, essetis, essent. ‘eu tivesse sido tus, a, um essem, esses, esset; aud ī īti, ouvido’
Orações condicionais
a. Condições simples (gerais): a oração condicional supõe um fato que se considera verdadeiro. Si labōrat, f ē lix est . ‘Se trabalha, é feliz’ ē lix Si laborābat, f ē lix erat . ‘Se trabalhava, era feliz.’ ē lix Si hoc dicis, err ās. ‘Se dizes isto, estás em erro.’ Si hoc dic ē bas, bas, errābās. ‘Se dizias isto, estavas em erro.’ Si hoc dixisti, err āuisti . ‘Se disseste isto, estiveste em erro.’ Indicativo nas duas orações. b.
Condições futuras: a) mais fortes: Si laborābit, f ē lix erit. ‘Se trabalhar, será feliz.’ ē lix Futuro imperfeito do indicativo indicativo nas duas orações. Nota: Ocasionalmente, quando o falante deseja que as implicações de sua condição sejam excepcionalmente enfáticas, é usado o futuro perfeito na prótase ao invés do futuro imperfeito: Si laborāuĕ rit, rit, feē ix ix erit ‘ Se Se trabalhar [tiver trabalhado], (estou certo de que) será feliz.’ Nestes casos enfatiza-se que a ação na prótase deve estar terminada para que a ação ocorra na apódose. b) menos fortes: Si labōret, f ē lix sit. ‘Se trabalhasse, seria feliz.’ ē lix Presente do subjuntivo nas duas orações. Trata-se de mera suposição concernente ao ao porvir. É um futuro abrandado.
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Quando a pessoa que fala quer dar a entender que a suposição feita é contrária (agora) à realidade, põe-se no imperfeito do subjuntivo o verbo da oração principal e o da subordinada. É o irreal irreal do presente: Si laborāret, f ē l ix esset ‘Se trabalhasse, seria feliz.’ ēlix Si uōcem habē res, res, nulla prior ales foret. (Fedro) ‘Se tivesses voz (infelizmente não tens), nenhum pássaro te seria superior’. Si hoc dicĕ dicĕres, errā errāres. ‘Se disseses isto (agora), errarias (agora)’. Quando se trata de uma suposição contrária (então) à realidade, usa-se o mais-queperfeito do subjuntivo nas duas orações. É o irreal do passado: Si laborāuisset, f ē ēlix lix fuisset. ‘Se tivesse trabalhado, teria sido feliz.’ Si hoc dix ĭ ĭsses, s ses, errāuisses. uisses. ‘Se tivesses dito isso, terias errado.’ Além das estruturas acima, encontra-se uma condição mista em que a prótase e a apódose pertencem a diferentes categorias: Si laborāuĭ sset sset (se ele tivesse trabalhado [no passado] mas não o fez) f ē l ix esset ēlix (seria [agora] feliz).
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Décima Primeira Lição O subjuntivo na oração independente
O subjuntivo se desenvolveu principalmente na oração dependente como modo da subordinação, o que lhe valeu o nome mesmo de subjuntivo. Antes de desempenhar este papel, no entanto, ele tinha seu próprio valor modal, com que podia empregar-se também nas frases independentes, uso de que ainda restam numerosos traços. Subjuntivo de volição (exortativo) Indica uma exortação, uma ordem, uma proibição. I. Na primeira pessoa do plural, o presente do subjuntivo indica uma exortação endereçada a si mesmo: E āmus. ‘Vamos’. / Amē mus mus patriam. (C. Sest. 68, 113) 113) ‘Amemos nossa pátria’. / Ne difficilĭ difficilĭa opt ē m ēmus. us. (Cic. Ver. 4, 15) ‘Não desejemos as coisas difíceis’. a II. Na 2 pessoa, o imperativo é usado em concorrência com o subjuntivo: a. ordem positiva ⇒ imperativo presente: fac / facĭ te te ou futuro facĭ t t ō / facit ōte ‘Faz, fazei’. N.B. O presente do subjuntivo faci ās, com matiz de advertência ou de conselho, era igualmente usado fora da prosa estritamente clássica. No latim arcaico, ele não é raro: Taceās. (Pl. Mo. 388) ‘Cala-te’. Parece que os prosadores clássicos julgaram que, sendo o imperativo a expressão corrente da ordem na segunda pessoa, devia evitar-se o subjuntivo nesta função. Cícero deixou traços do mesmo na segunda pessoa: Si est spes nostri red ĭ ĭ tus, tus, eam confirmē s et rem adi ŭuē s. s. (Cic. Fa. 14, 4, 3) ‘Se existe esperança de nossa volta, confirma-a e ajuda a situação’. / Horácio, mais tarde: tarde: Sapi ās, uina liqu ē s et spati ō brevī spem longam res ĕ ces. ces. (Hor. Od. I, 11, 6-7 ) ‘Sê sábia, filtra os vinhos e, por causa do curto tempo de vida, não concebas longas esperanças’. b. ordem negativa: 1. Ne + perfeito do subjuntivo: nē f ē ris. Nesta função, o perfeito do subjuntivo ē cĕ ris. exprime apenas a idéia verbal, sem noção de tempo ou de acabamento: ‘não faças’. Este emprego do perfeito tende a desaparecer. 2. Cau{el} + presente do subjuntivo: subjuntivo : cauē faci ās, propriamente ‘toma cuidado de o fazer’, donde ‘não faças’. O imperativo cau{el}, cau{el}, neste contexto, desempenha o papel de uma partícula de negação. 3. N ōl ī ī facĕ re re ‘não faças’, propriamente ‘não queiras fazer’. É na origem uma expressão polida da proibição, embora, com o uso, esse carácter tenha desaparecido. Utilizado já por Plauto, nōl ī ī facĕ re re é em Cícero a expressão proibitiva mais freqüente. Sobre o mesmo modelo, desenvolveu-se, sobretudo em poesia, o imperativo parcĕ facĕ re. re. III. É na 3a. pessoa do presente do subjuntivo que recaiu a expressão da ordem e da proibição: faciat ‘que ele/a faça’; faciant faça’; faciant ‘que eles/as façam’; ne faciat ‘que ele/a não faça’; ne faciant ‘que eles/as não façam’. Subjuntivo de possibilidade. possibilidade. Apresenta a ação como possível (potencial). Indica uma afirmação mitigada. Esses matizes se exprimem pelo presente ou pelo perfeito do subjuntivo sem diferença de sentido: Quis credat ? ‘Quem acreditaria?’ / Dicat, dix ĕ r it aliquis. ‘Alguém dirá, ĕrit pode ser ser que diga’. / V elim. elim. ‘Eu quereria’. / Dix ĕ r im. ‘Eu diria, eu gostaria de dizer’. ĕrim. Se se trata do passado, emprega-se o imperfeito: Quis cred ĕ ret ? ‘Quem podia crer, quem teria ĕ ret acreditado?’ / Dicĕ rē s. s. ‘Ter-se-ia dito’. / Mallem. Mallem. ‘Eu teria preferido’. Subjuntivo desiderativo (optativo). Acrescenta-se ordinariamente o termo ut ĭ ĭnam n am [oxalá]. Desejo realizável no futuro: presente do subjuntivo ou perfeito do subjuntivo. (Vt ĭ ĭnam) n am) diues sim! sim! ‘Oxalá eu seja rico!’ / Vt ĭ ĭ nam nam intellex ĕ ris! ‘Oxalá tenhas compreendido!’ compreendido!’ ĕ ris!
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Desejo irrealizável, pesar: Vtĭ Vt ĭnam + imperfeito do subjuntivo; mais-que-perfeito do subjuntivo. Vt ĭ ĭnam n essem! ‘Oxalá eu fosse rico!’ / Vt ĭ ĭnam n fuissem ! ‘Oxalá eu tivesse sido rico!’ am diues essem! am diues fuissem! Subjuntivo deliberativo ou dubitativo. dubitativo . O subjuntivo deliberativo indica uma questão que se põe sobre uma decisão a tomar. Indica a incerteza sobre o que deve fazer-se: Quid igĭ tur tur faciam? Non eam …? (Ter. Eu., 46) ‘Que fazer, pois? Não ir?’ / Vtrum superbiam prius commem ŏrem an crudelit ātem? tem? (Cic., Ver. I, 122) ‘Devo antes lembrar a tua soberba ou crueldade?’ / El ŏquar an sileam? sileam? (Verg. En. 3, 39) ‘Devo falar ou silenciar?’ Nota: É raro nas outras pessoas, porque o sentido se presta menos nas mesmas. Subjuntivo exclamativo ou de protesto. Caracteriza uma eventualidade que se repele: Tibi ego rati ōnem reddam? reddam? (Pl. Au., 45) ‘Eu, prestar-te contas?’ / N ōs… non poet ārum uōce moueāmur? mur? (Cic. Arch., 19) ‘Nós não nos comoveríamos com a voz dos poetas?’
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Décima Segunda Lição Orações subordinadas adverbiais
1. Causais: Causais: expressam a causa. Quoniam id cupis, maneō mane ō. ‘Porque o desejas, permaneço’.
2. Finais: Finais: expressam a intenção do sujeito da oração principal. Aud ī Aud ī,, ut discā disc ās. ‘Ouve para aprenderes’. / Hoc facit, ne poenā poenās det. ‘(Ele) faz isto para não ser punido’. / Tacē Tac ē, quō quō melius discā disc ās ‘Fica em silêncio para aprenderes melhor’. melhor’. (Aqui usou-se o quō em lugar de ut , porque a subordinada contém um comparativo.) N.B. Toda conjunção que marca o fim se constrói com o subjuntivo. Note as diferentes formas de expressar o fim em latim: Vt legat Vt legat uĕ uĕnit. ‘(Ele) vem para ler’ (conjunção ut – final) / Ad legendum uĕnit. ‘(Ele) vem para ler’ (gerúndio com com a preposição ad) / Ad legendam historiam uĕnit. ‘(Ele) vem para ler uma história’ (gerundivo) / Legendi causā uĕnit. ‘(Ele) vem para ler’ (gerúndio com a preposição causa) / Legendae historiae causā uĕnit. ‘ (Ele) vem para ler uma história’ (gerundivo). / Lectum uĕnit. ‘(Ele) vem para ler’ ler’ (supino) Em certas frases o fim se exprime: com o gerundivo empregado como predicativo: Tibi libr ōs legend ōs dō. ‘Dou-te livros para leres’ com uma subordinada relativa no subjuntivo: Tibi libr ōs dō quōs legā legās. ‘Dou-te livros para leres (que leias).’ •
•
3. Consecutivas. Consecutivas . Elas indicam que um fato é simplesmente a conseqüência de um outro fato
indicado na oração principal: Tam prudens est hic homo ut decĭ decĭpi non possit. ‘Este homem é tão prudente que não pode ser enganado’. Em geral há na oração principal uma palavra que anuncia ut : Est tam disertus ut cetĕ cetĕros supĕ supĕret. ‘É tão eloqüente que supera os outros’. ita, sic de tal forma … que adeo a tal ponto … que tam tão … que tantum ut + subj. tanto … que tantus, a, um tão grande … que talis, e; is, ea, id tal … que tot; tam multi, ae, a tantos … que
4. Comparativas. Comparativas . Expressam uma comparação. Ita labō lab ōrat ut ludit. ‘Ele trabalha do mesmo
modo que brinca’. / Tantum gaudium mihi est quantus dolor antea fuit. ‘Minha alegria é tão grande quanto foi minha dor outrora.’ / Tot sententiae sunt quot hom ĭnes. ‘Tantas são as sentenças quantos os homens’. Não se exprime o verbo quando apenas repete o verbo principal: Talis est filius qualis qualis pater (est). ‘O filho é tal qual o pai’ A inversão se alia à elipse dos verbos: Quot homĭ homĭnēs, tot sententiae. ‘Tantas cabeças, cabeças, tantas sentenças.’ / Qualis pater, talis filius. ‘Tal pai, tal filho.’ A subordinada subo rdinada muitas vezes precede p recede a principal: pr incipal: Vt sementem faciēs (f ēcĕris), ita metē metēs. ‘Assim como semeares (tiveres semeado), assim colherás’.
5. Concessivas. Concessivas. A oração principal se realiza apesar do obstáculo: Quamquam abest ā culpā culpā, (tamen) accusā accus ātur. ‘Ainda que ele esteja isento de culpa, é acusado’. (indicativo) / Cum absit ā culpā culpā, accusā accus ātur. ‘Ainda que esteja isento de culpa, é acusado’. acusado’. (subjuntivo)
6. Temporais
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a) Com indicativo. Exprime um fato que realmente acontece: Haec ubi dixit, abiit. abiit. ‘Depois que disse isto, partiu’. / Donec eris f ēlix, multō mult ōs numerā numer ā bis am īc īcōs. ‘Enquanto fores próspero, enumerarás muitos amigos’. / R ēs ita se habē hab ē bant, antequam in Siciliam uē u ēni. ‘A situação era assim, antes de eu chegar à Sicília’. Numa narração do passado, dum é seguido do presente do indicativo e traduz-se por enquanto e o imperfeito: Dum quaerit escam, margar ī margar ītam tam reppĕ repp ĕrit gallus. ‘Enquanto procurava seu alimento, o galo encontrou uma pérola’. b) Com subjuntivo. Exprime uma previsão, uma intenção, um fato que não se realiza ou se realiza muito tarde: Antequam ag ag ātis, cogitā cogitāte. ‘Antes de agir, refleti’. / Maneo dum ueniat. ‘Fico até que ele venha’. Quando cum significa no momento em que, depois do momento em que, ele é seguido do indicativo: Cum Caesar in Galliam u ēnit, factiō factiōnēs erant. ‘Quando César chegou à Gália, havia partidos’. À idéia pura e simples de tempo, acrescenta-se muitas vezes um matiz de causa ou de oposição: Cum Athenae florē florērent, nimia libertā libert ās ciuitā ciuitātem miscuit. ‘Como Atenas florescesse, uma excessiva licença perturbou a cidade’. Subordinadas com pronome relativo A oração com o pronome relativo tem por vezes seu verbo no subjuntivo, quando, então, exprime a idéia de fim, conseqüência, causa, concessão. Fim: Fim: Misit legā legātōs quī pacem petĕ petĕrent. ‘Enviou embaixadores que pedissem a paz (para que pedissem.)’. Conseqüência: Conseqüência: Is est quem omnē omnēs admirantur. ‘Ele é um homem tal que todos o admiram’. Expressões muito freqüentes: Non is sum qui dicam. qui dicam. ‘Não sou homem para dizer’ (is qui). / Dignus est quī impĕ impĕret. ‘Ele é digno de comandar’ (dignus qui). / Dignus est cui omnē omnēs pareant. ‘Ele ‘Ele merece merece que todos lhe lhe obedeçam’. (idem ) / Sunt quī sciant. ‘Há pessoas que sabem’. / Nemō Nem ō est qui illud qui illud non uideat. ‘Ninguém há que não o veja’. / Inueniuntur qui. ‘Encontram-se homens que’. / Nemō Nem ō est qui. ‘Ninguém há que’. / Quis est quī ? ‘Quem há que?’ Causa: Causa: Fortunā Fortunātus qu ī qu ī tam pulchra uidĕ uid ĕrit. ‘Feliz dele que viu tão belas coisas’ ( qui , então, muitas vezes é reforçado por quippe qui ‘sem qui ‘sem dúvida ele que.’) Concessão: Concessão: Aristides, qui ditissĭ ditiss ĭmus esse posset, pauper mortuus est. ‘Aristides, que poderia ter sido riquíssimo, morreu pobre.’ Condição: Condição: Errat qu ī qu ī putat. ‘Engana-se quem crê (se crê, fato real).’ / Haec qu ī qu ī uideat, nonne cogā cogātur confitē confitēri? ‘Quem visse isto, não seria obrigado a confessar?’ Comparação: Comparação: Iisdem libr ī libr īss utor quibus tu (utĕ (ut ĕris). ‘Sirvo-me dos mesmos livros que tu (no lugar de ac pode-se colocar após idem um relativo seguido de indicativo).’ Dupla subordinação: subordinação: Sunt artē artēs quā qu ās qu ī qu ī tenent erud ī erud ītt ī appellantur. ‘Há ciências que aqueles que possuem são chamados sábios.’
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Décima Terceira Lição Orações subordinadas substantivas introduzidas ou não por conectivo.
Com ut/ne: Suadeō Suade ō tibi ut ( ut (ne) ne) legā legās. ‘Eu te aconselho a ler (a não ler)’ / Opt ō ut uĕ u ĕniat. ‘Desejo que ele venha’. / Te orō or ō ut ign ut ignōōscā scās. ‘Eu te peço que perdoes’. / Imperā Imper āuit suis ut idem facĕ facĕrent. ‘Ordenou aos seus fazer o mesmo’. / Sol efficit ut omnia floreant. floreant. ‘O sol faz tudo florescer’. / Homĭ Hom ĭnēs nituntur ne uitam silentiō silenti ō transeant. ‘Os homens se esforçam por não passar a vida na obscuridade.’ / Cau ē ne cadā cadās. ‘Toma cuidado para não caíres.’ Há locuções e verbos verbos impessoais que exprimem uma eventualidade ou um resultado. A subordinada é sujeito do verbo principal: Saepe fit ut errē err ēmus. ‘Acontece muitas vezes que erramos.’ / Fit ut non legā leg ās. ‘Acontece que não lês.’ Os verbos que significam temer são sempre construídos com ne; ne; os que significam impedir ou recusar ora exigem ne, ne, ora, se são acompanhados de uma negação, exigem quomĭ nus nus ou quin: quin: Timeo ne u ĕniat. ‘Temo que ele venha’. / Timeo ne non (às vezes ut ) uĕ u ĕniat. ‘Temo que ele não venha.’ / Impediō Impedi ō ne proficiscā proficiscātur. ‘Impeço-o de de partir.’ Nas frases negativas ou interrogativas, depois dos verbos que significam impedir, recusar, não duvidar, a oração subordinada vem acompanhada das conjunções quomĭ nus nus ou quin: quin: Non impediō impediō quomĭ nus nus uĕniat. ‘Não o impeço de vir.’ / Quid obstat quom ĭ nus nus sis beā beātus? ‘Que impede que sejas feliz?’ / Non dubĭ dub ĭtō quin sis beā beātus. ‘Não duvido que sejas feliz.’ Subordinadas com quod: Pode-se encontrar uma oração com quod significando quod significando ‘o fato que’ como sujeito ou objeto de um verbo. Bene mihi euĕ euĕnit quod mittor quod mittor ad mortem. ‘É um bem para mim ser enviado à morte’ (o fato que eu sou enviado à morte acontece felizmente). / Accedit quod ‘A isto acrescenta-se que’. / Adde quod ‘Acrescenta-se a isto que’. Verbos de construção variável: a) Os verbos uelle, uelle, nolle, nolle, malle, malle , licet , oportet , necesse est podem ser acompanhados de um infinitivo só, ou de uma oração infinitiva, ou de um subjuntivo sem ut : Oportet legere. ‘É preciso ler.’ / Oportet te legere ou legas. ‘É preciso que leias.’ b) Os verbos niti , contend ĕ re ‘eforçar-se’, statuĕ re, re, decernĕ re, re, constituĕ re re ‘decidir’, são ĕ re completados pelo infinitivo só ou por ut + subjuntivo: subjuntivo: Statuit bellum facĕ fac ĕre. ‘Ele decidiu fazer a guerra.’ / Statuit ut poenā poen ās darē darēs. ‘Ele decidiu que serias punido.’ c) Verbos como dicĕ re, re, respond ē r e, nunti āre constroem-se diversamentre segundo o sentido ēre, que têm na passagem: Dic eum uen ī uen īre. re. ‘Dize que ele vem’ (expressão (expressão de um fato). fato). / Dic ei ut uĕ uĕniat. ‘Dize-lhe que venha’ (expressão de uma ordem). N.B. Uma idéia subentendida pode introduzir uma oração subordinada: Exspect ātiō tiō erat summa quidnam id esset. ‘A curiosidade era grande (subentendido ‘de saber’) o que isto significava.’ / Littĕ Litt ĕrae redduntur Caesă Caes ărem aduē aduēnisse. ‘São entregues cartas cartas (anunciando) que César chegou.’ Um demonstrativo sujeito ou objeto do verbo principal anuncia freqüentemente uma oração subordinada. Ela desempenha, então, o papel de aposição aposição junto ao demonstrativo que indica a insistência: Illud insistência: Illud te te orō orō, ut diligentissimus sis. ‘Eu te peço (a saber) que sejas aplicado.’ / Homĭ Homĭnes hac re bestiis praestant, quod loqui possunt. ‘Os homens são superiores aos aos animais (pelo fato que eles podem falar) porque podem falar.’
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Décima Quarta Lição Estilo indireto
Em lugar de relatar palavra por palavra os termos ou os pensamentos de alguém, pode-se empregar uma seqüencia de orações subordinadas a um verbo (à vezes subentendido) que significa dizer ou pensar. “Veniam”, inquit Dixit s ē uenturum esse “Virei”, disse ele. Ele disse que viria. Uma oração independente afirmativa ou negativa torna-se no estilo indireto oração infinitiva. “Cur uĕ uĕnis?” inquit. Quaes ī Quaes īuit uit cur uen ī uen īret. ret. “Por que vens?” disse ele. Ele lhe perguntou por que vinha. Uma oração independente interrogativa torna-se interrogativa indireta. “Ven īte”, īte”, inquit. “Vinde”, disse ele
Dixit uen ī uen īrent. rent. Ele lhes disse que viessem.
“Ne abiĕ abiĕris”, inquit. Dixit ne ab ī ab īret. ret. “Não te vás”, disse ele. Ele lhe disse que não se fosse. Uma oração independente no imperativo passa para o subjuntivo. N.B. As orações que, no estilo direto, estariam no futuro imperfeito ou no futuro perfeito passam ao presente ou perfeito do subjuntivo (imperfeito ou mais-que-perfeito após um verbo no passado). “Ciuitā “Ciuitātem uestram conseruā conseru ā bō bō, si uō u ōs dedē dedētis (ou dediderĭ dedider ĭtis)” ‘Conservarei vossa cidade, se vos entregardes’ — Estilo direto. Caesar respondit sē sē ciuitā ciuitātem conseruā conseruātūrum, s ī s ī sē dedĕ dedĕrent (ou dedidissent) ‘César respondeulhes que conservaria sua cidade se eles se entregassem’ — Estilo indireto. “Reddam obsĭ obsĭdēs quō quōs habeō habeō” ‘Entregarei os reféns que tenho’ — Estilo direto. Obsĭ Obsĭdēs quō qu ōs haberet se redditū reddit ūrum dixit. ‘Ele disse que entregaria os hóspedes que tinha.’ — Estilo indireto. Muitas vezes não se exprime o verbo principal do qual dependem as palavras transmitidas em estilo indireto: Ciuitā Ciuitāti persuasit ut dē d ē finĭ finĭ bus su īs īs cum omnĭ omn ĭ bus copi īs īs ex ī ex īrent: rent: “perfacĭ “perfacĭle esse, cum uirtū uirt ūte omnĭ omnĭ bus bus praestarent, tot ī tot īus us Galliae imperiō imperi ō pot ī pot īri”. ri”. ‘Persuadiu seus seus concidadãos a deixarem o país com todos os seus recursos. Como superassem a todos em coragem, ser-lhes-ia muito fácil obter o domínio de toda a Gália’.
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APÊNDICE sintaxe dos casos; paradigmas do sistema verbal e do sistema nominal; pronúncia. Sintaxe dos casos.
Em número de oito em indo-europeu (nominativo, genitivo, dativo, acusativo, ablativo, vocativo, locativo, instrumental), os casos em latim são seis ( houve a perda do instrumental e do locativo, deste restando apenas vestígios). O latim herdou uma sintaxe fundada na autonomia dos diferentes elementos do enunciado, autonomia tornada possível pela flexão: cada elemento traz uma desinência que basta para indicar sua função. Nominativo. É o caso que apresenta a pessoa, o objeto, a noção etc. de que se vai dizer alguma coisa. É o caso do sujeito na frase nominal e na frase verbal: Amor omnĭ omnĭ bus ī bus īdem. dem. (Verg. G . 3.244) ‘O amor é o mesmo para todos’; consŭl ē magistrātū abeunt (Liv.2.27.13) ‘Os cônsules saem da ēs magistrā magistratura.’ É também o caso do predicativo do sujeito: Omnē Omn ēs homĭ homĭnēs sunt mort āl ē ēs . ‘Todos os homens são mortais’. Genitivo. A função mais comum do genitivo é a de modificar outro nome. 1. Genitivo de posse Pode expressar uma relação de posse: Domus consŭlis ‘casa do cônsul’; Petr ī liber ‘Livro de Pedro’. Liga-se a ele o genitivo subjetivo: Coniurā Coniur ātiō tiō Catilinae ‘A conspiração de Catilina’. / Consiliō Consiliō deōrum immort ālium (Cés. B.G . 1, 12, 6) ‘Pela vontade dos deuses imortais’. / Faber est quisque suae fort ūnae (Ap. Claud.) ‘Cada um é o artífice de sua sorte’. / Aduentum senis (Pl. Amph (Pl. Amph.. 908) ‘A chegada do velho’. Pode ser construído como atributo do sujeito: Haec domus consŭlis est. ‘Esta casa é do cônsul’. Essa construção aparece também em orações cujo sujeito é um verbo no infinitivo, e traduz-se o genitivo usando-se a expressão “é próprio de”: Est … adulescentis maiō maiōrēs natu uerē uerēri. (Cic. Of . 1.122) ‘É próprio de um jovem reverenciar seus antepassados’. / Homĭ nis nis est errā errāre. ‘É próprio do ser humano errar’ / Est imperat ōris superā superāre hostē hostēs. ‘É próprio de um general vencer os inimigos’. Adjetivos que exprimem posse vêm acompanhados de genitivo: Sacer dei ‘Consagrado a deus’. / Similis Similis fratris fratris ‘Semelhante ao irmão’. Note-se, porém, que esses adjetivos se constroem igualmente com o dativo. 2. Genitivo explicativo ou de definição. É o genitivo de um substantivo que desenvolve e precisa o conteúdo de um substantivo de significação mais ampla, do qual ele depende: Virt ūs iustitiae. ‘A virtude que consiste na justiça’. 3. Genitivo de qualidade ou de descrição (Concorre com o ablativo de qualidade). Serve para caracterizar uma pessoa ou um objeto, indicando-lhe uma qualidade: Puer egregiae ind ŏlis. ‘Uma criança de índole notável’. 4. Genitivo partitivo. Nos sintagmas que envolvem esta construção – que consiste de um nome, pronome, adjetivo ou advérbio usado como um nome seguido de um genitivo – , o genitivo expressa o todo e a outra palavra uma parte do todo: Multi Gall ōrum. ‘Muitos dos gauleses’. / Tres nostrum. ‘Três de nós’. Esse genitivo freqüentemente se faz acompanhar do neutro singular de um pronome ou adjetivo de quantidade: Multum tempŏris. ‘Muito tempo’. / Quid nŏui ? ui ? ‘Que de novo?’
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Os pronomes e adjetivos mais comuns usados são: aliquid ‘algo’, id id ‘isso’, quid? ‘quê?’, quicquam ‘alguma coisa’, nihil ‘nada’, tantum ‘tanto’, quantum ‘quanto’, multum ‘muito’. Ocorre o genitivo também com alguns advérbios, particularmente: satis ‘bastante’, nimis ‘excessivamente’, parum ‘pouco’: Multum auri ‘Muito ouro’; aliquid nŏui ‘algo novo’ ; tantum spatii ‘ tamanha distância’; satis eloquentiae ‘bastante eloqüência’; sapientiae parum ‘pouca sabedoria’; plurimum spei ‘muitíssima esperança’; nihil u ōcis ‘nenhuma voz’. O genitivo partitivo é usado também com certos advérbios para formar uma expressão adverbial: Tum tempŏris ‘Naquele tempo’; ubi gentium ‘onde?’; eo stultitiae uēnit ut… ‘ele chegou a tal ponto de insensatez que …’ Como complemento do superlativo e dos adjetivos ordinais: fortiss ĭmus mil ĭ ĭtum t um ‘O mais corajoso dos soldados’; hārum trium urbium prima ‘a primeira destas três cidades’. Como complemento de nome, com substantivos de sentido apropriado: pars mil ĭ ĭ tum tum ‘uma parte dos soldados’; copia frumenti copia frumenti (Cés. (Cés. B.G. B.G. 1, 3, 1) ‘abundância de trigo’. Com adjetivos que indicam a participação ou seu contrário, a abundância e a privação, a lembrança e o esquecimento: eruditi ōnis expers (Cic. De or. 2.1) ‘desprovido de instrução’; rē rum rum omnium potens Iuppĭ Iuppĭter (Tác. Hist (Tác. Hist . 4, 84) ‘Júpiter, senhor de todas as coisas’. Com verbos de abundância e de privação, verbos de lembrança e esquecimento: mem ĭni amicōrum ‘eu me lembro dos amigos’. 5. Genitivo de respeito ou de relação: a. Aparece com verbos e adjetivos relacionados a estados de alma. Está bem atestado no latim arcaico: ei non fidem habui argent i ‘eu não confiei nele, no que diz respeito ao dinheiro’; discrucior anĭ mi mi (Pl. Aul (Pl. Aul .,., 105) ‘dilacera-me o coração’. Mais raro no latim latim clássico. b. Com verbos que significam ‘advertir’ , ‘fazer-se lembrar’: admon admonēē bat alium egest ātis, tis, alium cupidit ātis suae. suae. ( Sal. C . 21, 4) ‘e lembrava a um sua pobreza, a outro sua ambição’. c. Com adjetivos que indicam: O desejo: desejo: cupĭ cupĭdus gl ōriae ‘ávido de glória’. / O saber e a ignorância: ignorância: h ī h ī… … ignā ignāri tot ī ī us us negoti (Cic. negoti (Cic. Verr. Verr. 4.77) ‘estes … que desconheciam todo o fato’. N.B. O particípio presente, com o valor de um adjetivo, expressa uma qualidade permanente: miles patiens frig patiens frigŏris ‘um soldado capaz de suportar o frio’. Com um substantivo, o genitivo de relação é bastante freqüente como genitivo “objetivo”: cup īd īdō gl ōriae (Sal. C . 7.3 ) ‘o desejo da glória’; interfect ōres Caesăris ‘os assassinos de César’; mĕtus mortis ‘o medo da morte’. 6. Genitivo de preço. Usado para indicar que a avaliação é feita de um modo modo geral. Particularmente freqüente com o genitivo de adjetivos e pronomes indefinidos quantitativos como tanti, quanti, min ōris, pluris. pluris . Também os genitivos magni, max ĭ ĭmi, m mi, nihili, i, parui, min ĭ mi, tant ŭli são li são usados como genitivo de preço quando acompanhados do verbo esse, esse, que significa então ‘custar’, ‘valer’: est mihi tanti , Quir ī Quir īttēs (Cic. Cat . 2, 15) ‘vale a pena para mim, Quirites’ ; uendo meum (frumentum) non pluris quam cetĕ cetĕri, fortasse etiam minōris (Cic. Off . 3, 12, 51) ‘vendo o meu trigo não mais caro que os demais; talvez mesmo mais barato’; malus et nequam homo qui nihili eri imperium sui seruos facit; nihili est autem suum qui officium facere inmĕ inmĕmor est nisi admonĭ admon ĭtus. (Pl. Pseud . 1103-4) ‘é um mau e ruim escravo aquele que não dá importância às ordens de seu senhor; também não vale nada o que não se lembra de fazer o seu dever se não for advertido’; deō de ōs quidem quō quōs maxŭ maxŭme aequom est metuĕ metu ĕre eōs minĭ mi facit. mi facit. (Pl. Pseud (Pl. Pseud . 269) ‘até aos deuses que se devem temer acima de tudo, ele não lhes dá a mínima importância’. 7. Genitivo de crime. Usado especialmente com verbos que significam acusar, condenar, absolver etc.: causā caus ā cognĭ cognĭtā, capĭ tis tis absolū absolūtus, pecuniae tus, pecuniae multā mult ātus est. (C. Nep. 1, 7, 6) ‘instruído o processo, foi absolvido da acusação capital, mas condenado a pagar uma multa’. Dativo. O dativo tem três funções principais, que servem para exprimir: a) a atribuição, i.e., designa a pessoa a quem uma coisa é dada, dita, enviada, levada ou – também no sentido contrário – tirada, arrancada.
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b) interesse : designa a pessoa em benefício de quem – ou em detrimento detrimento de quem – a ação é feita (datiuus commŏ comm ŏdi ou incommŏ incomm ŏdi): tibi ar tibi arāās … tibi seris tibi seris … tibi met tibi metēēs ‘para ti trabalhas, para ti semeias, para ti colherás’. c) o fim em vista do qual uma coisa é feita (datiuus fin ālis ): auxili ō mittĕ mittĕre ‘enviar em auxílio’. 1. Um dativo de atribuição serve de objeto indireto a um verbo transitivo, ficando o objeto direto no acusativo: do uestem paupĕ ri ri ‘dou roupa ao pobre’; aliquid dō d ō alicui ‘dou algo a alguém’; eripĕ eripĕre ciuem ciuit āti ‘tirar um cidadão do estado’. Essa construção é, particularmente, a dos verbos: d ăre ‘dar’, reddĕ redd ĕre ‘entregar’, relinquĕ relinquĕre ‘deixar’, concedĕ concedĕre ‘conceder’; distribuĕ distribu ĕre ‘distribuir’, diuidĕ diuid ĕre ‘dividir’; dicĕ dic ĕre ‘dizer’ e seus compostos, e outros. Dativo de aproximação. aproximação. Verbos, poucos, que exprimem idéia de contato ou aproximação aproximação podem construir-se com dativo – é o dativo de contato ou aproximação: misc ēre ‘misturar’, iungĕ iung ĕre ‘ligar’, haerē haer ēre ‘prender’: Fletumque cruōri miscuit. ri miscuit. (Ov. Met. 4.140-1) ‘e misturou o pranto ao sangue’; dextrae iungĕ iungĕre dextram. (Verg. En. I, 408) ‘unir a minha destra destra à tua destra’; huic naui alteram naui alteram coniunxit. (Cés. B.C. 3.39.2) ‘a este navio ele juntou um outro’. 2. Um dativo de interesse serve de complemento a numerosos verbos intransitivos que exprimem um sentimento experimentado, uma atitude manifestada (favorável ou não) concernente a alguém: alicui noc alicui nocēēre ‘prejudicar alguém’, fauē fau ēre ‘favorecer’, parē parēre ‘obedecer’, parcĕ parcĕre ‘poupar’, imperā imper āre ‘ordenar’, ignō ign ōscĕ scĕre ‘perdoar’, crē crēdĕre ‘crer’, placē placēre ‘agradar’, persuadē persuadēre ‘persuadir’, studē stud ēre ‘dedicar-se’ e outros . 3. Construções derivadas do dativo de interesse. 3.1. Dativo de posse. No fundo, o dativo de posse traz implícita uma idéia de proveito ou de interesse. A coisa possuída se expressa no nominativo e o possuidor no dativo. Mihi est Mihi est aliquid ‘tenho algo’. 3.2. Dativo de relação (de ponto de vista) [datiuus iudicantis]. Assim se chama o dativo quando se usa para indicar a pessoa, a juízo de quem uma afirmação é verdadeira (mihi) [para mim, a meus olhos, a meu juízo]: Nemō Nem ō deo pauper est (Lact.) ‘para Deus, ninguém é pobre’; Quintia formosa est multis (Catulo) ‘para muitos, muitos, Quíntia é formosa’; Vir bonus mihi uidē uidētur ‘ele parece-me um homem bom’. 3.3. Dativo de agente. Usa-se com formas verbais de significado passivo para expressar o sujeito agente da ação. Aparece usado com as seguintes formas verbais: a) adjetivos verbais em –ndus: pereundum est mihi ‘devo perecer’; liber legendus est mihi ‘devo mihi ‘devo ler o livro’ / ‘o livro deve ser lido por mim’. b) particípio passado passivo: circunscrito a algumas formas verbais como aud ī ītus t us ‘ouvido’, cognĭ tus tus ‘ conhecido’, conhecido’, compertus ‘descoberto’ e outras: mihi consilium captum iamdiu est ‘há muito tempo tomei a deliberação’ / ‘há muito tempo a deliberação foi tomada por mim’. c) formas passivas do infectum de alguns verbos como quaerĕ re re ‘procurar’, probāre ‘aprovar’, comparāre ‘adquirir’, expet ĕ r e ‘procurar’: consulā consulātus tibi quaerebā quaerebātur ‘o consulado era ĕre buscado por ti’. 3.4. Dativo “ético”. A pessoa no dativo está especialmente interessada na ação. O dativo, geralmente um pronome, se liga muito livremente à frase e não lhe traz senão um matiz afetivo: Tolle mihi ē mihi ē causā causā nomen Catō Catōnis ‘faz-me o favor de suprimir (lit. retira-me) o nome de Catão deste processo’; Quid mihi Celsus agit? (Hor.) ‘estou especialmente interessado no que Celso está fazendo: que Celso está fazendo, por favor?’ 3.5. Dativo final. Indica em vista de quem a ação se realiza, aplicando-se essencialmente a uma coisa, não a uma pessoa. Expresa a finalidade ou objetivo da ação verbal: Auxili ō currĕ currĕre ‘correr em auxílio’. Geralmente aparece representado por nomes abstratos. Na tradução, é preciso recorrer às preposições “em, para”, ou à conjunção “como”. Uso: a) com o verbo esse que assume o significado de “redundar em”, “servir para”: Hoc est laudi ‘isto redunda em motivo de glória’.
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b) com verbos de movimento como mitt ĕ re ‘enviar’, uenī re re ‘vir’, ī re re ‘ir’, currĕ re re ‘correr’: auxil ō ĕ re mitt ĕ r e ‘enviar em auxílio’; subsidi ō uen ī uen īre re ‘vir em socorro’; diē diēs conloqui ō dictus est ‘dia ĕre marcado para a entrevista’. Duplo dativo. Consiste na combinação de um dativo de atribuição com um dativo final: Caesar Labi ē no auxilio uēnit ‘César veio em socorro socorro de Labieno’; Magister librum donō dat discipŭl ō ē no ‘o professor dá um livro de presente ao aluno’; Hoc mihi gaudi ō /dol ōri/curae est ‘isto me é motivo de alegria, de tristeza, de preocupação’; Filii matri fructui sunt fructui sunt ‘os filhos são presentes para a mãe’; Ad urbem sal ūti mihi u mihi uēnit ‘veio à cidade em minha salvação’. Há adjetivos, alguns da mesma raiz dos verbos, que se fazem acompanhar do dativo: a) os que indicam benevolência, amizade, agrado ou seus contrários, como amī cus cus ‘amigo’, propit ĭ ĭ us us ‘favorável, propício’, aequus ‘justo’, gratus ‘grato’; iniquus ‘injusto’, ingrātus ‘ingrato’, infensus ‘hostil a’. b) os que indicam semelhança ou igualdade ou seus contrários, como cognātus ‘parecido’, affinis ‘próximo; vizinho’, aequālis ‘contemporâneo’, impar ‘desigual’, dissim ĭ lis lis ‘diferente’. c) os que indicam utilidade ou proveito, ou seus contrários, como: ut ĭ ĭ lis lis ‘útil’, bonus ‘bom’, salut āris ‘favorável’, pernici ‘favorável’, pernici ōsus ‘pernicioso’. d) os que indicam disposição, inclinação, necessidade, tendência física ou moral, como aptus ‘próprio para’, accomodatus ‘próprio para’, opport ūnus ‘favorável’, idoneus ‘próprio para’. Muitos desses adjetivos se constroem também com outro caso, especialmente com genitivo; tal sucede com ut ĭ ĭlis, l is, simĭ lis, lis, dissim ĭ lis, lis, proprius, comm ūnis etc. Além de adjetivos, também substantivos que se derivam de verbos que habitualmente se constroem com o dativo costumam apresentar um complemento no dativo: iustitia est obtemperāti ō scriptis legibus institutisque populō popul ōrum (Cic. Leg. I, 42) ‘a justiça é a obediência às leis escritas e às instituições dos povos’. Acusativo. É o caso do nome que completa o verbo de maneira imediata e sem especificação particular; pode-se distinguir o acusativo, caso gramatical, e o acusativo, caso concreto. Acusativo, caso gramatical. a) é primeiramente o caso que exprime uma relação de transitividade: amo patrem ‘amo meu pai’ Os verbos impessoais de sentimento têm um complemento no acusativo: me paenĭ paenĭtet meae culpae ‘eu me arrependo de minha falta’. b) trata-se ainda de acusativo, caso gramatical, nos seguintes empregos: Acusativo de relação. Indica sob que relação vale a afirmação enunciada pelo verbo; seu emprego está limitado a pronomes ou adjetivos pronominais neutros que, junto a verbos intransitivos ou transitivos, alternam com outras construções: id gaudeo id gaudeo ‘alegrome com isso’. Acusativo de qualificação ou de objeto interno. Dá a um verbo intransitivo um complemento que indica as modalidades da ação. Há vários tipos: uiu ĕre uitam beātam (Cic. Tusc. 4.1.8) ‘viver uma vida feliz’; exclam āre maius maius ‘gritar forte’. Acusativo adverbial. É um acusativo de relação ou de qualificação, qualificação, fixado sob forma adverbial: max ĭ ĭmam m pecŏre uiuunt (Cés. B.G. 4.18) ‘vivem am partem lacte atque pecŏ sobretudo de leite e de carne’. c) Um verbo pode receber dois complementos no acusativo quando o ponto de aplicação do processo é duplo: é o duplo acusativo. Encontra-se, assim, junto a docere ‘ensinar’ ‘ensinar’ o acusativo da matéria ensinada e o da pessoa a quem se ensina: doceo puĕ rōs grammat ĭ ĭ cam cam ‘ensino gramática aos jovens’; junto a posc ĕre, postulare, flagitā flagit āre, rogā rogāre ‘perguntar’, o acusativo da questão posta e o da pessoa interrogada: senat ōrem rogā rog āre sententiam ‘perguntar ao senador sua opinião’. O Acusativo, caso concreto. a) Acusativo de movimento: •
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1. No sentido local: eo in urbem ‘vou à cidade’, eo ad patrem ‘vou à casa de meu pai’. 2. No sentido temporal (sempre acompanhado de preposição) ad (usque ad): usque ad extremum uitae diem (Cic. Lael. 33) ‘até o último dia de vida’; ad/in : aliquem inuit āre in post ĕ r um diem (Cic. Of. 3.58) ‘convidar alguém para o dia seguinte’. ĕrum 3. No sentido figurado, encontra-se, em particular, o acusativo acompanhado acompanhado de ad ou ad ou de in para exprimir o fim: omnĭ omnĭ bus bus ad britannĭ cum cum bellum rebus comparā compar ātis (Cés. B.G. 5.4.1) ‘tendo sido preparadas todas as coisas para a guerra da Bretanha’. b) Acusativo de extensão: 1. Extensão espacial. Empregado com alguns termos, para indicar o espaço percorrido, a distância: ā Lar ī Lar īn nō decem milia passuum (abesse) (Cic. Clu. 27) ‘estar numa distância de dez mil passos de Larino’; dimensão: murus decem ped ē ēs altus ‘uma muralha de dez pés de altura’. 2. Extensão temporal. Só ou acompanhado de per, per, exprime a duração: (per) septem ann ōs regnāuit : ‘reinou (durante) sete anos’. Com natus [nascido], ele exprime a idade: decem annōs natus ‘dez anos de idade’. Exprime o tempo decorrido depois que dura uma ação: annum iam tertium et uicesimum regnat (Cic. Pomp. 7) ‘ele governa já há vinte e dois anos’. Exprime o tempo decorrido depois que um acontecimento se produziu: quaestor … fuisti abhinc annōs quattuord ĕ cim (Cic. Verr. 1.34) ‘foste questor há quatorze anos’. ĕ cim Ablativo. O ablativo latino representa a soma de três casos diferentes no indo-europeu:o ablativo propriamente dito, o instrumental e o locativo; do locativo, o latim guarda alguns vestígios. O ablativo propriamente dito. É o caso do ponto de partida, da origem, da separação. 1. Ablativo de ponto de partida. a) no sentido local: ex urbe proficiscor ‘parto da cidade’; ā patre redeō redeō ‘volto da casa de meu pai’ b) no sentido temporal: dē dē tertiā tertiā uigiliā uigili ā ‘no decorrer da terceira vigília’; ab urbe condĭ cond ĭta ‘depois da fundação da cidade’; ex ill ō die ‘depois daquele dia’. c) ao ablativo do ponto de partida se ligam duas construções: agente da passiva ablativo de comparação: melle dulcior ‘mais doce do que o mel, i.e., particularmente doce, a partir do mel’ 2. Ablativo de origem. Empregado com o verbo nasci ‘nascer’, nasci ‘nascer’, os particípios natus, ortus etc. ‘nascido de’, o ablativo de ponto de partida indica a filiação ou a origem: ex seruā natus (Cic. Rep. 2.37) ‘nascido de uma escrava’; ā Cat ōne ortus (Cic. Mur. 66) ‘descendente de Catão’. 3. Ablativo de separação. Com os verbos ou os adjetivos que indicam uma idéia de separação (em princípio, apenas com os verbos de privação e carência: priuari dol ōre ‘estar privado de dor’; carē carēre pane re pane ‘carecer de pão’. 4. Empregos derivados do ablativo propriamente dito. a) direção e ponto de vista. b) matéria (sobretudo com ex ) : uas ex auro ‘vaso de ouro’ c) causa (sobretudo com ex) ex uuln ĕ re re aeger (Cic. Rep. 2.38) ‘doente em decorrência de ferida’; com d ē eādem dē dē causā causā ‘pela mesma razão’. ē : eā d) conformidade (com ex ou ex ou d ē ) : ex sen ex senāātus sententi ā ‘conforme opinião do senado’. ē): e) o todo do qual se toma uma parte (com ex e ex e sobretudo d ē ): dē d ē tertiā tertiā uigiliā uigiliā ‘no decorrer da ē ): terceira vigília’; daí o sentido freqüente de d ē + abl. ‘sobre’, em paticular nos títulos de obras Dē orat ōre ‘Sobre o orador’. f) maneira: em certas locuções locuções de aud aud ī ītu tu (Pl. Merc. 903) ‘por ouvir dizer’. •
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O Ablativo Ablativo instrumental. As duas funções do instrumental indo-europeu, exprimir o acompanhamento e o meio, são assumidas pelo ablativo em latim. 1. Acompanhamento. Quando se trata de uma uma relação concreta, o ablativo é acompanhado de cum; cum; quando se trata de uma relação abstrata, o ablativo é empregado só. a) relação concreta: o ablativo ablativo acompanhado de cum indica primeiro a pessoa ou a coisa associada à ação: ação: profectus est cum patre ‘partiu com seu pai’; ambŭ amb ŭlat cum gladiō gladiō ‘caminha com a espada na mão’. Para indicar as circunstâncias que acompanham a ação, emprega-se o ablativo ( com ou sem cum) cum) de um substantivo determinado (magn ā uoluptā uolupt āte ou cum magnā magnā uoluptā uolupt āte ‘com grande prazer’ e o ablativo (acompanhado de cum) de um substantivo não determinado (cum curā curā ‘com cuidado’. É o ablativo de circunstância concomitante: perdid ĭci istaec esse uē u ēra damnō damnō cum magnō magnō meō meō (Pl. As. 187) ‘com grande dano meu, aprendi que essas coisas são verdadeiras’. b) relação abstrata: o ablativo de qualidade (substantivo sempre determinado) nunca é acompanhado de cum; cum; ele indica a qualidade característica de um indivíduo : puer egregi ā indŏ indŏle ‘uma criança de índole notável’. 2. O meio: o ablativo sem preposição indica o meio, i.e., o instrumento com a adjuda do qual se realiza uma ação. É, em geral, um nome de coisa; ele acompanha um verbo ativo ou passivo: arare agrum arā ar ātrō trō ‘trabalhar o campo por meio do arado’; occisus est gladi ō ‘ele foi morto com um golpe de espada’. Numerosos verbos e adjetivos têm um complemento no ablativo ablativo de meio. Em particular os verbos e adjetivos que indicam uma idéia de abundância (e junto aos quais o ablativo substitui o genitivo partitivo), os que exprimem a idéia de ‘apoderar-se de, fortificar, equipar de’, os depoentes uti ‘usar’, frui ‘desfrutar de’, uesci ‘alimentar-se de’, pot ī pot īri ri ‘apoderar-se de’, a locução opus est etc. 3. A causa: em expressões usuais como fame inter ī inter īre re ‘morrer de fome’, maerō maer ōre conficior ‘estou atingido pela dor’. 4. A diferença: quando se trata de advérbios advérbios de quantidade no ablativo que acompanham comparativos ou verbos de comparação: multō mult ō praestā praestāre. ‘estar muito à frente’. 5. O ponto de vista (ablativo que indica sob que relação vale uma afirmação, junto a um verbo ou adjetivo): differre natū natūrā [diferir sob a relação da natureza] 6. A maneira: em expressões fixas: arte [com arte], iure [com justiça], iniuria [com injustiça] Locativo. Formas diferentes de locativo subsistem, como no singular das 1. a, 2.a e 3.a declinações, para alguns substantivos que implicam uma noção de lugar ou de tempo; o locativo se emprega, então, sem preposição, para indicar o lugar, mais raramente o momento, onde se desenrola a ação. Empregam-se no locativo os nomes de cidade das 1. a e 2. a declinações e alguns nomes de cidade da 3.a declinação: Romae ‘em Roma’, Lugd ūni ‘em Lião’, Carthagĭ Carthag ĭni ‘em ‘em Cartago’. Também em certo número de nomes comuns: domi ‘em casa’, ruri ‘no campo’, humi ‘no chão’, temp ĕri ‘em tempo’, luci ‘durante o dia’ O ablativo locativo. O ablativo assume as funções do antigo locativo: exprimir a localização no tempo e no espaço. 1. Localização no espaço. O ablativo indica o lugar onde se desenrola a ação: In Italia manere ‘permanecer na Itália’; sub terrā habitā habitāre ‘morar sob a terra’. 2. Localização no tempo. Com valor temporal, o ablativo serve sobretudo para datar a ação. Contacto entre as diferentes funções do ablativo. Há casos de contacto entre as noções de meio e de lugar, quando se trata de meios de transporte: deslocar-se de carro se diz in curru uehi (lugar) ou curru uehi (meio). Vocativo. É o caso da apóstrofe. Domine! ‘Senhor!’
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Paradigmas do Sistema Verbal
Tempos do infectum na voz ativa e passiva A Modo indicativo
Presente 1 amō amō amā amās amă amăt amā amāmus amā amātis amă amănt
2 amŏ amŏr amā amāris amā amātur amā amāmur amā amāmĭni amă amăntur
monĕō monĕō monē monēs monĕ monĕt monē monēmus monē monētis monĕ monĕnt
3a monĕŏ monĕŏrr monē monēris monē monētur monē monēmur monē monēmĭni monĕ monĕntur
legō legō legĭ legĭs legĭ legĭt legĭ legĭmus legĭ legĭtis legŭ legŭnt
3 b legŏ legŏr legĕ legĕris legĭ legĭtur legĭ legĭmur legĭ legĭmĭni legŭ legŭntur
capĭō capĭō capĭ capĭs capĭ capĭt capĭ capĭmus capĭ capĭtis capĭŭ capĭŭnt nt
4
capĭŏ capĭŏrr capĕ capĕris capĭ capĭtur capĭ capĭmur capĭ capĭmĭni capĭŭ capĭŭntur ntur
audĭō audĭō aud īs īs audĭ audĭt aud ī aud īmus mus aud ītis ītis audĭŭ audĭŭnt nt
audĭŏ audĭŏrr aud īris īris aud ītur ītur aud īmur īmur aud īm īmĭni audĭŭ audĭŭntur ntur
Imperfeito 1 amā amā bă băm amā amā bā bās amā amā bă băt amā amā bā bāmus amā amā bā bātis amā amā bă bănt
2 amā amā bă băr amā amā bā bāris am{aç}bā am{aç}bātur amā amā bā bāmur amā amā bā bāmĭni amā amā bă băntur
monē monē bă băm monē monē bā bās monē monē bă băt monē monē bā bāmus monē monē bā bātis monē monē bă bănt
3a monē monē bă băr monē monē bā bāris monē monē bā bātur monē monē bā bāmur monē monē bā bāmĭni monē monē bă băntur
legē legē bă băm legē legē bā bās legē legē bă băt legē legē bā bāmus legē legē bā bātis legē legē bă bănt 4
audiē audiē bă băm audiē audiē bā bās audiē audiē bă băt audiē audiē bā bāmus audiē audiē bā bātis audiē audiē bă bănt
audiē audiē bă băr audiē audiē bā bāris audiē audiē bā bātur audiē audiē bā bāmur audiē audiē bā bāmini audiē audiē bă băntur
3 b legē legē bă băr legē legē bā bāris legē legē bā bātur legē legē bā bāmur legē legē bā bāmĭni legē legē bă băntur
capiē capiē bă băm capiē capiē bā bās capiē capiē bă băt capiē capiē bā bāmus capiē capiē bā bātis capiē capiē bă bănt
capiē capiē bă băr capiē capiē bā bāris capiē capiē bā bātur capiē capiē bā bāmur capiē capiē bā bāmĭni capiē capiē bă băntur
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Futuro imperfeito 1 amā amā bō bō amā amā bĭ bĭs amā amā bĭ bĭt amā amā bĭ bĭmus amā amā bĭ bĭtis amā amā bŭ bŭnt
2 amā amā bŏ bŏr amā amā bĕ bĕris amā amā bĭ bĭtur amā amā bĭ bĭmur amā amā bĭ bĭmĭni amā amā bŭ bŭntur
monē monē bō bō monē monē bĭ bĭs monē monē bĭ bĭt monē monē bĭ bĭmus monē monē bĭ bĭtis monē monē bŭ bŭnt
3a monē monē bŏ bŏr monē monē bĕ bĕris monē monē bĭ bĭtur monē monē bĭ bĭmur monē monē bĭ bĭmĭni monē monē bŭ bŭntur
legă legăm legē legēs legĕ legĕt legē legēmus legē legētis legĕ legĕnt
3 b legă legăr legē legēris legē legētur legē legēmur legē legēmĭni lelgĕ lelgĕntur
capiă capiăm capiē capiēs capiĕ capiĕt capiē capiēmus capiē capiētis capiĕ capiĕnt
capiă capiăr capiē capiēris capiē capiētur capiē capiēmur capiē capiēmĭni capiĕ capiĕntur
4 audiă audiăm audiē audiēs audiĕ audiĕt audiē audiēmus audiē audiētis audiĕ audiĕnt
B
audiă audiăr audiē audiēris audiē audiētur audiē audiēmur audiē audiēmĭni audiĕ audiĕntur
Modo subjuntivo Presente 1
amĕ amĕm amē amēs amĕ amĕt amē amēmus amē amētis amĕ amĕnt
2 amĕ amĕr amē amēris amē amētur amē amēmur amē amēmĭni amĕ amĕntur
moneă moneăm moneā moneās moneă moneăt moneā moneāmus moneā moneātis moneă moneănt
3a moneă moneăr moneā moneāris moneā moneātur moneā moneāmur moneā moneāmĭni moneă moneăntur
legă legăm legā legās legă legăt legā legāmus legā legātis legă legănt 4
audiă audiăm audiā audiās audiă audiăt audiā audiāmus audiā audiātis audiă audiănt
audiă audiăr audiā audiāris audiā audiātur audiā audiāmur audiā audiāmĭni audiă audiăntur
3 b legă legăr legā legāris legā legātur legā legāmur legā legāmĭni legă legăntur
capiă capiăm capiā capiās capiă capiăt capiā capiāmus capiā capiātis capiă capiănt
capiă capiăr capiā capiāris capiā capiātur capiā capiāmur capiā capiāmĭni capiă capiăntur
103
Imperfeito 1
2
amā amārĕm amā amārēs amā amārĕt amā amārēmus amā amārētis amā amārĕnt
amā amārĕr amā amārēris amā amārētur amā amārēmur amā amārēmĭni amā amārĕntur
monē monērĕm monē monērēs monē monērĕt monē monērēmus monē monērētis monē monērĕnt
3a monē monērĕr monē monērēris monē monērētur monē monērēmur monē monērēmĭni monē monērĕntur
legĕ legĕrĕm legĕ legĕrēs legĕ legĕrĕt legĕ legĕrēmus legĕ legĕrētis legĕ legĕrĕnt
3 b legĕ legĕrĕr legĕ legĕrēris legĕ legĕrētur legĕ legĕrēmur legĕ legĕrēmĭni legĕ legĕrĕntur
capĕ capĕrĕm capĕ capĕrēs capĕ capĕrĕt capĕ capĕrēmus capĕ capĕrētis capĕ capĕrĕnt
capĕ capĕrĕr capĕ capĕrēris capĕ capĕrētur capĕ capĕrēmur capĕ capĕrēmĭni capĕ capĕrĕntur
4 aud īr īrĕm aud īr īrēs aud īr īrĕt aud īr īrēmus aud īr īrētis aud īr īrĕnt
C
aud īr īrĕr aud īr īrēris aud īr īrētur aud īr īrēmur aud īr īrēmĭni aud īr īrĕntur
Modo imperativo na voz ativa e na passiva Presente 1 2a p. sg. 2a p. pl.
amā amā amā amāte
amā amāre amā amāmĭni
2 monē monē monē monēte
3a
monē monēre monē monēmĭni
legĕ legĕ legĭ legĭte
legĕ legĕre legĭ legĭmĭni
3 b capĕ capĕ capĭ capĭte
capĕ capĕre capĭ capĭmĭni
4 2a p.sg. 2a p.pl.
aud ī aud ī aud īte te
aud īre īre aud īm īmĭni
Futuro 1 2a p. sg. 3a p. sg. 2a p. pl. 3a p. pl.
amā amātō amā amātō amā amātōte amă amănto
2 amā amātor amā amātor — amă amăntor
monē monētō monē monētō monē monētōte monĕ monĕnto
3a monē monētor monē monētor — monĕ monĕntor
legĭ legĭtō legĭ legĭtō legitō legitōte legŭ legŭnto 4
2a
p. sg. p. sg. a 2 p. sg. 3a p. pl. 3a
aud īt ītō aud īt ītō aud īt ītōte audiuntō audiuntō
auditor auditor — audiuntor
3 b legĭ legĭtor legĭ legĭtor — legŭ legŭntor
capĭ capĭtō capĭ capĭtō capitō capitōte capiŭ capiŭnto
capĭ capĭtor capĭ capĭtor — capiŭ capiŭntor
104
Tempos do perfectum do perfectum na voz ativa e na passiva
A
Modo indicativo Perfeito
amā amāu– monu– lē lēg– cēp– aud ī aud īu– u–
amā amātus, –a, –a, –um / monĭ monĭtus, –a, –a, –um/ –um/ lectus, –a, –a, –um căptus, –a, –a, –um / aud ītus, –a, –um ītus, –a,
ī
sti ĭ sti t ĭ t mus ĭ mus
amā amāti, –ae, –ae, –a / monĭ monĭti, –ae, –ae, –a / lecti, –ae, –ae, –a căpti, –ae, –ae, –a / aud īti, –ae, –a īti, –ae,
stis ĭ stis erunt/ ē r e ēre
sŭm ĕs ĕst sŭmus ĕstis sŭnt
Mais-que-perfeito amā amāu– monu– lē lēg– cēp– aud ī aud īu– u–
eră-m erā-s eră-t erā-mus erā-tis eră-nt
amā amātus, –a, –a, –um / monĭ monĭtus, –a, –a, –um / lectus, –a, –a, um căptus, –a, –a, –um / aud ītus, –a, –um ītus, –a,
eră erăm erā erās eră erăt erā erāmus erā erātis eră erănt
amā amāti, –ae, –ae, –a / monĭ monĭti, –ae, –ae, –a, –a, lecti căpti, –ae, –ae, –a / au ī au īiti, iti, –ae, –ae, –a
Futuro perfeito amā amāu– monu– lē lēg– cē cēp– aud ī aud īu– u–
er-ō erĭ -s -s erĭ -t -t erĭ -mus -mus erĭ -tis -tis erĭ -nt -nt
B
amā amātus, –a, –a, –um / monĭ monĭtus, –a, –a, –um / lectus, –a, –a, – um căptus, –a, –a, –um / aud ītus, –a, –um ītus, –a, amā amāti, –ae, –ae, –a / monĭ monĭti, –ae, –ae, –a / lecti, –ae, –ae, –a căpti, –ae, –ae, –a / aud īti, –ae, –a īti, –ae,
erō erō erĭ erĭs erĭ erĭt erĭ erĭmus erĭ erĭtis erŭ erŭnt
Modo subjuntivo Perfeito
amā amāu– monŭ monŭ– lē lēg– cē cēp– audiu–
amā amāu– monŭ monŭ– lē lēg– cē cēp– aud ī aud īu– u–
erĭ -m -m erī -s -s erĭ -t -t erī -mus -mus erī -tis -tis erĭ -nt -nt ssĕ -m -m ĭ ss ssē -s -s ĭ ss
amā amātus, –a, –a, –um / monĭ monĭtus, –a, –a, –um / lectus, –a, –a, –um căptus, –a, –a, –um / aud ītus, –a, –um ītus, –a, amā amāti, –ae, –ae, –a / monĭ monĭti, –ae, –ae, –a / lecti, –ae, –ae, –a căpti, –ae, –ae, –a / aud īti, īti, –ae, –ae, –a
amā amātus, –a, –a, –um / monĭ monĭtus, –a, –a, –um / lectus, –a, –a, –um căptus, –a, –a, –um / aud ītus, –a, –um ītus, –a,
ssĕ -t -t ĭ ss ssē -mus -mus ĭ ss ssē -tis -tis ĭ ss ssĕ -nt -nt ĭ ss
amā amāti, –ae, –ae, –a / monĭ monĭti, –ae, –ae, –a căpti, –ae, –ae, –a / aud īti, –ae, –a īti, –ae,
sĭm s īs īs sĭt s īmus īmus s ītis ītis sĭnt essĕ essĕm essē essēs essĕ essĕt essē essēmus essē essētis essĕ essĕnt
105
Formas não-finitas do verbo Infinitivo Presente 1
2
amā amāre amā amāri
3a
monē monēre monē monēri
legĕ legĕre leg ī
3 b
4
capĕ capĕre cap ī cap ī
aud īre īre aud īri īri
Futuro 1
2
3a
3 b
4
amā amātūrum, –am –am,, –um –um
monitū monitūrum, –am –am,, –um –um
lectū lectūrum, –am –am,, –um –um
captū captūrum, –am –am,, –um –um
auditū auditūrum, –am –am,, –um –um
+ esse 1
2
3a
3 b
4
amā amātum iri
monĭ monĭtum iri
lectum iri
captum iri
aud ītum ītum iri
Perfeito amā amāuĭsse amā amātum, –am, –am, –um
monuĭ monuĭsse monĭ monĭtum, –am, –am, –um
lē lēgĭsse lectum, –am, –am, –um
cē cēpĭsse căptum, . –am, –am, –um
aud īu īuĭsse aud ītum, –am, –um ītum, –am,
+ esse Particípio Presente 1 amā amāns
2
3a
monē monēns
lĕgēns
3 b
4
capiē capiēns
audiē audiēns
Futuro amatū amatūrus, –a, –a, –um
monitū monitūrus, –a, –a, –um
lectū lectūrus, –a, –a, –um
captū captūrus, –a, –a, –um
auditū auditūrus, –a, –a, –um
Passado amā amātus, –a, –a, –um
monĭ monĭtus, –a, –a, –um
lectus, –a, –a, –um
căptus, –a, –a, –um
aud ītus, –a, –um ītus, –a,
Gerundivo amandus, –a, –a, –um
monendus, –a, –a, –um
legendus, –a, –a, –um
capiendus, –a, –a, –um
audiendus, –a, –a, –um
106
Gerúndio gen. dat. ac. (ad +) abl.
amand ī amand ī amandō amandō amandum amandō amandō
monend ī monendō monendō monendŭ monendŭm monendō monendō
legend ī legendō legendō legendŭ legendŭm legendō legendō
capiend ī capiendō capiendō capiendŭ capiendŭm capiendō capiendō
audiend ī audiendō audiendō audiendŭ audiendŭm audiendō audiendō
Supino amā amātum amā amātu
monĭ monĭtum monĭ monĭtu
lectum lectu
că căptum că căptu
aud ītum ītum aud ītu ītu
Paradigmas do Sistema Nominal
/1a declinação/ nom gen dat ac abl
terră terră terrae terrae terră terrăm terrā terrā voc ă
terrae terrā terrārum terr īs īs terrā terrās terr ī terr īss terr terrae
/2a declinação/ nom gen dat ac abl
domĭ domĭnŭs domĭ domĭn ī domĭ domĭn ī domĭ domĭnōrum domĭ domĭnō domĭ domĭn īs īs domĭ domĭnŭm domĭ domĭnōs domĭ domĭnō domĭ domĭn īs īs voc domdomĭ domĭn ī ĭnĕ
donŭ donŭm don ī don ī donō donō donŭ donŭm donō donō donŭ donŭm
donă donă donō donōrum don īs īs donă donă don īs īs donă donă
/3a declinação/ nom consŭ consŭl gen consŭ consŭlĭs dat consŭ consŭl ī ī ac consŭ consŭlĕm abl consŭ consŭlĕ voc ŭl cons
consŭ consŭlēs ciuĭ ciuĭs consŭ consŭlŭm ciuĭ ciuĭs consŭ consŭlĭ bus ī ciu consŭ consŭlēs ciuĕ ciuĕm consŭ consŭlĭ bus ĕ ciu consŭ consŭlēs ciuĭ ciuĭs
ciuē ciuēs urbs ciuĭ ciuĭum urbĭ urbĭs ciuĭ ciuĭ bus ī urb ciuē ciuēs (– ī (– īs) s) urbĕ urbĕm ciuĭ ciuĭ bus ĕ urb ciuē ciuēs urbs
nom corpŭ corpŭs corpŏ corpŏră gen corpŏ corpŏrĭs corpŏ corpŏrum dat corpŏ corpŏr ī corpŏ corpŏrĭ ac corpŭ corpŭs corpŏ corpŏra abl corpŏ corpŏrĕ corpŏ corpŏrĭ voc ŭscorp corpŏ corpŏra
marĕ marĕ marĭ marĭs bus ī mar marĕ marĕ bus ī mar marĕ marĕ
urbē urbēs fons urbĭ urbĭum fontĭ fontĭs urbĭ urbĭ bus ī font urbē urbēs ( ī ( īs) s) fontĕ fontĕm urbĭ urbĭ bus ĕ font urbē urbēs fons mariă mariă mariŭ mariŭm marĭ marĭ bus bus mariă mariă marĭ marĭ bus bus mariă mariă
fontē fontēs fontĭ fontĭum fontĭ fontĭ bus bus fontē fontēs ( ī ( īs) s) fontĭ fontĭ bus bus fontē fontēs
107
/4a declinação/ nom fructŭ fructŭs gen fructū fructūs dat fructu ī ac fructŭ fructŭm abl fructū fructū voc ŭsfruct
fructū fructūs cornū cornū fructuŭ fructuŭm cornū cornūs fructĭ fructĭ bus īcornu fructū fructūs cornū cornū fructĭ fructĭ bus ūcorn fructū fructūs cornū cornū
cornuă cornuă cornuŭ cornuŭm cornĭ cornĭ bus bus cornuă cornuă cornĭ cornĭ bus bus cornuă cornuă
/5a declinação/ nom gen dat ac abl
rē rēs re ī re ī rĕm rē rē voc ēs
r
rēs rērum rē bus r}el}s rē bus rēs
Adjetivos de primeira classe
masculino nom. magnŭ magnŭs gen. magn ī dat. magnō magnō ac. magnŭ magnŭm abl. magnō magnō voc. ĕmagn
feminino
neutro
masculino
feminino
neutro
magnă magnă magnae magnae magnă magnăm magnā magnā magnă magnă
magnŭ magnŭm magn ī magnō magnō magnŭ magnŭm magnō magnō magnŭ magnŭm
magn ī magnō magnōrum magn īs īs magnō magnōs magn īs īs magn ī
magnae magnā magnārum magn īs īs magnā magnās magn īs īs magnae
magnă magnă magnō magnōrum magn īs īs magnă magnă magn īs īs magnă magnă
Adjetivos de segunda classe
masculino nom. acĕ acĕr gen. acrĭ acrĭs dat. acr ī acr ī ac. acrĕ acrĕm abl. acr ī acr ī voc. ĕr ac
feminino
neutro
masculino
acrĭ acrĭs acrĭ acrĭs acr ī acr ī acrĕ acrĕm acr ī acr ī acrĭ acrĭs
acrĕ acrĕ acrĭ acrĭs acr ī acrĕ acrĕ acr ī acrĕ acrĕ
acrē acrēs acriŭ acriŭm acrĭ acrĭ acrē acrēs ( ī ( īs) s) acrĭ acrĭ acrē acrēs
masculino/feminino nom. gen. dat. ac. abl.
fortĭ fortĭs fortĭ fortĭs fort ī fort ī fortĕ fortĕm fort ī fort ī voc. ĭs
neutro fortĕ fortĕ fortĭ fortĭs fort ī ī fortĕ fortĕ fort ī ī fort fortĕ fortĕ
feminino
neutro
acrē acrēs acriă acriă acriŭ acriŭm acriŭ acriŭm bus ĭ bus acr ĭ bus bus acr acrē acrēs ( ī ( īs) s) acriă acriă bus ĭ bus acr ĭ bus bus acr acrē acrēs acriă acriă
masculino/feminino fortē fortēs fortiŭ fortiŭm fortĭ fortĭ fortē fortēs ( īs) īs) fortĭ fortĭ fortē fortēs
neutro fortiă fortiă fortiŭ fortiŭm bus bus ĭ bus fortiă fortiă bus bus ĭ bus fortiă fortiă
fort fort
108
nom. gen. dat. ac. abl.
masculino/femino neutro prudē prudēns prudē prudēns prudĕ prudĕntĭ ntĭs prudĕ prudĕntĭ ntĭs prudĕ prudĕnt ī ī prudĕ prudĕnt ī ī prudĕ prudĕntĕ ntĕm prudē prudēns prudĕ prudĕnt ī ī (ĕ) prudĕ prudĕnt ī ī (ĕ) voc. prud prudē prudēns ēns
masculino/feminino prudĕ prudĕntē ntēs prudĕ prudĕntiŭ ntiŭm prudĕ prudĕntĭ ntĭ prudĕ prudĕntē ntēs ( īs) īs) prudĕ prudĕntĭ ntĭ prudĕ prudĕntē ntēs
neutro prudĕ prudĕntiă ntiă prudĕ prudĕntiŭ ntiŭm bus ĕntĭ ntĭ bus busprud prudĕ prudĕntiă ntiă bus ntĭ bus busprud ĕntĭ prudĕ prudĕntiă ntiă
Pronúncia
A pronúncia do latim tem sofrido, nos muitos países em que é estudado, adaptações às características fônicas da respectiva língua nacional. Essa pronúncia, que se cristalizou no decorrer dos séculos em cada país, é chamada hoje de pronúncia tradicional. No Brasil, tem tido ampla difusão não só a pronúncia portuguesa, mas também, através da Igreja, a pronúncia de influência romana hodierna. Estudos lingüísticos que têm sido realizados, desde o século XIX, pelos comparativistas levaram a reconstituir aquela pronúncia que teria sido a da elite culta de Roma no período clássico de sua literatura (nos dias de Cícero, Horácio, Vergílio); essa pronúncia é conhecida hoje como restaurada ou reconstituída. Traços comuns à pronúncia restaurada e à tradicional portuguesa a) o u semiconsoante de qu e gu soa w de qual; ex.: quis [k w is], quinque [k w ink w e], distinguere [disting w ere]. b) x soa x soa ks de léxico; ex.: lux [luks [ luks], ], dixi [diksi [diksi ], ], nexus [neksus [ neksus]. ]. c) z soa z soa dz de dz de dzeta; ex.: zelus, zephyrus. Particularidades da pronúncia reconstituída a) As vogais breves têm têm timbre aberto: lĕ lĕuis [léwis [léwis], ], mŏ mŏdus [módus [módus]; ]; as longas, timbre fechado: amō amōrem [amôrem [amôrem], ], dē dē bē bēre [dêbêre [dêbêre]. ]. b) Ae e oe, oe, ditongos, soam respectivamente ay de pai (ex.: aequā aequ ālis [ayk w alis], seruae [serway]) serway]) e oy de coisa (ex.: poena [ poyna]). poyna]). c) C, Q e K soam K soam k de cabo (ex.: Cicĕ Cic ĕro [ Kikero [ Kikero], ], accipĕ accip ĕre [akkipere [akkipere], ], caelum [kaylum [ kaylum], ], quem [kwem], em], Kalendae [kalenday [ kalenday]; ]; G soa G soa g de guerra (ex.: gĕ g ĕnus [genus [genus], ], gentes [gentes [gentes]). ]). d) S soa S soa sempre surdo, como s de fossa; ex.: rŏ r ŏsa, formō formōsus, spirĭ spirĭtus. e) V soa V soa w (ex.: uinum [winum [ winum], ], uiuĕ uiu ĕre [wiwere [wiwere]). ]). f) T tem T tem o som de tatu; ex.: iustitĭ iustit ĭa [yustitia], yustitia], natiō natiōnem [nationem [nationem]. ]. g) H é H é sinal de ligeira aspiração; ex.: h ŏmō, hō hōra. Particularidades da pronúncia tradicional portuguesa a) E a) E ee O têm sempre timbre aberto, mesmo quando longos; ex.: br ĕuis, mŏ mŏdus; tō tōtus, uō uōx. b) Ae b) Ae e oe, oe, ditongos, soam respectivamente e de pé (ex.: caelum, seruae) e e de lê (ex.: poena. c) Ti soa Ti soa si de si de palácio (ex.: oratiō orati ō). d) H d) H éé mudo (ex.: homō hom ō).
109
N.B. A Igreja Católica mantém aproximadamente a pronúncia corrente entre os séculos V e VI de nossa era, mas mas com algumas modificações modificações devidas à influência do italiano ( ae, ae, oe = ê, c e g antes de e ou i = i = ch ou tch ou dj ; gn = nh )
Formação de Palavras
A. Substantivos A. Substantivos 1. –(t)or (fem. –trix, –icis), –icis), –(s)or formam nomes que indicam o agente ou o que pratica a ação expressa pelo verbo. uic-tor uic-tor,, –ō –ōris uic-trix uic-trix , – ī – īcis cis can-tor can-tor,, –ō –ōris scrip-tor scrip-tor,, –ō –ōris ama-tor ama-tor,, –ō –ōris defen-sor defen-sor,, –ō –ōris
vencedor vencedora cantor escritor o que ama defensor
< uincĕ uincĕre, sup. uictum
vencer
< canĕ canĕre, sup. cantum < scribĕ scribĕre, sup. scriptum < amā am āre < defendĕ defendĕre, sup. defensum
cantar escrever amar defender
Note: Por extensão do uso, o sufixo é, algumas algumas vezes, acrescentado a nomes para formar outros nomes, como: ianĭ ianĭ-tor gladiā gladiā-tor
o que guarda a porta o que usa a espada
< ianua, –ae < gladius, –i
porta espada
2. –ion, –tion (–sion), –tus (–sus), –t ūra (–sūra), ra), e às vezes –ium – ium,, formam abstratos que indicam a ação expressa pelo verbo, ou, por uma freqüente mudança do significado abstrato para o concreto, o resultado da ação. ac-ti ac-ti ō, –ō –ōnis mis-si mis-si ō, –ō –ōnis can-tus can-tus,, –ū –ūs aduen-tus aduen-tus,, –ū –ūs ui-sus ui-sus,, –ū –ūs scrip-t scrip-t ūra, ra, –ae ton-s ton-sūra, ra, –ae gaud-ium gaud-ium,, –i stud-ium stud-ium,, –i imper-ium imper-ium,, –i iudic-ium iudic-ium,, –i
ação missão canto chegada vista escrita tonsura alegria zelo comando julgamento
< agĕ agĕre, sup. actum < mittĕ mitt ĕre, sup. missum < canĕ canĕre, sup. cantum < aduen ī aduen īre, re, sup. aduentum < uidē uidēre, sup. uisum < scribĕ scribĕre, sup. scriptum < tondē tond ēre, sup. tonsum < gaudē gaudēre < studē studēre < imperā imper āre < iudicā iudic āre
agir enviar cantar chegar ver escrever cortar alegrar-se zelar comandar julgar
Nota: Muitas palavras com o sufixo –t ūra (-sūra) estão estreitamente relacionadas com os nomes de agente em –tor – tor e indicam cargo. quaes-t quaes-t ūra cen-s cen-sūra
questura censura
quaes-tor quaes-tor cen-sor cen-sor
questor censor
3. –men e –mentum, –mentum, a partir de nomes, que indicam ação ou, com bastante freqüência, o resultado de uma ação. flu-men flu-men,, –ĭ –ĭnis frag-men frag-men,, –ĭ –ĭnis frag-mentum frag-mentum,, – ī – ī orna-mentum orna-mentum,, – ī
rio
< fluĕ fluĕre
correr
fragmento ornamento
< frangĕ frang ĕre, sup. fractum < ornā orn āre
quebrar enfeitar
4. –or –or forma abstratos que normalmente indicam um estado físico ou mental.
110
trem-or trem-or,, –ō –ōris cal-or cal-or,, –ō –ōris cand-or cand-or,, –ō –ōris am-or am-or,, –ō –ōris
tremor calor brancura amor
tremer estar quente brilhar de brancura amar
5. –din, –din, –gin formam nomes de significados vários. cupi-d cupi-d ō, –ĭ –ĭnis ori-g ori-gō, –ĭ –ĭnis
desejo origem
desejar originar-se
6. –ŭlum, –b ŭlum, – ŭlum, –brum, –crum e –trum (e também – ŭla, –bŭla, –bra etc.) formam nomes que denotam instrumento ou meios. uinc-ŭlum, lum, –i pa-b pa-bŭlum, lum, –i uehi-c uehi-cŭlum, lum, –I f ā-bŭla, la, –ae delū delū-brum, brum, –i simulā simulā-crum, crum, –i arā arā-trum, trum, –i dolā dolā-bra, bra, –ae
cadeia pastagem veículo fábula templo imagem arado machado
unir pastar transportar dizer purificar simular arar cortar
7. –lus (fem. –la, –la, n. –lum – lum)) e suas várias combinações – ŭlus, –ŏlus, –ellus, –illus, –ullus e – cŭlus formam diminutivos. Eles normalmente seguem o gênero da palavra de que são derivados. porcŭ porcŭ-lus, lus, –i filiŏ filiŏ-lus, lus, –i agel-lus agel-lus,, –i s-cŭlum, lum, –i ōs-c filiŏ filiŏ-la, la, –ae
porquinho filhinho pequeno campo boquinha filhinha
porco filho campo boca filha
8. –ia, –tia, –tat, –tudin, –tut e –tut e por vezes –ium – ium e –tium –tium formam abstratos que indicam qualidade ou condição. miser-ia miser-ia,, –ae audac-ia audac-ia,, –ae duri-tia duri-tia,, –ae ueri-t ueri-t ās, –ā –ātis boni-t boni-t ās –ātis ciui-t ciui-t ās, –ātis magni-t magni-t ūd ō, –ĭ –ĭnis uir-t uir-t ūs, –ū –ūtis sacerdot-ium sacerdot-ium,, –i seruit-ium seruit-ium,, –i
infelicidade audácia dureza verdade bondade cidade grandeza coragem sacerdócio escravidão
infeliz audaz duro vero bom cidadão grande homem sacerdote escravo
9. –ina forma, por vezes, nomes que indicam uma arte ou ofício, ou o lugar em que o ofício é praticado. medic-ī na, na, –ae discipl-ī na, na, –ae doctr-ī na, na, –ae
medicina disciplina ensino
médico discípulo o que ensina
Nota: O sufixo – īna īna é usado em outras formas, em femininos como reg-ī na, na, –ae rap-ī na, na, –ae
rainha roubo
rei roubar
111
10. –ātus denota ofício; –arius, –arius, artesão; –arium –arium,, lugar onde as coisas são guardadas; – ī le, le, lugar para animais. consul-ātus, tus, –us argent-ārius, rius, –i aer-ārium, rium, –i ou-ī le, le, –is
consulado o que troca dinheiro erário curral
cônsul moeda de prata moeda ovelha
B. Adjetivos 1. –ā x e x e algumas vezes –ŭlus formam adjetivos que denotam tendências ou qualidades. aud-ā x , –cis ten-ā x , –cis uor-ā x , –cis bib-ŭlus, a, um cred-ŭlus, a, um
audaz tenaz voraz que bebe bem crédulo
ousar segurar devorar beber crer
2. –ĭ lis lis e –b –bĭ lis lis formam adjetivos que denotam qualidades passivas. frag-ĭ frag-ĭlis, e fac-ĭ lis, lis, e bib-b bib-bĭ lis, lis, e ama-b ama-bĭ lis, lis, e credi-b credi-bĭ lis, lis, e
quebrável fácil bebível amável crível
quebrar fazer beber amar crer
3. –bundus forma adjetivos que têm quase a força de um particípio presente, mas é mais forte; – cundus indica uma característica. mori-bundus, mori-bundus, a, um moribundo ira-cundus, ira-cundus, a, um irascível fa-cundus, fa-cundus, a, um facundo
morrer irritar-se falar
4. –eus, –eus, –aceus, –aceus, e algumas vezes –nus, – nus, –neus, –inus formam adjetivos de matéria. aur-eus, aur-eus, a, um ferr-eus, ferr-eus, a, um ros-aceus, ros-aceus, a, um
áureo férreo feito de rosas
ouro ferro rosa
5. –ōsus e –lentus –lentus formam adjetivos que denotam completude. uerb-ōsus, a, um uin-ōsus, a, um
prolixo embriagado
palavra vinho
bellic-ōsus, a, um opu-lentus, opu-lentus, a, um
belicoso opulento
bélico recursos
6. –tus, –tus, idêntico ao sufixo do particípio passado passivo, está também ligado a raízes nominais, que formam adjetivos com o significado de provido de. barba-tus, barba-tus, a, um cornu-tus cornu-tus
coberto de pêlos provido de chifres
barba chifre
7. –ĭ dus dus forma adjetivos que denotam uma condição. luc-ĭ dus, dus, a, um
luminoso
luz
8. –ernus, –ternus, –urnus, –turnus e –t+++inus –t+++inus formam adjetivos que denotam tempo, a maior parte a partir de advérbios.
112
hodi-ernus, hodi-ernus, a, um hes-ternus, hes-ternus, a, um di-urnus, di-urnus, a, um diu-turnus, diu-turnus, a, um cras-t cras-t ĭ ĭnus, n us, a, um
hodierno de ontem diurno que dura muito tempo posterior
hoje ontem dia durante muito tempo amanhã
9. –ius, –eus, –icus, –icius, –icius, –nus, –anus, –inus, –alis, –ilis, –elis, –aris, –arius formam adjetivos que significam pertencente a, ligado a, derivado de, etc. patr-ius, patr-ius, a, um senator-ius, senator-ius, a, um hostĭ hostĭ-cus, a, um bell-ĭ cus, cus, a, um patr-icius, patr-icius, a, um pater-nus, pater-nus, a, um urb-ānus, a, um can- īnus, īnus, a, um reg-ālis ciu-ī lis lis crud-ē crud-ēlis popul-āris legion-ārius
pátrio senatorial de inimigo bélico de patrício paterno urbano canino real civil cruel popular legionário
de verão
pai senador inimigo guerra nobre pai cidade cão rei cidadão cru povo legião
10. –iuus, –iuus, visto em aest-ī uus uus
verão
era, muitas vezes, acrescentado ao radical do particípio passado, dando origem ao sufixo – tiuus. tiuus. cap-t cap-t ī īuus u us
cativo
capturar
Observe também os nomes dos casos e modos nomina-t nomina-t ī ī uus uus indica-t indica-t ī īuus u us
nominativo indicativo
nomear indicar
11. –ensis –ensis e –iensis –iensis formam adjetivos de palavras que indicam lugar, a maior parte nomes de cidades. castr-ensis castr-ensis Carthagin-iensis Carthagin-iensis
castrense cartaginês
acampamento Cartago
12. Outros sufixos freqüentemente acrescentados a nomes de cidades e regiões são – ās, –ānus, nus, –ī nus nus e –ĭ cus. cus. Rom-ānus, a, um Lat- ī Lat- īnus, nus, a, um Ital-ĭ cus cus Arpin-ās, –ā –ātis
romano latino itálico de Arpino
Roma Lácio Itália Arpino
N.B. –as –as é usado somente com nomes de cidades italianas. Adjetivos que denotam nacionalidade, normalmente, embora nem sempre, terminam em – icus: icus: Gall-ĭ cus cus German-ĭ cus cus
gálico germânico
Gália Germânia
13. Adjetivos derivados de nomes de pessoas normalmente terminam em – ānus ou –iānus. nus.
113
Sull-ā Sull-ānus, a, um de Sula Ciceron-i Ciceron-i ānus, a, um ciceroniano
Sula Cícero
114
115
Bibliografia BIZOS, Marcel. Syntaxe Latine. Paris: Librairie Unibert. 1965. BOUET, Pierre et al. al . Initiation au système de la langue latine. latine . France: Nathan. 1991. CLIMENT, Mariano Bassols de. Sintaxis Latina. Latina. 2 vol. Madrid: CSIC. 1968 ————. Fonética Latina. Latina. Madrid: CSIC. 1967. ERNOUT, Alfred & THOMAS, François. Syntaxe Latine. Latine. Paris: Klincksieck.1953. ERNOUT, A. Morphologie Historique du Latin. Latin . Paris: Klincksieck. Klincksieck. 1953. ERNOUT, A. e MEILLET, A. Dictionnaire étymologique de la langue latine. Paris: Klincksieck. 1959. FARIA, Ernesto. Gramática Superior da Língua Latina. Latina . Rio: Livr. Acadêmica. 1958. ————. Fonética ————. Fonética Histórica do Latim. Latim. Rio: Livr. Acadêmica. 1970. ————. Dicionário Escolar Latino-Português. Latino-Português. Rio: FENAME/MEC. 1982. BETTS, Gavin. Latin (Teach yourself books). Great Britain: Hodder and Stoughton. 1988. GAFFIOT, Félix. Dictionnaire Illustré Latin-Français. Latin-Français. Paris: Librairie Hachette. 1934. GIACOMELLI, Roberto. Storia della Lingua Latina. Roma: Jouvence Soc.Ed. 1993. GILDERSLEEVE, B.L. & LODGE, Gonzalez. Latin Grammar. Grammar. London: Macmillan & Co.Ltd. 1960. GRIFFIN, R.M. Cambridge Latin Grammar. Grammar. Cambridge: University Press. 1992. 1992. GRIMAL, Pierre et al. Gramática Latina. Latina. Trad. e adapt. de Maria Evangelina Villa Villa Nova Soeira. São Paulo: T.A. Queiroz. 1986. HALE, William Gardner & BUCK, Carl Darling. A Latin Grammar. Grammar. USA: University of Alabama Press. 1966. LAKOFF, Robin T. Abstract Syntax and Latin Complementation. Complementation . USA: Massachussetts. 1968. LAVENCY, Marius. VSVS Grammaire Latine. Latine . Description du latin classique en vue de la lecture des auteurs. auteurs . Belgique: Duculot. 1985. LEWIS, Charlton T. An Elementary Latin Dictionary. Dictionary . Oxford: Clarendon Press. 1977. LLORENTE, Victor-José Herrero. La lengua latina en su aspecto prosódico. Madrid: Gredos. 1971. MADVIG, Dr. Iohan Nicolai. Gramática Latina. Latina. Trad. de Augusto Epifânio da Silva Dias. Lisboa: Tip. Renascenç a. 1942. MARTÍNEZ, Eustaquio Echauri. Diccionario Básico Latino-Español, Español-Latino. Barcelona: Biblograff S/A. 1996. MONTEIL, P. Éléments de phonétique et de morphologie du latin . Paris: Fernand Nathan. 1970. MORELAND, Floyd L. & FLEISCHER, Rita. Latin: An Intensive Course. Course . Univ. of California. 1977. PETITMANGIN, H. Grammaire Latine. Latine. France. Ed. Nathan. 1993. SARAIVA, F.R. dos Santos. Novíssimo Dicionário Latino-Português. Latino-Português. 10a. ed. Belo Horizonte: Livraria Garnier. 1993. SWEET, Waldo E. et. al. Latin: A Structural Approach. Approach . Ann Arbor: The University of Michigan Press. 1966. TANNUS, Carlos Antônio Kalil (org.) et. al. O Latim e Suas Estruturas. Estruturas . UFRJ/Fac. De Letras. 1988. V ÄÄ N Ä NEN, NEN, Veikko. Introducción al latín vulgar. vulgar . Trad. do fr. por Manuel Carrión. Madrid: Gredos.
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Metaplasmos [metaplasmo | 1844 < lat. metaplasmus -i < gr. metaplasmós, de metaplásso ‘eu modelo de outra maneira’: “qualquer alteração fonética ocorrida num vocábulo”.]
Sonorização [Passagem das consoantes surdas a sonoras] Síncope
[Perda de um fonema medial de um vocábulo]
Apócope
[Desaparecimento de um fonema em fim de vocábulo]
Crase
[Reunião, numa sílaba de vogal una, de duas vogais iguais em hiato.]
Crase
“É uma das mudanças fonéticas que caracterizam a passagem do português arcaico para a fase moderna, pois naquele permaneciam as vogais geminadas pela síncope de uma consoante sonora sonora intervocálica”. In: CÂMARA Jr., J. Mattoso — Dicionário de Filologia e Gramática. Gramática . J.Ozon + Editor. 1968.
⇒
sal u te- > saúde | XIII (lat. sal ū s - ūtis ‘salvação’; ‘saudação’; ‘saúde’) gutta- > gota | XIII (lat. g ŭtta -ae ‘gota’) ro ta- > roda | XIV XIV (lat. r ŏ ŏ ta ta -ae ‘roda’) co gi t tare > cuidar | XIII (lat. cō g ǐ ǐt t āre < contr. de coagitare ‘pensar’, ‘meditar’; ext. ‘tratar de’) ui t ta-
ta -ae ‘vida’) > vida | XIII (lat. uī ta
lis -e ‘em quem se pode ter confiança’; ‘fiel’) fi d el ele- > fiel | XIII (lat. fid ē ē lis
*fi d āre > fiar 1 | XIII (lat. f ī īd ĕ ĕ d re re ‘confiar’) fil ar are > fiar 2 | XVI (lat. f ī ī l lā re ‘fiar’, ‘fazer em fio’) fil u- > fio | XIII (lat. f ī ī lum lum -i ‘fio’)
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la -ae ‘águia’) aquil a- > águia | XIII (lat. aquǐ la
(lat. leg lis -e ‘relativo às leis’ ) leg leg ale ale - > leal | XIII (lat. XIII (lat. (lat. reg lis -e ‘pertencente ou relativo ao rei ou à reg re g ale ale - > real1 | XIII realeza’ ) existe de fato, fato, verdadeiro’ verdadeiro’ < baixo-l baixo-latim atim re lis -e < res rei reale reale - > real2 ‘que existe ‘coisa’ [Baixo-latim: língua em que escreviam as suas obras os doutos da Idade Média]
le genda - > leenda | XIII > lenda (lat. legenda, pl. neutro do gerundivo legendus,a,um ‘que deve ser lido’) re ‘reunir’; ‘escolher’; ‘ler’) *le gē re > ler | XIII (lat. l ĕ ĕ g ĕ ĕ re
po pul u- > poboo | XIII > povo (lat. pŏ pŭlus -i ‘povo’) si g gill u- > sseello | XIII, seelo | XIII > selo (lat. sigillum -i‘marca pequena’, ‘sinalzinho’) col or ore- > coor | XIII, color | XIII > cor | XIII (lat. color - ōris sm ‘cor’)
voar | XIII XIII (lat (lat.. u l re ‘voa ‘voar’ r’)) u ol ar l are e > voar dol er ere > doer | XIII (lat. d ŏ ŏl ē l ē re re ‘sentir dor’) dol or ore- > door | XIII [dolor | XIV] > dor | XVI (lat. dolor -ōris ‘dor’) dol orosu orosu- > dooroso | XIII; XIII; doloroso | XVI (lat. dol ōr ō sus,a,um ‘doloroso’) pol ire ire > puir | 1813, forma divergente de polir (lat. pŏ l lī ī re re ‘nivelar’; ‘limar’) lī ī re re ‘saltar’; ‘sair’) sal ire ire > sair | XIII (lat. sǎ l “A queda de -l - medial constitui um dos característicos fonéticos do português. Na opinião de Cornu, deu-se no correr do século XII”. In Coutinho, op. cit., p. 114
ui d d er ere > * veder > veer > ver | XIII
d ē re ‘ver’) (lat. uǐ d ē re
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l ātium -i ‘residência imperial’, ‘palácio’) pal a tiu- > paaço | XIII > paço | XVI (lat. pǎ l [“A forma paço, já documentada no port. med., é de uso comum no port. mod., embora com pequena restrição semântica, visto que só se emprega para designar o ‘palácio real’”] In: CUNHA, A.G. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Rio: Nova Fronteira. 1996.
ui d d i >
a vi ( uī d ē re d ī ī: 1 . pess. sg. do pret. perf. ind. do v. uǐ d d ē re)
cru d u- > cruu | XIII, cru | XIII (lat. cr ūdus,a,um ‘cru’; ‘verde’; ‘duro’, ‘cruel’) cru d el ele- > cruel | XIII (lat. cr ūd ē ēlis l is -e < lat. cr ūdus,a,um ‘duro’, ‘cruel’) su d or ore- > suor | XIV (lat. sūdor - ōris ‘transpiração’, ‘suor’) ma cul a- > mágoa | XV, XV, forma divergente de mácula | XVI (lat. mǎ cŭla -ae ‘mancha’, ‘nódoa’, ‘marca’) fi cu- > figo | XIII (lat. f ī īcus c us -i ‘figo’) ne bul a- > névoa (lat. nĕ bŭla -ae ‘nevoeiro’) ra d i ce cis ‘raiz’; ‘tronco’) ce- > raiz | XIII (lat. r ādix - ī cis nu d u- > nuu | XIII, nua f. | XIII (lat. nūdus,a,um ‘nu’, ‘despido’) pe d e- > pee | XIII, pé | XIII (lat. pē s pĕ dis dis ‘pé’) se d ere ere > ser | XIII (lat. sĕ d ē dē re re ‘estar sentado’, ‘assentar’. Da idéia original de ‘estar sentado’, o latim
passou à de ‘estar’ e, daí, à de ‘ser’)
se d e- > séé | XIII ‘jurisdição episcopal’ > sé [sede | XV] (lat. sē des onde alguém pode des -is ‘orig . lugar onde
sentar-se’) to tu- > todo | XIII (lat. t ōtus,a,um ‘todo’, ‘inteiro’) mu tu- > mudo | XIII (lat. mūtus,a,um ‘mudo’) re te- > rede | XIII (lat. r ē ēte t e -is (n) ‘rede’, ‘laço’) hospi te- > hóspede | XIII (lat. hospĕ s - ǐ tis tis ‘hóspede’, ‘estrangeiro’) uirtu te-
> virtude virtude | XIII (lat. uirt ū s - ūtis ‘coragem’; ‘virtude’)
gu tta- > gota | XIII (lat. g ŭtta -ae ‘gota’) Rydberg, citado por Grandgent, verificou-se no século V e princípios do VI”. In: [-t- > -d- ] -> “Esta sonorização, segundo Rydberg, Coutinho, op. cit., p. 116.]
lu pu- > lobo | XIII (lat. l ŭ pus -i‘lobo’) sa pore- > sabor | XIII (lat. sǎ por -ōris ‘sabor’; ‘cheiro’)
*sa pēre > saber | XIII (lat. sǎ pĕ re re ‘ter sabor’; ‘ter o cheiro de’; ‘saber’, ‘conhecer’) VI”. In: Coutinho, op.cit., op.cit., p.116] [-p- > -b- ] -> “Esta permuta parece que se deu no século V e VI”.
pe cca tu- > pecado | XIII (lat. peccātum -i ‘falta’)
pecar | XIII (lat. (lat. pecc re ‘cometer uma falta’ ) pecc pe cc are are > pecar
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vaca | XIII (lat. uacca -ae ‘vaca’) ua cca- > vaca se care > segar | XIII (lat. secāre ‘cortar’, ‘separar’)
secar | XIII XIII (lat. (lat. sicc sicc re ‘secar’) sicc si cc are are > secar formi c ca -ae ‘formiga’) ca- > formiga | XIII (lat. formī ca cus -i ‘amigo’) ami c cu- > amigo | XIII (lat. amī cus
si cc seco | XIII (lat. sǐ ccus,a,um ccus,a,um ‘seco’, ‘enxuto’) ccu- > seco bu cca- > boca | XIII (lat. bŭcca -ae ‘boca’) [“As consoantes geminadas latinas, no interior das palavras, reduzem-se a consoantes simples, em português”. In Coutinho, op. cit. p. 120]
la cu- > lago | XIII (l ǎ ǎcus c us -us ‘lago’) a cu tu- > agudo | XIII (lat. acūtus,a,um ‘pontudo’, ‘agudo’) ci t to > cedo | XIII (lat. cǐ to to ‘depressa’) tum -i ‘lugar retirado’, ‘retiro’, ‘solidão’) secre tu- > segredo | XIV (lat. secr ē ē tum
se curu- > seguro | XIII (lat. secūrus,a,um ‘tranqüilo’)
t at e t e- > segu seguri rida dade de | XV (lat (lat.. sec sec r tas tas - tis tis ‘tranqüilidade’) sec se c ur ur it a llus -i ‘cabelo’) ca pill u- > cabelo | XIII (lat. capǐ llus
stu ppa- > estopa | XIV (lat. st ŭ ppa -ae‘estopa’) de ce- > dez | XIII (lat. d ĕ ĕ cem cem ‘dez’)
paz | XIII XIII (lat (lat.. p x p cis ‘paz’) pace pace - > paz lu ce- > luz | XIII (lat. l ū x l ūcis ‘luz’) a cetu- > azedo | XIII (lat. acē tum tum -i (n) ‘vinagre’) ui ce cis ‘vez’) ce- > vez | XIII (lat. (uǐ x) uǐ cis N.B. Modificações por que passou passou o fonema k : lat. cl. k > lat. vulg. ts > dz > port. z.
Síncope da nasal e sonorização me nsa- > mesa | XIII (lat. mensa -ae ‘mesa’) me nse- > mês mês | XIII (lat. mensis -is ‘mês’) pe nsare > pesar | XIII (lat. pensāre ‘pesar’; ‘examinar’) spo nsa- > esposa | XIII (lat. sponsa -ae‘esposa’) defe nsa- > defesa | XV (lat. defensa -ae ‘defesa’)
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te nsu- > teso | XIV, forma divergente de tenso |1858 (lat. tensus,a,um ‘estendido’, ‘esticado’) Nasalação ou nasalização [Passagem de um f onema oral a nasal] mi > mim (lat. mī /mihi /mihi, dativo de ego ‘eu’) us, mĕ a, a, mĕ um um ‘meu’) mea- > m ĩ a | XIV > minha (lat. mĕ us,
nid uu- > n ĩ o > ninho | XIV : queda do –d , nasalação do i e posterior palatalização (lat. nī dus dus -i ‘habitação das aves’) num -i ‘vinho’) uinu- > v ĩ o > vinho | XIII (lat. uī num
u na- > ũa | XIII > uma | XVI (lat. ūnus,a,um ‘um, uma’) ne (LV) > ne > nem (lat. nĕ c ‘nem’) mul tutu- > muito > muito | XIII (lat. multus,a,um ‘numeroso’) Se ambas as vogais eram semelhantes e a primeira tônica, a ressonância nasal se mantinha e as vogais se contraíam:
nus,a,um ‘bom’) bonu- > bõo | XIII > bom | XIV (lat. bŏ nus,a,um
la na- > lãa | XIII > lã | XVI (lat. l āna -ae ‘lã’) a. te nes > tẽes > tens tens (t ĕ ĕ nē ĕ nē re s: 2 pess. sg. do pres. ind. do verbo lat. t ĕ re ‘ter’)
“A nasalação produzida pelo n intervocálico é um dos principais característicos fonéticos do português”. [In: COUTINHO, Ismael de Lima. Pontos de Gramática Histórica . Rio: Ao Livro Técnico. 1978, pág. 115] “No curso do século X, o n intervocálico nasalizou a vogal precedente precedente e caiu”. In: WILLIAMS, Edwin B. Do Latim ao Português . Antônio Houaiss. Houaiss. RJ: TB. 1975. Fonologia e Morfologia Históricas da Língua Portuguesa . Trad. de Antônio
Desnasalação [Perda da qualidade nasal de um fonema, que assim se torna puramente oral.] persona- > pess õa | XIII > pessoa | XIV (lat. persōna -ae ‘máscara’; ‘pessoa’) bona- > bõa > boa | XIII (lat. bŏ nus,a,um nus,a,um ‘bom’) corona- > cor õa > coroa | XIII (lat. cor ōna -ae ‘coroa’) luna- > lũa | XIII > lua | XIV (lat. l ūna -ae ‘lua’) re ‘segurar’; ‘ter’) tenere > tẽ er er > teer | XIII > ter | XIII (lat. tenē re
anellu- > ã elo elo > aelo > eelo > elo (lat. anĕ llus llus -i ‘anel’) tenebras > tẽ evras evras > teevras > tevr as as > trevas (lat. tenĕ brae brae - ārum ‘trevas’) Metátese [Transposição de um fonema dentro de um vocábulo]
iça > preguiça | XIV (lat. pigritia -ae ‘preguiça’) pigritia- > pegr iça tenebras > tẽ evras> evras> teevras > tevr as as > trevas (lat. tenĕ brae brae -ārum ‘trevas’) fenestra- > feest r a | XIII > fresta | XV XV (lat. fenestra -ae‘janela’, ‘fresta’) sempe r > sempre | XIII (lat. semper ‘sempre’) supe r > sobre | XIII (lat. sŭ per ‘sobre’)
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inte r > entre | XIII (lat. inter ‘entre’) ca pio > *cabio > caibo (lat. capio : 1a. pess.sg. do pres. ind. do v. capĕ re re ‘pegar’)
primariu- > *primairo > primeiro | XIII (lat. primārius,a,um ‘primeiro’) Vocalização [Mudança fonética que consiste na passagem de uma consoante a vogal.] do ctu- > douto (lat. d ŏ ŏctus,a,um c tus,a,um ‘instruído’) se cta- > seita seita | XIII (lat. secta -ae ‘partido’, ‘escola’) le ctore- > leitor (lat. lector -oris ‘leitor’) dire ctu- > lat. vulg. derectu > direito (lat. directus,a,um ‘colocado em linha reta’, ‘reto’) a ctu- > auto | XIV (lat. āctum -i ‘ação’) la cte- > leite | XIII (lat. lac lactis ‘leite’) le ctu- > leito | XIII (lat. l ĕ ĕ ctus ctus -i ‘leito’, ‘cama’) fa ctu- > *f aito > feito (lat. factus,a,um ‘feito’) al teru- > autru > outro | XIII (lat. alter,a,um ‘outro’) a bsentia- > ausência ausência | XV (lat. absentia -ae ‘ausência’)
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Consonantização [Transformação de um fonema vocálico num consonantal; esse fenômeno ocorre com as semivogais i e u.] ia[m]
> já (lat. iam ‘já’)
ieiunu- > jejum | XVI (lat. ieiūnus,a,um ‘que está em jejum’)
Hieronymu - > Jerônimo (lat. Hieronymus -i) iustu-
> justo | XIII (lat. iustus,a,um ‘justo’)
uagare >
vagar | XV (lat. uag āre ‘vaguear’)
*uiuēre > viver | XIII (lat. uiuĕ re re ‘viver’) Assimilação [Aproximação ou perfeita identidade de dois fonemas, resultante da influência que um exerce sobre o outro; regressiva – o fonema assimilador está depois; progressiva – o fonema assimilador está antes; total/parcial ]
pal umba umba- > p aomba | XIII > poomba XIII > pomba (lat. palumba -ae‘pomba’) cal ente ente- > caente | XIII > queente XIV > quente | XIV (lat. calens -entis, part. pres. de cal ē ēre r e ‘estar quente’) fa ctu- > * f aito > feito (lat. factum -i‘feito’, ‘ação’) auru-
> ouro | XIII (lat. aurum -i ‘ouro’)
p aucu- > pouco | XIII (lat. paucus,a,um ‘pouco numeroso’) r aucu- > rouco (lat. raucus,a,um ‘rouco’) t auru- > touro | XIII (lat. taurus -i ‘touro’) p ausare > pousar | XIII (lat. paus āre ‘cessar’, ‘parar’) pe rsicu- > pêssego | XV (lat. persǐ cum cum -i (mālum) ‘pêssego’) [O pêssego veio da Pérsia para Roma] pe rsona- > pessõa | XIII > pessoa | XIV (lat. persōna –ae ‘máscara’; ‘personagem’; ‘pessoa’) i p pse > esse | XIII (lat. ǐ pse ‘ele mesmo’) ve rlo > vell o > vê-lo pe rlo > pell o > pelo | XIII
Dissimilação [Diversificação ou queda de um fonema por já existir um fonema i gual ou semelhante no mesmo vocábulo.] rotundu- > r odondo > r edondo (lat. rot ŭndus,a,um ‘redondo’) tonsoria- > tosoira > tesoira | XIV (lat. t ōnsōrius,a,um ‘que serve para cortar’) locusta- > logosta > lagosta | XVI (lat. locŭ sta -ae ‘gafanhoto’; ‘lagosta’)
arado | XVII XVII (lat. (lat. ar trum trum -i ‘instrumento agrícola para lavrar a r atr r u ar at u - > arado terra’) rost ru-
> rosto | XIII (lat. r ō strum -i‘bico (de ave)’)
ma -ae ‘sopro’; ‘respiração’; ‘alma’) a ni m ma- > alma | XIII (lat. anǐ ma
123
m em orare orare > * memrar > membrar | XIII > nembrar | XIII > lembrar | XV (lat. memor re ‘memorar’, ‘memorar’, ‘recordar’) ‘recordar’) parabola- > par avra avra > palavra | XIII (lat. pǎ r ǎ ŏ la rǎ b la -ae ‘parábola’)
Apócope [ Se o e era o som final da palavra em latim vulgar e era precedido por um
l,n,r,s
ou c ou pelo grupo t + i, então ele
caía.]
male > mal | XIII (lat. male ‘mal’) sole- > sol | XIII (lat. sōl sōlis ‘sol’) nis ‘homem’) homine > ome | XIII (lat. homō -ǐ nis
cane- > cam | XIII (lat. canis -is ‘cão’) nit : 3a. pess. sg. do pres. ind. do v. uĕ nire nire ‘vir’) ueni t > vem (uĕ nit
commun e- > comu | XIV , comum comum | XIV (lat. commūnis -e ‘comum’) quaeri t > quer (quaerit : 3a. pess. sg. do pres. do ind. do v. quaer ĕ ĕ re re ‘procurar’) mense- > mês | XIII (lat. mensis -is ‘mês’) ǎcit ǎ cĕ re f ǎ c it : 3a. pess. sg. do pres. do ind. do v. f ǎ re ‘fazer’) faci t t > faz ( f
feci t t > fez ( f ē cit : 3a. pess. sg. do perf. do ind. do v. f ǎ re ‘fazer’) ē cit ǎc ĕ re au t > ou | XIII (lat. aut ‘ou’) e t > e | XIII (lat. et ‘e’) a d > a | XIII (lat. ad ‘para’, ‘a’)
*cosēre > coser | XIII (lat. consuĕ re re ‘coser’) re ‘cozinhar’) cocēre (LV) > cozer | XIII (lat. coquĕ re
N.B.:
centu- > cento > cem (lat. centum ‘cem’)
dominu - > donno > dom | XIII (lat. domǐ nus nus -i ‘senhor’) grande - > grande > grão | XIV (usado apenas em nomes compostos) compostos) (lat. grandis -e ‘grande’) sanctu- > santo | XIII > são (lat. sanctus,a,um ‘santo’) ille > ele > el (arcaico) multu- > muito > mui | XIII XIII (lat. multum ‘muito’)
Algumas formas apocopadas são encontradas apenas em expressões estereotipadas, algumas apenas em topônimos: bellu- > bel ‘a bel prazer’ (lat. bellus,a,um ‘belo’)
Abrandamento [chamado também de degeneração]
124
-b- > -vca ball u- > cavalo | XIII (lat. caballus -i ‘cavalo ruim’) ha bere > haver (lat. habē re re ‘ter’, ‘possuir’) re ‘dever’) de bere > dever | XIII (lat. d ē ē bē re
Metafonia [Mudança de timbre da vogal de uma raiz ou de um sufixo lexical por assimilação à vogal do sufixo flexional. A metafonia ocorreu em português pela influência do a e do o finais sobre o e e o o tônicos.]
iocu-
> jogo | XIII (lat. iŏ cus cus -i ‘gracejo’; ‘divertimento’)
f ocu- > fogo | XIII (lat. f ŏ c us -i ‘fogo’) ŏcus p orcu- > porco | XIII (lat. pŏ rcus rcus -i ‘porco’) uus,a,um ‘novo’) n ouu- > novo | XIII ( lat. nŏ uus,a,um
form osa- > formosa (lat. formō sus,a,um ‘formoso’) p opul u- > poboo | XIII > povo (lat. pŏ pulus -i ‘povo’) metu- > medo | XIII (lat. mĕ tus tus -us ‘medo’) ista- > esta | XIII (lat. ǐ sta ‘essa’)
h ora- > hora | XIV (lat. hōra -ae ‘hora’) a pŏ sui ‘1 pess. sg. do pret. perf. do ind. do v. pōnĕ re re ‘pôr’) posui > pousi > posi > pus ( p
t otu- > tudo | XIII (lat. t ōtus,a,um ‘todo’) a fe ci > f ezi > fizi > fiz ( f ē ci ǎc ĕ re f ē ci ‘1 pess. sg. do pret. perf. do ind. do v. f ǎ re ‘fazer’)
Aférese [Perda de um fonema inicial] enamorar | XIII < en + amor + ar > namorar | XIII horologiu- > rologio > relógio (lat. hor ŏ ŏl ŏ l ŏ gium -i ‘relógio’) insania- > sanha | XIII (lat. insānia -ae ‘loucura’, ‘desatino’)
Epêntese [Desenvolvimento de um fonema no interior do vocábulo] a. credo > creo > creio (lat. cr ē ē do ē d ĕ re do ‘1 pess. sg. pres. ind. do v. cr ē d ĕ re ‘crer’)
frenu- > freo | XIII > freo XIII > freio | XIV humeru - > *omro > ombro | XIII (lat. humĕ rus rus -i ‘ombro’) memorare > *memrar > membrar | XIII nembrar | XIII > lembrar | XV (lat. memŏ r rā re ‘lembrar’) ingenerare > *engenrar > engendrar | XIV (lat. ingener āre ‘fecundar’)
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a. r e ‘ouvir’) audit > ouve (audit 3 pess. sg. do pres. ind. do v. aud ī īre
laudat > louva (3a. pess. sg. do pres. ind. do v. laud āre ‘louvar’) N.B. A epêntese especial que consiste em desfazer um grupo de consoantes pela intercalação de uma vogal chama-se anaptixe ou [anaptixe < gr. ana ‘idéia de inversão’; ptix ‘dobra’, ‘dobra’, i.e. ‘desdobramento’ | suarabácti < sânscrito suara ‘vogal’, raiz verbal para ‘dividir’, ‘-ti’, sufixo.]
suarabácti:
*kruppa (germ.) > *grupa > garupa | XVII blata- > *bratta > barata | XVI (lat. blatta -ae ‘traça’)
“No português moderno há anaptixe nos grupos consonânticos em que o segundo elemento é oclusiva ou constritiva ou nasal, criando-se vogal reduzida que faz do primeiro elemento uma consoante crescente e, na língua popular do Brasil, passa a vogal plena (cf. adevogado por advogado, advogado, peneu por pneu etc.) ” . In: CÂMARA JR., J. Mattoso, op. cit. Paragoge ou Epítese [Acréscimo de um fonema no final de um vocábulo] ante > antes | XIII (lat. ante ‘antes’) chic (fr.) > chique | 1873 beef (ing.) > bife | 1844 club (ing.) > clube film (ing.) > filme | XX kiosk (fr.) > quiosque
Prótese/Próstese [Acréscimo de um fonema no início de um vocábulo]
estar | XIII XIII (lat. (lat. st re ‘estar de pé’) stare > estar scutu- > escudo | XIII (lat. scūtum -i ‘escudo’) splendidu- > esplêndido | 1813 (lat. splend ǐ ǐdus,a,um us,a,um ‘brilhante’) d
História da Língua Portuguesa “O português primitivo: Foi durante o domínio árabe que se acentuaram as características distintivas dos romances peninsulares. Na região que compreendia a Galiza e a faixa lusitana entre o Douro e o Minho constituiu-se uma unidade lingüística particular que conservaria relativa homogeneidade até me ados do século XIV – o galego-português . O galego-português, provavelmente, teria contornos definidos desde o século VI, mas é só a partir do século IX que podemos atestar a sua existência através de palavras que se colhem em textos de latim bárbaro [Chama-se latim bárbaro a língua dos documentos forenses da Idade Média, em que, no texto latino, se inserem vocábulos do romance regional].
Datam do século XIII os primeiros documentos que chegaram até nós integralmente redigidos em galego-português. Inicia-se então a fase propriamente histórica de nossa língua, que, como todo idioma dotado de vitalidade, não se tem mantido uniforme nem no tempo, nem no espaço. Baseando-nos em parte numa conhecida periodização proposta pelo sábio lingüista José Leite de Vasconcelos, distinguiremos as seguintes etapas na evolução do latim ao português atual: a latim lusitânico, língua falada na Lusitânia, desde a implantação do latim até o século V;
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b romance lusitânico , língua falada na Lusitânia, do século VI ao século IX, da qual, como da fase anterior, não temos nenhum documento escrito; c português proto-histórico , língua falada na Lusitânia, do século IX até fins do século XII, e da qual podemos vislumbrar algumas características nas palavras intercaladas em textos do latim bárbaro; d português arcaico, que vai de princípios do século XIII (1211?) até a primeira metade do século XVI, quando a língua começa a ser codificada gramaticalmente [A primeira gramática de nossa língua – A Grammatica da lingoagem portuguesa, de Fernão de Oliveira – foi publicada em 1536]; e português moderno , que se estende da segunda metade do século XVI até os dias que correm. Os períodos arcaico e moderno da língua portuguesa comportam subdivisões, como reconhecia o próprio Leite de Vasconcelos.
Parece-nos particularmente aconselhável distinguir duas épocas no período compreendido entre o século XIII e a primeira metade do século XVI; uma, a do português arcaico propriamente dito, que abarcaria a língua dos séculos XIII e XIV; outra, a do português médio, que iria do século XV a fins da primeira metade do século XVI e representaria a fase de transição entre a antiga e a moderna do idioma”. In: CUNHA, Celso Ferreira da. Gramática da Língua da Língua Portuguesa . Rio: MEC. 1979.
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