SENAI DIRETOR JOÃO ROBERTO ROBERTO CAMP CAM PANER COORDENADOR ROSIVALDO ROSIVALDO CATÃO CATÃO CUSRO TÉCNICO DE MECÂNICA INDÚSTRIAL
Escola SENAI “Roberto Simonsen”
Curso Técnico de Mecânica
Peterson Pires Pereira Rodrigo Rodrigues Thiago Santos Silva Wilson Santos
28 X 33 X
Turma 3DM
RELATÓRIO LEVANTAMENTO DE CARGAS
São Paulo 28/04/2010
Índice MOVIMENTAÇÃO MECÂNICAS DE CARGAS ......................................................................... 3 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3 Classificação dos Sistemas de Movimentação de Cargas ............................................................. 3 Classificações empíricas .............................................................................................................. 3 Classificação baseada na carga nominal ................................................................................... 4 Classificação baseada na F.E.M. .............................................................................................. 4 PRINCIPAIS RISCOS DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS ........................... 5 Gruas, pontes rolantes, guinchos, diferenciais e outros aparelhos de elevação .............................. 5 Transportadores pneumáticos, por gravidade, de correia, de cadeias, de rolos e de parafusos sem fim. ............................................................................................................................................. 6 Carros de transporte mecânico e manual - empilhadores e carros de mão ..................................... 7 NOÇÕES BÁSICAS DE AMARRAÇÃO, SINALIZAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS. 8 Introdução....................................................................................................................................... 8 Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.) .............................................................................. 9 Proteção da Cabeça ................................................................................................................. 9 Proteção dos Pés...................................................................................................................... 9 Proteção das Mãos................................................................................................................... 9 Tabelas de Cargas .................................................................................................................... 9 Cronograma Ideal para uma Movimentação .............................................................................. 10 Acessórios do Movimentador .................................................................................................... 11 A Carga: Peso e Centro de Gravidade ........................................................................................ 11 Qual a Linga para Qual Aplicação? ........................................................................................... 13 Cordas....................................................................................................................................... 14 Como diferenciar as diversas fibras: ...................................................................................... 14 Cabos de Aço ............................................................................................................................ 15 Laços ............................................................................................................................................ 20 Cintas........................................................................................................................................ 22 Para utilização de cintas existem algumas regras especiais..................................................... 24 Formas de Levantamento....................................................................................................... 25 Correntes para Lingas ............................................................................................................ 25 Correntes Soldadas ................................................................................................................ 25 Correntes Forjadas................................................................................................................. 25 Lingas de Correntes ............................................................................................................... 26 Lingas Combinadas ............................................................................................................... 27 Capacidade de Carga das Lingas............................................................................................ 28 Exemplos de Tabelas ............................................................................................................. 30 Modos de Movimentação ...................................................................................................... 35 Como se Assegurar que a Carga não se Solte ............................................................................. 39 Comunicação entre Operador e Movimentador.............................................................................. 43 Sinais Visuais ................................................................................................................................ 45 Finalização da Movimentação ............................................................................................... 50 Acessórios..................................................................................................................................... 50 Sapatilhas protetoras tipo pesado ........................................................................................... 50 Sapatilhas compactas............................................................................................................. 51 Estribos protetores especiais .................................................................................................. 51 Anéis tipo pêra ...................................................................................................................... 51 Anelões ................................................................................................................................. 51 Ganchos forjados com olhal .................................................................................................. 52
Ganchos corrediços ............................................................................................................... 52 Manilhas forjadas .................................................................................................................. 52 Grampos pesados .................................................................................................................. 52 Soquetes abertos.................................................................................................................... 53 Soquetes fechados ................................................................................................................. 53 Soquetes de cunha ................................................................................................................. 54 Esticadores forjados .............................................................................................................. 54 Garras ................................................................................................................................... 55 Fixação de Cabos de Aço, Correntes e Cordas ....................................................................... 55 Ponte rolante ................................................................................................................................. 56 Componentes ............................................................................................................................ 56 Ponte ..................................................................................................................................... 56 Cabeceiras ............................................................................................................................. 57 Viga(s) .................................................................................................................................. 57 Carro da tralha....................................................................................................................... 57 Trolley................................................................................................................................... 58 Talha ..................................................................................................................................... 58 Caminho de rolamento .............................................................................................................. 58 Tipos de equipamentos .......................................................................................................... 58 Controle dos movimentos .......................................................................................................... 60 Botoeira pendente.................................................................................................................. 60 Controle remoto .................................................................................................................... 60 Cabine................................................................................................................................... 61 Referências ............................................................................................................................... 62
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MOVIMENTAÇÃO MECÂNICAS DE CARGAS INTRODUÇÃO A movimentação de cargas compreende as operações de elevação, transporte e descarga de objectos, que pode ser efectuada manualmente ou com recurso a sistemas mecânicos. A movimentação mecânica de cargas permite que, de um modo planeado e seguro, e com recurso a um determinado conjunto de materiais e meios, se movimentem cargas de um determinado ponto para outro. Esta operação compreende as seguintes fases: - elevação (ou carga); - manobra livre (ou movimentação); - assentamento (ou descarga).
Classificação dos Sistemas de Movimentação de Cargas Os sistemas de movimentação mecânica de cargas são normalmente classificados de três formas diferentes: - Classificações empíricas - Classificação baseada na carga nominal - Classificação baseada na F.E.M. ( Federação Europeia de Movimentação )
Classificações empíricas Os sistemas seleccionados para o desempenho das mais variadas operações estão dependentes de muitos factores. Os equipamentos de movimentação serão bem escolhidos se obtivermos, relativamente às diversas fases de operação (elevação, manobra livre e assentamento), respostas às seguintes questões: - O quê? - Onde? - Quando? - Como? - Durante? - A carga a movimentar é estudada em todas as suas características que devem incluir o nome do material constituinte, a sua composição química, estado físico, forma, capacidade, textura, tipo de embalagem, dados de segurança, etiquetas de aviso de perigo, número de embalagens e massa total. O quê ?
Onde ?
- É necessário conhecer, com precisão, o local da carga e descarga.
Quando ?
- A data e a hora, assim como as condições meteorológicas nos locais de carga e
4 descarga. Como ? – É
necessário que durante a operação, se tenham em conta os documentos oficiais necessários, tais como, licenças para o transporte ou eventual necessidade de acompanhamento de autoridades oficiais. - Quanto tempo será necessário para efectuar o transporte e quais os meios humanos e equipamentos necessários.
Durante ?
Em resumo, os principais factores a ter em consideração são os seguintes: - Tipo e características da carga; - Tipo e importância da intervenção humana; - Nível da inclusão de meios auxiliares de movimentação; - Tipo e importância da participação de meios mecânicos; - Tipos de energias associadas ao sistema de movimentação de carga; - Tipo e importância da inclusão de meios de comando; - Tipo e importância da inclusão de sistemas inteligentes; - Ritmos e cadências do sistema de movimentação das cargas. Classificação baseada na carga nominal
Os sistemas de movimentação de cargas incluem no seu grupo os aparelhos que elevam e movimentam cargas cujas massas estão abrangidas pelos limites das suas capacidades nominais. Foi feita uma classificação geral dos aparelhos de elevação e movimentação baseada na NP 38471992 que estabelece a gama de cargas nominais. Com base nesta classificação, entende-se por carga nominal, carga máxima de elevação ou capacidade de carga a carga máxima que o aparelho de elevação pode suspender. Esta classificação dá uma primeira indicação da capacidade de um aparelho de elevação. Classificação baseada na F.E.M. Esta classificação é baseada na “Terminologia Ilustrada dos Aparelhos de Elevação de Série “ que a
F.E.M. (Fédération Européenne de la Manutention) publicou em 1960, que após várias edições, possui actualmente as seguintes Secções:
Secção I - Aparelhos pesados de elevação e movimentação Secção II - Transportadores contínuos Secção III - Transportadores aéreos ( Teleféricos ) Secção IV - Empilhadores Secção V - Gruas móveis Secção VII - Elevadores, escadas rolantes e tapetes rolantes Secção IX - Aparelhos de elevação série Secção X - Equipamentos e processos de armazenagem O quadro seguinte dá-nos uma ideia do tipo de equipamentos pertencentes a cada uma destas secções.
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PRINCIPAIS RISCOS DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS Gruas, pontes rolantes, guinchos, diferenciais e outros aparelhos de elevação Todos os elementos da estrutura, mecanismo, fixação e acessórios dos aparelhos de elevação devem ser de boa construção, de materiais apropriados e resistentes, e ser mantidos em bom estado de conservação e funcionamento. Os ganchos dos aparelhos de elevação devem estar munidos de dispositivos de segurança que impeçam a fuga do cabo de suspensão. Os aparelhos de elevação accionados electricamente devem ser equipados com limitadores de elevação que cortem automaticamente a corrente eléctrica quando a carga ultrapassar o limite superior do curso que lhe está fixado. Os guinchos dos aparelhos de elevação devem ser concebidos de modo a que a descida das cargas se faça com o motor embraiado e não em queda livre. Todos os aparelhos de elevação devem ser providos de freios calculados e instalados de maneira a poder suportar eficazmente uma carga que atinja, pelo menos, vez e meia a carga autorizada. Os órgãos de comando devem ser colocados em locais de fácil acesso, indicar claramente as manobras a que se destinam e ser protegidos contra acionamento acidental Em cada aparelho de elevação accionado automaticamente deve-se apresentar, de forma bem visível, a indicação da carga máxima admissível. Deve ser fixada junto do condutor, assim como na parte inferior do aparelho, a indicação dos seus limites de emprego, tendo em conta, especialmente, o valor e posição do contrapeso, a orientação e inclinação da lança, a carga levantada em função do vão e a velocidade do vento compatível com a estabilidade. A estabilidade e a ancoragem de gruas e pontes rolantes que trabalham ao ar livre devemser asseguradas tendo em atenção as mais fortes pressões do vento, segundo as condições locais e as solicitações mais desfavoráveis resultantes das manobras de carga. Nas extremidades dos caminhos de rolamento de aparelhos de elevação sobre carris devem existir
6 dispositivos de paragem. A elevação e transporte de cargas por aparelhos de elevação devem ser regulados por um código de sinalização que comporte, para cada manobra, um sinal distinto feito, de preferência, por movimentos dos braços ou das mãos, devendo os sinaleiros ser facilmente identificáveis à vista. Os aparelhos de elevação devem ser inspeccionados e submetidos a prova por pessoa competente aquando da sua instalação e recomeço de funcionamento após paragem prolongada ou avaria. Os aparelhos de elevação devem ser examinados diariamente pelo respectivo condutor e inspeccionados periodicamente por qualquer outra pessoa habilitada, variando o período que decorre entre as inspecções dos diferentes elementos com os esforços a que estejam submetidos. Os cabos, correntes, ganchos, lingas, tambores, freios e limitadores de curso devem ser examinados completa e cuidadosamente, pelo menos, uma vez por semana. Os condutores dos aparelhos de elevação devem evitar, tanto quanto possível, transportar as cargas por cima dos trabalhadores e dos locais onde a sua eventual queda possa constituir perigo. Quando seja necessário deslocar, por cima dos locais de trabalho, cargas perigosas, tais como metal em fusão ou objectos presos a electroímanes, deve lançar-se um sinal de advertência eficaz, a fim de alertar os trabalhadores para abandonarem a zona perigosa. Os condutores dos aparelhos de elevação não os devem deixar sem vigilância quando estiver suspensa uma carga.
Transportadores pneumáticos, por gravidade, de correia, de cadeias, de rolos e de parafusos sem fim. Os elementos carregadores dos transportadores devem ser suficientemente resistentes para suportarem, com toda a segurança, as cargas previstas. O conjunto do mecanismo de transporte deve ser construído de maneira a evitar o risco de esmagamento entre os órgãos móveis e entre estes e os órgãos ou objectos fixos Os transportadores aéreos de acesso frequente devem ser providos de passadiços ou plataformas estabelecidos em todo o seu comprimento. Estes passadiços ou plataformas devem ter, pelo menos, 0,45 m de largura, ser munidos, de ambos os lados de guarda-corpos e rodapés e manter-se desembaraçados de quaisquer materiais ou objectos. Os pavimentos dos passadiços ao longo dos transportadores e os das plataformas nos postos de carregamento e descarga não devem ser escorregadios. Os passadiços dos transportadores aéreos e os transportadores que, não sendo completamente fechados, estejam situados em fossas ou ao nível do pavimento devem ser protegidos por guardacorpos e rodapés adequados. Quando os transportadores não sejam completamente fechados e passem por cima de locais de trabalho ou de passagem, devem instalar-se protectores feitos de chapa ou rede metálica para reterem qualquer material ou objecto susceptível de cair do transportador. As correias, cadeias, engrenagens e árvores motoras, cilindros tambores ou carretos dos mecanismos dos transportadores devem ser protegidos. Os transportadores accionados mecanicamente devem ser munidos, nos postos de carga e descarga e nos pontos onde se efectue o accionamento mecânico e a regulação das tensões, de dispositivos que permitam travar os órgãos motores em caso de emergência. Os transportadores que elevam as cargas segundo um plano inclinado devem ser providos de dispositivos mecânicos de travagem automática, para o caso de corte acidental da força motriz. Quando os objectos ou materiais forem carregados manualmente nos transportadores em movimento, a velocidade destes deve ser suficientemente pequena para que os objectos ou materiais possam ser carregados sem perda de equilíbrio. A descarga manual de materiais pensados ou volumosos não deve efectuar-se com os transportadores em movimento, salvo nos locais designados para esse efeito.
7 Quando parte do transportador se situe fora do campo de visão do operador, devem instalar-se sinais acústicos ou luminosos a accionar pelo operador, a título de aviso, antes de pôr o mecanismo em movimento. Os transportadores devem ser inspeccionados periodicamente a fim de assegurar que se mantêm em bom estado.
Carros de transporte mecânico e manual - empilhadores e carros de mão Os carros de transporte manual e os carros de mão devem ser projectados, construídos e utilizados tendo especialmente em atenção a segurança do seu comportamento em serviço e serem apropriados para o transporte a efectuar. Se possível, as rodas devem ser de borracha ou material com características equivalentes. Os carros manuais devem ser dotados de travões quando se utilizem em rampas ou superfícies inclinadas. Nunca se deve proceder ao carregamento dos carros enquanto estes permanecerem em rampas. As pegas ou varões de empurrar devem dispor de guarda-mãos. Os empilhadores devem ser projectados, construídos e utilizados tendo especialmente em atenção a segurança do seu comportamento em serviço e, para o efeito, ser dotados de dispositivos de comando e sinalização adequados. Os comandos de arranque, aceleração, elevação e travagem devem reunir condições que impeçam movimentos involuntários. Os veículos devem dispor de cabina de segurança ou, alternativamente, estar providos de armação de segurança (quadro, arco ou pórtico) para salvaguardar o trabalhador em caso de reviramento, capotagem ou empinamento. A indicação da capacidade de carga a transportar deve ser afixada em local bem visível do veículo. Os carros automotores e reboques devem apresentar, de forma bem visível, indicação da capacidade máxima de carga. O carregamento deve fazer-se de maneira a baixar, tanto quanto possível, o centro de gravidade da carga. Os carros em que a descarga se efectue por basculamento devem estar providos de dispositivos que impeçam que o mesmo se faça acidentalmente. A velocidade dos meios mecânicos de transporte deve ser condicionada às características do percurso, natureza da carga e possibilidades de travagem. Os carros automotores e os reboques devem ser munidos de engates automáticos concebidos de maneira que não se afastem da via escolhida. Os carros accionados por motores de combustão não devem ser utilizados na proximidade de locais onde se evolem poeiras explosivas ou vapores inflamáveis e no interior de edifícios onde a ventilação não seja suficiente para eliminar os riscos ocasionados pelos gases de escape. Quando não estejam em serviço, os carros devem ser recolhidos em locais reservados para o efeito, protegidos das intempéries e devidamente imobilizados. Os diferentes elementos dos carros devem ser inspeccionados a intervalos regulares pelo pessoal encarregado da conservação, sendo postos fora de serviço e devidamente reparados quando for caso disso.
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NOÇÕES BÁSICAS DE AMARRAÇÃO, SINALIZAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
Introdução Nas indústrias é crescente a utilização de meios de elevação com operação a partir do solo (controle remoto), onde o movimentador é também operador, ou seja, ele é responsável pelas duas funções. O perigo é que tanto o pessoal da produção quanto o pessoal da manutenção operam e movimentam, com isso exercem uma atividade a qual não estão acostumados ou mesmo preparados. A facilidade com que os meios de elevação movimentam a carga engana quanto as situações de perigo. Pela demonstração de condições de acidentes típicos é preciso que elas sejam conhecidas e consequentemente evitadas. No setor de transportes, apesar do alto grau de automatização, ainda existe um grande percentual de trabalho manual, especialmente na movimentação de cargas por meio de talhas, guindastes, etc. que de agora em diante chamaremos de meios de elevação. Meios de elevação, como talhas, facilitam a movimentação de cargas, por meio destes podemos reduzir muito nosso trabalho braçal, porém, deveremos usar mais a cabeça”.
O homem ao lado da carga que é o movimentador forma uma equipe com o operador do meio de elevação. A atuação do movimentador é fundamental para a execução de uma movimentação com segurança.
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Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.)
Proteção da Cabeça
Devido ao risco de se bater a cabeça em ganchos, cargas em movimentação ou mesmo objetos parados, o capacete é indispensável em qualquer lugar onde exista a possibilidade de se machucar a cabeça. Capacetes devem estar a disposição e tem de ser utilizados.
Proteção dos Pés
Os pés correm perigo constante pois a qualquer instante podem cair objetos sobre os mesmos. Quando o movimentador está prestando atenção à carga, ao operador e outras coisas que o cercam ele está sujeito a bater o pé em objetos pontiagudos e machucá-los e é por isso que é necessário o uso de sapatos com biqueira de aço. Onde existem pregos e outros objetos pontiagudos, que poderiam perfurar a sola, é necessário que se use sapatos com palmilha de aço revestida.
Proteção das Mãos
Arames soltos em cabos de aço sempre têm machucado mãos de movimentadores assim como farpas de madeira das cunhas e caibros e cantos vivos de cargas, portanto, é indispensável o uso de luvas.
Tabelas de Cargas
As tabelas de carga para os diversos tipos de Lingas que utilizamos completam nosso equipamento de segurança. Com elas podemos definir facilmente qual Linga e de que forma devemos utilizá-las.
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Cronograma Ideal para uma Movimentação 1. Preparação:
Conhecer o peso e centro de gravidade de carga; Determinar qual Linga e se necessário preparar proteção para os cantos vivos; Preparar o local de destino com caibros e cunhas se Necessário.
2. Informar ao operador o peso da carga. 3. Colocar o gancho do meio de elevação perpendicularmente sobre o centro de gravidade da carga. 4. Acoplar a Linga à carga. Se não for utilizar uma das pernas da Linga, acoplá-la ao elo de sustentação para que não possa se prender a outros objetos ou cargas. Quando necessário, pegar a Linga por fora e deixar esticar lentamente. 5. Sair da área de risco. 6. Avisar a todos os envolvidos no processo de movimentação e a todos que estiverem nas áreas de risco. 7. Sinalizar ao operador. A sinalização deve ser feita por uma única pessoa. 8. Ao iniciar a movimentação devemos verificar:
se a carga não se ganchou ou prendeu; se a carga está nivelada ou corretamente suspensa; se as pernas têm uma carga semelhante.
9. Se a carga pender mais para um lado, abaixá-la para prendê-la corretamente. 10. Movimentação da carga. 11. No transporte de cargas assimétricas ou onde haja influência de ventos deve-se usar um cabo de condução que seja longo o suficiente para que se fique fora da área de risco. 12. Abaixar a carga conforme indicação do movimentador. 13. Certificar-se de que a carga não pode se espalhar ou tombar. 14. Desacoplar a Linga. 15. Prender os ganchos da Linga no elo de sustentação. 16. Ao levantar a Linga verificar se ela não pode se prender a nada.
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Acessórios do Movimentador Cunha: Devem evitar que a carga escorregue ou se espalhe.
As fibras da madeira devem estar no sentido longitudinal da cunha para que elas não possam se quebrar e para que possam ser pregadas quando necessário. Tem a finalidade de manter um vão livre entre a carga e o solo para que a Linga possa ser retirada por baixo da carga e em caso de nova movimentação, para que a Linga possa ser passada por baixo novamente. Caibros:
Puxar a Linga por baixo da carga sem caibros:
prejudica a carga prejudica a Linga derruba a pilha
Por estes motivos, os caibros devem ser grandes o suficiente para que a Linga passar livre por baixo da carga e para suportar o peso sobre eles depositado. estalo, pedaços de caibros trincados podem ter a velocidade de uma bala e sempre ocasionam acidentes. Ao empilhar vigas e chapas grandes por exemplo, jamais devemos usar caibros menos de 8x8 cm. Para evitar de prender os dedos devemos pegar os caibros lateral.
possa Num
Fabricado a partir de arame dobrado e com punho possibilita movimentador manter suas mãos fora de perigo. Com o gancho de engate podemos, na posição 2, puxá-la até um determinado ponto.
ao
Gancho de engate:
com pela
A Carga: Peso e Centro de Gravidade Qual o peso da carga a ser elevada? Para responder a esta pergunta existem 4 possibilidades: conhecer, pesar, calcular e supor. O ideal é quando a peça tem seu peso indicado (pintura ou plaqueta) para peças prontas e em estaleiros, é normatizado que peças acima de uma tonelada tenham seu peso indicado.
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Esta norma deveria ser praxe em qualquer indústria. Fabricantes de máquinas e peças têm se empenhado muito em indicar o peso em suas peças (e cargas). Outra possibilidade de se encontrar o peso são os borderôs ou ordens de fabricação que deveriam indicar o peso. Quando tivermos que pesar uma carga o ideal é que tenhamos uma balança para talhas, de preferência com leitura digital para facilitar a leitura, ou mesmo talhas com balança embutida com mostrador digital no comando.
Quando essas possibilidades não existem não resta outra alternativa se não calcular ou pedir à supervisão que calcule o peso. Chutar é a pior alternativa, pois somente com muita experiência em peças semelhantes é que temos a possibilidade de chegar a um resultado satisfatório. Se a definição do peso é importante, ainda mais é a definição do centro de gravidade. Nas peças simétricas esta definição é fácil mas em máquinas e peças assimétricas onde o centro de gravidade é deslocado, o ideal seria que houvesse uma indicação na máquina, peça ou mesmo embalagem. Se o centro de gravidade é desconhecido não se sabe onde alinhar o gancho de elevação. A capacidade de um guindaste de lança depende de quanto se avança a sua lança. Quanto mais distante a carga estiver, menor a capacidade de carga do guindaste. O limitador de carga da máquina não deve ser usado por erros de cálculos do operador.
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Qual a Linga para Qual Aplicação? Para movimentar cargas com meios de elevação são utilizados lingas e dispositivos de movimentação. As Lingas são, por exemplo: cabos, correntes, cintas e laços sintéticos. Por meio delas é que fazemos o acoplamento da carga ao meio de elevação. Dispositivos de movimentação são aqueles que fazem um acoplamento direto ou mesmo através de uma Linga à carga. São considerados dispositivos de movimentação: ganchos e garras especiais, suportes para eletroimãs, travessões, etc. A escolha da Linga deveria ser feita pela engenharia de produção ou pelo planejamento, mas na maioria das vezes, quem tem de escolher é o próprio movimentador. Aplicáveis são: para cargas com superfície lisa, oleosa ou escorregadia, assim como laços de cabo de aço com ganchos para aplicação nos olhais da carga.
Cabos de Aço:
Correntes:
Cintas e Laços Sintéticos:
Cordas de Sisal e Sintéticas:
Combinação Cabo e corrente:
para materiais em altas temperaturas e cargas que não tenham chapas ou perfis. Lingas de corrente com gancho podem ser acoplados aos olhais da carga. para cargas com superfícies extremamente escorregadias ou sensíveis, como por exemplo, cilindros de calandragem, eixos, peças prontas e pintadas. para cargas com superfície sensível, de baixo peso, como tubos, peças de aquecimento e refrigeração ou outras peças passíveis de amassamento. para o transporte de perfis e trefilados. Neste caso a corrente deve ficar na área de desgaste onde possivelmente existam cantos vivos e o cabo fica nas extremidades exercendo função de suporte e facilitando a passagem da Linga por baixo das cargas.
Não aplicáveis são: para materiais com cantos vivos ou em altas temperaturas.
Cabos de Aço:
Correntes:
Cintas e Laços Sintéticos:
para cargas com superfície lisa ou escorregadia. para cantos vivos e cargas em altas temperaturas.
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Para o transporte de chapas na perpendicular devemos usar grampos pega-chapa. Desde abril de 1979 é obrigatório que estes ganchos tenham uma trava. A pega (abertura) do grampo deve ser indicada na própria peça. Para o transporte de chapas devemos usar sempre dois grampos que tenham uma pega compatível com a espessura da chapa. Os dois grampos são necessários para que se garanta a estabilidade da carga, pois, se a chapa balança, as ranhuras da garra desgastam rapidamente, podendo se quebrar nos cantos. Antes de movimentar, sempre travar os grampos. Para o transporte de perfis existem diversos tipos de dispositivos de movimentação, os quais nem sempre são dotados de travas que não permitam que a carga se solte. Estes dispositivos são projetados para cargas específicas e só devem ser usados para as quais foram construídos. Também para movimentar as chapas na horizontal, devemos usar grampos com trava, pois chapas finas tendem a se dobrar o que pode fazer com que se soltem dos grampos e caiam.
Cordas As cordas são o mais antigo tipo de Linga, que se conhece. Elas são produzidas a partir de fibras que são torcidas, trançadas ou encapadas. Antigamente as fibras que se utilizavam na fabricação de cordas eram fibras naturais como Sisal ou Cânhamo. Hoje estas fibras são substituídas por fibras sintéticas como Poliamida, Poliester ou Polipropileno que as vezes são comercializadas com nomes comerciais como nylon, diolen, trevira e outros.
Como diferenciar as diversas fibras:
Uma vez que existem diversos tipos de fibras com diferentes capacidades, é necessário que se saiba qual é a fibra para se conhecer sua capacidade de carga.
15 Em cordas, a partir de 3mm de diâmetro devemos ter uma filaça de uma determinada cor para identificar a fibra mas, cordas abaixo de 16mm de diâmetro, são muito finas e não devem ser utilizadas para movimentação. Em cordas a partir de 16mm deveria haver identificação do fabricante e do ano de fabricação. Por normalização internacional as cores que identificam as fibras são: Cânhamo ........................................................Verde Sisal ...........................................................Vermelho Cânhamo de Manilha .......................................Preto Poliamida ........................................................Verde Poliester ............................................................ Azul Polipropileno ................................................Marrom
A cor verde, para cânhamo e poliamida, não é passível de ser confundida uma vez que o cânhamo tem um acabamento rústico e a poliamida um acabamento muito liso.
Cabos de Aço Terminologia
PERNA - É o agrupamento de arames torcidos de um cabo. ALMA - É o núcleo do cabo de aço. Um cabo é feito com diversas pernas em redor de um núcleo ou alma. LEITURA - Exemplo: cabo 6 x 19 O primeiro número ( 6 ) representa a quantidade de pernas de que é constituído. O segundo número ( 19 ) especifica a quantidade de arames que compõe cada perna. Portanto, o cabo 6 x 19 tem 6 pernas, tendo cada uma delas 19 fios ou seja um total de 114 fios.
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Classificação quanto a Alma AF - Alma de fibra (canhamo) maior flexibilidade. AA - Alma de Aço - maior resistência à tração. AACI - Alma de Aço com Cabo Independente: combinação de flexibilidade com resistência à tração.
Os cabos AA (Alma de aço) tem 7,5% de resistência à tração a mais e 10% no peso em relação aos AF (alma de fibra).
Nota:
Torção
Torção à DIREITA: quando as pernas são torcidas da esquerda para a direita. Torção à ESQUERDA: quando as pernas são torcidas da direita para a esquerda.
Torção REGULAR: quando os fios de cada perna são torcidos em sentido oposto á torção das próprias pernas (em cruz). Maior estabilidade. Torção LANG: quando os fios e as pernas são torcidas na mesma direção (paralelo). A torção LANG tem por característica o aumento da resistência à abrasão e da flexibilidade do cabo.
17 Cabos de aço com alta capacidade de carga são construídos a partir de arames trefilados a frio com uma resistência de 1770 mm2. Arames individuais são trançados primeiramente para formar uma perna e estas pernas por sua vez são trançadas para formar o cabo de aço. O arame individual fica numa helicoidal dupla, sendo a primeira na perna e a segunda na torcedura do cabo. Com aplicação de carga no cabo é feita uma alteração no seu volume, o que se explica pela acomodação das pernas sobre a alma, com isso o diâmetro do cabo é reduzido. Para apoio das pernas existe, no interior do cabo, uma alma que pode ser feita a partir de fibras naturais, sintéticas ou de aço. A alma não tem somente função de apoio, mas funciona também como reservatório de óleo. Quando o cabo é solicitado, as pernas comprimem a alma que libera o óleo, com isso o atrito dentro do cabo é reduzido. Cabos velhos onde o óleo já foi consumido e cabos que trabalham em temperatura que já perderam seu óleo por evaporação ainda não perderam resistência mas, perderam vida útil. Por isso devemos periodicamente lubrificar os cabos externamente com óleo adequado. Um único arame rompido é de pouca importância pois logo a frente estará prensado entre outros e ainda contribuindo para a capacidade de carga. Somente quando temos vários arames rompidos é que a capacidade de carga diminui. Aqui, fica demonstrada uma boa característica do cabo de aço. Ele nunca se rompe sem que antes vários arames se rompam. O cabo de aço, habitualmente, é composto de seis pernas e da alma que retém o lubrificante. O cabo assim composto é utilizado para Lingas, guindastes ou talhas. Ele tem uma boa deformidade e, portanto, é aplicável para diversas finalidades.
Cabos de aço fabricados em espiral (cordoalhas) ou uma perna simples, não devem ser utilizados para movimentação, pois tem uma estrutura muito rígida e são feitos apenas para tensionamento. O tipo mais flexível é o cabo de aço que é composto de diversas pernas e da alma. A alma no interior e a diferença de área metálica fazem com que num mesmo diâmetro, a cordoalha tenha uma maior capacidade de carga que o cabo.
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Flexibilidade A flexibilidade está condicionada ao número de arames que o compõe. São os cabos classificados em: a) Pequena flexibilidade:
construção 3 x 7, 6 x 7, 1 x 7 (cordoalha);
b) Flexíveis: construção 6 x 19, 6 x 21, 6 x 25, 8 x 19, 18 x 7; c) Extra flexível: construção 6 x 31, 6 x 37, 6 x 41, 6 x 43, 6 x 47, 6 x 61.
Tipos Pernas do cabo construídas com duas bitolas de arames; bastante flexível e menos resistente ao desgaste, pois os arames mais finos encontram-se na periferia. WARRINGTON -
Pernas do cabo construídas com três bitolas de arame, sendo o cabo menos flexível da série, porém mais resistente ao desgaste à abrasão. SEALE -
Pernas do cabo construídas com vinte e cinco arames (seis de enchimento) apresentando boa flexibilidade.
FILLER -
As pernas do cabo são construídas por um só tipo de arame. É um termo intermediário entre a flexibilidade e resistência ao desgaste, dos outros tipos acima. COMUM -
19 Para definir a carga de trabalho de um cabo pelo seu diâmetro devemos medi-lo, conforme demonstrado na figura abaixo.
Cabos já utilizados em guindastes ou outros meios de elevação não podem ser utilizados novamente numa composição de Linga. Ele pode ter um grande desgaste interno que não é visível externamente.
Tabela de Diâmetros Ideais de Tambores e Polias Seguem os diâmetros ideais das polias ou tambores conforme a formação do cabo:
Resistência dos Cabos de Aço A resistência teórica dos cabos se determina somando-se a resistência dos arames que o compõe, excluindo-se as almas dos mesmos, quer sejam de aço ou de fibra. A carga de ruptura efetiva diminui conforme aumenta o número de arames: Exemplos:
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A carga de trabalho de um cabo em movimento é 1/5 (umquinto) de sua carga de ruptura mínima. segurança é a relação entre a carga de ruptura mínima e a carga aplicada. Exemplo: O fator de segurança
f) Elevadores alta velocidade, fator 10 a 16 Pré-formação: É processo de fabricação cuja finalidade é a de eliminar as tensões internas e torções inerentes aos arames de alto carbono, utilizados na fabricação de cabos de aço. As pernas dos cabos pré-formados se acomodam na posição Helicoidal que ocupam no conjunto. São as seguintes as vantagens apresentadas pelos cabos pré-formados: a) aumento à flexibilidade; b) maior resistência à fadiga de flexão; c) eliminação das tensões internas; d) manutenção na sua posição original dos arames que se quebram, não se desfiando; e) o não desenrolamento das extremidades cortadas.
Laços Um cabo de aço é tão bom quanto o laço que é feito com ele. Laços para formação de olhais são feitos por trançamento ou prensagem. Presilhas de alumínio devem deixar a ponta à mostra para controle e devem ter a marca da firma que executou a prensagem, que normalmente é composta por duas letras.
21 Presilha Presilha de alumínio com indicação da firma que executou a prensagem prensagem
Nós em cabos de aço são estritamente estritamente proibidos
A norma DIN 1142 prescreve que somente grampos com porcas auto-travantes e uma grande área de apoio podem ser utilizados. Todos os grampos devem ser montados de forma que o mordente se prenda a perna portante. No mínimo 3 grampos são necessários (grampo pesado) para se fazer um laço com cabo de aço fino. Quanto maior o diâmetro do cabo mais grampos são necessários. Laços feitos com grampos devem ser usados apenas para uma única aplicação, devendo ser desfeitos logo após a utilização, para que não sejam utilizadas erroneamente. Grampos construídos conforme DIN 741 (grampos leves) com porcas simples e pequena área de apoio, não são mais normalizados e não devem ser utilizados para movimentação.
Neste caso 4 grampos são necessários necessários ( Diâmetro do cabo 3/4” )
Pronto para usar. Todos os mordentes estão no cabo portante.
Desmontar imediatamente após utilizada utilizada
Ultimamente a tendência é a de se fazer o olhal flamengo, que é feito a partir do próprio cabo. O olhal Flamengo é feito abrindo-se a ponta do cabo em duas metades, separando-se as pernas 3 a 3. Uma metade é curvada para formar um olhal, e em seguida a outra metade é entrelaçada no espaço vazio da primeira.
Mesmo antes de ser colocada a presilha de aço, o olhal já é capaz de suportar uma carga superior à carga de trabalho do laço. A presilha é de aço especialmente ensaiado e aprovado conforme rigorosa especificação.
Principais vantagens do Olhal Flamengo:
22 1. Olhal mais resistente e seguro 2. Carga centrada 3. Presilha de aço de pequenas dimensões e de superfície lisa
Laços
Cintas As cintas de movimentação são fabricadas a partir de fibras sintéticas. Com relação ao seu próprio peso, as cintas têm uma capacidade de carga e não prejudicam a sua superfície.
Cinta de poliester com etiqueta
As cintas de poliester devem ter uma etiqueta azul para que sejam reconhecidas. Elas têm uma boa resistência quanto à luz e calor e também ácidos solventes. Elas têm também uma boa elasticidade,
23 o que faz com que seja o tipo de cinta mais utilizada. Ela só não resiste à base e por isso não deve ser lavada com sabão. As cintas de poliamida devem ter uma etiqueta verde de identificação e são resistentes à bases. A desvantagem das cintas de poliamida está no fato de que elas absorvem muita água em ambientes úmidos o que reduz sua capacidade. Esta acumulação de água pode também fazer com que em dias muito frios ela possa se enrijecer (congelar) e ficar quebradiça. Cintas de movimentação feitas de polipropileno (etiqueta marrom) tem uma baixa capacidade de carga, levando-se em conta seu peso próprio, e são pouco flexíveis. Mas elas têm uma boa resistência química e são utilizadas em casos especiais. O NYLON é a mais forte das fibras sintéticas e apresenta uma alta capacidade de absorção de força, além de excepcional resistência a sucessivos carregamentos. Para utilização de cintas em banhos químicos, o fabricante deveria ser consultado para maiores esclarecimentos. As formas mais comuns de cintas são:
cesto sem fim com olhais sem reforço com olhais reforçados com terminais metálicos
No caso de terminais metálicos, eles devem ser feitos de forma que seja possível passar um pelo outro para que se possa fazer uma laçada. Devido ao envelhecimento das fibras, em especial quando usadas ao ar livre ou em banhos químicos, a data de fabricação das cintas deve estar na etiqueta. Para reduzir o atrito e para evitar cortes nas cintas podemos usar revestimentos com materiais sintéticos resistentes, em especial de poliuretano. Normalmente estes de perfis são ajustáveis à cinta.
24 Para utilização de cintas existem algumas regras especiais :
Quando se eleva uma carga, o ângulo de abertura entre as pontas da cinta não deve ultrapassar 120º. Somente cintas com olhais reforçados podem ser utilizadas em laço. Para utilizar diversas cintas num travessão todas devem estar numa perna perpendicular para não haver esforço maior numa das pernas.
As cargas não podem ser depositadas sobre as cintas para que não sejam danificadas.
Não se pode dar nó nas cintas.
Após utilização em banhos químicos, as cintas devem ser neutralizadas e enxaguadas para que não haja concentração química.
Segurança tabém requer Inspeção As cintas devem ser examinadas em intervalos não superiores a duas semanas, quando usadas em levantamentos gerais de diferentes tipos de cargas. 1º. Coloque a cinta em uma superfície plana com área apropriada. 2º. Examine os dois lados da cinta. 3º. Cintas tipo Anel devem ser examinadas em todo seu comprimento e perímetro. 4º. As alças dos olhais devem ser examinadas particular e cuidadosamente. 5º. Todo equipamento deve ser examinado somente por uma pessoa, designada para esta inspeção.
10 itens para um levatamento seguro 1. Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações de peso e estabilidade. 2. Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de elevação. 3. Uma operação suave e balanceada rende muito mais, além de evitar desgaste do equipamento e acidentes. 4. Nunca use cintas avarariadas. 5. Posicionar a cinta corretamente na carga, para propiciar uma fácil remoção, após o uso. 6. Não deixe a carga em contato direto com o piso. Coloque calços ao descarregá-la para melhor poder elevá-la. 7. Não posicione a cinta em cantos agudos ou cortantes. 8. Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a “1”, de seção lisa e redonda. 9. Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo gancho. 10. Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta, verifique se o total do peso está
25 bem distribuído na tensão dos vértices da cinta. Formas de Levantamento
As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma das quatro formas diferentes de levantamento ilustrado. Algumas cintas são especificamente designadas para serem utilizadas em somente um tipo de levantamento.
Correntes para Lingas
Correntes são fabricadas em diversas formas e qualidades. Primeiramente os elos são dobrados e depois soldados. Posteriormente é feito o tratamento térmico (correntes de grau) e ensaio de tração. Diversos teste são feitos durante e após a fabricação para que as correntes sejam certificadas. Durante a produção, alguns elos são dobrados em diversos sentidos para verificar a solda e após a produção e tratamento térmico, são realizados testes de tração e ruptura. O passo de um elo é o seu comprimento interno. Somente correntes que tenham elos com passo igual a 3 vezes o seu diâmetro podem ser utilizadas para movimentação e amarração de cargas. Esta regra se explica pelo fato de que correntes assim construídas, quando aplicadas em ângulos retos, os elos se apoiam nos elos vizinhos, evitando assim que a corrente se dobre. Correntes Soldadas
Comuns, Galvanizadas, Calibradas (Especiais para Talhas)
Correntes Forjadas
Tabela de Medidas e Pesos Aproximados:
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As correntes calibradas têm as medidas exatas, são testadas em máquinas de provas de acordo com a tabela acima e com o coeficiente 2, ou seja, 100% da carga admissível (carga de segurança).
Lingas de Correntes
Lingas simples - em aço forjado usadas em fundições, Pontes rolantes, Empreiteiros de Construção e para todos os trabalhos onde se tornam necessários Guindastes para remoção de material, como cargas e descargas de navios e caminhões. Segue tabela de cargas de trabalho.
Lingas de Correntes
Quadro de Cargas de Trabalho
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Lingas Duplas, Triplas, Quadruplas, etc. em Corrente de Aço forjado testadas.
Lingas Combinadas
Para a movimentação de cargas temos alternativas para melhorar a durabilidade, facilitar o manuseio e também poupar a carga. Podemos conseguir isso combinando diversos materiais. a) Cabo - corrente - cabo: Usa-se o cabo para passar por baixo da carga. A parte que envolve a carga é uma corrente de grau 8 o que, por exemplo, no transporte de trefilados garante uma boa durabilidade e bons custos. b) Corrente com encurtador - cabo.
28 Quando o cabo é necessário para que se envolva a carga e precisamos também de ajuste no comprimento da Linga, usamos esta combinação. c) Corrente - cintas. As cintas são utilizadas principalmente no transporte de peças acabadas ou semi-acabadas onde a superfície não pode ser danificada. Com essa combinação temos a vantagem da durabilidade da corrente e da facilidade de substituir a cinta quando necessário. Fora a possibilidade de ajuste no comprimento da Linga usando garras de encurtamento. d) Corrente - laço sintético Assim como a cinta, o laço sintético pode ser conjugado com a corrente e seus acessórios e manter a boa característica do laço que é a de poupar a carga de danos superficiais. Em Lingas combinadas devemos atentar para que a plaqueta de identificação seja feita de acordo com a parte mais frágil da Linga. Nunca considerar a carga pelo dimensional da corrente, pois nestes casos normalmente ela está super dimensionada com relação aos outros materiais aplicados.
Capacidade de Carga das Lingas
Após definir qual tipo de Linga iremos utilizar (cabo, corrente, cinta e combinada) devemos também definir o dimensional das mesmas. A carga deve ser transportada sem que a Linga seja sobrecarregada. A capacidade inscrita na plaqueta, tabela ou etiqueta define a massa que pode ser elevada com a Linga. Para definir a carga aplicada na Linga devemos saber:
se a carga será transportada por uma ou mais pernas perpendiculares se a carga será transportada por duas ou mais pernas em ângulo.
Princípios básicos:
Quando a carga é aplicada em uma ou mais pernas perpendiculares e a carga é aplicada de forma igual sobre as pernas, podemos somar as capacidades das mesmas. Quando a carga não é aplicada igualmente sobre as pernas, devemos contar com a capacidade de apenas duas.
Quando a Linga forma um ângulo diminuímos a capacidade de cada perna.
Quanto maior a angulação, menor a capacidade e, portanto, maior a Linga a ser utilizada.
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Ângulo maior que 60º
Ângulo de trabalho não permissível. Como ângulo de trabalho,
A carga pende para um lado por isso
30 entendemos o ângulo que se forma numa perpendicular a lateral da carga e Linga.
a angulação de trabalho das pernas é diferenciada.
Com a utilização de tabelas de carga e o conhecimento dos ângulos podemos sempre escolher a Linga correta. Obs.: Ângulos acima de 60º não são permitidos. Quando uma carga é assimétrica seu centro de gravidade está deslocado e portanto uma perna é mais solicitada que a outra. Portanto nesses casos devemos usar uma Linga onde uma perna suportaria toda a carga.
A capacidade de carga é definida pela angulação de trabalho
Exemplos de Tabelas
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Cargas de Trabalho do Olhal Flamengo Tipo C CABO 6 X 25 FILLER + AF “CIMAX”
FATOR DE SEGURANÇA 5:1
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Observações 1) As cargas de trabalho dos Olhais Flamengo dobrados são baseados em diâmetros de curvatura mínimos de 8 a 10 vezes o diâmetro do cabo. Se esse diâmetro for menor, deve-se aumentar o fator de segurança. 2) Para dimensões diferentes dos olhais e outros diâmetros consultar o Fabricante
Cargas de Trabalho dos Laços com Olhais Trançados Tipo T
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Observações 1) Normalmente são fabricados laços com olhais trançados com cabos de diâmetro acima de 38,0mm 2) As cargas de trabalho dos laços dobrados são baseadas em diâmetros de curvatura mínimos nos pontos de contato das cargas, de 8 a 10 vezes o diâmetro do cabo.
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Observações
35 As cargas de trabalho dos Laços Sem Fim (Grommets) são baseadas em diâmetros de curvatura mínimos nos pontos de contato das cargas, de 8 a 10 vezes o diâmetro do cabo.
Modos de Movimentação
Para efeito de cálculos usamos, como exemplo, sempre Lingas que comportam 1000Kg por perna.
corrente 10mm grau 2 cabo de aço 12mm corda de polipropileno 24mm corrente 8mm grau 5 corrente 6mm grau 8
Devemos demonstrar com isto o quanto a carga pode pesar em cada modo de operação.
A movimentação com Lingas de uma perna é mais simples. A carga pode ser igual a capacidade de carga da perna
A movimentação com Lingas de duas pernas. Quanto maior a angulação menor a capacidade de carga da Linga pois as forças resultantes são crescentes (veja tabela).
Linga em cesto perpendicular à carga pode ter o peso igual a capacidade de quatro pernas independentes somadas. Mas isso somente se o diâmetro da peça for grande o suficiente e não houver cantos vivos. Só pode ser usada quando não houver risco da carga escorregar
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Dois laços em perpendicular, por causa da força aplicada no lançamento. Devemos contar com apenas 80% da capacidade da carga
Cesto duplo com angulação: por causa da angulação não podemos contar com a capacidade de 4 pernas individuais (4x700kg). Quando temos Lingas de quatro pernas podemos apenas contar como se fossem três pernas portanto, a menos que se tenha certeza de que as quatro pernas estejam igualmente carregadas.
Dois laços com angulação: a carga está depositada em duas pernas. Devemos consultar a tabela e ver qual o diâmetro e qual a angulação temos e posteriormente descontar 20% da capacidade de carga por causa do laçamento.
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Se utilizarmos uma Linga em cesto onde as extremidades estão presas a um único elo de sustentação onde a corrente trabalhe sem dobras ao redor da carga e com uma angulação inexpressiva. Podemos calcular com a capacidade de cada perna como cheia.
Se utilizarmos uma Linga em cesto ou em laço devemos contar com apenas 80% de sua capacidade de carga por causa da dobra que é feita no laçamento.
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Se utilizarmos uma Linga em cesto sem fim onde a corrente trabalhe sem dobras ao redor da carga e com uma angulação inexpressiva. Devemos contar com 80% da capacidade da carga de suas pernas uma vez que ela trabalha dobrada sobre o gancho.
Se utilizarmos uma Linga sem fim em laço, devemos contar também com apenas 80% da capacidade de suas pernas uma vez que ela sofre dobramentos no laço e no gancho.
Movimentação com Travessões Com travessões podemos fazer movimentações mesmo com pouca altura de elevação, evitando total ou parcialmente a angulação das pernas. As cargas abaixo do Travessão devem ser presas de tal forma que não possam se dobrar e cair (carga ou peças individuais). Devemos considerar como única desvantagem do Travessão o seu próprio peso, pois quanto maior seu peso menor o peso que poderemos transportar, devido a limitação do meio de elevação.
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Se utilizarmos Travessões e a carga não for alinhada em seu centro a carga pende e pode escorregar e cair
Movimentação com angulação invertida, as Lingas podem escorregar por baixo da carga
Em Travessões com dois pontos de fixação superior, se a carga é alocada mais para um lado, esta carga só estará sendo suportada em uma das fixações superiores do Travessão
Modo correto
A carga está no centro, as duas fixações superiores estão igualmente carregadas
Como se Assegurar que a Carga não se Solte Possibilidades de acidentes nunca podem ser descartadas. A Linga pode se soltar do gancho do meio de elevação, ou mesmo o gancho da Linga, pode se soltar da carga.
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Travas adequadas nos ganchos do meio de elevação e do Travessão impedem que a carga possa se soltar
Uma trava de segurança se faz necessária sempre que exista possibilidade de acontecer que a carga se solte involuntariamente. Quando se usar garras especiais, ganchos especiais ou mesmo laços de cabo de aço curtos e rijos, existe a possibilidade de com uma oscilação, a carga se soltar do gancho ou de o anel de sustentação da Linga se soltar do gancho do meio de elevação. Por isso é necessário que, nesses casos, sejam utilizados ganchos com travas de segurança.
Quando a corrente não está tracionada os ganchos se soltam
Colocar os ganchos de dentro para fora, se possível usar ganchos com travas
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Os ganchos devem ser passados pelos olhais ou pontos de amarração da carga de modo que não possam se soltar mesmo quando a Linga estiver frouxa. Para isso, devemos sempre passar o gancho de dentro para fora.
Gancho para correntes com trava em ponto de amarração
Enganchar amarrações de arame é risco de vida
Os ganchos não podem ser passados por olhais muito estreitos.
42 Eles devem estar livres dentro do olhal para que o tensionamento não seja feito em sua ponta pois desta forma ele abriria e escaparia do olhal.
É aconselhável a instalação de pontos de amarração especiais em peças ou máquinas que são continuamente movimentadas, para que se tenha sempre um bom ponto de fixação. Pontos de amarração são fabricados em diversas dimensões e podem ser aparafusáveis ou soldáveis. É terminantemente proibido usar amarrações de arame como ponta de amarração. Estas amarrações são muito utilizadas em fardos de telas de arame e etc. Para movimentar fardos, devemos utilizar ganchos específicos ou pequenos estropos de cabo de aço. No tratamento de semi-acabados enfardados devemos verificar se não existem peças mais curtas sobre ou entre a carga que possam se soltar e cair, o que é inadmissível. Peças soltas com 5 a 6 Kg a mais de 4 metros de altura são risco de vida. Grampos pega-chapas devem sempre estar travados e trabalhando dentro de sua capacidade.
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Comunicação entre Operador e Movimentador A movimentação de carga é normalmente uma operação que envolve mais de uma pessoa, ou seja, é um trabalho de equipe. Quando temos mais de um movimentador, que está envolvido no processo de movimentação, um deles deverá ser eleito para sinalizar ao operador. Ele será responsável pela operação e somente ele pode sinalizar após verificar se os outros movimentadores deixaram a área de risco e se a Linga está bem colocada. Ambos os movimentadores sinalizam ao operador, porém com diferentes intenções. Neste caso o operador não deve fazer nada
Este é o procedimento correto, apenas um movimentador sinaliza ao operador. Apenas aquele escolhido antes do processo de movimentação em conjunto com o operador.
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A comunicação entre operador e movimentador pode ser feita através de: • sinalização com as mãos; • comunicação verbal (somente quando o operador estiver próximo e possa ouvi-lo); • rádio-comunicação; • sinalização ótica ou sonora.
Para evitar acidentes devemos ter certeza de que a sinalização utilizada pelo movimentador é também a que o operador entende. Para a sinalização manual os sinais das tabelas a seguir tem se mostrado muito eficientes. Podemos ter variações destes sem problemas contanto que a linguagem utilizada seja compreendida pelos envolvidos. Sempre deixar a área de risco antes de sinalizar ao operador.
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Sinais Visuais São usados entre o sinaleiro e o operador para comando dos diversos movimentos necessários para o embarque, desembarque e movimentação de cargas, conforme a seguir:
1. Início de Operação Sinaleiro se identifica para o operador como o responsável pela emissão de sinais. SINAL: Com o braço esquerdo junto ao corpo e antebraço direito na horizontal, com a palma da mão virada para o operador, em posição de “continência”, saúda o operador.
2. Translação do Guindaste (pórtico) Sinaleiro ficará de frente para a cabine do operador e indicará o lado para o qual deseja a translação do equipamento. SINAL: Com o braço esquerdo junto ao corpo, e o braço direito com a mão aberta, esticada na horizontal indica a direção.
3. Movimento do Carrinho (Trolei) Sinaleiro ficará de frente para o Norte e a direita do mar. SINAL: Com o braço esquerdo junto ao corpo e o braço direito esticado na horizontal, com o dedo indicador mostrará a direção.
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4. Subir os Ganchos Indica a subida simultânea dos dois ganchos. SINAL: Com os braços erguidos, os dedos indicadores girando sempre no sentido horário.
5. Abaixar os Ganchos Indica a descida simultânea dos dois ganchos. SINAL: Com os braços para baixo e os dedos indicadores girando sempre no sentido anti-horário.
6. Abaixar o Gancho Nº 2 SINAL: Com o braço esquerdo erguido, com os dois dedos (indicador e médio) determinando o gancho nº 2, e o braço direito para baixo, com o dedo indicador girando sempre no sentido anti-horário.
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7. Subir o Gancho Nº 2 SINAL: Com o braço esquerdo erguido, com os dois dedos (indicador e médio) determinando o gancho nº 2, com o braço direito para cima, com o dedo indicador fazendo pequenos movimentos circulares no sentido horário.
8. Abaixar o Gancho Nº 1 SINAL: Com a mão esquerda levantada, com o dedo indicador apontado para cima, indicando o gancho nº 1. O braço direito para baixo, com o dedo indicador apontando para baixo, realizando pequenos movimentos circulares, determinando o abaixamento.
9. Subir o Gancho Nº 1 SINAL: Com a mão esquerda levantada, com o dedo indicador apontando para cima, determina o gancho nº 1. O braço direito para cima, com o dedo indicador apontando para cima e efetuando pequenos movimentos circulares no sentido horário, determina a elevação.
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10. Movimentos Lentos Pequenos movimentos deverão ser antecipados por este sinal nas atividades de translação, direção, elevação, içamentos, arriamento, aproximação, etc. SINAL: Com os dois dedos, indicador e polegar direitos, aproximam-os, imitando o movimento de abrir e fechar.
11. Parada de Emergência Este sinal é de parada de emergência. Qualquer pessoa pode fazer este sinal, mesmo sem autorização do sinaleiro. Não pode ser feito nenhum movimento com o equipamento. SINAL: A pessoa deverá cruzar os antebraços, com as mãos abertas à altura do rosto.
12. Sinal de Espera Este sinal é de parada e espera sem nenhum movimento com o equipamento a não ser com a autorização do sinaleiro. SINAL: O Sinaleiro cruza os braços, com as mãos abertas, à altura da cintura.
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13. Fechar a Lança do CG O sinaleiro se posiciona com o lado direito no sentido de abertura da lança. Com os dois antebraços erguidos para frente, com o polegar esquerdo indicando para a direita, e com o polegar direito indicando para a esquerda, determina o fechamento.
14. Abrir a Lança do CG O sinaleiro se posiciona com o lado direito no sentido de abertura da lança. Com os dois antebraços erguidos para frente, com as mãos fechadas, com o polegar esquerdo indicando para a esquerda e com o polegar direito indicando para a direita.
15. Giro da Coluna do CG Com o braço esquerdo junto do corpo, com o antebraço direito erguido para frente, com os dedos indicador, médio, anular e mínimo fechados, com o polegar erguido, indica o sentido de giro com meia volta do dedo ao redor do próprio corpo.
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16. Término de Tarefa Este sinal é de término de tarefas. Com os braços caídos, o sinaleiro os move horizontalmente, com as palmas das mãos voltadas para baixo.
Finalização da Movimentação
O movimentador só pode sinalizar, para que a carga seja depositada, após ter verificado se todos os envolvidos (ou não) estejam fora da área de risco. Acidentes sempre acontecem quando o movimentador tenta rapidamente, enquanto a carga desce, preparar ou limpar a área de destino, e acaba tendo o dedo esmagado ou pior. Quando temos que ajeitar a carga ou estabilizá-la, não devemos fazê-lo com as mãos, mas sim, por meio de acessórios como ganchos e engates ou cabos. Se a carga, ao ser depositada, deve ser ajeitada manualmente, não podemos ficar entre ela e obstáculos fixos, pois mesmo quando movimentada com a mão, ela tem uma energia potencial tão grande que, depois de movimentada, não podemos pará-la com nossa força. Ao depositar a carga devemos observar, para que tenhamos uma base que facilite a retirada da Linga por baixo da carga, utilizando caibros por exemplo. Se o material for redondo, devemos nos assegurar de que ele não possa rolar.
Acessórios Sapatilhas protetoras tipo pesado
Especialmente dimensionadas para evitar a deformação e o desgaste do cabo nos olhais do superlaço.
51 Sapatilhas compactas
Normalmente utilizadas na fixação dos cabos de aço de pontes rolantes ou guindastes.
Estribos protetores especiais
Fabricados com material de alta resistência. Evitam a deformação e o desgaste do cabo nos olhais do superlaço. Proporcionam proteção de olhais padrões ou de dimensões especiais, podendo ainda ser reaproveitados na troca do superlaço. Dimensionados para entrar diretamente no gancho da ponte rolante ou guindaste.
Anéis tipo pêra
Fabricados com aço carbono e submetidos a uma carga de prova superior em 50% à respectiva carga de trabalho, garantindo máxima segurança na sua utilização.
Anelões
Fabricados com aço carbono e submetidos a uma carga de prova superior em 50% à respectiva carga de trabalho. Podem ser aplicados em quaisquer dos conjuntos apresentados.
52 Ganchos forjados com olhal
Forjados em aço carbono. Submetidos a uma carga de prova superior em 50% à sua carga de trabalho, para maior segurança. Obs.: Podem ser encontrados com trava de segurança.
Ganchos corrediços
Forjados em aço de alta resistência, tendo um canal redondo para o cabo poder deslizar. Fixam a carga evitando a deformação e o desgaste do cabo.
Manilhas forjadas
Forjadas em aço carbono. Podem ser fornecidas com pino rosqueado ou contrapinado. Fácil colocação nos olhais dos superlaços ou fixação nas cargas a serem içadas.
Grampos pesados
Grampos pesados. Ideais para fixação de cabos de aço ou formação de olhais em cabos de aço para içamento de cargas.
Aplicação correta de grampos em laços.
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Soquetes abertos
Fabricados com aço carbono e submetidos a uma carga de prova de 40% da carga de ruptura mínima efetiva do cabo de aço, que corresponde a duas vezes a carga de trabalho.
Soquetes fechados
Fabricados com aço carbono e submetidos a uma carga de prova de 40% da carga de ruptura mínima efetiva do cabo de aço, que corresponde a duas vezes a carga de trabalho.
54 Soquetes de cunha
Utilizados para fixação de cabos de aço, permitindo posterior regulagem no comprimento.
Esticadores forjados
55 Garras
Fixação de Cabos de Aço, Correntes e Cordas
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Ponte rolante Nassar classifica uma ponte rolante como sendo uma máquina de elevação do tipo guindaste de ponte (ponte rolante) e ainda afirma que os principais equipamentos que fazem parte das máquinas de elevação são os seguintes: guindaste, ponte rolante, elevador e guincho. No Brasil a norma da ABNT que rege o projeto e a construção de máquinas de elevação é a NBR 8400 - Cálculo de Equipamentos para Elevação e Movimentação de Carga - de 1984. Tamasauskas afirma que são necessários os seguintes dados técnicos para o desenvolvimento de um projeto de uma ponte rolante: objetivo do equipamento, classificação dos mecanismos e estruturas conforma a norma NBR 8400, tensão elétrica de alimentação, ambiente de trabalho, sistemas de controle de rotação dos motores elétricos, carga útil, tipo do controle de movimentos, dispositivo de fixação da carga, vão, altura de elevação, velocidades dos movimentos, comprimento do caminho de rolamento, disponibilidade física e dimensional do local de operação do equipamento e intermitência (%) e classe de partida para os motores elétricos, conforme a norma NBR 8400.
Componentes Ponte
É a estrutura principal que realiza o movimento de translação (movimento de profundidade dentro de um barracão, por exemplo) da ponte rolante que cobre o vão de trabalho. Uma ponte rolante é constituída por duas cabeceiras e uma uni-viga ou dupla-viga.
57 Cabeceiras
Estão localizadas nas extremidades da viga. Nas cabeceiras estão fixadas as rodas, uma das quais geralmente é acionada por uma caixa de engrenagem, que por sua vez é acionada por um motor elétrico, o que permite o movimento de translação da ponte rolante. Estas rodas se movem por sobre os trilhos que compõem o caminho de rolamento.
Viga(s)
É a viga principal da ponte rolante. Quando o projeto da ponte rolante utiliza apenas uma viga tem-se uma ponte chamada de uni-viga, e quando o projeto da ponte rolante utiliza duas vigas temse uma ponte chamada de ponte dupla-viga. Sobre ou sob esta viga, dependendo do tipo de ponte rolante desloca-se o carro da talha.
Carro da tralha
O carro da talha é composto pelo carro trolley e pela talha.
58 Trolley
O carro trolley movimenta a talha por sobre a viga da ponte rolante. Geralmente o movimento do carro trolley é realizado por um motor elétrico que aciona uma caixa de engrenagem por meio de um conjunto de correia e polia.
Talha
A talha é montada no carro trolley e é resposável pelo movimento de elevação da ponte rolante. Geralmente a talha utiliza um cabo de aço para levantar um bloco de gancho ou dispositivo de elevação. Para parar o movimento de elevação é utilizado um motor elétrico com freio chamado de motofreio.
Caminho de rolamento
Tipos de equipamentos
Ponte rolante apoiada A viga da ponte rolante corre por cima dos trilhos do caminho de rolamento. Estes trilhos são sustentados pelas colunas de concreto do prédio ou, no caso do projeto do prédio não ter previsto a instalação de uma ponte rolante, colunas de aço especialmente fabricadas para a estrutura do caminho.
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Ponte rolante suspensa A viga da ponte rolante corre por baixo dos trilhos das vigas do caminho de rolamentos.Estes trilhos são sustentados pelas colunas de concreto do prédio ou, no caso do projeto do prédio não ter previsto a instalação de uma ponte rolante, colunas de aço especialmente fabricadas para a estrutura do caminho.
Ponte rolante uni-viga A ponte rolante é constituída por duas cabeceiras, uma única viga e um ou dois carros trolley que sustentam a(s) talha(s). O carro trolley corre na flange inferior da viga da ponte rolante.
Ponte rolante dupla-viga A ponte rolante é constituída por duas cabeceiras, duas vigas e um ou dois carros trolley que sustentam a(s) talha(s). O carro trolley corre em trilhos que são fixados na parte superior da viga da ponte rolante.
60 Controle dos movimentos Botoeira pendente
A botoeira pendente é a forma mais tradicional de controlar os movimentos de uma ponte rolante. Entretanto, como a botoeira pendente é ligada ao painel elétrico da ponte rolante através de um cabo, ela pode contribuir para: aumentar o risco da operação (devido a proximidade do operador com a carga que está sendo movimentada), diminuir a produtividade (o operador pode ter dificuldade em se movimentar por entre máquinas e materiais, pois está preso a ponte rolante pela botoeira pendente) e aumentar os custos de manutenção (pois o cabo está sujeito a enroscar em algo e a botoeira pendente está sujeita a golpes e pancadas).
Controle remoto
Outra maneira de controlar os movimentos de uma ponte rolante é através do uso de um controle remoto via rádio frequência. Este tipo de equipamento é composto por um receptor de rádio frequência conectado eletricamente ao painel da ponte rolante, um transmissor portátil para seleção dos movimentos, carregador de baterias e bateria (química). O uso do controle remoto via rádio frequência oferece algumas vantagens sobre a botoeira pendente:
O transmissor do controle remoto é portátil, assim, assegura um melhor posicionamento do operador em relação a carga que está sendo movimentada, ou seja, mais segurança na operação da ponte rolante. O controle remoto permite que o operador se posicione a uma distância segura do receptor que está conectado ao painel da ponte rolante, ou seja, o operador pode escolher a melhor e mais eficiente rota dentro da configuração de instalação de fábrica para se locomover, aumentando a produtividade. Com o uso do controle remoto, a botoeira pendente pode ser retirada ou pode continuar instalada atuando como reserva do controle remoto. Em ambos os casos o desgaste dos cabos será mínimo, reduzindo os custos de manutenção da ponte rolante.
61 Cabine
Outra maneira de controlar os movimentos da uma ponte rolante é através de uma cabine de operação que é localizada na própria ponte rolante. Este tipo de controle é utilizado quando o ambiente abaixo da ponte é muito agressivo e/ou quando o operador precisa visualizar a operação pelo alto, como, por exemplo, a movimentação de um container (transporte).