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APOSTILA 2 1 – Intervalos 1.1 – Definição............................................................................................ 1.2 – Analisando um Intervalo....................................................................... 1.3 – Tipos de Intervalos.............................................................................. 1.4 – Cifragem dos Intervalos........................................................................ 1.5 – Intervalos no braço da guitarra.............................................................. 1.6 – Inversão de Intervalos......................................................................... 1.7 – Padrões Sobre Intervalos...................................................................... 1.8 – Aplicação Prática.................................................................................
07 08 14 15 16 17 20 22
2 – Tríades 2.1 – Definição............................................................................................ 2.2 – Tipos de Tríades.................................................................................. 2.3 – Tríades Fechadas e Abertas................................................................... 2.4 – Inversões de Tríades............................................................................ 2.5 – Resumo Sobre Tríades.......................................................................... 2.6 – Campo Harmônico Maior Tríadico........................................................... 2.7 – Como Encontrar um Campo Harmônico Maior Trádico............................... 2.8 – Sweep Picking..................................................................................... 2.9 – Modelos Tradicionais de Arpejos Triádicos............................................... 2.10 – Arpejos Triádicos com Palhetada Alternada............................................ 2.11 – Dicionário de Acordes Triádicos............................................................ 2.12 – Arpejos do Campo com Saltos.............................................................
24 25 26 26 27 28 29 29 30 31 32 33
3 – Tétrades 3.1 – Definição............................................................................................ 3.2 – Campo Harmônico Maior com Tétrades................................................... 3.3 – Dicionário de Acordes com Tétrades....................................................... 3.4 – Campo Harmônico com Tétrades (Modelo de C)....................................... 3.5 – Campo Harmônico com Tétrades (Modelo de E)....................................... 3.6 – Campo Harmônico com Tétrades (Modelo de D)....................................... 3.7 – Campo Harmônico com Tétrades (Mesma Região).................................... 3.8 – Modelos de Arpejos com Tétrades.......................................................... 3.9 – Padrões de Arpejos Sugeridos...............................................................
34 34 35 36 36 36 36 36 37
3 – Modos Gregos 3.1 – Definição............................................................................................ 3.2 – Jônio.................................................................................................. 3.3 – Dórico................................................................................................ 3.4 – Frígio................................................................................................. 3.5 – Lídio.................................................................................................. 3.6 – Mixolídio............................................................................................. 3.7 – Eólio.................................................................................................. 3.8 – Lócrio................................................................................................ 3.9 – Jônio Referência.................................................................................. 3.10 – Modos Gregos (Resumo)..................................................................... 3.11 – Acordes com Tensões (ou Dissonantes)................................................. 3.11 – Tabela comparativa entre os modos..................................................... 3.11 – Shapes em todos os modos.................................................................
38 38 39 39 40 40 41 41 41 45 46 50 50
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INTERVALOS Na música, um intervalo nada mais é que a distância entre uma nota e outra medida em tons. O estudo de intervalos é bastante importante para que fique mais fácil compreender escalas, acordes, progressões e suas funções funções no contexto musical. É muito mais fácil entender os intervalos de uma escala ou acorde do que decorar seus desenhos ao longo do braço. Com certeza alguma vez você ouviu falar os termos quinta justa, quarta e eles provavelmente lhe assustaram. Mas o que você aumentada ou terça menor e não sabia é que existe uma equivalência para eles em tons e semitons e é nessa parte que as coisas começam a fazer sentido. Por exemplo, o intervalo de terça menor é é exatamente igual a um intervalo de 1 tom e meio. Um intervalo de quarta diminuta é igual a um intervalo de 2 tons e meio. Vendo os intervalos dessa forma é muito mais fácil assimilarmos ao braço da guitarra. Tomemos nossa velha e conhecida escala de C Maior como ponto de partida. Os intervalos são analisados a partir da distância entre a tônica (T) e cada um dos outros graus. Os intervalos determinados pelas distâncias da T para: -2a, 3a, 6a e 7a notas são chamados de MAIORES e da T para: - 4a, 5a e 8a notas são chamados de JUSTOS
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ANALISANDO UM INTERVALO A análise de intervalos é feita apenas entre 2 notas. Para isso, sempre devemos lembrar que: Todos intervalos existentes na escala maior são maiores ou justos. No caso de qualquer alteração em relação à escala maior referência, devemos consultar a seguinte relação: Maiores - Podem se tornar menores, diminutos e aumentados.
Justos - Podem se tornar diminutos e aumentados.
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Ex. 1: Encontre o intervalo abaixo:
Passo 1: Tome como referência a escala maior da nota mais grave:
Passo 2: Compare o intervalo pedido com o intervalo existente na escala maior referência
Passo 3: Verifique se o intervalo pedido e o intervalo existente na escala maior referência são iguais. Lembre-se que: - Intervalos existentes na escala maior: Podem ser apenas maiores e justos. - Intervalos resultantes de alterações: Maiores tornam-se menores, aumentados e diminutos. Justos tornam-se aumentados e diminutos. Como o intervalo pedido e o intervalo existente na escala maior referência:
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Ex. 2: Encontre o intervalo abaixo:
Passo 1: Tome como referência a escala maior da nota mais grave:
Passo 2: Compare o intervalo pedido com o intervalo existente na escala maior referência
Passo 3: Verifique se o intervalo pedido e o intervalo existente na escala maior referência são iguais. Lembre-se que: - Intervalos existentes na escala maior: Podem ser apenas maiores e justos. - Intervalos resultantes de alterações: Maiores tornam-se menores, aumentados e diminutos. Justos tornam-se aumentados e diminutos. Como o intervalo pedido e o intervalo existente na escala maior referência:
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Ex. 3: Encontre o intervalo abaixo:
Passo 1: Tome como referência a escala maior da nota mais grave:
Passo 2: Compare o intervalo pedido com o intervalo existente na escala maior referência
Passo 3: Verifique se o intervalo pedido e o intervalo existente na escala maior referência são iguais. Lembre-se que: - Intervalos existentes na escala maior: Podem ser apenas maiores e justos. - Intervalos resultantes de alterações: Maiores tornam-se menores, aumentados e diminutos. Justos tornam-se aumentados e diminutos. O intervalo pedido e o intervalo pertencente à escala referência não são iguais, portanto, deveremos verificar qual alteração ele teve:
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Nesse caso o intervalo é de 3a Menor.
Ex. 4: Encontre o intervalo abaixo:
Passo 1: Tome como referência a escala maior da nota mais grave:
Passo 2: Compare o intervalo pedido com o intervalo existente na escala maior referência
Passo 3: Verifique se o intervalo pedido e o intervalo existente na escala maior referência são iguais. Lembre-se que: - Intervalos existentes na escala maior: Podem ser apenas maiores e justos. - Intervalos resultantes de alterações: Maiores tornam-se menores, aumentados e diminutos. Justos tornam-se aumentados e diminutos.
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O intervalo pedido e o intervalo pertencente à escala referência não são iguais, portanto, deveremos verificar qual alteração ele teve:
Nesse caso o intervalo é de 4a Aumentada descendente.
IMPORTANTE
Obs.: É muito comum a confusão dos intervalos quando não visualizamos com clareza as enarmonias entre eles. Repare que o intervalo de quinta diminuta e o intervalo de quarta aumentada são equivalentes. Neste caso o que importa é a nomenclatura inicial: se o intervalo pedido é de D a G# devemos usar quarta aumentada, pois o G é a quarta justa de D. Se o intervalo pedido é de D a Ab devemos usar quinta diminuta, pois o A é a quinta justa de D.
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TIPOS DE INTERVALOS 1 - Intervalos Harmônicos ou Melódicos Harmônicos: Notas tocadas ao mesmo tempo.
Melódicos: Notas tocadas consecutivamente.
2 - Intervalos Ascendentes ou Descendentes Ascendentes: A primeira nota a ser tocada é mais grave.
Descendente: A primeira nota a ser tocada é mais aguda.
3 - Intervalos Simples ou Compostos Simples: Quando as notas envolvidas no intervalo estão contidas na mesma oitava.
Composto: Quando as notas envolvidas no intervalo ultrapassam o limite de uma oitava.
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Na prática, quando ultrapassamos os limites de uma oitava, alguns intervalos têm seus nomes modificados. SIMPLES 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª
COMPOSTO 9ª 3ª 11ª 5ª 13ª 7ª
Repare que os intervalos de 3a, 5a e 7a tem o mesmo nome em qualquer oitava. Isso acontece porque eles são os intervalos que estruturam a tétrade. CIFRAGEM DOS INTERVALOS
Obs.: 3b não significa que a nota necessariamente terá o acidente bemol. Esse b significa que o intervalo de 3a maior se tornou de 3a menor (desceu ½ tom). O mesmo acontece com 2b, 4b, 4#, etc.
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INTERVALOS NO BRAÇO DA GUITARRA
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INVERSÃO DE INTERVALOS Para melhor visualizarmos os intervalos no braço da guitarra, é muito importante conhecermos suas inversões. PRIMEIRA REGRA: Após uma inversão teremos sempre as seguintes alterações: Intervalos MAIORES tornam-se MENORES Intervalos MENORES tornam-se MAIORES Intervalos AUMENTADOS tornam-se DIMINUTOS Intervalos DIMINUTOS tornam-se AUMENTADOS Intervalos JUSTOS continuam JUSTOS SEGUNDA REGRA: A somatória dos valores, antes e depois de uma inversão, resulta sempre em 9.
Repare nos seguintes exemplos: C até E = 3ª Maior A até D# = 4ª Aum E até B = 5ª Justa
INVERTENDO
INVERTENDO
INVERTENDO
E até C = 6ª Menor D# até A = 5ª Dim B até E = 4ª Justa
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EXERCÍCIOS Encontre os seguintes intervalos no braço da guitarra:
Nona menor
Terça menor
Quarta justa
Segunda maior
Terça maior
Quarta aumentada
Nona menor
Terça menor
Quarta justa
Segunda menor
Terça maior
Quarta diminuta
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Quinta diminuta
Sexta menor
Quinta justa Sexta maior
Quinta diminuta
Sexta menor
Quinta justa Sexta maior
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Sétima maior
Sétima diminuta
Sétima maior
Sétima menor
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Nona maior
Terça maior
Quarta aumentada
Segunda maior
Terça maior
Quarta justa
Quinta justa
Sexta menor
Quinta justa Sexta maior
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Sétima menor
Sétima maior
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PADRÕES SOBRE INTERVALOS Em 3as
Em 4as
Em 5as
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Em 6as
Em 7as
Em 8as
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APLICAÇÃO PRÁTICA Ex. 01: Iron Maiden – Wasting Love (0:02) Esse é um exemplo clássico de harmonizações através de intervalos. Nesse caso, como a banda tem dois guitarristas, um toca a linha de baixo e outro toca a linha de cima. Repare que a harmonização é feita em 3as acima da frase principal.
Ex. 02: Metallica – Master of Puppets (3:52) Neste solo, o mais clássico da carreira do Metallica, também foi usada a harmonização através de intervalos de 3as. Esse artifício era muito utilizado por bandas de rock e heavy metal da década de 80. Neste exemplo, a sonoridade da harmonização pode soar exótica foi utilizada a escala menor harmônica durante os acordes B7 e B7/D#.
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TRÍADES Tríade é a conjunto de 3 notas. Tônica, terça e quinta. As tríades são formadas por superposição de intervalos de terça. Imagine a seguinte escala:
Localize sempre os graus da tríade:
Repare os intervalos são de 3as sobrepostas:
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TIPOS DE TRÍADES Sabemos que o intervalo de 3a pode ser maior ou menor. Com isso temos 4 diferentes possibilidades na formação das tríades: 1 - Tríade Maior (T 3 5)
2 - Tríade Menor (T b3 5)
3 - Tríade Diminuta (T b3 b5)
4 - Tríade Aumentada (T 3 #5)
TIPO DE TRÍADE Tríade Maior Tríade Menor Tríade Diminuta Tríade Aumentada
CIFRAGEM C Cm b5 Cm / Co / Cdim C#5 / C5+ / Caum
INTERVALOS T 3 5 T b3 5 T b3 b5 T 3 #5
O estudo de tríades é de grande importância, pois com elas damos início ao estudo de harmonia. A tríade é a base de todos tipos de acordes diatônicos. Dentre suas diversas utilidades, elas são muito usadas em arpejos.
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TRÍADES FECHADAS E ABERTAS Observe a figura abaixo. Quando a ordem das notas da tríade é feita no sentido horário dizemos que essa é uma “tríade fechada”. Quando é feita no sentido anti-horário dizemos que essa é uma “tríade aberta”.
INVERSÕES DE TRÍADES Dizemos que uma tríade está invertida quando sua tônica não está no baixo. Por exemplo, uma tríade com a formação 5 T 3 é uma tríade fechada invertida e uma tríade com a formação 3 T 5 é uma tríade aberta invertida. Observe a nomenclatura das inversões:
IMPORTANTE
Obs.: A inversão da tríade não interfere de forma alguma em sua classificação entre maior, menor, diminuta ou aumentada.
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RESUMO SOBRE TRÍADES
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CAMPO HARMÔNICO MAIOR TRIÁDICO O campo harmônico triádico de uma tonalidade é formado pelo conjunto de tríades empilhadas em cada grau da escala. Com isso, teremos 7 acordes que à princípio formam nosso primeiro dicionário de acordes dessa tonalidade em questão. Utilizando o conhecimento do Sistema 5 (CAGED), teremos uma infinidade de possibilidades de digitações para cada um desses 7 acordes que se encontram separados em 5 regiões. A estrutura de um campo é bastante simples, repare:
Tríade de C
Tríade de Dm
Tríade de Em
Tríade de F
Tríade de G
Tríade de Am
Tríade de Bmb5
Como citado acima, o campo harmônico nada mais é que a combinação das 7 notas da escala através das tríades. Campo de C maior: C Dm Em F G Am Bmb5 IMPORTANTE
Todas as notas de cada tríade devem respeitar a armadura de clave da tonalidade em questão. Assim, cada grau terá um tipo de tríade. Também é muito importante lembrar que quando formamos uma tríade dentro de um campo, isso significa que essa tríade pode ser adotada de qualquer forma (aberta, fechada, invertida, etc.). Veja:
Tríade de C
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Tríade de Dm
Tríade de Em
Tríade de F
Tríade de G
Tríade de Am
Tríade de Bmb5
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COMO ENCONTRAR UM CAMPO HAMÔNICO MAIOR TRÍADICO Caso haja qualquer dificuldade na formação de um campo harmônico, lembre-se dos seguintes passos: - Depois de escolhida a tonalidade, faça a armadura de clave; - Escreva cada grau da escala; - Empilhe suas respectivas 3as e 5as; - Escreva a denominação do campo seguindo a seguinte fórmula:
IM IIm IIIm IVM VM VIm VIImb5
Tríade de D
Tríade de Em
Tríade de F#m
Tríade de G
Tríade de A
Tríade de Bm
Tríade de C#mb5
SWEEP PICKING O sweep picking (palhetada varredora) é uma técnica de mão direita usada para economizar movimentos. Essa economia de movimentos é dada através do aproveitamento do sentido de palhetada (que diferencia o sweep da palhetada alternada). É muito comum a utilização do sweep com escalas em digitações de 3 notas por corda, porém, sua principal utilização é feita com os arpejos. IMPORTANTE
O movimento de aproveitamento do sweep, por exemplo, ‘baixo baixo baixo’, não é feito com palhetadas individuais com o sentido para baixo e sim com um movimento único que acerta as cordas em seu caminho. A grande dica para se obter um bom sweep é praticá-lo como um movimento que acerta várias cordas e não como vários pequenos movimentos que acertam uma corda de cada vez. DICA: Como o sweep é uma técnica de mão direita, não desperdicem toda sua atenção com sua mão esquerda. O segredo está 90% na mão direita (que deve executar as notas como uma vassoura varrendo) e 10% na sua mão esquerda (que deve mutar as notas já tocadas para não soarem em momentos indesejados). Todos direitos reservados – Lucas Godoy www.lucasgodoy.com
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MODELOS TRADICIONAIS DE ARPEJOS TRIÁDICOS
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ARPEJOS TRIÁDICOS COM PALHETADA ALTERNADA Não sabemos em qual mundo o guitarrista Steve Morse estava quando teve a idéia de executar arpejos com palhetada alternada. A localização geométrica dos graus de uma tríade nos leva sempre a usar o “sweep”, mas o fato de não repetirmos nenhum sentido de palhetada nos da uma habilidade única de conseguir palhetar qualquer corda, em qualquer sentido a qualquer momento. É essa a idéia. Experimente utilizar os mesmos desenhos e padrões sugeridos para arpejos com sweep, modificando apenas seu padrão de palhetada para ‘baixo, cima, baixo, cima...’. Ex. 01: Steve Morse – Tumeni Notes (0:02) Segue abaixo um tema clássico do Morse onde podemos encontrar exatamente esse novo conceito sugerido. Repare que temos em diversas digitações notas cromáticas ‘outside’ (fora da escala) utilizadas apenas como passagem, preenchendo ritmicamente as células utilizadas.
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DICIONÁRIO DE ACORDES TRIÁDICOS CAGED triádico maior (Exemplo com o acorde de C)
CAGED triádico aumentado (Exemplo com o acorde de C#5)
CAGED triádico menor (Exemplo com o acorde de Cm)
CAGED triádico diminuto (Exemplo com o acorde de Cm b5)
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Repare que muitos dos modelos (principalmente aumentados e diminutos) são impossíveis de se digitar em todas as cordas. Nesse caso, fique à vontade para abreviá-los desde que se tenha cuidado em manter no mínimo a tríade completa. ARPEJOS DO CAMPO COM SALTOS Um bom treino para palhetada é saltar as cordas sobre shapes e arpejos. No exercício abaixo, temos os arpejos do Campo Harmônico de G maior no modelo de E em um formato diferente do usado anteriormente com sweep. Lembre-se: metrônomo e palhetada alternada.
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TÉTRADES Assim como nas tríades, as tétrades são formadas por empilhamentos de terças. Nesse caso, adicionamos uma terça acima do último grau de uma tríade. A estrutura básica de uma tétrade é tônica, terça, quinta e sétima. Repare: Tétrade de C7+
Tétrade de C7
Tétrade de Cm7
Tétrade de Cm7b5
Qualquer movimentação dos intervalos das tétrades muda a estrutura da mesma. É possível formar diversas outras tétrades mas elas não fazem parte do Campo Harmônico Maior. CAMPO HARMÔNICO MAIOR COM TÉTRADES O Campo Harmônico Maior com tétrades, assim como no triádico, é formado pelo conjunto das tétrades empilhadas em cada grau da escala. Nesse caso, teremos os mesmos 7 acordes que já conhecemos apenas com a adição de sua sétima correspondente. Novamente, separaremos esses acordes em 5 regiões e mapearemos o braço inteiro através do CAGED. Repare:
Tétrade de C7+
Tétrade de Dm7
Tétrade de Em7
Tétrade de F7+
Tétrade de G7
Tétrade de Am7
Tétrade de Bm7b5
Outra maneira fácil para se encontrar um Campo Harmônico Maior com tétrades é seguir a seguinte fórmula:
I7+ IIm7 IIIm7 IV7+ V7 VIm7 VIIm7 b5 34
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DICIONÁRIO DE ACORDES COM TÉTRADES (CAGED) Exemplo com o acorde de C7+ em 5 regiões
Exemplo com o acorde de C7 em 5 regiões
Exemplo com o acorde de Cm7 em 5 regiões
Exemplo com o acorde de Cm7b5 em 5 regiões
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CAMPO HARMÔNICO COM TÉTRADES (MODELO DE C)
CAMPO HARMÔNICO COM TÉTRADES (MODELO DE E)
CAMPO HARMÔNICO COM TÉTRADES (MODELO DE D)
CAMPO HARMÔNICO COM TÉTRADES (NA MESMA REGIÃO)
MODELOS DE ARPEJOS COM TÉTRADES
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Padrão 1
PADRÕES DE ARPEJOS SUGERIDOS
Padrão 2
Padrão 3
Padrão 4
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MODOS GREGOS Os modos nada mais são que as 7 possíveis inversões da Escala Maior. Na verdade, o simples fato de se inverter uma escala faz com que toda sua sonoridade e toda sua análise sejam modificadas. O mais importante é lembrar que um modo não é apenas uma digitação, e sim uma intenção sonora causada pela diferente análise do campo invertido. Cada modo tem uma sonoridade totalmente diferente e com o tempo (e muito treino) as peculiaridades de cada intenção modal soarão únicas e inconfundíveis. É importante lembrar que o simples fato de invertermos a escala e seu campo faz com que todas nossas notas-alvo e notas evitáveis sejam modificadas, assim como as inversões de tétrades, etc. JÔNIO O modo Jônio é a escala maior em sua posição fundamental. I C7+
II Dm7
III Em7
IV F7+
V G7
VI Am7
VII Bm7b5
4/11
5
6/13
7+
Os intervalos do modo Jônio são: T
2/9
3
Nota Evitável: 4 Nota Característica: --Tipos de Acorde: Qualquer combinação entre T 2 3 4 5 6 7+ Obs.: O modo Jônio não tem nota característica pois ele é a referência quando pensamos em modos maiores. Partindo desse princípio, todas as notas são características. Para caracterizar sua intenção, evite usar o V7 criando expectativa para I7+.
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DÓRICO O modo Dórico é a escala maior começando pelo seu segundo grau. I Dm7
II Em7
III F7+
IV G7
V Am7
VI Bm7b5
VII C7+
4/11
5
6/13
7
Os intervalos do modo Dórico são: T
2/9
b3
Nota Evitável: --Nota Característica: 6 Tipos de Acorde: Qualquer combinação entre T 2 b3 4 5 6 7 FRÍGIO O modo Frígio é a escala maior começando pelo seu terceiro grau. I Em7
II F7+
III G7
IV Am7
V Bm7b5
VI C7+
VII Dm7
4/11
5
b6/b13
7
Os intervalos do modo Frígio são: T
b2/b9
b3
Nota Evitável: b2/b9 Nota Característica: b2/b9 Tipos de Acorde: Qualquer combinação entre T b2 b3 4 5 b6 7 Obs.: Mesmo o grau b2/b9 sendo a nota característica do modo Frígio, ele é a nota evitável por estar em choque de meio tom com a tônica. Evite repouso nesse grau.
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LÍDIO O modo Lídio é a escala maior começando pelo seu quarto grau. I F7+
II G7
III Am7
IV Bm7b5
V C7+
VI Dm7
VII Em7
#4/#11
5
6/13
7+
Os intervalos do modo Lídio são: T
2/9
3
Nota Evitável: --Nota Característica: #4/#11 Tipos de Acorde: Qualquer combinação entre T 2 3 #4 5 6 7+ MIXOLÍDIO O modo Mixolídio é a escala esca la maior começando pelo seu quinto grau. I G7
II Am7
III Bm7b5
IV C7+
V Dm7
VI Em7
VII F7+
4/11
5
6/13
7
Os intervalos do modo Mixolídio são: T
2/9
3
Nota Evitável: --Nota Característica: 7 Tipos de Acorde: Qualquer combinação entre T 2 3 4 5 6 7
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EÓLIO O modo Eólio é a escala maior ma ior começando pelo seu sexto grau. I Am7
II Bm7b5
III C7+
IV Dm7
V Em7
VI F7+
VII G7
4/11
5
b6/b13
7
Os intervalos do modo Eólio são: T
2/9
b3
Nota Evitável: b6/b13 Nota Característica: b6/b13 Tipos de Acorde: Qualquer combinação entre T 2 b3 4 5 b6 7 Obs.: O modo Eólio também pode ser chamado cha mado de Escala Menor Natural. LÓCRIO O modo Lócrio é a escala maior começando pelo seu sétimo grau. I Bm7b5
II C7+
III Dm7
IV Em7
V F7+
VI G7
VII Am7
4/11
b5
b6/b13
7
Os intervalos do modo Lócrio são: T
b2/b9
b3
Nota Evitável: Sem extremo cuidado, TODAS Nota Característica: b5 Tipos de Acorde: Qualquer combinação entre T b2 b3 4 b5 b6 7 Obs.: O modo Lócrio quase nunca é usado. Seus intervalos são quase todos tensos e é praticamente impossível soar de uma forma agradável usando o Lócrio. JÔNIO REFERÊNCIA Como visto há pouco, cada modo tem sua sonoridade e notas características. Entretanto, nunca podemos nos esquecer que todos os modos nasceram originalmente de uma escala maior. O grande segredo da memorização dos modos é lembrar de qual escala maior ele surgiu. Por exemplo: Bb Lídio é o quarto grau da escala de F maior, então nesse caso, chamamos F de Jônio-Referência.
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EXERCÍCIOS De acordo com os modos escolhidos, determine o modo Jônio-Referência: C Mixo C Dórico C Lócrio C Eólio C Frígio C Lídio D Mixo D Dórico D Lócrio D Eólio D Frígio D Lídio E Mixo E Dórico E Lócrio E Eólio E Frígio E Lídio F Mixo F Dórico F Lócrio F Eólio F Frígio F Lídio G Mixo G Dórico G Lócrio G Eólio G Frígio G Lídio A Mixo A Dórico A Lócrio A Eólio A Frígio A Lídio B Mixo B Dórico B Lócrio B Eólio B Frígio B Lídio
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F Jônio
C# Mixo C# Dórico C# Lócrio C# Eólio C# Frígio C# Lídio D# Mixo D# Dórico D# Lócrio D# Eólio D# Frígio D# Lídio Eb Mixo Eb Dórico Eb Lócrio Eb Eólio Eb Frígio Eb Lídio F# Mixo F# Dórico F# Lócrio F# Eólio F# Frígio F# Lídio Gb Mixo Gb Dórico Gb Lócrio Gb Eólio Gb Frígio Gb Lídio Ab Mixo Ab Dórico Ab Lócrio Ab Eólio Ab Frígio Ab Lídio Bb Mixo Bb Dórico Bb Lócrio Bb Eólio Bb Frígio Bb Lídio
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Crie 5 acordes com tensões do modo Jônio, incluindo seus respectivos nomes e localização do braço:
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Crie 5 acordes com tensões do modo Dórico, incluindo seus respectivos nomes e localização do braço:
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Crie 5 acordes com tensões do modo Frígio, incluindo seus respectivos nomes e localização do braço:
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Crie 5 acordes com tensões do modo Lídio, incluindo seus respectivos nomes e localização do braço:
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Crie 5 acordes com tensões do modo Mixolídio, incluindo seus respectivos nomes e localização do braço:
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Crie 5 acordes com tensões do modo Eólio, incluindo seus respectivos nomes e localização do braço:
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Crie 5 acordes com tensões do modo Lócrio, incluindo seus respectivos nomes e localização do braço:
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MODOS GREGOS (RESUMO) - Um modo NÃO É UMA DIGITAÇÃO e sim uma intenção sonora causada pela inversão dos graus da escala; - Cada modo se estende por todo o braço; Um shape NÃO É UM MODO! - A ênfase no baixo (baixo pedal) deixa a música mais caracterizada com a intenção do modo; - É muito importante decorar todas as notas características e evitáveis de cada modo assim como a tríade de sua tônica em todas suas inversões no braço da guitarra; - Cada modo tem um ‘clima’: - Jônio: “Eu estou feliz...” - Dórico: Rock Blues - Frígio: Som obscuro, tenso – tende ao espanholado - Lídio: “Eu estou feliz, mas não exatamente como você....” - Mixo: Bluesy - Eólio: Emocionante (força a barra para o lado melancólico) - Lócrio: Som obscuro
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ACORDES COM TENSÕES (OU DISSONANTES) Damos o nome de tensões ou dissonâncias aos graus que, em uma escala, não formam a tétrade. Ex: T 2/9 3 4/11 5 6/13 7
Forma a Tétrade Tensão ou dissonância Forma a Tétrade Tensão ou dissonância Forma a Tétrade Tensão ou dissonância Forma a Tétrade
Acordes Jônios: ( T o d o s e x e m p l o s a b a i x o e s t ã o n o s 7 m o d o s d a e s c a la d e C ) São formados pela combinação dos graus do modo Jônio (T 2 3 4 5 6 7+). Sua estrutura não necessariamente precisa estar baseada na tríade ou tétrade principal do modo. Exemplo: C6 (T 3 5 6), C7+9 (T 9 3 5 7+), etc. Outro artifício muito comum é a utilização do baixo pedal com movimentação das tríades do modo. Nesse tipo de situação é possível fazer a analise individual do efeito que cada tríade causa somada a aquele baixo que está sendo tocado continuamente. Ex.: // C / Am/C / G/C / F/C //
C
Am/C (C9)
G/C (C7+9)
(Obs.: Considere 2=9, 4=11 e 6=13 e assim por diante)
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F/C (C11)
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Acordes Dóricos: São formados pela combinação dos graus do modo Dórico (T 2 b3 4 5 6 7). Sua estrutura não necessariamente precisa estar baseada na tríade ou tétrade principal do modo. Exemplo: Dm6 (T b3 5 6), Dm79 (T 9 b3 5 7), etc. Utilizando o artifício do baixo pedal, teremos progressões sempre soando da maneira mais explícita de cada modo (mesmo não contendo a tríade de Dm em seu formato original). Ex.: // F/D / % / G/D / % //
F/D (Dm7)
G/D
(Obs.: Considere 2=9, 4=11 e 6=13 e assim por diante) Acordes Frígios: São formados pela combinação dos graus do modo Frígio (T b2 b3 4 5 b6 7). Sua estrutura não necessariamente precisa estar baseada na tríade ou tétrade principal do modo. Exemplo: Em7b9 (T b9 b3 5 7), Em7b6 (T b3 5 b6), etc. Utilizando o artifício do baixo pedal, teremos progressões sempre soando da maneira mais explícita de cada modo. Ex.: // Em / % / F/E / G/E //
Em
F/E (Emb9 11 b6)
G/E (Em7)
(Obs.: Considere 2=9, 4=11 e 6=13 e assim por diante)
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Acordes Lídios: São formados pela combinação dos graus do modo Lídio (T 2 3 #4 5 6 7+). Sua estrutura não necessariamente precisa estar baseada na tríade ou tétrade principal do modo. Exemplo: F7+ #11 (T 3 #11 5 7+), F7+9 (T 9 3 5 7+), etc. Utilizando o artifício do baixo pedal, teremos progressões sempre soando da maneira mais explícita de cada modo. Ex.: // F / G/F / C/F / G/F //
F
G/F
9 #11 6
(F
)
C/F (F7+9)
(F
G/F
9 #11 6
)
(Obs.: Considere 2=9, 4=11 e 6=13 e assim por diante) Acordes Mixolídios: São formados pela combinação dos graus do modo Mixolídio (T 2 3 4 5 6 7). Sua estrutura não necessariamente precisa estar baseada na tríade ou tétrade principal do modo. Exemplo: G7 13 (T 3 13 7), G79 (T 9 3 5 7), etc. Utilizando o artifício do baixo pedal, teremos mais um exemplo de como a movimentação das tríades caracteriza cada modo de uma forma única. Repare na sonoridade ‘bluesy’ do Mixo. Ex.: // G / F/G / C/G / G //
G
F/G (G7 9 11)
C/G
(Obs.: Considere 2=9, 4=11 e 6=13 e assim por diante)
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G
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Acordes Eólios: São formados pela combinação dos graus do modo Eólio (T 2 b3 4 5 b6 7). Sua estrutura não necessariamente precisa estar baseada na tríade ou tétrade principal do modo. Exemplo: Am6 (T b3 5 6), Am79 (T 9 b3 5 7), etc. Mais uma vez, no exemplo de com os acordes com baixo pedal, podemos perceber o som característico do Eólio: Ex.: // Am9 / F/A / G/A / C/A //
Am9
F/A (Am b6)
G/A (Am7 9 11)
C/A (Am7)
(Obs.: Considere 2=9, 4=11 e 6=13 e assim por diante) Acordes Lócrios: Apesar de serem pouco comuns em Vamps (harmonia parada), os acordes Lócrios tem grande importância nas cadências que aprenderemos nos próximos capítulos. Seu som individual é desagradável e tenso. Exemplo: Bm7b5 b9 (T b9 b3 b5 7), Bm7 b5 b13 (T b3 b5 b13 7), etc. De qualquer maneira, se preferir se arriscar com Vamps em Lócrio, muito cuidado com os repousos. Ex.: // Bm7b5 / % / F/B / % //
Bm7b5
F/B (Bm7b5)
(Obs.: Considere 2=9, 4=11 e 6=13 e assim por diante)
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TABELA COMPARATIVA ENTRE OS MODOS MODOS MAIORES Jônio – T 2 3 4 5 6 7+ (Referência) Lídio – T 2 3 #4 5 6 7+ Mixolídio – T 2 3 4 5 6 7
MODOS MENORES Eólio – T 2 b3 4 5 b6 7 (Referência) Dórico – T 2 b3 4 5 6 7 Frígio – T b2 b3 4 5 b6 7 Lócrio – T b2 b3 4 b5 b6 7
Repare que os modos são divididos entre maiores e menores. O modo maior que sempre tomamos como referência é o Jônio pois ele é, em outras palavras, a escala maior em sua posição fundamental. O modo menor que tomamos como referência é o Eólio pois ele é, em outras palavras, a escala menor natural (relativa ao Jônio analizado). É muito mais fácil lembrar as notas modificadas em cada modo maior em relação ao Jônio e em cada modo menor em relação ao Eólio do que todas as 7 fórmulas de uma só vez. SHAPES EM TODOS OS MODOS Repare que nas digitações abertas e fechadas tínhamos as notas pintadas em cinza. Elas eram as tônicas de cada desenho. Acontece que quando mudamos de modo, essas tônicas não terão mais valor algum pois quem manda em um modo é a tônica desse modo (assim como as notas de repouso da tríade do modo). Seguem nas próximas duas páginas, os desenhos dos shapes sem as notas pintadas em cinza para que você tire cópias e personalize os outros modos quando necessário.
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DICAS PENTATÔNICA – 3 NOTAS POR CORDA NÍVEL: INTERMEDIÁRIO Essa alternativa é altamente aconselhável a guitarristas de rock, onde se usa muito o formato de 3 notas por corda com tercinas e sextinas. Dessa forma o som é filtrado evitando os choques com possíveis “avoid notes”. Ex.1: Pentatônica m7 blues (Digitação opcional com 3 notas por corda)
Ex.2: Pentatônica m6 blues (Digitação opcional com 3 notas por corda)
Ex.3: Pentatônica m7 – Shapes Tradicionais Somados de 2 em 2 (Digitação opcional com 3 notas por corda*)
* Repare que sempre a última nota de uma corda é a primeira da corda seguinte. Esse tipo de malandragem é muito usada pelo Steve Morse, que faz com que as notas repetidas causem uma confusão proposital no som. Obs.1: Experimente praticar com padrões, inverter o sentido das palhetadas, usar hammer-on e pull-off, saltos e quaisquer artifícios que tragam fluência para esse estudo; Obs.2: Tente soar bluesy.
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PREVENÇÃO A LESÕES NÍVEL: TODOS Atendendo a pedidos, decidi comentar sobre lesões em mãos e braços. Apesar de todos saberem que as lesões acontecem, poucos sabem como prevenilas. Meu primeiro ponto a citar é que um guitarrista (ou músico no geral) deve ter consciência de que suas mãos são seus instrumentos de trabalho, evitando assim determinadas atividades como skate, patins, lutas, etc. Uma dura queda de skate, por exemplo, pode comprometer totalmente o rendimento de um guitarrista por toda sua vida, por exemplo. Portanto, zele por seus instrumentos de trabalho. Infelizmente, o fato de evitar esportes radicais e atividades de contato físico com as mãos não é suficiente para zelar 100% pelo bom funcionamento das mãos, visto que muitas pessoas não sabem como usá-las nem quando estão as usando. Ai que aparecem as lesões e tendinites, que se não prevenidas podem levar o músico a ter que abandonar seu instrumento. Muitos dos problemas com lesões acontecem pelos seguintes fatores: - Postura Adequada: Encontrar a postura adequada é algo que pode, e deve, levar anos e anos. Muitas vezes um exercício simples treinado sobre uma postura inadequada pode parecer difícil e até lhe machucar ao passo que, muitas vezes um exercício extremamente complexo treinado sobre uma postura confortável se revelará simples de se executar. A minha grande dica em relação à postura é: encontre a SUA postura. E lembre-se, nunca...nunca...nunca use força e sim firmeza. - Velocidade Inconseqüente: É muito comum principalmente para guitarristas de rock sempre tenderem a querer tocar rápido e isso não é ruim desde que a velocidade não seja colocada em primeiro lugar. Muitas pessoas se machucam tentando tocar exercícios complexos e rápidos logo de cara, sem aquecimento nem nada. Se você gosta apenas de velocidade, compre um kart, não uma guitarra. Não estou dizendo que tocar rápido é errado, e sim que existem outros fatores que no meu ponto de vista são prioridades como saber interpretar cara nota de maneira correta, por exemplo. Antes de começar a tentar tocar rápido, faça a seguinte pergunta a você mesmo: “Eu já sei tocar devagar?”. É preciso ter em mente também que a velocidade só se torna interessante quando ela vem acompanhada da precisão exata de cada nota executada. Isso é algo que não acontece da noite pro dia e se não tomarmos cuidado com isso, novamente nossas mãos estão em perigo. Portanto, minha grande dica é: treine um exercício lentamente, a 60 bpm por exemplo, se tudo correr bem, se cada nota for escutada nitidamente, no dia seguinte aumente a velocidade para 62 bpm e assim por diante. Repare que adquirir velocidade não é difícil...é uma questão de tempo...pense nisso... - Aquecimento: Nunca se deve iniciar uma atividade física sem prévio aquecimento, seja ela tocar guitarra, bateria, jogar futebol, vôlei, etc. O aquecimento deve se tornar algo rotineiro no seu período de estudo. Se seu tempo livre é de 60 min diários, dedique 10min a seus aquecimentos e repare como seu rendimento será gigante no tempo que lhe restou. Baseado nisso, seguem algumas dicas e exercícios para aquecimento das mãos.
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ATENÇÃO: - Os exercícios básicos de aquecimentos (aqueles que fazíamos nas aulas de Educação Física na escola) são ótimos para alongamento dos seus músculos. Repita cara série de alongamento 3X de 10 segundos em cada lado, sempre alternando para que haja um descanso; - O simples fato de esfregar uma mão na outra já faz com que elas se aqueçam. A grande vantagem disso é que você pode fazer isso antes de um show, por exemplo, enquanto se prepara para entrar no palco. Lembre-se: Esfregar sim, estralar NUNCA; - Após se alongar, pratique exercícios como os abaixo durante 10 a 15 minutos antes de começar seus estudos e apenas sinta a diferença. Além de você aumentar de forma gigantesca seu rendimento, suas mãos e braços estarão seguros. Ex.1: Abertura da mão esquerda
Ex.2: Abertura da mão esquerda
Pratique exercícios cromáticos em geral, modificando suas aberturas, pratique saltos de palhetadas e muito CUIDADO! Todos direitos reservados – Lucas Godoy www.lucasgodoy.com
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10 PASSOS PARA MELHORAR SUAS ESCALAS NÍVEL: INTERMEDIÁRIO Sempre que preciso treinar uma digitação nova de uma escala ou simplesmente manter os desenhos fluentes, procuro seguir um roteiro que faz com que eu me assegure que todos os fundamentos da mesma estão sendo treinados de uma forma não enjoativa. É muito cansativo estudar os shapes das escalas e muitas vezes nos encontramos perdidos fazendo a velha pergunta: “Por onde eu começo?”. Seguindo esses 10 passos, já é um bom começo para você organizar suas idéias sobre os desenhos de qualquer escala. Nesse exemplo, a escala é G maior (G A B C D E F#), mas os exercícios abaixo servem para qualquer escala. Supondo que você queira praticar os shapes da escala Menor Harmônica, então aumente ½ tom em D, modificando-a para Em Harmônica (E F# G A B C D#). Para os shapes da escala Menor Melódica aumente ½ tom em G, modificando-a para Am Melódica (A B C D E F# G#). 1º PASSO – Suba e desça cada shape
2º PASSO – Emende cada shape com o seu seguinte
3º PASSO – Emende os shapes fazendo zigue-zague
4º PASSO – Aplique saltos ao 1º passo
5º PASSO – Aplique saltos ao 2º passo 54
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6º PASSO – Aplique saltos ao 3º passo
7º PASSO – Emende todos os shapes na horizontal (2 em 2 cordas)
8º PASSO – Aplique saltos ao 7º passo
9º PASSO – Oitave o topo de cada shape formando desenhos diagonais
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10º PASSO – Utilize cordas soltas sempre que ela estiver dentro da tonalidade
* Não foi usada a armadura de clave para que não haja confusão na eventual modificação para Menor Harmônica ou Menor Melódica.
Dica: - Cada passo deverá ser treinado em cada um dos 7 shapes; - Utilize SEMPRE palhetada alternada; - Utilize SEMPRE o metrônomo em uma velocidade confortável; - Não avance ao Passo 2 se o Passo 1 não estiver soando 100%.
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10 PASSOS PARA MELHORAR SEUS ARPEJOS NÍVEL: INTERMEDIÁRIO Prosseguindo com o pensamento de organizar o estudo de um determinado fundamento em 10 passos, veremos agora como otimizar o treino de arpejos. Novamente é importante citar que além de organizar as idéias, o estudo passo a passo faz com que você tenha um “termômetro” de como anda seu desenvolvimento, pois os passos são gradativamente mais difíceis. Em alguns dos exemplos abaixo, temos exemplos dados sobre tríades e tétrades, portanto, é importante aplicar toda a série para as duas possibilidades. A tonalidade escolhida foi C maior (Tríades: C Dm Em F G Am Bmb5 ou Tétrades: C7+ Dm7 Em7 F7+ G7 Am7 Bm7b5), mas obviamente, conforme os shapes dos arpejos estiverem mais familiares, arrisque outras tonalidades, inclusive com os campos Menor Harmônico e Menor Melódico, como no exemplo abaixo: Ex.: Cm Harmônico = Cm7+ Dm7b5 Eb7+#5 Fm7 G7 Ab7+ Bo Cm Melódico = Cm7+ Dm7 Eb7+#5 F7 G7 Am7b5 Bm7b5 Lembre-se sempre de treinar TODOS os passos usando sweep picking e hammer on / pull off e terminada a série, recomeçá-la com palhetada alternada. 1º PASSO – Decore todos os modelos clássicos de arpejos (subindo e descendo) Ex.1: Arpejos com a tríade de C (C E G)
Ex.2: Arpejos com a tétrade de C7+ (C E G B)
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2º PASSO – Visualize todos modelos de forma horizontal, através do campo harmônico. Suba e desça um por um. Ex.1: Campo de C (com tríades)
Ex.2: Campo de C (com tétrades)
3º PASSO – Emende cada arpejo com o seu seguinte
4º PASSO – Emende os arpejos fazendo zigue-zague
5º PASSO – Emende os arpejos que se localizam na mesma região
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6º PASSO – Adicione mais uma nota através de tapping
7º PASSO – Adicione duas notas através de tapping
8º PASSO – Toque os arpejos com saltos
9º PASSO – Toque em 2 cordas, omitindo notas
10º PASSO – Some arpejos, chegando assim a uma digitação de 2 notas por corda
+
=
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PARADA OBRIGATÓRIA
Nas próximas páginas, você encontrará transcrições de algumas de minhas músicas preferidas para a abordagem do conteúdo visto anteriormente. Elas são de bandas e/ou guitarristas consagrados e seus playbacks e versões originais se encontram no CD que acompanham essa apostila. Durante anos pesquisei a maneira mais adequada de abordar os assuntos anteriores e me esforcei muito para que essa compilação fosse possível. Com certeza todo o conteúdo estudado será de grande importância para seu desenvolvimento e com muita disciplina e esforço você chega lá...
Um Abração Lucas Godoy
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