RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO A DANÇA DOS EXTRATERRESTRES
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
A DANÇA DOS EXTRATERRESTRES
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS No final do exercício, pretende-se que seja capaz de aplicar os conhecimentos aprendidos no Manual de Relações Interpessoais e Comunicação de forma a evidenciar:
1 - reflexão sobre as características do processo de comunicação; 2 - capacidade de identificação dos vários estilos de comunicação; 3 - consciencialização das potencialidades de cada estilo de comunicação.
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMUNICAÇÃO
PRÉ-REQUISITOS 1 - Leitura prévia do Manual de “Relações Interpessoais e Comunicação” da Linha Editorial do CECOA; 2 - Resolução dos respectivos exercícios do referido Manual, em particular os dos Capítulos 1 e 5.2.
ESPAÇO FÍSICO/EQUIPAMENTO/MATERIAIS - Papel, caneta e Manual de “Relações Interpessoais e Comunicação” da Linha Editorial do CECOA (para consulta).
DURAÇÃO 20 a 30 minutos.
ORIENTAÇÕES DE CARÁCTER PEDAGÓGICO-DIDÁCTICO 1 - De uma forma geral, procura-se que através de uma história que retrata um contexto de comunicação diferente do abordado no Manual (o universo da dança) e do recurso a personagens imaginárias (extraterrestres), se promova uma reflexão sobre o carácter universal da comunicação, e como esta está patente na maioria dos nossos contextos de vida (se não em todos) e assim, se reforce a aprendizagem do Manual. 2 - De uma forma particular, pretende-se realçar a necessidade de: a) flexibilização da forma de comunicar; b) utilização adequada dos vários estilos de comunicação. 3 - Procura-se ilustrar um exemplo de um processo de comunicação vivo, eficaz e gratificante, na medida em que as diferenças que separam inicialmente as duas personagens se esbatem ao longo de um processo de conhecimento mútuo, a que se pode chamar "comunicar bem".
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DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO
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Questões de reflexão sobre "A Dança dos Extraterrestres"
Responda, por favor, às seguintes questões: 1-
Reflicta sobre quais as características semelhantes entre um processo de comunicação e a dança. (relacione com os vários Princípios de Comunicação do Capítulo 1)
2-
Relacione os "espaços de comunicação utilizados de acordo com cada estilo" (ver Capítulo 5.2., pág. 56 a 61), com o espaço que cada ET ocupa no "palco da dança".
O objectivo é ajudá-lo a identificar o estilo de comunicação de cada um nos quadrados 1, 4 e 5. 3-
Cada extraterrestre utiliza sempre o mesmo estilo de comunicação ou vai variando o seu estilo? Quais as vantagens ou desvantagens de o fazer?
4-
Diga quais as vantagens da utilização… 4.1. do estilo utilizado pelo Extraterrestre "Chifres" nos quadrados 1 e 2. 4.2. estilo utilizado pelo Extraterrestre "Escamas" no quadrado 3. 4.3. estilo utilizado pelo "Chifres" e "Escamas" nos quadrados 5 e 6.
5-
No quadrado 6, há uma metamorfose: o Escamas deixa de ter escamas na parte de cima do corpo e o Chifres ganha escamas na parte inferior do seu corpo.
Qual é a moral da história?
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
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FICHA TÉCNICA
Título: A Dança dos Extraterrestres Autoria: Ana Guise Leite Ilustração: Miguel Valverde Edição: CECOA Coordenação: Cristina Dimas e Lígia Veloso Design e Composição: Prime DM - www.primedm.com
Produção apoiada pelo Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu.
PROGRAMA OPERACIONAL EMPREGO, FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL (POEFDS)
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UNIÃO EUROPEIA
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SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO - A DANÇA DOS EXTRATERRESTRES 1 - Características semelhantes: • é um processo interactivo, em que há coordenação mútua de comportamentos: os sinais codificados de um guiam o outro nos passos seguintes (ver Princípio n.º 5 - "O código da Estrada"); • aprende-se a dançar mais pela prática do que pela teoria; no início, parece artificial mas com o treino, torna-se natural (ver Princípio n.º 6 - "A Força dos Hábitos"); • dançamos mais de acordo com o nosso parceiro do que com o nosso próprio estilo (ver Princípio n.º 4 - "A Ditadura do Meu Feitio"); • não há uma única forma adequada de dançar; tudo depende da adequação à situação e ao parceiro (ver Princípio n.º 2 - "A Ditadura de Opinião") • é um processo essencialmente de emoções, em que impera a comunicação não-verbal (ver Princípio n.º 1 - "A importância das Aparências") • o nosso par pode dançar mal connosco, e ser um excelente dançarino com outra pessoa (ver Princípio n.º 2 - "A Ditadura do Mau Feitio do Outro"). 2 - Os estilos de comunicação são: • quadrado 1: o "Escamas" é agressivo e o "Chifres" é passivo; • quadrado 4: o "Escamas" é passivo e o "Chifres" é agressivo; • quadrado 5: o "Escamas" e o "Chifres" são assertivos. 3 - Os extraterrestres vão flexibilizando o seu comportamento, e assim conseguem adaptar-se um ao outro e desenvolver uma relação de proximidade, que reduz a distância e diferenças que os separavam no início.
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4 - As vantagens da utilização de cada estilo de comunicação são: • nos quadrados 1 e 3, o "Chifres" é passivo e isso traz-lhe as vantagens de estar a observar e a aprender como o outro dançava, sem interferir; • no quadrado 3, o "Escamas" é agressivo ("rapta" o "Chifres" para o seu planeta), e tem a vantagem de ter "encurtado" a distância entre ambos e assim ter resolvido rapidamente o assunto; • nos quadrados 5 e 6 , o estilo utilizado pelo "Chifres" e "Escamas" é o assertivo, e isso traz-lhes as vantagens de haver "diálogo" entre os dois estilos de dança e de poderem trocar perspectivas (trocam os estilos de dança um com outro). 5 - A moral da história é que quando se comunica bem, desenvolve-se uma relação de proximidade com o outro, que deixa de nos parecer um "ET" e passa a sernos familiar e, num certo sentido, a fazer parte de nós (absorvemos características do outro; neste caso, o "Escamas" ficou com o peito igual ao Chifres, e este ficou com as pernas iguais às do "Escamas"!).
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A HISTÓRIA DAS 2 IRMÃS E DA CINDERELA
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A HI STÓRIA DA S 2 IRMÃS E DA CINDERELA
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS No final do exercício, pretende-se que seja capaz de aplicar os conhecimentos aprendidos no manual de forma a evidenciar: 1 - relativização do ponto de vista, nomeadamente ser capaz de criar várias alternativas que ofereçam interpretações diversas para o comportamento das personagens; 2 - reflexão sobre as consequências do Juízo de Valor nas relações interpessoais; 3 - capacidade de aplicação da técnica de empatia para com as várias personagens.
PRÉ-REQUISITOS 1 -Conhecimento da história original da Cinderela 2 -Leitura prévia do Manual de “Relações Interpessoais e Comunicação” da Linha Editorial do CECOA e a resolução dos respectivos exercícios, em particular os dos Capítulos 2, 3, 4, 5.1. e 7.
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ESPAÇO FÍSICO/EQUIPAMENTO/MATERIAIS - Papel, caneta e Manual de “Relações Interpessoais e Comunicação” da Linha Editorial do CECOA (para consulta).
DURAÇÃO 40 a 60 minutos.
ORIENTAÇÕES DE CARÁCTER PEDAGÓGICO-DIDÁCTICO A história infantil da Cinderela, que quase todos conhecemos desde pequenos e a que muitos encantou e inspirou, pode ser todavia encarada como um exemplo de uma certa educação social generalizada para uma "Percepção do Mundo a 2 Cores" e para a formação de Juízos de Valor nas Relações Interpessoais: • estimula uma "Percepção do Mundo a 2 cores" no sentido em que os personagens estão claramente divididos em categorias de acordo com uma visão bem vs mal, sendo que esta divisão alimenta a estrutura da narrativa desde o início até ao seu final. A Cinderela é uma vítima nas mãos das Irmãs e da Madrasta que, não só rejeitam os seus gestos de bondade, como ainda a exploram e castigam (fazem da Cinderela uma criada para as tarefas domésticas). Por outro lado, a Cinderela, muito "boazinha", não só não se revolta com as irmãs nem lhes guarda rancor, como continua a tentar agradar-lhes. No final, as irmãs e a madrasta são castigadas, pois o Príncipe prefere a Cinderela para sua noiva, deitando por terra os sonhos das primeiras. • por outro lado, a explicação que nos é dada para os personagens malévolos agirem dessa forma é simples: é porque está na sua natureza serem maus, egoístas e sem compaixão (i.e. formação de Juízos de Valor com base em traços de personalidade negativos), assim como a Cinderela age de forma benévola porque está na sua natureza ser assim. O objectivo deste exercício é revisitar este conto infantil e olhar para esta história a partir da perspectiva das 2 Irmãs. Pretende-se dar um exemplo de uma versão alternativa da história que corresponda à maioria dos factos relatados na versão original, mas que introduza complexidade e densidade psicológica às várias personagens (procurase legitimar o ponto de vista das irmãs, sem no entanto fazer da Cinderela a "má da fita"). A única personagem que nesta versão está destituída (intencionalmente) de empatia é a madrasta/mãe das Irmãs, pois o objectivo é que, no final, o formando volte a contar a história a partir da perspectiva desta personagem.
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DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO
Temos mesmo que usar estes vestidos cá em casa?
Vieram-me espiar, para depois ir contar à mãe!!
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Claro! Pode aparecer uma visita... e vestidas assim, vocês ainda têm alguma graça!
Também me apetecia apanhar sol e ir passear.
A mãe não está em casa! Vamos ter com a Cinderela!
Porquê é que ela não n o s c o n v i d a pa r a i r com ela?!! Queríamos tanto ir!
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Ai!!, a mãe vai chegar e ainda não estudei! Vou dar uma limpeza, para ela não ficar zangada!
Humm, esta casa parece que foi limpa!
Perdi muito tempo a limpar a casa, e não estudei. A música do piano também não ajudou...
Sonsa! ...a armar-se em gata borralheira!
Parte I: Questões de reflexão sobre "A história das 2 Irmãs e da Cinderela" Responda, por favor, às seguintes questões: No 3º quadrado: 1 - As irmãs concluem que a Cinderela não gosta delas. Qual é o ponto de vista delas? 2 - A Cinderela fica desconfiada com a presença das irmãs. Qual é o seu ponto de vista?
Nos 4º e 5º quadrados: 3 - De que forma o comportamento da Cinderela faz lembrar o slogan "Há mar e mar, há ir e voltar" (referido no capítulo 4 do Manual)? Nos 5º e 6º quadrados: 4 - A Cinderela desenvolve uma estratégia para resolver o problema de não ter estudado. Consegue perceber o seu ponto de vista? 5 - As irmãs concluem que a Cinderela é uma "sonsa" e "armada em "Gata Borralheira". Como acha que este Juízo de Valor pode dar origem à relação entre
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a Cinderela e as Irmãs que nós conhecemos na versão original da história?
Parte II: Inventar "A história da Mãe, as 2 Filhas e a Cinderela" - O objectivo é contar a história que corresponda à versão da Mãe das 2 Irmãs. Instruções: 1 - A história deve dar uma visão compreensiva para os seguintes factos: A - A mãe é uma pessoa autoritária, rígida e austera; B - Dá às filhas uma educação muito conservadora, inflexível e clássica (estudar, tocar piano, vestuário); C - Não demonstra sentimentos de compaixão para com as filhas mesmo quando estas se queixam; pelo contrário, torna-se agressiva com elas nestas alturas; D - Encarrega frequentemente a Cinderela (sua enteada) da lida doméstica.
2 - Deve inventar um resumo da vida desta personagem que legitime o seu comportamento e que dê motivos para agir da forma como o faz. 3 - Deve dar densidade psicológica à personagem: dotá-la de pensamentos, sentimentos e crenças que mostrem que tem um "lado mais humano e benévolo".
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Título: A História das 2 Irmãs e da Cinderela Autoria: Ana Guise Leite Ilustração: Miguel Valverde Edição: CECOA Coordenação: Cristina Dimas e Lígia Veloso Design e Composição: Prime DM - www.primedm.com
Produção apoiada pelo Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu.
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SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO - A HISTÓRIA DAS 2 IRMÃS E DA CINDERELA Parte I 1 - As irmãs acham que o facto de se aproximarem da Cinderela, de ficarem paradas (à espera), e de mostrarem que estão nervosas, é suficiente para comunicarem de forma explícita à Cinderela o seu desejo de se relacionarem com ela, ou seja, julgam que a sua comunicação não-verbal é suficientemente forte e clara (este equívoco foi estudado na capítulo 5.1.- ver exemplo 3). A Cinderela, ao não reagir como elas desejavam, faz com que se sintam rejeitadas e concluam que ela não gosta delas (é um erro de formação de Juízo de Valor estudado no capítulo 3). 2 - A Cinderela lê a imagem global que as irmãs estão a comunicar como pessoas: estão vestidas de forma muito "emproada" e pouco prática, e têm um ar tenso, sério e reprovador (isto relaciona-se com a importância da imagem que se comunica como pessoa, estudada nos capítulos 1 e 5.1.). Como a Cinderela tem a "consciência pesada" (pois devia estar a estudar e não a passear o cão), concluiu que elas "vieram espiá-la" transformou a sua insegurança em reprovação e hostilidade das irmãs (erro de formação de Juízo de Valor estudado no capítulo 3). 3 - A Cinderela não teve uma "prática responsável" (capítulo 4), pois não previu as consequências do seu comportamento: foi passear com o cão, encontrou um amigo (namorado?) e esqueceu-se do "voltar" ("Há mar e mar, há ir e voltar"), ou seja, do estudo que tinha combinado fazer. Em vez de assumir as consequências dos seus actos, sentiuse culpada e procurou "contornar" o problema. 4 - A Cinderela tem medo da reacção da madrasta (que é autoritária e austera) e, aflita, desenvolve uma estratégia manipuladora: resolve tentar agradar-lhe, limpando a casa e procura "empurrar a culpa" (ao referir a questão do piano) para cima das irmãs (que ela julga serem-lhe hostis). 5 - As irmãs sentem-se definitivamente rejeitadas e traídas pela Cinderela, e vingam-se dela no futuro, fazendo dela sua "criada". Parte II "A mãe teve uma vida difícil; foi educada num colégio interno muito conservador e autoritário. O seu primeiro marido (pai das irmãs) abandonou-a e isso deixou-a insegura, amarga e frustrada.
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Vive em função das 2 filhas, que ama profundamente. Casou pela 2ª vez com o pai da Cinderela de forma a poder dar às filhas uma "família completa". Quer que elas tenham o melhor futuro possível, o que, na sua visão, passa por lhes arranjar um casamento com um "bom partido" (classe social alta). Nesse sentido, investe muito na educação das filhas: na compra de um piano, em escolas privadas, e em roupas bonitas e "chiques" para que as filhas estejam sempre apresentáveis. Este é um gesto de amor por elas e, quando elas não o reconhecem, sente-se rejeitada e reage com agressividade e autoritarismo. A Cinderela é sua enteada e vem com uma "educação muito má" aos seus olhos; procura pô-la "no bom caminho", mas cedo descobre que a Cinderela prefere limpar a casa a estudar. Estes seus interesses pouco "intelectuais" combinados com a sua atitude humilde e submissa, convencem a mãe de que a Cinderela é um "caso perdido para a escola" e assim encarrega-a cada vez mais das tarefas domésticas. Esta situação com a Cinderela convence a mãe de que estava certa, ou seja, que "de pequenino, é que se torce o pepino". Por isso, ela prefere ser vista como "má" pelas filhas a ser condescendente com elas a nível da educação, pois no futuro está convencida que elas lhe vão agradecer."
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