MANUAL DE LIMPEZA DE CONSULTÓRIOS 1. JUST JUSTIF IFIC ICAT ATIV IVA A O controle de infecções deve ser uma constante e crescente preocupação dos profissio profissionai naiss que realizam realizam rotina rotinass de limpeza limpeza na áre área a da saúde. A falta falta de conhecimento, o uso de métodos de esterilização inadequados ou sem controle, a resi resist stên ênci cia a de dive divers rsos os tipo tiposs de víru víruss e bact bactér éria iass e a falt falta a de cuid cuidad ado o dos dos profissionais com situações de risco têm contribuído para o aumento do número de casos de infecções por vírus. 2. OBJETIVOS Implantar normas e rotinas que minimizem os riscos ocupacionais a que estã es tão o expo expost stos os os prof profis issi sion onai aiss de sa saúd úde, e, es esta tabe bele lece cend ndoo-se se as me medi dida dass preventivas. Criar uma consciência preventiva entre os profissionais de saúde, traduzindose em posturas voltadas para a biossegurança. Estabelecer protocolos de acompanhamento dos acidentes de trabalho com exposição aos materiais biológicos. Garantir processos de desinfecção e esterilização adequados e eficazes. 3. TERM TERMIN INOL OLOG OGIA IA
ANTISSEPSIA – É o procedimento que visa o controle de infecção a partir do uso de substâncias microbiocidas de uso na pele ou mucosas.
ASSE ASSEPS PSIA IA – É o co conj njun unto to de mé méto todo doss em empr preg egad ados os para para impe impedi dirr que que dete determ rmin inad ado o
loca local, l,
supe superf rfíc ície ie,,
equi equipa pame ment nto o
e/ou e/ou
inst instru rume ment ntal al
seja se ja
contaminado.
ARTIGOS – São instrumentos de diversas naturezas que podem ser veículos de contaminação. o
ARTIGOS CRÍTICOS – São os artigos que penetram através da pele e muco mucosa sass adjac adjacent entes es,, atin atingi gind ndo o tecido tecidoss e sist sistema ema vasc vascula ular. r. Incl Inclui ui materiais materiais como agulhas, lâminas de bisturi, bisturi, sondas diversas, diversas, material material cirúrgico e outros. Exigem esterilização ou uso único (descartável).
o
ARTIGOS SEMICRÍTICOS – São aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras. Exigem desinfecção de alta atividade biocida ou esterilização.
o
ARTIGOS NÃO CRÍTICOS – São aqueles que entram em contato com apenas a pele íntegra do paciente, como refletor, macas, cadeiras, piso e mobiliário em geral. Exigem limpeza e desinfecção de atividade biocida intermediária.
DESC DESCON ONTA TAMI MINA NAÇÃ ÇÃO O – É o mé méto todo do de elim elimin inaç ação ão parc parcia iall ou tota totall de microorganismos dos artigos e superfícies.
DESINFECÇÃO – Processo físico ou químico que elimina as formas vegetativas de microorganismos. o
DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA ALTA – Quando os desinfetantes são efic eficaz azes es contr ontra a toda todass as form formas as vege vegeta tati tiva vass e des destroem roem parcialmente os esporos.
o
DESINFECÇÃO
DE
ATIVIDADE
BIOCIDA
BAIXA
–
Quando
os
desinfetantes têm somente ação contra as bactérias vegetativas. o
DESINF DESINFECÇÃ ECÇÃO O DE ATIVID ATIVIDADE ADE BIOCID BIOCIDA A INTERM INTERMEDI EDIÁRI ÁRIA A – Quando Quando os desi desinf nfet etan ante tess não não dest destro roem em espo esporo ros, s, têm aç ação ão sobr sobre e o baci bacilo lo da tuberculose, ampla ação sobre vírus e fungos, porém não destroem todos eles.
ESTERILIZAÇÃO – é o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, mediante aplicação de agentes físicos e/ou químicos.
LIMP LIMPEZ EZA A – É a remoç remoção ão mecân mecânic ica a e/ou e/ou quím químic ica a da sujid sujidad ade, e, visan visando do a remoção de resíduos orgânicos, realizada anteriormente à desinfecção e à esterilização.
MONI MONITO TORI RIZA ZAÇÃ ÇÃO O – É o co cont ntro role le peri periód ódic ico o de efic eficiê iênc ncia ia do proc proces esso so,, garantindo que as especificações validadas para os processos estão dentro do padrão estabelecido.
4. ORIENTAÇÕES GERAIS 4.1 Todos
os consultórios médicos deverão estar providos de:
Sabão líquido, de preferência germicida, com mecanismo dispensador que impeça o refluxo da solução. Os dispensadores (saboneteiras) deverão ser limpos semanalmente com água, sabão ou sabonete em barra.
Papel toalha, sendo proibida a utilização de toalhas de pano (salvo se autoclavado, envelopado e esterilizado).
Pote com tampa, com algodão cortado e seco, para limpeza de equipamentos.
4.2
Dispensador com álcool a 70%, para limpeza de equipamentos.
É proibida a varredura seca das dependências físicas dos ambulatórios e consultórios médicos.
4.3
O piso de todas as dependências físicas dos ambulatórios deve ser de material liso, resistente, lavável e impermeável.
4.4
As paredes devem ser de cor clara, de materiais lisos, resistentes e laváveis.
4.5 Todo
consultório e sala de procedimentos devem estar providos de recipiente
adequado ao descarte de agulhas utilizadas, dos resíduos restauradores e orgânicos. 4.6
São proibidas a aquisições e utilizações de produtos químicos desinfetantes e esterilizantes que não estejam descritos neste manual.
4.7
Coleta do lixo dos consultórios médicos deverá ser realizada em separado do lixo comum, conforme as normas determinadas pela Legislação Municipal
5.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE PISOS, SUPERFÍCIES E EQUIPAMENTOS
SUPERFÍCIE
/
EQUIPAMENTOS Mesa e cadeira do médico
MATERIAL Água
e
sabão
neutro Macas
e
cadeiras
Álcool de Água e
sabão
PROCEDIMENTO
PERIODICIDAD
Após a limpeza com água e sabão
E Diária – após
neutro, friccionar com álcool a 70%
cada turno de
Após a limpeza com água e sabão
trabalho Diária – após
exames (utilizar lençol de
neutro
papel descartável) Escadas
Álcool Água e
sabão
neutro Álcool Água e
sabão
Telefone Piso
neutro Janelas,
Luminárias
neutro, friccionar com álcool a 70%
cada turno de
Limpeza
trabalho Diária
Friccionar com álcool a 70% Limpeza com água e sabão neutro
Diária Diária
Desinfecção com hipoclorito a 1%
Hipoclorito a 1% e Água e sabão
Limpeza com água e sabão neutro
Semanal
Paredes Armários e Balcões
neutro Água e
sabão
Limpeza com água e sabão neutro
Diária
Pias
neutro Água e
sabão
Limpeza com água e sabão neutro
Diária
Refletor
neutro
Desinfecção com hipoclorito a 1%
Hipoclorito a 1% Álcool a 70%
Limpeza com álcool a 70%
Diária – após cada turno de trabalho
6. LIMPEZA DE SUPERFÍCIES COM MATÉRIA ORGÂNICA
Superfícies com presença de matéria orgânica: o
Retirar matéria orgânica com pano ou papel
o
Aplicar o desinfetante
o
Após o tempo de ação, remover o desinfetante da área com pano ou papel
o
Limpar com água e sabão o restante da área, secar as superfícies.
7. PROCEDIMENTOS DE DESINFECÇÃO Os agentes químicos para desinfecção nos ambulatórios e consultórios devem ser aqueles registrados no Ministério da Saúde como desinfetantes hospitalares. Deve ser efetivos contra o bacilo da tuberculose, sua atividade deve incluir vírus hidrofílicos, como o herpes simples 1 e 2, Influenza, HIV, Lipofílicos, Rotavírus e Polivírus. Estas especificações devem constar no rótulo do produto. Os produtos autorizados para serem utilizados nos Consultórios são:
Compostos clorados – São liberadores de cloro ativo, sendo o mais utilizado o HIPOCLORITO DE SÓDIO. É indicado para desinfecção de nível intermediário de artigos na concentração de 1%, devendo o artigo ficar submerso por um
período de 20 a 60 minutos. Sua atividade é dificultada pela presença de altas temperaturas. O cloro é altamente corrosivo para metais. o
O Hipoclorito de Sódio deve ser colocado em recipiente plástico escuro com tampa, devendo ser utilizado imediatamente após a diluição e desprezado em 24 horas.
o
Diluição: Normalmente, as águas sanitárias são comercializadas em uma concentração de 2,5%. Para desinfecção, utiliza-se uma concentração de 1% - então deve ser realizada a seguinte diluição: relação de 25 partes de água para 1 parte de Hipoclorito de Sódio a 2,5%. Exemplo: 25 copos de água destilada para 1 copo de Hipoclorito de Sódio ou 960 ml de água destilada para 40ml de Hipoclorito de Sódio.
Álcool: O produto a ser utilizado é o Álcool Etílico a 70%. Os álcoois são bactericidas de baixa potência, destroem o bacilo da tuberculose e o vírus da herpes simples, mas não o vírus da hepatite B. São irritantes à pele quando deixados por períodos prolongados e causam seu ressecamento. O álcool evapora rapidamente sendo que os materiais devem ser friccionados na superfície. Não é aconselhável imergir os materiais em álcool, devido a sua evaporação e pela dificuldade de ação quando em contato com o material. Não pode ser utilizado em acrílico, borracha e tubos plásticos.
8. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Todos os profissionais devem utilizar os seguintes equipamentos de proteção individual e uniforme: o
LUVAS – luvas de borracha. Deverão ser observados os seguintes cuidados:
não manipular objetos fora do campo de trabalho enquanto estiver de luvas (canetas, papéis, maçanetas e telefones);
retirar as luvas após o término da limpeza, fazendo a assepsia e a guarda em lugar apropriado;
9.
lavar as mãos assim que retirar as luvas;
POSTURAS INDIVIDUAIS DE PREVENÇÃO
É terminantemente proibido comer, beber ou fumar nas áreas restritas a atendimentos a pacientes. As mãos devem ser lavadas antes de calçar as luvas, imediatamente após a remoção das luvas e quando as mãos forem contaminadas em caso contato com agentes contaminantes. Na lavagem das mãos, proceda da seguinte forma: o
Retire anéis, relógios, pulseiras, fitas ou adesivos quaisquer;
o
Ensaboe as mãos e a metade dos antebraços;
o
Enxágüe em abundante água fria;
o
Seque com toalha de papel;
o
Feche a torneira sem tocar na mesma, utilizando papel toalha;
10.ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO Consideramos acidentes com material biológico, que devem ser notificados, os seguintes tipos de acidentes: o
Ferimentos com objetos perfuro cortantes contaminados ou suspeitos de contaminação, por sangue ou outros produtos biológicos humanos (secreções e excreções);
o
Ferimentos com objetos perfuro cortantes não contaminados por sangue ou outros produtos biológicos humanos, mas que abriram a barreira cutânea, podendo permitir sua entrada durante a atividade normal;
o
Respingos de sangue ou outros produtos biológicos humanos em mucosas;
o
Contaminação de lesões cutâneas previamente existentes com produtos biológicos humanos.
10.1
CUIDADOS NO MOMENTO DO ACIDENTE
o
Em caso de ferimentos perfuro cortantes: fazer sangrar a lesão, lavar durante 5 a 10 minutos com água e sabão, enxaguar e realizar antissepsia com álcool a 70%;
o
Em casos de projeção sobre as mucosas: lavar abundantemente com água ou soro fisiológico;
o
Em caso de contato com a pele lesada: limpar com água e sabão e realizar antissepsia com Povidine.
10.2
COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE o
Em caso de acidente, comunicar imediatamente o síndico do andar para encaminhamento das providências.
o
Todo acidente que ocorra com os empregados, onde haja exposição do empregado a fluídos corporais (sangue, secreções, etc.) bem como com material biológico, deve ser imediatamente comunicado ao síndico do andar, conforme normas em vigor;
o
Ao realizar a comunicação, identificar os seguintes itens:
nome completo do paciente-fonte (se for dependente, incluir o nome do familiar);
nome do profissional exposto;
data, hora e lugar da exposição;
tipo de exposição (descrição do acidente)
A Secretaria, com base nos dados acima, preencherá a ficha de Encaminhamento por Acidente com Material Biológico, conforme modelo anexo, adotando as seguintes providências: - Encaminhar ao Prontopuc (Hospital São Lucas) para pronto atendimento. - Coletar material necessário para exames laboratoriais do paciente-fonte, mediante autorização por escrito do mesmo; - Coletar material necessário para exames laboratoriais do profissional; - Indicação do tratamento e acompanhamento necessário, conforme rotinas do hospital são Lucas e Setor de Infectologia. Recomenda-se que o profissional utilize preservativo nas relações sexuais e não faça doação de sangue durante o período de acompanhamento.
Para utilização de medicação antiretroviral, o médico do trabalho ou especialista deverá preencher o formulário específico do Ministério da saúde, para solicitação dos medicamentos. Além dos procedimentos acima, deverão ser preenchidos os formulários CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e LISA (Levantamento Interno Sobre Acidente), mesmo que o acidente seja de pequena monta e não houver afastamento do trabalho, no caso do acidentado ser funcionário da PUCRS.
MANUAL
AUTOCLAVE/ESTUFA
(www.prefeitura.sp.gov.br)
Legislação:
•
RDC nº 307 de 14/11/02 – ANVISA – Dispõe sobre regulamento técnico, planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. RDC nº 50 de 21/02/02 – ANVISA Dispõe sobre regulamento técnico, planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
RDC nº 306 de 07/12/04 – ANVISA Gerenciamento de Resíduos de serviços de saúde.
•
Portaria nº 482 de 16/04/99 – Dispõe sobre uso e instalação de ETO.
•
RDC nº 30 de 15/02/06 – registro, rotulagem e re- processamento de produtos médicos, e dá outras providências.
•
Portaria nº 15 de 23/08/88 – Dispõe de regulamento para registro de produtos saneantes domissanitarios e afins, com ação antimicrobiana.
•
Resolução SS – nº 374 de 15/12/95 – Dispõe sobre procedimentos em CME.
•
Resolução SS – nº 392 de 29/06/94 - Dispõe sobre procedimentos em CME.
•
Lei nº 6514 de 22/12/77 – Dispõe sobre segurança no trabalho.
•
•
Portaria nº 3214 de 08/06/78 - Dispõe sobre segurança no trabalho. Portaria nº 2616 de 12/05/98 – Dispõe sobre Diretrizes e Normas para prevenção e controle das infecções hospitalares.
•
•
RDC nº 48 de 02/06/00 – Roteiro de Inspeção do PCIH – ANVISA Roteiro de Inspeção – INAISS - ANVISA
ESTRUTURA FÍSICA •
•
•
•
Central de Esterilização: quem não trabalha na CME, não imagina quão complexo sejam suas atividades. Sua essência consiste em promover materiais livres de contaminação para serem utilizados nos diversos procedimentos em pacientes internados no Hospital ou atendidos nas Unidades de Saúde. Neste serviço os materiais são lavados, preparados, acondicionados, esterilizados e distribuídos para todas as unidades. A informatização da CME agiliza os controles diários, desde a etiqueta até a informação de todos os materiais processados, necessitando de profissionais habilitados. O ponto de destaque nesse Serviço, é o trabalho em equipe atuando com qualidade em todas as etapas do trabalho.
Fluxo Área suja: o
Recepção de artigos =>limpeza => lavagem =>separação.
Área limpa: o
Área de preparo: análise e separação dos instrumentais, montagem de caixas, pacotes, materiais especiais, etc...;
o
Recepção de roupa limpa, separação e dobradura;
o
Área de esterilização: método de esterilização, montagem da carga, acompanhamento do processo e desempenho do equipamento;
o
Área de armazenamento: identificação dos artigos, data de preparo e validade;
o
Distribuição: definir horários.
Definição de Artigos: Artigos críticos – são aqueles que penetram através da pele e mucosas, atingindo
os tecidos sub-epiteliais, sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema. Ex:equipo de soro, bisturi,agulhas, pinças de biopsia.... Artigos semi - críticos – são todos aqueles que entram em contato com a pele não
íntegra ou com mucosas íntegras. Ex: especulo vaginal e otoscopio, alicate (pode ser critico), termômetro..... Artigos não críticos - são todos aqueles que entram em contato com a pele íntegra
do paciente Ex: escovas,lixas, estetoscópio, termômetro,......
Manual MS 1994 Artigos: Compreendem instrumentos de naturezas diversas utilizados na assistência
médico hospitalar, compreendendo materiais ou instrumentais cirúrgicos, utensílios de refeição, acessórios de equipamentos, materiais de assistência respiratória e outros
Limpeza: é o primeiro passo para o processamento de artigos, e esta intimamente ligada a qualidade final do processo, o principal fator que reduz até 4 log de organismos contaminantes. Quanto mais limpo estiver o artigo, menores as chances de falhas na esterilização. A limpeza pode ser desenvolvida através de métodos manuais ou mecânicos.
Equipamentos para limpeza: • • •
•
Lavadora ultra-sônica Lavadora – esterilizadora Lavadora – desinfectadora
Limpeza manual: é o procedimento realizado manualmente, onde a sujidade é removida por meio da ação física com auxilio de detergente, água e artefatos como esponja e escova. (Manual do MS/94, SS-374/95, Manual de Instituto de Beleza,Acupuntura, etc estabelecimentos afins, 1994)
Uso de EPIs : •
é imprescindível o uso correto dos EPIs para o desenvolvimento das técnicas de limpeza e desinfecção. São eles: aventais impermeáveis, luvas antiderrapantes de cano longo, óculos de proteção, máscaras.
Limpadores enzimáticos : são compostos basicamente por enzimas, surfactantes e solubilizantes. A combinação balanceada desses elementos faz com produto possa remover a matéria orgânica do material em curto período de tempo. Soluções enzimáticas apresentam excelente ação de limpeza, mas não possuem atividade bactericida e bacteriostática. Enzimas são substâncias produzidas por células vivas e que governam as reações químicas do processo. Uma vez produzidas pelas células, uma enzima pode ser isolada e irá manter suas propriedades catalíticas, se determinadas condições forem mantidas na sua fabricação. As enzimas são classificadas em três maiores grupos funcionais dependendo do tipo de substrato que irão afetar: proteases, lípases e amilases que atuam em substratos protéicos, gorduras e carboidratos, os quais tendem a solubilizar-se e desprender dos artigos. Atualmente recomenda-se a limpeza de artigos de configuração complexa para garantir a limpeza. Está limpo? “Todo artigo odonto-médico-hospitalar contaminado deve ser limpo precedendo ou não a desinfecção ou esterilização”
Detergente enzimático
+ Artefatos EPI O que precisa? • • •
• •
•
•
•
Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente). Bancada para apoio, deve ser lavável. Cuba plástica para colocar a solução de limpeza(água e sabão ou solução enzimática). Escovas e/ou esponjas para a limpeza dos artigos. Falso tecido descartável ou tecido(deve ser lavado após o uso, e ser exclusivo) para enxugar os artigos. A limpeza e secagem do artigo é obrigatória antes da desinfecção ou esterilização. Após o procedimento os utensílios devem ser limpos (cuba, escovas, etc), pode fazer a desinfecção com Hipoclorito de sódio 0,5 – 1%. Definir qual procedimento o artigo vai se submetido: desinfecção ou esterilização.
(Resol SS374/95 manual MS /94) Desinfecção: É um processo que destrói microrganismos, patogênicos ou não, dos artigos, com exceção de esporos bacterianos, por meios físicos ou químicos. Níveis de desinfecção: Alto nível: destrói todos os microrganismos com exceção a alto número de esporos => Glutaraldeído 2% - 20 – 30 minutos. Indicação: área hospitalar preferencialmente. Médio nível: elimina bactérias vegetativas, a maioria dos vírus, fungos e micobactérias =>Hipoclorito de sódio 1% - 30 minutos. Indicação: para UBS, creche, asilos,casa de repouso. Baixo nível: elimina a maioria das bactérias, algumas vírus e fungos, mas não elimina micobactérias =>Hipoclorito de sódio 0,025% Indicação:nutrição.
ORDEM
DECRESCENTE
DE
RESISTÊNCIA
A
GERMICIDAS
QUÍMICOS
PRIONS ESPOROS BACTERIANOS MICOBACTERIA VÍRUS NÃO LIPÍDICOS OU PEQUENOS VÍRUS FUNGOS BACTERIAS
VEGETATIVAS
VÍRUS LIPÍDICOS OU VÍRUS DE TAMANHO MÉDIO Mais resistentes Menos resistentes Alto nível (aldeídos e ácido peracético) Nível intermediário (álcool, hipoclorito de sódio a 1%, cloro orgânico, fenol sintético, monopersulfato de potássio e associações)
Baixo nível (quaternário de amônio e hipoclorito de sódio 0,2%)
DESINFECÇÃO DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO •
Álcool: etílico ou isoopropílico 70% peso/volume
30’’ de aplicação e evaporação natural •
Cloro inorgânico: hipoclorito de sódio 1% ( 10.000 ppm 30’ ) orgânico (pó - 10’)
ASSOCIAÇÕES: Ex. quaternário de amônio + formaldeído + etanol Germikil DESINFECÇÃO DE BAIXO NÍVEL •
•
QUATERNÁRIO DE AMÔNIO HIPOCLORITO DE SÓDIO: 0,2% por 30’
Indicação: quando a garantia da baixa toxicidade é prioritária O que precisa? • • • •
• •
• •
•
Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente). Torneira com filtro. Bancada para apoio, deve ser lavável. Cuba/balde plástico com cor escura e tampa para colocar a solução -> anotação da data da ativação, identificação do nome da solução. Cuba/balde plástica para o enxágüe. Falso tecido descartável ou tecido(deve ser lavado após o uso, e ser exclusivo) para enxugar os artigos. Embalagens. EPI adequado para o profissional(gorro,óculos de proteção, avental impermeável,máscara específica, luvas de cano longo) Espaço físico adequado => exclusivo, ventilado,
visibilidade do conteúdo
indicador químico selagem segura indicação para abertura lote de fabricação
Fatores que afetam a eficácia da esterilização A atividade dos agentes esterilizantes depende de inúmeros fatores, alguns inerentes às qualidades intrínsecas do organismos e outros dependentes das qualidades físico-químicas do agente ou fatores externos do ambiente. Número e localização de microrganismos Resistência inata dos microrganismos Concentração e potência do agente germicida Fatores físicos e químicos Matéria orgânica Duração da exposição
Tipos de invólucros para esterilização em estufa •
•
Caixa metálica – preferencialmente de alumínio. Embalagem individual com material específico. Imbatível para artigos termorresistentes!
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO FÍSICOS RADIAÇÃO IONIZANTE CALOR ÚMIDO (AUTOCLAVE) SECO
(ESTUFA) ( + Industrial) (hospitalar)
Tipos de Esterilização Esterilização pelo Calor é realizada em autoclaves e estufas. Vapor saturado sob pressão: - autoclaves gravitacionais - autoclave a alto vácuo Ciclo: drenagem do ar; admissão de vapor; exaustão do vapor; secagem da carga. - esterilização ultra rápida “ flash sterelization ”. - Estufa : calor seco
•
Vapor Saturado sob Pressão Nas autoclaves, os microorganismos são destruídos pela ação combinada do calor, da pressão e da umidade, que promovem a termocoagulação e
a
desnaturação
das
proteínas
da
estrutura
genética
celular.
Calor Seco O processo de esterilização ocorre com o aquecimento dos artigos por irradiação do calor das paredes laterais e da base da estufa, com conseqüente destruição dos microorganismos por um processo de oxidação das suas células, após a desidratação do núcleo.
Os métodos de esterilização pelo calor seco em relação ao tempo de exposição e temperatura não são uniformes, demonstrando uma diversidade de padrão, devendo ser validado cada equipamento.
PONTO FRIO T ºC 1 2 3 4 5 6 m. vegetativos
125 – 190 ºC / 2h
m. esporulados
205ºC / 2h
RECOMENDAÇÕES : •
ABANDONAR !
(restringir para pós, óleos) •
NÃO UTILIZAR O CENTRO
•
CARGA UNIFORME E DE PEQUENA QUANTIDADE
•
VALIDAR O PROCESSO COM A CARGA MAIS PESADA
•
NÃO ABRIR A ESTUFA DURANTE O CICLO
•
USAR RECIPIENTES DE ALUMÍNIO
•
CARREGAR A ESTUFA ANTES DE LIGAR O EQUIPAMENTO
•
PREPARAR
AS
CAIXAS
COM
POUCAS
PEÇAS
ESTUFA
Indicador Biológico É o único meio de assegurar que o conjunto de todas as condições de esterilização está adequada, porque os microrganismos são diretamente testados quanto ao seu crescimento ou não após a aplicação do processo. (São preparações padronizadas de microrganismos, numa concentração do inóculo em torno de 106, comprovadamente resistentes e específicos para um particular processo de esterilização para demonstrar a efetividade do processo). •
Indicador de 1º geração: Tiras de papel impregnadas de esporos – leitura em laboratório.
•
Indicador de 2º geração: (Attest) incubado à 56ºC, por 48 horas.
•
Indicador de 3º geração: a diferença para o de 2º geração está na metodologia para detectar o crescimento bacteriano. Deve ser incubado por um período de 1 a 3 horas a 56º C e em seguida ser exposto a luz ultravioleta. A ausência de fluorescência indica que as condições de esterilização foram atingidas.
•
A freqüência mínima indicada de uso de IB é semanal.
Existe recomendação de uso de indicadores em todas as cargas que contenham próteses e que estas não sejam utilizadas até o resultado final. •
Teste de esterilidade: são realizados diretamente no material processado com o objetivo de verificar a eficiência da esterilização
Autoclave: AORN: diária (1, próximo ao dreno) semanal (9) DIN: 1/250 ciclos Estufa: diária ou semanal SEMPRE após manutenção, suspeita de mal funcionamento ou na esterilização de material de implante Freqüência INDICADORES QUÍMICOS Classe
1:
intervalo de confiança maior que classe 5. Classe 6: Tiras impregnadas com tinta termo-química que muda de coloração quando exposto a temperatura. Classe 2: teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave prévácuo. Uso diário no 1º ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5 a 4 min sem secagem. Classe 3: controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida. Classe 4: indicador multiparamétrico: controla a temperatura e o tempo necessários para o processo. Classe 5: integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor.
Cuidados com os Artigos Esterilizados Condições de estocagem do artigos esterilizados •
•
•
Quanto ao ambiente: deve ser limpo; arejado e seco; deve ser restrito à equipe do setor. Quanto ao artigo: após o processo de esterilização, não colocá-lo em superfície fria (pedra ou aço inoxidável ), utilizar cestos ou recipientes vazados até que esfriem; invólucro (tecido de algodão cru, tecido não tecido, papel grau cirúrgico, papel crepado, papel com filme, tyvec ou caixas metálicas perfuradas) deve permanecer íntegro e ser pouco manuseado para evitar que os pacotes rasguem ou solte o lacre;
•
ser estocado em armários fechados com prateleiras;
•
prateleiras identificadas de modo a facilitar a retirada do material;
•
•
material deve ser estocado de acordo com a data de vencimento da esterilização para facilitar a distribuição e não ficar material vencido no estoque; estocar separadamente dos não estéreis para reduzir o nível de contaminantes externos.
Tempo de validade de esterilização de artigos •
•
•
•
A validade de esterilização vincula-se ao risco de recontaminação, tipo e configuração do material de embalagem, número de vezes que é manipulado antes do uso. Estocagem em prateleira aberta ou fechada, condições ambientais na área de estocagem (limpeza, temperatura e umidade). Atualmente é um contra-senso estabelecer prazos genéricos por que os fatores contaminantes do ambiente variam entre um serviço e outro. Devido às diferenças tanto em tipos de invólucros quanto em características de estocagem é impossível recomendar tempos de estocagem para itens estéreis que possam ser aplicados universalmente (AORN)
ARMAZENAGEM “Todo material processado deve possuir local adequado para armazenagem de forma que não haja risco de recontaminação e que facilite a distribuição.” “O prazo de validade de esterilização está diretamente relacionado à qualidade da embalagem e condições de armazenagem.” •
•
O local adjacente à área de esterilização, distantes de fonte de água, janelas abertas, portas, tubulações expostas e drenos Trânsito limitado de pessoas, manipulação mínima e cuidadosa
Validação das embalagens-Vida de prateleira depende dos eventos relacionados • • • • • • •
• •
Houve algum evento que agrediu a embalagem? Caiu no chão? Foi “apalpado”? Foi aberto e fechado novamente? Foi carregado debaixo dos braços? Foi colocado elásticos, barbante? Foi “amassado” colocando pesos ou guardados em gavetas apertadas? Indefinido tempo de esterilização …….. Amém JEVITT,D-1943 (data do jornal) 1977 estéril
Ø Manual de rotina e procedimentos;
Ø Padronização dos processos adotados, limpeza,desinfecção e Ø Registro
diário
Ø Programa
de
Ø Manual
do manutenção
de
Ø Utilização
de
processamento
indicadores
de
preventiva
funcionamento adequados
esterilização;
dos
equipamentos;
do ao
artigos; equipamento;
processo
empregado;
Ø Barreira fixa até o teto da área suja e limpa.(Consultórios e Clinicas); Ø Bancada
adequadas
para
o
Ø Local
guarda
material
esterilizado
de
dos
preparo
do (limpo
material; e
fechado);
Ø Fluxo racional de operacionalização, sem cruzamento de artigo contaminado e artigo limpo.
Aspectos a serem observados: Ø
Baldes plásticos para desinfecção, enxágüe.
Ø
Recipientes com as soluções ativadas rotulados.
Ø Pias específicas para o material e lavagens das mãos com sabão liquido e papel toalha. Ø
Local separado para o material de limpeza.
Ø
Pisos, paredes laváveis.
Ø Equipamentos (autoclave e estufa)em perfeitas condições de funcionamento (registro de manutenção e testes químicos e biológicos) – (para artigos não pode autoclave vertical). • •
Cronograma de limpeza dos equipamentos (água e sabão) Verificar a existência dos EPIs.
•
“Existem dois jeitos de viver: acomodar-se ou ousar. Quando lutamos por idéias nas quais acreditamos nasce daí um sentimento de dignidade de ser alguém que faz a diferença”. Roberto Shinyashiki