Livro: Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado Autora: Ana Ana Beatriz Barbosa Silva Editora: FONTANA !enero: Psi"uiatria#Psicologia Paginas: $%& Nu'era()o de paginas: rodape Edi(ao: Edi(ao: % Acaba'ento: Broc*ura Mentes Perigosas - O psicopata 'ora ao lado Ana Beatriz Barbosa Silva +o'o recon*ecer e se proteger de pessoas ,rias e perversas se' senti'ento de culpa "ue estao perto de nos. FONTANA FONTANA S/MA0O A!A1E+0MENTOS ( 0NTO1/2AO %% 1 A3AO E SENS0B0L01A1E: /M SENT01O +4AMA1O +ONS+0EN+0A %5 2 OS PS0+OPATAS: F0OS E SEM +ONS+0EN+0A $( 3 PESSOAS NO M0N0MO S/SPE0TAS 6& PS0+OPATAS: /MA 70SAO MA0S 1ETAL4A1A- PATE % 8% 4 PS0+OPATAS: 5 PS0+OPATAS: /MA 70SAO MA0S 1ETAL4A1A- PATE $ 55 6 OS PS0+OPATAS NO M/N1O POF0SS0ONAL 9( 7 FO0 MAN+4ETE NOS ONA0S %;% 8 PS0+OPATAS PE0!OSOS 1EMA0S %$& 9 MENOES PE0!OSOS 1EMA0S %&& 10 1E ON1E 7EM 0SSO T/1O< %6= PO1EM O S FA3E< %8& 11 O >/E PO1EMO MAN/AL 1E SOBE707EN+0A %5% 12 13 AL!/MA +O0SA ESTA FOA 1A O1EM %9& ANE?OS A 1SM-07-T 1SM-07-T - @&;%.5 %(% B +01-%; - @F8;.$ %(= 1SM-07-T - @&%$.9 %(( S0TES /TE0S $;= TELEFONES /TE0S $;5 B0BL0O!AF0A $;( A!A1E+0MENTOS A +elin*a pela cu'plicidade pelo carin*o pela torcida e por ser a pessoa 'ais do be' "ue eu Ca con*eci. A Monica +ristina dos Santos pelo 'aterial pes"uisado e pela aCuda preciosa . A oberta Nunes de Oliveira ogerio Nunes de Oliveira AleDandre Oliveira Tavares Ani ebello A. Mac*ado Lucio +a'pin*o Ana +ristina 4. M. 7iana e +etilia !ross pela troca generosa de ideias e incentivos. A Sandrin*a Susi e Miti pelo carin*o e pela parceria pro,essional. Aos 'eus pais e 'in*a ir'a pelo a'or incondicional. A 7ania 7ania e a !igi por alegrare' 'eus dias de trabal*o caseiro. A Mirian Mirian Pirolo Pirolo por co'parti co'partil*a l*arr as duv duvida idas s as angust angustias ias e as alegri alegrias as "ue envolver envolvera' a' a realiza(ao deste livro.
A todos a"ueles "ue de algu'a ,or'a 'e aCudara' a colocar as ideias no papel. 0NTO1/gAO O escorpiao aproDi'ou-se do sapo "ue estava a beira do rio. +o'o nao sabia nadar pediu u'a carona para c*egar a outra 'arge'. 1escon,iado o sapo respondeu: Ora escorpiao so se eu ,osse tolo de'ais 7oce 7oce e trai(oeiro vai 'e picar soltar o seu veneno e eu vou 'orrer. Mes'o assi' o escorpiao insistiu co' o argu'ento logico de "ue se picasse o sapo a'bos 'orreria'. +o' pro'essas de "ue poderia ,icar tran"uilo o sapo cedeu aco'odou o escorpiao e' suas costas e co'e(ou a nadar. Ao ,i' da travessia o escorpiao cravou o seu ,errao 'ortal no sapo e saltou ileso e' terra ,ir'e. Atingido pelo veneno e Ca co'e(ando a a,undar o sapo desesperado "uis saber o por"ue de ta'an*a crueldade. E o escorpiao respondeu res pondeu ,ria'ente: - Por"ue essa e a 'in*a natureza 7ez por outra essa ,abula surge e' 'in*a 'ente seCa no cotidiano pro,essional ou atraves do aco'pan*a'ento das noticias diarias pelos Cornais e T7. Trata-se Trata-se de u'a *istoria ar"uetipica "ue ilustra eDe'plar'ente a natureza das pessoas "ue serao analisadas e descritas ao longo deste livro. A ideia de escrever sobre psicopatas surgiu e' razao do 'o'ento violento desu'ano e 'arcado por escandalos "ue nos abate' 'as ta'be' serve co'o u' alerta aos desprevenidos "uanto a a(ao destruidora desses ind'duos. 1evo ad'itir 'in*a ousadia 'as nao pude resistir as inu'eras solicita(oes dos 'eus leitores pacientes con*ecidos e a'igos. >uando pensa'os e' psicopatia logo nos ve' a 'ente u' suCeito co' cara de 'au truculento de aparencia descuidada pinta de assassino e desvios co'porta'entais tao obvios "ue poderia'os recon*ece-lo se' pestaneCar. 0sso e u' grande e"'voco Para os desavisados recon*ece-los nao e u'a tare,a tao ,acil "uanto se i'agina. Os psicopatas engana' e representa' 'uitissi'o be' Seus talentos teatrais e seu poder de convenci'ento sao tao i'pressionantes "ue c*ega' a usar as pessoas co' a unica inten(ao de atingir seus sordidos obCetivos. Tudo isso se' "ual"uer aviso previo e' grande estilo doa a "ue' "ue ' doer. Mas "ue' sao essas criaturas tao nocivas< Sao pessoas loucas ou perturbadas< O "ue ,aze' o "ue sente'< +o'o e onde vive'< Todos Todos sao assassinos< Este livro discorre sobre pessoas ,rias insensiveis 'anipuladoras perversas transgressoras de regras sociais i'piedosas i'orais se' consciencia e desprovidas de senti'ento de co'paiDao culpa ou re'orso. Esses predadores sociais co' aparencia *u'ana estao por ai 'isturados conosco incognitos in,iltrados e' todos os setores sociais. Sao *o'ens 'ul*eres de "ual"uer ra(a credo ou 'vel social. Trabal*a' estuda' ,aze' carreiras se casa' te' ,il*os 'as de,initiva'ente nao sao co'o a 'aioria das pessoas: a"uelas a "ue' c*a'aria'os de pessoas do be'. E' casos eDtre'os os psicopatas 'ata' a sangue-,rio co' re"uintes de crueldade se' 'edo e se' arrependi'ento. Pore' o "ue a sociedade descon*ece e "ue os psicopatas e' sua grande 'aioria nao sao assassinos e vive' co'o se ,osse' pessoas co'uns.
A todos a"ueles "ue de algu'a ,or'a 'e aCudara' a colocar as ideias no papel. 0NTO1/gAO O escorpiao aproDi'ou-se do sapo "ue estava a beira do rio. +o'o nao sabia nadar pediu u'a carona para c*egar a outra 'arge'. 1escon,iado o sapo respondeu: Ora escorpiao so se eu ,osse tolo de'ais 7oce 7oce e trai(oeiro vai 'e picar soltar o seu veneno e eu vou 'orrer. Mes'o assi' o escorpiao insistiu co' o argu'ento logico de "ue se picasse o sapo a'bos 'orreria'. +o' pro'essas de "ue poderia ,icar tran"uilo o sapo cedeu aco'odou o escorpiao e' suas costas e co'e(ou a nadar. Ao ,i' da travessia o escorpiao cravou o seu ,errao 'ortal no sapo e saltou ileso e' terra ,ir'e. Atingido pelo veneno e Ca co'e(ando a a,undar o sapo desesperado "uis saber o por"ue de ta'an*a crueldade. E o escorpiao respondeu res pondeu ,ria'ente: - Por"ue essa e a 'in*a natureza 7ez por outra essa ,abula surge e' 'in*a 'ente seCa no cotidiano pro,essional ou atraves do aco'pan*a'ento das noticias diarias pelos Cornais e T7. Trata-se Trata-se de u'a *istoria ar"uetipica "ue ilustra eDe'plar'ente a natureza das pessoas "ue serao analisadas e descritas ao longo deste livro. A ideia de escrever sobre psicopatas surgiu e' razao do 'o'ento violento desu'ano e 'arcado por escandalos "ue nos abate' 'as ta'be' serve co'o u' alerta aos desprevenidos "uanto a a(ao destruidora desses ind'duos. 1evo ad'itir 'in*a ousadia 'as nao pude resistir as inu'eras solicita(oes dos 'eus leitores pacientes con*ecidos e a'igos. >uando pensa'os e' psicopatia logo nos ve' a 'ente u' suCeito co' cara de 'au truculento de aparencia descuidada pinta de assassino e desvios co'porta'entais tao obvios "ue poderia'os recon*ece-lo se' pestaneCar. 0sso e u' grande e"'voco Para os desavisados recon*ece-los nao e u'a tare,a tao ,acil "uanto se i'agina. Os psicopatas engana' e representa' 'uitissi'o be' Seus talentos teatrais e seu poder de convenci'ento sao tao i'pressionantes "ue c*ega' a usar as pessoas co' a unica inten(ao de atingir seus sordidos obCetivos. Tudo isso se' "ual"uer aviso previo e' grande estilo doa a "ue' "ue ' doer. Mas "ue' sao essas criaturas tao nocivas< Sao pessoas loucas ou perturbadas< O "ue ,aze' o "ue sente'< +o'o e onde vive'< Todos Todos sao assassinos< Este livro discorre sobre pessoas ,rias insensiveis 'anipuladoras perversas transgressoras de regras sociais i'piedosas i'orais se' consciencia e desprovidas de senti'ento de co'paiDao culpa ou re'orso. Esses predadores sociais co' aparencia *u'ana estao por ai 'isturados conosco incognitos in,iltrados e' todos os setores sociais. Sao *o'ens 'ul*eres de "ual"uer ra(a credo ou 'vel social. Trabal*a' estuda' ,aze' carreiras se casa' te' ,il*os 'as de,initiva'ente nao sao co'o a 'aioria das pessoas: a"uelas a "ue' c*a'aria'os de pessoas do be'. E' casos eDtre'os os psicopatas 'ata' a sangue-,rio co' re"uintes de crueldade se' 'edo e se' arrependi'ento. Pore' o "ue a sociedade descon*ece e "ue os psicopatas e' sua grande 'aioria nao sao assassinos e vive' co'o se ,osse' pessoas co'uns.
Eles pode' arruinar e'presas e ,a'ilias ,a'ilias provocar intrigas intrigas destruir destruir son*os 'as nao 'ata'. E eData'ente por isso per'anece' por 'uito te'po te 'po ou ate u'a vida inteira se' sere' descobertos ou diagnosticados. Por sere' c*ar'osos elo"uentes Pagina %$ intel intelige igente ntes s envolv envolvent entes es e seduto sedutores res nao costu' costu'a' a' levant levantar ar a 'enor 'enor sus suspei peita ta de "ue' real'ente sao. Pode'os encontra-los dis,ar(ados de religiosos bons po4ticos bons a'antes bons a'igos. 7isa' 7isa' apenas o bene,icio proprio al'eCa' o poder e o status engorda' ilicita'ente suas contas bancarias sao 'entirosos contu'azes parasitas c*e,es tiranos pedo,ilos 4deres natos da 'aldade. A realidade e contundente e cruel entretanto o 'ais i'pac-tante e "ue a 'aioria es'agadora esta do lado de ,ora das grades convivendo diaria'ente co' todos nos. Transita' tran"uila'ente pelas ruas cruza' nossos ca'in*os ,re"uenta' as 'es'as ,estas divide' o 'es'o teto dor'e' na 'es'a ca'a... Apesar de 'ais de vinte anos de pro,issao ainda ,ico 'uito surpresa e sensibilizada co' a "uantidade de pacientes "ue 'e procura' co' suas vidas arruinadas total'ente e' ,rangal*os alveCadas por esses seres Mpedes "ue suga' o nosso sangue e va'piriza' a nossa al'a. E i'portante ressaltar "ue os psicopatas possue' 'veis variados de gravidade: leve 'oderado e severo. Os pri'eiros se dedica' a trapacear aplicar golpes e pe"uenos roubos 'as provavel'ente nao suCarao as 'aos 'aos de sangue ou 'atarao suas v,ti'as. a os ulti'os bota' verdadeira'ente a 'ao na 'assa co' 'etodos crueis so,isticados e sente' u' enor'e prazer co' seus atos brutais. Mas nao se iluda >ual"uer "ue seCa o grau de gravidade todos invariavel'ente deiDa' 'arcas de destrui(ao por onde passa' se' piedade. Ale' de psicopatas psicopatas eles ta'be' recebe' as deno'ina(oe deno'ina(oess de sociopatas sociopatas personalidades personalidades antisociais sociais personalida personalidades des psicopaticas psicopaticas personalidad personalidades es dissociais dissociais personalida personalidades des a'orais a'orais entre outras. E'bora alguns estudiosos pre,ira' di,erencia-los no 'eu entendi'ento esses ter'os se e"uivale' e descreve' o 'es'o per,il. No entanto por u'a "uestao de ,oro 'ti'o e visando ,acilitar a co'preensao o ter'o psicopata sera o utilizado neste livro. Pagina %& A parte racional ou cognitiva dos psicopatas e per,eita e 0ntegra por isso sabe' per,eita'ente o "ue estao estao ,azend ,azendo. o. >uanto >uanto aos senti'e senti'ento ntos s pore' pore' sao absolu absoluta' ta'ente ente de,icit de,icitari arios os pob pobres res ausentes ausentes de a,eto e de pro,undida pro,undidade de e'ocional. e'ocional. Assi' Assi' concordo concordo plena'ente plena'ente "uando "uando alguns alguns autores dize' de ,or'a 'eta,orica "ue os psicopatas entende' a letra de u'a can(ao 'as sao incapazes de co'preender a 'elodia. +o' base nessa pre'issa optei por nao inserir trec*os de letras de can(oes brasileiras na abertura dos cap,tulos recurso narrativo "ue costu'o adotar e' 'in*as obras. Musica e e'o(ao sentida co' a al'a. Entendo "ue repetir a 'es'a ,or'ula ao descrever o co'porta'ento de criaturas desprovidas de a,etividade seria no ''i'o u' contra-senso. A"ui nao 'e propon*o sob "ual"uer *ipotese a o,erecer aCuda terapeutica aos ind'duos co' esse per,il. Ao contrario o 'eu obCetivo e in,or'ar o publico e' geral para "ue ,i"ue de ol*os e ouvido ouv idoss be' aberto abertos s desper despertos tos e preven prevenido idos. s. Suas Suas v,ti'a v,ti'ass predil predileta etass sao as pessoa pessoass 'ais 'ais sensrveis 'ais puras de al'a e de cora(ao...
Ta'be' ten*o co'o proposito eDpor para'etros para "ue possa'os avaliar e' "ue escala cada u' de nos esta contribuindo para pro'over u'a cultura social na "ual a psicopatia encontra u' terreno ,ertil para prosperar. Esta obra conte' *istorias reais "ue 'e ,ora' relatadas por v,ti'as de psicopatas direta ou indireta'ente e casos tratados co' desta"ue na i'prensa. Nao estou a,ir'ando "ue os eDe'plos a"ui citados representa' autenticos psicopatas e si' "ue ilustra' de ,or'a bastante didatica co'porta'entos "ue u' psicopata tipico teria. Ale' disso todos os casos apresentados se presta' 'uito be' a eDe'pli,ica(ao dos 'ais diversos 'veis de psicopatia desde os 'ais leves ate os 'oderados e severos. 1essa ,or'a tentei es"uadrin*ar e tornar o te'a o 'ais abrangente possivel a ,i' de responder a u'a serie de perguntas "ue na 'aioria das vezes nos deiDa absoluta'ente con,usos. Assi' Pagina %6 espero contribuir para "ue as pessoas se previna' das a'ea(as "ue nos ronda' de ,or'a silenciosa. Estou convencida de "ue ,al*as e' nossas organiza(oes ,a'iliares educacionais e sociais sao dados i'portantes e 'erece' estudos apro,undados e toda a nossa aten(ao 'as por si so nao sao su,icientes para eDplicar o ,eno'eno da psicopatia . A natureza dos psicopatas e devastadora assustadora e aos poucos a ciencia co'e(a a se apro,undar e a co'preender a"uilo "ue contradiz a propria natureza *u'ana. O conteudo a"ui eDposto e denso e intrigante. As paginas percorre' as 'entes so'brias de criaturas cuCas vidas parece' nao ter se desenvolvido total'ente. Saber identi,ica-las pode ser u' antidoto @talvez o unico contra seu veneno paralisante e 'ortal. 0n,eliz'ente a desin,or'a(ao nos torna vulneraveis inde,esos co'o sapos tolos ,isgados pelas *abilidades ca'aleonicas dos escorpioes. Prepare-se por"ue certa'ente voce con*ece Ca ouviu ,alar ou convive co' u' deles. Ana Beatriz Barbosa Silva. Pagina %= >ual"uer *istoria sobre consciencia e relativa a conectividade "ue eDiste entre todas as coisas do universo. Por isso 'es'o de ,or'a inconsciente alegra'o-nos ,rente a natureza gentil dos a tos de a'or. +ap,tulo % azao e sensibilidade: u' sentido c*a'ado consciencia Le'bro co'o se ,osse *oCe. Fec*o os ol*os e la estou eu e 'eus colegas no an,iteatro principal do 4ospital Pedro Ernesto no io de aneiro. A"uilo "ue a printipio deveria ser 'ais u'a das palestras do nosso vasto curriculo do curso de 'edicina ,oi ,unda'ental na 'in*a vida pro,essional. Era seDta-,eira nove *oras da 'an*a e eu 'e encontrava sonolenta e eDausta e' ,un(ao do plantao "ue *avia ,eito na noite anterior. +on,esso "ue por uns dez a %= 'inutos "uase rezei para "ue o palestrante ,altasse ao seu co'pro'isso. 1essa ,or'a poderia ir para casa to'ar u' belo ban*o e dor'ir o sono dos Custos se' nen*u'a pontin*a de culpa. Por volta de (*%= u' *o'e' ,ranzino e 'uito branco "ue traCava u'a cal(a Ceans e u' discreto blusao azul adentrou o auditorio repleto de alunos subiu no tablado e desen*ou na lousa o
seguinte gra,ico: Gno teDto original e' tinta aparece u' es"ue'a de duas lin*as "ue se cruza' e na ponta de casa u'a esta u'a seta. Ao norte esta escrito estar e a leste a palavra serH. E' to' provocador e entusias'ado ele entonou e' voz ,ir'e e ,orte a seguinte "uestao: O "ue e consciencia<. Ainda sob o i'pacto da"uela estran*a presen(a "ue se"uer se apresentou a tur'a entreol*ava-se de ,or'a discreta na Pagina %( eDpectativa de "ue algue' "uebrasse o silencio constrangedor "ue inundava o an,iteatro . Por 'ais estran*o "ue possa parecer a"uele silencio 'e despertou ou 'el*or toda a"uela situa(ao 'e intrigou de algu'a ,or'a. Senti-'e desa,iada pelo "uestiona'ento "ue a"uele *o'e' *avia Cogado no ar apida'ente aCeitei-'e na cadeira es,reguei os ol*os e i'pulsiva'ente disparei: Bo' dia 'estre sou estudante do terceiro ano desta ,aculdade @/E e gostaria de saber o seu no'e a sua especialidade e u'a pe"uena eDplica(ao sobre o gra,ico na lousa. Por u'a ,ra(ao de segundos percebi "ue tin*a sido ligeira'ente indelicada e ta'be' desa,iadora. >uando deparei co' o pro,essor a 'in*a ,rente pude observar certo bo' *u'or e' sua ,isiono'ia o "ue ,oi con,ir'ado por suas palavras: Bo' dia a todos os acade'icos a"ui presentes Meu no'e e Osvaldo e sou 'edico psi"uiatra pro,essor assistente da cadeira de psi"uiatria desta ,aculdade. Se' pestaneCar o pro,essor Osvaldo dirigindo-se a 'i' ,ez valer a lei da a(ao e rea(ao: 7eCo "ue voce esta 'uito interessada no te'a de *oCe. Entao va'os iniciar nossa aula co' a sua descri(ao sobre a consciencia. Na"uele 'o'ento percebi "ue o ditado "ue' esta na c*uva e pra se 'ol*ar era inteira'ente verdadeiro e se' possibilidades de ,uga ,alei: Pro,essor "uando ou(o a palavra consciencia dois senti'entos 'e ve' a cabe(a: u' de orde' pratica ou seCa se estou acordada ou naoI e outro de orde' subCetiva "ue 'e re'ete ao ,ato de eu ter consciencia de "ue' eu sou e "ual o 'eu papel no 'undo. +o' u' sorriso de aprova(ao nos labios o pro,essor continuou: E' parte voce Ca eDplicou o gra,ico a"ui colocado. 1e certa ,or'a seu ponto de vista esta correto. Mas va'os nos apro,undar u' pouco 'ais nessas "uestoes. Apontando para o desen*o na lousa ele prosseguiu: Pagina $; ESTA consciente e ,azer uso da razao ou da capacidade de raciocinar e de processar os ,atos "ue vivencia'os. ESTA consciente e ser capaz de pensar e ter ciencia das nossas a(oes ,isicas e 'entais. Na cl'ica 'edica pode'os averiguar o estado de alerta ou lucidez "ue u'a pessoa apresenta nu' deter'inado 'o'ento. Assi' pode'os perceber nu' eDa'e cl'ico o estado ou 'vel de consciencia no "ual pode'os encontrar as seguintes palavras: lucido vigil *ipovigil *ipervigil con,uso co'a pro,undo etc. Todas elas atesta' o 'vel de percep(ao "ue te'os e' rela(ao ao 'undo. Algue' "ue utilize certas doses de alcool por eDe'plo pode apresentar o seu 'vel de consciencia reduzido @*ipovigil ou ate 'es'o atingir o estado de co'a. 1e ,or'a inversa as
an,e-ta'inas @esti'ulantes - 'uito utilizadas e' dietas de e'agreci'ento - costu'a' ,azer o cerebro trabal*ar 'ais depressa deiDando as pessoas 'ais JacesasJ 'ais JeletricasJ co' a ,ala rapida e pode' provocar insonia e 'uita irritabilidade. Esse estado e con*ecido co'o *ipervigilancia. Final'ente algue' ,alava de ,or'a clara co'o deveria'os iniciar u' eDa'e cl'ico dos nossos ,uturos pacientes. Entusias'ados e atentos as eDplica(oes do pro,essor ,ize'os inu'eras perguntas sobre acidentes auto'obi4sticos trau'atis'os cranianos substantias toDicas e tantas outras situa(oes "ue pode' alterar nossos 'veis de consciencia. A segunda parte da aula nao se tratava 'ais de identi,icar o estado ou 'vel de consciencia de algue' 'as si' de algo 'uito 'ais co'pleDo. Agora a "uestao era SE O/ nao SE. SE consciente nao e u' estado 'o'entaneo e' nossa eDistencia co'o ,ala'os anterior'ente SE consciente re,ere-se a nossa 'aneira de eDistir no 'undo. Esta relacionado a ,or'a co'o conduzi'os nossas vidas e especial'ente as liga(oes e'ocionais "ue estabelece'os co' as pessoas e as coisas no nosso dia-a-dia. Ser dotado de consciencia e ser capaz de a'ar concluiu o pro,essor. Pagina $% Ao soar o sinal a 'aioria da tur'a se levantou esvaziando o an,iteatro. Por alguns 'inutos ,i"uei ali pensativa co'o se algo tivesse 'e atingido de ,or'a estran*a e paralisante. 7i o pro,essor Osvaldo saindoI de longe ,ez u' gesto discreto de despedida "ue se' "uerer nao consegui responder. Na 'in*a 'ente duas palavras ecoava' estridentes: consciencia e a'or Nao sabia eDplicar o por"ue 'as na"uele 'o'ento ,ui to'ada por duas in"uestionaveis certezas: eu estava lucida @vigil e eDperi'entava u'a e'o(ao 'aravil*osa e transcendente de ser u'a pessoa consciente. 1e la para ca 'uitos anos se passara' 'as a"uela aula - e' especial a sua parte ,inal - ,oi decisiva na 'in*a vida. A partir da"uele dia eDercer a psi"uiatria passou a ser parte inseparavel da 'in*a eDistencia. Eu tin*a a consciencia de "ue a 'in*a pro,issao seria u' canal por onde e'o(oes 'uito boas transitaria' por toda a vida. Ser consciente e ser capaz de a 'ar. +o'o visto na aula do pro,essor Osvaldo o ter'o consciencia e a'Mguo sugerindo dois signi,icados total'ente distintos. E por isso 'es'o e co'preensivel "ue a esta altura o leitor esteCa con,uso. Na realidade a consciencia e u' atributo "ue transita entre a razao e a sensibilidade. Popular'ente ,alando entre a cabe(a e o cora(ao. Falar sobre consciencia pode ser u'a tare,a ,acil e di,icil ao 'es'o te'po. O ,acil sao as eDplica(oes cienti,icas sobre o desenvolvi'ento da consciencia no cerebro "ue envolve' engrenagens co'o aten(ao 'e'oria circuitos neuronais e estruturas cerebrais "ue so serviria' para con,undir u' pouco 'ais. Nada disso ve' ao caso agora pelo 'enos nao e esse o 'eu proposito. Portanto es"ue(a A"ui vou considerar o lado di,icil subCetivo e relativo ao sentido etico da eDistencia *u'ana: o SE consciente. Mostrar apre(o as condutas louvaveis ser bondoso ou educado ter u' co'porta'ento eDe'plar e cauteloso preocupar-se Pagina $$ co' o "ue os outros pensa' a nosso respeito ne' de longe pode ser de,inido co'o consciencia de ,ato. A,inal a consciencia nao e u' co'porta'ento e' si ne' 'es'o e algo "ue possa'os ,azer ou pensar. A consciencia e algo "ue senti'os. Ela eDiste
antes de tudo no ca'po da a,ei(ao ou dos a,etos. Mais do "ue u'a ,un(ao co'porta'ental ou intelectual a consciencia pode ser de,inida co'o u'a e'o(ao. Pe(o licen(a e vou u' pouco ale'. No 'eu entender a consciencia e u' senso de responsabilidade e generosidade baseado e' v'culos e'ocionais de eDtre'a nobreza co' outras criaturas @ani'ais seres *u'anos ou ate 'es'o co' a *u'anidade e o universo co'o u' todo. E u'a especie de entidade invisivel "ue possui vida propria e "ue independe da nossa razao. E a voz secreta da al'a "ue *abita e' nosso interior e "ue nos orienta para o ca'in*o do be'. A consciencia nos i'pulsiona a to'ar decisoes total'ente irracionais e ate 'es'o co' i'plica(oes de risco a vida. Ela per'eia as nossas atitudes cotidianas @co'o perder u'a reuniao de negocios por"ue seu ,il*o esta ardendo e' ,ebre e ate as nossas a(oes de eDtre'a bravura e de auto-sacri,icio @co'o suportar a dor de u'a tortura ,isica e psicologica e' ,un(ao de u' ideal. E assi' a consciencia nos abra(a e conduz pela vida a,ora por"ue esta e' plena co'un*ao co' o 'ais poderoso co'bustivel a,eti-vo: o a'or. 1e ,or'a be' prosaica i'agine a seguinte situa(ao: 7oce esta no aconc*ego do seu aparta'ento depois de u' dia eDaustivo de trabal*o e reunioes. Mo'entos depois o inter,one toca anunciando a visita inesperada de u'a grande a'iga. Ela esta gravida de sete 'eses e c*egou abarrotada de sacolas co' as ulti'as co'pras do enDoval. Apesar do cansa(o voce ,ica verdadeira'ente ,eliz co' sua presen(a. Por alguns 'o'entos voces conversa' alegre'ente sobre o bebe os planos para o ,uturo e coloca' as ,o,ocas e' dia. La pelas tantas da noite sua a'iga diz "ue precisa ir e'bora. Pagina $& E' ,ra(oes de segundos voce pensa: Preciso to'ar u' ban*o e dor'ir sera "ue ela vai entender se eu nao aco'pan*a-la ate a portaria do predio< Mas ela esta gravida e te' tanta coisa pra carregar E 'el*or eu ir Cunto nao ,oi isso "ue 'e ensinara'. Bo' essa tagarelice 'ental "ue azucrina tal "ual u' cri'e co'etido se' duvidas nao e i'oral. E absoluta'ente *u'ana natural e ,oge ao nosso controle. Mas ta'be' nao e a sua consciencia soprando no seu ouvido. Ao contrario do vou ou nao vou voce e i'ediata'ente to'ado por u' i'pulso generoso e se ,lagra no elevador co' sua a'iga suas bolsas e sacolas. +*a'a u ' taDi abre a porta do carro diz ao 'otorista para ir co' cuidado e se despede' ,elizes. 4u' A consciencia e assi' 'es'o: c*ega se' avisar e nao co'plica apenas ,az /'a *istoria 'ais co'ovente: Sao Paulo do'ingo nove'bro de $;;5. +erca de tres 'inutos apos ter decolado do aeroporto +a'po de Marte u' LearCet &= caiu de bico sobre u'a residencia onde 'orava' %6 pessoas de u'a 'es'a ,a'ilia. No acidente 'orrera' o piloto o co-piloto e seis pessoas "ue estava' na casa. Os vizin*os Airton de 65 anos e seu pai o sr. Angelo de 5= correra' para o sobrado da ,a'ttia Fernandes assi' "ue ouvira' o barul*o da "ueda do aviao. Pai e ,il*o conseguira' salvar +laudia Fernandes de %8 anos. Eles ouvira' o c*oro da garota "ue e autista e brincava co' sua a'iga Lais na *ora do acidente. Airton e'ocionado descal(o e co' a blusa suCa de sangue e cinzas la'entava ter conseguido salvar apenas u'a unica vida. O sr. Angelo "uei'ou a 'ao ao salvar +laudia e apos ser atendido por 'edicos no local per'aneceu na rua tentando ,urar o blo"ueio policial para voltar aos esco'bros. Pagina $=
Se' "ual"uer so'bra de duvidas pode'os a,ir'ar "ue Airton e Angelo possue' consciencia. E na"uela tarde de do'ingo eles nao pensara' si'ples'ente agira': isso e pura consciencia e' eDerticio. Pagina $6 Todas as pessoas portadoras de consciencia se e'ociona' ao teste'un*ar ou to'ar con*eci'ento de u' ato altr'sta seCa ele si'ples ou grandioso. >ual"uer *istoria sobre consciencia e relativa a conectividade "ue eDiste entre todas as coisas do universo. Por isso 'es'o de ,or'a inconsciente @se' nos dar'os conta alegra'o-nos ,rente a natureza gentil dos atos de a'or. A consciencia genu'a No decorrer da nossa *istoria 'uitos estudos e teorias se ,or'ara' e' torno da consciencia e das inevitaveis pole'icas sobre o be' e o 'al. +o' o passar dos seculos a consciencia ,oi e ainda e alvo de discussoes entre teologos ,iloso,os sociologos e 'ais recente'ente desa,ia e intriga cientistas e Curistas. 1e ,ato conceituar ou de,inir consciencia e algo eDtre'a'ente co'pleDo "ue pode gerar controversias por anos a ,io. 0sso por"ue ela esta aci'a de teorias religiosas ou 'es'o psicologicas e cienti,icas. A 'eu ver ter consciencia ou ser consciente trata-se de possuir o 'ais so,isticado e evol'do de todos os sentidos da vida *u'ana: o seDto sentido. Atrevo-'e a a,ir'ar "ue tal sentido ,oi o ulti'o a se desenvolver na *istoria evolutiva da especie *u'ana. Nossa *u'anidade benevolencia e condescendencia deve' ser atrib'das a esse nobre sentido. A consciencia e criadora do signi,icado de nossa eDistencia e de ,or'a subCetiva ta'be' e criadora do signi,icado da vida de cada u' de nos. Ela in,luencia e deter'ina o papel "ue cada u' tera na sociedade e no universo. +o'o disse anterior'ente a consciencia e tao espetacular "ue so pode'os senti-la e talvez esteCa a toda a sua grandeza. Se eDiste algu'a coisa de divino e' nos entendo "ue a nossa consciencia seCa essa eDpressao e "ue' sabe u'a ,ra(ao incalculavel do tao ,alado e pouco praticado a'or universal ou incondicional. Na verdade esse seDto sentido e essencial'ente baseado na co'paiDao e na verdadeira pratica do a'or. /'a vez "ue a consciencia esta pro,unda'ente alicer(ada e' nossa *abilidade de a'ar e' criar v'culos a,etivos e nos abastecer dos 'ais nobres senti'entos ela nos ,az subCetiva-'ente unicos pore' integrados e sincronicos co' o TO1O 'aior e transcendente @ten*a ele o no'e "ue tiver nos diversos povos ao redor do 'undo. A consciencia genu'a nos i'pulsiona a ir ao encontro do outro colocando-nos e' seu lugar e entendendo a sua dor. So'os to'ados por gestos si'ples co'o deseCar bo' dia a"ueles "ue nao con*ece'os ou ligar para u' a'igo so para dizer: Ola co'o vai< Estou a"ui para o "ue der e vier 0nundados de consciencia pedi'os desculpas sinceras a"ueles "ue 'agoa'os ou ,eri'os nu' 'o'ento de e"'voco. Agradece'os aos nossos pais pela oportunidade da vida e pelos ensina'entos de retidao. 7ibra'os e nos e'ociona'os ,rente a supera(ao de u' atleta "ue derra'a lagri'as ao subir no degrau 'ais alto do podio. Esse seDto sentido e "ue nos co'ove co' as situa(oes tragicas e ta'be' co' a ,elicidade do encontro Pagina $= de ir'aos separados desde a in,ancia. Ele nos traz indigna(ao ,rente ao preconceito ao
desrespeito as regras sociais a intolerancia ao proDi'o a ,alta de educa(ao a corrup(ao e a i'punidade. A consciencia nos inspira a zelar pelo nosso ani'al de esti'a(ao e a nos desesperar pelo seu desapareci'ento. 0nspira-nos a c*orar copiosa'ente co' o nasci'ento de u' ,il*o e aco'pan*alo ru'o a descoberta do 'undo ao seu redor. Per'ite-nos sentir a pro,undidade de u'a bela 'elodia apreciar a eDuberancia de u'a ,lor e eDcla'ar: Nossa "ue linda A consciencia gera 'ovi'entos de eDtre'a grandeza pela paz e leva 'il*ares de pessoas as ruas para protestar contra a violenciaI i'pulsiona o sacri,icio voluntario e incondicional de pessoas "ue luta' e' prol da *u'anidade. Ela alegra nossos cora(oes co' os pri'eiros raios de sol anunciando "ue o dia sera Pagina $8 'ais colorido e ta'be' co' a c*uva "ue ,az brotar a planta(ao garantindo o nosso pao de cada dia. E a consciencia "ue nos i'pele a doar orgaos e' 'o'entos de eDtre'a dor e a torcer por u' ,inal ,eliz. 0'pulsiona ind'duos a salvar 'uitas vidas 'es'o sabendo "ue pode ser o seu proprio ,i'. Leva-nos as preces as ora(oes e as correntes do be' na esperan(a de dias 'el*ores. Movi'enta-nos contra a seca a ,o'e o des'ata'ento das ,lorestas e a destrui(ao da ca'ada de ozonio "ue coloca' e' risco o ru'o do planeta e o ,uturo das novas gera(oes. En,i' nos pe"uenos ou nos grandes gestos a consciencia genu'a - e so'ente ela - e capaz de 'udar o 'undo para 'el*or.+ap,tulo $ Os psicopatas: ,rios e se' consciencia Eles vive' entre nos parece' ,isica'ente conosco 'as sao desprovidos deste sentido tao especial: a consciencia. Muitos seres *u'anos sao destit'dos desse senso de responsabilidade etica "ue deveria ser a base essencial de nossas rela(oes e'ocionais co' os outros. Sei "ue e di,icil de acreditar 'as algu'as pessoas nunca eDperi'entara' ou Ca'ais eDperi'entarao a in"uietude 'ental ou o 'enor senti'ento de culpa ou re'orso por desapontar 'agoar enganar ou ate 'es'o tirar a vida de algue'. Ad'itir "ue eDiste' criaturas co' essa natureza e "uase u'a rendi(ao ao ,ato de "ue o 'al *abita entre nos lado a lado cara a cara. Para as pessoas "ue acredita' no a'or e na co'paiDao co'o regras essenciais entre as rela(oes *u'anas aceitar essa possibilidade e se' duvida bastante perturbador. No entanto esses ind'duos verdadeira'ente 'ale,icos e ardilosos utiliza' dis,arces tao per,eitos "ue acredita'os pia'ente "ue sao seres *u'anos co'o nos. Eles sao verdadeiros atores da vida real "ue 'ente' co' a 'aior tran"uilidade co'o se estivesse' contando a verdade 'ais cristalina. E assi' consegue' deiDar seus instintos 'a"uiavelicos absoluta'ente i'perceptiveis aos nossos ol*os e sentidos a ponto de nao perceber'os a di,eren(a entre a"ueles "ue te' consciencia e a"ueles "ue sao desprovidos desse nobre atributo. Por esse 'otivo e natural "ue voce esteCa agora se perguntando de ,or'a 'ti'a e angustiada se as pessoas co' as "uais convive ou "ue ,aze' parte do seu 'undo sao dotadas de consciencia ou nao. Por isso neste eDato 'o'ento propon*o u' passeio virtual @'ental. Pare e pense nos seus vizin*osI nos Covens nas escolasI nos trabal*adores da sua ruaI nos pro,issionais de varias areasI nos a'igos dos seus a'igosI nas 'aes "ue zela' pelos Pagina &% seus ,il*osI nos 4deres religiosos e nos po4ticos de sua na(ao. Pare e pense agora nos seus Pagina $=
,a'iliares no seu c*e,e no seu subordinado. Sera "ue todos se' eDce(ao sao dotados de consciencia< Torce'os para "ue S0M +ontudo la'entavel'ente nao e be' assi' "ue a realidade se 'ostra. Poderia'os responder a essa 'es'a pergunta co' u' vigoroso NAO >ual"uer u'a das pessoas 'encionadas co'o eDe'plo poderia de ,ato ser desprovida de "uais"uer vestigios de consciencia. E' outras palavras elas estao absoluta'ente livres de constrangi'entos ou Culga'entos 'orais internos e pode' ,azer o "uiser de acordo co' seus i'pulsos destrutivos. Esta'os pisando agora nu' terreno assustador intrigante e desa,iador: a 'ente perigosa dos psicopatas. +o'o Ca ,oi eDposto na introdu(ao deste livro eles recebe' outros no'es tais co'o: sociopatas personalidades anti-sociais personalidades psicopaticas personalidades dissociais entre outros. Muitos estudiosos pre,ere' di,erencia-los co' eDplica(oes ainda subCetivas "ue no 'eu entender poderia' apenas con,undir o leitor. 1evido a ,alta de u' consenso de,initivo a deno'ina(ao dessa
Pagina $=
dis,un(ao co'porta'ental te' despertado acalorados debates entre 'uitos autores cl'icos e pes"uisadores ao longo do te'po. Alguns utiliza' a palavra sociopata por pensare' "ue ,atores sociais des,avoraveis seCa' capazes de causar o proble'a. Outras correntes "ue acredita' "ue os ,atores geneticos biologicos e psicologicos esteCa' envolvidos na orige' do transtorno adota' o ter'o psicopata. Por outro lado ta'be' nao encontra'os consenso entre institui(oes co'o a Associa(ao de Psi"uiatria A'ericana @1SM-07-T% e a Organiza(ao Mundial de Saude @+01%;.$ A pri'eira utiliza o ter'o Transtorno da Personalidade Anti-social Ca a segunda pre,ere Transtorno de Personalidade 1issocial.
1 Manual 1iagnostico e Estatistico de Transtornos Mentais 6a edi(ao - TeDto evisado. 7ide AneDo A.
2 +lassi,ica(ao 0nternational das 1oen(as. 7ide AneDo B.
Pagina &$ E' ,ace de tantas divergencias e co' o intuito de ,acilitar o entendi'ento resolvi uni,icar as diversas no'enclaturas e e'pregar apenas a palavra psicopata. SeCa la co'o ,or u'a coisa e certa: todas essas ter'inologias de,ine' u' per,il transgressor. O "ue pode suscitar u'a pe"uena di,erencia(ao entre elas e a intensidade co' a "ual os sinto'as s e 'ani,esta'. E i'portante ressaltar "ue o ter'o psicopata pode dar a ,alsa i'pressao de "ue se trata de ind'duos loucos ou doentes 'entais. A palavra psicopata literal'ente signi,ica doen(a da 'ente @do grego psKc*e 'enteI e pat*os doen(a. No entanto e' ter'os 'edico-psi"uiatricos a psicopatia nao se encaiDa na visao tradicional das doen(as 'entais. Esses ind'duos nao sao considerados loucos ne' apresenta' "ual"uer tipo de desorienta(ao. Ta'be' nao so,re' de delrnos ou alucina(oes @co'o a es"uizo,renia e ta'pouco apresenta' intenso so,ri'ento 'ental @co'o a depressao ou o panico por eDe'plo. Ao contrario disso seus atos cri'inosos nao prove' de 'entes adoecidas 'as si' de u' raciotinio ,rio e calculista co'binado co' u'a total incapacidade de tratar as outras pessoas co'o seres *u'anos pensantes e co' senti'entos. Os psicopatas e' geral sao ind'duos ,rios calculistas inescrupulosos dissi'ulados 'entirosos sedutores e "ue visa' apenas o proprio bene,icio. Eles sao incapazes de estabelecer v'culos a,etivos ou de se colocar no lugar do outro. Sao desprovidos de culpa ou re'orso e 'uitas vezes revela'-se agressivos e violentos. E' 'aior ou 'enor 'vel de gravidade e co' ,or'as di,erentes de 'ani,estare' os seus atos transgressores os psicopatas sao verdadeiros predadores sociais e' cuCas veias e arterias corre u' sangue gelido.
Pagina $=
Os psicopatas sao ind'duos "ue pode' ser encontrados e' "ual"uer ra(a cultura sociedade credo seDualidade ou 'vel ,inanceiro. Estao in,iltrados e' todos os 'eios sociais e pro,issionais ca'u,lados de eDecutivos be'-sucedidos 4deres religiosos trabal*adores pais e 'aes de ,a'/ia po4ticos etc. +erta'ente cada u' de nos con*ece ou con*ecera algu'as dessas pessoas durante a sua eDistencia. Muitos Ca ,ora' 'anipulados por elas alguns vive' ,or(osa'ente co' elas e outros tenta' reparar os danos 'ateriais e psicologicos por elas causados. Por isso nao se iluda Esses ind'duos c*ar'osos e atraentes ,re"uente'ente deiDa' u' rastro de perdas e destrui(ao por onde passa'. Sua 'arca principal e a i'pressionante ,alta de consciencia nas rela(oes interpessoais estabelecidas nos diversos a'bientes do conv'o *u'ano @a,etivo pro,issional ,a'iliar e social. O Cogo deles se baseia no poder e na autopro'o(ao as custas dos outros e eles sao capazes de atropelar tudo e todos co' total egocentris'o e indi,eren(a. Muitos passa' algu' te'po na prisao no entanto para a in,elicidade coletiva a grande 'aioria deles Ca'ais esteve nu'a delegacia ou "ual"uer presidio. +o'o ani'ais predadores va'piros ou parasitas *u'anos esses ind'duos se'pre suga' suas presas ate o li'ite i'provavel de uso e abuso. Na 'ate'atica desprezrvel dos psicopatas so eDiste o acresci'o unilateral e predatorio e so'ente eles sao os bene,iciados. +abe a"ui u'a breve ressalva. Todos nos dotados de consciencia pode'os e' u' 'o'ento "ual"uer da vida 'agoar ou insultar o proDi'oI co'eter inCusti(as ou e"'vocos e e' casos eDtre'os 'atar algue' sob ,orte i'pacto e'ocional. A,inal so'os *u'anos e ne' se'pre esta'os co' nossa consciencia ,uncionando a %;;: so'os in,luenciados pelas circunstancias ou pelas necessidades. Ale' disso vive'os nu'a sociedade co' valores distorcidos co'petitiva de poucas re,erencias "ue nos leva' a "uerer tirar vantagens a"ui e acola. Essas derrapagens e esses deslizes a "ue esta'os suCeitos e' nossa Cornada de,initiva'ente nao nos torna' psicopatas. /' belo dia o senso etico nos ,az re,letir sobre nossas condutas voltar atras e rever nossos conceitos do "ue e certo e errado. +aso contrario o re'orso vai nos perseguir torturar e dependendo da eDtensao Ca'ais nos deiDara e' paz. Por Pagina &6 isso e se'pre bo' "ue o leitor ten*a e' 'ente "ue a"ui 'e re,iro as pessoas de 'a 0ndole "ue co'ete' suas 'aldades por puro prazer e diversao e se' vestigios de arrependi'ento. Esta ulti'a palavra si'ples'ente nao eDiste no parco repertorio e'ocional dos psicopatas. +o'o eDe'plo de u'a pessoa capaz de assassinar algue' to'ada por violenta e'o(ao - e ne' por isso pode ser considerada u'a psicopata - cito o caso da dona de casa Maria do +ar'o !*islotti de &% anos. E' ,evereiro de $;;8 ela 'atou o adolescente obson ?avier de Andrade de %= anos co' u'a ,acada no pesco(o por este ter estuprado seu ,il*o de apenas & anos. Maria do +ar'o e seu 'arido ,lagrara' obson co'etendo o delito seDual "uando ouvira' o c*oro e os gritos no "uintal da casa deles. Na 1elegacia de 1e,esa da Mul*er e' Sao +arlos interior de Sao Paulo *oras depois do estupro Maria do +ar'o se reencontrou co' obson e o atacou. Ao ser "uestionada sobre seu ato ela declarou: Na delegacia ac*ei u'a ,a"uin*a vel*a nu' cantin*o. +olo"uei na cintura. O rapazin*o 'e ,alou: JNao vai dar nada sou de
'enor.J Ele 'e ol*ava e dava risada. Perdi o C'zo. >uando vi Ca tin*a ,eito. Ele estragou a vida do 'eu ,il*o. >ual 'ae ia aguentar<. Maria do +ar'o ,oi inocentada pelo Curi popular "ue acatou os argu'entos dos advogados de de,esa 4elder +laK e Arlindo Basilio. Eles alegara' "ue no 'o'ento do cri'e Maria do +ar'o ainda estava sob ,orte abalo psicologico e' ,un(ao da violencia praticada contra seu ,il*o. Fonte: ornal O !lobo %= de nove'bro de $;;8. E claro "ue nao estou e' absoluto de,endendo "ue ,a(a'os Custi(a co' as proprias 'aos. Mas no 'eu entender essa tragica *istoria e per,eita'ente co'preensivel. +onsidero Maria do +ar'o u'a v,ti'a "ue no calor da e'o(ao agiu por a'or ao seu ,il*o. Pagina &= O ,eno'eno da psicopatia precisa ser eDposto e eDplicitado a toda sociedade da ,or'a co'o o te'a e de ,ato: u' enig'a so'brio co' drasticas i'plica(oes para todas as pessoas de be' "ue luta' diaria'ente para a constru(ao de u'a sociedade 'ais Custa e *u'ana. Apos seculos de especula(oes e decadas de estudos - a 'aioria deles baseados na eDperiencia dos seus autores - esse 'isterio co'e(a a ser revelado. Segundo o psi"uiatra canadense obert 4are u'a das 'aiores autoridades sobre o assunto os psicopatas te' total ciencia dos seus atos @a parte cognitiva ou racional e per,eita ou seCa sabe' per,eita'ente "ue estao in,ringindo regras sociais e por "ue estao agindo dessa 'aneira. A de,iciencia deles @e e a "ue 'ora o perigo esta no ca'po dos a,etos e das e'o(oes. Assi' para eles tanto ,az ,erir 'altratar ou ate 'atar algue' "ue atravesse o seu ca'in*o ou os seus interesses 'es'o "ue esse algue' ,a(a parte de seu conv'o 'ti'o. Esses co'porta'entos despreziveis sao resultados de u'a escol*a diga-se de passage' eDercida de ,or'a livre e se' "ual"uer culpa. A 'ais evidente eDpressao da psicopatia envolve a ,lagrante viola(ao cri'inosa das regras sociais. Se' "ual"uer surpresa adicional 'uitos psicopatas sao assassinos violentos e crueis. No entanto co'o Ca dito a 'aioria deles esta do lado de ,ora das grades utilizando se' "ual"uer consciencia *abilidades 'a"uia-velicas contra suas v,ti'as "ue para eles ,unciona' apenas co'o tro,eus de co'petencia e inteligencia. ea,ir'o "ue e co'u' deparar'os co' pessoas de boa 0ndole @ate 'es'o de alto 'vel intelectual e cultural "ue duvida' "ue os psicopatas possa' eDistir de ,ato. Para sanar essa duvida basta observar a grande "uantidade de pessoas 'ostradas na 'idia diaria'ente: assassinos e' serie pais "ue 'ata' seus ,il*os ,il*os "ue 'ata' seus pais estupradores ladroes golpistas estelionatarios @os ,a'osos %5% gangues "ue ateia' ,ogo e' pessoas *o'ens "ue espanca' as esposas cri'inosos de colarin*o branco eDecutivos tiranos e'presarios e po4ticos corruptos se"uestradores... Pagina &8 Todos os cri'es co'etidos por esses ind'duos de pe"uena ou grande 'onta deiDa'- nos tao perpleDos "ue a nossa tendencia inicial e buscar eDplica(oes "ue seCa' no
''i'o razoaveis. E a2 especula'os: Ele parecia tao bo' o "ue sera "ue aconteceu< Sera "ue ele nao regula 'uito be' estava drogado ou perturbado< Sera "ue ,oi 'altratado na in,ancia<. E 'ergul*ados e' tantas perguntas incorre'os no erro de Custi,icar e ate entender as a(oes cri'inosas dos psicopatas. Passe a ler os Cornais sob esse novo pris'a @a ,alta de consciencia e voce percebera rapida'ente "ue a eDtensao desse proble'a e a'edrontadora. +onven*a'os nao e c*ocante saber "ue tais co'porta'entos 'oral'ente inco'preensiveis sao eDibidos por pessoas aparente'ente nor'ais ou co'uns< E preciso estar atento para o ,ato de "ue ao contrario do "ue se possa i'aginar eDiste' 'uito 'ais psicopatas "ue nao 'ata' do "ue a"ueles "ue c*ega' a desu'anidade 'aDi'a de co'eter u' *o'itidio. +uidado os psicopatas "ue nao 'ata' nao sao e' absoluto ino,ensivos Eles sao capazes de provocar grande i'pacto no cotidiano das pessoas e sao igual'ente insensrveis. Esta'os 'uito 'ais propensos e vulneraveis a perder nossas econo'ias ao cair na labia 'anipuladora de u' golpista do "ue perder a vida pelas 'aos dos assassinos. 1ize' "ue a vida i'ita a arte e vice-versa. 1esse ponto de vista costu'o acreditar na segunda op(ao: a arte i'ita a vida. Se observar'os be' eDiste' diversos ,il'es e' "ue os personagens principais ou secundarios dao vida voz e a(ao aos diversos tipos de psicopatas seCa' eles golpistas ou estelionatarios grandes e'presarios ou po4ticos inescrupulosos ou ainda os assassinos crueis e i'piedosos "ue age' de ,or'a repetitiva e siste'atica @os ditos serial illers. 1esde "ue o cine'a eDiste os psicopatas se'pre estivera' presentes entre seus grandes personagens. Sob esse aspecto os ,il'es sobre va'piros sao a 'eu ver os "ue se'pre tivera' os psicopatas co'o os grandes astros e' cena. Assi' co'o os Pagina &5 va'piros da ,ic(ao os psicopatas estao se'pre de tocaia. Nesse eDato instante e' "ue voce le este livro eles estao agindo por ai: nas ruas e' plena luz do sol procurando suas presas as 'esas de seus escritorios envolvidos e' negocia(oes escusas ou 'es'o sob o teto acol*edor de u' lar "ue e' instantes sera devastado. Eles estao por toda parte per,eita'ente dis,ar(ados de gente co'u' e assi' "ue suas necessidades internas de prazer luDuria poder e controle se 'ani,estare' eles se revelarao co'o real'ente sao: ,eras predadoras. Os psicopatas sao os va'piros da vida real. Nao e eData-'ente o nosso sangue "ue eles suga' 'as si' nossa energia e'ocional. Pode'os considera-los autenticas criaturas das trevas. Possue' u' eDtraordinario poder de nos i'portunar e de nos *ipnotizar co' o obCetivo 'a"uiavelico de anestesiar nosso poder de Culga'ento e nossa racionalidade. +o' *istorias i'aginarias e ,alsas pro'essas nos ,aze' sucu'bir ao seu Cogo e total'ente entregues a sorte perde'os nossos bens 'ateriais ou so'os do'inados 'ental e psicologica'ente. O 'ais surpreendente e "ue a printipio os psicopatas aparenta' ser 'el*ores "ue as pessoas co'uns. Mostra'-se tao inteligentes talentosos e ate encantadores co'o o proprio conde ro'eno "ue o cine'a i'ortalizou co'o o +onde 1racula. 0nicial'ente
nos desperta' con,ian(a si'patia e acaba'os por esperar 'ais deles do "ue das outras pessoas. 0lusorias eDpectativas Espera'os 'as nao recebe'os nada positivo e no ,i' das contas a'arga'os serios preC'zos e' diversos setores das nossas vidas. Se' nos dar'os conta acaba'os por convida-los a entrar e' nossas vidas e "uase se'pre so percebe'os o erro e o ta'an*o do engodo "uando eles desaparece' inesperada'ente dei-Dandonos eDaustos adoecidos co' u'a enor'e dor de cabe(a a carteira vazi a o cora(ao destro(ado e nos piores casos vidas perdidas. Para os psicopatas essa sucessao de ,atos irresponsaveis e absoluta'ente nor'al. A,inal de contas seduzir e atacar Pagina &9 u'a presa e seu obCetivo 'aior e tal "ual o escorpiao da ,abula ilustrada na introdu(ao do livro essa e a sua natureza Apesar de todo o estrago 'uitas pessoas viti'adas por eles ainda se pergunta' e eDcla'a': Sera "ue o erro ,oi 'eu ou ,oi dele< Onde ,oi "ue eu errei para "ue a"uela pessoa "ue era tao boa e ,ascinante se trans,or'asse nu' 'onstro se' escrupulos<. Meu 1eus a culpa disso tudo e 'in*a< Ten*a absoluta certeza: o proble'a sao eles. Sao va'piros *u'anos ou se pre,erir predadores sociais. Eu adoraria dizer "ue encontra-los por a e algo raro e i'provavel 'as se assi' eu ,izesse estaria agindo co'o u' deles: 'entindo o'itindo a verdade e i'possibilitando-o de se precaver contra suas 'aldades e perversidades. Essa di,eren(a entre o ,unciona'ento e'ocional nor'al e a psicopatia e tao c*ocante "ue "uase instintiva'ente recusa'o-nos a acreditar "ue de ,ato possa' eDistir pessoas co' tal vazio de e'o(oes. 0n,eliz'ente essa nossa di,iculdade e' acreditar na 'agnitude dessa di,eren(a @ter ou nao ter consciencia nos coloca per'anente'ente e' perigo. Moreno alto bonito e sensual Andrea estava separada *avia u' ano "uando con*eceu a,ael nu'a ,esta. Tratava-se de u' advogado co'u' co' roupas despoCadas Ceito sedutor e co' u' sorriso "ue contagiava todo o a'biente. Seus cabelos escuros lisos e be' tratados e'oldurava' o belo rosto co' ol*os castan*os e encantadores. Ele se aproDi'ou de Andrea e iniciara' u' papo ani'ado co'o se Ca se con*ecesse' *a 'uito te'po. Ela narrava sua ulti'a viage' aos Estados /nidos onde se re,ugiou para es"uecer os ulti'os aconteci'entos. a,ael por sua vez contava co' ri"ueza de detal*es sobre a Europa e por "ue o 7el*o Mundo o ,ascinava tanto. a,ael delicada'ente l*e servia drin"ues canapes e vez por outra contava piadas absoluta'ente engra(adas "ue a ,azia' Pagina &( rir co'o nunca. Ele era *abilidoso e per,or'atico e' narrar *istorias divertidas e ela se via cada vez 'ais encantada co' a"uele *o'e' tao especial "ue estava a u' pal'o de distancia.
Outros encontros viera' e se'pre tao agradaveis "uanto o pri'eiro. Andrea pensou: Meu 1eus isso e tudo de bo' Encontrei o *o'e' "ue toda 'ul*er son*a e' ter ao seu lado Ela estava se apaiDonando nova'ente e deiDando para tras a a'argura do casa'ento ,racassado. +o' alguns 'eses de na'oro Andrea ainda nao con*ecia a casa e a ,a'ttia de a,ael. Sabia "ue ele 'orava co' a 'ae viuva "ue ele alegava ser u'a pessoa 'uito di,icil posses siva e indelicada co' suas na'oradas. Por isso nao "ueria nova'ente "ue sua ,elicidade ,osse ladeira abaiDo co' o ciu'e doentio de sua 'ae. Andrea co'preendeu. O te'po passou e algu'as atitudes de a,ael co'e(ara' a intriga-la: ao 'es'o te'po e' "ue era a'avel e sociavel ele se 'ostrava intolerante i'pulsivo e as vezes preconceituoso. /' dia ao ,azere' co'pras Cuntos agarrou u' garoto pelo colarin*o si'ples'ente por"ue o 'enino esbarrou no seu carrin*o de co'pras. Por "ue voce ,oi tao agressivo co' ele< ela perguntou. Por"ue nao ,ui co' a cara dele ,oi a resposta. Ao saire' do super'ercado u' ,uncionario se o,ereceu para colocar as co'pras no carro. a,ael o e'purrou co' tanta ,or(a "ue por pouco o rapaz nao to'bou inde,eso no 'eio da cal(ada. Partindo co' o carro constrangida Andrea ainda ouviu o rapaz gritar: 7oce esta louco< Eu so "uis aCudar Nao tocara' 'ais no assunto. Apesar do "ue aconteceu a,ael estava cal'o e dirigia co' cuidado co'o se nada tivesse acontecido. Ligou o radio co'prou ,lores pelo ca'in*o e contou 'ais algu'as piadas. 1essa vez ela nao ac*ou a 'enor gra(a. Andrea co'entou co' seus a'igos sobre esses e outros episodios contraditorios 'as ningue' deu 'uita i'portancia: Ele parece ser u' cara legal deve ser apenas u'a ,ase de est resse Pagina 6; Nao ,i"ue tao preocupada todos nos te'os de,eitos e voces ,or'a' u' belo casal. 1ois 'eses depois a,ael "uis trocar de carro e convenceu Andrea a e'prestar suas econo'ias. Estava prestes a receber seus *onorarios e e' poucos dias devolveria o din*eiro. Ela nao "uestionou apenas con,iou e raspou sua poupan(a. Ele nunca 'ais deu sinal de vida. E' pouco te'po toda a verdade ,oi descoberta: a,ael e u' i'postor u' tre'endo picareta Nao e advogado nunca trabal*ou e Ca'ais colocou os pes na Europa. Apesar de sua inteligencia na ,ase escolar so estudava para passar aos trancos e barrancos. Seus pais adorava' cac*orros 'as abrira' 'ao desse prazer por"ue a,ael os 'altratava e ria en"uanto sua ir'a 'ais nova c*orava e' de,esa dos caes. 4avia poucos anos seu pai 'orrera de u' en,arte ,ul'inante e l*es deiDou u'a gorda pensao.
a,ael Ca era u' *o'e' ,eito e ainda apelava para o bo' cora(ao de sua 'ae "ue l*e assegurava u'a boa 'esada.Andrea nao ,oi a pri'eira e certa'ente nao sera a ulti'a pessoa do 'undo a ser enganada por ele. Provavel'ente a,ael Ca'ais 'atara algue' @isso so o te'po dira 'as continuara vivendo de golpes baratos aproveitando-se de 'ul*eres ,ragilizadas e se divertindo co' seus ,eitos. +o' sua *abilidade de ludibriar seduzir e ate assustar sente-se superior a todos e os ve co'o tolos. Alvos ,aceis. a,ael nao se i'porta co' ningue'. a,ael e u' psicopata. Pagina 6%
A piedade e a generosidade das pessoas boas pode' se trans,or'ar e' u'a ,ol*a de papel e' branco assinada nas 'aos de u' psicopata. >uando senti'os pena esta'os vulneraveis e'ocional'ente e e essa a 'aior ar'a "ue os psicopatas pode' usar contra nos. +ap,tulo & Pessoas no ''i'o suspeitas Acredito "ue todo 'undo con*e(a u'a pessoa 'eio i'prestavel 'ovida a 'anivela encostada no outro e vivendo ,olgada'ente as custas desse. 7a'os la ,a(a u' es,or(o e vascul*e os ar"uivos salvos e' suas pastin*as 'entais. +erta'ente voce encontrara u' a'igo ou a'iga u' cun*ado u' parente distante u' con*ecido ou e' ulti'a instancia se le'brara de u'a *istoria "ue l*e contara'. Essas pessoas estao se'pre co' desculpas es,arrapadas na ponta da lrngua Custi,icando "ue os te'pos estao bicudos e "ue arru'ar e'prego nao esta nada ,acil. Ta'be' eDiste a"uela vel*a *istoria de "ue a saude nao anda la essas coisas doi a"ui doi acola e en,rentar o batente nao vai dar. Pois e entao analise co'igo esse co'porta'ento aparente'ente ino,ensivo e "ue pode ser encontrado ao nosso redor: Maria se ,or'ou e' odontologia antes de co'pletar $$ anos e deu seu grito de independencia. Arru'ou seu pri'eiro e'prego dentro da area "ue escol*eu e alugou u' pe"ueno aparta'ento no io de aneiro. Pouco te'po depois +arla u'a con*ecida do interior de Santa +atarina e dois anos 'ais Cove' entrou e' con-tato. Papo ve' papo vai +arla perguntou se poderia passar uns te'pos e' sua casa Ca "ue as c*ances de e'prego e estudos era' be' 'aiores. Maria nao viu nada de 'ais na"uele pedido. Ao contrario deu a 'aior ,or(a na inten(ao de aCuda-la. Para Maria dar apoio a u'a a'iga era absoluta'ente natural e de 'ais a 'ais ela estava 'orando sozin*a. O "ue custava acol*er algue' por alguns 'eses e' sua casa< +arla c*egou de 'ala e cuia e se aco'odou no aparta'ento pe"ueno 'as be' e"uipado.
Pagina $=
Maria trabal*ava o dia todo e estudava co' a,inco para dar conta do seu curso de pos- gradua(ao "ue iniciara *avia alguns 'eses. +arla ,icava e' casa assistindo a T7 recebendo a'igos e assaltando a geladeira. Se *avia algu'a coisa "ue +arla sabia ,azer 'uito be' era con"uistar pessoas e conduzir co' *abilidade u'a conversa agradavel. 0sso era u' verdadeiro do'. Levava "ue' "uisesse no bico e des,rutava do bo' e do 'el*or se' pagar absoluta'ente nada por isso. Meses a ,io se passara' e nada de estudos ou e'prego a vista. 1e todas as oportunidades "ue surgia' +arla dizia "ue nao era eData'ente a"uilo "ue estava procurando. +o'ia bebia pendurava-se no tele,one ia a praia "uando 1eus 'andava bo' te'po e passeava co' os a'igos. 7ez por outra ligava para seus pais 'entia "ue estava trabal*ando e pedia algu' din*eiro para aCudar nas despesas. Maria trabal*ava estudava ,azia as co'pras c*egava eDausta e ol*ava ao seu redor: os copos suCos no 'es'o lugar as roupas espal*adas os tocos de cigarros in,estando o a'biente as tare,as por ,azer e a panela vazia. +onven*a'os: por "uanto te'po voce leitor aguentaria ta'an*o abuso< O te'po passou e esse c*ove nao 'ol*a se arrastou por "uase u' ano. A beira de u' ata"ue de nervos Maria conversou u'a duas e sei la "uantas vezes 'ais para "ue +arla procurasse u' e'prego e seguisse o seu ca'in*o. +arla ouvia tudo abaiDava a cabe(a e dava u'a desculpa basica: Pensei "ue voce ,osse 'in*a a'iga eu nao ten*o pra onde ir. 7oltar para casa dos 'eus pais e o 'es'o "ue a'argar u'a derrota. Nao sou capaz de suportar. A gota dJagua ,oi "uando +arla e'bolsou o din*eiro do aluguel "ue Maria entregou e' suas 'aos para "ue ,izesse o ,avor de paga-lo na i'obiliaria. E la se ,oi sua a'iga de 'ala e cuia para a casa de u'a outra con*ecida co' as 'es'as desculpas e o 'es'o discurso. Maria sentiu descer garganta abaiDo u' gosto 'isto de a4vio tristeza e culpa. Poderia'os dizer "ue +arla e u'a psicopata leve< Nao por en"uanto. 0sso seria precipitado e i'prudente. A,inal te'os Pagina 68 "ue ter e' 'ente a i'aturidade de +arla e "ue esse co'porta'ento irresponsavel pode ser ,ruto de sua propria cultura. E' su'a: u'a 'alandrage' inocente de u'a pre-adulta perdida "ue ainda coloca a 'oc*ila nas costas e aca'pa na casa de "ue' l*e o,erece abrigo. +*orando suas pitangas Mais de %= anos se passara' e 'es'o co' esses trope(os iniciais Maria e +arla eventual'ente se encontrava'. Nesse longo periodo Maria se casou sua pro,issao deslanc*ou e 'anteve u'a vida estavel. +arla por sua vez viveu por 'uito te'po pulando de gal*o e' gal*o @e' casa de a'igos na'orados es,olando u' e outro. ecla'ava de tudo e de todos Cogava u'a pessoa contra a outra e nao parava nos e'pregos. Ela se'pre tin*a razao a culpa era do outro e o 'undo e "ue estava errado Mas paradoDal'ente ela era envolvente e co' isso sabia eDplorar 'uito be' os bons senti'entos "ue despertava nas pessoas.
4a alguns anos +arla 'ora sozin*a no seu proprio aparta'ento "ue diga-se de passage' ,oi co'prado co' o sacri,icio de seus pais. Maria as vezes "uestionava o co'porta'ento de sua a'iga 'as no 'eio de tantos a,azeres isso tudo se dil'aI apenas seu cora(ao a'olecia cada vez "ue +arla c*orava suas pitangas. +arla co'o "ue' nao "uisesse nada c*egava de 'ansin*o pedia u' din*eiro e'prestado usava o co'putador por longas *oras usu,r'a do seu tele,one pegava e'prestado livros e +1s aproveitava a bo"uin*a livre alugava o ouvido de Maria... +erta noite elas co'e'orava' o aniversario de u' a'igo e' co'u' nu' agradavel restaurante. Estava' todos por la: ,a'iliares e con*ecidos "ue a vida l*es trouDe na bagage'. +arla acendeu u' cigarro e ba,orou lenta'ente u'a bola de nuve' branco- azulada sobre a 'esa. Maria discreta'ente ,alou ao pe do ouvido: 7a'os ate a varandaI ao seu lado te' u'a a'iga gravida de cinco 'eses. +arla deu de o'bros ol*ou be' nos ol*os Pagina 65 de Maria e sussurrou: 1ane-se a"ui e u'a area reservada para ,u'antes. Esse ,il*o nao esta na 'in*a barriga e se ela o perder sera u' pirral*o a 'enos no 'undo. Maria estre'eceu. A ,or(a ,ria e penetrante do ol*ar de +arla ,ez co' "ue todas as le'bran(as invadisse' a sua 'ente: le'-brou-se do din*eiro do aluguel das vezes "ue precisou da aCuda de sua a'iga e ela nunca esteve presente da ,alta de carin*o co' as datas i'portantes de sua vida da ausencia "uando per'aneceu varios dias *ospitalizada de tudo o "ue e'prestou e nunca 'ais viu a cor das 'entiras e da ,alta de respeito por seus pais. Le'brou-se ta'be' do dia e' "ue u' 'enino caiu na sua ,rente e en"uanto ele c*orava +arla ria e dizia be' ,eito to'ara "ue ten*a "uebrado o bra(o. A partir de entao Maria re,letiu: +ara'ba estou ali'entando u' 'onstrengo Ela se levantou e nao ol*ou 'ais para tras. Foi a ulti'a vez "ue Maria viu +arla... Se analisar'os be' +arla Ca'ais teve considera(ao e a,eto verdadeiros por Maria e ne' por "ual"uer outra pessoa "ue l*e estendeu as 'aos. Ela 'entiu enganou roubou e viveu na aba do c*apeu de todos. ecebeu 'uito 'as nunca deu nada e' troca. >uanto aos seus pais ela esta ,azendo as contas e esperando "ue 'orra' para *erdar o pouco "ue l*es resta. Agora tudo esta 'ais claro: a"uela pessoa "ue por 'uito te'po parecia ser ,ragil inCusti(ada e leve'ente desonesta na realidade nao te' consciencia. +o'o saber e' "ue' con,iar< No eDerticio da 'in*a pro,issao a pergunta aci'a e u'a das "ue 'ais ou(o e' 'eu consultorio. E natural "ue isso ocorra u'a vez "ue 'uitas pessoas "ue busca' aCuda psi"uiatrica ou 'es'o psicologica Ca ,ora' v,ti'as de trau'as provocados pelas a(oes inescrupulosas de psicopatas nos diversos setores de suas vidas. E surpreendente'ente essa "uestao nao e a 'ais i'portante para essas pessoas "ue de algu'a ,or'a tivera' suas vidas arrasadas Pagina 69
por outros seres *u'anos. E' geral elas tenta' entender desesperada'ente o "ue ,izera' de errado na tentativa de Custi,icar os atos pouco eticos de seus parceiros seCa ' eles conCuges socios a'igos c*e,es colegas de trabal*o ,uncionarios etc. Meu senti'ento e "ue a "uestao e' "ue' con,iar deveria ser de su'a i'portancia para a 'aioria de nos incluindo a"ueles "ue nao tivera' perdas ou trau'as 'uito serios. Te'os "ue ter e' 'ente "ue as pessoas "ue nao sao 'erecedoras de nossa con,ian(a nao usa' roupas especiais nao possue' u' sinal na testa "ue as identi,i"ue' ta'pouco apresenta' algu' per,il ,isico espeti,ico. Elas sao 'uito parecidas conosco e pode' nos enganar por u'a longa eDistencia. Outro detal*e "ue di,iculta 'uito essa analise interna e "ue nos basea'os 'uitas vezes e' estrategias irracionais originadas da nossa propria cultura e "ue acaba' por criar crendices ou ditos populares co' grau elevado de senso co'u': Os *o'ens sao todos iguais nao da pra con,iar As 'ul*eres sao se'pre interesseiras Todo 'undo e bo' ate "ue se prove o contrario Todo 'undo 'erece u'a segunda c*ance etc. No 'ti'o todos nos busca'os acreditar e' ,or'ulas 'agicas ou regras claras "ue nao deiDe' duvidas sobre pessoas e' "ue' pode'os con,iar. No entanto a con,iabilidade e algo subCeti-vo nao eDistindo u' padrao de atitudes "ue nos i'pe(a de co'eter enganos ou ate 'es'o u' teste "ue de legiti'idade as pessoas dignas de con,ian(a. Saber e aceitar esse ,ato e eDtre'a'ente i'portante para "ue seCa'os 'ais observadores cautelosos e principal'ente 'ais respeitosos conosco. A incerteza dessa condi(ao @ser ou nao ser con,iavel ,az parte da natureza *u'ana. Para ser sincera Ca'ais con*eci algue' "ue ten*a realizado o ,eito eDtraordinario de nunca ter sido ludibriado por algue' 'al-intencionado. >uando se trata de con,iar'os e' outra pessoa todos nos trope(a'os e co'ete'os ,al*as. Algu'as in,eliz'ente pode' causar graves conse"uenciasI outras ne' tanto co'o vi'os na *istoria de Maria e +arla descrita no i'cio do cap,tulo. Pagina 6( 7oltando a pergunta inicial sobre e' "ue' pode'os con,iar ten*o u'a 'a e u'a boa noticia. A 'a e "ue verdadeira'ente eDiste' pessoas "ue nao possue' consciencia ou senti'entos nobres e por isso 'es'o nao pode'os con,iar nelas de 'aneira nen*u'a. Por ,avor acredite nisso Segundo a classi,ica(ao a'ericana de transtornos 'entais @1SM-07-T a prevalencia geral do transtorno da personalidade anti-social ou psicopatia e de cerca de & e' *o'ens e % e' 'ul*eres e' a'ostras co'unitarias @a"ueles "ue estao entre nos. TaDas de prevalencia ainda 'aiores estao associadas aos conteDtos ,orenses ou penitenciarios. 1esse percentual u'a 'inoria corresponderia aos psicopatas 'ais graves ou seCa a"ueles cri'inosos crueis e violentos cuCos 0ndices de reincidencia cri'inal sao elevados. A printipio esse percentual pode nao parecer tao signi,icativo 'as i'agine u'a grande cidade co'o io de aneiro ou Sao Paulo por eDe'plo onde 'il*ares de pessoas se esbarra' o te'po todo. A cada ce' pessoas "ue transita' para la e para ca tres ou "uatro delas estao praticando atos condenaveis e' graus variaveis de gravidade ou estao indo e' dire(ao a proDi'a v,ti'a. 0'agine ta'be' o estadio do Maracana lotado nu'a decisao de u' ca'peonato de ,utebol onde 9; 'il pessoas pode' ser aco'odadas: ali pode' estar concentrados cerca de & 'il psicopatas. >uando pensa'os sob essa otica as esti'ativas to'a' proposes gigantescas A boa noticia e "ue "uase (8 das pessoas sao consideradas possuidoras de u'a base razoavel de decencia e responsabilidade. 0sso signi,ica "ue surpreendente'ente para u' padrao co'porta'ental considerado pro-social @a ,avor das boas rela(oes nosso 'undo deveria estar aproDi'ada'ente (8 a salvo ou pelo 'enos 'ais *u'ano ou consciente. Essa boa noticia se' duvida nos alegra o cora(ao. No entanto deiDa-nos u'a sensa(ao no ''i'o estran*a. A,inal se a grande 'aioria da popula(ao 'undial e razoavel'ente boa por
"ue o 'undo nos parece tao assustador< +o'o eDplicar os tragicos Pagina =; noticiarios "ue nos coloca' diaria'ente e' contato co' a violencia no transito a conta'ina(ao a'biental os genotidios os *o'itidios crueis a corrup(ao os atentados terroristas...< A 'enos "ue pense'os "ue tais ,atos seCa' ,ruto da evolu(ao natural da *u'anidade tere'os "ue considerar "ue a 'ao do *o'e' encontra-se por tras desses aconteci'entos. 1e,endo a ideia de "ue tais proble'as se agrava' de 'odo eDtraordinario devido a a(ao dos psicopatas e de diversas outras pessoas "ue se' desenvolver plena'ente essa condi(ao adotara' u'a ,or'a psicopatica de se relacionar co' os de'ais. Os psicopatas representa' a 'inoria da popula(ao 'undial pore' sao responsaveis por u' grande rastro de destrui(ao. En"uanto as pessoas do 'al se une' na busca de interesses co'uns as pessoas do be' tende' a se dissipar. Fica' acuadas tranca,iadas perde' a sua ,un(ao social e de organiza(ao e acaba' por adoecer. A cultura da esperteza ta'be' contribui para esse cenario. 1eiDa-nos con,usos e 'uitas vezes nos ,az ,ra"ueCar na luta pelo be'. A nossa sociedade ve' banalizando o 'al e contribuindo para a inversao dos valores 'orais. 0sso cria u' terreno ,ertil para "ue os psicopatas se sinta' a vontade no eDerticio de suas *abilidades destrutivas. Todas essas "uestoes sao intrigantes e acaba' por nos i'por u'a pro,unda revisao dos nossos conceitos sobre a vida e' sociedade. E nessa revisao destaco a i'portancia de se cultivar u' valoroso senso de consciencia pois so'ente ele e capaz de assegurar a nossa "ualidade de vida e a do nosso planeta. EDcetuando-se raras circunstancias co'o surtos psicoticos @presen(a de delrnos e alucina(oes priva(oes severas e,eito toDico de drogas instinto de sobrevivencia ou a in,luencia poderosa de autoridades tiranas todas as pessoas "ue possue' consciencia genu'a sao incapazes de 'atar estuprar ou torturar outra pessoa de ,or'a ,ria e calculada. 1o 'es'o 'odo nao consegue' roubar as econo'ias de algue' ou enganar de ,or'a arbitraria seu parceiro a,etivo por si'ples esporte e prazer ou ainda por vontade
propria abandonar u' ,il*o rece'-nascido e' plena rua. Pense be' "ue' de nos conseguiria co'eter ta'an*a barbaridade< Ao contrario se'pre "ue ouvi'os nos noticiarios situa(oes parecidas i'ediata'ente nos "uestiona'os sobre o por"ue dessas 'aldades. Os co'entarios do tipo +o'o pode u'a 'ae abandonar seu ,il*o na liDeira co'o se ,osse u' obCeto "ual"uer< 7oce viu "ue cri'e barbaro a"uele *o'e' co'eteu e 'es'o as si' nao 'ostra arrependi'ento< Meu socio acabou co' 'in*a e'presa destruiu 'eu casa'ento e co' a 'aior Jcara-de-pauJ diz "ue nao teve culpa sao 'uito co'uns no nosso cotidiano. E'bora tais ,atos nos c*o"ue' co'o seres *u'anos nor'ais se' "ual"uer so'bra de duvida as 'ais perversas a(oes "ue le'os nos Cornais e i'plicita'ente atrib''os a natureza *u'ana nao sao provenientes de u'a natureza *u'ana nor'al. Estaria'os nos insultando ou 'es'o nos des'oralizando se presu'isse'os "ue si'. E'bora se 'ostre 'uito distante da per,ei(ao a natureza *u'ana apresenta-se 'uito 'ais governada por u' senso de responsabilidade e de interconect'dade. 1essa ,or'a os *orrores a "ue assisti'os na televisao ou as vezes e' nossas proprias vidas e' *ipotese nen*u'a re,lete' a *u'anidade tipica. Tais a(oes so sao possrveis de sere' realizadas por u'a caracteristica "ue ,oge total'ente a nossa natureza *u'ana genu'a e essa particularidade e a ,rieza e a ausencia co'pleta de consciencia. ParadoDal'ente as pessoas do be' @"ue possue' u'a consciencia genu'a tende' a acreditar "ue todos os seres *u'anos sao capazes de ,al*as so'brias. Elas tende' a acreditar "ue todos nos e' situa(oes bizarras poderia'os nos trans,or'ar e' assassinos crueis de u'a *ora para outra. Essas pessoas de bo' cora(ao Culga' "ue a teoria do lado so'brio *u'ano parece algo 'ais de'ocratico 'enos condenavel e de certa ,or'a ta'be' 'enos alar'ante. Acreditar "ue todos so'os u' pouco so'brios e 'ais ,acil do "ue ad'itir a ideia real e perturbadora de "ue alguns seres *u'anos vive' per'anente'ente e' u'a insensibilidade 'oral absoluta. Pagina =$ Entre tapas e beiCos Laura u'a paciente te' &% anos e esta se recuperando de u' "uadro depressivo. Tanto eu "uanto ela esta'os nos e'pen*ando para "ue sua vida seCa 'enos cinza e volte a ,azer sentido. Aco'pan*e u' pouco de sua *istoria "ue pode passar total'ente despercebida e certa'ente nunca saira nos noticiarios da T7. Aos $& anos no ,rescor de sua eDuberancia e beleza ela era inteligente e estava prestes a se ,or'ar no curso de veterinaria. Nessa epoca con*eceu icardo u' Cove' e atraente ad'inistrador de e'presas. Ele se 'ostrou u' grande a'igo e de'onstrava os 'es'os interesses de Laura: gostava de cine'a praia esportes aventuras MPB e 'uito 'ais. icardo conversava de tudo u' pouco e detal*ava suas aventuras e' conversas envolventes. Entre as suas *istorias ta'be' estava' os proble'as: a tirania de seu pai a sua 'ae *isterica "ue na in,ancia o a'ea(ou co' u'a ,aca e a sua saude ,ragil. Na epoca os 'edicos l*e dissera' "ue ele nao teria u'a vida 'uito longa e icardo 'e contou tudo isso co' lagri'as nos ol*os acrescentou Laura.
Aos poucos Laura ,oi se envolvendo co' suas *istorias tristes e eDperi'entou u' senti'ento dubio de co'paiDao e atra-(ao. Ela sucu'biu aos seus encantos ,loresceu u'a grande paiDao e ,ora' 'orar Cuntos. icardo tin*a u'a carreira pro'issora nu'a e'presa 'ultinacional 'as nao "uis "ue Laura eDercesse sua pro,issao. Ele gostava de ve-la be' vestida e bela esperando-o para o Cantar e co' sua casa i'pecavel. No i'cio eu ate tentei argu'entar "ue a veterinaria era o 'eu grande son*o 'as acabei aceitando por"ue o a'ava verdadeira'ente. +erto dia Laura encontrou u' caozin*o abandonado e 'uito doente no 'eio da rua. Ela se sensibilizou e levou o cac*orro para casa a ,i' de tratar do ani'al. icardo teve u' ata"ue de Pagina =& ,uria e "uis devolve-lo para o 'es'o lugar. Ela conseguiu persuadi-lo e cuidou do cao co'o se ,osse u' ,il*o. esolveu c*a'a-lo de Pituca. +o' dois 'eses de trata'ento e 'uito carin*o Pituca Ca esbanCava saude vitalidade e se tornara u' vira-lata branco e peludo de dar inveCa a "ual"uer cac*orro de ra(a. >ue bo' "ue ele esta curado agora pode'os coloca-lo na rua disse icardo. Mas co'o< Eu ten*o o 'aior a'or por ele Nao posso abandona-lo isso e desu'ano icardo nao pensou duas vezes: deu varios pontapes no ani'al colocou-o no carro e desapareceu co' Pituca. Perguntei se ela sabia para onde ele *avia levado o caozin*o. Aos prantos respondeu: Ele 'atou o Pituca 1isse "ue 'e a'ava de'ais e nao "ueria 'e ver doente cuidando de u' si'ples cac*orro. 7oce consegue i'aginar o "ue isso signi,icou pra 'i'< +o'o e "ue ele pode esperar "ue eu cuidasse do Pituca nutrisse a,eto por ele e depois ,azer u'a coisa dessas<. +ontinuei indagando sobre o co'porta'ento de icardo desde a epoca e' "ue eles se con*ecera'. Le'bro-'e de "ue "uando na'orava'os seu pai deiDava alguns c*e"ues e' branco assinados para paga'entos das contas. icardo se'pre preenc*ia valores 'uito 'ais altos "ue o necessario e ,icava co' o troco. Ele nunca escondeu isso de 'i'. Ao contrario ria e co'entava satis,eito "ue apesar da valentia de seu pai ele nao tin*a o 'enor controle sobre sua conta bancaria disse-'e encabulada.
O relaciona'ento ta'be' se'pre ,oi 'uito instavel. Ora ele era eDtre'a'ente delicado ro'antico e 'ostrava-se orgul*oso e' apresentar sua bela co'pan*eira aos a'igosI ora 'uito agressivo e te'pera'ental tratando-a aos berros e co' a'ea(as de 'eter-l*e a 'ao. Mas segundo Laura invariavel'ente ele pedia 'il desculpas e a enc*ia de carin*os: PuDa vida nao sei onde estava co' a cabe(a Ac*o "ue estou 'uito estressado co' as responsabilidades do trabal*o >uerida voce e tudo pra 'i' a 'ul*er 'ais linda do 'undo 0sso nunca 'ais vai acontecer eu pro'eto Procure 'e co'preender voce sabe "ue eu tive u'a in,ancia 'uito di,icil. E Laura prosseguiu: icardo ta'be' era eDtre'a'ente ciu'ento e dizia "ue era por a'or. Ficava ,urioso "uando "ual"uer *o'e' 'e ol*ava 'ais direta'ente. /'a vez discutiu seria'ente co' u' rapaz por"ue cis'ou "ue ele estava 'e pa"uerando. E logico "ue sobrou pra 'i' ta'be'. 1epois disso ,i"uei 'e perguntando se a culpa real'ente nao ,oi 'in*a. Eu nao sei... Ele 'e deiDava co'pleta'ente con,usa.... >uanto ao casa'ento e ,il*os ele alegava "ue ainda nao estava preparado e "ue a'bos tin*a' u'a vida pela ,rente. +ada vez "ue Laura tocava nesse assunto ele dava a 'es'a desculpa ou ,icava en,urecido. Mes'o a'ando icardo *a alguns anos eu pensei e' ,azer 'in*as 'alas e ir e'bora. Tive'os u'a conversa seria e ele 'e respondeu "ue a vida dele estava e' 'in*as 'aos. Ele nao iria viver 'uito te'po e por isso se 'ataria. Tre'i da cabe(a aos pes e voltei atras na 'es'a *ora. Sobre isso "uestionei "ual era a doen(a de "ue icardo so,ria. Nunca soube eData'ente o "ue era. Ele nao gostava de ,alar sobre isso e eu respeitava. No i'cio do nosso na'oro tentei conversar co' sua 'ae sobre o seu passado 'as parece "ue ela nao entendeu 'uito be' o "ue eu "ueria dizer. Ac*ei 'el*or nao 'eDer nu' assunto tao delicado e ale' disso icardo parecia 'uito be' ,isica'ente. A*... 'as 'e le'bro de "ue ela 'e disse "ue icardo nao era eData'ente o *o'e' "ue eu 'erecia. Antes "ue eu pudesse dizer algu'a coisa ela 'udou de assunto. O te'po passou e icardo nao precisou 'ais de Laura: tro-cou-a por u'a 'ul*er 'ais Cove' e 'ais bonita. Ele si'ples'ente disse a Laura: Precisa'os nos separar. 7oce e 'uito ciu'enta e estou 'e sentindo enCaulado. O 'undo des'oronou sobre sua cabe(a +*orei 'uito se' co'preender o "ue estava acontecendo. Sera "ue eu ,ui ciu'enta e possessiva esse te'po todo e nao percebi< Esse era u' co'porta'ento dele e nao 'eu Pagina == 1e la para ca Laura descobriu "ue ele teve varias a'antes e "ue o discurso sobre sua doen(a grave das a'ea(as de sua 'ae e do seu pai tirano era u' grande engodo. Ao co'entar sobre seu passado icardo derra'ava lagri'as de crocodilo tal "ual o ani'al "ue lacri'eCa "uando engole suas presas. Eu nao tin*a a 'enor duvida: icardo e u' *o'e' 'au u' predador a,etivo. Laura ,oi apenas u'a pe(a do seu Cogo cruel. Anulou seus prazeres apenas para servi-lo e eDibi-la i'pecavel'ente tal "ual u' obCeto de vitoria para ali'entar seus instintos egocentricos e narcisistas. Agora eu precisava ,azer Laura entender "ue especie de *o'e' era a"uele co' "ue' ela conviveu por sete anos. Era i'portante "ue Laura co'preendesse "ue a separa(ao e'bora dolorosa ,oi a 'el*or coisa "ue poderia ter l*e acontecido: ela se livrou de u' 'al enor'e e dali para a ,rente poderia reconstruir sua vida.
0denti,icando os suspeitos Ao ,alar sobre as 'azelas de nosso 'undo certa vez Einstein pro,eriu a seguinte ,rase: O 'undo e u' lugar perigoso para se viver nao eData'ente por causa das pessoas "ue sao 'as 'as por causa das pessoas "ue nao ,aze' nada "uanto a isso. Se real'ente "uiser'os ,azer algo para reduzir o poder de destrui(ao das pessoas i'piedosas antes de tudo te'os "ue aprender a identi,ica-las. 1ecidir se algue' e digno de con,ian(a re"uer con*ece-lo 'uito be' por u' deter'inado periodo de te'po ale' de tentar obter o 'aior nu'ero possivel de in,or'a(oes sobre sua vida pregressa. E claro "ue essas in,or'a(oes nao deve' e nao pode' se restringir as *istorias contadas pela pessoa "ue voce deseCa con*ecer ou se relacionar. Se ela ,or u' psicopata provavel'ente todas as suas *istorias estarao 'a"uiadas co' o intuito de 'anipula-lo no preparo cuidadoso para u' posterior ata"ue predatorio. Pagina =8 A *istoria da vida de algue' e i'portantissi'a pois ningue' perde a capacidade de ser consciente de u'a *ora para a outra. Por outro lado ne' se'pre e ,acil obter'os in,or'a(oes precisas ou con,iaveis sobre pessoas "ue entra' e' nossas vidas. Ale' disso esta'os per'anente'ente correndo riscos de conviver co' algue' por 'uito te'po ate c*egar'os a conclusao de "ue se trata de u'a pessoa se' nen*u' tipo de senti'entos nobres. Na 'aioria das vezes se depender'os so'ente da convivencia ou de in,or'a(oes pouco con,iaveis so nos dare'os conta de "ue esta'os diante de u' psicopata "uando nos deparar'os co' as inevitaveis perdas e os incriveis danos "ue essas criaturas pode' provocar e' nossas vidas. Nos proDi'os capitulos tentarei es'iu(ar o 'aDi'o possrvel todas as ,acetas dos psicopatas. Mas antes de c*egar'os a essa etapa 'ais cl'ica sobre o co'porta'ento dessas criaturas 'ale,icas gostaria de co'partil*ar co' voce leitor u'a dica "ue Culgo ser bastante preciosa: ,i"ue 'uito atento ao Cogo da pena @do coitadin*o. 1urante todos esses anos de eDerticio pro,issional ouvi 'uitas *istorias sobre psicopatia. Meus pacientes relatara' @e ate *oCe o ,aze' co'o essas criaturas invadira' ,erira' e arruinara' as suas vidas. E' cada caso ,oi possrvel identi,icar co'porta'entos suspeitosI uns 'ais caracteristicos outros 'enos. Tudo varia 'uito de caso para caso no entanto e' todos precisa'ente e' todos pude identi,icar o Cogo da pena. A 'eu ver esse e u' dos recursos 'ais co'uns e constantes das pessoas inescrupu-losas. Muito 'ais "ue apelar para o nosso senti'ento de 'edo os psicopatas de ,or'a eDtre'a'ente perversa apela' para a nossa capacidade de ser'os solidarios. Eles se utiliza' de nossos senti'entos 'ais nobres para nos do'inar e controlar. Os psicopatas se ali'enta' e se torna' poderosos "uando consegue' nos despertar piedade. Esse tipo de ali'ento para essas criaturas te' e,eito eDtraordinario de poder tal "ual o espina,re para o personage' de PopeKe dos desen*os in,antis. Pagina =5 A piedade e a generosidade das pessoas boas pode' se trans,or'ar e' u'a ,ol*a de papel e' branco assinada nas 'aos de u' psicopata. >uando senti'os pena esta'os vulneraveis e'ocional'ente e e essa a 'aior ar'a "ue os psicopatas pode' usar contra nos
A piedade a co'paiDao e a solidariedade sao ,or(as para o be' "uando direcionadas as pessoas "ue de ,ato 'erece' e precisa' de tais senti'entos. No entanto "uando esses 'es'os senti'entos sao direcionados a pessoas "ue apresenta' co'porta'entos inescrupulosos de ,or'a consistente e repetitiva te'os "ue considerar isso co'o u' aviso de "ue algo esta 'uito errado. E u' sinal de alar'e "ue nao pode'os ignorar. Se voltar'os a pri'eira *istoria deste capitulo observare'os "ue +arla se utilizou o te'po todo do Cogo da pena co' sua a'iga Maria 'es'o nao sendo nada ca'arada. >uanto a icardo nao ,oi di,erente: Laura se envolveu e se apaiDonou por"ue a printipio co'padeceu-se da sua dor @in,ancia di,icil e ,a'ilia desestruturada e posterior'ente co' as suas ,alsas a'ea(as de suitidio. No entanto ne' +arla e ta'pouco icardo nutria' senti'entos bons por ningue' ou de'onstrara' sinal de arrependi'ento verdadeiro. Fizera' u' apelo cruel a solidariedade das pessoas do seu conv'o deiDando-as con,usas e inseguras. E e i'portante "ue se diga "ue "uando nos senti'os inseguros as pessoas de 'au carater pode' ,azer conosco o "ue be' "uisere'. EDe'plo parecido co' a situa(ao de Laura e de seu truculento parceiro icardo pode ser observado na"uela 'ul*er "ue co' ,re"uencia apresenta *e'ato'as por"ue seu 'arido a espanca "uase "ue diaria'ente. No entanto ele se'pre apela "ue a perdoe pois seus descontroles sao re,leDos do eDcesso de a'or "ue ele sente por ela. Ale' disso ela deve entender a sua grande di,iculdade e' eDpressar carin*o e a,eto devido as surras "ue levava do seu pai alcoolatra e "ue ta'be' espancava sua 'ae Nao caia nessa cilada Todas essas sao *istorias co' 'ero intuito 'anipulatorio. Os psicopatas nao leva' e' considera(ao Pagina =9 as regras sociais 'as sabe' 'uito be' co'o utiliza-las a seu ,avor ale' de se divertire' e sentire' prazer co' o nosso so,ri'ento. Entao nao se es"ue(a: >uanto tiver "ue decidir e' "ue' con,iar ten*a e' 'ente "ue a co'bina(ao consistente de a(oes 'aldosas co' ,re"uentes Cogos cenicos por sua piedade pratica'ente e"uivale a u'a placa de aviso lu'inosa plantada na testa de u'a pessoa se' consciencia. Pessoas cuCos co'porta'entos reuna' essas duas caracteristicas nao sao necessaria'ente assassinas e' serie ou ne' 'es'o violentas. No entanto nao sao ind'duos co' "ue' voce deva ter a'izade relaciona'entos a,etivos dividir segredos con,iar seus bens seus negocios seus ,il*os e ne' se"uer o,erecer abrigo Pagina =(
+AP0T/LO 6 PS0+OPATAS: /MA 70SAO MA0S 1ETAL4A1A - PATE % /' grande e li'itante proble'a e' realizar pes"uisas sobre os psicopatas e "ue elas e' geral so pode' ser ,eitas e' penitenciarias e isso e per,eita'ente co'preensrvel
a,inal e 'uito di,icil u' psicopata subcri'inal ou seCa a"uele "ue nunca ,oi preso ou internado e' institui(oes psi"uiatricas ,alar espontanea'ente sobre seus atos i4citos. Na grande 'aioria das vezes eles nao possue' nen*u' interesse e' revelar algo signi,icativo para os pes"uisadores ou 'es'o para os ,uncionarios do presidio e "uando o ,aze' tenta' 'anipular a verdade so'ente para obter vantagens co'o a redu(ao da pena por bo' co'porta'ento e colabora(oes de cun*o social. O pri'eiro estudo sobre psicopatas so ,oi publicado e' %(6% co' o livro T*e Mas o, SanitK @A Mascara da Sanidade de autoria do psi"uiatra a'ericano 4erveK +lecleK. Na introdu(ao do livro +lecleK deiDa claro "ue sua obra aborda u' proble'a 'uito con*ecido 'as ao 'es'o te'po ignorado pela sociedade co'o u' todo. Ele cita diversos casos de pacientes "ue apresentava' u' c*ar'e aci'a da 'edia u'a capacidade de convenci'ento 'uito alta e ausencia de re'orso ou arrependi'ento e' rela(ao as suas atitudes. +o' base nos estudos de +lecleK o psi"uiatra canadense obert 4are @pro,essor da /niversitK o, Britis* +olu'bia dedicou anos de sua vida pro,essional reunindo caracteristicas co'uns de pessoas co' esse tipo de per,il ate conseguir 'ontar e' %((% u' so,isticado "uestionario deno'inado escala 4are e "ue *oCe se constitui no 'etodo 'ais con,iavel na identi,ica(ao de psicopatas. +o' esse instru'ento o diagnostico da psicopatia gan*ou u'a ,erra'enta alta'ente con,iavel "ue pode ser aplicada por "ual"uer pro,essional da area de saude 'ental desde "ue esteCa bastante ,a'iliarizado e treinado para sua aplicabilidade. A escala 4are ta'be' recebe o no'e de psKc*opat*K c*eclist ou P+L e Pagina 8& sua aceita(ao e relevancia te' levado diversos paises de todo o 'undo a utiliza-la co'o u' instru'ento de grande valor no co'bate a violencia e na 'el*oria etica da sociedade. O P+L eDa'ina de ,or'a detal*ada diversos aspectos da personalidade psicopatica desde os ligados aos senti'entos e relaciona'entos interpessoais ate o estilo de vida dos psicopatas e seus co'porta'entos evidente'ente anti-sociais @transgressores. Aten(ao O P+L e u'a co'pleDa ,erra'enta cuCa utiliza(ao cl'ica so'ente deve ser ,eita por pro,issionais ou servi(os "uali,icados. O "ue 'e propon*o a apresentar neste e no proDi'o cap,tulo sao apenas as caracteristicas-c*ave "ue sinaliza' o per,il psicopatico co' eDe'pli,ica(oes praticas e de ,acil entendi'ento. A si'ples identi,ica(ao de alguns sinto'as nao sao su,icientes para a realiza(ao do diagnostico da psicopatia. Muitas pessoas pode' ser sedutoras i'pulsivas pouco a,etivas ou ate 'es'o tere' co'etido atos ilegais 'as ne' por isso sao psicopatas. Aspectos ligados aos senti'entos e relaciona'entos interpessoais Super,icialidade e elo"uencia Os psicopatas costu'a' ser espirituosos e 'uito be' articulados tornando u'a conversa divertida e agradavel. !eral'ente conta' *istorias inusitadas 'as
convincentes e' diversos aspectos nas "uais eles sao se'pre os 'ocin*os. Nao econo'iza' c*ar'e ne' recursos "ue os torne' 'ais atraentes no eDerticio de suas 'entiras. Para algu'as pessoas eles se 'ostra' suaves e sutis tal co'o os galas da T7 e do cine'a. >uando nao te'os con*eci'ento sobre a personalidade dos psicopatas pode'os ser enrolados por suas *istorias i'provaveis. Entre outras razoes isso ocorre pela *abilidade dos psicopatas e' se in,or'are' sobre os 'ais diversos assuntos. Se ,ore' real'ente testados por verdadeiros especialistas no assunto Pagina 86 revela' pore' suas super,icialidades de conteudo. Eles tenta' de'onstrar con*eci'ento e' diversas areas co'o ,iloso,ia arte literatura sociologia poesia 'edicina psi"uiatria psicologia ad'inistra(ao legisla(ao e usa' e abusa' dos ter'os tecnicos passando credibilidade aos 'enos avisados. Outro sinal 'uito caracteristico desse co'porta'ento e a total ,alta de preocupa(ao ou constrangi'ento "ue esses psicopatas apresenta' ao sere' des'ascarados co'o ,arsantes. Nao de'onstra' a 'enor vergon*a caso seCa' ,lagrados e' suas 'entiras. Ao contrario pode' 'udar de assunto co' a 'aior tran"uilidade ou dar u'a resposta total'ente ,ora do conteDto. Esses tipos de psicopata sao 'uito co'uns no 'ercado de trabal*o co'o u' todo "ue ,inge' ser pro,issionais "uali,icados se' nunca tere' colocado os pes nu'a ,aculdade. Le'bra a *istoria de a,ael descrita no ,inal do segundo cap,tulo do livro< +o'o vi'os ele ,acil'ente conseguiu con"uistar Andrea co' suas piadas interessantes e ta'be' "uando descreveu co' detal*es suas viagens a Europa. Mas na realidade tudo o "ue a,ael sabia sobre o 7el*o +ontinente era in,or'a(ao ad"uirida atraves da internet dos livros ou dos docu'entarios da T7. Ate 'es'o para posar de advogado a,ael precisou lan(ar 'ao de vocabularios e eDpressoes pertinentes a essa pro,issao. E' su'a: a,ael conversava de tudo u' pouco e se sentia u' sabic*ao pore' nao tin*a pro,undidade e' nada. Ele apenas passeava sobre varios assuntos o su,iciente para e'bro'ar suas v,ti'as e conseguir o "ue deseCava. a,ael era u' pro,issional da lorota. Egocentris'o e 'egalo'ania. Os psicopatas possue' u'a visao narcisista e supervalori-zada de seus valores e i'portancia. Eles se vee' co'o o centro do universo e tudo deve girar e' torno deles. Pensa' e se descreve' co'o pessoas superiores aos outros e essa superioridade e tao grande "ue l*es da o direito de vivere' de acordo co' suas proprias Pagina 8= regras. Para os psicopatas 'atar roubar estuprar ,raudar etc. nao e nada grave. E'bora eles saiba' "ue estao violando os direitos basicos dos outros por escol*a recon*ece' so'ente as suas proprias regras e leis. Ale' disso sao eDtre'a'ente *abeis e' culpar as outras pessoas por seus atos eDi'indo-se de "ual"uer responsabilidade. Para eles a culpa se'pre e dos outros.
Esse egocentris'o e essa 'egalo'ania 'uitas vezes ,aze' co' "ue eles seCa' vistos co'o arrogantes 'etidos e autocon,iantes. Te' 'ania de grandeza ,astinio pelo poder e pelo controle sobre os outros. Os psicopatas nao sente' "ual"uer e'bara(o sobre drvidas contraidas pendencias ,inanceiras ou 'es'o proble'as de orde' legal ou pessoal @brigas espanca'ento de na'oradas. 1e ,or'a indi,erente eles encara' todos os proble'as "ue esteCa' vivenciando apenas co'o transitorios ,alta de sorte in,idelidade de a'igos ou "ue sao derivados de u' siste'a econo'ico e social inCusto coordenado por pessoas inco'petentes. 1evido ao seu egocentris'o e a sua 'egalo'ania os psicopatas de'onstra' notavel ,alta de interesse por u'a educa(ao direcionada a u'a carreira ou "uali,ica(ao espeti,icas. 0sso por"ue Culga' poss're' *abilidades diversas e eDcepcionais "ue per'itirao "ue eles se torne' o "ue "uisere' ser na vida. Os psicopatas e'preendedores se'pre pensa' grande e costu'a' arriscar alto 'as toda vez "ue isso ocorre pode ter certeza de "ue o din*eiro arriscado e de outra pessoa ou 'el*or de 'ais u'a de suas v,ti'as. 0sabela nasceu e' Santa Maria no io !rande do Sul. 1esde pe"uena apresentava u'a beleza inco'u' "ue c*a'ava a aten(ao de todos. Aos %8 anos ,oi c*a'ada para ser 'odelo e iniciou u'a carreira de sucesso "ue a levou aos %( anos para Nova or. La 0sabela con*eceu Miguel brasileiro e 'odelo co'o ela. Miguel era de ,ato 'uito bonito no entanto o "ue 'ais a atraiu ,oi o seu Ceito cativante si'ples e espontaneo. E' pouco te'po 0sabela Pagina 88 c*a'ou Miguel para 'orar e' seu aparta'ento. Ela gostava da sua co'pan*ia entendia'-se be' na ca'a e ele de'onstrava ser u' cara 'uito legal. A convivencia contudo co'e(ou a revelar "ue Miguel tin*a u' ego u' pouco avantaCado. Falava 'uito 'as so'ente sobre si 'es'o. Sobre seus proCetos suas pre,erencias sua carreira seus talentos seus dotes ,isicos seu c*ar'e e suas ,as. Pelas coisas de 0sabela ele nao de'onstrava "ual"uer interesse. Nas poucas vezes e' "ue ela recla'ava co' Miguel sobre o seu egocentris'o ele se Custi,icava dizendo "ue precisava se valorizar pois sua ,a'ttia se'pre o subesti'ou. 0sabela entao tentava co'preender Miguel 'as ele se'pre voltava a agir da 'es'a ,or'a. So usava roupas de gri,e 'es'o "ue isso custasse o seu salario inteiro. Li'itava-se a dizer "ue "uando ,ec*asse u' grande contrato de publicidade iria restituir a 0sabela todo o din*eiro "ue ela estava utilizando para 'anter a casa e os prazeres deles @restaurantes teatros s*os e viagens. Apos u' ano dessa convivencia 'ti'a 0sabela Ca estava cansada de ouvi-lo ,alar sobre sua propria beleza sua superioridade pro,issional os 'egacontratos "ue estava' prestes a ser assinados e os 'il*oes de dolares "ue pretendia gastar co' roupas e Coias. >uando 0sabela perguntava sobre suas d'das seus titulos protestados e seus creditos cancelados ele dizia "ue tudo passaria e' breve e "ue todos a"ueles proble'as se devia' a ,alta de sorte 'uita inveCa e a trai(ao de seus colegas de trabal*o.
A gota dJagua para 0sabela ,oi "uando apos u' des,ile ela sentiu u'a ,orte dor no abdo'en e des'aiou. Foi levada ao servi(o de e'ergencia de u' *ospital onde diagnosticara' apendicite aguda. E' poucas *oras ,oi sub'etida a u'a interven(ao cirurgica e per'aneceu *ospitalizada por tres dias. Miguel tele,onou e disse "ue nao poderia ve-la e' ,un(ao de u' grande trabal*o 'as pro'eteu pega-la e' sua alta. Pagina 85 0sabela recebeu alta as %% * de u'a seDta-,eira e aguardou Miguel ate as %6*%= "uando resolveu pegar u' taDi co' a aCuda de u'a das en,er'eiras do *ospital. Ao c*egar e' casa a'parada pelo porteiro do predio 0sabela deu de cara co' Miguel assistindo tran"uila'ente a u' ,il'e no 171. Ao notar a presen(a dela ele se li'itou a dizer: 7oce precisa ver esse ,il'e. O ator principal se parece 'uito co'igo. 0sabela nao c*egou a ver o ,il'e 'as assi' "ue se recuperou total'ente da cirurgia ter'inou a rela(ao co' Miguel e aceitou u' convite de ,ato irrecusavel para trabal*ar e' Milao. A ulti'a noticia "ue ela teve de Miguel e "ue se tornou u' ator de ,il 'e porno. Ausencia de senti'ento de culpa Os psicopatas 'ostra' u'a total e i'pressionante ausencia de culpa sobre os e,eitos devastadores "ue suas atitudes provoca' nas outras pessoas. Os 'ais graves c*ega' a ser sinceros sobre esse assunto: dize' "ue nao possue' senti'ento de culpa "ue nao la'enta' pelo so,ri'ento "ue eles causara' e' outras pessoas e "ue nao consegue' ver nen*u'a razao para se preocupare' co' isso. Na cabe(a dos psicopatas o "ue esta ,eito esta ,eito e a culpa nao passa de u'a ilusao utilizada pelo siste'a para controlar as pessoas. 1iga-se de passage' eles @os psicopatas sabe' utilizar a culpa contra as pessoas do be' e a ,avor deles co' u'a 'aestria i'pressionante. Os psicopatas sao capazes de verbalizar re'orso @da boca pra ,ora 'as suas a(oes sao capazes de contradize-los rapida'ente. /'a das pri'eiras coisas "ue os psicopatas aprende' e a i'portancia da palavra re'orso e co'o deve' elaborar u' bo' discurso para de'onstrar esse senti'ento. +o' essa *abilidade de racionalizar @criar razoes para seus co'porta'entos os psicopatas se isenta' de responsabilidade e' rela(ao as suas atitudes. 0nventa' desculpas elaboradas capazes de 'eDer pro,unda'ente Pagina 89 co' os senti'entos nobres de pessoas de bo' cora(ao as "uais eventual'ente pode' vir a sentir pena dessas criaturas tao 'a"uiavelicas.
Pedro odrigo Fil*o o Pedrin*o Matador e u' serial iller "ue a,ir'a co' orgul*o ter 'atado 'ais de %;; pessoas inclusive seu proprio pai. Na Penitenciaria do Estado e' Sao Paulo ele e te'ido e respeitado pela co'unidade carceraria. A pri'eira vez "ue 'atou Pedrin*o tin*a apenas %6 anos e nunca 'ais parou. +o' varios cri'es nas costas Pedro odrigo ,oi preso aos %9 anos e' %(5& e continuou 'atando dentro da propria prisao. Ele e considerado o 'aior *o'icida da *istoria do siste'a prisional e diz "ue so na cadeia Ca 'atou 65 pessoas. Mata se' 'isericordia "ue' atravessa o seu ca'in*o ou si'ples'ente por"ue nao vai co' a cara do suCeito.Pedrin*o sabe "ue 'atar e errado 'as Custi,ica seus atos co'o algo "ue ve' de ,a'ilia: pais e avos ta'be' ,ora' 'atadores. Para Pedrin*o Matador tirar a vida de algue' e so'ente 'ais u' trabal*o be'-sucedido. E para "ue ningue' se es"ue(a do "ue e capaz tatuou no bra(o a ,rase Mato por prazer. Fontes: evista Epoca ed. $=( Ed. !lobo =#=#$;;&I evista +iencia +ri'inal Especial Mentes +ri'inosas Ed. Seg'ento $;;5. Ausencia de e'patia E'patia e a capacidade de considerar e respeitar os senti'entos al*eios. E a *abilidade de se colocar no lugar do outro ou seCa vivenciar o "ue a outra pessoa sentiria caso estivesse'os na situa(ao e circunstancia eDperi'entadas por ela. So'ente pela de,ini(ao do "ue e e'patia Ca ,ica claro "ue esse nao e u' senti'ento capaz de ser eDperi'entado por u' psicopata. Para os psicopatas as outras pessoas sao 'eros obCetos ou coisas "ue Pagina 8( deve' ser usados se'pre "ue necessarios para a satis,a(ao do seu bel-prazer. Os psicopatas zo'ba' dos 'ais sensrveis e generosos. Para eles essas pessoas nao passa' de u'a gente ,raca e vulneravel e por isso 'es'o sao seus alvos pre,eridos. A ,alta de e'patia apresentada pelos psicopatas e geral. Eles sao indi,erentes aos direitos e so,ri'entos de seus ,a'iliares e de estran*os do 'es'o 'odo. +aso de'onstre' possuir la(os 'ais estreitos co' alguns 'e'bros de sua ,a'ilia @esposa ,il*os certa'ente e peio senti'ento de possessividade e nao pelo a'or genu'o. Nao se es"ue(a: psicopatas sao incapazes de a'ar eles nao possue' a consciencia genu'a "ue caracteriza a especie *u'ana. Os psicopatas gosta' de possuir coisas e pessoas logo e co' esse senti'ento de posse "ue eles se relaciona' co' o 'undo e co' as pessoas. E' razao dessa incapacidade e' considerar os senti'entos al*eios os psicopatas 'ais graves sao capazes de co'eter atos "ue aos ol*os de "ual"uer ser *u'ano co'u' nao so seria' considerados *orripilantes 'as ta'be' ini'aginaveis. Esses psicopatas graves sao capazes de torturar e 'utilar suas v,ti'as co' a 'es'a sensa(ao de "ue' ,atia u' suculento ,ile-'ignon. Feliz'ente os psicopatas graves sao a 'inoria entre todos os psicopatas. Nos c*a'ados leves e 'oderados a indi,eren(a e' rela(ao aos outros ta'be' esta presente pore' ela e'erge de ,or'a 'enos intensa 'as ainda devastadora para a vida das v,ti'as e da sociedade co'o u' todo. Elvira 'ae de tres ,il*os se'pre teve 'uito trabal*o co' Antonio seu ,il*o 'ais vel*o. Ele ,oi o seu pri'eiro ,il*o e ta'be' o pri'eiro neto de seus pais. A 'ae de Elvira ,aleceu "uando Antonio ainda tin*a 'eses de idade e na ocasiao Art*ur o pai de Elvira ,oi 'orar co' ela. Art*ur se'pre ,oi u' avo 'uito dedicado e tratava Antonio co'o se ,osse o ,il*o "ue ele nao teve. Ele nao conseguia ad'itir "ue Antonio ,osse di,erente das de'ais crian(as. 1esde cedo ele se 'ostrava agressivo
Pagina $=
indi,erente 'altratava os ani'ais "ue o avo l*e dava e se'pre 'entia para obter vantagens e' rela(ao aos ir'aos e colegas. Aos $& anos Antonio nao trabal*ava e vivia ,olgada'ente da 'esada do avo. Elvira e seu esposo nao concordava' co' essa rebeldia de Antonio e ta'be' co' os 'i'os de Art*ur. Mas o avo se'pre pre,eriu agrada-lo para "ue nao ,icasse 'ais revoltado ou tivesse ro'pantes de ,uria. >uando Art*ur adoeceu viti'ado por u' derra'e cerebral precisou ,icar internado no +T0 por "uatro 'eses ate ,alecer. 1urante todo esse periodo Antonio nunca visitou o avo no *ospital e se"uer perguntava sobre o seu estado de saude. Elvira estava e' casa preparando o al'o(o "uando recebeu a noticia sobre a 'orte de seu pai. Ela sentou e co'e(ou a c*orar co'pulsiva'ente. Antonio viu a cena e se li'itou a dizer: Mae para de c*orar e anda logo "ue eu to co' pressa. Nao e por"ue o vovo 'orreu "ue a sen*ora vai deiDar de 'e servir o al 'o(o. Mentiras trapa(as e 'anipula(ao Antes de "ual"uer coisa te'os "ue considerar "ue todo 'undo 'ente uns 'ais outros 'enos. O ,iloso,o e psicologo a'ericano 1avid Livingstone S'it* a,ir'a "ue a 'entira branca e nor'al e ate necessaria. E' seu livro Por "ue Menti'os S'it* descreve "ue todos nos 'enti'os de ,or'a consciente ou inconsciente verbal ou nao-verbal declarada ou nao-declarada. Segrega'os o engano nao so'ente atraves de palavras co'o ta'be' pelos nossos corpos @u' sorriso ,also por eDe'plo. A 'entira e u' ato espontaneo "ue per'eia todos os setores da nossa vida seCa para nao 'agoar'os u'a pessoa "uerida co'o ,or'a de boas 'aneiras ou ate 'es'o para des,rutar'os de alguns gan*os. A nao ser e' situa(oes de eDtre'a necessidade as pessoas co'uns e decentes 'ente' so'ente de ,or'a ocasional se' 'aiores conse"uencias ato per,eita'ente Custi,icavel sob o ponto de vista 'oral. Pagina 5% Te'os "ue distinguir pore' a 'entira corri"ueira da 'entira psicopatica. Os psicopatas sao 'entirosos contu'azes 'ente' co' co'petencia @de ,or'a ,ria e calculada ol*ando nos ol*os das pessoas. Sao tao *abilidosos na arte de 'entir "ue 'uitas vezes pode' enganar ate 'es'o os pro,issionais 'ais eDperientes do co'porta'ento *u'ano. Para os psicopatas a 'entira e co'o se ,osse u' instru'ento de trabal*o "ue e utilizado de ,or'a siste'atica e 'otivo de grande orgul*o. Flavio ose, pro,essor do instituto de psi"uiatria da /F "ue participou de u'a 'ateria no ornal do Brasil no dia & de sete'bro de $;;8 declarou "ue ao perguntar a u' psicopata se era ,acil enganar algue' o suCeito respondeu co' enor'e ,elicidade: E 'oleza. Mentir trapacear e 'anipular sao talentos inatos dos psicopatas. +o' u'a i'agina(ao ,ertil e ,ocada se'pre e' si proprios os psicopatas ta'be' apresenta' u'a surpreendente indi,eren(a a possibilidade de sere' descobertos e' suas ,arsas. Se ,ore' ,lagrados 'entindo rara'ente ,ica' envergon*ados constrangidos ou perpleDosI
apenas 'uda' de assunto ou tenta' re,azer a *istoria inventada para "ue ela pare(a 'ais verossi'il. Eles se gaba' pelas suas *abilidades e' 'entir e pode' ,aze-lo se' "ual"uer Custi,icativa ou 'otivo. Essa *abilidade 'uitas vezes e potencializada pela ,acilidade de associare' a linguage' verbal a corporal @gestos e eDpressoes na elabora(ao de suas 'entiras dando u' apelo teatral as 'es'as. Nesse cenario de engana(ao os psicopatas sao ao 'es'o te'po roteiristas atores e diretores de suas *istorias i'provaveis. E 'uito i'portante ta'be' destacar outro recurso utilizado por essas criaturas na arte da 'entira. Alguns psicopatas 'ais eDperientes sao tao especial'ente *abeis e' 'entir "ue se utiliza' de pe"uenas verdades para gan*are' credibilidade e' seus discursos. A coisa ,unciona 'ais ou 'enos assi': eles ad'ite' alguns deslizes "ue co'etera' de ,ato apenas para "ue as pessoas de be' se con,unda' e pense' da seguinte 'aneira: SeCa'os Pagina 5$ razoaveis se ,ulanoJ esta ad'itindo seus erros e be' provavel "ue ele esteCa ,alando a verdade sobre as de'ais *istorias. Por isso e preciso 'uita observa(ao con*eci'ento de sua vida passada e u' pouco de distancia'ento e'ocional para nao se deiDar enganar co' ,acilidade por u' psicopata. E' %((= no Museu Nacional de Belas Artes no centro do io do aneiro *ouve u'a eDposi(ao do escultor ,rances Auguste odin "ue atraiu grande publico para a visita(ao. As ,ilas de entrada principal'ente nos ulti'os dias era' enor'es e lotava' as ruas 'ais proDi'as ao 'useu ,azendo o publico esperar por longas *oras. +esar "uerendo ver a eDposi(ao e se' a 'enor vontade de per'anecer na ,ila nao titubeou: se' "ual"uer constrangi'ento ou e'bara(o para'entou-se de oculos escuros u'a bengala na 'ao e ,ingiu-se de cego con,erindo-l*e o direito de entrar na ,rente de todos. No interior do 'useu ele teve u' guia eDclusivo a sua disposi(ao "ue o conduziu por todas as obras e saloes da eDposi(ao. En"uanto o guia cuidadosa'ente descrevia co' detal*es a *istoria de cada obra de arte +esar ainda pode por te'po indeter'inado tocar as esculturas ale' de ve-las @e claro se' "ue os outros percebesse'. As gargal*adas e to'ado por u'a soberba absoluta +esar contou essa *istoria aos a'igos vangloriando-se de co'o ,oi ,acil enganar os organizadores do evento e obter u' trata'ento 70 elatou co' deboc*e descaso e prazer "ue todos nao passava' de uns otarios: desde os responsaveis pela eDposi(ao e seu guia ate a 'ultidao "ue esperava por sua vez do lado de ,ora. Pobreza de e'o(oes Os psicopatas apresenta' u'a especie de pobreza e'ocional "ue pode ser evidenciada pela li'itada variedade e intensidade de seus senti'entos. Sao incapazes de sentir certos tipos
Pagina 5& de senti'ento co'o o a'or a co'paiDao e o respeito pelo outro. Por vezes pode' nos con,undir ao apresentare' episodios e'ocionais dra'aticos ,uteis e de curta dura(ao. No entanto se observar'os co' 'ais cautela constatare'os "ue esses episodios nao passa' de pura encena(ao. Muitas vezes os psicopatas "uere' convencer as pessoas de "ue sao capazes de vivenciar ,ortes e'o(oes pore' eles se"uer sabe' di,erenciar as nuances eDistentes entre elas. +on,unde' a'or co' pura eDcita(ao seDual tristeza co' ,rustra(ao e raiva co' irritabilidade. Muitos psi"uiatras a,ir'a' "ue as e'o(oes dos psicopatas sao tao super,iciais "ue pode' ser consideradas algo be' si'ilar ao "ue deno'ina' de proto-e'o(oes @respostas pri'itivas as necessidades i'ediatas. Para a grande 'aioria das pessoas o 'edo esta associado a u'a variedade de sensa(oes ,isicas desagradaveis tais co'o suor nas 'aos cora(ao acelerado boca seca tensao 'uscular tre'ores e ate nauseas e vo'itos. Pore' para os psicopatas essas sensa(oes ,isicas nao ,aze' parte do "ue eles eDperi'enta' co'o 'edo. Para eles o 'edo co'o a 'aioria das e'o(oes e algo inco'pleto super,icial cognitivo por natureza @apenas u' conceito de linguage' e nao esta associado a altera(oes corporais. Alguns presidiarios identi,icados co'o psicopatas ,ora' sub'etidos a visualiza(ao de cenas de conteudo c*ocante. Esse conCunto de i'agens editadas 'ostrava entre outras coisas corpos decapitados torturas co' eletroc*o"ues crian(as es"ualidas co' 'oscas nos ol*os e gritos de desespero. En"uanto as pessoas co'uns so de i'aginar tais situa(oes ,icaria' arrepiadas e co' rea(oes ,isicas de 'edo esses psicopatas nao apresentara' se"uer varia(ao de seus bati'entos cardiacos. O neuropsi"uiatra icardo de Oliveira-Souza e o neurorra-diologista orge Moll desenvolvera' u' teste deno'inado Bateria de E'o(oes Morais @BEM "ue utiliza tecnologia de essonancia Magnetica ,uncional @M,. Esse teste te' por obCetivo veri,icar Pagina 56 co'o o cerebro dos ind'duos se co'porta ao ,azere' Culga'entos 'orais "ue envolve' e'o(oes sociais positivas co'o arrependi'ento culpa e co'paiDao. 1e ,or'a diversa das e'o(oes pri'arias - co'o o 'edo ou a raiva "ue co'partil*a'os co' os ani'ais - as e'o(oes sociais positivas sao 'ais so,isticadas e eDclusivas da especie *u'ana: sao elas "ue or"uestra' rela(oes interpessoais *ar'onicas. Os resultados desse estudo de'onstrara' "ue di,erente'ente das pessoas co'uns os psicopatas apresenta' atividade cerebral reduzida nas estruturas relacionadas as e'o(oes e' geral. E' contrapartida revelara' au'ento de atividade nas regioes responsaveis pela cogni(ao @capacidade de racionalizar. Assi' pode-se concluir "ue os psicopatas sao 'uito 'ais racionais do "ue e'ocionais.
7oltando ao 'edo: e u'a e'o(ao pri'aria @inata e necessaria para a nossa sobrevivencia. Ale' disso ele ta'be' nos i'pede de to'ar certas atitudes das "uais poderia'os nos arrepender ou ainda pode nos ,avorecer a agir de ,or'a correta pelo te'or das conse"uencias ,uturas. SeCa de u'a ,or'a ou outra @i'pedindo ou esti'ulando co'porta'entos o 'edo e capaz de despertar na grande 'aioria das pessoas o "ue c*a'a'os de consciencia e'ocional das conse"uencias de nossos atos. Se considerar'os "ue os psicopatas nao possue' essa e'o(ao eles si'ples'ente segue' os seus ca'in*os ,aze' suas escol*as e age' co'o be' entende'. E i'portante ,risar "ue eles se'pre sabe' "ual a conse"uencia das suas atitudes transgressoras no entanto nao dao a 'ini'a i'portancia para isso. Pagina 5= /' psicopata "uando perde o controle sabe eData'ente ate onde ele "uer ir no sentido de 'agoar a'edrontar ou 'ac*ucar u'a pessoa.
+AP0T/LO = PS0+OPATAS: /MA 70SAO MA0S 1ETAL4A1A - PATE $ No cap,tulo anterior desta"uei as caracteristicas re,erentes aos senti'entos e relaciona'entos interpessoais dos psicopatas. A"ui o obCetivo e ,ocar e descrever os aspectos condizentes ao estilo de vida e o co'porta'ento anti-social @transgressor dessas criaturas. Aspectos re,erentes ao estilo de vida e co'porta'ento anti-social @transgressor 0'pulsividade A i'pulsividade apresentada pelos psicopatas visa se'pre alcazar prazer satis,a(ao ou a4vio i'ediato e' deter'inada situa(ao se' "ual"uer vestigio de culpa ou arrependi'ento. Para se ter ideia dessa i'pulsividade de natureza tao pri'itiva e destruidora cito a *istoria descrita no livro it*out +onscience do psi"uiatra canadense obert 4are: /' presidiario psicopata considerado grave pela avalia(ao do dr. 4are u' dia estava a ca'in*o de u'a ,esta e resolveu co'prar u' engradado de cerveCa. Ao perceber "ue *avia es"uecido sua carteira de din*eiro e' casa si'ples'ente pegou u' peda(o de 'adeira robusto e assaltou o posto de gasolina 'ais proDi'o deiDando o ,uncionario grave'ente ,erido. 0'agine por u' 'inuto "ue voce esta na cabe(a de u' psicopata. Le'bre-se de "ue suas a(oes se'pre te' co'o obCetivo a obten(ao de prazer e auto-satis,a(ao i'ediatos. Por 'eio desse raciotinio "ual seria a sua rea(ao caso algo ou algue' representasse u' obstaculo para voce< Se voce pensou e' tirar todas as pedras do seu ca'in*o se' pensar nas conse"uencias acertou Pagina 5( Agora analise co'igo o caso espeti,ico do presidiario citado. Ao es"uecer a carteira e' casa o seu prazer @co'prar cerveCa ,icou 'o'entanea'ente a'ea(ado concorda<
Assi' i'pulsiva'ente e de ,or'a agressiva atacou o ,rentista do posto de gasolina apenas para atingir o seu obCetivo. 1essa ,or'a esses seres i'pulsivos tende' a viver o 'o'ento presente @o a"ui e o agora buscando se'pre a satis,a(ao i'ediata dos seus proprios deseCos se' "ual"uer preocupa(ao co' o ,uturo. Autocontrole de,iciente A 'aioria de nos possui o "ue deno'ina'os controle arbitrario sobre nossos co'porta'entos. Assi' 'es'o "ue por vezes ten*a'os vontade de responder agressiva'ente a provoca(oes acaba'os nao agindo dessa ,or'a e' ,un(ao de ser'os capazes de eDercer nosso autocontrole. Os psicopatas apresenta' 'veis de autocontrole eDtre'a'ente reduzidos. Sao deno'inados cabe(a-"uente ou pavio-curto por sua tendencia a responder as ,rustra(oes e as criticas co' violencia subita a'ea(as e desa,oros. Eles ,acil'ente se o,ende' e se torna' violentos por trivialidades ou por 'otivos banais. Apesar de a eDplosao de agressividade e violencia sere' intensas elas ocorre' e' u' curto espa(o de te'po apos o "ual os psicopatas volta' a se co'portar co'o se nada tivesse ocorrido. >uando u' psicopata apresenta u' ata"ue de ,uria c*ega'os a pensar "ue ele teve u' ata"ue subito de loucura. Mas nao se iluda ele sabe eData'ente o "ue esta ,azendo. Suas de'onstra(oes de agressividade ao 'es'o te'po e' "ue sao intensas na eDpressao sao pobres na e'o(ao. apida'ente eles se Pagina 9; reco'poe' ate por"ue l*es ,alta a verdadeira e'o(ao vivenciada pelas pessoas co'uns "uando estas perde' a cabe(a. /' psicopata "uando perde o controle sabe eData'ente ate onde ele "uer ir no sentido de 'agoar a'edrontar ou 'ac*ucar u'a pessoa. Apesar de tudo isso eles se recusa' a ad'itir "ue ten*a' proble'as e' controlar seu te'pera'ento. Eles descreve' seus episodios agressivos co'o u'a resposta natural a provoca(ao a "ue ,oi sub'etido. 1a a se colocar co'o v,ti'a de toda a situa(ao e u' passo 'uito pe"ueno Le'bro-'e de Angela u'a paciente cuCo na'orado @Fernando tin*a todos os indicios de ser u' psicopata. Entre os diversos relatos "ue ela 'e ,ez destaco o ata"ue de ,uria "ue ele teve co' o porteiro de seu predio. Estacionou seu carro na garage' ocupando o espa(o destinado a duas vagas. >uando o porteiro gentil'ente solicitou "ue ele 'anobrasse a ,i' de ocupar apenas u'a vaga Fernando aos berros Dingou-o e co' u' golpe "uebrou o bra(o da pobre criatura. Fernando subiu para o aparta'ento de Angela e co'o se nada tivesse acontecido degustou tran"uila'ente o vin*o "ue ela acabara de servir. Si'ples assi' 1ispensavel ,alar das conse"uencias disso tudo. Necessidade de eDcita(ao
Os psicopatas sao intolerantes ao tedio ou a situa(oes rotineiras. Eles busca' situa(oes "ue possa' 'ante-los e' u' estado per'anente de alta eDcita(ao. Por isso aprecia' viver no li'ite no con*ecido ,io da naval*a. Nessa busca desen,reada 'uitas vezes envolve'-se e' situa(oes ilegais agressoes ,isicas brigas desacatos a autoridades dire(ao perigosa uso de drogas pro'iscuidade seDual etc. Fre"uente'ente 'uda' de residencia e e'prego na busca de novas situa(oes "ue os eDcite'. Pagina 9% E' ,un(ao disso di,icil'ente ire'os encontrar u' psicopata eDercendo atividades "ue de'anda' estabilidade e alta concentra(ao por longos periodos. Muitos psicopatas procura' nos atos perigosos proibidos ou ilegais "ue pratica' o suspense e a eDcita(ao "ue esses atos provoca'. Para eles tudo isso nao passa de 'ero prazer e diversao i'ediatos se' "ual"uer outra conota(ao. oberto u' Cove' de classe 'edia alta e 'ais dois colegas ,ora' pegos e' ,lagrante ateando ,ogo e' u' 'endigo "ue dor'ia nu'a pra(a da cidade. Na delegacia oberto declarou "ue eles estava' voltando de u'a ,esta e resolvera' zoar co' as pessoas "ue encontrasse' na rua. No entanto ao se deparare' co' o 'endigo roncando no banco da pra(a alegara' ter ,eito apenas u'a brincadeira: A gente so "ueria se divertir co'ple'entou oberto. 1ois dias depois ao ser in,or'ado de "ue o 'endigo *avia ,alecido oberto se li'itou a dizer: Foi 'al. Falta de responsabilidade Para os psicopatas obriga(oes e co'pro'issos nao signi,ica' absoluta'ente nada. A sua incapacidade de sere' responsaveis e con,iaveis se estende' para todas as areas de suas vidas. No trabal*o apresenta' dese'pen*o erratico co' ,altas ,re"uentes uso indevido dos recursos da e'presa e viola(ao da po4tica da co'pan*ia. Nas rela(oes interpessoais nao *onra' co'pro'issos ,or'ais ou i'p4citos co' as outras pessoas. Por isso nunca acredite e' acordos escritos ou verbais co' eles pois nunca irao cu'pri-los total'ente. Talvez o ,a(a' parcial'ente no i'cio do acordo so'ente para i'pressionar e gan*ar con,ian(a de suas v,ti'as. Mas u'a coisa e certa: 'ais cedo ou 'ais tarde eles irao aprontar >uando a "uestao e ,a'ilia o co'porta'ento deles ta'be' segue o 'es'o padrao de indi,eren(a e irresponsabilidade. Pagina 9$ >uando constitue' ,a'ilias @conCuges e ,il*os os psicopatas nao o ,aze' por senti'entos a'orosos 'as si' co'o u' instru'ento necessario para construir u'a boa i'age' perante a sociedade. +on*eci u'a psicopata "ue utilizava o seu proprio ,il*o @rece'-nascido para vender drogas e' u' ponto 'uito be' ,re"uentado da zona sul do io de aneiro. E' u' dia ,rio saindo de u' restaurante ouvi o c*oro ,orte de u' bebe "ue estava no colo de u'a 'ul*er e 'e aproDi'ei na tentativa de o,erecer algu' auDttio: ele estava ,a'into e ,ebril. 1e repente a 'ul*er disse de ,or'a rispida para eu 'e a,astar por"ue estava
atrapal*ando o seu trabal*o. 4a poucos 'etros dali pude observar u' grupo de Covens co'prando drogas "ue ela retirava de dentro da roupin*a do bebe. Antes de ir e'bora passei nova'ente por ela "ue 'e disse co' ,rieza e indi,eren(a: Ele te' "ue 'e aCudar a trabal*ar os policiais nao revista' bebes. E' geral os psicopatas a,ir'a' co' palavras be' colocadas "ue se i'porta' 'uito co' sua ,a'ilia @pai 'ae ir'aos ,il*os 'as suas atitudes contradize' total'ente o seu discurso. Eles nao *esita' e' usar seus ,a'iliares e a'igos para se livrare' de situa(oes di,iceis ou tirare' vantagens. >uando dize' "ue a'a' ou de'onstra' ciu'es na realidade te' apenas u' senso de posse co'o co' "ual"uer obCeto. Eles trata' as pessoas co'o coisas "ue "uando nao serve' 'ais sao descartadas da 'es'a ,or'a "ue se ,az co' u'a ,erra'enta usada. Proble'as co'porta'entais precoces Otavio se'pre ,oi u' 'enino di,icil e di,erente das outras crian(as. 1esde os 8 anos de idade seus pais ac*ava' "ue ele nao era u'a crian(a nor'al. Nao ,ora' poucas as travessuras na in,ancia do 'enino. Ele era u'a verdadeira peste e parecia nao Pagina 9& se i'portar co' os senti'entos de ningue': parecia se divertir "uando 'ac*ucava o seu ir'azin*o 'ais novo ou "uando torturava o gatin*o de sua avo. >uando repreendido pelos pais por seu co'porta'ento cruel contra o seu ir'ao ele si'ples'ente dizia-. Eu so estava treinando boDe. >uanto ao gato Otavio por inu'eras vezes o colocou no congelador para testar se real'ente ele tin*a sete vidas. Na escola as di,iculdades nao era' 'enores: ele era bri-guento irre"uieto indisciplinado e displicente. E'bora ,osse u' 'enino inteligente detestava ,azer as tare,as escolares e so estudava co'o 'anobra para receber reco'pensas de seus pais. Na adolescencia Otavio abandonou os estudos e seus pais nao tivera' 'ais nen*u' controle sobre ele. Envolvia-se e' brigas usava drogas roubava o carro do pai para participar de pegas e deu varios golpes e' parentes e a'igos utilizando c*e"ues co' assinaturas ,alsas e cartoes de credito deles. 1esde a in,ancia seus pais procurara' diversos pro,issionais co'o psicologos neurologistas e psi"uiatras ate recebere' a triste noticia de "ue Otavio e u' psicopata. 4oCe co' $= anos ele cu'pre pena por tra,ico de drogas e nunca de'onstrou "ual"uer arrependi'ento pelos seus atos. Os psicopatas co'e(a' a eDibir proble'as co'porta'entais serios desde 'uito cedo tais co'o 'entiras recorrentes trapa(as roubo vandalis'o e violencia. Eles apresenta' ta'be' co'porta'entos crueis contra os ani'ais e outras crian(as "ue pode' incluir seus proprios ir'aos be' co'o os coleguin*as da escola. 7ale a pena destacar "ue crian(as e adolescentes co' per,il psicopatico costu'a' realizar inti'ida(oes @assedio psicologico contra pessoas pertencentes aos seus grupos sociais. E "uando isso ocorre no a'biente escolar pode caracterizar a ocorrencia de u' ,eno'eno deno'inado bullKing.
Pagina 96 BullKing pode ser de,inido co'o u' conCunto de atitudes agressivas intencionais e repetitivas "ue ocorre' se' 'otiva(ao evidente adotada por u' ou 'ais alunos contra outros. Os 'ais ,ortes utiliza' os 'ais ,rageis co'o 'eros obCetos de diversao e prazer cuCas brincadeiras te' co'o proposito 'altratar inti'idar *u'il*ar e a'edrontar causando dor angustia e so,ri'ento as suas v,ti'as. O 4der do grupo agressor @o valentao ou o tirano costu'a ser o ind'duo "ue apresenta caracteristicas co'pativeis co' a personalidade psicopatica. +o'o ilustra(ao desse proble'a "ue se instala nas escolas de todo o 'undo cito u' caso eDtraido do livro Feno'eno BullKing de autoria de +leo Fante: o*nnK u' 'enino tran"uilo de %& anos durante dois anos ,oi brin"uedo de seus co'pan*eiros de classe. Os adolescentes i'portunava'-no para "ue ele l*es desse din*eiro obrigava'- no a tragar ervas e a beber leite 'isturado co' detergente golpea-va'-no no patio e atava'-l*e u'a corda ao pesco(o para passear co'o u' cac*orrin*o... >uando perguntara' aos torturadores de o*nnK sobre suas inti'ida(oes dissera' "ue perseguia' a sua v,ti'a por"ue era divertido. 0'portante destacar "ue ningue' vira psicopata da noite para o dia: eles nasce' assi' e per'anece' assi' durante toda a sua eDistencia. Os psicopatas apresenta' e' sua *istoria de vida altera(oes co'porta'entais serias desde a 'ais tenra in,ancia ate os seus ulti'os dias revelando "ue antes de tudo a psicopatia se traduz nu'a 'aneira de ser eDistir e perceber o 'undo. +o'porta'ento transgressor no adulto Todas as sociedades se estabelecera' utilizando nor'as e regras "ue dita' o co'porta'ento de seus 'e'bros. 0sso Pagina 9= assegura "ue a 'aioria deles tendera a obedecer as nor'as gerais co' o obCetivo de evitar as puni(oes advindas das transgressoes dessas regras. 1essa ,or'a isso assegura a cada ind'duo "uais sao os seus direitos e deveres para "ue se ten*a u' ''i'o de *ar'onia na convivencia e' grupo. +aso contrario a convivencia entre os *u'anos tenderia a u'a total anar"uia prevalecendo si'ples'ente a lei do 'ais ,orte. Os psicopatas nao apenas transgride' as nor'as sociais co'o ta'be' as ignora' e as considera' 'eros obstaculos "ue deve' ser superados na con"uista de suas a'bi(oes e seus prazeres. Essas leis e regras sociais nao desperta' nos psicopatas a 'es'a inibi(ao "ue produze' na 'aioria das pessoas. Por isso observa'os "ue na traCetoria de vida desses ind'duos o co'porta'ento transgressor e anti-social e u'a constante.
Pes"uisas te' constatado "ue a apari(ao precoce do co'porta'ento anti-social @in,ancia e adolescencia e u' ,orte indicador de proble'as transgressores e cri'inalidade no adulto. 7ale ressaltar "ue o psicopata se'pre vai revelar ausencia de consciencia genu'a ,rente as de'ais pessoas: sao incapazes de a'ar e nutrir o senti'ento de e'patia. Eles Ca'ais deiDarao de apresentar co'porta'entos anti-sociaisI o "ue pode 'udar e a ,or'a de eDercer suas atividades ilegais durante a vida @roubos golpes desvio de verba estupro se"uestro assassinato etc. E' outras palavras a 'aioria dos psicopatas nao e eDpert nu'a atividade cri'inal espeti,ica 'as si' passeia pelas 'ais diversas categorias de cri'es o "ue 4are deno'ina versatilidade cri'inal. Finalizando este capitulo gostaria de deiDar claro "ue os psicopatas nao sao os unicos ind'duos a levare' a vida de ,or'a transgressora. Muitos cri'inosos possue' algu'as das caracteristicas descritas nos dois ulti'os cap,tulos. No entanto eles se 'ostra' capazes de sentir culpa re'orso e'patia bons senti'entos Pagina 98 por outras pessoas e por isso 'es'o nao sao considerados psicopatas. O diagnostico de psicopatia so'ente pode ser ,eito "uando o ind'duo se encaiDa de ,or'a signi,icativa nesse per,il ou seCa "uando possuir a 'aioria dos sinto'as a"ui apresentados. Pagina 95 +ap,tulo 8 Os psicopatas no 'undo pro,issional 0denti,icar psicopatas ,ora das prisoes e dos 'anico'ios Cudiciarios e u'a e'preitada bastante di,icil. Os psicopatas estao por toda a parte e no dia-a-dia e possivel encontra- los e' diversas categorias pro,issionais. E' particular e' organiza(oes e e'presas publicas ou privadas. Estas costu'a' se constituir e' u' cenario ,avoravel para a peculiar 'aneira de agir desses ind'duos. Se' "ual"uer so'bra de duvida o papel de lideran(a e' cargos co'o diretor gerente supervisor ou eDecutivo e se'pre algo 'uito atraente para u' psicopata. Esses cargos ale' de o,erecere' bons salarios proporciona' status social poder e u' a'plo territorio de atua(ao e in,luencia. A a(ao dos psicopatas nas organiza(oes e'presariais Sergio tin*a 6$ anos "uando ,oi pro'ovido a supervisor geral na e'presa e' "ue trabal*ava *avia %9 anos. Se'pre ,oi u' ,uncionario tipo caDias nunca poupou es,or(os para cu'prir seus prazos e se'pre esteve a ,rente de seus colegas de trabal*o lutando por 'el*ores oportunidades para todos e para a e'presa. 0niciou sua carreira na e'presa ainda rece'-,or'ado e cresceu co' ela superando seus proprios li'ites e en,rentando co' seriedade todas as crises do 'ercado. Agora estava ali no posto "ue tanto batal*ou para conseguir. A e'presa l*e disponibilizou carro u'a secretaria eDclusiva e u' assistente "ue eDerceria sua ,un(ao anterior: gerencia geral. Ele 'es'o ,ez "uestao de selecionar o novo parceiro-,uncionario a"uele cuCo trabal*o daria segui'ento ao seu.
Pagina $=
Marcos c*egou a entrevista na *ora eData e e' poucos 'inutos Sergio percebeu "ue ele era a pessoa certa para o cargo. Marcos era Cove' $9 anos tin*a oti'a aparencia boa ,luencia verbal e sua inteligencia i'pressionou Sergio. Apesar de sua pouca idade narrou de ,or'a segura e 'inuciosa seus inu'eros 'eritos e suas eDperiencias pro,issionais. Nu' ro'pante de entusias'o e ,ascinado pelas "ualidades pro,issionais de Marcos Sergio o contratou i'ediata'ente. Pobre Sergio co'eteu u' lasti'avel engano Pouco te'po depois co'e(ou a a'argar o 'ais pro,undo arrependi'ento. A partir de entao passou a c*ecar se as in,or'a(oes ,ornecidas por Marcos e' seu curriculo era' veridicas. +o'provou "ue a 'aioria das "uali,ica(oes de seu novo ,uncionario era ,raudulenta. Marcos a essa altura Ca se 'ostrara u'a pessoa arrogante insolente e deveras a'biciosa. A"uela pessoa "ue ao pri'eiro contato pro'etia ser u' eDcelente pro,essional real'ente surpreendeu 'as de ,or'a absoluta'ente oposta. Logo apos algu'as se'anas de trabal*o co'e(ou a se "ueiDar da secretaria de Sergio se' "ual"uer 'otivo concreto. 1. osana era recon*ecida'ente u'a pessoa 'uito con,iavel e responsavel. No entanto Marcos provocou u'a cena de puro eDibicionis'o e eDpos a ,iel secretaria a u'a *u'il*a(ao publica c*a'ando-a de inco'petente burra e lenta na ,rente dos de'ais ,uncionarios. Logo apos esse episodio Marcos co'e(ou a ,altar as reunioes co' os seus subordinados e conse"uente'ente as de Sergio ta'be'. Para tais ,altas se'pre apresentava desculpas pouco convincentes e se' "ual"uer constrangi'ento por isso. Sergio nao tardou a descon,iar "ue Marcos estava desviando din*eiro da e'presa na ,or'a de percentuais de venda destinados aos gerentes subordinados. >uando ,oi "uestionado sobre o assunto Marcos se li'itou a responder de ,or'a evasiva "ue nao tin*a a 'enor no(ao do "ue se tratava. A situa(ao Ca estava insustentavel "uando Sergio procurou o presidente da e'presa para relatar os ,atos. No entanto ,oi recebido co' indi,eren(a e ainda ,oi obrigado a ouvir do presidente u'a serie de elogios ao Cove' e inteligente Marcos. Pagina ($ Por ,i' ,oi co'unicado "ue retornaria ao seu cargo anterior e Marcos assu'iria i'ediata'ente a ,un(ao de supervisor geral da e'presa. Os psicopatas costu'a' agir co' tato e *abilidade no cenario e'presarial assi' co'o observa'os no caso apresentado. Segundo obert 4are o nu'ero de psicopatas burocratas ou de colarin*o branco e signi,icativo e' cargos de lideran(as e c*e,ias. Por sere' de di,icil recon*eci'ento inicial eles costu'a' tiranizar seus colegas de trabal*o e alguns c*ega' ate a causar grandes preC'zos ,inanceiros para as e'presas e' "ue trabal*a'. Paul Babia psicologo a'ericano especializado e' recursos *u'anos realizou u' i'portante estudo atraves do "ual de'onstrou as taticas utilizadas por psicopatas no 'eio corporativo. Ele os deno'inou cobras de te'o por suas a(oes tinicas inescrupulosas e antieticas na disputa por altos cargos salarios e poder. Segundo Babia os psicopatas e' a'bientes e'presariais costu'a' adotar u' plano tatico "ue pode ser resu'ido e' cinco ,ases: Fase % - 0ngresso na e'presa
Esta ,ase corresponde basica'ente a entrevista de e'prego. Nessa ocasiao o candidato psicopata 'ostra-se cativante seguro e c*ar'oso. /tiliza-se de todo seu arsenal sedutor co' o obCetivo claro de i'pressionar o entrevistador da ,or'a 'ais positiva possrvel. Fase $ - Estudo do territorio @avalia(ao Nessa etapa o psicopata Ca se encontra e'pregado. Procura Procura entao descobrir da ,or'a 'ais rapida possivel "ue' sao as pessoas "ue possue' voz ativa na e'presa. e'presa. Logo e' seguida trata de construir rela(oes pessoais de pre,erencia 'ti'as co' esses ,uncionarios in,luentes. Pagina (& Fase & - Manipula(ao de pessoas e ,atos 1e ,or'a 'a"uiavelica @intencional espal*a ,alsas in,or'a(oes para "ue seCa visto de ,or'a positiva e os outros de 'aneira negativa perante as c*e,ias. Se'eia descon,ian(a entre os ,uncionarios Cogando-os uns contra os outros. 1is,ar(a-se de a'igo contando aos colegas sobre outros "ue o di,a'ara'. Estabelece contato individual co' as pessoas 'as evita reunioes ou situa(oes nas "uais precise se posicionar perante todo o grupo. Mante'-se ca'u,lado para levar adiante a estrategia de ascensao ao poder. Fase 6 - +on,ronta(ao Nessa ,ase os psicopatas de terno e gravata abandona' as pessoas "ue *avia corteCado anterior'ente e "ue nao sao 'ais uteis a sua ascensao pro,essional. Nu' re"uinte de 'aldade eles utiliza' a *u'il*a(ao co'o ar'a para 'antere' suas v,ti'as e' silencio. 1essa ,or'a as pessoas "ue 'ais ,ora' eDploradas sao a"uelas "ue 'enos se dispoe' a ,alar sobre suas eDperiencias. Fase = - Ascensao Tal "ual u' Cogo de Dadrez essa e a *ora do De"ue-'ate e a *ora do golpe ,atal. Apos colocar 4deres e c*e,ias uns contra os outros o psicopata de terno e gravata to'a o lugar do seu superior "ue geral'ente e de'itido ou rebaiDado de cargo e ,un(ao. E i'po i'port rtan ante te le'br le'brar ar'o 'oss "ue "ue a ause ausenc ncia ia de cons conscie cienc ncia ia e de 'edo 'edo torn tornaa essa essass pesso pessoas as potencial'ente ardilosas e perigosas. Para elas in,ringir as nor'as e eDternar seus deseCos agressivos e predatorios se' "ual"uer escrupulo ou culpa sao atitudes naturais e por isso 'es'o 'es'o isentas isentas de "ual"u "ual"uer er autocr autocritic itica. a. E'p E'pres resas as e institu institui(o i(oes es psicopa psicopatica ticass Nao pod pode'o e'oss es"uec es"uecer er "ue a ,or'a ,or'a co'o co'o as e'pre e'presas sas sao estrut estrutura uradas das ta'be' ta'be' pod podee colabo colaborar rar para para "ue ind'duos co' Pagina (6 co'porta'ento egocentrico e inescrupuloso alcance' cargos de c*e,ia e poder. Nos te'pos atuais algu'a algu'ass e'pre e'presas sas cresce' cresce' tao rapida' rapida'ente ente "ue sao obriga obrigadas das a 'u 'udan dan(as (as constan constantes tes de ,uncionarios e cargos.
Nesse cenario as intrigas as ,alcatruas dos psicopatas pode' ser s er dissi'uladas por 'uito te'po. Sao as po4ticas de cresci'ento baseadas na po4tica de "ue os ,ins Custi,ica' os 'eios. Na ansia de crescer 'uito no 'enor espa(o de te'po 'uitas e'presas acaba' adoecendo ta'be' e perde' seus alicerces. As e'presas doentes tende' a incorporar e' seus "uadros de ,uncionarios pessoas "ue co'bina' co' suas adoecidas estruturas. e,or(a-se assi' o estilo inescrupuloso no a'biente corporativo. Entret Entretant anto o e'presa e'presass "ue adota' adota' u'a estrutu estrutura ra ad'ini ad'inistra strativ tivaa basead baseadaa na con,ia con,ian(a n(a e na responsabilidade 'utuas ta'be' pode' se deparar co' proble'as se'el*antes u'a vez "ue nao adota' adota' u' u'aa vigila vigilanci nciaa rigida rigida sob sobre re seus seus ,uncio ,uncionar narios ios.. Essa pos postur turaa produz produz u' a'bien a'biente te pro,issional co' 'aior liberdade. Por u' lado isso pode ser 'uito positivo para a 'aioria das pessoas. No entanto essa 'es'a liberdade pode se construir e' u' terreno ,ertil e' "ue os psicopatas de colarin*o branco costu'a' ,lorescer. ,lorescer. E' te'pos te'pos de global globaliza( iza(ao ao econo' econo'ica ica a co'pet co'petitiv itivida idade de entre entre as e'presa e'presass pod podee ad"uir ad"uirir ir di'ensoes eDtre'as ocasionando crises nos 'ais diversos setores e'presariais. Nesses cenarios 'udan(as precisa' ser realizadas e' te'po *abil. As e'presas 'ais be' estruturadas e co' visao estrategica de 'edio e longo prazo tende' a reunir ,or(as e' seus proprios ,uncionarios co' o obCetivo de encontrare' novas e criativas alternativas "ue ,a(a' a e'presa transcender suas li'ita(oes e retornar a rota do cresci'ento solido e duradouro se' perder seus valores pri'ordiais. a as e'presas co' ,raca estrutura(ao ad'inistrativa e ,iloso,ica tende' e' situa(oes e'ergenciais a supervalorizar solu(oes 'agicas e i'ediatas baseadas e' pro,issionais "ue encarna' o papel de salvador da patria. Pagina (= Nessas e'presas o pro,issional "ue possui ou representa be' valores co'o ,or(a capacidade de persuasao e controle das e'o(oes rapida'ente entrara e' alta pois a pri'eira vista suas caracteristicas sao interpretadas co'o vantagens preciosas no 'undo e'presarial. /' psicopata pode ,acil'ente ,ingir incorporar tais caracteristicas e ao utiliza-las de ,or'a caris'atica e 'anipuladora ,azer u'a carreira longa e de sucesso e' e'presas co' estruturas de,icientes no aspecto 'aterial ideologico e#ou etico. Por tudo o "ue ,oi eDposto eDposto e ,unda'ental ,unda'ental no ca'po pro,issiona pro,issionall analisar'os analisar'os de ,or'a critica critica e cetica o "ue pode estar por tras de u' belo e suntuoso curriculo. A presen(a de psicologos "uali,icados e be' treinados nas e'presas pode ser u' di,erencial 'uito be'-vindo "uando se trata de separar o Coio do trigo no ca'po pro,issional. 0sso por"ue as pessoas "ue te' "ue to'ar decisoes sobre a contrata(ao de ,uncionarios ne' se'pre estao ade" ade"ua uada' da'en ente te capa capaci cita tada dass e trei treina nada dass para para en,r en,ren enta tarr as *abi *abilid lidad ades es de 'ani 'anipu pula la(a (ao o e convenci'ento dos psicopatas. Assi' atente-se as seguintes dicas: Q 1escon,ie de u' curriculo ostensivo e' de'asia.
i nu'eras 'udan(as de cargo e' pe"uenos espa(os de te'po. • epare se ele apresenta inu'eras 'pregador. • Solicite ao setor de ecursos 4u'anos "ue ,a(a contato co' seu ulti'o e 'pregador. • Na entrevista co' o candidato elabore perguntas *abilidosas "ue possa' a,erir a veracidade das in,or'a(oes contidas no curriculo. A psicopatia nas diversas pro,issoes Os psicopatas nao vao ao trabal*o vao a ca(a. +o'o observa'os na pri'eira parte do cap,tulo no 'undo corporativo a a(ao dos psicopatas pode ser co'parada a de ani'ais ,erozes na busca i'placavel do poder e do do''io sobre o Pagina (8 'aior nu'ero de pessoas possrvel assi' co'o os grandes predadores ,aze' na de'arca(ao dos seus territorios. A grande 'aioria dos psicopatas utiliza suas atividades pro,issionais para con"uistar poder e contro controle le sob sobre re as pessoa pessoas. s. Essas Essas ocupa( ocupa(oes oes pod pode' e' auDilia auDilia-lo -loss ainda ainda na ca'u,la ca'u,lage' ge' social social da"ueles "ue nao leva' u'a vida ,ranca'ente 'arginal @delin"uentes 'ais perigosos. Muitos se ca'u,la' e' pessoas responsaveis atraves de suas s uas pro,issoes. Nesse conteDto pode'os encontrar policiais "ue dirige' redes de prostitui(ao C'zes "ue co'ete' co 'ete' os 'es'os delitos "ue os reus 'as no Culga' Culga'ent ento o os conden condena' a' co' argu'e argu'enta nta(oe (oess Curidi Curidicas cas i'peca i'pecavei veis s ban"ue ban"ueiro iross "ue disse'i disse'ina' na' ,alsos ,alsos boatos boatos econo' econo'ico icoss na econo' econo'ia. ia. Ta'b Ta'be' e' estao estao alguns alguns 4deres 4deres de seitas seitas religiosas "ue abusa' seDual'ente de seus distipulos ou ainda po4ticos e *o'ens de Estado "ue so utiliza' o poder e' proveito proprio. Estes ulti'os costu'a' representar grandes perigos pelo ta'an*o do poder "ue pode' deter. A po4tica propicia o eDerticio do poder de ,or'a "uase ili'itada. Poucos cargos per'ite' u' eDerticio tao propicio para atua(ao dos psicopatas. A renda 'aterial "ue eles pode' obter ta'be' e pratica'ente incalculavel "uando eDerce' a pro,issao de ,or'a ilegal. O proprio salario deles ta'be' e 'uito bo' se co'parados aos salarios dos eDecutivos das corpora(oes privadas. E o ,ato de tere' u' ,oro privilegiado "uase l*es assegura de ,or'a i'pune o eDerticio do poder co' outros ,ins "ue nao seCa' os de servir aos interesses da na(ao. Todos esses ingredientes ,aze' u'a pizza gostosa de co'er co' possibilidade de indigestao "uase nula. No Brasil esse ,eno'eno torna-se 'ais gritante por"ue a i'punidade ,unciona co'o u'a doen(a cronic cronicaa e deriva deriva de u' so' so'ato atorio rio "ue inclui inclui u' siste' siste'aa polici policial al de,ici de,icitar tario io u' aparel* aparel*o o Cudiciario e'perrado e u' codigo processual processual retrogrado. Esse ,ato pode ser ,acil'ente ,acil'ente veri,icado pelas inu'eras 'anc*etes "ue diaria'ente diaria'ente noticia' os divers diversos os cri'es cri'es co'etid co'etidos os por 'aus 'aus po4tic po4ticos: os: lavage' lavage' de din*ei din*eiro ro pub public lico o ,or'a( ,or'a(ao ao de "uadril*a Pagina (5 corrup(ao ativa e passiva gestao ,raudulenta evasao de divisas cri'e de peculato desvio de recursos de obras publicas envio ilegal de din*eiro ao eDterior cri'e contra a ad'inistra(ao publica e por a vai.
A coisa c*egou a tal ponto "ue a palavra po4tica passou a designar precisa'ente esse Cogo a'oral no "ual a igualdade e se'pre ultrapassada por pessoas "ue desden*ando das leis passa' a controla-las e' vez de zelar por elas. Ou u' ritual os "uais os cri'inosos sao acusados 'as "uando sao i'portantes livra'-se da pena por"ue te' co'provadas rela(oes pessoais e partidarias co' os donos do poder. oberto 1aMatta @sociologo. evista 7eCa ed. $.;$% ano 6; artigo: Se' culpa e se' vergon*a Ed. Abril %=#9#$;;5. /'a pes"uisa realizada pelo 0bope @enco'endada pela revista 7eCa para saber o "ue os brasileiros ac*a' de seus parla'entares 'ostra "ue e'bora a 'aioria dos entrevistados considere "ue o +ongresso e essencial para a de'ocracia a i'age' "ue eles passa' para a popula(ao resu'e-se nos seguintes adCe-tivos: desonestos insensiveis 'entirosos. evista 7eCa ed. %.((& ano 6; Ed. Abril &%#%#$;;5. Ta'be' ac*ei i'portante destacar neste topico a presen(a dos psicopatas e' casos de pedo,ilia abuso seDual contra crian(as ou pre-puberes @%& anos ou 'enos. Para realizare' essa perversidade os psicopatas se ca'u,la' e' pro,issoes "ue per'ita' aproDi'ar-se de crian(as. Sao pro,essores c*e,es de escoteiros treinadores esportivos pediatras religiosos "ue atua' e' colegios entre dezenas de pro,issoes "ue eDige' contato co' crian(as. Todas essas atividades pro,issionais apresenta' u'a aura social'ente recon*ecida co'o nobres e educativas. O psicopata Pagina (9 pedo,ilo usa de ,or'a 'a"uiavelica essa arti'an*a para acercar-se de suas v,ti'as se' despertar suspeitas. O caso do 'edico Eugenio +*ipevitc* u' dos pediatras 'ais conceituados do Brasil e detentor de u' curriculo inveCavel ilustra essa constata(ao de ,or'a bastante didatica. E' $;;$ o 'edico russo naturalizado brasileiro e especializado e' psicoterapia in,anto-Cuvenil ,oi detido sob a acusa(ao de abusar seDual'ente de seus Covens pacientes. A sordidez de suas taticas abusivas ,oi detal*ada e' "uase "uarenta ,itas de video "ue teria' sido gravadas pelo proprio 'edico e' seu consultorio. Apos con"uistar a con,ian(a de seus pacientes o 'edico aplicava-l*es inCe(oes co' sedativos e depois abusava seDual'ente deles. Ao ser detido +*ipevitc* agiu de ,or'a indi,erente e se' "ual"uer constrangi'ento ad'itiu ser ele o 'edico "ue aparecia nas ,itas. +onseguiu ate de ,or'a a,avel e tran"uila o,erecer ca,ezin*o aos policiais "ue vascul*ara' seu aparta'ento e' busca de provas. O per,il psicopatico do 'edico pode ser observado e' alguns aspectos: a perversidade do ato e' si o re"uinte rituanstico de dopar as v,ti'as e ,il'a-las e a sua indi,eren(a a,etiva e' rela(ao a toda situa(ao. A 'aneira co'o o 'edico escondeu o lado obscuro de sua vida revela u' talento in"uestionavel para 'entir e 'anipular. Tal ,ato gerou perpleDidade inclusive e' seus proprios colegas de trabal*o: Eu o con*e(o desde %(9=. E u' 'edico 'uito conceituado e nao consigo acreditar nisso declarou a psicopedagoga Maria Aparecida +asagrandi a revista 7eCa @ns %.566 de $5#$;;$.
>ue' poderia descon,iar "ue por tras do respeitado 'edico escondia-se u' 'onstro. +*ipevitc* era u' lobo e' pele de cordeiro. Pagina (( +ap,tulo 5 FO0 MAN+4ETE NOS ONA0S
Ao iniciar este capitulo e i'portante ressaltar "ue e' 'o'ento algu' a,ir'o "ue as pessoas a"ui descritas sao psicopatas de ,ato. Esclare(o ta'be' "ue nao ten*o nen*u' 'vel de convivencia co' elas e ta'pouco ,iz algu'a investiga(ao diagnostica espeti,ica "ue pudesse atestar a psicopatia e' suas personalidades. O "ue 'e interessa a"ui sao os aconteci'entos e os atos "ue l*es sao atrib'dos u'a vez "ue sugere' u' proceder caracteristico da psicopatia. Silvia +alabrese Li'a - +o'o algue' e capaz de ,azer isso<. !oiania %5 de 'ar(o de $;;9. /'a denuncia anoni'a levou dois investigadores de po4cia ate o aparta'ento da e'presaria de constru(ao civil Silvia +alabrese Li'a de 6$ anos. Silvia ,oi presa e' ,lagrante por 'altratar e torturar u'a 'enina de %$ anos "ue 'orava co' ela *avia 'ais ou 'enos dois anos. A agente policial ussara Assis encontrou a 'enina co' os bra(os acorrentados a u'a escada de ,erro no aparta'ento da e'presaria localizado nu' bairro nobre na cidade de !oiania. /'a 'orda(a de gaze e esparadrapo e'bebida e' pi'enta varios dedos das 'aos "uebrados a 'aioria das un*as arrancadas 'arcas de ,erro "uente pelo corpo e dentes "uebrados a 'arteladas co'pletava' o "uadro de atrocidades. ObCetos co'o correntes cadeados e alicates servia' de instru'entos de tortura "ue ocorria de ,or'a siste'atica. A 'enina visivel'ente trau'atizada relatou a po4cia: 4oCe por"ue eu nao se"uei o ban*eiro dela ela 'e acorrentou. Ela disse "ue nunca contou nada por"ue era a'ea(ada de 'orte pela e'presaria. Ta'be' ,oi presa a e'pregada 7anice Novais de $& Pagina %;& anos acusada de participar dos *orrores. Ela alegou "ue torturava a 'enina a 'ando da patroa. Nu' caderno 7anice registrava o dia e a *ora das agressoes. Apos a repercussao do caso outras 'eninas @pelo 'enos "uatro revelara' "ue ta'be' ,ora' torturadas de ,or'a 'uito parecida pela 'es'a e'presaria. Silvia "ue e ,il*a adotiva gan*ava a con,ian(a dos pais de 'eninas pobres para depois adota-las in,or'al'ente. Suas pro'essas era' de o,erecer estudos para "ue as crian(as tivesse' as 'es'as oportunidades "ue ela teve "uando ,ora adotada. Ale' disso alegava "uerer 'uito u'a 'enina para cuidar pois so tin*a ,il*os *o'ens. 0nstaladas na casa de Silvia as 'eninas era' sub'etidas a atos de violencia trabal*os ,or(ados priva(oes de co'ida e outros sup4cios co'o ingerir ,ezes de ani'ais.
A delegada Adriana Accorsi responsavel pelo caso declarou a revista 7eCa: Ela e sadica sente prazer e' 'ac*ucar 'eninas e e' 'o'ento nen*u' de'onstrou arrependi'ento pelo "ue ,ez. Na prisao e' entrevista ao progra'a Fantastico @ede !lobo Silvia con,essou ao reporter 7i'cius 1onola a autoria do cri'e: 1evo e vou con,essar e' C'zo o "ue ,iz... Sabe "ual "ue e a *istoria< Eu era a 'andanteI ela a eDecutante @re,erindo-se a e'pregada do'estica. Essa e a *istoria. Nao te' outra *istoria. >uando perguntada por "ue agiu da"uela 'aneira co' a 'enina a agressora respondeu: Na 'in*a cabe(a eu nao ac*ava "ue tava torturando na 'in*a cabe(a eu ac*ava "ue tava educando Min*a vida acabou. Eu sei "ue vou ,icar a"ui. Eu ten*o no(ao disso. Eu nao sou louca. /' parente da agressora disse "ue desde a in,ancia ela apresenta disturbio de co'porta'ento e u' *istorico de proble'as. Silvia ,oi criada de or,anato e' or,anato ate ser adotada aos %$ anos de idade. Ainda precoce Ca de'onstrava ser u'a crian(a co' serias altera(oes de co'porta'ento. Aos ( anos ,oi eDpulsa Pagina %;6 de u'a institui(ao por"ue estava atrapal*ando a educa(ao das outras 'eninas. Para o psi"uiatra ,orense !uido Palo'pa pessoas co'o Silvia costu'a' alegar "ue recebera' 'aus-tratos na in,ancia 'as nao e verdade. Sao pessoas "ue sao de natureza de,or'ada Elas ta'be' nao te' nen*u' arrependi'ento. Fontes: revista 7eCa ed. $.;=& Ed. Abril $8#$;;9I progra'a Fantastico ede !lobo eDibido e' $$;;9. RellK Sa'ara +arval*o dos Santos Ela parecia tao nobre. E' $$ de agosto de $;;5 u'a Cove' de %( anos ,oi presa e' Sao Paulo acusada de cri'es de ,alsidade ideologica estelionato e ,urtos. Bonita 'agra alta e be' vestida cativava as pessoas por sua si'patia e desenvoltura. RellK Sa'ara +arval*o dos Santos "ue se apresentava co'o RellK Tranc*esi ta'be' tin*a la seus deste'peras: "uando nao convencia por be' usava de arrogancia ,azia escandalos e destratava pessoas. Nascida e' A'a'bai @MS onde ,oi criada pelos avos 'aternos RellK e con*ecida e' varias cidades da regiao pelos golpes "ue aplicou. Segundo as in,or'a(oes de u'a tia e da eD-diretora do colegio onde ela estudou desde pe"uena nao respeitava regras desobedecia aos pro,essores ,urtava obCetos e ludibriava as pessoas. O +onsel*o Tutelar de A'a'bai aco'pan*ou a Cove' desde $;;% "uando co'e(ou a aplicar golpes. Segundo o !% @Portal de Noticias da !lobo u' escrivao de Ponta-Pora disse "ue ela e u' co'putador. !rava "ue' e "ual e o no'e. Ele ainda revelou "ue a 'o(a circulava entre pessoas in,luentes para escol*er suas v,ti'as. Essa 'enina e u'a artista. Ela e 'uito 'uito inteligente. Mas usa a inteligencia para o cri'e. E' Sao Paulo - se' endere(o ,iDo e se *ospedando e' *oteis caros - Rell K costu'ava ,re"uentar lugares badalados
gina %;= staurantes e casas noturnas nu' bairro nobre na 3ona Oeste da cidade os ardins. TraCando pas e Coias de gri,e a Cove' alugava carros blindados de luDo co' direito a 'otoristas. +o' arencia de 'ilionaria RellK se' levantar suspeitas con"uistava a con,ian(a de a'igas ricas 'ens e pessoas idosas. Furtava-l*es Coias din*eiro cartoes de credito e taloes de c*e"ues as-sando-os para os co'erciantes da regiao. ' apenas %( anos 'as eDperiente e' aplicar golpes RellK Ca se passou por estudante de eito 'edica veterinaria e'presaria der'atologista ,azendeira e ate ,il*a do presidente do raguai. Segundo a po4cia a Cove' usava 'ais "uatro no'es ,alsos escol*ia suas v,ti'as be' atraves do site de relaciona'entos Orut e aplicava o golpe Boa Noite +inderela locar so',eros nas bebidas das v,ti'as para depois depena-las. pois de u' rapido na'oro co' o dono de u'a galeria de artes ela conseguiu roubar u'a avura do pintor espan*ol uan Miro avaliada e' /S %9 'il. A po4cia nao sabe precisar antas pessoas ,ora' enganadas por RellK e a "uantia eData "ue ela roubou. Pore' 'ais de vinte i'as se pronunciara' so'ente e' Sao Paulo onde per'aneceu por apenas seis 'eses. delegada "ue cuidou do caso Aline Martins !on(alves da %=a 1P disse ao progra'a ntastico "ue por ser Cove' e bonita RellK conseguia ,acil'ente c*egar aos *o'ens. Aline be' se 'ostrou i'pressionada co' os golpes da ,alsa socialite: A gente vai puDando e parece e a lin*a nao acaba 'ais co'ple'entou. ra o psi"uiatra 1aniel Martins de Barros do Nucleo de Psi"uiatria e Psicologia Forense da iversidade de Sao Paulo @/SP os estelionatarios costu'a' ser pessoas *abeis co' Cogo de tura raciotinio rapido e capacidade de si'ula(ao. s palavras de Sergio Paulo igonatti 'edico do 0nstituto de Psi"uiatria do 4ospital das nicas os estelionatarios te' u'a inteligencia "ue e su,iciente para enganar os outros grande der de sedu(ao ,rieza e ,alta de senti'entos de culpa. gina %;8 es'o co' varias provas relatos de teste'un*as *istorico de sua vida pregressa e prisao e' grante a Cove' "ue ,icou con*ecida co'o golpista dos ardins ,oi solta e' $ de abril de ;9. 1e acordo co' o Tribunal de usti(a de Sao Paulo Rell K ,oi liberada apos ser absolvida por ta de provas. Fontes: !% - O Portal de Noticias da !lobo .g%.co'.br U postado e' #9#$;;5 a &;#6#$;;9 e progra'a Fantastico ede !lobo eDibido e' $8#9#$;;5. +*a'pin*a erversidade re"uintada. nove'bro de $;;& oberto Aparecido Alves +ardoso con*ecido co'o +*a'pin*a de %8 os ,oi condenado pelo se"uestro e pelo assassinato do casal de na'orados Felipe +a,,e @%( os e Liana Friedenbac* de %8. Os cri'es ocorrera' nu'a 'ata de E'bu-!ua(u na !rande o Paulo. Felipe recebeu u' tiro na nuca e ,oi encontrado nu' corrego. A estudante Liana rante "uatro dias ,oi abusada seDual'ente por repetidas vezes e 'orta a ,acadas na cabe(a nas stas e no toraD.
tros participantes dos assassinatos ta'be' ,ora' condenados por varios anos de reclusao e' esidios co'uns u'a vez "ue na epoca Ca era' adultos. No entanto +*a'pin*a considerado er do grupo e o 'entor dos cri'es ,oi internado por tres anos na Febe' 7ila Maria @*oCe no'inada Funda(ao +asa. Apesar de ser 'enor de idade +*a'pin*a ,oi considerado u' i'inoso eDtre'a'ente perigoso e co' altissi'a possibilidade de reincidir no cri'e. Portanto ' condi(oes de conv'o social. pois de 'uita pole'ica no ,inal de $;;5 a usti(a deter'inou "ue +*a'pin*a devera ser antido e' institui(oes co' supervisao psi"uiatrica - sob vigilancia constante e por te'po deter'inado - e esta proibido de realizar atos civis co'o casar ou abrir contas e' bancos por e'plo. Por ,alta de u' lugar apropriado "ue atenda a deter'ina(ao da Custi(a +*a'pin*a r'anece gina %;5 de esta desde 'aio de $;;5: na /nidade EDperi'ental de Saude da 7ila Maria 3ona Norte de o Paulo. Apesar de todas essas 'edidas o destino de +*a'pin*a ainda e u'a incognita. Fontes: !lobo Online .oglobo.co'.br U postados entre &;#(#$;;8 e &;#%%#$;;5I !% -O Portal de ticias da !lobo .g%.co'.br U postados entre (#%;#$;;6 e &;#%%#$;;5. Suzane von c*t*o,en - Matou os pais e ,oi para o 'otel. a Cove' rica bonita universitaria de classe 'edia alta ar"uitetou e ,acilitou a 'orte de seus oprios pais. dia &% de outubro de $;;$ pouco depois da 'eia-noite Suzane de %( anos entrou e' casa endeu a luz con,eriu se os pais estava' dor'indo e deu carta branca ao na'orado 1aniel avin*os de $% anos e o ir'ao dele +ristian de $8. ir'aos +ravin*os 'atara' Marisia eAlbert von ic*t*o,en @pais de Suzane co' pancadas de rras de ,erro na cabe(a en"uanto o casal dor'ia. Si'ulara' u' latrotinio espal*ara' ob-Cetos apeis pela casa e levara' todo o din*eiro e Coias "ue conseguira' encontrar. Apos a barbarie o sal de na'orados partiu para a 'el*or suite de u' 'otel da 3ona Sul de Sao Paulo. otivo do cri'e @se e "ue eDiste algu'< Os pais nao concordava' co' o na'oro. Segundo a 4cia o cri'e ,oi planeCado durante dois 'eses e a ,rieza dos tres principal'ente a de Suzane egou a i'pressionar os investigadores. Logo apos o enterro dos pais a po4cia ,oi ate a casa de zane para u'a vistoria e deparou co' a Cove' o na'orado e a'igos ouvindo 'usicas e ntando alegre'ente Cunto a piscina. No dia seguinte Suzane e o na'orado 1aniel ,ora' ao s,tio ,a'ilia co'e'orar seu aniversario de %( anos. Nao a vi derra'ar u'a lagri'a desde o i'eiro dia disse 1aniel +o*en pri'eiro delegado a ir ao local do cri'e. Na delegacia a gina %;9 e' estava 'ais preocupada co' a *eran(a e co' a venda da casa do "ue co' a 'orte de seus is.
1entre outras evidencias esses ulti'os aconteci'entos corroborara' para "ue as suspeitas recaisse' sobre Suzane e os ir'aos +ravin*os. /'a se'ana depois do assassinato eles con,essara' o cri'e. En"uanto aguardava o Culga'ento e' liberdade Suzane concedeu u'a entrevista ao progra'a Fantastico @ede !lobo eDibido no dia ( de abril de $;;8. Na ocasiao ela estava de cabelos curtos traCava u'a ca'iseta co' a esta'pa da Minnie e pantu,as decoradas co' coel*in*os. Na pri'eira parte da entrevista ela brincou co' peri"uitos ensaiou c*oros teatrais por %% vezes segurou nas 'aos de seu tutor @1enival Barni e discursou co'o u'a 'enina inocente e "uase debil. +enario per,eito para suavizar a i'age' de 'entora de u' cri'e cruel. A ,arsa ,oi descoberta na segunda sessao e' 0tirapina a $;; "uilo'etros de Sao Paulo. +o' o 'icro,one aberto ,oi possivel ouvir os advogados Mario Sergio de Oliveira e 1enival Barni a orientare' a ,ingir "ue c*orava. +*ora pede Barni a Suzane. +o'e(a a c*orar e ,ala: JNao "uero ,alar 'aisJ diz a voz do outro. Ela responde: Nao vou conseguir. Suzane ,oi des'ascarada e sua prisao ,oi decretada no dia seguinte. O psi"uiatra ,orense Antonio ose E(a pro,essor de 'edicina legal e psicopatologia ,orense das Faculdade Metropolitanas /nidas @FM/ declarou a revista 0stoE !ente "ue Suzane 'atou os pais por"ue e de 'a 0ndole. Ela te' algu'a coisa de rui' dentro dela u'a perversidade u'a anor'alidade de personalidade. A 'aldade esta arraigada na al'a dela. 7irg4io do A'aral pro'otor de Custi(a "ue aco'pan*ou os depoi'entos de Suzane ta'be' declarou a 'es'a revista "ue u'a pessoa "ue escol*e a suite presidencial do 'otel depois de 'atar os pais nao te' senti'entos. 1ecorridos "uatro anos do assassinato e' $$ de Cul*o de $;;8 Suzane e o na'orado 1aniel ,ora' condenados pelo Curi popular Pagina %;( a &( anos de reclusao e seis 'eses de deten(ao. +*ristian pegou &9 anos de reclusao e seis 'eses de deten(ao pelo cri'e. Fontes: revista Epoca ed. $&6 Ed. !lobo %%#%%#$;;$I revista 0stoE !ente ed. %5$ Ed. Tres %9#%%#$;;$I revista Fantastico ns % Ed. !lobo deze'bro de $;;8I progra'a Fantastico ede !lobo eDibido e' (#6#$;;8. oia - O vovo ideal de "ual"uer pessoa. Araras %8 de ,evereiro de $;;5. LiCoel Bento Barbosa apontado co'o u' dos cri'inosos 'ais procurados do Estado de Sao Paulo ,oi preso pela Po4cia Militar de Araras. LiCoel 'ais con*ecido co'o oia tin*a 'ais de "uarenta anos no cri'e e =( de idade. Parecia u' sen*or pacato boa pra(a "ue costu'ava usar u' c*apeu para cu'pri'entar suas v,ti'as e assi' gan*ar a con,ian(a das 'es'as.
Por tras de u'a aparencia ino,ensiva oia escondia u'a ,ic*a cri'inal de 'ais de %6 'etros de co'pri'ento da "ual constava' diversos tipos de cri'e: ,urtos roubos de residencias roubos de cargas de co'putadores ale' de tentativa de *o'itidio tra,ico de entorpecentes e dois estupros.Segundo Erico 4a''ersc*'idt unior o capitao da po4cia Militar de Araras ele co'e(ou no 'undo do cri'e aos %5 anos e nunca 'ais parou. Sua especialidade era arro'bar e ,urtar casas co' 'uita rapidez de dois a cinco 'inutos disse o delegado Ta-baCara 3uliani dos Santos. E lobo e' pele de cordeiro ningue' i'agina "ue u' sen*or deste "ue seria o vovo ideal de "ual"uer pessoa seCa u' ladrao contu'az co'o ele e a,ir'ou o delegado. oia esperava os donos saire' e arro'bava a ,ec*adura de suas casas. +aso ,osse surpreendido contava u'a *istoria 'entirosa "ual"uer: Ele estava praticando ,urto nu'a casa "uando c*egara' policiais 'ilitares e o surpreendera' na"uela a(ao. Ele ,alou: JOs vizin*os c*a'ara' voces de novo< O "ue voces estao ,azendo< E a casa do 'eu ir'ao. Estou recol*endo obCetos para Pagina %%; levar para ele. 7oces "uere' entrar to'ar u' ca,e u'a agua
Pagina %%%
1ivina de Fati'a Pereira 'ais con*ecida co'o Nega ,oi presa e' Sao Paulo @SP acusada de 'atar a ir'a osa Maria Pereira $6 anos gravida de nove 'eses.O cri'e ocorreu no dia $5 de ,evereiro de %((6 na cidade de !oiania @!O por"ue osa descobriu "ue a ir'a teria roubado seus docu'entos para dar golpes nos co'erciantes da regiao. 1ivina "ue costu'ava praticar pe"uenos golpes e ,urtos desde crian(a aproveitou a visita da ir'a e' sua casa e roubou a carteira de identidade e o talao de c*e"ues. >uando as cobran(as co'e(ara' a c*egar osa descobriu "ue ,ora v,ti'a de u' golpe. osa Maria a'ea(ou denunciar a ir'a a po4cia caso ela nao "uitasse as d'das. 1iante disso 1ivina a estrangulou co' u' sutia e ,alou aos vizin*os "ue *avia dado u' c*a para ela dor'ir. 1epois de algu'as *oras 1ivina voltou a casa de osa ao lado da 'ae e de u' a'igo e ,ingiu de'onstrar surpresa ao encontrar o corpo. Os parentes descon,iava' "ue 1ivina ,osse autora do cri'e 'as para preservar a 'atriarca da ,a'4ia ela nao ,oi acusada. 1ivina continuou aplicando golpes co' os docu'entos da ir'a ,alecida e convenceu sua 'ae a assinar u'a procura(ao para receber u'a pensao pela 'orte de osa Maria. E' $;;% depois do ,aleci'ento de sua 'ae os ,a'iliares decidira' denuncia-la pela 'orte de osa Maria. Ela con,essou o cri'e 'as conseguiu ,ugir en"uanto aguardava o processo e' liberdade. Nessa epoca ela Ca tin*a duas condena(oes por ,urto. Alvino dos Santos noivo de osa incon,or'ado co' o ocorrido disse "ue ne' u' 'onstro 'ataria u'a ir'a e o sobrin*o. Ten*o u'a cicatriz "ue vou levar para o rest o da vida concluiu. !ildelene 7ieira Leite cun*ada da v,ti'a contou "ue certa vez 1ivina virou-se para u' cobrador e disse o seguinte: A osa 'orreu de,unto nao paga a conta. !ildelene ainda ,alou e' to' de indigna(ao: +o'o "ue u'a pessoa cri'inosa u'a pessoa perigosa dessas ,ica solta< Se 'atou a ir'a gravida vai ter senti'entos co' u'a pessoa de ,ora< Sebastiana !on(alves tia de osa ,oi ale': A 1ivina e u'a psicopata. Se voce ,izer sua assinatura ela ,az igual identica. Pagina %%$ >uando ,oi localizada e' Sao Paulo 1ivina ainda tentou escapar da po4cia apresentando u'a identidade ,alsa. Fontes: progra'a Lin*a 1ireta ede !lobo 0ni'iga 'ti'a eDibido e' $(#%%#$;;5 e 8#%$#$;;5I e *ttp:##redeglobo.globo.co'#Lin*adiretaU postado e' $(#%%#$;;5 e e' 8#%$#$;;5. /' caso 'ais detal*ado: O assassinato de 1aniella Perez !uil*er'e de Padua T*o'az - A'bi(ao egocentris'o 'egalo'ania sede de poder e sucesso. O pais inteiro c*ocado e revoltado aco'pan*ou passo a passo a tragedia do assassinato de u'a Cove' e talentosa atriz adorada por u'a legiao de ,as. /' cri'e "ue teve repercussoes 'undiais e "ue di,icil'ente sera apagado da 'e'oria do publico brasileiro.
Na noite do dia $9 de deze'bro de %(($ 1aniella Perez de $$ anos ,oi brutal'ente assassinada a poucos "uilo'etros do estudio !lobo TKccon nu' 'atagal na Barra da TiCuca 3ona Oeste do io de aneiro. Segundo a pericia ela ,oi 'orta co' %8 golpes de u' instru'ento per,urocortante @pun*al des,eridos no pesco(o e no toraD per,urando a tra"ueia o pul'ao e o cora(ao. O cri'e ocorreu pouco depois da grava(ao da novela 1e +orpo e Al'a de autoria de !loria Perez @'ae de 1aniella eDibida pela ede !lobo. Na tra'a 1aniella interpretava a doce e ro'antica bailarina as'in na'orada do 'otorista ciu'ento e 'ac*ao Bira interpretado por !uil*er'e de Padua T*o'az de $& anos. Algu'as *oras apos gravar sua ulti'a cena o corpo da atriz ,oi encontrado depois "ue os 'oradores de u' condo''io proDi'o ao avistare' dois carros parados e' local tao suspeito acionara' a po4cia. /' dos 'oradores teve o cuidado de anotar as placas dos carros o "ue levou a po4cia na 'an*a do dia seguinte a bater na porta do principal suspeito. Tratava-se do proprio !uil*er'e Pagina %%& de Padua u' assassino ,rio e calculista capaz de ir prestar solidariedade na delegacia a !loria Perez e ao ator aul !azolla 'arido de 1aniella antes de ser descoberto. O delegado "ue conduziu as investiga(oes +idade de Oliveira disse "ue !uil*er'e ao dar seu depoi'ento negou a autoria do cri'e 'as devido as provas evidenciais acabou con,essando "ue 'atou 1aniella. O delegado ta'be' a,ir'ou "ue durante todo o interrogatorio !uil*er'e estava cal'o tran"uilo e relatou o assassinato se' esbo(ar rea(ao algu'a. A con,issao ,oi registrada na presen(a de alguns advogados e logo depois ainda na delegacia !uil*er'e insinuou "ue sua esposa Paula de Al'eida T*o'az de %( anos era cu'plice do cri'e. A'bos ,ora' presos e aguardara' o Culga'ento. 1e acordo co' os policiais Paula recon*eceu "ue participou da barbarie apenas in,or'al'ente: seus advogados nao per'itira' "ue ela assinasse a con,issao. 1epois disso Paula Ca'ais ad'itiu ter 'atado 1aniella ne' se"uer ter estado no local do cri'e. +ontou si'ples'ente u'a *istoria i'provavel: na"uele dia teria ,icado por 'ais de sete *oras passeando pelos corredores de u' s*opping center na Barra da TiCuca. No entanto durante essas longas *oras Paula nao co'prou nada e ta'be' nao ,oi vista por ningue'. 1urante o processo circulara' varias versoes "ue tentava' eDplicar o 'otivo da 'orte de 1aniella. Muitas delas ,antasiosas e total'ente absurdas "ue ale' de denegrire' a i'age' da atriz acabara' por con,undir o grande publico e suscitar a i'agina(ao de 'uitos. 0sso ocorreu principal'ente por"ue depois da sua con,issao !uil*er'e conseguiu na Custi(a o direito de so voltar a ser interrogado e' C'zo. Assi' durante cinco anos ele disse o "ue "uis e da ,or'a "ue l*e ,oi 'ais conveniente co' o claro intuito de desviar o ,oco das verdadeiras 'otiva(oes do cri'e. As versoes se' cabi'ento de !uil*er'e.
Na con,issao !uil*er'e conta "ue 'atou 1aniella por"ue ela o assediava de todas as ,or'as possrveis e estava a'ea(ando Pagina %%6 destr'-lo pro,issional'ente. /sando de arti,icios ela o teria levado para u' sinistro 'atagal onde tentou beiCa-lo a ,or(a. 1iante da recusa bateu nele de 'odo tao violento "ue assustado ele se de,endeu usando a tesoura "ue casual'ente encontrou no carro. Nu' 'o'ento posterior deu outra eDplica(ao para os golpes "ue viti'ara' a atriz: depois de se de,ender do ata"ue de 1aniella aplicando-l*e u'a gravata vendo-a des,alecida e acreditando "ue poderia 'orrer ele teria tentado salva-la ,azendo u'a tra"ueosto'ia co' u'a tesoura. Na ulti'a versao Paula aparece co'o unica responsavel pelo cri'e: para provar a ela "ue nao tin*a nen*u' envolvi'ento co' 1aniella !uil*er'e articulou o encontro per'itindo "ue Paula ,icasse escondida no banco de tras do seu auto'ovel para ouvir a conversa dos dois se' "ue 1aniella tivesse con*eci'ento disso. 1urante a conversa Paula en,urecida de ciu'es saiu do carro e atacou 1aniella tentando atingi-la pri'eiro co' u'a c*ave de ,enda e nao conseguindo per,ura-la co' esse instru'ento teria voltado ao carro e apan*ado u'a tesoura. 1e acordo co' seu depoi'ento na tentativa de apartar a briga das duas !uil*er'e colocou o bra(o ao redor do pesco(o de 1aniella aplicando-l*e acidental'ente a gravata "ue a ,ez des,alecer. ulgando-a 'orta Paula aplicou os golpes de tesoura para "ue o cri'e pudesse ser atrib'do a ,as enlou"uecidos. +ri'e passional ou pre'editado< Precisa'os ter e' 'ente "ue e' todas as versoes e suas variantes !uil*er'e teve co'o proposito convencer a todos "ue o cri'e ocorreu sob violenta e'o(ao con,igurando-se nu' cri'e passional. Para a de,esa essa estrategia baseada e' *istoria in-verossi'il ,aria co' "ue a pena ,osse atenuada e logo depois do Culga'ento!uil*er'e estaria e' liberdade. A pretensao pore' nao resistiu a co'prova(ao dos ,atos. Ficou provado "ue o cri'e ,oi pre'editado ou seCa Paula e !uil*er'e Pagina %%= sa,ra' de casa co' o ,ir'e proposito de 'atar a Cove' atriz. Ao contracenar co' 1aniella na"uela noite !uil*er'e Ca sabia "ue iria 'ata-la "uando onde e co'o iria ,aze-lo. E i'portante esclarecer "ue 1aniella nunca assediou !uil*er'e de Padua. Pelo contrario atores e ,uncionarios da !lobo dissera' "ue era !uil*er'e "ue' assediava 1aniella. Ele a procurava constante e insistente'ente para se "ueiDar dos seus proble'as ,azendo-se de v,ti'a a ponto de se tornar u'a pessoa total'ente inconveniente.
Na noite do cri'e !uil*er'e ta'be' ,oi visto por varias vezes cercando a atriz batendo na porta do ca'ari' ,e'inino entregando-l*e bil*etes. Para entender isso e preciso eDpor ao leitor a verdade dos ,atos relatados a"ui de ,or'a breve todos co'provados e' C'zo: 1aniella ,oi v,ti'a de u'a e'boscada conduzida a ,or(a depois de espancada e desacordada ao 'atagal er'o e escuro onde encontrara' seu corpo. No dia do assassinato !uil*er'e usou o carro de seu sogro @u' Santana e adulterou co' per,ei(ao a placa do veiculo: trans,or'ou a letra L e' O. Ele saiu dos estudios de grava(ao da !lobo dirigindo o Santana e co' Paula escondida sob u' len(ol no banco traseiro. !uil*er'e parou logo e' seguida no acosta'ento do posto de gasolina Alvorada "ue ,icava cerca de &;; 'etros dali. Ele esperou o 'o'ento certo de agir. Pouco depois entre $% * e $%*&; 1aniella "ue ta'be' *avia deiDado os estudios da !lobo entrou no 'es'o posto para abastecer seu carro @u' Escort se' ter a 'ini'a no(ao de "ue seus assassinos estava' tao proDi'os. Na saida do posto 1aniella recebeu u'a ,ec*ada de !uil*er'e e os dois saira' de seus carros. !uil*er'e entao des,eriu u' soco violento no rosto da atriz aplicou-l*e u'a gravata e a Cogou para dentro do Santana. Nesse 'o'ento Paula saiu do banco de tras do Santana e assu'iu a dire(ao do carro. !uil*er'e dirigindo o Escort seguiu Paula ate o local onde 1aniella ,oi assassinada da ,or'a 'ais cruel possrvel. Pagina %%8 Segundo a pericia das %8 per,ura(oes encontradas no corpo de 1aniella "uatro ,ora' na regiao da garganta e %$ no toraDI oito delas estava' concentradas na area do cora(ao: 4avia u'a inten(ao visivel de se atingir u' orgao nobre. Nao *a ne' co'o arguir de "ue seria u'a coisa i'pensada: ,oi intencional. E ta'be' ningue' adultera u'a placa de u' auto'ovel nu' cri'e passional. A placa de u' auto'ovel so e adulterada para u'a pratica i4cita seCa ela "ual ,or @... E u' cri'e indubitavel'ente pre'editado praticado de u'a ,or'a brutal. Talvane de Moraes 'edico legista diretor da Po4cia Tecnica do io de aneiro. Progra'a Se' +ensura T7E Brasil e' 6#%#%((&. O casal ainda passou nu' posto para lavar as 'anc*as de sangue "ue ,icara' no interior do Santana e depois ,oi para casa dor'ir. Tudo ,oi progra'ado planeCado e ar"uitetado nos detal*es 'ais sordidos. Por "ue 1aniella ,oi 'orta< >ual a verdadeira 'otiva(ao do cri'e< Os 'otivos alegados por !uil*er'e de "ue 'atou 1aniella por"ue ela o assediava ale' de sere' total'ente inveridicos pode' causar revolta. No entanto a verdadeira 'otiva(ao do cri'e esta clara ao analisar'os a personalidade e o co'porta'ento do assassino. /'a pessoa arrogante descontrolada agressiva de conv'o di,icil a'biciosa vaidosa eDibicionista "ue nao se con,or'ava e' ,azer papeis secundarios. Assi' ,oi de,inido !uil*er'e de Padua por seus proprios colegas de pro,issao. Ele "ue ate entao nao
passava de u' ator 'ediocre e "ue 'al saia do anoni'ato ao atuar nu'a novela de grande audiencia Ca se sentia u' ser superior. Estava ali a grande c*ance de saltar para o universo Pagina %%5 da ,a'a do sucesso e do poder tao al'eCado. Antes pore' seu personage' Bira dependia de u' roteiro "ue nao estava previsto: passar de si'ples coadCuvante a protagonista. O a'bicioso proCeto de ascensao pro,issional de !uil*er'e ser o astro principal da novela das oito da ede !lobo ,racassou. Ele 'es'o c*egou a declarar a i'prensa e e' depoi'ento a Custi(a "ue na se'ana do cri'e pela pri'eira vez desde o i 'cio da novela 1e +orpo e Al'a ao receber o bloco de cenas veri,icou "ue seu personage' estaria ausente e' dois cap,tulos. 0sso l*e provocou 'uita tensao e de ,or'a insistente e assediadora procurou 1aniella para saber por "ue seu papel estava se esvaziando. A,inal co'o ele 'es'o declarou e' C'zo e a reporter Lucileia +ordovil nu'a de'onstra(ao eDp4cita de 'anipula(ao *avia procurado se tornar a'igo de 1aniella por interesse: Ate por"ue ela era ,il*a da autora da novela ate no enredo ela aCudava. No decorrer da novela !uil*er'e usou de todos os recursos 'anipulatorios possrveis para persuadir 1aniella a in,luenciar !loria Perez a reescrever o seu enredo. Nao conseguiu e nu'a rea(ao de ira ,rente a ,rustra(ao pre'editou planeCou e eDecutou de ,or'a 'a"uiavelica o assassinato da atriz. Na realidade a tendencia natural de todos e se'pre buscar eDplica(oes logicas "ue Custi,i"ue' u' ato tao cruel. No entanto para pessoas co' 'entes perversas "ual"uer 'otivo e 'otivo. Essa pessoa @!uil*er'e nao te' a consciencia "ue nos te'os "ue e necessaria para "ue a gente viva e' sociedade: a consciencia do direito dos outros a consciencia do direito basico a eDistir. /'a pessoa co' esse tipo de 'ente co' esse tipo de ,or'a(ao 'ental e u' 'onstro nao e u' ser *u'ano nor'al e te' "ue estar isolado da sociedade 'es'o E u' 'onstro 'oral @... nao ,unciona co'o as outras pessoas ,unciona'. Parece "ue e gente 'as nao e gente. A 'ente ,unciona de u'a 'aneira co'pleta'ente torta. As razoes os por"ues @do assassinato esse tipo de por"ue e co'pleta'ente aleatorio @... Nao e u' tipo de Pagina %%9 cri'e "ue ten*a u'a eDplica(ao dentro da logica natural do ser *u'ano. Luiz Alberto PK psicanalista progra'a Se' +ensura T7E Brasil e' 6#%#%((&.
Talvane de Moraes psi"uiatra e diretor da Po4cia Tecnica esclareceu no 'es'o progra'a "ue pelos anos de eDperiencia nao teve duvidas de "ue o assassino sabia eData'ente o "ue estava ,azendo. Portanto nao *averia nen*u'a possibilidade de !uil*er'e ser u' doente 'ental. Ale' disso o ,ato de !uil*er'e de Padua nao ser u'a pessoa descon*ecida 'as si' u' co'pan*eiro de trabal*o i'plica "ue ele estava se utilizando da con,ian(a da v,ti'a o "ue agrava a caracteristica 'onstruosa da personalidade de !uil*er'e.!uil*er'e no tribunal Ao longo do Culga'ento no %e Tribunal do uri !uil*er'e ,oi ironico tinico e c*egou a interro'per corrigir e ate c*a'ar a aten(ao do Cuiz ose !eraldo Antonio. Fa'iliares e a'igos da atriz se c*ocara' co' a postura do reu durante seu depoi'ento. /tilizando-se de representa(oes teatrais !uil*er'e c*egou a 'udar o to' de voz para interpretar as vozes de 1aniella e Paula Todos os presentes ,icara' e' silencio estarrecidos "uando ele i'itou co'o 1aniella teria caido ao ser viti'ada. Ele ,oi ,rio nao de'onstrou arrependi'ento algu'. Foi absoluta'ente deboc*ado e petulante co' o Cuiz. Fi"uei c*ocada. +o'o ator no entanto ele ,oi eDcelente. 7era Lucia Alves presidente do Movi'ento pela 7ida. +o'o u' tra(o 'arcante de personalidade de !uil*er'e destaco a declara(ao eDp4cita de indi,eren(a ,rieza e cinis'o: Pagina %%( O seio es"uerdo de 1aniella ,icou desnudo. A"uilo 'e c*ocou. +obri o seio aCeitei os bra(os "ue estava' para ci'a para "ue nao ,icasse tao ,eia. Eu sabia "ue ela seria ,otogra,ada depois. !uil*er'e de Padua Fontes: Cornal O !lobo $%#%((5I Cornal O 1ia $6#%#%((5. A senten(a de !uil*er'e de Padua 1ia $5 de Caneiro de %((5 !uil*er'e ,oi Culgado e condenado pelo Curi a %( anos de prisao por *o'itidio dupla'ente "uali,icado: 0nciso 0 'otivo torpe e 0nciso 07 se' c*ances de de,esa da v,ti'a. Ao ler a senten(a o Cuiz ose !eraldo Antonio a,ir'ou "ue: A conduta do reu eDteriorizou u'a personalidade violenta perversa e covarde "uando destruiu a vida de u'a pessoa inde,esa se' nen*u'a c*ance de escapar ao ata"ue de seu algoz pois ale' de desvantage' na ,or(a ,isica o ,ato se desenrolou e' local onde Ca'ais se ouvia o grito desesperador e agonizante da v,ti'a. 1e'onstrou o reu ser u'a pessoa inadaptada ao conv'o social por nao viceCare' no seu esp'to os senti'entos de a'izade generosidade e solidariedade colocando aci'a de "ual"uer outro valor a sua a'bi(ao pessoal. O Cuiz observou ainda "ue !uil*er'e so nao ,oi condenado a 'ais te'po por"ue tratava-se de u' reu pri'ario. O veredicto aco'pan*ado por centenas de pessoas ,oi aplaudido de pe.
Pagina %%%
>uatro 'eses depois Paula ,oi condenada a %9 anos e seis 'eses. Por nen*u' 'o'ento !uil*er'e de'onstrou "ual"uer senti'ento de arrependi'ento de culpa ou de considera(ao para co' a v,ti'a ou por algue' de sua ,a'ilia. Ao contrario ele aproveitou de todos os espa(os obtidos na i'prensa para se enaltecer nu' gesto eDp4cito de eDibicionis'o e vaidade.1epois da 'orte de sua ,il*a a escritora !loria Perez iniciou u' 'ovi'ento para 'udar o +odigo Penal Brasileiro. Ela col*eu 'ais de u' 'il*ao de assinaturas "ue ,ez incluir o *o'itidio "uali,icado na lista dos cri'es *ediondos. Estes recebe' trata'ento legal u' pouco 'ais severo e i'possibilita' o paga'ento de ,ian(a e o cu'pri'ento da pena e' regi'e aberto ou se'i-aberto. +o'o o assassinato de 1aniella ,oi anterior a instaura(ao da nova lei Paula e !uil*er'e ,ora' bene,iciados e cu'prira' 'enos de %#& da pena e' regi'e ,ec*ado. E' %((( sete anos depois do cri'e !uil*er'e e Paula ,ora' soltos e atual'ente Ca sao considerados reus pri'arios. Se' co'entarios. 1oi de'ais a sapatil*a "uieta presa na parede. O lugar na 'esa "ue se'pre vai estar vazio. Os silencios onde antes era' 'usica e risos de alegria. !loria Perez @+arta lida na Missa de %= anos da 'orte de 1aniella e' $9#%$#$;;5. Fontes: revista 7eCa Ed. Abril $9#9#%((8I ornal Nacional ede !lobo eDibido e' $(#%$#%(($ video capturado do ouTube .Koutube.co'. br#ricardozanonU postado e' %%#$;;5I progra'a Fantastico ede !lobo eDibido e' $=#9#%((8 video capturado do ouTube .Koutube.co'. br#ricardozanonU postado e' %=#%%#$;;5I progra'a Fantastico ede !lobo eDibido e' &;#%$#$;;5I video capturado do ouTube .Koutube.co'.br#'adlovisU postado e' &;#%$#$;;5I videos capturados do ouTube e postados por !loria Perez .Koutube.co'.br#g,perezU entre %$#%#$;;5 e %$#6#$;;9I autos do processoI entrevista de !uil*er'e de Padua a reporter Lucileia +ordovil no presidio de Agua SantaI entrevista de !uil*er'e de Padua a orge Tavares: Cornal O 1#a 5#%#%((& e Cornal O !lobo 9#%#%((&. Pagina %$% +ap,tulo 9 PS0+OPATAS PE0!OSOS 1EMA0S +o'o Ca vi'os os psicopatas nao sao necessaria'ente assassinos. Eles geral'ente estao envolvidos e' transgressoes sociais co'o tra,ico de drogas corrup(ao roubos assaltos a 'ao ar'ada estelionatos ,raudes no siste'a ,inanceiro agressoes ,isicas violencia no transito etc. Pore' na 'aioria das vezes nao sao descobertos e ne' penalizados pelos seus co'porta'entos i4citos. /' eDe'plo tipico desses ulti'os e o abuso ,isico e psicologico de 'ul*eres e de crian(as "ue in,eliz'ente se constitui nu'a transgressao de di,icil controle social. Se eDiste u'a personalidade cri'inosa esta se realiza por co'pleto no psicopata. Ningue' esta tao *abilitado a desobedecer as leis enganar ou ser violento co'o ele. E i'portante ter e' 'ente "ue todos os psicopatas sao perigosos u'a vez "ue eles apresenta' graus diversos de insensibilidade e desprezo pela vida *u'ana. Pore' eDiste u'a ,ra(ao 'inoritaria de psicopatas "ue 'ostra u'a insensibilidade ta'an*a "ue suas condutas cri'inosas pode' atingir perversidades ini'aginaveis. Por esse 'otivo eu costu'o deno'ina-los de psicopatas severos ou perigosos de'ais. Eles sao os cri'inosos "ue 'ais desa,ia' a nossa capacidade de entendi'ento aceita(ao e ado(ao de a(oes preventivas contra as suas transgressoes. Seus cri'es nao apresenta' 'otiva(oes aparentes e ne' guarda' rela(ao direta co' situa(oes pessoais ou sociais adversas.
O psi"uiatra canadense obert 4are dedicou anos de sua vida pro,issional reunindo caracteristicas co'uns de pessoas co' esse tipo de per,il ate conseguir 'ontar u' so,isticado "uestionario deno'inado psKc*opat*K c*eclist ou P+L. Essa escala se constitui no 'etodo 'ais ,idedigno na identi,ica(ao de psicopatas Pagina %$= e' popula(oes prisionais e *oCe e a'pla'ente utilizada e' diversos paises no conteDto ,orense. Segundo 4are a prevalencia desses ind'duos na popula(ao carceraria gira e' torno de $;. No entanto essa 'inoria e responsavel por 'ais de =; dos cri'es graves co'etidos "uando co'parados aos outros presidiarios. Ale' disso tudo indica "ue esses nu'eros ta'be' sao validos para os psicopatas "ue se encontra' ,ora do siste'a penitenciario. E i'pressionante apesar de nao ser surpreendente a rea-(ao apresentada pelo psicopata severo ,rente a situa(oes "ue envolve' violencia ,isica inti'ida(ao ou provoca(oes. Eles se'pre de'onstra' u' 'isto de satis,a(ao prazer sensa(ao de poder e indi,eren(a. No entanto sao incapazes de sentir "ual"uer tipo de arrependi'ento perante o 'al "ue causara' as suas v,ti'as. No caso espeti,ico da violencia seDual praticada por psicopatas a situa(ao c*ega a ser assustadora. Tudo indica "ue os estupradores e' serie e' sua grande 'aioria sao psicopatas severos. Seus atos sao o resultado de u'a co'bina(ao 'uito perigosa: a eDpressao total'ente desinibida de seus deseCos e ,antasias seDuais Vseu anseio de controle e poder e a oerce(ao de aue suas v,ti'as sao 'eros obCetos destinados a l*e proporcionar prazer e satis,a(ao i'ediata. Puro eDerticio de luDuria grotesca Entre %((5 e %((9 o 'otoboK Francisco de Assis Pereira ta'be' con*ecido co'o o 'a'aco do par"ue estuprou torturou e 'atou pelo 'enos %% 'ul*eres no Par"ue do Estado situado na regiao sul da cidade de Sao Paulo. Apos ser capturado pela po4cia o "ue 'ais i'pressionou as autoridades ,oi co'o u' *o'e' ,eio pobre de pouca instru(ao e "ue nao portava ar'as conseguiu convencer varias 'ul*eres algu'as instr'das e ricas - a subir na garupa de u'a 'oto e ir para o 'eio do 'ato co' u' suCeito "ue elas tin*a' acabado de con*ecer. Pagina %$8 No interrogatorio co' ,ala 'ansa e pausada Francisco relatou "ue era 'uito si'ples: bastava ,alar a"uilo "ue elas "ueria' ouvir. Ele as cobria de elogios identi,icava-se co'o u' ,otogra,o de 'oda o,erecia u' bo' cac*e e convidava as 'o(as para u'a sessao de ,otos e' u' a'biente ecologico. 1izia "ue era u'a oportunidade unica algo predestinado "ue nao poderia ser desperdi(ado. +o' igual tran"uilidade o reu con,esso ta'be' narrou co'o 'atou suas v,ti'as: co' o cadar(o dos sapatos ou co' u'a cordin*a "ue as vezes levava na poc*ete. Eu dava 'eu Ceito co'ple'entou. Nos varios depoi'entos ,rases do tipo Matei. Fui eu Sou rui' gente. Ordinario ou Nao ven*a co'igo... Nao aceite 'eu convite... Se
voce vier vai se dar 'al ,izera' co' "ue o pais 'ergul*asse na 'ente de u' assassino brutal. E' $;;$ o serial iller ,oi condenado a 'ais de $8; anos de reclusao no entanto co'o reza a lei ele cu'prira no 'aDi'o trinta anos. Atual'ente Francisco esta no presidio de seguran(a 'aDi'a de 0tai na regiao de Avare interior de Sao Paulo. Francisco "ue Ca ,oi pro,essor de patina(ao tin*a tudo para passar despercebido: era a,avel e si'patico adorado pelas crian(as e ,azia o estilo boa pra(a ou gente ,ina. 1is,arce puro Ali se escondia u' 'atador cruel e irre,reavel. Fontes: revista 7eCa ed. %.==( Ed. Abril %$#9#%((9I 7eCa E' 1ia dispo'vel e' .veCaonline.abril.co'.br U capturado e' $6#8#$;;9. E' rela(ao a violencia do'estica os estudos realizados por obert 4are co' *o'ens "ue agredira' suas esposas revelara' "ue $= deles era' psicopatas. Pode'os observar "ue esses 0ndices sao bastante se'el*antes ao nu'ero de psicopatas presentes no siste'a carcerario. 0sso de'onstra 'ais u'a vez "ue dentro ou ,ora da prisao a agressividade e a violencia sao 'arcas registradas desses ind'duos. Pagina %$5 +o'o eDe'plo de violencia do'estica e i'portante deiDar registrado o caso de Maria da Pen*a Maia "ue deu orige' a Lei da 7iolencia 1o'estica e Fa'iliar +ontra a Mul*er - ta'be' con*ecida co'o Lei Maria da Pen*a - sancionada e' agosto de $;;8. E' %(9& a ,ar'aceutica Maria da Pen*a Maia Fernandes so,reu duas tentativas de *o'itidio por parte de seu 'arido o pro,essor universitario Marco Antonio 7iveiros. Na pri'eira tentativa Maria da Pen*a ,oi atingida por u' tiro nas costas "ue a deiDou paraplegica. +o'o se nao bastasse duas se'anas depois Marco Antonio tentou eletrocuta-la durante o ban*o. Na ocasiao ela tin*a &9 anos e tres ,il*as pe"uenas. A investiga(ao do cri'e co'e(ou e' Cun*o de %(9& 'as a denuncia so ,oi apresentada ao Ministerio Publico Estadual e' sete'bro de %(96. So'ente e' outubro de $;;$ "uase vinte anos depois 7iveiros ,oi parar atras das grades. Ao longo desses anos todos Maria da Pen*a travou u'a luta incessante para punir seu agressor recorrendo inclusive a usti(a 0nternacional - +o'issao 0ntera'ericana dos 1ireitos 4u'anos @+014 da Organiza(ao dos Estados A'ericanos @OEA - "ue acatou pela pri'eira vez u' cri'e de violencia do'estica. E' razao da de'ora no processo contra Marco Antonio o Estado brasileiro ,oi obrigado pela OEA a to'ar 'edidas e,etivas para "ue se ,izesse Custi(a ale' de pagar u'a indeniza(ao a v,ti'a. 7iveiros passou apenas dois anos na prisao e atual'ente cu'pre o restante da pena e' liberdade. Apos as tentativas de *o'itidio Maria da Pen*a co'e(ou a atuar e' 'ovi'entos sociais contra a violencia e a i'punidade e *oCe e coordenadora de estudos pes"uisas e publica(oes da Associa(ao de Parentes e A'igos de 7,ti'as de 7iolencia @APA77 no +eara.
Pagina %$9 E i'portante assinalar "ue nao estou a,ir'ando "ue Marco Antonio 7iveiros seCa u' autentico psicopata. Pore' o seu co'porta'ento no caso relatado sugere "ue o seu proceder guarda estreita se'el*an(a co' ind'duos portadores de psicopatia. Fontes: !% - Portal de Noticias da !lobo .g%.co'.br U postados entre %9#8#$;;8 e %$;;9I ornal Nacional ede !lobo eDibido e' 5#5#$;;9. Psicopatia e reincidencia cri'inal Nao e preciso ser vidente ne' paranor'al para perceber "ue pessoas co' *istorico de cri'es violentos representa' u'a a'ea(a 'uito 'aior para a sociedade do "ue os cri'inosos "ue nao apresenta' a violencia co'o u'a 'arca registrada e' seus cri'es. /'a boa 'aneira de prever o "ue u'a pessoa podera ,azer no ,uturo e saber o "ue ela ,ez no passado. Apesar de parecer algo e'prnco de'ais essa in,or'a(ao pode ser to'ada co'o base para "ue o siste'a de usti(a +ri'inal to'e decisoes pertinentes a penas e concessao de bene,icios para cri'inosos. Estudos revela' "ue a taDa de reincidencia cri'inal @capacidade de co'eter novos cri'es dos psicopatas e cerca de duas vezes 'aior "ue a dos de'ais cri'inosos. E "uando se trata de cri'es associados a violencia a reincidencia cresce para tres vezes 'ais. Por tudo o "ue ,oi visto neste cap,tulo distinguir os cri'inosos 'ais violentos e perigosos dos de'ais detentos pode trazer bene,icios tanto para o siste'a penitenciario interno "uanto para a sociedade co'o u' todo. Nao pode'os es"uecer "ue os psicopatas sao 'anipuladores inatos e "ue e' ,un(ao disso costu'a' utilizar os outros presidiarios para a obten(ao de vantagens pessoais. Muitas vezes assistindo aos noticiarios da T7 pude observar Pagina %$( co'o as rebelioes nos presidios te' a or"uestra(ao dos psicopatas. Eles ,aze' co' "ue alguns prisioneiros se torne' re,ens inde,esos no processo de negocia(ao co' as autoridades. No siste'a carcerario brasileiro nao eDiste u' procedi'ento de diagnostico para a psicopatia "uando *a solicita(ao de bene,icios redu(ao de penas ou para Culgar se o preso esta apto a cu'prir sua pena e' u' regi'e se'i-aberto. Se tais procedi'entos ,osse' utilizados dentro dos presidios brasileiros certa'ente os psicopatas ,icaria' presos por 'uito 'ais te'po e as taDas de reincidencia de cri'es violentos di'inuiria' signi,icativa'ente. Nos paises onde a escala 4are @P+L ,oi aplicada co' essa ,inalidade constatou-se u'a redu(ao de dois ter(os das taDas de reincidencia nos cri'es 'ais graves e violentos. Atitudes co'o essas acaba' por reduzir a violencia na sociedade co'o u' todo. A psi"uiatra ,orense 4ilda Morana responsavel pela tradu(ao adapta(ao e valida(ao do P+L para o Brasil ale' de tentar aplicar o teste para a identi,ica(ao de psicopatas nos
nossos presidios lutou para convencer deputados a criar prisoes especiais para eles. A ideia virou u' proCeto de lei "ue la'entavel'ente nao ,oi aprovado. /' caso "ue eDe'pli,ica a i'portancia de 'edidas co'o as descritas aci'a e o de Francisco +osta oc*a 'ais con*ecido co'o +*ico Picadin*o autor de dois dos cri'es de 'aior repercussao da *istoria policial brasileira. E' %(88 Francisco "ue ate entao parecia ser u'a pessoal nor'al 'atou e es"uarteCou a bailarina Margaret* Suida e' seu aparta'ento no centro de Sao Paulo. +*ico ,oi condenado a %9 anos de reclusao por *o'itidio "uali,icado e 'ais dois anos e seis 'eses de prisao por destrui(ao de cadaver. E' Cun*o de %(56 oito anos depois de ter co'etido o pri'eiro cri'e Francisco ,oi libertado por bo' co'porta'ento. No parecer para concessao de liberdade condicional ,eito pelo entao 0nstituto de Biotipologia +ri'inal constava "ue Francisco tin*a Pagina %&; personalidade co' disturbio pro,unda'ente neurotico eDcluindo o diagnostico de personalidade psicopatica. No dia %= de outubro de %(58 Francisco 'atou Angela de Souza da Silva co' os 'es'os re"uintes de crueldade e sadis'o do seu cri'e anterior. +*ico ,oi condenado a trinta anos de reclusao e per'anece preso ate *oCe. Pagina %&% +AP0T/LO ( MENOES PE0!OSOS 1EMA0S
Se'pre "ue nos depara'os co' cri'es barbaros co'etidos por crian(as so'os to'ados por u' senti'ento de grande perpleDidade. 0sso acontece por"ue co'o seres *u'anos te'os grande di,iculdade e' acreditar "ue eDista' crian(as genuina'ente 'as. +rian(as costu'a' ser associadas de ,or'a universal a bondade a pureza e a ingenuidade. econ*ecer "ue a 'aldade eDiste de ,ato e u'a realidade co' a "ual nao gosta'os de lidar. >uando esta'os diante de crian(as essa descren(a to'a proposes 'uito 'aiores. Fica'os estarrecidos co' a"uilo "ue desa,ia a racionalidade *u'ana e ,oge a co'preensao do "ue considera'os ser u'a crian(a ou u'a pessoa nor'al. +o'o eDe'plo e 'otivo de re,leDao pode'os observar alguns casos de u' passado recente: E' ,evereiro de %((& os garotos on 7enables e obert T*o'pson a'bos co' %; anos de idade assassinara' brutal'ente a'es Bulger @de apenas $ anos perto de Liverpool 0nglaterra. Esse ,oi u' dos cri'es "ue 'ais c*ocou a !ra-Bretan*a e o 'undo no seculo passado. a'es ,oi se"uestrado abusado torturado e 'orto co' golpes de pedras e ,erros na cabe(a. Os assassinos tentara' esconder o corpo no ,undo de u' po(o 'as acabara' ,orCando u' desastre de tre' e largara' o corpo sobre os tril*os da lin*a ,errea. O bebe ,oi cortado ao 'eio. on e obert ,ora' Culgados co'o adultos e condenados a prisao por prazo indeter'inado pela natureza barbara do cri'e.
Sob protestos e indigna(ao populares e' $;;% os assassinos ,ora' soltos de ,or'a sigilosa e co' novas identidades. Se a 0nglaterra ,oi dura de'ais e' condenar os dois assassinos co' idades tao precoces ou se a,rouDou eDcessiva'ente ao liberta-los @'es'o sob vigilancia policial ainda e 'otivo de 'uitos debates e controversias. No entanto e' nosso 'ti'o nao pode'os deiDar de ,azer algu'as indaga(oes: Pagina %&= +o'o dois ind'duos de apenas %; anos deliberada'ente pudera' planeCar u' cri'e co' ta'an*a crueldade< E possrvel "ue eles nao tivesse' a 'enor ideia do "ue estava' ,azendo< Sera "ue toda a tra'a sordida re"uintada de 'aldade e de total ,rieza si'ples'ente ,oi ,ruto de 'entes i'aturas e inconse"uentes< Ouso dizer"ue independente'ente da idade dos assassinos as respostas se resu'e' ao ,ato de sere' garotos perversos. 7e' a tona nova'ente a vel*a *istoria do sapo e do escorpiao: e a natureza Nos Estados /nidos volta e 'eia a popula(ao se de,ronta co' casos "ue envolve' crian(as "ue 'ata' de ,or'a i'piedosa. E' %((9 u' pesadelo se abateu sobre onesboro u'a pe"uena cidade no Aransas. Mitc*ell o*nson de %& anos e Andre !olden de apenas %% ,ora' responsaveis por u' tiroteio e' sua escola "ue 'atou cinco e ,eriu grave'ente %% pessoas. Eles c*egara' ca'u,lados ,orte'ente ar'ados e ,izera' soar o alar'e de incendio para obrigar estudantes e pro,essores a saire' do edi,icio. Escondera'-se no bos"ue e' ,rente e disparara' indiscri'inada'ente $5 tiros co' as ar'as "ue tin*a' roubado da casa do avo de !olden. Ale' da ,rieza eDp4cita o*nson e !olden pre'editara' o 'assacre. O Brasil in,eliz'ente ta'be' ,az parte desse cruel panora'a. E estarrecedor observar "ue crian(as "ue deveria' estar brincando ou ,ol*eando livros nas escolas tra,i"ue' drogas e'pun*e' ar'as e aperte' gatil*os se' "ual"uer vestigio de piedade. Logico "ue nao pode'os negar "ue 'uitas delas sao in,luenciadas pelo 'eio social ao redor no entanto outras crian(as possue' u'a inclina(ao voraz e inata ao cri'e. Assi' co'o adultos psicopatas crian(as co' essa natureza sao desprovidas de senti'ento de culpa ou re'orso caracteristicas inerentes as pessoas de be'. Sao 'as e' suas essencias. 0dade penal e idade biologica E' ,evereiro de $;;5 u' cri'e 'onstruoso c*ocou todo o pais. O 'enino oao 4elio Fernandes de apenas 8 anos ,oi arrastado Pagina %&8 ate a 'orte por 'ais de sete "uilo'etros pelas ruas da 3ona Norte do io de aneiro. O cri'e ocorreu depois "ue o carro e' "ue oao se encontrava ,oi assaltado. A 'ae e a ir'a 'ais vel*a de oao conseguira' escapar 'as o garoto ,icou preso ao cinto de seguran(a en"uanto os cri'inosos arrancava' co' o carro e' alta velocidade. Os bandidos ignorara' todos os apelos ,eitos por pedestres e 'otoristas "ue berrava' indicando "ue *avia u'a criada presa do lado de ,ora do carro. Segundo u'a
teste'un*a eles andava' e' ziguezague co' o veiculo tentando se livrar do 'enino. Apos a prisao dos cinco envolvidos constatou-se "ue u' deles era 'enor @%8 anos. Esse cri'e provocou consterna(ao revolta e 'obilizou toda a sociedade pela sua brutalidade. O Brasil en,urecido protestou contra a violencia e o descaso das autoridades. E' ocasioes co'o essas o cla'or social acaba de'andando atitudes por parte dos nossos legisladores co' o intuito claro de dar u'a satis,a(ao i'ediata a sociedade. Nao e de *oCe "ue varios proCetos sao apresentados co' o obCetivo de 'udar as leis "ue cuida' de 'enores in,ratores 'as "ue ao ,inal cae' no es"ueci'ento. E' resposta a essa co'o(ao a"uilo "ue estava guardado na gaveta pulou para a orde' do dia. Entre essas 'edidas pode'os destacar as seguintes: 1. Proposta de E'enda +onstitutional @PE+ %5%#%((& de autoria de Benedito 1o'ingues "ue visa a redu(ao da 'aioridade penal de %9 para %8 anos. Essa proposta esta pronta para pauta de vota(ao. 2. ProCeto de Lei ns $965#;; do deputado 1artisio Peron-di @PM1B-S "ue altera o Estatuto da +rian(a e do Adolescente @E+A. Seu obCetivo e au'entar o te'po 'aDi'o de interna(ao de adolescentes "ue entra' e' con,lito co' a lei penal. O prazo "ue atual'ente e de tres anos passaria para oito anos "uando se tratasse
Pagina %&5 dos seguintes cri'es: tra,ico de drogas e "uando *ouver grave a'ea(a ou violencia a pessoa @*o'itidios e cri'es *ediondos co'o se"uestro latrotinio e estupro. O proCeto "ue Ca ,oi aprovado pela +o'issao de Seguran(a Publica da +a'ara dos 1eputados ainda esta e' tra'ita(ao e divide opinioes. Seu relator ,oi o deputado +arlos Sa'paio @PS1BSP. &. ProCeto de Lei do EDecutivo "ue visa re,or'ular a aplica(ao de 'edidas socioeducativas. A principal 'udan(a e a possibilidade de se estabelecer 'edidas legais espeti,icas para cada 'enor. SeCa "ual ,or o angulo "ue utiliza'os para avaliar e discutir o estabeleci'ento da idade penal e' nossa sociedade se'pre nos depara'os co' con,litos ideologicos legais ou 'es'o cienti,icos "ue na 'aioria das vezes e'perra' a to'ada de decisoes "ue poderia' bene,iciar toda a sociedade. 1e ,ato o assunto e de eDtre'a co'pleDidade e essas discuss oes ve' de 'uito te'po. Apesar de todo o desenvolvi'ento racional dos seres *u'anos eDiste ate *oCe u'a grande di,iculdade e' se estabelecer o 'o'ento eDato a partir do "ual o ind'duo pode ser considerado responsavel por suas a(oes. E a partir dai ser legal'ente responsabilizado pelo "ue ,az ou deiDa de ,azer. O desa,io para se ,iDar u'a idade 'ini'a para a i'puta(ao penal e tao co'pleDo "ue e' todos os paises do 'undo e 'otivo de 'uita pole'ica e acaloradas discussoes. Para "ue ten*a'os u'a ideia da di'ensao do proble'a pode'os observar as diversas idades ''i'as para responsabilidade cri'inal e' di,erentes paises:
• Australia e S'(a - 5 anosI • E"uador-%$ anosI • 1ina'arca Finlandia e Noruega - %= anosI • Argentina +*ile e +uba - %8 anosI
Pagina %&9 • Polonia - %5 anosI • +olo'bia LuDe'burgo e Brasil - %9 anosI • E/A- e' alguns estados a partir dos 8 anos de idade. +abe ao Cuiz decidir se o Cove' in,rator devera ser Culgado co'o adulto ou naoI • 0nglaterra - desde %(85 nao te' idade 'ini'a preestabelecida. /'a criada de %; anos @ou 'enos pode ser Culgada co'o adulto dependendo da gravidade do cri'e e de acordo co' os costu'es do proprio pais. A propria ON/ @Organiza(ao das Na(oes /nidas atraves de seu orgao destinado a in,ancia e a adolescencia @a /nice, reco'enda e' seu 'anual "ue a 'aioridade penal se inicie entre 5 e %9 anos. +onven*a'os "ue u'a 'arge' de %% anos @entre a 'enor e a 'aior idade penal de'onstra de ,or'a clara toda a incerteza ao redor do te'a.
Nao pode'os es"uecer "ue a necessidade de adotar'os u'a idade penal 'ini'a te' co'o base a ideia - universal'ente aceita - de "ue crian(as nao possue' discerni'ento sobre o certo e o errado. Ale' do 'ais elas ainda nao desenvolvera' controle ade"uado sobre seus i'pulsos. 1essa ,or'a crian(as nao pode' ser culpabilizadas por suas atitudes i4citas. Por outro lado eDiste ta'be' unani'idade e' responsabilizar adultos sadios por seus cri'es. O dile'a surge eData'ente no 'eio do ca'in*o entre a criada se' discerni'ento e o adulto responsavel: a adolescencia. O por"ue da di,iculdade e' se estabelecer a tal idade penal 'ini'a 'e parece clara: a transi(ao da criada inconse"uente @se' discerni'ento e o adulto responsavel @ciente de seus atos e u' processo continuo "ue ,az parte do desenvolvi'ento psi"uico. Assi' e i'possivel se estabelecer u'a idade padronizada para todos u'a vez "ue as pessoas a'adurece' e se desenvolve' de ,or'a e e' te'pos distintos. O Brasil co'o outras inu'eras na(oes adota os %9 anos co'o 'aioridade penal. Ou seCa idade e' "ue diante da lei u' Pagina %&( Cove' passa a responder inteira'ente por seus atos co'o u' cidadao adulto. Entre %$ e %5 anos o Cove' in,rator nao podera ser enca'in*ado a u' siste'a penitenciario co'u' 'as si' devera receber trata'ento di,erenciado da"uele do adulto. As penalidades a eles i'putadas sa o c*a'adas de 'edidas socioeducativas. a as crian(as @ate %$ anos sao ini'putaveis ou seCa nao pode' ser Culgadas ou punidas pelo Estado. A 'aioridade penal *oCe estabelecida se deve ao ,ato de "ue alguns pes"uisadores e 'uitos legistas abra(a' a tese de "ue durante a adolescencia o cerebro esta suCeito a intensas trans,or'a(oes bio,isicas. 1essa ,or'a os co'porta'entos i'pulsivo i'ediatista e eDplosivo dos adolescentes sao eDplicados e' parte pela i'aturidade biologica de seus cerebros o "ue i'pede "ue ten*a' u' co'porta'ento plena'ente
ade"uado. E'basada nesse pressuposto a propria psi"uiatria ainda *oCe nao pode ,ir'ar o diagnostico de psicopatia antes dos %9 anos idade. Por outro lado pes"uisadores "ue estuda' especi,ica'ente personalidades in,anto- Cuvenis postula' "ue algu'as pessoas de'onstra' de 'aneira indubitavel poss're' u'a estrutura de personalidade proble'atica ainda precoce'ente. 4oCe e' dia u' Cove' @crian(a ou adolescente "ue apresenta caracteristicas co'o insensibilidade 'entiras recorrentes transgressoes as regras sociais agressoes crueldade etc. recebe o diagnostico de Transtorno da +onduta% @antes con*ecido co'o 1elin"uencia. Por ser u' transtorno in,inita'ente 'ais grave do "ue 'eras rebeldias ou tra"uinagens Cuvenis e "ue na sua ,or'a 'ais severa se asse'el*a e' 'uito as caracteristicas psicopaticas varios estudiosos de,ende' a possibilidade de se estabelecer o diagnostico de psicopatia antes 'es'o dos %9 anos. +orroborando tal *ipotese cientistas de diversos paises @E/A 0nglaterra +anada Australia etc. ve' testando u'a versao adaptada do P+L- @c*eclist de psicopatia para Covens. A aplica(ao %. 7ide AneDo +. Pagina %6; do c*eclist e' crian(as e adolescentes co' co'porta'entos ,rios e transgressores revelou "ue eles apresenta' criterios de psicopatia se'el*antes aos dos adultos inclusive co' os 'es'os riscos elevados de reincidencia cri'inal. 1e acordo co' esse ponto de vista pode'os a,ir'ar "ue alguns ind'duos 'enores de %9 anos independente'ente da 'aturidade biologica de seus cerebros Ca possue' u'a personalidade dis,uncional. O co'porta'ento e o te'pera'ento desses Covens ,unciona' co'o os de pessoas plena'ente desenvolvidas "ue sabe' per,eita'ente distinguir o certo do errado e "ue co'preende' o carater i4cito dos seus atos. 1essa ,or'a Ca deveria' ser responsabilizados e penalizados pelos seus co'porta'entos transgressores co' o 'es'o rigor das leis aplicadas aos adultos. Se' incorrer e' "ual"uer erro pode'os a,ir'ar "ue esses Covens @crian(as ou adolescentes sao os responsaveis por grande parte dos cri'es brutais "ue desperta' nossos senti'entos de perpleDidade e de repulsa ,rente as suas a(oes. No 'eu entender o "ue i'porta destacar e "ue os Covens "ue co'ete' tais tipos de delitos o ,aze' e' ,un(ao da sua natureza ,ria e cruel. +o'o se nao bastasse eles sao ,avorecidos por u'a legisla(ao espeti,ica "ue atenua as suas puni(oes propiciando de ,or'a "uase irresponsavel a liberdade precoce e a reincidencia cri'inal. Pelo Estatuto da +rian(a e do Adolescente @E+A o te'po 'aDi'o per'itido e' interna(oes na Funda(ao +asa @eD-Febe' e de tres anos 'es'o "ue o cri'e co'etido ten*a sido de natureza cruel. Acrescenta-se a isso o ,ato de "ue apos ter cu'prido as 'edidas socioeducativas seus antecedentes cri'inais nao ,ica' registrados. Se eles reincidire' apos os %9 anos sao considerados reus pri'arios. 0sso i'plica dizer "ue suas ,ic*as cri'inais volta' a ,icar li'pas co'o se nunca tivesse' co'etido nen*u' delito.
Nao se pode contestar "ue o E+A trouDe avan(os no co'bate a prostitui(ao ao trabal*o in,antil e a violencia contra crian(as. Mas sua parte punitiva se 'ostra eDcessiva'ente co'placente Pagina %6% co' 'enores "ue co'ete' cri'es graves. !eral'ente sao Covens "ue apresenta' u' per,il ,ranca'ente psicopatico. A lei "ue se aplica aos Covens "ue pode' e deve' ser recuperados e a 'es'a "ue bene,icia a"ueles "ue pratica' delitos graves. O caso abaiDo eDe'pli,ica de ,or'a be' clara a de,iciencia dessas leis: E' %((( ogerio da Silva ibeiro 'atou o estudante de Cornalis'o odrigo 1a'us de $; anos tres dias antes de co'pletar %9 anos. ogerio planeCou o assalto e o eDecutou co' a cu'plicidade de 'ais tres ind'duos @todos 'aiores de idade. Motivo: obter din*eiro para realizar sua ,esta de aniversario. Os tres estao presos apos tere' sido condenados a penas de $$ anos. a ogerio co'o ainda era 'enor de idade no dia do cri'e ,oi punido co' 'edidas socioeducativas. Apos u' ano e oito 'eses de interna(ao na Febe' @*oCe Funda(ao +asa ogerio ,oi solto. O docu'entario Pro 1ia Nascer Feliz do cineasta oao ardi' lan(ado e' $;;8 'ostra clara'ente a ,rieza e o senti'ento de i'punidade entre os Covens in,ratores no Brasil. Nu'a das cenas u'a Cove' de %8 anos conta "ue assassinou u'a colega por"ue esta a eDpulsou de u'a ,esta. A 'enor 'atou a v,ti'a co' u'a ,acada no corredor da escola apenas por vingan(a se' "ual"uer vestigio de 'edo e de arrependi'ento. Ela sabia assi' co'o a 'aioria dos in,ratores graves 'enores "ue sua pena seria no 'aDi'o de tres anos de interna(ao. >uando "uestionada sobre seu ato li'itou-se a dizer: Por"ue nao da nada sendo de 'enor. Tres anos passa' rapido. >ual a 'el*or solu(ao< Por tudo o "ue ,oi eDposto nao *a duvidas de "ue esta'os diante de u' grande dile'a. O "ue ,azer "uando cri'inosos perversos nesse pais sao 'enores de idade< >ue 'edidas pode' Pagina %6$ ser to'adas para "ue a sociedade nao ,i"ue a 'erce de Covens de natureza tao rui'< eduzir a 'aioridade penal< +riar novas leis< A resposta a essas "uestoes deve surgir de u'a seria discussao "ue envolva nao so as ciencias naturais e o direito 'as ta'be' as de'ais ciencias *u'anas a sociedade civil co'o u' todo e os verdadeiros representantes do Estado. Essa uniao social pode levar 'uitos anos para gerar ,rutos no dia-a-dia de cada u' de nos e pode-se ainda c*egar a conclusao de "ue nao *a possibilidade de se criar u' criterio rigido e padronizado para se deter'inar a idade penal 'ini'a. No entanto e ,unda'ental destacar "ue a redu(ao da 'aioridade penal pouco ve' contribuir para a di'inui(ao da violencia ocasionada por Covens perigosos "ue sao 'aus na sua essentia. A 'eu ver deve'os avaliar a personalidade do in,rator a sua
capacidade de entendi'ento dos seus atos os seus senti'entos e a gravidade do cri'e co'etido. 0sso levaria a se considerar cada caso co' sua Custa individualiza(ao tornando possivel distinguir de ,or'a e,icaz os Covens "ue precisa' e pode' ser reeducados da"ueles "ue sao re,ratarios a "ual"uer tipo de 'edida socioedu-cativa. Estes ulti'os irre,reaveis e inco'pativeis co' o convrvio social deve' ser rigorosa'ente punidos co'o adultos. +aso contrario so ire'os a'argar cada vez 'ais a in,eliz certeza de "ue eles nao vao parar nunca. Pagina %6& +AP0T/LO %; 1E ON1E 7EM 0SSO T/1O<
A capacidade *u'ana de distinguir o certo do errado a 'eu ver e u'a das 'ais nobres de todas as nossas "ualidades. E 'uito recon,ortante saber "ue de algu'a ,or'a cada ser *u'ano la no 'ti'o se'pre sabe "ual e a coisa certa a ,azer. E esse senso 'oral "ue nos ,az aCudar u'a pessoa "ue leva u' to'bo na rua ou ainda u'a crian(a "ue cai de sua bicicleta ou se perde de seus pais e' 'eio a 'ultidao. E' rela(ao a essas situa(oes le'bro-'e de u'a "ue nunca 'ais saiu da 'in*a 'ente. Era u' do'ingo ensolarado e' pleno inverno carioca. esolvi ca'in*ar e escol*i a Lagoa odrigo de Freitas no io de aneiro co'o cenario para 'in*a atividade ,isica 'atinal. +o' pouco 'ais de u'a *ora de ca'in*ada Ca ensaiava 'eus passos ,inais "uando avistei e' 'in*a contra'ao tres pessoas traCadas co' uni,or'es do Fla'engo e' estado de total alegria: o pai no centro e u' ,il*o e' cada 'ao. Os tres cantava' a plenos pul'oes u' sa'ba "ue Ca virou u' *ino classico dos torcedores rubro-negros: 1o'ingo eu vou ao Maracana vou torcer pelo ti'e "ue sou ,a... 1e repente pelas 'in*as costas surgiu u' 'enino co' u'a bicicleta. Sua velocidade era ta'an*a "ue ao 'e ultrapassar nao conseguiu ,azer a curva e e' segundos voou para dentro da lagoa. Si'ultanea'ente a essa cena pude ver a ,ace de angustia do pai,la'enguista e assistir a tudo: ele rapida'ente soltou as 'aos dos ,il*os tirou a ca'isa e 'ergul*ou co'o se tivesse sido treinado para a"uilo por toda a sua vida. Menino salvo bicicleta destr'da nas pedras surge atrasado o pai da v,ti'a. Abra(a seu ,il*o pro'ete-l*e u'a bie nova e ne' percebe "ue a poucos 'etros dali o pai-,la'enguista Ca esta co' seus ,il*os lado a lado seguindo seu ca'in*o. Se' conter 'in*a ad'ira(ao pelo ato da"uele *o'e' apressei o passo e ,ui atras deles. AproDi'ei-'e pedi licen(a e perguntei: +o'o voce conseguiu ,azer a"uilo tao rapida'ente< Pagina %65 E ele respondeu: Fiz o "ue tin*a "ue ser ,eito. Se nao ,osse eu certa'ente outra pessoa ,aria. E o certo Na"uele do'ingo retornei a 'in*a casa co' u' senti'ento bo' de esperan(a desses "ue de vez e' "uando a gente sente por toda a *u'anidade.
1e onde ve' o nosso senso 'oral< Ate pouco te'po atras eDistia a convic(ao de "ue a capacidade *u'ana de distinguir o certo do errado era algo aprendido nas rela(oes interpessoais. 1essa ,or'a a unica 'aneira de obter'os ind'duos 'orais seria educa-los e condiciona-los social'ente. Assi' caberia a sociedade e a cultura estabelecer ao longo de toda a vida o "ue os ind'duos pode' ou nao ,azer. Nao *a co'o negar "ue 'uitas das regras sociais direcionadas ao certo e ao errado precisa' ser aprendidas. E i'possivel nascer sabendo deter'inadas conven(oes sociais "ue possue' ,orte apelo cultural. /' bo' eDe'plo e o ato de arrotar. E' alguns paises orientais arrotar a 'esa e sinal de apre(o para co' a co'ida e seus an,itrioes gastrono'icos. a na 'aioria dos paises ocidentais o ato de arrotar e' publico e u' sinal de ,alta de educa(ao relacionado ao desleiDo e a deselegancia pessoal. Os estudos 'ais recentes sobre o co'porta'ento *u'ano revela' "ue as no(oes basicas de retidao co'porta'ental e Custi(a depende' 'uito 'enos do aprendizado social do "ue os psicologos supun*a' no i'cio do seculo passado. As ulti'as pes"uisas sobre o cerebro *u'ano e as analises co'parativas de outros co'porta'entos ani'ais revela' "ue a especie *u'ana ad"uiriu a capacidade de avalia(ao 'oral co' a propria sele(ao natural. Tudo indica "ue as instru(oes necessarias na produ(ao de u' cerebro capacitado para distinguir o certo do errado Ca ve' co' certi,icado de ,abrica ou seCa elas estao no 1NA de cada u' de nos. Se a sele(ao natural te' participa(ao ativa na constru(ao do senso 'oral dos *u'anos e de se esperar "ue o senso de Custi(a Pagina %69 e a co'paiDao ta'be' esteCa' presentes e' outros seg'entos do reino ani'al. E de ,ato estao especial'ente entre os pri'atas. E' $;;5 FeliD erneen e seus colaboradores do 0nstituto MaD P lan de Antropologia Evolutiva na Ale'an*a realizara' o seguinte eDperi'ento: colocara' u' c*i'panze e' u'a Caula e' "ue o ani'al pudesse observar duas pessoas "ue si'ulava' u'a discussao. /'a delas estava 'ais eDaltada e co' u' tapa derrubou u' pe"ueno bastao "ue a outra tin*a na 'ao. Esse obCeto ao cair no c*ao rolou e ,oi parar aos pes do c*i'panze Cunto a sua Caula. Se' "ual"uer envolvi'ento co' a"uele con,lito entre *u'anos e se' receber nada e' troca o pri'ata nao *esitou e' agir: pegou o bastao e o devolveu ao seu dono. Tudo aconteceu de ,or'a si'ples: para ele era a coisa certa a ,azer Outros eDperi'entos envolvendo pri'atas entre si e pri'atas e u'a ave ta'be' ,ora' realizados. No pri'eiro caso u' 'acaco tin*a "ue acionar u'a alavanca localizada dentro de sua Caula. Esta por sua vez abria a porta de outra Caula "ue dava passage' para "ue u' colega pudesse buscar seu ali'ento "ue nao conseguia alcazar. Apesar de nao receber nen*u'a reco'pensa co' o ato o 'acaco nao poupou es,or(os e' praticar a boa a(ao e ali'entar seu colega de especie. O segundo episodio esta relatado no livro Eu Pri'ata de Frans de all @pri'atologo da E'orK /niversitK Atlanta E/A: no zoologico de TKcross @eino /nido u'a
,e'ea de bonobo viu u' passarin*o se ,erir ao se c*ocar contra u'a parede de vidro de sua Caula. Ao observar o passaro no c*ao a pri'ata tentou coloca-lo e' pe 'as nao obteve sucesso. Tentou entao outra estrategia: pegou o passaro co' 'uito cuidado subiu nu'a arvore abriu suas asas co' os dedos e tentou ,aze-lo voar tal "ual u' aviao de papel. O passaro ainda 'uito ,raco acabou por aterrissar dentro da Caula se' conseguir se erguer. Foi entao "ue a ,e'ea de bonobo decidiu 'ontar guarda ao lado do passaro si'ples'ente para protege-lo de seus colegas de cativeiro. No ,inal do dia o passaro conseguiu se reerguer e saiu voando. So'ente nesse 'o'ento a pri'ata largou seu posto de solidariedade. Pagina %6( Senso de Custi(a co'paiDao e evolu(ao Toda a teoria da evolu(ao das especies se baseia na co'petitividade e na sobrevivencia dos 'ais aptos. +o'o pode'os entender "ue caracteristicas de bondade e altr's'o ten*a' se perpetuado e evol'do e' 'eio a violencia do 'undo natural< Teorica'ente os organis'os bonzin*os deveria' ter ,icado pelo ca'in*o nessa corrida biologica. No entanto ao longo das ulti'as decadas os cientistas co'e(ara' a desvendar as vantagens evolutivas das criaturas do be'. EDiste' algu'as teorias "ue tenta' eDplicar o senso de Custi(a 'ais apurado e' deter'inados ani'ais e nos *u'anos. Entre elas gostaria de destacar a teoria da 'ente @,unda'entada nos estudos psicologicos e a teoria do cerebro social @desenvolvida co' base nos estudos recentes das neurociencias. A teoria da 'ente se constit' basica'ente na capacidade de u' ser biologico @*u'ano ou nao i'aginar "ue outros seres possa' ter u'a vida 'ental si'ilar a dele. Essa teoria pode ser ,acil'ente co'preendida "uando nos coloca'os no lugar de outras pessoas para in,erir co'o elas deve' estar se sentindo. EDiste u' ditado a'ericano "ue diz o seguinte: Antes de Culgar algue' calce suas sandalias e ca'in*e u'a 'il*a. E' outras palavras: antes de Culgar algue' colo"uese e' seu lugar tente i'aginar o "ue ele sente o "ue ele pensa e so'ente depois aCa. 0sso e a teoria da 'ente e' plena a(ao. A teoria do cerebro social pode se desenvolver e avatar de ,or'a signi,icativa nos ulti'os anos devido a utiliza(ao siste'atica por psicologos e neurocientistas do eDa'e deno'inado ressonancia 'agnetica ,uncional @M,. Esse eDa'e e capaz de gerar u' retrato eDtre'a'ente detal*ado das estruturas cerebrais. Ale' disso ele pode produzir o e"uivalente a u' video "ue 'ostra o ,unciona'ento de partes espeti,icas do cerebro "uando ativadas durante algu'as situa(oes. Por eDe'plo "uando ouvi'os o c*oro de u'a pessoa "ue a'a'os o centro da a,etividade entra e' ebuli(ao. Pagina %=; +o' base nesses estudos os cientistas pudera' co'e(ar a responder a u'a serie de perguntas sobre o co'porta'ento social das pessoas. Entre essas perguntas destaco algu'as: eDiste de ,ato algu' 'ecanis'o 'ental na especie *u'ana responsavel por nossos atos generosos ou solidarios< +aso esse 'ecanis'o eDista ele con,or'e a pessoa nasce ativado ou desativado< Esse processo de ligar#desligar e algo "ue aprende'os atraves do conv'o social ou traze'os conosco<
+o' a utiliza(ao da ressonancia 'agnetica ,uncional @M, 'uitos pes"uisadores do co'porta'ento *u'ano passara' a utilizar o ter'o cerebro social. O cerebro social pode ser de,inido co'o o so'atorio de todos os 'ecanis'os neurais @'ateriais e ,uncionais envolvidos na or"uestra(ao de nossas intera(oes sociais. Assi' ele e responsavel pelos pensa'entos e senti'entos "ue apresenta'os "uando nos relaciona'os co' outras pessoas. O cerebro social nos possibilita a percep(ao do Eu sei co'o voce se sente. E isso ,icou 'uito claro e' u' estudo co' casais de na'orados realizado da seguinte ,or'a: na pri'eira parte do eDperi'ento u' de cada vez ,oi colocado no aparel*o de ressonancia 'agnetica ,uncional @M, e sub'etido a sensa(oes dolorosas classi,icadas co'o leves. Antes de receber o esti'ulo doloroso o voluntario era avisado. O si'ples aviso desencadeou a ativa(ao de alguns circuitos cerebrais especial'ente da"ueles ligados ao 'edo e a ansiedade. Ocorria u'a especie de antecipa(ao a sensa(ao dolorosa. Na segunda parte o voluntario era avisado de "ue o@a parceiro@a a partir da"uele 'o'ento receberia u'a descarga dolorosa. O resultado ,oi surpreendente. Mes'o sabendo "ue nao sentiria 'ais dor o voluntario passou a ativar as 'es'as areas cerebrais ao ser avisado "ue seu par so,reria. 0sso aponta para a eDistencia de u'a ponte neural @cerebro-cerebro "ue e capaz de pro'over altera(oes no ,unciona'ento cerebral e conse"uente'ente rea(oes ,isiologicas nas pessoas co' as "uais interagi'os. Alguns ani'ais ta'be' apresenta' algu' 'vel de coneDao 'ental. Eles consegue' ate certo ponto sincronizar-se co' Pagina %=% os senti'entos al*eios e entender suas inten(oes. No entanto nen*u' ser te' esse siste'a cerebral tao apri'orado "uanto o ser *u'ano. Os cientistas acredita' "ue e Custa'ente atraves dessa coneDao @cerebro-cerebro estabelecida nos nossos relaciona'entos interpessoais "ue a,lora a 'oralidade inata. A'bas as teorias aponta' para a 'es'a dire(ao: so'os seres sociais e de algu'a ,or'a esta'os ,adados a estabelecer rela(oes co' pessoas ao nosso redor. Se o nosso destino e a coneDao co' o outro ,ica claro "ue o senso de Custi(a e de co'paiDao sao instru'entos poderosos para "ue rela(oes a'igaveis e saudaveis se desenvolva'. Talvez esse seCa o principal 'otivo para eDplicar por "ue os seres *u'anos Ca ve' de ,abrica co' u' dispositivo para distinguir o certo do errado. 1e algu'a ,or'a o senso 'oral inato "ue os *u'anos apresenta' parece con,ir'ar o vel*o dito popular a uniao ,az a ,or(a. E "uando essa uniao se estabelece atraves de senti'entos altr'stas e co'porta'ento eticos a especie e sua perpetua(ao gan*a' u' re,or(o signi,icativo na corrida biologica da evolu(ao. E a cultura onde entra nisso< E obvio "ue nao pode'os atribuir so'ente a genetica e a evolu(ao biologica a nossa capacidade de solidariedade e de co'paiDao. A cultura a "ual so'os eDpostos e ' u'a
deter'inada sociedade ta'be' nos in,luencia e' diversos aspectos de nossa personalidade. E ,unda'ental nao con,undir a nossa capacidade inata de distinguir o certo do errado co' a capacidade de to'ar'os as atitudes corretas ao inves das erradas. /'a coisa e saber o "ue deve ser ,eito a outra e agir de acordo co' esse preceito. So'os dotados nao so do senso inato de 'oralidade 'as ta'be' de inteligencia para analise estrategica. 1essa ,or'a pode'os in,eliz'ente usar nossa capacidade racional para tapear a 'oral inata e co' isso tirar proveito de deter'inadas situa(oes. Pagina %=$ As guerras talvez seCa' o eDe'plo 'ais cruel dessa *abilidade dos seres *u'anos e' driblar o inato senso 'oral. Para "ue u' grupo en,rente o outro e necessario u'a causa "ue seCa aparente'ente Custa ou 'oral'ente correta. +o'o nao eDiste guerra 'oral se'pre *avera u'a lideran(a *abilidosa e' 'anipular 'ental'ente as di,eren(as culturais de ,or'a a colocar uns contra os outros. A 'anipula(ao 'oral acaba por despertar os instintos *u'anos relacionados a luta pela sobrevivencia. Monta- se assi' o cenario per,eito para u'a guerra politica'ente correta e 'oral'ente 'a"uiada. Todas as guerras sao assi': inCusti,icaveis. O "ue ocorre de ,ato e a sordida 'anipula(ao 'oral por parte de u'a pe"uena 'inoria *u'ana. Ao longo da nossa *istoria pode'os observar incontaveis eDe'plos da 'anipula(ao belica da 'oral: ora legiti'ando suas a(oes atraves da des"uali,ica(ao etnica de deter'inados grupos *u'anos @persegui(ao aos Cudeus na Ale'an*a nazista por eDe'plo ora pela utiliza(ao de 'otivos religiosos @tais co'o as a(oes terroristas da Al->aeda ou ainda pelo co'bate a opressao e' no'e da liberdade @a invasao do 0ra"ue pelos E/A. A cultura in,luencia direta'ente os valores 'orais de u'a sociedade e cria ta'be' os para'etros "ue estabelece' o status *ierar"uico de cada 'e'bro social. Se' duvida algu'a a posse de bens 'ateriais se'pre ,oi algo valorizado nas vitrines das sociedades. Mas Ca eDistira' te'pos e' "ue o status intelectual e a retidao de carater ta'be' era' caracteristicas bastante valoradas entre os 'e'bros de nossa sociedade. O saber e o ser Ca ,ora' bens de alto valor 'oral social. 4oCe vive'os os te'pos do ter e' "ue nao i'porta o "ue u'a pessoa saiba ou ,a(a 'as si' "ue ela ten*a din*eiro @de pre,erencia 'uito para pagar por sua ignorancia e por suas ,al*as de carater. Nesse cenario propicio surge a cultura da esperteza: te'os "ue ser ricos bonitos eti"uetados sarados descolados e 'uito inveCados. O pior dessa cultura e "ue seus 'e'bros sociais nao se contenta' apenas co' o ter e necessario eDibir e ostentar Pagina %=& todos os seus bens. Assi' ningue' es"uece ne' se"uer por u' 'inuto "ue' sao os donos da ,esta.
E e eData'ente essa cultura "ue ,az co' "ue os Covens be'-nascidos opte' por ca'in*os rapidos co'o a venda de drogas e produtos contrabandeados para obtere' o status social dos be'sucedidos. Para esses rapazes e 'o(as o ca'in*o dos estudos do saber e do ser e longo de'ais. Eles "uere' tudo a"ui e agora. 7ive'os e' 'eio a u'a cultura "ue privilegia o ind'duo e' detri'ento da *u'anidade co'o u' todo. Basta ver o "ue esta acontecendo co' o proble'a da e'issao acentuada de gases toDicos causando o e,eito estu,a e o a"ueci'ento global. Esse ,ato entre tantos outros 'ostra "ue nossos e"uivocados valores co'e(a' a co'pro'eter nosso ,uturo co'o especie. +*ega'os ate a"ui por nossas *abilidades sociais e nao por ,or(a ,isica. Se "uiser'os 'anter nossa supre'acia biologica no 'undo natural tere'os "ue rever nossos proprios conceitos criando u'a nova cultura "ue se baseie na solidariedade e no sucesso da coletividade. A 'aldade original de ,abrica Se eDiste de ,ato u' it de 'oralidade instalado e' nosso *ardare cerebral @nossa co'posi(ao biologica co'o eDplicar o co'porta'ento desu'ano dos psicopatas< Tudo indica "ue esses ind'duos apresenta' u'a desconeDao dos circuitos cerebrais relacionados a e'o(ao. So pode'os ter senso 'oral "uando 'ani,esta'os u' ''i'o de a,eto e' rela(ao as pessoas e as coisas ao nosso redor. 1essa 'aneira o co'porta'ento ,rio e perverso dos psicopatas nao pode ser atrib'do si'ples'ente a u'a 'a-cria(ao ou educa(ao. No 'eu entender a orige' da psicopatia esta na incapacidade "ue essas criaturas te' de sentir e nao de agir de ,or'a correta. /'a parcela signi,icativa da popula(ao se recusa a acreditar nessa desu'anidade de ,abrica "ue os psicopatas apresenta' Pagina %=6 Para entender'os co'o u'a 'ente pode ,uncionar se' e'o(ao e preciso con*ecer os aspectos neuro,uncionais da e'o(ao e da razao: E'o(ao e razao Fun(oes 'ais co'pleDas produzidas pelo cerebro *u'ano. E' nosso cotidiano ativa'os opera(oes 'entais "ue envolve' se'pre u'a e outra @as vezes 'ais u'a do "ue a outra. Apesar de sere' parceiras constantes os 'ecanis'os neurais geradores da e'o(ao e da razao sao diversos. As e'o(oes negativas sao 'ais estudadas e co'preendidas do "ue as posit ivas e a 'ais con*ecida de todas e o 'edo. Este surge "uando algo nos a'ea(a desencadeando u'a a(ao de luta ou ,uga. Outro eDe'plo de e'o(ao i'portante e a raiva. Esta se apresenta ,re"uente'ente co'o 'ecanis'o de de,esa ou ainda co'o u' 'eio de garantia de sobrevivencia. Ani'ais costu'a' agredir seus se'el*antes co'o ,or'a de de,ender seu territorio disputar as ,e'eas e estabelecer *ierar"uias sociais. Nos seres *u'anos as rea(oes de 'edo e de raiva se 'ani,esta' de ,or'a bastante se'el*ante a"uelas observadas nos ani'ais. No entanto entre os seres *u'anos as e'o(oes sao 'oduladas pela razao. 1oses certas de razao e e'o(ao e "ue ,aze' co' "ue ten*a'os co'porta'entos tipica'ente *u'anos.
O siste'a 4'bico ,or'ado por estruturas corticais e sub-corticais e responsavel por todas as nossas e'o(oes @alegria 'edo raiva tristeza etc. /'a das principais estruturas do siste'a 4'bico c*a'a-se a'igdala @vide ,igura nas paginas %=8 e %=5. Localizada no interior do lobo te'poral essa pe"uena estrutura ,unciona co'o u' botao de disparo de todas as e'o(oes. A razao por sua vez envolve diversas opera(oes 'entais de di,icil de,ini(ao e classi,ica(ao. Entre elas pode'os citar: raciotinio calculo 'ental planeCa'entos solu(ao de proble'as e co'porta'entos sociais ade"uados etc. Pagina %== egioes do cerebro envolvidas co' a to'ada de decisoes 'orais: GNo ,or'ato original deste livro e' tinta aparece a i'age' de u' cerebro *u'ano co' setas indicando cada parte con,or'e listarei abaiDo - Nota de Patricia BrailleH Am^gdala: Botao de disparo de todas as e'o(oes: 'edo alegria raiva a'or tristeza etc. Cortex dorsolateral pre-frontal: Associado a a(oes cotidianas do tipo utilitarias co'o decorar nu'eros de tele,ones ou obCetos. Cortex anterior cingulado: Muito ativo "uando te'os proble'as di,iceis de sere' resolvidos. Ele sinaliza ao corteD dorsolateral pre-,rontal para "ue assu'a o controle eDecutivo.
Pagina %=8 e Pagina %=5 A principal regiao envolvida nos processos racionais e o lobo pre-,rontal @regiao da testa: u'a parte dele @corteD dorsolateral pre-,rontal esta associada a a(oes cotidianas do tipo utilitarias co'o decorar u' nu'ero de u' tele,one ou obCetos. A outra parte @corteD 'edial pre-,rontal recebe 'aior in,luencia do siste'a 4'bico de,inindo de ,or'a signi,icativa as a(oes to'adas nos ca'pos pessoais e sociais. A interconeDao entre a e'o(ao @siste'a 4'bico e a razao @lobos pre-,rontais e "ue deter'ina as decisoes e os co'porta'entos social'ente ade"uados. azao de'ais e'o(ao de 'enos /' caso *istorico ocorrido e' 'eados do seculo ?0? e' 7er'ont E/A evidenciou de ,or'a 'uito clara essa estreita associa(ao entre co'porta'ento 'oral e lesao cerebral: P*ineas !age trabal*ava e' u'a estrada de ,erro. Era u' suCeito ben"uisto por todos bo' trabal*ador e oti'o c*e,e de ,a'ttia. E' %969 u'a eDplosao no local de trabal*o ,ez co' "ue u'a barra de ,erro per,urasse seu cerebro na regiao deno'inada corteD pre,rontal @vide ,igura. 1e ,or'a espantosa !age nao perdeu a consciencia e sobreviveu ao ,eri'ento se' "ual"uer se"uela aparente. Ele ca'in*ava nor'al'ente e suas
'e'orias estava' preservadas. +ontudo co' o passar do te'po !age se tornou outra pessoa: indi,erente a,etiva'ente suCeito a ata"ues de ira e se' "ual"uer educa(ao co' as pessoas ao seu redor. !age nunca 'ais ,oi o *o'e' "ue todos ad'irava' o *o'e' pre-acidente. E'bora ele nunca ten*a assassinado ningue' sua vida ,oi u'a patetica sucessao de sube'pregos brigas bebedeiras e pe"uenos golpes. A *istoria aci'a teve u' papel decisivo no estudo do co'porta'ento *u'ano pois ,oi u'a prova viva de "ue altera(oes no senso 'oral pode' ocorrer "uando o cerebro so,re lesoes e' areas espeti,icas @nesse caso o lobo pre-,rontal. A partir desse episodio os cientistas passara' a pes"uisar as raizes cerebrais do co'porta'ento a'oral. Pagina %=9 E i'portante sublin*ar "ue os estudos cl'icos sobre a psicopatia se'pre apresentara' grandes di,iculdades de sere' realizados. A investiga(ao cl'ica sobre a personalidade psicopatica e u'a tare,a eDtre'a'ente co'plicada pois as testagens realizadas para esse ,i' depende' dos relatos dos avaliados. Os psicopatas nao te' interesse nen*u' e' revelar algo signi,icante para os pes"uisadores e tenta' se'pre 'anipular a verdade para obtere' vantagens. Tudo indica "ue o uso siste'atico das novas tecnicas de neuroi'agens @M, e PET- S+AN aCuda a re,or(ar o diagnostico da psicopatia u'a vez "ue os estudos recente'ente realizados aponta' para altera(oes caracteristicas de u' ,unciona'ento cerebral de u' psicopata. Pessoas se' "ual"uer tra(o psicopatico revelara' intensa atividade da a'igdala e do lobo ,rontal @sendo neste de 'enor intensidade "uando ,ora' esti'uladas a se i'aginare' co'etendo atos i'orais ou perversos. No entanto "uando os 'es'os testes ,ora' realizados nu' grupo de psicopatas cri'inosos os resultados apontara' para u'a resposta debil nos 'es'os circuitos. Se considerar'os "ue a a'igdala e o nosso cora(ao cerebral entendere'os "ue os psicopatas sao seres se' cora(ao 'ental. Seus cerebros sao gelados e assi' incapazes de sentir e'o(oes positivas co'o o a'or a a'izade a alegria a generosidade a solidariedade... Essas criaturas possue' grave 'iopia e'ocional e ao nao sentire' e'o(oes positivas suas a'igdalas deiDa' de trans'itir de ,or'a correta as in,or'a(oes para "ue o lobo ,rontal possa desencadear a(oes ou co'porta'entos ade"uados. +*ega' 'enos in,or'a(oes do siste'a a,etivo#4'bico para o centro eDecutivo do cerebro @lobo ,rontal o "ual se' dados e'ocionais prepara u' co'porta'ento logico racional 'as desprovido de a,eto. Se partir'os da pre'issa de "ue a altera(ao pri'aria dos psicopatas e u'a a'igdala *ipo,uncionante podere'os considerar as seguintes situa(oes: Pagina %=( %. Psicopatas pensa' 'uito e sente' pouco. Suas a(oes sao racionais e a razao tende se'pre a escol*er de ,or'a obCetiva o "ue leva a sobrevivencia e ao prazer. 1e ,or'a pri'itiva a razao usa a lei da vantage' se'pre. Essa ,or'a de pensar privilegia o ind'duo e nunca o outro ou o social.
2. +o'o especie os *o'ens evol'ra' 'uito 'ais por sua capacidade de coopera(ao social do "ue por seus atributos individuais. Assi' pode'os perceber "ue os psicopatas sao seres cuCas to'adas de decisao privilegia' se'pre os interesses individuais e#ou oligar"uicos 'es"uin*os e nunca o social e#ou o coletivo de conteudo solidario. 3. Se' conteudo e'ocional e' seus pensa'entos e e' suas a(oes os psicopatas sao incapazes de considerar os senti'entos do outro e' suas rela(oes e de se arrependere' por seus atos i'orais ou antieticos. 1essa ,or'a eles sao incapazes de aprender atraves da eDperiencia e por isso sao intrataveis sob o ponto de vista da ressocializa(ao.
Montando o "uebra-cabe(a Nao *a duvidas de "ue os psicopatas apresenta' u' de,icit na integra(ao das e'o(oes co' a razao e o co'porta'ento. Mas e i'portante destacar "ue eles nao possue' u'a lesao nos corteD pre-,rontais e na a'igdala co'o observado no caso !age. Os pacientes "ue te' essas lesoes provocadas por tu'ores *e'orragias is"ue'ias ou trau'atis'os apresenta' co'porta'entos "ue nos le'bra' os dos psicopatas pela indi,eren(a "ue apresenta' co' os outros e consigo 'es'as. Ale' disso os pacientes de lesao cerebral 'ostra'-se incapazes de se adaptar de ,or'a conveniente a u' trabal*o a sua ,a'ilia e a seus a'igos. a os psicopatas apresenta' esses desaCustes e' graus be' variaveis. Alguns deles estuda' co' interesse outros trabal*a' Pagina %8; anos co' sucesso. 4a a"ueles "ue co'ete' delitos desde pe"uenos e ainda eDiste' os "ue pode' levar u'a vida aparente'ente integrada 'as paralela'ente vive' eDecutando cri'es barbaros e repugnantes. As diversas 'ani,esta(oes das condutas psicopaticas nos leva' necessaria'ente a u'a avalia(ao da i'portancia "ue o 'eio a'biente pode ter na apresenta(ao desse transtorno. O a'biente social no "ual a violencia e a insensibilidade e'ocional sao ensinadas no dia-a-dia pode levar u'a pessoa propensa a psicopatia a ser u' perigoso delin"uente. Por outro lado u' a'biente social a,etuoso e co'pensador pode levar essa 'es'a propensao a se 'ani,estar na ,or'a de u' desvio social leve ou 'oderado. Pode'os entao concluir "ue a psicopatia apresenta dois ele'entos causais ,unda'entais: u'a dis,un(ao neurobiologica e o conCunto de in,luencias sociais e educativas "ue o psicopata recebe ao longo de sua vida. A engrenage' psicopatica ,uncionaria desta 'aneira: a predisposi(ao genetica ou a vulnerabilidade biologica se concretizaria e' u'a crian(a "ue apresenta o de,icit e'ocional. /'a crian(a assi' possui u' siste'a 'ental de,iciente na percep(ao das e'o(oes e dos senti'entos na regula(ao da i'pulsividade e na eDperi'enta(ao do 'edo e da ansiedade. Nos casos e' "ue os pais @,a'ilia realiza' de ,or'a 'uito co'petente suas tare,as educacionais essas caracteristicas biologicas pode' ser co'pensadas ou canalizadas para atividades social'ente aceitas. No entanto "uando o a'biente nao e capaz de ,azer ,rente a tal bagage' genetica - seCa por ,al*as
educacionais por parte dos pais por u'a socializa(ao de,iciente ou ainda por essa bagage' genetica ser 'uito 'arcada - o resultado sera u' ind'duo psicopata. Pagina %8% E 'ais sensato ,alar'os e' aCuda e trata'ento para as v,ti'as dos psicopatas do "ue para eles 'es'os. +ap,tulo %% O >/E PO1EMOS FA3E< Sen*oras e sen*ores nao trago boas-novas. +o' raras eDce(oes as terapias biologicas @'edica'entos e as psicoterapias e' geral se 'ostra' ate o presente 'o'ento ine,icazes para a psicopatia. Para os pro,issionais de saude este e u' ,ator intrigante e ao 'es'o te'po desani'ador u'a vez "ue nao dispo'os de nen*u' 'etodo e,icaz "ue 'ude a ,or'a de u' psicopata se relacionar co' os outros e perceber o 'undo ao seu redor. E la'entavel dizer "ue por en"uanto tratar u' deles costu'a ser u'a luta ingloria. Te'os "ue ter e' 'ente "ue as psicoterapias sao direcio-nadas as pessoas "ue esteCa' e' intenso descon,orto e'ocional o "ue as i'pede de 'anter u'a boa "ualidade de vida. Por 'ais bizarro "ue possa parecer os psicopatas parece' estar inteira'ente satis,eitos consigo 'es'os e nao apresenta' constrangi'entos 'orais ou so,ri'entos e'ocionais co'o depressao ansiedade culpas baiDa auto-esti'a etc. Nao e possivel tratar u' so,ri'ento ineDistente. E no ''i'o curioso e'bora dra'atico pensar "ue os psicopatas sao portadores de u' grave proble'a 'as "ue' de ,ato so,re e a sociedade co'o u' todo. E' ,un(ao disso pou"'ssi'os pro,issionais se arrisca' a essa e'preitada. >uando o ,aze' c*ega' a triste constata(ao de "ue contrib'ra' co' u'a ',i'a parcela ou co' absoluta'ente nada. E i'portante le'brar "ue de u'a ,or'a geral todos nos esta'os vulneraveis as a(oes desses predadores sociais. Assi' e 'ais sensato ,alar'os e' aCuda e trata'ento para as v,ti'as dos psicopatas do "ue para eles 'es'os. 1e 'ais a 'ais so e possivel aCudar a"ueles "ue de ,ato "uere' e procura' aCuda. Os psicopatas ale' de ac*are' "ue nao te' proble'as nao esbo(a' nen*u' deseCo de 'udan(as para se aCustare' a u' padrao social'ente aceito. ulga'-se Pagina %8= auto-su,icientes sao egocentricos e suas a(oes predatorias sao absoluta'ente satis,atorias e reco'pensadoras para eles 'es'os. Mudar para "ue< 1essa ,or'a os psicopatas rara'ente procura' auDilio 'edico ou psicologico. >uando eles c*ega' a u' consultorio "uase se'pre e por pressoes ,a'iliares ou entao co' o intuito de se bene,iciare' de u' laudo tecnico. Fre"uente'ente estao envolvidos co' proble'as legais endividados e as voltas co' o siste'a Cudicial.
Por isso tenta' obter do pro,issional de saude 'ental algu' diagnostico ou algu'a co'prova(ao de proble'as "ue os auDilie' a 'ini'izar as san(oes "ue l*es ,ora' i 'postas. Estudos ta'be' de'onstra' "ue e' alguns casos a psicoterapia pode ate agravar o proble'a. Para as pessoas de be' as tecnicas psicoterapicas se' duvida algu'a sao ,unda'entais para a supera(ao das suas angustias ou dos seus descon,ortos. No entanto para os psicopatas as sessoes terapeuticas pode' 'uni-los de recursos preciosos "ue os aper,ei(oa' na arte de 'anipular e trapacear os outros. E'bora eles continue' incapazes de sentir boas e'o(oes nas terapias os psicopatas aprende' racional'ente o "ue isso pode signi,icar e nao poupa' esse con*eci'ento para usa-lo na pri'eira oportunidade. Ale' disso eles acaba' obtendo 'ais subsidios para Custi,icar seus atos transgressores alegando "ue estes sao ,ruto de u'a in,ancia desestruturada. 1e posse dessas in,or'a(oes eles abusa' de ,or'a "uase pro,issional do nosso senti'ento de co'paiDao e da nossa capacidade de ver a bondade e' tudo. O "ue os pais pode' ,azer< +o'o Ca ,oi dito anterior'ente pode'os observar caracteristicas de psicopatia desde a in,ancia ate a vida adulta. Antes dos %9 anos por u'a "uestao de no'enclatura o proble'a e c*a'ado de Transtorno da +onduta. +rian(as ou adolescentes "ue sao ,rancos candidatos a psicopatia possue' u' padrao repetitivo e Pagina %88 persistente "ue pode ser sintetizado pelas caracteristicas co'porta'entais descritas a seguir: • Mentiras ,re"uentes @as vezes o te'po todoI • +rueldade co' ani'ais coleguin*as ir'aos etcI • +ondutas desa,iadoras as ,iguras de autoridade @pais pro,essores etcI • 0'pulsividade e irresponsabilidadeI • BaiDissi'a tolerancia a ,rustra(ao co' acessos de irritabilidade ou ,uria "uando sao contrariadosI • Tendencia a culpar os outros por erros co'etidos por si 'es'osI • Preocupa(ao eDcessiva co' seus proprios interessesI • 0nsensibilidade ou ,rieza e'ocionalI • Ausencia de culpa ou re'orsoI • Falta de e'patia ou preocupa(ao pelos senti'entos al*eiosI • Falta de constrangi'ento ou vergon*a "uando pegos 'entindo ou e' ,lagranteI • 1i,iculdades e' 'anter a'izadesI • Per'anencia ,ora de casa ate tarde da noite 'es'o co' a proibi(ao dos pais. Muitas vezes pode' ,ugir e levar dias se' aparecer e' casaI • Faltas constantes se' Custi,icativas na escola ou no trabal*o @"uando 'ais vel*osI • 7iola(ao as regras sociais "ue se constitue' e' atos de vandalis'o co'o destrui(ao de propriedades al*eias ou danos ao patri'onio publicoI • Participa(ao e' ,raudes @,alsi,ica(ao de docu'entos roubos ou assaltosI • SeDualidade eDacerbada 'uitas vezes levando outras crian(as ao seDo ,or(adoI • 0ntrodu(ao precoce no 'undo das drogas ou do alcoolI • Nos casos 'ais graves pode' co'eter *o'itidio.
Pagina %85 7ale ressaltar "ue essas caracteristicas sao apenas genericas e "ue o diagnostico eDato so pode ser ,ir'ado por especialistas no assunto. Ale' do 'ais o leitor deve atentar para a ,re"uencia e a intensidade co' as "uais essas caracteristicas se 'ani,esta'. E 'uito co'u' e ate co'preensivel "ue os pais de Covens co' caracteristicas psicopaticas se pergunte' "uase se'pre e' u' to' de desespero: O "ue nos ,ize'os de errado para "ue nosso ,il*o seCa assi'< Os pais se sente' culpados por ac*are' "ue ,al*ara' na educa(ao dos seus ,il*os e "ue nao soubera' i'por li'ites. 0sso e u' grande e"'voco Nao resta duvida de "ue a educa(ao a estrutura ,a'iliar e o a'biente social in,luencia' na ,or'a(ao da personalidade de u' ind'duo e na 'aneira co'o ele se relaciona co' o 'undo. No entanto esses ,atores por si so nao sao capazes de trans,or'ar ningue' e' u' psicopata. Nao obstante e 'uito i'portante "ue os pais ten*a' con*eci'ento pleno sobre o assunto e "ue passe' a recon*ecer a dis,un(ao e' seus ,il*os dispensando ao proble'a a aten(ao "ue ele 'erece. >uando e' grau leve e detectada ainda precoce'ente a psicopatia pode e' alguns casos ser 'odulada atraves de u'a educa(ao 'ais rigorosa. /' a'biente ,a'iliar 'ais estruturado e co' a vigilancia constante de ,il*os proble'aticos certa'ente nao evita a psicopatia 'as pode inibir u'a 'ani,esta(ao 'ais grave. E entao ,azer toda a di,eren(a. E logico "ue essas 'edidas estao longe de sere' ideais sao apenas paliativas e de'anda' 'uito es,or(o e e'pen*o por parte dos envolvidos na cria(ao. No entanto para salvaguardar a estrutura ,a'iliar e a sociedade co'o u' todo nao pode'os despreza-las. As posturas "ue deve' ser assu'idas sao as seguintes: • Procure con*ecer be' o seu ,il*o. A 'aioria dos pais nao sabe co'o ele se co'porta longe dos seus ol*os. Estabele(a contato co' todas as pessoas do conv'o dele @pro,essores a'igos pais dos a'igos etc. >uanto 'ais precoce'ente voce identi,icar o proble'a 'aiores
Pagina %89 serao as c*ances de "ue ele se 'olde a u' estilo de vida 'ini'a'ente produtivo e social'ente aceito. • Bus"ue aCuda pro,issional. 0sso e valido tanto para se certi,icar do diagnostico dessa crian(a "uanto para "ue os pais receba' orienta(oes de co'o deve' agir. • Nao per'ita "ue seu ,il*o controle a situa(ao. Estabele(a u' progra'a de obCetivos ''i'os para obter alguns resultados positivos. egras e li'ites claros sao necessarios para evitar as condutas de 'anipula(ao enganos e ,alta de respeito co' os de'ais. Le'bre-se de "ue u'a crian(a co' per,il psicopatico apresenta u' talento eDtraordinario para distorcer as regras estabelecidas e virar o Cogo a seu ,avor. Por isso nao cedal Se voce ,ra"ueCar certa'ente ela ocupara todos os espa(os deiDados pela sua desistencia.
Nao pretendo ser pessi'ista no entanto nao seria *onesto da 'in*a parte a,ir'ar "ue a psicopatia in,anto-Cuvenil atuai'ente ten*a u'a solu(ao satis,atoria. O 'aDi'o "ue
pode'os ,azer e adotar posturas no trato co' essas crian(as no intuito de 'el*orar a ,or'a co'o a psicopatia vai se 'ani,estar no ,uturo. A psicopatia nao te' cura e u' transtorno da personalidade e nao u'a ,ase de altera(oes co'porta'entais 'o'entaneas. Pore' te'os "ue ter se'pre e' 'ente "ue tal transtorno apresenta ,or'as e graus diversos de se 'ani,estar e "ue so'ente os casos 'ais graves apresenta' barreiras de convivencia intranspo'veis. Segundo o 1SM-07- T a psicopatia te' u' curso cronico no entanto pode tornar-se 'enos evidente a 'edida "ue o ind'duo envel*ece particular'ente a partir dos 6; anos de idade. Pagina %8( Nao negocie co' o 'al. a'ais concorde seCa por pena c*antage' ou por "ual"uer outro 'otivo e' aCudar u' psicopata a ocultar o seu verdadeiro carater. +ap,tulo %$ Manual de sobrevivencia +o'o vi'os ate a"ui pouco ou nada pode'os ,azer para 'udar a ,or'a de ser de u' psicopata. A 'aioria es'agadora da popula(ao esta ao sabor de suas a(oes predatorias. Entao o "ue pode ser ,eito para "ue nao seCa'os presas tao ,aceis< Se' "ual"uer so'bra de duvida a 'el*or estrategia e nao se envolver co' nen*u' deles e' "ual"uer ca'po de sua vida @pro,issional a,etivo e social. Mas isso nao e tao si'ples assi'. A,inal eles estao in,iltrados e' todos os setores sao *abilidosos e' descobrir os pontos ,racos das pessoas e sabe' 'uito be' co'o eDplora-los. A grande verdade e "ue esta'os todos na 'es'a situa(ao: vulneraveis. Assi' ac*ei relevante listar algu'as dicas "ue voce pode seguir para se proteger ou e' ulti'a analise aCuda-lo a 'ini'izar os estragos "ue u' psicopata pode ocasionar e' sua vida. 1icas gerais para lidar co' os psicopatas % Saiba co' "ue' voce esta lidando. Essa pri'eira e i'portante regra se traduz no re'edio a'argo de aceitar "ue os psicopatas eDiste' de ,ato e "ue eles literal'ente nao possue' consciencia genu'a. Ou seCa eles sao incapazes de eDperi'entar o a'or ou "ual"uer outro tipo de liga(ao positiva co' os outros seres *u'anos. Eles pode' ser encontrados e' todos os seg'entos da sociedade e eDiste u'a grande c*ance de voce ter u' encontro doloroso co' u' deles. Nunca 'enospreze o poder destruidor de u' psicopata. Todas as pessoas incluindo os especialistas pode' ser 'anipuladas e enganadas por eles 'es'o "ue ten*a' u' con*eci'ento razoavel sobre o assunto. Por isso sua 'el*or de,esa e entender e principal'ente aceitar "ue eDiste' pessoas co' essa natureza: ,ria e devastadora. Pagina %5& $ - As aparencias engana'
Todo cuidado e pouco +o'o disse Saint-EDuperK e' O Pe"ueno Principe: So se ve be' co' o cora(ao. O essencial e invisel aos ol*os. Ten*a se'pre e' 'ente "ue a 'aioria dos psicopatas nao te' pinta de assassino. +ostu'a' ter u' sorriso cativante u'a linguage' corporal interessante e u'a boa labia. Nao caia nessa cilada Ao con*ecer novas pessoas procure enDergar o "ue esta por tras de tantos atrativos. Nao se distraia co' ol*ares sedutores de'onstra(ao de poder gestos atraentes voz suave ou tra"ueCo verbal caracteristicos de u' psicopata. Todos esses arti,icios sao utilizados co' eDtre'a *abilidade eData'ente para encobrir as suas verdadeiras inten(oes. Ta'be' nao se es"ue(a do poder do ol*ar desses ind'duos. Pessoas nor'ais 'ante' contato visual co' as outras por u'a ga'a de razoes na 'aioria das vezes por educa(ao 'as o ol*ar intenso e ,rio do psicopata e 'ais u' eDerticio de poder e de 'anipula(ao do "ue si'ples'ente interesse ou e'patia pelo outro. E' su'a da proDi'a vez "ue con*ecer algue' "ue pare(a ser u'a pessoa 'uito eDtraordinaria tente nao se iludir co' o evento teatral a sua ,rente. 1esvie seu ol*ar para as outras pessoas e se aten*a ao "ue esta sendo dito no conteudo do discurso. E u' eDerticio de separar a letra da 'elodia e' u'a can(ao. 3 - Nao se es"ue(a de considerar a voz da sua intui(ao.
Se' perceber'os todos nos esta'os constante'ente observando o co'porta'ento das pessoas. Muitas das i'pressoes captadas por nosso cerebro pode' se acu'ular e' nossa 'e'oria de ,or'a inconsciente ou seCa se' "ue ten*a'os con*eci'ento racional disso. Essas in,or'a(oes por vezes guardadas se 'ani,esta' na ,or'a de intui(ao - co'o se ,osse u' instinto protetor do nosso organis'o - sinalizando perigos invisrveis. Pagina %56 E'bora aparente'ente estran*as essas in,or'a(oes traduzidas na ,or'a de sensa(oes pode' l*e aCudar se voce per'itir. Entao le'bre-se >uando voce estiver nu' dile'a entre seguir o "ue 'anda o seu cora(ao @intui(ao e valorizar u'a pessoa apenas pelo seu status pro,issional ou social nao vacile: siga sua intui(ao. Ela pode tira-lo de u'a grande enrascada 4 - Abra os ol*os co' pessoas 'aravil*osas ou eDcessiva'ente baCuladoras.
No i'cio de "ual"uer relaciona'ento todos nos tenta'os esconder a"uele lado 'eio so'brio 'ostrando apenas o "ue te'os de 'el*or. Para a 'aioria dos psicopatas isso ta'be' nao e di,erente 'uito e'bora co' conse"uencias in,inita'ente 'aiores. Eles tende' a i'pressionar suas v,ti'as co' elogios cuidados especiais gentilezas eDcessivas e *istorias ,alsas sobre seu status social e#ou ,inanceiro. 1eve'os ter u'a dose eDtra de cautela "uando algu'a pessoa aparenta ser tudo de bo'. Nao estou propondo "ue voce contrate u' detetive particular todas as vezes "ue con*ecer algue' "ue l*e desperte algu' interesse pro,issional ou a,etivo. 1e ,or'a algu'a Estou apenas sugerindo "ue voce avalie 'uito be' "ue' e a pessoa co' a "ual esta lidando.
Na 'edida do possrvel procure l*e ,azer perguntas sobre seus ,a'iliares a'igos e'prego residencia proCetos ,uturos... Os psicopatas geral'ente dao respostas vagas evasivas ou ate inconsistentes "uando sao "uestionados sobre suas vidas. Suspeite de tais respostas e se puder procure con,ir'a-las. +uidado ta'be' para nao cair no golpe da pessoa per,eita "ue ,ica *oras a ,io ouvindo seus proble'as se' se preocupar e' ,alar de si 'es'a. Na realidade esses ,alsos terapeutas estao col*endo in,or'a(oes para usa-las 'ais tarde contra voce. Outra situa(ao para 'anter os ol*os be' abertos e "uanto a baCula(ao. A 'aioria de nos gosta de receber elogios. Eles sao se'pre 'uito be'-vindos principal'ente "uando sao sinceros. Pagina %5= E' contrapartida a baCula(ao eDcessiva o agradar a,etado e pouco realista e u'a das taticas dos psicopatas para nos cegar seduzir e encobrir suas verdadeiras inten(oes: 'anipula(ao e controle. Por isso descon,ie dos ,a'osos puDa-sacos E a"ui e i'portante esclarecer "ue a regra da baCula(ao se aplica tanto para os ind'duos "uanto para os grupos e na(oes. 1a 'es'a ,or'a "ue u' ind'duo se e'polga co' a adula(ao de u' 'anipulador u'a na(ao inteira pode se *ipnotizar por lideran(as po4ticas "ue se utiliza' desses 'es'os recursos. A *istoria da *u'anidade esta rec*eada de estadistas tiranos "ue ao engrandecere' seu povo ,aze' dele u'a presa coletiva co' u' unico ob-Cetivo: o deseCo de poder. A eDalta(ao do patriotis'o por eDe'plo 'uitas vezes ve' apenas co 'o u'a ca'u,lage' para legiti'ar a necessidade de realiza(ao das guerras. 1iscursos co' apelos de "ue as guerras deve' ser travadas para o be' da *u'anidade ou para a constru(ao de u' 'undo 'el*or sao eDtre'a'ente perigosos e suspeitos. !uerras sao guerras e todas elas sao inCusti,icaveis 5 - +ertas situa(oes 'erece' aten(ao redobrada.
1eter'inados lugares encaiDa'-se co'o luvas para a a(ao plena dos psicopatas: bares clubes sociais boates resorts cruzeiros aeroportos. Nesses locais eles ,aze' verdadeiros plantoes. Suas v,ti'as pre,erenciais sao os solitarios "ue busca' co'pan*ia ou diversao. Os psicopatas na espreita observa'-nas atenta'ente e depois parte' para o ata"ue. Os viaCantes solitarios ta'be' sao alvos ,aceis pois pronta'ente sao identi,icados co'o perdidos e sozin*os nu' aeroporto ou nu' ponto turistico "ual"uer. Entao ,i"ue esperto 6 - Autocon*eci'ento e ,unda'ental.
Os psicopatas sao eDperts e' detectar e eDplorar nosso lado 'ais vulneravel. Eles identi,ica' as ,eridas certas e nao perde' Pagina %58 a c*ance de toca-las "uando pode'. Assi' u'a oti'a ,or'a de de,esa e entender a si 'es'o saber verdadeira'ente "uais sao seus pontos ,racos. 1escon,ie de "ual"uer
pessoa "ue os aponte co' ,re"uencia seCa e' particular ou e' situa(oes publicas e pouco apropriadas. Ten*a cuidado co' pessoas 'uito criticas e "ue vive' atentas as suas vulnerabilidades e as dos outros. O autocon*eci'ento ne' se'pre e ,acil de ser alcan(ado por vezes a aCuda de u' pro,issional especializado pode ser 'uito util nesse sentido. 5- Nao entre no Cogo das intrigas. A intriga e u'a das ,erra'entas poderosas de u' psicopata. No a'biente de trabal*o a intriga pode levar a conse"uencias devastadoras. A printipio o psicopata se 'ostra u' oti'o colega de trabal*o co' esprnto de colabora(ao e u' especial interesse e' o,erecer seu o'bro a "ue' necessita de u'a ,or(a. E' pouco te'po ele e capaz de se to'ar seu 'el*or a'igo de in,ancia. Logo depois co'e(ara a utilizar as in,or'a(oes col*idas no o'bro a'igo para ,azer intrigas. E isso ele ,ara co' voce e co' todos "ue inicial 'ente acreditara' e' sua a'izade. Se' 'ais ne' por"ue a con,usao esta ar'ada Funcionarios co'e(a' a se desentender e todos acaba' ,azendo 'eDericos. So'ente o psicopata perante o c*e,e esta ,ora de tanta baiDaria. esista a tenta(ao de entrar no Cogo das intrigas ,ale dire-ta'ente co' seu colega sobre os ,atos ou se possrvel co' o proprio c*e,e. Nao deiDe ningue' inter'ediar desentendi'entos por voce. Se voce entrar nesse Coguin*o pode acabar se igualando ao psicopata e se distraindo do 'ais i'portante "ue e se proteger. 9 - +uidado co' o Cogo da pena e da culpa. E 'uito i'portante "ue voce entenda "ue o senti'ento de pena ou de co'paiDao deve ser reservado as pessoas generosas Pagina %55 de bo' cora(ao e "ue esteCa' e' so,ri'ento verdadeiro. Te'os a virtude de sentir tristeza ,rente a a,li(ao al*eia e nos co'padece'os co' a sua dor. A co'paiDao nos ,az sentir 'ais *u'anos pois enDerga'os nosso se'el*ante co'o a nos 'es'os. Mas a,inal deve'os dispensar u' senti'ento tao nobre a algue' ,rio e cruel< 1ecidida'ente nao Para i'cio de conversa u' psicopata nao so,re de ,ato. O 'aDi'o "ue ele consegue sentir e ,rustra(ao por algo "ue nao conseguiu concretizar. Ta'be' e 'uito i'portante "ue voce ten*a e' 'ente "ue os psicopatas se ali'enta' dos nossos senti'entos 'ais nobres da nossa co'paiDao o "ue os torna cada vez 'ais ,ortes e poderosos. Sentir pena de u' deles e o 'es'o "ue dar o ali'ento preciso para "ue continue co' suas atitudes inescrupulosas. Nao ten*a pena de u' psicopata nao gaste suas reservas de co'paiDao co' u'a pessoa se' cora(ao. Ela vai sugar voce ate "ue se sint a vazio e ,ragilizado.
Por outro lado u' psicopata ta'be' brinca co' o nosso senti'ento de culpa "ue ta'be' e u'a virtude. >ual"uer "ue seCa o 'otivo "ue o ,ez se envolver co' u' psicopata e 'uito i'portante "ue voce nao es"ue(a o seguinte: nunca aceite "ue ele culpe voce pelas atitudes dele. Ten*a a plena convic(ao de "ue a v,ti'a e voce e nao ele. Os psicopatas sao *abilidosos e' inverter papeis e ,inge' so,rer. 1e algozes passa'-se por v,ti'as co' a 'aior tran"uilidade. Maridos "ue agride' ,isica'ente suas esposas costu'a' responsabiliza-las por seus atos agressivos. /'a paciente 'in*a passou anos se culpando pelos descontroles agressivos de seu 'arido: ele a convenceu durante 'uito te'po de "ue a espancava por"ue a a'ava de'ais e por ela utilizar roupas "ue valorizava' sua beleza. 7eCa so o ta'an*o do disparate Os psicopatas nao a'a' seus conCuges isso nao eDiste Eles os possue' co'o u'a 'ercadoria ou u' tro,eu co' os "uais re,or(a' seus deseCos de 'anipula(ao controle e poder. 1e ,or'a 'uito parecida pais de ,il*os psicopatas so,re' e se culpa' por"ue se sente' responsaveis pelo desenvolvi'ento Pagina %59 da personalidade de seus ,il*os. No entanto tudo indica "ue esses pais nao co'etera' erros tao graves assi' se e "ue os ten*a' co'etido de ,ato. Os estudos sobre a personalidade psicopatica revela' "ue a educa(ao ,ornecida pelos pais pode no 'aDi'o eDacerbar o proble'a 'as nao eDiste nen*u' indicio de "ue a 'aneira de educar seCa capaz de originar a psicopatia. Fil*os psicopatas se utiliza' 'uito do Cogo da culpa. Eles costu'a' Custi,icar os seus atos transgressores co'o conse"uencia de co'porta'entos inade"uados de seus pais "uando eles ainda era' crian(as. E in,eliz'ente e 'uito di,icil convencer esses pais de "ue nada disso e verdade. Os pais sao as 'aiores v,ti'as do Cogo da culpa. ( - Nao tente 'udar o "ue nao pode ser 'udado. 1eus conceda-'e serenidade para aceitar as coisas "ue nao posso 'udar corage' para 'udar a"uelas "ue posso e sabedoria para recon*ecer a di,eren(a entre elas. Ora(ao da Serenidade E' algu' 'o'ento a 'aioria de nos precisa aprender u'a i'portante e decepcionante li(ao de vida: 'es'o "ue nossas inten(oes de aCudar u' psicopata seCa' as 'el*ores possrveis nao deve'os ne' pode'os controlar o co'porta'ento dele. Por isso ignore os repetidos pedidos de c*ances teatral'ente i'plorados pelo psicopata. +*ances sao para as pessoas "ue possue' consciencia ind'duos de bo' cora(ao.
Se voce esta convencido de "ue nao pode controlar ningue' 'as 'es'o assi' deseCa aCudar pessoas de ,or'a geral entao procure apenas as "ue real'ente "uere' ser aCudadas. Logo logo voce vai descobrir "ue esse grupo "ue 'erece aCuda nao inclui as pessoas se' consciencia. E le'bre-se: o co'porta'ento do psicopata nao e culpa sua e 'uito 'enos aCuda-lo constitui sua 'issao de vida.Pagina %5( >uando se trata especi,ica'ente de ,il*os psicopatas o caso se torna 'ais serio. 0sso por"ue os pais tenta' desesperada'ente entender o co'porta'ento transgressor de seus ,il*os. Ale' de passare' anos a ,io livrando-os de encrencas ta'be' costu'a' ,azer u'a verdadeira via crucis a diversos especialistas 'edicos. Ao ,inal a'arga' a certeza de "ue 'uito pouco pode' ,azer para controlar seus ,il*os. 10 - Nunca seCa cu'plice de u' psicopata. Nao negocie co' o 'al a'ais concorde seCa por pena c*antage' ou por "ual"uer outro 'otivo e' aCudar u' psicopata a ocultar o seu verdadeiro carater. +uidado co' os vel*os c*avoes do tipo Nao conte nada disso a ningue' voce 'e deve u'a e' no'e dos vel*os te'pos a'an*a eu li'po a tua barra u'a 'ao lava a outra "ue geral'ente sao pro,eridos aos prantos ou sussurros cautelosos. 0nterven(oes desse tipo sao 'uito utilizadas pelos psicopatas para convencer algue' a encobrir suas transgressoes. 0gnore todos esses apelos. As outras pessoas precisa' saber desses segredos para "ue nao caia' na 'es'a ar'adil*a. 11 - Evite-os a "ual"uer custo.
Se voce Ca identi,icou u' psicopata na sua vida o unico 'etodo verdadeira'ente e,icaz de lidar co' ele e 'ante-lo longe be' longe de voce. Os psicopatas vive' co'pleta'ente ,ora das regras sociais por isso incl'-los e' seus relaciona'entos e se'pre perigoso. Fi"ue co' sua consciencia li'pa e tran"uila pois voce nao estara ,erindo os senti'entos de ningue'. Por 'ais bizarro "ue isso possa parecer os psicopatas nao se i'porta' se serao 'agoados ou nao. 0sso por u'a razao 'uito si'ples eles nao te' senti'entos para sere' ,eridos. E se de'onstrare' tristeza ten*a a convic(ao de "ue tudo nao passa de encena(ao puro teatro. E possivel "ue os seus ,a'iliares a'igos ou pessoas do seu conv'o nunca entenda' por "ue voce esta evitando algue' Pagina %9; e' particular. 0sso ocorre pelo ,ato de a psicopatia ser u' transtorno surpreendente'ente di,icil de ser detectado e 'uito 'ais di,icil de ser aceito. Nao se espante se a'igos e parentes 'uito be'-intencionados pro'overe' encontros inesperados para resgatar seus la(os co' o coitado eDcl'do. 0sso acontece por puro descon*eci'ento sobre a personalidade psicopatica. Manten*ase ,ir'e e evite essa pessoa de todas as ,or'as. 12 - Bus"ue aCuda pro,issional.
Os danos causados pela passage' @ou per'anencia de u' psicopata na vida de algue' sao devastadores e i'ensuraveis. Sua vida e'ocional ,isica pro,issional @ou ,inanceira e ate 'es'o sua dignidade pode' ser su'aria'ente destr'das por u' deles. Assi' na 'edida do possivel os ,a'iliares e as v,ti'as de psicopatas deve' buscar aCuda 'edica psicologica e ate 'es'o Curidica. E reco'endado "ue esses pro,issionais ten*a' pro,undo con*eci'ento sobre a natureza da personalidade psicopatica. Essa
Pagina %%%
uniao pro,issional e' ,avor da v,ti'a e "ue podera ,azer co' "ue ela possa se reconstruir. %& - 1e valor a sua capacidade de ser consciente. Nao se es"ue(a de "ue voce possui o be' 'ais valioso "ue u' ser *u'ano pode alcan(ar. 7oce te' a sua consciencia "ue l*e con,ere o do' de a'ar a propria vida o planeta e a *u'anidade co'o u' todo. Por isso e tao i'portante desenvolver e aper,ei(oar a nossa consciencia. O desenvolvi'ento da consciencia provoca eDperiencias trans,or'adoras e' nos. Muda'os a nossa ,or'a de ver viver sentir e nos relacionar co' o 'undo. +o' o aper,ei(oa'ento da consciencia au'enta'os a nossa capacidade de a'ar e co' isso te'os o privilegio de praticar o a'or incondicional. EDercer esse a'or de ,or'a realista e 'adura e ter o be' pulsando dentro de nos. Pagina %9% +AP0T/LO %& Algu'a coisa esta ,ora da orde' /'a breve revisao na *istoria da *u'anidade e capaz de revelar duas "uestoes i'portantes no "ue tange a orige' da psicopatia. A pri'eira delas se re,ere ao ,ato de a psicopatia se'pre ter eDistido entre nos. /' eDe'plo dessa situa(ao e destacado pelo psi"uiatra a'ericano 4erveK +lecleK ao citar "ue o general grego AlceMades no seculo 7 a.+ Ca preenc*ia todos os re"uisitos para ser considerado u' psicopata de carteirin*a. A segunda "uestao aponta para a presen(a da psicopatia e' todos os tipos de sociedades desde as 'ais pri'itivas ate as 'ais 'odernas. Esses ,atos re,or(a' a participa(ao de u' i'portante substrato biologico na orige' desse transtorno. No entanto eles nao invalida' de ,or'a algu'a a participa(ao signi,icativa "ue os ,atores culturais pode' ter na 'odula(ao desse "uadro ora ,avorecendo ora inibindo o seu desenvolvi'ento. 0sso ,ica claro "uando observa'os a prevalencia de psicopatas e' culturas diversas. Nas sociedades ocidentais a conduta psicopatica te'-se incre'entado de 'aneira assustadora nas ulti'as cinco decadas. +otidiana'ente nos depara'os co' Cornais e revistas "ue esta'pa' *o'icidas crueis assassinos e' serie po4ticos corruptos terroristas pedo,ilos pessoas "ue 'altrata' crian(as torturadores de 'ul*eres 4deres religiosos inescrupulo-sos estelionatarios e pro,issionais desleais. Ten*o a convic(ao de "ue todos esses proble'as te' se agravado de 'odo eDtraordinario devido a a(ao dos psicopatas e de pessoas "ue ve' adotando ,or'as psicopaticas de convrvio. Se isso ocorre e por"ue nossa sociedade esta ,unda'entada e' valores e praticas "ue no ''i'o ,avorece' a 'aneira psicopatica de ser e viver. 1e certa ,or'a esta'os contribuindo para pro'over u'a cultura na "ual a psicopatia encontra u' ca'po bastante ,avoravel para ,lorescer.
A cultura dos te'pos 'odernos A ideologia sobre a "ual se alicer(a a cultura dos nossos te'pos e baseada e' tres printipios basicos: % o individualis'oI $ o relativis'oI & o instru'entalis'o. 1e ,or'a co'preensivel e se' contudo apro,undar-'e na es,era da ,iloso,ia os tres printipios pode' ser avaliados da seguinte 'aneira: 1) O individualis'o prega a busca do 'el*or tipo de vida a se usu,ruir. Entende-se co'o o 'el*or tipo de vida a"uele "ue abrange o autodesenvolvi'ento a auto- realiza(ao e a autosatis,a(ao. 1e acordo co' essa concep(ao o ind'duo te' a obriga(ao 'oral de buscar sua ,elicidade e' detri'ento de "ual"uer outra obriga(ao co' os de'ais. 2) Segundo o relativis'o todas as escol*as sao igual'ente i'portantes pois nao *a u' padrao de valor obCetivo "ue nos per'ita estabelecer u'a *ierar"uia de condutas. Assi' "ual"uer a(ao "ue leva o ind'duo a atingir a auto-satis,a(ao e valida e nao pode ser "uestionada. 3) O instru'entalis'o a,ir'a "ue o valor de "ual"uer coisa ,ora de nos e apenas u' valor instru'ental ou seCa o valor das pessoas e das coisas se resu'e no "ue elas pode' ,azer por nos.
Na verdade tudo esta i'p4cito no pri'eiro e principal co'ponente da cultura 'oderna: o individualis'o. Assi' o nosso principal obCetivo e a realiza(ao e a satis,a(ao pessoais. As obriga(oes "ue te'os co' as de'ais pessoas sao 'era'ente secundarias prevalecendo a obriga(ao de des,rutar'os a vida da 'aneira "ue escol*er'os. 1essa ,or'a as outras pessoas se trans,or'a' e' si'ples 'eios para c*egar'os a u' ,i'. O obCetivo 'aior da ideologia 'oderna era preservar a liberdade individual. No entanto essa en,ase sobre a liberdade criou a Pagina %98 grande contradi(ao de nossos te'pos: co'o estabelecer valores 'orais e eticos nu' 'undo "ue prioriza as escol*as individuais< A 'odernidade ,oi responsavel por u'a serie de 'udan(as na nossa ,or'a de ver e sentir o 'undo. A revolu(ao tecnologica inundou de con,orto nossas vidas. 1ispo'os de u'a i'ensa variedade de coisas "ue ,acilita' nosso dia-a-dia pore' nao encontra'os te'po dispo'vel para cultivar'os o nosso lado a,etivo. O conv'o recon,ortante co' a ,a'ttia os a'igos e o a'or ro'antico parece' ser coisas do passado algo le'brado co' nostalgia 'as avaliado co'o utopia nos dias atuais. O desenvolvi'ento econo'ico nos te'pos 'odernos ,unda'enta-se na cren(a cega de "ue nao pode'os parar nunca: *a se'pre o "ue aprender con"uistar possuir descobrir eDperi'entar... Nada ne' ningue' e capaz de nos satis,azer plena'ente pois se'pre *a novas possibilidades para sere' testadas na con"uista da tal realiza(ao pessoal. A realiza(ao proposta por nossa sociedade so pode ser de aspecto 'aterial pois a,etos verdadeiros nao pode' ser ad"uiridos ne' substit'dos na velocidade "ue nossos
Pagina %%%
te'pos preconiza'. A cultura do individualis'o e o deseCo de conseguir be'-estar 'aterial a "ual"uer custo te' provocado erosao dos la(os a,etivos dentro da nossa sociedade. +o' isso virtudes co'o a *onestidade a reciprocidade e a responsabilidade co' os de'ais cae' e' total descredito. E assi' repletos de con,orto e tecnologia acaba'os por nos tornar cada vez 'ais sozin*os e 'enos co'pro'etidos co' os nossos se'el*antes. Se' so'bra de duvida o cenario social dos nossos te'pos ,avorece o estilo de vida do psicopata. Ele re,lete de ,or'a precisa esse novo *o'e' voltado so'ente para si 'es'o preocupado apenas co' o "ue e seu e desvinculado da realidade vital dos "ue estao ao seu redor. A eDpansao da cultura 'oderna repleta de tra(os psicopaticos 'odi,icou de ,or'a drastica as nossas rela(oes ,a'iliares e sociais. Esta'os perdendo o senso de responsabilidade co'partil*ada no ca'po social e o de vincula(ao signi,icativa nas rela(oes Pagina %95 interpessoais. O au'ento i'placavel da violencia e senao u'a resposta logica e previsivel a toda essa situa(ao. A cultura psicopatica esta no ar No ca'po da ,ic(ao os psicopatas ta'be' te' con"uistado valorosos espa(os. Ate be' pouco te'po atras nas novelas nos ro'ances e nos ,il'es tortia'os e nos identi,icava'os co' os personagens do be' "ue e' geral era' viti'ados pelas diversas circunstancias dos enredos 'as 'as "ue se 'antin*a' eticos e triun,ava' ao ,inal. 4oCe ,ica'os ,ascinados e atraidos pelos viloes e e para eles "ue dirigi'os nossa torcida. E "uando esses bandidos sao ricos e poderosos acaba' por se trans,or'ar e' sedutores de pri'eira grandeza. Assi' de ,or'a "uase natural esta'os abandonando os 'ocin*os e seus ideais 'orais de Custi(a e solidariedade. Os *erois dos novos te'po te'poss sao sao 'ald 'aldos osos os inesc inescru rupu pulo loso soss e isent isentos os de "ual" "ual"ue uerr senti' senti'ent ento o de culp culpa. a. a os personagens bonzin*os desperta' e' nos u' senti'ento de pena e ate certa intolerancia co' seus discursos utopicos e ingenuos. Os *erois do passado estao se tornando os otarios dos te'pos 'odernos. O desrespeito a ,rieza a luDuria e a perversidade dos psicopatas estao gan*ando espa(o nas telin*as e nas telonas arrebatando espectadores criticos especializados e atores "ue busca' ,a'a e recon*eci'ento pro,issional ao interpretare' personagens de psi"uis'o tao co'pleDo. Se nao to'ar'os 'uito cuidado acabare'os adotando a conduta psicopatica co'o u' estilo de vida e,iciente para se alcazar a auto-satis,a(ao ou entao co'o u' co'porta'ento adaptativo de sobrevivencia.
E *ora de parar'os e realizar'os u'a pro,unda re,leDao coletiva e individual. Precisa'os de,inir e' "ue propor(oes esta'os contribuindo para a pro'o(ao de u'a cultura psicopatica. Te'os "ue unir unir ,or(as ,or(as para para e,etua e,etuar'o r'oss u' co'bat co'batee e,etiv e,etivo o das a(oes a(oes psicop psicopati aticas cas e' todas todas as suas suas 'ani,es 'ani,esta( ta(oes oes.. Para Para co'e(a co'e(ar r precis precisa'o a'oss rever rever a nos nossa sa tolera toleranci nciaa e' rela(a rela(ao o as pe"uen pe"uenas as transgressoes do dia-a-dia co'o Cogar papel no c*ao buzinar e' ,rente ao *ospital urinar e' postes cuspir nas cal(adas estacionar e' locais proibidos nao recol*er os deCetos dos ani'ais de esti'a(ao e por a vai. E o "ue dizer de nossa tolerancia para co' a corrup(ao< +*ega'os ao ponto absurdo de concordar concordar co' ,rases do tipo: ,ulano ,ulano rouba rouba 'as ,az. 0sso representa representa a 'ais pura aco'oda(ao aco'oda(ao po4tica "ue eDperi'enta'os e' nossas vidas sociais. Sera "ue acredita'os real'ente "ue eDista corrup(ao benigna< +laro "ue sabe'os "ue isso nao eDiste 'as tenta'os criar Custi,icativas idiotas para abrandar nossas turvas consciencias. Sabe'os distinguir clara'ente o "ue e certo do "ue e errado no entanto pre,eri'os relativizar essa "uestao para nos bene,iciar'os das vantagens 'ateriais das pe"uenas transgressoes sociais. Precisa'os reestruturar de ,or'a urgente os processos pelos "uais nossas crian(as e nossos Covens aprende' os valores e os co'porta'entos sociais. Para "ue isso ocorra todas as institui(oes tanto publicas "uanto privadas terao "ue dar a sua parcela de contribui(ao. So'ente u'a educa(ao pautada e' solidos valores altr'stas podera ,azer surgir u'a nova etica social "ue seCa capaz de conciliar direitos individuais co' responsabilidades interpessoais e coletivas. A aprend aprendizag izage' e' altr' altr'sta sta e o unico unico ca'in* ca'in*o o possiv possivel el para para co'bat co'bater' er'os os a cultur culturaa psicop psicopati atica ca pautada na insensibilidade interpessoal e na ausencia da solidariedade solidariedade coletiva. E ,unda'ental destacar "ue nao se trata de cair na vel*a argu'enta(ao da perda da virtude e' troca do con,orto e do progresso. Nao e nada disso Be'-vindas seCa' as con"uistas dos novos te'pos co'o os avan(os cienti,icos e tecnologicos as liberdades de escol*as e de eDpressoes. No entanto nada disso pode se trans,or'ar e' Custi,icativa para a aceita(ao ou a tolerancia para co' u'a sociedade constit'da de ind'duos desvinculados dos direitos e das necessidades vitais dos "ue estao ao redor. Pagina %9( A constru(ao de u'a sociedade 'ais solidaria e a 'eu ver o grande desa,io dos nossos te'pos. E para para tal e'preit e'preitada ada tere'o tere'oss "ue *ar'o *ar'oniz nizar ar o desenv desenvolv olvi'e i'ento nto tecnol tecnologi ogico co co' u' u'aa consciencia "ue nao ,a(a "ual"uer tipo de concessao ao estilo psicopatico de ser ou de viver. A luta contra a psicopatia e a luta pelo "ue *a de 'ais *u'ano e' cada u' de nos. E a luta por u' 'undo 'ais etico e 'enos violento repleto de gente ,ina elegante e sincera. Pagina %(; AneDos @&;%.5 +riterios 1iagnosticos para Transtorno da Personalidade Anti-social A. /' padrao global de desrespeito e viola(ao dos direitos dos outros "ue ocorre desde os %= anos co'o indicado por pelo 'enos tres dos seguintes criterios:
(1) incapacidade de ade"uar-se as nor'as sociais co' rela(ao a co'porta'entos 4citos indicada pela eDecu(ao repetida de atos "ue constitue' constitue' 'otivo de deten(ao (2) propensao para enganar indicada por 'entir repetida'ente usar no'es ,alsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer (3) i'pulsividade ou ,racasso e' ,azer planos para o ,uturo (4) irritabilidade e agressividade indicadas por repetidas lutas corporais ou agressoes ,isicas (5) desrespeito irresponsavel pela seguran(a propria ou al*eia irresp spon onsa sabi bilid lidad adee cons consist isten ente te indi indica cada da por por u' repe repetid tido o ,rac ,racass asso o e' 'ant 'anter er u' (6) irre co'porta'ento laboral consistente ou de *onrar obriga(oes ,i nanceiras (7) ausencia de re'orso indicada por indi,eren(a ou racionaliza(ao por ter ,erido 'altratado ou roubado algue' B. O ind'duo te' no ''i'o %9 anos de idade. C. EDiste' evidencias de Transtorno da +onduta co' i'cio antes dos %= anos de idade. D. A ocorrencia do co'porta'ento anti-social nao se da eDclusiva'ente durante o curso de Es"uizo,renia ou Episodio Ma'aco.
Pagina %(& ANE?OB Transtorno de Personalidade 1issociais Transtor Transtorno no de personalida personalidade de caracteriza caracterizado do por u' desprezo desprezo das obriga(oes sociais ,alta de e'patia para co' os outros. 4a u' desvio consideravel entre o co'porta'ento e as nor'as sociais estabelecidas. O co'porta'ento nao e ,acil'ente 'odi,icado pelas eDperiencias adversas inclusive pelas puni(oes. EDiste u'a baiDa tolerancia a ,rustra(ao e u' baiDo li'iar de descarga da agressividade inclusive da violencia. EDiste u'a tendencia a culpar os outros ou a ,ornecer racionaliza(oes plausiveis para eDplicar u' co'porta'ento "ue leva o suCeito a entrar e' con,lito co' a sociedade. Personalidade @transtorno da: • a'oral • anti-social • associai • psicopatica • sociopatica EDclui: transtorno @de @da: • conduta @F(%.- @F8;.& • personalidade do tipo instabilidade e'ocional @F8;.& Pagina %(5 +riterios 1iagnosticos para Transtorno da +onduta A. /' padrao padrao repeti repetitivo tivo e persist persistent entee de co'por co'porta' ta'ento ento no "ual "ual sao violad violados os os direit direitos os individuais dos outros ou nor'as ou regras sociais i'portantes proprias da idade 'ani,estado pela presen(a de tres @ou 'ais dos seguintes criterios nos ulti'os %$ 'eses co' presen(a de pelo 'enos u' deles nos ulti'os 8 'eses:
Agressao a pessoas e ani'ais (1) provoca(oes a'ea(as e inti'ida(oes ,re"uentes (2) lutas corporais ,re"uentes (3) utiliza(ao de ar'a capaz de in,ligir graves lesoes corporais @por eD. bastao tiColo garra,a "uebrada ,aca revolver (4) crueldade ,isica para co' pessoas (5) crueldade ,isica para co' ani'ais (6) roubo e' con,ronto co' a v,ti'a @por eD. bater carteira arrancar bolsa eDtorsao assalto a 'ao ar'ada (7) coa(ao para "ue algue' tivesse atividade seDual consigo 1estrui(ao de patri'onio (8) envolveu-se deliberada'ente na provoca(ao de incendio co' a i nten(ao de causar serios danos (9) destruiu deliberada'ente a propriedade al*eia @di,erente de provoca(ao de incendio $;%
1e,rauda(ao ou ,urto (10) arro'bou residencia predio ou auto'ovel al*eios (11) 'entiras ,re"uentes para obter bens ou ,avores ou para es"uivar-se de obriga(oes legais @isto e ludibriar pessoas (12) roubo de obCetos de valor se' con,ronto co' a v,ti'a @por eD. ,urto e' loCas 'as se' arro'bar e invadirI ,alsi,ica(ao Serias viola(oes de regras (13) ,re"uente per'anencia na rua a noite contrariando proibi(oes por parte dos pais iniciando antes dos %& anos de idade (14) ,ugiu de casa a noite pelo 'enos duas vezes en"uanto vivia na casa dos pais ou lar adotivo @ou u'a vez se' retornar por u' eDtenso periodo (15) gazetas ,re"uentes iniciando antes dos %& anos de idade B. A perturba(ao do co'porta'ento causa preC'zo clinica 'ente signi,icativo do ,unciona'ento social acade'ico ou ocupacional. C. Se o ind'duo te' %9 anos ou 'ais nao sao satis,eitos os criterios para o Transtorno da Personalidade Anti-social.
ESPE+0F0+A T0PO +OM BASE NA 01A1E 1E 0M+0O: 312.81 Tipo co' 0'cio na 0n,ancia: i'cio de pelo 'enos u' criterio caracteristico do Transtorno da +onduta antes dos %; anos de idade. 312.82 Tipo co' 0'cio na Adolescencia: ausencia de "uais"uer criterios caracteristicos do Transtorno da +onduta antes dos %; anos de idade.
Pagina $;$ &%$. 9( Transtorno da +onduta i'cio inespeci,icado: a idade do i 'cio nao e con*ecida. ESPE+0F0+A !A701A1E:
LE7E: poucos proble'as de conduta se eDiste' ale' dos eDigidos para ,azer o diagnostico sendo "ue os proble'as de conduta causa' apenas u' dano pe"ueno a outras pessoas. MO1EA1O: u' nu'ero de proble'as de conduta e o e,eito sobre outros sao inter'ediarios entre leve e grave. !A7E: 'uitos proble'as de conduta ale' dos eDigidos para ,azer o diagnostico ou proble'as de conduta "ue causa' dano consideravel a outras pessoas. Pagina $;& S0TES /TE0S AME0+AN PS+40AT ASSO+0AT0ON @APA .psKc*.org ASSO+0A2AO BAS0LE0A 1E PS0>/0AT0A @ABP .abpbrasil.org.br +ENTO 1E 7ALO03AWAO 1A 701A @+77 .cvv.co'.br 10S>/E 1EN/N+0A .dis"uedenuncia.org.br ASSO+0A2AO 1E PAENTES E AM0!OS 1E 7'MAS 1E 70OLEN+0A @APA77 .apavv.org.br +ENTAL NA+0ONAL 1E 1EN/N+0AS 1E +0MES +0BENET0+OS - SAFENET BAS0L .denunciar.org.br SE+ETA0A 1E ASS0STEN+0A SO+0AL - .rio.rC.gov.br#s'as lT4O/T +ONS+0EN+E - ;BET 4AEJS EB SlTE 1E7OTE1 TO T4E ST/1 OF PS+4OPAT4 .*are.org OL1 4EALT4 O!AN03AT0ON .*o.int O/T/BE 701EOS POSTA1OS PELA ES+0TOA !LO0A PEE3 .Koutube.co'#user#g,perez TELEFONES /TE0S ASSO+0A2AO BAS0LE0A 1E PS0>/0AT0A @$%$%((-5=;; +ENTO 1E 7ALO03A2AO 1A 701A @+77 - 0O 1E ANE0O: @$% $$&&-(%(% - +AMP0NAS: @%( &$5$-5555 -BAS0L0A: @8% &&$8-6%%% -SAL7A1O: @5% &&$$6%%% -+/0T0BA: @6%&&6$-6%%% 1ELE!A+0A 1A M/L4E - 0O 1E ANE0O: @$% &&((-&8(; - SAO PA/LO: @%% &$6%-&&$9 -BAS0L0A: @8%&$6$-6&;; - SAL7A1O: @5% &%%8-5;;; - +/0T0BA: @6% &$$&-=&$& 10S>/E 1EN/N+0A - 0O 1E ANE0O: @$% $$=&-%%55 - SAO PA/LO: %9% - BAS0L0A: @8% &&$&-99== - SAL7A1O: @5% &$&=-;;;; -TELEFONE NA+0ONAL: %;; SE+ETA0AS 1E ASS0STEN+0A SO+0AL - io 1E ANE0O: @$% $$(&-;&(& - SAO PA/LO: @%% &$(%-(888
B0BL0O!AF0A
Adolp*s . 0s t*e *u'an a'Kgdale specialized ,or processing social in,or'ation< Annals o,t*e Ne or Acade'K o, Sciences n. (9= p. &$8-&6; $;;&. AME0+AN PS+40AT0+ ASSO+0AT0ON - 1SM-07-T. Manual 1iagnostico e Estatistico de Transtornos Mentais. Trad. 1ornelles + 6. ed. rev. Porto Alegre: Art'ed $;;$. Andreasen NancK +. Ad'iravel +erebro Novo: vencendo a doen(a 'ental na era do geno'a. Porto Alegre: Art'ed $;;=. Babia Paul ) 4are obert 1. Snaes in Suits: *en psKc*opat*s go to or. Nova or: 4arper+ollins $;;5. Bau'an 3Kg'unt. A'or L0"uido: sobre a ,ragilidade dos la(os *u'anos. io de aneiro: orge 3a*ar $;;6. . Modernidade L0"uida. io de aneiro: orge 3a*ar $;;%. . 7ida L0"uida. io de aneiro: orge 3a*ar $;;5. Baz4io Luiz +avalieri ) Rra'er Sonia. 0n,ancia Educa(ao e 1ireitos 4u'anos. $. ed. Sao Paulo: +ortez $;;8. Bec*ara A. et ai. 0nsensitivitK to ,uture conse"uences ,olloing da'a-ge to *u'an pre,rontal corteD. +ognition vol. =; n. %-& p. 5-%= %((6. BlaineK !eo,,reK. /'a Breve 4istoria do Mundo. Sao Paulo: Funda'ento Educacional $;;5. Blair a'esI Mitc*ell 1ere ) Blair Rarina. T*e PsKc*opat*: e'otion and t*e brain. Malden: Blacell $;;=. +arter ita. O Livro de Ouro da Mente. io de aneiro: Ediouro $;;&. +asoK liana. O >uinto Manda'ento: caso de po4cia. Sao Paulo: ArD $;;8. . Serial Rillers: 'ade in Brasil. &. ed. Sao Paulo: ArD $;;6. +*ecleK 4erveK. T*e Mas o, SanitK. =. ed. St. Louis: MosbK %(58. +ornell Patricia 1. etrato de u' Assassino: ac o Estripador: caso encerrado. Sao Paulo: +o'pan*ia das Letras $;;&. 1aMatta oberto. O "ue Faz o Brasil Brasil< io de aneiro: occo %(98. 1a'asio A. . T*e so'atic 'arer *Kpot*esis and t*e possible ,unctions o, t*e pre,rontal corteD. Proceedings o, T*e oKal SocietK. n. &=% p. %.6%&-%.6$; %((8. 1a'asio Antonio . O Erro de 1es cartes: e'o(ao razao e o cerebro *u'ano. Sao Paulo: +o'pan*ia das Letras %((8. 1a'asio 4. et ai. T*e return o, P*ineas !age: clues about t*e brain ,ro' t*e sull o, a patient. Science. $86@=%8$: %%;$-= %((6. Elias Norbert. A Solidao dos Moribundos: seguido de envel*ecer e 'orrer. io de aneiro: orge 3a*ar $;;%. Fante +leo. Feno'eno BullKing: co'o prevenir a violencia nas escolas e educar para a paz. $. ed. rev. +a'pinas: 7ersus $;;=. Fic*er L. ) Blair . . . +ognitive i'pair'ent and its relations*ip to psKc*opat*ic tendencies in c*ildren it* e'otional and be*avioural di,,iculties. ournal o, Abnor'al +*ild Ps Kc*ologK n. $8 p.=%%-=%( %((9. !enereuD ac"ues. O 4orror Politico: o *orror politico nao e econo'ico. =. ed. io de aneiro: Bertrand Brasil $;;&. !ole'an 1aniel. 0nteligencia Social. io de aneiro: Elsevier $;;8. !run Ansel'. O Livro das espostas. Petropolis: 7ozes $;;9. 4are obert 1. it*out +onscience: t*e disturbing orld o, t*e psKc*opat*s a'ong us. Nova or: !uil,ord %(((. 4illbrand Marc ) Pallone Nat*aniel . @orgs.. T*e PsKc*obiologK o,
Aggression. Bing*a'ton: 4aKort* Press %((=. 4irigoKen Marie-France. A 7iolencia no +asal: de coa(ao psicologica a agressao ,isica. io de aneiro: Bertrand Brasil $;;8. abor Arnaldo. Pornopo4tica: PaiDoes e Taras na 7ida Brasileira. io de aneiro: ObCetiva $;;8. $%; acobK ussell. O Fi' da /topia. io de aneiro: ecord $;;%. Rapczinsi Flavio et ai. Bases Biologicas dos Transtornos Psi"uiatricos. Porto Alegre: Art'ed $;;6. Ratz +*ai' Sa'uel et ai. @orgs.. Beleza Feiura e Psicanalise. io de aneiro: +ontra +apa $;;6. Lapierre 1o'ini"ue et ai. 7entral ,rontal de,icits in psKc*opat*K: neuropsKc*ological test ,indings. NeuropsKc*ologia vol. && n. $ %((=. LedouD osep*. T*e E'otional Brain: t*e 'Ksterious underpinnings o, e'otional li,e. Nova or: Touc*stone Boos %((9. Linger Peter. 7ida Etica: os 'el*ores ensaios do 'ais pole'ico ,iloso,o da atualidade. io de aneiro: Ediouro $;;$. Lion Elisa. Ferra'entas para 7iver Mel*or: educa(ao e'ocional para alcan(ar obCetivos. Sao Paulo: Madras $;;&. LipovetsK !illes. A Sociedade da 1ecep(ao. Sao Paulo: Manole $;;5. LKen 1avid T. T*e Antisocial Personalities. Nova erse K: Larence Eralbau' %((=. LKna' 1onald . EarlK identi,ication o, c*ronic o,,enders: *o is t*e ,ledgling psKc*opat*<. PsKc*ological Bulletin vol. %$; n. $ p. $;(-$&6 %((8. Moll orge et ai. Frontopolar and anterior te'poral corteD activation in a 'oral Cudg'ent tas: preli'inarK ,unctional M0 results in nor'al subCects. Ar". Neuropsi"uiatric $;;%I =(@&-B:8=5-886. Nairn Moises. 04cito. io de aneiro: orge 3a*ar $;;8. Neton Mic*ael. A Enciclopedia de Serial Rillers: u' estudo de u' depri'ente ,eno'eno cri'inoso de anCos da 'orte ao 'atador do zodiaco. Sao Paulo: Madras $;;=. O!AN03A2AO M/N10AL 1E SA/1E @+oord. - +01-%;. Trad. +entro +olaborador da OMS para a +lassi,ica(ao de 1oen(as e' Portugues. %;. rev. Sao Paulo: /niversidade de Sao Paulo $;;;. O!AN03AWAO M/N10AL 1E SA/1E @+oord. +lassi,ica(ao dos Transtornos Mentais e do +o'porta'ento da +01-%;: descri(oes cl'icas e diretrizes diagnosticas. Trad. +aetano 1. Porto Alegre: Artes Medicas %((&. $%% Padil*a 7al"'ria. S*opping +enter: a catedral das 'ercadorias. Sao Paulo: Boite'po $;;8. Pa'ela . et ai. Neurologic abnor'alities in 'urderes. NeurologK n. 6= p. %.86%%.865 Septe'ber %((=. Patric +*ristop*er . E'otion and te'pera'ent in psKc*opat*K. +linicai Science p. =-9 Fali %((=.
Patric +*ristop*erI +ut*bert Bruce ) Lang Peter. E'otion in t*e cri'inal psKc*opat*: ,ear i'age processing. ournal o, Abnor'al PsKc*ologK vol. %;& n. & %((6. Pen,old osalind B. Mas Ele 1iz "ue Me A'a: grap*ic novel de u'a rela(ao violenta. io de aneiro: Ediouro $;;8. Peralva Algelina. 7iolencia e 1e'ocracia: o paradoDo brasileiro. Sao Paulo: Paz e Terra $;;;. Pereira !loria Maria !arcia. Talento: nova linguage' do din*eiro para a realiza(ao pessoal. Sao Paulo: Futura $;;$. Pilger o*n. Os Novos Sen*ores do Mundo. io de aneiro: ecord $;;6. aine Adrian. T*e PsKc*opat*ologK o, +ri'e: cri'inal be*avior as a clinicai disorder. San 1iego: Acade'ic Press %((5. angel AleDandre. As 'ais Belas Parabolas de Todos os Te'pos 7olu'e 00. Belo 4orizonte: Leitura $;;6. ateK o*n . O +erebro: u' guia para o usuario. io de aneiro: ObCetiva $;;$. idleK Matt. O "ue nos Faz 4u'anos. io de aneiro: ecord $;;6. odrigues Fernando. Po4ticos do Brasil. Sao Paulo: Publi,ol*a $;;8. ose Steven. O +erebro do Seculo ??0: co'o entender 'anipular e desenvolver a 'ente. Sao Paulo: !lobo $;;8. olands Mar. Tudo o "ue Sei Aprendi co' a T7. io de aneiro: Ediouro $;;9. S ilva Ana Beatriz B. Mentes 0n"uietas: entendendo 'el*or o 'undo das pessoas distraidas i'pulsivas e *iperativas. Sao Paulo: !ente $;;&. S'it* 1avid Livingstone. Por "ue Menti'os: os ,unda'entos biologicos e psicologicos. io de aneiro: +a'pus $;;=. $%$ Stout Mart*a. T*e Sociopat* NeDt 1oor: t*e rut*iess versus t*e rest o, us. Nova or: BroadaK Boos $;;=. Taille ve de La. Moral e Etica: di'ensoes intelectuais e a,etivas. Porto Alegre: Art'ed $;;8. 7itaro F. et ai. eactive and proactive aggression di,,erentiallK predict later conduct proble's. ournal o, +*ild PsKc*ologK and PsKc*iatrK n. 6& p. 6(=-=;= $;;$. aler 000 SidneK. A 1ose o, SanitK: 'inds 'edicine and 'isdiagnosis. Nova or: o*n ileK ) Sons %((5. all Frans. Eu Pri'ata: por "ue so'os co'o so'os. Sao Paulo: +o'pan*ia das Letras $;;5. rig*t obert. T*e Moral Ani'al. Nova or: 7intage Boos %((6. $%& +ONTATOS: .'edicinadoco'porta'ento.co'.br contatoX'edicinadoco'porta'ento.co'.br anabeatrizX'edicinadoco'porta'ento.co'.br ME10+0NA 1O +OMPOTAMENTO 1ra. Ana Beatriz Barbosa Silva