METÁFORAS a) DEFINIÇÃO Uma definição de Aristóteles, apresentada no livro O mito da metáfora , de Turbayne (1970): “A metáfora consiste em dar à coisa um nome que pertence a outra coisa qualquer, a transferência pode ser feita em gênero e espécie ou de espécie para espécie ou como analogia.” Turbayne sugere trocar nome por signo ou coleção de signos. E também sugere que mitos, parábolas, fábulas e alegorias são subclasses das metáforas. O uso da metáfora é essencial para a comunicação humana. Estórias e casos são usados desde há muito tempo para comunicar e expressar mensagens, e são fáceis de aplicar em psicoterapia, como vimos anteriormente. Definição do Dicionário Aurélio para para metáfora: “Tropo que consiste na transferência de uma palavra para um âmbito semântico que não é o do objeto que ele designa, e que se fundamenta numa relação de semelhança subentendida entre o sentido próprio e o figurado. Por metáfora, chama-se raposa a a uma pessoa astuta, ou se designa a juventude primavera da da vida.” Definição do Dicionário Aurélio para para analogia: “Ponto de semelhança entre coisas diferentes. Semelhança, similitude, parecença”. Deveria dizer que muitas vezes pode-se apenas usar uma analogia, o que seria fazer um paralelo entre coisas diferentes. Empregamos metáfora quando contamos uma estória. Toda metáfora é uma analogia, mas nem toda analogia é uma metáfora . Nas interpretações analíticas o que se vê é um emprego maior de analogias. Da perspectiva da psicanálise, o poder desta abordagem está no fato de o cliente ser encorajado a explorar e elaborar uma representação de um sentimento, ou questão, ou problema, numa forma de pensar (imagem sensória) que está mais próxima do processo inconsciente. E há uma integração com a metáfora da imagem (processo primário) e da palavra (processo secundário). Assim, se o processo primário de pensamento é expresso essencialmente através de uma linguagem de imagem, e o processo secundário é expresso através de palavras, então a metáfora pode ser vista como uma integração dos dois processos.
Freud fazia muito uso de metáforas em suas interpretações. Bettelheim (1984) sugere três razões para que Freud tenha usado metáforas ao explicar a natureza da psicanálise. Primeiro, a psicanálise emprega interpretação imaginativa para explicar as causas escondidas por detrás dos fatos. Segundo, por causa do recalcamento ou da censura, o inconsciente se revela através de símbolos e metáforas, falando em sua própria língua metafórica. E, finalmente, as metáforas são capazes de tocar as emoções humanas. Os poetas falam metaforicamente dos sentimentos humanos. E cada um de nós é um pouco poeta ao descrever seus próprios sentimentos. Existe um correlato entre as palavras transferência, em alemão übertragung , e metáfora, feito por Richard R. Kopp (1995). Ele diz, em seu artigo, que a tradução do alemão über para o inglês é above/over , “sobre”, e de tragung é carry , que significa “carregar”, e que a palavra metáfora vem do grego meta , “além” (= above , no inglês), e phorein , que significa “carregar, transportar de um lugar para outro”(carry). Assim, transferência , na verdade, pode ser traduzida, em inglês, como metáfora . De acordo com Szajnberg (1985-86), a transferência é vista como um subconjunto dos muitos fenômenos de metáforas. Ele faz a seguinte nota: “Como o sonho, a metáfora consiste do significado manifesto em conjunto com o significado latente, e particularmente a jornada criativa entre eles. É importante para a psicologia psicanalítica... reconhecer o componente do trabalho criativo feito pelo indivíduo para criar uma metáfora”. A metáfora vem como uma linguagem peculiar de cada indivíduo; fala dos afetos e das relações objetais. E tipicamente aparece quando os sentimentos estão exacerbados e quando literalmente as palavras não parecem fortes o bastante ou precisas o suficiente para exprimir a experiências. Exemplos disso são frases metafóricas como: “o céu vai cair sobre a minha cabeça”, “estou perdido no espaço”, “perdi a cabeça”, “estou sem ar”, etc. Você pode usar da mesma metáfora do cliente e ressignificá-la (reframing) positivamente, mostrando, por meio de estórias metafóricas, uma nova maneira de ver aquilo que se pensava ser o pior. Tudo isso com a intenção de reduzir, melhorar a experiência do sujeito e estabelecer uma maior coerência do eu; apresentar saídas e mostrar os recursos naturais que toda pessoa tem dentro de si mesma. Dentro da psicoterapia psicanalítica, a metáfora é freqüentemente usada como veículo de interpretação, na forma de uma analogia (comparação), como uma estória. Veremos mais à frente que podemos e devemos usar as metáforas que o cliente traz. Uma justificativa para o emprego de metáforas é que elas são muito efetivas, pois permitem ao cliente a distância emocional em relação ao seu material, mantendo-se o respeito à sua inteligência e auto-estima e, ao mesmo tempo, integrando elementos necessários a uma ressignificação (reframing). Mas é importante frisar que, mesmo que seja o terapeuta a criar uma metáfora, se ela funciona é porque o cliente se engatou bem no processo interior que aquela metáfora sugeriu. O cliente aceita e trabalha suas questões. Aquela velha estória, “se a carapuça serviu...” As interpretações metafóricas que ajudam o cliente a capturar uma nova experiência e significado em sua linguagem não podem ir além
daquilo que ele apresentou, e assim existe uma enorme possibilidade de serem aceitas por este. Fique atento: não dê mais do que o cliente possa digerir. Ele terá uma indigestão. Tenha muito cuidado também em não cometer um meta fora (meter fora do lugar). Deve-se dar ao cliente uma interpretação metafórica que capture uma experiência de sua vida diária, e então ele pode fazer seu processo cognitivo de engate com a estória ou analogia apresentada. Agora, se você utiliza, explora e transforma uma imagem metafórica criada pelo cliente, ele diretamente adere ao processo de ressignificação, em que o terapeuta guia a uma exploração interior (realidade interna) e convida a uma transformação. E, dessa maneira, o cliente se sente dono da situação (do processo) porque as imagens metafóricas vieram de dentro dele. Muitas vezes, o corpo fala metaforicamente de um sentimento que, em palavras e mentalmente, não se expressa. O corpo fala em sintomas, que são verdadeiras metáforas. A úlcera que corrói e queima de raiva por exemplo. O sintoma pode ser causado por um conflito não expresso. Ex/presso quer dizer, posto para fora, em que o corpo ex/pressa, em linguagem somática, a irritação ou o conflito da pessoa. Isso ilustra como o corpo “fala” através de uma linguagem metafórica de sentimentos; é a linguagem corporal. Psicoterapia jungiana e metáforas
Seguindo o mesmo pensamento, Jung era adepto da teoria da imaginação ativa, dos símbolos e do trabalho com a interpretação dos sonhos, em que se dava uma enorme importância às metáforas. Como em Freud, um período inicial do desenvolvimento do pensamento por imagem predominaria, mais poderoso que outra linguagem mais elaborada. O que sugere também o uso de metáforas para termos acesso ao pensamento mais primário do homem. Psicoterapia familiar e metáforas
A estrutura familiar também tem uma realidade metafórica. De acordo com Salvador Minuchin e Fishman (1981), a família constrói sua realidade apresentada, e é tarefa do terapeuta selecionar “da cultura da própria família, as metáforas que simbolizam sua realidade reduzida”, e usá-las como um “rótulo que aponta a realidade da família e sugere a direção da mudança”. Exemplos podem ser dados: o pai como o caixa forte, a mãe como uma rainha, o filho como o bobo da corte, a filha como a gata borralheira etc. Se pudermos apreender a simbologia familiar, descobriremos o mito metaforicamente criaremos uma ressignificação (reframing) para o processo da família. Hipnoterapia ericksoniana
Milton H. Erickson foi habilíssimo no uso de estórias e metáforas em terapia para aumentar a efetividade das psicoterapias breves. Ele acreditava que,
contando de um modo indireto um caso semelhante ao do paciente, com uma saída possível, ou uma estória que chamasse a atenção do cliente sob certos aspectos semelhante aos seus próprios problemas, faria com que o paciente pensasse em seus próprios recursos de como também resolver seus problemas. A metamensagem dessas estórias – uma mensagem embutida sutilmente dentro do conteúdo das narrativas – passa diretamente à mente inconsciente. O emprego da hipnose tornava mais eficaz o uso de metáforas, afrouxando a atenção da mente consciente e sua censura, que ficam absorvidas através de técnicas hipnóticas, enquanto as mensagens são dirigidas à mente inconsciente, que está muito mais próxima do pensamento por imagens do que daquele por palavras. Portanto, em hipnose o efeito é maior e mais duradouro. Eu poderia dizer resumidamente que Milton H. Erickson dividia a mente em mente consciente e mente inconsciente. Mente consciente seria aquela mente que pensa, julga, faz e que toma conta da nossa consciência. E mente inconsciente corresponderia àquilo que se passa fora da nossa consciência, daquilo que estamos cientes, mas que tem um papel em determinar fenômenos físicos e mentais. A mente consciente é vista como uma parte limitada que não é capaz de muitos pensamentos e atos simultâneos. A mente inconsciente é sábia, ilimitada, capaz de fazer muito mais do que a gente conscientemente imagina, um verdadeiro reservatório de potenciais. Desta maneira, o uso da hipnose na psicoterapia serviria de ferramenta para distrair e absorver a mente consciente, e levar à mente inconsciente, através de meta/mensagens, sob a forma de sugestão (su, sub = por debaixo + gestione = gestão, administração), novas possibilidades de acessar os recursos internos de cada pessoa e ressignificar aquilo que hoje é visto como problema. Para fazê-lo, Milton H. Erickson utilizava a linguagem do próprio cliente, contava casos, estórias, usava metáforas embutidas dentro de outras com o intuito de confundir a mente consciente e assim levantar resistência. O princípio do uso das metáforas era bem simples: falar de algo que chamasse a atenção do cliente, como uma ponte de ligação ao seu problema, ou que o levasse a agir como um radar, captando o que lhe interessa. Por exemplo: se você tem um problema em seu carro e conta a alguém o que fez para consertá-lo, onde levou, o que trocou, etc., faz imediatamente a pessoa se remeter a um estrago em seu próprio veículo, onde levou, como consertou ou como poderá fazê-lo, caso esteja precisando de ajuda. É o mesmo princípio. Deste modo, você não provoca atritos com a resistência, o que ocorreria se dissesse diretamente vá e faça assim. Você sugere (suggerere, su + gerere) ao outro uma maneira de ver, de lidar, de experienciar algo novo e diferente. Lembrando: Metaforizar é essencial. É o meio de ser indireto, de conversar a língua do inconsciente. A pessoa guarda com mais facilidade casos, estórias, interpretações metafóricas do que conversas e interpretações lógicas. As metáforas ficam como uma ponte de tratamento. O cliente vai embora, mas leva algo de que, se a metáfora foi feita de acordo e sob medida para aquele sujeito, não se esquecerá. Milton H. Erickson atendia pessoas dos Estados Unidos inteiro, alguns estrangeiros e, numa terapia brevíssima, precisava deixar o seu recado e sua
ressignificação. Ele o fazia através das metáforas que usava ou das tarefas metafóricas. Contar estórias metafóricas ajudava a pessoa a poder mover-se de uma situação paralisada. O objetivo das metáforas é guiar o cliente para um caminho de auto-ajuda, em que ele próprio vai encontrar uma nova maneira de lidar com o que antes não conseguia. A própria levitação das mãos é uma técnica hipnoterapêutica que tem como linguagem metafórica o significado da mudança natural que vem de dentro, de uma força que se pode acessar, como se coloca um novo programa no computador, fazendo-o trabalhar numa nova inteligência. De acordo com S. Gilligan: Quando falamos em metáforas estamos usando uma linguagem figurada em que há generalidades sobre determinados assuntos. Cada um dos exemplos metafóricos usados como generalidade constitui um modo comum e indireto de sugerir uma busca experiencial através da memória relacionada a uma pessoa em particular, um lugar, um acontecimento, um objeto ou um processo. Quando ditas com convicção, dentro de um bom rapport , essas generalidades (em metáforas, casos, ou estórias) imergem o paciente num processo de busca interna que culminará com ele acessando um evento. Considerando que o evento será diferente para cada pessoa, o uso de generalidades em metáforas torna-se um excelente modo de respeitar os processos singulares de cada indivíduo. Como vimos até aqui, os processos inconscientes tendem a representar e englobar idéias de modo mais metafórico do que os processos conscientes. Portanto, o hipnoterapeuta ericksoniano utiliza comunicação simbólica e metafórica. A este respeito vimos que contar estórias ajuda o paciente, desde que sejam metafóricas, no sentido de que o conteúdo da história não se refira ao paciente , mas alguns aspectos principais da estória (por exemplo: os personagens, eventos, temas e objetivos) sejam relevantes à experiência do sujeito. Há muitas maneiras de, metaforicamente, você levar um cliente a observar aquilo que está sendo difícil para ele. A forma metafórica é indireta. Assim, se você quer que o cliente se volte para problemas de sua própria infância, basta que você conte casos de infância. Se você contar uma estória de um menino que aprendeu a lutar contra um dragão feroz, ajudando toda sua vila, apenas aprendendo a tomar fôlego , você poderá tratar de muitos problemas que se enquadrem em crescimento, aprender a respirar (asma), segurança etc. De um modo naturalístico, percebendo a linguagem metafórica, nãoverbal, física, do cliente, você o ajuda a explorar, através de casos e estórias, novas maneiras de ver e sair de seus próprios problemas. Parte prática – a construção das metáforas
Imagine só, véspera de Natal, numa beirada de janela, pensando em metáforas para ensinar a alguém como mostrar o “caminho das estrelas” àquele que não vê a luz. Isto tudo, a menos de 0 o C, nevando floquinhos brancos lá fora, montanhas branquinhas, carros cheios de neve, música clássica com temas de Natal...
É assim que estou aqui, emocionada em poder estar tão perto das estrelas do norte. Dizem que Papai Noel vem do norte, espero que ele me ajude a ensinar vocês a praticar a construção de estórias que mostrem luz aos seus clientes. Como terapeutas, não precisamos brilhar em estórias maravilhosas, mas sim tocar o coração do cliente, mostrar-lhe que há luz no final do túnel, que há saída para o seu sofrimento. Para isso, não é preciso estórias muito elaboradas, mas com simplicidade, palavras-chave, metáforas do próprio cliente. Aí você consegue dar o suporte necessário ao crescimento dele, o alívio de sua dor. Agora veremos como fazer metáforas e atingir vários níveis de comunicação. O mais importante é que você fará algo comum (uma estória comum, conhecida) se tornar única para aquela pessoa. Você se lembra do processo de avaliação de Jeffrey K. Zeig? Ele ajudará você aperceber a linguagem metafórica do seu cliente. Para isto veremos uma série de dicas. Vamos lá! a) Dentro da avaliação você pode ver se a pessoa é interna; então, fale de sentimentos, sensações, é o que vai atingi-la. Se a pessoa é externa, fale das coisas que rodeiam esta pessoa, as coisas que ela valoriza quando vê, ou que ela deseja ver. Assim, você vai seguindo a avaliação. Veja cada item, anote-os. Você fará a estória ser moldada de acordo com os itens anotados. Preste bastante atenção nas relações sociais (filho mais velho, intrapunitivo, radiante, dominante, etc.). Isto irá ajudar você a construir a estória, colocando estes valores idiossincráticos da pessoa. Qualquer estória, como a do patinho feio, por exemplo, pode se tornar única se for feita colocando os aspectos pessoais e idiossincráticos do sujeito nesta estória comum. Isso toca a pessoa em questão, e a estória passa a ser pessoal. Assim a avaliação é uma ferramenta importante ao construir uma estória sob medida. Você vai checar os valores, as questões que são idiossincráticas e vai colocá-las na estória comum. A estória comum, por exemplo, “O patinho feio”, por si mostra sobre o descobrimento dos valores pessoais, a auto-estima. Se você descreve detalhes em que se encaixem os valores, características daquela pessoa, torna-se uma estória pessoal. 2) O segundo ponto é tocar os interesses do sujeito em questão. Eu chamo isso de “antenar”. Todo mundo tem uma espécie de antena, radar. Quando o assunto interessa, você ouve. É como uma dona de casa que está sem empregada e alguém fala de uma forma fácil de fazer comida e estocar ou de lavar roupa. Ela vai prestar atenção, pois tem o mesmo problema. Então, você fala de algo semelhante que tem o objetivo de mostrar um caminho (solução) e a pessoa vai fazer sua escolha para a busca de tal solução. É uma alusão as possíveis formas de solucionar algo. Também quando você fala dos seus filhos, o outro tende a falar dos filhos dele. Quando você fala do seu carro, o outro tende a falar do carro dele, e assim por diante. É uma excelente fórmula ericksoniana de fazer o outro falar de suas coisas e, conseqüentemente, de solucionar suas coisas pelo mesmo princípio. Tente.
Quando você quiser sugerir que há algum caminho, ou uma luz, fale de algo semelhante ao problema da pessoa. Ela se “antena” àquele problema porque é semelhante ao dela e assim quer ouvir que solução foi encontrada. Pronto! Você faz a pessoa pensar que existe saída para aquilo que parecia não ter. Este é o “princípioantena”. b) METÁFORAS – Uma nota que vem da PNL As metáforas tendem a atuar em nível inconsciente, portanto fazendo um “by-pass” das resistências da mente consciente. Erickson acreditava que as mudanças significativas ocorriam a nível do inconsciente e que as metáforas permitiam um trabalho mais direto com a mente inconsciente. Parece haver uma correlação entre o que Erickson chamava de inconsciente e o que os neuropsicologistas chamam de hemisfério não-dominante (hemisfério direito). O H.D. tem um tipo de processamento artístico e integrativo. Parece que as metáforas se conectam e se utilizam do funcionamento do H.D., o que ajuda o cliente a liberar sua própria criatividade. Um casal procurou uma vez o Dr. Erickson para uma terapia conjunta, com um problema de desajuste sexual. O problema surgia do fato de o marido querer ir logo “aos finalmentes” e a mulher querer passar mais tempo se envolvendo nos “preparativos”. Depois de ouvir o problema apresentado, o Dr. Erickson mudou de assunto e falou de outras coisas. Perto do fim da sessão, Erickson deu ao casal a tarefa de planejar e cozinhar uma refeição em conjunto, cabendo ao marido preparar a entrada e, à mulher, o prato principal. Depois de preparada a refeição, o casal tinha que se sentar e saboreá-la juntos. A linguagem não é a experiência é sobre a experiência. A linguagem, em si, é uma metáfora; é a representação da experiência. As palavras tornam-se símbolos para partes da experiência sensorial. Quando usamos a linguagem, toda teoria, independente de quão científica seja, torna-se uma metáfora, uma representação simbólica. Há um “continuum” na construção de metáforas que especificamente está relacionado com o tamanho da distância entre a linguagem e a experiência. Este “continuum” é o da metáfora superficial versus metáfora profunda. A diferença entre esses dois tipos de metáforas é o grau de abstração envolvido no simbolismo. Para ilustrar este ponto, muitos terapeutas escolhem fazer metáforas usando outros clientes como tópico geral. Dentro deste ponto de vista, há várias semelhanças entre o cliente e o tópico da metáfora, tais como: ambos são clientes, ambos são pessoas, ambos desejam mudar. Esse espaço semântico (outros clientes) é um excelente exemplo de uma metáfora superficial. Se fosse usado o tópico conto de fadas, o nível de abstração seria maior e, portanto, uma metáfora profunda. Certos resultados são subprodutos da profundidade da metáfora e ao se escolher a profundidade da metáfora vários fatores devem ser levados em conta. Uma metáfora superficial tem mais probabilidade de ser interpretada e de sofrer resistência da mente consciente; uma metáfora profunda opera num nível inconsciente. Quando se trabalha mais diretamente com o inconsciente, pode-se
“by-passar” a resistência do consciente. Um outro fator a ser levado em consideração é se o terapeuta sente-se confortável em apresentar para o cliente determinado espaço semântico ou tópico (ver, na página seguinte, o significado de “espaço semântico”). Alguns teriam dificuldades de contar estórias como conto de fadas, estórias de animais ou ficção científica. No entanto, para outros, é perfeitamente aceitável usar espaços semânticos mais profundos. A metáfora pode ser usada como uma “ferramenta” no processo terapêutico por várias razões: 1. A metáfora é uma técnica não manipulativa. No uso das metáforas o terapeuta não oferece uma interpretação, ao contrário, permite que o cliente extraia seu próprio significado, consignando seus próprios valores à história. 2. No processo de compreensão da metáfora, o cliente tem de adotar uma orientação interna; isto é, vai para dentro de si mesmo e usa suas próprias experiências de vida para dar sentido à estória. Muitos processos terapêuticos incluem a introspecção como uma “ferramenta” primária. Este processo permite ao cliente começar a confiar em si mesmo e em seus próprios recursos. 3. A metáfora é, usualmente, analisada tanto consciente como inconscientemente; contudo, seu principal valor como intervenção terapêutica é o de ajudar o cliente a conectar-se aos seus recursos inconscientes. O inconsciente é um vasto depósito de experiências e aprendizados que podem ser usados para conseguir as mudanças desejadas. Para assegurar a eficácia de uma metáfora, há um número de condições de boa formulação envolvido no seu “design”: 1. Isomorfismo 2. Espaço semântico 3. Conquista de objetivos 4. Acesso a recursos e 5. Ponte ao futuro. 1. Isomorfismo: na construção da metáfora, é importante que haja um símbolo que seja equivalente a cada caráter e acontecimento no problema apresentado pelo cliente. 2. Espaço semântico: é a área geral de conteúdo que será usada na metáfora. Alguns exemplos de espaços semânticos são: estórias de animais, ficção científica, contos de fadas, um incidente da infância, história de um outro cliente, um amigo e crianças. As possibilidades de espaços semânticos são muitas. Ao escolhê-lo deve-se espelhar o cliente, utilizando sua idade, interesses e talentos. 3. Conquista de objetivos: em todas as técnicas terapêuticas a conquista de objetivos é um assunto importante. Muitos clientes vêm à terapia com um objetivo específico ou mudança em mente. O terapeuta deve entender o objetivo e construir a metáfora de tal maneira a ser eficaz em ajudar o cliente no processo de
conquistar o objetivo. A primeira parte da metáfora deve espelhar e acompanhar o cliente no seu modelo de mundo e, à medida que se desenvolve, deve conduzir o cliente em direção à conquista do objetivo. 4. Acesso a recursos: em alguns casos, esses recursos podem ser específicos como relaxamento, autoconfiança ou assertividade. No entanto, eles podem também ser mais gerais, como tomar decisões ou conseguir a habilidade para resolver problemas. É invariavelmente útil incorporar um acesso ao inconsciente na seção de recursos da metáfora, tal como ter um sonho que ocorre dentro da estória. O estado de sonho é considerado como um arquétipo para o processo inconsciente. A metáfora, muitas vezes é feita para ensinar ao cliente a confiar e se apoiar nos seus próprios recursos, como intuição, conhecimento tácito, integração das partes internas e uso dos aprendizados passados. Além disso, para ganhar acesso a recursos internos, uma metáfora pode facilmente ajudar um cliente a utilizar recursos externos, como os de outra pessoa, livros, cursos etc. 5. Ponte ao futuro: ela conecta os aprendizados inconscientes e recursos tornados disponíveis através da metáfora aos estados normais de consciência e, mais especificamente, ao problema apresentado.
Exemplo de um caso
Um cliente veio à sessão e queixou-se de que tinha sentimentos contraditórios quanto a voltar a estudar. Ele disse que, realmente, gostaria de aprender mais e melhorar a si mesmo. No entanto, não estava certo de estar querendo se comprometer firmemente com o trabalho que isso exigia. Disse que se sentia dividido e que gostaria de chegar a uma decisão. A seguinte metáfora foi construída para este cliente a fim de ajudá-lo a facilitar o processo de chegar a uma decisão. O rei e seu reino Era uma vez um rei que vivia num reino mágico muito distante daqui. Um dia, o rei percebeu que havia um problema em um estado do norte de seu reino. O rei sabia que este problema precisava ser resolvido para restabelecer a paz. No entanto, ele não estava muito seguro de como fazer isto e, perturbado pelo problema, pensou nele a tarde inteira. À noite, quando foi dormir, caiu num sono profundo e sonhou que estava em uma reunião com os ministros do reino. Nesta reunião estavam presentes o Ministro do Interior, o Ministro das Relações Exteriores, o Ministro da Saúde, o Ministro da Educação e do Bem-estar Social e o Ministro das Minas e Energia. Durante este encontro, seus ministros foram capazes de colocar e abordar suas questões de tal maneira, que cada um ficou satisfeito. Quando acordou de seu sono, ele estava alegre e feliz, porque tinha aprendido uma nova maneira de resolver o problema. O rei, então, aplicou a nova capacidade encontrada para dirigir seu reino.
CASO
METÁFORA SUBSTANTIVOS
Cliente
Rei
Vida
Reino
do cliente Pensamentos do cliente Sentimentos
contraditórios a respeito de voltar a estudar
Estado
do Norte
PROCESSOS Lidar com problemas no reino
RECURSOS Acesso à mente inconsciente Sonho Intuição das partes internas Ministro das Minas e Energia e Ministro do Interior do cliente Recursos externos Ministro das Relações Exteriores Integridade pessoal, bem-estar Ministro da Saúde, Educação e e educação Bem-estar social Tomar
uma decisão
OBJETIVOS Restaurar a paz no reino
PONTE AO FUTURO Aplicou sua nova capacidade Aplicar a capacidade de decidir ao problema de voltar a estudar encontrada para governar o reino
Roteiro para criar metáforas
1. Evocar um caso-problema. 2. Isolar o problema que se apresenta. 3. Definir o objetivo. 4. Listar os substantivos. 5. Listar as palavras processuais (verbos, advérbios, adjetivos). 6. Selecionar o espaço semântico. 7. Criar um substantivo para cada substantivo do problema. 8. Criar uma palavra processual para cada palavra do homem.
9. Selecionar os recursos necessários para se atingir os objetivos desejados. 10. Transferir esses recursos em consistente com o espaço semântico selecionado.
linguagem
metafórica
11. Estabelecer uma ponte ao futuro e traduzi-la no espaço metafórico. Exercícios sobre o uso de anedotas
Copyright 1984, Jeffrey K. Zeig, Ph.D TEMAS DA HISTÓRIA Indução Regressão ao óvulo Auto-confiança 5 anos * Engano 5 anos Acreditar nos outros 7 anos * Engano 7 anos Domínio 10 anos Imagem corporal positiva 15 anos Orientação para exterior 18 anos Auto-afirmação positiva 21 anos Lembranças de bons sentimentos idade atual Lembranças de ter aprendido com os erros idade atual Busca de aprendizado no futuro idade atual Despertar QUESTÕES TERAPÊUTICAS 1. Contar histórias adequadas para o paciente reviver suas coisas. 2. Observar o paciente. Observar o paciente. Observar o paciente. 3. Manter as histórias interligadas. 4. Contar uma história de três minutos. 5. Trabalhar contra a categoria diagnóstica de desequilíbrio. 6. Contar histórias usando: a) Categorias diagnósticas b) Operações seguras c) Os valores do paciente 7. Trabalhar para manter o transe. 8. Falar alto o suficiente para que todos os elementos do grupo ouçam. FEEDBACK
1. Por favor, trabalhe silenciosamente para não atrapalhar os outros grupos. 2. Obter feedback geral do paciente sem discutir o exercício em detalhes. 3. Você poderá desejar enviar o paciente para fora da sala e dar um ao outro feedback específico. c) TÉCNICA PASSO A PASSO EM CIMA DO SINTOMA As pessoas criam hábitos que, mesmo sem perceberem, seguem uma seqüência. O sintoma, como já sabemos, é a expressão do inconsciente de que algo não vai bem. Ele também segue uma seqüência em sua manifestação. Ele acontece por partes. Primeiro um espirro, depois a sensação de sufoco, depois a taquicardia, o suor frio, o tremor e o medo de morrer, por exemplo. Isto é uma seqüência que se manifesta num paciente. Nesta técnica há dois objetivos. O primeiro, ressignificar o que para o paciente leva ao pânico; o olhar enfocado em algo ruim. O segundo, injetar um vírus na seqüência que determina o problema. Quando você muda os passos, muda o padrão e assim muda a forma como o problema é gerado. E uma técnica muito simples que aprendi com Jeffrey K. Zeig. Como é uma técnica passo a passo, você seguirá passos. Com o tempo, aprenderá a fazê-lo automaticamente. Utilizando cada passo como a pessoa cria o problema, ressignificando e criando a indução com estes mesmos passos, só que ressignificados. O paciente já conhece esse caminho, por isso ele já vai automaticamente. Ele só não percebe que inconscientemente, estamos mudando a visão daquilo que era negativo para um enfoque positivo. Vamos ver os passos:
• Pergunte com que se parece o problema da pessoa. Ela vai lhe dar a metáfora que você poderá utilizar mais a frente. • Pergunte como o problema acontece. Peça uma seqüência. O que vem primeiro. Depois e depois. Anote no mínimo cinco passos desta seqüência Você vai utilizar estes mesmos sintomas, problemas, ressignificando-os. • Em seguida, crie uma indução onde colocará os passos ditos de uma forma que se transformem em passos positivos. • UTILIZE, você já sabe como fazer. Veremos, a seguir, um exemplo desta indução. Não é possível criar um roteiro único, porque cada pessoa terá o seu sintoma e a sua seqüência. O que você terá em mente é o seguinte: 1) INDUÇÃO através dos mesmos passos. Na indução tenho três etapas a cumprir - Absorção, ratificação e eliciação. Durante a absorção vou introduzir a seqüência de passos, ressignificando o
que é negativo e desta maneira injetando um vírus bom que muda o problema para CALMA, BEM ESTAR, etc. Deve-se, então, utilizar os passos do cliente, dentro da absorção, para colocá-lo: - Bem acomodado - Respirando mais tranqüilamente - Relaxando o corpo - Voltando-se para dentro em busca de soluções - Descobrindo que pode se acalmar. Vamos ao exemplo: Rapaz deprimido devido a síndrome de pânico, que não lhe permite mais fazer as coisas NORMAIS da vida. Fica preso dentro de casa, só enxerga as coisas como se elas fossem desabar sobre sua cabeça. A pressão é muito forte. Com que se parece seu problema? Afundando num buraco. Os passos de como ele entra em pânico: - pensa em algo sistematicamente - respiração curta - suor nas mãos - não vou dar conta, vou cair - não quero sentir, mas já estou sentindo medo. A expressão usada pelo paciente para o seu problema é aprofundar num buraco. Que tal, já que aprofunda tão bem, aprofundá-lo num lugar seguro e protegido, onde poderemos retirar a pressão?! Eis a nossa meta. Existem algumas palavras que podemos aproveitar para ressignificar. Elas já fazem parte do vocabulário dele. Podemos apenas mudar o significado. São elas: Coisas normais, ficar preso, enxergar, desabar, pressão. Assim, durante a indução fui dizendo... ... E você pode fechar seus olhos agora... ir lá para dentro... onde só você ENXERGA a PRESSÃO... e então, (1) pensar em algo bom, sistematicamente... aprendendo a FICAR PRESO no bem estar... Você pode ir DESABANDO seus pensamentos em algum lugar aí dentro de você (2)... de modo que você pode respirar e a curto prazo... sentir FICAR PRESO no bem estar... Inspirando e abrindo o peito... Soltando (3) o suor que fica preso às suas mãos... e a cada vez que você respira... a curto prazo vem o bem estar... e assim VOCÊ PODE IR AFUNDANDO na sensação de paz... (4) e cair na tranqüilidade segura de FICAR PRESO na segurança que vem lá de dentro do seu peito... e deste modo, (5) você já estará sentindo alguma diferença em AFUNDAR na calma que traz a luz e a liberdade... Isto é apenas uma indução. Divirtase. Procure seguir os passos do problema para seguir a solução e vá criando induções únicas para aquele momento. d) TÉCNICAS DE ENTREMEAR PALAVRAS
Esta técnica segue o mesmo padrão. Veja as palavras chave que a pessoa utiliza constante e, que podem ajudá-la em seu problema, se forem ressignificadas. Utilize delas, durante o transe, mudando a entonação de sua voz e mudando o sentido enfocado pelo paciente. Por exemplo: perder peso. É algo tido como muito difícil pelos pacientes obesos. Eles detestam pensar em ter que PERDER. Mas você pode ressignificar perder o que é feio, ganhar leveza. Perder tristeza, decepção. Milton H. Erickson era um mestre nesta arte. Sempre que podia ele entremeava alguma palavra comum ao cliente num sentido. Experimente, você vai gostar. Faça isso também na sua vida pessoal. ... Quando você descobre um caminho novo que te leva ao paraíso... Você só quer segui-lo... O silêncio faz parte do ser humano... É uma das maneiras de encontrar-se... Para chegar ao seu silêncio você também precisa de tempo e treinamento.
METÁFORAS
Por Sofia Bauer
“Consiste em dar à coisa um nome que pertence a outra coisa qualquer” (Aristóteles) ANALOGIA “Ponto de semelhança entre coisas diferentes. Semelhança, similitude, parecença” (Dicionário Aurélio) Metáfora: - Aquilo que carrega o sentido - Faz uma conexão de significados - Ressignifica (reenquadra um novo significado) - Imagens no lugar de palavras - As imagens são parte da linguagem mais primitiva - Quando nos falta palavras para os sentimentos falamos através das imagens... Objetivo da aula: A- Buscar uma meta
B- Orientar para a solução C- Entremear palavras ressignificadas D- Fazer uma nova conexão para a solução “a ponte” E- Trabalhar para eliciar os recursos da pessoa F- Dar sugestão pós hipnótica através da estória. Como criar as estórias? A- Estórias prontas B- Estórias inventadas Para todas elas: Sintetizar o problema → o que eu desejo comunicar? Como montar a estória? A- Buscar a meta: O que eu desejo comunicar? Depressão → De- pressão → Evitar pressão → Descanse Nada como uma formiga de costas quebrada aprendendo a descansar com a cigarra. B- Orientar para a solução O que esta faltando para esta pessoa? Onde está bloqueada? O que precisa aprender para chegar lá? Como se consegue isso? O que a impede? Crença limitante? Todo mundo tem suas polaridades... EX: Depressão De-pressão descanso não posso! Tenho que ser “legal” Custo alto cansaço corpo pára POSSO SER FELIZ SE AGRADAR A MIM →
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MESMO EM 1º LUGAR
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ASSIM AGRADAREI BEM A TODOS!
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C- Entremear palavras que ressignificam - Observar palavras idiossincráticas: pesado, arrastado, difícil, tortuoso, grande demais, etc... - Ressignificar estas palavras - Entremeá-las nas estórias, dando novo significado → vírus no padrão anterior EX: estória do tomateiro em dois casos diferentes – incontinência urinária (tomateiro demora a crescer...). - Câncer terminal (tomateiro cresce com toda serenidade...) D- Fazer uma nova conexão para a solução “A ponte” - O personagem tem características do problema - O tema tem uma solução embutida - A estória entremeia novos significados - A “antena” do paciente capta a idéia indireta do caminho para a solução “ Meu terapeuta contou-me uma estória que tem a minha cara. Adorei”. E – Eliciar os recursos - Todo mundo tem recursos/ habilidades
- Buscar os recursos (tesouros) - Entremear os recursos na metáfora como parte integrante daquela pessoa. EX: dona formiguinha era muito trabalhadeira, adorava ajudar a todo mundo, carregava mais peso do que deveria e agora está aprendendo saudavelmente a ajudar a si mesmo em 1º lugar...
F – Sugestão pós- hipnótica - A metáfora em si já é sugestão indireta - Dar sugestões daquilo que você deseja eliciar de recursos da prórpia pessoa. - Entremear a sugestão dentro da estória dita. EX: ... e na medida que a formiguinha trabalhadeira mas muito cansada, aprendeu um pouco com a dona cigarra, ela viu que poderia descansar e ganhar mais saúde... para trabalhar mais saudavelmente/ protegidamente...
SEMPRE TRAZER UM NOVO CAMINHO - Onde há sombra → trazer luz - Onde há uma polaridade → colocar sua outra polaridade - Procurar estórias que coloquem a polaridade sombra à vista, mas também os recursos. - Sempre entremear soluções saudáveis - As vezes, com uma 2ª estória dentro da 1º estória. UTILIZAR SUGESTÕES DE PROCESSO ... Isso vai continuar... como um processo... Tudo que você precisa mudar leva tempo... E vai mudando... mas o processo já começou... um pouquinho só a cada momento... GRAVAR FITAS - Gravação de fitas com estórias específicas para cada pessoa. - Ressignificando - Entremeando recursos - Dando sugestões pós-hipnóticas - Reorientando para solução A METÁFORA QUE A PESSOA FAZ SOBRE O SEU PRÓPRIO PROBLEMA - Perguntar: com o que se parece o seu problema? - Ver se ela traz símbolos, lembranças infantis ou sonhos. - Utilizá-los PONTOS CHAVES - Metáfora e símbolos o paciente. - Palavras idiossincráticas → mudar o significado - Crenças limitantes → possibilidade de conversar com a criança interior através da estória e ensiná-lo sobre como fazer de um jeito adulto. - Buscar e resgatar os recursos da pessoa - Conotar positivamente tudo que se passa - Utilizar as experiências vividas com recurso (todas as experiências são aprendizagens...) - Abrir alternativas (caminhos)
- Fazer muitas modalidades sensoriais (cor/ cheiro/ sons/ descrições, etc...) - Por o problema no passado... A formiguinha era muito trabalhadora... - Por a solução no presente... agora, ela esta aprendendo a descansar para trabalhar saudavelmente... - Conectar as sugestões com uma meta - Sugestões pós- hipnóticas - Palavras de proteção (Teresa Robles) Vamos aprender a fazer estórias Problema → De-pressão Esgotamento Cansaço Solução → ↓ Pressão Descanso Recuperação da energia Estórias → Formiga Ostra/ pérola Mulher/ pássaros Onça enjaulada Jardim mal cuidado Metáfora para Pânico Pânico: Pressão + Desproteção Falta de ar Exigências demais Solução: Pare! Respire! Feche a percepção exagerada Descanse Auto Metáforas: Arvorezinha isolada Pegadas na areia Jardim do rei Vasos imperfeitos ANSIEDADE Problema
Solução
Inquietação Trabalhar demais Preocupações em excesso Auto exigências Cansaço
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Ver por outro ângulo Remodelar o tempo Descanso
Metáforas
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Rei e o quadro da paz Pedras grandes no vaso
EXERCÍCIO I – Aquecimento - Duplas - Contar um caso verdadeiro de sua infância por 2’ rapidamente sem detalhes (cor, cheiro, sons, descrições), sem emoção. - Recontá-lo nos mesmos 2’ com riqueza de detalhes e associando emoção na fala - Comentários
EXERCÍCIO II – Aquecimento - 2ª pessoa vai contar um caso verdadeiro inspirada no seu caso, com detalhes, emoção e colocando palavras especiais que podem TOCAR a 1ª pessoa. EXERCÍCIO III – Montar uma estória para... Grupo de 5 pessoas: 1 paciente – Pânico, fobia, problema conjugal, insônia, depressão, ansiedade, etc... 4 contadores de estória – 1- Ouvir relato do caso 2- Anotar meta recursos palavras indiossincráticas 3- Construir estória 4- Entremear recursos palavras ressignificadas 5- Contar a estória com detalhes, emoção e sugestão pós-hipnótica 6- Comentários