Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Naval e Oceânica
PNV-2300 – Introdução à Engenharia Naval O Navio
Marcos M. O. Pinto
[email protected]
O que é e o que precisa o navio?
• carga
• espaço
• flutuaçao
• Suporte
estrutural
• acessos
• Propulsao
e manobra
• comando
Geometria do Navio Na determinação da geometria de uma embarcação, é usual em engenharia naval utilizar um conjunto de dimensões principais, coeficientes de forma e relações adimensionais . • Descrevem as dimensões da embarcação nas
Dimensões Principais
direções longitudinal, transversal e vertical e definem 80% do seu desempenho
• Coeficientes
Coeficientes de Forma
admensionais que comparam embarcações de # tamanhos e fornecem informação de mais 15% do seu desempenho. Muito úteis na comparação das embarcações
• Descrição geométrica detalhada do casco e de
Plano de Linhas
sua superfície e que completa a definiçõa dos outros 5% do seu desempenho
As dimensões principais definem a geometria de uma embarcação nas três direções e são características muito importantes para o seu projeto.
L
Comprimento, em inglês Length (L )
Boca, em inglês Beam (B)
Calado, em inglês Draft (H)
Borda Bo rda L ivre, ivre, em inglês Freeboard (F)
Pontal, em inglês Depth (D)
B F D H
Medidas de porte – Aqui dá confusão
Gross Tonnage
• Tonelagem Bruta: soma de todos os volumes dos espaços
Deslocamento
• Deslocamento: é o peso massa do volume de água deslocada
DWT Deadweight
DWT de carga
Peso Morto
cobertos, fechados de modo permanente e estanques à água que não estejam sob pressão.
pelo navio. Usialmente medido em toneladas ou ton (tonelada inglesa) embora se refira sempre a toneladas força • Tonelada de Porte Bruto: peso, em toneladas métricas, que o
navio é capaz de receber a bordo sem prejuízo de suas condições de segurança, isto é, carga, combustíveis, tripulação, etc... Em geral refere-se ao DWT como a carga total que um navio pode receber. • Tonelada de Porte Bruto da carga: análogo ao DWT porém
considerando somente a carga transportada
• Peso Morto: peso leve de um navio, sem carga a bordo.
Nomenclatura fundamental
Proa, Meia-nau e Popa
Bombordo e Boreste
Casco Simples, Duplo Fundo e Casco Duplo
Conveses, cobertas, plataformas
Pau de Carga Convés Principal
Paiol da Amarra
Tijupá Passadiço Escotilha
Porão 5
Túnel do Eixo Tanque de Colisão AV
Porão 4
Praça de Máquinas
Antepara Estanque
Porão 3
Porão 2
Duplo-Fundo
Porão 1
Tanque de Colisão AV
Nomenclatura: elementos geométricos
a. INTRODUÇÃO
boca
Nomenclatura. Termos Náuticos
Plano Diametral popa
comprimento
tombadilho
boreste
AR
superestrutura proa
convé s
castelo bochecha AV
bombordo
linha d’água
calado AV
borda livre
pontal
Obras Vivas
alheta
calado AR
Obras Mortas
Fig. 1 – Nomenclatura do Navio
Nomenclatura : Estrutura dos Cascos Metálicos bico de proa
antepara de colisão
braçola da escotilha chapeamento do convés
sicorda
castelo
cavernas vau pé de galinha
trincaniz
longarina teto do duplofundo borboleta
bochecha de BB
boeiro
forro exterior
longarinas
cavernas quilha longarinas
bojo
hastilha
resbordo s
Nomenclatura fundamental
SUPERESTRUTURA TIJUPA
MASTRO DE VANTE
AMANTILHO CHAMINÉ
CASTELO DE PROA
PAUS-DE-CARGA PLATAFORMA APARELHO DE ESCOTILHA
IÇAR MOTOR DO LEME
ESCOTILHA
ESCOTILHA
PAIOL DO MESTRE CONVÉS
MADRE DO LEME
PORÃO LEME
PÉ-DO-CADASTE
PORÃO
PORÃO
PORÃO
PORÃO
COBERTA COBERTA TANQUE DE COLISÃO AV
TÚNEL DO EIXO TANQUE DE ÁGUA DOCE OU DE ÓLEO TANQUE DE COMBUSTÍVEL NO DUPLO FUNDO COLISÃO AR
PAIOL DA AMARRA TANQUE DE ÓLEO
Nomenclatura fundamental Convés Vau do Convés
Chapeamento do Convés Trincaniz do Convés
Antepara Estanque
Vau da Coberta Cavernas
Costado
Chapeamento da Coberta
Cobertas
Pé-de-Carneiro Forro Interior do Fundo (Teto do Duplo Fundo)
Bojo Forro Exterior do Fundo
Longarinas ou Longitudinais
Quilha
Duplo Fundo Duplo
Fundo
Cavernas Cavernas Hastilhas Hastilhas
Tipos de Navios – As grandes classes de produtos Transporte de óleo cru e derivados (28.3%) Transporte de minérios e granéis secos (29.2%) Navio graneleiro
Navio tanque
Transporte de carga geral (26.5%) Demais usos (15.9%)
Navio de passageiros
Navio porta-container Fragata
Ao mapear os diferentes setores da atuação naval fica evidente sua principal função: o comércio Militar
Comércio Bélico Patrulhamento
Indústria
Carga Graneleiros Petroleiros Graneleiros sólidos Químicos Gases liquefeitos Combos
Auxiliares
Pesca MODU FPSO Shuttle Tankers Dragas Lança Cabos
Rebocadores Pilotos Supply Salvamento Combate a Incêndios Combate à Poluição Quebra-Gelos Pesquisa
Carga unitizada Porta-Contêineres Ro-Ro Porta-Barcaças
Carga geral Multipurpose Box Type Heavy Lift Reefer
Passageiros Cruzeiro Ferries Log Carriers Cattle Carriers
• Em 2007, apenas 35% das
embarcações com peso bruto acima de 100 toneladas não eram comerciais
O número de embarcações existentes é maior quanto menor o custo de transporte • A tabela 2.5 (a seguir) divide
a frota em 47.433 navios que transportam carga e 26.880 que não realizam essa operação. Entre as embarcações que transportam granéis, havia 8.040 tanqueiros em julho de 2007, sendo que aqueles com mais de 60.000dwt transportam óleo cru, e os menores, derivados do petróleo como gasolina e óleo combustível.
Os navios tanque são Destinados ao transporte de granéis líquidos. Os maiores navios do mundo são navios tanque.
•10.000 DWT < Carga < 565.000 DWT •9000 t < Deslocamento < 500.000 t
Valores típicos dos coeficientes
Cb 0.76
CM 0.97
Cp 0.77
C Awl 0.84
Graneleiro
Four Coal
Front Breaker
• • • • •
Fu Da
Objetivo: levar muita carga solta Cb alto (entre 0,7 e 0,8) L/B baixo (entre 5 e 6) Se parece com uma caixa de sapato Navios geralmente de grande porte (> 250m) para rotas intercontinentais – ex. exportação de soja para China
Dimensoes principais e relações de forma de um navio Dimensões principais Definem o navio e buscam otimizar algum critério objetivo, como por exemplo carga transportada ou custos de transporte
D H L
B
Relações de forma • L/B – quanto maior, menor
Antecipam o comportamento do navio em mar e possuem uma faixa característica para cada tipo de navio
resistência de onda e menor a estabilidade • D/H – cargas com densidade menor que 1 permitem D/H maior, melhora a resistência • B/H – relacionado à estabilidade, quanto maior, melhor • Cb – quanto maior, mais parecido com uma caixa será o navio, relaciona-se principalmente com a resistência ao avanço
Diferentes funções e influencia nas formas
• Turismo/ Lazer
• Carga pesada e barata
• Águas fluviais
• Carga cara e pesada
• Gelo
• Carga cara e leve/ fragmentada
• Apoio/ rebocador
• Águas abrigadas
• Ancoramento/ sistema fixo
• Passageiros/ travessias
Graneleiro
Four Coal
Front Breaker
• Objetivo: levar muita carga • Cb alto (entre 0,7 e 0,8) • L/B baixo (entre 5 e 6) • Se parece com uma caixa de sapato • Navios geralmente de grande porte (> 250m) para rotas intercontinentais – ex.
exportação de soja para China
Fu Da
Ilse
Ivan Bogun
Jian Qiang
Kontula
Navio Porta-container
Detalhes do Navio • Cap. = 4.038 TEU • LOA = 292.15 m • Bmld = 32.2 m • hproj. = 11.2 m • VS = 23.4 nós
Características do Projeto • Requisito : Manuseio rápido e
eficiente da carga. • Armazenagem celular e vertical (guias verticais nos porões). • Escotilhas se estendem de bordo a bordo. • Castelo de proa elevado - Flare largo. • Altas velocidades - Formas esbeltas de casco.
Aglaia1
Akinada Bridge • Objetivo: levar carga o mais rápido possível – conteúdo de alto valor • Cb médio (0,6-0,7) • L/B alto (entre 6 e 7) • Seu casco mais esbelto permite maior
velocidade • Navios que operam no Brasil são de 3.000 TEUs. Nas rotas orientais eles chegam a superar os 10.000 TEUs
Al-Abdali
Alianca Brasil
Anke Ehler
Amsteldijk
Cap Blanco
APL Pearl
Arctic Fox
Arctic Ocean
Asir
Chiswick Bridge
City of Tunis
CMA CGM
Colombo Express
Petroleiro
Detalhes do Navio • DWT = 306.430 ton. • LOA = 331.5 m • Bmld = 58 m • hproj. = 21.7 m • VS = 16 nós
Características do Projeto • Capacidade de carga é o fator mais
importante • Pequena borda livre • Superestrutura pequena e a ré
Anna Knutsen
Cielo del Baltico
• Objetivo: levar o máximo de carga asdfasdfasdfasdfasdfasdfasdfasdf possível asdfasdfasdfasdfasdfasdfasdfas Cb alto (entre 0,8 e 0,9) •dfasdfasdfasdfasdfasdfasdfasdf L/B baixo (entre 5 e 5,5) •asdfasdfasdfasdfasdfasdfasdfas Possuem várias dimensões usuais como •dfasdfasdfasdfasdfas
Panamax, Suezmax, Aframax, VLCC, ULCC (este ultimo, L/B pode chegar a 4,5)
Front Ardenne
Iran Sarvestan
Jjuanita
Minerva Eleonora
Saint Petersburg
Ferries
Birka Princess
Falkenstein
• Objetivo: levar carga leve (pessoas) com
segurança • Cb baixo (entre 0,55 e 0,6) • L/B baixo (entre 5,5 e 6) • São de pequeno porte, para transporte de curta distância. O principal fator de projeto é a estabilidade da embarcação, e por isso B/H deve ser alto
Hansestar
Ferries
Regina Baltica
Silja Europa
Red Eagle
Mariella
Navio de Carga Geral
• DWT = 29.500 ton • Casco duplo • Guindastes hidráulicos • Loa = 181m • Bm= 26m • Hproj=9,67m • V=14nós • Motor – 5.760 kW e
115,9 rpm
Navios de carga geral
Abyot
Al Rahim
• Objetivo: levar carga – podem ser
projetados para uma carga específica ou para carga geral • Cb entre 0,55 e 0,7 • L/B entre 5,5 e7 • Na China, a navegação interior é feita com navios de carga geral de pequeno porte. Ele também podem atender a uma rota internacional.
Alblas
Alliance
Beta
Beluga Recommendation
Greta C
Brake
Da Quiang
Danica Hav
Eugenie-M
Navio de Passageiro
Detalhes do Navio
Características Características do Projeto
• Pass.= 1.950
• Borda livre alta
• VS = 21 nós
• Grande superestrutura
• Propulsão Diesel-Elétrica
• Redução ruídos: vibração motores
AIDAcara
Amsterdam 1
• Objetivo: levar pessoas com luxo e por
longas distâncias • Cb baixo (~0,6) • L/B baixo (entre 5,5 e 6) • São de grande porte (>200m) e possuem estabilidade excepcional (B/H alto), que permite grande estrutura acima do deck sem comprometer a restauração
Aurora
Crystal Symphony
Birka Paradise1
Crystal Harmony
Jewel of the Seas
Product & Gas Tankers
Amonith
Bitten Theresa
• Objetivo: transportar produtos químicos
com segurança • Cb médio (entre 0,75 e 0,8) • L/B baixo (entre 5,5 e 6) • São de médio porte (100 - 200m) e são construídos tipos específicos para cada produto a ser transportado. Possuem alto conteúdo tecnológico.
Bonito
Product & Gas Tankers
Bow Hunter
Dansborg
Ekturus
Norman Lady
Rebocador Detalhes do Navio • LOA = 32.72 m • Deslocamento = 660 ton • Bmld = 11.96 m • DCostado = 5.0 m • Motor : 2 x1.800kW x 121 rpm • V = 13.85 nós • Propulsores azimutais
Características do Projeto • Alta manobrabilidade. • Ponte de comando com boa
visibilidade em todas as direções. • Potência dimensionada pela capacidade de reboque. • Propulsão : Tubo Kort, Azimutal, Voith-Schneider.
Bugsier 21
Fairplay V
• Objetivo: empurrar navios • Cb baixo (~0,55) • L/B baixíssimo (entre 4 e 5) • Não carregam carga e precisam de
estabilidade extra para aguentar choques com outros navios. Possuem até quatro motores.
Johannes Matthies
Svava
ZP Chalone
Tug
Bugsier 17
Navio Ro-Ro Detalhes do Navio • DWT = 6600 ton • Pass. = 300 • LOA = 179.6 m • Bmld = 27.2 m • hproj. = 6 m • VS = 18.5 nós
Característica do Projeto • Grande área de convés • Altura suficiente para carga • Acesso externo : Popa, proa • Rampas internas; elevadores • Motores limitados: altura
Grande Napoli
Hoegh Herlin
• Objetivo: levar carga com muito volume
(veículos) • Cb baixo (~0,65) • L/B baixo (entre 5 e 5,5) • Precisam de estabilidade para transportar carga volumétrica. Usualmente são de médio porte (entre 100 e 200m)
Hual Dubai
Hual Transporter
Morning Sapphire
Perseus Leader
Talisman Sea
Grande Napoli
Hoegh Herlin
• Objetivo: levar carga com muito volume
(veículos) • Cb baixo (~0,65) • L/B baixo (entre 5 e 5,5) • Precisam de estabilidade para transportar carga volumétrica. Usualmente são de médio porte (entre 100 e 200m) e podem transportar pessoas
Hual Dubai
Outros CATAMARÃ • Objetivo: ser transparente à resistência de ondas • Cb médio (~0,7) • L/B alto (entre 9 e 13) • Soma estabilidade a baixa resistência ao avanço, ideal para altas velocidades e pouca carga.
FRAGATA • Objetivo: ser ágil e levar grande quantidade de material bélico • Cb médio (~0,7) • L/B alto (~8,5 ) • Precisa ser esbelto (L/B alto) para atingir velocidades elevadas em ação, porém enfrenta problemas sérios de estabilidade
Embarcações com Hidrofólio (1)
Pass : 64
D
= 28 ton.
V S = 70 km/h.
Características do Projeto •Aplicação águas rasas. •Sustentação controlada pela proximidade do fólio à superfície livre. •Eixo propulsor inclinado (~9o) . Simples e robusto.
Embarcações com Hidrofólio (2)
Características do Projeto •Águas costeiras: mares médios. •Sustentação: Variação imersão dos fólios. •Inerentemente estáveis. •Simplicidade de construção e operação. •Motores
Diesel. •Inclinação maior do eixo: maior calado de operação
Pass : 125 nós.
D
= 60 ton.
V S = ~30
Embarcações com Hidrofólio (3)
Características do Projeto •Melhor desempenho em mar aberto. •Fólio totalmente submerso. •Controle de atitude semelhante avião: atuadores modificam ângulo cia fólio ou dos flaps. •Controle de peso.
Pass : 350
D
= 110 ton.
V S = 42 nós
A redução nos custos e o aumento da demanda tem impulsionado um incremento nos tamanhos dos lotes e dos navios Evolução do tamanho médio dos navios
• O crescimento no porte de
graneleiros, LNG e portaconteineres mostra que o ganho de escala de aplica a todos • Marcos, você disse para usar essa figura e uma de conteineiros que eu tenho. Não• me recordo que se figura Portos que não é, mesmo após dar uma olhada nas figuras deixarão que eu de ser adaptarem tenho. Qual é? competitivos • O tamanho médio dos petroleiros reduziram na década de 80, devido a uma redução nos tamanhos dos lotes
O ganho de escala fica evidente quando se compara navios que transportam o mesmo tipo de carga e diferenciam-se apenas no tamanho Economia de custos com aumento dos navios – graneleiros
• Movimentar granel em um
Capesize é 60% mais barato do que transportar em um Handy • Portos com infraestrutura suficiente (tamanho do calado, do cais, equipamentos) são fundamentais para atender às necessidades comerciais da região
• Slide com o tamano dos navios Handy,
Handy max, panamax, Aframax, Suezmax, VLCC,ULCC
Classes de navios de carga • 10.000
• 15.000 < DWT < 50.000 Handymax • L=170m B=20m H=9m
Suezmax
• 50.000 < DWT < 80.000 • São os maiores navios que conseguem cruzar o Canal do Panamá Panamax • L = 250m B= 30m H=12m
Aframax
• 80.000 < DWT < 120.000 • São os maiores navios segundo a c lassificação AFRA (Average Freight Rate Assessment) • L=230m B=40m H=14m
VLCC
• 120.000 < DWT < 200.000 • São os maiores navios que atravessam o Canal de Suez Suezmax • L=270m B=43m H=18m
VLCC
• 200.000 < DWT < 300.000 • L=330m B=55m H=20m
ULCC
• DWT > 300.000 • L>400m B=60m H=23m
Malaccamax
• DWT > 380.000 • L = 470m B=60m H=20m • Quando construídos, serão os maiores navios a cruzar o estreito de Malacca
ULCC
A economia de escala advém do melhor desempenho e custos de afretamento, por tonelada, de navios maiores Dados em Premissas do cenário • Dias de porto (por viagem) • Dias de afretamento • Velocidade (nós) • Preço do combustível (USD/ton) • Backhaul (0%) Custo por tonelada carregada Toneladas transportadas por ano Dias por viagem
Tamanho do navio
6 350 14 200 0
dwt 170.000 72.000 46.000 30.000
Custo do navio pa Custo de combustível Toneladas transportadas pa
Custos de afretamento
Custos de combustível
$/dia $ mill pa 24.374 8,53 16.360 5,73 13.657 4,78 11.494 4,02
Tons/dia $ mill pa 39 2,73 30,5 2,135 24,3 1,701 22 1,54
Dias por viagem
Velocidade
24
Dias de porto (por viagem)
Variação de custo de frete e toneladas transportadas por tamanho da rota
Milhões de toneladas
2 1.5 1 0.5
Rota: 8.000 milhas
0 46,000
Milhões de toneladas
$/t
2.5
72,000
$/dwt/pa 66 109 141 185
Capacidade do navio (dwt)
Tamanho da rota
$/t
170,000
Total $/dwt/pa
Dias afretado
Variação de custo de frete e toneladas transportadas por porte de navio 14 12 10 8 6 4 2 0
backup
Características das embarcações
Independente do tamanho do navio ele fará 15 viagens anuais, navegando por 260 dias totais
12 10 8 6 4 2 0
2.4 1.8 1.2 0.6
Porte do navio: 72.000 dwt
(milhas )
30,000(dwt)
Custo total por tonelada transportada ($/t)
0
Custo total por tonelada transportada ($/t)
A tabela mostra os diferentes valores relativos ao transporte de carga e volume de viagens para cada tamanho de rota e de navio, considerando as premissas assumidas no chart anterior
Esses valores estão representados nos gráficos do chart anterior
• Os custos totais por
tonelada seguem a mesma proporção de acordo com o tamanho do navio, embora aumentem para rotas
As restrições de navegação para as dimensões dos navios ocorrem principalmente em três regiões do mundo. CANAL DO PANAMÁ •Comprimento: 305 m •Boca: 33.5 m •Calado: 26 m •Altura: não há
CANAL DE SUEZ •Comprimento: não há •Boca: 77.5 m (em algumas situações) •Calado: 19 m •Altura: 68 m
ESTREITO DE MALACA •Comprimento: 470 m •Boca: 60 m •Calado: 23 m •Altura: não há
O Knock Nevis é o maior objeto móvel já construído pelo homem. Transformado em FPSO em 2004, ele comporta mais de 4.000.000 de barris de petróeo, o equivalente a mais de 18.000 caminhões tanque. •Nome: Knock Nevis
(antigo Jahre Viking) •Comprimento: 458.4 m •Boca: 68.9 m •Calado: 24.5 m •Capacidade : 565.000
DWT
Knock Nevis - Comparações
Os navios graneleiros são destinados ao transporte de granéis sólidos e minérios.
•10.000 DWT < Carga < 365.000 DWT •9000 t < Deslocamento < 350.000t
Valores típicos dos coeficientes
Cb 0.78
CM 0.99
Cp 0.78
C Awl 0.84
O Berge Stahl opera na rota São Luís/MA – Roterdã transportando minério de ferro para a Companhia Vale do Rio Doce. Devido ao seu calado, ele só atraca nestes dois portos no mundo inteiro. •Nome: Berge Stahl •Comprimento: 343 m •Boca: 65 m •Calado: 23 m •Capacidade : 365.000
DWT
Os navios porta containers transportam somente carga conteineirizadas e são o principal meio de transporte de mercadorias em geral.
•2.000 TEUs < Carga < 15.000 TEUs
Valores típicos dos coeficientes
Cb 0.71
CM 0.98
Cp 0.72
C Awl 0.80
Os navios porta containers transportam somente carga conteineirizadas e são o principal meio de transporte de mercadorias em geral.
O Emma Maersk é o maior conteineiro do mundo. Com pintura do casco em silicone, que dimunui a resistência do casco, ele economiza 1,2 milhão de litros de combustível por ano. Trabalha com 11 portêineres para carregar e descarregar os containers, cada um a 27 mov/hora.
•Nome: Emma Maersk •Comprimento: 397 m •Boca: 56 m •Calado: 15.5 m •156.000 DWT •Capacidade : 15000
TEUs (estimado pois não se conhecem seus dados verdadeiros)
Os navios de passageiros transportam pessoas nas mais diversas rotas ao redor do mundo.
•1000 < Passageiros < 3000 •Velocidade de cruzeiro: 21 nós •Cascos com forma esbelta e grande borda livre •Baixo CB (0,6) e L/B (entre 5,5 e 6) •L > 200m
O Queen Mary II foi lançado em 2004 sendo o maior navio de cruzeiro já construído. Tem uma altura total de 72 metros. Seu comprimento é equivalente a 5 jatos A-380. Transporta mais de 3.000 passageiros e tem uma tripulação de 1.250 pessoas. Queen Mary II
•Nome: Queen Mary II •Comprimento: 345 m •Boca: 41 m •Calado: 10.1 m •Capacidade : 3000
passageiros
Comparações
O plano de linhas é o conjunto de vistas e cortes ortogonais às três direções principais - longitudinal, transversal e vertical - e que representa o contorno das linhas do casco.
Plano de Linhas D’água
Plano de Alto
Plano de Balizas
Os coeficientes de forma são úteis nas estimativas de potência e para expressar o preenchimento de volume das formas do casco em geral e das formas das seções transversais e linhas d’água. •
Coeficiente de bloco (CB) Este coeficiente mede quão cheias são as formas do navio. Deslocamento Volumétrico
Indica a proporção entre as formas do navio e uma caixa de dimensões L, B e H.
• Menor capacidade de carga • Aproxima-se menos da forma do
Navios com baixo C B
paralelepípedo circunscrito à embarcação
• Maior capacidade de carga • Sua forma se assemelha a do
Navios com alto C B
0,20 < C B < 0,80
paralelepípedo de dimensões L, B e H.
Regressão de Towsin, baseado em Watson e Gilfillan:
Os coeficientes de forma são úteis nas estimativas de potência e para expressar o preenchimento de volume das formas do casco em geral e das formas das seções transversais e linhas d’água. •
Coeficiente Prismático (CP ) É a relação entre o volume deslocado e o produto de L pela área da seção mestra. 0,55 < C P < 0,90 Este coeficiente é usado nos estudos de velocidade e potência. Também pode ser visto com função do número de Froude.
Navios com baixo C P
Navios com alto C P
• Maior velocidade • Requerem menos potência • Possuem forma mais alongada com
conicidades significativas nas extremidades
• Menor velocidade • Requerem maior potência • Possuem formas mais cheias, com corpo
paralelo médio maior
Os coeficientes de forma são úteis nas estimativas de potência e para expressar o preenchimento de volume das formas do casco em geral e das formas das seções transversais e linhas d’água. •
Coeficiente de Seção Mestra (CM) É a relação entre a área da parte imersa da seção a meia-nau e a área do retângulo circunscrito.
Este coeficiente se relaciona à flutuação carregada e indica o quanto a área da seção mestra ocupa do retângulo B x H.
0,75 < C M < 0,99
Atual best practice na Alemanha Benford – Série 60:
Schneekluth e Bertram: (Kerlen) (HSVA Linienatlas)
Os coeficientes de forma são úteis nas estimativas de potência e para expressar o preenchimento de volume das formas do casco em geral e das formas das seções transversais e linhas d’água. •
Coeficiente da Área de Flutuação (CWL) É a relação entre a área de flutuação e o retângulo circunscrito a ela.
Indica o quanto a área de flutuação ocupa do retângulo L x B.
Como o formato da área de flutuação projetada se correlaciona bem com a distribuição de volume ao longo do comprimento, o C WL pode ser estimado a partir de um dado Cp.
0,67 < C WL < 0,85 Note-se que a dependência de C WL com relação ao formato da área de flutuação implica em uma forte correlação com as propriedades de inércia e, portanto, com os valores de BM.
Os coeficientes de forma são úteis nas estimativas de potência e para expressar o preenchimento de volume das formas do casco em geral e das formas das seções transversais e linhas d’água. •
Coeficiente de Almirantado (CALM) Relaciona uma determinada velocidade e a potência requerida para atingi-la. 2/3
3
Como a velocidade aparece ao cubo, segue que o coeficiente de almirantado, e consequentemente a potência requerida para atingir esta velocidade, cresce rapidamente com o aumento da velocidade da embarcação. Ajuda nas fases preliminares de projeto onde fornece uma estimativa da potência requerida segundo o requisito de velocidade da embarcação.
Os coeficientes de forma são úteis nas estimativas de potência e para expressar o preenchimento de volume das formas do casco em geral e das formas das seções transversais e linhas d’água.
Os métodos paramétricos utilizam, além dos coeficientes de forma, adimensionais baseados nas dimensões principais do navio. – L/B – Indica a esbelteza da embarcação • Os valores típicos de L/B variam
L
4,0, L ≤ 30 m
B
4 < L/B < 10
de 4,0 a 10,0 e Watson e Gilfillan recomendam: 4,0+0,025.(L –30), 30 m≤L ≤130 m 6,5 L ≥ 130 m
O raio de giro da embarcação maior também é maior que o da outra
• L/B pode ser usado para escolhas
independente de L e B ou para conduzir à escolha de determinado B, a partir de um L inicial.
E também se relaciona com a resistência ao avanço e a manobrabilidade:
A resistência cresce quando L/B diminui
Os métodos paramétricos utilizam, além dos coeficientes de forma, adimensionais baseados nas dimensões principais do navio. – B/H – Predição efetiva da estabilidade intacta inicial da embarcação, além de
influenciar na resistência residual, estabilidade transversal e superfície molhada. BMT é afetado primariamente pela boca B. Na verdade por B2/(CB.T)
O acréscimo de 3% antecipa efeitos de superfície livre.
KG é afetado de maneira direta pelo pontal (B/H).
Limites encontrados na literatura: • Navios com limitação de peso: B/H
máx
• Navios com limitação de volume: B/H
≈ 1,90
máx
≈ 1,65
• Extremos recentes: • petroleiros: B/H máx ≈ 1,91 • graneleiros: B/H máx ≈ 1,88 • conteineiros: B/H • ULCCs: B/H
máx
máx
≈ 1,70
≈ 2,50
1.8 < B/H < 4
Os métodos paramétricos utilizam, além dos coeficientes de forma, adimensionais baseados nas dimensões principais do navio. – L/D – Relaciona-se diretamente com a estbilidade estrutural longitudinal da
embarcação. Onda de comprimento muito menor que o comprimento do navio
Onda de comprimento muito maior que o comprimento do navio
Onda de comprimento crítico (alquebramento)
Onda de comprimento crítico (tosamento)
• Nas embarcações com comprimentos na faixa dos 100m aos 300m, o momento-fletor devido aos carregamentos de ondas é o principal fator que influencia na resistência estrutural do casco. • Nessa faixa, o momento-fletor cresce com
o comprimento do navio. • A habilidade do casco em resistir a esses momentos depende do momento de inércia na seção-mestra (que varia com B e D 3). • Portanto, a razão L/D está relacionada com a habilidade do casco em resistir aos momentos longitudinais. • Cada sociedade classificadora possui regras próprias que levam em consideração os limites para esse coeficiente.
7.5 < L/D < 22.5
Marés são as alterações do nível das águas do mar causadas pela interferência gravitacional da Lua e do Sol (esta última com menor intensidade, devido à distância) sobre o campo gravitacional da Terra
Tábua de marés
Efeito gravitacional, exagerado, da Lua e do Sol sobre as águas, gerando o fenômeno das marés.
Mineraleiro
Petroleiro