Sistema Motor – Sistema Sistema Vestibular e tronco encefálico
Centros Ordenadores
Núcleos Vestibulares Formação Reticular.
Os axônios descendentes da formação reticular constituem os feixes retículo-espinhais, vias que participam de mecanismos posturais.
Núcleo Rubro. Núcleo situado no
mesencéfalo, mesencéfalo, que forma a via descendente tracto rubro-espinhal, coadjuvante do comando motor dos membros (musculatura distal).
Córtex Cerebral Colículo Superior. O colículo superior – um um dos núcleos do tecto – recebe recebe aferências multissensoriais (visuais, auditivas, somestésicas), somestésicas), e por isso suas fibras f ibras motoras participam das reações de orientação sensório-motora,
isto é, as que posicionam os olhos e a cabeça em relação aos estímulos que provêm do ambiente. O colículo superior possui projeções para o nervo vestibular. Os neurônios do núcleo vestibular não diferenciam projeção do colículo ou do nervo vestibular.
Vias descendentes de comando→ modulação{ reflexos/ movimentos voluntários
Os motoneurônios laterais inervam principalmente a musculatura apendicular distal, ou seja, dos braços, pernas, mãos e pés, sendo por essa razão relacionados ao comando dos movimentos finos das extremidades. A população de motoneurônios mediais, por outro lado, inerva principalmente a musculatura axial do tronco e a musculatura apendicular proximal (antebraço e ombros), sendo encarregado do comando dos movimentos axiais do corpo, ou seja, aqueles mais relacionados à postura e ao equilíbrio corporal. Logo, formulou-se a existência de sistemas laterais e mediais de vias descendentes, que se relacionam com seus respectivos motoneurônios. Essas vias descendentes terminam arborizando-se em motoneurônios e interneurônios.
1 Thiago M. Zago
medUnicampXLVI
- origem→ córtex cerebral - tracto córtico-espinhal lateral - contralateral - movimentos apendiculares voluntários - sistema lateral - origem→ núcleo rubro - tracto rubro-espinhal - contralateral - movimentos apendiculares voluntários
- origem→ córtex cerebral - tracto córtico-espinhal medial - bilateral (cruzamento parcial) - movimentos axiais voluntários
- origem→ colículo superior - tracto tecto-espinhal - contralateral
- vias descendentes
- orientação sensório-motora da cabeça
- origem→ formação reticular pontina - sistema medial
- tracto retículo espinhal pontino - ipsilateral - ajustes posturais antecipatórios
- origem→ formação reticular bulbar - tracto retículo-espinhal bulbar - ipsilateral - ajustes posturais antecipatórios
2 Thiago M. Zago
medUnicampXLVI
- origem→ núcleo vestibular lateral - tracto vestíbulo-espinhal lateral - ipsilateral - ajustes posturais para a manutenção do equilíbrio postural
- origem→ núcleo vestibular medial - tracto vestíbulo espinhal medial - ipsilateral - ajustes posturais da cabeça e tronco
- ini bida → Formação Reticular do Bulbo, Núcleo Rubro - extensora
- estimul ada → Formação Reticular da Ponte, Núcleos Vestibulares - musculatura
- ini bida → Formação Reticular da Ponte, Núcleos vestibulares - flexora
- estimul ada → Formação Reticular do Bulbo, Núcleo Rubro
Receptores de equilíbrio
O órgão receptor do equilíbrio é chamado órgão vestibular. Situa-se próximo ao órgão auditivo e , na verdade, compartilha com ele o sistema de canais cheios de líquido : o chamado labirinto membranoso, alojado dentro do labirinto ósseo. Consiste em duas partes distintas: os órgãos otolíticos, detectores de posição estática e de aceleração linear da cabeça, formados pelo sáculo e utrículo; e os canais semicirculares, três detectores de aceleração rotacional (angular) da cabeça. O interior dessas estruturas tubulares é preenchido por endolinfa, semelhante à escala média da cóclea. Os receptores são células de origem epitelial. O mecanismo de transdução do órgão do equilíbrio depende da deflexão de estereocílios, seguida da gênese de um potencial receptor bifásico que se espalha à porção basal da célula ciliada, despolarizando-a. Igualmente, ocorre transmissão sináptica química dessa informação analógica 3 Thiago M. Zago
medUnicampXLVI
para as extremidades dendríticas de neurônios bipolares, e a codificação digital da informação, que passa então a ser conduzida pelas fibras vestibulares do tronco encefálico. Para captas esse tipo de estímulo, os estereocílios estão ancorados em uma espessa lâmina gelatinosa, sobre a qual estão incrustadas milhares de concreções minerais microscópicas chamadas otólitos. A ação constante da gravidade sobre os otólitos deflete os estereocílios gerando um potencial receptor, e qualquer modificação da cabeça modifica também esse potencial receptor, seja despolarizando ou hiperpolarizando a membrana. Da mesma forma, quando o indivíduo se desloca em linha reta, e portanto desloca também a sua cabeça, a aceleração linear que este sofre “empurra” os otólitos em direção oposta (em função de sua inércia), o que
mudará a posição dos estereocílios e gerará mudanças no potencial receptor. No caso dos canais semicirculares, os estereocílios estão embebidos em uma estrutura gelatinosa chamada cúpula, que forma uma espécie de êmbolo vedando o interior do canal. Como os canais são curvilíneos, qualquer movimento de rotação da cabeça faz com que a endolinfa empurre a cúpula em direção contrária, defletindo os estereocílios. Isso ocorre no início e no final do movimento. Uma boa situação para exemplificar o funcionamento dos canais semicirculares é o da bailarina. Uma bailarina que gira da esquerda para a direita (sentido horário) tem a endolinfa de seus canais semicirculares girando também da esquerda para a direita. Dessa forma, os receptores dos canais semicirculares esquerdos estarão inibido (hiperpolarizados) e os da direita estarão ativados (despolarizados), isso levará a uma diminuição do tônus muscular da perna esquerda e aumento na da direita. Logo, a bailarina, assim que parar de girar, poderá cair para a esquerda em virtude do desbalanço do tônus de suas pernas.
O corpo se equilibra contra a gravidade
Os músculos estão sempre parcialmente contraídos – alguns mais, outros menos – sendo esse estado permanente de contração que nos permite enfrentar a gravidade e manter a postura, tal estado é chamado de tônus muscular. Dessa forma, o tônus é precisamente controlado pelo sistema nervoso, para responder às alterações de posição do corpo provocadas por mudanças no ambiente ou pela vontade do indivíduo. O mecanismo mais simples de controle do tônus muscular é o reflexo de estiramento. Quando estamos de pé, nossos músculos extensores antigravitários (quadríceps) são continuamente estirados por ação da gravidade, ativando aferentes dos fusos musculares e desse modo provocando a contração reflexa do próprio músculo. O tônus muscular, portanto, depende do nível de d isparo dos motoneurônios α. Um elemento importante desse controle são os neurônios fusimotores. Tais neurônios inervam as fibras musculares intrafusais, provocando sua contração e assim regulando a sensibilidade do fuso muscular. É possível, assim, obter a regulação voluntária ou involuntária do tônus muscular indiretamente através da ativação dos neurônios fusimotores, ou diretamente através dos motoneurônios α. Esse controle é efetuado principalmente pelas vias descendentes
mediais, capazes de regular o tônus da musculatura axial e assim controlar a postura do indivíduo. Os feixes vestíbulo-espinhais estão envolvidos com o controle involuntário, ou seja, reflexo do tônus muscular. Sua função é repassar para os motoneurônios (α e fusimotores) as informações sobre a posição da cabeça coletadas pelos órgãos pelos órgãos do equilíbrio no labirinto. Os feixes retículo-espinhais, por outro lado, estão envolvidos com o controle voluntário do tônus, através de reações antecipatórias.
4 Thiago M. Zago
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- cadeias reflexas específicas para permitir que os ajustes posturais possam ser feitos com rapidez e eficiência - reação de endireitamento - reações posturais - reação de sustentação - reações tônicas - reação saltatória - reações de posicionamento
O corpo se orienta no espaço
O corpo utiliza reações de orientação sensório-motora para se colocar em posição mais favorável para precisa identificação da fonte dos estímulos. Os movimentos oculares, para o homem, são os mais importantes movimentos de orientação sensório-motora. - invol un tários/ refl exos - vestíbulo oculares “o eu se move”
Labirinto→ Núcleos Vestibulares → Núcleos motores oculares
- estabilização do olhar - optocinéticos
Retina→ Núcleos pretectais→
“o mundo se move”
Oliva inferior→ Cerebelo→ Núcleos vestibulares→ Núcleos
Motores oculares
- voluntários/ involuntários
- movimentos oculares - sacádicos - conjugados - desvio do olhar
- de seguimento
- convergentes→ constrição{ pupila - disjuntivos - divergentes 5 Thiago M. Zago
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