ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO Desde sempre, sabia-se que havia algo importante na cabeça graças aos traumatismos. O conhecimento da estrutura do cérebro data-se do século XVI, com avanços a partir do século XVIII. O funcionamento de certas estruturas é desconhecido, mas sua localização é conhecida. 1. Divisões básicas do sistema nervoso = cada uma com suas particularidades particularidades 1.1 SNC * estrutura e função intimamente ligadas ● Formado pelo encéfalo e pela medula espinal * o encéfalo é o grande centro de recepção de aferências * o cérebro é uma parte do encéfalo, não o sinônimo do mesmo. Ex: morte cerebral (pode estar vivo e interagir) é diferente de morte encefálica (órgãos vivos podem ser doados) * o cérebro não é essencial à vida, como fenômeno biológico = a pessoa pode ser ser mant mantid idaa viva viva por por tempo temposs prol prolon onga gado doss atra atravé véss de méto método dos. s. Ele Ele é essencial à vida social (andar, falar). - circunvoluções do cérebro humano adulto: giros com nomes e funções próprias. O ser humano é um mamífero girencéfalo, não bisencéfalo. * o tronco encefálico (anterior ao cerebelo) é o mais importante, em associação com outras regiões, e é a região menor: freqüência respiratória, cardíaca, pulso arterial = condições vitais. * tálamo: recebe a região sensitiva antes que ela alcance o cérebro (córtex) * cerebelo: posterior * telencéfalo: vesícula embrionária que dará origem ao cérebro * medula espinal = neurônios + células da glia Obs .: .: substância branca = cinzenta ● Está protegido pelo líquido que o envolve (líquor no espaço subaracnóideo, subaracnóideo, líquido encéfalo-raquidiano), pelas três meninges – dura-máter, pia-máter e aracnóide -, pelo espaço existente na medula, pela pele (é mais espessa e se movimenta, nas costas é mais grossa), pelo couro cabeludo (sofre impacto e a pele absorve energia) * os órgãos são extremamente desenvolvidos, o que exige mecanismos de proteção: não apenas no homem, mas sim em todos os seres com sistema nervoso desenvolvido. Desse modo, não há regeneração, pois as lesões são dificultadas dificultadas (as funções são específicas e há proteção)
- sem capacidade de regenerar: se perder a função = axônio não alcança territórios necessários ● A caixa / cavidade craniana – há proteção óssea do SNC – protege o encéfalo. ● A coluna vertebral protege a medula espinal * a pele que recobre a coluna vertebral é mais espessa e possui pêlos curtos ● Dentro do esqueleto axial 1.2 SNP ● Gânglio: conjunto de neurônios encontrados fora do SNC, no SNP * os neurônios devem estar em conexões uns com outros para que eles sobrevivam. Eles, inclusive, competem uns com os outros para sobreviver. ● Não possui proteção, por isso ocorrem mais lesões nele = há regeneração ● Sai do SNC e não está dentro do esqueleto axial 2. Definições Obs .: .: o plano mediano corta a pessoa, que está na posição anatômica, em dois lados simétricos (direito e esquerdo) Obs.2 : ressonância e tomografia partem de cortes, normalmente no mínimo em 2 planos ◊ Aferente ● leva informações sensitivas ao SNC ou ao encéfalo ◊ Eferente ● leva informações do encéfalo ou da medula para órgãos efetores ◊ Comissura * diferente de decussação ● Conjunto de fibras nervosas que cruzam perpendicularmente o plano mediano * o plano de fibras é paralelo ao solo = estruturas cruzam os lados direito e esquerdo - ajuda a entender o motivo de se controlar o movimento da mão esquerda pelo hemisfério direito ● Com direções diametralmente opostas ◊ Decussação ● Comissura oblíqua: fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano mediano e que têm aproximadamente a mesma direção ◊ Fascículo ou Trato ● Feixe de fibras nervosas com mesma origem, trajeto, função e destino * representam uma via de comunicação ● Nomenclatura: 2 nomes separados por hífen
- sem capacidade de regenerar: se perder a função = axônio não alcança territórios necessários ● A caixa / cavidade craniana – há proteção óssea do SNC – protege o encéfalo. ● A coluna vertebral protege a medula espinal * a pele que recobre a coluna vertebral é mais espessa e possui pêlos curtos ● Dentro do esqueleto axial 1.2 SNP ● Gânglio: conjunto de neurônios encontrados fora do SNC, no SNP * os neurônios devem estar em conexões uns com outros para que eles sobrevivam. Eles, inclusive, competem uns com os outros para sobreviver. ● Não possui proteção, por isso ocorrem mais lesões nele = há regeneração ● Sai do SNC e não está dentro do esqueleto axial 2. Definições Obs .: .: o plano mediano corta a pessoa, que está na posição anatômica, em dois lados simétricos (direito e esquerdo) Obs.2 : ressonância e tomografia partem de cortes, normalmente no mínimo em 2 planos ◊ Aferente ● leva informações sensitivas ao SNC ou ao encéfalo ◊ Eferente ● leva informações do encéfalo ou da medula para órgãos efetores ◊ Comissura * diferente de decussação ● Conjunto de fibras nervosas que cruzam perpendicularmente o plano mediano * o plano de fibras é paralelo ao solo = estruturas cruzam os lados direito e esquerdo - ajuda a entender o motivo de se controlar o movimento da mão esquerda pelo hemisfério direito ● Com direções diametralmente opostas ◊ Decussação ● Comissura oblíqua: fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano mediano e que têm aproximadamente a mesma direção ◊ Fascículo ou Trato ● Feixe de fibras nervosas com mesma origem, trajeto, função e destino * representam uma via de comunicação ● Nomenclatura: 2 nomes separados por hífen
* 1º: origem * 2º: terminação * 3º, se houver: posição Ex: corticoespinal = origem no cérebro e destinado à medula espinal. Com função motora e com trajeto definido. Fascículo: trato mais compacto ◊ Fibras nervosas ● axônios ◊ Lemnisco = fita ● Feixes de fibras aferentes que levam impulsos ao tálamo = sensitivas ◊ Funículo = cordão ● Substância branca da medula espinal ● Contém vários tratos ou fascículos ◊ Gânglio ● Grupo de corpos de neurônios do SNP ◊ Núcleo ● Massa de substância cinzenta dentro de substância branca ● Grupo de corpos de neurônios do SNC: com aproximadamente mesma estrutura e função ◊ Substância cinzenta ● Tecido nervoso constituído de neuroglia, corpos de neurônios e fibras predominantemente amielínicas ◊ Substância branca ● Tecido Tecido nervos nervosoo forma formado do de neurog neuroglia lia e fibras fibras predom predomina inante ntemen mente te mielínicas ◊ Córtex ● Substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na superfície do cérebro e do cerebelo ◊ Fibras de projeção ● Fibras que saem dos limites da área ou do órgão ◊ Fibras de associação ● Fibras que associam pontos mais ou menos distantes da área ou do órgão sem abandoná-lo 3. Células que compõem o sistema nervoso 3.1 Células da glia ● Fornecem suporte e proteção aos neurônios * em conjunto = isolamento elétrico
● 1 neurônio = 10 células da glia -> mais numerosas (neurônios não realizam sua função sem elas) ◊ Astrócitos ● Intermediam a sustentação e nutrição dos neurônios (o contato com o plasma) ● Isolam os neurônios ● Controlam os níveis de potássio extraneuronal ● Principal sítio de armazenagem de glicogênio no SNC ● Após injúria: aumentam localmente por mitoses e ocupam áreas lesadas ● Função fagocítica ao nível das sinapses ● Arcabouço para migração de neurônios ◊ Oligodendrócitos ● Produzem mielina para o SNC (nos neurônios, agilizam o impulso nervoso) ◊ Micróglias ● Defesa: destruição de células mortas ou que estão morrendo através da fagocitose ◊ Células ependimárias ● Forram as paredes dos ventrículos cerebrais, do aqueduto cerebral e do canal central da medula espinal Plexos corióides: recobre tufos de tecido conjuntivo, rico em capilares sanguíneos, que se projetam da pia-máter. Formam o líquor. 3.2 Neurônios ● Possuem núcleo muito grande: material genético comanda a célula = alta síntese protéica. Célula com alto metabolismo = necessidade de oxigênio e metabólicos (glicose) ● Células muito especializadas, não proliferam = perenes ◊ Corpo ● Ao final, há prolongamentos: * dendritos * terminais axônicos ◊ Bainha de mielina * apenas a célula que a produz se diferencia. Quando mais isolar, mais espesso e maior o impulso, que é saltatório. ● Bainha lipídica que faz com que o impulso nervoso seja conduzido mais rapidamente. ● No SNC: oligodendrócito produz ● No SNP: célula de neurilema ou célula de Schwann produz ◊ Classificação morfológica ● Multipolar: com vários dendritos. Maioria.
● Pseudo-unipolar: com apenas um prolongamento que se divide em dois ramos, um periférico e outro central ● Bipolar: com dois prolongamentos, um dendrito e um axônio * como os pseudo-unipolares, são altamente dependentes de um meio externo constante Observações ● O neurônio não prolifera após ter sua função, diferente das células da glia. ● Origem das neoplasias malignas (câncer – CA): nos locais onde as células estão proliferando = locais de renovação celular = nas células da glia ● Infarto: alteração a nível tecidual = morte de neurônios e de células da glia. Estas – micróglias – proliferam para ocupar o espaço = área de mesmo tamanho com células da glia = solução * cicatrização = não se movimenta ● Derrame: sai líquido do local de onde não deveria ter saído = sangue sai de um vaso. * AVE (Acidente – algo inesperado - Vascular Encefálico): isquêmico ou hemorrágico (20%), dependendo da extensão (tamanho) e do local (topografia). ● A maioria das sinapses é axo-dendríticas, mas há axo-axônicas. ● A maioria dos neurônios se conecta a milhares (a poucos apenas no sistema ocular) ● Evolução: ficarão apenas os neurônios selecionados para realizar as conexões ● O neurônio não pode ter contato com o sangue, que é tóxico para ele. Por isso, há células que realizam essa “ligação”, há barreira hematocefálica = outra célula faz despolarizar, que faz outra despolarizar / repolarizar, sendo que tudo é constante (concentração de eletrólitos deve ser constante) ● Álcool etílico inibe os neurônios – é globalmente inibitório –, diminui as sinapses que estão ocorrendo, deixando a pessoa alegre e desinibida * inibe as regiões responsáveis pelo controle emocional primeiro (mais complexo) = neurônios mais especializados funcionam de modo anormal. - são as células mais jovens, o que difere nos outros seres. ● Influência do oxigênio: atrapalha primeiro as células de controle social, no córtex frontal EMBRIOGÊNESE DO SISTEMA NERVOSO 1. Embriogênese
* a formação do SNC é precoce e se não formar direito, resultará em aborto. Se a má formação, causada no início, for compatível com a sobrevivência, nascerá doente = 3%. ● A placa neural, que formará o SNC e o SNP, começa a se diferenciar com 18 dias no embrião. Ela se curva para formar um tubo, o tubo neural. A futura pele e a placa neural são provenientes da ectoderme. * é por isso que várias doenças da pele têm relação com SNC e vice-versa * perigo: no 18º dia a mulher ainda não sabe que está grávida ● No 21º dia, o embrião começa a ter forma animal = cabeça e rabo (há ancestral comum nos cordados). * 21-24: cranial * 25-27: caudal ● Começam a surgir dilatações na cabeça, que formarão o encéfalo. O restante do tubo formará a medula espinal. ● Coluna vertebral evidenciada no ultra-som com 10-12 semanas de gestação 2. Malformações ● Cerca de 3% dos nascimentos contêm anomalias no SNC. Fatores ambientais e nutricionais: * vitamina B9 / ácido fólico / folato: importante para o fechamento do tubo neural tanto na cabeça quanto na cauda = má formação do encéfalo e má formação no sacro e na coluna vertebral. - fornecida pela mãe, que a ingere na dieta, principalmente em folhas. É hidrossolúvel, portanto, seu excesso é liberado na urina. - Deve ser feita a suplementação de B9 antes dos 18 dias = exige planejamento pré-gestacional = antes do pré-natal, antes da concepção e continuada durante pelo menos 3 meses - 75% dos fatores que causam anomalias * ingestão de drogas * hipotermia * altos níveis de vitamina A 2.1 Anencefalia / Meroanencefalia - mero = parte = ausência parcial do encéfalo ● Há tronco encefálico rudimentar – parte do SNC -, mas não há cérebro, que dá suporte, e tecido nervoso funcionante * não é suficiente para viver fora do útero. * a cabeça é micro ● Diagnóstico possível com ultra-som, fetoscopia e radiografia ● Potencial doador de órgãos
limite jurídico = 14 dias ● Defeito no fechamento do neuroporo rostral durante a 4ª semana ● Envolve os tecidos sobrepostos (meninges e calvária) ● Fatores causadores: natureza genética, nutricional e/ou ambiental * pode ser causada por alterações na morfogênese e na histogênese do tecido nervoso, falhas no desenvolvimento em estruturas associadas (notocorda, somitos, mesênquima e crânio) ● Conseqüência: primórdio do encéfalo anterior é anormal, desenvolvimento da calvária é defeituoso ● Pode estar associada à acrania e à raquisquise = quando o defeito de fechamento do tubo neural é extenso; ao excesso de líquido amniótico; a um nível elevado de alfa-fetoproteína no líquido amniótico Obs.:
2.2 Meningomielocele lombar = pode ocorrer em qualquer região da coluna vertebral, mas é mais comum nas regiões lombar e sacral. ● Cavidade coberta com pele ou por uma membrana delgada, que se rompe com facilidade, com líquido e medula no interior. Por ficar exposta ao meio ambiente, pode resultar em meningite, infecção. Além disso, os neurônios não alcançam o território devido. ● Associada a um déficit neurológico acentuado da parte inferior ao nível do saco que faz protrusão: o tubo neural não se fecha na extremidade caudal * motivo = tecido nervoso incorporado à parede do saco, prejudicando o desenvolvimento das fibras nervosas ● Pode resultar em espinha bífida cística: semelhante a duas colunas vertebrais = anomalia mais grave e mais comum * nasce paraplégico (emaranhado) ● Alguns casos estão associados à craniolacunia = formação defeituosa da calvária. Isso leva à presença de áreas deprimidas, não-ossificadas, nas superfícies internas dos órgãos chatos da calvária 2.3 Espinha bífida ● Hipovitaminose ◊ Oculta ● Só as vértebras lombares inferiores não se fundiram completamente (não fecharam direito): falha no crescimento normal das metades embrionárias do arco vertebral e na fusão destes no plano mediano = vértebras L5 ou S1 ● Geralmente não apresenta sintomas clínicos (não acarreta nada) porque o SNC é mais protegido
● Evidência: pequena depressão com um tufo de pêlos na região lombosacral ◊ Cística = saco semelhante a um cisto * visualizada como uma massa cística adjacente à área afetada na coluna vertebral ● Envolve a protrusão da medula espinal e/ou das meninges através do defeito do arco vertebral * casos graves envolvendo várias vértebras estão frequentemente associados à meroanencefalia * no útero: quando há altos níveis de alfa-fetoproteína (AFP) no líquido amniótico ou no soro sanguíneo materno (nível determinado pela amniocentese) * DTN (determinado com varredura de ultra-som) ● Com considerável variação em relação à sua incidência geográfica ● De tratamento cirúrgico ● Com graus variáveis de déficit neurológico, dependendo da posição e da extensão da lesão: o nível da lesão determina a área de anestesia (área da pele sem sensibilidade) e os músculos afetados Obs.: pouca chance de ter déficit, mas pode ficar paraplégico * perda de sensibilidade do dermátomo correspondente, juntamente com paralisia completa ou parcial dos músculos esqueléticos * paralisia dos esfíncteres (vesical e/ou anal): comum nas meningomielocceles lombossacrais - anestesia em sela = perda da sensibilidade da região que faz contato com a sela durante o cavalgar Com meningocele (meninge + CSF): o saco contém meninges e líquido cerebroespinal * a medula espinal e as raízes espinais estão na topografia normal Com meningomielocele: medula espinal e/ou raízes nervosas incluídas no saco CRÂNIO ● É diferente nos humanos: a proporção e o formato, como o maxilar, mudam ◊ Funções ● Abrigo e proteção do encéfalo ● Com cavidades para órgãos da sensibilidade específica (visão, audição, equilíbrio, olfato e gustação) ● Com aberturas para passagem de ar e do alimento
● Maxilas, mandíbula e dentes são necessários para a mastigação 1. Características gerais ● É o osso da cabeça e possui duas partes Obs.: - osso etmóide = irregular. Oferece uma contribuição mediana relativamente pequena para o neurocrânio, mas é basicamente do viscerocrânio. - suturas = unem a maioria dos ossos da calvária. São entrelaçadas e fibrosas. Durante a infância, os ossos são unidos por cartilagem hialina. - forame magno = grande abertura na base do crânio através da qual a medula espinal é contínua com o encéfalo. ● Vários ossos são pneumáticos: frontal, temporal, esfenóide e etmóide = contêm espaços aéreos (células aéreas ou seios maiores) para reduzir o peso. ● Posição anatômica em vista lateral: alinhamento do crânio = margem inferior da órbita e margem superior do poro acústico externo de ambos os lados situam-se no mesmo plano horizontal = plano orbitomeático (plano horizontal de Frankfort) Obs .: vista = norma (para o crânio) ◊ Neurocrânio = Onde se localiza o encéfalo = neurocrânio * maior, proporcionalmente = humano * o maior encéfalo também é o do homem ● Superior e posterior ● Revestimento ósseo do encéfalo e seus revestimentos membranáceos, as meninges cranianas. Também contém partes proximais dos nervos cranianos e a rede vascular do encéfalo. ● Tem um teto em forma de cúpula, a calvária ou calota craniana, e um assoalho ou base do crânio. * calvária: com osso planos = frontal e parietal - os ossos parietais tendem a formar um só = região de juntura fibrosa, que permite a movimentação discreta = sutura * base do crânio: ossos irregulares com partes planas – curvas com superfícies externas convexas e superfícies internas côncavas significativas = esfenoidal e temporal ● Em adultos, é formado por 8 ossos: 4 ímpares centralizados na linha mediana (frontal, etmoidal, esfenoidal, occipital) e 2 conjuntos de ossos que ocorrem como pares bilaterais (temporal e parietal). * o volume dos espaços aumenta com a idade - bebê = movimentação visível dos ossos = moela
* com lâminas externa e interna, de substância compacta, e uma camada média esponjosa, a díploe - pancada = rompe a externa (absorve grande parte da força) e poderá romper a interna (lesa o encéfalo, os vasos e os nervos do crânio) ◊ Viscerocrânio ou esqueleto facial = Onde há estruturas viscerais (olhos) e inserção de mandíbula ● Contém os ossos da face ● Forma a parte anterior e inferior do crânio e consiste nos ossos que circundam a boca (maxila e mandíbula – único móvel), o nariz / cavidade nasal e a maior parte das órbitas (cavidades orbitais). * sistema digestivo e respiratório ● São 15 ossos irregulares: 3 ímpares centralizados ou situados na linha mediana (mandíbula, etmóide e vômer – no inferior da cavidade nasal) e 6 que ocorrem como pares bilaterais (maxilas, conchas nasais inferiores, zigomáticos, palatinos, ossos nasais e ossos lacrimais) * mandíbula e maxilas: oferecem as cavidades e o osso de sustentação para dentes maxilares e mandibulares. - maxilas = maior parte do esqueleto facial superior, formando o esqueleto da arcada dentária superior, que esta fixada à base do crânio. - mandíbula = forma o esqueleto da arcada dentária inferior, móvel, que se articula com base do crânio. 2. Vista frontal (facial ou anterior) do crânio ● ossos supra-numerais (em maior número) ou suturais (em regiões de sutura) = variação anatômica (não é anomalia porque não tem prejuízos): o osso frontal está dividido, não se fundiu. Não é fratura porque se parece e é uma sutura (onde não deveria existir) 2.1 Osso frontal * parte plana = sua escama ● Forma o esqueleto da fronte, articulando-se com os ossos nasal e zigomático ● Articula-se com lacrimal, etmóide e esfenóide, e uma parte horizontal do osso – parte orbital – forma o teto da órbita e parte do assoalho da parte anterior da cavidade craniana. ◊ Glabela ● Área lisa, ligeiramente deprimida, entre os arcos supraciliares ◊ Margem supra-orbital ● Limite angular entre a escama e a parte orbital ◊ Forame ou incisura supra-orbital ● Na margem supra-orbital
● Para passagem do nervo e dos vasos supra-orbitais ◊ Arco superciliar ● Acima da margem supra-orbital ● Estende-se lateralmente de cada lado da glabela. ● É mais proeminente nos homens ● Situada profundamente aos supercílios ◊ Suturas ● Sutura metópica: remanescente de sutura presente nos adultos na linha mediana da glabela ● Sutura frontal: divide os ossos frontais do crânio fetal 2.2 Ossos zigomáticos = da bochecha, malares ● Formam a proeminência das bochechas ● Situados nas paredes inferior e lateral das órbitas e repousam sobre as maxilas ● Quadriláteros ● Formam as margens ântero-laterais, paredes, assoalho e grande parte das margens infra-orbitais das órbitas ● Articulam-se com ossos frontal, esfenóide e temporal e com maxila ◊ Forame zigomaticofacial ● Pequeno. ● Perfura a face lateral de cada osso ◊ Abertura piriforme = em forma de pêra ● Inferior aos ossos nasais ● Abertura nasal anterior do crânio ● Por ela se observa o septo nasal ósseo, que divide a cavidade nasal em direita e esquerda ◊ Processo frontal do osso zigomático ● Articula-se com o processo zigomático do osso frontal ● Auxilia na formação da margem lateral da órbita ● Superior ◊ Processo temporal do osso zigomático ● Articula-se com o processo zigomático do osso temporal ● Posterior ● Forma o arco zigomático 2.3 Maxilas ● Circundam a maior parte da abertura piriforme e formam as margens infra-orbitais medialmente
● Possuem ampla conexão com ossos zigomáticos lateralmente ◊ Processos alveolares ● Incluem as cavidades (alvéolos) dos dentes e constituem o osso que sustenta os dentes maxilares. ◊ Forame infra-orbital ● Inferior a cada órbita ● Para passagem do nervo e dos vasos infra-orbitais ◊ Suturas ● Sutura intermaxilar: une as duas maxilas no plano mediano ◊ Processo zigomático da maxila ● Articula-se com o zigomático ◊ Processo frontal da maxila ● Articula-se com o frontal ◊ Processo palatino da maxila ● Medial e horizontalmente ● Forma parte do palato duro ◊ Espinha nasal anterior ● Término anterior do septo nasal Obs .: parte inferior = conchas nasais inferiores + cristas nasais 2.4 Mandíbula ● Osso em formato de U ◊ Processo alveolar ● Sustenta os dentes mandibulares ◊ Corpo ● Parte horizontal ◊ Ramo ● Parte vertical ◊ Forames mentais ● Inferiormente aos segundos dentes pré-molares. ● Passam nervos e vasos mentuais * também protegem a pele ◊ Protuberância mentual ● Forma a proeminência do queixo ● Elevação óssea triangular à sínfise da mandíbula – inferior a ela -, a união óssea onde se fundem as metades da mandíbula do lactente 2.5 Osso etmóide ◊ Lâmina perpendicular do osso etmóide ◊ Conchas nasais média e superior ● Lâminas ósseas curvas na parede lateral de cada cavidade nasal
● No osso etmóide ● A média é visível pela abertura piriforme ● A superior só é visível na secção sagital ● Formam o septo nasal 3. Vista lateral do crânio ● Comporta o neuro e o viscero * fossa intertemporal, arco zigomático, fossas laterais das maxilas e mandíbula, fossa temporal, poro acústico externo, processo mastóide do osso temporal - menos comumente, os ossos frontal e temporal se articulam - algumas vezes, os ossos frontal, temporal, parietal e esfenóide encontram-se em um só ponto ◊ Fossa temporal ● Limitada superior e posteriormente pelas linhas temporais superior e inferior ● Limitada anteriormente pelos ossos frontal e zigomático ● Limitada inferiormente pelo arco zigomático = a margem superior desse arco corresponde ao limite inferior do hemisfério cerebral do encéfalo ◊ Arco zigomático ● União do processo temporal do osso zigomático com o processo zigomático do osso temporal ◊ Lâmina perpendicular do osso palatino 3.1 Osso occipital ◊ Escama occipital ● Posterior ao processo mastóide ● Com crista occipital interna: estende-se caudalmente da protuberância occipital externa ao forame magno ◊ Parte basilar ● Posterior ao forame magno ● Limitada lateralmente pelos ossos temporais ● Na linha média, imediatamente posterior do corpo do esfenóide 3.2 Osso temporal ◊ Meato acústico externo ● Canal que possui entrada no poro acústico externo ● Leva à membrana timpânica ● No osso temporal ◊ Processo mastóide do osso temporal ● Permite fixação muscular
● Póstero-inferior ao pro acústico externo ◊ Processo estilóide do osso temporal ● Ântero-medial ao processo mastóide ● Projeção fina, pontiaguda, semelhante a uma agulha ◊ Fossa infra-temporal ● Espaço irregular inferior e profundamente ao arco zigomático e à mandíbula, posterior à mandíbula ◊ Parte escamosa ● Imediatamente lateral à asa maior do esfenóide ● Participa da articulação temporomandibular ● Contém a fossa mandibular ◊ Fossa mandibular ● Concavidade onde a cabeça da mandíbula se articula com a base do crânio ◊ Parte petrosa ● Imediatamente lateral à parte basilar do osso occipital ● Em forma de cunha, com ápice ântero-medial ● Entre a asa maior do esfenóide, anteriormente, e a parte basilar do osso occipital, posteriormente ● Forma a grande abertura circular para o canal carótico ◊ Parte timpânica ● abaixo da origem do processo zigomático do osso temporal ◊ Processo zigomático do osso temporal ● Projeção óssea anterior da superfície inferior da parte escamosa do osso temporal, que se projeta lateralmente e depois se curva anteriormente para se articular com o processo temporal do osso zigomático, formando o arco zigomático ◊ Sulco dos ramos dos vasos meníngeos médios 3.3 Mandíbula ◊ Ângulo da mandíbula ● Junção do ramo com o corpo ◊ Incisura da mandíbula ● Borda superior côncava do ramo da mandíbula ◊ Processo coronóide ● Ponto de fixação para o músculo temporal ● Superior ao ramo ◊ Processo condilar ● Envolvido na articulação com o osso temporal ● Superior ao ramo ● Constituído pela cabeça e pelo colo da mandíbula ◊ Colo
● Porção mais estreita imediatamente inferior à cabeça ◊ Linha oblíqua ● Crista ● Continuando após o forame mentual ● Dirigida da região anterior do ramo para o corpo ● Ponto de fixação para músculos relacionados com cavidade oral 4. Vista occipital (posterior) do crânio ● Formada pelo occipúcio (protuberância posterior convexa do osso occipital), partes dos ossos parietais, partes mastóideas dos ossos temporais ◊ Protuberância occipital externa ● Facilmente palpável no plano mediano ● Pode ser imperceptível algumas vezes, principalmente em mulheres ● Contém o ínio = extremidade, ponto craniométrico ◊ Outros ● Crista occipital externa ● Linha nucal superior ● Linha nucal inferior ● Lambda ● Ossos suturais (acessórios) 5. Vista vertical (superior) do crânio Obs.: calota craniana = abóbada palpária ou abóbada craniana = partes sobem em curva por sobre o encéfalo = 4 ossos (frontal, parietais, occipital) ● Um pouco oval, alarga-se póstero-lateralmente nas eminências parietais ● Em algumas pessoas, as eminências frontais são palpáveis = calvária quase quadrada. ◊ Sutura coronal ● Separa os ossos frontal e parietal ◊ Sutura sagital ● Separa os ossos parietais ◊ Sutura lambdóidea ● Separa os ossos parietal e temporal do osso occipital ◊ Sutura têmporo-parietal ● Separa os ossos temporal e parietais ◊ Forame parietal ● abertura pequena e inconstante, posterior, no osso parietal, perto da sutura sagital ● Para a veia emissária ◊ Forames emissários
● Irregulares, altamente variáveis, no neurocrânio ● Dão passagem às veias emissárias = unem as veias do couro cabeludo aos seios venosos da dura-máter 6. Vista basilar (base externa do crânio ou basicrânio) ● Parte inferior do neurocrânio (assoalho da cavidade craniana) e viscerocrânio, menos a mandíbula. ● Base = osso occipital, posterior, articulado com esfenóide, anterior ◊ Base externa do crânio ● Forma o arco alveolar da maxila (margem livre dos processos alveolares que circundam e sustentam os dentes maxilares), processos palatinos da maxila, ossos palatinos, esfenóide, vômer, temporal e occipital ◊ Palato duro / ósseo ● Formado pelos processos palatinos da maxila – anterior – e pelas lâminas horizontais dos ossos palatinos – posterior-. ◊ Cóanos ● Aberturas nasais posteriores superiormente à margem posterior do palato ● São separadas pelo vômer ◊ Fossa incisiva ● Depressão na linha mediana do palato duro na qual se abrem os canais incisivos ● Posterior aos dentes incisivos centrais ● Na maxila 6.1 Osso Palatino ◊ Espinha nasal posterior ● Projeção posterior no plano mediano da margem posterior livre do palato duro ◊ Forames palatinos maiores e menores ● Póstero-laterais ● Forames pelos quais nervos palatinos direito e esquerdo seguem a partir do nariz, juntamente através de um número variável de canais incisivos ◊ Sutura palatina mediana ● Local onde as lâminas horizontais (pares) se unem = linha média ◊ Lâmina horizontal do osso palatino ● Posterior 6.2 Vômer ● Osso plano ímpar de formato trapezóide que forma uma porção importante da parte óssea do septo nasal
6.3 Esfenóide ● Entre os ossos frontal, temporal e occipital ● Osso ímpar irregular que possui um corpo e 3 processos ◊ Asas maiores e menores ● Afastam-se lateralmente a partir das faces laterais do corpo do osso ◊ Processos pterigóides ● Com lâminas lateral e medial * Lâmina medial: estreita * Lâmina lateral: mais ampla ● Estendem-se inferiormente de cada lado do esfenóide a partir da junção do corpo com as asas maiores ◊ Corpo do esfenóide ● Central ● Cubo de osso com 2 grandes seios aéreos, separados por um septo ● Articula-se anteriormente com vômer, etmóide e palatinos, pósterolateralmente com temporais, posteriormente com occipital ◊ Hámulo pterigóideo ● Projeção em forma de gancho ● Término inferiormente na lâmina medial 6.4 Temporal ◊ Fossas mandibulares ● Depressões na parte escamosa ● Acomodam os côndilos mandibulares quando a boca está fechada ◊ Canal carótico ● Entrada da artéria carótida interna e do plexo venoso carótico interno ● Imediatamente anterior ao forame jugular ◊ Forame estilomastóideo ● Posterior à base do processo estilóide do osso temporal ● Dá passagem ao nervo facial e à artéria estilomastóidea ◊ Incisura mastóidea ● Ponto de fixação para ventre posterior do músculo gástrico ● Na margem ínfero-medial do processo mastóide 6.5 Osso occipital ◊ Forame magno ● Por ele passam: * medula oblonga * meninges * artérias vertebrais
* ramos meníngeos das artérias vertebrais * artérias espinais anteriores e posteriores * raízes espinais dos nervos acessórios ● Sobre ele estão dispostas as 4 partes ● Aspecto mais visível da base do crânio: grande abertura basal do osso occipital ◊ Côndilos occipitais ● Laterais ● Duas protuberâncias ● Responsáveis pela articulação do crânio à coluna vertebral ◊ Forame jugular Obs .: a artéria do labirinto é ântero-superior a ele ● Na base da crista petrosa do osso temporal ● Grande abertura entre o osso occipital e a parte petrosa do osso temporal ● Por ele passam: * veia jugular interna * vários nervos cranianos = glossofaríngeo, vago, acessório * seios venosos da dura-máter = petroso inferior e sigmóide * artéria meníngea posterior ◊ Canal condilar ● Póstero-lateral ao canal do nervo hipoglosso ● Transmite veia emissária ◊ Tubérculo faríngeo ● Proeminente na parte basilar ● Protuberância óssea para fixação de partes da faringe à base do crânio 6.6 Mandíbula ◊ Forame mandibular ● Abertura do canal da mandíbula que ocorre dentro do corpo da mandíbula ● Penetram nervo e vasos alveolares inferiores ◊ Língula da mandíbula ● Projeção óssea que limita medialmente o forame da mandíbula ◊ Sulco milo-hióideo da mandíbula ● Inicia-se posteriormente à língula e se estende, anterior e inferiormente, até a fossa mandibular ● Aloja os nervos e vasos milo-hióideos ◊ Linha milo-hióidea ● Crista oblíqua ● Estende-se da fossa digástrica, anterior, até um ponto situado no nível do 3º dente molar
◊ Fóvea submandibular ● Depressão situada abaixo da parte média da linha milo-hióidea ● Aloja parte da glândula submandibular ◊ Fóvea sublingual ● Pequena depressão situada anteriormente à fóvea submandibular e superior à linha milo-hióidea ● Aloja a glândula sublingual ◊ Fossa digástrica ● Depressão irregular situada sobre ou posterior à borda inferior da mandíbula (base), junto da sínfise mentual ◊ Espinhas mentuais ● Projeções irregulares ● Medianas e posteriores à sínfise mentual ● Fixam músculos nos tubérculos genianos (pequenas projeções) 7. Base interna do crânio ● Com grandes depressões em diferentes níveis: fossa anterior (nível mais alto), fossa média e posterior (nível mais baixo) = formam o assoalho da cavidade craniana (semelhante a uma tigela) 7.1 Fossa anterior do crânio ● Mais superficial. Partes inferior e anterior dos lobos frontais do encéfalo = osso frontal (anterior) + etmóide (meio) + corpo e asas menores do esfenóide (posterior) ◊ Crista etmoidal ● Crista óssea mediana e espessa, posterior ao forame cego, que se projeta superiormente a partir do etmóide ◊ Lâmina cribiforme do etmóide ● Semelhante a uma peneira: com muitos forames pequenos ● De cada lado da crista etmoidal ◊ Forames da lâmina cribiforme ● Dão passagem às pequenas fibras do nervo olfatório a partir das áreas olfatórias das cavidades nasais até os bulbos olfatórios do encéfalo, situados sobre ela (permitem que os mesmos atravessem seus forames da mucosa nasal ao bulbo olfatório) 7.2 Fossa média do crânio ● semelhante a uma borboleta ● Parte central (com sela turca no corpo do esfenóide) + grandes partes laterais deprimidas de cada lado
● Póstero-inferior à fossa anterior, separada dela pelas cristas esfenoidais agudas lateralmente e pelo limbo esfenoidal no centro ● As partes laterais são formadas pelas asas maiores do esfenóide e as partes escamosas dos ossos temporais lateralmente e as partes petrosas dos ossos temporais posteriormente. Elas sustentam os lobos temporais do encéfalo. ● Margem superior da parte petrosa do osso temporal lateralmente e dorso da sela turca do osso esfenóide medialmente formam o limite entre as fossas média e superior do crânio ◊ Processos clinóides anterior e posterior do osso esfenóide ● Duas projeções ósseas agudas onde as cristas esfenoidais terminam medialmente ● Fornecem fixação para o tentório do cerebelo Anterior: alargamento e curvatura da asa menor Posterior: ápice do dorso da sela com margens laterais com projeções arredondadas ◊ Sela turca do osso esfenóide ● Formação óssea semelhante a uma sela situada sobre a superfície superior do corpo do esfenóide ● Circundada pelos processos clinóides anteriores e posteriores e pela fossa hipofisária Tubérculo da sela turca: elevação mediana variável, de pequena a proeminente, que forma o limite posterior do sulco pré-quiasmático e o limite anterior da fossa hipofisária Fossa hipofisária da sela turca: depressão mediana (assento) no corpo do esfenóide que acomoda a hipófise Dorso da sela turca: parte posterior. É uma lâmina plana e quadrada de osso projetando-se superiormente do corpo do esfenóide. Forma o limite posterior da sela turca e seus ângulos súpero-laterais proeminentes, os processos clinóides posteriores. ◊ De cada lado do corpo do esfenóide um crescente de 4 forames perfura as raízes das asas maiores do esfenóide: Fissura orbital superior: entre as asas maior e menor, comunica-se com a órbita e dá passagem à veia oftálmica superior e a nervos que entram na órbita (oculomotor, troclear e abducente, ramos do nervo oftálmico – lacrimal, frontal e nasociliar). Posterior ao sulco quiasmático. Forame redondo: posterior à extremidade medial da fissura orbital superior. Dá passagem ao nervo maxilar, que supre a pele, os dentes e a mucosa relacionada à maxila (que a reveste e ao seio maxilar) Forame oval: grande, póstero-lateral ao forame redondo, abre-se inferiormente na fossa infratemporal. Dá passagem aos nervos mandibular e
petroso menor (ocasionalmente) e a uma pequena artéria meníngea acessória. Forame espinhoso: póstero-lateral ao forame oval. Dá passagem aos vasos meníngeos médios (artéria e veia meníngea média) e ao ramo meníngeo do nervo mandibular. ◊ Forame lacerado ● Irregular, póstero-lateral à fossa hipofisiária, artefato de um crânio seco. ● Fechado por uma lâmina de cartilagem = apenas alguns ramos da artéria meníngea e pequenas veias passam por ela, atravessam completamente o forame. ◊ Sulco carótico ◊ Sulco dos vasos meníngeos médios (ramos frontais) 7.3 Fossa posterior do crânio ● Maior e mais profunda ● Aloja o cerebelo, a ponte e o bulbo ● Formada principalmente pelo osso occipital, mas o dorso da sela do esfenóide marca seu limite anterior centralmente e as partes petrosa e mastóidea dos ossos temporais formam suas “paredes” ântero-laterais. ◊ Clivo ● Inclinação acentuada a partir do dorso da sela turca. ● No centro da parte anterior da fossa que leva ao forame magno. ◊ Crista occipital interna ● Divide a fossa posterior do crânio ● Posteriormente ao clivo ◊ Fossas cerebelares ● Grandes impressões côncavas bilaterais resultantes da divisão pela crista occipital interna ◊ Protuberância occipital interna ● Onde termina a crista occipital ● Formada em relação à confluência dos seios (fusão dos seios venosos durais) ◊ Sulco do seio sigmóide ● Longo ● Mostra o trajeto do seio sigmóide em S (sai do crânio como a VII): a partir da face lateral do forame jugular ● No osso occipital ◊ Sulco do seio transverso ● Largo ● Mostra o trajeto do seio transverso
◊ Forame jugular ◊ Meato acústico interno ● Ântero-superior ao forame jugular ● Conduzido pelo poro acústico interno para nervos facial (NC VII) e vestibulococlear (NC VIII) e para a artéria do labirinto ● No osso temporal Poro acústico interno ● Súpero-lateral ao forame jugular ◊ Canal do nervo hipoglosso ● No osso occipital ● Superior à margem ântero-lateral do forame magno ◊ Sulco do seio occipital 8. Paredes da cavidade craniana ● A espessura varia em diferentes regiões e de acordo com o sexo * mais fina em mulheres, crianças e idosos * tendem a ser mais finas em áreas bem cobertas por músculos, como a parte escamosa do osso temporal 8.1 Calvária = calota craniana, forma o teto da cavidade craniana ◊ Lâmina interna ● Côncava ● Com sulcos vasculares que alojam vasos meníngeos ◊ Lâmina externa ● Convexa ◊ Díploe ● Osso esponjoso que contém medula óssea vermelha (produz células do sangue) por toda a vida, através da qual seguem canais formados por veias diplóicas. ● Entre a parte compacta ou cortical externa e a parte compacta ou cortical interna. * no preparo do crânio seco = proteína retirada = não é vermelha * no idoso: sem medula óssea vermelha = substituída pela óssea amarela (gordura) - curtos e irregulares e alguns planos passam a produzir o sangue na idade adulta ● A tábua interna do osso é mais fina do que a tábua externa e em algumas áreas há apenas uma fina camada de osso compacto sem díploe (parte basilar do osso occipital, posterior aos côndilos occipitais, topografia / parede do seio frontal)
PARIETAIS ◊ Sulco do seio sagital superior ● Nos ossos frontal e parietal ● Começa no ponto superior da terminação da crista frontal e alarga-se e aprofunda-se posteriormente, marcando a posição do seio sagital superior (estrutura venosa intradural) ◊ Sulcos dos vasos meníngeos (ramos dos vasos meníngeos médios) ● Menores ● Nas partes laterais do teto da cavidade do crânio ◊ Fovéolas granulares ● Pequeno número de depressões a cada lado do sulco do seio sagital superior que marcam a localização das granulações aracnóideas ● Quanto mais velho = mais calcificadas 8.2 Substância óssea = distribuída de forma desigual ◊ Ossos planos e relativamente finos = curvos na maioria ● Resistência necessária para manter as cavidades e proteger seu conteúdo Ossos do neurocrânio e processos que partem dele: abrigam o encéfalo, oferecem fixação proximal para fortes músculos da mastigação, que se fixam distalmente à mandíbula = grandes forças de tração ocorrem através da cavidade nasal e das órbitas entre eles. Partes espessas dos ossos cranianos formam pilares ou suportes mais fortes que transmitem força, evitando as órbitas e a cavidade nasal ◊ Suporte frontonasal ● Estende-se da região dos dentes caninos entre as cavidades nasal e orbital até a parte central do osso frontal ◊ Arco zigomático / Suporte da margem orbital lateral ● Da região dos molares até os ossos frontal e temporal lateralmente Suportes semelhantes: transmitem forças recebidas lateralmente ao forame magno a partir da coluna vertebral Áreas pneumáticas (“cheias de ar”): para compensar o osso mais denso necessário para esses suportes, algumas áreas do crânio que não sofrem tanto estresse mecânico tornam-se pneumáticas. 9. Determinação sexual através do crânio ● No adulto todos os ossos têm dimorfismo sexual: 20 a 60 anos * antes de 20 = ação hormonal não determina * crânio femininaliza depois, como alguns outros ossos
● Há relevos mais proeminentes no homem: protuberância mentual da mandíbula com formato triangular ou quadrangular, glabela e arco superciliar mais espessos 10. Lesões cranianas 10.1 Otorragia ● Sangue pelo ouvido (meato acústico externo) ● TCE: traumatismo crânio-encefálico * projétil sem energia cinética para vencer o osso temporal = parte fora e parte dentro ● Indica fratura do crânio (osso temporal), de fossa média ou posterior = lesões encéfalo-adjacentes ● Nervo facial lesado = paralisia facial ● Perda da audição, dificuldade de equilíbrio * se não machucar outras regiões, não sentirá dor 10.2 Hematoma bipalpebral em TCE = inclinado ● Lesão “termo-confusa”: por arma de fogo ● Fossa anterior quebrada: olhos roxos = sangue difunde ao redor da área (equimose, se fosse plano), do olho (com gordura), mudando a cor da pele. 10.3 Fratura de base ● Causa: colisão de moto, transmissão de energia * padrão de fratura circunferencial com compressão superficial ● O que é: fratura de fossa anterior ou fratura de fossa posterior 10.4 Fratura de base e abóbada ● Causa: derrame hemorrágico 11. Fontículos ● Espaços formados no crânio fetal: ossos mais separados e com tecido conjuntivo entre eles = “moleiras” * pontos onde a proteção do encéfalo é deficiente Obs .: frontal ainda está dividido ● Desaparecem até os 2 anos: crescimento e encontro dos ossos ◊ Anterior ● Espaço losangular ao nível do bregma ◊ Posterior ● Ao nível do lambda ● Menor e triangular
◊ Ântero-lateral ● Ao nível do ptério ◊ Póstero-lateral ● Ao nível do astério 12. Pontos craniométricos ◊ Násio = nariz ● Interseção dos ossos frontal e nasal. ● Relacionada a uma área distintamente deprimida (ponta do nariz) ◊ Bregma = parte anterior da cabeça ● Ponto de referência formado pela interseção das saturas sagital e coronal ◊ Lambda = letra grega ● No centro do occipúcio ● Indica a junção das suturas sagital e lambdóidea. ● Algumas vezes pode ser palpado como uma depressão ◊ Ínio = dorso da cabeça ● Ponto mais proeminente da protuberância occipital externa ◊ Ptério = asa ● Parte anterior da fossa temporal, 3-4 cm acima do arco zigomático ● Área de junções ósseas, suturas que formam um H e que se unem nos ossos frontal, parietal, esfenóide (asa maior) e temporal ◊ Astério = formato de estrela ● Na junção de 3 suturas: parietomastóidea, occipitomastóidea e lambdóide ◊ Gônio ● Parte mais proeminente do ângulo da mandíbula ● Palpável 13. Órbitas ● São duas cavidades ósseas nas quais estão situados os olhos ● Dentro delas estão as fissuras orbitais superior e inferior e os canais ópticos ● Compreende 7 ossos: frontal, esfenóide, zigomático, maxila, lacrimal, etmóide, palatino ◊ Margem supra-orbital
◊ Incisura supra-orbital ◊ Processo zigomático do osso frontal ● Continuação lateral da margem supra-orbital ◊ Teto da órbita ● Maior parte: osso frontal ◊ Margem lateral da órbita ● Frontal + zigomático ◊ Margem inferior da órbita ● Maxila + zigomático ◊ Margem medial da órbita ● Maxila + frontal + lacrimal ◊ Forame infra-orbital ◊ Canal lacrimonasal ● No osso lacrimal ◊ Face orbital da asa maior do esfenóide ◊ Face orbital da asa menor do esfenóide ◊ Face orbital da maxila ◊ Faces orbitais do osso frontal ● Sustentam os lobos frontais do encéfalo e formam os tetos das órbitas * As órbitas mostram impressões sinuosas (encefálicas) dos giros (cristas) orbitais dos lobos frontais ● Maior parte ◊ Face orbital do osso zigomático ◊ Lâmina orbital do osso etmóide ◊ Processo orbital do osso palatino ◊ Fissura orbital inferior ● Abertura longitudinal com limite na do esfenóide e nas maxilas, palatino e zigomático ◊ Fissura orbital superior ◊ Canal óptico ● Abertura circular na asa menor através da qual a artéria oftálmica e o nervo óptico passam ao saírem da cavidade do crânio em direção à órbita Obs .: Há veias que comunicam o couro cabeludo com a parte interior do crânio COLUNA VERTEBRAL 1. Características gerais ● Forma o esqueleto do pescoço e do dorso
● Contém vértebras, discos intervertebrais (IV) – separam as vértebras e as mantêm juntas, correspondem a ¼ da coluna vertebral - e ligamentos associados ● Estende-se do crânio ao ápice do cóccix ● Principal parte do esqueleto axial 1.1 Funções ● Protege a medula espinal e os nervos espinais ● Sustenta o peso do corpo superior ao nível da pelve ● Oferece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e uma base estendida sobre a qual a cabeça está posicionada e gira ● Tem um papel importante na postura e locomoção (o movimento de um plano para outro) 2. Vértebras ● São 33: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas * movimento significativo apenas entre as 25 superiores * das 9 inferiores, as 5 sacrais estão fundidas em adultos, formando o sacro, e, após aproximadamente 30 anos de idade, as 4 coccígeas se fundem para formar o cóccix. - ângulo lombossacral: na junção dos e formado pelos eixos longitudinais da região lombar da coluna vertebral e do sacro Obs.: com a idade, o número de ossos tende a diminuir ● Tornam-se maiores gradualmente à medida que a coluna vertebral desce até o sacro e depois se tornam progressivamente menores em direção ao ápice do cóccix: vértebras sucessivas suportam cada vez maior peso corporal. * tamanho: maior acima do sacro = transfere o peso para o cíngulo do membro inferior nas articulações sacroilíacas ● São separadas por discos elásticos e conferem flexibilidade para a coluna * O movimento entre duas adjacentes é pequeno * com cartilagem entre elas ● Em cada região, as faces articulares estão orientadas sobre os processos articulares das vértebras em uma direção característica que determina o tipo de movimento permitido entre as vértebras adjacentes e, no conjunto, para a região ◊ Demarcação do canal medular ● Linha posterior em relação ao corpo vertebral ● Linha anterior ao processo espinhoso 2.1 Estrutura e função
* menor variação dentro da região ◊ Corpo vertebral ● Parte anterior, maior, aproximadamente cilíndrica ● Confere resistência e sustenta o peso do corpo ● Discos de cartilagem hialina (“placas terminais” vertebrais), remanescentes do modelo cartilaginoso a partir do qual se desenvolve o osso, cobrem a maior parte das superfícies superior e inferior. ◊ Epífise anular ● Anel de osso liso da periferia que é unido ao corpo ● Servem como zonas de crescimento ● Seus remanescentes cartilaginosos protegem os corpos vertebrais e permitem alguma difusão de líquido entre os discos e os capilares do corpo vertebral. ◊ Centro ● Local de união das epífises superior e inferior no início da vida adulta ● Centro primário de ossificação para massa central do corpo vertebral ◊ Arco vertebral ● posterior ao corpo vertebral ● Com 2 pedículos e lâminas (direita e esquerda) Pedículos ● Processos cilíndricos sólidos e curtos ● Projetam-se posteriormente do corpo vertebral para encontrar as lâminas Lâminas ● Duas placas ósseas largas e achatadas ● Unem-se na linha mediana ◊ Forame vertebral ● Paredes formadas pelo arco vertebral e pela superfície posterior do corpo vertebral ● É progressivamente maior à medida que se aproxima do crânio e menor em relação à lombar, quanto ao diâmetro ◊ Canal vertebral / medular ● Sucessão de forames vertebrais na coluna vertebral articulada * não existe em uma vértebra isolada, sim em todas ● Contém a medula espinal e as raízes dos nervos espinais que dela emergem, meninges, gordura e vasos que a circundam e servem * variações regionais em seu tamanho e formato acomodam a espessura variável da medula espinal * plexo venoso vertebral: formado pelas veias no interior do canal medular ◊ Incisuras vertebrais
● Entalhes observados em vistas laterais das vértebras acima e abaixo de cada pedículo, entre os processos articulares superiores e inferiores posteriormente e as projeções correspondentes do corpo anteriormente. ◊ Forames intervertebrais ● Formados pelos entalhes vertebrais superiores e inferiores das vértebras adjacentes e pelos discos que as unem ● Com gânglios sensitivos dos nervos espinais (raiz posterior), que emergem da coluna vertebral com seus vasos associados através deles ◊ Processo espinhoso ● um, mediano ● Projeta-se posteriormente e inferiormente, superpondo-se à vértebra inferior, a partir do arco vertebral na junção das lâminas. ◊ Processos transversos ● Projetam-se póstero-lateralmente a partir das junções dos pedículos e lâminas ● Como o processo espinhoso, fornece fixação para músculos profundos do dorso, como uma alavanca: facilita os músculos que fixam ou mudam a posição das vértebras ◊ Processos articulares ● 2 superiores e 2 inferiores ● Originam-se das junções dos pedículos e lâminas, cada um deles sustentando uma face articular ● Formam as articulações dos processos articulares – articulações zigapofisárias -: em aposição com processos correspondentes de vértebras adjacentes (superior e inferior) a eles ● Determinam os tipos de movimentos permitidos e restritos entre as vértebras adjacentes de cada região ● Ajudam a manter alinhadas as vértebras adjacentes, evitando o deslizamento anterior de uma vértebra sobre a vértebra abaixo ● Sustentam o peso temporariamente e unilateralmente (vértebras cervicais fletidas) 3. Coluna cervical ● Forma o esqueleto do pescoço. Localiza-se entre o crânio e as vértebras torácicas. ● São as menores entre as móveis: sustentam menos peso ● Os discos cervicais são mais finos ● Possui a maior amplitude e variedade de movimento: espessura relativa dos discos (em comparação com os corpos vertebrais), orientação quase horizontal das faces articulares, pequena quantidade de massa corporal adjacente
● Local onde há mais fraturas, lesões, traumatismos: preocupação com a medula espinal (vértebra quebra, mas forame vertebral não lesa, sem machucar a medula) ◊ Forame transversário ● Oval ● No processo transverso ● Atravessado por artérias vertebrais e suas veias ● Em C7: dá passagem a pequenas veias acessórias, são menores ou até ausentes ◊ Tubérculos anterior e posterior ● Terminação lateral dos processos transversos ● Projeções que dão fixação a um grupo de músculos cervicais posicionados lateralmente (levantadores da escápula e escalenos) ◊ Sulcos ● Nos processos transversos, entre os tubérculos ● Barra costotransversária: assoalho do sulco ● Acomodam os ramos anteriores dos nervos espinais cervicais 3.1 C1 ou Atlas = Atlas, da mitologia grega, sustentava o peso do mundo sobre seus ombros ● Não possui corpo nem processo espinhoso ● A mais larga = alavanca para músculos nele fixados ◊ Massas laterais (2) ● Ocupam o lugar do corpo ● Sustentam o peso do crânio em forma de globo ◊ Processos transversos ● Originam-se das massas laterais ● Mais lateralmente que o normal ◊ Faces articulares superiores das massas laterais ● Côncavas e reniformes ● Recebem os côndilos occipitais: duas grandes protuberâncias cranianas nas laterais do forame magno ◊ Faces articulares inferiores das massas laterais ● Para o Áxis ◊ Arcos anterior e posterior ● Cada um possui um tubérculo (tubérculo anterior e tubérculo posterior): no centro de sua face externa ● Estendem-se entre as massas laterais, formando um anel completo ◊ Sulco da artéria vertebral ● Na face superior do arco posterior (lâmina de uma vértebra comum) ● A artéria vertebral e o nervo C1 seguem esse sulco
◊ Ligamento transverso do Atlas ● Estende-se de uma massa lateral até a outra, passando entre o dente e a medula espinal ● Forma a parede posterior do “bocal” que recebe o dente ● Mantém o dente do Áxis em posição contra a face posterior do arco anterior ● Impede o deslocamento posterior (horizontal) do dente e o deslocamento anterior do Atlas * comprometeria a parte do forame vertebral de C1 que dá passagem à medula espinal 3.2 C2 ou Áxis ● A mais forte ◊ Faces articulares superiores ● Duas grandes superfícies planas de sustentação ● O Atlas gira sobre elas ◊ Faces articulares inferiores ● Para C3 ◊ Face articular anterior ● Para o arco anterior do Atlas ◊ Face articular posterior ● Para o ligamento do Atlas ◊ Dente ou processo odontóide ● Exclusividade ● Rombo ● Projeta-se do corpo vertebral para cima ● Circundado pelo Atlas ● Anterior à medula espinal (no interior de seu revestimento, circundada pelo Atlas) ● Eixo em torno do qual ocorre a rotação ● Contra a face posterior do arco anterior do atlas: posição mantida pelo ligamento transverso do Atlas ● Ocupa um terço do volume ◊ Processo espinhoso ● Grane e bífido ● Palpado profundamente no sulco nucal (sulco vertical superficial no dorso do pescoço) 3.3 C3-C7 = Com características típicas
● Articulam-se de modo que permitem flexão e extensão livres e alguma flexão lateral, mas a rotação é restrita: faces articulares planas, quase horizontais, dos processos articulares são favoráveis ● Sem processos articulares bem definidos (4): o local é dividido em processo transverso e corpo C6 ● Com tubérculos caróticos: local onde as artérias carótidas comuns são comprimidas, no sulco entre o tubérculo e o corpo, para controlar o sangramento desses vasos (pode continuar devido às múltiplas anastomoses de ramos distais da carótida com ramos adjacentes e contralaterais) C7 ● Vértebra proeminente: processo espinhoso proeminente ◊ Forames vertebrais ● Grande e triangular ● Acomodam o aumento da medula espinal relacionado à inervação dos membros superiores ◊ Bordas superiores dos corpos vertebrais ● Alongadas transversalmente, elevadas posteriormente e em especial lateralmente, deprimidas anteriormente ● Formato recíproco da borda inferior do corpo da vértebra superior ◊ Unco do corpo ou processo uncinado ● Borda súpero-lateral elevada ◊ Processo espinhoso ● C3-C6: curtos e bífidos em brancos ● C7: longo 3.4 Lesões ● Lesões ósseas reduzidas podem se tornar medular: desloca um pedaço de osso sobre o outro = critério anatômico ◊ Lesão do canal medular = praticamente deixou de existir ● Canal medular comprimido ou interrompido ● C5-C6: destruição da comunicação com o SNC = tetraplégico permanente * cura apenas com células-tronco * é diferente dos paraplégicos porque estes possuem lesão em região definida ◊ Fraturas de C1 ● Todo o eixo de força é transmitido a C1, que o intercepta ● Mecanismo do trauma: pular em piscina rasa ou sem água, lagoa rasa = cai e bate a cabeça no solo
● Possíveis consequências: fratura em explosão; fraturas múltiplas (afastase do forame = sem lesar, fragmentar); fratura na posição alta com conseqüente morte por insuficiência respiratória / asfixia (perde a comunicação com músculo do diafragma); torcicolo traumático (não pode se mexer para não lesar o canal medular) - se for encubado no local do trauma, evita a morte ◊ Fraturas de C2 ● Mecanismos: movimentos exacerbados de * rotação * flexão seguida de extensão e cisalhamento * tração lateral ◊ Luxação entre C1 e C2 ◊ Fratura do enforcado (fratura de C2) ◊ Fraturas de C3 a C7 ● Mecanismos diversos ◊ Luxações ● Osso sai de sua topografia habitual Ex: bancos de trás do carro sem encosto para a cabeça 4. Coluna torácica ● Na parte superior do dorso ● Fornece fixação para as costelas ● Flexão, extensão e flexão lateral limitadas pela fixação da caixa torácica associada à orientação vertical das faces articulares e aos processos espinhosos superpostos ● Maior proteção contra traumas penetrantes por meio do processo espinhoso, que dificulta a entrada de algo = sem lesar a medula * Evolução: única espécie bípede (proteção de outros modos) - os demais mamíferos são quadrúpedes = proteção contra predadores ◊ Fóveas costais ● Para articulação com as costelas ◊ Arco centralizado no disco IV ● Permite rotação e algum grau de flexão lateral da coluna vertebral: o maior grau de rotação 4.1 T1-T4 ● Com algumas características das vértebras cervicais T1 ● Atípica ● Com processo espinhoso longo, quase horizontal: pode ser proeminente como o de C7
● Com fóvea costal completa na margem superior de seu corpo para a 1ª costela ● Com hemifóvea costal em sua margem inferior: contribui para a superfície articular para a 2ª costela 4.2 T5-T8 = quatro vértebras torácicas médias ● Com características típicas ◊ Processos articulares ● Estendem-se verticalmente com pares de faces articulares, com orientação quase coronal, que definem um arco centralizado no disco IV 4.3 T9-T12 ● Com algumas características de vértebras lombares: tubérculos semelhantes aos processos acessórios e mamilares T12 ● Nela ocorre a maior parte da transição nas características: sujeita a estresses de transição = fraturada com maior freqüência ● Metade superior com caráter torácico * fóveas costais * processos articulares: permitem o movimento basicamente giratório ● Metade inferior com caráter lombar * sem fóveas costais * processos articulares permitem apenas flexão e extensão 5. Coluna lombar ● Na região lombar entre o tórax e o sacro ● Flexão e extensão facilitadas, flexão lateral permitida, mas rotação impedida devido ao fato de, nas articulações superiores com orientação mais sagital, as faces dos processos inferiores da vértebra acima, voltadas lateralmente, serem “seguras” pelas faces voltadas medialmente dos processos superiores da vértebra abaixo ● L3, L4 e L5 são mais evidentes ● A medula espinal termina em L1 e L2 * importância: fratura a partir de L3 = sem lesar a medula, mas pode lesar componentes dela ◊ Corpo vertebral ● Grande: peso sustentado aumenta em direção à extremidade inferior = responsáveis pela maior parte da espessura da região inferior do tronco no plano mediano ◊ Processos articulares
● Estendem-se verticalmente ◊ Faces articulares ● Orientadas sagitalmente no início (início abrupto com as articulações T12-L1) e com orientação mais coronal à medida que a coluna desce ◊ Processos transversos ● Projetam-se um pouco póstero-superiormente e também lateralmente ◊ Processo acessório ● Na superfície posterior da base de cada processo transverso ● Pequeno ● Permite a fixação do músculo intertransversário medial do lombo ◊ Processos mamilares ● Na superfície posterior dos processos articulares superiores ● Permitem a fixação dos músculos multífido e intertransversário medial (músculos do dorso) 5.1 L5 ● Faces articulares com orientação distintamente coronal, como de S1 ● A maior das móveis ● Sustenta o peso de toda a parte superior do corpo, que é transmitido para a base do sacro ◊ Corpo vertebral ● Grande ● Bem mais profundo anteriormente ● Responsável pelo ângulo lombossacral entre o eixo longitudinal da região lombar da coluna vertebral e o do sacro ◊ Processos transversos ● Grandes 6. Sacro = sagrado, intocável, não-profano, osso grande (ilustre, importante, poderoso, glorioso) - vísceras oferecidas como iguaria especial nos sacrifícios ● Guardava os órgãos da reprodução * mais largo na mulher * corpo da vértebra S1 maior no homem ● Grande, triangular (rápida diminuição do tamanho das massas laterais das vértebras sacrais durante o desenvolvimento), em forma de cunha, com 5 vértebras sacrais fundidas em adultos. Entre os ossos do quadril e forma o teto e a parte póstero-superior da cavidade pélvica posterior. Seu volume diminui na metade inferior (não sustenta peso).
● Oferece resistência e estabilidade à pelve, transmite o peso do corpo ao cíngulo do membro inferior. ◊ Canal sacral ● Continuação do canal vertebral com feixes de raízes dos nervos espinais ◊ Forames sacrais anteriores e Forames sacrais posteriores = 8 (4 pares) ● Nas faces pélvicas (maiores) e dorsal (menores). ● Deles saem os ramos posterior e anterior dos nervos espinais. ◊ Base do sacro ● Superfície superior da vértebra S1 ● Processos articulares articulam-se com os da L5 ◊ Forames intervertebrais ● Posteriores, proximais ◊ Face pélvica ● Anterior ● Lisa e côncava com 4 linhas transversas indicando onde houve fusão das vértebras sacrais (antes unidas por cartilagem hialina e separadas por discos) ◊ Promontório = pico de montanha ● Anterior ● Margem projetada anteriormente do corpo da vértebra S1 ● Ponto de referência obstetrício. ◊ Ápice do sacro ● Extremidade inferior afilada com face oval para articulação com o cóccix ◊ Crista sacral mediana ● Central, com processos espinhosos rudimentares fundidos das 3 ou 4 vértebras sacrais superiores (S5 não tem) ◊ Crista sacral intermédia ● Processos articulares fundidos ◊ Crista sacral lateral ● Extremidades dos processos transversos das vértebras sacrais fundidas ◊ Face auricular = semelhante a uma aurícula ● Superfície lateral ● Local da parte sinovial da articulação sacroilíaca ● Coberta por cartilagem hialina ◊ Asa do sacro ● Laterais ◊ Processo sacral anterior ◊ Tuberosidade sacral
● Lateral ◊ Face dorsal do sacro ● Rugosa, convexa, com 5 cristas longitudinais proeminentes. ◊ Hiato sacral ● em forma de U ● Resultado da ausência das lâminas e do processo espinhoso de S5 e algumas vezes de S4 ● Leva ao canal sacral ● Com profundidade variável = depende da quantidade de processo espinhoso e lâminas de S4 ◊ Cornos sacrais ● Processos articulares inferiores da vértebra S5 projetam-se inferiormente de cada lado do hiato sacral 7. Cóccix = cuco; osso da cauda ● Pequeno osso triangular ● Fusão das 4 vértebras coccígeas rudimentares (pode haver uma a menos ou a mais) ● Remanescente do esqueleto da eminência caudal embrionária (presente nos embriões humanos no fim da 4ª semana até o início da 8ª). ● Não sustenta o peso do corpo de pé ● Pode sofrer alguma flexão anterior, indicando que está recebendo algum peso, na posição sentada ● Permite a fixação de partes dos músculos glúteo máximo e isquiococcígeos e do corpo anococcígeo (inserção fibrosa mediana dos músculos pubococcígeos) ◊ Superfície pélvica ● Côncava e relativamente lisa ◊ Superfície dorsal ● Com processos articulares rudimentares ◊ Processos transversos ● Curtos ● Unidos ao sacro ◊ Cornos coccígeos ● Formados pelos processos articulares rudimentares ● Articulam-se com os cornos sacrais 7.1 Co1 ● Pode ser separada ● Maior e mais larga
● Frequentemente se funde ao sacro com o avanço da idade 7.2 Co2-Co4 ● Geralmente se fundem no meio da vida para formar um único osso: semelhante a um bico MENINGES 1. Características gerais ● Membranas conjuntivas que envolvem e protegem o SNC ● Três: dura-máter, aracnóide, pia-máter (de externo para interno) ● Frequentemente acometidas por processos patológicos, como infecções (meningites) ou tumores (meningiomas) * o acesso cirúrgico ao SNC exige contato com elas ◊ Leptomeninge = meninge fina, quase opaca ● Aracnóide + pia-máter * eram um só folheto durante o desenvolvimento embrionário ● Sem inervação dolorosa Obs .: geralmente, só separa em doenças ● Sem espaço entre a leptomeninge e a paquimeninge no encéfalo ◊ Paquimeninge = meninge espessa ● Dura-máter 2. Dura-máter encefálica ● Mais superficial: couro cabeludo crânio dura-máter * sem espaço entre a dura-máter e a aracnóide (espaço subdural): artefato (formaliza, diminui o volume, tecidos contraem = aparece espaço que não existe) ● Espessa e resistente ● Tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas ● Formada por dois folhetos ◊ Folheto interno ● Continua com a dura-máter espinal ● Com terminações nervosas: acionadas por variação da concentração de íons ou pela presença de sangue = dor ◊ Folheto externo ● Adere intimamente aos ossos do crânio (parte basilar do osso occipital, temporais, esfenóide = da base e da abóbada) e comporta-se como periósteo
= função de nutrição, revestimento, proteção, crescimento em diâmetro Obs .: o periósteo pode originar células de linhagem óssea ● Sem capacidade osteogênica = a consolidação de fraturas no crânio é dificultada, regeneração de perdas ósseas na abóbada craniana impossível * vantagem: a formação de um calo ósseo seria um grave fator de irritação do tecido nervoso e aumentaria a PIC ● Muito vascularizado: principal artéria = artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar (ramo da artéria carótida externa) ● Ricamente inervado = sensibilidade craniana (dor, temperatura, tato – principalmente de dor) 2.1 Pregas = destaque do folheto interno do externo ● Dividem a cavidade craniana em compartimentos separados por septos mais ou menos rígidos que se comunicam amplamente ● Grandes, de fácil visualização ◊ Foice do cérebro ● Septo vertical mediano em forma de foice ● Ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios cerebrais (grosseiramente) = direito e esquerdo (parcialmente) ● Crista etmoidal (fossa anterior do crânio): onde se implanta ◊ Tenda do cerebelo / Tentório do cerebelo / Tenda cerebelar ● Projeta-se adiante como um septo transversal entre os lobos occipitais (assentam-se sobre elas) e o cerebelo ● Separa a fossa posterior da fossa média do crânio (faz uma tenda para ela), dividindo a cavidade craniana em (divisão importante ao se estudar a patologia das afecções - tumores): * compartimento superior ou supratentorial * compartimento inferior ou infratentorial Incisura da tenda: borda anterior livre. Ajusta-se ao mesencéfalo. Pode lesar o mesencéfalo e os nervos troclear e oculomotor, que nele se originam ◊ Foice do cerebelo = cérebro pequeno ● Pequeno septo vertical mediano (“escondida”) ● Abaixo da tenda do cerebelo, entre os dois hemisférios cerebrais ◊ Diafragma da sela ● Pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela turca (semelhante a uma sela de cavalo, em relação à forma), deixando apenas um pequeno orifício para a passagem da haste hipofisária (para a hipófise se assentar) ● Protege e isola a hipófise, mas dificulta a cirurgia da mesma
2.2 Cavidades = delimitadas pela separação dos dois folhetos ◊ Cavo trigeminal ou cavo de Meckel ou loja do gânglio trigeminal ● Contém o gânglio trigeminal ◊ Seios da dura-máter ● Cavidades revestidas de endotélio e com sangue venoso ● Dispõem-se principalmente ao longo da inserção das pregas da duramáter 2.3 Seios venosos ● Canais venosos revestidos de endotélio situados entre os dois folhetos, que formam espaços ao se separarem = entre as lâminas interna e externa contendo sangue venoso * disposição principalmente ao longo da inserção das pregas - em relação com a abóbada - em relação com a base do crânio ● Os seios não têm musculatura lisa: sem responder ao sistema nervoso simpático e ao parassimpático ● Secção triangular ● Paredes finas e rígidas: não colabam quando seccionadas ● Lacunas sanguíneas: expansões laterais irregulares * cada lado do seio sagital superior ● Drenagem do sangue: veias do encéfalo e do bulbo ocular -> seios da duramáter -> veias jugulares internas ● Veias emissárias: estabelecem a conexão entre os seios e as veias da superfície externa do crânio * percorrem canalículos ou forames que lhes são próprios, nos ossos do crânio ● Há impressões no crânio: sulcos dos seios DA ABÓBADA CRANIANA ◊ Seio sagital superior = grosseiramente inferior à sutura sagital ● Ímpar ● Mediano ● Maior ● Percorre a margem de inserção da foice do cérebro ● Termina próximo à protuberância occipital interna: na confluência dos seios ● Recebe a drenagem venosa superficial e líquor ● Com granulações aracnóideas (penetram nele)
◊ Confluência dos seios ● Sagital superior + reto + occipital + início dos seios transversos esquerdo e direito ◊ Seio sagital inferior ● Na margem livre da foice do cérebro ● Termina no seio reto ◊ Seio reto ● Ao longo da linha de união entre a foice do cérebro e a tenda do cerebelo ● Recebe em sua extremidade anterior o seio sagital inferior e a veia cerebral magna, terminando na confluência dos seios ● Não deixa impressões no crânio ◊ Seio transverso ● Par ● De cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo no osso occipital, desde a confluência dos seios até a parte petrosa do osso temporal – seio sigmóide ◊ Seio sigmóide ● Em forma de S ● Continuação do seio transverso até o forame jugular = continua diretamente com a veia jugular interna ● Drena a quase totalidade do sangue venoso da cavidade craniana ◊ Seio occipital ● Pequeno e irregular ● Ao longo da margem de inserção da foice do cerebelo DA BASE DO CRÂNIO ◊ Seio cavernoso ● Um dos mais importantes ● Cavidade bastante grande e irregular ● De cada lado do corpo do esfenóide e da sela turca (margeia-a) ● Recebe o sangue das veias oftálmica superior e central da retina e de algumas veias do cérebro drena através dos seios petroso superior e petroso inferior ● Comunica-se com o seio cavernoso no lado oposto pelo seio intercavernoso. ● Atravessado pela artéria carótida interna, pelo nervo abducente, pelos nervos troclear (NC IV), oculomotor (NC III) e pelo ramo oftálmico do nervo trigêmeo: separados do sangue por um revestimento endotelial * Aneurismas da carótida interna: comprimem o nervo abducente e os demais = distúrbios típicos dos movimentos do bulbo ocular * perfuração da carótida interna: fístula carótido-cavernosa = curtocircuito artério-venoso = dilatação e aumento da pressão
- inversão da circulação nas veias que nele desembocam Ex: veias oftálmicas = grande protrusão do bulbo ocular = pulsa simultaneamente com a carótida (exoftálmico pulsátil) * infecções superficiais da face podem se propagar nele = intracranianas - motivo: comunicações entre as veias oftálmicas, tributárias do seio cavernoso, e a veia jugular, que drena a região nasal ◊ Seios intercavernosos ● Unem os dois seios cavernosos ● Envolvem a hipófise ◊ Seio esfenoparietal ● Percorre a face interior da pequena asa do esfenóide ● Desemboca no seio cavernoso ◊ Seio petroso superior ● De cada lado, ao longo da inserção da tenda do cerebelo, na porção petrosa do osso temporal ● Drena o sangue do seio cavernoso para o seio sigmóide ● Termina próximo à continuação do seio sigmóide com a veia jugular interna ◊ Seio petroso inferior ● Percorre o sulco petroso inferior entre o seio cavernoso e o forame jugular ● Termina lançando-se na veia jugular interna ◊ Plexo basilar ● Ímpar ● Na porção basilar do osso occipital ● Comunica-se com os seios petroso inferior e cavernoso ● Liga-se ao plexo do forame occipital e através deste ao plexo venoso vertebral interno 2.4 Inervação da dura-máter ● Terminações nervosas livres se prestam a detectar estímulos, que são interpretados como dor, principalmente - se for lesada = dói - se variar a concentração de íons ao seu redor, dependendo do estado, também dói * Funciona como um sensor de dor que protege o SNC Obs .: o cérebro não possui inervação dolorosa para ele Obs2. : cefaléia = dor de cabeça (síndrome = conjunto de achados que leva a vários diagnósticos) ◊ Explicação evolutiva
● Por ser a camada mais externa, já no interior do crânio, das membranas de proteção = se alguma coisa encostar ou ficar diferente em relação à concentração iônica ao seu redor, ela mandará a informação para o SNC (“algo está errado”) * não sente dor no corpo inteiro: cada órgão tem uma função e um tipo, uma percepção ◊ Ramo oftálmico ou divisão oftálmica do nervo trigêmeo ● Nervo trigêmeo = V par de nervos cranianos (há XII pares) * possui 3 divisões - divisão oftálmica = fissura orbital inferior - maxilar = forame redondo - mandibular = forame oval * funções: responsável pela sensibilidade da pele da face (conduz a informação táctil – dor de dente, mão na face, morder a língua) ● Inerva a foice, a tenda, a dura-máter da fossa anterior, a dura-máter que recobre a abóbada craniana ● Nevralgias trigemiais: dores intensas (mesmo que pequena região ou pedaço do nervo trigêmeo esteja acometido) ◊ Ramo mandibular e ramo maxilar do nervo trigêmeo ● Inerva a dura-máter que recobre a fossa média ◊ Plexo cervical Obs .: ramo vago tem ramos meníngeos = também pode inervar ● Inerva a meninge que recobre a fossa posterior 2.5 Vascularização da dura-máter ◊ Artéria meníngea média ● Principal suprimento arterial * há ramos que inervam outras meninges ● Passa pelo forame espinhoso ● É ramo da artéria maxilar, que, por sua vez, é ramo da artéria carótida externa ● Deixa sulcos – impressões – na abóbada craniana ● Muitas vezes transita entre a dura-máter e o crânio ou entre os dois folhetos da dura-máter ● Se for rompida, lesada (ou seus ramos) = hemorragia entre o crânio e a dura-máter, que cria espaço = espaço epidural / extradural: hemorragia epidural ◊ Veias cerebrais superficiais ● Drenam o sangue para o seio sagital superior * ele também recebe drenagem venosa superficial de outros seios ● Entra na dura-máter e transita
* é mais presa, fixa no ponto de entrada = na dura-máter ● Se o cérebro se movimentar (movimenta-se pouco, pois está imerso em líquido) = rompimento = sangue extravasa (sai do vaso e vai para fora), criando espaço entre a dura-máter e a aracnóide = espaço subdural = hemorragia subdural (venosa) * na maioria das vezes, é causado por traumas e doenças ◊ Artérias ● Qualquer uma que for para o encéfalo passará pelo espaço subaracnóideo / leptomeníngeo ● Aneurisma: dilatações anormais de artérias no ponto em que estão transitando no espaço subaracnóideo * Problema: se arrebentar, romper, e extravasar sangue no espaço subaracnóideo, o líquor, que não tem sangue, passará a ter = Hemorragia subaracnóidea (não cria espaço diferente, pois já há) = HSAE Obs .: por isso que as hemorragias na base são mais frequentes - entupimento das granulações aracnóideas pelo sangue = comprometimento da drenagem do líquor (espaço subaracnóideo circulação venosa) = maior pressão intracraniana = hidrocefalia Obs2 .: nas primeiras 24 h = morte. Pode romper na cirurgia – técnica de cateterismo (clipar – causa a necrose – ou colocar “mola” – reta, mas espirala quando solta) -, se for descoberto antes da manifestação (em um paciente assintomático) = seqüelas. - ao romper, causa o AVE hemorrágico * Genético: pode ter mais de um. Só é descoberta com a manifestação. 3. Aracnóide-máter encefálica ● Delicada ● Justaposta à dura-máter, da qual se separa pelo espaço subdural na medula, contendo pequena quantidade de líquido = lubrificação das superfícies de contato entre as 2 membranas ● Espaço subaracnóideo: separa-a da pia-máter * contém líquido cérebro-espinal ou líquor ou líquido céfalo-raquidiano * ampla comunicação entre o do encéfalo e o da medula ● Trabéculas aracnóides: atravessam o espaço subaracnóideo para se ligar à pia-máter. Lembram teias de aranha. 3.1 Cisternas subaracnóideas ● Justapõem-se à dura-máter: acompanham apenas grosseiramente a superfície do encéfalo ● Profundidade do espaço subaracnóideo: variável * pequena no cume dos giros
* grande nas áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana ● Cisternas subaracnóideas: dilatações do espaço subaracnóideo nas áreas acima, onde o volume é maior. Com grande quantidade de líquor. ◊ Cisterna cerebelo-bulbar ou cisterna magna ● Entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo ● Continua caudalmente com o espaço subaracnóideo da medula ● Liga-se ao IV ventrículo através de sua abertura mediana ● Maior e mais importante * no interior do crânio ● Nela ocorrem punções suboccipitais: agulha introduzida entre o osso occipital e a 1ª vértebra cervical * mas não é uma boa localização anatômica = pode cutucar o cerebelo ou o bulbo ◊ Cisterna pontina ● Ventralmente à ponte ◊ Cisterna interpeduncular ● Na fossa interpeduncular ◊ Cisterna quiasmática ● Adiante do quiasma óptico ◊ Cisterna superior ou cisterna da veia cerebral magna ● Dorsalmente ao teto do mesencéfalo, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso ● Cisterna ambiens ◊ Cisterna da fossa lateral do cérebro ● Depressão formada pelo sulco lateral de cada hemisfério ◊ Cisterna lombar ● Grande, a maior, mas não é do crânio ● Na cauda eqüina (inferior aos outros componentes): quando a medula espinal não existe mais = inferior a L1 e L2 = a partir de L3 ● Nela ocorrem punções (para estudo do líquor, com agulhas calibrosas) e injeção de substâncias através de agulhas * anestésico (anestesia raquiana - local): difunde-se para o líquor = vai para o cérebro - se o líquido for mais denso que o líquor = não difunde - paciente discretamente inclinado para manter topografia inferior Obs. : se inclinar ao contrário, o bloqueio ascenderá = entuba = anestesia local torna-se geral (induzida dos pontos de vista inalatório e intravenoso) = PCR 3.2 Granulações aracnóideas ● Pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter
* mais abundantes no seio sagital superior ou adjacências ● Levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnóideo = divertículos: líquor separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada da aracnóide * adaptação à absorção de líquor, que cai no sangue ● Empurram a dura-máter, que empurra o crânio = regiões de depressão na região interna da abóbada craniana = fovéolas granulares ◊ Corpos de Pacchioni ● Granulações aracnóideas grandes nos adultos e velhos (quanto mais jovem, mais discretas) * podem calcificar 4. Pia-máter encefálica ● Mais interna, praticamente microscópica ● Adere intimamente à superfície do encéfalo e da medula, acompanhando seus relevos e depressões, descendo até o fundo dos sulcos cerebrais * em peças não fixadas, pequenas incisões nessa meninge podem originar hérnias de substâncias nervosas ● Dá resistência aos órgãos nervosos * a consistência do tecido nervoso é mole ◊ Membrana pio-glial ● Porção mais profunda ● Recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos ◊ Espaços perivasculares ● A pia-máter forma a parede externa desses espaços ao acompanhar vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo ● Com prolongamentos do espaço subaracnóideo = com líquor: manto protetor em torno dos vasos = amortece o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido circunvizinho ● Acompanham os vasos mais calibrosos até certa distância e terminam por fusão da pia-máter com a adventícia do vaso * pequenas arteríolas envolvidas até o nível capilar por pés-vasculares dos astrócitos do tecido nervoso ◊ Espaços pericapilares e espaços perineurais ● Não existem = artefatos devido à retração dos tecidos durante a preparação para o estudo ao MO * pericapilares = acompanhamento dos espaços perivasculares dos vasos aos capilares. Em comunicação com os perineurais. * ambos contêm líquor = intermédio entre todas as trocas metabólicas entre o sangue e os neurônios
5. As meninges na medula espinal ◊ Dura-máter ● Há apenas um folheto, que é continuação do folheto interno da duramáter craniana * ponto onde se continua = forame magno ● Há espaço extradural / epidural: entre a vértebra (corpo e arco) e a dura-máter ● Termina por volta de S2 e S4 = saco dural * Um prolongamento / filamento vai até o cóccix = filamento terminal externo ● Movimentação do pescoço ou dos membros do quadril = movimentação da dura-máter ◊ Aracnóide ● Há espaço entre a dura-máter e a aracnóide: espaço subdural ● Há espaço entre a aracnóide e a pia-máter: espaço subaracnóideo ◊ Pia-máter CIRCULAÇÃO LIQUÓRICA 1. Introdução = segue gradiente de pressão ◊ Líquor ou líquido cérebro-espinal ● Fluido aquoso e incolor (cor de “água de rocha”) que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares: proveniente do sangue (alterações na concentração do plasma) ● Funções * proteção mecânica do SNC: forma um coxim líquido entre o SNC e o estojo ósseo = qualquer pressão ou choque é amortecido, distribuindo-se igualmente a todos os pontos (Princípio de Pascal) - absorve energia de outras regiões * torna a anatomia do encéfalo possível (1500g com aparência de 150g) - mais leve (Princípio de Arquimedes) = menor risco de traumatismos do encéfalo resultantes do contato com os ossos do crânio (acidentes pontiagudos) 2. Características citológicas e físico-químicas do líquor ◊ Punções lombares, suboccipitais ou ventriculares ● Permitem a medição da pressão do líquor ou a colhida de certa quantidade para estudo = informações sobre a fisiopatologia do SNC e seus envoltórios, permitindo o diagnóstico de afecções, como meningites ◊ Propriedades físico-químicas
= Variam conforme o local de obtenção da amostra, com a idade e de acordo com o sexo. No adulto, na região lombar em decúbito lateral: ● Límpido e incolor ● 0 a 4 leucócitos por mm³ ● Pressão de 5 a 20 cm de água ● Com mais cloretos que o sangue ● Com menor número de proteínas que no plasma = menor viscosidade ● Volume total em uma mesma unidade de tempo = 100 a 150 cm³ * em 24 h = 3 vezes = 450 cm³ ● Renova-se completamente a cada 8 h: produção contínua * importância: para não deixar acumular e causar hidrocefalia ● Composição determinada por mecanismos de transporte específicos ● Sem plaquetas ● Com menor concentração de glicose 3. Formação, absorção e circulação do líquor ◊ Produção = contínua, em todos os ventrículos ● Plexos corióides (estruturas neuroepiteliais) = 70% * nos ventrículos laterais (corno inferior e parte central) e no teto do III (inferior aos ventrículos laterais) e IV ventrículos (inferior ao III ventrículo) - ventrículos laterais = maior contingente, grandes, pois drenam mais líquor. Há direito e esquerdo ● Epêndima (protege a cavidade preenchida por líquido que contém o plexo corióide; tem célula ependimária em vez de célula da Glia; é um epitélio neural ou neuroepitélio) das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge = 30% ● Envolve transporte ativo de Na+ e Cl- e certa quantidade de água (para manter o equilíbrio osmótico) ◊ Circulação * via = local percorrido por determinada informação ● Ventrículos laterais Forames interventriculares III ventrículo aqueduto cerebral IV ventrículo aberturas medianas e laterais do IV ventrículo espaço subaracnóideo / leptomeníngeo granulação aracnóidea seios venosos da dura-máter veia jugular interna * forames interventriculares: comunicam os ventrículos laterais ao III ventrículo * aqueduto cerebral / mesencefálico (no mesencéfalo): comunicação entre o III e o IV ventrículo = ponto mais estreito que o líquor tem que atravessar; onde mais acontece obstrução, gerando uma hidrocefalia - de câmaras
laterais e III (dilatam) -, mas os ventrículos não param de produzir, apenas a drenagem que deixa de ser possível, causando acúmulo - Ex de causa: neurocisticerco fica exatamente perto dos ventrículos, obstruindo o aqueduto cerebral = hidrocefalia causada adquirida * aberturas medianas e laterais: comunicação do IV com o espaço subaracnóideo * granulação aracnóidea: quando a pressão é maior que 5 mmHg, ela exala, o que permite a drenagem ● Possível trajeto nos seios venosos da dura-máter: Seio sagital superior seio reto confluência dos seios seio transverso seio sigmóide veia jugular interna circulação venosa ● No espaço subaracnóideo do encéfalo: de baixo para cima * atravessa o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo ● No espaço subaracnóideo da medula: desce em direção caudal ● Lenta ● Fatores que a determinam: * produção em uma extremidade e absorção em outra * pulsação das artérias intracranianas - sístole = maior pressão = empurra através das granulações aracnóideas ◊ Reabsorção ● No sangue ● No encéfalo: pelas granulações aracnóideas que se projetam no interior dos seios da dura-máter (predominam no seio sagital superior) ● Na medula (de uma parte): nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos espinais ● Com derivações: DVP (ventrículo-peritonial), DVV (ventrículo-venosa) CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS SOBRE O LÍQUOR E AS MENINGES 1. Hidrocefalia ◊ Causas ● Durante a vida fetal: anomalias congênitas do sistema ventricular * parto dificultado: ossos do crânio ainda não estão formados = dilatação da cabeça ◊ O que é ● Aumento da quantidade e da pressão do líquor / PIC (pressão intracraniana): dilatação dos ventrículos e compressão do tecido nervoso de encontro ao estojo ósseo ◊ Tratamento
● Procedimentos cirúrgicos ● Cateter: drenagem do líquor = liga os ventrículos cerebrais à veia jugular interna, ao átrio direito ou à cavidade peritoneal 1.1 Hidrocefalia comunicante ◊ Causa ● Aumento na produção ou deficiência na absorção (drenagem) do líquor, que se acumula ● Processos patológicos dos plexos corióides ou dos seios da dura-máter e granulações aracnóideas (tudo se comunica = colore tudo; só falta um ponto para atravessar = granulação aracnóidea para seio sagital superior = entupiu) * meningite fúngica: acometeu a dura-máter, mas principais problemas foram ocasionados porque as granulações aracnóideas não conseguiram drenar o líquor - trata o fungo * neurocisticercos ◊ O que é ● Permite a comunicação entre os ventrículos e deles com o espaço subaracnóide ● Ventrículos laterais dilatados, mais arqueados, semelhantes à letra C * substância no sangue -> plexo corióide e epêndima -> líquor = colore o exame de branco ◊ Tratamento ● Métodos farmacológicos ● Retirar componentes plasmáticos, diminuindo o aporte de plasma dos plexos corióides = desidrata o paciente 1.2 Hidrocefalia não-comunicante ● Mais freqüente ◊ Causa ● Obstrução no trajeto do líquor * no forame interventricular = dilatação do ventrículo lateral * no aqueduto cerebral = dilatação do III ventrículo e dos ventrículos laterais * nas aberturas medianas e laterais do IV ventrículo = dilatação de todo o sistema ventricular * na incisura da tenda = impede a passagem do líquor do compartimento infratentorial para o supratentorial; dilatação de todo o sistema ventricular ◊ O que é
● Impede que um ou mais ventrículos se comunique entre eles ou com o espaço subaracnóideo 2. Hipertensão craniana ◊ Causas ● A cavidade crânio-vertebral e seu revestimento de dura-máter é completamente fechada = sem expansão do conteúdo ● Aumento de volume de qualquer componente da cavidade craniana = reflete-se sobre os demais ● Tumores, hematomas e processos expansivos intracranianos: compressão de todas as estruturas da cavidade craniovertebral ◊ O que é ● Aumento da pressão intracraniana ● Sintoma: dor de cabeça ◊ Conseqüência ● Pode formar hérnia de tecido nervoso ● Estase sanguínea: compressão das veias jugulares internas que drenam o sangue do encéfalo no pescoço = maior quantidade de sangue nos vasos cerebrais = maiores pressões intracraniana e liquórica ◊ Diagnósticos ● Punção lombar: verifica se há obstrução no espaço subaracnóideo da medula = impede o aumento da pressão liquórica abaixo do nível da obstrução ● Exame de fundo de olho: ingurgitamento das veias da retina com edema da papila óptica = obliteração da veia central da retina = compressão do nervo óptico (é envolvido por um prolongamento do espaço subaracnóideo) 3. Hérnias intracranianas ◊ Causas ● Processos expansivos: tumores, hematomas ● Aumento da pressão dentro do compartimento craniano ◊ O que são ● Protrusão do tecido nervoso para o compartimento vizinho: saída de uma estrutura de sua topografia habitual, sem ser de dentro de um vaso (seria embolia) ● Sintomatologia: grave 3.1 Hérnia do giro do cíngulo ◊ Causa ● Tumor em um dos hemisférios cerebrais ◊ O que é
● Inserção na borda da foice do cérebro ● Protrusão do corpo para o lado oposto 3.2 Hérnia do Úncus ◊ Causas ● Processo expansivo cerebral ◊ O que é ● Aumento da pressão no compartimento supratentorial = empurra o úncus = protrusão através da incisura da tenda ● Sintomatologia: rápida perda da consciência; coma profundo por lesão das estruturas mesencenfálicas (ativam o córtex cerebral) 3.3 Hérnias das Tonsilas ◊ Causas ● Processo expansivo na fossa posterior: tumor em um dos hemisférios cerebelares ● Punção lombar em pacientes com hipertensão craniana = súbita diminuição da pressão liquórica no espaço subaracnóideo espinal ◊ O que é ● “Empurrão” nas tonsilas do cerebelo através do forame magno ◊ Conseqüências ● Compressão do bulbo = morte por lesão dos centros respiratórios e vasomotor 4. Hematomas e hemorragias Obs.: sem hematomas no caso de hemorragias no espaço subaracnóideo = o sangue se espalha no líquor (visualizado em punção lombar) ◊ Causas ● Complicações dos traumatismos cranianos ◊ O que são ● Acúmulos de sangue nas meninges 4.1 Extradurais / epidurais Obs.: fratura de ptério = tumor de sangue = comprime o mesencéfalo (perde a consciência), comprime a estrutura colateral ◊ Mecanismo de trauma ● Etiologia arterial: lesões das artérias meníngeas médias * envolve fratura ● TCE Ex: paulada na cabeça ◊ O que são
● Acúmulo de sangue entre a dura-máter e os ossos do crânio = imagem branca * o volume de sangue não é grande = sem bolsa ● Aspecto lenticular (de lente biconvexa) entre o crânio e a dura-máter = folheto se desloca + concavidade do crânio ● Característica marcante: intervalo lúcido = desmaia, devagar = lesão craniana expansiva (perde as noções aos poucos) ● Desvio da linha média ● Diminuição do volume dos ventrículos ◊ Complicações ● Não resulta em dor de cabeça ● Crescimento do hematoma = separação da dura-máter do osso = tecido nervoso empurrado para o lado oposto = morte * se o sangue não for drenado ● Aumento da PIC (pressão intracraniana): forma uma cavidade praticamente inexpansível = estruturas deixam e vão para outro local ● Vômito em jato = comprime a dura-máter ● Sangra devagar, fica sonolento e morre * evento terminal: bulbo e medula espinal passam pelo forame magno = PCR ● Hérnia do Úncus (onde o mesencéfalo se articula com o córtex encefálico) = inconsciente ● Compressão do bulbo = PCR ◊ Tratamento ● Estancar ● Cirurgia: comumente * não precisa abrir a dura-máter = continua íntegra = menor chance de infecção 4.2 Subdurais ◊ Mecanismo do trauma ● Ruptura de uma veia cerebral no ponto em que ela entra no seio sagital superior ● Colisão automobilística ● Pode ser relacionado a fratura ou não ◊ O que são ● Sangramentos no espaço subdural (é criado) ● Crescimento lento ● Sintomatologia: tardiamente ● Aspecto côncavo-convexo: onde encosta no crânio – ao acompanhar = formato de meia lua ◊ Complicações
● Aceleração e desaceleração: órgãos se deslocam * encéfalo pode se chocar contra relevos da base (não ocorre normalmente porque seu movimento é lento) 4.5 Subaracnóideas = mais graves ◊ Mecanismo do trauma ● HSAE: ruptura de aneurisma = espontânea (sem impacto) * em artérias com angulação reta, como a A. comunicante anterior ● HSAT: traumas (pequenos ou extremamente graves) ◊ O que são ● Difusão de sangue para o espaço subaracnóideo, que contém líquor ◊ Complicações ● Os vasos não funcionam com sangue em torno e com variação de diâmetro: faz com que regiões sejam supridas ● Hidrocefalia comunicante: entupimento das granulações aracnóideas * líquor prossegue seu trajeto ao ser produzido nos ventrículos, mas não prossegue no espaço subaracnóideo Obs .: não é hidrocefalia não-comunicante porque não há alterações nos ventrículos 5. Meningite Obs . : movimentação da coluna = movimentação da dura-máter (das meninges) = hemorragia, trauma e meningite ◊ O que é ● Inflamação das meninges que resulta em dor ao movimentar as áreas inflamadas ● O acometimento é leptomeníngeo: sem terminações nervosas da dor. As terminações da dura-máter que sentem. * furar a dura-máter, machucá-la, colocar substância irritante ou retirar líquor, diminuir a pressão = irrita as terminações nervosas. Ao mexer, dói mais. ◊ Sintomatologia ● O corpo enrijece, contrai os músculos de maneira rigorosa para proteger o local. * como há dura-máter nas vértebras cervicais, ao tracioná-las, dói = rigidez cervical ou nucal ● Cefaléia intensa ● Sinais de meningismo ao movimentar * sinais de Kerning: movimentação do quadril (dobra o membro inferior) = joelho fletido e estendido = dor
* sinais de Brudzinsk: dobra o pescoço e flete o quadril = dor VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 1. Importância da vascularização do SNC ● As células do SNC exigem suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio: a atividade encefálica depende de processos de oxidação de carboidratos = requer fluxo sanguíneo intenso ● Tolerância curta às quedas ou suspensão * mais de 7 segundos = perda da consciência * após 5 minutos = lesões irreversíveis (neurônios não regeneram) Ex: PCR por anestesia geral ● Áreas diferentes do SNC são lesadas em tempos diferentes: filogeneticamente mais recente = maiores alterações * neo > paleo > arquicórtex * sistema nervoso supra-segmentar > segmentar * em último lugar = centro respiratório do bulbo ● Processos patológicos: interrompem a circulação de determinadas áreas encefálicas = necrose, amolecimento do tecido nervoso, alterações motoras, sensoriais ou psíquicas características da área ou artéria lesada ● No SNC há circulação liquórica, não linfática Vascularização do encéfalo 1. Fluxo sanguíneo cerebral ● Diretamente proporcional à pressão arterial e inversamente proporcional à resistência cerebrovascular, que depende de vários fatores ● Varia com o estado funcional da área: maior nas mais ricas em sinapse, com maior atividade metabólica = atividade celular liberar CO2 = maior calibre vascular * substância cinzenta > branca * diferenças tendem a diminuir durante o sono no córtex cerebral ◊ Pressão intracraniana ● Aumento eleva a resistência cerebrovascular ◊ Condição da parede vascular ● Alterada com processos patológicos Ex: arteriosclerose = maior resistência cerebrovascular ◊ Viscosidade do sangue ◊ Calibre dos vasos cerebrais ● Regulado por fatores humorais (CO2 = ação vasodilatadora) e nervosos (fibras do SNA, que se distribuem na parede das arteríolas cerebrais)
Vascularização arterial do encéfalo 1. Peculiaridades ● Sem hilo para a penetração dos vasos: penetram através de vários pontos da superfície ● Polígono arterial encefálico: na base do crânio. Formado pelas artérias carótidas internas e vertebrais ● Artérias com paredes muito finas: propensas a hemorragias = 3 túnicas * túnica média = com menos fibras musculares * túnica elástica interna = mais espessa e tortuosa ◊ Dispositivos anatômicos que protegem o tecido nervoso e amortecem o choque da onda sistólica responsável pela pulsação das artérias: * as artérias não empurram as estruturas ao redor = sem espaços = área com neurônios. A onda de pressão é prejudicial. - encefálico = 90% - demais = 10% * o espaço é pequeno e a variação do diâmetro é mais fácil porque há mecanismos de amortecimento ● Túnica elástica interna * artéria elástica = retrai ao receber sangue e volta ao formato original, o que ajuda a bombear sangue - hemorragias: mais comuns em hipertensos. Acontecem por serem artérias frágeis. ● Espaços perivasculares contendo líquor (comprime a parede e é comprimido = resistência por compressão) ● Tortuosidade das artérias carótidas internas e das artérias vertebrais ao penetrar no crânio, das artérias que saem do polígono arterial encefálico ● Seios venosos da dura-máter ● Espaço entre os capilares / vasos piais Obs .: artérias piais = regulam o fluxo sanguíneo ◊ Há uma quase independência entre as circulações arteriais intracraniana e extracraniana ● Obstrução no território da artéria carótida interna * Anastomoses não são capazes de manter uma circulação colateral útil * Anastomose entre a artéria angular (ramo da carótida externa) e a artéria nasal – ramo da artéria oftálmica (ramo da carótida interna) -: pode manter a circulação da órbita e de parte das vias ópticas ◊ Aterosclerose ● Lesar o vaso = coagulação sanguínea = AVE 3. Sistema Carotídeo Interno ● KAROTIKÓS: grego = sono
◊ Artérias carótidas comuns (2) ● Dividem-se em 2, com origens diferentes * direita = ramo braquioencefálico * esquerda = arco aóptico Obs . : no ventrículo esquerdo do coração, o primeiro ramo origina as artérias coronárias. Após este, há o braquioencefálico (tronco = artéria subclávia direita e carótida direita), o carotídeo esquerdo (cabeça) e o subclávio esquerdo (membros superiores e Artéria vertebral) ◊ Cada artéria carótida comum (esquerda e direita) ● Ponto de bifurcação: 3-4 cm abaixo da mandíbula, na incisura laríngea * Artéria carótida interna * Artéria carótida externa ◊ Músculo esternocleidomastódeo ● Protege a artéria carótida comum e a carótida interna * também movimenta o pescoço Obs .: comprimir as 2 = fluxo interrompido = perda da consciência 3.1 Artéria Carótida Interna ◊ Origem ● No principal vaso que leva sangue ao encéfalo = artéria carótida comum * o encéfalo às vezes dá ordens para as demais estruturas, como o cérebro (órgão essencial à vida social e controle), ficarem sem sangue, pois o corpo humano não tem sangue para que todos os tecidos recebam a quantidade máxima ao mesmo tempo = trabalham com suprimento menor - regionalização de fluxo (sangue arterial): pensamentos diferentes = áreas ativadas de maneiras diferentes = quanto mais sangue disponível, maior a quantidade de sangue recebida = vasos mudam de diâmetro Obs.: a caixa craniana é inexpansível = mesmo se todos os tecidos receberem a quantidade máxima, não caberá nela Obs2 .: uma hemorragia subaracnóidea gera problemas de fluxo ◊ Seio carotídeo ● ponto de origem dilatado. Em forma de C. ● Com barorreceptores: receptores de pressão ◊ Corpo carotídeo ● quimiorreceptor = detecta variações da concentração de oxigênio ◊ Trajeto ascendente = canal carótico -> sifão carotídeo -> artéria no interior do seio cavernoso -> sai dele com tortuosidade dos ramos -> espaço subaracnóideo ● Penetra na cavidade craniana pelo canal carótico do osso temporal * sulco carótico = margeia o esfenóide ● Atravessa o seio cavernoso (empurra o sangue e ele próprio amortece)
* sifão carotídeo = plano vertical com dupla curva, em S, no seio cavernoso = tortuosidade ● Perfura a dura-máter e a aracnóide: vai para o espaço subaracnóideo = drena o líquor 3.2 Ramos da artéria carótida interna ◊ Ramos colaterais ● Artéria oftálmica (1º) * emerge quando atravessa a dura-máter, abaixo do processo clinóide anterior. * irriga e nutre o bulbo ocular e formações anexas ● Artéria comunicante posterior * anastomosa-se com a Artéria Cerebral Posterior (ramo da Artéria basilar) e a Artéria carótida interna = entre sistemas vértebro-basilar e corióideo * forma o Polígono Arterial Encefálico ● Artéria corióidea anterior * para atrás, ao longo do trato óptico * penetra no corno inferior do ventrículo lateral * irriga os plexos corióides, parte da cápsula interna e núcleos da base - plexos corióides = corno anterior do ventrículo lateral e corno posterior - cápsula interna = onde os axônios do córtex passam, com acúmulo de fibras nervosas cortico-petais (chegam) e cortico-fugal (saem); conjunto de conexão do que é córtex com o que não é, com outras estrutura - núcleos da base = conjunto de corpos celulares do SNC Obs .: se obstruir = perde um hemisfério = corta a comunicação ◊ No início do sulco lateral, divide-se em 2 ramos terminais ● Artéria cerebral anterior ● Artéria cerebral média 3.3 Anastomose oftálmico-angular ● Artéria facial Artéria angular Artéria oftálmica ● Entre o mesmo sistema: artérias carótidas = interna + externa ● Abastece o olho mesmo com a artéria carótida interna ocluída: só supre o bulbo ocular ◊ Artéria carótida externa ● 2 ramos: * Artéria maxilar * Artéria facial ◊ Artéria maxilar ● ao passar no ângulo medial do olho, passa a se chamar artéria angular
4. Sistema vértebro-basilar 4.1 Artérias vertebrais direita e esquerda ● Destacam-se das Artérias subclávias direita e esquerda correspondentes: origem no mesmo local = vaso subclávio ● Ascendem no pescoço dentro dos 6 forames transversos das vértebras cervicais ● Perfuram a membrana atlanto-occipital (entre o atlas e o osso occipital), a dura-máter e a aracnóide ● Penetra no crânio pelo forame magno ou pelo canal carótico (padrão de distribuição normal) ● Percorre a face ventral do bulbo ◊ Artérias espinhais posteriores (2) ◊ Artéria espinhal anterior (1) ● Juntamente com as artérias espinhais posteriores, irrigam a parte superior da medula e são originadas antes de ocorrer a formação da artéria basilar ◊ Artérias cerebelares inferiores posteriores ● irrigam a porção inferior e posterior do cerebelo e a área lateral do bulbo * no crânio e formada nele ● Na origem 4.2 Artéria basilar ● Tronco único resultante da fusão das artérias vertebrais ao nível do sulco bulbo-pontino = na base do crânio, mais especificamente na parte basilar do osso occipital, na transição da ponte para o bulbo Obs .: responsável pelo rubor = dilatação ● Percorre o sulco basilar da ponte ● Termina anteriormente, bifurcando-se ◊ Artérias cerebrais posteriores direita e esquerda ● Término ● Unida à artéria carótida interna pela artéria comunicante posterior ◊ Artéria cerebelar superior ● Atrás das artérias cerebrais posteriores. ● Distribui-se ao mesencéfalo e parte superior do cerebelo ◊ Artéria cerebelar inferior anterior ● Distribui-se à parte anterior da face inferior do cerebelo ● Fusão da artéria cerebelar inferior posterior com a artéria basilar ◊ Artéria do labirinto ● Vasculariza o ouvido interno.
● Penetra no meato acústico interno juntamente com os nervos facial e vestibulococlear. ◊ Artérias pontinas ● Finas ● Nutrem a ponte ● Partem da artéria basilar 4.3 Anastomose ● Entre a artéria carótida interna e o sistema vértebro-basilar 5. O Polígono Arterial Encefálico ● Circunda o quiasma óptico e o túber cinéreo ● Relaciona-se com a fossa interpeduncular e a substância perfurada anterior ● Praticamente não há troca de sangue entre as metades direita e esquerda ● Em caso de obstrução de 1 ou mais das 4 artérias que irrigam o cérebro, pode permitir a manutenção de um fluxo sanguíneo favorável se for crônico. Se for abrupto, não consegue, formando a Placa de Ateroma ou êmbolo. * obstrução = queda de pressão = sangue flui Obs.: é sede de muitas variações ● Circulação colateral adequada depende * da rapidez com que se instala o processo obstrutivo * do estado da parede arterial = depende da idade ● Artérias: cerebral posterior, comunicante posterior, carótida interna, cerebral média, comunicante anterior, cerebral anterior ◊ Substância perfurada anterior e posterior = orifícios de penetração dos ramos centrais das artérias cerebrais que permanecem quando a pia-máter é retirada ● Artérias estriadas: ramos centrais da artéria cerebral média na substância perfurada anterior. Vasculariza a maior parte do corpo estriado e da cápsula interna (por onde passam quase todas as fibras de projeção do córtex). * lesões = graves: artéria mais sujeita a hemorragias ◊ Aneurismas ● No espaço subaracnóide = gera hemorragia subaracnóidea ● Com artérias dele ● Mais comuns na parte anterior: 1/3 na artéria comunicante anterior 5.1 Anastomose arterial de forma trigonal situada na base do cérebro ● Comunicação entre ramos de vasos
◊ Artérias cerebrais = Possuem ramos corticais (vascularização do córtex e substância branca subjacente) e ramos centrais (emergem da porção proximal das artérias cerebrais e das comunicantes, penetram perpendicularmente na base do cérebro e vascularizam o diencéfalo – não só o cérebro como também o tronco encefálico -, os núcleos da base e a cápsula interna). Estes se anastomosam com escassez = artérias terminais. ● Porção proximal da Artéria cerebral anterior ● Porção proximal da Artéria cerebral média ● Porção proximal da Artéria cerebral posterior ◊ Artérias comunicantes posterior direita e esquerda ● Unem de cada lado as carótidas internas com as cerebrais posteriores = anastomosam o sistema carotídeo interno ao sistema vértebro-basilar (em potencial, pois não há passagem significativa de sangue) ◊ Artéria comunicante anterior ● pequena ● Anastomosa as 2 artérias cerebrais anteriores adiante do quiasma óptico = mesmo sistema 6. Território cortical das três artérias cerebrais ● Com anastomoses pelo menos no trajeto na superfície cerebral * algumas são incapazes de manter uma circulação colateral adequada em casos de obstrução = lesões de áreas mais ou menos extensas do córtex cerebral: síndrome das artérias cerebrais anterior, média, posterior ◊ Artéria cerebral anterior ● Ramo de bifurcação da artéria carótida interna ● Dirige-se para diante e para cima ● Ganha a fissura longitudinal do cérebro ● Curva-se em torno do joelho do corpo caloso (maior estrutura interhemisférica – une os 2 hemisférios) ● Ramifica-se na face medial de cada hemisfério desde o lobo frontal até o sulco parieto-occipital ● Distribuição também na parte mais alta da face súpero-medial de cada hemisfério ● Limites: território da artéria cerebral média ● Obstrução: paralisia, diminuição da sensibilidade do membro inferior do lado oposto = lesão de partes das áreas corticais motoras e sensitivas na porção alta dos giros pré e pós-central (lóbulo paracentral) ◊ Artéria cerebral média ● Ramo principal da artéria carótida interna ● Percorre o sulco lateral
* lateral à substância perfurada anterior ● Ramos vascularizam a maior parte * Supre a face súpero-lateral do telencéfalo (convexa) até o sulco parietooccipital (lobo occipital não é vascularizado por ela) Obs .: face medial (reta), face inferior (sem cerebelo) e face súpero-lateral do telencéfalo Obs2.: lobo parietal separado do lobo occipital pelo sulco parieto-occipital (faz ângulo agudo com sulco calcarino, na vista medial) ● Obstrução: fatal ou paralisia, diminuição da sensibilidade do lado oposto do corpo exceto no membro inferior, distúrbios da linguagem * se atingir as artérias estriadas: grave * da face súpero-lateral de cada hemisfério = área motora, somestésica, centro da palavra falada ◊ Artéria cerebral posterior ● Ramos de bifurcação da artéria basilar ● Para trás ● Contornam o pedúnculo cerebral ● Ganham o lobo occipital percorrendo a face inferior do lobo temporal ● Irriga a área visual situada no lobo occipital ● Obstrução: cegueira em uma parte do campo visual 7. Observações ◊ Artérias centrais ântero-mediais / centrais laterais / centrais inferiores ● Finas ● Saem em ângulo reto, com grande diferença de diâmetro ● Risco de rompimento em casos de hipertensão arterial sistêmica (HAS) não controlada cronalmente = o volume de sangue não ameaça a vida = AVE * pode ser catastrófico e deixar seqüelas dependentes ◊ Isquemia cerebral ● Desbalanço entre oferta e demanda de oxigênio para encéfalo ● Efeitos de uma PCR * 7 segundos = perda da consciência (neurônios corticais perdem a função por falta de oxigênio) * 5 minutos = lesões irreversíveis (morte em sequência) ● Lesão por ordem filogenética (de acordo com a antiguidade evolutiva) * neo > paleo > arquicórtex - neo = 90% (mais recente = morre primeiro) * supra-segmentar > segmentar ● Gera AVE isquêmico 7.1 AVE
◊ Definição ● Déficit neurológico ◊ Tipos ● Isquêmico: 80%. Vaso entope. * AIT (ataque isquêmico transitório) = dura menos de 24h ● Hemorrágico: 20%. Vaso estoura. Ex: aneurisma rompendo Vascularização venosa do encéfalo Obs .: .: alguns órgãos têm parênquima = ele mesmo e as células que dão sustentação a outro = cérebro imerso em líquido = é macio hemorragia intraparenquimatosa / intracerebral = sangue se acumula no interior do cérebro * movimentação rápida / brusca do encéfalo: rompimento das veias = sangue extravasa no espaço subaracnóideo devido à pressão subatmosférica = hemorragia subaracnóidea. É lenta (pressão venosa é menor que a arterial, demorando mais para se manifestar). 1. Generalidades Generalidades ● Veias: maiores e mais calibrosas * com paredes muito finas ● Circulação lenta: maior leito, menor pressão (pouca variação devido à grande distensibilidade distensibilidade das veias e seios) ● Drenam para os seios da dura-máter * deles o sangue converge para as veias jugulares internas * veias emissárias: ligam os seios às veias extracranianas. Passam através de pequenos forames do crânio. ◊ Forças que ativam a circulação venosa ● Aspiração da cavidade torácica: pressões subatmosféricas da cavidade torácica ● Força da gravidade: sem válvulas = retorno sanguíneo do encéfalo ● Pulsação das artérias: em uma cavidade fechada * mais evidente no seio cavernoso = sangue recebe diretamente a força expansiva da carótida interna (atravessa-o) 2. Veias do cérebro * se o cérebro se deslocar, as veias também se deslocarão, acompanhandoo = em dois sistemas unidos por anastomoses ● Comunicam o couro cabeludo com parte interna do crânio
2.1 Sistema Venoso Superficial ● Drena o córtex e a substância branca subjacente: ao seio sagital superior, que está fixado nos ossos do crânio ● Anas Anastom tomose ose na super superfíc fície ie cerebr cerebral: al: forma formação ção das veias veias cerebr cerebrais ais superficiais = desembocam na dura-máter * veias cerebrais superficiais superiores: provenientes da face medial e da metade superior da face súpero-lateral de cada hemisfério. Desembocam no seio sagital superior. * veias cerebrais superficiais inferiores: provenientes da metade inferior da face súpero-lateral de cada hemisfério e de sua face anterior. Termina nos seios da base (petroso superior e cavernoso) e no seio transverso. - veia cerebral média superficial: principal = percorre o sulco lateral e termina no seio cavernoso 2.2 Sistema Venoso Profundo ● Drena o sangue de regiões profundas do cérebro = corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo, grande parte do centro branco medular do cérebro ● Veia cerebral magna ou veia de Galeno: principal. Curto tronco venoso ímpar e mediano formado pela confluência das veias cerebrais internas, logo abaixo do corpo caloso. Desemboca no seio reto. Com paredes finas = facilmente rompidas (traumatismos) (traumatismos) Angiografia Angiografia cerebral ● Visualização das artérias, veias e seios do encéfalo a partir da injeção de cont contra rast stee nas nas arté artéri rias as vert verteb ebra rall e caró caróti tida da inte intern rna: a: vaso vasoss bran branco coss + radiografia * diagnostica e localiza aneurisma, trombose, embolia, lesão traumática, processos expansivos das cavidades cranianas (desvio no trajeto dos vasos) ● Pela carótida esquerda ou direita, conforme o lado da suspeita: estudo de estruturas supratentoriais ● Pela veia vertebral: estudo de estruturas da fossa infratentorial e de parte do cérebro * contraste injetado de qualquer lado (unem-se para formar a basilar) * escolha do lado em suspeita de lesão da artéria cerebelar inferior posterior ◊ Sinugrafia direta ● Para visualizar os seios da dura-máter * contraste injetado dentro deles Vascularização da medula
1. Aspectos gerais ◊ Artéria espinhal anterior ● Ramo da artéria vertebral ● Tronco único: confluência de 2 curtos ramos que emergem das artérias vertebrais direita e esquerda ● Superficial: ao longo da fissura mediana anterior até o cone medular ● Vascularizam as colunas e os funículos anterior e lateral ● Emite Artérias sulcais: perpendiculares. Penetram no tecido nervoso pelo fundo da fissura mediana anterior. ◊ Artérias espinhais posteriores direita e esquerda ● Ramo da artéria vertebral ● Dorsalmente: contornam o bulbo ● Longitudinalmente e medialmente às raízes dorsais dos nervos espinhais ● Vascularizam a coluna o funículo posterior ◊ Artérias radiculares anterior e posterior ● Derivadas dos ramos espinhais das artérias segmentares do pescoço e do tronco ao penetrarem nos forames intervertebrais com os nervos espinhais ● Pequenas ● Vascularizam apenas as raízes sem atingir a medula * apenas 6 ou 8 de 60 contribuem para vascularização da medula Anterior: anastomosam-se com a espinal anterior Posterior: anastomosam-se com as espinhais posteriores ANATOMIA MACROSCÓPICA DO TELENCÉFALO 1. Generalidades Generalidades ◊ Telencéfalo ● 2 hemisférios cerebrais (direito e esquerdo) + pequena parte mediana (na porção anterior do III ventrículo) * fissura longitudinal do cérebro: separa incompletamente os 2 hemisférios cerebrais * corpo caloso: larga faixa de fibras comissurais no assoalho da fissura longitudinal do cérebro que une os hemisférios cerebrais * cavidades dos hemisférios cerebrais: ventrículos laterais (direito e esquerdo) - forame interventricular ◊ Pólos ● Cada hemisfério possui 4: frontal, temporal, parietal e occipital ◊ Faces ● Cada hemisfério tem 3
* súpero-lateral: convexa * medial: plana * inferior ou base do cérebro: irregular 2. Sulco e giros: divisão em lobos ◊ Sulcos ● Depressões que limitam giros ● Permitem considerável aumento de superfície sem grande aumento do volume cerebral ● Os constantes, com denominação, delimitam lobos e áreas cerebrais * podem variar ● Pregas anastomósicas: podem interromper os sulcos. Unem giros vizinhos, dificultando sua identificação. identificação. Sulco lateral (de Sylvius) ● Na base do cérebro, lateralmente à substância perfurada anterior e em direção à face súpero-lateral do cérebro ● Separa o lobo frontal do lobo temporal ● com 3 ramos * ramo ascendente * ramo anterior - como o ascendente, é curto e penetra no lobo temporal * ramo posterior - longo - dirigido para trás e para cima, terminando no lobo parietal - separa o lobo temporal (inferior) dos lobos frontal e parietal (superiores) Sulco central (de Rolando) ● Oblíquo ● Percorre a face súpero-lateral do hemisfério. Inicia-se na face medial, dirigindo-se para diante e para baixo a partir da borda dorsal, em direção ao ramo posterior do sulco lateral * prega cortical: separa o sulco central do sulco lateral ● Separa os lobos frontal e parietal ● Ladeado por dois giros paralelos * giro pré-central: anterior = motricidade * giro pós-central: posterior = sensibilidade sensibilidade ◊ Giros ou circunvoluções ◊ Lobos cerebrais ● Denominação de acordo com os ossos do crânio, com os quais se relacionam: não é divisão funcional Frontal ● Superior ao sulco lateral e anterior ao sulco central
Temporal ● Linha imaginária em direção ao ramo posterior do sulco lateral que parte do meio da outra linha imaginária: limita o lobo temporal do parietal Parietal Occipital ● Limite anterior na face medial do cérebro: sulco parieto-occipital * na face súpero-lateral: limite em uma linha imaginária que une sua terminação, na borda superior do hemisfério, à incisura pré-occipital, na borda ínfero-lateral Ínsula ● Profundamente no sulco lateral ● Sem relação direta com os ossos do crânio
3. Morfologia das faces dos hemisférios cerebrais 3.1 Face súpero-lateral ou face convexa ● Maior ● Relaciona-se com os ossos do crânio que formam a abóbada craniana ● Representação dos cinco lobos cerebrais ◊ Lobo frontal ● Sulco pré-central: divido em dois segmentos; paralelo ao sulco central ● Sulco frontal superior: início na porção superior do sulco pré-frontal, perpendicular a ele ● Sulco frontal inferior: início na porção inferior do sulco pré-central, para frente e para baixo ● Giro pré-central: entre os sulcos central e pré-central = área motora principal do cérebro ● Giro frontal superior: superior ao sulco frontal superior, continuando na face medial do cérebro ● Giro frontal médio: entre os sulcos frontal superior e frontal inferior ● Giro frontal inferior: inferior a sulco frontal inferior. Subdividido em 3 pelos ramos anterior e ascendente do sulco lateral * parte orbital = inferior ao ramo anterior * parte triangular = entre o ramo anterior e o ramo ascendente * parte opercular = entre o ramo ascendente e o sulco pré-central ● Giro de Broca: giro frontal inferior do hemisfério esquerdo = centro cortical da palavra falada ◊ Lobo temporal ● Sulco temporal superior: início próximo ao pólo temporal posteriormente, paralelamente ao ramo posterior do sulco lateral lobo parietal
● Sulco temporal inferior: paralelo ao sulco temporal superior. Composto por 2 ou mais partes descontínuas. ● Giro temporal superior: entre os sulcos lateral e temporal superior; parte do assoalho do sulco lateral ● Giro temporal médio: entre os sulcos temporal superior e temporal inferior ● Giro temporal inferior: inferior ao sulco temporal inferior. Limita-se com o sulco occípito-temporal (na face inferior) ● Giros temporais transversos: atravessam a porção posterior do assoalho do sulco lateral. * giro temporal transverso anterior = mais evidente = centro cortical da audição ◊ Lobo parietal ● Sulco pós-central: paralelo ao sulco central. Dividido em 2 segmentos mais ou menos distantes um do outro ● Sulco intraparietal: perpendicular ao sulco pós-central – pode estar unido a ele, estendendo-se posteriormente para terminar no lobo occipital. Variável. Separa o lóbulo parietal superior do lóbulo parietal inferior. ● Giro pós-central: entre os sulcos central e pós-central = área somestésica (sensitiva do córtex) ● Giro supramarginal: no lóbulo parietal inferior. Curvado em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral ● Giro angular: curvado em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior ◊ Lobo occipital ● Pequeno ● Com pequenos sulcos e giros inconstantes e irregulares * sulco lunatus (em formato de meia-lua) ◊ Ínsula ● Situada no fundo da ampla fossa entre os lábios do sulco lateral ● Cresce menos que os demais durante o desenvolvimento: pouco a pouco recoberta pelos lobos frontal, temporal e parietal ● Límen da ínsula: ápice, voltado inferior e anteriormente * tem forma cônica ● Sulco circular da ínsula ● Sulco central da ínsula ● Giro curto da ínsula ● Giro longo da ínsula 3.2 Face medial
● Visualizada com o cérebro cortado no plano sagital: expõe o diencéfalo e algumas formações telencefálicas inter-hemisféricas ◊ Corpo caloso ● Maior comissura inter-hemisférica ● Composto por fibras mielínicas: cruzam o plano mediano e penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro = unem áreas simétricas do córtex cerebral de cada hemisfério ● Tronco do corpo caloso: lâmina branca arqueada dorsalmente ● Esplênio do corpo caloso: dilatação posterior do tronco do corpo caloso ● Joelho do corpo caloso: esplênio do corpo caloso fletido anteriormente em direção à base do cérebro ● Rostro do corpo caloso: formado pelo afilamento do joelho do corpo caloso ● Lâmina rostral: continuação do rostro do corpo caloso em uma fina lâmina, até a comissura anterior ● Lâmina terminal: entre a comissura anterior e o quiasma óptico. Delgada e composta de substância branca. Une os hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo ◊ Fórnix ● Feixe complexo de fibras que emerge inferiormente ao esplênio do corpo caloso e arqueia-se em direção à comissura anterior. Constituído por 2 metades laterais e simétricas afastadas nas extremidades e unidas entre si no trajeto inferior ao corpo caloso ● Circuito de Papez: liga o hipocampo aos núcleos mamilares do hipotálamo ● Corpo do fórnix: intermédio, entre as 2 metades ● Colunas do fórnix: extremidades anteriores que se afastam. Terminam no corpo mamilar correspondente, cruzando a parede lateral do III ventrículo ● Pernas do fórnix: extremidades posteriores que se afastam. Divergem e penetram de cada lado no corno inferior do ventrículo lateral, onde se ligam ao hipocampo ◊ Septo pelúcido ● Entre o corpo caloso e o fórnix ● Duas delgadas lâminas de tecido nervoso que delimitam a cavidade do septo pelúcido (estreita) ● Separa os 2 ventrículos laterais ◊ Lobo occipital ● Sulco calcarino: inferior ao esplênio do corpo caloso. Com trajeto arqueado em direção ao pólo occipital. Localiza-se o centro cortical da visão em seus lábios. ● Sulco parieto-occipital: profundo. Separa o lobo occipital do parietal. Encontra o sulco calcarino em ângulo agudo.
● Cúneus: giro triangular complexo entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino ● Giro occípito-temporal medial: inferior ao sulco calcarino. * no lobo temporal, continua anteriormente com o giro para-hipocampal ◊ Lobos frontal e parietal * os sulcos passam do lobo frontal para o parietal ● Sulco do corpo caloso: inferior ao rostro do corpo caloso. Contorna o tronco e o esplênio do corpo caloso. * continua com o sulco do hipocampo no lobo temporal ● Sulco do cíngulo: paralelo ao sulco do corpo caloso, terminando posteriormente. Divide-se em 2 ramos * ramo marginal = curva-se em direção à margem superior do hemisfério * ramo subparietal = continua posteriormente à direção do sulco do cíngulo ● Sulco paracentral: destaca-se do sulco do cíngulo em direção à margem superior do hemisfério. Delimita o lóbulo paracentral (sua extremidade superior termina aproximadamente no meio do sulco central), com o sulco do cíngulo e seu ramo marginal. * parte anterior do lóbulo paracentral = área motora relacionada com a perna e o pé * parte posterior do lóbulo paracentral = área sensitiva relacionada com a perna e o pé ● Giro do cíngulo: separa o sulco do cíngulo do sulco do corpo caloso, superior ao corpo caloso ● Pré-cúneus: adiante do cúneus Obs .: mais superior ao corpo caloso, de posterior para anterior = précúneus, lóbulo paracentral, face medial do giro frontal superior ● Área septal: região inferior ao rostro do corpo caloso e adiante da comissura anterior à lâmina terminal = centro de prazer 3.3 Face inferior ◊ Lobo temporal = parte maior. Repousa sobre a fossa média do crânio e a tenda do cerebelo. ● Sulco occípito-temporal ● Sulco colateral: início próximo ao pólo occipital, dirigindo-se anteriormente. * pode ser contínuo com o sulco rinal: separa a parte mais anterior do giro para-hipocampal do resto do lobo temporal ● Sulco do hipocampo: início na região do esplênio do corpo caloso, onde continua com o sulco do corpo caloso e se dirige para o pólo temporal, em que termina separando o giro para-hipocampal do úncus
● Giro temporal inferior: limitado pelos sulcos occípito-temporal e temporal inferior. Forma a borda lateral do hemisfério. ● Giro occípito-temporal lateral ou giro fusiforme: limitado pelos sulcos occípito-temporal (medialmente) e colateral ● Giro occípito-temporal medial: delimitado pelos sulcos calcarino e do hipocampo Lobo límbico ● Formação contínua que circunda as estruturas inter-hemisféricas = parte do sistema límbico = comportamento emocional e controle do SNA ● Giro para-hipocampal: delimitado pelos sulcos calcarino e do hipocampo. ● Istmo do giro do cíngulo: giro estreito que liga o giro para-hipocampal posteriormente ao giro do cíngulo ● Úncus: formado pela curvatura da porção anterior do giro parahipocampal em torno do sulco do hipocampo ◊ Lobo frontal = repousa sobre a fossa anterior do crânio ● Sulco olfatório: na face inferior. Profundo e de direção ântero-posterior. ● Giro reto: medial ao sulco olfatório. Continua dorsalmente como giro frontal superior. ● Sulcos e giros orbitários: irregulares. Ocupam o restante da face inferior. Rinencéfalo = formações existentes na face inferior relacionadas com a olfação ● Bulbo olfatório: dilatação ovóide e achatada de substância cinzenta alojada no sulco olfatório * recebe os filamentos que constituem o nervo olfatório (NC I), que atravessam os pequenos orifícios da lâmina cribriforme (etmóide) e geralmente se rompem quando o encéfalo é retirado. ● Trato olfatório: continuação posterior do bulbo olfatório também alojada no sulco olfatório ● Estrias olfatórias lateral e medial: bifurcação posterior do trato olfatório ● Trígono olfatório: área triangular delimitada pelas estrias ● Substância perfurada anterior: área posterior ao trígono olfatório e anterior ao trato óptico que contém uma série de pequenos orifícios para passagem de vasos * tubérculo olfatório = na parte anterior 4. Morfologia dos ventrículos laterais ◊ Ventrículos laterais direito e esquerdo
● Cavidades completamente fechadas (exceto pelo forame interventricular) revestidas de epêndima e contendo líquor situadas nos hemisférios cerebrais * a capacidade varia ● Comunicam-se com o III ventrículo pelo forame interventricular ● Parte central ● Cornos = 3 pólos do hemisfério * corno anterior = lobo frontal * corno posterior = lobo occipital * corno inferior = lobo temporal ● Partes com teto formado pelo corpo caloso, exceto o corno inferior * remoção = exposição da cavidade ventricular 4.1 Morfologia das paredes ventriculares ◊ Corno anterior ● Adiante do forame interventricular ● Parede medial (vertical): septo pelúcido = separa-o dos 2 ventrículos laterais ● Assoalho: inclinado. Também forma a parede lateral. * cabeça do núcleo caudado: proeminente. ● Teto + limite anterior: formados pelo corpo caloso ◊ Parte central ● Dentro do lobo parietal: posterior ao forame interventricular até o esplênio do corpo caloso * trígono colateral: onde a cavidade se bifurca em cornos inferior e posterior ● Teto: corpo caloso ● Parede medial: septo pelúcido ● Assoalho: inclinado. Une-se ao teto no ângulo lateral. * fórnix * plexo corióide * parte lateral da face dorsal do tálamo * estria terminal * veia tálamo-estriada ◊ Corno posterior ● Dentro do lobo occipital ● Curva de concavidade medial ● Termina posteriormente em ponta ● Paredes: fibras do corpo caloso * parte medial = 2 elevações - bulbo do corno posterior: porção occipital da radiação do corpo caloso
- calcar avis: inferior ao bulbo. Formado por uma prega da parede determinada pelo sulco calcarino ◊ Corno inferior ● A partir do trígono lateral, curva-se inferiormente e a seguir anteriormente em direção ao pólo temporal ● Teto: substância branca do hemisfério * cauda do núcleo caudado e estria terminal: acompanham a curvatura, ao longo da margem medial do teto ● Assoalho: com 2 eminências alongadas * eminência colateral = formada pelo sulco colateral * hipocampo = elevação curva e muito pronunciada medial à eminência colateral e superior ao giro para-hipocampal constituída pelo arquicórtex. Faz parte do sistema límbico = funções psíquicas relacionadas com o comportamento e a memória. - fímbria do hipocampo: fibras ao longo de sua borda medial através das quais se liga às pernas do fónix - alveus: substância branca que recobre sua superfície ventricular e continua com a fímbria - giro denteado: fita estreita e denteada de substância cinzenta ao longo da margem da fímbria. Continua com o giro fasciolar. - indusium girisium: fina lâmina de substância cinzenta que reveste a face dorsal do corpo caloso e contém o giro fasciolar. - subiculum: porção de córtex que liga o hipocampo ao giro para-hipocampal 4.2 Plexos corióides da parte central dos ventrículos laterais ● Constituídos pelo epêndima que reveste a cavidade ventricular e pela piamáter (ocupa a fissura transversa do cérebro), que penetra entre o fórnix e o tálamo e empurra-a ● Através do forame interventricular, continua com o do III ventrículo ● Atinge o corno inferior do ventrículo lateral acompanhando o trajeto curvo do fórnix e da fímbria * os cornos anterior e posterior não possuem 5. Organização interna dos hemisférios cerebrais ● Assemelha-se à do cerebelo em seus aspectos mais gerais = características do sistema nervoso supra-segmentar ◊ Córtex cerebral ● Cada hemisfério possui ◊ Centro medular do cérebro ou centro semioval ● Centro de substância branca revestido pelo córtex cerebral ◊ Núcleos da base
● Massas de substância cinzenta no interior do centro medular do cérebro 5.1 Núcleos da base ◊ Núcleo caudado ● Massa alongada e volumosa de substância cinzenta relacionada com os ventrículos laterais ● Cabeça do núcleo caudado: extremidade anterior dilatada que proemina no assoalho do corno anterior do ventrículo. Funde-se com a parte anterior do núcleo lentiforme. ● Corpo do núcleo caudado: continuação gradual da cabeça do núcleo caudado no assoalho da parte centra do ventrículo lateral ● Cauda do núcleo caudado: afinamento do corpo até a extremidade ante anteri rior or do corn cornoo infe inferi rior or do vent ventrí rícu culo lo late latera ral.l. Long Longa, a, delg delgad adaa e fortemente arqueada. arqueada. * por isso que o núcleo caudado aparece seccionado em cortes ◊ Núcleo lentiforme ● Localizado profundamente no interior do hemisfério ● Relações * medialmente: cápsula interna que o separa do núcleo caudado e do tálamo * lateralmente: córtex da ínsula - substância branca e claustrum: separa-o do córtex da ínsula ● Lâmina medular lateral: fina lâmina de substância branca que o divide em * putâmen = lateral, maior * globo pálido = medial, de coloração mais clara devido às fibras mielínicas que o atravessam - lâmina medular medial: divide-o em partes externa e interna ◊ Claustrum ● Delgada calota de substância cinzenta situada entre o córtex da ínsula e o núcleo lentiforme ● Cápsula extrema: separa-o do córtex da ínsula ● Cápsula externa: entre ele e o núcleo lentiforme Obs .: .: da face lateral à superfície ventricular = córtex da ínsula; cápsula extrem extrema; a; claus claustru trum; m; cápsu cápsula la extern externa; a; putâm putâmen; en; lâmina lâmina medula medularr latera lateral;l; parte externa do globo pálido; cápsula interna; tálamo; III ventrículo ◊ Corpo amigdalóide ● Massa esferóide de substância cinzenta no pólo temporal do hemisfério cerebral, em relação com a cauda do núcleo caudado, que faz uma discreta saliência no teto da parte terminal do corno inferior do ventrículo lateral ● Faz parte do sistema límbico: centro regulador do comportamento sexual e agressividade ◊ Núcleo accumbens
● Massa de substância cinzenta situada na zona de união entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado – corpo estriado ventral ◊ Núcleo basal de Meynert ● Na base do cérebro, entre a substância perfurada anterior e o globo pálido – substância inominata ● Com neurônios grandes, ricos em acetilcolina 5.2 Centro branco medular do cérebro ● Formado por fibras mielínicas ◊ Fibras de projeção ● Ligam o córtex cerebral a centros subcorticais ● Dispõem-se em feixes Fórnix ● Contribui pouco Cápsula interna ● Contém a grande maioria das fibras que entram ou saem no córtex cerebral e formam um feixe compacto: separa o núcleo lentiforme (lateral) do núcleo caudado e do tálamo (mediais). * superiormente, com a coroa radiada, ao nível dos núcleos lentiformes * inferiormente, continua com a base do pedúnculo cerebral ● Perna anterior: entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo lentiforme ● Perna posterior: entre o núcleo lentiforme e o tálamo. Maior. ● Joelho da cápsula interna: ângulo formado no encontro da perna anterior com a perna posterior ● Posição sublentiforme: abaixo do núcleo lentiforme ◊ Fibras de associação ● Unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro Comissuras Comissuras telencefálicas ● Fibras que atravessam o plano mediano para unir áreas simétricas dos dois hemisférios 6. Noções de anatomia comparada e antropologia do cérebro 6.1 Aspectos gerais ● No sistema nervoso dos vertebrados podemos encontrar as mesmas partes, embora com importâncias diferentes ● À medida que se sobe a escala evolutiva, há uma diminuição do tamanho e importância do teto do mesencéfalo paralelamente ao aumento do tamanho e importância do cérebro * cérebro no homem = funções psíquicas e coordenador da sensibilidade e motricidade * teto do mesencéfalo no homem = centro relativamente sem importância
◊ Quanto ao córtex ● Arquicórtex (primitivo e mais simples): ciclóstoma e peixes ● Paleocórtex: anfíbios ● Neocórtex: répteis, aves e mamíferos 6.2 Sulcos e giros ● Primeiro sulco: sulco rinal = separa o paleocórtex do neocórtex. Existe desde os répteis. ● Distribuição é muito diferente na maioria dos animais * primatas: com sulco central e lateral * antropóides: semelhança com sulcos do cérebro humano - com diferenças, principalmente no lobo frontal ● Não existe nenhum que seja característico de uma determinada raça humana: impossível identificá-la pelo estudo de um único cérebro * a freqüência de certas disposições especiais dos sulcos e giros pode variar (ex: sulco lunatus) ◊ Classificação Classificação dos animais quanto à presença ou ausência de giros ● Lissencéfalos: cérebro liso ● Girencéfalos: cérebro com giros 6.3 Considerações sobre o peso do encéfalo ◊ Coeficiente de encefalização (K) ● Depende do peso corporal e da complexidade do encéfalo * a complexidade geralmente depende da posição filogenética do animal - mesma posição = maior encéfalo o de maior peso: mesmo K - mesmo peso = maior encéfalo o de maior K ● Aumenta à medida que se sobe na escala zoológica: 4 vezes maior no homem que no chimpanzé ● Não existe diferença entre os diversos grupos étnicos atuais * o peso não se relaciona com o estado cultural ● Home Homem m de esta estatu tura ra medi median ana: a: meno menorr encé encéfa falo lo comp compat atív ível el com com uma uma inteligência normal = 900g * acima: tentativas de se correlacionar o peso do encéfalo com o grau de inteligência esbarram em numerosas exceções CENTRO BRANCO MEDULAR DO CÉREBRO 1. Generalidades Generalidades ◊ Centro semi-oval ● No corte horizontal do cérebro, em cada hemisfério
● Constituído de fibras mielínicas * de projeção = ligam o córtex aos centros subcorticais * de associação = ligam áreas corticais situadas em pontos diferentes - intra-hemisférica: dentro de um mesmo hemisfério - inter-hemisféricas: entre dois hemisférios 2. Fibras de associação 2.1 Intra-hemisféricas ◊ Curtas / arqueadas do cérebro / em U ● Associam áreas vizinhas ◊ Longas ● Unem-se em fascículos Fascículo do cíngulo ● Une o lobo frontal ao temporal, passa pelo lobo parietal ● Percorre o giro do cíngulo Fascículo longitudinal superior / fascículo arqueado ● Liga os lobos frontal, parietal e occipital pela face súpero-lateral de cada hemisfério ● Conecta os centros anterior (lobo frontal) e posterior (junção dos lobos temporal e parietal) da linguagem * lesões = perturbações na linguagem Fascículo longitudinal inferior ● Une o lobo occipital ao temporal Fascículo unciforme ● Liga o lobo frontal ao temporal, passando pelo fundo do sulco lateral 2.2 Inter-hemisféricas = fibras comissurais: unem áreas simétricas dos dois hemisférios ● Agrupam-se para formar as 3 comissuras do encéfalo ◊ Comissura do fórnix ● Conecta os dois hipocampos: fibras dispostas entre as duas pernas do fórnix Obs .: pouco desenvolvido no homem ◊ Comissura anterior ● Porção olfatória: liga os bulbos e tratos olfatórios ● Porção não-olfatória: une os lobos parietais ◊ Corpo caloso ● Maior comissura e maior feixe de fibras ● Conecta áreas corticais simétricas dos dois hemisférios * exceção = lobo temporal: unidas pelas fibras da comissura anterior
● Função: transferência de conhecimento e informação entre os hemisférios = funcionamento harmônico * ausentes em secções que objetivam melhorar quadros de epilepsia, mas não alteram evidentemente o comportamento ou o psiquismo 3. Fibras de projeção ● Formam o fórnix e a cápsula interna * lesões da cápsula interna - causa = hemorragia ou obstrução de seus vasos - quadro clínico = “derrames cerebrais”, menor sensibilidade na metade oposta d corpo, hemiplegia 3.1 Fibras na cápsula interna ◊ Originadas no córtex (descendentes) ● Trato córtico-espinal: perna posterior ● Trato córtico-espinal: perna posterior ● Trato córtico-nuclear: joelho ● Trato córtico-pontino ● Fibras córtico-reticulares ● Fibras córtico-rubras ● Fibras córtico-estriatais ◊ Radiações talâmicas: dirigidas ao córtex, provenientes do tálamo ● Levam a sensibilidade somática geral ● Radiações óptica e auditiva: passam na perna posterior ESTRUTURA E FUNÇÕES DO CÓRTEX CEREBRAL 1. Generalidades ◊ Córtex cerebral ● O que é: fina camada de substância cinzenta que reveste o centro branco medular do cérebro = neurônios, neuroglias, fibras ● Local aonde chegam impulsos provenientes de todas as vias de sensibilidade = conscientes e interpretadas ● De onde saem os impulsos nervosos = iniciam e comandam os movimentos voluntários, relacionados aos fenômenos psíquicos ● Evolução: maior extensão e complexidade = grande desenvolvimento das funções intelectuais ● Possui uma organização laminar horizontal e uma organização colunar vertical
2. Citoarquitetura do córtex ● Neurônios e fibras distribuem-se de vários modos, em várias camadas * diferente do córtex cerebelar: organização estrutural mais simples e uniforme 2.1 Estrutura ◊ Isocórtex ● 6 camadas, numeradas da superfície para o interior * I: camada molecular - na superfície - rica em fibras de direção horizontal - com poucos neurônios - células horizontais ou de Cajal - camada de associação * II: camada granular externa - camada de associação * III: camada piramial externa - camada de associação * IV: camada granular interna - muito desenvolvida nas áreas sensitivas do córtex - camada receptora de projeção * V: camada piramidal interna ou ganglionar - muito desenvolvida nas áreas motoras do córtex - camada efetuadora de projeção * VI: camada de células fusiformes ou multiforme - camada de associação ◊ Alocórtex 2.2 Neurônios corticais ● Classificados de acordo com o tamanho e direção do axônio ◊ Células granulares ou estreladas ● Dendritos ramificam-se próximo ao corpo celular ● Axônio pode estabelecer conexões com células das camadas vizinhas ● Evolução: número aumentou = circuitos corticais mais complexos ● Principal interneurônio cortical: estabelece conexões entre os demais neurônios e fibras do córtex ● Principais células receptoras: sinapses com fibras que chegam ao córtex ● Camadas: granular interna e externa ◊ Células piramidais ou pirâmides ● Com dois tipos de dendritos
* apicais = destaca-se do ápice e dirige-se às camadas superficiais, onde termina * basais = distribuem-se próximo ao corpo celular. Curtos. ● Axônios: direção descendente = ganha a substância branca como fibra eferente do córtex ● Camadas: todas. Predominância na piramidal externa e interna. Células de Betz: gigantes. Na área motora do giro pré-central ◊ Células fusiformes ● Axônio: descendente = penetra no centro branco-medular ● Células efetoras ● Camada: de células fusiformes ◊ Células de Martinotti ● Dendritos: ramificam-se nas proximidades do corpo celular ● Axônio: ascendente = ramifica-se nas camadas mais superficiais ◊ Células horizontais ou de Cajal ● Forma: fusiforme ● Dendritos: direção horizontal ● Axônio: direção horizontal ● Camada: molecular (apenas) ● Células intracorticais de associação 3. Fibras e circuitos corticais ● As fibras que saem ou entram no córtex cerebral passam pelo centro branco-medular 3.1 Fibras de projeção aferentes do córtex cerebral ◊ Talâmica Fibras aferentes oriundas dos núcleos talâmicos inespecíficos ● Distribuição: por todo o córtex cerebral ● Terminação: camadas corticais, principalmente nas três superficiais ● Ação ativadora (para do sistema ativador reticular ascendente – SARA) Radiações talâmicas originadas nos núcleos específicos ● Terminam na camada granular interna ◊ Extratalâmicas ● Fibras monoaminérgicas originadas na formação reticular ou fibras colinérgicas oriundas do núcleo basal de Meynert ● Distribuição: por todo o córtex cerebral ● Modo de terminação: varia com a fibra e a área cortical ● Função: aumentar ou diminuir a atividade em regiões corticais específicas durante determinadas etapas do processamento da informação = ação
moduladora (modificam as características eletrofisiológicas das células corticais, influenciando seu funcionamento) ● Doença de Alzheimer: degeneração dessas fibras = deterioração das funções corticais 3.2 Fibras de projeção aferentes do isocórtex ● Maioria: origem talâmica * há conexões aferentes diretas com a formação reticular 3.3 Fibras de projeção eferentes do córtex ● Conectam-se a vários centros subcorticais ● Origem: camada piramidal interna * são axônios das células piramidais internas ◊ Fibras ● córtico-espinais ● córtico-nucleares ● córtico-pontinas ● córtico-estriadas ● córtico-reticulares ● córtico-rúbricas ● córtico-talâmicas 3.4 Fibras intracorticais ● Maioria: mielínicas ● Distribuição: heterogeneamente. Agrupam-se em * raias: direção perpendicular à superfície. Delimitam colunas verticais formadas principalmente por células e que atingem toda a espessura do córtex * estrias: direção paralela à superfície Ex: estrias de Baillarger externa e interna Estria de Gennari (estria de Baillarger externa na área visual / estriada = muito desenvolvida, vista a olho nu) ◊ Experiência com eletrodos ● Comprovação: existe mais semelhança entre os neurônios localizados dentro de uma coluna que entre colunas vizinhas * conexões entre células corticais se fazem preferencialmente em sentido vertical, mesmo com algumas conexões horizontais ● Os impulsos que chegam ao córtex passam sucessivamente das camadas superficiais às profundas e vice-versa, podendo voltar repetidas vezes à mesma célula através de circuitos reverberantes ou auto-excitaadores, antes de saírem do córtex
● Um mesmo neurônio cortical está sujeito à influência de outros: pode ligar-se a outro através de vários botões sinápticos ● Os caminhos que os impulsos intra-corticais podem seguir variam: a existência de indivíduos com exatamente os mesmos circuitos corticais é impossível 4. Classificação das áreas corticais 4.1 Classificação anatômica ● Divisão do cérebro em giros e lobos * em um mesmo lobo há áreas corticais de funções e estrutura muito diferentes: não é divisão funcional ou estrutural - exceção: lobo occipital = órgãos visuais ● Importante para localização de lesões 4.2 Classificação filogenética ◊ Arquicórtex ● Hipocampo ◊ Paleocórtex ● Úncus e parte do giro para-hipocampal ● Juntamente com o arquicórtex, participa do rinencéfalo e do sistema límbico = áreas corticais antigas ligadas à olfação e ao comportamento emocional ◊ Neocórtex ● Restante 4.3 Classificação estrutural ● Aspectos: composição e característica das diversas camadas, espessura total e espessura das camadas, disposição e espessura das raias e estrias ● Em numerosas áreas citoarquiteturais = vários mapas ◊ Mapa de Brodmann = 52 áreas designadas por números ◊ Em grupos maiores de acordo com suas características comuns Isocórtex ● 90% ● Neocórtex Homotípico ● 6 camadas individualizadas com facilidade Heterotípico ● 6 camadas não são claramente individualizadas: estrutura laminar típica mascarada pelas células granulares ou piramidais
● Granular: áreas sensitivas = células granulares invadem camadas piramidais ● Agranular: áreas motoras = células piramidais invadem camadas granulares Alocórtex ● Arquicórtex ● Paleocórtex 4.4 Classificação funcional ● Somatotopia das áreas corticais: existe correspondência entre determinadas áreas corticais e certas partes do corpo * conceito introduzido com o primeiro mapeamento da área motora Obs.: Broca = correlacionou lesões em áreas restritas do lobo frontal com a linguagem falada * abalo quando se conseguiu movimento em áreas tidas com sensitivas ● Importante na compreensão do funcionamento do cérebro e no diagnóstico de lesões ● São especializações funcionais de determinadas áreas, não compartimentos isolados e estanques ● Apoio na citoarquitetura do córtex Obs .: todas as áreas corticais têm conexões com centros subcorticais, principalmente com o sistema ativador reticular ascendente = ação ativadora exercida sobre todo o córtex ◊ Áreas de projeção ● Recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e com a motricidade * lesões = paralisia ou alterações na sensibilidade Áreas sensitivas ● Isocórtex heterotípico granular = funções receptoras Áreas motoras ● Isocórtex heterotípico agranular = funções efetuadoras ◊ Áreas de associação ● Relacionadas a funções psíquicas complexas * lesões: alterações psíquicas sem qualquer conotação motora ou sensitiva = de difícil avaliação = áreas silenciosas ● Isocórtex homotípico = fácil individualização devido à ausência de predomínio de células granulares e piramidais DE ACORDO COM GRAU DE RELACIONAMENTO COM A MOTRICIDADE E SENSIBILIDADE ◊ Áreas primárias ● Áreas de projeção
◊ Áreas secundárias ou unimodais ● Relacionadas com uma determinada modalidade sensorial ou com a motricidade ● Conexão com a área primária da mesma função ◊ Áreas terciárias ou supramodais ● Envolvidas com atividades psíquicas superiores ● Conexões com várias áreas unimodais ou com outras áreas supramodais: recebem as informações sensoriais já elaboradas por todas as áreas secundárias e elaboram diversas estratégias comportamentais 5. Áreas de projeção / áreas primárias 5.1 Áreas sensitivas primárias ● Várias: a cada tipo de sensibilidade corresponde uma área, mas todas as formas de sensibilidade geral convergem para uma só, a área somestésica ◊ Área somestésica primária ou área da sensibilidade geral ● Localização: giro pós-central; áreas 3, 2, 1 do mapa de Brodmann * área 3 = fundo do sulco central * áreas 1 e 2 = superfície dos giro pós-central ● Aonde chegam radiações talâmicas, que trazem impulsos nervosos relacionados à temperatura, dor, pressão, tato e propriocepção consciente da metade oposta do corpo ● Existe somatotopia * Estímulo na área = manifestações sensitivas – formigamento, dormência em partes determinadas, mas mal definidas * Estímulo aos receptores exteroceptivos ou movimentos em determinadas articulações de modo a ativar receptores proprioceptivos = potenciais evocados Homúnculo sensitivo de Penfield * de cabeça para baixo no giro pós-central ● Representação da somatotopia: a extensão da representação cortical de uma parte do corpo depende da importância funcional dessa parte para a biologia da espécie e não de seu tamanho ● Área dos órgãos genitais e do pé: superior ao giro pós-central, na parte medial do hemisfério ● Áreas das pernas, do tronco e do braço (pequenas): súpero-laterais ● Área da mão (grande): inferior às acima ● Área da cabeça (face e boca grandes) ● Área da língua e da faringe: próxima ao sulco lateral Lesões ● Causa: acidentes vasculares cerebrais que comprometem as artérias cerebral média ou cerebral anterior
● Há perda da sensibilidade discriminativa do lado oposto à lesão: indivíduo distingue as diferentes modalidades de estímulo, mas não localiza a parte do corpo tocada ou graus de temperatura, peso e textura dos objetos tocados = perda da estereognosia (capacidade de reconhecer objetos colocados na mão) ● Sensibilidade protopática (modalidades grosseiras de sensibilidade), como o tato não discriminativo e a sensibilidade térmica e dolorosa, permanece inalterada = consciente em nível talâmico ◊ Área visual ● Localização: lábios do sulco calcarino; área 17 de Brodmann * lábio superior do sulco calcarino = projeção da metade superior da retina * lábio inferior do sulco calcarino = projeção da metade inferior da retina * parte posterior do sulco calcarino = projeção da parte posterior da retina (mácula) * parte anterior do sulco calcarino = projeção da parte anterior da retina ● Aonde chegam fibras do trato geniculo-calcarino originadas no corpo geniculado lateral ● Estimulações elétricas: alucinações visuais = círculos brilhantes ● Estímulo em pontos específicos da retina com jato de luz filiforme = potenciais evocados ● Existe correspondência perfeita entre a retina e o córtex visual Lesão: ablação bilateral ● Cegueira completa * nos animais = sensação luminosa ◊ Área auditiva ● Localização: giro temporal transverso anterior; áreas 41 e 42 de Brodmann ● Aonde chegam as fibras da radiação auditiva, que se originam no corpo geniculado medial ● Estimulações elétricas quando acordado: alucinações auditivas nunca muito precisas = zumbidos ● Não é totalmente cruzada: cada cóclea representa-se no córtex dos 2 hemisférios ● Existe tonotopia: sons de determinada freqüência projetam-se em partes específicas = correspondência com partes da cóclea Lesões ● Bilaterais do giro: surdez completa ● Unilaterais do giro: déficitis auditivos pequenos ◊ Área vestibular
● Localização: lobo parietal, em uma pequena região próxima à área somestésica correspondente à face = mais relacionada com a área de projeção da sensibilidade proprioceptiva do que com a auditiva * proprioceptores especiais = receptores do vestíbulo: informam sobre a posição e o movimento da cabeça ● Importante na apreciação consciente da orientação no espaço ◊ Área olfatória ● Localização: parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal = pequena área Lesões ● Epilepsia local do úncus: alucinações olfatórias = cheiros desagradáveis que não existem = crises uncinadas * pode complementar-se com crise epiléptica do tipo “grande mal” ◊ Área gustativa ● Localização: porção inferior do giro pós-central próxima à ínsula, em uma região adjacente à parte da área somestésica correspondente à língua; área 43 de Brodmann ● Estimulações elétricas ou crises epilépticas com foco que se inicia nela: alucinações gustativas Lesões ● Diminuição da gustação na metade oposta da língua 5.2 Área motora primária
=1 ● Localização: parte posterior do giro pré-central; área 4 de Brodmann ● Isocórtex heterotípico agranular = com células de Betz ● Estimulação elétrica: movimentos de grupos musculares do lado oposto ● Focos epilépticos: movimentos de grupos musculares isolados, podendo-se estender progressivamente a outros, à medida que o estímulo se propaga ● Origina a maior parte das fibras dos tratos córtico-espnal e córticonuclear = motricidade voluntária ◊ Homúnculo motor de Penfield * de cabeça para baixo ● Mapa de acordo com a representação das diversas partes do corpo: somatotopia = a extensão da representação cortical de uma parte d corpo é proporcional à delicadeza dos movimentos realizados pelos grupos musculares aí localizados ● Há convergência dos pontos sobre um mesmo grupo de neurônios motores: o mesmo músculo pode ser representado em mais de um ponto ◊ Conexões aferentes ● Com tálamo: recebe informações do cerebelo
● Com a área somestésica ● Com as áreas pré-motora e motora suplementar 6. Áreas de associação do córtex ● Filogênese: o território cortical aumentou 6.1 Áreas de associação secundárias / unimodais ◊ Áreas sensitivas secundárias ou áreas sensitivas de associação ● Recebem aferências das áreas primárias correspondentes e repassam às outras áreas do córtex – supramodais. * etapa de sensação: toma-se consciência das características sensoriais. Faz-se em uma área sensitiva de projeção ou área primária * etapa de interpretação ou gnosia: comparação das características sensoriais com o conceito existente na memória = identificação. Envolve processos psíquicos mais complexos, que dependem da integridade das áreas de associação secundárias / áreas gnósicas ● Não são simétricas, do ponto de vista funcional: a existência de duas áreas diferentes proporciona lesões separadamente, de sintomatologia diferente conforme o lado lesado * lesão da área secundária: agnosia = perda da capacidade de reconhecer objetos - visuais: cegueira verbal = perda parcial ou total da capacidade de reconhecer os símbolos visuais que constituem a linguagem escrita = afasia - auditivas: surdez verbal = perda parcial ou total da capacidade de reconhecer os símbolos sonoros que constituem a linguagem falada = afasia - somestésicas (geralmente tácteis) Área somestésica secundária ● Localização: lóbulo parietal superior, atrás da área somestésica primária; área 5 e parte da 7 de Brodmann Área visual secundária ● Localização: estende-se do lobo occipital ao lobo temporal, adiante da área visual primária; áreas 18, 19, 20, 21 e 37 de Brodmann Área auditiva secundária ● Localização: lobo temporal, circundando a área auditiva primária; área 22 de Brodmann ◊ Áreas de associação secundária motoras ● Adjacentes à área motora primária ● Lesões: apraxias (quadros clínicos correspondentes às agnosias) = incapacidade de executar determinados atos voluntários, sem que exista qualquer déficit motor = relacionadas com o “planejamento” dos atos voluntários
* a lesão não está na execução desses atos Área motora suplementar ● Localização: face medial do giro frontal superior; parte mais alta da área 6 de Brodmann ● Conexões: corpo estriado, via tálamo, área motora primária ● Função: concepção ou planejamento de sequências complexas de movimentos Obs .: importância das conexões aferentes do corpo estriado * ativada juntamente com a área motora primária * ativada sozinha quando a sequência de movimentos é repetida mentalmente, sem execução Área pré-motora ● Localização: lobo frontal, adiante da área motora primária; área 6 de Brodmann, na face lateral do hemisfério ● Exige correntes elétricas intensas para se obter respostas motoras, que são menos localizadas e envolvem grupos musculares maiores ● Projeções * para a formação reticular de onde se origina o trato retículo-espinal * para a área motora primária ● Recebe eferências do cerebelo (via tálamo) e de varas áreas de associação do córtex ● Funções * coloca o corpo, especialmente os membros, em uma postura básica preparatória para a realização de movimentos delicados, a cargo da musculatura distal dos membros, através da via córtico-retículo-espinal que nela se origina * participa do processo de programação de determinadas atividades motoras, principalmente de movimentos guiados por estímulos sensoriais externos ● Lesões: paresia (menor força muscular = não consegue elevar completamente o membro) Área de Broca ● Localização: partes opercular e triangular do giro frontal inferior, em frente à parte da área motora que controla os músculos relacionados com a vocalização; área 44 de Brodmann ● Função: programação da atividade motora relacionada com a expressão da linguagem ● Lesões: afasias 6.2 Áreas de associação terciárias / supramodais ◊ Área pré-frontal
● Localização: parte anterior não-motora do lobo frontal = ¼ do córtex ● Recebe fibras de todas as demais áreas de associação do córtex através dos fascículos de associação, ligando-se ao sistema límbico ● Mantém extensas conexões recíprocas com o núcleo dorsomedial do tálamo ● Lesão: causa distração, ou seja, dificuldade de concentração e fixação voluntária da atenção * caso Gage: um funcionário de uma ferrovia americana teve seu córtex pré-frontal destruído por uma barra de ferro, durante uma explosão e sobreviveu, mas sua personalidade mudou dramaticamente = perdeu o senso de suas responsabilidades sociais e passou a vaguear de um emprego a outro, embora suas funções cognitivas permanecessem basicamente normais ● Lobotomia ou leucotomia pré-frontal: secção bilateral da parte anterior dos lobos frontais, passando adiante dos cornos anteriores dos ventrículos laterais = secção das conexões da área pré-frontal com o núcleo dorsomedial do tálamo. Tratamento para doentes psiquiátricos com quadros de depressão e ansiedade, que entram em um estado de “tamponamento psíquico”, ou seja, deixam de agir a circunstâncias que normalmente determinam alegria ou tristeza. * psicocirurgia: 1ª técnica cirúrgica para tratamento de doenças psíquicas * em desuso com o surgimento de drogas de ação antidepressiva * conseqüência indesejável: perda da capacidade de decidir sobre comportamentos mais adequados diante de cada situação ● Funções * memória para fatos recentes * escolha das opções e estratégias comportamentais mais adequadas à situação física e social e capacidade de alterá-las * aspectos mais complexos da manutenção da atenção Obs . : esse fenômeno também envolve outras áreas centrais, como a formação reticular * controle do comportamento emocional - juntamente com o hipocampo e o sistema límbico ◊ Área temporoparietal ● Localização: lóbulo parietal inferior, ou seja, giros supramarginal e angular, estendendo-se às margens do sulco temporal superior e parte do lóbulo parietal superior; áreas 39 e 40 de Brodmann; entre as áreas secundárias auditiva, visual e somestésica ● Funções * integrar informações recebidas das áreas acima * percepção espacial = relações entre os objetos no espaço extrapessoal
* imagem das partes componentes do próprio corpo = área do esquema corporal ● Lesões * desorientação espacial generalizada * síndrome da negligência ou síndrome da inatenção (quadro clínico mais comum): lesões do lado direito, no hemisfério mais relacionado com os processos visuo-espaciais = negligência em relação ao próprio corpo (perda da noção do esquema corporal, sem percepção da metade do corpo como fazendo parte do “eu” e negligência em relação à mesma ou ausência do reconhecimento da paralisia desse lado) ou ao espaço exterior (o doente passa a agir como se o lado esquerdo do mundo deixasse de existir de qualquer forma significativa para ele) – podem ser concomitantes ◊ Áreas límbicas ● Localização: giro do cíngulo, giro para-hipocampal, hipocampo ● Funções: memória e comportamento emocional 7. Áreas relacionadas com a linguagem e afasias ● Áreas corticais e subcorticais * papel mais importante do córtex cerebral * 2 corticais: anterior e posterior = de associação - ligadas pelo fascículo longitudinal superior / fascículo arqueado - na maioria dos indivíduos, localizam-se apenas no lado esquerdo = os hemisférios cerebrais não são simétricos ● Lesões (das áreas corticais de associação): afasias (distúrbios de linguagem) * motora ou de expressão = na área de Broca - o indivíduo compreende a linguagem falada e escrita, mas tem dificuldade de se expressar adequadamente, falando ou escrevendo = apenas produz poucas palavras com dificuldade e tende a encontrar as frases de maneira telegráfica * sensitiva ou de percepção = na área de Wernicke - a compreensão da linguagem falada e escrita é deficiente. Também há algum déficit na expressão da linguagem * de condução = no fascículo longitudinal superior - compreensão normal da linguagem, mas déficit de expressão Obs.: lesões no hemisfério direito causam excepcionalmente distúrbios da linguagem ◊ Área de Broca / área anterior da linguagem ● Expressão da linguagem * seu perfeito funcionamento depende de informações recebidas da área de Wernicke através do fascículo longitudinal superior
◊ Área de Wernicke / área posterior da linguagem ● Localização: junção entre os lóbulos temporal e parietal; parte mais posterior da área 22 de Brodmann ● Percepção da linguagem 8. Assimetria das funções corticais ● Manifesta-se apenas nas áreas de associação ● O funcionamento das áreas de projeção é igual dos dois lados ● Região do lobo temporal correspondente à área de Wernicke maior à esquerda. ● Demonstra a importância do corpo caloso: transmite informações entre os hemisférios. Lesão = reconhece o objeto, mas sem descrevê-lo * objeto na mão direita: impressões sensoriais chegam ao hemisfério esquerdo = descrição * objeto na mão esquerda: impressões chegam ao hemisfério direito = sem áreas da linguagem ◊ Hemisfério dominante = conceito relativo ● Para a linguagem: esquerdo * direito com papel secundário ● No desempenho de certas habilidades artísticas (música e pintura), na percepção de relações espaciais ou no reconhecimento da fisionomia das pessoas: direito ● Em 96% dos destros: esquerdo ● Em 70% dos canhotos: direito = mais difícil prever o lado em que se localizam os centros da linguagem * para saber com segurança: injeção de um anestésico de ação muito rápida (amital sódico) nas carótidas enquanto o paciente conta em voz alta - vai preferencialmente ao hemisfério do mesmo lado em que foi injetada, causando um breve período de disfunção. Se nele estiverem os centros de linguagem, a contagem parará e o paciente não responderá ao comando de continuar ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA ESPINAL E SEUS ENVOLTÓRIOS 1. Generalidades ● Medula = miolo; o que está dentro ◊ Medula espinal ● Órgão mais simples do SNC
● Onde o tubo neural foi menos modificado ● O que é: massa cilindróide de tecido nervoso ligeiramente achatada no sentido ântero-posterior situada dentro do canal vertebral sem completá-lo completamente * homem < mulher ● Limites * cranial: bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno * caudal: L2 (importância clínica) ● Cone medular: afilamento da medula em seu término que forma um cone ● Filamento terminal: continuação do cone medular como um delgado filamento meníngeo 2. Forma e estrutura geral da medula ● Calibre não uniforme: com 2 intumescências = formadas devido à maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas e são responsáveis pela inervação dos membros ◊ Intumescência cervical ● Nível cervical ● Conecta grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial, destinadas à inervação dos membros superiores, com a medula ◊ Intumescência lombar ● Nível lombar ● Conecta grossas raízes nervosas que formam o plexo lombossacral, destinadas à inervação dos membros inferiores, com a medula ◊ Sulcos longitudinais na superfície da medula, que a percorrem em toda a extensão ● Sulco mediano posterior * ligado à substância cinzenta pelo septo mediano posterior ● Fissura mediana anterior ● Sulco lateral anterior * faz conexão com as raízes ventrais dos nervos espinais ● Sulco lateral posterior * faz conexão com as raízes dorsais dos nervos espinais Na medula cervical ● Sulco intermédio posterior * entre o mediano posterior e o lateral posterior * continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior ◊ Substância cinzenta ● No interior da substância branca ● Forma de borboleta ou de H
● No centro: cana central da medula ou canal do epêndima = resquício da luz do tubo neural do embrião ● Com 3 colunas que parecem como cornos * Coluna anterior - mais dilatada ao nível das intumescências * Coluna posterior * Coluna lateral - Apenas na medula torácica e parte da medula lombar: de T1 a L2 ● Com fibras, na maioria mielínicas, que sobem e descem e são agrupadas em 3 funículos ou cordões Funículo anterior ● Entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior Funículo lateral ● Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior Funículo posterior ● Entre os sulcos lateral posterior e mediano posterior ● É dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme na parte cervical da medula 3. Conexão com os nervos espinais – segmentos medulares ● Filamentos radiculares: pequenos filamentos nervosos que fazem conexão nos sulcos lateral anterior e lateral posterior ● Raízes ventral e dorsal dos nervos espinais: união dos filamentos radiculares ● Nervos espinais: união das raízes ventral e dorsal em um ponto situado distalmente ao gânglio espinal que existe na raiz dorsal ● Segmentação da medula: marcada pela conexão com os nervos espinais. * incompleta = sem septos ou sulcos transversais separando um segmento do outro ● Segmento medular de determinado nervo: parte da medula onde os filamentos radiculares que compõem o nervo fazem conexão ● Há 31 pares de nervos espinais e 31 segmentos medulares: * 8 cervicais - 1º: emerge acima da vértebra C1, entre ela e o osso occipital - 8º: emerge abaixo da vértebra C7 * 12 torácicos - emergem, de cada lado, sempre abaixo da vértebra correspondente * 5 lombares * 5 sacrais * 1 coccígeo
4. Topografia vertebromedular ● A medula termina na vértebra L2 no adulto * abaixo: meninges e cauda eqüina ● Cauda eqüina: raízes nervosas dos últimos nervos espinais dispostas em torno do cone medular e do filamento terminal ● Ritmos de crescimento diferentes, em sentido longitudinal, entre a medula e o canal vertebral * até o 4º mês de vida intra-uterina: mesmo ritmo - nervos passando pelos forames intervertebrais dispõem-se horizontalmente formando com a medula um ângulo aproximadamente reto * a partir do 4º mês: coluna cresce mais, principalmente na porção caudal - há alongamento das raízes e diminuição do ângulo que elas fazem com a medula = eventos mais pronunciados na parte caudal da medula, levando à formação da cauda eqüina - afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes Ex: vértebras T11 e T12 relacionadas com segmentos lombares; lesão da vértebra L3 afeta apenas a cauda eqüina ◊ Regra prática ● Entre os níveis das vértebras C2 e T10: adicionar 2 ao número do processo espinhoso da vértebra = número do segmento medular subjacente ● Processos espinhosos das vértebras T11 e T12: 5 segmentos lombares ● Processo espinhosos de L1: 4 segmentos sacrais 5. Envoltórios da medula 5.1 Meninges ● Membranas fibrosas ◊ Dura-máter espinal ● Mais espessa e resistente: abundantes fibras colágenas ● Mais externa ● Paquimeninge ● Saco dural: envolve toda a medula como um dedo de luva ● Cranialmente: continua com a dura-máter craniana ● Caudalmente: termina em um fundo-de-saco ao nível da vértebra S2 ● Prolongamentos laterais: embainham raízes dos nervos espinais * continuam com o epineuro (tecido conjuntivo que envolve os nervos espinais) ◊ Aracnóide espinal ● Leptomeninge ● Entre a dura-máter e a pia-máter ● Folheto justaposto à dura-máter com trabéculas aracnóideas (unem-na à pia-máter)
◊ Pia-máter espinal ● Leptomeninge ● Mais delicada e mais interna ● Adere intimamente ao tecido nervoso da superfície da medula ● Penetra na fissura mediana anterior ● Filamento terminal: esbranquiçado. Continuação caudal quando a medula termina no cone medular. * perfura o fundo-do-saco dural * continua caudalmente até o hiato sacral ● Filamento denticulado: prega longitudinal formada de cada lado da medula. Dispõe-se em um plano frontal ao longo de toda a extensão da medula. Elemento de fixação da medula. Ponto de referência em certas cirurgias da mesma. * margem medial = continua com a pia-máter da face lateral da medula ao longo de uma linha contínua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais * margem lateral = com 21 processos triangulares, que se inserem firmemente na aracnóide e na dura-máter em pontos que se alternam com a emergência dos nervos espinais Filamento da dura-máter espinal ● Filamento terminal + prolongamentos da dura-máter * ao atravessar o saco dural Ligamento coccígeo ● Filamento da dura-máter espinal ao se inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix 5.2 Espaços ou cavidades ◊ Espaço epidural ou extradural ● Entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral ● Contém tecido adiposo e plexo venoso vertebral interno (grande número de veias) ◊ Espaço subdural ● Fenda estreita entre a dura-máter e a aracnóide ● Contém uma pequena quantidade de líquido = evita a aderência das paredes ◊ Espaço subaracnóideo ● Com quantidade razoavelmente grande de líquor ● Exploração clínica: maior entre S2 (término do saco dural e da aracnóide) e L2 (término da medula espinal) = com apenas filamento terminal e raízes formadoras da cauda eqüina = sem perigo de lesão ao introduzir uma agulha. Finalidades: * retirada de líquor = fins terapêuticos ou diagnóstico
* medida da pressão do líquor * introdução de substâncias que aumentam o contraste das mielografias (diagnóstico de processos patológicos da medula) * introdução de anestésico nas anestesias raquidianas 6. Anestesias nos espaços meníngeos ● Para bloquear as raízes dos nervos espinais que os atravessam = de tudo que estiver próximo ao local * sempre são locais, pois a anestesia geral pode entubar ● Aplicações: cirurgias das extremidades inferiores, do períneo, da cavidade pélvica e em algumas cirurgias abdominais 6.1 Anestesias raquidianas ● Anestésico introduzido no espaço subaracnóideo * bloqueia a parte final da medula ● Agulha penetra o espaço entre as vértebras L2-L3, L3-L4 ou L4-L5 * perfura sucessivamente: pele e tela subcutânea ligamento interespinhoso ligamento amarelo dura-máter aracnóide ● Certificação de que a agulha atingiu o espaço: líquor goteja em sua extremidade ● Inconvenientes: aparecimento freqüente de dores de cabeça = perfuração da dura-máter e extravasamento de líquor 6.2 Anestesias epidurais ou peridurais ● Anestésico introduzido no espaço epidural * difunde-se e atinge os forames intervertebrais, pelos quais passam as raízes dos nervos espinais ● Agulha penetra na região lombar * não em L1 * sem medula espinal Obs .: o ligamento interespinhoso deve ser rompido ● Certificação de que a agulha atingiu o espaço: súbita baixa de resistência = acabou de perfurar o ligamento amarelo (última estrutura a fornecer impedimento, entre uma vértebra e outra) ● Exige maior habilidade técnica: menor percepção dolorosa ESTRUTURA DA MEDULA ESPINAL 1. Alguns aspectos da organização macroscópica e microscópica da medula
● Comissura branca: local de cruzamento de fibras entre a fissura mediana anterior e a substância cinzenta ● A quantidade de substância branca em relação à cinzenta é tanto maior quanto mais alto o nível considerado * existem diferenças entre os vários níveis de medula quanto à forma, localização e tamanho * critérios permitem identificar aproximadamente o nível de secção de uma medula 2. Substância cinzenta da medula 2.1 Divisão da substância cinzenta da medula ◊ Considerando-se duas linhas que tangenciam os contornos anterior e posterior do ramo horizontal do H ● Coluna anterior * cabeça * base: em conexão com a substância cinzenta intermédia lateral ● Coluna posterior (de diante para trás) * base * pescoço * ápice - substância gelatinosa: área constituída por tecido nervoso translúcido, rico em células neurogliais e pequenos neurônios ● Substância cinzenta intermédia: dividia em duas linhas ânteroposteriores * lateral - a coluna lateral participa dela * central 2.2 Classificação dos neurônios medulares NEURÔNIOS DE AXÔNIO LONGO (TIPO I DE GOLGI) ◊ Neurônios radiculares ● Axônio: sai da medula para constituir a raiz ventral Viscerais ● Pré-ganglionares do SNA: corpos localizados na substância cinzenta intermédia lateral, de T1 a L2 (coluna lateral), ou de S2 a S4. ● Função: inervação de músculos lisos, cardíacos ou glândulas Somáticos / Motores primários / Motores inferiores / Via motora final comum de Sherrington ● Corpo localizado na coluna anterior ● Função: inervação de músculos estriados esqueléticos
● Os axônios, antes de deixarem a medula, emitem um ramo colateral recorrente que volta e termina estabelecendo sinapse com uma célula de Renshaw Alfa ● Grandes com axônio grosso ● Função: inervação de fibras musculares que contribuem efetivamente para a contração dos músculos = extrafusais (localizadas fora dos fusos neuromusculares) ● Unidade motora: neurônio alfa + fibras musculares que inerva Gama ● Menores com axônio fino (fibras eferentes gama) ● Função: inervação motora das fibras intrafusais; regulação da sensibilidade dos fusos neuromusculares ● Recebem influência de vários centros supra-segmentares relacionados com a atividade motora ● Coativação alfa-gama: ativação simultânea com os motoneurônios alfa na execução de movimentos voluntários * fusos neuromusculares continuam a enviar informações proprioceptivas ao SNC mesmo durante a contração muscular desencadeada pela atividade dos neurônios alfa ◊ Neurônios cordonais ● Axônios ganham a substância branca da medula, onde tomam direção ascendente ou descendente, passando a constituir as fibras que formam os funículos da medula * homolateral ou ipsilateral: passa ao funículo situado do mesmo lado onde se localiza seu corpo * heterolateral ou contralateral: passa ao funículo situado do lado oposto De projeção ● Axônio ascendente longo: termina fora da medula ● Integra as vias ascendentes da medula De associação ● Axônio bifurca-se em um ramo ascendente e outro descendente ao passar para a substância branca: terminam na substância cinzenta * mecanismo de integração de segmentos medulares situados em níveis diferentes * permite a realização de reflexos intersegmentares na medula ● Fascículos próprios: formados em torno da substância cinzenta, na qual as fibras nervosas formadas por eles se dispõem. Existentes nos 3 funículos. NEURÔNIOS DE AXÔNIO CURTO (TIPO II DE GOLGI) ◊ Neurônios internunciais ● Pequenos
● Axônio: sempre na substância cinzenta * prolongamentos ramificam-se próximo ao corpo celular e estabelecem conexão entre as fibras aferentes, que penetram pelas raízes dorsais e os neurônios motores, interpondo-se em vários arcos reflexos medulares ● Aonde terminam fibras que chegam à medula trazendo impulsos do encéfalo Célula de Rensahw ● Localização: porção medial da coluna anterior ● Função: inibir os neurônios motores * faz sinapse com o neurônio motor que emitiu o ramo colateral Obs .: os impulsos nervosos que saem do neurônio motor são capazes de inibir o próprio neurônio através do ramo recorrente e da célula de Renshaw 2.3 Núcleos e lâminas da substância cinzenta da medula ● Núcleos: distribuição dos neurônios medulares. Formam colunas longitudinais dentro das 3 colunas da medula, mas alguns não se estendem ao longo de todo o órgão ◊ Núcleos da coluna anterior do grupo medial ● Existentes em toda a extensão da medula ● Localização de neurônios motores: inervam a musculatura relacionada com o esqueleto axial através de fibras que emergem principalmente através dos ramos dorsais dos nervos espinais do grupo lateral ● Originam fibras que inervam a musculatura relacionada com o esqueleto apendicular ● Apenas nas regiões das intumescências = origem dos plexos braquial e lombossacral ● Neurônios motores situados mais medialmente: inervam a musculatura proximal dos membros ● Neurônios motores situados mais lateralmente: inervam a musculatura distal dos membros = músculos extrínsecos e intrínsecos do pé e da mão ◊ Núcleos da coluna posterior Núcleo torácico ● Na região torácica e lombar alta (L1 e L2) ● Função: propriocepção inconsciente ● Neurônios: cordonais de projeção = axônios vão ao cerebelo Substância gelatinosa ● Recebe fibras sensitivas que entram pela raiz dorsal ● Onde funciona o portão da dor: mecanismo que regula a entrada no SN de impulsos dolorosos
* fibras serotoninérgicas chegam vindas do tronco encefálico e relacionamse com o funcionamento do portão da dor ◊ Lâminas de Rexed ● Distribuição dos neurônios medulares em extratos ou lâminas bastante regulares ● Numeradas de I a X, no sentido dorso-ventral Lâminas I a IV ● Área receptora ● Onde terminam neurônios das fibras exteroceptivas que penetram pelas raízes dorsais Lâminas V ao VI ● Recebem informações proprioceptivas Lâmina IX ● Contém os neurônios, correspondendo aos núcleos da coluna anterior * não é contínua no adulto 4. Substância branca da medula 4.1 Identificação de tratos e fascículos ● Não existem septos que delimitem os diversos tratos: fibras da periferia de um trato dispõem-se lado a lado com as do trato vizinho ● Durante o desenvolvimento fetal e pós-natal: fibras que compõem o trato mielinizam-se em épocas diferentes, mas todas as de um mesmo trato mielinizam-se aproximadamente na mesma época = dissecação embriológica dos funículos medulares ● Secção da fibra mielínica: segmento distal sofre degeneração walleriana = acima ou abaixo da lesão = tratos cujas fibras foram lesadas * acima: trato ascendente é degenerado = o corpo de neurônio localiza-se em algum ponto abaixo da lesão e o impulso sobe pelas fibras do trato * abaixo: trato descendente é degenerado ◊ Vias ● As fibras da substância branca da medula agrupam-se em vias por onde passam impulsos nervosos que sobem e descem Ascendentes Descendentes De associação ● Mistas: com fibras ascendentes e descendentes misturadas ● Formadas pelos prolongamentos dos neurônios cordonais de associação = formam os fascículos próprios da medula 4.2 Vias descendentes
● Fibras originam-se no córtex cerebral ou em várias áreas do tronco encefálico e terminam fazendo sinapse com os neurônios medulares ◊ Terminam fazendo sinapse com neurônios da coluna posterior e participam dos mecanismos que regulam a penetração dos impulsos sensoriais no SNC ◊ Viscerais ● Terminam nos neurônios pré-ganglionares do SNA ◊ Somáticas ● Terminam direta ou indiretamente nos neurônios motores somáticos Vias piramidais ● Passam pelas pirâmides bulbares antes de penetrar na medula ● Tratos originam-se no córtex cerebral e conduzem impulsos nervosos aos neurônios da coluna anterior da medula, relacionando-se diretamente ou através de neurônios internunciais com estes * são cruzados: córtex de um hemisfério cerebral comanda os neurônios motores situados na medula do lado oposto = movimentos voluntários - lesão = paralisia do lado oposto Trato córtico-espinal ● Do córtex ao bulbo ● Fibras do trato córtico-espinal lateral + trato córtico-espinal anterior Trato córtico-espinal lateral / piramidal cruzado ● Ao nível da decussação das pirâmides ● Cruzamento de parte das fibras do trato córtico-espinal ● Atinge a medula sacral ● Fibras terminam pouco a pouco na substância cinzenta * quanto mais baixo = menor número ● Localização: funículo lateral da medula Trato córtico-espinal anterior / piramidal direto ● Menor ● Continuação das fibras do trato córtico-espinal que não se cruzam * penetram na coluna anterior ● Término: ao nível da medula torácica média, mas frequentemente se estende à medula sacral * cruzam o plano mediano e terminam em neurônios motores situados do lado oposto àquele no qual entraram na medula: pouco antes de terminarem ● Localização: funículo anterior, próximo da fissura mediana anterior Vias extrapiramidais ● Não passam pelas pirâmides bulbares ● Tratos terminam na medula, em neurônios internunciais, através dos quais se ligam aos neurônios motores da coluna anterior e exercem sua função motora
Trato teto-espinal ● Origem: teto mesencefálico (colículo superior) ● Liga-se, juntamente com os tratos vestíbulo-espinal e retículo-espinal, aos neurônios motores situados na parte medial da coluna anterior: controlam os músculos responsáveis pela motricidade da parte proximal dos membros ● Funções limitadas: reflexos em que a movimentação decorre de estímulos visuais Trato vestíbulo-espinal ● Origem: núcleos vestibulares = área vestibular do IV ventrículo ● Juntamente com o trato retículo-espinal, mantém o equilíbrio e a postura básica Trato rubro-espinal ● Origem: núcleo rubro ● Liga-se aos neurônios motores localizados lateralmente na coluna anterior: controlam os músculos responsáveis pela motricidade da parte distal dos membros ● Pequeno Trato retículo-espinal ● Origem: formação reticular = no tronco encefálico * principalmente da ponte e bulbo ● Controla a motricidade da musculatura axial e proximal
3.3 Vias ascendentes ● Relacionam-se direta ou indiretamente com as fibras que penetram pela raiz dorsal, trazendo impulsos aferentes de várias partes do corpo ◊ Destino das fibras da raiz dorsal ● Cada filamento divide-se em 2 grupos ao ganhar o sulco lateral posterior. Antes de penetrar na coluna posterior, cada fibra se bifurca, dando um ramo ascendente e outro descendente (mais curto), além de ramos colaterais (mais finos) * grupo lateral - finas - dirigidas ao ápice da coluna posterior * grupo medial - dirigidas à face medial da coluna posterior - grande contingente de fibras tem ramos ascendentes muito longos, que terminam no bulbo Sinapses entre as fibras e os colaterais da raiz dorsal ao penetrar na substância cinzenta da medula
● Com neurônios motores, na coluna anterior: reflexos monossinápticos / simples = de estiramento ou miotáticos ● Com neurônios internunciais: arcos reflexos polissinápticos = axônio do neurônio internuncial se liga ao neurônio motor. Podem ser complexos, envolvendo um grande número de neurônios internunciais. ● Com neurônios cordonais de associação: arcos reflexos intersegmentares ● Com neurônios pré-ganglionares: arcos reflexos viscerais ● Com neurônios cordonais de projeção: axônios constituirão as vias ascendentes = impulsos que entram pela raiz dorsal são levados ao tálamo e ao cerebelo ◊ Sistematização das vias ascendentes da medula ● As fibras são ramos ascendentes de fibras da raiz dorsal (fascículos grácil e cuneiforme) ou axônios de neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior ● Reúnem-se em tratos Vias ascendentes do Funículo Posterior * fascículos separados pelo septo intermédio posterior ● Fibras = prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos localizados nos gânglios espinais ● Quando as fibras das raízes dorsais penetram na medula para constituir os fascículos, elas ocupam inicialmente parte lateral do funículo posterior. Mas, em seu trajeto ascendente, são deslocadas medialmente pouco a pouco por fibras que penetram por raízes situadas mais acima ● Funcionalmente homogêneas * propriocepção consciente ou sentido de posição e de movimento (cinestesia): situa uma parte do corpo ou percebe seu movimento sem auxílio da visão * tato discriminativo ou epicrítico: localiza e descreve as características tácteis de um objeto - teste = tocar a pele simultaneamente com as 2 pontas de um compasso e verificar a maior distância entre os dois pontos tocados, que é percebido como se fosse 1 ponto só = discriminação de 2 pontos * sensibilidade vibratória: percepção de estímulos mecânicos repetitivos - teste = tocar a pele de encontro a uma saliência óssea com um diapasão * estereognosia: capacidade de perceber com as mãos a forma e o tamanho de um objeto. - dependente de receptores para o tato e para a propriocepção Fascículo grácil ● Medial * evidente em toda a extensão da medula ● Início: limite caudal da medula
● Composição: fibras que penetram na medula pelas raízes coccígea, sacrais, lombares e torácicas baixas ● Término: núcleo grácil = tubérculo do núcleo grácil do bulbo ● Condução: impulsos provenientes dos membros inferiores e na metade inferior do tronco Fascículo cuneiforme ● Lateral * evidente na medula torácica alta ● Composição: fibras que penetram pelas raízes cervicais e torácicas superiores ●Término: núcleo cuneiforme = tubérculo do núcleo cuneiforme do bulbo ● Condução: impulsos originados nos membros superiores e metade superior do tronco Vias ascendentes do Funículo Anterior Trato espino-talâmico-anterior ● Formação: axônio de neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior, que cruzam o plano mediano e fletem-se cranialmente ● Término: tálamo ● Condução: impulsos de pressão e tato leve (tato protopático = pouco discriminativo, permite apenas de maneira grosseira a localização da fonte do estímulo táctil) Obs .: sensibilidade táctil nas lesões medulares é dificilmente perdida, exceto em casos de transecção do órgão Vias ascendentes do Funículo Lateral Trato espino-talâmico lateral * tamanho aumenta à medida que sobe = adição de novas fibras ● Neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior emitem axônios que cruzam o plano mediano na comissura branca, ganham o funículo lateral onde se fletem cranialmente ● Término: tálamo ● Condução: impulsos de temperatura e dor aguda e bem localizada ao cérebro * cordotomia = secção do trato em casos de dor causada por câncer ● Junto dele seguem as fibras espino-reticulares: também conduzem impulsos dolorosos ● Via espino-retículo-talâmica: sinapses das fibras espino-reticulares na formação reticular do tronco encefálico com as fibras retículo-talâmicas * conduz impulsos relacionados à dor do tipo crônico e difuso (dor em queimação) Trato espino-cerebelar posterior
● Neurônios cordonais de projeção situados no núcleo torácico da coluna posterior emitem axônios que ganham o funículo lateral do mesmo lado, fletindo-se cranialmente ● Término: cerebelo, pelo pedúnculo cerebelar inferior ● Condução: impulsos de propriocepção inconsciente originados em fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos Trato espino-cerebelar anterior ● Neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior e na substância cinzenta emitem axônios que ganham o funículo lateral do mesmo lado ou do lado oposto, fletindo-se cranialmente ● Término: cerebelo, pelo pedúnculo cerebelar superior * o impulso nervoso termina situado do mesmo lado em que se originou porque as fibras cruzadas tornam a se cruzar no interior do cerebelo ● Veicula impulsos nervosos originados em receptores periféricos e informa eventos que ocorrem dentro da própria medula relacionados com a atividade elétrica do trato córtico-espinal * cerebelo informado de quando os impulsos chegam e qual a intensidade = controle da sensibilidade somática NERVOS EM GERAL – TERMINAÇÕES NERVOSAS – NERVOS ESPINAIS Nervos em geral 1. Caracteres gerais e estrutura dos nervoss ● Origem real: local onde se localizam os corpos dos neurônios ● Origem aparente: ponto de emergência ou entrada do nervo na superfície do SNC * pode ser no esqueleto ◊ Nervos ● Cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras nervosas reforçadas por tecido conjuntivo * geralmente as fibras nervosas são mielínicas com neurilema - nervo óptico = sem neurilema - nervo olfatório, SNA, composição dos nervos periféricos (em pequeno número) = amielínicas = fibras de Remak ● Unem o SNC aos órgãos periféricos ● Função: conduzir, através de suas fibras, impulsos nervosos do SNC para a periferia (impulsos eferentes) e da periferia para o SNC (impulsos aferentes)
● São muito vascularizados: percorridos longitudinalmente por vasos que se anastomosam * pode-se retirar o perineuro sem haver lesão nervosa ● São quase totalmente desprovidos de sensibilidade: a sensação dolorosa é sentida no território sensitivo inervado, não no ponto estimulado * membro amputado = cotos nervosos irritados podem originar impulsos nervosos que são interpretados no cérebro como se fossem originados do membro retirado = dor fantasma ● Podem se bifurcar ou anastomosar * não da fibra nervosa: ocorre reagrupamento de fibras que passam a constituir dois nervos ou que se destacam de um nervo para seguir outro * muita ramificação de fibras nervosas e sensitivas próximo à terminação Cranianos ● União feita com o encéfalo Espinais ● União feita com a medula ◊ Bainhas conjuntivas = conferem grande resistência, mais espessas nos nervos superficiais (mais expostos a traumatismos) ● Epineuro: envolve todo o nervo e emite septos para seu interior ● Perineuro: envolve os feixes de fibras nervosas ● Endoneuro: trama delicada de tecido conjuntivo frouxo que envolve cada fibra nervosa 2. Condução dos impulsos nervosos 2.1 Nervos sensitivos (aferentes) ● Condução: prolongamentos periféricos -> prolongamento central * não passa pelo corpo celular - gânglios das raízes dorsais dos nervos espinais e nos gânglios de alguns nervos cranianos ● Pseudo-unipolares: * prolongamento periférico = liga-se ao receptor. É um axônio morfologicamente, mas funciona como o dendrito porque conduz o impulso nervoso centripetamente * prolongamento central = liga-se a neurônios da medula ou do tronco encefálico. É um axônio morfo e funcionalmente, pois conduz o impulso nervoso centrifugamente 2.2 Neurônios motores ● Condução: corpo celular -> efetuador
* dependendo da extremidade estimulada, um neurônio isolado funciona como fio elétrico nos dois sentidos * velocidade = depende do calibre da fibra (maior calibre = maior velocidade) ◊ Classificação das fibras ● A: ricamente mielinizadas dos nervos mistos, de grande calibre. Podem ser divididas quanto à velocidade * alfa * beta * gama ● B: fibras pré-ganglionares = SNA ● C: fibras pós-ganglionares do SNA e fibras responsáveis pelos impulsos dolorosos 3. Lesões dos nervos periféricos e regeneração de fibras nervosas ● Esmagamentos ou lesões = perda ou diminuição da sensibilidade e da motricidade no território inervado * degeneração Walleriana: da parte distal do axônio e sua bainha de mielina, estendendo-se em direção proximal ate o nódulo de Ranvier mais próximo da lesão ● Cromólise no corpo celular: grau inversamente proporcional à distância da lesão ao corpo celular ● Alterações do corpo celular: desintegração do neurônio, mas pode haver recuperação 3.1 Recuperação ● Crescimento das extremidades proximais e emissão de numerosos brotamentos que alcançam o nível da lesão e penetram no tecido cicatricial ● Lâminas basais com laminina, uma glicoproteína, sintetizadas pelas células de Schwann ● Ocorre em: * nervos periféricos * fibras nervosas da parte periférica do SNA Ex: Doença de Chagas = inervação do coração ● Não ocorre em: * fibras nervosas do SNC = inexistência no SNC de um substrato adequado que permita o crescimento = sem células de Schwann e oligodendrócitos impedem o crescimento dos axônios - quando se enxerta pedaço de nervo periférico na medula: axônios crescem por uma das extremidades do nervo enxertado, mas param de crescer
quando atingem a outra extremidade e entram em contato com o tecido do SNC ◊ Secção com afastamento dos 2 cotos ● Neuromas: crescimento desordenado no tecido cicatricial = tecido conjuntivo, células de Schwann, emaranhado de fibras nervosas “perdidas” ● Recuperação: remoção do tecido cicatricial e ajustamento dos cotos nervosos por sutura epineural (justaposição das bainhas perineurais) = permite que as fibras nervosas em regeneração penetrem no coto distal do nervo = modificações nas células de Schwann = prolongamentos citoplasmáticos envolvidos por várias lâminas basais muito pregueadas, dispostas uma dentro da outra = formação de numerosos compartimentos ou tubos extracelulares circundados por tecido conjuntivo do endoneuro, dentro dos quais crescem distalmente as extremidades das fibras em regeneração * no início: emissão de numerosos ramos por cada axônio = maiores chances de encontrar o caminho certo no coto distal - neurônio motor em tubo que continha neurônio sensitivo ou vice-versa = sem conexão funcional Nervos espinais 1. Generalidades ● Inervam o tronco, os membros e parte da cabeça ● 31 pares ● Gânglio espinal: na raiz dorsal. Com corpos de neurônios sensitivos pseudo-unipolares (prolongamentos central e periférico formam a raiz) * raiz ventral formada por axônios que se originam em neurônios situados nas colunas anterior e lateral da medula ● Tronco do nervo espinal: raiz dorsal, sensitiva + raiz ventral, motora = funcionalmente misto 2. Componentes funcionais das fibras dos nervos espinais ● Em um mesmo nervo em um determinado momento podem existir fibras situadas lado a lado, conduzindo impulsos nervosos de direções diferentes para estruturas diferentes, enquanto outras fibras podem estar inativas = são isoladas, ou seja, de funcionamento independente ◊ Fibras aferentes Viscerais ● Origem: interoceptores Somáticas ● Origem: proprioceptores ou exteroceptores
* exteroceptivas: condução de impulsos originados na superfície = dor, temperatura, pressão, tato * proprioceptivas: conscientes ou inconscientes ◊ Fibras eferentes Somáticas ● Terminam em músculos estriados esqueléticos Viscerais ● Terminam em músculo liso, cardíaco ou glândula, interligando o SNA 3. Trajeto dos nervos espinais ◊ Tronco do nervo espinal ● Sai do forame intervertebral ● Divide-se em dois ramos mistos * dorsal = menores, distribuem-se aos músculos e à pele da região dorsal do tronco, da nuca e da região occipital * ventral = continuação do tronco nervoso espinal, distribuem-se pela musculatura, pele, ossos e vasos dos membros, região ântero-lateral do pescoço e do tronco - dos nervos intercostais / espinais torácicos: trajeto aproximadamente paralelo, seguindo cada um individualmente no seu espaço intercostal = guardam a distribuição metamérica do início do desenvolvimento - outros nervos: anastomosam-se, entrecruzam e trocam fibras = formação de plexos ◊ Nervos originados dos plexos ● Plurissegmentares: com fibras originadas em mais de um segmento medular ● Unissegmentares: com fibras originadas em um segmento medular ◊ Trajeto ● Caminho mais curto ● Exceções por fatores embriológicos Ex: nervo laríngeo = contorna a A. subclávia, à direita, ou o arco aórtico, à esquerda, antes de atingir seu destino nos músculos da laringe Superficial ● Sensitivos * mas apresentam fibras eferentes viscerais (do SNA) Ex: nervos cutâneos = para glândulas sudoríparas, músculos eretores dos pêlos, vasos superficiais Profundo ● Motores * mas apresenta sempre fibras aferentes que veiculam impulsos proprioceptivos originados nos fusos neuromusculares
4. Territórios cutâneos de inervação radicular: dermátomos ◊ Dermátomos = cervicais, torácicos, lombares e sacrais ● Território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal * fibras radiculares: chegam a eles através de nervos - unissegmentares = cada nervo corresponde a um dermátomo que se localiza no seu território de distribuição cutânea - plurissegmentares = contribui com fibras para vários dermátomos, pois recebe fibras sensitivas de várias raízes ● Recebe o nome da raiz que o inerva ● No embrião: sucedem-se na mesma sequência das raízes espinais, em faixas aproximadamente paralelas * disposição mantém-se apenas no tronco ● Nos membros: disposição irregular, com aposição de dermátomos situados em segmentos distantes = grande crescimento dos brotos apendiculares durante o desenvolvimento ● Estudo da topografia = localização de lesões radiculares ou medulares * mapas: estudo da repercussão sobre a sensibilidade cutânea das lesões e afecções que acometem as raízes dorsais 5. Relação entre as raízes ventrais e os territórios de inervação motora ◊ Campo radicular motor ● Território inervado por uma única raiz ventral ◊ Músculos = conforme a inervação de uma ou mais raízes ● unirradiculares ● plurirradiculares: maioria. Sem separação entre as partes inervadas pelas diversas raízes. Obs .: aponeuroses podem separar 6. Unidade motora e unidade sensitiva 6.1 Motora ● Conjunto constituído por um neurônio motor somático com seu axônio e todas as fibras musculares por ele inervadas (músculos estriados esqueléticos) * menor unidade funcional do sistema motor ● Suas fibras musculares se contraem aproximadamente ao mesmo tempo por ação do impulso nervoso * maior força
- ação de maior número de unidades motoras e de fibras musculares para cada fibra nervosa - maior frequência com que os neurônios motores mandam impulsos às fibras musculares que eles inervam * menor força / realização de movimentos mais delicados - menor número de fibras musculares para cada fibra nervosa 6.2 Sensitiva ● Conjunto de um neurônio sensitivo com todas as suas ramificações e os seus receptores * receptores do mesmo tipo, mas pode haver percepção de várias formas de sensibilidade em uma mesma área cutânea porque há grande superposição de unidades sensitivas na pele 7. Eletromiografia ● Permite o estudo da atividade elétrica dos músculos estriados esqueléticos durante a contração muscular: a amplitude do potencial é diretamente proporcional ao número de fibras musculares que a unidade motora contém * avaliação do número e do tamanho de unidades motoras sob controle voluntário * distinção entre afecções que afetam os músculos (miopatias) daquelas que afetam o neurônio (neuroapatia) * acompanhamento do processo de reinervação de um músculo em caso de lesão de um nervo seguida de neurorrafia * esclarecimento do modo de participação de músculos ou grupos musculares na execução de movimentos em diversas situações fisiológicas ● Método: eletrodos sobre a pele ou agulhas nos músculos a serem estudados ANATOMIA MACROSCÓPICA DO TRONCO ENCEFÁLICO 1. Generalidades ● O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo: ventralmente ao cerebelo ◊ Constituição = podem estar relacionados a relevos ou depressões de sua superfície ● Núcleos * recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos
- 10 dos 12 pares fazem conexão com ele ● Tratos ou fascículos / Lemniscos: agrupamento de fibras nervosas ◊ Divisões ● Bulbo: caudal ● Mesencéfalo: cranial ● Ponte: entre o bulbo e o mesencéfalo 2. Bulbo raquídeo ou medula oblonga ● Forma de tronco de cone * extremidade menor continua caudalmente com a medula espinal ● Limite entre o bulbo e a medula espinal: em um plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento radicular mais cranial do 1º nervo cervical, ao nível do forame magno ● Limite superior do bulbo: sulco bulbo-pontino = sulco horizontal visível no contorno ventral do órgão; margem inferior da ponte ● Sua superfície é percorrida longitudinalmente por sulcos paralelos, que continuam com os sulcos da medula = delimitam áreas anterior (ventral), lateral e posterior (dorsal) = continuação direta dos funículos da medula ● Fissura mediana anterior: termina cranialmente no forame cego (depressão) ● Pirâmide: eminência alongada existente de cada lado da fissura mediana anterior. Formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes, que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula = trato córtico-espinal ou trato piramidal. ● Decussação das pirâmides: feixes interdigitados que obliteram a fissura mediana anterior na parte caudal, resultantes do cruzamento oblíquo das fibras do trato no plano mediano ● Área lateral do bulbo: entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior ● Oliva: eminência na área lateral do bulbo. Formada por uma grande massa de substância cinzenta logo abaixo da superfície, o núcleo olivar inferior * pregueada, dobra-se sobre si mesma com uma abertura principal medial ● Filamentos radiculares * do nervo hipoglosso (NC XII): emergem do sulco lateral anterior, ventralmente à oliva * dos nervos hipoglosso (NC IX) e vago (NC X): emergem do sulco lateral posterior * constituintes da raiz craniana ou bulbar do nervo acessório (NC XI): unese à raiz espinal, proveniente da medula ● Porção fechada do bulbo: metade caudal. Percorrida por um estreito canal (continuação direta do canal central da medula), que se abre para formar o IV ventrículo.
* assoalho constituído pela metade rostral ou porção aberta do bulbo ● Sulco mediano posterior: termina à meia altura * afastamento dos lábios contribui para a formação dos limites laterais do IV ventrículo ● Área posterior do bulbo: entre os sulcos mediano posterior e lateral posterior. Continuação do funículo posterior da medula. Divide-se em (pelo sulco intermédio posterior) * fascículo grácil - fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam no núcleo grácil (massa de substância cinzenta), na parte mais cranial, determinando o aparecimento do tubérculo do núcleo grácil (eminência) * fascículo cuneiforme - fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam no núcleo cuneiforme (massa de substância cinzenta), na parte mais cranial, determinando o aparecimento do tubérculo do núcleo cuneiforme (eminência) ● Pedúnculo cerebelar inferior: continuação superior dos tubérculos, que também se afastam lateralmente como dois ramos de um V. Formado por um grosso canal de fibras ascendentes que forma as bordas laterais da metade caudal do IV ventrículo, fletindo-se dorsalmente para entrar no cerebelo. 3. Ponte ● Ventral ao cerebelo ● Repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela turca ● Base: ventral. Com estriação transversal = numerosos feixes de fibras transversais que a percorrem ● Pedúnculo cerebelar médio ou braço da ponte: volumoso feixe formado pela convergência das fibras transversais. Penetra no hemisfério cerebelar médio. * limite entre ele e a ponte: ponto de emergência do nervo trigêmeo (NC V) - raiz sensitiva do nervo trigêmeo = maior - raiz motora do nervo trigêmeo = menor ● Sulco basilar: aloja a A. basilar. Longitudinal, na superfície. ● Sulco bulbo-pontino: separa sua parte ventral do bulbo. Dela emergem, de cada lado da linha mediana * nervo abducente (NC VI) = entre a ponte e a pirâmide do bulbo * nervo facial (NC VII) = medial ao NC VIII, mantendo relações íntimas com ele * nervo vestíbulo-coclear (NC VIII) = lateral, próximo ao flóculo (pequeno lóbulo do cerebelo) * nervo intermédio = raiz sensitiva do NC VII, entre o NC VII e o NC VIII
● Síndrome do Ângulo ponto-cerebelar: compressão das raízes dos nervos = tumores ● Assoalho do IV ventrículo: parte dorsal da ponte, que não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal da porção aberta do bulbo 4. Quarto ventrículo 4.1 Situação e comunicações ● O que é: cavidade losângica do rombencéfalo ● Localização: entre o bulbo e a ponte, ventralmente, e o cerebelo, dorsalmente ● Continuações * caudal: canal central do bulbo * cranial: aqueduto cerebral (cavidade do mesencéfalo) = comunicação com o III ventrículo ● Recessos laterais: prolongamentos de cada lado da cavidade. Na superfície dorsal do pedúnculo cerebelar inferior. ● Aberturas: por meio das quais o líquor atinge o espaço subaracnóideo * Aberturas laterais / Forames de Luschka: comunicação de cada lado entre os recessos laterais e o espaço subaracnóideo * Abertura mediana / forame de Magendie: no meio da metade caudal do teto do ventrículo 4.2 Assoalho / fossa rombóide ● Forma: losângica ● Constituição: parte dorsal da ponte + porção aberta do bulbo ● Limites * ínfero-lateralmente: pedúnculos cerebelares inferiores e tubérculos dos núcleos grácil e cuneiforme * súpero-lateralmente: pedúnculos cerebelares superiores (braços conjuntivos) = compactos feixes de fibras nervosas que se fletem cranialmente e convergem para penetrar no mesencéfalo ao sair de cada hemisfério cerebelar ● Sulco mediano: percorre-o * perde-se cranialmente no aqueduto cerebral e caudalmente no canal central do bulbo ● Eminência medial: limitada lateralmente pelo sulco limitante, de cada lado do sulco mediano * sulco limitante = separa os núcleos motores dos sensitivos ● Fóvea superior e fóvea inferior: alargamento do sulco limitante de cada lado. Nas metades cranial e caudal da fossa rombóide.
● Colículo facial: elevação arredondada constituída por dilatação da eminência medial, medialmente à fóvea superior. Formada por fibras do nervo facial (contornam o núcleo do nervo abducente) ● Trígono do nervo hipoglosso: pequena área triangular de vértice inferior de cada lado da parte caudal da eminência medial. Corresponde ao núcleo do nervo hipoglosso. ● Trígono do nervo vago: lateral ao trígono do nervo hipoglosso e caudal à fóvea inferior. Corresponde ao núcleo dorsal do nervo vago. ● Área vestibular: grande área triangular lateral ao sulco limitante, estendendo-se de cada lado aos recessos laterais. Corresponde aos núcleos vestibulares do nervo vestíbulo-coclear. ● Estrias medulares do IV ventrículo: finas cordas nervosas que cruzam transversalmente a área vestibular e se perdem no sulco mediano. ● Lócus-ceruleus: lateral à eminência medial, da fóvea superior em direção ao aqueduto cerebral. Relacionada com o mecanismo do sono. 4.3 Teto ◊ Metade cranial ● Véu medular superior: fina lâmina de substância branca entre os 2 pedúnculos cerebelares superiores. ◊ Metade caudal ● Pequena parte de substância branca do nódulo do cerebelo ● Véu medular inferior: fina lâmina branca presa medialmente às bordas laterais do nódulo do cerebelo, formação bilateral ● Tela corióide do IV ventrículo: une as anteriores às bordas da metade caudal do assoalho. Formada pela união do epitélio ependimário (interno) com a pia-máter (externa). * plexo corióide: projeções irregulares e muito vascularizadas que se invaginam na cavidade ventricular (ao longo de 2 linhas verticais situadas próximo ao plano mediano, que encontram perpendicularmente com uma linha horizontal, dirigida aos recessos laterais, de cada lado) e produzem líquor. - pequena porção exterioriza-se pelas aberturas laterais próximo do flóculo do cerebelo 5. Mesencéfalo 5.1 Limites e divisão ● Localização: entre a ponte e o cérebro * plano que liga os corpos mamilares (diencéfalo) à comissura posterior separa-o do cérebro ● Aqueduto cerebral: atravessa-o ● Teto do mesencéfalo: dorsal ao aqueduto cerebral
● Pedúnculos cerebrais: ventrais. Dividem-se em * tegmento = parte predominantemente celular. Dorsal * base do pedúnculo = fibras longitudinais. Ventral ● Substância negra: rica em neurônios que contêm melanina, separa o tegmento da base ● Sulcos longitudinais: margeam o limite entre a base e o tegmento * lateral do mesencéfalo * medial do pedúnculo cerebral - dele emerge o nervo oculomotor (NC III) 5.2 Teto = vista dorsal ● Colículos: eminência arredondadas, corpos quadrigêmeos, separadas por 2 sulcos perpendiculares (≈ cruz). Cada um se liga ao corpo geniculado (peuqena eminência oval do diencéfalo) através de um feixe superficial de fibras nervosas que constitui o seu braço. * superiores - ligam-se ao corpo geniculado lateral (na extremidade do trato óptico) pelo braço do colículo superior (parte do trajeto é escondida entre o pulvinar do tálamo e o corpo geniculado medial) * inferiores - ligam-se ao corpo geniculado medial pelo braço do colículo inferior Obs .: corpo pineal = diencéfalo, na parte anterior do ramo longitudinal da cruz ● Nervo troclear (NC IV): caudal a cada folículo inferior. Único que emerge dorsalmente. Contorna o mesencéfalo para surgir ventralmente entre ele e a ponte. 5.3 Pedúnculos cerebrais = ventrais ● 2 grandes feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte e divergem cranialmente ara penetrar profundamente no cérebro ● Delimitam a fossa interpeduncular = limitada pelos corpos mamilares anteriormente * substância perfurada posterior ESTRUTURA DO BULBO 1. Considerações sobre a estrutura do tronco encefálico
● Núcleos dos nervos cranianos: fragmentação longitudinal e transversal da substância cinzenta = grande número de fibras de direção transversal ● Substância cinzenta homóloga à da medula: núcleos ● Substância cinzenta própria do tronco encefálico: núcleos sem correspondência com nenhuma área da substância cinzenta da medula ● Formação reticular: rede de fibras e corpos de neurônios que preenche o espaço situado entre os núcleos e os tratos mais compactos. Com estrutura intermediária entre a substância branca e cinzenta. 2. Estrutura do bulbo 2.1 Fatores que modificam a estrutura do bulbo em comparação com a da medula Obs.: organização interna das porções caudais é bastante semelhante à da medula * Diferenças aumentam à medida que se examinam secções mais altas - nível da oliva = sem semelhanças ● Aparecimento de novos núcleos próprios do bulbo: sem correspondência. Grácil, cuneiforme e olivar inferior. ● Decussação das pirâmides ou decussação motora: das fibras do trato córtico-espinal ao percorreram as pirâmides bulbares, para continuar como trato córtico-espinal lateral. No trajeto, elas atravessam a substância cinzenta, contribuindo para separar a cabeça da base da coluna anterior. ● Decussação dos lemniscos ou decussação sensitiva: fibras arqueadas internas (originadas dos núcleos grácil e cuneiforme) mergulham ventralmente, passam através da coluna posterior, contribuindo para fragmentá-la, cruzam o plano mediano e infletem-se caudalmente para constituir de cada lado o lemnisco medial. * lemnisco medial = conduz ao tálamo os impulsos relacionados à propriocepção consciente, sensibilidade vibratória e ao tato epicrítico, que subiram nos fascículos grácil e cuneiforme da medula do lado oposto ● Abertura do IV ventrículo: os fascículos grácil e cuneiforme e seus respectivos núcleos desaparecem em níveis progressivamente mais altos, resultando em abertura do canal central, formado-se o IV ventrículo * seu assoalho é constituído de substância cinzenta homóloga à da medula 2.2 Substância cinzenta do bulbo ◊ Homóloga (núcleos de nervos cranianos) Ex: tomar sorvete ● Núcleo ambíguo: no interior do bulbo. Motor para a musculatura estriada branquiométrica. Dele saem as fibras eferentes viscerais especiais do IX, X e XI pares cranianos, que inervam a musculatura da laringe e faringe.
● Núcleo do hipoglosso: no triângulo do hipoglosso, assoalho do IV ventrículo. Motor onde se originam fibras eferentes somáticas para a musculatura da língua, que se dirigem ventralmente para emergir no sulco lateral anterior do bulbo entre a pirâmide e a oliva ● Núcleo dorsal vago: coluna lateral da medula, no triângulo vago, assoalho do IV ventrículo. Motor ao parassimpático, onde estão situados os neurônios pré-ganglionares cujos axônios saem pelo nervo vago. ● Núcleos vestibulares: área vestibular do assoalho do IV ventrículo. Sensitivos que recebem as fibras que penetram pela porção vestibular do VIII par. Apenas o inferior e o medial atingem o bulbo. ● Núcleo do trato solitário: fibras com trajeto descendente no trato solitário (quase totalmente circundado pelo núcleo), terminando em níveis progressivamente mais caudais. Sensitivo que recebe as fibras aferentes viscerais gerais e especiais que entram pelos nervos cranianos facial, glossofaríngeo e vago (NC II, IX e X), relacionadas à gustação. ● Núcleo do trato espinal do nervo trigêmeo: substância gelatinosa da medula com o qual se comunica. Aonde chegam fibras eferentes somáticas gerais trazendo a sensibilidade de quase toda a cabeça pelos nervos cranianos V, VII, IX e X – sensibilidade geral do pavilhão e conduto auditivo externo. ● Núcleo salivatório inferior: origina fibras pré-ganglionares que emergem pelo nervo glossofaríngeo para inervação da parótida. ◊ Própria do bulbo ● Núcleos grácil e cuneiforme: formam o lemnisco medial ● Núcleo olivar inferior: recebe fibras do córtex cerebral, da medula e do núcleo rubro (mesencéfalo). Envolvido na aprendizagem motora = realização de tarefa com velocidade e eficiência cada vez maior quando ela se repete várias vezes. * fibras olivo-cerebelares: cruzam o plano mediano e penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior, distribuindo-se a todo o córtex ● Núcleos olivares acessórios medial e dorsal: com basicamente a mesma estrutura, conexão e função do núcleo olivar inferior = complexo olivar inferior. 2.3 Substância branca do bulbo ◊ Fibras transversais / fibras arqueadas ● Internas: formam 2 grupos principais. * constituídas pelos axônios dos neurônios dos núcleos grácil e cuneiforme no trajeto entre eles e o lemnisco medial
* constituídas pelas fibras olivo-cerebelares: cruzam o plano mediano do complexo olivar inferior, penetrando no cerebelo do lado oposto do pedúnculo cerebelar inferior ● Externas: trajeto próximo à superfície do bulbo. Penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior. ◊ Fibras longitudinais Vias ascendentes = tratos e fascículos ascendentes oriundos da medula, que terminam no bulbo ou passam por ele em direção ao cerebelo ou ao tálamo + lemnisco medial ● Fascículos grácil e cuneiforme: na porção fechada do bulbo ● Lemnisco medial: ventral ao trato teto-espinal. Forma uma fita compacta de fibras de cada lado do plano mediano. ● Trato espino-talâmico medial: na área lateral do bulbo, medial ao trato espino-cerebelar inferior = posição correspondente à posição na medula. ● Trato espino-talâmico anterior ● Trato espino-cerebelar anterior: superficialmente na área lateral do bulbo, entre o núcleo olivar e o trato espino-cerebelar posterior. Entra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior, continuando na ponte. ● Trato espino-cerebelar posterior: superficialmente na área lateral do bulbo, entre o trato espino-cerebelar anterior e o pedúnculo cerebelar inferior (confunde-se com ele) ● Pedúnculo cerebelar inferior ou corpo restiforme Vias descendentes ● Trato córtico-espinal / trato piramidal: fibras originadas no córtex cerebral que passam no bulbo em transito para a medula, ocupando as pirâmides bulbares. ● Trato córtico-nuclear: fibras originadas no córtex cerebral que terminam em núcleos motores do tronco encefálico – núcleos ambíguo e do hipoglosso = permite o controle voluntário dos músculos da laringe, faringe e língua ● Tratos extrapiramidais: fibras originadas em várias áreas do tronco encefálico que se dirigem à medula. * trato teto-piramidal, trato rubro-espinal, trato vestíbulo-espinal, trato retículo-espinal ● Trato espinal do nervo trigêmeo: fibras sensitivas que penetram na ponte pelo nervo trigêmeo e tomam trajeto descendente ao longo do núcleo do trato espinal do nervo trigêmeo, onde terminam. * lateral a esse núcleo * menor número à medida que vão terminando no núcleo do trato espinal ● Trato solitário Vias de associação
● Fascículo longitudinal medial / fascículo próprio (via de associação da medula): em toda a extensão e em níveis mais altos da medula; posição medial e dorsal. Liga todos os núcleos motores dos nervos cranianos. Relacionado com os movimentos da cabeça (núcleo de origem da raiz espinal do nervo acessório que inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo) e do bulbo ocular (NC III, IV, VI) = reflexos que os coordenam + que envolvem estruturas situadas em níveis diferentes do tronco encefálico. Recebe um importante contingente de fibras dos núcleos vestibulares, trazendo impulsos que informam sobre a posição da cabeça. 2.4 Formação reticular do bulbo ● Preenche todo o espaço não ocupado pelos núcleos de tratos mais compactos ● Localizam-se * centro respiratório: regula o ritmo respiratório * centro vasomotor * centro do vômito 2.5 Correlações anatomoclínicas ◊ Síndromes bulbares ● Lesões com sinais e sintomas variados * disfagia = dificuldade de deglutição * alterações da fonação = lesão do núcleo ambíguo * alterações do movimento da língua = lesão do núcleo hipoglosso * paralisias e perdas de sensibilidade no tronco e nos membros = lesão das vias ascendentes ou descendentes ESTRUTURA DA PONTE ● Substância branca: fibras transversais e fibras longitudinais (descendentes, ascendentes ou de associação) ● Lemnisco espinal: trato espino-talâmico lateral + trato espino-talâmico anterior ● Pedúnculo cerebelar superior: emerge do cerebelo constituindo inicialmente a parte dorsolateral da metade cranial do IV ventrículo. * decussação dos pedúnculos cerebelares superiores: cruzamento das fibras eferentes do pedúnculo cerebelar superior com as do lado oposto ao se aprofundarem no tegmento e já no limite com o mesencéfalo, a nível do colículo inferior. Sobem envolvendo o núcleo rubro.
1. Parte ventral ou base da ponte ● Sem correspondentes ● Com íntimas conexões com o neurocerebelo e o neurocórtex: apareceram juntos na filogênese ● Maior que o tegmento 1.1 Fibras longitudinais ◊ Trato córtico-espinal ● Fibras que se dirigem das áreas motoras do córtex cerebral aos neurônios motores da medula ● Feixes dissociados ◊ Trato córtico-nuclear ● Fibras que se dirigem das áreas motoras do córtex aos neurônios motores situados em núcleos motores de nervos cranianos * facial, trigêmeo e abducente ● Destacam-se à medida que se aproximam de cada núcleo motor, podendo terminar em núcleos do mesmo lado e do lado oposto ◊ Trato córtico-pontino ● Fibras que se originam em varias áreas do córtex cerebral e terminam fazendo sinapse com os neurônios dos núcleos pontinos 1.2 Fibras transversais e núcleos pontinos ◊ Núcleos pontinos ● Pequenos aglomerados de neurônios dispersos em toda a base da ponte ● Neles terminam fazendo sinapse as fibras córtico-pontinas ● Fibras transversais da ponte / fibras pontinas / fibras pontocerebelares: axônios de direção transversal cruzam o plano mediano e penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar médio ou braço da ponte = via córtico-ponto-cerebelar 2. Parte dorsal ou tegmento da ponte ● Assemelha-se estruturalmente ao bulbo e ao tegmento do mesencéfalo, com os quais continua ● Com fibras ascendentes, descendentes e transversais, núcleos de nervos cranianos e substância cinzenta própria * recessos laterais do IV ventrículo, colículo facial, origem aparente do nervo trigêmeo 2.1 Núcleos do nervo vestíbulo-coclear ● Fibras sensitivas que constituem as partes desse nervo terminam nos núcleos cocleares e vestibulares da ponte
◊ Núcleos cocleares, corpo trapezóide, lemnisco lateral = partes da via da audição: impulsos oriundos da cóclea são levados ao córtex cerebral, onde são interpretados. Ela apresenta componentes cruzados e não-cruzados, ou seja, o hemisfério cerebral de um lado recebe informações auditivas provenientes dos 2 ouvidos. ● Núcleos cocleares: situados ao nível em que o pedúnculo cerebelar inferior se volta dorsalmente para penetrar no cerebelo. Neles terminam as fibras que constituem a porção coclear do nervo vestíbulo-coclear e são os prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos do gânglio espiral * dorsal * ventral ● Corpo trapezóide: cruzamento para o lado oposto das fibras que constituem a porção coclear do nervo vestíbulo-coclear ● Lemnisco lateral: formado quando as fibras que constituem a porção coclear do nervo vestíbulo-coclear contornam o núcleo olivar superior e inflectem-se cranialmente. Nele também seguem impulsos nervosos de fibras dos núcleos cocleares que terminam no núcleo olivar superior, do mesmo lado ou do lado oposto (muitas sobem do mesmo lado). * terminam no colículo inferior, de onde os impulsos nervosos seguem para o corpo geniculado medial ● Lemnisco medial: faixa de disposição transversal, cujas fibras cruzam perpendicularmente as fibras do corpo trapezóide ◊ Núcleos vestibulares e suas conexões = no assoalho do IV ventrículo, onde ocupam a área vestibular ● Núcleos vestibulares: lateral, medial, superior, inferior ● Recebem impulsos nervosos originados na parte vestibular do ouvido interno e que informam sobre a posição e os movimentos da cabeça = passam pelos neurônios sensitivos do gânglio vestibular e chegam aos núcleos vestibulares pelos prolongamentos centrais destes neurônios que, em conjunto, formam a parte vestibular do nervo vestíbulo-coclear ● Chegam fibras provenientes do cerebelo relacionadas com a manutenção do equilíbrio ● Fascículo vestíbulo-cerebelar: fibras que terminam no córtex do arquicerebelo ● Fascículo longitudinal medial: informações chegam através de suas conexões com os núcleos vestibulares ● Trato vestíbulo-espinal: fibras levam impulsos aos neurônios motores da medula. Mantém o equilíbrio. ● Fibras vestíbulo-talâmicas: levam impulsos ao tálamo, de onde vão ao cótex
2.2 Núcleos dos nervos facial e abducente ● Fibras emergentes do núcleo do nervo facial: direção dorso-medial = feixe compacto que se encurva em direção cranial abaixo do assoalho do IV ventrículo * encurvam-se lateralmente sobre a superfície dorsal do núcleo do nervo abducente após percorrerem certa distancia ao longo do seu lado medial = formam a elevação do assoalho do IV ventrículo = colículo facial - curvatura = joelho interno do nervo facial * depois, tomam direção ventro-lateral e ligeiramente caudal para emergir no sulco bulbo-pontino 2.3 Núcleo salivatório superior e núcleo lacrimal = parte craniana do SN parassimpático ● Originam fibras pré-ganglionares que emergem pelo nervo intermédio, conduzindo impulsos para a inervação das glândulas submandibular, sublingual e lacrimal 2.4 Núcleos do nervo trigêmeo ● Núcleo sensitivo principal: lateral * continuação cranial e dilatada do núcleo do trato espinal ● Núcleo do trato mesencefálico: estende-se cranialmente em direção ao mesencéfalo a partir do núcleo sensitivo principal * acompanhado pelas fibras do trato mesencefálico do trigêmeo * como o núcleo sensitivo principal, recebe impulsos relacionados com a sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça. ● Núcleo motor / mastigador: medial * origina fibras para os músculos mastigadores ● Lemnisco trigeminal: reunião de fibras ascendentes que saem dos núcleos sensitivo principal e do trato mesencefálico e terminam no tálamo. 3. Correlações anatomoclínicas ◊ Comprometimento dos nervos cranianos ● Alterações da sensibilidade da face: NC V ● Alterações da motricidade da musculatura mastigadora: NC V ● Alterações da motricidade mímica: NC VII ● Alterações do músculo reto lateral: NC VI ● Tonteira e alterações do equilíbrio: NC VIII ◊ Lesão das vias ascendentes e descendentes que transitam pela ponte ● Paralisia ou perda da sensibilidade no tronco e membros
ESTRUTURA DO MESENCÉFALO 1. Teto * parte de suas funções foi assumida pelo córtex cerebral com a evolução ● Porção dorsal ● Constituído de 4 eminências 1.1 Colículo superior ● Série de camadas superpostas constituídas alternadamente por substância branca e cinzenta * camada mais profunda confunde-se com a substância cinzenta central ● Relacionado com os órgãos da visão: reflexos que orientam nos olhos no sentido vertical = fibras ligam-no ao núcleo do nervo oculomotor (ventralmente no tegmento do mesencéfalo) ◊ Conexões ● Fibras oriundas da retina: atingem-no pelo trato óptico e braço do colículo superior ● Fibras oriundas do córtex occipital: atingem-no pela radiação óptica e braço do colículo superior ● Fibras que formam o trato teto-espinal e terminam fazendo sinapse com neurônios motores da medula cervical ◊ Lesões ● Perda da capacidade voluntária ou reflexamente de mover os olhos na vertical 1.2 Colículo inferior ● Relacionado com a audição ● Núcleo do colículo inferior: massa bem delimitada de substância cinzenta que recebe as fibras auditivas que sobem pelo lemnisco lateral ● Braço do colículo inferior: através dele o núcleo do colículo inferior manda fibras ao corpo geniculado medial ● Comissura do colículo inferior: fibras que cruzam de um colículo para outro 1.3 Área pré-tetal / núcleo pré-tetal ● Com limites pouco definidos: extremidade dorsal dos colículos superiores, no limite do mesencéfalo com o diencéfalo. ● Função: controle do reflexo das pupilas 2. Base do pedúnculo cerebral
* os pedúnculos cerebrais são maiores, ventrais e separados pelo aqueduto cerebral, que percorre longitudinalmente o mesencéfalo e é circundado pela substância cinzenta central ou periaquedutal. ● Parte ventral formada de fibras longitudinais descendentes dos tratos córtico-espinal e córtico-nuclear, que formam um conjunto compacto. ◊ Lesões ● Paralisias que se manifestam do lado oposto 3. Tegmento do mesencéfalo ● Continuação do tegmento da ponte ● Com formação reticular, substância cinzenta e substância branca ● Fibras ascendentes percorrem-no: continuação dos segmentos que sobem da ponte = 4 lemniscos e pedúnculo cerebelar superior ● Agrupamento dos 4 lemniscos em uma só faixa lateral ao nível do colículo inferior: medial, espinal, trigeminal, lateral = sequência médio-lateral * com exceção do lemnisco lateral, os lemniscos sobem e aparecem a nível do colículo superior em uma faixa disposta lateralmente ao núcleo rubro ● Com fascículo longitudinal medial em toda sua extensão = feixe de associação do tronco encefálico 3.1 Substância cinzenta ◊ Substância cinzenta homóloga (núcleos de nervos cranianos) NC V ● Núcleo do trato mesencefálico: continua na ponte e recebe informações proprioceptivas que entram pelo nervo trigêmeo Núcleo do nervo troclear ● Localização: ao nível do colículo inferior, em posição imediatamente ventral à substância cinzenta dorsal ao fascículo longitudinal medial ● Fibras saem de sua face dorsal, contornam a substância cinzenta central, cruzam com as do lado oposto e emergem do véu medular superior, caudalmente ao colículo inferior ● Peculiaridades * únicas fibras que saem da face dorsal do encéfalo * único nervo cujas fibras decussam antes de emergirem do SNC ● Inerva o músculo oblíquo superior Núcleo do nervo oculomotor / complexo oculomotor * forma de V ● Localização: ao nível do colículo superior, intimamente relacionado com o fascículo longitudinal medial
● Parte somática: neurônios motores responsáveis pela inervação dos músculos reto superior, reto inferior, reto medial e levantador da pálpebra = vários subnúcleos * fibras emergem na fossa interpeduncular depois de um trajeto curvo em direção ventral, constituindo o nervo oculomotor ● Parte visceral / núcleo de Edinger-Westphal: neurônios pré-ganglionares, cujas fibras fazem sinapses no gânglio ciliar e inervam os músculos ciliar e esfíncter da pupila – pertencem ao SN parassimpático. Controlam o reflexo do diâmetro da pupila em resposta a diferentes intensidades de luz. ◊ Substância cinzenta própria do mesencéfalo ● Relacionada com a atividade motora simpática Núcleo rubro / vermelho ● Forma: oblonga ● Extremidade caudal: fibras do pedúnculo cerebelar superior, que o envolve * penetram no núcleo à medida que sobem, mas grande parte termina no tálamo. ● Parte parvicelular: neurônios pequenos ● Parte magnocelular: neurônios grandes * pouco desenvolvida ● Função: controle da motricidade somática ● Trato rubro-espinal: influencia os neurônios motores da medula = inervação da musculatura distal dos membros ● Fibras recebidas do cerebelo e das áreas motoras do córtex cerebral. ● Circuito rubro-olivo-cerebelar: fibras rubro-olivares ligam-no ao complexo olivar inferior Substância negra ● Separa o tegmento da base ● Núcleo compacto formado por neurônios que contêm inclusões de melanina (particularidade) * neurônios dopaminérgicos: neurotransmissor = dopamina ● Conexões com o corpo estriado nos dois sentidos * fibras migro-estriatais = dopaminérgicas * fibras estriato-migrais ● Síndrome de Parkson: degeneração dos neurônios dopaminérgicos = menor dopamina do corpo estriado = graves perturbações motoras 3.2 Substância branca
FORMAÇÃO RETICULAR E NEURÔNIOS MONOAMINÉRGICOS DO TRONCO ENCEFÁLICO Formação reticular 1. Conceito e estrutura ● O que é: agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico = preenche todo o espaço que não é preenchido pelos tratos, fascículos e núcleos de estrutura mais compacta * estrutura = intermediária à substância branca e à cinzenta * muito antiga ● Estende-se um pouco ao diencéfalo e aos níveis mais altos da medula, onde ocupa pequena área do funículo lateral. ● Com importante papel na ativação do córtex cerebral ● Núcleos da formação reticular: grupos mais ou menos bem definidos de neurônios que são limitados por ela * com axônios grandes, que se bifurcam = ramo ascendentes e ramo descendente = estendem-se ao longo de todo o tronco encefálico, podendo atingir a medula e o diencéfalo * com vários tipos de neurotransmissores: monoaminas ● Divisão citoarquitetural * zona magnocelular = células grandes. 2/3 mediais. Origina as vias ascendentes e descendentes longas. Zona efetuadora da formação reticular. * zona parvocelular = células pequenas. Terço lateral. ◊ Núcleos da rafe ●8 ● Nucleus raphe magnus: ao longo da linha mediana (rafe mediana) em toda a extensão. ● Ricos em serotonina ◊ Lócus ceruleus ● Localização: abaixo da área de mesmo nome no assoalho do IV ventrículo ● Com células ricas em noradrenalina ◊ Substância cinzenta periaquedutal / substância cinzenta central ● Circunda o aqueduto cerebral * estrutura compacta ● Regula a dor ◊ Área tegmentar ventral ● Localização: parte ventral do tegmento do mesencéfalo, medialmente à substância negra
● Com neurônios ricos em dopamina 2. Conexões da formação reticular ● Recebe impulsos que entram pelos NC ● Mantém relações nos 2 sentidos com o cérebro, o cerebelo e a medula ◊ Conexões com o cérebro ● Via talâmica e extratalâmica: projeção de fibras para todo o córtex cerebral ● Projeção de fibras para outras áreas do diencéfalo ● Áreas do córtex cerebral, do hipotálamo e do sistema límbico: enviam fibras descendentes à formação reticular ◊ Conexões com o cerebelo ● Nos 2 sentidos ◊ Conexões com a medula espinal ● Fibras ligam-na * rafe-espinais * constituintes do trato retículo-espinal ● Fibras espino-reticulares: enviam informações da medula ◊ Conexões com núcleos dos nervos cranianos ● Fibras dirigem-se à formação reticular através dos núcleos de nervos sensitivos, pelos quais impulsos nervosos entram * conexão teto-reticular: visão * feixe prosencefálico medial: olfato 3. Funções da formação reticular ● Influencia quase todos os setores do SNC 3.1 Controle da atividade elétrica cortical: sono e vigília ● Regula a atividade elétrica do córtex cerebral, da qual dependem os vários níveis de consciência, a partir do SARA, responsável pela regulação do sono e vigília ◊ Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA) * a atividade espontânea do córtex cerebral pode ser detectada colocando eletrodos em sua superfície (eletrocorticograma) ou no crânio (eletroencefalograma, EEG): os traçados do sono (sincronizados) são muito diferentes dos traçados de vigília (dessincronizados) * experiências - Bremer, 1936: tomou potenciais corticais em gatos após secções do neuroeixo (transição bulbo-medula ou entre os dois colículos no mesencéfalo) = encéfalo isolado ou cérebro isolado. O primeiro tem apenas traçado do sono enquanto o segundo mantém o ritmo diário normal de sono e
vigília. Concluiu que o ritmo normal de sono e vigília depende de mecanismos localizados no tronco encefálico. - Magoun e Moruzzi: animal sob anestesia ligeira (EEG de sono) acorda quando se estimula eletricamente a formação reticular e animal acordado dorme quando se destrói a parte mais cranial da formação reticular. Concluiu que os mecanismos envolvem a formação reticular, na qual existe o SARA ● É um sistema de fibras ascendentes que se projetam no córtex cerebral e sobre ele têm uma ação ativadora ● Sua ação se faz através das conexões da formação reticular com os núcleos inespecíficos do tálamo (vias extralemniscais) ● É ativado pelos impulsos sensoriais que chegam ao SNC pelos nervos espinais e cranianos, que também seguem sua via específica * por ramos colaterais * por fibras espino-reticulares * por conexões dos núcleos dos NC com a formação reticular ● Acordar com estímulos fortes: impulsos nervosos chegam à área auditiva do córtex pelo SARA, que é ativado por fibras que se destacam da mesma * vias auditivas intactas e lesão da parte mais cranial da formação reticular: dorme mesmo submetido àqueles estímulos ● Redução de estímulos sensoriais facilita o sono: menor ação ativadora do SARA * mas o córtex é capaz de manter sua ativação através de conexões córtico-reticulares, ativando a formação reticular = permite inibir “voluntariamente” o sono normal até certo ponto ◊ Regulação do sono ● O sono depende da ação de certos núcleos na formação reticular * certos estímulos em áreas específicas da formação reticular do bulbo e da ponte produzem efeito contrário = sono - preparação seccionada no meio da ponte não dorme nunca = secção das conexões ascendentes dos núcleos da rafe ● Lesões dos núcleos da rafe: insônia permanente ● O sono possui vários estágios, ou seja, não é homogêneo * estágio de sono paradoxal / MOR (movimentos oculares rápidos) / REM (rapid eye movements): o indivíduo se encontra profundamente adormecido, mas seu traçado eletroencefalográfico é dessincronizado = semelhante ao do indivíduo acordado. É ativamente desencadeado a partir de grupos neuronais situados na formação reticular, principalmente o lócus ceruleus - grande relaxamento muscular - movimento rápido dos olhos - sonhos
.: outras áreas também estão envolvidas, especialmente no hipotálamo
Obs
3.2 Controle eferente da sensibilidade ● Atenção seletiva: o sistema nervoso é capaz de selecionar as informações sensitivas que lhe chegam até certo ponto, eliminando ou diminuindo algumas e concentrando-se em outras = mecanismo ativo que envolve fibras eferentes ou centrífugas capazes de modular a passagem dos impulsos nervosos nas vias aferentes específicas * controle feito principalmente por fibras localizadas na formação reticular, em especial as fibras que inibem a penetração no SNC de impulsos dolorosos – vias de analgesia (núcleo magno da rafe, substância cinzenta periaquedutal, fibras rafe-espinais) 3.3 Controle da motricidade somática ● A estimulação elétrica da formação reticular resulta, conforme a área, em ativação ou inibição da atividade dos neurônios motores medulares * influência feita através do trato retículo-espinal ● Relaciona-se com as aferências recebidas das áreas motoras * do córtex cerebral: via córtico-retículo-espinal = controle da motricidade dos músculos axiais e apendiculares proximais * do cerebelo: regulação automática do equilíbrio, do tônus e da postura, agindo sobre os músculos axiais e apendiculares proximais ● Trato retículo-espinal também veicula comandos motores descendentes gerados na própria formação reticular e relacionados com alguns padrões complexos e estereotipados de movimentos 3.4 Controle do sistema nervoso autônomo ● Há projeções do sistema límbico e do hipotálamo para a formação reticular, a qual se liga aos neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo 3.5 Controle neuroendócrino ● + mesencéfalo: controle do ACTH e do ADH ● Mecanismos noradrenérgicos e serotoninérgicos: ação sobre o controle hipotalâmico da liberação de vários hormônios adeno-hipofisários 3.6 Integração de reflexos, centro respiratório e vasomotor ● Centros desencadeiam respostas motoras, somáticas ou viscerais – vômito, deglutição, locomoção, mastigação, movimentos oculares – e alterações respiratórias e vasomotoras: funcionam como geradores padrões de atividade motora estereotipada (pattern generators) = iniciada ou
modificada por estímulos químicos, comandos centrais (corticais ou hipotalâmicos) ou aferências sensoriais * centros integradores de reflexos: aferências sensoriais = impulsos aferentes originam sequências motoras complicadas (execução envolve vários núcleos e áreas diversas) - centro do vômito, na formação reticular do bulbo = estende-se até a parte inferior da ponte, onde se localiza o centro da deglutição - centro controlador dos movimentos conjugados dos olhos no sentido horizontal = núcleo parabducente, na formação reticular da ponte próxima ao núcleo do nervo abducente - centro locomotor, na formação reticular do mesencéfalo = ação conjunta com centros locomotores da medula ● Centro respiratório e centro vasomotor: controle dos ritmos respiratório e cardíaco e da pressão arterial = funcionam como osciladores = com atividade rítmica espontânea (endógena = independente das aferências sensoriais) e sincronizada respectivamente com os ritmos respiratório e cardíaco ◊ Controle da respiração: centro respiratório ● Localização: formação reticular do bulbo ● Partes * dorsal = controle da inspiração * ventral = controle da expiração ● Recebe impulsos nervosos * do núcleo do trato solitário, o qual recebe informações sobre o grau de distensão dos alvéolos pulmonares pelas fibras aferentes viscerais gerais do nervo vago * originados no corpo carotídeo - quimiorreceptores sensíveis à diminuição do O2 no sangue = enviam impulsos, que chegam através de fibras do N. glossofaríngeo, após sinapse no núcleo do trato solitário ● Fibras retículo-espinais: saem. Importantes para a manutenção reflexa ou automática dos movimentos respiratórios. Recebem fibras do trato córtico-espinal, que permite o controle voluntário da respiração. Fazem sinapse com neurônios motores * da porção cervical da medula = originam fibras que vão ao diafragma pelo nervo frênico * da porção torácica da medula = originam fibras que vão aos músculos intercostais pelos nervos intercostais ● Sob influência * do hipotálamo (emocional) * do teor do CO2 no sangue
◊ Centro vasomotor ● Localização: formação reticular do bulbo ● Função: controle dos mecanismos que regulam o calibra vascular, do qual depende a pressão arterial = também influencia o ritmo cardíaco ● Informações levadas pelas fibras aferentes viscerais gerais do N. glossofaríngeo chegam ao núcleo do trato solitário a partir de barorreceptores situados principalmente no seio carotídeo. Dele se dirigem ao centro vasomotor, que coordena a resposta eferente. ● Dele saem fibras * para neurônios pré-ganglionares do núcleo dorsal vago = impulsos parassimpáticos * retículo-espinais para os neurônios pré-ganglionares da coluna lateral = impulsos simpáticos - vasoconstritor = maior pressão ● Sob controle do hipotálamo (emocional) 4. Considerações anatomoclínicas ● O córtex cerebral depende de impulsos ativadores da formação reticular para funcionar * comprometimento direto e generalizado pode gerar coma ◊ Distúrbios da consciência ● Lesão da formação reticular com interrupção do SARA: processos patológicos (a maioria é infra-tentorial), mesmo localizados, que comprimem o mesencéfalo ou a transição deste com o diencéfalo quase sempre levam ao coma (perda total da consciência) ◊ Hérnia do úncus ● Causas: tumores ou hematomas que aumentam a pressão no compartimento supratentorial ● Conseqüência: coma = insinua-se sobre a incisura da tenda e o mesencéfalo, comprimindo-o Neurônios monoaminérgicos do tronco encefálico 1. Generalidades ● Monoaminas são formadas pela decarboxilação de aminoácidos. Elas atuam na regulação de processos mentais, funcionando como neurotransmissores ● Neurônios nmonoaminérgicos: contêm monoaminas * serotoninérgicos * noradreninérgicos * dopaminérgicos
* adrenérgicos = território pequeno * hsitaminérgicos = território pequeno ◊ Classificação das monoaminas ● Catecolaminas * Dopamina * Adrenalina e noradrenalina: neurotransmissores simpáticos (SNP) ● Triptamina * Serotonina (5-hidroxitriptamina) Obs .: melatonina também ● Derivado da hsitidina * Histamina ◊ Drogas que atuam no SNC, principalmente interferindo no mecanismo das monoaminas ● Reserpina: tranqüilizante = libera estoques de monoaminas no SNC ● Nialamida: antidepressivo = bloqueia a atividade da enzima monoaminoxidase (MAO), que metaboliza as monoaminas com ação sobre o SNC 2. Características dos neurônios monoaminérgicos centrais ◊ Morfologia ● Rede extremamente ramificada de terminais, que podem se estender a regiões muito distantes do pericárdio * número pequeno compensado pelos terminais * corpos localizados em áreas relativamente pequenas do tronco encefálico, em especial na formação reticular - exceções: neurônios histaminérgicos, adrenérgicos e dopaminérgicos do hipotálamo; neurônios dopaminérgicos da retina e do bulbo olfatório ● Parte funcionalmente ativa: dilatações ou varicosidades dos terminais que contêm vesículas sinápticas granulares, ricas em neurotransmissores. ◊ Ação ● Neuromoduladores: modificam a condução nervosa dos circuitos já existente nas áreas ◊ Localização e distribuição = igual em todos os mamíferos 3. Neurônios e vias serotoninérgicas ◊ Localização e distribuição ● Formação reticular, nos núcleos da rafe ● Estendem do bulbo ao mesencéfalo na linha média ◊ Projeções
● Axônios originados nos núcleos situados em níveis mais altos: trajeto ascendente = projeção a quase todas as estruturas do prosencéfalo, até mesmo o córtex cerebral, hipotálamo e sistema límbico * alguns para o cerebelo ● Situados no bulbo: projeção para a medula ◊ Fibras rafe-espinais = via de analgesia ● Ganham a substância gelatinosa da medula do núcleo magno da rafe: inibem a entrada de impulsos dolorosos * alguns estão envolvidos com o mecanismo do sono ◊ Lesão ou inibição da síntese de serotonina ● Insônia permanente 4. Neurônios e vias noradrenérgicas ◊ Localização e distribuição ● Formação reticular do bulbo e da ponte ● Distribuição mais importante no núcleo lócus ceruleus ◊ Projeções ● Praticamente todo o SNC, inclusive o córtex cerebral ◊ Função ● Mecanismos que desencadeiam o sono paradoxal 5. Neurônios e vias dopaminérgicas ◊ Localização e distribuição ● Mesencéfalo * área tegmentar ventral = formação reticular - origina-se a via mesolíbica (projeta-se para o corpo estriado ventral, o sistema límbico e o córtex pré-frontal) = regulação do comportamento emocional * substância negra - origina-se a via nigro-estriada (término no corpo estriado) = controle da atividade motora somática ◊ Projeção e distribuição ● Mais restrita e localizada ◊ Teoria dopaminérgica da esquizofrenia ● Sintomas psíquicos resultam de alterações na transmissão dopaminérgica no sistema límbico e no córtex pré-frontal * hiperatividade na via dopaminérgica mesolímbica ● Administração de drogas que bloqueiam os receptores dopaminérgicos
ANATOMIA MACROSCÓPICA DO DIENCÉFALO 1. Generalidades ● Juntamente com o telencéfalo, forma o cérebro = 80% da cavidade craniana, porção mais desenvolvida = prosencéfalo ● Encoberto quase completamente pelo telencéfalo ● Situação ímpar e mediana, visto na face inferior do cérebro ● Formado pelo tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo = partes relacionadas ao III ventrículo 2. III ventrículo ● O que é: cavidade estreita ímpar e mediana ● Comunica-se com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos forames interventriculares ● Sulco hipotálamo: depressão que se estende do aqueduto cerebral ao forame interventricular. Visto quando o cérebro é seccionado no plano mediano. * tálamo = acima * hipotálamo = abaixo ● Aderência intertalâmica: trave de substância cinzenta que atravessa em ponte a cavidade ventricular ● Assoalho: quiasma óptico + infundíbulo + túber cinéreo + corpos mamilares = hipotálamo ● Parede posterior: epitálamo (pequeno) ● Estrias medulares do tálamo: feixe de fibras nervosas que percorrem a parte mais alta das paredes laterais, saindo de cada lado do epitálamo. Marcam o limite entre a face superior e a face medial do tálamo. ● Teto: tela corióide = sai das estrias medulares do tálamo (insere-se lateralmente nelas). Insere-se posteriormente na comissura das habênulas. * sem ela = tênias do III ventrículo = bordas rotas aderidas às estrias medulares ● Plexos corióides: invaginações na luz ventricular dispostas em duas linhas paralelas. Contínuas através dos forames interventriculares com os dos ventrículos laterais ● Parede anterior: lâmina terminal = fina lâmina de tecido nervoso que une os 2 hemisférios; entre o quiasma óptico e a comissura anterior = telencéfalo (derivadas da parte central não evaginada da vesícula embrionária) ● Área pré-óptica: próxima à lâmina terminal, na parte mais anterior. Pequena = deriva da porção central da vesícula telencefálica e não
corresponde ao diencéfalo. Funcionalmente, liga-se ao hipotálamo supraóptico. 3. Tálamo ● O que é: 2 massas volumosas de substância cinzenta, de forma ovóide, dispostas na porção látero-dorsal do diencéfalo, uma de cada lado ◊ Extremidade anterior ● Tubérculo anterior: eminência que delimita o forame interventricular ◊ Extremidade posterior = maior ● Pulvinar ◊ Corpos geniculados ● Medial ● Lateral ◊ Face superior ● Porção lateral: participa do assoalho do ventrículo lateral; revestido de epitélio ependimário (lâmina afixa) ● Porção medial: constitui, juntamente com teto do III ventículo, o assoalho da fissura transversa do cérebro * fissura transversa do cérebro = teto formado pelo fórnix e pelo corpo caloso; ocupada por um fundo-de-saco da pia-máter, cujo folheto inferior recobre a parte medial da face superior do tálamo e entra na constituição da tela corióide ◊ Face inferior ● Continua com o hipotálamo e o subtálamo ◊ Face medial ● Forma a maior parte das paredes laterais do III ventrículo ◊ Face lateral ● Cápsula interna: compacto feixe que fibras que liga o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais e separa a face lateral do tálamo do telencéfalo 4. Hipotálamo ● O que é: área relativamente pequena situada inferiormente ao tálamo ● Função: controle da atividade visceral, principalmente ● Compreende: estruturas situadas nas paredes laterais do III ventrículo, inferior ao sulco talâmico (separa-o do tálamo) 4.1 Formações do assoalho do III ventrículo que o compreendem = formações anatômicas visíveis na face inferior do cérebro ◊ Corpos mamilares (2)
● O que são: eminências arredondadas de substância cinzenta na parte anterior da fossa interpeduncular ◊ Quiasma óptico ● Recebe fibras mielínicas dos nervos ópticos (NC II): cruzam e continuam nos tratos ópticos que se dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos cerebrais ◊ Túber cinéreo ● O que é: área ligeiramente cinzenta ● Localização: medial, posterior ao quiasma óptico e aos tratos ópticos, entre estes e os corpos mamilares ● Função: prender a hipófise por meio do infundíbulo ◊ Infundíbulo ● O que é: formação nervosa em forma de funil que se prende ao túber cinéreo ● Recesso do infundíbulo: pequeno prolongamento da cavidade ventricular ● Eminência mediana do túber cinéreo: dilatação da extremidade superior ● Extremidade inferior continua com o processo infundibular ou lobo nervoso da neuro-hipófise Obs .: se o encéfalo romper = infundíbulo na sela turca, junto com a hipófise 5. Epitálamo ● Localização: limita posteriormente o III ventrículo, superior ao sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo ◊ Glândula pineal / epífise = forma piriforme ● Ímpar, mediana, repousa sobre o teto do mesencéfalo ● Base do corpo pineal: prende-se anteriormente às comissuras posterior e das habênulas ● Recesso pineal: pequeno prolongamento da cavidade ventricular que penetra na glândula pineal entre as comissuras posterior e das habênulas ◊ Comissuras ● Posterior: limite entre o diencéfalo e o mesencéfalo = situada no ponto em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo ● das habênulas: entre os trígonos da habênula (2 pequenas eminências triangulares situadas entre a glândula pineal e o tálamo). Continua anteriormente, de cada lado com as estrias medulares do tálamo. Inserção posterior da tela corióide do III ventrículo. 6. Subtálamo ● O que é: zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo
* visto em cortes frontais do cérebro = sem relações com as paredes do III ventrículo ● Localização: inferior ao tálamo. ● Limites * lateral = cápsula interna * medial = hipotálamo ● Núcleo subtalâmico ESTRUTURA E FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO 1. Divisões e núcleos do hipotálamo ● Núcleo = agrupamento de substância cinzenta, às vezes de difícil individualização ● Fórnix: sistema de fibras muito conspícuo que percorre súperoinferiormente cada metade do hipotálamo, terminando no respectivo corpo mamilar. Divide o hipotálamo em 2 áreas. ◊ Área medial ● Entre o fórnix e as paredes do III ventrículo ● Com substância cinzenta e os principais núcleos do hipotálamo ◊ Área lateral ● Com fibras de projeção longitudinal ● Feixe prosencefálico medial: complexo sistema de fibras que a percorre (muitas terminam no hipotálamo), estabelecendo conexões nos 2 sentidos entre a área septal (sistema límbico) e a formação reticular do mesencéfalo. ◊ Divisão em 3 planos frontais ● Hipotálamo supra-óptico: quiasma óptico + área superior a ele nas paredes do III ventrículo até o sulco hipotalâmico * núcleo supraquiasmático * núcleo supra-óptico * núcleo paraventricular ● Hipotálamo tuberal: túber cinéreo + área superior a ele nas paredes do III ventrículo até o sulco hipotalâmico * núcleo ventromedial * núcleo dorsomedial * núcleo arqueado ou infundibular ● Hipotálamo mamilar: corpos mamilares com seus núcleos + áreas superiores a ele nas paredes do III ventrículo até o sulco hipotalâmico * núcleos mamilares * núcleo posterior ◊ Outros núcleos
● Nervo anterior ● Nervo lateral ● Nervo tuberal lateral ● Nervo pré-óptico medial ● Nevo pré-óptico mediano ● Nervo pré-óptico periventricular ● Nervo periventricular posterior 2. Conexões ● Por meio de fibras que se reúnem em feixes bem definidos ou mais difusos e de difícil visualização 2.1 Com o sistema límbico = regulamentação do comportamento emocional ◊ Hipocampo ● Liga-se aos núcleos mamilares do hipotálamo pelo fórnix. * impulsos nervosos: núcleos mamilares do hipotálamo núcleo anterior do tálamo = Circuito de Papez = fascículo mamilo-talâmico - também chegam à formação reticular do mesencéfalo pelos núcleos mamilares, através o fascículo mamilo-tegmentar ◊ Corpo amigdalóide ● Pela estria terminal, as fibras de seu núcleo chegam ao hipotálamo ◊ Área septal ● Ligada ao hipotálamo através de fibras que percorrem o feixe prosencefálico medial 2.2 Com a área pré-frontal = comportamento emocional ● Diretamente ● Através do núcleo dorsomedial do tálamo 2.3 Viscerais = com neurônios da medula e do tronco encefálico ◊ Aferentes ● Fibras solitário-hipotalâmicas: conexões diretas com o núcleo do trato solitário = informações recebidas sobre a atividade das vísceras ◊ Eferentes = controle do SNA ● Agem diretamente sobre os neurônios pré-ganglionares dos sistemas simpático e parassimpático: fibras terminam nos núcleos da coluna eferente
visceral geral do tronco encefálico ou na coluna lateral da medula (fibras hipotálamo-espinais) ● Agem indiretamente sobre os neurônios pré-ganglionares dos SNS e SNP (formação reticular) 2.4 Com a hipófise = eferentes ◊ Trato hipotálamo-hipofisário ● Origem das fibras: neurônios grandes (magnocelulares) dos núcleos supra-óptico e paraventricular ● Término das fibras: neuro-hipófise ● Fibras ricas em neurossecreção * principais componentes estruturais da neuro-hipófise ◊ Trato túbero-infundibular ou túbero-hipofisári ● Origem das fibras: neurônios pequenos (parvicelulares) do núcleo arqueado e áreas vizinhas do hipotálamo tuberal ● Término das fibras: eminência mediana e haste infundibular ● Fibras: neurossecretoras 2.5 Sensoriais ◊ Vias indiretas Ex: recebimento de informações da área eretogênica = mamilos e órgãos sexuais (ereção) ◊ Vias diretas Ex: córtex cerebral e retina com o hipotálamo - trato retino-hipotalâmico = termina no núcleo supraquiasmático 2.6 Monoaminérgicas ● Neurônios noradrenérgicos da formação reticular do tronco encefálico: projetam-se ● Neurônios serotoninérgicos: estímulos oriundos do núcleo da rafe 3. Funções ● Relacionadas à homeostase = manutenção do meio interno dentro de limites compatíveis com o funcionamento adequado dos diversos órgãos ● Papel regulador sobre o SNA e o sistema endócrino ● Controle de vários processos motivacionais importantes para a sobrevivência, como fome, sede, sexo. 3.1 Controle do SNA Obs .: SNA = sistema nervoso simpático e parassimpático
= hipotálamo é seu centro supra-segmentar mais importante ● Função exercida juntamente com outras áreas cerebrais: sistema límbico ◊ Estimulações no hipotálamo anterior = controla principalmente o SNA parassimpático ● Aumento do peristaltismo gastrointestinal ● Contração da bexiga ● Diminuição do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea ● Constrição da pupila ◊ Hipotálamo posterior = controla principalmente o SNA simpático 3.2 Regulação da temperatura corporal = animais homeotérmicos ● Termostato que detecta as variações da temperatura do sangue que por ele passa e ativa os mecanismos de perda ou conservação do calor necessários à manutenção da temperatura normal ◊ Mecanismos ● Termorreceptores periféricos ● Neurônios localizados no hipotálamo anterior: funcionam como termorreceptores ◊ Hipotálamo anterior ● Centro da perda de calor: vasodilatação periférica e sudorese * lesão (TCE) = elevação incontrolável da temperatura (febre central), quase sempre fatal - cirurgias da hipófise em que se manipula a região hipotalâmica próxima ao quiasma óptico ◊ Hipotálamo posterior ● Centro da conservação do calor: vasoconstrição periférica, tremores musculares (calafrios), liberação do hormônio tireoidiano 3.3 Regulação do comportamento emocional = raiva, medo, prazer ● Juntamente com o sistema límbico e a área pré-frontal 3.4 Regulação do sono e da vigília ◊ Parte posterior do hipotálamo ● Vigília * reforça a ação do SARA (mais importante) Encefalite letárgica ● Sono
3.5 Regulação da ingestão de alimentos * lesões = efeitos opostos aos da estimulação ● Envolve outras áreas do SNC: sistema límbico ◊ Estimulação do hipotálamo lateral: centro da fome ● Alimentação voraz Lesão ● Ausência completa do desejo de alimentar = inanição ◊ Estimulação do núcleo ventromedial do hipotálamo: centro da saciedade ● Saciedade: recusa a comer mesmo na presença de alimentos Lesão ● Alimentação exagerada = obesidade ● Por tumores supra-selares = obesidade + hipogonadismo (interferência com os mecanismos hipotalâmicos que regulam a secreção dos hormônios gonadotrópicos pela adeno-hipófise) = Síndrome adiposogenital de Fröhlich 3.6 Regulação da ingestão de água ◊ Hipotálamo lateral: centro da sede ● Com neurônios sensíveis às variações locais de pressão osmótica: importante na regulação do seu funcionamento ● Estímulos aumentam a sede: pode morrer por excesso de ingestão de água Lesão ● Perda da vontade de beber água: pode morrer por desidratação, mesmo com água disponível 3.7 Regulação da diurese = eliminação de água pela urina ● O hipotálamo regula a quantidade de água no organismo e, assim, a quantidade de água eliminada na urina ● Núcleos: supra-óptico e paraventricular do hipotálamo = sintetizam o hormônio antidiurético (ADH) / vasopressina * o ADH aumenta a absorção de água nos túbulos renais = menor eliminação de água pela urina 3.8 Regulação do sistema endócrino ● Regula a secreção de todos os hormônios da adeno-hipófise = ação controladora sobre quase todo o sistema endócrino 3.9 Geração e regulação de ritmos circadianos
● Ritmos circadianos: oscilações dos parâmetros fisiológicos, metabólicos ou mesmo comportamentais que se repetem no período de 24 h (período de oscilação) * endógenas = ocorrem mesmo quando o animal é mantido em escuro permanente, mas o ritmo perde seu sincronismo com o ritmo externo de claro e escuro com o tempo (período de oscilação < 24 h) Obs .: .: nome = aproximadamente um dia ● Marcapasso ou relógios biológicos: controlam os ritmos circadianos * no núcleo supraquiasmático do hipotálamo = principal. Sua destruição abole os ritmos circadianos. Com atividade circadiana evidenciável em seu metabolismo ou em sua atividade elétrica (podem ser observados até in vitro). - recebe informações sobre a luminosidade através do trato retinohipota hipotalâm lâmico ico = sincro sincroni nizaç zação ão dos ritmos ritmos circad circadian ianos os com os ritmos ritmos de claro/escuro. Obs2 .: .: o ritmo da temperatura corporal é preservado em caso de lesão, o que sugere a existência de um 2º marcapasso 4. Relações hipotálamo-hipofisárias 4.1 Relações do hipotálamo com a neuro-hipófise ● O hormônio antidiurético é sintetizado pelos neurônios dos núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo e é transportado pelas fibras do trato hipotálamo-hipofisário até a neuro-hipófise, onde é liberado. Ex: diabete insípido = mais urina eliminada, porém sem glicose (diabete melito). Ocorre devida à diminuição dos níveis sanguíneos do ADH. Também ocor ocorre re por por cert certas as lesõ lesões es no hipo hipotá tála lamo mo,, não não apen apenas as por por proc proces esso soss patológicos da neuro-hipófise. neuro-hipófise. ● Neurossecreção: neurônios são capazes de conduzir impulsos nervosos e de secre ecreta tarr substâ bstânc ncia iass ativ ativaas, com como ADH e oci ocitoci tocina na (na (nature tureza za polipeptídica), além de substância Gomori-positiva (neurofisina) (neurofisina) Ex: Ex: grân grânul ulos os de subs substâ tânc ncia ia Gomo Gomori ri-p -pos osit itiv ivaa = em fibr fibras as do tra trato hipo hipotá tála lamo mo-h -hip ipoofis fisário rio e na neuro euro-h -hip ipóf ófis ise, e, ond onde term termiinam nam (são (são arma armaze zena naddos e libe libera raddos). os). Porta ortaddores ores dos horm ormôni ônios que serã erão encaminhados à neuro-hipófise. - Caminho percorrido pelos hormônios = hipotálamo (síntese) exoplasma dos axônios do trato hipotálamo-hipofisário neuro-hipófise corrente sangu sanguíne íneaa (fibr (fibras as do trato trato hipotá hipotálam lamo-h o-hipo ipofi fisá sário rio termi terminam nam em vasos vasos situados em septos conjuntivos) ● Ocitocina: promove a contração da musculatura uterina (parto) e das células mioepiteliais das glândulas mamárias (ejeção do leite)
* ejeção do leite envolve reflexo neuroendócrino: impulsos sensoriais que resultam da sucção do mamilo pela criança são levados à medula e, em seguid seguida, a, ao hipotá hipotálam lamo, o, onde onde estimu estimulam lam a produ produção ção de ocitoc ocitocina ina pelos pelos núcleos supra-óptico e paraventricular e sua liberação na neuro-hipófise. 4.2 Relações do hipotálamo com a adeno-hipófise * sem relação: secreção mantida, mas em ritmo menor * não é a “glândula mestra” reguladora de todo o sistema endócrino, mas sim elo entre o hipotálamo e as glândulas endócrinas que ela regula ● O hipotálamo regula a secreção dos hormônios da adeno-hipófise por um mecanismo que envolve * cone conexã xãoo nerv nervos osaa = neur neurôn ônio ioss neur neuros osse secr creto etore ress situ situad ados os no núcl núcleo eo arqueado e áreas vizinhas do hipotálamo tuberal secretam substâncias ativas que descem por fluxo axoplasmático nas fibras do trato túberoinfundibular * cone conexã xãoo vasc vascul ular ar = atra atravé véss do sist sistem emaa port portaa hipo hipofi fisá sári rioo (veia (veiass interpostas entre rede de capilares) - substâncias ativas liberadas na eminência mediana e na haste infundibular passam através das veias à segunda rede de capilar situada na adenohipófise, onde atuam regulando a liberação dos hormônios pelas células adeno-hipofisárias. ● Há fatores de liberação para todos os hormônios ● Há fato fatore ress de inib inibiç ição ão para para algu alguns ns horm hormôn ônio ios, s, como como a prol prolac acti tina na (monoamina = dopamina) e os fatores de crescimento = peptídeos ESTRUTURA E FUNÇÕES DO SUBTÁLAMO E DO EPITÁLAMO Subtálamo 1. Aspectos gerais ◊ Localização ● Parte posterior do diencéfalo na transição com o mesencéfalo ◊ Limites * sem se relacionar com a superfície externa do diencéfalo ou com as paredes do III ventrículo = visto apenas em secções do diencéfalo ● Superior: tálamo ● Lateral: cápsula interna ● Medial: hipotálamo ◊ Estruturas
● Algumas são extensões das estruturas mesencefálicas: núcleo rubro, substância negra, formação reticular ● Zona Zona ince incert rtaa do subt subtál álam amo: o: exte extens nsão ão da form formaç ação ão reti reticu cula larr do mesencéfalo ● Algumas formações cinzentas e brancas lhe são próprias * núcleo subtalâmico: conecta-se com o globo pálido nos 2 sentidos, através do circuido pálido-subtálamo-palidal = regulação da motricidade somática - Síndrome do hemibalismo: lesão do núcleo subtalâmico = movimentos anormais das extremidades (podem ser muito violentos e não desaparecer nem com o sono, podendo levar o doente à exaustão) ◊ Feixes de fibras que o atravessam ● Alça lenticular, fascículo lenticular ou campo H2 de Forel, fascículo talâmico ou campo H1 de Forel, fascículo subtalâmico subtalâmico e fibras do campo prérúbrio (campo H de Forel) ● Fibras do globo pálido: dirigem-se ao tálamo ou ao núcleo subtalâmico Epitálamo 1. Aspectos gerais ◊ Localização ● Parte superior e posterior do diencéfalo ◊ Formação endócrina ● Glândula pineal Obs .: .: órgã órgãoo subc subcom omis issu sura rall = espe espess ssam amen ento to do epên epêndi dima ma;; abai abaixo xo da comissura posterior; envolvido na regulação do metabolismo da água e dos sais minerais; pouco desenvolvido no adulto ◊ Formações não endócrinas * pertencentes ao sistema límbico = núcleos da habênula, comissura das habênulas, estrias medulares = relacionadas ao comportamento emocional ● Núcleos da habênula: no trígono da habênula * ligam-se ao núcleo interpeduncular do mesencéfalo através do fascículo retroflexo = circuito liga estruturas do sistema límbico ao mesencéfalo ● Comissura das habênulas ● Estrias medulares * com fibras originadas na área septal e que terminam nos núcleos da habênula do mesmo lado ou do lado oposto, cruzando-se na comissura das habênulas ● Comissura posterior * marca o limite entre o mesencéfalo e o diencéfalo * com fibras de origem variada
- da área pré-tectal, de um lado, cruzam para o núcleo e Edinger-Westphal, do lado oposto, intervindo no reflexo consensual Obs .: tumores da glândula pineal que comprimem a comissura posterior podem lesá-las = sem reflexo consensual, mas o reflexo motor permanece intato 2. Glândula pineal / corpo pineal / epífise 2.1 Filogênese, embriologia e estrutura ◊ Embriologia ● Divertículo ependimário no teto do III ventrículo, entre as comissuras posterior e habenular ● Formação de um saco revestido de epêndima em comunicação com a cavidade ventricular ● É invadida por tecido conjuntivo derivado da pia-máter que forma a cápsula do órgão e penetra em seu interior formando septos ◊ Filogênese * em vertebrados inferiores: células ependimárias da parede do saco diferenciam-se em fotorreceptores = é um órgão sensorial que recebe estímulos luminosos que atravessam a pele o crânio - em alguns existe órgão parapineal: próximo à pineal, muito variável. Constitui o terceiro olho, ímpar e mediano (entre os 2 olhos laterais) ● Em aves e mamíferos: as células ependimárias multiplicam-se, obliterando a luz do divertículo, e diferenciam-se nas células parenquimatosas do corpo pineal ou pinealócitos = é um órgão parenquimatoso e secretor ◊ Estrutura = complexa ● Existem elementos mesodérmicos derivados * da pia-máter: células e fibras encontradas no tecido conjuntivo frouxo (com mastócito = histamina) * do epêndima / neurectodérmicos: células da glia e pinealócito ● Concreções calcárias: aumentam com a idade * opacas ao raio X = localização da pineal e identificação das mudanças causadas por processos patológicos ● Muito vascularizada: capilares com fenestrações (≠ cérebro) = sem barreira hematoencefálica ● Inervação: fibras simpáticas pós-ganglionares oriundas do gânglio cervical superior = entram no crânio pelo plexo carotídeo, penetram no ápice da glândula e terminam em relação com os pinealócitos e com os vasos * importante na regulação da síntese do hormônio pineal 2.2 Aspectos funcionais
= atribuídos à melatonina (hormônio pineal) Obs.: participa da regulação da atividade imunológica através da liberação de melatonina ◊ Secreção da melatonina e ação da Luz sobre a pineal ● O que é: indolamina sintetizada pelos pinealócitos a partir da serotonina (existente em grande quantidade) ● Processo de síntese: ativado pela noradrenalina liberada pelas fibras simpáticas. Obedece a um ritmo circadiano (não é contínuo). * dia: fibras com pouca atividade = níveis baixos de melatonina * noite: inervação simpática da pineal é ativada = liberação de noradrenalina = aumento dos níveis de melatonina circulantes (no sangue) Obs.: o ritmo circadiano não é intrínseco da pineal, pois decorre da atividade rítmica do núcleo supraquiasmático do hipotálamo, transmitida à pineal através de sua inervação simpática. ● Abolição da síntese: destruição do núcleo supraquiasmático ou desnervação simpática da pineal ● Ação da luz: indireta = circuito nervoso que envolve as conexões da retina com o núcleo supraquiasmático e deste com a pineal através do sistema simpático * sob ação constante da luz: pineal mais leve e com teor diminuído de serotonina e melatonina * cegueira ou permanência na escuridação constante: pineal mais pesada e com teor aumentado de serotonina e melatonina ◊ Ação antigonadotrópica da pineal ● Tumores na pineal = puberdade precoce: destruição dos pinealócitos, cessando a ação frenadora que a pineal exerce sobre as gônadas * pinealectomia causa esse fato ● Injeção de melatonina: aumento da ação frenadora ● A luz também tem efeito estimulador sobre as gônadas * ação da luz = estro permanente: ação inibidora da luz sobre a pineal = menor efeito inibidor da pineal sobre as gônadas * escuro = atrofia das gônadas: estimula a pineal = maior efeito inibidor da pineal sobre as gônadas - também no inverno (período de hibernação): estímulo da pineal pelos períodos escuros cada vez maiores no início do inverno Obs . : certas alterações da época de aparecimento da puberdade em meninas cegas de nascença poderiam ser explicadas desse modo ◊ Regulação dos ritmos circadianos * em répteis e aves: ritmo circadiano de atividade locomotora desaparece com a pinealectomia
● A liberação cíclica de melatonina faz com que a pineal aja sincronizando os vários ritmos circadianos com o ciclo externo de dia / noite, devido a sua ação sobre o próprio núcleo supraquiasmático (rico em receptores) * pinealectomia = dessincronização de vários ritmos circadianos * administração de melatonina em intervalos adequados = mudança de fase dos ritmos circadianos - pode até mesmo corrigir alterações: aplicação clínica como cronobiótico = substância usada como agente profilático ou terapêutico em casos de desordens dos ritmos circadianos, especialmente do ritmo de sono e vigília (ex: vôos internacionais) ESTRUTURA E FUNÇÕES DO TÁLAMO 1. Generalidades ◊ Localização ● Acima do sulco hipotalâmico ◊ Constituição ● 2 massas ovóides de tecido nervoso * tubérculo anterior do tálamo: extremidade anterior pontiaguda * pulvinar do tálamo: extremidade posterior proeminente que se projeta sobre os corpos geniculados medial e lateral ● Aderência intertalâmica: une as massas ovóides ● Corpos geniculados (medial e lateral) * podem ser considerados uma parte independente do diencéfalo = metatálamo ● Substância cinzenta com vários núcleos ● Extrato zonal do tálamo: superfície dorsal revestida por lâmina de substância branca ● Lâmina medular externa: extensão do extrato zonal do tálamo a sua face lateral ● Núcleo reticular do tálamo: entre a lâmina medular externa e a cápsula interna. Lateral. ● Lâmina medular interna: septo formado pela penetração do extrato zonal no tálamo. Percorre-o longitudinalmente. Ponto de referência para a divisão dos núcleos do tálamo em grupos. * núcleos talâmicos anteriores = localizados na área delimitada anteriormente pela bifurcação em Y da extremidade anterior da lâmina medular interna * núcleos intralaminares do tálamo = pequenas massas de substância cinzenta existentes em seu interior
◊ Limites dos 2 ovóides talâmicos ● Medial: III ventrículo ● Lateral: cápsula interna ● Superior: fissura cerebral transversa e ventrículos laterais ● Inferior: hipotálamo e subtálamo ◊ Partes = nem sempre levam em conta a orientação em relação aos planos de constituição do corpo ● Dorsal ou superior: voltada para o vértex do crânio ● Ventral ou inferior: oposta à dorsal ● Anterior: voltada para o pólo frontal do cérebro ● Posterior: voltada para o pólo occipital do cérebro 2. Núcleos do tálamo ● Numerosos ● Divididos em 5 grupos de acordo com a posição 2.1 Grupo anterior ◊ Localização ● Tubérculo anterior do tálamo ◊ Limites ● Posterior: bifurcação em Y da lâmina medular interna ◊ Núcleos ● Fascículo mamilo-talâmico: envia fibras dos núcleos mamilares aos núcleos desse grupo ● Projetam fibras para o córtex do giro do cíngulo, integrando o Circuito de Papez (sistema límbico) = relacionados ao comportamento emocional 2.2 Grupo posterior ◊ Pulvinar ● Conexões recíprocas com a área de associação têmporo-parietal do córtex cerebral situada nos giros angular e supramarginal ● Lesões: problemas de linguagem, mas sem síndrome particular ou déficit sensorial ◊ Corpo geniculado medial ● Relé das vias auditivas ● Recebe fibras provenientes do colículo inferior ou diretamente do lemnisco lateral pelo braço do colículo inferior ● Projeta fibras para a área auditiva do córtex cerebral ◊ Corpo geniculado lateral
● Formado de camadas concêntricas de substância branca e cinzenta: não é um núcleo ● Recebe fibras provenientes da retina pelo trato óptico ● Projeta fibras para a área visual do córtex (nas bordas do sulco calcarino) pelo trato genículo-calcarino ● Participa das vias ópticas 2.3 Grupo lateral = mais importante e complicado ● Localização: lateral à lâmina medular interna * subgrupo dorsal = núcleo lateral dorsal, núcleo lateral posterior * subgrupo ventral = núcleo ventral anterior, núcleo ventral lateral, núcleo ventral póstero-lateral, núcleo ventral póstero-medial, núcleo reticular do tálamo ◊ Núcleo ventral anterior (VA) ● Recebe a maioria das fibras que do globo pálido se dirigem ao tálamo ● Projeta-se para as áreas motoras do córtex cerebral ● Função ligada à motricidade somática ◊ Núcleo ventral lateral (VL) / ventral intermédio ● Recebe * fibras do cerebelo * parte das fibras que do globo pálido se dirigem ao tálamo ● Projeta-se para as áreas motoras do córtex cerebral ● Integra a via cerebelo-tálamo-cortical ◊ Núcleo ventral póstero-lateral ● Relé das vias sensitivas ● Recebe fibras dos lemniscos medial (tato epicrítico e propriocepção consciente) e espinal (temperatura, dor, pressão, tato protopático) ● Projeta fibras para o córtex do giro pós-central (área somestésica) ◊ Núcleo ventral póstero-medial ● Relé das vias sensitivas ● Recebe * fibras do lemnisco trigeminal (sensibilidade somática geral de parte da cabeça) * fibras gustativas provenientes do núcleo do trato solitário (fibras solitário-talâmicas) ● Projeta fibras para as áreas somestésica e gustativa = giro pós-central ◊ Núcleo reticular do tálamo ● Fina calota de substância cinzenta disposta lateralmente entre a massa principal de núcleos que constitui o ovóide talâmico e a cápsula interna
● Atravessado pela quase totalidade das fibras talâmico-corticais ou córtico-talâmicas que passam pela cápsula interna = dão colaterais que estabelecem sinapses ● Conexões com os demais núcleos talâmicos: ação moduladora * sem projeções para o córtex cerebral 2.4 Grupo mediano ● Localização: próximo ao plano mediano, na aderência intertalâmica ou na substância cinzenta periventricular ● Pequenos e de difícil delimitação ● Conexões com o hipotálamo ● Relacionados com as funções viscerais 2.5 Grupo medial ● Localização: dentro da lâmina medular interna (núcleos intralaminares) e entre a lâmina medular interna e os núcleos do grupo mediano (núcleo dorsomedial) ◊ Núcleos intralaminares ● Recebem muitas fibras da formação reticular ● Papel ativador sobre o córtex cerebral Núcleo centro-mediano ◊ Núcleo dorsomedial ● Recebe fibras principalmente do corpo amigdalóide e do hipotálamo ● Com conexões recíprocas com a parte anterior do lobo frontal = área de associação pré-frontal ● Funções relacionadas às desta área 3. Relações tálamo-corticais ◊ Radiações talâmicas = fibras tálamo-corticais + fibras córtico-talâmicas ● Constituem parte da cápsula interna ● Dirigem-se às áreas sensitivas do córtex: responsáveis pelas conexões recíprocas entre o córtex e o tálamo ◊ Núcleos talâmicos específicos ● Ao serem estimulados, pode-se tomar potenciais evocados apenas em certas áreas específicas do córtex, relacionadas com funções específicas Ex: núcleo ventral póstero-lateral; corpo geniculado medial ◊ Núcleos talâmicos inespecíficos ● Recebem muitas fibras da formação reticular ● O SARA exerce sua ação sobre o córtex através deles