NOTA DE LEITURA Título da obra: HARAWAY, Donna, “Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva perspectiva parcial”, parcial”, Cadernos Pagu , (5), 1995:07-41.
Objetivos:
- Segundo a autora, este texto tem como objetivo argumentar a favor do conhecimento situado e corporificado e contra várias formas de postulados de conhecimento não localizáveis e, portanto irresponsáv irr esponsáveis eis (irresponsáveis significa incapaz de ser chamado a prestar contas). Ela busca também apresentar uma visão feminista de ciência além dos parâmetros da academia e desconstruir o estereótipo de gênero e de dominância baseada em em parâmetros masculinizados masculinizados sustentada sustentada pela ciência. ciência. Tese Central:
- A tese principal da Haraway é de que a corporificação feminista, as esperanças feministas de parcialidade, objetividade e conhecimentos localizados, estimulam conversas e códigos neste potente nódulo nos campos de corpos e significados possíveis. E que é aqui que a ciência, a fantasia científica e a ficção científica convergem na questão da objetividade para o feminismo. Portanto a autora quer argumentar a favor de uma doutrina e de uma prática da objetividade que privilegie a contestação, a desconstrução, as conexões em rede e a esperança na transformação dos sistemas de conhecimento e nas maneiras de ver. Mas não é qualquer perspectiva parcial; deve-se ser hostis aos relativismos e holismos fáceis, feitos de adição e subsunção subsunção das partes. Principais Conceitos: - Eles imaginado:
Constitui uma espécie de conspiração invisível de cientistas e
filósofos masculinistas, dotados de bolsas de pesquisa e de laboratórios. - Nós imaginado: São
os outros corporificados, a quem não se permite não ter um
corpo, um ponto de vista finito e, portanto, um viés desqualificador e poluidor em qualquer discussão relevante, fora dos nossos pequenos círculos, nos quais uma revista de circulação de “massa” pode alcançar alguns milhares de leitores, em sua maioria
com ódio da ciência. - Grupo de interesse especial:
É, na definição Reaganóide, qualquer sujeito histórico
coletivo que ouse resistir à atomização desnudadora da Guerra nas Estrelas, do hipermercado, do pós-moderno, da cidadania simulada pela mídia. - Construcionismo social: Haraway
diz que os adeptos do construcionismo social
deixam claro que as ideologias oficiais sobre a objetividade e o método científico são péssimos guias, particularmente no que diz respeito a como o conhecimento conhecimento científico é realmente fabricado. Também que os construcionistas sociais puderam sustentar que a doutrina ideológica do método científico e toda a verborragia filosófica a respeito da epistemologia tinham sido inventadas para distrair nossa atenção de chegar ao conhecimento conhecimento do mundo efetivamente através da prática da ciência. - Atores sociais:
Tem a convicção de que a ciência é retórica, de que o conhecimento
fabricado por alguém é um caminho para uma forma desejada de poder bem objetivo. Tais convicções devem levar em conta a estrutura dos fatos e artefatos, tanto quanto os atores mediados pela linguagem no jogo do conhecimento. - Tecnociência: Possui um modo de conhecimento chamado de “recuperacionismo”, o
renascimento do Homem através da homogeneização de todo corpo do mundo como recursos para seus projetos perversos. E a tecnociência e a ficção científica desmoronam no sol de sua radiante (ir)realidade - a guerra. - Agonístico:
Um campo de poder do qual todo conhecimento é um nódulo
condensado. - Ciência: É
um texto constestável e um campo de poder; o conteúdo é a forma. A
forma na ciência é retórica artefactual-social de fabricar o mundo através de objetos afetivos. - Pós-modernismo: A formação pós-moderna fica com sua
"anti-estética" de "objetos"
do conhecimento e da prática permanentemente divididos, problematizados, sempre retrocedendo e sendo diferidos, objetos que incluem signos, organismos, sistemas, egos e culturas. Esta em questão nos debates sobre o pós-modernismo, o padrão de relações entre e no interior de corpos e da linguagem. - Marxismo Humanista: Segundo Haraway, foi poluído em sua origem pela sua teoria
ontológica estruturante de dominação da natureza na auto-construção do homem e pela sua, intimamente relacionada, impotência para historicizar qualquer coisa que as mulheres fizessem que não fosse por salário. Mas acredita que o marxismo oferecia um recurso promissor na forma de uma higiene mental epistemológica feminista, para reelaborar as suas versões das teorias de perspectivas, à insistência na corporificação e
críticas da hegemonia. - Especificidade histórica radical:
Um instrumento afiado para a desconstrução das
alegações de verdade de uma ciência hostil, e de todas as camadas da cebola das construções científicas e tecnológicas. tecnológicas. - Doutrina da objetividade:
Esta doutrina ameaçava o nascente sentimento de
Subjetividade das feministas e da atuação histórica coletiva e suas versões "corporificadas" da verdade. Também promete uma transcendência, uma estória que perde o rastro de suas mediações justamente quando alguém deve ser reponsabilizado por algo, e poder poder instrumental ilimitado. - Teorias de perspectiva: Teorias desenvolvidas pelo feminismo a partir da afirmação
de que o lugar de onde se vê (e se fala) - a perspectiva - determina nossa visão (e nossa fala) do mundo. Tais teorias tendem a sugerir que a perspectiva dos subjugados representa uma visão privilegiada da realidade. - Empiricismo Feminista: Converge com a utilização feminista dos recursos marxistas
para chegar a uma uma teoria da ciência que que continua a insistir nos significados significados legítimos da objetividade e mantém a suspeita sobre um construcionismo radical conjugado com a semiologia e a narratologia. - Ciência Sucessora: Feministas tem interesse num projeto de ciência sucessora que ofereça uma explicação mais adequada, mais rica, melhor do mundo, de modo a viver bem nele, e na relação critica e reflexiva em relação às nossas próprias e às práticas de dominação de outros e nas partes desiguais de privilégio e opressão que todas as posições contêm. contêm. - Tecnologias semióticas:
É necessária uma prática para reconhecer estas tecnologias
para a construção de sentido, e um compromisso a sério com explicações fiéis de um mundo "real", um mundo que possa ser parcialmente compartilhado e amistoso em relação a projetos terrestres de liberdade finita, abundância material adequada, sofrimento reduzido e felicidade limitada. - Reducionismo: Quando
uma linguagem é imposta como parâmetro para todas as
traduções e conversões, para mobilidade de significados e universalidade. - Visão:
sistema sensorial muito difamado no discurso feminista, mas a visão pode ser
útil para evitar oposições binárias. - Tecnologias de visualização: As tecnologias de visualização aparentemente não tem
limites; o olho de um primata comum como nós pode ser infindavelmente aperfeiçoado aperfeiçoado
por sistemas de sonografia, imagens de ressonância magnética, sistemas de manipulação gráfica vinculados à inteligência artificial, microscópios eletrônicos com scanners, sistemas de tomografia ajudados pelo computador, técnicas de avivar cores, sistemas de vigilância via satélite, vídeos domésticos e no trabalho, câmeras para todos os fins, desde a filmagem da membrana mucosa do estômago de um verme marinho vivendo numa fenda entre plataformas continentais até o mapeamento de um hemisfério planetário em outro lugar do sistema solar. - A objetividade feminista ou Saberes Localizados :
Revela-se como algo que diz
respeito à corporificação específica e particular, apenas a perspectiva parcial promete visão objetiva, que abre a questão da responsabilidade pela geração geração de todas as práticas visuais. Portanto, trata-se da localização limitada e do conhecimento localizado, desse modo podemos nos tornar responsáveis pelo que aprendemos a ver. Saberes parciais, localizáveis, críticos, apoiados na possibilidade de redes de conexão, chamadas de solidariedade em política de conversas compartilhadas em epistemologia. Racionalidade posicionada. Saberes Localizados ainda requerem que o objeto do conhecimento seja visto como um ator e agente, não como uma tela, ou um terreno, ou um recurso, e finalmente, nunca como um escravo do senhor que encerra a dialética apenas na sua agência e em sua autoridade de conhecimento “objetivo”. - Sistemas de Percepção ativos:
São todos os olhos, orgânicos ou artifícios protéticos
que constroem traduções e modos específicos de ver, modos de vida. - Relativismo:
É uma maneira de não estar em lugar nenhum, mas alegando-se que se
está igualmente em toda parte. A "igualdade" de posicionamento é uma negação de responsabilidade e de avaliação crítica. Nas ideologias de objetividade, o relativismo é o perfeito gêmeo invertido da totalização; ambos negam interesse na posição, na corporificação e na perspectiva parcial; ambos tornam impossível ver bem. É um "truque de deus", prometendo, igualmente e inteiramente, visão de toda parte e de nenhum lugar, mitos comuns na retórica em torno da Ciência. - Divisão: É
a imagem privilegiada das epistemologias feministas do conhecimento
científico. "Divisão", neste contexto, deve ser vista como multiplicidades heterogêneas, simultaneamente necessárias e não passíveis de serem espremidas em fendas isomórficas ou listas cumulativas. - Eu Cognoscente:
É parcial em todas as suas formas, nunca acabado, completo, dado
ou original; é sempre construído construído e alinhavado alinhavado de maneira imperfeita e capaz de juntar-
se a outro, de ver junto sem pretender ser outro. Um conhecedor científico não procura a posição de identidade com o objeto, mas de objetividade, isto é, de conexão parcial. - Posicionar-se: É
a prática chave, base do conhecimento organizado em torno das
imagens da visão, é como se organiza boa parte do discurso cientifico e filosófico ocidental. Posicionar-se implica em responsabilidade por nossas práticas capacitadoras. - A Corporificação Feminista:
Trata-se de nódulos em campos, inflexões em
orientações e responsabilidade pela diferença nos campos de significado material semiótico. Corporificação é prótese significante; a objetividade não pode ter a ver com a visão fixa quando o tema de que trata é a história do mundo. Resite à fixação e é insaciavelmente insaciavelmente curiosa a respeito das redes de posicionamentos diferenciais. - O conhecimento racional:
É um processo de interpretação crítica contínuo
entre campos" de intérpretes e decodificadores. decodificadores. O conhecimento conhecimento racional é uma conversa sensível ao poder (King, 1987). - Ator material-semiótico:
Enfatiza o objeto de conhecimento como um eixo ativo,
gerador de significado, do aparato da produção corporal, sem nunca implicar na presença imediata de tais objetos ou, o que dá na mesma, sua determinação final ou única do que pode contar como conhecimento objetivo numa conjuntura histórica específica. - Aparato da Produção corporal:
Os corpos como objeto de conhecimento são
nódulos gerativos material-semióticos. Suas fronteiras se materializam na interação social - Feminismo: É
um movimento social, filosófico e político que tem como meta,
direitos equânimes iguais e uma vivência humana, por meio do empoderamento feminino e libertação de padrões opressores baseados em normas de gênero. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias advogando pela igualdade para homens e mulheres e a campanha pelos direitos das mulheres e seus interesses.
Fontes Utilizadas:
1. Referência a autores: - Karin Knorr-Cetina, Michael Mulkay, Wiebe Bijker e Bruno Latour
[KNORR-
CETINA, Karin e MULKAY, Michael (eds.): Science observed: perspectives on the
social study of science.
Beverly Hills, Sage, 1983; BIJKER Wiebe e outros: The social
construction of technological systems .
Cambridge, M.A., MIT Press, 1987; e
especialmente LATOUR, Bruno: Les microbes, guerre et paix, suivi des irrédutions. Paris, Metailié, 1984] : Karin Knorr-Cetina, nascida em 19 julho de 1944, na Áustria, é Áustria, é um socióloga austríaca socióloga austríaca conhecida por seu trabalho em epistemologia em epistemologia e construcionismo social. Michael social. Michael Joseph Mulkay, nascido em 1936, é um sociólogo britânico aposentado da ciência. Trabalhou como um leitor e pesquisador da Universidade de Cambridge até 1966, ele foi professor de sociologia na Universidade Simon Fraser, 1966-1969, em Aberdeen
University 1.969-1.973,
e
depois
professor
de
Sociologia
da Universidade da Universidade de York , a partir de que se aposentou em em 2001. Ele apoia o direito direito metodológica da sociologia para investigar o processo de produção de conhecimento científico por científico por meio da comparação, comparação, ilustrando circunstâncias sociais influente acadêmico e o padrão informativo de interação individual entre os cientistas que estão em debate ou cooperação. Wiebe Bijker, nascido em 19 de março de 1951, é um professor holandês, presidente holandês, presidente do Departamento de Ciências Sociais e Tecnologia da Universidade da Universidade de Maastricht na Holanda. na Holanda. Os Os campos de pesquisa de Bijker incluem estudos sociais e históricos da ciência, tecnologia e sociedade; sociedade; teorias do desenvolvimento da tecnologia; metodologia da ciência, tecnologia e estudos da sociedade; democratização da cultura tecnológica, políticas de ciência e tecnologia; TIC, multimídia e as dimensões sócio-culturais da sociedade da informação; gênero e tecnologia e estudos de meta de arquitetura, planejamento e engenharia civil. Ele é considerado como um dos principais adeptos da abordagem Construcionismo Social da Tecnologia. Tecnologia. Bruno Latour, nascido em
Beaune, 22 de junho de 1947, de 1947,
é
um antropólogo, um antropólogo, sociólogo sociólogo e filósofo da ciência e francês. francês. Um dos fundadores dos chamados Estudos chamados Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia (ESCT), sua principal contribuição teórica - ao lado de outros autores como Michel Callon e John Law - é o desenvolvimento desenvolvimento da ANT - Actor Network Theory (Teoria ator-rede) que, ator-rede) que, ao analisar a atividade científica, considera tanto os atores humanos como os não-humanos, estes últimos devido à sua vinculação ao ao princípio de simetria generalizada. generalizada. São citados como exemplos de estudos recentes sobre ciência e tecnologia tornaram disponível um argumento muito forte sobre a construção social de todas as formas de conhecimento. conhecimento. - Hayden White
(The content of the form: narrative discourse and historical
representation. Baltimore, Johns Hopkins
University Press, 1987) : Nasceu em 1928 e é
um historiador um historiador estadunidense estadunidense conhecido
por
suas
críticas
epistemológicas
à historiografia. Haraway cita-o para ser uma elucidação elegante e muito útil de uma versão não caricatural desse argumento “ciência é um texto contestável e um campo de poder; o conteúdo é a forma”. -
Evelyn
Keller:
americana,
Nasceu em 20 de marco de 1936, é uma física
autora e autora e feminista feminista . Atualmente é professora emérita de História
e Filosofia da Ciência no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Massachusetts. Os primeiros trabalhos de Keller concentrada no cruzamento da física e da biologia. Sua pesquisa subsequente centrou-se na história e filosofia da biologia moderna e em gênero e ciência. Insiste nas importantes possibilidades abertas pela construção da interseção da distinção entre sexo e gênero, de um lado, e natureza e ciência, de outro. Ela insiste também na necessidade de manter algum substrato não discursivo para "sexo" e "natureza", o que Haraway chama de "corpo" e "mundo". - Zoë Sofoulis: Doutora em história da consciência (1988), e pesquisadora interessada
em tecnologia, cultura e gêneros, é citada pela autora em função de uma obra (tese de doutorado: Through the lumen: Frankenstein and the optics of re-origination . Universidade da Califórnia, Santa Cruz, Tese de doutorado,1988) que evidencia metaforicamente a opressão masculinista na visão científica e tecnológica, e cujo ensaio da Haraway foi realizado em dialogo com os argumentos e metáforas de sua tese de doutorado. - Nancy Hartsock (1983):
Nascida em 1943, é uma feminista uma feminista filósofa, conhecida por
seu trabalho em epistemologia feminista e teoria da perspectiva, perspectiva, especialmente o ensaio "ponto de vista feminista". Sua teoria da perspectiva deriva do marxismo, que marxismo, que afirma que o proletariado o proletariado tem uma perspectiva distinta sobre as sobre as relações sociais e que só essa perspectiva revela a verdade. Haraway traz esta por ter conseguido perceber com clareza o perigo, através do conceito de masculinidade abstrata. - Isaac Newton: Cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora
tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo. A autora o menciona para exemplificar a posição dos movimentos feministas no contexto da ciência. - Sandra Harding: Nascido
em 1935, é americana, uma filósofa feminista e da teoria da teoria
pós-colonial, d pós-colonial, daa epistemologia, da epistemologia, da metodologia de pesquisa, e filosofia e filosofia da ciência. O artigo Saberes Localizados originou-se de um comentário a Sandra Harding. Ela
sugeriu que gênero tem três dimensões, cada uma delas historicamente específica: simbolismo de gênero, a divisão sócio-sexual do trabalho e processos de construção de identidade individual de gênero. Haraway propõe uma ampliação desta observação sugerindo que não há nenhuma razão para esperar que as três dimensões variem em conjunto ou se determinem umas às outras, pelo menos não diretamente. Cita também que esta autora chamou de Ciência Sucessora o objetivo da abordagem do empiriscismo feminista. - Karl Marx, Louis Althusser e Friedrich Engel:
Marx foi um intelectual e
revolucionário alemão, revolucionário alemão, fundador fundador da doutrina da doutrina comunista moderna. As teorias de Marx sobre a sociedade, a economia e a política - conhecidas coletivamente como marxismo - afirmam que as sociedades humanas humanas progridem através da luta de classes: um conflito entre a classe burguesa que controla a produção e um proletariado que fornece a mão de obra para a produção. Althusser é considerado um dos principais nomes do estruturalismo francês dos anos 1960 e sua principal tese é o anti-humanismo teórico que consiste em afirmar a primazia da luta da luta de classes e criticar a individualidade como produto da ideologia burguesa. E Engels foi o principal colaborador de Marx, principalmente na fundação do marxismo ou socialismo científico, Engels desempenhou papel de destaque na elaboração da teoria comunista, comunista, a partir do materialismo histórico e dialético. dialético. A autora cita-os como uns dos quais a teoria anglófona das relações objetais influenciou, mas não mais do que o feminismo socialista americano. - C.D.B. Bryan ( The
National Geographic Society: 100 years of adventure and
discovery. New York, Abrams. 1987) : Courtlandt Dixon Barnes Bryan (22 de abril de 1936 - 15 de dezembro de 2009), mais conhecido como CDB Bryan, era um americano autor americano autor e jornalista e escreveu o livro celebrando o centésimo aniversário da National Geographic Society citado citado por Haraway como um tributo à ideologia de visão direta, devoradora, generativa e irrestrita. - Chela Sandoval e Glória Anzaldúa (Yours in struggle: women respond to racism, a report on the national Women's Studies Association .
Oakland, Ca, Center for Third
World Organizing, sd; ANZALDÚA, Gloria: Borderland/La frontera. São Francisco, Spinsters/Aunt Lute 1987) : Chela Sandoval é professora associada da teoria crítica e cultural e os estudos Chicanos na Universidade da Califórnia, Santa Barbara. Gloria Anzaldúa (1942-2004) foi um escritora visionária cujo trabalho foi reconhecido com
muitas honras, incluindo o Before Columbus Foundation American Book Award, um prêmio literário Lambda, o National Endowment for the Arts Fiction Award, e o BodePearson Prize for Outstanding Contributions to American Studies. Seu livro Borderlands / La frontera foi selecionado como um dos 100 melhores livros do século por Hungry Mind Review e o Utne Reader. Citadas como correntes do feminismo que tentam estabelecer bases teóricas para uma confiança especial na perspectiva dos subjugados, que a visão é melhor abaixo das brilhantes plataformas espaciais dos poderosos. -
Annete
Kuhn:
Nasceu
em
22
de
maio 1934, maio 1934, em em Berlim, Berlim, é
um
alemão historiador alemão historiador e paz e pesquisador pesquisador sobre as mulheres. Ela mulheres. Ela era 1966-1999 professor de Didática de Didática da História e mais tarde também para estudos da mulher na Faculdade na Faculdade de Educação Renânia (Departamento de Bonn) e após sua dissolução, em 1980, na Universidade de Bonn. Bonn. Citada pela autora para introduzir o conceito de “distanciamento apaixonado”, quando se argumenta que se deve tomar uma postura de
hostilidade perante os relativismos e holismos fáceis. - Teresa de Lauretis
("Feminist studies/ critical studies: issues, terms, and contexts",
IN Feminist Studies/critical studies.
Bloomington, Indiana University Press. 1986,
pp.14-15): É uma escritora uma escritora e professora de História da Consciência na Universidade da Califórnia, em Califórnia, em Santa Cruz. Esta autora, em sua obra citada entre parênteses, expressa uma frase semelhante da Haraway “O eu dividido e contraditório é o que pode
interrogar os posicionamentos e ser responsabilizado, o que pode construir e untar-se à conversas racionais e imaginações fantásticas que mudam a história”, da seguinte maneira: "Diferenças entre as mulheres podem ser melhor compreendidas como diferenças no interior das mulheres... Mas, uma vez compreendidas em seu poder constitutivo - isto é, uma vez que se compreende que essas diferenças não apenas constituem a consciência e os limites subjetivos de cada mulher, mas que, juntas, definem o objeto feminino do feminismo em sua própria especificidade, em sua contradição inerente e pelo menos por ora inconciliável - essas diferenças não podem, então, ser outra vez desmanchadas através de uma falsa identidade, uma mesmice de todas as mulheres como a Mulher, ou como uma representação do Feminismo como uma imagem coerente e disponível." - Katie King: Doutora que tem lecionado desde 1986 na Universidade de Maryland, é
feminista e ativista pelos direitos dos GLBT. A autora a cita para introduzir o conceito
de “aparato da produção literária”, que é sugerido por King para enfatizar a emergência
do que é corporificado como literatura na interseção da arte, dos negócios e da tecnologia. - Aristóteles: Filósofo
grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande.
Juntamente com Platão e Sócrates, Aristóteles é visto como um dos fundadores da filosofia ocidental. É citado por Haraway justamente nesse sentido, ao se referir a sua tradição analítica. 2. Referência a movimentos sociais, políticos, a filmes, séries, obras, etc.: - Era Reagan: O
legado de Reagan era reformular tradicional conservadorismo-
americano como um novo populismo regular para a era contemporânea. A primeira chave para o sucesso de Reagan foram às perspectivas otimistas que fez muito para desviar acusações liberais que o conservadorismo era uma filosofia de maldade insensível e militarismo imprudente, e a segunda chave era sua capacidade de destilar posições ideológicas complexas em aforismos simples que soavam como o senso comum, como: "O governo não é a solução para o nosso problema"; O livre mercado resolve os problemas melhor do que os políticos políti cos podem; A paz só é possível através da força militar; América é sempre uma força para o bem no mundo, seus inimigos um "império do mal". Estes são os pressupostos fundamentais da Revolução Reagan, que são os pressupostos fundamentais que continuam a moldar o nosso mundo. Haraway afirma que as feministas nas questões sobre ciência e tecnologia são os "grupos de interesse especial" da era Reagan no âmbito rarefeito da epistemologia, no qual o que tradicionalmente tem vigência como saber é policiado por filósofos que codificam as leis canônicas do conhecimento. - Max Headroom: É
a inteligência artificial britânica fictícia (AI), conhecido por sua
sagacidade e gagueira, distorcida voz amostrado eletronicamente. Foi introduzido no início de 1984, mas o personagem foi criado por George Stone, Annabel Jankel e Rocky Morton, em meados da década de 1980. A personalidade do personagem foi parcialmente concebida concebida como uma sátira de hipócrita e egoísta televisão personalidades - de que Rocky Morton descreveu como "arrogante, personificação ocidental muito estéril da classe média, apresentador de TV macho", mas também foi "comunicamente sábio e alegremente desrespeitoso", que apelou para os jovens espectadores. A autora cita-o como alguém que não tem corpo, mas tem um ponto de vista que imaginava ser
reservada aos corpos fêmeos e colonizados. - Pós-modernismo: É a condição sócio condição sócio-cultural -cultural e estética que prevalece no capitalismo no capitalismo
contemporâneo após a queda do Muro de Berlim e a consequente crise das ideologias que dominaram o século XX. Pós-modernidade XX. Pós-modernidade pode significar uma resposta pessoal para uma sociedade pós-moderna, as condições na sociedade que fazem-na pósmoderna ou o estado de ser que é associado a uma sociedade pós-moderna. Em muitos contextos, poderia ser distinguido de pós-modernismo, a consciente adoção de filosofias pós-modernas ou de seus traços na arte, literatura e sociedade. Modernidade é definido como um período ou condição largamente identificado como Era Progressiva, a Revolução Industrial, ou o Iluminismo. Em Filosofia e teoria crítica, pósmodernidade refere-se ao estado ou condição da sociedade existir depois da modernidade, uma condição histórica que marca os motivos do fim da modernidade. Haraway afirma uma ciência sucessora de uma versão especifica do pós-modernismo. - Construcionismo social: Este
considera o discurso sobre o mundo não como um
reflexo ou mapa do mundo, mas como um artefato de intercâmbio social. O conhecimento não é algo que as pessoas possuem em algum lugar dentro da cabeça, mas sim algo que as pessoas fazem juntas, portanto, Haraway cita para dizer que os adeptos do construcionismo social deixam claro que as ideologias oficiais sobre a objetividade e o método científico são péssimos guias, particularmente no que diz respeito a como o conhecimento científico é realmente fabricado. Também que os construcionistas sociais puderam sustentar que a doutrina ideológica do método científico e toda a verborragia filosófica a respeito da epistemologia tinham sido inventadas para distrair nossa atenção de chegar ao conhecimento do mundo efetivamente através da prática da ciência. - O Nome da Rosa: Obra
de 1980, do autor Umberto Eco, que gira em torno das
investigações de uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval. A arquitetura da abadia lembrava um labirinto, que é o ponto em que a autora relaciona a obra com a natureza humana, misteriosa e complexa. - Woman on the edge of time: Romance
de 1976 escrito por Marge Piercy. É
considerado um clássico de utopia "especulativa", ficção científica, bem como um clássico feminista. Haraway cita que prefere a ficção cientifica seja mais utópica como este romance. - Wanderground:
É uma ficção especulativa romance de Sally Miller Gearhart,
publicado em 1979 por Persephone Persephone Books. Books. É o primeiro e mais famoso romance de Gearhart, e continua a ser usado em Estudos Feministas aulas como um exemplo característico do feminismo, do feminismo, movimento separatista da década de 1970. Haraway cita que prefere a fição cientifica seja mais utópica como este romance. - Marxismo Humanista: O
humanismo marxista é a linha interpretativa de textos de
Marx, Marx, baseada nos manuscritos da adolescência de Marx, e para Marx, o Homem é antes de tudo parte da Natureza, mas considera que o ser humano possui uma característica que lhe é particular, a consciência - que se manifesta como saber. Haraway critica que tipo de marxismo, mas acredita que o marxismo oferecia um recurso promissor para reelaborar as suas versões das teorias de perspectivas, à insistência na corporificação e críticas da hegemonia. - Psicanálise:
É um campo clínico e de investigação teórica da psique humana
independente da Psicologia, que Psicologia, que tem origem na Medicina, desenvolvido por Sigmund por Sigmund Freud, Freud, é essencialmente uma teoria da personalidade e um procedimento de psicoterapia. A psicoterapia. A autora cita este como influenciadora da abordagem marxista. - A Persistência da visão: persistence of vision” é
O conto de ficção científica de John Varley, cha mado “The
parte da inspi ração de um trecho, um subtítulo. “No conto,
Varley cria uma comunidade utópica planejada e construída por surdos cegos. A partir daí, explora as tecnologias e outras mediações de comunicação desse povo e suas relações com crianças que enxergam e com visitantes (VARLEY: The persistence of vision. New York, Dell. 1978). Em "Blue champagne",Varley (Blue Champagne. New York, Berkeley. 1986) transpõe o tema para questionar as políticas de intimidade e tecnologia de uma jovem paraplégica cuja prótese, a cigana dourada, permite-lhe completa mobilidade. Mas, uma vez que o aparato, infinitamente caro, pertence a um império integaláctico de comunicações e de entretenimento, para o qual ela trabalha como uma estrela da mídia, fazendo "contatos", ela só pode manter seu outro eu tecnológico, íntimo, habilidoso, em troca de sua cumplicidade na mercantilização de toda sua experiência. Uma das maneiras de ler as reiteradas investigações de Varley sobre as afinal sempre limitadas encarnações, os seres diferentemente habilitados, as tecnologias protéticas e os encontros ciborguianos, finitos apesar de sua extraordinária transcendência das ordens "orgânicas", é encontrar uma alegoria para o pessoal e político no tempo histórico mítico do final do século vinte, a era das tecno-biopolíticas. tecno-biopolíticas. Prótese torna-se uma categoria fundamental para a compreensão de nossa vida mais
íntima. Prótese é semiose, a construção de significados e corpos, não para transcendência, mas para a comunicação carregada de poder .” - Militarismo, Capitalismo, Colonianismo:
Militarismo ou ideologia militarista é a
ideia de que uma sociedade é melhor servida (ou de maneira mais eficiente) quando governada ou guiada por conceitos incorporados na cultura, na doutrina ou no sistema militares. Militaristas sustentam que a segurança a segurança é a mais alta prioridade social, prioridade social, e alegam que o desenvolvimento e a manutenção do aparato militar assegura essa segurança. Capitalismo é um modo de produção fundado na divisão da sociedade em duas classes essenciais: a dos proprietários dos meios de produção (terra, matérias primas, máquinas e instrumentos de trabalho) - sejam eles indivíduos i ndivíduos ou sociedades que compram a força de trabalho para fazer funcionar as suas empresas; a dos proletários, que são obrigados a vender a sua força de trabalho, porque eles não têm acesso direto aos meios de produção ou de subsistência, nem o capital que lhes permita trabalhar por sua própria conta. O termo capitalismo foi criado e utilizado por socialistas socialistas e anarquistas (Karl Marx, Proudhon, Marx, Proudhon, Sombart) Sombart) no no final do século do século XIX e no início do século XX, XX, para identificar o sistema político-econômico existente na sociedade ocidental quando se referiam a ele em suas críticas, porém, o nome dado pelos idealizadores do sistema político-econômico ocidental, os britânicos John Locke e Adam Smith, Smith, dentre outros, já desde o início do século XIX, é liberalismo. Colonialismo é
a política de
exercer
o
controle
ou
a
autoridade
sobre
um território um território ocupado e administrado por um grupo de indivíduos com pode rmilitar, ou rmilitar, ou por representantes do governo do governo de um país ao qual esse território não pertencia, contra a vontade dos seus habitantes que, muitas vezes, são desapossados de parte dos seus bens (como terra arável ou de pastagem) e de eventuais direitos políticos que detinham. Citados por Harway como períodos da história da ciência que significaram como habilidades perversas de distanciar o sujeito cognoscense de todos e de tudo no interesse do poder desmesurado. - National Geographic Society:
Fundada nos Estados Unidos em 27 de janeiro de
1888 por 33 homens interessados em "organizar uma sociedade para o incremento e a difusão do conhecimento geográfico", tinha como propósito divulgar e melhorar o conhecimento geral da geografia e do mundo entre o público geral. Para este fim, realiza viagens de exploração e publica mensalmente uma revista, National Geographic.
Essa referência é usada para exemplificar a forma que a imagem/visão é
empregada para convencer de que determinada forma de se fazer conhecimento é “transparente” e o “progresso é inquestionável”, que Haraway chama “visão direta, devoradora, generativa e irrestrita”. - Relativismo: É um termo filosófico que se baseia na relatividade do conhecimento e
repudia qualquer verdade ou valor absoluto. Todo ponto de vista é válido. Conforme Haraway, o relativismo é uma maneira de não estar em lugar nenhum, mas alegando-se que se está igualmente em toda parte. Ela propõe como alternativa ao relativismo os saberes parciais, localizáveis, críticos, apoiados na possibilidade de redes de conexão, chamados de solidariedade em política e de conversas compartilhadas em epistemologia. - Mulher do terceiro mundo: Chandra Talpade Mohanty é uma
teórica feminista, que
se tornou conhecida após a publicação de “Sob o olhar ocidental: estudos feministas e
discursos coloniais” (tradução livre), em 1986. Nesta publicação, Mohanty articula uma crítica do projeto político do feminismo ocidental em sua construção discursiva discursiva da categoria "da mulher terceiro mundo" como uma entidade hegemônica. Mohanty indica que os feminismos ocidentais tendem a anotar sobre as diferenças entre mulheres do sul, mas que a experiência da opressão é inacreditavelmente diversa, e contingente na geografia, na história, e na cultura. Haraway cita é na procura pelo objeto perfeito, fetichizado, da história oposicional, que às vezes aparece na teoria feminista como a essencializada essencializada Mulher do Terceiro Mundo. - O Coiote ou Trickster: este
termo é originário da mitologia dos povos indígenas
norte-americanos e designa, hoje, um número variado de "heróis trapaceiros". Sua característica mais importante é a astúcia - através dela que ele age, ora prejudicando os homens, indignando-os; ora beneficiando o coletivo em que sua figura se insere, despertando, portanto, admiração e sendo considerado um "herói civilizador." civili zador." Segundo a autora, este é um mito útil para os cientistas, evocando uma situação onde nos desvencilhamos “da ideia de dominação, mas continuamos à procura de fidelidade, sabendo que seremos enganadas”. - Frankenstein:
Romance de terror de autoria de Mary Shelley. O romance relata a
história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que constrói um monstro em seu laboratório. Haraway cita a obra por ela relacionar o romantismo com a ciência, assim como poetas e biólogos acreditaram, desde o inicio do romantismo do século dezoito, que a poesia e o organismo eram irmãos.
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