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INTRODUÇÃO Este Este trab trabal alho ho tem tem por por obje objetitivo vo busc buscar ar a defin definiç ição ão de ente, essência e o problema dos universais, segundo o pensamento do principal filósofo escolástico,
Santo Tomás Tomás de Auino! "o decorrer do trabalho, poderão aparecer outros conceitos de grande relev#ncia para o santo católico da idade medieval, no entanto, este trab trabal alho ho acad acad$m $mic ico o já pres pressu sup% p%e e o seu seu ente entend ndim imen ento to por por part parte e do leit leitor or contempor# contempor#neo, neo, destes conceitos& conceitos& apesar apesar do doutor angeli , pensar e definir estes concei conceitos tos a partir partir do pensad pensador or grego, grego, Aristót ristótele eles, s, ele coloca coloca sua autent autentici icidad dade e filosófica e teológica ue, por sinal, somente Auino, com sua brilhante intelig$ncia, consegue fa'er!
O ENTE E A ESSÊNCIA Tentar ntarem emos os nest neste e cap( cap(tu tulo lo,, busc buscar ar a defin definiç ição ão,, de form forma a aces acess( s(ve vell e simp simplif lific icad ada, a, dos dos conc concei eito toss ente e essência , bem bem como como sua relaç elaçã ão com a existência!
Auino divide o ente nas de' categorias, de ue Aristóteles afirma anteriormente na história da filosofia& são elas) subst#ncia, uantidade, ualificação, relativo, lugar, tempo, posição, posse, ação e efeito! * autor afirma ue) * ente ente +!!! +!!! - aui auilo lo ue ue sign signifi ifica ca a subs subst# t#nc ncia ia de algu alguma ma cois coisa, a, +e +e necessariamente ess$ncia significa algo de comum a todas as nature'as atrav-s das uais os diversos entes são englobados nos diversos g$neros e esp-cies, assim como, por e.emplo, a /humanidade0 +!!! constitui a ess$ncia do homem e assim por diante 1A34"*, 5678, p!69!
Secundariamente, ele entende ente acerca da veracidade das proposiç%es, modo pelo ual as privaç%es e negaç%es podem ser ditas entes, pois sua distinção do primeiro modo - ser afirmativo ainda ue nada seja acrescentada a coisa! Estes dois pólos do mesmo ente 1ser meramente e simplesmente : e.istir : e ser isto ou auilo9 manifestam uma distinção concreta) ;a primeira de todas, e ue está na origem de todas : a distinção entre ess$ncia e a e.ist$ncia!
nica e.ceção para esta distinção entre ess$ncia e e.ist$ncia, e esta e.ceção - ?eus& Ele - Ato
8 Algumas subst#ncias são simples, ao passo ue outras são compostas, sendo ue em ambas e.iste uma ess$ncia! Todavia, nas subst#ncias simples a ess$ncia reside em sentido mais verdadeiro e mais elevado, mesmo porue possuem um ser mais nobre, e al-m disso constituem causas das subst#ncias compostas! 4sto ocorre, pelo menos, com auela subst#ncia primeira e simples por e.cel$ncia, ue se denomina ?eus 1A34"*, 5678, p!59!
uanto B ess$ncia, - por ela e nela ue uma coisa -& - atrav-s dela ue se dá a conhecer o ue algo -! Ela por si só já - o ato, por-m uando está entrelaçada a e.ist$ncia, ela - uma pot$ncia! A ess$ncia da coisa continuará sempre sendo a mesma, visto ue muitas ualidades podem ser atribu(das B coisa, por-m, sem a ess$ncia ela 1a coisa9 não consegue ser definida nem dei.a de ser o ue -, como dito anteriormente! @ejamos) ;porue o ue e.iste em algo ue não pertence B sua ess$ncia tem de ser causado ou pelos princ(pios da ess$ncia, como acidentes próprios da esp-cie +!!!= 1A34"*, 25, p!5779! A distinção, por-m, entre ess$ncia e e.ist$ncia, - indispensável em todos os seres ue podem e.istir ou não! Somente para o ato puro, evidentemente, não poderia caberCseCia esta distinção, como dito acima 1DA*S, 566F, p!5GF9! ?isto compreendeCse ue ?eus - infinito& não em uma linha de uantidade, mas por via de significado ue não tem ualuer limitação, pois todo ato - finito em ra'ão da potencialidade, a ual - uma força receptiva! ?ecorrente a isso, constataC se ue as formas são limitadas, segundo a pot$ncia da mat-ria! Has, a primeira causa motora - ato puro, sem ualuer possibilidade de pot$ncia, e isto pelo fato de não ser nem a forma, nem a força de algum corpo, se fa' necessário ue esta primeira causa motora seja infinita! Em seu escrito O ente e a essência, Santo Tomás nos indica ue há seres formados de mat-ria e forma, sendo essa, portanto sua ess$ncia! "ão se pode compreender somente a mat-ria por ess$ncia, tampouco somente a forma& no entanto tamb-m não se pode afirmar ue ess$ncia seja a relação entre a mat-ria e a forma, ou algo ue seja acrescentado a estas& tudo isto - compet$ncia da ess$ncia, ue ;atrav-s da forma, ue - ato da mat-ria, a mat-ria se torna ente em ato e este algo concreto& por conseguinte, o ue se lhe acrescenta não somente dá B mat-ria o ser simplesmente em ato, mas tamb-m o ser atual, assim como ocorre com os acidentes= 1A34"*, 5678, p!59! A ess$ncia nas subst#ncias separadas como alma, intelig$ncia e causa primeira devem ser analisadas! Essas subst#ncias são ditas por Santo Tomás, como
I subst#ncias separadas ainda ue e.istam alguns filósofos ue afirmem ue essas subst#ncias são compostas! Ao passo ue alguns outros filósofos defendem ue tais subst#ncias não possuem nenhuma mat-ria, o autor da Suma Teológica (Tomás de Aquino), di' ue embora a ess$ncia esteja de maneira total ver(dica nas
subst#ncias, ela se encontra de maneira relativa nos acidentes! "o uinto cap(tulo de O ente e a essência , Tomás e.amina de ue forma a ess$ncia - encontrada nas subst#ncias separadas, ou seja, na intelig$ncia e na causa primeira! Ele retoma) ;a ess$ncia da subst#ncia composta se diferencia da ess$ncia da subst#ncia simples pelo fato de ue a +!!! composta compreende não só forma nem só mat-ria, mas forma e mat-ria, ao passo ue a +!!! simples consta e.clusivamente de forma= 1A34"*, 5678, p!579! "o entanto, Auino detecta outras duas diferenças entre a ess$ncia da subst#ncia composta e a ess$ncia da subst#ncia simples) a primeira - ue a ess$ncia das coisas compostas pode ser tomada como todo ou parte, o ue ocorre devido B ualificação da mat-ria, como foi dito anteriormente, e por este motivo, a ess$ncia de uma coisa composta não pode ser predicada de ualuer maneira da própria coisa composta& ao contrário, a ess$ncia de uma coisa simples, ue - a sua forma, não pode ser tomada senão como um todo, observado ue ali nada e.iste, al-m da forma, ue fosse como um recipiente para a forma, sendo poss(vel sua predicação! Já a segunda diferença está em ue a ess$ncia das coisas compostas, pelo fato de ue são recebidas na mat-ria designada ou se multiplicam segundo a divisão desta, ocorre ue algumas delas são iguais com respeito B esp-cie e diversas uanto ao n>mero& já ue a ess$ncia das coisas simples não - recebida na mat-ria, ali não pode e.istir tal multiplicidade como a anterior 1A34"*, 5678, p!5FC 579! TemCse a necessidade tamb-m de e.plicitarCse a diferença entre forma substancial 1auela ue se unindo a mat-riaCprima confere e.ist$ncia ao corpo, uma ve' ue a subst#ncia compete propriamente e.istir9 e a forma acidental 1acrescenta suas formas secundárias a subst#ncia9! Enuanto uma forma substancial - apenas uma >nica em uma mat-ria, as formas acidentais podem ser muitas, seja uantas for Bs particularidades se apresentarem no ente! ?eus, portanto, se fa' necessário e - causa de todos os outros seres, n0Ele não há se uer possibilidade de pot$ncia, e por isso - Ato
G visto ue pela sua própria nature'a, - um ser ue se distingue de todo o restante dos seres 1A34"*, 5678, p!9& está no ato puro, a perfeição contida em partes, nos seres, pois d0Ele prov-m e possuem dentro de si uma diversidade& Ele - o unicamente perfeito e reconhecido por sua ualidade ue obt-m todas as ualidades e.istentes de forma >nica e original!
O PROBLEMA DOS UNIVERSAIS Komo sabemos, mesmo tendo diversas influencias aduirida de Aristóteles, Santo Tomás de Auino elabora de forma original tamb-m este tema, ue foi muito discutido durante a era medieval! "o vocabulário da Suma Teológica, HarieCJoseph "icolas, nos informa ue, etimologicamente, universal uer di'er ;auilo ue se remete ao uno ou auilo ue, sendo um, di' respeito a uma multidão= 1A34"*, 25, p!559! "o uarto cap(tulo de O ente e a essência, o ;doutor angeli= defende ue não se pode afirmar ue o conceito de universal concorde B nature'a, no sentido ue apontamos anteriormente, visto ue o conceito de universal implica o de unidade e comunidade! "em a unidade nem a comunidade conv$m B nature'a humana, tomada no sentido absoluto! 4mplicarCseCia a noção de comunidade, e esta estivesse contida no conceito de homem, necessariamente aconteceria ue, em toda coisa em ue se encontrasse a ;humanidade= 1o ser homem9, encontrarCseCia tamb-m B comunidade! @isto a não veracidade desta afirmação, pois e.p%e o e.emplo) ;em Sócrates não se encontra nenhuma comunidade, mas tudo o ue nele e.iste, e.iste como individuali'ado nele= 1A34"*, 5678, p!5G9! Auino então afirma, com base em Aristóteles 1o Lilósofo9 e Avicena 1o Komentador9, ue - o intelecto ue cria a universalidade nas coisas, e por mais ue esta nature'a contenha caráter universal, ao ser confrontado com as coisas e.istentes fora da intelig$ncia, por ser similar a todas elas, entretanto, auilo ue tem e.ist$ncia neste ou nauele intelecto, - um certo conhecimento do particular! Kom efeito, não prov-m a universalidade dauela forma segundo o ue o ser tem no intelecto, mas segundo o ue se refere Bs realidades como semelhança delas! A fim desta afirmação, Tomás nos prop%e outro e.emplo) ;se houvesse uma estátua de corpo humano ue representasse muitos homens, poder(amos, sim, admitir ue tal imagem tivesse um conceito de comunidade segundo fosse a representação comum de muitos indiv(duos humanos= 1A34"*, 5678, p!5G9!
F
seja, constataCse ue os seres formam diversos agrupamentos, determinados cada um pela e.ist$ncia dum certo n>mero de caracter(sticas! ?esses agrupamentos, os mais particulari'ados, isto -, os ue compreendem todos os seres cuja ess$ncia - id$ntica, e só esses, são o ue em metaf(sica se chamam espécies & os homens, por e.emplo, constituem uma esp-cie! *s outros gêneros , pró.imos 1os mais particulares9 ou remotos 1os mais gerais9 1DA*S, 56FF, p!5F2, grio do autor 9!
?eveCse observar, para não ser confundido com os g$neros e esp-cies na visão biológica, mesmo ue Auino faça a justa analogia! Muillermo Lraile, em sua obra !istoria de la ilosoia "" #, di' ue ao desenvolver sua teoria, Santo Tomás de Auino uis transmitir ue ;há duas pot$ncias intelectivas, as uais tem funç%es muito diferentes no processo da formação universal, da intelecção e da ci$ncia= 156NF, p!8NF, trad$ nossa92! "este sentido, para a abstração se reuerem duas condiç%es, das uais se compreendem, uma) 5! %or parte do ob&eto ue - necessária a composição de partes, pois somente são sujeitos de abstração as coisas compostas, tendo em vista ue - da estrutura do ser concreto ue depende a abstração! * objeto oferece ao entendimento, então, a possibilidade de poder despojáClo de tudo uanto lhe impede Tradução para o portugu$s 1Drasil9) !istória da ilosoia "" !
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* original di'ia o seguinte) ;OaP dos potencias intelectivas, P a las cuales corresponden funciones muP distintas en el proceso de la formación universal, de la intelección P de la ciencia= 1LA4QE, 56NF, p!8NF9 2
7 de ser objeto de conhecimento intelectivo, elevando assim, sua representação B ordem do conceito universal& Enuanto a outra) 2! %or parte do su&eito ue se fa' necessária uma pot$ncia ou ualidade abstrativa! A compreensão então se dá, começando por meio dos sentidos, por conseguinte na imaginação e ao t-rmino na atividade dos entendimentos 1agente e poss(vel9! @ejamos o ue Lraile 156NF, p!8FNC87I9 esuemati'ou) 2!5! 'ntendimento agente : a atividade do pensamento age somente sob o ser corpóreo, móveis e contingentes pertencente a este mundo f(sico, composto por mat-ria e forma, subst#ncias e acidentes! Este entendimento - negativo, pr-C cient(fico, comum para todas as ci$ncias!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
e.posição= 15678, p!229!
N
REFERÊNCIAS A34"*, Tomás de! O ente e a essência! trad! Qui' João Dara>na! 5! ed! São
! Fi"!s!&ia t!ista! 2! ed!
REFERÊNCIAS CONSULTADAS O3M*",