Juninho
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Coleção
VENTOS DO ESPÍRITO
O FOGO
DO
AVIVAMENTO 15a. Edição
José Moreira Guedes Filho Juninho
São José dos Campos Editora Sinai Ltda. 2012
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O Fogo do Avivamento
Coleção
VENTOS DO ESPÍRITO
O FOGO
DO
AVIVAMENTO 15a. Edição
José Moreira Guedes Filho Juninho
São José dos Campos Editora Sinai Ltda. 2012
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O Fogo do Avivamento
Título original “O Fogo Fogo do Avivamento”, de José Moreira Guedes Filho © Copyright 2002 by José Moreira Guedes Filho Editores José Moreira Guedes Filho Cláudia Denise Gonçalves de Deus Guedes Revisão Geral Josefina Neves Mello Diagramação Cláudia Denise G. Deus Guedes
Todos os direitos reservados a
EDITORA SINAI LTDA. Rua Isaac Newton, 106 - Jardim Oriental - cep 12236-240 São José dos Campos - São Paulo - Brasil C. N. J.: 04.485.990/0001-56 - I. E.: 645.423.972.119 Tel.: (12) 3916-6653 E-mail:
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira B rasileira do Livro, SP, Brasil) Filho, José Moreira Guedes O Fogo do Avivamento / José Moreira Guedes Filho São José dos Campos: Editora SINAI, 2012 ISBN 85-86892-84-X 32 páginas 1. O Fogo do Avivamento. I. Coleção Vento do Espírito - Vol II. II. Título CDD 248
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ÍNDICE
1. Homens do Avivamento ............... 07 2. O que falta para o pleno avivamento? .............................. 16 3. Mantendo aceso o Avivamento ...........................20 4. O Avivamento traz novas manifestações ............................ 27 Oração........................................... 34
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O FOGO
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AVIVAMENTO Desde o instante em que deparei com o Rei dos reis, no mais íntimo de minha alma, desde minhas raízes mais profundas, veio sobre mim uma onda poderosa, cada vez mais forte, que está me empurrando a ponto de deixar-me incomodado. Fui derrotado por essa maré, por essa força indomável. Não posso mais resistir, minhas forças esvaíram-se. Venho, portanto, anunciar um Avivamento que virá como maré avassaladora. Irei a praças, ruas e becos guiado pela coluna do Fogo do Espírito de Deus. Venham comigo as águias que gostam de voar sozinhas; venham comigo os leões e leoas solitários, que gostam de caçar sozinhos; venham comigo os santos
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que fecham as portas atrás de si para orar a seu Deus! O Senhor vai desencadear um dilúvio, não para acabar com a vida, mas para incendiar as fortalezas das trevas, purificar tudo o que é impuro sobre a face da Terra! Porque o culto do nosso Deus virou um livro velho e esquecido, roído pelas traças, corroído pela indiferença. Mas saibam todos que este não será um dilúvio de água, mas de FOGO!
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HOMENS DO AVIVAMENTO O Senhor deseja dar à Sua Igreja uma unção, por ela pouco conhecida, mas que foi experimentada, conhecida e vivida pelos Apóstolos e por homens como Francisco de Assis. Os Apóstolos experimentaram o que é estar nas mãos do Espírito Santo em sua plenitude. Como Pentecostes era uma experiência desconhecida para eles, tiveram que experimentar o Espírito Santo em medidas cada vez maiores, porque seriam incapazes de suportar tamanho impacto de uma só vez. O Senhor nos convida a fazer essa experiência hoje! Há um desejo no meu coração de orar e pregar, para que Deus conceda uma invasão Juninho
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avassaladora do Espírito Santo, um dilúvio santo, uma revolução de poder. O Senhor deseja derrubar as barreiras que se colocam entre Ele e nós. Jesus espera, da nossa parte, o grito de guerra: “Se meu povo, sobre o qual foi invocado o meu nome, se humilhar e procurar minha face para orar, renunciando ao seu mau procedimento, escutarei do alto dos céus e curarei a terra”
(2 Cr 7, 14). Basta um clamor desse povo! Deus deseja desencadear uma avivamento em nossos dias. Sem dúvida alguma, é esta a nossa maior necessidade. Mas o que é o avivamento? Quero dizer primeiro o que não é: avivamento não é fabricado pelo homem, não é fruto das emoções humanas, não é manipulado por pessoas. Na verdade, o avivamento é Deus presente, poderoso. É o sopro do Espírito agindo intensamente em um lugar, durante um certo tempo. Não é só um batismo no Espírito, são sucessivos batismos por um certo tempo. Quando isso acontece, Deus faz em pouco tempo aquilo 8
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que levaríamos muito tempo para fazer. Onde não há ousadia, não há avivamento. Quem hoje se levanta, como Elias, e coloca seu ministério em risco diante dos falsos deuses, dizendo que Deus vai mandar fogo? Hoje, você confiaria assim em Deus? Arriscaria a sua reputação diante de quatrocentos pessoas? Pois Elias fez isso! (1 Rs 18, 19). Precisamos dessa presença santa; a Bíblia diz que o poder de Deus enchia de tal forma o tabernáculo que nem Moisés ousava entrar. Quando o avivamento vem, levanta vidas santas, radiantes. Deus nos quer santos! Moisés vivia em tão íntima comunhão com Deus que a Sua glóriao impregnou a tal ponto seu rosto que este brilhava intensamente, obrigando-o a cobri-lo (Êx 34, 29). Você já viu algum rosto assim? Houve um época na vida de Sansão que o poder de Deus não descia sobre ele. Ele, que antes era acostumado a repetidas unções de Juninho
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poder sobre si, teve que se acostumar a viver sem a unção, acabando sua vida cego, atrás de um moinho, sem liberdade. A diferença entre Sansão e você é que Sansão não enxergava e você enxerga, sabe a força que tem, mas está preso a alguma coisa. Qual moinho o segura, o faz rodar em círculos? Como é horrível ser alguém acostumado ao poder de Deus e, de repente, ter que passar uma fase de profunda aridez. Mas, acalme-se! Deus irá levantar você, como levantou Sansão! João Batista era um homem que trazia a chama divina acesa em seu coração. Mais do que a pele queimada pelo sol do deserto, ele tinha o coração como uma tocha em chamas! Quando pregava, incendiava-se diante das multidões, que não podiam conter o seu ímpeto. Que prazer não tiveram as multidões em se aquecerem junto a ele! Porém, não é esse homem em chamas quem batiza no fogo, mas Alguém muito maior e que anda numa temperatura mais alta do que 10
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a dele, Alguém cujo esplendor das chamas basta para iluminar toda a cidade santa (Ap 21, 24). Deus procura um homem que ore, que tenha desejo de estar em comunhão plena com Ele. Uma chama fraca não atrai os olhos do Senhor, e é abominável para Ele, pois percebe e despreza a mornidão! Quando falta o homem de Fogo, falta o incêndio. Peça agora: “Jesus, faça de mim um novo João Batista!”. Estou aqui para dizer que você pode ser um novo João Batista. Quem pode medir o tamanho do incêndio que havia naquele homem? Seria como tentar medir o incêndio do sol com a palma da mão. O povo estava mergulhado em quatrocentos anos de trevas profundas, não havia nem mesmo uma vela para iluminar o caminho, havia um grande silêncio de Deus. Israel, a nação escolhida, não encontrava um homem para Juninho
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aponta-lhe o caminho a seguir. Muitos holocaustos, cerimônias, circuncisão, sangue de animais, homens entrando no Santo dos Santos, classe sacerdotal, Deus procurou mas não conseguiu encontrar o homem de fogo em nenhum desse locais, então continuou a procurá-lo. Eis que surge no meio das trevas um forte clarão. Levanta-se um homem, formado por Deus numa “universidade” na qual poucos homens foram formados: no silêncio do deserto, na penitência, junto das cobras, dos escorpiões, tendo a fome e o frio por companheiros. Que tal você passar um dia a pão e água? A nação israelita estava na mesma carnalidade em que está o mundo hoje, até que surgiu um homem, queimado pelo sol, batizado no fogo, rompendo o tenebroso silêncio de quatrocentos anos! O que centenas de homens não foram capazes de fazer em todos estes anos, João Batista o fez em seis meses. Que não passemos 12
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a vergonha de ter que ver uma pessoa fazer em seis meses o que estamos tentando fazer a nossa vida toda! Nesse avivamento por meio de João Batista, as pessoas iam a Deus, por causa da presença d’Ele em torno do profeta. E o que as pessoas viam em João? Viam a presença do Todo-Poderoso. Diante daquele “filho do deserto”, as pessoas sentiam a presença e o poder de Deus. O que atraía as pessoas para aquele homem era a atmosfera espiritual daquele lugar e a agradável unção de Deus; sentiam a força inquestionável do Batismo nas águas do Jordão. Já pude ver pessoas tremerem, chorarem, ficarem fracas diante de Deus, mas tenho que dizer que, quando acontece uma avivamento avassalador, esse clima de poder permanece por tempos. João Batista pregava, mas era Deus quem o queimava. João Batista poderia ter seu nome mudado para “filho do deserto”, pois com certeza ele não foi feito em trinta anos, era o fruto de quatrocentos anos de oração ao Juninho
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Altíssimo. Podemos pregar, mas só Deus nos põe em chamas! Ele é a voz de Deus, é a garganta de Deus, em seus olhos está a luz de Deus; na sua boca, a palavra de Deus. Na vida de João não acontecem curas ou milagres, os mortos não ressuscitam, mas a passagem dos ossos secos (Ez 37) cumpre-se a seu redor. Ele levanta uma nação morta, dando-lhe vida. Ah! Como ele era diferente! Sua doutrina tinha vida, ele não fazia holocausto, não circuncidava, não participava de cerimônias, mas em João Batista havia um incêndio inextinguível, que se levantava contra toda a formalidade. João Batista é lembrado por sua comida e roupas estranhas, mas eu, Juninho, quando penso nele, lembro-me daquilo que o Anjo disse: “João será grande” (Lc 1, 15). As grandes águias voam sozinhas, as leoas caçam sozinhas e os grandes homens de Deus encontram-se sozinhos, no deserto de seu quarto diante de Deus, como 14
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Santa Terezinha. João era a voz. Nós temos que chorar, pois não passamos de “som de taquara rachada”, ecos que não fazem nem cócegas no demônio. O filho de Zacarias e Isabel era um homem quebrantado, por isso ele desarmava os corações, por isso tremia e fazia Israel tremer, por isso as cidades ficavam vazias e o deserto cheio. Ele não possuía caixa de som, nem Internet, nem revistas; não carregava livros, mas tinha algo que poucos têm: o poder do alto! Era um homem de ação e unção. Hoje temos ação mas, e a unção? Um grito ecoava no mundo: “Arrependei-vos!” . Esse grito está no boca de muitos pregadores, mas nunca ninguém o pronunciou com tamanha unção como João. Ele era o “lança-chamas” de Deus!
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O QUE FALTA PARA O PLENO AVIVAMENTO? O mundo carece de homens e mulheres que façam a obra de Deus com a mesma unção com que Jesus fazia, isto é, com o mesmo avivamento. Buscamos fórmulas mágicas, mas a fórmula de Deus é antiga, a receita nos foi dada por Ele há muitos séculos. Somente uma unção devoradora, no mesmo grau em que foi dada a Jesus, é capaz de abalar o mundo. Você quer ter a unção que Jesus tinha? Quer ter a unção que a Igreja primitiva tinha? É preciso sentar aos pés de Jesus e redescobrir o Evangelho, andar com Ele pelas ruas da Pa 16
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lestina, como fizeram os primeiros apóstolos! Jesus era um homem transfigurado pelo poder de Deus, n’Ele o humano e o divino se fundiam totalmente. A autoridade divina repousava sobre sua humanidade a ponto de as pessoas dizerem, ao ouvir sua pregação: “Nunca ouvimos alguém falar com tanta autoridade!” . Jesus tinha em seu peito um fogo devorador, pois repetidas experiências com Deus davam a Ele uma unção extraordinária. Jesus foi um homem totalmente avivado. Milagres aconteciam mesmo em épocas de grandes crises em sua vida, como por exemplo quando Judas O traiu ou quando curou seu inimigo Malco, cuja orelha havia sido decepada por Pedro. Não era quando estava por todos abandonado, que a todos perdoava? Porque o seu estado normal era andar avivado. A temperatura do Espírito é alta, a temperatura normal do cristão é alta; em outras palavras, avivamento é o estado normal
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do cristão. Deus está dizendo que você pode ter a mesma unção! Deus deseja que a obra, realizada por Jesus na Palestina, seja uma obra comum em nossos dias! Quando Jesus falava, o fogo saía de seus lábios, enquanto orava, Deus O cumulava de poder, O revestia de glória e Ele transfigurava-se!
Jesus andava numa dimensão sobrenatural, tão próximo do Pai, que recebia uma capacitação de poder muito maior do que Moisés recebeu, quando levantou o mar com o sopro de Deus. As pessoas não conseguiam imaginar alguém com mais poder que Josué, que parou o sol. Mas, quando depararam com Jesus, foram subitamente arrebatadas por uma atração sobrenatural, inimaginável. Por isso, as multidões vinham de todos os lugares para ver aquele homem ardendo pelo poder de Deus. Meu amado, Jesus quer que você ande, pense e fale como Ele. Lembre-se de que Jesus, apesar de ser Deus, era homem! É o próprio Jesus 18
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que deseja que você transforme a sua cidade em uma Nova Palestina! Você pode ter a experiência de Pedro e passear pelas ruas de sua cidade e as pessoas serem curadas por sua sombra! Você pode andar pelas ruas com a unção que estava em Paulo, e seus lenços podem curar! “Ah! Juninho, Jesus é santo e eu sou pecador!”, mas eu digo: “Foi Ele quem o escolheu; antes de você nascer, Ele o escolheu e tocou, e tudo que Ele toca é consagrado! É Ele quem dá, por total liberalidade, sem mérito algum de sua parte, o mesmo fogo sagrado que havia em Jesus!”. Uma só pessoa é capaz de desencadear o avivamento. João Batista nos prova isto. Porém, ele pagou o preço com obediência e penitência. Se você sente uma paixão consumidora por uma vida santa e acredita que Deus pode usá-lo para incendiar a História, saiba que este é o caminho! Precisamos de orações prolongadas para que o Senhor mande o avivamento. Juninho
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MANTENDO ACESO O AVIVAMENTO Jesus não queria que o avivamento desencadeado por João terminasse, por isso Ele preparou doze homens para passar por um local em que seriam literalmente incendiados pelo fogo do alto. De tudo que eles ouviram do Senhor ou O viram fazer, ainda foi preciso que o incêndio do cenáculo acrescentasse poder a eles! O que viram e ouviram de Jesus não bastava. Na Teologia, ouvimos e vemos tudo sobre Ele, mas o quê nos falta a nós, teólogos? Passar pelo local em chamas reservado por Deus! Para incendiar o mundo, Jesus precisou arder na cruz! O mesmo poder, que estava sobre os cristãos da Igreja primitiva, está à nossa disposição. 20
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Por que existe uma diferença extraordinária entre as obras deles e as nossas? A diferença não está naquilo que está à disposição, mas naquilo de que não tomamos posse! Cento e vinte homens esperaram o poder, eles tinham que tomar posse. Por isso, Pedro, Tiago, João e Maria também esperaram para tomar posse do poder! Quando o Espírito invadiu aqueles homens, o poder de Deus veio junto, selando-os! Você está selado com o poder de Deus? Se nosso Deus é um Deus de poder, seus servos devem ser homens poderosos em sua graça! Senhor quer usá-lo e manifestar Seu poder através de você! Ele quer fazer da sua casa um templo. Quando o velho Salomão dedicou o templo a Deus, Ele respondeu enviando fogo do céu sobre o altar e o povo se prostrou em adoração, porque viram a glória do Pai sobre o templo (Cr 7, 1-3). E foi no templo que Ezequiel viu a luz Juninho
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brilhante, o trono do Altíssimo em chamas (Ez 1, 26-28). Daniel tivera a mesma visão, mas com um rio de fogo que saía dali! (Dn 7, 9-10). Meu querido, é esse rio de fogo que se repartia sobre os Apóstolos e ia incendiando as casas e as ruas de Jerusalém (At 2). Este rio quer incendiar nossas ruas e casas também, hoje. Houve muita perseguição para apagar o fogo que ardia nos Apóstolos, mas esta perseguição só ajudou a espalhar o fogo! O homem impetuoso queima pelo poder de Deus e, quando mais se sopra, tentando exterminá-lo, mais sua luz resplandece! Paulo era circuncidado, culto, estudado, poliglota e a tudo isso Deus somou Seu fogo sagrado, levando-o a se tornar um homem indomável, uma labareda gigantesca, que a cada dia crescia mais e mais, que só vivia para a glória do Senhor, que só pregava a Palavra de Jesus! Havia congruência entre sua vida e aquilo que 22
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pregava. Tudo que não fosse verdade, o Espírito Santo queimava! Se Paulo não tivesse essa chama a consumi-lo, não passaria de um religioso prosélito. Nada atingia a Saulo, mas um dia ele foi atingido e se tornou Paulo, o apóstolo do avivamento. Paulo nunca deu um passo para trás, sempre ia em direção à meta, ele sabe o que é edificar o reino dos céus, através do poder de Deus. Como agia Paulo, para fazer a graça acontecer? Ele se abandonava em Deus, como o barco que se deixa levar ao sabor das marés, deixava o poder avassalador de Deus invadir sua alma. O homem do extraordinário! Muitos querem o avivamento, mas não querem manifestações extraordinárias. Como clamar por enchente e não querer a casa cheia d’água? Eu fico pensando na histeria e na alegria em que as pessoas ficam num estádio de futebol, por algo banal; no entanto, para Deus Juninho
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são insensíveis. Escuto pessoas pregarem que não devemos colocar nossa fé em experiências invisíveis, êxtases, visões, curas, milagres, mas quero dizer que, quando vem o avivamento, essas coisas acontecem, porque o Deus do fogo ainda é o Deus do Fogo. Quero dizer mais: sempre que Deus toca uma alma, acontecem eventos extraordinários. Não existe na Bíblia ou na história da Igreja homens que foram tocados por Deus e que não afetaram a História. Quer ver? Houve um homem que jamais morreu e subiu vivo para o céu porque Deus o tocava constantemente. Quem foi ele? Henoc! Houve um homem que foi luz nas trevas, construiu um “Titanic” no deserto, seu navio não foi ao mar, mas Deus foi poderoso para mandar o mar sobre o deserto. Quem foi ele? Noé! Houve um homem que deixou sua terra, foi morar em tendas no deserto, foi visitado por 24
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anjos e, amigo de Deus, gerou um filho aos cem anos de idade. Quem foi ele? Abraão! Houve um homem que nunca construiu pontes, edifícios, mas Deus o elevou às alturas. Quem foi ele? Jacó! Houve um jovem tocado por Deus, que trocou as bombas pelas trombetas, os soldados por sacerdotes e derrubou muralhas. Quem foi esse homem? Josué! Houve um homem tocado por Deus, que libertou todo um povo sem dar um só tiro, apenas com uma vara. Quem foi ele? Moisés! No avivamento, Deus faz o impossível e, esperar o avivamento é esperar o impossível e suas conseqüências. Estes homens foram mais fortes que um furacão, mais temíveis que um terremoto. Por quê? Porque grandes fenômenos da natureza afetam épocas da História, mas es Juninho
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ses homens afetaram sua própria história e toda a História da humanidade. No avivamento, essa força vêm de novo, com a mesma intensidade sobre nós. E você? Precisa dessa chama? Quer ser um cristão, uma pessoa de força indomável? Você precisa então ter a experiência de Santa Tereza D’Ávila: quando ela era arrebatada, Deus a levava tanto para perto de Si, que seu corpo estremecia, e a presença d’Ele era uma experiência real, forte, como se ela estivesse no Monte Sinai, entre relâmpagos e trovões. Oh! Glória! Estou queimando pelo poder de Deus!
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O AVIVAMENTO TRAZ NOVAS MANIFESTAÇÕES O fogo de Deus ia à frente de Filipe abrindo a estrada! O que tinha Filipe, esse homem impetuoso? Ah! Se pudéssemos vê-lo agora! Ele tinha unção, este poder que tanto nos falta hoje. O Senhor não vai derramar o seu poder sobre homens que desperdicem seu tempo diante da televisão! Filipe colocava a vontade de Deus no centro de sua vida e, fazendo a vontade de Deus, cumpria na terra os desígnios do Pai. Se foi criado para algo, ele fazia este algo! Inúmeras pessoas foram abençoadas pelo ministério Juninho
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de Filipe, porque elas o viram em brasas! Não se pode esconder a luz do mundo embaixo da mesa. Imagine, se ele não tivesse o fogo, seria um cristão normal. Meu amado, você não foi feito para levar uma vida normal! Foi somente após uma grande perseguição em Jerusalém que a Palavra chegou a Samaria; a tática do inimigo era matar os discípulos do Senhor, mas saiba que, para acabar com o cristianismo, é preciso acabar com Aquele que já venceu a morte! Filipe foi para Samaria, pregando a Jesus Cristo com o coração ardente! Em Samaria, acontecia um extraordinário avivamento e a multidão escutava e presenciava os prodígios que Deus fazia através dele. Ele pregava aos olhos e aos ouvidos, em meio a uma tremenda perseguição. Em meio ao tumulto da morte de Estevão, Filipe provocou a fagulha que incendiava as cidades (At 8, 5). Filipe literalmente fez com que o fogo 28
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espiritual saltasse de lugar a lugar; ele estava em Samaria, no meio do avivamento e, de lá, Deus o enviou para pregar a um único homem! Filipe não relutou, nem se esquivou. Depois de ouvir a ordem do Senhor, “levantou-se e partiu” (At 8, 27). O avivamento nos ensina a enxergar onde se encontra a ovelha perdida e, quando somos de fato avivados, aprendemos que é preciso “sair” do centro do avivamento e ir para a periferia, pois brota em nós o desejo de salvar os perdidos, brota em nós uma verdadeira “fome de almas” e um profundo desejo pela conversão dos perdidos. Meu querido, quem está sem Jesus, está perdido e somente o avivamento abre os nossos olhos para esta realidade. Eu fico imaginando quanta unção deve ter experimentado Filipe! Quanto devia estar à sua disposição? E você? Quer que Deus derrame este reservatório de un Juninho
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ção sobre você? Ele quer que esta “caixa d’água” de poder seja rompida sobre sua cabeça. Se Filipe não fosse obediente a Deus, não passaria pela maior experiência de sua vida, não teria sido arrebatado, em corpo e espírito, da região de Gaza para Azot (At 8, 39). Há dois tipos de arrebatamento: um é só do espírito e, quando isso acontece, sentimos nossa alma fora do corpo. Mas o arrebatamento que Filipe experimentou foi de corpo e alma, ou seja, ele saiu do tempo e do espaço, ficando em êxtase, sem sentir o tempo passar, e foi trasladado. Os Apóstolos eram pregadores de um só Deus: Jesus Cristo! Não existe explicação nenhuma para tamanho poder. O que está escrito no livro dos Atos dos Apóstolos é o relato de um avivamento, resultado de repetidos batismos no Espírito Santo, fruto de muitas vidas em oração. Eles não buscavam emoção, mas a demonstração constante do extraordinário poder de Deus (1 Co 2, 4). 30
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Nos últimos anos do segundo milênio, eu vi Jesus fazer todos os tipos de milagres possíveis, sou testemunha que, em momentos de grande derramamento do Espírito Santo, o cego enxerga, e isto eu vi. Eu sou testemunha de que, quando o fogo “cai”, o paralítico anda, o mudo fala, o surdo escuta, o aidético é curado; eu vi isso acontecer várias vezes. Eu vi, sou testemunha de que Jesus está vivo. Eu vi, sou testemunha, pois coloquei minhas mãos no ventre de uma mulher grávida, cujo filho estava morto. Orei apenas pelo consolo da mãe, mas o Deus que está em mim é capaz de fazer muito mais do que aquilo que eu espero. Eu pedia pouca coisa, mas Deus faz grandes coisas! Fez a criança voltar à vida! A mãe ia fazer a curetagem, mas antes que a tocassem, foi visitada e tocada por um fogo avassalador, fazendo com que o coração da criança voltasse a bater, o que deixou o médico perplexo diante do estetoscópio e do ultra-som.
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Não tenho dúvidas e afirmo que já entramos em um milênio em que veremos o Senhor fazer coisas maiores ainda! Deus procura homens para fazerem os Seus milagres! Deus procura homens para brilharem como a sarça! Deus procura homens com o coração em brasa! Deus procura homens com o cérebro estimulado! Deus procura homens com as emoções em vibração! Deus precisa de homens cujos corações sejam uma fornalha! Se nossos grupos estão vazios, é porque falta o fogo para atrair a multidão para eles! As velhas rotinas e a falta do poder inovador distanciam ainda mais o povo dos caminhos de Deus!
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De quê adiantaria Elias levantar o altar, mas não clamar pelo fogo? Nossos grupos de oração precisam ser visitados pelo poder de Deus. Não adianta a voz da Igreja ficar falando dessa carência, é necessário que o Senhor Todo-Poderoso abale os alicerce da Igreja com Sua força irresistível, para virar-nos de cabeça para baixo! Que dor ver homens falando de Deus para outros, estando eles mesmos longe do Senhor! Somente Deus pode enviar Seu poder para a Igreja; assim como a lua não pode brilhar sem a luz do sol, nós não podemos fazer nada sem o poder de Deus!
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