ORIGEM DA ANÁLISE DO DISCURSO FRANCESA.
A primeira metade do século século XX, foi um período importante importante que colocou a linguística linguística como estudo que comandou as ciências humanas. Fundador Fundador da linguística moderna Ferdinand Saussure teve um papel de extrema extrema importância na história história dos estudos estudos linguísticos. linguísticos. Sua teoria de que a língua é um todo em si mesmo mesmo e um princípio de reclassificação, representa representa um salto epistemológico, pois anteriormente à sua teoria, teoria, o que havia não era linguística e sim estudos filológicos comparativistas, literários e gramaticais. Saussure Saussure estava interessado em definir a língua como objeto integral e concreto da linguística. Segundo ele, a língua não se confunde com a linguagem, mas é somente uma parte dela, produto social, conjunto de convenções necessárias usadas pela sociedade. Saussure tinha a intenção de colocar a língua como uma nova ciência e seu seu estudo foi então dividido e separado, separado, fala e diacronia foram colocadas à parte e as noções de língua e sincronia objetos de seu interesse. O trabalho estabelecido pelo autor foi questionado pois encontrava-se fechado nos l imites estruturalistas, o que havia no momento, ou seja, uma visão organicista da língua, faltava então, a questão histórica e ideológica. Com o surgimento de “Di scourse Analysis de Harris em 1952 começava uma nova fase dos estudos linguísticos que mais tarde chamaria de discurso, a obra foi a primeira iniciativa de se estudar a língua além das frases, frases, os textos. Abria assim a possibilidade de uma análise que ia além da frase, passando a análise de textos, levando levando em conta o momento histórico e social. Benveniste que que pensava a língua como forma de expressão expressão e patrimônio da sociedade ao contrário de Saussure Saussure divide a língua em dois grupos: grupos: o semiótico e o semântico. No primeiro grupo, de acordo com Saussure, o signo relacionado relacionado ao sistema e no segundo grupo, Benveniste Benveniste entende que que o signo estava ligado ligado ao contexto, ou melhor, melhor, a língua centro da sociedade e cultura. O autor passa então a pensar a linguagem como instrumento onde o homem se constitua como falante e sujeito. Ao propor que discurso é a linguagem posta em ação entre parceiros, entendemos que para o autor o discurso é a interação do homem como sujeito de uma enunciação enunciação dentro de um determinado espaço de tempo e em determinado determinado lugar , associado à reflexão sobre os textos e a história. A Análise de Discurso tem como marco inaugural a publicação do filósofo marxista Michel Pêcheux, “Análise Automática do Discurso” em 1969, suas preocupações estiveram relacionadas a questões políticas, às lutas de classe e aos movimentos sociais, criando um novo olhar para a linguagem humana, o objeto de estudo deixou de ser a fala , a escrita e o próprio texto , para recair nas condições do processo de produção, a atenção passa do texto para o sujeito. Pêcheux acreditava que através das práticas e dos discursos das classes dominantes era possível depreender como funcionava sua ideologia. Ao longo do tempo reconheceu-se a dualidade constitutiva da língua, de um lado formal e de outro atravessada pela subjetividade social e histórica , ou melhor, o estudo da língua ,seus conflitos e processos histórico-sociais, sendo estudada em seu meio social e suas condições de produção A AD está marcada epistemologicamente pela interdisciplinaridade, buscando o entendimento discursivo de processos ideológicos. “ Tendo Tendo como fundamental a questão do sentido, a Análise de Discurso .
se constitui no espaço em que a Linguística tem a ver com a Filosofia e com as Ciências Sociais. Em outras palavras, na perspectiva discursiva, a linguagem, é linguagem porque faz sentido. E a linguagem só faz sentido porque se inscreve na história”. história”. (ORLANDI, 1999:25) Sendo assim, a
Análise de Discurso reúne três regiões do conhecimento: a) a teoria da sintaxe e da
enunciação; b) a teoria da ideologia; c) a teoria do discurso que determina o processo histórico de significação, somando a isso, uma teoria do sujeito de natureza psicanalítica.