Os Axiomas de Zurique

Max Gunther 

OS AXIOMAS DE ZURIQUE Os conselhos secretos dos banqueiros suíços para orientar os seus investimentos

SUMÁRIO Introdução: O que são e como foram criados os Axiomas. O ! Grande Axioma: "O #I$%O O &! Grande Axioma: "A GA'('%IA O )! Grande Axioma: "A *$+*#A',A O -! Grande Axioma: "A$ +#*I$/*$ O 0! Grande Axioma: "O$ +A"#/*$ O 1! Grande Axioma: "A MO2I3I"A"* O 4! Grande Axioma: "A I'56I,7O O 8! Grande Axioma: "A #*3IGI7O * "O O%635I$MO O%635I$MO O 9! Grande Axioma: "O O5IMI$MO * "O +*$$IMI$MO O ! Grande Axioma: "O %O'$*'$O O ! Grande Axioma: "A 5*IMO$IA O &! Grande Axioma: "O +3A'*;AM*'5O

INTRODUÇÃO O que são e como foram criados os Aiomas! e a $uíça. *ssa minha terra ancestral > um lu?areias@ principalmente porque@ nesse tempo todo@ não apareceu um invasor que realmente a quisesse. %om tudo isso@ os suíços estão entre as pessoas mais ricas do mundo. *m renda per capita@ comparam=se aos americanos@ alemães e das mais fortes do mundo. %omo conse?uem istoH %onse?uem=no porque são os investidores@ especuladores e : apostar para ?anhar. Isto talve d a impressão de que se trata de um livro para todo mundo. 'ão >. %laro@ todo mundo quer ?anharJ mas nem todo mundo quer apostar@ e > aí que reside uma diferença da maior importKncia. Muita Muita ?ente@ ?ente@ a maiori maioria a provave provavelme lmente nte@@ quer quer ?anhar ?anhar sem aposta apostar. r. *ste > um dese uma tolice. 6ma pessoa prudente não corre riscos maiores que os exi?idos pelos termos bsicos da existncia humana. iver bem > ?anhar a vida com o suor do prCprio rosto = al?o meio aborrecido@ talve@ mas se?uro. Mais vale um pssaro na mão... 2em@ as re?ras do contra o claro@ que ele mude a sua maneira de pensar. Mas se não > totalmente contrrio a assumir riscos raoveis = melhor ainda@ se ?osta de se arriscar@ como os suíços ?ostam =@ este livro foi feito para voc. Os Axiomas de urique trata de riscos e de como administr=los. $e voc estudar os Axiomas com a atenção que merecem@ eles são capaes de possibilitar que ?anhe mais apostas do que acreditava possível. amos falar claro: com eles@ voc > capa de ficar ricoN  Aqui se falar sobre apostas no sentido mais amplo. oc ver o mercado de açes mencionado com freqPncia porque > daí que vem a maior parte da minha experincia@ mas o livro não se limita a este ?rande ?rande superm supermerc ercado ado de sonhos sonhos.. Os Axioma Axiomass se aplica aplicam m Es especu especulaç laçes es com mercad mercadori orias@ as@ metais metais preciosos@ arte@ anti?uidades e imCveisJ Es marchas e contramarchas do dia=a=dia dos ne?CciosJ aos um m@ faem claro@ mas os que o exibem são em ?rande nLmero. O suficiente@ com certea@ para permitir ?eneraliaçes sobre o carter nacional dos suíços@ que não se transformaram nos banqueiro banqueiross do mundo mundo for ficarem ficarem escondi escondidos dos em quarto quartoss escuro escuros@ s@ roendo roendo as unhas@ unhas@ mas por  enfrentarem riscos cara a cara@ e tratando de descobrir meios de administr=los. "o alto das suas montanhas@ montanhas@ os suíços olham o mundo E volta e vem=no vem=no cheio de riscos. riscos. $abem que > possível a uma pessoa reduir ao mínimo os riscos que corre@ mas sabem tamb>m que@ se fier isto@ tal pessoa estar abandonando toda esperança de vir a ser al?o mais que um rosto na multidão. 'a vida@ para qualquer esp>cie de ?anho = em dinheiro@ em estatura pessoal@ o que quer que se defina como Q?anhoR =@ voc tem de arriscar um pouco do seu capital material eSou emocional. 5em de comprometer dinheiro@ tempo@ amor@ al?uma coisa. *sta > a lei do universo. A não ser por pura sorte@ não h como escapar. 'enhuma criatura na face da terra est isenta de obedecer a esta lei impiedosa. +ara virar  borboleta@ a larva precisa en?ordar@ > obri?ada a se aventurar por onde h passarinhos. 'ão tem apelação: > a lei. Observando isto@ os suíços concluíram que a maneira sensata de levar a vida não > fu?indo aos riscos@ mas expondo=se deliberadamente a eles. B entrar no
 A maioria dos especuladores suíços bem=sucedidos d pouca atenção aos conselhos convencionais sobre investimentos. O sistema deles > melhor.  A expressão QAxiomas de uriqueR foi cunhada num clube de suíços que operavam em mercadorias e açes@ e que se estabeleceu E volta de Uall $treet@ depois da $e?unda Guerra Mundial. Meu pai foi um dos fundadores. 2em@ não era exatamente um clube@ pois não tinha estatutos@ não se pa?ava mensalidade nem havia lista de sCcios. *ra apenas um ?rupo de homens e mulheres que se davam bem@ queriam ficar ricos e partilhavam da convicção de que nin?u>m s de salrio. *ncontravam=se de ve em quando no OscarVs@ no "elmonico "elmonico e em outros bares de Uall $treet. *sses encontros continuaram continuaram atrav>s das d>cadas de 0@ 1 e 4. %onversavam %onversavam sobre muitos assuntos@ mas principalment principalmente e sobre riscos. O trabalho trabalho de codificar codificar os  Axiomas de urique começou com uma per?unta que fi a meu pai e ele não soube responder. responder. Meu pai era um banqueiro suíço@ nascido e criado em urique. 'a certidão de nascimento@ seu nome era Tran FeinrichJ na Am>rica@ por>m@ todos o chamavam TranW FenrX. Duando morreu@ h al?uns anos@ seus obiturios deram ?rande destaque ao f ato de que ele diri?ia a sucursal de 'ova YorW do $chZeierbanWverein  [ o ?i?ante financeiro de urique@ a 6nião de 2ancos $uíços. O trabalho era importante para ele@ mas uma ve me disse o que realmente queria ?ravado na sua sepultura: Q*le apostou e ?anhouR. %omeçamos a conversar sobre especulação quando eu ainda estava no secundrio. *le pe?ava o meu boletim e reclamava que o currículo era incompleto: \ 'ão ensinam aquilo de que voc mais precisa: especulação. %omo correr riscos e ?anhar. 6m ?aroto se criar na Am>rica sem saber especular... puxa... > o mesmo que estar numa mina de ouro e não ter  uma p. Duando eu estava na faculdade@ e depois@ prestando serviço militar@ tentando decidir o que faer na vida@ escolhendo carreira@ TranW FenrX diia: \ 'ão pense apenas em termos de salrio. 'in?u>m fica rico atrav>s de salrio@ e h muita ?ente que fica pobre. 5em que ter mais do que isso. Al?umas boas especulaçes@ > disso que voc precisa. *nfim@ uma conversa tipicamente suíça. O fato > que absorvi essas coisas como parte da minha educação. Duando dei baixa@ com al?umas centenas de dClares de soldos atrasados e ?anhos de p]quer@ se?ui os conselhos de TranW FenrX e passei lon?e das cadernetas de poupança@ pelas quais ele nutria o mais profundo despreo. O dinheiro foi para a 2olsa de alores. Ganhei um pouco@ perdi um pouco@ e acabei saindo mais ou menos como havia entrado. *nquanto isto@ na mesma 2olsa@ TranW FenrX faia um carnaval. *ntre outros ne?Ccios@ ?anhou uma fbula numas açes de minas de urKnio no %anad@ loucamente especulativas. \ %omo > que se explica issoH = per?untei@ chateado. \ *u invisto com toda a prudncia e não acontece nada. oc compra pasta?ens de alces e fica rico. F al?o que não estou percebendoH \ B preciso saber faer a coisa = disse ele. \ 5udo bem. *ntão@ me ensine. Meu pai ficou me olhando@ calado@ pensando. %omo %omo fiquei fiquei sabendo sabendo depois@ depois@ o que ele tinha na cabeça cabeça eram eram re?ras re?ras do m operavam em Uall $treet. *sses seus ami?os tampouco sabiam exatamente que re?ras eram essas. Mas@ a partir desse momento@ tomaram a si a tarefa de isol=las e classific=las em suas mentes. %omeçou como brincadeira@ mas@ E medida que os anos passavam@ a coisa foi ficando cada ve mais s>ria. %riaram o hbito de questionar a si prCprios e uns aos outros sobre as manobras especulativas mais importantes: Q+or que est comprando ouro a?oraHR@ QO que o fe vender essa ação quando est todo mundo comprandoHR@ Q+or que est faendo isto@ e não aquiloHR ... Obri?avam=se mutuamente a formular as id>ias que os ?uiavam.  A lista de re?ras foi evoluindo aos poucos. Toi ficando menor@ as re?ras mais a?uçadas@ mais bem formuladas com o passar do tempo. 'in?u>m se recorda quem criou a expressão QAxiomas de uriqueR@ mas foi assim que as re?ras acabaram conhecidas@ at> ho
O "# $RANDE AXIOMA% DO RIS&O +reocupação não > doença@ mas sinal de saLde. $e voc não est preocupado@ não est arriscando o bastante. F muitos anos@ duas rie de empre?os. Acabaram ambas como funcionrias da *. T. Futton@ uma das maiores corretoras do mercado. Toi assim que conheceram Gerald M. 3oeb. Talecido h al?uns anos@ 3oeb foi um dos mais respeitados assessores de investimentos do mercado.  Aquele ?nio calvo era um veterano das diabClicas baixas da d>cada de )@ e das fantsticas altas que se?uiram E $e?unda Guerra Mundial. Atrav>s de tudo isto manteve a cabeça fria. 'asceu pobre@ morreu rico. $eu livro 5he 2attle for Investment $urvival ^A 2atalha +ela $obrevivncia em Investimentos_ talve se?ia de mercado < escrita. B@ com toda certea@ das que se lem com maior praer@ pois 3oeb era um contador de histCrias nato. *ssa@ das duas m@ tornou=se aparente que ambas < tinham decidido. O que procuravam era tão somente a confirmação de que estavam certas.  Ao contar esta histCria@ 3oeb maliciosamente chamava uma de $Xlvia@ a $Cbria@ e a outra de MarX@ a 3ouca. *m termos financeiros@ a ambição de $Xlvia era encontrar o abri?o da se?urança absoluta. Dueria o seu dinheiro numa conta remunerada ou noutra esp>cie de poupança que praticamente lhe ?arantisse retorno e preservação do capital. MarX@ por seu lado@ aceitava certos riscos@ esperando faer crescer o seu capitalinho de forma mais si?nificativa. 3evaram adiante suas respectivas estrat>?ias. 6m ano depois@ $Xlvia tinha o seu capital intacto@ os  m@ tinha ?arra. $em se abalar@ sorriu: \ +ois >... tive pre como estar numa cama quentinha em noite de inverno. %ria uma sensação de tranqPilidade.  A maioria dos psicClo?os e psiquiatras da atualidade diria que isto > bom. 6ma das principais convicçes da psicolo?ia moderna > que a sanidade mental si?nifica@ acima de tudo@ manter=se calmo. *ssa pouco examinada convicção domina@ h d>cadas@ o pensamento analítico. 6m dos primeiros livros a tratar  desse do?ma chamou=se FoZ to $top UorrXn? and $tart 3ivin? ^Q%omo +arar de se +reocupar e %omeçar a iverR_@ e 5he #elaxation #esponse ^QA #eação #elaxadaR_ > um dos mais recentes. Os analistas ?arantem que as preocupaçes nos faem mal. *les não oferecem nenhuma prova confivel de que tal assertiva se a suportar a pobrea em nome dela. Al?umas seitas budistas@ por exemplo@ afirmam que não se deve lutar pela posse de bens materiais@ e que a pessoa deve at> abrir mão dos que possui. A teoria di que@ quanto menos o indivíduo tiver@ menos ter com que se preocupar. B claro que a filosofia dos Axiomas de urique di exatamente o oposto. 3ibertar=se das preocupaçes pode at> ser uma coisa boa@ em certos sentidos. Mas qualquer bom especulador suíço lhe dir que@ se o seu principal ob fu?ir das preocupaçes@ então voc nunca deixar de ser pobre. * vai morrer de t>dio.

 A vida > para ser vivida como uma aventura@ não ve?etando. * pode=se definir aventura como um episCdio no qual se enfrenta al?um tipo de risco e se procura super=lo. Ao enfrentar riscos@ a sua reação natural@ sadia@ ser a de entrar num estado de preocupação. +reocupaçes são parte inte?rante dos ?randes praeres da vida. %asos de amor@ por exemplo. $e voc teme se comprometer e assumir riscos@ um episCdio no qual os atletas@ e por tabela os espectadores@ se expem a riscos = com os quais se preocupam loucamente. +ara a maioria dos espectadores@ > uma pequena aventura@ para os atletas@ uma aventura de ?randes proporçes. B uma situação na qual o risco > cuidadosamente criado. 'Cs não iríamos assistir a eventos esportivos@ nem qualquer outra competição@ se não nos dessem al?uma forma de satisfação bsica. +recisamos de aventuras.  s vees@ talve precisemos tamb>m de tranqPilidade. Mas isto não nos falta E noite@ quando dormimos@ al>m de em al?umas horas passadas acordados@ na maioria dos dias. *m &- horas@ oito ou de de tranqPilidade deveriam ser suficientes. $i?mund Treud compreendia a necessidade de aventura. *mbora se mostrasse confuso com o Qob ter calma. Muitos dos seus discípulos acreditavam nisto@ mas não ele. 'a realidade@ faia at> um esforço para ridiculariar a io?a e outras disciplinas psicorreli?iosas asiticas@ que considerava como as expresses mximas da escola de sanidade mental que tem o Qmantenha a calmaR por princípio. 'a io?a@ o ob alcançar a pa interior E custa de tudo o mais. %omo observou Treud em O Mal *star 'a %iviliação@ qualquer pessoa que alcance plenamente os ob que d sabor E vida. * a Lnica maneira de viver uma aventura > expondo=se a riscos. Gerald 3oeb sabia disso. "aí não poder aprovar a decisão de $Xlvia@ a $Cbria@ de p]r o seu dinheiro na poupança. Mesmo quando os o lucroH 'o começo do ano@ voc entre?a  dClares ao banqueiro. 'o fim do ano@ ele lhe devolve 9. Grande vanta?emN Tora a chatice. B bem verdade que@ em qualquer país civiliado@ num banco s>rio@ os seus  dClares estão se?uros. A menos que ocorra uma ?rande calamidade econ]mica@ voc não perder coisa al?uma. 'o decorrer do ano@ os m do mais@ sobre os cobrado imposto de renda. O que sobrar deve dar para empatar com a inflação@ se tanto. "esse modo@ voc s de salrio. B impossível. A estrutura econ]mica mundial est montada contra voc. $e um empre?o for a base do seu sustento@ o mximo que pode esperar > passar pela vida sem ter que mendi?ar um prato de comida. * nem isto > ?arantido. *stranho como possa parecer@ a maioria dos homens depende exatamente > de salrios@ e de al?uma economia a que possam recorrer em caso de emer?ncia. TranW FenrX vivia se irritando com o fato de a classe m>dia ser inexoravelmente empurrada nessa direção@ por questão de educação e de condicionamento social. = 'em a criançada escapa = costumava resmun?ar. = +rofessores@ pais@ orientadores@ todo mundo fica martelando na cabeça da criança: faça o seu dever@ ou não vai arran a se?uinte: a menos que voc tenha pais ricos@ a Lnica maneira de sair da pobrea = sua Lnica esperança = > submeter=se a riscos. %erto@ > claro@ trata=se de uma rua de mão dupla. Assumir riscos implica a possibilidade de perda@ em ve de ?anho. Ao especular com seu dinheiro@ voc se arrisca a perd=loJ em ve de acabar rico@ pode acabar pobre. Mas@ ve uma dro?a. *ntão@ que diferença fa@ realmente@ se ficar um pouquinho mais pobre@ na tentativa de se tornar mais ricoH *@ tendo os Axiomas de urique como parte do seu equipamento@ > improvvel que fique mais pobre. 5em > chance de se tornar muito mais rico. F mais espaço para subir do que para descer@ e@ aconteça o que acontecer@ voc pelo menos estar vivendo uma aventura. %om o potencial de ?anho tão maior que o de perda@ o cada de 4@ todos perderam boa parte do seu valor. A poupança e os %"2s mantiveram intacto o resto do seu capital@ mas a inflação de dois dí?itos na d>cada de 4@ i?ualmente inesperada@ des?astou desastrosamente o poder de compra do dinheiro de $Xlvia.

O seu melhor ne?Ccio@ enquanto estava casada@ foi a compra de uma casa. *la e o marido eram co= proprietrios. Duando se divorciaram@ acertaram a venda da casa@ dividindo meio a meio o apurado. O imCvel havia valoriado muito ao lon?o do tempo@ e ambos saíram com bem mais do que haviam investido. Ainda assim@ $Xlvia não estava rica@ lon?e disso. "epois do divCrcio@ voltou a trabalhar numa corretora@ e est obri?ada a continuar trabalhando at> atin?ir a idade de aposentadoria@ quando passar a receber uma pensão. 'ão ser ?rande coisa@ mas dela não poder prescindir@ porque o que tem não > suficiente para ?arantir=lhe a velhice. $Xlvia or?aniou sua vida financeira em torno do salrio como sustentação principal. 'ão morrer de fome@ provavelmente@ mas ter sempre de pensar duas vees antes de comprar um par de sapatos. %om seus ?atinhos de estimação@ passar o resto da vida num concada de 1@ mas o que ?arantiu realmente as suas especulaçes foi o ouro. Os americanos puderam começar a usar o metal amarelo como investimento em 94@ quando o então presidente 'ixon rompeu o elo oficial entre o ouro e o dClar. At> então@ o preço do ouro era imCvel = )0 dClares a onça troX. %om a decisão de 'ixon@ o preço disparou mas MarX andou rpido. %ontra os conselhos de inLmeros assessores financeiros conservadores@ comprou contratos do metal a preços entre - e 0 dClares a onça.  Antes do final da d>cada@ o preço atin?iu 840 dClares. MarX vendeu a maior parte do que comprara a preços em torno de 1 dClares. At> então@ ?oava de uma situação financeira confortvelJ daí em diante@ estava rica. B proprietria de uma casa@ um apartamento na cidade e outro numa ilha do %aribe. +assa boa parte do tempo via Cbvio. Ta muito que lar?ou o empre?o. %omo conversara com Gerald 3oeb@ o salrio era um detalhe no seu quadro financeiro. Os dividendos que recebia sempre foram maiores que o seu salrio. +arecia=lhe desproporcional@ então@ passar cinco de cada sete dias ?anhando aquela mis>ria. B verdade que@ ao lon?o dos anos@ os assuntos financeiros deram muitas preocupaçes a MarXJ provavelmente@ preocupaçes bem maiores do que $Xlvia m@ > que as suas estimativas batiam perto. Isto deve ter sido um ?rande conforto. *m contraste@ durante os anos em que esteve acumulando a sua fortuna@ MarX sC era capa dos palpites mais disparatados sobre o seu futuro. Fouve@ com toda certea@ noites em que dormiu muito mal@ ou nem dormiu. Fouve >pocas em que andou apavorada. Mas@ velam qual foi o seu retorno. Muitos dos mais c>lebres operadores de Uall $treet parte dos seus estilos de vida. +oucos@ por>m@ diem isto em tom de queixa. Ao contrrio@ falam quase com ale?ria. Gostam do modo como vivem. "esses especuladores@ um dos mais famosos foi ;esse 3ivermore@ que brilhou em Uall $treet no começo deste s>culo. Alto@ boa pinta@ com os cabelos muito louros@ onde ele aparecia atraía multides. As pessoas viviam pedindo=lhe dicas de investimentos@ e era permanentemente perse?uido por repCrteres de  rio@ per?untou=lhe se@ considerando toda a luta e as tenses para che?ar l@ valia a pena ser milionrio. 3ivermore respondeu=lhe que ?ostava muito de dinheiro@ de forma que@ sim@ para ele valia a pena. Mas@ o repCrter insistiu@ não havia noites que um especulador em açes passava sem dormirH ale a pena a vida@ quando se passa o tempo todo preocupadoH \ Olha aqui@ meu filho@ ouça bem = disse 3ivermore = 5oda atividade tem os seus problemas@ os seus apertos. $e voc cuidar de abelhas@ vai levar as suas ferroadas. 'o meu caso@ são as preocupaçes. B aceit=las ou continuar pobre. $e eu puder escolher entre preocupaçes e pobrea@ sempre vou preferir as preocupaçes. 3ivermore@ que fe e perdeu quatro imensas fortunas especulando na 2olsa@ não apenas aceitava o estado de preocupação como parecia apreci=lo. %erta noite@ ele e TranW FenrX estavam bebendo num bar@ quando 3ivermore lembrou=se@ de repente@ que tinham um dormindo. Mas diia que achava bom:

\ B como eu ?osto. Acho que não me divertiria nem a metade do que me divirto@ se soubesse sempre como seria rico amanhã. TranW FenrX nunca se esqueceu destas palavras@ e d>cadas mais tarde ainda as citava. Isto > o que expressa a filosofia do ! Grande Axioma. Infelimente@ ;esse 3ivermore não disp]s de todos os outros  Axiomas para socorr=lo@ e sua histCria não teve um final feli. Mais adiante@ voltaremos a falar dele. 5oda essa conversa acerca de riscos e preocupaçes pode dar a impressão que a vida de um especulador > passada E beira de um precipício. 'ão > verdade. F momentos@ > certo@ que voc sente os plos arrepiados@ mas são raros e ?eralmente não duram muito. A maior parte do tempo voc passa com preocupaçes suficientes apenas para dar al?um sabor E vida. O nível de risco de que estamos falando não >@ realmente@ muito alto. irtualmente@ todas as coloc=lo em contas remuneradas em bancos@ comprar títulos do ?overno americano ou ?uard=lo numa forma qualquer de poupança. Mas < vimos bancos quebrarem. $e o banco que ?uarda o seu dinheiro quebrar@ voc ser ressarcido pela Tederal "eposit Insurance %orporation ^*mpresa Tederal de $e?uros de "epCsitos_@ mas sC depois de lon?a demora@ e sem cie de catstrofe econ]mica nacional@ nem a T"I% seria capa de honrar seus compromissos. Duebraria m sabe o que aconteceria com os depositantes. Telimente@ as chances de que este pesadelo ocorra são mínimas. 6ma conta num banco americano@ neste mundo cheio de turbulncias@ > o mais perto que se pode che?ar de um investimento praticamente sem riscos. %ontudo@ exatamente porque o risco > baixo > que o retorno > i?ualmente baixo.  cata de resultados melhores@ homens de Knimo aquisitivo aplicam seu dinheiro em outras m@ a maioria fa isto sem admitir que > o que estão faendo. Taem de conta que a?em com muita prudncia e sensate. 'ão estão assumindo riscos@ não estão especulando@ não estão... psiu@ fale baixinho a palavra... ia de QinvestirR que a de especular. $er um QinvestidorR parece mais se?uro. 'a realidade@ por>m@ não existe diferença al?uma. %omo diia Gerald 3oeb@ que não tinha papas na lín?ua: \ 5odo investimento > especulação. A Lnica diferença > que al?uns admitem isso@ e outros não. +essoas que se oferecem para aconselh=lo na administração do seu dinheiro quase sempre se apresentam como assessores de QinvestimentosR@ não de especulaçes. +arece mais s>rio@ impressiona melhor@ al>m de permitir cobrar mais pelos serviços. 5oda a imprensa especialiada@ dos boletins informativos Es principais revistas que cobrem as vrias reas de especulação@ quase sempre identificam=se como publicaçes sobre QinvestimentosR. Mas todas@ exatamente como faem os Axiomas de urique@ tratam > de especulação. *xiste at> um tipo de pap>is que os especialistas financeiros ?ostam de chamar de Qinvestimentos padrãoR. +assa uma id>ia de ?rande di?nidade@ assusta um pouco e d a impressão de superse?urança. Talando desses pap>is com a apropriada solenidade@ um desses assessores > capa de convencer um noviço de que se trata@ afinal@ do lon?amente buscado investimento de alto rendimento e sem riscos. As açes da I2M@ por exemplo. 'ão h papel mais blue. *m Uall $treet@ a I2M > apelidada de Q2i? 2lueR. 6m investimento padrão como I2M não tem erro@ não > verdadeH +ois >@ não tem. $e houvesse comprado I2M em 94)@ quando o papel atin?iu o pico e todos os assessores de investimento do mundo empurravam@ voc teria de esperar nove anos para recuperar o capital. 5eria sido melhor ne?Ccio ?uardar o seu dinheiro num p> de meia. +or mais di?no que pareça@ não existe investimento sem risco. +ara mais um exemplo@ tomemos General Motors. B outra ação que@ ?eralmente@ aparece na lista de corretores como investimento padrão. *stava em todas as listas@ em 94@ quando todo mundo achava que a GM seria a dona do mundo. 5odos diiam que@ com GM@ não havia nada de especulativo. *ra o tipo de papel que os inventariantes mais conservadores compravam para viLvas e Crfãos. *ra investimento. Mas al?o de errado aconteceu com esse investimento padrão. $e tivesse comprado em 4@ no pico@ 0 anos depois voc ainda estaria esperando a volta do seu capital. %hamar uma operação de QinvestimentoR não modifica os fatos: uma bKcle de 9&9@ quando todo mundo viu que Uall $treet não passava de uma ?i?antesca mesa de roleta@ en?olindo o dinheiro dos is que eram investimentos padrão em 9&9 são de chorar. 'eZ YorW %entral #ailroad custava &04 dClares@ trs anos depois estava a 9J #adio %orporation@ ancestral da #%A@ caiu de 04- dClares para &@ enquanto uma GM então bem mais especulação. oc tra o seu dinheiro e corre os riscos. Duer este um especulador. Melhor admiti=lo. 'ão fa sentido tentar se iludir. "e olhos bem abertos@ voc entende melhor o mundo. Os Axiomas de urique tratam de especulação@ e não escondem esse fato. Isto não si?nifica que tratam de riscos assumidos loucamente. Duer dier apenas que são muito francos.

"# AXIOMA MENOR $C aposte o que valer a pena. 6m anti?o clich di que QsC se deve apostar o que se possa perderR. Ouve=se isto em 3as e?as@ em Uall $treet e onde quer que se arrisque dinheiro em busca de mais dinheiro. 3=se a mesma coisa em livros que oferecem conselhos sobre investimentos e administração financeira do tipo convencional. B tão repetido@ em tantos lu?ares@ que acabou adquirindo uma aura de verdade@ exatamente como os clichs psicanalíticos sobre manter a calma.  Antes@ por>m@ de incluí=lo no seu instrumental especulativo@ > melhor estud=lo com cuidado. %omo a maioria das pessoas o interpretam@ > uma fCrmula que praticamente ?arante maus resultados. O que ser uma soma Qque se possa perderRH A maioria talve a definisse como Quma soma que@ se eu perder@ não vai doerR. Ou@ Quma soma que@ se eu perder@ não representar diferença si?nificativa no meu bem=estar financeiroR. +or outras palavras@  ou & dClares@ ou & dClares@ ou al?umas centenas. *ssas são as quantias que a maior parte da classe m>dia consideraria QperdívelR. *m conseqPncia@ > com esse tipo de dinheiro que a maioria da classe m>dia especula@ se > que o fa. Mas@ ve apostando quantias que valham a pena. %laro@ isto não si?nifica que deve que tampouco trar ?anhos si?nificativos. A Lnica maneira de ?anhar muito apostando pouco > correr atrs de uma possibilidade em milhes. oc pode@ por exemplo@ comprar um bilhete de loteria por  dClar e ?anhar  milhão. B ?ostoso sonhar com isto@ mas@ de tão ?randes@ as probabilidades contra são de deprimir. 'o curso normal de uma loucoN \ diia. %erta ve@ ele calculou que@ se todas as suas especulaçes lhe explodissem na cara de uma ve@ num Lnico e imenso cataclísma@ quando a poeira assentasse ele estaria valendo mais ou menos a metade do que valia ao começar. +erderia 0 `. "e outro ponto de vista@ preservaria 0 `. *ra esse o nível de tolerKncia E preocupação que ele escolhera. Outro que acreditava em apostas que valessem a pena era ;. +aul GettX@ um dos reis do petrCleo. A sua histCria > instrutiva. A maioria das pessoas parece pensar que ele herdou a sua imensa fortuna do pai@ ou que@ pelo menos@ herdou o começo dela. A verdade > bem outra. ;. +aul GettX fe fortuna soinho@ começando como um especulador comum@ de classe m>dia@ como voc ou eu. Ticava irritadíssimo quando diiam que tinha recebido a vida numa salva de prata. \ "e onde vem essa id>iaH \ certa ve ele ?ritou para mim@ exasperado. ^Favíamos nos encontrado na sede da +laXboX. *le era acionista da empresa@ durante al?uns anos foi editor de economia da revista e nela publicou )- arti?os. *ra a sua maneira de relaxar@ quando não estava ?anhando rios de dinheiro._ Tinalmente@ GettX concluiu que era a imensidão da sua fortuna que faia quase todo mundo pensar  precipitada e erradamente. As pessoas@ evidentemente@ achavam difícil acreditar que um homem soinho pudesse começar com uma soma modesta@ padrão classe m>dia@ e transform=la em  bilhão de dClares. +ois foi exatamente o que ;. +aul GettX fe. A Lnica vanta?em que teve sobre voc ou sobre mim foi que começou no início do s>culo@ quando tudo custava mais barato e não existia imposto de renda. Al>m de al?uns modestos empr>stimos@ não levou um tostão do pai@ frio e intimidante. * os empr>stimos foram cobrados nos praos estabelecidos@ não valendo desculpas de qualquer naturea. A coisa mais valiosa que GettX recebeu do pai foi instrução@ não dinheiro. Geor?e T. GettX era um advo?ado de Minneapolis@ especulador autodidata@ que acertou na mosca na corrida do petrCleo em OWlahoma@ no começo do s>culo@ e criou re?ras que se parecem um pouco com al?uns dos  Axiomas de urique. *ra um homem s>rio@ de inabalveis convicçes plantadas na Btica do 5rabalho. %omo ;. +aul escreveria depois@ na +laXboX: QGeor?e T. não admitia a id>ia de que o filho de um homem rico devesse ser mimado@ estra?ado@ ou que recebesse dinheiro de presente quando < tivesse idade bastante para ?anhar sua prCpria vida.R Assim@ ;. +aul teve de sair em busca de sua prCpria fortuna. 'o começo@ achou que queria ser diplomata ou escritor@ mas a paixão do pai pela especulação estava no seu san?ue. Toi atraído para OWlahoma@ para o petrCleo. 5rabalhando nos campos@ m a sua vontade de arrisc=las. Toi então que ele demonstrou compreender o princípio bsico do ! Axioma Menor. Aprendera=o com o pai: $C aposte o que valer a pena.

%om 0 dClares@ ou at> menos@ poderia ter se associado a al?um ne?Ccio. 'ão faltavam dessas oportunidades. Os campos de petrCleo andavam cheios de independentes e de ?rupos de especuladores que precisavam de dinheiro para continuar perfurando poços. +or uns poucos dClares@ vendiam parcelas mínimas das suas operaçes a qualquer um. Mas GettX sabia que com essas participaçes minLsculas não ficaria rico nunca. $aiu atrs de coisa maior. +erto da ila de $tone 2luff@ encontrou um especulador oferecendo 0` de um direito de prospecção sobre uma rea que GettX achou promissora. #esolveu arriscar. 'in?u>m ofereceu mais@ e ;. +aul GettX@ assim@ acabava de in?ressar oficialmente no ramo do petrCleo. *m
'# AXIOMA MENOR #esista E tentação das diversificaçes. "iversificação. *xaminemos o que quer dier esta palavra@ e como ela pode afetar os seus esforços para ficar rico. 'o sentido usado pela comunidade de investimentos@ si?nifica espalhar o dinheiro. *stic=lo ao mximo. %oloc=lo numa porção de pequenas especulaçes@ em ve de em umas poucas e ?randes. $e?urança: esta > a id>ia por trs da atitude. $eis dos seus investimentos dando em nada@ talve outros seis dem em al?uma coisa. $e a 6=3=3 *letr]nica falir e sua ação cair para ) centavos de dClar@ > possível que a sua especulação com a Oba=Oba %omputadores resulte melhor. * se tudo desabar@ ao menos os seus títulos municipais talve se valoriem@ mantendo=a E tona.  A id>ia > esta. 'a ladainha dos aconselhamentos convencionais de investimentos@ Quma carreira diversificadaR est entre os ob melhor: uma carteira diversificada sC de investimentos padrão. $e > isto que voc tem então est com tudoN B o que eles ?ostam de dier. O fato > que a diversificação@ ao reduir os riscos@ redu tamb>m@ na mesma medida@ qualquer esperança que voc possa ter de ficar rico.  A maioria de nCs@ aventureiros de classe m>dia@ começamos as nossas proeas especulativas com um capital limitado. "i?amos que voc dispe de 0. dClares@ e quer que o seu bolso cresça. O que vai faer  com seu dinheiroH A sabedoria convencional manda diversificar. Taer de apostas de 0 dClares cada. $eriam@ por exemplo@ 0 dClares de GM@ < que a indLstria automobilística parece numa boa faseJ 0 no open@ para o caso de as taxas subiremJ 0 em ouro@ para cobrir a possibilidade de tudo o mais dar errado@ e assim por diante. +ronto: todas as eventualidades estão cobertas. " um quentinho na barri?a@ não dH oc est prote?ido de praticamente todos os peri?os = inclusive do peri?o de enriquecer.  A diversificação tem trs ?randes defeitos: "! Obri?a=o a violar o preceito do ! Axioma Menor@ de que se devem sempre faer apostas que valham a pena. $e o seu capital inicial todo < não > ?rande coisa@ diversific=lo sC piora. Duanto mais se diversifica@ menores se tornam as especulaçes. 3evada a situação a extremos@ voc pode acabar com quantias que realmente não valem nada. %omo observamos no ! Axioma Menor@ um ?rande ?anho sobre um capital pequeno deixa=nos praticamente onde começamos: pobres. "i?amos que Oba=Oba %omputadores foi brilhante@ e o preço da ação dobrou. Duanto voc ?anhouH Duinhentas pratas. 'ão > por  aí que voc vai atin?ir as alíquotas mais altas do imposto de renda. '!  Ao diversificar@ voc cria uma situação em que@ provavelmente@ ?anhos e perdas acabam se cancelando e o deixando exatamente onde começou = no ponto ero. oc comprou dois pap>is que@ di?amos@ não eram exatamente investimentos padrão: Oba=Oba %omputadores e 6=3=3 *letr]nica. $e as duas empresas fossem abençoadas@ e viessem a disparar@ pensou voc@ suas açes subiriam. 5udo bem@ vamos dier que tenha acertado os palpites. As empresas prosperaram e lhe proporcionaram um ?anho de & dClares em cada especulação de 0 dClares. 'a hora em que voc estava comprando 6=3=3 e Oba=Oba@ por>m@ o seu conselheiro de investimentos@ solenemente@ alertou=o de que era melhor prote?er=se de riscos@ atrav>s da diversificação. +ara o caso de mau tempo@ costumava ele sentenciar@ era bom ter um pouco de pap>is conservadores e outro pouco de ouro. oc@ então@ foi l e comprou 0 dClares em ouro e outros 0 num fundo que opera com títulos de 0 anos do "epartamento de *stradas de #oda?em do seu estado natal. $ão títulos perfeitos@ isentos de

impostos@ e nunca se deram mal. "e repente@ voc est no meio de uma explosão na economia. %omo h muita demanda de capital pelo com>rcio@ e de cr>dito aos consumidores@ os is com a ?raçaH (! Ao diversificar@ voc vira um artista de circo que tenta manter no ar uma porção de bolas ao mesmo tempo. 2olas demais. $e tiver somente umas poucas especulaçes em andamento e uma ou duas se derem mal@ d para adotar  uma posição defensiva. O )! Grande Axioma@ al>m de outros@ refere=se a esta situação. Mas se tem uma dLia de bolas no ar e a metade delas começa a ir na direção errada@ as suas chances de escapar incClume do dilema não são l essas coisas. Duanto maior o nLmero de especulaçes em que voc entra@ mais tempo e estudos ter de dedicar= lhes. A confusão pode se ?eneraliar. Duando as coisas começam a dar errado = o que > inevitvel@ como voc sabe [ e sur?e um problema atrs do outro@ voc pode acabar E beira do pKnico. Geralmente@ o que acontece numa situação dessas@ especialmente com novatos no mercado@ > que ficam paralisados. %omo são pressionados a tomar decises difíceis demais@ depressa demais@ acabam não faendo coisa nenhuma. %onse?uem apenas ficar estticos@ cheios de espanto@ vendo o seu dinheirinho derreter diante dos seus olhos arre?alados. Duando se pensa nesses trs ?randes defeitos da diversificação@ colocando=os diante da sua Lnica qualidade = a se?urança =@ diversificar < não nos parece al?o tão bom assim. 6m pouco de diversificação@ provavelmente@ não far mal. 5rs boas especulaçes@ talve quatro@ at> uma meia dLia@ se sua atração por tal quantidade for forte o bastante. +essoalmente@ não ?osto de ter  mais de quatro de uma sC veJ a maior parte do tempo@ especulo em trs ou menos = Es vees numa coisa sC. 6ma quantidade maior me fa sentir desconfortvel. Isto vai muito da preferncia pessoal@ e da maneira de pensar de cada um. $e achar que pode operar eficamente com um nLmero maior@ tudo bem. Mas não diversifique sC por diversificar. oc se torna um concorrenteinho num concurso de supermercado@ no qual o ob encher o cesto o mais rpido possível. Acaba indo para casa com um monte de porcarias caras que nem queria. Ao especular@ voc deve p]r o seu dinheiro em alternativas que realmente o atraiam@ e em mais nenhuma. ;amais compre al?uma coisa sC porque precisa arredondar Quma carteira diversificadaR. %omo diem al?uns@ em Uall $treet: Q+onha todos os seus ovos no mesmo cesto@ e tome conta do cesto.R *ste > o Lnico clich financeiro que resiste a anlise. O primeiro que o disse não era certamente dado a diversificaçes. B muito mais fcil tomar conta de um@ ou de uns poucos cestos@ do que uma dLia deles. Duando a raposa aparecer querendo roubar os ovos@ voc poder cuidar dela sem ter de ficar  correndo em círculos.

Es)ra)*+ia Es,ecu-a)i.a Taçamos uma rpida revisão do ! Grande Axioma. *specificamente@ o que ele aconselha a faer  com o seu dinheiroH Manda arrisc=lo. 'ão tenha medo de se machucar um pouco. Geralmente@ a taxa de risco em que estar envolvido não che?a a ser de arrepiar os cabelos. Ao se decidir a enfrent=la@ estar se dando a Lnica chance realista de p]r=se acima da pobrea. O preço a pa?ar por esta chance ?loriosa > um estado de preocupação permanente. *sta preocupação@ por>m@ insiste o ! Grande Axioma@ não > a doença que a moderna psicolo?ia acredita ser. B o molho forte e picante da vida. Duando voc se habituar com seu ?osto@ não passar mais sem ele.

O '# $ra/de Aioma% DA $AN0N&IA #ealie o lucro sempre cedo demais. $e isto: demoram=se demais nas paradas = e perdem. O que os leva a a?ir assim chama=se ?anKncia@ e > disto que trata o &! Grande Axioma. %onse?uindo dominar a ?anKncia@ praticando este Lnico ato de autocontrole@ voc se tornar um especulador  melhor que 99` dos que andam por aí atrs de fortuna. $C que não > fcil parar quando se est ?anhando. A ?anKncia > al?o entranhado na mente humana. A maioria de nCs a tem em altas doses e ela deve ter inspirado mais sermes dominicais do que qualquer outro dos nossos traços menos nobres. * os sermes costumam ser dramticos@ pontuados de suspiros. $oam desesperados@ e o desespero vem da sensação de que a ?anKncia est de tal forma entranhada em nossas almas@ que arranc=la > tão difícil quanto mudar a cor dos nossos olhos. 6ma coisa > Cbvia: não h sermão capa de exorci=la. $ermes a prima doente@ inchada e autodestruidora do comprismo. 'o sentido aqui empre?ado@ QcomprismoR > o dese improvvel que voc estivesse aqui estudando os Axiomas se não tivesse essa característica. 5odo animal na face da terra tem o instinto de buscar comida@ um lu?ar para viver@ os meios de autoproteção. 'esse sentido@ o que nos difere das demais criaturas > que os nossos dese parte do seu equipamento de sobrevivncia. O comprismo descontrolado@ por>m@ enlouquecido a ponto de invalidar suas finalidades le?ítimas@ > ?anKncia. *sta > preciso temer@ fu?ir dela. B inimi?a do especulador. 6ma pessoa que dedicou quase toda a vida ao estudo da ?anKncia foi $herlocW Teldman@ durante anos foi ?erente do "unes@ um dos maiores cassinos de 3as e?as. Grandalhão@ sempre de Cculos de aros ?rossos e um sorriso de melancClico bom humor@ Teldman costumava analisar os fre?ueses no turno que escolhera para si nos sales@ das duas Es de da manhã. O que ele viu ali transformou=o numa esp>cie de filCsofo bissexto. "iia: \ $e eles quisessem menos@ iriam para casa com mais. %riara o seu prCprio axioma sobre ?anKncia. 5inha uma compreensão perfeita do problema@ sendo ele prCprio o mesmo com que conduem suas vidas no dia=a=dia@ aí pode ser ?rave. *m muitos casos@ d at> para ver por que não são ricos. oc olha para ele aqui e percebe lo?o que não irão a parte al?uma que valha a pena. +or quH Teldman certa ve exemplificou com o caso de uma mulher que aparecera no cassino com um punhado de dinheiro que estava preparada para perder se divertindo: \ *la encostou numa mesa de roleta e apostou  dClares@ não me lembro em que nLmero@ seu nLmero de sorte@ seu aniversrio@ sei l. *@ sabe@ deu tal nLmero@ e ela ficou )0 dClares mais rica. +e?ou@ então@  dClares e p]s noutro nLmero@ que tamb>m deuN "esta ve ela embolsou ).0 dClares. Os ami?os fieram uma roda em volta dela e mandaram que apostasse mais@ pois aquela era a sua noite de sorte. A mulher olhou em torno@ e eu praticamente podia ver a ?anKncia crescendo nos seus olhos. Teldman interrompeu a histCria e enxu?ou a testa@ antes de prosse?uir: \ *la continuou incrível. "e repente@ estava ?anhando 9.8 dClares. *ra de pensar que seria suficiente@ não eraH *u teria parado muito tempo antes. 6m ou dois mil < teriam me deixado contente. Mas a mulher não se contentava nem com 9.8. A essa altura@ a ?anKncia < a havia deixado QaltaR. "iia que sC faltavam & para che?ar aos . dClares redondos. *@ tentando buscar o nLmero redondo@ ?ordo@ a mulher da histCria de Teldman começou a perder. $eu capital foi derretendo@ e ela@ para recuper=lo@ ia faendo apostas maiores@ com chances menores. * acabou perdendo tudo@ inclusive os seus prCprios  dClares iniciais. *sta histCria ilustra o sentido ori?inal da conhecida advertncia: Q'ão force a sua sorteR. Ou@ como preferem os suíços: Q'ão estique a sua sorte.R A maioria da pessoas di isto quase sem pensar@ sem se dar  conta do seu sentido profundo. Mas tal aviso merece ser estudado com mais cuidado do que ?eralmente lhe dedicam. O que ele quer dier > o se?uinte: no
certea@ ter o bom senso de admitir que a realiação de tal dese impossível@ mas se houver sido a?arrado pela ?anKncia@ vai se convencer a esperar@ ou a acreditar que tais períodos durarão pelo menos um bom tempo... e mais um pouco... e um pouquinho mais... e ir nave?ando@ na crista da onda@ at> que voc e o seu dinheiro se precipitem numa cachoeira. O perturbador fen]meno dos períodos de ?anhos ser estudado com mais detalhes no 0! Grande  Axioma. ^Os Axiomas se interli?am num intrincado desenho: > praticamente impossível falar de um sem mencionar os demais_. A esta altura@ o que queremos ressaltar > que não se pode saber de antemão quanto vai durar um período de ?anhos. +ode durar muito tempo. Mas tamb>m pode acabar quando o relC?io marcar  o prCximo se?undo. O que faer@ entãoH B preciso presumir que qualquer conrie de eventos que resultem em ?anhos para voc terão breve duração@ e que os seus lucros@ portanto@ não serão absurdamente ?randes. $im@ > verdade@ a ?ostosa s>rie de acontecimentos pode prosse?uir at> resultar em ?anhos colossais. +ode. Mas voc@ do seu ponto de vista no começo de tal s>rie@ obri?ado a ^incapa de ver o futuro_ decidir se continua ou se sai@ ficar em posição muito melhor se decidir pela m>dia. * a m>dia@ de modo esma?ador@ recomenda que saia cedo. 3on?os períodos de altos ?anhos ficam famosos e todo mundo comentaJ são notícia ero. 3 em cima@ em al?um lu?ar@ est o pico@ e@ do outro lado dele@ um abrupto despenhadeiro@ caminho para o desastre inevitvel. oc quer che?ar o mais alto possível. Idealmente@ ?ostaria de che?ar ao pico e parar. $abe@ por>m@ que o QidealR raramente acontece na vida@ e não > bobo a ponto de achar que acontecer a?ora. O bom senso manda parar a escalada quando achar que che?ou a uma boa altitude. +are antes do pico. +are cedo demais. B verdade@ quando a neblina se desfier e o sol aparecer@ poder se encontrar a menos da metade do caminho. +oderia ter escalado muito mais@ certo. Mas não fique se lamentando. 'ão est no topo@ mas andou um bom pedaço. $eu lucro foi bom@ est no bolso@ e > isso que importa. *st numa situação muitíssimo melhor do que o bando de idiotas que continuou aos tombos em direção ao pico@ e foi se espatifar  do outro lado@ despenhadeiro abaixo. 'o começo da d>cada de 8@ isto aconteceu muito com as especulaçes imobilirias. edia alta. 5m dois filhos em universidades particulares. %omo tantos outros com padrão m>dio de renda neste final de s>culo @ sempre acharam difícil viver nos limites dos seus recursos. ;amais conse?uiram ?uardar al?o para aplicar@ e seus investimentos sempre foram em contas remuneradas@ apClices de se?uros e outros tipos de poupança. *speculação mesmo@ e boa@ sC a casa deles. 'o começo da d>cada de 4@ tinham ido para a chique Tairfield@ em %onnecticut@ e comprando uma casa no limite da sua capacidade financeira. Favia sido uma decisão pensada. 5endo passado anos economiando@ e sempre se sentindo pobres@ ou pelo menos não ricos@ estavam começando a perceber o ! Grande Axioma@ a achar que não vinham arriscando o bastante. %omo para a maioria das pessoas da sua classe social@ a casa si?nificava duas coisas para eles: não sC um lu?ar para morar@ mas um investimento@ possivelmente muito bom. 'o caso de Alice e FarrX@ foi uma excelente especulação. 'a re?ião de Tairfield os imCveis se valoriaram na d>cada de 4@ embora não tão espetacularmente quanto em Marin@ na %alifCrnia@ ou "ade@ na TlCrida. %omeçam os anos 8@ e os nossos herCis estimam que a casa vale duas e meia ou trs vees o que haviam pa?o faia menos de de anos. Fora de vender. As crianças tinham crescido e se tornado independentes. Alice e FarrX < não precisavam da casa tão ?rande. 'a verdade@ estavam cheios de morar lon?e da cidade e das chatices de serem proprietrios. Dueriam mudar para uma coisa menor@ um apart=hotel ou um apartamentoinho comum. A bela valoriação da casa tornava mais atraente a id>ia de vender. 5eriam um lucrinho simptico. O valor da casa

5riplicaraJ considerando a hipoteca@ por>m = que tem exatamente o mesmo efeito do depCsito nas operaçes a futuro com açes ou mercadorias =@ o dinheiro que eles haviam investido na casa se multiplicara por mais de seis. #ealmente@ nada mau. Toi então que a ?anKncia os pe?ou pelo pescoço. Dueriam mais@ e esperaram.  Alice lembrava=se de ter lido@ ou ouvido contar@ que em Marin@ nos mesmos de anos@ o valor dos imCveis se multiplicara por de. \ Aí nCs pensamos = conta ela. = 'ão seria uma beleaH Aconteceu em Marin@ por que não pode acontecer em TairfieldH A nossa casa valendo de vees mais@ ficaríamos milionriosN FarrX recorda que o seu principal motivo foi o medo de arrepender=se: \ *u pensava: %laro@ seria uma belea poder vender a casa por trs vees mais do que pa?amos. Mas@ se eu vendo e daqui a al?uns anos fico sabendo que o su os corretores da re?ião@ ?eralmente um pessoal muito empol?ado@ pareciam desanimados. 6m ano depois@ Alice e FarrX tinham recebido uma Lnica proposta de compra. O preço oferecido foi um choque. *ra superior ao que haviam pa?o@ mas não muito. 5eriam ?anhado mais se houvessem ?uardado o investimento ori?inal na poupança. "a Lltima ve que os vi@ continuavam esperando o mercado se recuperar. 5inham aprendido a lição. 'ão mais visavam a ficar milionrios com a casa. 5inham estabelecido o preço pelo qual ?ostariam de vender   [ al?o que lhes daria um bom lucro@ mas não uma fortuna. *stavam decididos a vender assim que a casa che?asse Equele preço@ por mais que o mercado estivesse efervescente@ por maiores que fossem as expectativas futuras do mundo inteiro. *m outras palavras@ estavam decididos a vender cedo demais. *spero que não arredem o p> dessa decisão. +ara al?uns@ parece incrivelmente difícil cumprir o que preceitua o &! Grande Axioma. * o maior problema parece ser o medo do arrependimento@ um medo que foi o maior inimi?o de FarrX@ e pode continuar a ser e FarrX não est sC. B nas cercanias das bolsas de valores que o medo > mais comum e especialmente intenso. 6m dos mais anti?os ensinamentos de Uall $treet di que não se deve olhar a cotação de uma ação que < se vendeu. A advertncia não visa a a uma das sensaçes mais penosas que um especulador do mercado de açes > capa de experimentar. *u que o di?aN +or exemplo@ quando vendi Gulf Oil a ) dClares@ e fiquei olhando o papel bater 1@ um ano depoisJ ou quando descarre?uei .0 I2M a pouco mais de 4@ e a porcaria do papel foi parar em ) . Ou... ou... mas@ che?a@ < che?aN A ?ente não deve se torturar. *m ve de ficar chorando esse pouco leite derramado@ eu deveria mais era estar me felicitando por todas as vees em que vender cedo demais foi coisa de ?nio. "everia estarJ mas@ mesmo um sudios a oferecer. +ara essa dor não h anal?>sicos. B@ simplesmente@ al?o com que o especulador tem de aprender a conviver. *sse medo de arrependimento deve ser tão forte nos arredores de Uall $treet porque açes tm cotaçes dirias@ todos os dias Lteis. Isto tamb>m ocorre em outras reas de especulação@ mas não em todas = em imCveis@ por exemplo@ não acontece. oc pode ter uma id>ia ?eral@ bem va?a@ de quanto vale a sua casa@ o seu chal> nas montanhas ou o seu apartamento naquela praia do %aribe@ mas não > sC abrir o Uall $treet ;ournal e verificar a cotação exata@ diariamente. *ssa ausncia de cotaçes dirias d uma certa proteção emocional@ res?uarda a ?ente.  A menos que a propriedade se ache realmente E venda@ e voc estem de dar palpites sobre quanto pode valer. * tampouco pode saber exatamente o valor de mercado de uma casa que vendeu ano passado@ ou h de anos = o que > outra benção divina. *speculando com açes@ por>m@ > sC abrir o sC olhar no o que pode toldar o raciocínio de uma pessoa@ a ponto de aproxim=la do peri?o. %erta noite@ fui tomar um drinque com um velho ami?o de TranW FenrX@ um especulador sul=americano. O homem estava morto de pena de si prCprio e parecia ter bebido a tarde toda. Aos poucos@ foi se abrindo@ e quando conse?ui perceber do que se tratava@ eu estava ouvindo uma tra?>dia financeira. TranW FenrX sempre achava que aquele tipo simptico era emocional demais para Uall $treet. *mbora eu não soubesse desse detalhe@ tinha conhecimento de que americanos e suíços ?ostam de atraí=lo para altas mesas de p]quer@ e ele acabava sempre limpo.  medida que@ aos poucos@ vinha E lu a sua tra?>dia@ eu ia percebendo que talve TranW FenrX tivesse raão. O homem estava com problemas na 2olsa@

provavelmente pelas mesmas raes que os tinha na mesa de p]quer. *mbora soubesse@ racionalmente@ o que faer nas diversas circunstKncias@ nem sempre conse?uia fa=lo. O problema que o atormentava@ naquela noite@ começara muito antes. Favia adquirido uma bolada de açes da Uometco *nterprises@ uma empresa com interesses nas reas de cinema e 5. O preço subira bem@ e passara a oscilar. O seu lucro < era bom@ e não havia raão para acreditar que a alta prosse?uiria. $ensatamente@ então@ passara os pap>is adiante. Ato contínuo@ devido a fatores imprevisíveis@ o preço quadruplicara. *ntão@ o ami?o de TranW FenrX entrara numa crise de Cdio e arrependimento. O ne?Ccio ficou tão feio que ele passou a ter medo de vender qualquer coisa. *stava paralisado pelo temor de que a histCria@ inexoravelmente@ se repetiria: bastaria vender um papel@ e l iria ele para cima. $eu temor se transformara praticamente em pKnico. Favia operaçes que sabia ter de faer@ mas não conse?uia se mexer. 6ma situação em especial o atormentava. "epois de liquidar Uometco@ pusera a maior parte dos seus recursos noutra empresa li?ada a cinema e 5@ a Uarner %ommunications. %onhecia bem o mercado de entretenimento e@ com um pouco mais de autocontrole@ teria feito uma fortuna nessa rea. $uas açes da Uarner subiram@ resultando@ de novo@ em bons ?anhos. *ntre Uometco e Uarner@ tinha praticamente dobrado o capital. $eria de pensar que era o bastante. Fora de cair fora. %omo di o Axioma@ era cedo demais. Mas ele não conse?uiu sair. A?arrou=se ao papel. $em qualquer indício anterior@ então@ a divisão Atari da Uarner afundou num lodaçal de problemas. 'um mer?ulho ininterrupto e ensandecido@ as açes da Uarner %ommunications perderam cerca de dois terços do seu valor.

(# AXIOMA MENOR *ntre no ne?Ccio sabendo quanto quer ?anharJ quando che?ar l@ caia fora. *ste )! Axioma Menor visa a a o bastante. %onforme ficou visto@ a ?anKncia > a principal raão da dificuldade desta decisão. Duanto mais se tem@ mais se quer. B da naturea do ser humano. F outro fator@ por>m@ que contribui muito para essa dificuldade da maioria@ talve de quase todo mundoJ > o fato peculiar de que@ se uma especulação d certo e a fortuna do especulador cresce@ a posição rec>m=atin?ida vira posição inicial. "i?amos que voc começa com . dClares. Aplica=os dando certa ?arantia@ numa especulação com prata. O palpite funciona e@ um ano depois@ voc est com &. dClares. "obrou o seu dinheiro. 2elea. $e conse?uisse isso todo ano@ breve estaria milionrio. O problema@ por>m@ > que não parece ser a belea que >. +elo contrrio: de repente voc < est achando que esse dinheiro > seu por um m>rito qualquer. A tendncia > que passe a encar=lo assim@ principalmente se o ?anhou deva?arinho@ ao lon?o de um ano@ e não uma bolada@ de uma sC ve. *m lu?ar de dar pulos e dier@ Qepa@ dobrei a minha ?ranaNR ou Qolha sC@ estou com uma milha que não tinha antesNR@ a sensação > de que sempre teve aquele total. Os &. não parecem ser a sua posição ao final. A sensação > que se trata de uma nova posição inicial. Graças a isto@ não vai ser fcil cair fora de tal operação. $e voc nunca especulou@ nem sequer m pode parecer um probleminha curioso@ capa de afli?ir outras pessoas@ mas que com voc não acontece. B compreensível que pense assim@ mas est sendo otimista demais. %he?a uma hora em que esse problema afli?e praticamente todo mundo. *xiste uma remotíssima chance de que voc se aprender a enfrent=lo quando se apresentar. $ão inLmeras as atividades humanas nas quais as posiçes inicial e final são claramente visíveis@ percebidas e compreendidas. 'o atletismo@ por exemplo. Duando um corredor che?a ao final dos .0 metros@ sabe que > o fim. 'ão existe a questão de correr outros .0 m@ a fim de ?anhar duas medalhas em ve de uma. As ener?ias estão exauridas. A fita foi rompida@ o placar < re?istra o vencedor. Acabou=se. B hora de ir para casa descansar@ reunir ener?ias para a prCxima corrida. 'o mundo do verdade. Os hipCdromos fecham ao final do dia. "e lon?e em lon?e@ uma operação de 2olsa pode encerrar=se quando a empresa na qual se investiu > absorvida por uma empresa maior e deixa de existir. 'a maioria dos casos@ por>m@ > voc mesmo que vai ter de decidir quando basta. Isto > muito@ muito difícil de faer@ tão difícil que apenas uma minoria aprende. 'a realidade@ a maioria nem sequer che?a a perceber a necessidade de fa=lo. Mas > uma t>cnica que voc tem de dominar. B peça essencial do equipamento de um bom especulador. $eu final = seu basta = > quando voc cai fora@ d um suspiro de alívio e relaxa. %omo o corredor ao final da prova@ voc se
%omo@ por>m@ alcançar um final assim@ tão definido@ num mundo onde não h fitas de che?ada nem ?on?os marcando o fim de cada round@ principalmente quando cada posição atin?ida parece um novo ponto de partidaH amos supor que voc comprou um punhado de açes da 6nion %arbide. Ou investiu em ouro@ ou na compra de sua casa. *ssas não são corridas que terminam num futuro previsível. $ão corridas abertas. 'ão h uma distKncia arbitrada. oc mesmo@ soinho@ > que tem que decidir quando rompeu a fita de cha?ada. A corrida acaba quando voc disser que acabou. O )! Axioma Menor ensina a alcançar esse final. Antes de começar a corrida@ estabeleça onde > a linha de che?ada. Isto facilita devolver as fichas e embolsar o dinheiroH 'ão@ claro que não. Mas fica muito mais fcil do que entrar em cada especulação com a id>ia de que > uma corrida sem fim. oltemos ao exemplo inicial. oc tem . dClares@ e acha que prata > uma boa especulação. "i a si mesmo: Qou entrar nisto com o ob a linha de che?ada. Ao lon?o da corrida toda@ não a perca de vista. * quando a alcançar@ caia fora. e suficiente: tem de ser um cataclisma. $ur?iu uma situação inteiramente nova@ que não apenas lhe d esperança@ mas praticamente certea de que o período de ?anhos prosse?uir. amos supor@ por exemplo@ que voc especula em mercadorias@ est comprando concentrado de larania ficar na corrida ao menos um pouco mais@ e ver o que acontece. $ituaçes como essa@ por>m@ são raras. A maior parte do tempo@ a fita de che?ada sC quer dier  uma coisa: acabou. 6ma boa maneira de reforçar essa sensação de QfinalR > estabelecer al?uma forma de premiação para si prCprio. $e quiser@ que sem querido@ e mi?non E americana = coisas que adorava e que não eram fceis de encontrar na sua $uíça natal. ;esse 3ivermore@ que Es vees tinha ?randes dificuldades em encerrar sua especulaçes@ a cada vitCria presenteava=se com uma nova peça para a sua coleção de anti?as canecas de barbear. MarX@ a ami?a de Gerald 3oeb@ dava=se um vestido ou um casaco. %onsiderando=se os volumes de dinheiro arriscados@ essas recompensas podem parecer triviaisJ o importante@ por>m@ > a sensação de final que mesmo esses prmios aparentemente bobos podem produir. $e funcionar com voc@ então > esse o caminho a se?uir. 'ão são poucos os solenes assessores de investimentos que franem a testa a essa prtica. +or  motivos que nin?u>m culo III existe a crença de que dinheiro de investimento deve ser inviolvel. 'ão se deve ?ast=lo@ especialmente em frivolidades como uma dLia de ostras ou um casaco de peles. F at> uma expressão para definir esse sacril>?io: esban dinheiro como outro qualquer@ chamava ele a atenção. 'ão tem nada de ficar se?re?ado@ com um carta: Q'ão tocarR. B claro@ existem deenas de boas raes para voc sentar no seu dinheiro. B uma ?rande a um belo pra=quedasJ > al?o para os filhos herdaremJ > bom saber que est no cofre@ e por aí afora. 5udo muito bem. $C que ele tamb>m pode servir  para lhe proporcionar um pouco de diversão. 5irar um pouquinho de ve em quando@ especialmente numa posição final@ > muito melhor do que ?eralmente se ima?ina. B por isto que eu o aconselharia a manter o seu capital especulativo o mais líquido que puder@ bem acessível. Isto se fa melhor em al?umas especulaçes do que em outras. $e o seu dinheiro est trancafiado num imCvel ou numa coleção de moedas raras@ > capa de permanecer trancafiado at> aparecer um

comprador. 6m nLmero cada ve maior de bancos@ por>m@ começa a oferecer empr>stimos sobre ativos líquidos como esses@ a uma conta normal de depCsito de açes com a qual compro e vendo açes da maneira tradicionalJ mas tamb>m > conta corrente@ contra a qual emito cheques@ ou saco com o meu cartão de cr>dito. A conta pa?a tudo. Isto > que chamo de liquide imediata. * > perfeito para se celebrar uma posição final. Duando atindito saímos por 'ova YorW@ para um fim de semana de luxo e pecado.

Es)ra)*+ia Es,ecu-a)i.a amos@ então@ repassar o que nos ensina o &! Grande Axioma. "i@ Qenda cedo demaisR. 'ão espere a alta atin?ir o pico. 'ão espere que um período de ?anhos prossi?a indefinidamente. 'ão teste demais a sua sorte. +arta do pressuposto de que tais períodos são breves. Duando atin?ir uma linha de che?ada previamente estabelecida@ liquide a posição e caia fora. Taça=o ainda que tudo pareça cor=de=rosa@ mesmo que continue otimista e que todo mundo em volta este
O (# $ra/de Aioma% DA ES1ERANÇA Duando o barco começar a afundar@ não ree. Abandone=o. O &! Grande Axioma falou sobre o que faer quando as coisas vão bem. O )! Grande Axioma > sobre como escapar quando vão mal. * não h a menor dLvida de que irão mal. +ode apostar. +ode contar como certo que mais ou menos a metade das suas operaçes especulativas irão pro bre verdade com os incompetentes. ;o?adores e especuladores bem=sucedidos transam melhor as coisas. *m ?rande parte@ pro?ridem porque sabem o que faer@ sem hesitaçes@ quando a mar> se volta contra eles. $aber sair de uma situação complicada talve se a peça mais importante do instrumental de um Martin $chZart@ ex=analista de valores que ho capa de provocar. Focnicas = principalmente a aprender a perder. 'uma de suas primeiras operaçes@ ele recorda@ pa?ou &. dClares por uma participação mínima num prodios de escritCrios. A especulação de $usan Garner parecia promissora. Mas@ como costuma acontecer@ o futuro foi adiado. O prodio@ um advo?ado@ ofereceu .0 dClares pela parte de $usan Garner. *la não conse?uiu en?olir a id>ia de perder  0 dClares = um quarto do seu capital = @ e recusou. O camarada che?ou a .1 dClares@ e ela não vendeu.   medida que os adiamentos eram anunciados@ o preço afundava. O advo?ado reapareceu@ oferecendo . dClares. +ouco depois@ < eram sC 8. Mais o preço baixava@ mais $usan Garner sentia=se presa E sua pequena participação.

\ ; não se tratava nem de esperança de recuperar os meus &. dClares = di ela. = *u estava uma fera comi?o por não ter aceitado os .0 que me haviam oferecido. * l ficava eu@ na esperança de que a situação melhorasse@ para não faer um culo I@ que acabara de herdar@ e ela se sentiu inclinada a faer ne?Ccio. O problema era que os &. dClares presos naquele pr>dio eram o ?rosso do seu capital de risco. At> liber=los@ mal podia se mexer. \ #esolvi@ finalmente = conta =@ que era ridículo deixar meu dinheiro con?elado daquele a metade estar submersa. 'ão ree@ não espere nada. 'ão cubra os olhos e fique ali tremendo. Olhe em volta e vela bem o que est acontecendo. *stude a situação. +er?unte=se se o problema que v crescendo tem solução. +rocure indícios confiveis e tan?íveis de que as coisas estão melhorandoJ não vendo nada no ?nero@ comece a a?ir@ sem mais delon?as. %alma e decididamente@ antes que o pessoal todo entre em pKnico@ abandone o barco e salve a sua pele. 'os casos de mercados com pre?ão dirio@ açes@ mercadorias a futuro etc.@ este conselho pode ser  traduido em nLmeros. A re?ra de ouro de Gerald 3oeb diia que se deve vender quando o preço de uma ação cair entre ` e 0` em relação ao preço mais alto alcançado enquanto em seu poder. 'ão importa se@ a essa altura@ voc estiver perdendo ou ?anhando. TranW FenrX se permitia mar?em um pouco maior@ entre ` e &`. A maioria dos especuladores tarimbados opera com re?ras muito parecidas. *m todos os casos@ a id>ia > cortar os prem@ atin?e a empresa@ e a sua ação volta aos . O que faerH A esta altura@ voc < sabe como a?ir. 'a ausncia de ponderveis raes para acreditar que as coisas vão melhorar@ venda. $aber a?ir@ por>m@ > sC a metade da batalha. Duando tentamos faer como manda o )! Grande  Axioma@ trs obstculos costumam er?uer=se E nossa frente. +ara al?uns especuladores@ são ?randes@ intimidantes obstculos. oc tem de estar psicolo?icamente preparado para enfrent=los. Mantendo a cabeça fria@ conse?uir super=los. O primeiro obstculo > o medo de arrepender=se = basicamente o mesmo medo de que tratamos no &! Grande Axioma. 'esta caso@ o medo > de que perdedores virem ?anhadores depois de voc ter  abandonado o barco. Isto acontece@ e dCi. +or exemplo: voc comprou um pouco de ouro a - dClares a onça. di?amos@ e ele despenca para )0. 'ão enxer?ando bons motivos para ficar@ voc resolve absorver o pre@ dCi demais. %edo ou tarde@ > provvel que al?o assim lhe aconteça. 'ão h como evitar. *ssas reviravoltas da fortuna@ por>m@ não acontecem todo dia. %om muito maior freqPncia@ uma situação ruim permanece ruim@ pelo menos por al?um tempo. Os problemas que costumam causar quedas de preços em ativos especulativos = açes@ mercadorias@ imCveis etc. = tendem a perdurar. $ur?em lentamente@ e vão= se com a mesma lentidão. Duase sempre@ o correto > escapar assim que o preço mostra a primeira queda si?nificativa. F certas situaçes na vida@ > verdade@ nas quais o certo pode ser esperar passar o mau tempo. Duando h dinheiro no meio@ por>m@ > muito raro. $e voc deixar o dinheiro se entalar numa operação errada@ e o problema perdurar@ talve se passem anos at> poder us=lo de novo. $eu capital fica preso@ quando deveria@ isto sim@ estar trabalhando para voc@ correndo atrs de outros ne?Ccios bons e lucrativos. O se?undo obstculo E implementação do )! Grande Axioma > a necessidade de se abrir mão de parte de um investimento. +ara al?uns@ > uma dor insuportvel. $e valer de consolo@ por>m@ posso lhe ?arantir que@ com a prtica@ fica menos doloroso. oc est especulando com moedas@ suponhamos@ e apostou 0. dClares na lira italiana. $eu palpite furou@ a taxa de cKmbio voltou=se contra voc@ e o que d para salvar do seu capital não passa de -. dClares. %omo não h indícios decentes de que a coisa vai melhorar para o seu lado@ o mais provvel > que deva cair fora. $C que estar abandonando . dClares. * > isto que dCi. +ara al?uns@ a dor > tanta que não conse?uem. O instinto do pequeno especulador típico manda que ele a?Pente as pontas@ na esperança de@ um dia@ recuperar aqueles . dClares. $e voc não dominar 

esse instinto@ tirar -. do investimento que aedou@ e p]=los em al?o bom e produtivo. $e voc especula dando certa ?arantia@ a incapacidade de abandonar parte de um investimento vira um problema duplamente ?rave. 6sando dinheiro emprestado para aumentar o seu poder de fo?o@ a sua posição especulativa começa a ficar parecida com o mais deliciosamente torturante relativamente simples. %ompram=se al?umas açes@ di?amos@ e pa?a=se E vista. 'ão h necessidade de faer qualquer outro investimento@ al>m deste. $e o preço das açes despencar e voc ficar plantado@ não querendo abrir mão do que quer que tenha perdido@ nin?u>m tem nada com isso. A Lnica coisa que acontece > voc ficar ali sentado@ vendo o seu dinheiro encolher. Mas nin?u>m lhe pedir para p]r mais dinheiro na operação.  A?ora ve uma mão perdedora. Mas < p]s muito dinheiro no pote@ e não conse?ue convencer=se a sair. %ontra tudo o que lhe dita o bom senso = al>m do )! Grande Axioma =@ resolve continuar. *sta@ por>m@ não > uma especulação do tipo comum@ E vista. Aqui trata=se de p]quer. +ara prosse?uir > preciso parar. $e quiser ver a carta se?uinte@ isso tem um preço. O determinada por  re?ulamentos do ?overno@ re?ras da prCpria 2olsa e do seu corretor. +ara ?arantir o financiamento@ as açes ficam hipotecadas com o corretor. $e cair o preço E vista do papel@ cai Cbvio. O que pode colocar voc@ automaticamente@ como infrator das normas que re?em as operaçes com ?arantia. +erceber@ então@ a temida Qchamada de ?arantiaR = uma comunicação amistosa@ por>m inflexível@ do seu corretor@ oferecendo=lhe duas alternativas i?ualmente penosas: ou voc comparece com dinheiro para cobrir ?arantia dada@ ou ele vende a sua posição. 'o fundo@ voc est exatamente na situação do a disposição de abandonar o barco. $e não sentir@ e não for  capa de cultivar essa disposição@ especulaçes de qualquer esp>cie serão difíceis para vocJ com ?arantia@ então@ podem ser desastrosas. O terceiro obstculo E implementação do )! Grande Axioma > a dificuldade de admitir que voc errou. A reação das pessoas a esse problema varia muito. +ara al?uns@ > sC uma boba?emJ para outros > o maior dos obstculos. Mulheres parecem rea?ir melhor que homens@ os mais velhos melhor que os que@ para muitos@ > um ?rande obstculo@ e vamos parar por aí. $e achar que vai atrapalh=lo@ o um pouco de auto=anlise@ e tratar de achar o cair fora. +ara isto@ por>m@ tem de admitir que errou. 5em de admiti=lo para o seu corretor@ o seu banqueiro ou para quem quer que se intoleravelmente penoso. O perdedor típico tenta escapar a essa punição e@ em conseqPncia@ costuma ser apanhado pisando em falso@ em maus ne?Ccios. Duando compra al?uma coisa cu sC temporriaR@ pensa = e talve at> acredite nisso. Q*u estava certo ao entrar nesta especulação. $eria tolo sair sC por causa deste mau começo. ou esperar. O tempo provar como eu sou sabidoNR O seu e?o < est ?arantido. A necessidade de dier que estava errado foi contornada. *le pode continuar acreditando que > sabido.  A sua conta bancria@ por>m@ contar a verdadeira histCria. "ali a anos@ quem sabe@ o investimento > at> capa de dar a volta e retornar ao seu valor ori?inal@ ou mesmo se valoriar@ e ele então@ exultante@ dir@ sentindo=se vin?ado: \ *u sabia que tinha raãoN Mas ser que tinha mesmoH Os anos todos que o dinheiro passou esta?nado poderia estar trabalhando. +oderia ter duplicado@ at> mais. *m ve disso@ est onde estava quando o triste episCdio começou. #ecusar=se a aceitar que est errado > a mais errada das reaçes possíveis.

2# AXIOMA MENOR  Aceite as pequenas perdas com um sorriso@ como fatos da vida. %onte incorrer em vrias@ enquanto espera um ?rande ?anho. Idealmente@ deveríamos a?radecer as nossas pequenas perdas@ porque elas nos prote?em das ?randes. Mas seria pedir muito. A?radecer uma perdaH ;amais conheci nin?u>m capa disto@ ou que tivesse feito. *m todo caso@ se não somos capaes@ ao menos podemos aceitar essas pequenas perdas com ele?Kncia. *las são@ realmente@ excelente proteção. $e voc tem o hbito de cortar seus pre difícil que venha a se machucar ?ravemente. A Lnica maneira de ser apanhado num desastre no mercado > de surpresa@ vendo=se@ de repente@ na situação de não conse?uir vender quando precisa. +ode acontecer em al?umas reas de especulaçes líquidas@ como imCveis ou anti?Pidades@ onde voc tem de se prote?er estudando cuidadosa e constantemente as oscilaçes dos mercados. 'os mercados dirios = açes@ mercadorias a futuro etc. =@ > mais difícil sofrer um desastre. Duase sempre voc encontrar al?u>m faendo mercado para o que estiver querendo vender. %rie o hbito de aceitar pequenas perdas. $e uma operação não funcionar@ caia fora e saia para outra. 'ão fique sentado num barco afundando. 'ão se deixe apanhar em ratoeiras. QDuem espera sempre alcançaR@ di um anti?o prov>rbio chins. $e os chineses anti?os realmente acreditavam nisso@ não devem ter sido bons especuladores. oc@ certamente@ não deve acreditarJ ao menos no que se refere ao mundo do dinheiroJ > uma ?rossa besteira. $e ficar esperando que operaçes que sC deram pre fcil de adotar = > aceitar as pequenas perdas assim como se aceita qualquer outra circunstKncia menos a?radvel da vida financeiraJ como se aceitam@ por  exemplo@ os impostos e as contas de lu. A len?a=len?a de todo ano com a #eceita Tederal não tem a menor  ?raça@ mas nin?u>m morre por causa disso. Apenas se di: Q5udo bem@ vamos l@ fa parte da vida. B o preço.VV 5ente encarar as pequenas perdas por esse mesmo Kn?ulo. $ão parte do custo da especulação.  Atrav>s delas > que se compra o direito de esperar os ?randes ?anhos.  Al?uns especuladores preparam=se com antecedncia para as pequenas perdas@ usando ordens $top=loss. $ão ordens de carter permanente que se dão ao corretor@ para limitar perdasJ por exemplo@ se uma ação pela qual se pa?ou  dClares descer a 9@ ou qualquer outro nível que se tenha determinado@ ele a vender automaticamente. F quem ache isso bom@ h quem não ache. A ?rande vanta?em > que esse tipo de ordem poupa voc da an?Lstia de ter de decidir quando vender. "eixa=o preparado para aceitar uma perda@ se e quando ocorrer. oc pensa: V5udo bem@ vou entrar nessa parada com . dClares. O mximo que eles podem encolher > at> 9.@ menos as taxas de correta?em.VV B bom. %om o tempo@ e com sorte@ voc acaba pensando em 9. como a base. $e o corretor tiver de vender a posição@ voc nem sentir que perdeu al?o si?nificativo.  A desvanta?em > que as ordens no stop=loss roubam a sua flexibilidade. Faver situaçes em que voc achar sensato descarre?ar o papel a 9J mas outras ocorrerão em que faria mais sentido esperar at> 80. "ando uma ordem desse tipo@ a tendncia > deixar de pensar. *sse serviço sC existe para certas operaçes = açes e mercadorias@ por exemplo = @ e muitas corretoras sC o prestam para contas acima de um certo volume. $e voc especula com moedas ou anti?Pidades@ sC h uma pessoa no mundo capa de a melhor operar sem mecanismos automticos que decidam as perdas. *m ve disso@ use a sua prCpria capacidade na hora das decises difíceis@ e v ao fundo do poço. ai se espantar de como um pouco de treino o deixar tarimbado = o que ser uma vanta?em a mais numa vida que implique aceitação de riscos. oc e sua conta bancria podem acabar crescendo
Es)ra)*+ia Es,ecu-a)i.a O )! Grande Axioma di que não > para ficar parado@ esttico@ quando sur?em problemas. "i para cair fora rpido. 'ão ree@ não alimente esperanças. *speranças e oraçes são Ctimas@ não h dLvida@ mas não faem parte do instrumental do especulador. 'in?u>m acha fcil obedecer aos ensinamentos deste Axioma duro e prtico@ sem sentimentalismos. *xaminamos trs obstculos E sua implementação: medo de arrepender=se@ incapacidade de abrir mão de parte de um investimento@ e a dificuldade de admitir erros. oc pode ser vítima de um ou mais desses problemas@ e talve em níveis s>rios. Mas vai ter de resolv=los@ de al?um modo. Os Axiomas tratam de especulação@ não de auto=anlise@ de forma que nada tm a oferecer sobre como voc h de superar tais obstculos. Isto > um processo íntimo@ pessoal@ provavelmente@ esse como > diferente em cada caso. O )! Grande Axioma limita=se a dier que saber perder > essencial para o especulador. B parte da t>cnica do cnica > uma das principais raes por que existem tão poucos bons especuladores e
O 2# $ra/de Aioma3 DAS 1RE4IS5ES O comportamento do ser humano não > previsível. "esconfio de quem afirmar que conhece uma nes?a que secada. 'ão cedeu. "obrou. *m 949@ quando o índice deu um salto arrasador de @0`@ era unanimidade entre os sbios que a taxa ficaria nos dois dí?itos at> meados da d>cada de 8. 'ão ficou. *m 98&@ estava de volta nos pacíficos níveis de 919. B de se pensar: para que ficar dando ouvidos a esses profetas da economia@ que sabem tanto do futuro quanto voc e euH Ouvimos@ não tenham dLvida@ porque ho um dos mais desesperadamente ambicionados obm se levanta e anuncia uma visão do futuro@ ouvimos com todo respeito. %om ?rande freqPncia@ > erro ouvir. *m 9&9@ no dia &) de a?osto@ o Uall $treet ;ournal diia aos seus leitores que poderiam ?anhar muito dinheiro na 2olsa. A bola de cristal do U$;@ uma t>cnica de enxer?ar o futuro chamada 5eoria "oZ@ revelava que@ no mercado de açes@ estabelecera=se Vuma forte tendncia de altaVV. * afirmava: V+ara os meses vindouros@ as perspectivas são mais brilhantes que nunca.VV O o índice $tandard  +oor@ composto por 0 açes ao portador. *m 98)@ esse índice subiu &&`. +or outras palavras@ se nesse ano a sua carteira de especulaçes apresentou um ?anho de &&`@ voc operou na m>dia. A sua nota seria re?ular. $e?undo a pesquisa do 'eZ YorW 5imes@ 1` dos administradores profissionais de dinheiro ficaram abaixo disso. Fouve um administrador@ que < foi famoso@ que previu uma queda nas taxas de is de renda fixa. Os ficas para a M%I@ e ele entupiu as carteiras de especulação dos seus clientes com pap>is dessa empresa. Due se revelou um fracasso.  A verdade > que nin?u>m tem a mais remota id>ia do que vai acontecer ano que vem@ semana que vem@ nem sequer amanhã. $e voc est a fim de che?ar a ser al?u>m como especulador@ a primeira coisa a faer > lar?ar o vício de dar atenção a previses. B da maior importKncia rio economistas@ especialistas em mercado nem quaisquer outros orculos financeiros.  s vees eles estão certos@ > lC?ico@ e > isto que os torna tão peri?osos. "epois de passar al?uns anos bancando o profeta@ qualquer um deles > capa de@ or?ulhosamente@ exibir meia dLia de palpites que deram certo. VTantsticoNVV@ todo mundo exclama. O que nunca aparece na publicidade do profeta > a lista de todas as vees que ele errou. VB fcil ser profetaVV@ disse@ certa ve@ o conhecido economista "r. 5heodore 3evitt@ na 2usiness UeeW. Voc fa &0 previses@ e depois sC comenta as que deram certo.VV 'em todos os ma?os são assim tão francos@ mas@ na intimidade@ todos concordariam com a fCrmula do sucesso do "r. 3evitt. *conomistas@ especialistas em mercado@ orculos políticos@ videntes@ todos sabem de cor a re?ra bsica: se não conse?ue prever certo@ preve que freqPentemente ocorra uma extraordinria uniformidade no que ele prevem. Muitos especuladores baseiam suas decises nesses palpitesJ empresas poderosas e o ?overno faem o mesmo. +or volta de setembro@ todos os anos@ o panorama econ]mico se apresenta levemente diferente@ e os economistas aparecem com VrevisesVV para suas previses sobre o primeiro trimestre vindouro.

*m novembro@ as coisas tornaram a mudar@ de forma que lemos revises das revises. *m deembro... 2om@ voc < viu como a coisa funciona. %ada um dos orculos rea para que ao menos uma das suas previses se que as certas estem@ uma das previses mais anti?as d na mosca. O profeta tirar ?rande partido do fato: \ +revi isso em cair fora de toda essa len?alen?a. $e as previses de como comprar uma entrada cum as examine com muito cuidado. $empre foi assim. 6m obscuro m>dico francs@ Michel de 'ostre="ame@ que viveu no s>culo I@ fe centenas de profecias. B conhecido at> horeas e o rdio. +ode at> ser. $eus versos são uma lin?ua?em tão mística e indireta@ que qualquer um deles pode ser interpretado para si?nificar o que quer que a ?ente queira que si?nifique. %erta ve@ faendo todas as concesses possíveis e ima?inveis a favor do anti?o vidente@ estudei uma centena dos seus pro?nCsticos e che?uei E se?uinte suma estatística: ) corretas e 8 erradas@ e as demais 49 eram umas boba?ens tão obscuras que não dava sequer para saber o que o velho francs queria dier com elas. 'ão che?a a ser um resultado de impressionar. %ontudo@ 'ostradamus conse?uiu ficar famoso no mundo das profecias = uma fama que qualquer orculo moderno adoraria alcançar. 'ostradamus não acertava com freqPncia@ mas não h dLvida de que previa com freqPncia. Mais modernamente@ tomemos a atual futurClo?a e autoproclamada m>dium ;eane "ixon. B famosa por al?uns palpites que se confirmaram@ principalmente um: previu o assassinato do presidente ennedX. 6m espanto@ não > verdadeH B@ mas a lista das suas previses erradas nunca mereceu a mesma divul?ação. $e?undo #uth Mont?omerX@ sua biC?rafa e discípula@ a $ra. "ixon previu que a 6#$$ e a %hina se uniriam sob um sC líder@ que o diri?ente sindical Ualter #euther seria candidato a presidente dos *stados 6nidos@ que pesquisas iniciadas no começo deste s>culo resultariam na cura do cKncer@ que... +ois >@ voc < entendeu. O %ommittee for $cientific Investi?ation of %laims of the +aranormal ^%omit para Investi?ação %ientífica de  Afirmaçes dos +aranormais_@ ?rupo de estudiosos sediado na 6niversidade *stadual de 'ova YorW@ em 2uffalo@ examinou a folha corrida de ;eane "ixon@ e concluiu que não era pior nem melhor que qualquer  palpiteiro normal. %omo uma suposta capacidade de enxer?ar o futuro tem um certo apelo hipnCtico@ > fcil deixar=se fascinar por um profeta de sucesso. 'o mundo do dinheiro@ então@ isto > mais verdadeiro ainda. Al?uns anos de palpites freqPentemente certos são suficientes para um profeta conse?uir uma le?ião de se?uidores = em certos casos@ uma le?ião tão ?rande@ que as profecias@ por isto mesmo@ acabam se confirmando. Toi o que aconteceu com ;oseph Granville@ o orculo do mercado de capitais. 'o começo da d>cada de 8@ era tanta ?ente baseando suas decises nas previses de Granville@ que@ quando ele diia que uma coisa aconteceria@ ela acabava acontecendo porque as pessoas acreditavam que aconteceria. Ou sem impressionante enquanto durou. $e voc fosse um estudioso dos Axiomas de urique@ poderia ter=lhe parecido tratar=se de uma exceção E lição do -! Grande Axioma. *mbora a maior parte das profecias não valha um níquel@ não seria uma boa p]r o seu dinheiro num profeta como GranvilleH $e as previses dele acabam se confirmando por si mesmas@ faer o que ele di não equivale@ praticamente@ a ?anhar na certaH 'ão. 'em mesmo as profecias que se autoconfirmam o faem de forma confivel. 'o mesmo ano de 98@ mais adiante@ Granville tornou a testar os seus poderes prof>ticos. $ua bola de cristal lhe disse que na se?unda=feira@ &8 de setembro@ o mercado despencaria de novo. O anLncio foi feito ao mundo. 2aseados nisto@ al?uns especuladores compraram@ outros venderam a descoberto. %omo Granville@ estavam convencidos de que o mercado cairia. O que aconteceu foi que a 2olsa de 'ova YorW@ naquele dia@ re?istrou uma das maiores altas da sua histCriaJ no dia se?uinte@ 5Cquio e os mercados europeus acompanharam.  Al?uns se?uidores de Granville ficaram muito surpresos@ mas não era para terem ficado: acabavam@ apenas@ de assistir E comprovação de que Granville > que nem todo mundo = Es vees acerta@ outras vees erra. 5odo profeta Es vees acerta@ outras vees erra = erram mais do que acertam@ mas quem > que vai adivinharH +ara isto@ seria necessrio faerem=se previses acerca das previses dos profetas. * se f]ssemos capaes dessas previses@ para que precisaríamos de profetasH %omo não somos@ não podemos apostar em

nada do que eles diem. Assim sendo@ vamos deixar de lado essa coisa de ficar tentando dar uma espiadinha no futuro. 'ão d. epoca. Mais interessante > a relação de açes que o profeta achava que teriam um bom desempenho nos anos subseqPentes. #o?ers raciocinava que terras constituiriam boa proteção contra a inflação. Assim@ ima?inava ele@ era boa id>ia comprar açes de empresas que possuíssem muita terra. %om base nisto@ recomendou açes a serem compradas. "esde então@ al?umas de suas recomendaçes renderam bastante bem. Uarner %ommunications@ por exemplo. $e voc tivesse comprado o papel em 94@ poderia t=lo vendido com belos lucros em vrios momentos@ at> a empresa começar a ter problemas@ em meados de 98). Outras açes listadas por #o?ers@ como a I55@ por exemplo@ foram catastrCficas. O problema > o se?uinte: se voc tivesse lido o manual de sobrevivncia de #o?ers em 94@ e aceitado al?uns dos seus pro?nCsticos@ como se teria saídoH +ois >@ dependeria da sua sorte. "a lista dele@ se voc tivesse escolhido ?anhadores@ teria ?anhadoJ escolhesse perdedores@ teria perdido. A sorte manteve o tempo todo o controle dos resultados. $endo assim@ uma boa per?unta seria: então@ para que ficar escutando profetasH +assados o tempo e os fatos@ pode parecer in que lhe d o direito de ficar aí catalo?ando os nossos palpites erradosH $eria capa de se sair melhorH B tão bom profeta assimH *is aí uma boa per?unta. 'ão@ não sou profeta@ e > exatamente isto que estou diendo. ;amais fi qualquer  tentativa s>ria de ler o futuro ^embora@ > claro@ estem@ afirmam poder enxer?ar E frente. *stabeleceram=se como orculos@ são pa?os pelos seus pro?nCsticos@ e sabem@ ou deveriam saber@ que h pessoas que tomam importantes decises baseadas no que afirmam. +arece=me perfeitamente um boletim de profecias@ temos todo o direito de submeter esse serviço a anlise crítica@ e tentar descobrir quanto vale.  A conclusão > que não vale ?rande coisa. Ticar dando atenção a profetas não d lucro nenhum. F coisas que podem ser preditas. $abemos precisamente@ por exemplo@ a que horas o sol se levantar a cada manhã. O calendrio que o banco me d de brinde@ todo ms de dito@ e tm melhorado. +or que tais coisas podem ser previstas@ e por que são confiveis essas previsesH +orque se trata de eventos físicos. Os Axiomas de urique@ por>m@ tratam do mundo do dinheiro@ que > um mundo de eventos humanos. 'ão h m>todo@ não existe nin?u>m capa de prever eventos humanos. 6ma das armadilhas em que os profetas do mundo do dinheiro costumam cair > a de esquecerem de que estão tratando do comportamento humano. Talam como se coisas como a taxa de inflação ou os altos e baixos do índice "oZ fossem eventos físicos. Ao encarar assim esses fen]menos@ > compreensível que o orculo se deixe levar pela ilusão de que eles são passíveis de previsão. 'a realidade@ por>m@ > claro que os fen]menos envolvendo dinheiro são manifestaçes do comportamento humano.  A 2olsa de alores@ por exemplo@ > um ?i?antesco mecanismo de emoçes humanas. O que homens e mulheres estão faendo@ pensando@ sentindo > que determina as altas e baixas das açes. O preço das açes de determinada empresa não sobe por causa de dados abstratos num balancete@ nem porque as perspectivas futuras da empresa são ob que são demais as variveis envolvidas@ para que se possa obter uma previsão confivel de al?o como a taxa de inflação. *ssa taxa resulta de milhes de pessoas tomando bilhes de decises: operrios decidindo quanto querem ?anhar@ patres decidindo quanto querem pa?ar@ consumidores estabelecendo os preços que estão a fim de en?olir@ e todo mundo tomando decises sobre sentimentos difusos de >pocas duras ou de prosperidade@ temor ou se?urança@ tristea ou animação. Al?u>m

afirmar que > capa de produir previses confiveis a respeito de uma complexidade espantosa como esta parece arro?ante = mais: parece ridículo. %omo di o -! Grande Axioma@ o comportamento humano > imprevisível. %omo no mundo do dinheiro todas as previses se referem a comportamento humano@ o melhor > não levar nenhuma a s>rio. 3ev=las a s>rio pode conduir voc por tristes e soturnos caminhos. O mercado de açes@ provavelmente@ > o que oferece al?uns dos exemplos mais cru>is. 5omando um deles ao acaso@ ve da letra@ o seu destino financeiro muito dependeria da sua sorte de aproveitar as boas profecias e descartar as ms. * como houve ms profeciasN 6ma das piores diia respeito E Apple. 'o dia ! de bKcle@ > claro@ foram fatores que a alue 3ine não tinha como prever em exatamente este o problema. 5oda previsão corre o risco de levar com fatores imprevisíveis pela proa. 'enhuma previsão que implique comportamento humano pode ser ` composta de fatores previsíveis. 5oda previsão implica risco. 'enhuma@ confivel. Muitos dos que compraram Apple em 98) devem ter vendido antes que o papel atin?isse o seu ponto mais baixo. Al?uns@ a?indo conforme o )! Grande Axioma@ terão abandonado o barco apenas com pequenos prem@ em que > impossível pular fora a tempo. 6ma previsão errada pode@ se voc não for precavido@ amarr=lo durante anos a uma situação de precada de 4@ compraram %"2s de lon?o prao. %onforme < observamos@ economistas haviam previsto que as taxas de  cada@ e em se?uida se nivelariam ou at> cairiam um pouco. A primeira parte da previsão se confirmou. As taxas subiram. 2ancos começaram a oferecer %"2s de quatro e de seis anos@ com taxas de que os banqueiros conse?uiram convencer o pessoal a deixar o dinheiro trancafiado com eles esse tempo todoH %onse?uiram= no divul?ando e repisando a tal previsão dos economistas. \ Olhem aqui@ são 4` que vocs vão levarN \ diia o ?erente do banco ao casal candidato a depositante@ que apertava nas mãos trmulas as economias de uma vida inteira. = Onde < ouviram falar de uma taxa dessasH $ão capaes de ima?inar um ?anho maiorH 'uncaN O ne?Ccio > vocs pe?arem enquanto > possível. Os maiores economistas estão diendo que os m acha. ocs fecham nesses 4`@ e ficam sC olhando e rindo das coisas acontecendoN O discurso era fantstico. At> as previses darem errado.  As taxas continuaram subindo@ che?ando a níveis inima?inveis. 'o final da d>cada@ havia bancos oferecendo %"2s de seis meses a taxas de `@ `@ al?o de arrepiar os cabelos. *sses pap>is de seis meses tornaram=se muito populares@ com muita ?ente querendo=os. Inclusive a turma que estava com o seu capital cumprindo penas de seis anos@ a 4` ao ano.

Es)ra)*+ia Es,ecu-a)i.a O -! Grande Axioma di para voc não montar o seu pro?rama especulativo baseado em previses@ porque d errado. *squeça todos os pro?nCsticos. 'o mundo do dinheiro@ um mundo moldado pelo comportamento humano@ nin?u>m tem a mais remota id>ia do que acontecer no futuro. +reste bem atenção: nin?u>m. %laro@ todos nCs pensamos no que ser que vai acontecer@ e nos preocupamos. Mas tentar escapar a essas preocupaçes apoiando=se em previses > pobrea na certa. O especulador de sucesso não baseia suas  @ por si sC@ uma esp>cie de previsão. oc est pensando: V5enho raes para esperar que isto d certo.VV 'ão deixe@ contudo@ que tal pensamento se con?ele num pronunciamento oracular:

Vai dar certo@ porque as taxas de
O 6# $ra/de Aioma% DOS 1ADR5ES  At> começar a parecer ordem@ o caos não > peri?oso. Irvin? Tisher@ famoso professor de economia de Yale@ fe uma fortuna na 2olsa. Impressionados com a combinação de credenciais acadmicas impecveis e conhecimentos prticos de investimentos@ muita ?ente coreu a pedir seus conselhos. \ Os preços das açes parecem ter atin?ido um patamar permanentemente alto \ disse ele em setembro de 9&9@ pouco antes de sair quebrado da maior d>bKcle ?ias para a exploração desses padresJ mais at>: acreditou ter@ realmente@ descoberto essas fCrmulas e estrat>?ias. %oitado do velho Tisher. Duis a sorte que por um instante ele voasse mais alto@ para maior ser a sua queda. "urante uns poucos anos@ os fatos pareceram confirmar a sua ilusão de ordem. \ e sC nas esquinas de Uall $treet que ela os desprevenidosJ > tamb>m em ?alerias de arte@ corretoras de imCveis@ cassinos e leiles de anti?Pidades. Onde quer que se arrisque e se perca dinheiro. A ilusão > mais que compreensível.  Afinal de contas@ onde > que se encontra mais ordem que no dinheiroH +or mais que o mundo se descabele@ quatro vees &0 cents sempre somam um dClar. O dinheiro parece frio@ racional@ submisso E anlise racional e a manipulaçes. +ara ficar rico@ parece suficiente encontrar um enfoque sClido e racional: a TCrmula. 5odo mundo est atrs dessa TCrmula. Infelimente@ ela não existe.  A verdade > que o mundo do dinheiro > um mundo desordenado@ sem nenhum padrão de comportamento@ um absoluto caos. "e ve em quando parecem formar=se padres ou desenhos@ como num c>u de nuvens ou na espuma do mar que quebra a praia. Mas são efmeros. 'ão constituem base sClida sobre a qual se possa er?uer um plano. $ão atraentes@ mas estão sempre en?anando pessoas espertas como o nosso professor Tisher. O especulador realmente esperto@ por>m@ percebe@ sabe do que se trata@ e passa ao lar?o. *sta > a lição do 0! Grande Axioma. B possível que seria de ordem@ al?umas das maiores iluses se encontram no mundo das artes. *ste > um mundo onde se pode ?anhar uma fortuna com espantosa rapide. O se?redo > se ape?ar aos artistas baratinhos@ antes que eles criem fama. %omo 3ouise Moillon@ por exemplo@ uma pintora francesa do s>culo II. F pouco tempo@ num leilão no interior@ uma mulher pa?ou .0 dClares por um quadro dela. 6m ano depois 3ouise Moillon entrou na moda@ e a mesma tela foi vendida em 'ova YorW por &. dClares. Isto > o que se chama uma especulação bem=sucedida@ al?o que poderia ser um bom impulso nas finanças de qualquer pessoa. Mas@ por onde > que se entra nessas coisasH %omo > que se vai dier que@ de repente@ um artista obscuro virar o centro das atençesH 2em@ existem especialistas que ?arantem ter resolvido essas questes. *nxer?am padres que nin?u>m mais enxer?a. 5m fCrmulas. $ão capaes de reconhecer Arte com A maiLsculo antes de o resto do mundo consultar um batalhão desses especialistas@ não > verdadeH %erto. 'esses moldes > que foi criado o Tundo $oberano da Arte Americana. 2asicamente@ tratava=se de um fundo mLtuo que se propunha a enriquecer seus acionistas comprando e vendendo arte. %ompras e vendas seriam executadas por especialistas@ profissionais experimentados cum parece ter se dado conta > que@ num
cotas eram ne?ociadas a mais de ) dClares. +elo menos al?uns dos especuladores ori?inais conse?uiram ?anhar al?uma coisa. Mas lo?o veio vindo o desKnimo. As obras adquiridas não eram tão primas como pareciam E primeira vista. Artistas obscuros foram ficando mais obscuros. 6ma tela cara foi apontada como falsificada. O valor das cotas despencou. "ois anos depois de inau?urado o fundo@ elas eram oferecidas a 40 cents. Os fundos mLtuos de Uall $treet contam histCrias parecidas. Ilustram com fria clarea a futilidade de se procurarem padres no caos = e@ principalmente para o especuladorinho m>dio@ os peri?os. *xaminemos a aparentemente infinita promessa dos fundos mLtuos. *sses ?randes a?lomerados de dinheiro do pLblico são administrados por profissionais de primeira. $ão espantosas as proeas universitrias desses homens e mulheres@ assim como os seus salrios. As necessidades deles são atendidas por  multides de assistentes. 5m E disposição imensas bibliotecas especialiadas em fatos e teorias financeiras. $uas co?itaçes são movidas a computadores e outros custosos equipamentos. $em sombra de dLvida@ são os teCricos de investimentos que mais estudaram@ os mais bem pa?os e equipados do mundo.  Assim@ se em meio E desordem fosse possível discernir um padrão usvel e criar uma fCrmula para se a?ora@ por>m@ essa fCrmula lhes vem escapando. O mais triste > que os fundos mLtuos são especulaçes como outras quaisquerJ seus administradores Es vees ?anham@ outras vees perdem. B o mximo que se pode dier sobre eles. 5odos aqueles c>rebros de alta volta?em@ todo aquele dinheiro e todos aqueles computadores não foram capaes de torn=los mais espertos nem mais bem=sucedidos que o especulador solitrio@ que opera apenas com a sua dor de cabeça e uma calculadora barata. 'a realidade@ como ?rupo@ Es vees os fundos mLtuos conse?uem ter um desempenho pior que a m>dia. %erta ve@ a revista Torbes fe um ?rfico com a performance dos preços das cotas dos fundos em mercados em baixa@ e apurou que 9` deles caíam tão rpido quanto os das açes de modo ?eral@ ou mais rpido ainda.  Apesar de tudo@ os administradores de fundos prosse?uem@ teimosamente@ na busca dessa fCrmula m?ica. uscam@ porque são pa?os para istoJ al>m do mais@ em muitos casos@ talve na maioria@ continuam buscando porque realmente acreditam que@ em al?um lu?ar@ h de haver essa fCrmula@ que > apenas questão de seus computadores serem espertos o bastante para darem com ela. oc e eu@ naturalmente@ sabemos que a raão pela qual não acham a fCrmula > sC uma: ela não existe. $im@ sem dLvida@ voc > capa de ?anhar dinheiro investindo num fundo mLtuo = se tiver a sorte de escolher o fundo certo na hora certa. O fato > quem adquire cotas de um fundo mLtuo corre os mesmos riscos de quem compra açes isoladamente@ ou obras de arte@ ou sedia. O diabo > descobrir: quaisH "e forma que retornamos E estaca ero. $e preferir especular em cotas de fundos@ estar operando no mesmo caos que encontraria se estivesse especulando diretamente com açes@ arte@ mercadorias@ moedas@ metais preciosos@ imCveis@ anti?Pidades ou rodas de p]quer. +ara voc@ as re?ras do isto que vende. $ão iluses reconfortantes e cheias de promessas. Investidores modestos@ pessoas que < saíram chamuscadas ou acham que por i?norKncia ou medo perderam oportunidades ^e quem não achaH_@ faem fila E porta de um conselheiro que ofereça uma fCrmula plausível@ ordenada@ de se ?anhar dinheiro. Mas voc deve encarar com ceticismo qualquer um desses conselheiros. Duanto mais se?uro@ quanto maior for sua aparncia de banqueiro@ mais se deve desconfiar@ pois mais lon?e estar o su o caos@ que um especulador que aprendeu direito a sua lição. +reparando=se para uma lon?a estada no exterior a serviço@ Malabre procurou quem o am a postos para liquidar os seus pap>is@ ou tomar a iniciativa que se fiesse necessria. $aiu procurando. 'o seu livro Investin? for +rofit in the *i?hties ^VInvestimentos e 3ucros nos Anos 8VV_@ conta que seu olho bateu no Tirst 'ational %itX 2anW of 'eZ YorW@ ho
V2em@ est resolvidoVV@ pensa Malabre. V+arece uma boa solução para o meu problema. Afinal@ estou escolhendo o %itibanW@ um dos de ou quine maiores bancos na face da 5erra. O que esses caras não souberem a respeito de dinheiro provavelmente não vale a pena saber. 'ão posso estar errado em entre?ar  essa minha mixaria nas mãos deles. Onde vou encontrar uma custCdia financeira de ?ente mais confivel@ mais prudente@ mais esperteH %om toda certea@ enquanto eu estiver fora eles não vão perder um centavo do meu dinheiro. 5alve at> me façam ?anhar uma fortunaNVV Toi isto que Malabre pensou. *stava padecendo de uma perfeitamente compreensível ilusão de ordem. Onde > que se poderia encontrar mais ordem do que num ?i?antesco banco de 'ova YorWH 6m operador solitrio@ desorientado@ > capa de ir@ vir@ ficar dando voltas@ e acabar transformando uma rica carteira em pCJ um ?rande banco@ nunca. 6m banco desses deve ter as suas fCrmulas trancafiadas em cofres=fortes. $empre sabe o que faer.  A conseqPncia: os banqueiros por pouco não levaram Malabre E falncia. %ompraram=lhe um pacote de Avon +roducts ordinrias a 9 dClaresJ passados dois anos@ estavam a menos de &. *ntupiram= no com $ears a @ e ficaram olhando at> bater -@ 0. %ompraram I2M a pouquinho menos de - dClares@ e ela foi parar em 0. $omente medidas drsticas@ tomadas pelo prCprio Malabre@ evitaram a catstrofe. O que dCi ensina. 5ão cedo Malabre não esquecer a lição do %itibanW. oc@ por>m@ pode aprender  a mesma lição@ sem dor@ sem se machucar. * a lição > a se?uinte: cuidado com qualquer especialista em aconselhamento que@ observando o panorama financeiro@ afirma enxer?ar outra coisa que não o caos. Duanto mais ordenado o panorama parecer ao conselheiro ou conselheira@ menos esse senhor ou senhora merece a sua confiança. Duando deposita a sua confiança numa ilusão de ordem@ voc est se ninando para um peri?oso sono. 'enhum dos Axiomas de urique di@ especificamente@ que voc tem de ficar de olhos abertos@ mas a necessidade est implícita em todos eles. 'ão cochile@ pois pode acordar com o seu dinheiro entrando pelo cano. $e estiver a fim de passar uma tarde divertida e instrutiva@ observando como se constrCem iluses de ordem@ passe numa livraria e d uma espiada nesses livros que ensinam a ficar rico de um dia para o outro. Dualquer livrariainha tem uma porção deles. *ncontrar uma ampla variedade de opçes de investimentos@ talve at> al?umas que lhe a?radem bastante. %omo enriquecer com imCveis. %omo faturar  alto com moedas raras. %omo faer fortuna com filatelia@ títulos pLblicos@ debntures@ prata@ ouro... a lista não acaba. +reste atenção numa característica desses livros. A maioria > escrita por ?ente que afirma ter  acumulado fortuna pessoal com o esquema ali descrito. 6m título típico seria %omo *n?ordei Meu %apital %om %arne de +orco@ que@ no caso@ si?nificaria Vcomo aumentei meu capital ne?ociando com carne de porco na bolsa de futurosVV. *starão esses conselheiros falando a verdadeH $im@ pode=se dier que@ E maneira deles@ estão. 'ão h por que ser desnecessariamente cínico a respeito. *m quase todos os casos@ podemos presumir que os relatos são autnticos. %ontudo@ o que não somos > obri?ados a nos deixar envolver na ilusão de ordem do autor. *le acredita que ficou rico por ter encontrado a fCrmula verdadeira. Mas nCs estamos sabendo: ficou rico porque deu sorte. $e voc estiver em mar> de sorte@ qualquer arremedo de esquema o far ?anhar dinheiro. 'a mar> contrria@ não h um sequer que funcione. Al?uns desses conselheiros admitem = assim como os Axiomas de urique [ o importantíssimo papel da sorte. Alis@ os Axiomas não apenas o admitem@ eles se baseiam em que@ isoladamente a sorte > o dado mais poderoso no sucesso ou fracasso de qualquer especulação.  A maioria dos VespecialistasVV@ por>m@ i?nora a sorte@ fa de conta que ela não existe@ ou a menciona o mais de passa?em possível. %omo os banqueiros do %itibanW e os administradores do Tundo $oberano de  Arte Americana@ o ne?Ccio deles > vender um elixir mila?roso: um sistema ordenado@ uma sensação de exercer o controle.  por mim@ meu filho@ não tenha receio@ eu conheço o caminho das pedras. Toi por aí que enchi os bolsos. B sC se?uir essas dicas bem simplesinhas@ passo a passo... 5udo bem. $e quiser@ pode se?uir = talve at> o seu que a fCrmula que deu certo ano passado não > obri?ada a dar certo este ano@ com um diferente conrie de casuísmos totalmente diferentes. O fato > que não se pode confiar em nenhuma fCrmula que i?nore o papel dominante da sorte. *sta > a importante verdade do 0! Grande Axioma. * a verdade nos liberta. O que assinala o papel da sorte não > apenas a possibilidade de esses conselheiros estarem espetacularmente erradosJ >@ tamb>m@ o fato de que@ freqPentemente@ vamos topar com dois desses sbios dando conselhos diametralmente opostos sobre o mesmo tema. Aqui na minha estante@ por exemplo@ tenho dois livros: FoZ Uall $treet "oubles MX MoneX *verX 5hree Years ^V%omo Uall $treet "obra o Meu "inheiro a %ada 5rs AnosVV_@ de 3eZis OZen@ e 5he 3oZ Fi?h 5heorX of Investment ^VA 5eoria 2aixa=Alta de InvestimentosVVR_@ de $amuel %. Greenfield. OZen di que devemos comprar açes cu possível que ambos os sbios este que os dois estão errados.  A verdade > a se?uinte: o preço de uma ação@ ou de qualquer coisa que se compre visando lucro@ subir se tivermos sorte.

6# AXIOMA MENOR %uidado com a armadilha do Fistoriador.  A Armadilha do Fistoriador > um tipo especial de ilusão de ordem. 2aseia=se na crença@ antiquíssima e totalmente sem fundamento@ de que a histCria se repete. Duem acredita nisto = talve 99 de cada  pessoas na face da 5erra = como corolrio acredita que a repetição ordenada da histCria permite@ em determinadas circunstKncias@ previses corretas. $endo assim@ suponhamos que@ no passado@ em determinado momento@ ocorreu o *vento A@ que foi se?uido do *vento 2. +assam=se al?uns anos@ e testemunhamos a repetição do *vento A. = Ah=ahN = di quase todo mundo. = Aí vem o *vento 2N 'ão > assim que a banda toca. 'ão caia nessa. s vees a histCria se repete@ > verdadeJ com ?rande freqPncia@ por>m@ não se repete. Mesmo quando a repetição ocorre@ de forma confivel a ponto de voc poder apostar prudentemente o seu dinheiro. Geralmente@ as conseqPncias da Armadilha do Fistoriador não costumam ser ?raves. V$e estiverem E frente no terceiro tempo@ ?anham o m que perdeu a primria de 'eZ Fampishire uma boba?em mas@ de modo ?eral@ não oferece peri?os. Duando o seu dinheiro entra no ne?Ccio@ por>m@ a Armadilha do Fistoriador se torna peri?osa. oc pode acabar duroN 'o ramo de assessoria financeira@ a armadilha aparece em todo canto@ > ubíqua. *ra de crer que@ tendo observado vees sem conta que os eventos raramente ocorrem como esperam@ a maioria dos assessores tivesse aprendido a evitar a armadilha. +ois >@ mas a ilusão de ordem = ou@ talve@ a necessidade de acreditar em ordem = > forte demais. *xistem@ em Uall $treet@ escolas de pensamento inteiras que repousam em falcias ori?inrias da  Armadilha do Fistoriador. Analistas de açes e outros valores recuam no tempo at> o Lltimo mercado de certos pap>is@ ou ?rupos de pap>is@ que conheceu uma alta explosiva@ e reLnem montanhas de fatos a respeito de tudo que E >poca ocorria em volta. #e?istram que o +'2 ia em alta@ a taxa de m pode ser que não. TranW FenrX conheceu uma moça que mer?ulhou de cabeça na Armadilha do Fistoriador@ e quase morreu. *ra uma funcionria subalterna@ mal pa?a@ da 6nião de 2ancos $uíços. +ela morte do pai@ herdou al?um dinheiro@ que resolveu investir a fim de subir na escala social@ deixar a classe dos remediados. TranW FenrX ?ostou da sua bravura@ tomou pela moça um certo interesse de av]@ e@ quando ela pedia@ dava=lhe conselhos. "o que aprendera na sua vidinha bancria@ interessou=se pelas operaçes com moedas. B um a maneira inconstante como as moedas do mundo flutuam@ variando os valores umas em relação Es outras. +ara entrar no @ voc pe uma quantidade relativamente pequena do seu@ tomando o resto emprestado do corretor@ a sua alavanca?em > muito ?rande. "e um dia para o outro@ d para dobrar o seu capitalJ e@ da mesma forma@ d para arrebentar os seus dentes financeiros@ se as coisas andarem ao contrrio. 'este ramo@ a maioria dos pequenos especuladores m@ quando a viu entrando na Armadilha do Fistoriador. %erto dia@ a moça contou=lhe ter feito um estudo completo das altas e baixas do dClar e da lira@ e sua inter=relação ao lon?o da histCria. 3evantamentos desse tipo podem ser Lteis em qualquer situação de investimento@ desde que não se
empol?ada demais@ não conse?uia nem escutar. B o que acontece@ quase sempre@ com descobridores de novas fCrmulas de ?anhar dinheiro. \ *la achava que havia encontrado uma esp>cie de chave m?ica \ disse TranW FenrX@ com tristea. \ +er?untei como > que@ apesar de anos e anos procurando@ milhares de outras pessoas i?ualmente inteli?entes nunca tinham encontrado nada@ e ela disse que não sabia nem estava interessada em saber. *ra tão ?rande sua excitação que@ quando um rapa a convidou para que estava erradoN O fato > que ela estava enxer?ando o mundo pelo avesso. TCrmulas podem estar erradasJ o mercado nunca. O mercado > mercado@ nem mais nem menos. 'ão fa previses nem promessas. *st ali@ e basta. "iscutir com ele > como sair numa tempestade de neve@ ?ritando que sC deveria nevar no dia se?uinte.  A nossa
7# AXIOMA MENOR %uidado com a ilusão do Grafista. #epresentar nLmeros por meio de linhas em papel milimetrado pode ser Ltil ou peri?oso. B Ltil quando a.  A Ilusão do Grafista@ freqPentemente@ > uma extensão ?rfica da Armadilha do Fistoriador. Ilustra=se isto melhor com os ?rafistas de Uall $treet. 5rata=se de pessoas com um m mais > capa de entenderJ possuem suas prCprias revistas e noticiada com freqPncia = pode ser determinado por meio de ?rficos nos quais são re?istradas as oscilaçes de preço passadas. O ?rafista começa fixando sua atenção em al?um tipo de investimento = di?amos numa ação@ a 6=3=3 *letr]nica. ai buscar em meses@ anos atrs@ as variaçes de preço da ação@ traduindo os nLmeros encontrados em pontos e linhas sobre papel milimetrado. * passa a estudar o padrão resultante. *st especialmente interessado em oscilaçes bruscas@ altos e baixos ocorridos imediatamente antes de uma alta ou baixa si?nificativa na ação da 6=3=3. "a prCxima ve que topar com oscilaçes semelhantes@ concluir que est E beira de uma nova alta ou baixa importante@ e montar a sua especulação a partir daí. Duando as coisas não ocorrem como espera = ou se como faer ?rficos da espuma do mar. A?ora est assim@ daqui a pouco não estar mais. O mesmo desenho voc sC tornar a ver por pura sorte. *@ caso o reve capa de faer um monte de nLmeros desinteressantes@ essencialmente desordenados@ parecer uma importante tendncia. F s>culos que os camel]s e os vi?aristas deste mundo conhecem a força dos ?rficos. endedores de fundos mLtuos nunca saem de casa sem eles. O valor da cota do fundo > capa de vir subindo tão deva?arinho que sequer empata com a inflaçãoJ colocando@ por>m@ os anos bem ser en?anado por si prCprio. "i?amos que est examinando um ?rfico que mostra o valor da lira em relação ao dClar@ em anos recentes. A linha não para de subir@ e lhe ocorre: V*iN Duem sabe não > uma boa entrar nessaHNVV Mas@ espere um momento. 'ão se deixe fascinar pela linha@ apenas. *xamine o que ela se prope a representar em termos num>ricos. 5alve apareçam ali somente os pontos altos da lira a cada ano. 6m outro ?rfico@ mostrando seus pontos baixos@ talve se apresente como uma linha descendente. +or outras

palavras@ a relação lira = dClar tem sido marcada por variaçes cada ve mais amplas. As mudanças calmas e firmes su?eridas pela linha ascendente do ?rfico não passam de uma ilusão. O fato > que se trata de uma relação cada ve mais desordenada. B por aí que as pessoas se deixam iludir pelos ?rficos. 6ma linha em papel milimetrado tem sempre um ar confortavelmente ordenado@ mesmo quando o que ela representa > o caos.  A vida m@ > facílimo ficarmos hipnotiados e esquecermos disto. oc d uma olhada num ?rfico representando a lucratividade da 6=3=3 *letr]nica. *specialmente preparado para o relatCrio anual@ o ?rfico sC mostra ?lCrias@ ao vivo e em cores. A linha ascendente@ forte@ ?rossa@ ininterrupta@ tão completamente entroniada ali@ parece que nunca ser diferente. 'ada > capa de romp=la. +ode curvar=se@ mas sC um pouquinho. A impressão que d > de que subir para sempre. oc@ por>m@ não deve apostar nisso.

8# AXIOMA MENOR %uidado com a ilusão de %orrelação e a ilusão de %ausalidade. 5em aquela velha piada do camarada que ficava todos os dias na mesma esquina@ acenando os braços e emitindo ?ritos estranhíssimos. 6m dia um ?uarda vai l e per?unta do que se trata: \ *stou mantendo as ?irafas lon?e = di o su@ tenho trabalhado bem@ não tenhoH B uma característica das mentes at> mais racionais perceberem relaçes de causa e efeito onde não existem. Duando necessrio@ nCs as inventamos.  A mente humana > um Cr?ão em busca de ordem. 'ão se sente E vontade no caos@ e@ se f or a Lnica maneira de se satisfaer@ > capa de refu?iar=se num mundo de fantasias. *ntão@ quando ocorrem dois ou mais eventos perto uns dos outros@ vamos lo?o descobrindo elos causais entre eles. Isso nos deixa mais confortveis. $omos tamb>m capaes de ficar mais vulnerveis@ mas sobre isto ?eralmente não pensamos@ at> ser tarde demais. ou dar um exemplo meu. F muitos anos@ antes de TranW FenrX e eu termos conversado exaustivamente sobre os Axiomas de urique@ ?anhei um dinheirinho pulando pra l e pra c entre I2M e FoneXZell. +or esse tempo@ a FoneXZell estava totalmente envolvida com computadores de ?rande porte e concorria diretamente com a I2M@ muito mais que hois andavam em sentidos opostos. Duando a FoneXZell passava al?umas semanas subindo@ a I2M caía@ e vice=versa. $eparei um dinheirinho e fi o que achei ser  esperto: ficar um tempo com FoneXZell@ na subida pular fora@ comprar I2M l embaixo@ subir com ela... a assim por diante. Tuncionou raoavelmente al?umas vees. *u deveria ter=me dado conta de que estava funcionando apenas por questão de sorte@ mas nesse tempo eu ainda não sabia das coisas. Achei que funcionava porque... porque... bem@ acabei estabelecendo uma relação causal a fim de explicar o fen]meno que vinha observando. %riei a teoria de que havia um bando de ?randes investidores = fundos mLtuos@ se?uradoras e milionrios = que periodicamente trocavam de posição entre I2M e FoneXZell. Duando a FoneXZell anunciava al?um produto novo a atraente@ ou qualquer outra coisa boa@ todos esses hipot>ticos ?randes investidores vendiam suas posiçes em I2M e desandavam a comprar FoneXZell@ e vice=versa. A ser  verdadeira@ essa hipCtese inventada explicaria os movimentos opostos dos dois pap>is. *ra verdadeiraH Duase com toda certea@ não. A verdade@ sem dLvida@ era que esses movimentos aparentemente ordenados eram provocados por coincidncias devidas a pura sorte@ por acontecimentos casuais e imprevisíveis. O fato de@ no passado@ os preços terem andado al?umas vees em sentidos opostos não indicava@ nem podia ser tomado como indício de que se repetiria no futuro. A relação causal que eu inventara@ por>m@ fe com que aquele minueto todo parecesse mais ordenado do que realmente era@ e eu@ confiante@ apostei dinheiro demais na minha suposição. %omprei um pacote de FoneXZell a um preço que me pareceu o fundo do poço. Ato contínuo@ tanto FoneXZell como I2M entraram em parafuso@ como um par de patos baleados. Antes de me dar conta do que estava acontecendo e de abandonar minhas iluses de ordem@ eu < tinha perdido cerca de &0` do meu investimento.  A menos que voc realmente ve começar a parecer ordem@ o caos não > peri?oso. +orque tanta ?ente no mundo financeiro procura@ desesperadamente@ padres de ordem@ Uall $treet não pra de passar id>ias sobre possíveis li?açes causais entre isto e aquilo. Al?umas dessas li?açes podem parecer plausíveis a muitos@ outras sC a uns poucos. 5odas@ por>m@ tm uma esp>cie de atração para

a mente humana@ esse Cr?ão que ama a ordem@ e todas@ provavelmente@ si?nificaram problemas para al?u>m. +or exemplo@ um conrio = tem a ver com um fen]meno conhecido como $índrome do +rimeiro Ano #epublicano. "esde as primeiras d>cadas deste s>culo@ no primeiro ano de um presidente republicano o mercado tem caído = valendo isto para o primeiro ou se?undo mandato. Aconteceu uma ve com Ferbert Foover@ duas com *isenhoZer@ duas com 'ixon@ e@ no momento em que escrevemos@ com #ea?an < aconteceu uma ve.  Aconteceu at> nos primeiros doe meses do irre?ular mandato de trs anos de Gerald Tord.  A primeira per?unta >: por quH * a se?unda >: o que deve um investidor faer a respeito@ se > que deve faer al?uma coisaH  A resposta mais provvel E primeira per?unta > que o fen]meno > provocado por acasos que nada tm a ver com o partido do presidente rec>m=empossado. %orrelacionar acasos com movimentos do mercado > o que de mais comum existe@ e aqui não se trata de outra coisa. B parecido com o índice do ;o?o Tinal = um fato peculiar freqPentemente re?istrado em Uall $treet: o mercado sempre sobe quando a finalíssima do campeonato de futebol@ em ?anha por uma equipe que tem sua ori?em na 3i?a 'acional de Tutebol. B divertidíssimo bater papo sobre o Indício do ;o?o Tinal@ mas nin?u>m pode levar a s>rio que exista uma relação causal entre um senão isso. Duanto E se?unda questão = o que faer a propCsito da síndrome =@ a resposta correta >: nada. F investidores@ contudo@ que insistem em extrair dela al?uma esp>cie de ordem. A teoria deles > que o republicanismo de um presidente causa a queda do mercado no primeiro ano. %ausa@ comoH +ara isto@ h hipCteses E vontade. 6ma delas di que o +artido #epublicano@ identificando=se como partido da prosperidade econ]mica@ leva as expectativas financeiras das pessoas a níveis irreais. Duando não enriquecem subitamente@ lo?o no dia da posse@ elas tm uma enorme decepção@ e > nesse mar de desapontamentos que o mercado se afo?a. *sta > sC uma das teorias. *xistem outras@ mas não vamos perder tempo com elas@ que nenhuma merece ser levada a s>rio. $ão todas exemplos de como as pessoas criam li?açes causais fantsticas@ quando querem explicar fen]menos observados. * todas são exemplos de como uma li?ação causal@ uma ve inventada e estabelecida@ > capa de faer com que um fen]meno pareça mais ordenado do que realmente >. O que@ conforme < vimos@ pode ser peri?oso. $e acreditar que o republicanismo de um presidente causa o desabamento do mercado@ voc então percebe toda uma s>rie de eventos ordenados@ e > capa de sentir=se obri?ado a al?um tipo de ação. %omo o professor Tisher@ começa a enxer?ar padres onde eles não existem. B possível que@ no futuro@ a $índrome do +rimeiro Ano #epublicano venha a funcionar de novo@ e > possível que não venha. %omeçou por acaso@ um dia@ e acabar tamb>m por acaso. 'ão d para prever uma coisa nem outra. 'a realidade@ trata=se apenas de mais um aspecto do caos. *vite ima?inar causas quando não pode@ realmente@ observ=las em funcionamento. *star evitando muito sofrimento. "ivirta=se na finalíssima do campeonato de futebolJ se ?anhar o time errado@ procure um bar@ não uma corretora.

9# AXIOMA MENOR %uidado com a Talcia do ;o?ador. O o meu dia de sorteNVV  Ambos estão tentando criar um estado de eufCrica expectativa@ no qual arriscarão o seu dinheiro com menos prudncia que o normal. Ambos deverão se arrepender.  A Talcia do ;o?ador > uma esp>cie peculiar de ilusão de ordem. 'este caso@ a ordem não > percebida no mundo caCtico E volta@ mas dentro de si mesmo@ no prCprio ser. Duando di que est VquenteVV@ ou que > o seu Vdia de sorteVV@ na realidade a pessoa est querendo dier que se encontra@ temporariamente@ num estado no qual acontecimentos casuais serão influenciados a seu favor. 'um mundo desordenado@ onde os eventos rodopiam em todas as direçes@ somos uma ilha de calma e ordem.  nossa volta@ as coisas deixarão de acontecer de forma tresloucada@ e obedecerão E nossa ordem. #oletas e caça=níqueis serão nossas escravasJ cartas pedidas para o meio entrarão@ certinhasJ cavalos se esfalfarão para nos levar ao ?uich pa?adorJ o bilhete que comprarmos ser o premiadoJ se resolvermos entrar no mercado de açes escolhendo de olhos vendados o investimento@ correndo o dedo sobre as cotaçes num que a ?ente tem de VtestarVV a sorte@ todas as noites@ antes de entrar no rio. 'a verdade@ h mesmo livros sobre prticos@ que su?erem isto com ?rande solenidade. A id>ia > a pessoa começar com al?umas apostas pequenas = um ou dois dClares nos caça=níqueis@ por exemplo =@ para ver como anda a sorte. $e a mquina en?olir a sua

oferenda sem sequer a?radecer@ > que a sorte não est com voc aquela noiteJ o melhor que tem a faer > voltar para o hotel e ficar vendo televisão. $e a mquina@ por>m@ lhe devolver a oferenda com a sua noite para despe ver?onhaJ em outras noites@ por>m@ o melhor teria sido ficar em casa com um bom livro. F noites em que se est VquenteVV@ e noites em que não se est. O fen]meno não se restrin?e E mesa do m@ em que tudo que voc toca vira cina e pC. B absolutamente natural enxer?ar@ por trs disso tudo@ al?uma esp>cie de mecanismo ordenador. * a ilusão > reforçada pelas histCrias que cada do s>culo passado@ os VAle?res Anos 9VV@ intitulada O Fomem que Duebrou a 2anca em Monte %arlo. 'ão foi uma ve sC que Uells conse?uiu o le?endrio feitoJ foram trs noites se?uidas@ em 89. VDuebrar a bancaVV não era tão dramtico quanto parece. 'ão queria dier que o cassino fosse E falncia. $i?nificava apenas que se es?otava o dinheiro da casa@ desi?nado para aquela mesa. Mesmo assim@ era tão raro que@ quando al?u>m o conse?uia@ ainda que uma Lnica ve@ < era notícia de primeira p?ina nos o lance mais difícil da roleta. *scolhe=se um nLmero@ de  a )1@ e aposta=se. Ganhando@ recebe=se multiplicada por )1 a quantia apostada. 'as antiquadas roletas de Monte %arlo@ as chances eram de )4 a  contra o m o caso de %aroline chamada V3a 2elleVV@ talve a mais famosa e@ na opinião de al?uns@ a mais linda das c>lebres cortesãs que floresceram em Monte %arlo nos seus dias de ?lCria. Aos 8 anos@ ela foi levada para a famosa cidade do m de canalha@ perdeu tudo no cassino e a abandonou. #estavam a %aroline dois luíses = moedas de & francos@ valendo cada uma talve  dClares em dinheiro de ho uma modalidade que@ na roleta@ dobra o dinheiro do ?anhador. %aroline Otero@ apavorada demais para presenciar o resultado@ afastou=se da mesa@ deixando o seu dinheiro ali@ para se multiplicar ou desaparecer. "eu vermelho &8 vees se?uidas. A banca quebrou@ e a culo passado@ outras são mais recentes@ e todas são contadas em apoio E Talcia do ;o?ador. \ edulo. = *stão aí as histCrias para provar. O que voc tem que faer > esperar esse momento@ e aí apostar feito loucoN  As histCrias não provam nada disso. O que provam@ na verdade@ > que os períodos de ?anhos acontecem. ;o?ue uma moeda para o alto um nLmero suficiente de vees@ e não tardar a obter uma seqPncia de caras. Mas não existe nenhuma ordem nisso. 'ão d para saber com antecedncia quando tal seqPncia começar@ e@ uma ve começada@ nin?u>m ser capa de ?arantir quantas vees ocorrer.  A mesma coisa acontece com a roleta@ as corridas de cavalos@ o mercado de arte@ ou qualquer outro   memorveis@ com os quais@ provavelmente@ encher a pacincia dos ami?os pelo resto da vida. O que não existe > a maneira ordenada pela qual voc poder tirar proveito de tais períodos. 'ão h como perceber quando começam@ nem como prever sua duração. $ão@ tão=somente@ mais um aspecto do caos.

$e voc est numa roleta apostando no vermelho e d vermelho trs vees se?uidas@ Ctimo. Mas@ o que > que isto lhe di em relação ao futuroH *star voc no começo de uma seqPncia de &8 vermelhosH *st VquenteVVH "everia aumentar a apostaH Muitos aumentariam. * esta > uma das raes pelas quais tantos saem dos cassinos de bolsos vaios. %onforme aprendemos ao estudarmos o &! Grande Axioma@ incontveis especuladores e m > invencível@ nem por meio se?undo. %aroline Otero e %harles Uells tiveram sorte. Toram obri?ados a parar de m do mais@ depois de cada mão@ devido Es re?ras e aos limites impostos pela casa@ parte do dinheiro tinha de ser retirado da mesa. Toram salvos pelas circunstKncias. Tossem outros os fatos e tivessem eles continuado a ho
Es)ra)*+ia Es,ecu-a)i.a em@ hipnotiar pela ilusão de ordem. $eus estudos podem ter aumentado as suas probabilidades@ mas não deve ser i?norado o imenso papel que o acaso desempenha no seu prom@ como não consi?o controlar  todas as casualidades capaes de afetar o meu dinheiro@ sei que são ?randes as minhas possibilidades de estar errado. +ortanto@ permanecerei atento@ pronto a saltar na direção que os fatos indicarem.VV *sta > a lição do 0! Grande Axioma.  medida que o tempo passa@ voc vai se tornando um especulador mais esperto.

O 7# $ra/de Aioma% DA MO:I;IDADE *vite lançar raíes. 5olhem seus movimentos. 'o l>xico das modernas teorias sobre sanidade mental@ o desarrai?amento est na mesma cate?oria das preocupaçes. Ambos são considerados maus para voc. $ob muitos aspectos@ claro que > bom ter raíes. oc tem a sensação de pertencer a al?um lu?ar  conhecido@ entre velhos ami?os e bons viinhos: d at> um certo calorinho no coração. Os opostos dessa confortvel situação = desarrai?amento@ sensação de bala perdida@ alienação = parecem@ por comparação@ frios e desconfortveis. B por isto@ com certea@ que a maioria dos psicanalistas acha que devemos ter raíes. Mas vamos olhar esse ne?Ccio de raíes com cuidado. $e deixar que se intrometa na sua vida financeira@ pode lhe custar mais caro do que ima?ina. Duanto mais procurar aquela sensação de estar  cercado pelo anti?o@ pelo conhecido e confortvel@ menor ser o seu sucesso como especulador. O Axioma não tem sC a ver com mobilidade ?eo?rfica@ ou falta dela = a visão romKntica do arrai?amento. ara muita ?ente da classe m>dia@ especialmente para quem est tentando faturar no mercado imobilirio@ isto > parte do ne?Ccio. Mas sC uma parte. Acima de qualquer outra coisa@ o Axioma se refere > a um estado mental@ uma visão das coisas@ um m>todo de or?aniar a sua vida.  A mensa?em@ aqui@ se divide em duas@ cada uma coberta por um axioma menor.

<# AXIOMA MENOR 'uma operação que não deu certo@ não se deixe apanhar por sentimentos como lealdade ou saudade. amos@ primeiro@ dar uma espiada no mercado imobilirio. ;anice $hattucW@ corretora em 'ova ;erseX@ conta uma triste histCria de oportunidade perdida por causa de raíes. 'o começo da meia=idade@ o casal vivera durante duas d>cadas na mesma casa. A hipoteca de vinte anos estava quitada@ e o valor da casa@ a?ora@ era deles at> o Lltimo tostão@ livre e desimpedido. *sse capital era o que tinham de maior valor@ como acontece com muita ?ente nos níveis m>dio de renda. %om os filhos criados e < tocando suas prCprias vidas@ as despesas menores@ o casal se achava em condiçes de p]r esse capital a trabalhar em al?uma especulação. %om sorte@ poderiam che?ar ricos E velhice.  Ami?a do casal@ ;anice $hattucW disse=lhes que talve fosse uma boa id>ia vender a casa. A rua deles começava a dar sinais de decadncia. +or esta ou aquela raão@ vrios imCveis mostravam=se mal conservados. "ois dos proprietrios da rua não residiam em suas casas@ alu?avam=nas para repLblicas de estudantes de uma universidade prCxima = o que@ convenhamos@ não che?a a ser nenhuma ?arantia de manutenção do imCvel. A rua começava a exibir um ar decadente e cansado.  A $ra. $hattucW che?ou a dier aos seus ami?os que talve tivesse um comprador para a casa. 6m dos proprietrios locadores vinha pensando em ampliar o seu imp>rio@ e andava de olho na propriedade do casal havia muito tempo. *ra uma construção ?rande@ com vrios quartos@ facilmente adaptvel para uma repLblica de estudantes. A corretora acreditava que faria uma boa oferta. Te força para que os ami?os aceitassem enquanto era tempo. O casal@ por>m@ não conse?uia decidir=se a vender. $uas raíes eram ali@ explicavam. Ali haviam criado a família. O velho casarão ?uardava muitas recordaçes. 'ão conse?uiam se acostumar com a id>ia de um bando de estudantes morando nele. Al>m disso@ al?uns dos viinhos mais anti?os faiam pressão para que não vendessem. +ermitir que mais uma casa fosse transformada em repLblica@ ir embora e deixar todos os problemas com os que ficassem parecia desleal@ uma coisa de maus viinhos@ que nunca haviam sido.  Assim@ os ami?os da $ra. $hattucW acabaram ficando. O bairro continuou a declinar. Outras casas foram vendidas a ?ente menos cuidadosa = inclusive casas de pessoas que antes faiam discursos sobre lealdade. Tinalmente@ os ami?os da $ra. $hattucW resolveram colocar a casa E venda. At> ho ?anhar  dinheiro = provvel raão pela qual analisa especulaçes =@ > erro deixar=se prender demais a coisas materiais nas quais o seu capital este a hora de pular fora de uma posição em açes. Mas não serão raíes que haverão de impedi=lo. TranW FenrX conheceu um sum. *stava a?ora em s>rias dificuldades devido a mudanças no mercado@ especialmente em raão da che?ada de al?uns impiedosos competidores m@ achava que os problemas eram ainda maiores do que se pensava. %omparando

os produtos da sua empresa com os dos concorrentes m@ não conse?uia mover=se@ e uma das raes era o ?esto de lealdade do presidente. $e um investidor > vendedor líquido de um papel@ e outro > comprador líquido@ um est@ realmente@ comprando do outro. As transaçes@ naturalmente@ são realiadas atrav>s de corretoras@ de especialistas no pre?ãoJ o efeito de colocar comprador diante de vendedor@ por>m@ > como se f osse uma transação na qual os dois se encontrassem cara a cara. O mecKnico@ portanto@ tinha a desconfortvel sensação de que@ se colocasse suas açes E venda@ elas seriam adquiridas pelo seu presidente. O mecKnico acabaria totalmente vendido@ enquanto o presidente se?uraria uma ?orda carteira de açes que poderiam@ breve@ não valer nada. "e al?um modo@ não parecia direito. * foi assim que o nosso mecKnico se?urou os seus pap>is. %om o tempo@ ele e o presidente acabaram com carteiras que não valiam nada. Muitos anos depois@ TranW FenrX envolveu=se num ne?Ccio completamente diferente@ que o colocou brevemente em contato com o ex=presidente@ a?ora proprietrio de uma prCspera cadeia de locnicas de vender a descoberto@ tipo de ne?Ccio no qual voc vende um papel antes de possuí=lo@ na esperança de que o preço cair. $e realmente cair@ voc completa a operação adquirindo a ação por menos dinheiro do que recebeu antecipadamente. *nquanto o ex=presidente falava a respeito@ um pensamentoinho maldoso começou a ?erminar na cabeça de TranW FenrX: ser que o homem havia sido@ realmente@ otimista a respeito da sua empresa@ como dava a entenderH 5alve@ pensou TranW FenrX@ ele mantivesse contas em duas corretoras@ como > o caso de muitos ?randes investidores: uma publicamente conhecidaJ a outra secreta. *nquanto@ atrav>s da primeira@ Es claras e or?ulhosamente@ ele comprava o papel@ atrav>s da se?unda ia vendendo a descoberto. 2em@ foi sC um pensamento.

"=# AXIOMA MENOR ;amais hesite em sair de um ne?Ccio se al?o mais atraente aparecer E sua frente. *m detrimento do seu ob ?anhar dinheiro@ existem vrias maneiras de deitar  raíes em al?uma forma de especulação. 6ma das mais freqPentes = que se insinua e pe?a as pessoas de surpresa [ > embarcar numa situação na qual voc não tem certea se est ali numa especulação ou por  hobbX. "i?amos que voc tenha uma coleção de moedas raras@ ou de selos. Ou que a sua sala de visitas transformou=se em um museu de arte. oc < alcançou a meta preestabelecida@ que era dobrar o seu capital@ mas a?ora não conse?ue passar as coisas adiante@ como seria sua obri?ação. Ape?ou=se demais@ talve al?u>m metido a artista o tenha convencido de que não > correto especular com arte visando lucro. * l est a coleção trancada em casa@ o seu valor de capital atado. *nquanto isso@ apareceram al?umas Ctimas especulaçes nas quais faria bom uso do seu capital. *st com palpite na prata@ talveJ ou sur?iu uma oportunidade de especular em imCveis na rea onde voc mora@ e parece uma boa id>ia. O que faerH oc tem de decidir se > ou não especulador. ;amais se ape?ue a coisas@ somente a pessoas. Ape?ar=se a coisas pre deixar=se envolver numa situação na qual fica esperando que al?o d resultados. Isto > capa de ser ainda mais freqPente do que o dilema especulaçãoShobbX. B possível ficar preso em liquidar a posição quando os . virarem 0.. Mas o papel acaba se revelando uma dro?a. 'ão sobe nem desce.

Teito um vira=lata@ ano apCs ano l est ele@ sentado@ imCvel@ a lín?ua de fora. *nquanto isso@ a Oba=Oba %omputadores atrai a sua atenção. Informaçes quentes levam=no a crer que@ no prCximo ano@ ser mais provvel faturar com este papel que com a 6=3=3. $e tivesse capital@ compraria um monte de Oba=Oba@ mas não dispes de um Lnico níquel livre. *st tudo preso em 6=3=3. O que fa vocH A reação normal > continuar plantando na 6=3=3. Vnão d para vender a?oraN 5enho de esperar o meu ?anhoNVV@ pensa. Mas pense mais um pouco. $e tem boas raes para crer que o ?anho com a Oba=Oba > possível e mais rpido@ por que não trocar de posiçãoH 'ão importa no que estiver investindo@ ser sempre o mesmo dinheiro. $e conse?uir che?ar aos 0. com Oba=Oba em ve de com 6=3=3@ a festa ser a mesma. ;amais deite raíes num investimento acreditando que ele lhe VdeveVV al?uma coisa ou@ o que > i?ualmente ruim@ que voc lhe VdeveVV um pouco mais de prao para que ele demonstre do que > capa. $e não estiver indo a parte al?uma e al?o melhor passar@ troque de trem. 5rocar@ em ve de ficar@ sC lhe custar a correta?em. $e o valor de capital do investimento ori?inal tiver mudado no tempo que durou a transação@ ao vend=lo voc pode ficar devendo al?um imposto sobre ?anho de capital@ ou@ ao contrrio@ declarar uma perda de capital. +or>m@ como estamos falando de um investimento que não andou em nenhuma direção@ provavelmente esta > uma consideração de menor  importKncia. 'aturalmente@ pode acontecer de voc vir a se arrepender@ quadro que estudamos em outros  Axiomas. Ao trocar 6=3=3 por Oba=Oba@ experimentar uma ?rande variedade de emoçes desa?radveis se 6=3=3@ aquele velho vira=lata cansado@ de repente acordar e disparar ladeira acima. +ode acontecer@ > claro. Mas a possibilidade de arrependimento tamb>m existe se não trocar. *nquanto l est voc@ pacientemente@ se?urando 6=3=3@ Oba=Oba d um pulo@ exatamente como desconfiava que daria. oc se morder de raiva por ter ficado no investimento ori?inal. ; que@ faça o que fier@ a possibilidade de arrependimento > a mesma@ o melhor > deixar isto fora dos seus clculos. As duas hipCteses são autocancelveis. A decisão de ficar ou trocar dever basear=se unicamente no se?uinte: qual especulação@ no seu modo de ver@ parece oferecer melhores perspectivas de lucro rpidoH *sta > a per?unta que dever faer a si prCprio quando estiver se?urando um papel e sentir=se atraído por outro. 'ão deite raíes@ se um problema i?ualmente ?rande@ para muitos = pelo medo de abandonar al?o conhecido em troca de al?o novo e que desconhece. "etermine onde parecem estar suas melhores chances@ e corra atrs.

Es)ra)*+ia Es,ecu-a)i.a O 1! Grande Axioma manda preservar a mobilidade. Adverte para as muitas coisas que podem arrai?=lo@ em detrimento da sua carreira de especulador: sentimentos como lealdade@ ?rilos como o dese
O 8# $ra/de Aioma% DA INTUIÇÃO $C se pode confiar num palpite que possa ser explicado. 6m palpite > parte de uma sensação. B um misterioso pedacinho de al?uma coisa que não che?a a ser conhecimento: um evento mental que experimenta al?o semelhante a conhecimento@ mas não o sente totalmente confivel. %omo especulador@ > provvel que voc tenha palpites com freqPncia. Al?uns serão fortes e persistentes. O que faer com elesH  Aprenda a us=los@ se for capa. Isto > fcil de falar@ mas@ como sem dLvida acabar descobrindo@ difícil de faer. O problema da intuição > complicado@ mal compreendido e@ para muita ?ente@ perturbador. O fen]meno pode ser abordado de trs maneiras distintas: "espreo = InLmeros investidoresSespeculadores i?noram cuidadosamente os seus prCprios palpites e ridiculariam os dos outros. Insistem em apoiar todas as suas manobras especulativas em fatos ou material que represente fatos. %om freqPncia@ tal material não che?a a ser ?rande coisa = ?rficos@ previses econ]micas =@ mas para as pessoas deste ?rupo parece mais confivel que palpites. Muitas vees levarão a termo uma certo@ e > por aí que eu vou.VV %onfiança indiscriminada = F pessoas que se apoiam totalmente em palpites@ com demasiada freqPncia@ e sem suficiente ceticismo. Dualquer intuição maluca vira raão para uma ias completamente diferentes. V$i?o os meus palpitesVV@ diem essas pessoas@ or?ulhosasJ sC não diem > que esses palpites maravilhosos costumam lev=las a calamidades especulativas. 6tiliação seletiva = B o m>todo de urique@ por trs do qual est a id>ia de que a intuição pode ser  Ltil. $eria uma pena desprear@ de maneira cate?Crica@ instrumento especulativo potencialmente tão valioso =   certo que al?uns palpites não merecem outro destino senão a lata de lixo. O desafio@ aqui@ > separar os que tm valor dos que não valem nada. O primeiro passo@ então@ ser descobrir o que > um palpite@ exatamente. "e onde vm esses estranhos pedacinhos de quase=conhecimentoH B menos misterioso do que parece. F quem explique intuição falando de percepção extrasensorial e poderes ocultos@ mas nada disso > necessrio. 6m palpite > um evento mental que ocorre na mais absoluta normalidade. Duando voc > atin?ido por um forte palpite = por exemplo: VAcho que esta companhia tem problemas maiores do que diemNVV =@ > possível que essa conclusão se que se trata de informaçes que voc não sabe que possui. $er plausível istoH %laroN B uma ocorrncia rotineira. O "r. *u?ene Gendin@ um psicClo?o da 6niversidade de %hica?o que passou anos estudando o assunto@ afirma que saber al?o sem sabermos como o sabemos > experincia humana comum. O "r. Gendin chama a atenção para o fato de que@ diariamente@ absorvemos quantidades colossais de informação = muitíssimo mais do que somos capaes de arquivar no consciente@ a fim de recuperar sob forma de discretos retalhos de informação. A maior parte vai para al?um reservatCrio lo?o abaixo ou atrs do nível consciente. +or exemplo@ pense em al?um homem ou mulher que tenha desempenhado papel importante na sua vida. *ssa pessoa não retorna sob forma de discretos detalhes de informação = cabelos castanhos@ olhos auis@ ?osta de comida chinesa etc. Ao lon?o dos anos@ voc arquivou milhes desses detalhes@ muito mais do que seria capa de listar numa vida inteira. *m ve de retornar em retalhos de informação@ a pessoa che?a inteira@ inte?ral. 5udo que voc sabe e sente sobre ela@ tudo que voc al?um dia pensou@ sentiu ou experimentou em relação a essa pessoa vem de uma ve@ misteriosamente extraído do colossal arquivo do quase=não=conhecimento. Ima?ine topar com essa pessoa na rua. Instantaneamente@ voc sabe de quem se trata. $em qualquer pensamento a nível consciente@ voc rea?e de maneira adequada. %ontudo@ se lhe per?untassem como reconhece essa pessoa@ quais@ exatamente@ os indícios que o levam a reconhec=la = o desenho do nariH o s de que indícios@ exatamenteH 'ão existe resposta. $e tentasse me descrever essa vo de maneira que eu tamb>m a pudesse reconhecer@ descobriria ser impossível. A informação existe na sua cabeça@ em al?um lu?ar@ mas voc não sabe exatamente o que >@ nem onde est. B disto que são feitos os palpites. oc sabe quando um palpite > bom@ mas não sabe como sabe. +or exemplo@ uma mulher que especula em imCveis na 'ova In?laterra contou=me sobre um palpite que teve no meio da noite. Acabara de reformar uma anti?a casa de beira de praia@ no Maine@ e vinha tentando vend= la@ não tendo recebido nenhuma oferta que se aproximasse do que estava pedindo. 6ma delas era quase aceitvel@ mas não atin?ia exatamente a cifra que a mulher estabelecera para faer ne?Ccio com a casa. *sperava mais@ e sentia=se confiante. "e repente@ na madru?ada de um dia chuvoso@ a mulher acordou com um forte e insistente palpite de que devia aceitar a oferta. A intuição lhe diia que o mercado de anti?as casas de praia estava prestes a ceder@ talve at> a desabar. 'ão sabia como sabia disto. $C sabia que sabia.

5eve medo@ por>m@ de se?uir o palpite. O problema de sempre deixava=a perplexa: não conse?uia enxer?ar o arquivo de informaçes no qual o palpite se baseava. %onversamos a respeito. $ua inclinação inicial era rir do palpite e esperar que desaparecesse. "ali a pouco começamos a che?ar E conclusão de que ele bem poderia basear=se em informaçes boas e confiveis.  Afinal de contas@ faia muitos anos que ela vinha estudando a economia costeira do Maine e o papel desempenhado pelos imCveis. Assinava dois m@ estava num nível não=consciente da sua mente. 'a verdade@ talve a maior parte. A porção consciente seria como a ponta de um iceber?. O palpite perturbador ocorreu@ concluímos nCs@ quando foram feitas li?açes naquele imenso banco de dados do não=consciente. Tatos foram se encaixando como peças de um quebra=cabeça@ sem que ela os diri?isse conscientemente. 5alve existissem deenas dessas informaçeinhas esquecidas: al?o que lera@ al?o que escutara numa reunião@ uma observação de um corretor feita meses antes. 5udo se na sua mente existe um arquivo suficientemente ?rande de informaçes@ capa de ?er=lo. *mbora não saiba@ nem possa saber exatamente quais se plausível achar que existemH $e for um palpite acerca de imCveis no litoral do Maine@ per?unte=se se voc realmente entende al?uma coisa disso. *studou o assuntoH em acompanhando as altas e baixas desse mercadoH $e o palpite for sobre o preço da prata@ prata@ ter voc absorvido absorvido bastante conhecimento conhecimento sobre o metal e suas complexas inter=relaçe inter=relaçess com outras atividades econ]micasH $e o palpite di respeito a uma pessoa = Vesse cara est a fim de me en?anarVV =@ ser que voc o conhece bastante@ h tempo suficiente para poder faer avaliaçes de carterH $ubmeter os palpites a estes testes ri?orosos > importante por que@ Es vees@ temos lamperebro faendo artes. 6ma bela manhã@ voc est lendo o m@ vamos testar esse ma?nífico palpite. O papo que voc ter consi?o mesmo dever ser mais ou menos o se?uinte: \ 5udo udo bem@ bem@ ami? ami?o@ o@ vamo vamoss ver ver isto isto com com calm calma. a. O que que > que que sabe sabe sobr sobre e a Oba= Oba=Ob Oba a %omputadoresH \ 2em... hmmm... de ve em quando leio al?uma coisa a respeito. +arece uma empresa sClida. \ Mas voc fe al?um estudo sobre elaH 5em@ realmente@ acompanhado a sua tra mesmoH * de onde > que vem toda essa f> neleH \ O repCrter do m 5amb>m nunca deve ter ouvido falar nele. A metade metade da nota@ provavelmente provavelmente@@ saiu do press release distribuído pela prCpria empresa. * entãoH Acha mesmo que tem um banco de dados suficiente para ?erar um palpite confivelH \ 2om... hmmm... \ g cara@ vamos tomar uma cerve claro@ não ?arante que melh melhor orar ar as probabilidades a seu favor. +e voc numa posição melhor que a dos que despream os palpites@ e tamb>m daqueles que acham que todos os palpites caem do c>u. *m relação aos primeiro@ voc tomar mais providncias quando o palpite for bomJ comparado aos se?undos@ ser mais capa de escapar dos palpites furados. Taça o que fier@ por>m@ mantenha o resto dos Axiomas E mão. +or melhor que pareça o palpite@ não permita que ele o arraste a excessos de confiança. Mantenha=se preocupado. A intuição pode ser um instrumento Ltil ao especuladorJ não >@ por>m@ a fCrmula lon?amente procurada@ infalível@ para decises financeiras `corretas. %onforme < vimos@ essa fCrmula não existe.

""# AXIOMA MENOR ;amais confunda palpite com esperança. Duando voc quer muito al?uma coisa@ > facílimo passar a acreditar que tal coisa acontecer. *ste dado da psicolo?ia humana deixa confusas as crianças que sonham com o que querem no 'atal@ e confunde tamb>m os especuladores que sonham com o dinheiro que vão ?anhar. oc vai a uma exposição de arte numa cidadeinha do interior@ e compra al?umas telas de um artista obscuro chamado 5rashZorthX. 3eva=as para casa e descobre que@ afinal de contas@ não ?osta tanto dos quadros quanto pensava. 'a verdade@ são bem ruininhos. 6ma voinha desa?radvel começa então a insinuar que talve tenha rapidamente afo?ada pelo trove manter em alta o nível de ceticismo. 'ão@ isto não quer dier que todos os palpites deste ?nero este
Es)ra)*+ia Es,ecu-a)i.a O 4! Grande Axioma di@ então@ que ambas as atitudes são erradas: ridiculariar cate?oricamente os palpit palpites@ es@ ou confia confiarr neles neles indisc indiscrim rimina inadam dament ente. e. *mbora *mbora não se@ se for capa de identificar@ na sua mente@ um banco de dados do qual pode supor@ com raovel certea@ que o referido palpite se ori?inou. 'ão tendo o banco de dados@ descarte o palpite. O ! Axioma Menor@ por sua ve@ adverte que palpites pode@ facilmente@ ser confundidos com esperança. 5enha cuidados especiais com lampe
O 9# $ra/de Aioma% DA RE;I$IÃO E DO O&U;TISMO B improvvel que entre os desí?nios de "eus para o 6niverso se inclua o de faer voc ficar rico. Duando eu era rica@ e a?ora era o pastor de uma i?re dado. O pastor não tinha a menor preocupação. Muito tempo depois@ TranW FenrX e eu ouvimos o final da histCria. +ressionada pelo pastor@ a con?re?ação votou a favor da compra da terra@ e criou uma comissão para estudar o que faer com ela. A decisão foi dividir a rea em lotes. O presidente da comissão e o pastor foram E +refeitura em busca das licenças necessrias@ e o inspetor de obras deu=lhes a m notícia.  Aquele pedaço de terra@ disse ele@ tinha al?umas características problemticas. $uperficialmente@ parecia perfeitamente secoJ al?uns palmos abaixo@ por>m@ era pKntano puro. 'enhum sistema de drena?em que se construísse ali funcionaria. Ao lon?o do tempo@ mais de um proprietrio < pretendera desenvolver a rea@ mas a +refeitura sempre recusara a menos que se fiesse ali um fantstico investimento em obras de saneamento e drena?em. +or isto > que a terra ficara sempre assim@ nua.  A i?re empobrecer com as reas. $e depende de "eus@ ou de qualquer outra força ou entidade sobrenatural@ para alcançar a fortuna@ h ?randes probabilidades de que@ um dia@ voc abaixe a ?uarda e perca tudo. $e "eus existe = questão sobre a qual os Axiomas não tm opinião =@ não existe nada que prove que o ser supremo este at> melhor. Muitas reli?ies orientais diem a mesma coisa. ^* certa ve Abraham 3incoln observou que "eus devia ?ostar muito dos pobres@ < que tinha feito tantos deles._ Isto posto@ no que se refere aos Axiomas@ não fa a menor  diferença se voc > devotamente reli?ioso@ ateu@ ou mais ou menos. $e capa de faer muito por voc@ mas uma coisa que não preocupa a *le > o seu saldo no banco. Isto > problema seu. $C seu. ;esse 3ivermore@ 3ivermore@ com quem travamos conhecimento conhecimento quando estudamos outro Axioma@ Axioma@ não se apoiava em "eus@ mas em outra esp>cie de a
este. Ao amadurecer na tarefa@ ele desenvolveu o que@ aos seus ami?os@ parecia uma extraordinria capacidade de adivinhar para que lado os preços se voltariam. %ertamente@ essa capacidade era uma combinação de intuição e sorte@ mas começaram os rumores de clarividncia e força ocultas. 3ivermore cie de casa de apostas@ comum em 2oston e outras cidades. *ssas casas estimulavam a m de muita sorte e bons palpites@ ter um firme comando sobre outros talentos que vimos estudando: quando cortar prelidos olhos auis@ aonde quer que fosse@ ;esse atraía mulheres e repCrteres. %asou=se trs vees@ e mantinha amantes em apartamentos e hot>is por toda a Am>rica e *uropa. Duando viam@ vivia perse?uido pela histCria da clarividncia. 'ão sabia se era ou não clarividncia. InLmeros arti?os em ia de que ele enxer?ava o futuro. %erto dia@ em 91@ entrou numa corretora e disse que queria vender  6nion +acific a descoberto. O corretor ficou perplexo. ender 6nion +acific a descobertoH *ra a maior  besteira do mundo. O mercado estava em alta. 6nion +acific era um dos pap>is mais quentes que havia. 3on?e de vender a descoberto@ a ?rande maioria dos especuladores estava era ?ulosamente comprando e dando certa ?arantia. 3ivermore@ por>m@ insistiu na operação. A Lnica explicação era que tinha um palpite de que a cotação estava alta demais@ e que vinha vindo uma VcorreçãoVV. 'o dia se?uinte@ tornou a aparecer na corretora e mandou vender a descoberto mais um monte de açes do ?i?ante ferrovirio. 6m dia depois@ 8 de abril de 91@ $ão Trancisco foi devastada por um terremoto. $ob os escombros@ desapareceram milhes de dClares em trilhos e outras propriedades da 6nion +acific@ al>m de outros incontveis milhes em lucros potenciais. A cotação do papel caiu feito uma pedra. ;esse 3ivermore saiu do episCdio uns ). dClares mais rico. *ventos aparentemente inexplicveis como este acabam acontecendo com todo mundo que especula tempo bastante. 5odos que vivem de assumir riscos tm histCrias semelhantes para contar. B quase certo que al?o assim aconteça com voc. 'ão provam coisa al?uma@ a não ser que os acasos acontecem Es ce?as@ machucando al?uns@ enriquecendo outros@ sem per?untar quem > quem. $em sombra de dLvida@ ;esse 3ivermore não foi o Lnico a vender 6nion +acific a descoberto naquele momento@ nem a beneficiar=se@ de um
padres. *ra cheio de ?rficos e de referncias a V+ontos AltosVV@ V#eaçes $ecundriasVV@ e outras coisas do ?nero. 6ma perfeita tolice. Dualquer um que tentasse operar no mercado se?uindo as suas instruçes acabaria na maior confusão e@ provavelmente@ quebrado. A menos que tivesse muita sorte@ > claro. O livrinho não provava nada@ a não ser o enorme dese possível saber=se@ exatamente@ por que al?u>m resolveu acabar com a prCpria vida. Mesmo que tenha deixado um bilhete = não foi o caso de 3ivermore =@ as pessoas ficam se per?untando quais foram as raes verdadeiras e o que são apenas explicaçes fceis. ;esse 3auriston 3ivermore foi um homem complicado@ de vida complicada@ e > possível que o seu suicídio tenha sido motivado por problemas sobre os quais nada sabemos. \ Favia vinte 3ivermores diferentes \ diria TranW FenrX@ com tristea. \ $C conheci um deles.  Ainda assim@ realmente parece que dificuldades nos ne?Ccios faiam parte da car?a sob a qual ele cedeu. A ?rande obsessão da sua vida foram as especulaçes. 'o momento em que ele tomava o seu se?undo old=fashioned no bar do $herrX='etherland@ pela quarta ve na vida as finanças de 3ivermore estavam em ?rande confusão. +ela quarta ve na vida ele se via confrontado com uma penosa verdade: o seu m>todo especulativo era falível. $ua vidncia não era@ nem de lon?e@ clara como ele teria ?ostado. $e se baseava nos seus supostos dons prof>ticos@ estes não tinham funcionado. 'ada disto si?nifica que voc corre o risco de um fim tr?ico como o de ;esse 3ivermore. A histCria dele > apenas uma biarra ilustração de como crenças ocultas podem perturbar um sClido raciocínio especulativo.  Apoiar=se nessas crenças pode não representar risco para a sua saLdeJ para a do seu dinheiro@ com toda certea.

"'# AXIOMA MENOR $e astrolo?ia funcionasse@ todos os astrClo?os seriam ricos ! *ste axioma menor@ aparentemente@ pe?a no p> da astrolo?ia@ mas > sC porque na Am>rica@ como no resto do mundo ocidental@ a astrolo?ia > a mais popular das crenças ocultas. 6ma recente pesquisa Gallup mostrou que)& milhes de americanos adultos acreditam em astrolo?ia@ e muitos mais são leitores ocasionais de horCscopos de is. O &! axioma menor se diri?e tanto a eles como aos adoradores dos astros.  A proposta aqui oferecida E sua consideração > a se?uinte: se voc se sente atraído pela astrolo?ia@ ou por qualquer outra doutrina mística ou sobrenatural@ então mer?ulhe de cabeça na sua substKncia e espírito. "ivirta=se@ torne=a parte da sua vida@ faça o que quiser. +or>m@ antes de tentar utili=la para ?anhar  dinheiro@ preste a si mesmo um favor. " uma olhada nos praticantes dessa doutrina@ especialmente nos que afirmam serem os seus mestres@ sacerdotes ou ?urus@ e faça uma Lnica per?unta: *les estão ricosH $e não estiverem nem mais nem menos ricos do que qualquer outro ?rupo humano escolhido ao acaso@ voc < aprendeu um fato Ltil. +or mais que as doutrinas ocultistas possam faer pela sua pa interior  etc.@ o que elas não farão > aumentar o seu saldo bancrio. %onforme descobrir@ astrClo?os e se?uidores da astrolo?ia@ como ?rupo@ não são nem mais nem menos ricos do que nin?u>m. O mesmo se aplica a quem acredita em tar]@ poderes da mente ou qualquer  outro sistema místico@ pseudocientífico ou reli?ioso. 'o que se refere a dinheiro@ andam tão no escuro@ aos tombos@ quanto qualquer um. Al?uns são ricos@ al?uns são pobres. A maioria se acha no meio=termo. Duase todos ?ostariam de ser mais ricos. +or outras palavras@ não são melhores nem piores que nin?u>m: são i?uais. %omo a maior parte dos pastores@ padres e rabinos das ?randes reli?ies@ al?uns ?urus ocultistas lhe dirão que o ne?Ccio deles não > a autntico@ por>m@ merece os nossos aplausos. Mas muitos ?urus prometem am. 5oda hora a ?ente l: V+eixes. O período de ) a  de auspicioso para investimentos...VV $e pedir aos propa?adores dessas doutrinas místicas que lhe provem que se pode ?anhar dinheiro com elas@ ?eralmente conse?uem provar. Isto > o que torna essas doutrinas peri?osamente tentadoras. %omo os profetas que estudamos no -! Grande Axioma@ todo ocultista praticante > capa de contar a histCria de um ?olpe de sorte.  Al?umas são realmente espantosas. $e tiver um ami?o ou conhecido que acredite em ocultismo@ ele > capa de encher a sua cabeça de VprovasVV e voc acaba achando que talve@ quem sabe... Mas@ a?Pente a mão no seu ceticismo e no seu bolso. As histCrias que ouvir não são diferentes da fantstica aventura de ;esse 3ivermore com a 6nion +acific. 'ão provam que uma determinada visão mística > capa de ?erar  dinheiro. +rovam apenas que quem passa um bom tempo especulando@ um dia acerta na mosca@ possivelmente em circunstKncias muito estranhas. *u mesmo < tive dessas experincias. A mais en?raçada ocorreu com um baralho de tar].

Interessei=me por tar] h muitos anos@ quando uma revista me encomendou um arti?o sobre a histCria dos descendente direto do baralho de tar]@ de 48 cartas. O tar] foi criado para adivinhar o futuro@ não para m@ não tinha a menor dLvida quanto ao que queria: %ontrol "ata@ 5ressler continuou per?untando por quH Tinalmente@ o homem balbuciou qualquer coisa sobre tar].  As cartas tinham lhe passado uma dica quente. Mesmo correndo o risco de perder o ne?Ccio. 5ressler continuou ar?umentando com o homem@ que não se deixava abalar. Insistia em p]r tudo num termo de %ontrol "ata. %heio de relutKncia@ 5ressler recebeu os 0. dClares@ e desetodo racional@ %ontrol "ata era um dos pap>is mais quentes do mundo@ ne?ociado a mais de  dClares. O estranho cliente apareceu e disse que queria liquidar a sua posição. #ecebeu um cheque de pouco mais de 1. dClares. *m seis meses tinha multiplicado o seu capital em mais de uma dLia de vees. +e?ou a ?rana@ disse at> lo?o e nunca mais foi visto pela GodnicW  $on. 6m espanto@ não > verdadeH Mas a histCria não acaba ai. *ntro eu nela.  At> aqui@ o caso me foi contado por 2ert GodnicW@ o  $on da corretora@ num restaurante perto de Uall $treet. Ouvi tudo com o maior interesse porque@ por acaso@ eu era dono de al?umas centenas de açes da %ontrol "ata. *u não fora presciente como o leitor de tar] de MartX 5ressler. 'ão comprara as minhas açes a ) dClares. Duando embarquei < andavam pelos 1@ a animação era ?rande E volta delas@ e eu achava que ainda ficaria maior. Meu palpite estava certo. A cotação continuou a sua louca escalada. 'o dia do meu encontro com GodnicW@ dera um pulo enorme@ parando um pouquinho abaixo de & dClares@ que eu estipulara como minha posição de saída. %onversamos sobre tar] e sobre %ontrol "ata. GodnicW não se entusiasmou quando lhe disse que pensava liquidar a minha posição quando o papel batesse &. elho especulador@ ele sabia tudo sobre liquidação de posiçes@ mas achava que@ no caso@ eu deveria abrir uma exceção. $eu palpite era de que %ontrol "ata prosse?uiria quente ainda por vrios meses. O papel subiria muito mais. %onversamos a respeito. "e brincadeira@ ele finalmente su?eriu que@ se eu não tivesse certea@ consultasse o meu baralho de tar]. 5amb>m brincando@ foi exatamente o que fi@ no dia se?uinte. *xistem vrias maneiras de se obter VorientaçãoVV de um baralho de tar]. 6ma delas > formulando uma per?unta direta: VO que devo faer a respeito disto assim=assimHVV Ou: VDuais são as perspectivas disto assim=assadoHVV *mbaralha=se@ então@ colocam=se as cartas da maneira prescrita@ e elas são estudadas. $upostamente@ a resposta est contida na ordem em que as vrias fi?uras e naipes aparecem@ e se estão de cabeça para cima. ^Ao contrrio dos baralhos modernos@ as cartas de tar] tm parte de cima e parte de baixo._ +rocedi como mandam as re?ras do tar] e fi a minha per?unta sobre as perspectivas da %ontrol "ata. 'o tar]@ as respostas costumam ser meio equívocas@ cheias de Vtalve...VV@ Vquem sabe...VV@ Vpor outro lado...VV +ara surpresa minha@ a que recebi não tinha talve. Toi direta@ diendo que o futuro da %ontrol "ata era ?lorioso@ impecvel. *u nunca vira uma disposição de tar] tão se?ura do que queria dier. TranW FenrX teria morrido de ver?onha de mim. *m toda a minha vida@ eu então@ eu rompera um compromisso que assumira comi?o mesmo: sair de um m@ nada de sinal. O papel maluco subiu sem parar e bateu 00 dClares.  A essa altura@ eu estava realmente preocupado. Duando voc ultrapassa a posição de saída e não sai@ passa a ter a sensação de que ?i?antescos elsticos o estão puxando para trs. Duanto mais voc anda@ mais eles parecem esticados. Duando o papel che?ou a 00@ tornei a p]r as cartas.

"esta ve@ a leitura foi catastrCfica. As cartas diiam que mudanças violentas e imensas infelicidades vinham pela frente. Imediatamente@ fi o que sempre quisera faer: mandei vender. O papel foi indo@ se arrastando@ bateu 1 e daí mer?ulhou. +ara quem ficou se?urando@ uma catstrofe. Onda apCs onda de ordens de venda foram derrubando o preço@ uma desencadeando a se?uinte. Duando cessou o pKnico@ uns nove meses depois@ %ontrol "ata era ne?ociada a &8 dClares. $alvo pelo tar]N $erH %om o tempo caí na real. 'ão existe a mais mínima prova de que a minha sorte tenha sido produto de qualquer qualidade m?ica das cartas. O que aconteceu@ na verdade@ foram dois bons ?olpes de sorte. #ealmente@ seria boba?em@ no futuro@ depender de sorte i?ual@ sob circunstKncias semelhantes. At> tal esperança seria loucura: poderia me levar@ sem escalas@ ao desastre financeiro. 5endo compreendido isto@ imediatamente recuei e afastei=me da ilusão ocultista que quase me envolvera. Guardei o meu baralho de tar]@ em festas a coisa ficou sem ?raça. +erdi o interesse pelo tar]@ e < nem sei onde foi que ?uardei aquele baralho danado. $e astrolo?ia funcionasse@ di o nosso &! Axioma Menor@ todos os astrClo?os seriam ricos. O mesmo vale para o tar]. Dualquer um pode acertar uma ou duas@ mas o teste verdadeiro para qualquer hipCtese de se ?anhar dinheiro > se funciona sempre. "epois da aventura da %ontrol "ata@ se eu ainda tivesse dLvida em re mesmoH 'a verdade@ na >poca eu não trabalhava para firma nenhuma@ mas@ tudo bem. $C que@ ao sairmos do restaurante@ na calçada@ as coisas ficaram mais en?raçadas ainda. *xplicando que@ temporariamente@ estava com Vum pequeno problema de caixaVV@ o mestre do tar] me tomou 0 dClares para o txiN 'unca mais botei os olhos nele@ nem nos meus 0 dClares. Mas não me queixo pelo dinheiro. *ntrou como despesa de educação.

"(# AXIOMA MENOR 'ão > necessrio exorciar uma superstição. +odemos curti=la@ desde que ela conheça o seu lu?ar.  A maioria de nCs carre?a consi?o al?umas superstiçes. Mesmo que não sem@ se voc tem al?umas dessas crenças@ inteira ou pela metade@ não h a menor necessidade de embarcar em nenhum trabalhoso pro?rama para livrar=se dela. "e qualquer forma@ esses pro?ramas não dão certo. $e não ?osta de passar embaixo de escadas@ não ?osta e pronto. *m ve de tentar exorciar isto@ o que tem que faer > descobrir como e quando esse dado pode desempenhar um papel raovel na sua vida financeira. $er um papel absolutamente menor@ trivial. +or>m@ voc realmente ?osta desse seu lado místico@ ou quase místico@ e ao menos poder mant=lo como uma esp>cie de bichinho de estimação.  A partir daqui@ de tempos em tempos usarei a palavra VsuperstiçãoVV. $em sarcasmo ou reprovação. O que para mim > superstição pode ser reli?ião para voc@ e vice=versa. %onforme usado aqui@ VsuperstiçãoVV quer  dier crença num sobrenatural@ não partilhada por todo mundo. *xiste um modo de permitir que uma superstição invada a sua vida financeira@ e existe um tempo certo de fa=lo. 6m de cada@ e somente um. 5odos os demais modos e tempos podem lev=lo ao desastre. O modo de fa=lo > rindo. O tempo de fa=lo > quando se encontra numa situação que não se presta@ de modo al?um@ E anlise racional. *xemplo: escolher um nLmero para comprar um bilhete ou importantíssimo rio = e deixe a sua superstiçãoinha tomar conta do ne?Ccio. %harles eliner@ de Fillsdale@ 'ova ;erseX@ > um que transa esta numa muito boa. O seu dinheiro est em imCveis@ num restaurante e em outros ne?Ccios. 'o que se refere a isto@ não h superstição que

entre nas suas co?itaçes. Duando compra bilhetes de loteria@ por>m@ baseia=se em al?o que@ Es ?ar?alhadas@ admite ser muito estranho: em palpites sonhados. 'a loteria de 'ova ;erseX@ voc tem que acertar um nLmero de trs dí?itos. O bilhete custa 0 cents@ o prmio > de 0 dClares. Favia al?um tempo que ellner@ sem sucesso@ vinha comprando bilhetes. 6ma noite@ o nLmero da sua casa@ &8)@ apareceu na trama do seu sonho e@ ao acordar@ ficou na sua cabeça. 'ão soube explicar por que. 'ão era nenhum nLmero especial para ele. "e brincadeira@ naquele dia comprou o nLmero na loteria e@ louvados se o sonhador dos trs dí?itos \ di "olores@ sua mulher. = *u vou > ench=lo de comprimidos para dormir. "ormindo@ ?anha mais por hora do que ticos. Mas@ mesmo que acreditasse@ ainda que tivesse a remota id>ia de que isto pudesse ser verdade@ não faria a menor diferença nas suas finanças. 6sando a sua superstição do modo certo@ na hora certa@ ele se diverte e livra=se dela.

Es)ra)*+ia Es,ecu-a)i.a amos dar uma revisada no 8! Grande Axioma. O que tem a dier sobre dinheiro@ reli?ião e ocultismoH 2asicamente@ di que dinheiro e o sobrenatural faem uma mistura peri?osa@ que pode explodir na sua mão. Mantenha os dois mundos bem separados. 'ão h a menor prova de que "eus se interesse pelo seu saldo bancrioJ tampouco existem indícios de que al?uma crença ou prtica ocultista tenha produido@ de forma coerente@ bons resultados financeiros para os seus devotos. O mximo que < aconteceu foi al?u>m@ ocasional e isoladamente@ acertar uma ve na mosca. Isto costuma chamar muita atenção@ mas sC prova que ?olpes de sorte acontecem. *sperar a não apenas inLtil@ > peri?oso. pode acabar por lev=lo a um estado de ?raça@ sem preocupaçes@ o que@ conforme < vimos@ > um p>ssimo estado para um especulador. elando pelo seu dinheiro@ parta do princípio de que est absolutamente sC. Apoie=se exclusivamente nos seus prCprios talentos.

O <# $ra/de Aioma% DO OTIMISMO E DO 1ESSIMISMO Otimismo si?nifica esperar o melhor@ mas confiança si?nifica saber como se lidar com o pior. ;amais faça uma cada de )@ che?ou=se a criar uma rede nacional de %lubes de Otimistas. $ua atraente doutrina diia que as coisas melhorariam@ bastando que as pessoas acreditassem que estavam melhorando. +assado al?um tempo@ realmente a "epressão acabou@ e al?uns otimistas disseram: \ *stão vendoH Tuncionou. 5alve o otimismo tenha mesmo desempenhado um papel = com uma mãoinha da $e?unda Guerra Mundial. Mas > melhor voc ter muito cuidado com o papel que o otimismo desempenha na sua vida financeira. 6ma ?en>tica sensação de esperança e expectativas positivas não podem faer nenhum mal. Vou aprender. ou me dar bem. ou conse?uir.VV #ealmente@ sem um fundamento de esperança@ como > que voc vai virar especuladorH +or>m@ no que se refere especificamente a transaçes de dinheiro@ preste a maior  atenção ao otimismo. +ode ser uma atitude mental extremamente peri?osa. ;o?adores profissionais tm perfeita noção disto. B um dos seus mais eficaes instrumentos para limpar o bolso de amadores. 'o p]quer@ quando um profissional se defronta com uma situação na qual@ pelas probabilidades@ não deve apostar@ ele não aposta. +assa. Abandona o que < p]s na mesa@ mas evita perdas maiores. *m situação idntica@ o amador se atrapalha todo no otimismo. V+osso dar uma sorteVV@ pensa ele. V5alve saia a carta de que eu precise... 5alve esse cara este verdade@ o amador d sorte. Acontece o que as probabilidades diiam que não aconteceria. O amador derrota as probabilidades um nLmero suficiente de vees para manter vivo o seu louco otimismo. B assim que ele continua apostando em paradas perdidas. e por outra@ > possível derrotar  as probabilidades@ mas não sempre. Geralmente@ se as probabilidades disserem que voc est frio@ est mesmo. $abedor disto@ e sabendo como > fcil convencer o amador a apostar quando não deve@ o profissional fica rico. O profissional não tem otimismo. O que ele tem chama=se confiança. %onfiança nasce do uso construtivo do pessimismo. "escendo pelo vale das sombras@ o otimismo sorri e di: as coisas nunca são tão ruins quanto parecem. *m ve disto@ isto Es vees > cantado. *xistem@ sobre o tema@ quase tantas cançes quantas sobre o amor não correspondido. B mesmo um bom tema@ meloso@ mas bem piores. $ão piores pelo menos tantas vees quantas são melhores. $e quiser@ aposte em que são melhoresJ por>m@ na ausncia de provas concretas em contrrio@ estar sendo superotimista. 'a maioria das vees@ o curso mais se?uro > presumir que@ se uma situação parece ruim@ > ruim. V;amais faça uma de pouca sorte@ manter a cabeça fria. +essimismo construtivo > isso. *m contraste@ vamos dar uma olhada na triste sa?a do que não foram mal. A sorte estava ao lado deles. Ao lon?o de al?uns anos@ tinham conse?uido dobrar o capital que@ no dia do casamento@ consistia de duas cadernetas de poupança que che?avam a cerca de &. dClares. *stavam com &0.@ mais ou menos. Toi então que a sorte virou. $ouberam de um imenso loteamento num estado do $udoeste. +ara a construção de casas ou como investimento@ eram oferecidos lotes de vrios tamanhos@ de &. metros quadrados para cima. Mas a imobiliria não ia l muito bem. 'um trecho do enorme empreendimento@ haviam aberto estradas e puxado lu@ conforme prometido@ mas o dinheiro acabara ali. A maior parte da rea continuava um semideserto intocado.

 A fim de levantar o dinheiro desesperadamente necessrio@ passaram a baixar os preços dos lotes nas reas nuas. %omparados aos terrenos urbaniados@ esses lotes pareciam ridiculamente baratos.  Animadíssimos@ $am e ;udX estudaram a interessante situação. %om o dinheiro de que dispunham@ dava para comprar um belo pedaço da rea não urbaniada. #evendendo os lotes na hora certa@ seriam capaes de duplicar@ at> de triplicar o investimento em pouco tempo. 2em@ isto se as prometidas estradas viessem a ser abertas@ e se a lu al?um dia che?asse mesmo at> l. 5ratava=se de uma aposta no destino da companhia urbaniadora. $e recuperasse a sua saLde financeira@ e se as vrias questes na trica alcançariam os lotes em que $am e ;udX estavam interessados $e saísse tudo ao contrrio@ por>m@ aquilo permaneceria deserto inacessível para sempre. Os folhetos e os corretores@ naturalmente@ faiam promessas@ ou@ para sermos mais exatos@ balbuciavam frases encora lC?ico. Afinal@ especulação > exatamente p]r o seu dinheiro num pro previsível. %onforme vimos ao estudar outros Axiomas@ praticamente todos os pro m@ cometeram um erro fundamental: não foram pessimistas o bastanteJ não pensaram em como se safariam caso as cartas se voltassem contra eles. %omprar açes da I2M > um a coisa mais fcil do mundo de se faer@ mas pelo menos > uma possibilidade que fica aberta. $empre haver quem compre@ porqu h sempre al?u>m faendo mercado para I2M. Ao entrar no ne?Ccio@ voc pode determinar a saída: se o preço descer a tanto@ cair fora. $aber como lidar com o pior = isto > confiança. 5ivessem sido menos otimistas@ $am e ;udX poderiam ter estabelecido uma saída. A terra em que estavam de olho ficava a quase dois quil]metros da rea desenvolvida@ de onde terminavam as estradas de acesso. A distKncia era parte da raão de o preço ser tão baixo. Outras reas nuas@ mais prCximas@ estavam i?ualmente E venda@ a preços relativamente mais altos. $am e ;udX poderiam ter comprado nessas reas mais caras. Assim@ caso a imobiliria falisse@ com uma estradinha de acesso relativamente curta daria para tornar suas terras utiliveis e vendveis. Taendo isto@ ainda sairiam do ne?Ccio com pretrica@ adeus. As autoridades ho ho ou em lombo de burro@ e não parece que vai mudar tão cedo. B possível que l@ mas as coisas não tm andado. $ão despesas muito altas@ e ainda que al?uns se disponham a pa?ar suas partes@ outros não querem. 5raídos pelo otimismo@ $am e ;udX foram apanhados numa armadilha que@ pode=se dier@ > pelo resto da vida.  A sensação produida pelo otimismo > boa@ daí ser ele tão traiçoeiro. B uma sensação muito melhor  que a do pessimismo. B uma atração hipnCtica. %omo as sereias da anti?a lenda ?re?a@ que com seus cantos atraíam os marinheiros para a morte nos rochedos.  Ao se iniciar@ qualquer ne?Ccio tem um nLmero ilimitado de possibilidades futuras@ al?umas boas@ outras ms@ todas i?ualmente possíveis. 5anto > possível que voc suba como desça. Mas@ quais as possibilidades que voc acha mais provveisH As boas@ claro. O otimismo > do homem@ e provavelmente incurvel. Mantendo um olho para espiar um futuro impenetrvel@ esperamos o melhor@ nos convencemos a esperar o melhor. 5alve se uma afirmação de otimismo em relação ao resultado desconhecido. Aí est o paradoxo: o otimismo@ que d uma sensação boa e pode ser at> necessrio@ escapando ao controle > capa de nos levar E catstrofe financeira. 'ão apenas leva E catstrofes do ?nero da que se abateu sobre $am e ;udX como > uma das principais causas de erros de clculo e de opinião. Uall $treet exibe provas disto diariamente. *ste
estivar o mercado num determinado dia@ sempre se encontram otimistas para dier que a prCxima ?rande alta começa semana que vem. F tamb>m os pessimistas para dier o contrrio. Duem > escutadoH O mais das vees@ os otimistasJ o seu canto > mais melodioso. oc mesmo pode verificar isto. Grandes rios dos uma visão distorcida: do ponto de vista do dia=a=dia da 2olsa@ o futuro do mercado tanto pode ser ruim como bom.  Altistas e baixistas deveriam aparecer em nLmero quase idnticos. A acreditarmos nos colunistas@ a ?rande maioria do mercado > altista. +or quH As explicaçes são duas: +rimeira: os altistas são realmente mais numerosos que os baixistas. Isto@ naturalmente@ porque o otimismo > mais ?ostoso que o pessimismo. *ntão@ mesmo que um muito mais fcil achar altistas. $e?unda: mais melodioso. Assim@ ainda que houvesse i?ual nLmero das duas esp>cies perambulando por Uall $treet@ os altistas continuariam mais representados como fontes. "entre os altistas@ os mais altistas são os que mais falam com os tão boa que eu não ?ostaria de constran?=la nem de pre um otimista empedernido. O fato de estar ?eralmente errado não parece abalar nin?u>m@ nem diminuir a sua atração. Ao lon?o de 98 e 8@ ele spera. Mais um pre?ão@ e devolveu o resto.  A prometida Vse?unda faseVV parecia um pouquinho adiada. O que não parecia afetar a fonte@ nem diminuir o nLmero de colunistas que o procuravam. 'a semana se?uinte@ l estava ele sussurrando o seu canto de sereia ao ouvido do Uall $treet ;ournal. B por aí que funciona a exasperante inteli?ncia humana. Otimismo e otimistas nos fascinam. 'ão sabem absolutamente nada mais sobre o futuro que os pessimistasJ nem podemos presumir que@ ao escolher  entre os dois@ vale mais a pena@ obm > ?ente@ > humano. O que pode@ sim@ > manter=se atento E inclinação otimista da sua bLssola interna@ e ficar alerta aos seus peri?os. Duando se sentir otimista@ tente examinar se essa sensação ?ostosa encontra@ realmente@  
Es)ra)*+ia Es,ecu-a)i.a O 9! Grande Axioma adverte que o otimismo pode ser inimi?o do especulador. " uma sensação boa e@ por isso mesmo@ > peri?oso. %ostuma toldar completamente o raciocínio. +ode lev=lo a caminhos sem saída. *@ ainda que ha capa de persuadi=lo a não a utiliar. O Axioma di que não se deve entrar em nenhuma
O "=# $ra/de Aioma% DO &ONSENSO Tu "escartes foi campeão mundial da dLvida. 5eimosamente@ recusava=se a acreditar em qualquer coisa at> que a tivesse verificado pessoalmente. *ste foi um dos traços que fe dele um bem sucedido m de passar vrias noites a?radveis = da leitura da obra desse encantador homeninho feioso@ com seus olhos ne?ros e penetrantes@ o nari feito um crescente@ e dotado de um ?i?antesco intelecto. "escartes começa a sua filosofia duvidando de tudo@ literalmente@ inclusive da existncia de "eus@ do homem e de si prCprio. As autoridades reli?iosas da sua Trança 'atal ficaram furibundas@ de maneira que foi melhor ele fu?ir para +aíses 2aixos. %ontinuando a recusar o que os outros queriam vender=lhe como verdade@ ele buscou meios de descobrir a verdade atrav>s dos seus prCprios sentidos e experincias. Tinalmente@ deu com o que considerou uma verdade bsica e indiscutível: V%o?ito@ er?o sumVV@ ou seculos = e@ na minha opinião@ nunca teve concorrentes@ sequer quem se lhe aproximasse. 'o mesmo impulso@ tamb>m@ tanto como hobbX quanto porque ?ostava de vinhos caros e de outros luxos@ "escartes estudou cientificamente os culo II@ existiam umas poucas e mal or?aniadas bolsas de valores e de mercadorias. "escartes deixou=se fascinar pelo ?rande e ativo mercado de AmsterdãJ se che?ou a p]r o seu dinheiro ali@ e em quantidades@ não se sabe. $abe=se@ por>m@ que freqPentemente viais falsos para não ser preso como here?e@ a fim de m de sorte implicavam clculos matemticos e psicolo?ia. *studava os poca@ insistindo em descobrir verdades e falcias por conta prCpria. Aparentemente@ sempre voltava de +aris mais rico do que na ida@ Es vees muito mais. *mbora o Lnico meio de vida conhecido@ ao lon?o de toda sua vida de adulto@ fosse uma modesta herança do pai@ "escartes morreu financeiramente muito bem. O truque@ não se cansava ele de repetir em diferentes contextos@ > re ter  pensado tudo pela prCpria cabeça. "uvidava das verdades afirmadas por autoproclamados especialistas@ e recusava=se at> a ouvir a opinião da maioria. *screveu ele: V'ão existe praticamente nada que tenha sido afirmado por um sbio e não tenha sido contraditado por outro.VV * tamb>m: V %ontar votos não serve de nada. *m qualquer questão difícil@ > mais provvel que a verdade se "escartes freqPentou as mesas de assim@ tudo bem@ assim se quase uma reli?ião@ principalmente na Trança e na In?laterra@ ambos países com lon?as tradiçes de resolver problemas pelo voto popular. $e 40` das pessoas acreditam em al?uma coisa@ parece quase sacril>?io per?untar@ ainda que num sussurro: \ *i@ esperem aí@ ser que não podem estar erradosH Guiemo=nos por "escartes: podem. 'os *6A@ > o voto que decide quem ?overna. B o Lnico meio de fa=lo. +elo menos@ > o Lnico meio que os americanos aceitam sem bri?a. $ão treinados desde a infKncia a aceitar o dese isto que quer@ deve estar certo.VV *ssa humilde aceitação da opinião da maioria passa para a vida financeira. 'ão apenas são ouvidos economistas@ banqueiros@ corretores@ assessores e outros especialistas@ mas tamb>m as maiorias. * isto pode custar dinheiro@ pois@ como diia "escartes@ > mais provvel que a verdade tenha sido encontrada por  uns poucos do que por muitos. Os muitos podem estar certos@ mas as probabilidades são contra eles. +are com o hbito de achar  que todas as afirmativas muito repetidas são a verdade. V6m ?rande d>ficit orçamentrio ser a ruína da  Am>ricaVV@ di quase todo mundo. B verdadeH 5alve sim@ talve não. "escubra voc mesmo. 5ire suas prCprias concluses. V'a se?unda metade da d>cada@ aumentarão a inflação e a taxa de
se permitir perder. * assim por diante. 5odos esses conselhos supostamente sbios faem parte do conhecimento popular. *m qualquer coquetel ou reunião@ > sC traer investimentos E discussão que os clichs lo?o aparecem. *@ E medida que esses chaves vão sendo repetidos@ quem estiver por perto balançar a cabeça@ compenetradamente@ e dir: \ *xato. +erfeitoN *xcelente conselhoN  A maioria das pessoas acredita que os anti?os clichs são verdades indiscutíveis. Isto posto@ vale a pena observar que a maioria das pessoas não > rica.

"2# AXIOMA MENOR ;amais embarque nas especulaçes da moda. %om freqPncia@ a melhor hora de se comprar  al?uma coisa > quando nin?u>m a quer.  As presses da opinião ma a melhor hora de se comprar uma açãoH Duando o preço est baixo@ > lC?ico. * a melhor hora de venderH Ora@ quando est alto@ claro. As crianças aprendem isto no m lhes tenha ensinado@ aprendem soinhas. O que ?eralmente não aprendem at> a idade adulta > que esta fCrmula@ aparentemente tão simples@ > dificílima de ser posta em prtica. 2oa parte dessa dificuldade se deve ao fato de que o especulador tem de ir contra a pressão da opinião pLblica. %omo re?ra ?eral@ o preço de uma ação = ou de qualquer outro ob@ mais desce o preço. "aí o ?rande paradoxo que não > ensinado no   precisamente quando a ?rande maioria est diendo que não deve comprar. 'a hora de vender@ a verdade > o contrrio. O preço de um obcada@ a indLstria automobilística caiu num amplamente divul?ado mar de problemas. *ram problemas ?raves e@ pelo que se podia ver@ insolLveis. "etroit olhava para o futuro@ e era a boca do inferno. Talava=se abertamente de falncias entre montadoras e fabricantes de autopeças. Techavam=se fbricas@ uma apCs a outra. Milhares de operrios viram=se na rua@ desempre?ados. 'uma tentativa desesperada de reter capital de ?iro@ de 949 a 8 a GM cortou seus dividendos pela metadeJ no ano se?uinte@ a Tord não pa?ou dividendo nenhum.  A maioria das opinies = dos sindicatos de "etroit aos clubes e bares de Uall $treet = era de que a indLstria estava mesmo num buraco@ e que não sairia dele por muito@ muito tempo. +ara a maioria@ quem Equela altura comprasse açes da indLstria automobilística tinha mais era que passar por um psiquiatra. Indese que quem i?norou a opinião mais da GM@ que em meados de 8& eram comprados a )- dClares@ em 98) < custavam 8J a Tord mais que quadruplicou@ de  para -1 e um quebrado. Os problemas da indLstria haviam sido mais passa?eiros do que a maioria achava possível. Ganharam dinheiro os especuladores que não deram bola ao que diia a maioria@ e resolveram pelas prCprias cabeças. B sabidamente difícil@ por>m@ pensar VsimVV quando em volta est todo mundo berrando VnãoNVV +ara al?uns especuladores@ este > um dos ?randes problemas. Maiorias estão sempre dissuadindo=os de executarem bons lances. "urante a catstrofe da indLstria automobilística@ aconteceu com a minha mulher. 'o começo de 8&@ ela vendeu um %"2 de seis meses que traia ?uardado. 5inha um palpite sobre Tord que@ conforme vimos@ estava no fundo do poço. *la ?ostava dos carros da Tord@ vivia ouvindo outras mulheres elo?i=los@ e achava que os choros e ran?er de dentes que se escutavam em "etroit eram apenas um ataque de pKnico e autocomiseração@ e que passaria lo?o. Toi conversar com o seu corretor sobre a compra de açes da Tord. O homem riu na cara dela. 5ratava=se de um su as orelhas na opinião ma
*la não comprou. "a parte dela@ tal atitude foi muito inusitada@ pois na maioria das situaçes costuma pensar  por conta prCpria e che?ar soinha Es concluses. 'esse caso@ por>m@ a pressão da maioria foi simplesmente demais. *la não resistiu.  A pressão da maioria não sC > capa de demolir um bom palpiteJ nos fa duvidar at> mesmo quando sabemos que temos raão. O departamento de psicolo?ia da 6niversidade de +rinceton costumava demonstrar isto.  A experincia era maldosa@ mas extraordinariamente efica. Oito ou de pessoas sentavam=se E volta de uma mesa. Ao centro@ meia dLia de lpis de cores variadas. 5odos do mesmo comprimento@ exceto um = o vermelho@ di?amos =@ que era obviamente mais curto que os demais.   volta da mesa@ pedia=se que as pessoas opinassem sobre o comprimento do lpis. A maioria = todo mundo menos uma pessoa espantadíssima = expressava opinies claramente erradas@ que iam contra o que os olhos viam. "iiam que os lpis eram todos do mesmo tamanho.  A maioria havia sido ensaiada@ e sabia o que estava acontecendo. 5odas as pessoas ali estavam por dentro@ menos uma. A id>ia era ver como essa pessoa rea?iria. *m cerca de um terço dos casos@ a vítima entrava em colapso moral e acompanhava a maioria.  Apesar da evidncia diante dos seus olhos@ a pessoa relutava@ chiava@ suspirava@ se contorcia e acabava concordando@ >@ est le?al@ acho que tm raão@ os lpis são todos do mesmo tamanho. Ir contra a maioria > das coisas mais difíceis do mundo. 'ão > fcil nem quando a discussão trata de fatos que podem ser vistos e medidos. Tica muito mais complicado quando se trata de questes de opinião@ que não podem ser imediatamente verificadas. Duase todas as questes que mexem com dinheiro são do se?undo ?nero. 5anto quanto sei@ não existe um curso de fortalecimento dos mLsculos mentais que possa reforçar a sua capacidade de resistir a presses da maioria. *m saber que existe e conhecer o seu poder coercitivo. %om freqPncia@ os noviços em especulaçes parecem não ter essa conscincia. 6m noviço desses > capa de ser atropelado por uma maioria sem sequer se dar conta do que lhe est acontecendo.  Assim@ sempre se encontrarão noviços entre as hordas especuladoras atraídas por modismos. Duando ouro > a *speculação do Ms = est todo mundo falando@ todas as colunas de aí que o especulador rec>m=nascido mer?ulha e vai fundo. B@ tamb>m@ quando a cotação do ouro est nas alturas@ mas as pessoas parecem levar muito tempo at> se darem conta disto. "a mesma forma@ quando as companhiainhas de baixo capital e alta tecnolo?ia são o quente de Uall $treet@ quando a cotação das suas açes est nas nuvens@ > aí que aparecem os especuladores rec>m= nascidos@ traendo o seu dinheirinho para aumentar a pilha que um dia ser uma fo?ueira. 3evam o noviço no bico sem que ele sequer se d conta de que est sendo levado. *le nem se det>m para per?untar: V*stou tomando esta decisão porque > melhor@ ou porque a maioria di ser a melhorHVV *sta > a per?unta que "escartes faria. +odia investir em ouro@ ou em alta tecnolo?ia@ mas somente pelas suas prCprias raes@ pouco se incomodando com o que o rebanho estivesse pensando ou faendo. 'os seus esforços para resistir Es presses do rebanho@ voc ter de enfrentar@ al>m do mais@ a pressão de corretores e de outras pessoas que ?anham com as suas transaçes especulativas. *sses prestadores de serviços@ atrs de suas comisses e taxas@ estão sempre a fim de empurrar o que for o quente na hora@ o que estiver nas ?raças do pLblico@ o que for mais caro. $e voc > um especulador habitual@ ser constantemente bombardeado por anLncios@ conversas de camel] e por tudo que a que esses prestadores de serviços@ por uma maldade qualquer@ este ?ostariam que voc enriquecesse@ em parte porque si?nificaria ?anharem mais dinheiro@ atrav>s de taxas e comisses@ e em parte porque são seres humanos como todos nCs: ?ostam que as pessoas sorriam para eles. Mesmo assim@ como qualquer vendedor de qualquer coisa@ tm de estar atentos ao que o pLblico quer. +or exemplo@ nas recesses@ quase sempre o que o pLblico quer > ouro. Duando a economia nacional est faendo ?ua e exibindo rachaduras@ as moedas@ as açes e tudo o mais est desabando@ o metal amarelo parece um cofre forte ?uardando o seu prCprio valor. *m tempos ne?ros@ como o início da d>cada de 8@ o preço do ouro tende a subir@ porque est todo mundo comprando. %onforme < discutimos@ > a hora em que voc deve tomar o maior cuidado se for faer a mesma coisa. B@ tamb>m@ a hora em que a pressão de venda do ouro atin?e o seu pico. 'o começo dos anos 8@ os m@ quando as condiçes econ]micas pareciam mais rCseas e a cotação do ouro andava em baixa@ era preciso procurar com uma lupa quem lhe vendesse uma moeda de ouro.

'ada disto quer dier que voc far@ automaticamente@ serebro. B possível que voc conclua que a maioria est errada@ o que nem sempre > o caso. $e concluir que est todo mundo certo@ por favor@ entre na dança. Mas@ atenção: faça o que fier@ apostando a favor ou contra o rebanho@ para começo de conversa pense pela sua prCpria cabeça. F especuladores que tm por do?ma ir contra a maioria@ automaticamente. "iem ser pensadores ao contrrio@ ou os contrrios. A filosofia deles baseia=se no paradoxo que vimos examinando: freqPentemente@ a boa hora de se comprar al?uma coisa > quando parece menos atraente. Assim@ voc topar com contrrios comprando açes nos buracos ne?ros da depressão@ ouro no au?e dos demais mercados@ esta ou aquela escola de pintura quando est todo mundo usando as telas como papel de embrulho. O problema do contrarismo > que ele começa como uma boa id>ia@ se cristalia@ e acaba como mais uma ?randiosa ilusão de ordem. B bem verdade que a melhor hora de se comprar al?uma coisa pode ser  quando nin?u>m a quer. Mas comprar automtica e impensadamente@ sC por isto@ comprar sC porque se trata de uma coisa que nin?u>m mais quer@ parece boba?em tão ?rande quanto correr@ irracionalmente@ os riscos do rebanho. O rebanho não est sempre errado. $e o valor de mercado de 5rashZorthX cair a  centavos de dClar o metro quadrado@ pode ser que secada@ e acho que com muita raão@ quase todo mundo dava as coisas Es açes da %hrXsler. quela altura@ se era arriscado p]r o seu dinheiro em GM ou Tord@ que andavam por baixo@ comprar  %hrXsler era a maior loucura. A empresa estava com o p> na cova. 6m empr>stimo do ?overno@ em meio a amar?os debates@ mantinha=a mal respirandoJ a lon?o prao@ o pro?nCstico era triste. O papel podia ser  comprado por ) ou - dClares. Ao emitir a sua pouco entusiasmada opinião sobre a %hrXsler@ o rebanho levava em conta a realidade ob claro@ com a visão perfeita de quem examina os fatos depois de ocorridos@ percebemos que a opinião pLblica foi pessimista demais. %ontra todas as probabilidades@ contra todos os pro?nCsticos@ a %hrXsler meados de 98&@ bom sonhar com o seu dinheiro multiplicando por de em um ano e meio.

Es)ra)*+ia Es,ecu-a)i.a O ! Grande Axioma ensina que a maioria@ embora não sempre nem automaticamente errada@ o mais das vees est errada. 'ão se vai@ automaticamente@ a favor nem contra uma maioria. +rincipalmente a favor. %ada caso > um caso@ e voc tem de pensar pela prCpria cabeça antes de envolver o seu dinheiro em riscos.  A maior e mais freqPente pressão em cima de voc ser a dos que querem obri?=lo a ir com o rebanho. *ssas especulaçes tipo maria=vai=com=as=outras@ adverte o Axioma@ podem custar caro. B da naturea delas que voc compre na alta e venda na baixa. A mais poderosa linha de resistncia a essas presses > a nítida conscincia da sua existncia@ e do seu insidioso poder.

O ""# $ra/de Aioma% DA TEIMOSIA $e não deu certo da primeira ve@ esqueça.  A perseverança > como o otimismo: sempre teve críticas favorveis. V$e não conse?uiu da primeira ve@ tente@ tente de novoVV@ teria dito um anti?o rei in?ls@ depois de observar uma aranha tecendo a sua teia apCs vrios começos em falso. +ara aranhas@ com certea um bom conselho. +ara reis@ que ?eralmente nascem ricos@ tamb>m pode ser. +ara pessoas comuns como voc e eu@ que damos duro para faturar al?um@ > um conselho a ser considerado muito seletivamente. F inLmeras reas da vida em que a perseverança pode nos ser muito Ltil. *m especulaçes@ por>m@ embora ha de utilidade@ h outros em que pode levar=nos ao desastre. %omoH 6m corretor da Merrill 3Xnch conta a se?uinte histCria: Ao lon?o de vrios anos@ at> pouco tempo@ ele teve uma cliente obcecada com $ears@ #oebucW. 5inha porque tinha que ?anhar al?um dinheiro com esse papel@ ainda que isto a levasse E falncia. * quase a levou.  Apaixonara=se por $ears@ #oebucW enquanto trabalhava na rea administrativa da 6niversidade de %hica?o.  A empresa@ que tem sua sede em %hica?o@ sempre fora ?enerosa com a 6niversidade. 6ma fabulosa doação foi a editora de *ncXclopaedia 2ritannica@ que era de propriedade da $ears mas que@ atrav>s de diversos acordos e contratos de direitos autorais@ faia desa?uar o seu verdadeiro caudal de receita nos sedentos cofres da universidade. Duando soube disto@ a nossa persona?em ficou encantada.  Ainda estudante@ resolvera que@ se um dia tivesse a investir@ sC compraria açes de empresas que dessem boas contribuiçes E sociedade. 2eirando os - anos@ e com al?um dinheiro sobrando@ resolvera que o que queria era $ears. 'ão h nada de errado em escolher seus investimentos por crit>rios como este@ desde que não se esqueça de que est no mercado@ principalmente@ para ?anhar dinheiro. $e voc rem@ nem antes@ nem depois@ foi capa de explicar@ nos & meses se?uintes a clientela resolveu ficar lon?e das loritos e não por teimosia. Al?umas dessas transaçes poderiam t=la enriquecido. A caça E $ears deixara=a apenas um pouquinho melhor do que no começo@ tendo havido momentos em que@ por se recusar a abandonar o papel@ poderia ter acabado com pesados pre que ela encerrara a sua busca obstinada com um pequeno lucro. B por aí que se orienta um pro?rama especulativoH 'ão@ mas > típico de investidores noviços. Mesmo os especuladores mais experimentados Es vees caçam um investimento@ por pura teimosia@ resolvidos a tirar  leite de pedra a qualquer custo. +or raes que eu ho besteira. %omo > que um papel de investimento pode lhe VdeverVV dinheiroH  Al?u>m pode lhe dever. $e a pessoa não pa?ar@ est no seu direito de cobrar@ e ficar an?ado se o

comportamento irresponsvel continuar. +or>m@ se voc perder dinheiro num metal precioso ou numa obra de arte@ > ilC?ico personificar o meio de investimento com id>ias sobre VdeverVV. 'ão apenas > ilC?ico@ mas pode lev=lo ao comportamento do tipo caçador@ que provavelmente vai lhe custar mais dinheiro ainda. "i?amos que tenha perdido al?um dinheiro em $ears. %laro que est a fim de recuperar o que perdeu. Mas@ por que essa recuperação tem de ser com $earsH 6m ?anho > um ?anho@ venha de $ears ou de onde for. 'ão importa onde o conse?uir@ > dinheiro i?ual. %om todo um ?rande e maravilhoso mundo de opçes aberto@ por que ficar obcecado com o investimento no qual perdeu al?umH +or que perseverar em $ears@ num momento em que outros investimentos@ racionalmente considerados@ podem ser mais promissoresH  As raes da perseverança são emocionais@ e não são fceis de explicar. %onforme observamos@ a id>ia de VdeverVV vem da personificação da entidade especulativa: V*sse investimento levou o meu dinheiro. *u vou ficar atrs dele at> pe?ar o meu de volta@ ou não me chamo Tulano de 5alNVV ;unto com isto vão va?os sentimentos de vin?ança: V*sse papel vai ver quanto custa me faer de boboNVV * h tamb>m o dese mais fcil do que outros a um livro de aconselhamento psicolC?ico@ e eu não tenho nenhuma psicanlise instantKnea a oferecer. $e voc est com problema e não conse?ue resolver  essa histCria de perseverar numa operação que est dando prem são capaes de alivi=lo@ de faer voc esquecer seus problemas por al?umas horas. +ara mim@ uma caminhada de uns cinco quil]metros > um santo rem>dio. %ada um acaba encontrando o seu prCprio caminho da salvação. "e al?um modo@ voc tem de derrotar essa vontade de perseverar quando a perseverança o est levando para o buraco. O apote?ma do anti?o rei@ no que se aplica E especulação@ carece de uma revisão completa. $e não der certo de primeira@ ao diabo com ele.

"6# AXIOMA MENOR ;amais tente salvar um mau investimento faendo Vpreço m>dioVV.  A t>cnica conhecida como Vpreço m>dioVV > uma das mais tentadoras armadilhas do mundo dos investimentos. B como aqueles sistemas ?arantidos@ sem erro@ de ?anhar nas roletas@ que camel]s vendem nos bares e nas ruas de Atlantic %itX e 3as e?as. Ao primeiro exame@ o sistema parece absolutamente lC?ico@ imbatível. \ Mas@ não > mesmoH Isto aqui deve funcionar@ não >H [ di voc@ encantado@ os olhos bem arre?alados. O sistema de Vpreços m>diosVV > a mesma coisa que esses da roleta: funciona Es vees@ se voc tiver sorte. Isto@ naturalmente@ ainda aumenta a atração. Mas > preciso ter cuidado para não acabar  enfeitiçado pela coisa. B uma rosa@ mas com veneno nos espinhos. Tunciona da se?uinte maneira: voc compra  açes da 6=3=3 *letr]nica@ a  dClares por  ação. 'ão considerando a correta?em@ para simplificar@ o seu custo foi de . dClares. As coisas vão mal@ e o preço cai para 0 dClares. oc parece ter perdido a metade do seu investimento@ e se lamenta. Mas@ espereN 'em tudo est perdidoN $eu ami?o e viinho@ que dio. O que voc tem que faer@ di ele@ > comprar mais  açes dessa dro?a@ a?ora pela pechincha de 0 dClares por ação. Aí fica com & açes. O seu investimento total > de 0. dClares. O seu preço m>dio por ação@ então@ cai para 40 dClares. M?icoN Aceitando o conselho do ami?o e viinho@ voc conse?ue faer uma situação ruim parecer  menos ruim. +ondo dinheiro novo na parada@ > capa de faer com que o dinheiro velho pareça menos idiota. Taendo assim a m>dia@ di o seu conselheiro@ não ter de esperar tanto para sair empatado. 'ão precisa esperar at> o preço do papel voltar a  dClares. 'as novas circunstKncias@ sC tem que esperar at> 40. 6ma belea@ não >H 'ão exatamente. Duando voc fa preço m>dio@ tudo que est faendo > se iludir. +or  mais voltas e cambalhotas que d@ não h como fu?ir ao fato de que pa?ou@ realmente@  dClares por ação nas  açes ori?inais. %omprar mais  delas a 0 dClares não modifica este fato. %onsiderar o preço m>dio de 40 dClares pode fa=lo sentir=se um pouco melhor durante al?um tempo@ mas não melhora em nada a sua situação financeira. O que toda essa confusa operação pode faer pelas suas finanças@ na verdade@ > pior=las muito. O preço da 6=3=3 caiu de  para 0 dClares por ação. +resume=se que o mercado tenha l suas raes para essa brusca diminuição no valor estimado da empresa. Duais são as raesH *stude=as. 5alve se que se fique um bom tempo lon?e dele. $e > este o caso@ que diabo est voc faendo@ comprando mais deleH

*m qualquer situação em que se sentir tentado a reduir seus custos por m>dia@ per?unte=se o se?uinte: V $e eu < não tivesse um pacote da 6=3=3 a  dClares@ compraria esse papel a 0H B um investimento que eu escolheria horitosHVV $e as respostas forem ne?ativas@ pare de bom ne?Ccio ir contra a maioria. 5alve os seus clculos o convençam de que os problemas da 6=3=3 não durarão tanto quanto todo mundo pensa@ e que o nível de 0 dClares@ portanto@ > uma verdadeira pechincha. +ode acontecer. Mas@ certifique=se bem de que não se trata apenas de um desedioHVV %omo a perseverança de modo ?eral [ e aqui estamos falando de uma de suas variantes =@ isso de preço m>dio > capa de toldar o seu raciocínio. "ecidido a tirar as suas 6=3=3 da lama@ voc se concentra em 6= 3=3@ em detrimento de qualquer outra especulação que pode ser muito melhor. +erdeu dinheiro em 6=3=3@ e quer apanh=lo de volta. Mas@ como per?untamos antes a propCsito de $ears@ por que o ?anho tem de vir de 6=3=3H 'ão importa de onde venha@ sempre ser dinheiro@ aceito em qualquer lu?ar. 3ivre=se dessa obsessão por 6=3=3@ e ampliar enormemente o seu campo de escolha. $uas chances de obter o ?anho que procura serão muito aumentadas. Outro problema criado por essa dança de preços m>dios > que ela o leva a não prestar atenção no importante )! Grande Axioma@ "A *$+*#A',A. Duando o barco começa a afundar@ não ree. Abandone=o %onforme observamos ao estudar esse Axioma@ a decisão de absorver um pequeno pre uma decisão fcil e pode ser extremamente penosa. Ticam=se procurando desculpas para não o faer@ e uma das desculpas > a de que se vai dar dia: VOra@ eu não preciso liquidar esta posição a?ora. 'ão tenho que faer nada a?ora. $e o preço cair muito@ eu compro mais um punhado@ e faço preço m>dio...VV * l fica voc no conv>s do barco@ valentemente recusando=se a se mexer@ enquanto as ?uas vão subindo E sua volta. Ta al?um sentidoH 'ão@ mas voc estava a fim de uma desculpa para não se mexer@ e foi o que aconteceu. 'uma hora de medo como a em que se encontra@ não se espera que voc examine a sua desculpa a fim de verificar se > lC?ica. TranW FenrX conheceu um camarada que che?ava a convencer=se a ser feli quando as suas especulaçes iam por ?ua abaixo. $e ele comprava al?uma coisa e o preço caía@ o sudio. Mais caía o preço@ mais ele comprava e mais baixo ficava o seu preço m>dio e mais feli ele ficava. *ra um truque psicolC?ico complicado@ mas ele vivia contente. #ico@ por>m@ não. "urante anos@ ficou preso a al?uns maus ne?Ccios@ faendo preço m>dio continuadamente@ e sempre acreditando que estava sendo espertíssimo.

Es)ra)*+ia Es,ecu-a)i.a 6ma rpida revisão do ! Grande Axioma. O que aconselha a faer com o seu dinheiroH "i que perseverança pode ser uma boa id>ia para aranhas e reis@ mas para especuladores não > l essas coisas. %ertamente@ voc pode perseverar nos seus esforços para aprender@ melhorar e ficar mais rico. 'ão caia@ por>m@ na armadilha de perseverar numa tentativa de arrancar um ?anho de uma Lnica especulação. 'ão saia caçando um investimento por teimosia. #eia@ tentadora por>m falaciosa@ de que > possível melhorar uma situação ruim faendo preço m>dio. " importKncia E liberdade de escolher investimentos apenas pelos m>ritos deles. 'ão abra mão dessa liberdade a troco de ficar obcecado com uma transação que não deu certo.

O "'# $ra/de Aioma% DO 1;ANE>AMENTO +lanerio os seus planos a lon?o prao@ nem os de quem quer que secada de -. Geor?e era contador@ empre?ado num pequeno escritCrio de contabilidade. Martha era secretria numa corretora de se?uros. %omo era o costume da >poca@ pouco depois do casamento Martha lar?ou o empre?o e foi ser dona de casa e mãe de família. O salrio de Geor?e não era tão ?rande@ mas era estvel@ como ele. O mundo parecia um lu?ar  se?uro e aconche?ante. +ara torn=lo ainda mais se?uro e mais aconche?ante por su?estão do pai de Martha@ pequeno comerciante@ o hou na mão@ mendi?ar comida@ enquanto a formi?a tem o praer de dier: \ +ois >@ bem que eu avisei... 'a vida real@ por>m@ o mais das vees > a formi?a que acaba com o seu formi?ueiro fumi?ado@ ou arrasado por um trator. Isto > o que acontece com quem tem raíes ^ver o 1! Grande Axioma_@ e@ em boa parte@ as raíes nascem dos planos a lon?o prao. A ci?arra@ viacada de -@ achavam que ?ostariam de aposentar=se com uma renda de 4 dClares por ms@ contando a pensão privada e a do ?overno. Isto d 8.- anuais@ quantia que nos anos - era dinheiro que não acabava mais. 'a realidade@ na maioria das classificaçes de renda@ o nível mais alto costumava ser  V4.0 dClares ou maisVV. 'in?u>m conhecia quem ?anhasse acima disso. Fodicas e outras despesas@ aí < tem problemas. O plano a lon?o prao de Geor?e e Martha incluía a compra de uma casinha na qual viveriam aposentados@ felies para sempre. %omprariam a casinha E vista@ a fim de não terem de se preocupar com prestaçes todo ms. 5endo isto em mente@ o plano previa que teriam economiado@ ao atin?irem 10 anos@ &. dClares. 'os anos -@ com &. dClares voc comprava duas casas e ainda sobrava troco para um carro. O plano não contava que@ nos anos 8@ o que então era um dinheirão mal compraria uma casinha de cachorro. "e qualquer forma@ Geor?e e Martha não tm os &. dClares. A caminho da pobrea@ foram atin?idos por al?umas despesas inesperadas ^acontece com todo mundo_ a al?uns infortLnios ^idem_. *m meados da d>cada de 1@ o patrão de Geor?e foi apanhado numa bri?a complicada envolvendo a falsificação do balanço de al?umas empresas@ e perdeu o escritCrio de contabilidade. O empre?o de Geor?e foi para o espaço@ e m@ Geor?e morreu de medo. O risco parecia demais. *le e Martha se esconderam no aconche?o conforto do seu plano. Achavam que não precisavam correr nenhum risco. A vida deles estava todinha plane
bancrias@ prata e tudo o mais [ daqui a uma semana. Mesmo um plano ou uma previsão destas pode acabar de modo ridiculamente errado@ > claro. 5anto quanto sei@ a 2olsa pode despencar antes da quarta= feira que vem. *u posso passar com o carro em cima do dedão de al?u>m@ e levar pela proa um processo que me arranque at> o Lltimo níquel@ sei l. "e qualquer forma@ para um plano de sete dias eu ainda me ?aranto. A visibilidade não > l essas coisas@ mas d=se um mais nada. 'em formas va?as@ nem contornos@ nada@ nada mesmo. B como tentar@ em 3ondres@ pela madru?ada@ enxer?ar atrav>s daqueles nevoeiros que os in?leses chamam de Vsopa de ervilhaVV. B totalmente impossível saber o que vir pela frente. * se voc não conse?ue enxer?ar o ob isso mesmo que voc tem que faer@ e inLmeras famílias@ principalmente famílias ho muito louvvel faer plane uma ilusão de ordem para toda a vida. *conomistas@ assessores financeiros e o pessoal que vende planos de aposentadoria privada para daqui a vinte anos@ falam como se o mundo do dinheiro fosse um lu?ar da maior ordem@ no qual as mudanças se processam lenta e previsivelmente@ como uma rvore crescendo. *spiando o prCximo s>culo@ enxer?am um mundo financeiro exatamente i?ual ao nosso@ mais i?ual at>. Maior@ mais automatiado@ mais isto@ mais aquilo. %he?am a essas tranqPiliadoras concluses observando as tendncias que caracteriam o nosso mundo@ ho que o mundo do dinheiro se parece com uma rvore crescendo@ mas sC num sentido muito limitado. B ridículo achar que simplesmente examinando=se as tendncias de hom > capa de dier quais. 5endncias completamente novas sur?irão@ aparecerão fatores com os quais a ?ente nem sonha ho capa de dier o que vem pela frenteH O mundo no qual serão conduidos os seus assuntos financeiros@ daqui a vinte anos@ est oculto por  trs de uma cortina que não deixa passar nem uma r>stia de lu. 'ão se pode saber nem se existir um mundo do dinheiro@ se existir o dClar@ ou o que comprar com um dClar. Isto posto@ não faça nenhum plano a lon?o prao@ nem deixe nin?u>m faer por voc. $C serviria para atrapalhar. *m ve disso@ viaria de plane da intenção de ficar rico. %omo@ exatamente@ > al?o que voc não pode saber@ a não ser nas linhas mais ?en>ricas. *u ?osto de açes@ e ?eralmente estou afundando melas at> as orelhas. O meu como@ então@ presumo eu@ ter al?o a ver com essa rea de especulação. Mas > sC isto que sei sobre o meu futuro financeiro@ e > sC isto que eu tentarei saber. O Lnico tipo de preparação que posso faer para o s>culo que vem@ portanto@ > continuar estudando o mercado@ continuar aprendendo@ melhorando. $e d para chamar  uma coisa tão va?a como esta de plano@ tudo bem@ > isso aí que > o meu plano. O seu deve ser i?ualmente solto@ sem amarras. "ecida=se a aprender tudo que houver para aprender sobre os ne?Ccios que mais o atraem. +or>m@ capa de ima?inar a?ora. 'ão se deixe prender@ não deite raíes como a formi?aJ não queira ser uma vítima potencial do trator do destino.

"7# AXIOMA MENOR Tu os níveis ?erenciais. Ao lon?o do percurso foi acumulando al?uns milhares de açes ordinrias da Tord. O marido morreu quando +aula tinha cinqPenta e poucos anos@ deixando=a proprietria de uma ?rande casa num subLrbio de "etroit@ e de um apartamento na TlCrida@ imCveis que a?ora < não a interessavam mais. #esolveu vender os dois@ faer um acordo com a Tord para antecipar sua aposentadoria@ p]r todo o seu dinheiro em açes dessa empresa e viver feli para sempre@ recortando cupes de dividendos. 5udo isto ocorreu no final dos anos 4. A essa altura@ a Tord pa?ava um dividendo de &@1 dClares por ação. ;untando as açes novas com as que < possuía@ +aula ficou com umas &.@ que rendiam@ então@ cerca de 0&. dClares por ano. *sta cifra era totalmente taxvel pelo Imposto de #enda ^exceto dedução

de  dClares@ permitida pelo ?eneroso ?overno_J suplementada@ por>m@ pela pensão que recebia@ era o bastante para a nossa +aula viver confortavelmente@ em se?urança.  A sua corretora telefonou=lhe uma ou duas vees alertando para os problemas que pareciam estar  se armando na indLstria automobilística. A mulher su?eriu que talve fosse uma boa id>ia vender as açes antes que as cotaçes caíssem. $e +aula estava interessada principalmente em renda@ por que não considerar trocar de posição@ comprar al?uma boa companhia de serviço pLblicoH 5radicionalmente@ essas companhias distribuíam ?rande parte das suas receitas sob forma de dividendos. Os preços dos pap>is não se mexiam muito@ mas os dividendos andavam ?eralmente na faixa de 9` a 0` = duas ou trs vees mais do que pa?avam outras companhias. Mas +aula disse que não@ que preferia continuar com Tord. %onhecia a empresa@ confiava nela@ sentia=se confortvel com aquele papel. Duanto a uma possível queda de preço@ não a preocupava. *ra um investimento a lon?o prao. 'ão tinha intenção de vender em futuro prCximo. A não ser uma ou duas vees por ano@ nem olhava o uma ninharia comparado Es ?i?antescas somas perdidas pelos assim chamados investidores@ que deixam seus capitais empatados durante muito tempo num sC ne?Ccio. "o meu ponto de vista@ os investidores ^de lon?o prao_ são os ?randes dia pessoal@ perdeu a vida. Mas quando o seu motor especulativo estava em ordem e bem lubrificado@ ele parecia um #olls=#oXce. alia a pena escutar. amos@ então@ prestar atenção a esta sua sentença bsica: VOs investidores ^de lon?o prao_ são os ?randes um risco. Apostar num dia daqui a vinte ou trinta anos > loucura total. Investimentos a lon?o prao@ como tantos outros procedimentos falaciosos que < vimos@ tm l os seus encantos. O maior deles@ talve@ > que o aliviam de ter de tomar decises freqPentes e talve penosas. oc toma uma sC [ V compro isto e esqueçoVV [ e relaxa. Isto atrai os pre?uiçosos e os covardes [ e nCs todos temos muito destas qualidades. Al>m do mais@ o fato de termos um p>=de=meia acoplado@ como a maioria dos p>s=de=meia@ a al?um plano a lon?o prao@ d um enorme quentinho na barri?a@ uma sensação de pura felicidade. A vida est todinha plane o que voc pensa. Outra belea dos investimentos a lon?o prao > o que voc economia em comisses de correta?em. Duanto mais voc entra e sai de coisas como açes@ moedas ou imCveis@ mais pa?ar de comisses e outras despesas e taxas. 'o caso de imCveis@ onde as comisses são si?nificativas@ isto pode ter importKncia@ mas@ na maioria dos outros ne?Ccios que envolvem corretores@ > pouco mais que a picada de um mosquito. Mesmo assim@ h muitos investidores a lon?o prao que se valem da histCria das comisses como =de=meia não vem apenas da nossa covardia@ pre?uiça ou outro problema íntimo qualquer. O mundo E nossa volta tamb>m aplica uma pressão enorme.

Muitas ?randes empresas de capital aberto@ por exemplo@ oferecem arran arrai?ar voc num lu?ar onde@ quem sabe@ voc nem queira ter sempre as suas raíes. Dual teria sido o sentido@ por exemplo@ de ficar preso num investimento a lon?o prao em GM@ nas duas Lltimas d>cadasH *m 94@ o papel era ne?ociado acima de 9 dClares. "esde então@ não che?ou nem perto. %orretores e outros a?entes da vrias formas de especulação oferecem o que ?eralmente chamam de planos VconvenientesVV de investimento mensal. +ara comprar o que determinou@ voc entra com tanto por  ms. Isto não o prende@ inexoravelmente@ num investimento a lon?o prao@ mas a tendncia > essa. O risco neste tipo de investimento > que ele o estimula a bolar um plano a lon?o prao: V*ntão@ vamos ver. $e eu investir tanto por ms em Oba=Oba %omputadores e se o preço da ação aumentar@ modestamente@ ` ao ano... +uxa@ quando eu fier 10 anos terei tantos milhares de dClaresN *starei ricoNVV 'ão conte com isso@ meu ami?o. endedores de fundos mLtuos acenam com deenas de atrativos diante dos seus esbu?alhados olhos. *sse pessoal tamb>m tem os seus convenientes planos mensais. oc receber lindos ?rficos a quatro cores@ mostrando por A mais 2 como teria sido inteli?ente voc ter=se a?arrado com os planos deles pelos Lltimos vinte anos. Ou@ se o desempenho deles tiver sido tão miservel que não h ?rfico a quatro cores que d m@ a indLstria do se?uro de vida. *ste > um mundo espantosamente complexo. +ara irmos ao cerne da questão@ por>m@ diremos que existem dois tipos de se?uro de vida: o que o prende num investimento a lon?o prao e o que não o prende. Tum de certa idade. $ob todas as suas mais variadas formas [ e bota variadas nisso =@ uma coisa não muda nunca: custa os olhos da cara. O vendedor@ sobriamente vestido@ delicado@ que espalha aqueles folhetos diante dos seus olhos e fala com temor reverencial em planos a lon?o prao@ sinceramente desem@ o ne?Ccio > a prao muito menor  que para voc. Muito provavelmente@ > o do tipo Vcomissão de frenteVV@ ou se pura loucura. *le quer que voc invista milhares de dClares@ ao lon?o de um período de al?uns anos@ contra um futuro muito@ muito distante. * como > que voc sabe como ser o mundo no futuroH Aí sentado@ ho que > a id>ia. oc não se prende a nada. $e che?ar um momento em que os seus dependentes < não precisam mais de voc@ ou se outras mudanças ocorrerem na sua vida@ voc simplesmente para de pa?ar o prmio@ e tudo bem. *nquanto isso@ como os prmios são baixos@ voc fica com dinheiro para investir em outras coisas mais interessantes que se?uros de vida. 5udo o que voc pode saber sobre o futuro > que@ quando che?ar@ che?ou. 'ão d para ver a cara que ter@ mas voc pode ao menos se preparar para rea?ir Es suas oportunidades e acasos. 'ão tem a menor ?raça ficar aí parado e esperar que ele o atropele.

Es)ra)*+ia Es,ecu-a)i.a O &! ^e Lltimo_ Grande Axioma adverte para a futilidade e os peri?os de se planem E medida que se apresentam@ e tire=os dos riscos assim que tais riscos apareçam. alorie a liberdade de movimentos que lhe permitir a?ir assim. ;amais assine qualquer papel que comprometa essa liberdade. O &! Grande Axioma di que sC existe um plano financeiro a lon?o prao de que voc precisa: o plano de ficar rico. 'ão d para saber nem para plane que ir conse?uir@ de um