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P-211 )
UMA ARMA SECRETA CHAMADA HORROR Autor
K. H. SCHEER Tradu\u00e7\u00e3o
RICHARD PAUL NETO
Digitaliza\u00e7\u00e3o
VIT\u00d3RIO Revis\u00e3o
ARLINDO_SAN
Depois de ter a curiosidade despertada em virtude de uma informa\u00e7\u00e3o do halutense Icho Tolot, Rhodan e sua nave-capit\u00e2nia foram atingidos pela suc\u00e7\u00e3o do transmissor hexagonal galatoc\u00eantr foram colocados na rota misteriosa e cheia de perigos que leva para Andr\u00f4meda. Rhodan enfrentou com \u00eaxito os riscos das armadilhas do sistema de G\u00eameos e foi transportado contra sua vontade para a esta\u00e7\u00e3o de transmiss\u00e3o mais pr\u00f3xima, que era o mundo oco Horror com seus tr\u00eas s\u00f3is. O Administrador-Geral e seus companheiros conseguem abrir caminho para fora do mundo oco e acreditam que est\u00e3o em seguran\u00e7a, Mas t\u00eam a curiosidade agu\u00e7ada por estranhos acontecimentos que se verificam na superf\u00edcie de Horror e penetram por sua livre e espont\u00e2nea vontade no campo de a\u00e7\u00e3o de Uma Arma Secreta Chamada Horror...
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Personagens Principais: = = = = = = =
Atlan \ u 2 0 1 4 Lorde-almirante cujas advert\u00eancias s\u00e3o formuladas em v\ que penetra tamb\u00e9m na \u00faltima armadilha do planeta Icho Tolot \ u 2 0 1 4 Um halutense com esp\u00edrito aventureiro, que acompanha Perry Rhodan. Miko Shenon \ u 2 0 1 4 Um sargento que espalha o medo e o pavor com seu cigarro. Perry Rhodan \ u 2 0 1 4 Administrador-Geral do Imp\u00e9rio Solar. Cart Rudo \ u 2 0 1 4 Coronel e comandante de uma nave miniaturizada. Melbar Kasom \ u 2 0 1 4 Especialista da USO e guarda-costas de Mory Rhodan-Abro. Major Cero Wiffert \ u 2 0 1 4 Primeiro oficial de artilharia da Crest II.
1 Relat\u00f3rio de Atlan
Poder\u00edamos ser levados a acreditar que n\u00e3o existe nada m planet\u00e1ria com c\u00e9u encoberto. Mas o quadro que se estendia nos rastreadores eletr\u00f4nicos de i capit\u00e2nia terrana Crest II era ainda mais negro. Toda vez que olhava para as telas, o quadro desolado me deixava desesp Os tr\u00eas componentes amarelos do sistema Triplo eram uma coisa an Contrariavam todas as leis naturais conhecidas, circulando em torno de um pl situado no centro de gravidade comum. Tratava-se do planeta Horror. Na minha opini\u00e3o era bastante improv\u00e1vel que os tr\u00eas s\ tivessem formado no espa\u00e7o intergal\u00e1ctico. Certamente tinham si de Andr\u00f4meda, o que era uma coisa inconceb\u00edvel. Os tr\u00eas s\u00f3is eram os \u00fanicos astros dotados de luminosidad arredores. Minha mente cientificamente treinada recusava-se a aceitar sua ex motivo por que perdi o que me restava de auto seguran\u00e7a. Preferia n\u0 real que existia num raio de v\u00e1rios anos-luz, e dessa forma o caos emocio envolvi era cada vez mais profundo. O mesmo me dizia que a Crest II e as duas abastecimento chegadas h\u00e1 um m\u00eas s\u00f3 podiam estar perdid Voltei a olhar para as telas da galeria panor\u00e2mica central. As unidad interligadas proporcionavam uma vis\u00e3o de conjunto que, se fosse aprov da Via L\u00e1ctea, reproduziria o esplendor de in\u00fameras estrelas. Mas no lugar em que me encontrava, a 900.000 anos-luz da extrem Gal\u00e1xia, n\u00e3o se via nenhum pontinho de luz que revelasse a exis Bem ao longe cintilava uma mancha luminosa apagada. Esta \u00e1r eram fluorescentes, representava a Via L\u00e1ctea com seus bilh\u00f5es de Um pouco mais perto, mas ainda a 550.000 anos-luz de dist\u00e2ncia, via condensa\u00e7\u00e3o estelar de Andr\u00f4meda. Est\u00e1vamos parad de um milagre que, na minha opini\u00e3o, n\u00e3o se verificaria da form Fazia trinta dias que a espa\u00e7onave especial mais avan\u00e7ada d I, dera in\u00edcio \u00e0 viagem de volta, sob o comando do Coronel Pawe Tratava-se de um ve\u00edculo espacial de quatro est\u00e1gios, que metros de comprimento por trezentos de di\u00e2metro. O corpo cil\u00edndrico da nave dividia-se em quatro est\u00e1gios artic independentes. Cada unidade possu\u00eda um sistema de propuls\u00e3o to conversor kalup lhe conferia um raio de a\u00e7\u00e3o de 250.000 anos-luz, de a\u00e7\u00e3o dos quatro est\u00e1gios chegava a um milh\u00e3o de an esta solu\u00e7\u00e3o de emerg\u00eancia para superar as dist\u00e2ncias Os v\u00f4os lineares mais prolongados desgastavam bastante o material, em grande consumo de energia. Uma vez percorridos 250.000 anos-luz, os propu cada est\u00e1gio estavam gastos a ponto de uma revis\u00e3o geral s\u00f3 estaleiro. As pe\u00e7as sobressalentes n\u00e3o resolviam mais, a n\u00e3o carga da nave pudesse ser ampliada a tal ponto que fosse poss\u00edvel trans equipamento completo. Isso era uma impossibilidade t\u00e9cnica.
Desta forma os terranos, que sempre acabavam encontrando uma saída p dificuldades, lembraram-se dos primórdios de sua navegação espacial. Surgir de quatro estágios do chamado programa de anteg. Utilizava-se um estágio at propulsores e as unidades energéticas entrassem em colapso. Depois disso a u separada e o vôo prosseguia com o estágio seguinte. Depois de algum tempo s quarto e último estágio, no qual ficavam os alojamentos muito pequenos da tri E este estágio tinha de chegar ao destino! A Androtest I, comandada pelo Coronel Pawel Kotranow, realmente conse chegar ao sistema de Horror, onde fizera a recuperação do terceiro estágio, ga metade, a fim de iniciar a viagem de volta à Via Láctea. Isso acontecera há trinta dias, tempo terrano. Quando chegou a nave espe com o auxílio do transmissor de Gêmeos já percorrera um trecho enorme no e vazio, sem usar seus próprios recursos, acabáramos de romper o envoltório ex mundo oco chamado Horror. Por pouco os artilheiros da Crest não transformaram a nave de quatro está esfera de gases incandescentes. Tínhamos passado por experiências desgasta diversos níveis do mundo oco artificial. Finalmente o Coronel Kotranow nos informara que os terranos haviam co graças à sua energia e persistência, atingir o sistema planetário de Gêmeos, ta artificialmente criado, por meio do hexágono galáctico de sóis. Kotranow tivera bastante inteligência para tirar as conclusões cabíveis do que havíamos deixado, determinando nossa posição provável com base nas ind encontradas na estação de comando. Os cálculos realizados com base nestes d tinham levado este terrano arrojado a deslocar-se com a Androtest I, dirigindo usar o transmissor, à armadilha galáctica que identificara nas telas de marcaç estação de comando de Gêmeos. O sistema de Horror pertencia ao anel cósmico de posições de defesa cria forças desconhecidas em torno da nebulosa de Andrômeda. Por isso mesmo H três sóis ficavam à mesma distância de Andrômeda que o sistema de Gêmeo O salto de transmissor frustrado a princípio e realizado depois, só nos tran em sentido lateral ao longo da curvatura do anel de defesa. Não nos havíamos aproximado nem um pouco da nebulosa de Andrômeda. Kotranow não tivera a menor dificuldade em percorrer a distância de 300. luz. O primeiro estágio tivera de ser separado depois de 250.000 anos-luz, par substituído pela unidade seguinte. De qualquer maneira, ele chegara são e salvo, e com ele as duas naves pos suprimentos, cujos propulsores especiais só possuíam um alcance máximo de 400.000 anos-luz. Kotranow partira pouco depois de ter chegado. Esperava ser capaz de ven distância de 900.000 anos-luz que o separava da Galáxia com os três estágios restava, embora o alcance dos mesmos não ultrapassasse 750.000 anos-luz. Explicara que o Marechal de Estado Reginald Bell e o Marechal Solar Julia tinham ordenado o avanço de alguns milhares de cruzadores da classe Cidade distância de pelo menos 200.000 anos-luz no espaço vazio. Tinham sido incum interceptar a Androtest I muito antes que a mesma atingisse os limites da galá recolher a tripulação que se encontrasse no interior do estágio final, que naqu estaria totalmente gasto.
Era um plano inteligente. Quase chegava a parecer inteligente demais. A experiência colhida em minha longa vida me ensinou que um plano aparentem perfeito geralmente possui uma falha. Isto significava que eu tinha minhas dúvidas de que a tripulação da Andro realmente seria recolhida. Não era que eu achasse que a operação fosse impo os terranos sabiam perfeitamente de onde viria a espaçonave. Mas se me lemb dimensões do espaço intergaláctico e da partícula de poeira que a Androtest I representava no mesmo, não conseguia livrar-me das preocupações. Naturalmente os terranos, com meu grande amigo Rhodan à frente, m ficaram tão convencidos da própria capacidade que desprezaram minhas ob — Vai ser possível, e basta! — dissera um técnico. — Sabe lá como essa gen estiver nos cruzadores vai ficar atenta? Dou-lhe minha palavra que cada palm de chegada será constantemente vasculhado. Conheço Bell e Tifflor. Se neces enviaremos vinte mil cruzadores da classe Cidade equipados com propulsores potência para além dos limites da Galáxia. Um deles há de localizar a Androtes chegada de mais uma nave do mesmo tipo é apenas uma questão de tempo Opiniões iguais ou semelhantes a esta tiveram curso entre os tripulant os mesmos haviam descansado alguns dias dos sofrimentos físicos e psíquic Um dia antes ainda tinham jurado que nunca mais assumiriam um risco se ao que tinham enfrentado em Horror. Pretendiam fazer tudo para voltar para depressa possível, assim que tivessem deixado para trás o último nível com os seres emocionais. Pois acabávamos de sair do último envoltório do planeta oco pinto que rompe a casca do ovo. Logo depois disso chegara a Androtest I, juntamente com duas gigantesca fragmentárias dos pos-bis. Esses veículos espaciais, que mediam dois mil met aresta, tinham trazido tudo que uma nave do tamanho da Crest II pode prec Os especialistas em provisões do planeta Terra não tinham esquecido nen detalhe. Resolvi fazer uma brincadeira. Pedi um par de cordões para meus sap ginástica, com pontas de plástico vermelhas. Recebi os mesmos que realment pontas de plástico vermelhas. O sorriso cínico dos terranos até hoje me deixa nervoso. Em matéria de or e planejamento até mesmo um antigo almirante arcônida pode aprender algum com eles. Todos os propulsores, unidades energéticas e conjuntos auxiliares tinham reformados. Provisões de água potável, mantimentos, medicamentos e merca diversas tinham sido colocadas a bordo da Crest II pelos pos-bis. Entre os equipamentos estavam incluídas armas portáteis de tipo antigo não dependiam de qualquer suprimento de energia atômica. Algum membro do grupo de abastecimento da Frota Solar tivera a idéia de dia a tripulação da Crest poderia ser obrigada a recorrer aos microprojéteis-fo químicos das carabinas automáticas. Os aviões, que eram imitações fiéis de um terrano antiquado do tipo F-913 G também se deslocavam por meio de jatos-p que usavam combustíveis químicos. Rhodan mandara colocar a bordo todos os aviões e dera ordem para que o das naves auxiliares recebessem um treinamento especial que os tornasse ca necessário, usar os aparelhos. As carabinas-foguete que disparavam projétei foram cuidadosamente experimentadas. Os chiados e estrondos se fizeram ou
horas a fio nos hangares amplos da Crest, até que o intendente-chefe C pedisse encarecidamente que parassem com o desperdício de munições. Talvez fosse por causa das armas automáticas antiquadas ou dos aviões el dotados de turbo-propulsores que os tripulantes da Crest se tornavam mais eu cada hora que passava. Já conhecia os terranos há 10.000 anos. Tratava-se de lutadores obstinado políticos coerentes, que de vez em quando manifestavam a ambição de deixar condição de adultos para regredir a um estágio de desenvolvimento em que vo agir como moleques. Naturalmente meus amigos terranos eram bastante inteligentes para desculpas mais fantásticas para as tolices que de vez em quando inventavam O estouro dos minifoguetes foi um exemplo flagrante. Chegaram a afirmar com toda seriedade que se tratava de uma experime equipamentos antiquados, que se tornava imprescindível por motivos técnico psicológicos. Fiquei sem resposta. Só me admirei de que estas crianças grandes não tive descrito curvas com seus aviões no interior dos hangares das naves auxiliares deixaram os propulsores funcionar por muito tempo. Meu cérebro suplementar informou-me mais uma vez de que eu nunca ser de modificar a mentalidade dos terranos. Afinal, eram o que eram. Agitados, a persistentes de um lado — e de outro lado circunspetos, discretos e calculistas assim quando os conheci pela primeira vez, e continuavam a ser assim. Conformei-me com tudo, menos com a idéia de ficarmos estacionados n algumas horas-luz de Horror, a fim de esperar por outra nave de quatro est A Crest e as duas naves pos-bis funcionariam como bases voadoras no sist Horror. A tripulação original voltaria ao transmissor de Gêmeos com a nave de estágios, sistema este que nesse meio-tempo seria conquistado pela F rota S Em linhas gerais, era este o plano de Rhodan. Sua esposa, Mory Rh apoiara-o tanto que quase ninguém dera atenção aos meus argumentos. Entre os terranos, ninguém descobrira o verdadeiro motivo de minha disc — ninguém mesmo. Mas Icho Tolot, o supergigante halutense, me olhara com olhos com uma expressão que me transmitira a impressão de que meu segredo descoberto. Mas Tolot mantivera silêncio, embora não conseguisse reprimir u estrondosa gargalhada. Para justificar minha discordância, dissera que talvez a operação de conq sistema de Gêmeos não fosse bem sucedida, que a nave Androtest II, cuja cheg pretendíamos aguardar, poderia sofrer um acidente, e que no espaço contíguo possivelmente surgiria um perigo que o supercouraçado não pudesse enfrent As duas naves de transporte não possuíam nenhum armamento. Rhodan refutara meus argumentos. Apresentara contra-argumentos br não pude deixar de aceitar. O verdadeiro motivo de minha discordância era o conhecimento que tinha humanos. Desconfiava — ou melhor, tinha certeza de que Rhodan não resistiri muito tempo à tentação de explorar a superfície misteriosa do planeta Horr Ninguém seria capaz de imaginar o que nos esperaria por lá, mas não tive dúvida de que, fosse o que fosse, não seria menos desagradável que aquilo que encontrado no interior desse mundo.
Queria e precisava levar os dois mil terranos arrojados a partir com a Cr o sistema de Gêmeos com os próprios recursos. Uma vez lá, o problema dos abastecimentos praticamente deixaria de existir. Mesmo que não conseguísse conquistar essa base, as condições reinantes por lá seriam bem mais favorá Conhecíamos os sete planetas, que ficavam a 600.000 anos-luz do planeta galáctico, que era o mais avançado. Era perfeitamente possível usar o transm transporte de naves não tripuladas. Dessa forma poderiam enviar-nos uma na estágios sem uso. O sistema de Gêmeos poderia ser bloqueado por unidades p pos-bis, e além disso seriam tomadas todas as medidas de segurança conce Passara os últimos dias fazendo os cálculos necessários. Os dados de que d eram absolutamente seguros. No estado em que se encontrava, a Crest seria c percorrer os 300.000 anos-luz que a separava do sistema de Gêmeos, embora acarretasse o desgaste total de suas máquinas. Mas poderíamos chegar lá com próprios recursos. Dispúnhamos dos dados cosmonáuticos colhidos pela Andr havia a menor possibilidade de erro. Além disso teríamos tempo para trocar as sofressem maior desgaste, uma vez percorrida metade do trajeto. Para isso uma nave pos-bi completamente equipada nos acompanharia. S propulsores poderiam ser colocados em condições de funcionamento, desde q retirassem as peças necessárias da segunda nave pos-bi. Não compreendi por que Rhodan não se mostrava acessível a estes argu perfeitamente sensatos. Não poderia deixar de reconhecer que meu plano ti cabeça. Preparei-me para a última vez em que iríamos discutir o assunto. Nos meu relacionamento com Rhodan tinha sido bastante tenso. Deveria dizer-lhe que temia pela vida dele e de mais dois mil homen conhecia a mentalidade dos humanos? Seria conveniente afirmar que o julgava suficientemente louco para superfície de Horror? Nada disso! Isso somente serviria para atiçar a brasa, transformando-a nu fogueira. Estes homens audaciosos, que há trinta dias estavam completament já sentiam cócegas nas pontas dos dedos. Queriam saber o que havia “lá embaixo”. Recomendo a qualquer intel galáctica que procure não amar nem odiar os habitantes do planeta Terra. Quem os ama vive constantemente preocupado. Quem os odeia tem ainda motivos para preocupar-se. O que poderia fazer, portanto, com estes meninos Galáxia?
2
O Tenente Finch Eyseman, um rapaz de cabelos castanhos e olhos sonhad buscar-me em meu camarote. Aparecera devidamente uniformizado. Os dois r acompanhavam fizeram a apresentação em voz metálica. Não lhes dei atenç A cerimônia foi realizada por ordem de Rhodan. Naturalmente fazia q realçar o caráter oficial do convite. Atravessei os corredores amplos do supercouraçado, caminhando atrás d que parecia muito embaraçado. Quando nos aproximamos da escotilha do cam Rhodan, o imediato da Crest, Primeiro-Tenente Brent Huisse, dispensou E Dali a cinco minutos vi-me de pé à frente do Administrador-Geral do Imp Minha exposição foi ouvida com a maior boa-vontade. O engenheiro-chefe doutor Bert Hefrich, tentou explicar as dificuldades que traria a revisão geral mais desgastadas. Contestei-o, ressaltando que havia especialistas entre os tr Depois de falar em vão durante uma hora, compreendi finalmente que Rhodan desejava voar com seus próprios recursos ao sistema de Gêmeos. Meus cálcul minuciosamente examinados. Embora não tivessem encontrado nenhum erro minha sugestão. ***
Mory Rhodan-Abro estava deitada numa poltrona pneumática, acariciand rato-castor. A seu lado estava o Coronel Melbar Kasom, que há vários decênio de sua guarda pessoal plofosense, embora ainda estivesse registrado como es USO. Por Mory o ertruso enfrentaria qualquer coisa. A figura gigantesca do combatente e cientista halutense chamado Icho T encobria parte da parede. Seus três olhos me fitavam. Ainda não dissera um palavra. Cart Rudo, o comandante da nave, e os oficiais e cientistas mais important haviam acomodado em vários lugares. Rhodan estava de pé atrás do pequeno computador, examinando alguns dados. Eu mesmo estava sentado ao lado do físico-chefe Dr. Spencer Holding, um de gênio colérico. Seu rosto estava muito vermelho, e os cabelos grisalhos ant pendiam-lhe confusamente na testa. Mais uma vez acabara de manifestar-se e acalorado sobre nossos problemas. Por estranho que pudesse parecer, esse ho embora fosse muito inteligente, também era contra meu plano. Olhei para as telas. Eram bem menores que as da sala de comando, ma boa parte da solidão do espaço intercósmico. — Não seria bom concluir logo a parte oficial, lorde-almirante? — perg de repente. O Coronel Cart Rudo, comandante epsalense, mostrou um sorriso Naturalmente minha apresentação tinha sido uma farsa. — Foi você que errou — transmitiu meu cérebro suplementar. — Por que convidou a equipe dirigente formalmente a aparecer aqui?
Sim, por quê? Esperara que na presença dos homens mais importantes fos fácil fazer Rhodan mudar de opinião. Mas conseguira exatamente o contrário. pensava em sair do sistema de Horror. Rhodan fitou-me com uma expressão pensativa. Lembrei-me de nosso encontro. Naquela oportunidade eu quisera matá-lo — e ele a mim. Levantei, atirei sobre a mesa o rolo de plástico em que estavam regis cálculos e dispus-me a sair sem dizer uma palavra. — Não faça isso, Atlan! — gritou Mory atrás de mim. Limitei-me a fazer um gesto e saí caminhando em direção à porta. — Já está na hora de o senhor revelar o que realmente o preocupa, arcô a voz retumbante de Tolot. Fiquei parado e lancei os olhos para o gigante de 3,5 metros de altura po largura, cujos antepassados tinham desempenhado um papel decisivo na pol arcônida. Rhodan estremeceu. Seu rosto indiferente modificou-se. Fitou-me c expressão penetrante. — O que realmente o preocupa? — disse, esticando as palavras. — O quis dizer? — Fale! É sua última chance — ordenou meu cérebro suplementar. Fiquei encostado à parede, cruzei os braços sobre o peito e fitei os p após o outro. Não tinha mais nada a perder. — Está bem. É bom que saibam — respondi, enfatizando as palavras. — À consegue-se curar um idiota, desde que a gente consiga convencê-lo de que re um idiota. — Muito obrigado — disse Holfing em tom indignado. Dei uma risada. — Cuidado com sua pressão, que provavelmente subirá ainda mais quand prezado amigo puser em prática seu plano secreto e pousar na superfície do p que o verdadeiro motivo de sua recusa obstinada é este, não é mesmo? Rhodan olhou para a esposa. Mory deu uma risadinha e endireitou movimento característico, atirando os cabelos ruivos para a nuca. — Quero evitar os riscos incalculáveis de uma aventura deste tipo — pross tom mais calmo. — Naturalmente não será fácil levar a Crest ao sistema de Gê Corremos o perigo de ficar no meio do caminho, com os propulsores estragado sempre conseguiríamos percorrer 250.000 anos-luz. O resto venceríamos dep reparos parciais que se fizessem necessários. Como acabo de dizer, o vôo envo risco e exigirá muito trabalho. Acontece que, se a Crest ficar aqui, você acabar em Horror. Será o fim. É só o que tenho a dizer. Rhodan passou a mão pela testa. Estava refletindo intensamente. — Nem penso nisso, a não ser que surjam acontecimentos especia obriguem a agir assim. — Estes acontecimentos especiais não deveriam ser provocados nem por tripulação, nem por sua inquietação. Sou um homem velho cujo corpo se cons jovem. Você é um troglodita terrano. Conheço você e a mentalidade terrana. A autoconfiança idiota de vocês e a maldita curiosidade pela qual são dominado dão paz. Tudo bem! Desçam em Horror e deixem que o último mistério deste m surpreenda. Antes disso sairei com uma nave auxiliar, para que sobre pelo me pessoa que possa contar aos tripulantes da Androtest II, quando esta chegar,
do governo solar encontrou a morte por pura leviandade. Já resolveu a halutense? Quer ir comigo? O gigante levantou os quatro braços e exibiu as palmas das mãos. Inclinou gigantesco crânio semi-esférico para a frente. Tentei descobrir alguma emoçã que eram do tamanho de um punho humano. Mas aquele homem estava intere de mais nada na luta, na aquisição de novas experiências e na aventura. E ra u características de seu povo. — Vamos aguardar, almirante, disse num intercosmo impecável. — To decisão no devido tempo. Rhodan deu um suspiro. Provavelmente estava pensando num meio d chegasse o tempo, explicar-me por que era obrigado a pousar no planeta. O rato-castor deu uma risadinha. Tentou penetrar em minha consciência, seus dons telepáticos, a fim de espreitar meus pensamentos. Imediatamente r monobloco. — Desista, baixinho. Você não vai conseguir — escarneci. — Seus dons tele falharam várias vezes nos diversos níveis deste planeta. Na esfera central voc colocado fora de ação de vez. Pense bem se quer mesmo voltar a aturar o H — As ordens me obrigam — piou o camundongo gigante. — O que se há Afinal, sou um oficial especial do Exército de Mutantes. Fiz um gesto de pouco caso. O imediato abriu a escotilha. Ao sair, falei ombro. — Não sou louco a ponto de entrar numa armadilha cósmica, só curiosidade não os deixa sossegados. Você permite que mande preparar um — Permissão concedida — respondeu Rhodan em tom contrariado. Entreolhamo-nos. Era a primeira vez que havia um mal-entendido sério aquele terrano magro, desde que nos tomáramos amigos. Ainda não tinha chegado ao corredor circular central, quando as campain alarme se fizeram ouvir. Parei e olhei para o camarote do qual ia sair. Rhodan s junto do videofone. Uma tela iluminou-se. O Major Enrico Notami, chefe do ce rastreamento, apareceu na mesma. — Acabamos de localizar um objeto desconhecido, senhor — informou. — Distância 9,3 anos-luz. Metade metálico, metade de pedra fosca. Parece trata dos meteoros que muito raramente aparecem nesta área. Desloca-se a uma v muito reduzida. Menos de trinta quilômetros por segundo. Quais são as instr senhor? Voltei ao camarote e coloquei-me ao lado de Rhodan, olhando para a tel — Anote — respondi no lugar dele. — Calcule a trajetória aproximada. olhada no objeto. — Entendido, senhor. Desligo. Ouvi a respiração violenta de Rhodan. Voltamos a entreolhar-nos. O mantiveram-se em silêncio. Pareciam sentir-se constrangidos. — Você gosta de ser meticuloso, não gosta? — perguntou Perry em tom O que espera conseguir com isso? Acha que um bloco de níquel é uma espaç Tive de fazer um grande esforço para controlar-me. — Espero muita coisa. Pelo menos tenho certeza de não ver sua cara p horas. Rhodan fitou-me com uma expressão indignada. O ativador celular, que lhe conferia a imortalidade biológica, pulsava em seu peito.
— Pois eu lhe digo uma coisa, arcônida — principiou Perry. — Não gosto de uma fortaleza inexplorada atrás das minhas costas. Ninguém sabe o que exist superfície do planeta e o que está sendo tramado por lá. Quero ter certeza. Já v Não ouvir suas queixas por algumas horas me fará muito bem. Escolha um coQuem você quer levar? — Quero um dos melhores homens da Frota — respondi em tom indisci Um homem que você rebaixou pela sexta vez, por causa de pequenas açõ Quero o sargento Miko Shenon; ele ficará entusiasmado. Perry fez um gesto de assentimento. — Está bem. Será Miko Shenon. Quer mais alguém? — Se o senhor permitir, irei com ele — disse Icho Tolot. Fiquei surpreso. O que estaria levando o halutense a querer sair da C ele queria tentar fazer-me mudar de opinião? — Pois não. A tripulação da Crest lhe deve a vida. Talvez o senhor poss pela segunda vez se me acompanhar. Partiremos dentro de quinze minutos. Saí sem despedir-me. — Que teimoso! — disse alguém. Tive a impressão de ter ouvido a voz de Rudo. ***
Treze horas, tempo de bordo, dia 5 de dezembro de 2.400. O aparelho estava pronto para decolar nos trilhos polidos de aço leve da c energética. O jato espacial, que era uma nave-disco de elevado desempenho, r aperfeiçoamento de uma nave de reconhecimento antiquada, a gazela, tinha s para uma viagem de vários meses. O chefe de intendência, Curt Bernard, excepcionalmente não se mostrara econômico. Além disso deixara de lado seu pessimismo habitual. Limitara-se a se sentiria feliz se Rhodan tivesse aceito meu plano. Icho Tolot estava sentado no chão, atrás das duas poltronas dos pilotos. A c do corpo em disco do jato espacial, situada no pólo superior do abaulamento, q chegava a ser pequena para o gigante halutense, sobre cujo mundo de origem sabíamos nada. Só sabia que os halutenses tinham dominado a Via Láctea muito antes de m veneráveis antepassados. Subjugaram os povos da mesma, mas renunciaram voluntariamente ao poder que tinham conquistado. Envelheceram e, ao que parece, tornaram-se mais sábios. Tolot afirmava q naquela altura seu povo era formado exclusivamente por um grupo de cientist podiam dedicar-se livremente aos seus afazeres. Icho Tolot, por exemplo, cria simpatia toda especial pela raça humana, que ele amava de todo o coração — o com os dois corações. Esta criatura formidável escolhera a história da evolução da Humanidade objeto de seu hobby científico. Como todo halutense de vez em quando tem de à voz do sangue selvagem, saindo à procura de aventuras nas profundezas da Icho escolhera os humanos como “médium” de suas atividades. Quando pensava no tremendo metabolismo de seu organismo, um calafri descia pela espinha. Os halutenses dominavam todas as células do organism átomo mais insignificante, graças à força de seu espírito. Eram capazes de m
organismo, a tal ponto que os tecidos altamente elásticos se transform estrutura cristalina compacta, mais dura que aço terconite. A forma de nutrição desses seres era outro mistério. Vi Tolot triturar roch sua dentadura possante. Seu estômago conversor tirava dessa substância bás substâncias químicas de que Tolot precisava para conservar-se vivo. Locomovendo-se de quatro, os halutenses alcançavam uma velocidade mé cento e vinte quilômetros por hora. Certa vez Tolot me carregara nas costas. C durante quinze horas como um foguete pelos desertos desolados do planeta P dar o menor sinal de cansaço. De certo tempo para cá fiquei sabendo que nosso amigo possuía dois cére primeira unidade, que era o chamado cérebro comum, cuidava das funções m corpo e das impressões sensoriais. A segunda unidade, que era o cérebro programador, constituía um verdad computador orgânico mais compacto que qualquer equipamento positrônico o humano. Tolot resolvia na cabeça problemas matemáticos em que nosso comp positrônico de bordo gastava meia hora. Nunca tinha visto uma inteligência igual. A natureza mostrara-se pródi seres. O segundo membro de minha tripulação era o sargento Miko Shenon, uma montanha de músculos de 1,96 m de altura que possuía um rosto de beb sardas e cabelos ruivos que antes pareciam cerdas. Fazia alguns meses que Shenon tinha sido rebaixado pela sexta vez. A com a calma de um homem que já está acostumado a isso. Shenon pertencia à elite dos astronautas terranos, mas não podia dei outra, agir por conta própria. Fora rebaixado pela sexta vez pouco depois da invasão dos blues no sistem Mirnam. Na oportunidade o audacioso Miko Shenon era major e comandava u de patrulhamento na área da 104a Frota de Combate. Com a audácia que lhe era peculiar, Miko resolvera abandonar as próprias para sair em perseguição de dois couraçados dos blues que se haviam posto em destruindo-os um após outro, numa ação em que arriscara a própria vida. Ao saber disso, dei uma estrondosa gargalhada. Rhodan mostrara-se furio chefe da 104a Frota dissera que esse gigante ruivo, sempre risonho e com uma mão, ainda acabaria por deixá-lo louco. Shenon recebera o rebaixamento de posto com o rosto mais ingênuo d sugerindo os nomes de cinco tripulantes de seu cruzador para a promoção. Assim era Miko Shenon! Usava sua modesta faixa de sargento com a digni um aristocrata, nunca se queixava do destino e admitia com a maior franqueza que tinham feito com ele era justo. A história da Humanidade tinha sido moldada por terranos do tipo de Sh fundo Miko era um exemplar semelhante a Rhodan, a única diferença era que a mesma autodisciplina desse homem. Formávamos uma boa equipe. Um supergigante halutense com a competê um monstro muito inteligente; um terrano arrojado que não recuava diante de perigo com a inteligência de um professor de universidade e a leviandade de u de escola — e um imperador arcônida que tinha abdicado de seu posto e já hav almirante da Frota, e tinha vivido tanto que não deixaria de identificar o perigo mesmo se aproximasse.
Às 13:04 horas, tempo de bordo, fui atingido pela força propulsora do cam energético. A nave-disco, cujo eixo longitudinal media trinta e cinco metros de foi arremessada para fora da eclusa e recolhida pela noite eterna do espaço O jato-propulsor deu partida automaticamente. Quando seu rugido se não se enxergava a Crest com seus 1.500 metros de diâmetro. Icho Tolot entoou uma canção de guerra de seu povo. Prestei atenção aos sons graves que atravessavam seus lábios, reprimidos trovejantes. Os olhos vermelhos de Tolot brilhavam à luz débil do painel de ins Sua pele muito negra com aspecto de couro transformava-o numa sombra con fundos da carlinga. Shenon olhou em torno. Sorriu e bateu na perna direita do halutense, grossura de um tronco, dizendo em tom indiferente: — Se apertar mais um pouco o suporte dessa poltrona, daqui a pouco tomar banho nos esguichos de líquido. A peça é movimentada hidraulicame Tolot não interrompeu seu canto de guerra, mas recolheu a perna o suficie que o suporte da poltrona não corresse mais nenhum perigo. A advertência de não era nenhum exagero. Com a gravitação de um gravo, o peso de Tolot cheg toneladas. Possuía forças inconcebíveis. Era capaz de, sem o menor esforço ar suportes uma máquina de várias toneladas. Shenon jogou o capacete ainda mais para trás, fitou-me atentamente e pô bolso. O jato espacial estava correndo em alta velocidade em direção ao ponto penetração. Minha intenção era atingir o objeto desconhecido que acabara de detectado por meio de uma ligeira manobra de vôo linear. — Tem alguma objeção? — perguntou o sargento, com o olhar mais ingênu mundo — Shenon sempre exibia um olhar ingênuo quando tramava alguma co enfiou um maço de cigarros Anel Vermelho embaixo de meu nariz. Olhei com uma expressão recriminadora para o bastão branco q gostosamente entre os dedos. — Está bem. O senhor não pode mesmo passar sem isso. O que é q equipamento de climatização acha dessa fedentina? — Do aroma, senhor — do aroma! — retificou, elevando a voz. — É por cau minha voz delicada, que não combina com o corpo. Psicologicamente nunca é recomendável piar para seus subordinados em vez de falar grosso com eles. O concorda, não concorda? Suspirei. Era uma das desculpas típicas de Shenon. Acontece que a voz realmente era muito aguda. — O senhor não está mais no comando, meu caro. — O tempo remedia as coisas — recitou Miko com um sorriso. — Até aq acabei tornando-me comandante de novo. Icho Tolot deu uma gargalhada e olhou para o terrano. Havia uma express sombria em seu olhar, mas eu sabia que mais uma vez os acentuados instintos de Tolot acabavam de ser despertados. Ele apreciava as pessoas do tipo de — Solte logo sua fumaça — resmunguei para Miko. — Mas não a sopre direção. — Minhas criancinhas estão malcriadas — disse o halutense. — É o que ac bonito nelas. Em toda a Galáxia não existe um único povo que se toma tão ador virtude de certas peculiaridades como os terranos. Além disso são lutadores im que possuem muito sangue-frio. Em Halut isso é muito apreciado.
Fiz um sinal de pouco caso. O sinal de controle ótico estava entrando no cí representava a área de destino. A manobra de penetração era iminente. Eu me calculara antes da decolagem com base nos dados fornecidos pelo rastreamen introduzira no dispositivo automático positrônico que comandava o conjunto k — Não diga isso a esses cavaleiros salteadores da época moderna. Será q o senhor compreenderá que conheço os habitantes do terceiro planeta do S melhor que o senhor? Se a gente lhes dá o dedo mindinho eles, conforme um d tem curso por lá, mostram um sorriso amável e pegam toda a mão. Não estrag gente. — Pois eu acho o senhor Tolot muito simpático — disse Shenon em tom Acendeu o cigarro e tragou tão profundamente a fumaça que logo me sent cheiro era horrível. Dali a dois minutos instalei o campo kalupiano. Fomos isolados da estrutur energética do espaço einsteiniano. Prosseguimos em vôo linear pela zona inst semi-espaço, que só conseguia sustentar um objeto em seu interior e submetê leis se não houvesse nenhuma interferência perturbadora das influências norm absorvidas pelo campo. Era este o segredo do vôo espacial a velocidades milhõ vezes superiores à da luz. Mas a gente só se deslocava em velocidade superior relativamente ao conjunto espácio-temporal definido por Einstein. As leis que prevaleciam no semi-espaço eram diferentes. Ali a velocidade da luz era infini que nada e ninguém podia nem precisava ultrapassar a mesma. Em virtude dessas peculiaridades não se verificava a desmaterializaçã estáveis, que se tornava imprescindível numa hipertransição. Prestei atenção ao murmúrio do semi-espaço e lembrei-me de Rhodan. M Shenon e Icho Tolot não chegaram a dizer uma palavra para desacreditar Rh manifestar-se de acordo com minha opinião. Ainda bem para eles. Se eu brigava com meu amigo e dizia que o mesmo era um idiota, nem por outros tinham o direito de chamá-lo assim. Ao menos na minha presença ningu deveria atrever-se a emitir estes conceitos. Tratava-se de um assunto que dev resolvido exclusivamente entre mim e Perry.
3 Relatório de Perry Rhodan
— Lá vai ele, tremendo de raiva — disse Rhodan com uma risada aborrecid Para ele não passamos de débeis mentais — e, por tudo que eu prezo — ele não ter razão. Ou será que alguém dos senhores acha que não podemos chegar ao de Gêmeos com nossos próprios recursos? Rhodan ficou de costa para as telas da galeria panorâmica e foi olhan oficiais e cientistas. A partida de Atlan tinha sido controlada e observad comando. O engenheiro-chefe franziu a testa. — Bem, não seria fácil... — Mas também não seria impossível. Ou seria? O engenheiro Hefrich limpou uma poeira do uniforme verde. — A palavra impossível não consta do dicionário da Frota Solar. Acho que homens conseguiriam. Se as peças sujeitas a uma fadiga muito acentuada do m forem trocadas depois de percorrida metade da distância, poderemos vencer de 300.000 anos-luz. Mas isto nos custará um grande esforço. O rosto estreito de Rhodan voltou a assumir uma expressão indif Administrador-Geral escondia seus sentimentos atrás de atitudes inteiramen Rhodan cruzou as mãos nas costas e pôs-se a observar as telas do sistema normal. As mesmas só mostravam o negrume infinito do espaço vazio. Bem ad setor verde, apareciam os três sóis amarelos do tipo G. O planeta Horror, ilum mesmos, aparecia como uma fagulha luminosa que se destacava na escuridão mais nada que indicasse a presença de concentrações de matéria. As nebulosa que apareciam nos setores norte e sul não contribuíam para clarear o espaço. da Via Láctea e da nebulosa de Andrômeda. Rhodan fez um gesto de cumprimento para o mutante de duas cabeças Ivã Goratchim, acariciou o pêlo castanho da nuca do rato-castor Gucky e ficou par lado do ertruso, um homem de 2,50 m de altura. Melbar Kasom trajava o uniforme da USO. Encontrava-se ao lado da e Rhodan. Mory brindou o Administrador-Geral do Império Solar com um imperscrutável e um sorriso martirizado. — Está bem. Não me olhe como se quisesse acusar-me de alguma coisa. D de vista técnico discordamos de Atlan contrariando o que sabíamos. Todo mun disso. Mas de outro lado não podemos abandonar o sistema de Horror sem ao tentar descobrir alguma coisa sobre a superfície do mesmo. — Com a necessária prudência, se me permite — resmungou o Coronel C — As experiências que enfrentamos no interior dos níveis do mundo oco já me saciado, madame! Independente disso, realmente preferiria aguardar a chega Androtest II numa relativa calma e segurança. Se a nave não chegar dentro de no máximo, será porque houve algum imprevisto no grupo androtest. Se isso a ainda poderemos sair voando por aí.
Rhodan mediu o epsalense adaptado ao ambiente com um olhar irônico de Rudo era igual à altura. Parecia uma rocha. — Não diga, Rudo! Acha que Atlan não tinha chegado às mesmas conclusõ está interessado em arriscar o vôo de qualquer maneira. Se estivesse convenc nossa opinião era razoável, não teria insistido em abandonarmos o sistema de Teria feito a mesma sugestão do senhor: aguardar o resultado do programa an decolar em direção ao sistema de Gêmeos se fosse provado que tinha havido u Realmente acredita que o arcônida não pensou nisso? O comandante estreitou os olhos e pôs-se a refletir. Rhodan voltou a olh — Muito bem, minha gente. Vamos parar de iludir-nos! Com exceção de al pessimistas incorrigíveis, todos os membros da tripulação estão interessados inspecionar a superfície do planeta. Já nos sentimos fortes de novo, não é mes sou presunçoso e nem sequer audacioso a ponto de negar nossas fraquezas hu de outro lado vivo me dizendo que, se os humanos não possuíssem este espírit estariam habitando as cavernas. A curiosidade, a tendência de desvendar as c ficam atrás de cada barreira criada pela natureza, deu-nos asas. Compreendo que estamos enfrentando no momento. Os psicólogos, que devem saber disso, preveniram. Atlan, que é mais psicólogo e conhece melhor os homens que todo doutores reunidos, teme pela nossa vida. Aliás, eu também temo. Ora! Por que com essa cara espantada? — Com o senhor a gente nunca pára de aprender- — observou o Te Huise com um sorriso azedo. Rhodan acenou com a cabeça. Estava com o rosto sério. — É isso aí, meu chapa. Nem pense em atacar Atlan direta ou indiretam caso o senhor teria de se ver comigo. Huise lançou um olhar de recriminação para o teto abaulado da sala de co alguns tenentes que estavam de prontidão entreolharam-se com uma express e Gucky deu uma risadinha. Perry saiu caminhando em direção à escotilha. Sem virar a cabeça, deu — Não pousaremos na superfície do planeta e ninguém pisará na mesma. esta ordem no diário de bordo, coronel. Peça a Atlan que compareça ao meu ca assim que voltar. Mory, quero falar com você. Mory Rhodan-Abro levantou da poltrona e espreguiçou-se. Com um gesto afastou o cabelo da testa. Era bela e fascinante como sempre. O ativador celul fora entregue pelo chefe supremo plofosense Iratio Hondro quando o mesmo e agonizante, detivera seu processo de envelhecimento. — Meu senhor chamou — ironizou. — Às vezes me pergunto se sou uma independente — ou uma paciente mulher casada. — Você é ambas as coisas, querida, ambas as coisas — respondeu Rh delicado. — Posso pedir que venha comigo? Mory foi saindo. Os olhos de cerca de trinta homens, todos sumidades d da tecnologia ou membros da elite da Frota Espacial terrana, seguiram o ca — Eu sabia que não seria capaz de resistir às objeções de Atlan — disse oficial de artilharia em tom zangado. — Que diabo! Para que servem nossos — Se depender de mim, são peças meramente demonstrativas — resmung Major Curt Bernard, intendente da nave. — O senhor e seus canhões! É um ca psicológico interessante, uma reação retardada típica, na qual os sonhos da p agora se realizam, porque as condições necessárias não existiam antes.
O rosto do Major Cero Wiffert ficou vermelho. — Posso perguntar que sonhos eram estes? — Sonhos ligados a uma epopéia infantil, que o senhor identificou com os de baterias atômicas. A esta altura o senhor é oficial de artilharia e está sentad da chamada partitura de fogo. Basta comprimir alguns botões. Na minha opin devia permitir que uma criança como o senhor se aproximasse desses brinque Cero Wiffert não disse uma palavra. Para ele o rosto vermelho de Berna sobressaía a rede de veias azuladas, era uma acusação muda. — Silêncio a bordo — trovejou o comandante. — Bernard, guarde sua sabe para si. Se quisesse dar atenção às suas idéias psicológicas, metade da tripula ser enfiada numa cela de borracha. Imediato...! Brent Huise adiantou-se e ficou em posição de sentido. — Mande levar o intendente-chefe ao depósito de suprimentos número 11 saber dentro de uma hora quais são os filmes recreativos que temos a bordo. E Bernard, nem pense em apresentar novamente aos homens trechos de antigo terranos. Não quero ver mulheres nas telas. Entendido? — Isso não é nada inteligente, senhor, não é nada inteligente — respon corpulento em tom exaltado. — Não devemos esquecer que...! — Silêncio! — disse Brent Huise, levantando a voz. — Venha comigo. Q uma olhada em seu armazém. Bernard foi saindo, gesticulando fortemente. O epsalense deu uma risad ao oficial de plantão, para ler a ordem do dia. Foi quando soou o alarme. Eram 13:24 horas, tempo de bordo, exatamente vinte minutos depois tinha partido. ***
— Todos a postos, preparar para a batalha — disse a voz grave do comanda epsalense saída dos alto-falantes do sistema de intercomunicação. Atenção, ra Qual é o ponto de origem da tempestade energética? A Crest II transformou-se num formigueiro. O regime de prontidão re prevalecia há alguns dias foi suspenso, sendo substituída pela prontidão pa As torres blindadas da cúpula polar superior, que já tinham sido retiradas se, pondo à mostra as baterias de canhões conversores pesados. Os homens fe trajes espaciais, batendo nos controles dos testes automáticos, sem interromp em direção aos seus postos. Todos sentiam a vibração que percorria o corpo de aço do supercouraçado certa semelhança com os balanços que se verificavam depois do disparo de um de costado. Os reatores instalados nas usinas de energias foram acionados com os nív emergência. O dispositivo automático da sala de comando recebe em vinte seg cerca de novecentas e oitenta informações vindas dos mais diversos setores As luzes vermelhas foram-se apagando uma após a outra. Oitenta e três se depois do momento em que Rudo dera ordem de entrar em prontidão a nave-c Império Solar estava inteiramente preparada para o combate. Era um recorde podia ser alcançado por uma tripulação de elite que tinha vários anos de ex O robô da sala de comando acendeu a luz verde. Os diversos postos d receberam um sinal especial de que estavam em condições de entrar em aç
As últimas escotilhas foram fechadas. O rugido dos reatores foi diminuind conveses situados acima da protuberância equatorial mal se ouvia o ruído de funcionamento dos mesmos. O fluxo de ar pressurizado do sistema de transporte de emergência expeli do tubo, lançando-o para dentro da sala de comando, onde foi recebido por um retenção. Tinha saído tarde demais para poder usar as entradas normais. Fechou às pressas o traje espacial leve e esperou que o aparelho automáti emitisse o zumbido de que estava tudo em ordem. Depois disso saltou para a p elevada. Rudo já se encontrava em seu lugar. A seu lado estavam sentados o imed segundo oficial cosmonáutico, atrás dele os transmissores de comando e os programadores. Rhodan abriu caminho entre os aparelhos espalhados na área e deixou-se poltrona anatômica reservada ao almirantado. Os cintos de segurança estend cima de seu corpo e os engates magnéticos dos mesmos fecharam-se. Rudo fez um sinal. Estava sentado a três metros de Rhodan. As telas de pr normais não mostravam nada de extraordinário. Em compensação parecia ha bailado de bruxas nas telas de baixo relevo dos rastreadores energéticos. Numa questão de segundos o planeta Horror transformara-se num monst cuspia fogo. Até parecia que um dos três sóis queria contrariar todas as leis da transformando-se em apenas três minutos numa nova estrela. Rhodan olhou para as telas. Seu cérebro recusava-se a aceitar como um aquilo que estava acontecendo. O hemisfério norte do planeta Horror parecia um vulcão, de cujo cent coluna de energia de dimensões inconcebíveis. A mesma precipitou-se no espaço, sofrendo apenas um ligeiro alargame em contato com o sol pulsante. Rhodan sabia que Horror era atravessado por um gigantesco poço, qu dois pólos do planeta. No hemisfério sul estava tudo calmo. Mas o pólo norte continuava a coluna de fogo. Era o espetáculo ao qual se assistia quando os transmissores solares de um desconhecido entravam em funcionamento. Era o quadro que se presenciava objetos cujo tamanho chegava ao de um planeta pequeno eram desmaterializa estação transmissora, irradiados e rematerializados no receptor. Mas havia outra explicação para o aparecimento da coluna energética a tinham travado com ela na prática. Essa explicação envolvia a destruição. Rhodan lembrou-se do sol artificial instalado no centro do planeta formad série de mundos ocos. O que estaria acontecendo por lá? O que seria isso que e sendo recebido pelo transmissor, para ter a polarização invertida e ser irradia direção aos três sóis, que eram as verdadeiras fontes de energia? Era alguma coisa que estava chegando, ou que estava sendo expelida? — Este raio é uma arma — anunciou o Dr. Hong Kao, matemático-chefe, qu encontrava em seu centro de computação. Rhodan recebeu o aviso pelo rádiobordo da Crest II ainda reinava um relativo silêncio, já que as torres de canhõe tinham entrado em atividade. Por isso Rhodan desligou o rádio-capacete, pass o sistema de intercomunicação estacionário.
— Tem certeza de que não se trata de um processo de transporte que uma rematerialização no interior do sistema de Horror? A imagem televisada de Hong Kao aumentou de tamanho. Aproximara-se objetiva. As outras ligações de intercomunicação foram interrompidas pelos s automáticos robotizados. Até o início de uma eventual batalha, as mensagens expedidas pel científicos gozavam de prioridade. — Vejo-me obrigado a fazer uma retificação. Está chegando alguma coisa mesma não é rematerializada. Dessa forma o transmissor está desempenhand de uma arma. Deve ter havido um incidente em algum lugar, no interior do ane que cerca a nebulosa de Andrômeda. Um objeto estranho ou vários foram dete algum posto, que os testou e condenou à destruição. Os misteriosos senhores voltaram a golpear. É impossível apurar o que está sendo recebido pelo recep mundo oco para ser irradiado em direção a um dos três sóis sob a forma de hiperimpulsos. Cart Rudo empalideceu. Perry não teve necessidade de perguntar o que o comandante estava pensando. Era perfeitamente possível que tivesse havido durante a operação de conquista do sistema de Gêmeos, ordenada por Rh Era o que todas as pessoas que se encontravam a bordo da Crest II estava pensando. As transmissões vindas das diversas estações cessaram. Só se ouvi das unidades energéticas e o trabalho rumorejante dos comandos de prontidã propulsores, que se mantinha uniforme. Rhodan resolveu transmitir uma mensagem circular. — Atenção, todos os tripulantes — disse sua voz. — Não adiantaria interfe acontecimentos. Permaneceremos em prontidão de combate enquanto a irrup diminuir de intensidade. Em hipótese alguma a Crest II sairá daqui. Cart Rudo girou a poltrona, para observar melhor a transmissão em baix vinda do centro de rastreamento. Mory Rhodan-Abro informou que se encon centro de computação número três, onde se trabalhava na solução de proble causalidade. — Existe uma relação temporal entre a erupção de energia e o início da inv sistema de Gêmeos — informou Mory em tom exaltado. — Deveríamos ao men aproximar do planeta para tentar algumas medições. — Proposta recusada — decidiu Rhodan. — Se realmente ocorreu a irradia algumas unidades acidentadas, de qualquer maneira não poderemos fazer ma Nossa tecnologia ainda é muito atrasada para permitir uma intervenção decis intervalos de comando dos transmissores solares. A energia irradiada por um estrela é bilhões de vezes maior que a potência de nossas unidades energética rastreamento. Registrou algum abalo estrutural no espaço normal? — Registramos em grande quantidade — confirmou o Major Notame. — A condensação hiperenergética dos impulsos verifica-se na área polar. Além dis rastreadores da quarta dimensão detectaram a criação de um campo energéti região polar norte. Rhodan inclinou-se para a frente. — Como...? Campos energéticos? Será que se trata de campos defensivo — Talvez, senhor. A interpretação está em andamento. Processos nuclear grande intensidade acabam de ser iniciados em Horror. Puderam ser identific de todas as hiperemanações. Mais uma informação, senhor. Acaba de chegar.
rastreadores de massa e matéria estão reagindo. Estão detectando a presença metálicos junto ao pólo. São muito grandes. A interpretação dos respectivos d também está em andamento. — Como se explica que estes objetos não tenham sido detectados há alg semanas? — O problema é nosso. Não é possível que se trate de unidades de massas estacionárias, pois neste caso teriam sido descobertas em uma das inúmeras o telemetria. Já tenho os primeiros dados. O computador positrônico chegou à c que os objetos detectados só podem ter aparecido agora. Rhodan mal conseguia reprimir o nervosismo que ameaçava tomar conta d Milhares de pensamentos e conjeturas atropelavam-se em sua cabeça. Que ob podiam ser estes que apareciam tão de repente? Ao que tudo indicava, eram e Dessa forma a coluna de fogo vermelho-amarelado não poderia desempenhar exclusivamente as funções de arma. Alguma coisa estava chegando. Os pensa Cart Rudo desenvolviam-se por trilhas semelhantes, com a diferença de que su hipóteses eram mais abrangentes. Rudo era antes de mais nada o comandante por isso as implicações estratégicas da erupção o interessavam menos que a s sua unidade. — Vamos atacar, senhor — pediu apressadamente. — Vamos partir para o antes que as tripulações das naves despertem do choque de rematerialização avançar para o espaço. — Ninguém sabe se as massas metálicas detectadas realmente são respondeu Rhodan num tom mais áspero do que pretendera. — Que mais poderia ser, senhor? — exclamou Rudo em tom ainda mais exa Já imaginava a Crest II, uma nave novinha em folha, desmanchando-se numa e atômica. — Ficamos vasculhando a superfície hora por hora, durante trinta di Se houvesse alguma aglomeração de matéria desse tamanho, certamente a te detectado. De repente o transmissor instalado no mundo oco entra em funcion constatamos a presença de grandes objetos metálicos. O senhor acredita que desconhecido resolveu transportar pontes, industrias ou casas pré-fabricadas Já chegamos à conclusão de que nossas ações nos três níveis e no centro de Ho registradas. Isso aí é o contragolpe. Eu lhe imploro, senhor! Permita que eu pa meu golpe antes que seja tarde. Rhodan hesitou. Sentiu os olhares dos homens como se fossem alfinetada de artilharia o Major Cero Wiffert fechou o capacete pressurizado com uma le irritante. Os outros homens que se encontravam no mesmo setor seguiram seu De repente ouviram a voz rouca de Rhodan nos fones de ouvido, que po espesso revestimento externo de espuma plástica acústica. Quando as baterias da Crest começassem a disparar, as condições acústic semelhantes às que se verificavam nas imediações do centro de explosão de u nuclear. — Não posso aceitar sua teoria, Rudo. Nos últimos trinta dias ficamos mui do planeta para podermos ter certeza de que nunca houve massas metálicas p radiações das mesmas podem ter sido ativadas com a entrada em funcioname máquinas atômicas, que também foi constatada. Ê por isso que foram detecta repente por nossos rastreadores. Só estamos captando as radiações emitidas mesmas.
— Senhor, permita que eu vá para lá — pediu Rudo em tom de súplica. — menos as duas naves dos pos-bis para fazer uma verificação no local. — Isso seria praticamente inútil. Trata-se de veículos de transporte, qu de quatro canhões leves por unidade. — Horror está transmitindo pelo rádio — disse outra voz. Era o Major Kinsey Wholey, chefe da equipe de rádio, que acabara de linha. Seu rosto moreno apareceu na tela de intercomunicação. Parecia tens — O quê? — gritou Rhodan. — Horror está transmitindo pelo rádio — repetiu o afro-terrano. — Pela hi na faixa da Frota. Potência de entrada 0,56 torp, com distorções. Não consegu o texto. Só captamos ondas dispersas, mas não há dúvida de que as mesmas se faixa da Frota. Rhodan olhou para trás. Cart Rudo tremia de impaciência. Olhava para R uma expressão insistente, com o microfone de comando encostado aos lábio O centro de processamento lógico chamou. O computador matelógico traz Androtest I já concluíra a interpretação da informação fornecida por Wholey. O Holfing estava no aparelho. — A hipótese de que os objetos identificados são nossas próprias naves tem grau de probabilidade fixado em cinqüenta por cento — disse o físico. — Não s como podem ter escapado ao raio de transmissão. — Nós também saímos da esfera oca — gritou Rudo, usando toda a potênc voz de indivíduo adaptado ao ambiente de Epsal. Ninguém poderia deixar de o Nossa gente já conhece os perigos através do relatório da Androtest. Talvez es jogados na superfície, indefesos, lutando para conservar a vida. É possível que presos num campo de rotação, tal qual nós estivemos. — Não podemos excluir esta possibilidade — respondeu Holfing. — Ma garanto nada. A teoria formulada pelo Administrador-Geral também não pod afastada. É perfeitamente possível que só agora tenhamos detectado as mass em torno do pólo norte porque as mesmas passaram por um processo de ativ estrutural. — Por favor! O que vem a ser um processo de ativação de massa? — interv divisão matemática, Era o Dr. Hong Kao que estava falando. — Não consigo im que possa ser isso. De repente Holfing pôs-se a berrar. — É claro que não! Acha que eu tenho uma explicação para isso? Só sei qu Horror passamos por certas coisas que ultrapassam nossa capacidade de com Também não posso imaginar, por exemplo, como dois ou três sóis podem ser l exercer as funções de um transmissor. A única coisa que posso fazer é formul hipóteses. — Horror ainda está transmitindo. Ondas dispersas — anunciou Kinsey W Não consigo identificar qualquer texto. Os impulsos são transmitidos a interva irregulares. Mas não há dúvida de que estão usando a faixa da Frota. — O senhor ainda acabará me deixando louco, ressaltando constantemen transmissões são feitas na faixa da Frota — exclamou Rhodan, furioso. — Silên bordo, façam o favor. Atenção, rastreamento. Os aparelhos ainda registram a massas metálicas?
— Perfeitamente, senhor. Trata-se principalmente de aço ou de ligas seme este material. Já dispomos dos resultados da interpretação. Além disso foi con presença de conversores de alta potência. A curva energética é inconfundível — Não é em cima do pólo? — interrompeu Rhodan. — Não senhor, no pólo, isto é, na superfície do planeta, estão ocorrend nucleares controlados. — São maquinas de naves! — afirmou Cart Rudo. — Nem poderia ser out Rhodan empalideceu. Lançou um olhar aflito para as telas dos sistemas de de bordo. Os valores apurados pelas estações principais eram transmitidos di sala de comando. — Senhor...! — advertiu o comandante. — Permita ao menos que eu olhada. Nem quero pousar no planeta! Rhodan não levou mais de um segundo para tomar sua decisão. E depo haveria como voltar atrás. — Pois vá. Mas não se arrisque muito. Nem pense em pousar. Atenção, sal rádio. Transmitam uma mensagem para Atlan. Apresentem um relato da situa uma ligação direta com as naves dos pos-bis. — Tudo preparado para a partida de emergência — disse a voz de Rudo. H certo tom de alívio em suas palavras. — Preparar vôo linear em trajeto reduzid Introduzir os dados no computador. Dali a trinta segundos os propulsores do supercouraçado rugiram. Assim II arrancou, as naves dos pos-bis se movimentaram. A Box 9780 protegia seu fl esquerdo, enquanto a Box 9781 permanecia em posição oblíqua no setor ve Os cérebros de plasma instalados a bordo dos dois gigantes fragment aceito sem a menor restrição as instruções transmitidas por Rhodan. A Crest II acelerou loucamente à razão de 600 m/s 2 e atingiu um terço da v da luz, quando então foi ligado o dispositivo automático para o deslocamento a velocidades superiores à da luz. A nave produziu uma luminosidade trêmula ao desaparecer no semi-espaç Os pos-bis seguiram seu exemplo. As três unidades pesadas só levaram alguns para retornar ao Universo normal. O planeta Horror era um disco reluzente projetado nas telas do sistem externo. As três estrelas brilharam. Os sóis B e C pareciam ter-se adaptado à pulsa designado pela letra A. Depois da manobra de penetração a distância que sepa naves do planeta Horror ainda era de cento e cinqüenta milhões de quilômetro Rudo chegara exatamente ao setor previsto em seus cálculos. A gigantesca coluna energética que continuava a jorrar do pólo norte e pr entrar em contato com o sol A já aparecia nas telas normais. A tempestade ene provocada pela mesma não era tão intensa como se acreditara. Os campos def Crest não tiveram a menor dificuldade em proteger a nave dos impulsos que a Rudo olhou em torno com uma expressão de triunfo. Rhodan contem monitores com uma expressão indiferente. — Aí está — disse Rudo através do sistema de comunicação de seu tra — São peixes pequenos, senhor. Basta que não entremos na zona de transpo — Não seria recomendável. Mantenha a rota. Aproxime-se da região polar Transmita as respectivas instruções aos pos-bis. Diga-lhes que suas naves dev para sondar a situação. Prosseguiremos em queda livre, a um terço da velocid
Mais uma vez as duas naves fragmentárias reagiram com a precisão de um As telas de eco dos rastreadores energéticos mostraram as trilhas chamejante de seus propulsores. Desapareceram numa questão de segundos. A Crest corria em alta velo delas. Os computadores especializados dos diversos setores estavam funcionando. Novos dados eram transmitidos constantemente ao centro de computação positrô que os coordenava e fornecia relatórios globais. As unidades de massa que tinham sido detectadas realmente se encontrav superfície do planeta. Ainda não era possível atingi-las com o instrumental óti virtude dos fenômenos luminosos muito 'intensos. Mas não havia a menor dúv se tratava de objetos muito grandes. Os traçadores de contornos dos rastread funcionavam a velocidade superior à da luz forneceram um esboço de quatr — Se isso aí são espaçonaves, volto à Via Láctea a pé — disse Brent Hu Seu comandante lançou-lhe um olhar de repreensão. Rudo já percebera que se enganara. O rastreamento chamou. — Os objetos detectados são quatro construções abobadadas do mesmo ti circulares, com cerca de dez quilômetros de diâmetro e outro tanto de altura. ângulos de um quadrado formado por elas. O lado do quadrado tem cerca de q quilômetros de comprimento. O poço do transmissor polar norte sai exatamen desse quadrado. Parece que as construções formam uma usina de energia. F transmissão. Rhodan não se sentiu triunfante. O rosto de Rudo parecia impassível. B engano tivesse sido reconhecido. — Gostaria de saber por que esses objetos não foram detectados mais ced Rhodan para si. — Dez quilômetros de diâmetro e dez quilômetros de altura se formam uma massa grande. Dr. Hong Kao, o senhor poderia fornecer uma exp O matemático-chefe respondeu negativamente. Só podia apresentar hip — Provavelmente a distância era muito grande, senhor. O rastreamento d sempre é uma operação difícil, e a precisão da análise depende das jazidas min existentes nas proximidades do objeto. Em minha opinião a falha no rastream ter sido conseqüência de campos de dimensões enormes, que sempre devem e cima da saída de um poço de transmissor. Assim que o receptor situado no cen em funcionamento, estes efeitos desapareceram. A dispersão resultante do de zero foi eliminada. Foi assim que obtivemos o primeiro resultado. — Concordo. Muito obrigado. Atenção, sala de rádio. Atlan confir recebimento da mensagem? — Não senhor. — Tem certeza de que a recebeu? — Certeza absoluta. A posição de Atlan é conhecida. As antenas direcio giradas exatamente em sua direção. — Volte a chamar. Faça um relato não codificado. — Acho que não adianta, senhor. No momento encontramo-nos numa área as interferências são extremamente fortes. O raio transportador supera todas hiperfreqüências. A Crest II prosseguiu em direção ao planeta. Os remanescentes da energética continuaram a ser absorvidos sem dificuldade pelos campos d
hiperimpulsos que atravessavam os mesmos não representavam nenhum p interferiam no funcionamento dos aparelhos que trabalhavam na quinta dim
4
Horror e seus três sóis formavam um sistema artificialmente criado. que normalmente não existia nem deveria existir se tornava possível neste s A distância entre o planeta relativamente imóvel e seus sóis era de novent milhões de quilômetros. As estrelas amarelas do tipo G l circulavam em tomo d mundo estranho, percorrendo uma órbita exatamente fixada, na qual não se v nenhum fenômeno de libração. Tratava-se de uma formação inconcebível, mas a mesma tinha existênc Não havia como mexer nela, segundo diziam os cientistas da supernave. Rhodan hesitara alguns minutos antes de concordar em que a nave cruzas solar. Naquele momento encontravam-se no interior do círculo fictício formad estrelas que circulavam em tomo do planeta. As tempestades energéticas eram mais fortes, mas ainda não representav qualquer perigo para a nave terrana. Os conjuntos geradores só estavam send em 3,4 por cento de sua capacidade. Só fazia alguns minutos que a nave tinha cruzado a órbita solar. As dua bis já tinham desaparecido. Se tivessem prosseguido com a potência plena de seus propulsores, j estar próximas à superfície do planeta e estariam dando início às investigaç Se mantivesse velocidade uniforme, a Crest levaria cerca de quinze minut chegar ao destino, que ficava a trezentos mil quilômetros do planeta Horror. E distância de segurança tinha sido fornecida pelo computador positrônico de b base nos dados resultantes da experiência. Durante a aproximação não aconteceu nada que indicasse a presença mais grave. A distância foi diminuindo. Horror crescia cada vez mais, até preenc campo de visão projetado na tela. Ainda não aconteceu nada. O raio do transmissor continuava a penetrar na escuridão do espaço e term sol A, cujas fortes erupções de gases também não representavam nenhum per ficava do outro lado do planeta. Quando a distância que os separava de Horror apenas três milhões de quilômetros, Rhodan começou a falar em meio a um sil já começava a tomar-se insuportável. — Há algo de podre no reino da Dinamarca! — Como? — perguntou Cart Rudo em tom de espanto. Perry fez um gesto de pouco caso. — Esqueça. A frase foi tirada de uma obra-prima da literatura históric senhor não a conhece. Coronel Kasom...! Fazia quinze minutos que o ertruso adaptado ao ambiente, ainda mais pe robusto que Cart Rudo, tinha entrado na sala de comando. O uniforme preto-a USO que estava usando mal se destacava em meio à penumbra da iluminação combate. Kasom estava com o capacete pressurizado jogado para trás. A mecha de cor de areia, que era um sinal de virilidade entre os ertrusianos, caía por cim capacete.
— Pois não... — Kasom, passamos juntos por muitas aventuras. Ainda está lembra aconteceu em Kahalo e em Roost? — Perfeitamente, senhor — disse a voz retumbante do indivíduo adaptado ambiente. Da mesma forma que Rudo e o halutense, Kasom usava um microgr que lhe proporcionava a gravitação de 3,4 gravos a que estava habituado. — Muito bem. Gostaria que respondesse a uma pergunta, ertruso. O que f chefe, o Lorde-Almirante Atlan, se estivesse na nossa situação? Prosseguiria o daqui mesmo? Kasom lançou um olhar para Mory. Seus olhos se estreitaram. Antes qu abrir a boca, Rhodan disse em tom irônico: — Não. Não quero que pense antes sobre qual é a resposta certa para evit pessoa confiada à sua presença corra perigo. Só quero que o senhor, como col Atlan e especialista da USO, me diga como agiria o arcônida se estivesse na m situação em que nos encontramos agora. Então...? — Prosseguiria, mas pararia antes do instante fixado pelo computador po de bordo. Não deveríamos aproximar-nos a menos de seiscentos mil quilômet Horror. — Obrigado. — Gostaria de dizer mais uma coisa, senhor. Já que tento explicar q comportamento de Atlan... — Diga! — Como a Crest penetrou no sistema, o lorde-almirante deixaria de lado to dúvidas. Por razões estratégicas e a bem da segurança da nave toma-se impre abrir fogo contra as quatro construções detectadas na região polar e verificar houve por lá. — O senhor é um monstro, Kasom. O gigante de 2,51 m sorriu. — De forma alguma, senhor. Neste momento estou identificado com meu comandante supremo. Por isso posso usar uma frase que o mesmo tanto gosta Você nunca aprende, troglodita. — Procure controlar-se — disse o comandante. O ertruso fitou-o com uma expressão de compaixão. Pesava 815 quilos, peso do epsalense nem chegava a meia tonelada. — Quando os homens estão falando, os anões epsalenses devem ficar ca Rudo virou-se abruptamente. Os dois gigantes entreolharam-se. Os doi patentes muito altas e obedeciam a chefes diferentes. — Obrigado; já chega — disse Rhodan, interrompendo a briga que se es Kasom fez uma mesura e saiu pisando fortemente. Cart Rudo parecia zangado. Voltou a dedicar-se aos controles. Dali a po começou a dar suas ordens. A Crest II interromperia sua viagem em alta velocidade a seiscentos mil quilômetros. Dali em diante percorreria cinco mil quilômetros por segundo n bem determinada, contornando Horror na distância de segurança que acaba recomendada. Rhodan seguiu instintivamente as recomendações de um homem que arcônida Atlan de inúmeras ações da USO, estando mais familiarizado c
qualquer outro homem. O procedimento do Administrador-Geral do Impér poderia ter sido mais sensato. ***
Muitos mistérios tinham sido esclarecidos, outros tinham aparecido. Os resultados fornecidos pelos rastreadores eram errados. Não havia nenhum ca defensivo e não se notava a presença de espaçonaves. Mas as emanações de e usinas eram tão fortes que permitiam que se tirasse cem conclusões sobre sua mesma ficava em torno de vinte milhões de megawarts. Naquela altura surgiram algumas indagações elementares. Quem fizera a transmissões na faixa de freqüência da Frota? Qual era a finalidade das quatro construções gigantescas, que antes pareciam torres de abastecimento de águ Não estavam ligadas ao suprimento de energia para o transmissor gigante. E alimentava com a energia fornecida pelos três sóis de Horror. Não encontraram nenhuma resposta aceitável. Depois da manobra de ent órbita, outra construção gigantesca foi descoberta na região polar sul. Por ali havia quatro torres grosseiras, mas nenhuma máquina estava funcionando em O rastreamento era difícil, o que levava à conclusão de que havia um campo de Compreenderam por que a presença da estação do pólo norte não fora detecta mais cedo. A Crest encontrava-se a uma distância muito grande. Não se obteve resposta à pergunta sobre a finalidade das quantidades eno energia por ali geradas, e de quem tinha transmitido sinais incompreensíveis n hiperfreqüência dos terranos. Já fazia meia hora que as duas naves fragmentárias tinham atingido o plan Box 9780 e a Box 9781 contornavam Horror numa órbita muito menor que a C comunicações de rádio com os pos-bis estavam sujeitas a interferências tão fo intercâmbio das experiências se tornou impossível. Mas Rhodan confiava na i do plasma de comando. Certamente os cérebros de comando dariam ordem pa duas naves se afastassem assim que tivessem apurado todos os detalhes. Horror aparecia em forma de disco luminoso nas telas do sistema normal televisão. Em comparação com a distância considerável, a velocidade que a C estava desenvolvendo era tão reduzida que não se poderia esperar que a nave o planeta num tempo reduzido. Rhodan fez uma ligação com a central dos hangares. O oficial de pla chefe do comando de caças da nave, Capitão Sven Henderson. — Faça sair uma sonda de reconhecimento não tripulada — ordenou Rhod Deixe a mesma passar perto da superfície, onde deverá tirar fotografias. O s da já são conhecidos. Estou interessado nas condições climáticas e nas caracterí solo. Introduza a respectiva programação no cérebro de comando. — Entendido, senhor. A sonda está sendo preparada. — Atenção, rastreamento. Estão reconhecendo as duas naves pos-bis? — De forma bastante confusa — respondeu Notame. — Só estão sendo em forma de pontos de eco. Estão a cento e cinqüenta quilômetros da super — Que leviandade — exclamou Rudo em tom indignado. — Será que eles s esqueceram de que dependemos das provisões que trazem a bordo? Se voarem dentro de uma salva, estão liquidados. — De onde poderia vir essa salva? — perguntou Rhodan. — Das dua polares?
O epsalense ficou calado. Era mais uma pergunta sem resposta. O que estaria acontecendo na superfície desse mundo? Naquele mom apresentadas as primeiras telefotografias do observatório da nave. Rhodan examinou-as atentamente. Horror era um mundo dado a extremo superfície completamente plana só de vez em quando era cortada por um pequ de água. As maiores elevações não tinham mais de doze metros de altura. De superfície desértica ou de pradaria era lisa como uma tábua, e não era interro cidades ou outros sinais de uma civilização. — Tudo vazio e desolado — informou a divisão astronômica. — Lá embaixo vê nada que tenha mais de doze metros de altura. Até mesmo as ondulações de tamanho — e realmente não passam disso — são tão raras que a gente tem de p bastante para encontrá-las. As dunas não têm mais de seis metros de altura, e Nunca vi um planeta tão uniformemente plano como Horror. — É exatamente isso — disse Rhodan com a voz cheia de pressentimentos planeta uniformemente plano. Aposto que por lá já houve uma guerra atômica tenham sido utilizadas armas que produzem um efeito idêntico ao dos transmi fictícios. Está lembrado das insinuações feitas pelo ser emocional do terceiro seres têm medo dos seres inteligentes que vivem na superfície. Há tempos ime deve ter havido uma guerra entre os diversos povos. Nesta guerra os chamado pensadores do terceiro nível foram exterminados. Mas parece que antes disso golpes pesados contra o inimigo. Até mesmo num mundo artificialmente criad permitem usar esta imagem — deveria haver montanhas, rios, ondulações no outras formações que trazem um pouco de variedade à paisagem. Não há dúvi Horror foi transportado para o espaço intergaláctico e instalado juntamente c sóis, a fim de fazer parte dor sistema de bases da corrente de transmissores. A este mundo não era assim. Lançou mais um olhar para as fotografias e entregou-as a Cart Rudo. A ten nervosa entre os tripulantes da Crest diminuiu. De vez em quando ouvia-se um espontânea. As discussões sobre as feições desoladas da superfície do planeta tiveram início. Todos concordaram em que nos últimos trinta dias haviam exag perigos. As condições reinantes nos diversos níveis do mundo oco tinham sido como padrão, e por isso acreditava-se que a superfície deveria ser o máximo d Ao que parecia, estava acontecendo justamente o contrário. Se por ali já h uma coisa que segundo a vontade original das inteligências de Andrômeda rep grau máximo de poder de destruição, esta coisa já deixara de existir. Os povos auxiliares, que no curso dos milênios tinham passado a agir segu própria vontade e conquistado um poder independente, tinham frustrado os p Horror podia ser comparado a uma bola de plástico, cujos poros superficiais e pequenos que não podiam ser distinguidos a olho nu. — As naves dos pos-bis estão mudando de rumo e começam a acelerar — in o rastreamento. — Passam muito perto da coluna energética polar. Será que enlouqueceram? — Por quê? Isto é um mundo pacato — disse Brent Huise em tom s Inclinou-se para enxergar melhor. O imediato riu. Ainda estava rindo quando houve um ataque — mas já não era uma ris soava martirizada. O ataque veio de repente — de forma totalmente inesperada! Ninguém nada, os rastreadores não detectaram coisa alguma, ninguém viu nada.
Não se notava nenhuma modificação em Horror. A coluna energética continuava a avançar pelo espaço. Nenhuma espaçonave aparecera na área, e as torres camufladas dos fo não tinham sido abertas. A Crest II continuava parada sozinha na área de manobras. Seus campos d avançavam espaço a fora, e os canos chamejantes dos diversos canhões estava apontados para as quatro construções do pólo norte. O sistema de mira autom deixava que as mesmas saíssem por um segundo que fosse dos rastreadores Apesar de tudo a desgraça desabou sobre duas mil criaturas humanas. Até que um alçapão se abrira numa fração de segundos, deixando passar uma cois e inconcebível. Rhodan ainda chegou a ver a expressão de dor no rosto do imediato atingido também pela onda de dor. Gritou. Não havia ninguém a bordo da Crest II que não estivesse gritand Bastava ver o ertruso adaptado ao ambiente, chamado Melbar Kasom. E não teria gritado por nada deste mundo, se a dor não fosse mesmo insuportáve qualquer maneira, um ertruso só começava a reagir à sensação de dor quando já estava jogado ao chão. Naquele momento até mesmo o ertruso estava berrando. De repente os in setores, postos de comando e posições de combate da nave estavam transform hospício. Rhodan teve a impressão de que agulhas incandescentes estavam penetra cada uma das suas células nervosas. Contorceu-se na poltrona, procurou algu que pudesse apoiar-se, levantou-se de um salto e acabou jogado ao chão com m mil seres humanos. Naqueles breves instantes sua única reação consistiu em mobilizar o que sua capacidade de discernimento para pensar num misericordioso estado de inconsciência. Nem mesmo um reator instantâneo como Perry Rhodan estava condições de controlar a situação, refletir sobre as causas da tortura ou pensa medidas destinadas a combater a mesma. Tudo tinha seus limites. E estes limites haviam sido atingidos. Rhodan só percebeu instintivamente o rugido de uma bateria de costado. chegou a sentir a trepidação da nave. A dor que ameaçava dilacerá-lo de dentr abafava os outros sentimentos. Apesar de tudo, a nave terrana atirou com todas as peças da bateria d setor verde. Os canhões abriram fogo por acaso. O Major Cero Wiffert não fora cap momento decisivo, calcar o botão vermelho do comando acoplado. O primeiro oficial de artilharia simplesmente tivera sorte — ou azar — de, executar um movimento convulsivo, tocar com a cabeça no comando, colocan posição em que expelia o impulso. Em virtude disso os canhões já apontados começaram a disparar. A Crest disparou uma única salva, mas a mesma foi suficiente para transfo pólo norte do planeta Horror num inferno de lava, no qual as torres gigantesca começaram a derreter e acabaram desabando, para a seguir serem arremessa afora pelo furacão atômico desencadeado pelas bombas de fusão. A bomba desenvolvera uma energia de dez gigatons de TNT, tendo sid por um canhão conversor em forma de feixe energético de velocidade super
Depois do bombardeio repentino, as armas da grande belonave terrana sil Cero Wiffert tocara uma única vez no comando de disparo. O dispositivo autom salvas ritmadas não chegara a ser tocado. Mas os homens que se encontravam a bordo da Crest II não viram, ouviram sentiram nada disso. Ficaram inconscientes dentro de cinco segundos. Nem m Melbar Kasom teve conhecimento de que sua recomendação de destruir as cú precaução acabara por ser seguida contra a vontade do comandante. Os dois mil homens que formavam a tripulação estavam completamente imobilizados. A Crest II, um produto da técnica de construção astronáutica ma avançada dos terranos, não sofreu nenhuma avaria e continuou a percorrer su tomo do planeta Horror. O sistema de rastreamento positrônico inteiramente automatizado destruição das naves dos pos-bis Box 9780 e Box 9781. No momento em que ocorreu o terrível ataque, as naves fragmentárias for atingidas por um raio de transporte vermelho-alaranjado, que saiu repentinam coluna do transmissor. A destruição tomou a forma de uma desmaterialização naves fragmentárias foram arrastadas para o sol A que as transformou como u componente insignificante de sua massa. — Box 9780 e 9781 entraram em contato com o raio de transmissão. Perda Fim da transmissão — disse a voz metálica não modulada saída dos alto-falant sistema de registro automático. A notícia não foi ouvida por ninguém. Eram 16:09 horas, tempo de bord
5 Relatório de Atlan
Este sujeito temerário arriscou — arriscou mesmo! Fiquei surpreendente calmo. Todos os sentimentos pareciam ter morrido em meu interior. A confian ilimitada que há alguns séculos depositava em Perry Rhodan acabara de sofre abalo. Apesar de tudo, tinha partido; partira em virtude de um ridículo raio de que, segundo a informação transmitida pelo rádio, fora detectado pela primei 13:24 horas, tempo de bordo. Algum tipo eufórico que há várias semanas sent tendência irresistível para entrar em atividade, manifestara a opinião de que a utilizara a faixa de freqüência da Frota terrana para uma transmissão de em Ninguém se lembrara de que as oscilações de um hipercampo altamente concentrado como o do planeta Horror atravessam as mais variadas faixas de por vezes chegam a simular mensagens de SOS mutiladas. Os homens que se encontravam na Crest eram especialistas de primeira o comportamento e a interpretação que faziam dos acontecimentos mais variad que eu os avaliara corretamente. Encontravam-se num estado de tensão psíqu Sentiram-se fortemente aliviados ao dar com a primeira pista e seguram a me uma matilha de lobos das terras frias do porte segue o rastro de uma rena. Propositadamente não se deram ao trabalho de refletir sobre aquilo que consi uma mensagem de rádio. Rhodan provavelmente fora atropelado pela inquiet insistência dos homens. Eu sabia que conhecia muito bem os terranos. E agora tinham saído a toda. Até mesmo as duas naves pos-bis receber seguir para Horror. Qual foi o motivo de tudo isso...? Provavelmente um grupo de seres des tivera a idéia de atrair a espaçonave terrana. O aparecimento do raio energético alaranjado deixara impacientes dois m especialistas descansados, muito bem treinados, com a idade média de vinte e Depois disso vieram os sinais de rádio mutilados. Por fim haviam sido detectad massas metálicas. Foi muita coisa ao mesmo tempo para que os terranos pudessem aguardar pacientemente. Queriam saber e ver o que estava acontecendo em Horror. A c partida de Rhodan não poderia ser outra senão este desejo ardente. Mas também era possível que a bordo da Crest tivessem sido desenvolvida que levaram Rhodan a abandonar a distância segura, saindo em direção ao pla conhecia os homens da Crest! Continuava a acreditar que Rhodan tinha sido t surpresa. Seu erro fora fazer o que seus homens queriam. Fazia três minutos que Icho Tolot, Miko Shenon e eu tínhamos voltad espacial. Eram 16:48 horas, tempo de bordo. De acordo com os registros automáticos, a mensagem de rádio assinad Kinsey Wholey tinha sido recebida e armazenada em fita às 14:23 horas.
Tínhamos saído do aparelho pouco antes disso, para investigar o meteorit tinha sido nada difícil atingir o objeto que se deslocava a baixa velocidade em direto e pousar no mesmo. Tinha formato irregular e os contornos aproximados de uma cunha. S era suficiente para permitir o pouso até mesmo de um supercouraçado. Em sua superfície e em vários espaços ocos existentes em seu interior des os remanescentes de uma cultura desconhecida, que devia ter chegado ao aug de anos. O meteorito era um fragmento de um planeta que estourara há tempo imemoriais. Era uma descoberta relativamente pouco importante. Os seres que tinh esculturas e ferramentas encontradas no meteorito há muito estavam morto De qualquer maneira a descoberta fizera com que demorássemos algum t Quando voltamos ao jato espacial, ainda estávamos absortos pelos acontecim ponto de não darmos muita atenção aos registros. Finalmente Shenon notara julgara necessário entrar em contato comigo pelo hiper-rádio. Fazia quase duas horas e meia que a mensagem tinha chegado. Logo, a partido há duas horas e meia, ou até antes disso. O que poderia ter acontecido nesse meio-tempo? Provavelmente Rhodan ao espaço normal nas proximidades do sistema, para tentar descobrir uma res indagações surgidas por último. Miko Shenon estava numa estranha posição contraída no assento do co-pi propulsor já estava funcionando. Shenon não poderia renegar sua ascendênci sentimentos rivalizavam em seu interior. Lamentava profundamente não esta Crest II, para participar da investigação do planeta diabólico. Estava sentado rádio, tentando entrar em contato com a Crest. Mas não captamos nada, com fortes interferências em toda a faixa de ondas ultracurtas do setor da hiper-fre Olhei para o relógio. Mais cinco minutos se tinham passado. — Vamos partir, senhor...? — perguntou Shenon. Sua mão segurava a alavanca do acelerador. — Faça o favor de aguardar! — gritei em tom irritado. — Não precisa ter ta pressa para travar conhecimento com o inferno. Rhodan pode dar-se por satis o senhor não está a bordo da Crest. Seria mais um maluco. Shenon suspirou e pegou um maço de cigarros. Provavelmente queria qu para o inferno. Eu, minha calma simulada e a ordem que o levara ao asteróide insignificante. — Não adianta — disse o halutense. Ergueu-se cautelosamente e sentou no chão com as pernas afastadas. M dois pares de braços, um deles comprido e robusto, o outro mais curto e muito musculoso, bem afastados do corpo. — Deveríamos voltar à posição anterior e tentar estabelecer contato pel Confirmei com um gesto. Naturalmente Tolot sabia tão bem quanto eu que encontraríamos a Crest na posição anterior. Mas por enquanto o mais importa aproximarmo-nos do planeta Horror. Estávamos a 9,3 anos-luz do mesmo. Decolamos. Eu mesmo pilotei o jato espacial. Deixamos para trás a test um passado irreal e fomos recolhidos pelo espaço linear. A manobra só consumiu alguns segundos. A computação positrônica cond de volta ao ponto do Universo normal em que a Crest ficara estacionada por al semanas, isso com um desvio quase imperceptível.
Desacelerei fortemente, fiz parar o jato espacial e voltei a cabeça para I Os olhos do halutense brilhavam como brasas. Imaginava o que estava ha meu interior. Minha inteligência me dissera que não encontraríamos a Crest; tivera esperança de que Rhodan ainda pudesse ter refletido no ultimo instante conclusão de que deveria suspender a operação. Miko Shenon ficou ainda mais nervoso. Fitou-me demoradamente, solto baforadas de fumo e finalmente resmungou: — Senhor, tenho a impressão de que não precisamos discutir mais o cas — Ainda bem que suas impressões costumam ser corretas. Shenon sorriu. — É meu lado forte. Pelos meus cálculos, a esta hora a Crest deve enco proximidades de Horror, transmitindo com todas as antenas. — Como...? — perguntou o halutense. Parecia não conhecer o linguajar típico dos terranos, embora tivesse es hobby a história da Humanidade. Desta vez fui eu que ri. Meu nervosismo foi passando. Estava habituado há milênios a ser sincero comigo mesmo. Perry talvez tiv motivos para não dar muita atenção aos meus pedidos e conselhos. Era possív reconhecimento desse fato fosse causa do meu mau humor. Resolvi acabar com humor o mais depressa possível e respondi no lugar de Shenon. — Transmitir com todas as antenas significa, em sua linguagem, usar uma nave de acordo com suas finalidades específicas, uma vez que o alv cuidadosamente enquadrado. Um estrondo terrível encheu a cabine. Tapei os ouvidos. Nunca ouvira o halutense rir desse jeito. A monstruosa criatura bateu palmas com as quatro mãos. Até parecia u canhão. Tivemos de esperar mais dois minutos para que se recuperasse do ace Finalmente compreendi a observação de Tolot, segundo o qual nunca se rira ta gostosamente em Halut como na fase das conquistas terranas. Se esses seres se tinham alegrado tanto com os golpes audaciosos de Rh Tolot se divertira com minha observação, eles certamente fizeram tremer as p seu mundo. Shenon fitou-me com uma expressão de perplexidade. Sacudi a cabe cautelosamente as mãos de cima dos ouvidos. — Já terminou? — perguntei em tom preocupado. — Até parecia uma trovoada — exclamou Shenon, indignado. O gigante procurou controlar-se. — Está bem. Vamos a Horror — gritou Icho Tolot. — Que mais poderia faze não ser que queira permanecer aqui mesmo com o jato espacial, para aguarda da Androtest II. Não era o que eu pretendia fazer. Miko. Shenon nosso comandante rebaixado, pôs-se a executar às pressas programação do piloto automático do vôo linear. O destino era inconfundível. frente, a algumas horas-luz de distância, brilhavam os três sóis. Pareciam vag meio da escuridão do espaço intergaláctico. Dali a dez minutos partimos. Dei ordem para que nos aproximássemos c cautela do sistema artificialmente criado. Também tínhamos detectado um
hiperenergética. Mas a coluna energética chamejante parecia mais fraca mais a intensidade a que Rhodan aludira em sua mensagem. Penetramos no semi-espaço, ficamos submetidos às leis diferentes que pr no mesmo e retomamos ao universo einsteiniano a cem milhões de quilômetro dos três sóis. A ampliação do sistema de imagem ótica funcionava com a maior precisão estrelas e o planeta em tomo do qual circulavam as mesmas preenchia totalme campo da tela de imagem. O raio do transmissor já se apagara de vez. Com isso as tempestades também desapareceram. No momento Shenon desempenhava as funções de piloto. Cuidei do ra Tolot usava seu fantástico cérebro programador para realizar cálculos. — Por que não estamos recebendo nenhum raio vetor? — perguntou algum tempo. Lancei um olhar penetrante para o gigante. Será que ele não podia aumentar meu nervosismo? Por que não ficava com a boca calada? O halutense não reagiu ao meu pedido silencioso. Seus três olhos fitaramuma expressão indiferente. O olho frontal, colocado em posição um pouco mai que os olhos das têmporas, parecia mais brilhante que os outros. — Procure entrar em contato com a Crest — pediu Tolot num surpreendentemente baixa. Tentei. Dali a dez minutos desisti. A nave não respondia. Tolot cruzou os braços de salto muito curtos sobre o peito. — Vou dar a interpretação — disse com a voz indiferente de uma máquina. tripulação não está em condições de entrar em contato conosco. A probabilida todos os transmissores tenham falhado em virtude de alguma interferência té insignificante. Temos de penetrar no sistema de Horror. Por um instante tive a impressão de que não poderia deixar de odiar o halu Será que ele tinha mesmo de formular de maneira tão clara a terrível certeza, queria classificar como simples suspeita, numa tentativa de auto-ilusão? Tolot estendeu os longos braços atuantes. As palmas das mãos estavam mim. — Comece logo, arcônida. Aconteceu uma desgraça. Penetre no sistema. Shenon reagiu imediatamente. Nem aguardou minhas ordens. Estava pálido feito cera. Meu aspecto não devia ser muito melhor. O jato espacial acelerou. Levamos dez minutos para atingir a velocidade d Shenon consumiu cinqüenta por cento de nosso combustível para manter uma tão elevada. Cruzamos a órbita dos três sóis e corremos em alta velocidade em planeta, sem que ninguém nos molestasse. Transmiti ininterruptamente em todas as faixas normais e nas hiperfaixas utilizáveis. O rastreamento de matéria não indicava nada. Isso me deixou mui Se a Crest tivesse sido derrubada, certamente teriam sobrado alguns fragmen mesma. Uma espaçonave terrana da classe Império só se atomiza totalmente consegue provocar uma explosão nuclear muito forte no interior de seu campo defensivo. E numa nave do tipo da Crest isso era praticamente impossível. — Impossível...? — observou meu cérebro suplementar com a objetivi estava acostumado. — Sabe lá com que armas eles foram atacados?
Prossiga em direção ao planeta — ordenei, dirigindo-me a Shenon. — canhão energético. — Já está preparado há muito tempo, senhor. Não há nenhuma crianç bordo — respondeu o terrano em tom agressivo. Preferi não responder. Numa situação daquelas, um homem do tipo de M seria capaz de atravessar o inferno com os pés descalços. Conheço os homens de seu tipo. Icho Tolot voltou a cantar. Estremeci. Seu corpo imenso parecia inchar de para fora. Provavelmente estava dando início ao processo de condensação mo seus grupos de células modificáveis. Dali a um minuto voltou a ficar calado. Toquei-o com o dedo. Ao tato, a pele de suas mãos parecia uma superfície fria de aço terconite. No estado em que s encontrava, só mesmo o furacão de fogo despejado por pelo menos dois canhõ seria capaz de machucar Tolot. Já vi esses seres em combate! Um deles rompe poucos metros do lugar em que me encontrava, a elevação de dois metros de e atrás da qual me abrigara com meus homens. Até parecia um projétil quebra-b Fui o único sobrevivente. O halutense nem tomou conhecimento do fogo dispa minha arma energética de fabricação arcônida. Olhei para outro lado. A modificação por que passara Tolot transformara-o monstro. Provavelmente esperava um ataque de artilharia e queria estar prep todos morressem, Icho Tolot continuaria em atividade. E ai do inimigo que cru caminho dessa máquina de guerra orgânica. A Crest ainda não estava respondendo. Já estávamos tão perto de Horror q Shenon deu início à manobra de frenagem. Nosso sistema de rastreamento va espaço e a superfície do planeta. Quando estávamos a dois mil quilômetros de Horror, entramos em órbita. notamos as destruições que tinham sido feitas junto ao pólo norte. Era um qua desolador. Não se via mais nada da calota polar. — Foi a Crest — afirmou Shenon. — Eu disse que iriam transmitir com antenas. Se houve alguma coisa lá embaixo, essa coisa foi atomizada. Contornamos Horror em alta velocidade. Quando sobrevoamos o pólo sul, detectamos a energia dispersa de uma usina estacionaria. Quatro torres gigan apareceram nas telas. Não perdi uma palavra. Dei uma pancada na alavanca do acelerador jato espacial a voltar ao espaço, acelerando ao máximo. Shenon olhou-me com uma expressão desconfiada. — Por que fez isso, senhor? — Por quê? Será que o senhor não é capaz de imaginar o que atacou R ao pólo norte? O sargento empalideceu. — O senhor... o senhor acha que por lá já houve coisa semelhante? — Exatamente. Está lembrado do canal que atravessa o planeta Horror de pólo? Se na extremidade sul do mesmo existe uma instalação deste tipo, é porq norte também houve. Cada uma delas tinha por finalidade proteger a boca do colocar os objetos transportados na rota certa. — Concordo com o senhor — disse Tolot de repente. Já suspendera o esta adensamento celular de seu corpo. — É uma explicação bastante convincent aproximar-se demais da estação do pólo sul. Procure sobrevoar somente o he
norte. Tenho a impressão de que por lá não existe nenhum perigo. A Crest enca da destruição dos conjuntos energéticos existentes lá. As mensagens de rádio continuam sem resposta? Sacudi a cabeça. Miko executou uma manobra de frenagem bastante arris deter o aparelho que se afastava em alta velocidade e voltou a aproximar-se do Sobrevoamos o pólo norte e começamos a contornar metodicamente o plan Os rastreadores funcionavam ininterruptamente. Usamos todos os rec pequeno jato espacial trazia a bordo. Os rastreadores de energia permaneceram em silêncio. Os rastreadores também não fizeram nenhuma indicação. O hiper-rádio não captava nada alé interferências. Nunca vira um mundo tão vazio e desolado como Horror. O terreno era liso uma quadra de tênis. As pequeninas elevações detectadas de vez em quando e insignificantes. Horror estava exibindo uma face que ainda não conhecíamos. horas, tempo de bordo.
6 Relatório de Perry Rhodan
Rhodan ergueu-se da poltrona anatômica, baixou a manga do uniforme, l olhar contrariado para a seringa da injeção que o robô-médico acabara de ap sacudiu-se. “Até parece um gato molhado” pensou Cart Rudo, que tinha acordado três min antes de Rhodan. Melbar Kasom estava sentado no chão, junto à cama em que estava de Esta ainda estava inconsciente. Os homens começavam a dar sinais de vida. Rhodan olhou em torno. As telas estavam apagadas. As máquinas mantin silêncio. Um silêncio mortal envolvia a Crest. Mortal...? Perry levantou e massageou as pernas. Não sentiu nenhum incômodo, c de um mal-estar que ia diminuindo rapidamente. Cart Rudo olhou fixamente para ele. O ertruso também não disse nada. P antes de mais nada tinham de encontrar-se a si mesmos e digerir o fato inconc ainda estarem vivos. Rhodan olhou para as botas. Tateou o chão com a ponta dos pés. — Nenhuma vibração — constatou. — Não há uma única máquina q funcionando. Rudo, já verificou onde estamos? — Ainda não. Achei preferível esperar que o senhor acordasse. Prov estamos à deriva no espaço, em queda livre. — O que aconteceu? — perguntou a voz retumbante de Kasom. — Com qu atacados e postos a nocaute? Que diabo! Nunca sofri uma dor como esta. Fo Fico me perguntando por que neste momento nos sentimos tão bem. Está sen senhor? — Não sinto nada. Apenas tenho um ligeiro mal-estar. — Eu também, senhor, mas depois de uma tortura destas isso não é de e ponto de vista médico, quero dizer. — Naturalmente. O senhor foi muito claro, Kasom. Minha esposa está be O ertruso fez um gesto tranqüilizador. Brent Huise, que se encontrava a se começou a levantar. Olhou em torno, espantado. Sua primeira percepção tam consistiu na constatação de que os outros se mantinham em silêncio. Rhodan passou por cima dos corpos contorcidos dos homens jogados ao c ainda estavam inconscientes. Os cronômetros elétricos estavam parados na m 16:09 horas. Foi o momento em que houve o ataque à Crest. No mesmo instan havido uma falta total de energia. Os relógios mecânicos estavam funcionando. Se estavam certos, eram 18: tempo de bordo. Quer dizer que os ocupantes da nave ficaram narcotizados po horas, aproximadamente. Rudo saiu tateante em direção à poltrona de comando. Os mostradores do estavam parados na marca zero, se bem que as chaves do controle remoto e da manual continuavam na posição “ligado”
O epsalense parou à frente do console em ferradura e examinou o teclado. aproximou-se. Os dois entreolharam-se. A respiração de Huise era pesada e ru Kasom ajudou dois homens que estavam acordando a se porem de pé. Finalmente o comandante começou a falar com a voz apagada. — Fomos atacados e postos fora de ação com uma espécie de arma narcot raios saídos da mesma atravessaram nossos campos defensivos. Tudo bem; at compreendo. Afinal, também possuímos nossas armas paralisantes. Mas o bom que atuou em nosso sistema nervoso provocou a paralisação de todas as máqu embora os controles finais não tenham mudado de posição. Para mim isso é um Senhor, não me sinto muito à vontade. Rhodan comprimiu os botões do sistema de imagem. As telas con apagadas. — As usinas de energia não estão fornecendo um miserável watt que sej constatou o imediato. — Estamos cegos como um bando de ratos recém-nascidos — acrescentou — Tentarei ativar uma unidade energética de emergência que funciona com c químico. Precisamos de energia para nossos rastreadores. Não sabemos para estamos voando. Nesse instante ouviu-se um rugido vindo bem debaixo. Rhodan aguçou os Um sorriso alegre cobriu seu rosto. Era o ruído típico dos reatores de energia q entrando em funcionamento. As luzes normais voltaram a acender-se. As luzinhas de emergência alim com baterias apagaram-se. Os controles gerais automatizados também estav funcionando. — Quem diria?! — observou Rhodan para si e moveu a chave do interco As lâmpadas verdes acenderam-se. — Sala de comando chamando unidade de comando da central de ener falando. Quem foi que teve a idéia luminosa de mover a chave de ligação? Alguém deu uma risada. A tela do intercomunicador acendeu-se. A ima muito nítida. Era o engenheiro-chefe que estava no aparelho. — O autor do feito heróico sou eu, senhor — informou o Major Hefrich. — P aqui está tudo em ordem. Os homens estão recuperando os sentidos. Quer que campos defensivos? Onde estamos? — É o que também fico me perguntando. Espere mais um pouco com defensivo. Vou...! Rhodan foi interrompido por um grito selvagem. Virou-se abruptamente O Coronel Cart Rudo estava de pé embaixo da galeria de telas panorâ começavam a iluminar-se. O grito devia ter saído de sua boca sem que ele o De repente o epsalense pôs-se a praguejar em seu dialeto. Rhodan não c tudo, mas o linguajar do coronel não era nada distinto. — Ainda acabo enlouquecendo! — gemeu o imediato e agarrou-se à br poltrona. — Fizeram-nos pousar no planeta. Quem tramou isso? E como con — Com um raio de tração — resmungou Kasom em tom contrariado. — Nã venha com essas perguntas de principiante. Seria melhor refletir um pouco pa por que de repente por aqui existem montanhas gigantescas, matas e rios tão mal se enxerga a outra margem. Pensei que a superfície de Horror fosse lisa co tábua. Não se dizia que as maiores elevações não passavam de doze metros? E Olhe só!
Rudo ainda estava praguejando. O objeto de sua raiva eram os habitantes superfície do planeta escavado, que ainda não tinham sido descobertos e havi os rastreadores da Crest, levando os mesmos a registrar uma coisa que não Rhodan preferiu não fazer a observação que trazia na ponta da língua. Nã demorara a recuperar-se do espanto. A Crest II estava intacta no interior de u enorme, cercado de todos os lados por cadeias de montanhas muito altas. Parecia que havia uma passagem para o lado do oeste, onde havia um cort profundo entre as gigantescas montanhas. O vale propriamente dito, que era aproximadamente circular, tinha cerca de cinqüenta quilômetros de diâmet Grande parte da área do mesmo era ocupada por um lago de cerca de vint quilômetros de comprimento por dez de largura. Este lago era alimentado por enorme, que se precipitava numa queda de água ruidosa vinda dos flancos nor montanhas, para ao sul voltar a precipitar-se para baixo. O céu que cobria a estranha paisagem era de um preto-azulado sombri três sóis pareciam chamejantes olhos divinos. Rhodan não deu atenção às perguntas formuladas pelos homens. E não in discussões ruidosas que começaram a ser travadas em todos os cantos da sala comando. A pergunta de como o supercouraçado mais moderno da Frota terrana for neste vale que se estendia entre as montanhas continuava sem resposta. Nenh mesma parecia ter sido avariada. Os geradores funcionavam perfeitamente, e verdes das unidades propulsoras também se acenderam. Era uma situação enlouquecedora. A paisagem que se estendia junto à nave era bucólica, coberta por densas grandes arbustos. Nos lugares em que as árvores não conseguiam medrar est savanas onduladas, onde o capim crescia vigorosamente, o que era um sinal d superfície de Horror se podia viver muito bem. As camadas de oxigênio que envolviam o planeta eram perfeitamente resp temperatura ficava em torno de trinta graus centígrados, e a gravitação de 1,0 agradável. Rhodan sacudiu a cabeça. Quando finalmente se afastou das telas, os trabalhos já haviam retoma normal a bordo da Crest. Ainda se discutia, mas as pessoas estavam bem ma Cart Rudo dera ordem para que se entrasse imediatamente em prontidão O supercouraçado era uma fortaleza fortemente armada, em cujo interior dois esperavam um ataque. O Dr. Spencer Holfing, um homem colérico que desempenhava as funçõ físico-chefe, entrou na sala de comando. Parecia muito nervoso. Estava com vermelho. — Que descaramento — gritou para Rhodan. — Onde já se viu? Fomos vergonhosamente enganados. Os resultados do rastreamento não apresentam falha. Mandei fazer uma revisão dos mesmos. Horror parecia liso feito uma tá é que a fotografia ótica, a radiogoniometria e os rastreadores energéticos de a velocidade puderam ser iludidos dessa forma? Há um grande mistério nisso — Pois para mim o mistério é ainda maior, doutor. Fico me perguntando co meios fomos agarrados e colocados na superfície de maneira tão suave que ne coluna de apoio chegou sequer a apresentar uma rachadura. A propósito. Que colunas de apoio? O silêncio passou a reinar na sala de comando. Rhodan deu uma risada
— É tudo mistério. Quer dizer alguma coisa, Huise? — Quero, sim senhor. Alguns técnicos afirmam que antes de ficar inc notaram que os propulsores e as unidades geradoras pararam de trabalhar. — É de supor que seja isso mesmo — disse Perry em tom contrariado. — Sem dúvida, senhor. Mas isso nos leva a concluir que não fomos atacado somente com raios narcotizantes. Certamente fomos envolvidos simultaneam campo de absorção de energia, que retirou um volume tão grande de energia d máquinas que o comando automático desligou tudo. — Acontece que ainda chegamos a disparar uma bateria de costado, destr usinas de energia junto ao pólo norte, conforme informa o Major Wiffert. O me com a testa no comando. — Isso deve ter acontecido em uma fração de segundo antes do momento máquinas pararam, senhor — insistiu o imediato. — Além disso os canhões pos próprio suprimento de energia. Não dependiam da corrente fornecida pelas u geradoras. Huise começou à falar em tom hesitante. — A estação polar deve ter-nos trazido à superfície com um raio de traç — Será mesmo? Naquele momento estava se derretendo sob o fogo das ba térmicas do setor verde e acabou sendo atomizada por uma bomba de convers não conheci nenhum forte cósmico que funcione nestas condições. E no caso a coisa funcionou perfeitamente, senão não estaríamos aqui. Huise resolveu ficar calado. — Não conseguimos nenhum resultado claro — constatou. — Mas não há n dúvida de que alguma coisa nos fez descer do espaço e nos colocou suavement As colunas de apoio foram retiradas pelo dispositivo automático de emergênci alimentado por pilhas, assim que a nave atingiu a distância de contato. Até aí t O dispositivo reagiu quando a nave se encontrava a dez quilômetros de altura. Deveríamos procurar descobrir onde fica o forte cósmico que dispõe dos proje raios de tração. Na opinião de nossa matelógica, não é possível que também fiq pólo. Devemos ter sido atacados por pelo menos duas unidades armadas distin potência do raio de tração foi enorme. Estávamos a seiscentos mil quilômetros É bem verdade que as máquinas da Crest não estavam funcionando. Por isso a transformou-se numa vítima indefesa, fácil de dominar. Em primeiro lugar a tr foi posta fora de ação, depois a energia da nave foi sugada até que os dispositiv automáticos de proteção contra a sobrecarga desligaram tudo e só depois nos descer. A única coisa que teve de ser feita foi anular o movimento da nave e con massa da mesma. Nestas condições não se pode excluir a possibilidade da atua campo de tração de grande alcance. Rhodan acenou com a cabeça. Parecia pensativo. Não disse nada, nem me quando o comandante, que estava cada vez mais nervoso, deu ordem de ativa defensivos. A vegetação em torno da nave pegou fogo e foi carbonizada. Os campos de possuíam três estágios e eram tão concentrados que só se estendiam numa dis mil metros. — Assim me sinto bem melhor — resmungou o epsalense. — Como os acontecimentos já foram razoavelmente explicados, quero saber como fizeram a imagem ilusória da superfície lisa do planeta.
Hong Kao não tinha nenhuma explicação. No fundo a questão não era mes importante. Em Horror já haviam encontrado tantas coisas desconhecidas, qu a pena quebrar a cabeça por causa de um jogo de luzes relativamente inofensi importava era somente o fato de que a tripulação estava perfeitamente recupe nave continuava em boas condições. — Provavelmente queriam atrair-nos para cá — conjeturou Mory. — Algué pensou que acreditaríamos que não havia vida na superfície aplainada, e que d a mesma não ofereceria nenhum perigo. Realmente acreditávamos que por aq havido uma guerra atômica. Será que o motivo da alucinação foi este? — É possível — confirmou Rhodan. — Ninguém sabe em que sentido se desenvolveu o raciocínio dos desconhecidos. Parece que é tudo muito bom — b demais — acrescentou com um sorriso forçado. Melbar Kasom ficou com os olhos semicerrados. Holffing prendeu a r Rhodan voltou a olhar para as telas. — Coronel Rudo, mande preparar a nave para a decolagem. Há algo de err aqui. Eu sinto. Por que não nos destruíram? Por que nos obrigaram a pousar? Q até onde conseguimos chegar. Preparar. Os homens ocuparam seus postos de manobra. Os reatores de energia rug momento em que os propulsores entraram em funcionamento, Rhodan fechou pressurizado. A tripulação da Crest II estava preparada. Rudo transmitiu a ordem de decolar pelo rádio-capacete. O ruído d energéticos dos jatos-propulsores tornou-se ainda mais forte. Rhodan esperou que a nave se levantasse do chão. Mas a Crest não saiu Rudo girou a poltrona. Com uma expressão de perplexidade examinou seu controles remotos, que estavam sincronizados com os principais instrumento comando. Os propulsores da nave estavam trabalhando com um empuxo de de equivalente a trezentos mil megaponds. Os neutralizadores gravitacionais eli gravitação que atingia o corpo, e que era de apenas 1,01 gravos. Dessa forma empuxo deveria ser mais que suficiente para movimentar a massa da nave, fos fosse a direção. Mas a Crest continuou no mesmo lugar, como se nada tivesse acontecid — Isto... isto é...! — gaguejou Rudo. — Aumentar o empuxo. Suba para quinhentos mil megaponds — ordeno Os propulsores trovejaram. Hefrich foi aumentando a força de empuxo, potência máxima. Mas a Crest não queria sair do chão. — Coronel Rudo, mande suspender a prontidão para a decolagem — Rhodan. — A propósito. O senhor já fez um controle dos campos defensivos Rudo voltou a girar a poltrona. — Droga! — Pare de xingar. Isso não adianta. Os campos defensivos desapareceram mesmo? Hefrich, desligue os geradores. Só servem para alimentar um sangr desconhecido. Perry abriu o capacete e levantou-se. Os cientistas entraram na sala de Pelas 19:00 horas, tempo de bordo, não havia mais nenhuma dúvida de q hipertransmissores da nave, que trabalhavam a velocidade superior à da luz tinham falhado. A energia da Crest estava sendo sugada por um mecanismo desconhecido.
Às 19:20 horas Rhodan deu ordem para preparar o transmissor normal. T comandos chefiados pelos Capitães Nomo Kagato, Don Redhorse e Sven Hend receberam instruções especiais. Não havia como fazer sair os carros voadores, já que as rampas ene estavam funcionando. Era o primeiro sinal da verdadeira extensão da catástrofe, pois as r funcionavam com hiperenergia. — Atenção, sala de rádio. Orientem as antenas direcionais para o setor em ficamos estacionados durante algumas semanas. Transmita com a potência m onda ultracurta que se desloca à velocidade da luz, aproveitando enquanto ain energia — disse Rhodan, falando para dentro do dispositivo de transmissão de Parecia perfeitamente controlado. Só aqueles que o conheciam muito b que sua alma estava em revolta. — Procure entrar em contato com Atlan — prosseguiu Rhodan. — Continu tentando sempre. Provavelmente já se deslocou em direção ao planeta. Talvez encontre no interior do sistema. Comece logo. Kinsey Wholey manipulou os comandos. A aparelhagem automática da sa rádio entrou em funcionamento. A usina número um forneceu vinte mil quilow transmissores. Os campos de força tubulares dos condutores sem fio emitiram luminosidade muito forte. Kinsey Wholey começou a transmitir. Nem tentou a radiofonia. Em compa com as distâncias intergalácticas, a potência do transmissor era bastante redu disso os impulsos eram lentos, transmitindo-se apenas à velocidade da luz. Depois de dez minutos Wholey desligou as antenas direcionais e passou a antenas normais. Caso Atlan já se encontrasse no sistema de Horror o único m alcançá-lo seria um feixe de raios em leque. O tempo foi passando. Os gigantescos reatores da usina continuavam a fo quantidades suficientes de energia. Não se notava nenhuma queda de potênci não deixaria de ocorrer. Ao que parecia, por enquanto a mesma só tinha atingi geradores menores. O Major Jury Sedenko tentou fazer sair uma grande nave auxiliar do tipo inútil. Os propulsores da mesma também não geraram nenhuma energia. Constatou-se que a causa estava nos conversores, em cujo interior a energ gerada pelos reatores que alimentavam o sistema de propulsão era convertida impulsos fortemente concentrados. Os conversores funcionavam em base hip Às 20:00 horas, tempo de bordo, Rhodan deu ordem para suspender as ma saída da nave-girino. A usina geradora I foi a única que continuou em funciona Kinsey Wholey precisava de energia — muita energia! Descobrira um minuto potência de saída era tão reduzida que até parecia que a energia com que era transmissor não era de vinte mil quilowatts, mas somente de dez watts. Não h de que a energia do transmissor era sugada no momento em que entrava na Nem por isso Rhodan perdeu a calma. Só se tornou mais pálido. Chegava os homens. Seus lábios pareciam um traço incolor em meio a um rosto transfo máscara. O administrador geral nunca tivera tanta consciência de que fizera injustiça a Atlan. Era claro que em hipótese alguma deveria ter-se deixado levar a entra de Horror.
— Continue a transmitir — ordenou Rhodan. — O senhor ainda dispõe de potência de saída de dez watts. Para um receptor de grande sensibilidade ain No início da era espacial da Humanidade a potência da aparelhagem que gua nossas sondas exploradoras não era maior. E resolveu. Não pare de transmiti espacial de Atlan está equipado com as versões mais avançadas da aparelhag Transmita! Vivia dizendo que a sala de rádio deveria continuar a transmitir. En esperança de que o arcônida já tinha chegado ao sistema e dado início às b Mory Rhodan-Abro aproximou-se do marido e colocou a mão sobre seu b — Ele virá — afirmou Mory com a maior tranqüilidade. — Dirá cobras e lag de você e o chamará de idiota, mas virá. Você nunca teve um amigo mais leal q Mas quando ele vier — você acha que isso resolverá alguma coisa? Será que u pequena como a dele não será derrubada ou obrigada a descer? Rhodan sentiu os olhares ardentes dos homens. Fazia uma hora que a perg sido formulada, e ninguém havia dado uma resposta. Será que isso resolveria coisa? — Não poderá ser atacado; providenciamos para que isso não acontec respondeu Rhodan num tom um pouco mais violento do que estava acostumad acredito que exista mais uma posição de artilharia no pólo norte. Tudo partiu d torres gigantescas. Atlan verá os sinais de nossos tiros e saberá tirar suas con Além disso o halutense está a bordo de sua nave. Se existe alguém capaz de de que a hiperaparelhagem não funciona mais e o suprimento de energia está dim ele. A ciência halutense atingiu um nível muito mais alto que a nossa. Icho To coisas de que nem desconfiamos. Se Atlan pousar ao nosso lado com uma nave condições de decolar e o halutense comparecer a bordo, para mim basta. De pegaremos o jato espacial e examinaremos a superfície do planeta. — Ao contrário do que aconteceu conosco, as duas naves pos-bis foram de — observou Cart Rudo. — Os registros automáticos são muito claros. E se a na Atlan também for destruída? — Já lhe expliquei que no pólo norte não existe mais nada com que os desconhecidos possam atacar um jato espacial de alta velocidade. Devemos i Wiffert. O Dr. Hong Kao lembrou os quatro edifícios construídos junto ao pólo tinham sido localizados antes do ataque. Rhodan fez um gesto de pouco cas — Não cometa o erro de subestimar o arcônida! Ele terá o cuidado de não perto demais dessa estação. Quando vir a calota polar norte derretida — e não nem um pouco em vê-la! — compreenderá imediatamente que essas torres são Nem pensará em voar além da linha do Equador. Segundo os cálculos dos astr fomos obrigados a pousar na altura do círculo polar. Talvez até tenha sido algu mais ao norte. Atlan examinará de preferência a área bombardeada. Certame acreditará que fomos atingidos. Sairá à nossa procura. Além disso estamos us transmissores. A potência é bastante reduzida, mas ele não deixará de ouvi Cart Rudo confirmou com um gesto hesitante e lembrou-se de que uma na tamanho da Crest certamente não deixaria de ser vista. Mas deixou de conside dado importante. Eles mesmos tinham sido enganados sobre as verdadeiras c da superfície do planeta.
7 Relatório de Atlan
— Estão vivos, senhor! Estão vivos! — disse Miko Shenon com a voz firm — Terei muito prazer em aceitar sua afirmativa, Miko — respondi. — É bem verdade que minha inteligência me diz de forma bem clara que nesse caso já d ter detectado a Crest. Um objeto gigantesco como este, que além do mais emi geradas em seu interior, não deixaria de ser notado numa pradaria plana. Nem radares rudimentares do século vinte falhariam num caso destes. Miko, eu. — Estão vivos! — interrompeu o ex-major. Icho Tolot tomou a palavra. Não podia fazer muita coisa na carlinga da nav Os braços, ombros e pernas atrapalhavam constantemente. Por isso cuidava d interpretação matemática dos dados, que já nos fora muito útil. Já dividira o planeta de 13.812 quilômetros de diâmetro em graus de longi latitude. Um ponto característico da região polar tinha sido escolhido como po referência do meridiano zero. Uma vez feita essa classificação geográfica, Tolot fizera a determinação d quadrados abrangidos pelas operações de busca, que tinham um tamanho tal ser abrangidos com a vista a setenta quilômetros de altura. Contornamos o planeta Horror várias vezes, guiando-nos por suas indicaç Começamos no pólo norte, que tinha sido destruído. As órbitas tornavam-se ca mais amplas. Já nos encontrávamos na altura do círculo polar, mas ainda não s menor sinal do supercouraçado. Shenon pilotava o aparelho, que na linha do eixo principal media trinta e metros de diâmetro. Era bastante pequena para ser manobrada com uma fa extraordinária. Cuidei do rastreamento e do rádio. Por enquanto não tínhamos recebido sinal que pudesse ser identificado como um raio vetor ou até um pedido de s inteligível. Horror era um mundo tão liso que parecia ter sido lixado. Na melhor d haveria microrganismos, musgos e liquens em sua superfície. Ainda não me arriscara a pousar na superfície. Além do mais, isso seria inú Depois de termos dado nove voltas em torno do planeta, fiz um avanço ligeiro espaço, para fazer mais uma tentativa de descobrir alguma coisa sobre o para Crest. Mais uma vez os rastreadores de energia e de massa não deram qual Voltei à altitude correspondente à órbita recomendada por Tolot, que era quilômetros. A distância que nos separava da superfície era suficientemente p que pudéssemos detectar perfeitamente qualquer objeto metálico de dez met diâmetro. E o diâmetro da Crest era de mil e quinhentos metros. Devia sobressair bastante sobre as ondulações chatas que em Horror ocu lugar das montanhas. As planícies extensas eram tão lisas que até mesmo com binóculo de grande alcance se poderia distinguir uma simples nave-girino. Apesar de tudo não encontramos nada. Minha desconfiança tinha sua Miko Shenon agarrava-se a uma esperança vã, à qual eu mesmo gostaria de
Tolot mantinha-se num silêncio obstinado. Em minha opinião já devia ter a matematicamente a destruição da nave. Não queria falar sobre isso, para evit ficássemos ainda mais desesperados. Era um ótimo sujeito, embora tivesse o a um monstro. Tolot parecia sentir o desespero que dominava minha mente. Os ombros d tremiam. Sabia que o terreno robusto e arrojado estava chorando. Nem ele me acreditava naquilo que se obstinava em afirmar. Ninguém seria capaz de percorrer os quadrados fixados para fins de busc mesma precisão de Shenon. Preferia voltar atrás dez vezes a deixar de observ atentamente uma jazida mineral encontrada por acaso. Talvez tivesse esperan encontrar pelo menos um pedaço da nave. Nossa discussão já tinha chegado ao fim. Não havia muita coisa para se Lembrei-me dos mutantes que Rhodan havia colocado a bordo de sua nave estivessem vivos, Gucky entraria em contato comigo. Eu mesmo não possuía q dom telepático, mas graças ao meu cérebro suplementar percebia quando um procurava atingir-me. Gucky conhecia minha freqüência individual. Por que n chamava. Um impulso seria suficiente. Qualquer coisa que remexesse, mesmo setor lógico de minha mente, despertaria minha atenção. Mas não aconteceu absolutamente nada. Não era possível que meus a estivessem vivos. Shenon prosseguiu inabalavelmente no seu vôo. A velocidade era relativa elevada, mas isso não tinha importância. Os rastreadores do jato espacial eram sensibilidade, e por isso tinham capacidade de detectar um objeto metálico, m nave desenvolvesse metade da velocidade da luz. Shenon seguiu o rumo do círculo polar. O pólo já tinha ficado atrás do visual. Mais uma vez tinha-se a impressão de que a terra plana e desolada se dese embaixo de nós. As superfícies cobertas de musgos verdes lembravam gramad aparados. De vez em quando via-se uma formação de dunas, outras vezes uma água e raramente um pequeno lago de um quilômetro quadrado no máximo. R tratava-se de um mundo semelhante a uma bola de plástico lisa. As máquinas de nossa nave-disco estavam funcionando perfeitamente. Ne falha se tinha verificado. Se já houvera algum perigo em Horror, este tinha sid eliminado com a destruição da estação do pólo norte. Ao que parecia, a Crest v no último instante por ter sido destruída. — O senhor não poderá deixar de sobrevoar o hemisfério sul e vasculhá-lo sistematicamente — disse o haluten-se. — Se partirmos do pressuposto de que derrubada ou sofreu avarias graves que a obrigaram a pousar, não haverá out alternativa. Terá de ignorar o perigo que nos ameaça da parte da estação d — É claro que o hemisfério sul não deixará de ser vasculhado — disse tom exaltado. — Tem alguma objeção? Olhou fixamente para mim. Seus olhos pareciam úmidos e encoberto profundamente. — Vocês são uns idiotas. Isto mesmo, os dois, inclusive o senhor, Tolot! C que um cientista com a sua competência pode aconselhar que assumamos um desnecessário? — Desnecessário como? — gritou Miko fora de si, com o rosto desfig Nunca me rebelei contra as ordens de um superior, mas se o senhor...
— Cale a boca e não me venha com ameaças — adverti. — Já enfrentei hom mais fortes que o senhor. Não permitirei que leve nossa nave para a desgraça. atingirmos a altura do Equador ainda não tivermos encontrado a Crest, muda rumo, ficaremos a uma distância segura e examinaremos o hemisfério sul a pa espaço. E isso seria mais que suficiente. Um objeto de aço desse tamanho pod perfeitamente detectado a meio quilômetro de distância. — E se... se no sul só houver alguns fragmentos pequenos? — Nesse caso — disse — de qualquer maneira não poderemos fazer mais n eles. Miko, o senhor é um oficial espacial! Deveria saber o que sobra da tripula quando uma nave é reduzida a escombros. Faremos tudo que é humanamente Não desistirei enquanto não tivermos vasculhado minuciosamente todo o hem norte. Por aqui não há mais nenhum perigo. Mas quando atingirmos a linha do voltaremos atrás. Se dois mil homens morreram, isso basta. O senhor acha qu raciocínio é correto, halutense? — Acho que é muito correto — do ponto de vista matemático. Mas do vista emocional não o aceito. — Há mais uma coisa — expliquei. — Quando a Androtest II aparecer, dev estar por perto. Estou habituado a enxergar mais longe no futuro que certas o pessoas. O que está em jogo é o destino da Humanidade e defrontamo-nos com inimigo que ainda não conhecemos. É necessário que sobre alguém para prev Androtest II. Droga! Procurem compreender! Acham que meu coração não es sangrando? Lutei para não perder o autocontrole. Shenon manteve-se num silêncio enquanto Tolot me fitava com seus olhos ardentes. — Procurem compreender meus motivos — pedi em tom deprimido. — E — O rastreamento! — berrou Shenon com um volume de voz que me fez Fique de olho nos seus rastreadores! Há alguma coisa. Girei a poltrona. Realmente! Um pontinho aparecera na tela de ecos d de massa. Deslocava-se rapidamente para o oeste. Antes que tivesse tempo de explicar a Shenon que este objeto não poderia Crest, o mesmo fez o jato espacial descrever uma curva fechada enquanto seu propulsores rugiram. Subiu quase na vertical, afastou-se usando a potência máxima dos pr tomou o rumo oeste. Não o repreendi. Forneci a rota exata, indicada pelos r Dali a instantes o propulsor da nave-disco voltou a uivar. Shenon freou tão fortemente que até parecia que tinha que desviar-se do fogo de artilharia de u naves. Finalmente o jato espacial imobilizou-se. O pequeno fragmento de met continuava a projetar um ponto verde no rastreador de eco. Inclinei-me para a frente e olhei pelas placas transparentes da carlinga. C carregadas de partículas azuis saíam da protuberância circular da nave. As m mantinham suspenso o veículo espacial. Compreendi o pedido que não chegou a ser pronunciado. Icho Tolot ergue suficiente para que seu crânio semi-esférico, que na altura dos ombros tinha o centímetros de diâmetro, tocasse os tubos do equipamento de climatização. S que eram do tamanho de um punho humano, fitavam a tela. — Hum...! — resmungou. Shenon logo voltou a ficar histérico.
— Se finalmente resolveu pousar para verificar o que há lá embaix então... Sacudiu os punhos e engoliu o resto da frase. Olhei-o com uma expressã — Está bem, sargento. Pouse junto ao grupo de colinas. Temos tempo, n Tolot deu uma risada forçada, girou a poltrona e fez mergulhar o aparelho interrompeu o mergulho quando o jato espacial já se encontrava mil metros ac superfície e o fez descer suavemente. Fiz sair as colunas de apoio. Pousamos numa planície extensa. A algumas de metros do lugar em que nos encontrávamos a paisagem plana era interrom grupo de dunas. As ondulações ocupavam uma área ampla e possuíam reentrâ íngremes. Shenon teve bastante bom-senso para não pousar entre os montes d Olhei para as elevações. Faz bem aos olhos ver uma coisa diferente das pla sem fim. Mas as dunas não chegavam a formar propriamente um grupo de coli elevações maiores não subiam a mais de doze metros. De vez em quando via-se de água. A análise automática da camada atmosférica que envolvia o planeta já for concluída. Possuía um teor de oxigênio bastante elevado e era perfeitamente Na região em que nos encontrávamos a temperatura era de aproximadamente centígrados. Poderíamos dispensar os trajes espaciais; os trajes de combate s suficientes. Icho Tolot examinou a gigantesca arma múltipla que segurava na mão. E tamanho de um pequeno canhão energético de fabricação terrana. Tolot lidav arma com a facilidade de quem carrega uma pequena pistola. A arma era de um modelo que ainda não conhecíamos. Desempenhava as de desintegrador de moléculas, funcionava em base puramente térmica e fina desempenhava as funções de detonador nuclear a distância. Era a característ formidável da mesma. Tolot afirmara que com ela poderia desencadear o proc desintegração nuclear em qualquer elemento, até o número atômico noventa forma praticamente possuía um emissor de raios de estímulo para a desintegr átomos. O halutense foi o primeiro a sair do jato espacial. Ajudei-o a passar pela ec dos cintos que passavam sobre seus ombros prendeu-se nas barras da fechadu Desprendi o cinto, que tinha cinqüenta centímetros de largura, e constatei qu possuía grandes bolsos internos. O traje de combate de Tolot parecia rechead de ataque e defesa. Certa vez atirei com uma potente arma energética em seu defensivo individual. Tolot limitou-se a dar uma risada. Seu corpo de 3,50 m de nem sequer chegou a balançar. Naquele momento senti-me satisfeito porque ele estava conosco. Miko Shenon recusou-se obstinadamente a permanecer na nave par guarda. Não podia e nem queria obrigá-lo a isso. Finalmente vimo-nos no solo da pradaria desse mundo medonho. chamejavam lá no alto. Era pouco depois das 21:30 horas, tempo de bordo. Uma vegetação espessa cobria o terreno. Tratava-se de tapetes verdes e á miniatura de um tipo que eu nunca tinha visto. Tolot deu alguns passos e as ma estalaram embaixo de seus pés enormes. Depois de algum tempo apoiou o corpo nas pernas de salto, que eram m — Quer subir nas minhas costas? — sugeriu.
Não aceitei a oferta. Poderíamos perfeitamente andar a distância que nos das dunas, que era de apenas algumas centenas de metros. Depois de termos parados por tanto tempo, andar nos faria muito bem. Shenon colocou uma arma energética pesada sobre o ombro. Eu mesmo s com uma arma presa ao cinto. Não esperava nenhum ataque. Tudo parecia va abandonado. De repente Icho Tolot saiu em disparada. Seus pés e mãos de caminhar tamborilavam o solo num ritmo estranho. Desapareceu em alta velocidade a ondulações. Antes que atingíssemos a primeira elevação; Halut apareceu do o Contornara as dunas. — Não há perigo — informou. — As dunas têm cerca de três quilômetros d comprimento, apresentam uma curvatura em meia-lua e em nenhum lugar su excede doze metros. Não querem mesmo que eu os carregue? Parecem can Voltei a recusar e pus-me a escalar a primeira colina. Tinha menos de cinc de altura e sua estrutura era fina e quebradiça, dando a impressão de que se tr monte de cascalho. Não se via sinal do fragmento que havíamos detectado n Fixamos a direção e saltamos da elevação. Desta vez meus pés e os também produziram uma série de estalos e rangidos. Abaixei-me e apalpei os talos de capim. Eram firmes como madeira, apres se muito entrelaçados e por vezes formavam um tapete tão denso que afundam tornozelos. Fios de água insignificantes pareciam proporcionar a irrigação. Miko Shenon examinou as indicações de seu rastreador portátil. Olh sargento e o mesmo sacudiu a cabeça. — Nada, senhor. Se fui um pouco violento, peço desc... Fiz um gesto de pouco caso. Shenon mostrou um sorriso embaraçado e ap para uma depressão que ficava entre duas dunas mais elevadas, que até poder consideradas colinas. — A depressão com o fragmento deve ficar lá atrás, senhor. Não pre andar muito. Olhei para trás. Tolot estava correndo por uma encosta e parou no pon da elevação. Não fez o menor movimento. Olhava fixamente para baixo. — Será que ele descobriu alguma coisa? — cochichou Shenon, nervoso. Tive a impressão de que estava com medo de falar mais alto. — Logo veremos. Venha comigo. Miko pendurou o rastreador sobre o ombro e pegou um maço de cigarr — O senhor não poderia deixar disso? — perguntei em tom irritado. — São meus nervos, senhor. Não faça caso, por favor. Prosseguimos. Eram 22:30 horas, tempo padrão do planeta Terra. Em H escurecia. Era por causa dos três sóis. Shenon aspirava nervosamente a fumaça de seu cigarro. Com a pesada ar energética apoiada na curva do cotovelo, foi caminhando em direção à depres entre duas colinas.
8 Relatório de Perry Rhodan
Não era mais possível estabelecer contato radiofônico por meio dos apare portáteis. Estavam falhando. Os rádios de pulso, ainda menores, que só funcio uma potência de 0,1 a 0,5 watts, já tinham ficado inutilizados a partir das 20:3 Naquele momento saíram os três comandos de reconhecimento, coman Capitães Kagato, Redhorse e Henderson. Pouco depois partiu um grupo formado por Rhodan, Melbar Kasom, Ivã Go o mutante de duas cabeças, e mais vinte especialistas, para investigar o setor grande vale. Os carros voadores não estavam em condições de uso. Os aviões da série F que se encontravam na nave ainda não tinham sido preparados para decolar. P Rhodan não fazia nenhuma questão de que o amigo se por acaso aparecesse ti conhecimento logo dos recursos de que dispunha o supercouraçado. Fazia duas horas que os quatro grupos tinham saído. O terreno no interior era fácil de ser percorrido. O único obstáculo eram as matas fechadas, interro constantemente por pradarias cheias de colinas. Don Redhorse, um terrano pertencente ao povo dos índios cheienes, tinha mais que os outros. Acabara de avistar as montanhas do sudoeste e estava inic escalada das mesmas. Redhorse refletiu durante uma hora para descobrir o que estava faltando selvagem e romântico que se abria diante dele. Até parecia que estava na Te mais acidentado das Montanhas Rochosas ou no Himalaia. As montanhas gigantescas erguiam-se a perder de vista diante dos ho havia de falso no quadro? Havia algo de falso que só se percebia no subcon Redhorse descobriu quando seu grupo de vinte homens atingiu o cume montanha. As montanhas, que se erguiam a doze quilômetros de altura, não estavam de neve! Don não se recordava de já ter visto no planeta Terra uma montanha seis mil metros de altura cujo topo não estivesse coberto de neve. — Que paisagem maldita — disse o oficial de estatura alta para si. — maldita. Há algo de errado por aqui. Os membros de seu comando entreolharam-se com uma express Naturalmente havia algo de errado. O Capitão Redhorse passou a mão pelo cabelo encharcado de suor e volto o rádio portátil. Não adiantava. O contato com os outros grupos fora interrom definitivamente. Don Redhorse, o mais arrojado entre os chefes de comando da Crest que recebido um treinamento especial, atirou o aparelho para um sargento e sen rocha. — Vamos fazer uma pausa — disse. — Deleitem-se com a visão de nossa nave e comam alguma coisa. Apontou para a planície extensa que se estendia lá embaixo, onde esta nave esférica de mil e quinhentos metros de diâmetro chamada Crest. R
havia afastado oito quilômetros da mesma. Certamente os outros grupos tamb tinham chegado mais longe. À medida que a gente se aproximava das montanh terreno tornava-se mais difícil. Redhorse acionou o contato de aquecimento de uma conserva automática que a tampa saltasse. Neste instante teve a impressão de assistir à erupção de vulcões além das montanhas. Redhorse pôs-se a escutar. O rugido transformou-se num trovejar rítmico avalanches de pedra precipitaram-se para baixo. Redhorse colocou a lata de c cautelosamente no chão e pegou a arma. Seu rosto bronzeado continuou im O chão tremeu. Novas avalanches de pedra desceram para o vale. Até deste mundo. Don Redhorse colocou a arma sobre o joelho e levantou a conserva colocado no chão. Franziu a testa e examinou o rótulo. — Feijão com presunto e massa de macarrão, made on Terra — leu. — É u delícia. Quem sabe para que as calorias ainda poderão ser-nos úteis. Sargento pegue seu lança-foguetes e atire um projétil atômico contra essa rocha que fic metros de distância e tem o formato de um gato sentado. Está vendo...? Então que está esperando? Sougrin pegou o tubo lança-foguetes, empurrou um fogu miniatura na abertura traseira do mesmo, deitou no chão e fez pontaria. O projétil saiu produzindo um chiado. Quando atingiu a rocha, os homens tinham abrigado. O capitão era o único que continuava sentado em sua pedra, a conserva. Sougrin levantou praguejando. Fitou a rocha com um olhar de perplexidad impacto do foguete miniatura levantara uma nuvem de ciscos e ricocheteara, fortemente. Não houve nenhuma explosão. O rosto de Redhorse continuou impassível. Prendeu a lata entre os joelho a colher na mão esquerda e com a direita pegou a arma energética. Puxou o g olhar. Um raio energético muito luminoso saiu do cano. Redhorse pigarreou, torno e começou a falar em tom indiferente. — Ora vejam! Está funcionando. O senhor teve sorte de eu ter atirado Sougrin. Pretendia apontar a arma para o senhor. Vinte homens sorriram. Don Redhorse não se abalava com nada. — Este sujeito tem nervos de búfalo — disse Sougrin em tom contrariad ouviu, Samy? O cabo Tchinta, que era um homem de aspecto fleumático com as orelh olhou de lado para o ventre um pouco saliente de Sougrin. — Bem, depende de como se queira encarar a coisa — disse. — Talvez quis tirar um pouco da sua gordura. Hum... parece que está havendo muitas erupç vulcânicas. Há quinze minutos alguma coisa voou por cima de nós. Sougrin ficou com os olhos semicerrados e piscou para os sóis. — O que foi? — Não faço a menor idéia. Passou atrás das montanhas. O que é que a gen fazer se ocorrer um eventual bombardeio por foguetes de grande alcance em livre? — Você possui uma fantasia doentia. Por aqui não existe ninguém que d arte do bombardeio com controle remoto.
— Você está usando uma linguagem muito nobre — disse Tchinta, enquan mastigava. — De qualquer forma, uma coisa enorme atravessou o ar lá para o sombra do objeto chegou a escurecer o sol. Será que neste mundo existem sá voadores? Sougrin encostou o dedo à testa. O cabo resolveu ficar quieto. Passou a atenção exclusivamente à conserva que estava consumindo. Os estrondos continuaram. Até pareciam granadas martelando o chão c de várias toneladas. Don Redhorse levantou e espreguiçou o corpo musculoso. — O senhor tem razão, Tchinta — disse com um bocejo. — Alguma coisa pa voando atrás dessas montanhas. E outra coisa está chegando. Se meu olho de me engana, é um monstro que provavelmente só pode ser abatido com os canh energéticos da Crest. Redhorse apontou com o polegar por cima do ombro. Vinte homens virara abruptamente, prontos para saltar sobre a presa. Vinte exclamações mais ou m violentas foram ouvidas. Vinte mãos seguraram as armas, e vinte armas térmi apontaram para a sombra que de repente escureceu a encosta ensolarada. Uma massa enorme apareceu atrás da gigantesca montanha. Avalanches rolaram com um estrondo enorme. A massa crescia cada vez mais, até ultrapa quilômetros os cumes mais elevados. Uma onda de pressão passou rugindo. Redhorse foi o primeiro que procur abrigo. Seu campo de visão não era suficiente para abranger os contornos do m uma só vez. Via apenas alguns setores. O sargento Sougrin levantou o lança-foguetes. Lembrou-se de que ainda h projétil disparado pelo mesmo falhara miseravelmente. Atirou fora a arma e ta pegou a arma energética. — Já vi muitos sáurios — afirmou. — Mas nunca vi um igual a este. S dez passos, para nós será o fim do mundo. — Acalme-se, irmão, pois virão mais alguns da mesma espécie — a capitão. — Vamos fazer cócegas neste alpinista. Fogo! O Capitão Redhorse atirou. O raio energético saiu da arma, subiu pelas en acidentadas e atingiu uma parede saliente situada sete quilômetros acima do se encontravam os homens. Perdeu-se no ar, praticamente sem produzir o menor efeito. A uma dist a perda de energia era extremamente elevada. Alguma coisa continuava a tamborilar para o lado do oeste. O ruído foi-se aproximando. A plataforma rochosa balançou sob os pés de Redhorse e blocos do tamanho de uma casa desprenderam-se das encostas mais íngremes. O cap procurou um abrigo melhor. O monstro estava preenchendo todo o horizont Um rugido que quase tinha força de uma explosão atômica por pouco não surdos os homens. Quando as ondas sonoras se foram perdendo ao longe o sar Sougrin disse: — Parece que ele não gosta que alguém lhe faça cócegas, senhor. ***
Melbar Kasom fez pontaria com a arma energética superpesada da USO gatilho. Estava usando um modelo destinado aos robôs de guerra, especialme para seu uso, que três indivíduos nascidos na Terra mal conseguiram carreg
O ertruso, que tinha 2,51 m de altura, absorveu o coice da arma com o omb embora se sentisse ofuscado, seguiu com os olhos o raio térmico da grossura d humano, que foi atingir o alvo exatamente no lugar em que o monstro acabara aparecer. Rhodan estava deitado ao lado do especialista da USO. O mutante de duas Ivã Goratchim esforçou-se em vão para utilizar seu dom de detonador, para de um processo de fusão nuclear lá em cima. Foi inútil! A faculdade, que atuava na quinta dimensão, tinha sido neutral campo de absorção existente em Horror. Todos os mutantes tinham sido posto ação. Quando Rhodan partiu, os ratos-castores Gucky e Geco ainda estavam inconscientes. Ralf Marten, teleótico do exército dos mutantes, colocara-se à de Cart Rudo e Mory. Provavelmente também não conseguiria empregar suas parapsíquicas. Kasom disparou mais duas vezes. Da terceira vez a arma falhou. Puxou o g examinou com uma expressão de indiferença a marca de controle do dispositi armazenamento de deutério e virou a cabeça para Rhodan. — Pronto! Isso já era de esperar. O campo de absorção também está interf com os processos de cisão nuclear relativamente rudimentares, senhor. Por ac porrete bem grosso? Rhodan levantou-se. A passagem que se via ao oeste, que era o verdadeiro de Rhodan, ainda estava a vinte quilômetros de distância, quando outro mons menos dois quilômetros de altura apareceu na passagem entre as montanhas, um deslizamento de pedras após o outro. Rhodan deu ordem de retirada. Um dos homens de seu comando disparou o foguete de sinalização que já preparado. O mesmo estourou numa altura de três quilômetros, despejando u de estrelas vermelhas. Não poderia deixar de ser visto pelos chefes dos outros O monstro gigantesco que fora avistado em primeiro lugar dispôs-se a pas cima do cume mais elevado. Rhodan teve a impressão de estar vendo dois braç preênseis de um quilômetro de comprimento. O tremor do solo era cada vez mais forte. Uma onda de pressão após a ruidosamente das alturas, fazendo com que os homens caíssem. No mesmo instante o Coronel Cart Rudo deu ordem de abrir fogo contra o O primeiro oficial de artilharia usou os dez dedos para comprimir igual númer de disparo. Wiffert recorreu inclusive aos pesados canhões de conversão das e polares, mas os mesmos também falharam. A Crest não conseguiu disparar um Cart Rudo agarrou-se à sua poltrona de comando. As telas continuavam a perfeitamente. Os reatores-geradores já estavam funcionando novamente com de energia bem sensível de quarenta por cento. Alguma coisa queria atingir o recurso que a Crest podia utilizar. Não havia como deter o ataque dos titãs. Diante disso Rudo também deu o disparar foguetes de sinalização vermelhos, seguidos dos verdes. Isso signific soldados que participavam dos comandos deveriam abrigar-se, não efetuando por enquanto. Na passagem situada ao oeste apareceu outro monstro. Rudo usou a ob angular e ficou pálido como um cadáver. Fitou as telas com uma expressão de pavor. — Não...! — disse, balbuciante. — Esta não! Façam-me o favor!
Don Redhorse vira o foguete de sinalização que Rhodan mandara disparar índio cheiene nem pensou em entrar em pânico e voltar apressadamente à C Finalmente avistou os sinais verdes de Rudo. — Tudo bem — disse. — Vamos ficar onde estamos. Eles vão destroça Tchinta, o senhor viu algum sinal do Capitão Kagato em seu setor? — Disparou duas vezes o foguete vermelho. Está se retirando para a C — Tolice. E Henderson? — Está atrás da nave. Não notei nada, senhor. Uma nova onda de pressão passou uivando pelo vale. Era produzida pelo m que descia das montanhas com uma velocidade alucinante. Deu somente três passos para alcançar a planície. O tremor e as batidas dos pés começaram d Ouviu-se outro rugido, ainda mais forte. Redhorse, que estava deit depressão do solo, tapou os ouvidos. Rhodan e Kasom, que se encontravam a apenas um quilômetro do lugar em estava, também se tinham abrigado. Perry não revogara o sinal verde de Rudo de duas cabeças estava chorando. Era uma coisa horrível. Kasom pegou uma pedra de cinqüenta quilos. A mesma representava terrível na mão do ertruso. As ondas de pressão não paravam mais. Toda vez que o monstro movia ou uma perna, formava-se um verdadeiro furacão. Dali a alguns segundos Rhodan também viu o segundo ser, que arrastou su gigantesca pela passagem entre as montanhas, provocando o desabamento de pedregosas de vários quilômetros de altura. Já sabiam como eram as inteligências que habitavam a superfície de Horr mesmas tinham posto fora de ação o armamento pesado da nave e impedido a da mesma. Esperaram justamente o suficiente para que o campo de absorção criado retirasse toda a energia da Crest. E lá estavam elas. Demonstravam a calma e a indiferença de gigantes cuja altura excedia em quinhentos metros a do supercouraçado mais moderno da Frota Solar. Seriam esmagá-lo com blocos de pedra. Eram capazes de desmontar montanhas e lev gigantescos como se fossem pedras de cascalho. Rhodan desistiu. Sabia que estava derrotado. O monstro que estava descendo pela encosta parou. Um de seus tentáculo o fundo do vale, que tinha cinqüenta quilômetros de diâmetro. Os outros mem eram indefiníveis porque não podiam ser abrangidos com a vista, agarraram-s montanhas. Rhodan olhou ininterruptamente para a massa disforme, que apresentava reentrâncias profundas. Outra criatura gigantesca foi saindo da passagem en montanhas. Um terceiro monstro veio atrás dele. No momento em que Rhodan soltar um grito de alerta, o monstro partiu para o ataque. ***
Don Redhorse levantou-se de um salto e saiu correndo em direção ao abrig próximo. Um enorme objeto cilíndrico voou em sua direção. Atingiu o chão no que pouco antes estivera deitado. Os outros também se puseram em fuga. Era um objeto branco que expelia nuvens de fumaça muito densas, obscureceram o céu.
— Gás — para trás — fungou Redhorse e arrastou um dos membro comando para fora do abrigo. — Vamos voltar ao vale. O gás está subindo. Vinte e um terranos, com Redhorse à frente, saíram correndo pela trilha e haviam usado na subida. A quantidade de gás expelida pelo objeto era tremen quase sufocando quando chegaram a uma plataforma de rocha saliente, tocad vento refrescante. Por ali o ar não era tão viciado. Redhorse olhou para cima. A bomba de gás tinha pelo menos quarenta e o comprimento de um terrano adulto. Foi queimando, produzindo um calor fulminante. Amargurado, Redhors que, segundo parecia, o inimigo se divertia, esfumaçando os tripulantes da
9 Relatório de Atlan
Miko Shenon atirou fora o cigarro. Caiu a alguns metros de distância, de pedregulho fino como pó. Não dei nenhuma importância ao gesto. Icho Tolot desceu lentamente pela colina que acabara de escalar. Por duas gritara alguma coisa que eu não entendi. Tolot falara em voz muito mais baixa estava acostumado. Por que não falava mais alto? A areia rangia embaixo de meus pés. Shenon afastou algumas plantas l a ponta da bota. Ouviu-se uma série de estalos. Tolot apontou para a frente. Olhei na direção de seu braço estendido e peça metálica que os rastreadores haviam indicado. Era esférica e tinha metro e meio de diâmetro. Compreendi o inconcebível. — Senhor...! — gritou Shenon. Calou-se abruptamente. Minhas mãos tremeram. Tolot não fazia nenhum movimento. Parecia qu tinha grudado na encosta íngreme em que estava deitado. A figura esférica era tão regular e uniformemente arredondada que não p um fragmento da nave. Brilhava como uma esfera polida de metal azulado. Av um passo. A depressão que se estendia entre as dunas tinha cerca de cinqüen largura. — Cuidado! — advertiu Tolot. Não chegara a gritar. Apenas cochichara. O sangue parecia congelar nas minhas veias. Perplexo, incrédulo e sac emoções li os caracteres aplicados no objeto esférico. — Crest II diziam os mesmos. Encostei as mãos ao pescoço, pois tive a de que iria morrer sufocado. — Senhor! — gemeu Shenon como se estivesse sentindo fortes dores. Crest. Ali está! Não é nenhum fragmento. É a nave inteira, senhor... Meu cérebro suplementar enviou um impulso doloroso. — O tamanho deles foi reduzido, seu idiota. Mais ou menos para um milési natural. O diâmetro da Crest passou a ser de um metro e meio. Cuidado! Cada vocês dão deve provocar um deslocamento de ar tão forte que produz o efeito explosão atômica nos micro-homens. Só se comuniquem aos cochichos. De pr não diga absolutamente nada. As ondas sonoras e a mudança de pressão que v causarem terão uma força tremenda. Tolot já percebeu há tempo. Por que ach completamente quieto? Recuei com um cuidado enorme. Minha inteligência recusava-se a aceitar medonho. Meu cérebro parecia vazio. Apesar de tudo tive a compreensão plen tinha acontecido. Não era de admirar que não tivéssemos localizado a Crest m uma distância maior os instrumentos não tinham acusado a presença de um ob tinha apenas 1,50 m de diâmetro. — Tenham muito cuidado ao mexer-se — cochichou Tolot. O halutense continuava imóvel.
Miko Shenon foi bastante sensato para não sair mais do lugar. Respirava o levemente possível. Tolot e eu fazíamos a mesma coisa. Para os tripulantes da qualquer movimento que fizéssemos deveria representar um verdadeiro fur Naquele momento nem tentei descobrir a causa da redução de tamanho q tinha sofrido. A única coisa que importava era ajudar quanto antes. Meu céreb suplementar disse que o encolhimento certamente não fora provocado por na Provavelmente havia seres desconhecidos que esperavam que o processo se c para fazer alguma coisa que nem sequer éramos capazes de imaginar. Fiquei completamente calmo. Só uma preocupação me afligia. O que tinha acontecido com meus inúmeros amigos? Será que seus corpos também tinham atingidos pelo processo de redução? E foram capazes de resistir ao incrível ao Ainda estariam vivos? Ou estariam jogados nos pavilhões e postos de comando que como grupo de micróbios ressequidos? Tratava-se de um processo de con massa, igual ao que ocorre nas estrelas anãs? Nesse caso a Crest deveria cont mesmo peso; ao menos aproximadamente. Tolot, o cientista halutense, certamente encontraria uma explicação. Pe instantaneamente o que tinha acontecido com a Crest. Compreendi por que es repente, depois de escalar uma das colunas. Provavelmente compreendera im que os efeitos de um simples movimento do braço poderia ser desastroso. Para mim a pergunta básica era esta: Ainda estavam vivos, já nos tinham visto e ouvido e onde estavam? Se Perry não tinha sido posto fora de ação, sem dúvida mandou sair alguns comandos. Por isso corríamos perigo de esmagar com os pés os terranos que p eram invisíveis. Levantei cuidadosamente a perna e coloquei o pé ainda mais cuidadosame pequeno curso de água, que para meus amigos certamente era um rio enorme depressão entre as dunas, bem ao lado da Crest, havia uma poça de água, de o ribeirão. Se Rhodan realmente havia enviado comandos, estes sem dúvida encontravam sobre a água. Por isso poderia assumir o risco de colocar os pé — Muito bem! — cochichou o halutense. — Shenon, volte bem dev passagem entre as dunas. Miko obedeceu mais depressa que nunca. Gastou dez segundos para d sola do sapato do chão. Lembrei-me de seu cigarro malcheiroso, cuja fumaça estava subindo não poderia ter deixado de jogar fora o toco. Assim que meus pés se encontravam no interior da poça de água, o q uma razoável certeza de que não iria pisar em ninguém, agachei-me em Cochichei o mais baixo e delicadamente que me foi possível: — Rhodan, dê um sinal. De propósito não o chamei de Perry, pois o som do P causaria uma onda — Aqui fala Atlan, Rhodan. Dê um sinal.
10 Relatório de Perry Rhodan
Quando a bomba de gás caiu no lugar em que Don Redhorse e seus homen estar deitados, Rhodan levantou-se de um salto. Tremendo numa raiva impote para a nuvem de fumaça. De repente cambaleou como se tivesse levado um Melbar Kasom apoiou o Chefe do Império Solar. Rhodan encontrava-s distância suficiente do objeto cilíndrico para vê-lo em toda a extensão. Logo atrás da parte incandescente viam-se letras enormes. — Anel vermelho — balbuciou Rhodan, para logo a seguir gritar: — Anel vermelho. É a marca dos cigarros de Shenon. Não está vendo? L está escrito, Kasom, antes que queime. É um cigarro Anel Vermelho do sargen Shenon. Dentro de mais alguns segundos os homens compreenderam o que tinha a com eles. Rhodan foi o primeiro a recuperar o autocontrole. Viu rostos pálidos exprimiam pavor e incredulidade. — Já compreendo o significado das aparentes alucinações — disse R uma estranha calma. — Estava pálido, mas perfeitamente controlado. — A superfície realmente é lisa feito uma tábua. Nossos rastreadores não Mas nós nos deixamos enganar. Quando acordamos, tínhamos passado por um para o qual não consigo encontrar um nome adequado. As ridículas ondulaçõe que tínhamos visto antes do ataque para nós se tinham transformado em mont gigantescas. Para encher a medida, ficamos sem qualquer ponto de referência pudéssemos ter notado a redução. Tudo diminuiu conosco. Já começo a desco que as hipermáquinas não funcionam e por que motivo a potência dos reatore constantemente. Não fomos simplesmente comprimidos. Cada átomo existen nós, no corpo da Crest e em qualquer objeto que possamos imaginar foi afetad estrutura. Houve uma condensação potencial. Os átomos não foram comprim sofreram uma redução em sua estrutura. É de admirar que não tenha havido u liberação explosiva de energia. Fomos postos fora de combate por uma tecnol incrível. A redução de nossa massa em proporção à redução sofrida constitui a prova de que os núcleos atômicos com seus prótons e nêutrons, como os elétro circulam em tomo do mesmo, foram reduzidos juntamente com seu potencial e Se não fosse assim, ainda estaria com meu peso de oitenta quilos, o que seria m os músculos das pernas, reduzidos a um tamanho insignificante. Rhodan já se recuperara do choque. Os outros ainda olhavam estupefatos três gigantes, cujos rostos aos micro-olhos dos homens reduzidos em tamanho aspecto de uma paisagem cheia de crateras. Qualquer impureza da pele trans numa irrupção de vinte a trinta centímetros de diâmetro. O nariz, os ouvidos e eram abismos do tamanho de um estádio esportivo. Só agora, depois de terem conhecimento da horrível realidade, tiveram a impressão de vez por outra des alguma semelhança. Mas ainda não conseguiam estabelecer distinção entre o Um deles levantou a perna e colocou o pé na torrente de água do rio. onda que provocou uma inundação, embora se notasse perfeitamente que o
fazendo o possível para agir delicadamente, Finalmente este se agachou. houve uma onda de pressão. — Kasom, prepare os foguetes de sinalização. R ápido! — gritou Rhodan, f De repente seu rosto ficou vermelho de tão exaltado que estava. Sabia que Atl chegado, e também sabia que o arcônida tinha compreendido a situação. O tam Crest ainda bastava para que até mesmo um olho humano normal fosse capaz identificá-la como uma espaçonave de construção terrana. No mesmo instante o lorde-almirante deu ordem para que Miko Shenon vo correndo ao jato espacial e trouxesse uma lente de grande potência. Shenon f avançando centímetro após centímetro pela passagem entre as dunas, que pa era um desfiladeiro enorme. Quando já se encontrava do outro lado das elevações, o sargento come Mais uma vez ouviu-se o tamborilar surdo. O chão voltou a tremer. Graças ao treinamento rigoroso dos astronautas terranos e à sua capacida reação, os mesmos costumavam reprimir as manifestações de desespero. Ada prontamente às situações concretas. Atlan tinha chegado. E os descobrira. Ao indicava não tinha sido atingido pelo processo de redução, o que reforçava a t Rhodan. Juntamente com a estação do pólo norte tinha sido destruída a arma q depois passaria a ser chamada de condensador potencial. As pessoas que se encontravam a bordo da Crest também avaliaram corre situação. Cart Rudo já identificara o traje de combate de Atlan por meio da fot grande angular reduzida e soubera tirar suas conclusões. De repente uma voz retumbante encheu o vale gigantesco, que para o passava de uma depressão na areia. — Rhodan — dê um sinal. — Aqui fala Atlan. Rhodan, dê um sinal. Perry ouviu as palavras, Don Redhorse as compreendeu, e as mesma foram entendidas a bordo da Crest. Três comandantes começaram a agir ao mesmo tempo. Rudo, Redhorse e soltaram foguetes de sinalização vermelhos quase ao mesmo tempo. Os mesm com um chiado e estouraram acima do rosto do arcônida, espalhando uma chu estrelas. Cart Rudo foi mais longe. Era um homem pragmático, que agora, alguns m após o choque terrível, lembrou o que aprendera numa prática de muitos anos exatamente aquilo que devia ser feito. Os técnicos da nave receberam ordem para ligar todos os alto-falantes diversos amplificadores ao microfone da sala de comando. Quando Rudo falou, os homens colocaram os tapa-ouvidos, que só costum usados por ocasião do disparo de salvas de artilharia. Os alto-falantes berrara mais que o epsalense forçou a voz potente a fim de falar o mais alto possível pa do microfone. — Entendido, Atlan. Rudo falando. Fiz uma ligação conjugada. O se entende? Atlan pôs-se a escutar atentamente. Ouviu um leve cochicho. Inclinou-se b a frente, apoiou-se nas mãos e aproximou-se mais um metro da Crest. Para os humanos era um quilômetro. Finalmente o arcônida compreendeu as palavras. Um sorriso radiant ondas enormes na pele de seu rosto. Mais uma vez cochichou.
— Entendido, Rudo. Boa idéia. Nada de explicações agora. Há comando nave? Mais uma vez as palavras foram perfeitamente entendidas no interior da Crest. O volume do som era suportável. Para os homens que se encontravam do lado como um trovejar do qual não se conseguia extrair nenhum sentido. — Entendido, Atlan. Alguma sugestão? Quatro comandos saíram da nav — Entendido. Chame-os de volta imediatamente. Vamos levá-los ao jato Entendido? — Entendido — confessou Rudo, gemendo. Seus cabelos se arrepiaram di idéia de que a nave-capitânia do Império Solar pudesse ser colocada sobre o o uma pessoa e carregada para outro lugar. Dali a alguns minutos novos foguetes saíram chiando da cúpula polar sup Crest. Nem teria sido necessário. Os quatro grupos de reconhecimento já est voltando. Os homens correram como nunca. Sabiam que uma coisa incrível t acontecido com eles. Mas o arcônida tinha aparecido. Talvez fosse encontrad solução. Este talvez encerrasse todas as esperanças dos homens. Um terrano n Nem mesmo quando só tem de 1,7 a 2 mm de altura.
11 Relatório de Atlan
Icho Tolot e Miko Shenon estavam deitados nos flancos de uma colina para a depressão. Fui o único que chegou às imediações da Crest. Shenon acabara de trazer a lente de aumento. A mesma pertencia ao de emergência de nossa nave. Revistei o chão com a mesma, a fim de não fe Fazia alguns minutos que Don Redhorse e seus homens tinham chegado. A com os braços — entusiasticamente, segundo parecia — e desapareceram no i eclusas de ar. Vi-os perfeitamente com a lente de aumento. O fenômeno biológico da red ainda mais apavorante que os outros fatos. Como se explicava que um cérebro dimensões insignificantes continuasse a raciocinar normalmente? Afinal, Perry me dirigira a palavra através dos alto-falantes externos. A teo condensação potencial, por ele desenvolvida, parecia convincente. Isto natura em Horror podia haver alguma coisa que fosse convincente Ajoelhei-me à frente da nave e segurei a lente de aumento em cima de Pe uma visão razoavelmente nítida de seu rosto. Pedira que alguém que se encon eclusa de passageiros inferior lhe desse um microfone e estava falando no mes grossos tapa-ouvidos, o que me levou a imaginar que um verdadeiro estrondo saindo dos alto-falantes. A perda de potência era muito elevada. Compreendi por que não tínhamos as mensagens transmitidas pela nave. Os poucos watts que ainda saíam das an tinham sido reduzidos em mil vezes. Os homens que se encontravam na Crest percebido isso antes que nós aparecêssemos. Não possuíam nenhum ponto de No entanto, já se tinha certeza de que não existia nenhum campo de absor estivesse retirando a energia da Crest. A diminuição da mesma resultava da re potencial do tamanho dos átomos, que com isso entravam num estado de relat Mas diante desse fato tornava-se ainda mais surpreendente que os organismo não estivessem falhando. Estávamos na pista de um dos maiores segredos de n inimigos desconhecidos, mas não sabíamos como tirar proveito disso. Icho Tolot confirmou a interpretação lógica realizada pela matelógica. S programador era incapaz de efetuar mais de um cálculo de cada vez, mas a ve cada operação ficava pouco abaixo da dos cérebros positrônicos especializa Olhei através da lente que proporcionava uma ampliação de dez vezes e vi agarrar-se com os braços e as pernas a uma das garras da coluna de apoio. P o mais baixo possível, com a boca voltada para outro lugar, mas assim mesmo tinha de lutar contra as ondas de pressão e acústica por mim produzidas. Resolvi fazer uma experiência, comprimindo um lenço contra a boca. não entendia mais minhas palavras. Os últimos homens da equipe científica desapareceram na eclusa polar in Tinham levado amostras do solo, pois tentavam analisá-las nos laboratórios a verificar se as mesmas continham microrganismos. Provavelmente os microsc óticos comuns não seriam suficientes para esta análise.
Rhodan me informara de que o mundo que os cercava era perfeitamente a em proporção ao tamanho atual dos seres humanos. Afirmava ter visto matas árvores de pelo menos cem metros de altura. Eram as gramíneas liníferas que tinham estalado sob meus pés. Diante disso podia-se admitir que a superfície de Horror nem sempre fora tamanho reduzido. Tolot lembrou as grandes construções abobadadas junto a Ao que parecia, não tinham sido submetidas ao processo de redução. Ao meno incapaz de imaginar que aquelas torres, que em seu estado atual tinham dez q de altura, tivessem tido seu tamanho reduzido em mil vezes. Se fosse assim, as em seu estado normal teriam dez mil quilômetros de altura, o que representar verdadeiro contra-senso técnico. Nenhuma criatura sensata seria capaz de lev construções desse tipo. Diante disso concluímos que somente uma camada fina na superfície do p fora submetida ao processo de redução, em virtude da ação de dois condensad potenciais. Dessa maneira formara-se uma espécie de pele, que arrebentara e lugares, fazendo com que as camadas mais profundas avançassem pelos int Esta interpretação, formulada por Tolot, era verdadeiramente espantosa. apenas uma hora que eu acreditara que, uma vez posta fora de ação a tripulaç fora captada por um raio de tração, após o que teve início o processo de red Mas o relato de Rhodan sobre a sensação de dor que as pessoas tinham experimentado representaram os dados iniciais corretos para Tolot. A Crest c fora atacada no espaço, mais precisamente, a seiscentos mil quilômetros de H um raio concentrado de condensação potencial. Em virtude disso verificara-se máquinas. Só depois disso, com o tamanho já reduzido em mil vezes, fora ating um raio de tração que a colocara na depressão em que se encontrava. Naquele senti-me muito satisfeito porque, uma vez descoberta a estação do pólo sul, fu imediatamente para fora do campo de ação da mesma. Até ali os acontecimentos pareciam ter sido esclarecidos. Mas o maior mis continuava sem solução. Ninguém era capaz de imaginar uma técnica capaz d átomos a aceitar a perda de sua massa original e submeter-se a um processo d que diminuía seu tamanho em mil vezes, sem perder as funções que lhes eram A falha das máquinas não devia causar nenhuma surpresa. Nestas condi poderia ser gerada qualquer hiperenergia. Até mesmo os processos nucleare elementares eram afetados pelo fenômeno, pois do contrário não teria havid diminuição progressiva no desempenho dos reatores. — Pronto — disse a voz de Perry, saída dos alto-falantes. Para mim era apenas um cochicho. Tive de prestar muita atenção. — Os amplificadores estão falhando. Você ainda me ouve? — Mal e mal — cochichei com a mão à frente da boca. — Está bem — berrou o micro-homem para dentro do microfone. — Vou en Tolot tentará colocar a nave na eclusa inferior do jato espacial. Em hipótese al um raio de tração para recolher-nos. Seria um processo muito violento. Pegue cautelosamente e coloquem-nos no chão ainda mais cautelosamente. Os neut de pressão não estão funcionando. Qualquer solavanco fará com que fiquemos pelo menos dez gravos. Vamos atar os cintos de segurança. O que pretende faz — Vamos afastar-nos da superfície o mais depressa possível — cochichei. Receio um ataque. Os desconhecidos serão capazes de calcular quanto temp até que o processo de condensação paralise a última máquina. Decolaremos
imediatamente è voltaremos à posição de espera em que nos encontrávamo teremos calma para procurar resolver o enigma. — O halutense acha provável que o processo de condensação potencial ce automaticamente assim que sairmos da esfera de influência das forças que ag superfície do planeta? Segurei a lente de aumento de tal forma que só via o rosto de Rhodan. P e mostrava rugas profundas. — Sim — menti. — É o que esperamos. — Ótimo. Por enquanto, muito obrigado, velho amigo. Vou entrar na nav Fez um sinal e saltou para o elevador mecânico. O elevador antigravit estava funcionando. Esperei que as escotilhas blindadas da eclusa se fechassem. Eram acionad sistema hidráulico de emergência, cujo sistema de bombeamento mal recebia suficiente para seus motores elétricos. Endireitei o corpo e esfreguei as costas doloridas. Tolot desceu cuidadosa pela encosta. Deu dois passos amplos e atingiu o fundo do vale. Com mais dez colocou-se a meu lado. Fitou-me prolongadamente. Sabia que eu mentira ao amigo. Não havia a m possibilidade de uma reversão do processo de condensação. Perry não se dera que de forma alguma se encontrava sob a influência de um campo energético. assim, também teríamos sido atingidos pelo mesmo. A condensação potencial fenômeno sem igual, que tinha prosseguido apesar da destruição da estação d Pelos nossos cálculos, os canhões tinham disparado dez segundos depois do m indicado. — Tive pena dele — cochichei em tom deprimido. O halutense limitou-se a acenar com a cabeça. Depois abaixou-se, ligou se antigravitacional para a potência máxima e envolveu a esfera de 1,50 m de diâ o mesmo. Certamente seria capaz de levantar a Crest mesmo sem absorver a g mas nesse caso não seria possível evitar os solavancos. Levantou a nave com um cuidado extremo e colocou-a sobre o ombro esqu com as colunas de apoio abertas em ângulo. Seus longos braços instrumentais o objeto de aço, enquanto os braços de locomoção, que eram mais curtos, toca O halutense saiu caminhando devagar. Levava nas costas a nave-capitânia Solar, juntamente com a tripulação de dois mil homens. Era um quadro alucin inconcebível. Em toda minha longa vida nunca vira nada de semelhante. Segui-o a alguns metros de distância. Provavelmente os micro-home sacudidos fortemente, apesar da ação do campo antigravitacional. Quando já nos encontrávamos na saída do vale e Tolot girou o corpo para p melhor, Miko Shenon começou a gritar. Parecia ter-se esquecido de que nosso capacetes estavam funcionando perfeitamente. Subi correndo para a colina, saltei por cima dos topos e desci para a subitamente se estendeu diante de mim. Shenon saiu correndo em direção ao jato espacial. Corri atrás dele. T defender-se. Antes que alcançasse Shenon, o mesmo desapareceu entre as colunas de muito curtas do jato espacial e puxou o corpo para dentro da eclusa de carga, aberta.
— Estou localizando alguma coisa — berrou. — O sistema automáti alarme. Detectaram a aproximação de objetos desconhecidos. Naquele momento compreendi que meus receios não eram infundados. T apareceu na passagem que se abria entre as dunas. Quando me viu agitar desesperadamente os braços, começou a correr. Para os homens que se encon interior da Crest devia ser um verdadeiro inferno. Provavelmente a maioria es inconsciente. As inteligências estranhas chamadas Gucky e Geco de qualquer tinham ficado inconscientes. Seus sistemas nervosos pareciam ter dificuldade ao processo de redução. As patas de Tolot foram tamborilando pela pradaria. As gramíneas linífera centímetros de altura, que na verdade eram gigantescas árvores de cem metr sob seus pés. Aquilo que parecia ser uma pradaria na verdade era uma enorm virgem, na qual provavelmente viviam centenas de milhares de animais. O halutense não perdeu tempo. Tirou a Crest de cima do ombro, esticou o gigantesco e colocou a esfera no compartimento de carga. Dali a um minuto es todos reunidos na nave. Shenon já se encontrava na carlinga. O propulsor rugiu. Fiquei apa lembrar-me dos micro-homens. Será que os mesmos resistiriam ao barulho infernal? Não seriam esma vibrações do jato espacial? Tínhamos de arriscar a decolagem; não havia alternativa. Os contornos de espaçonave desconhecida foram projetados numa tela de eco. Tinha um forma Parecia uma roda de pé com oito raias. Em cada raia enfileiravam-se dez corpo esféricos. Dessa forma a nave possuía um total de oitenta corpos esféricos, qu provavelmente abrigavam seus armamentos. O centro da roda era formado por um corpo cilíndrico em pé com 200 m de cinqüenta de diâmetro. Os raios também tinham 50 m de comprimento, e os co esféricos montados na mesma tinham 2 m de diâmetro. O estranho artefato desceu em alta velocidade do céu preto-azulado de Ho veio exatamente na nossa direção. Não notei nenhum movimento de rotação, e início acreditasse que a estranha disposição dos raios da roda tivesse por final estabilização do corpo cilíndrico. Shenon decolou. Contrariando as normas, os neutralizadores de pressão funcionaram com os comandos manuais. Suprimíamos um volume de força de muito superior ao que realmente era gerado, pois não sabíamos como os micro reagiriam à mesma. Por enquanto eles se tinham adaptado muito bem às condições do ambien tiveram nenhuma dificuldade com a gravitação, embora o leigo pudesse ser le acreditar que seriam esmagados pela gravitação de 1,01 gravos, reinante n Com meus amigos acontecera a mesma coisa que acontece com as formig apesar de seu tamanho reduzido suportam a gravitação terrana. Mas, apesar alguns fenômenos físicos estranhos. Será que a gravitação de Horror já tinha vezes superior aos valores atuais? — Tolice! — respondeu meu cérebro suplementar. — Atenção! Tolot está chegando. Virei a cabeça. O halutense foi saindo com dificuldade do e antigravitacional central e gritou:
— Execute as manobras que se tornarem necessárias. Envolvi a Crest n de gravitação que absorve os choques. Não será atingida por nenhum abalo Admirei essa criatura. Tolot não esquecia nada. Shenon respirou alivia saiu em louca disparada, mas isso não adiantou muito. A Fortaleza, nome que dei à espaçonave pouco convencional, foi-se aproxi Dali a alguns segundos os campos defensivos do jato espacial cobriram-se de l fogo azuis. Fomos arrancados da rota ascendente e arremessados para o lado tamanha força que os neutralizadores uivaram. Shenon era a calma em pessoa. Aquele homem não sabia o que era medo q tratava de pilotar sua unidade pequena através do furacão de fogo despejado p nave maior. O segundo tiro disparado pela Fortaleza atingiu-nos de raspão. Rompeu o defensivos do jato espacial, que eram relativamente fracos, e foi atingir o con aço plastificado entrou em ebulição sob meus pés. Mais uma vez fomos arran rota. A superfície do planeta foi-se aproximando. Desenvolvendo a maior veloci possível, atravessamos a apenas cinqüenta quilômetros de altura a camada at que atingia grandes altitudes. As moléculas de gases superaquecidas tornara incandescentes à frente dos campos de choque da proa. — Mude de rumo e parta para o ataque — gritei para Shenon. — Não ad Shenon obedeceu prontamente. O jato espacial deitou com a face mais es baixo, acionou os jatos inferiores que exerciam função estabilizadora e entrou Liguei a mira automática do canhão rigidamente montado na estrutura da na se de uma peça energética superpesada, que a rigor deveria estar instalada n pesado. Shenon fez pontaria. Rompeu uma cortina de fogo, colocou a nave descon que procurava afastar-se, na tela de fixação de rota, e assim me deu possibilid aprontar o canhão, cujo ângulo de giro era de apenas três graus. No momento em que a Fortaleza voltou a disparar, apertei o botão acion Nosso aparelho quase arrebentou sob o efeito do coice produzido pelo can uma loucura submeter o casco fraco da nave a uma sobrecarga dessa ordem. O térmico por mim disparado atingiu os campos defensivos do inimigo, produzin tormenta atômica de grande violência. Shenon soltou um grito de entusiasmo. Mas gritou antes da hora. Mudou para entrar novamente na mira, quando sofremos dois impactos ao mesmo te sistema de jato-propulsão entrou em pane depois de uma forte explosão. O di antigravitacional começou a ratear. Nuvens de fumaça preta penetraram na c Embaixo de mim as placas de revestimento do piso adquiriram uma perigosa vermelha. Entramos em mergulho e aproximamo-nos da superfície do planeta em alt velocidade. Shenon controlou a máquina por meio dos jatos auxiliares e dos di antigravitacionais que ainda funcionavam, dispondo-se a pousar em ângulo ag maneira de um avião. Examinou o traçador automático de rota e notei que há t tínhamos ultrapassado a linha do Equador. Estávamos a cerca de 45 graus de Finalmente verificou-se o impacto. Não foi tão violento como eu acreditav ao seu formato de disco, a máquina deslizou pelo terreno plano, roçou as micr do planeta numa extensão de quinhentos metros e foi parar junto às fraldas de de colinas. Era igual àquela da qual acabávamos de sair.
Dei uma batida na tecla de disparo do mecanismo de ejeção. A carlinga de blindado saiu voando sob o efeito de uma forte explosão. As nuvens de fumaça afastando. Não vi sinal de Tolot. Sabia que fora buscar a Crest. Levantei de um salto, por cima da borda aquecida da cabine e deixei-me cair sobre a superfície incli revestimento superior da nave. Escorreguei para baixo e acabei batendo com o corpo no chão. Senti dores Antes de perder os sentidos, ainda vi o halutense passar por mim em saltos en desaparecer atrás das colinas. Trazia a Crest II sobre o ombro. As dores tomaram-se tão fortes que perdi a consciência ***
Acontecera uma coisa que nunca deveria ter acontecido. Havíamos de um atraso de dez minutos. Acordei de repente. Não senti nada, além de um ligeiro mal-estar qu passando. Ergui o corpo. Icho Tolot estava sentado no chão, bem a meu lado. Mantinha os longos br instrumentos apoiados numa rocha, enquanto os braços de salto, bem mais cu estavam cruzados sobre o peito estufado, que pesava várias toneladas. — Olá, arcônida! — disse sua voz retumbante. — Olá, amigo — respondi com a voz apagada. — Acho que o senhor carrego Shenon e a mim no último instante para longe da máquina que estava prestes a não foi? — Exatamente. Seus nervos são fortes? Cerrei os olhos com toda força e tentei esquecer o relato de Perry sobr de redução. Não consegui. — Olhe para os lados — disse o halutense em voz baixa. — As montanhas, a grandes florestas, os regatos espumantes não são uma coisa linda? As pradari representam um convite para uma alegre caçada? Já fiz um reconhecimento d Aqui existem muitas espécies de animais. Meu corpo possui certa concentraçã das células, que me permitiu resistir ao ataque por mais tempo que o senhor e acordei um pouco mais cedo. Olhe, Atlan. Abri os olhos. A Crest estava pousada num vale amplo, que também era ce montanhas, se bem que estas não eram tão altas como as que antes tinham pro nave contra a detecção pelo rastreamento. Shenon também acordou. Quando percebeu que só tinha 1,06 mm de altu gramíneas liníferas que há uma hora esmagara com os pés tinham quase cem altura, pôs-se a praguejar fortemente. Levamos meia hora para controlar a raiva pela derrota e o desespero do tamanho de nossos corpos. Cada um reagiu à sua maneira. Finalmente levantei e olhei para trás. Uma montanha de aço erguiafrente. Para nós a Crest voltara a ter mil e quinhentos metros de diâmetro. Dois homens aproximaram-se. Eram Perry Rhodan e o ertruso Melbar K mantivera-se afastado, dando tempo para que eu me recuperasse. — Tolot contou tudo, Atlan — disse em voz baixa. — Sinto muito. Você tamb passou a pertencer ao grupo dos condenados. Nunca deveria ter-me aproxima planeta. Como se sente?
— Conforme mandam as circunstâncias. Esqueça seu sentimento de culpa nos levará a nada. Terrano, se você acredita que os humanos são os únicos que uma confiança inabalável e uma vontade férrea de persistir, eu lhe apresentar arcônida capaz de, conforme as circunstâncias, ter ainda mais força de vontad estão os aviões? Por que ainda não foram experimentados? Você teve duas hor preparar os mesmos. Perry sorriu. Naturalmente percebia meu desespero, que tentei dis palavras grosseiras. — Já preparamos um F-913 G, tipo que costumamos chamar de Oldtimer Por enquanto não adianta discutir nossos problemas. Shenon teve azar por en sobre o hemisfério sul quando foi derrubado. Tem uma idéia de qual deverá se próximo objetivo? Tinha, sim. A imagem da estação do pólo sul ardia em minha memória não fosse destruída, não teríamos a menor chance de sermos salvos. Perry adivinhou meus pensamentos. — Isso mesmo! A estação tem de ser destruída. Só assim teremos uma cha sermos descobertos e recolhidos pela tripulação da Androtest II. Já colhemos experiências. Vamos guiar-nos por elas. Tolot me disse que você deu à nave desconhecida o nome de Fortaleza. Parei e levantei os olhos para o casco brilhante da Crest. Seria um quadro imponente, desde que a gente não se lembrasse de que a nave só tinha um met de diâmetro e há apenas três horas fora carregada nos ombros de um halutens momento este também estava transformado num micro-ser. — É mesmo uma fortaleza! A minha nave, em condições normais, tem mil v tamanho atual. Como no estado atual o cilindro secundário já tem duzentos m comprimento, devemos esperar que um dia nos defrontemos com um gigante quilômetros de altura, cinqüenta de diâmetro e com raios que também medem quilômetros. As esferas de dois metros, que descobrimos nos raios da roda, te quilômetros de diâmetro. Serão maiores que a Crest. E a nave possui oitenta e destas, meu caro. Perry empalideceu. Dei uma risada. — Naturalmente tudo isso só acontecerá se um dia voltarmos ao noss natural, e a Fortaleza também. Saímos caminhando em direção à eclusa inferior, onde os oficiais da nave estavam à nossa espera. Quase todos tinham ficado inconscientes durante a o transporte realizada por Tolot. Graças ao campo de absorção, nem tinham se manobras realizadas com o jato espacial. O pouso de barriga quase não chega sentido. Cumprimentei-os com um gesto e olhei em torno, à procura de Don Redho homem Indicado para o primeiro vôo de reconhecimento com a F-913 G. Preci descobrir quanto antes, se os aparelhos ainda eram capazes de atingir a mesm de antes, ou se também se tinham adaptado às novas circunstâncias, passand desenvolver uma velocidade mil vezes menor. Neste caso nunca atingiríamos *** ** *
Foram atingidos por Uma Arma Secreta Chamada Horror, que reduziu a um milésimo o tamanho deles mesmos e do mundo em que viviam. Era uma situação desesperadora, mas nem por isso Rhodan e seus homens entregaram os pontos. Realizam uma operação de guerra contra A Microfortaleza. É este o título do próximo volume da série Perry Rhodan.