UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA-ICADS COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA DO CERRADO DOCENTE: EVANILDO CARDOSO DISCENTE: ROSICLEIA HERMES
RELATÓRIO DE VIAGEM DE CAMPO
Instituto Lina Galvani
1. INTRODUÇÃO O Parque Fioravante Galvani inaugurada em 11 de setembro de 2006 no dia nacional do cerrado brasileiro. È o primeiro e único parque conservacionista do oeste da Bahia abrange uma área de 20 hectares localizado à 10 km de Luis Eduardo Magalhães, tendo tendo neste neste munic municípi ípioo um compl complex exoo indust industria riall do grupo grupo Galvan Galvani. i. O projet projetoo foi idealizad idealizadoo e desenvol desenvolvido vido pelo Instituto Instituto Lina Galvani Galvani que atualment atualmentee é formada formada por uma Equipe Equipe de Núc Núcleo leo de Educaç Educação ão Ambienta Ambientall (NEA) (NEA) que é const constitu ituído ído por uma médica veterinária e coordenadora geral do parque; uma bióloga contratada e uma bióloga/pedagoga bióloga/pedagoga terceirizada. Contando também com colaboração de monitores voluntários de educação ambiental de uma faculdade da cidade. O parq parque ue está está orga organi niza zado do em três três seto setore res, s, send sendoo o prim primei eiro ro o Nú Núcl cleo eo de Educação Ambiental (NEA), que tem como objetivo desenvolver junto à comunidade a ética do cuidado e a valorização do cerrado. Seu objetivo é alcançado por meio de projetos com intervenções na sociedade, sociedade, como: visitas monitoradas denominada Renascem o Cerrado (projeto de estímulo à prática de educação ambiental nas escolas da região), região), Alô Cerrado (programa (programa de rádio realizado realizado por estudantes). estudantes). A educação educação ambiental na sociedade promovendo cursos de capacitação para os professores do município. O segundo setor refere-se ao viveiro de mudas, que tem como capacidade de produção 100 mil mudas. Tendo como objetivo cultivo de plantas nativas do cerrado e, além disto, constrói parcerias para o cultivo e distribuição das plantas, da qual são todas catalogadas e em seguida é realizada a distribuição. Este espaço conta com apoio de uma rede de parceiros, tendo como o exemplo a campanha “Adote uma Espécie”. O terceiro e último último setor trata-se do criadouro criadouro conservacionista, conservacionista, sendo este um espaço para a conservação de animais do cerrado, dentre aves e mamíferos tendo entre eles eles alguns alguns amea ameaçad çados os de extinç extinção ão.. Abriga Abriga 31 anima animais is dividi dividido do em 10 espéc espécies ies distribuíd distribuídos os nos quatro recintos recintos que varia de tamanho tamanho de acordo com as espécies espécies , o objeto objeto de preser preservaç vação ão da fauna fauna do cerra cerrado. do. È importa importante nte desta destacar car que o parque parque Fiorav Fioravan ante te Galvan Galvanii não é uma uma unidad unidadee de con conser serva vação ção (UCs) (UCs) que são legalm legalment entee instituídas pelo poder público e pelo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). O parque está dentro da área de reserva recebe apoio e incentivo de empresas privadas através de vários programas. Mesmo depois de seis anos de sua criação o parque ainda está está concluindo o plano plano de gestão ambiental. 2. CONDIÇÕES FISIOGRÁFICAS DO TRAJETO BARREIRAS E LUÍS EDUARDO MAGALHES (PARQUE FIORAVANTE GALVANI)
O traje trajeto to é form formad adoo por por uma uma baci baciaa sedi sedime ment ntar ar Uruc Urucui uiaa data datada da na idad idadee paleozóica. O Grupo Urucuia é caracterizado como uma unidade neo-cretácica, e
composta por arenitos, sendo estes caracterizados como “rocha de origem sedimentar, resultante da junção dos grãos de areia através de um cimento natural” GUERRA (1966). Os arenitos são classificados também como uma rocha detritica e também quartzosos de cores variadas possui granulométrica variando de fina a media, são friáveis e limpos, mas muitas vezes contem argilas, com isso toda a região do grupo Urucuia recebe a denominação “Chapadão do Urucuia” . Observa-se no trajeto é que toda a região de Barreiras está sobre uma geologia sedimentar sedimentar dentro de uma bacia sedimentar, sedimentar, e isto com base em Guerra é uma grande depressão do terreno, do qual é preenchida por detritos provenientes das terras altas que o circundam. A estrutura dessas áreas é geralmente composta por camadas de rochas que mergulham da periferia para o centro. O relevo caracterizado como chapadão ocidental do São Francisco ou chapadão em pata patama mare ress “são “são form formas as plan planas as ou ondu ondula lada dass que que cons consti titu tuem em supe superf rfíc ície iess intermediárias ou degraus entre áreas de relevo mais elevado e áreas mais baixas” (IBGE, (IBGE, 200 2001). 1). Sendo Sendo isto isto observ observado ado nas ondulaç ondulações ões da própri própriaa BR 020 020,, tendo tendo a sensaç sensação ão que que estáva estávamos mos subind subindoo em deg degrau rauss o patam patamar ar que seria as áreas áreas mais mais preservadas onde podendo encontrar as veredas e as comunidades comunidades tradicionais. Percebemos que passamos por uma reta e chegamos ao platô, que são áreas mais eleva elevadas das do relevo relevo de uma uma região região,, com exten extensõe sõess variad variadas as e decliv declivida idade dess baixas baixas,, circundadas normalmente por escarpas e encostas. No decorrer do trajeto percebemos também uma formação savânica, que são aquelas áreas com predominâncias de espécies arbóreas e arbustivas, espalhadas sobre um subs substr trat atoo gram gramin inos oso, o, sem sem a form formaç ação ão de um doss dossel el cont contín ínuo uo (RIB (RIBEI EIRO RO & WALTER, WALTER, 1998). O bioma bioma do Cerrado possui solo pobre em nutriente nutrientess e vegetaçã vegetaçãoo norma normalme lmente nte baixa baixa,, com planta plantass espars esparsas as de aparên aparência cia seca. seca. Dua Duass estaç estações ões bem marcadas marcadas caracteriz caracterizam am o cerrado: cerrado: inverno seco e verão chuvoso. chuvoso. Segundo Leopoldo Leopoldo Magno Magno Coutin Coutinho ho no invern inverno, o, o capim capim amarel amarelece ece e seca seca quase quase todas todas as árvores árvores e arbustos, por sua vez, trocam a folhagem senescente por outra totalmente nova que denomina como pertencente a vegetação caducifólia, mas mesmo com a formação savânica sabemos sabemos que passamos passamos quase todas as as formação do cerrado, sendo sendo possível verificar o caráter mais xerófilo, que é uma fase sazonal,e com isto encontramos uma vegetação mais seca.Deste seca.Deste modo observarmos observarmos uma maior presença da da savana em nossa visão. No mês de junho é um período de estiagem, e isto faz com que a vegetação fique mais seca.E seca.E com isto temos temos nesta época uma vegetaç vegetação ão mais verde no meio da savana, e assim mais facilmente de identificarmos na região é uma área de vereda. vereda. Este Este por usa vez é um tipo de vegetaç vegetação ão com a palme palmeira ira arbóre arbóreaa Mauritia flexuosa (burit (buriti) i) emerg emergent ente, e, em meio meio a agrupa agrupame mento ntoss mais mais ou meno menoss den densos sos de espéc espécies ies arbustivo-herbáceas (EMBRAPA). Tratando ainda das veredas sabemos que as mesmas são circundadas por campos típicos, geralmente úmidos, e os buritis não formam dossel (cob (cober ertu tura ra cont contín ínua ua form formad adaa pela pela copa copa das das árvo árvore res) s) como como ocor ocorre re no Bu Buri riti tiza zal. l. Possivelmente passa um canal de drenagem, tantos nas palmeiras quantos nos buritis, pois são ambos bio-indicador de presença de um canal de drenagem ou uma área úmida. Observamos também que é uma época que tem grande concentração de fogo no cerrado. cerrado. Devido Devido a dois motivos: motivos: a ação antropica antropica e a ação natural. natural. O primeiro, com base em Moreira (2002) é motivado pelo preparo do solo para o plantio, o fogo é um fator que altera de maneira drástica a vegetação no cerrado, sobretudo na população das plantas. Em relação ao segundo, o autor Henriques (2005) sugere que as queimadas naturais, ou seja, aquelas que ocorrem na vegetação por vegetação por necessidade de renovação, há
uma fase de imigração da vegetação para a área afetada ocorrendo assim um equilíbrio onde não há extinção, nem mortalidade, e após essa fase ele defende que deve proteger o local para que continue em plena vigor e equilíbrio. 3.IMPORTÂNCIA 3.IMPORTÂNCIA (PRÓS E CONTRAS) CONTRAS) DO PARQUE FIORAVANTE FIORAVANTE GALVANI GALVANI DO PONTO DE VISTA ECOLÓGICO E AMBIENTAL.
O primeiro parque conservacionista tem uma importância de conservação de espé espéci cies es amea ameaça çada dass no cerr cerrad adoo que que é o segu segund ndoo maio maiorr biom biomaa que que está está send sendoo evidenciado em varias pesquisas, sendo considerado como um dos mais devastados e com mais animais em processo de extinção. No entanto, este conservacionismo não pode prometer um retorno às paisagens intocadas, muito menos esconder o que existe por tráz do desmatamento exagerado para plantação de eucaliptos. Alguns estudos comprovam que foi uma atividade que trouxe diversos problemas para o cerrado uma delas advindos do crescimento dessas atividades, que foram desenvolvidas de forma desorganizada, sem o devido respeito ao patrimônio natural. Outro problema no cultivo do eucalipto ocorre devido ao rápido crescimento deste tipo de planta que absorve muita água do solo, portanto todas as espécies arbóreas de rápido crescimento consomem muita água visto que isso está ligado diretamente ao seu porte e o grande consumo de água. E isto compromete os aqüíferos e os canais de drenagem. Nas regiões onde tem pouca freqüência de chuva a plantação de eucalipto acarreta em um ressecamento dos solos. Com isto necessita de uma técnica de manejo especifica para que esse processo de ressecamento seja evitado protegendo assim o solos, e mesmo a criação em cativeiro de animais ameaçado não é suficiente para garantir que as espécies seja eliminada dos índices de espécies espécies ameaçadas, ameaçadas, pois parque não devolve a natureza natureza dos animais criado criado em cativeiro,por causa causa que o parque não trabalha trabalha com reabilitação reabilitação de animal para seu ambiente natural.Percebemos assim que o processo de procriação é limitado, pois o parque não tem suporte para muitos animais além de fazerem rotatividade com os animais. As cidades de Barreiras e Luis Eduardo Magalhães vêm sofrendo degradações, estas oriundas de um mau planejamento municipal que gera problemas como, por exemplo, áreas naturais que deveriam ser preservadas são tomadas por loteamentos irregulares, invasões, e ainda servindo para depósito de lixo ou gerando aumento dos índices de criminalidade isso na área urbana da cidade. No que se trata do campo o descaso é muito grande a desordem passa por cima de qualquer lei ambiental sem ocorrer nenhuma preocupação com o manejo correto ambiental muitas vezes deparamos com conflito por conta de vários uso e ocupação indevidos. indevidos. Milano (2001) afirma que: "À medida que a existência das unidades de conservação deve refletir a preocupação da sociedade, ou parte dela, com os usos inapropriados dos recursos naturais, que estão constantemente ameaçados de desaparecimento, significam uma garantia do estado aos cidadãos de que pelo menos algumas amostras significativas do patrimônio da nação estarão permanentemente protegidas das ameaças de desaparecimentos que sofrem".
Um ponto positivo no parque refere-se a educação ambiental é relevante para o processo de ensino e de aprendizado que tem o objetivo disseminar o conhecimento sobre o meio ambiente, ajudando à sua preservação e utilização sustentável dos seus recursos. É um método que sugere a partir de seus princípios e ferramentas instruir a população rumo à consciência ambiental.
4.REFERENCIAS;
Disponível em: http://www.linagalvani.org.br acessado 23.06.2012 Disponível em: http://www.ibge.gov.br acessado 23.06.2012 GUERRA, A. T. Dicionário geológico geomorfológico. Rio de Janeiro, 1966. RIBEIRO, J.F, Walter, B.M.T Fitofisionomias do biomaCerrado . In: Sano SM, Almeida SP, 1998 EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. 1999. Sistema brasileiro de classificação de solos. 1ª ed. EMBRAPA Solos, Rio de Janeiro COUTINHO, L.M. O conceito do Cerrado. Revista Brasileira de Botânica, 1978. HOFFMANN, W.A ,MOREIRA,- O papel do fogo na dinâmica populacional de plantas lenhosas. Os Cerrados do Brasil: ecologia e história natural de uma savana neotropical. Nova York. Columbia University Press. 2002. MILANO, M. S.In: Benjamim, A. H. (Org.), Vio, A. P. Direito ambiental das áreas protegidas: regime jurídico das unidades de conservação. Unidades de Conservação – Técnica, Lei e Ética para a Conservação da Biodiversidade. Zona de Amortecimento e Corredores Ecológicos. Forense Universitária. Rio de Janeiro. 2001