Agentes formadores formadores e modeladores do relevo
A GEOMORFOLOGIA É A CIÊNCIA QUE PROCURA EXPLICAR OS PROCESSOS INERENTES ESTRUTURA E AO MODELADO TERRESTRE.
GEO = terra MORFO = forma LOGIA = estudo
As estruturas que formam a superfície refletem os eventos geológicos da história do planeta.
À
1. O QUE É RELEVO? Trata-se do conjunto das formas da crosta terrestre, manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras emersas. Encontramos formas diversas de relevo: montanhas, planaltos, planícies, depressões, cordilheiras, morros, serras, inselbergs, vulcões, vales, escarpas, abismos, Cuestas, etc. etc.
COMO SE FORMA O RELEVO?
O relevo se origina e se transforma sob a interferência de dois tipos de agentes:
AGENTES INTERNOS (ENDÓGENOS)
São responsáveis pela formação do relevo. Os agentes Internos ou endógenos são processos estruturais que atuam do interior para o exterior do planeta :
Tectonismo
Vulcanismo
Abalos sísmicos
São processos que têm sua origem no interior da Terra, como o vulcanismo, o tectonismo e os abalos sísmicos. Vulcanismo É a atividade pela qual os materiais vindos do manto atingem a superfície. Lavas, cinzas e gases.
Através de fendas ou aberturas da crosta terrestre.
A acumulação e consolidação da lava expelida pelos vulcões podem dar origem a montanhas e ilhas. Vulcão Stromboli, na Itália.
TECTONISMO:
O movimento das placas tectônicas traz, em sua dinâmica, resultados que podem ser observados na superfície. Os terremotos terremotos,, o vulcanismo vulcanismo,, as rochas dobradas e falhadas são exemplos claros de que toda a crosta esteve e está em constante movimento.
Esses movimentos são denominados tectônicos e são classificados em dois tipos: Orogênese Epirogênese
movimento horizontal
ABALOS SÍSMICOS
Terremoto ou abalo sísmico é uma vibração da superfície terrestre
produzida por forças naturais situadas no interior da crosta a profundidades variáveis. Podem ser também associados à ação humana quer direta ou indiretamente nas atividades de extração de minerais, água ou petróleo.
AGENTES EXTERNOS DE RELEVO (EXÓGENOS)
O relevo terrestre encontra-se em permanente evolução, pois os agentes externos trabalham contínua e incessantemente esculturando ou modelando a paisagem terrestre.
Principais agentes externos:
Intemperismo
Antropicidade Antropicida de
INTEMPERISMO É o conjunto de processos químicos, físicos e biológicos (ação da água, do vento, do calor, do frio e dos seres vivos) que provocam o desgaste e a decomposição das rochas. Podem ser físicos físi cos e químicos.
Físico A desintegração e a ruptura das rochas inicialmente em fendas, progredindo para partículas de tamanhos menores, sem, no entanto, haver mudanças na composição química. Exemplos de processos físicos de meteorização: congelamento da água, variação de temperatura, decomposição esferoidal, esfoliação, destruição orgânica. –
Químico Realizam-se em presença da água e dependem da ação de decomposição da água juntamente com o CO2 CO2 dissolvido e, em alguns casos, ácidos orgânicos formados pela decomposição de resíduos de vegetais. Exemplos de processos químicos de intemperismo: oxidação dos solos ferrosos, maresia em áreas litorâneas.
–
ANTROPICIDADE
Consiste na atuação direta ou indireta do ser humano sobre o planeta.
AGENTES MODELADORES
A INCRÍVEL FORÇA DA NATUREZA ESCULPINDO ESCULPINDO AS AS ROCHAS
Parque Nacional Grand Canyon, no Arizona, Estados Unidos (2006).
FORMAS DE RELEVO PRINCIPAIS ESTRUTURAS DE RELEVO:
PLANALTO
PLANÍCIE
DEPRESSÃO
MONTANHAS
PLANALTOS Podem aparecer sob diferentes formas, como morros, serras ou elevações de topo plano (chapadas). Sofrem erosão (retirada de materiais) intensa. As bordas podem ser escarpadas (paredão abrupto) ou apresentar rampas suaves. •
•
Geralmente as altitudes do planalto são superiores a 300 metros. metros. Parque nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais.
PLANALTO
PLANÍCIES São áreas geralmente planas e basicamente formadas por rochas sedimentares. Em geral, essa forma de relevo é encontrada ao longo dos grandes rios e nas proximidades de lagos e mares. Vista área do Pantanal. Pantanal. Poconé, MT.
Mais intenso o trabalho de deposição do material erodido pelos agentes modificadores do relevo.
PLANÍCIE
DEPRESSÕES
Partes mais baixas em relação às formas de relevo que as circundam. Apresentam uma leve inclinação e são também caracterizadas por um processo de erosão, que é um aspecto determinante determinante na sua formação. •
•
Quando as depressões se encontram abaixo do nível do mar, recebem o nome de depressões absolutas.
O mar Morto, na Ásia, é um exemplo de depressão absoluta. Ele está metros abaixo do nível do Área de depressão no parque nacional da mar. Chapada dos Guimarães, no Mato
DEPRESSÃO
RELEVO BRASILEIRO ESTRUTURA GEOLÓGICA
ESTRUTURA GEOLÓGICA EOLÓGICA DO DO BRASIL
É de formação geológica antiga;
Apresenta escudos ou crátons, bacias sedimentares;
64% do território bacias sedimentares, 36% escudos cristalinos. –
C ARACTERÍSTICAS A formação do relevo brasileiro decorre da ação de diversos elementos, como a estrutura geológica do território, os agentes internos, o tectonismo e o vulcanismo, e os agentes externos: as águas correntes e o intemperismo.
O Brasil é um país de poucos desníveis. Cerca de 40% do seu território encontra-se abaixo de 200 m de altitude altitude,, 45% entre 200 e 600 m, e 12%, entre 600 e 900 m. Apenas 3% constituem área montanhosa montanhosa,, ultrapassando os 900 m de altitude.
Como reflexo dessa estrutura geológica, de base sedimentar, a altimetria de do relevo brasileiro vai caracterizar-se pelo predomínio das baixas e médias altitudes.
Tais formações se sobrepõem aos terrenos précambrianos,, mais antigos, que formam o cambrianos embasamento de nosso relevo, de origem cristalina,, e que afloram em 36% do território. cristalina
O relevo brasileiro, em sua formação, não sofreu a ação dos movimentos orogenéticos recentes, responsáveis pelo surgimento dos chamados dobramentos modernos e, por isso, caracteriza-se pela presença de três grandes formas: os planaltos as depressões e as planícies planícies.. Os planaltos e as depressões representam as formas predominantes, ocupando cerca de 95% do território, e têm origem e tanto cristalina quanto sedimentar. Em alguns pontos do território, especialmente nas bordas dos planaltos, o relevo apresenta-se muito acidentado, como a ocorrência de serras e escarpas.
As planícies representam os 5% restantes do território brasileiro e são exclusivamente de origem sedimentar.
ESTRUTURA GEOLÓGICA GEOLÓGICA DO BRASIL ESCUDOS CRISTALINOS: -
Formação pré-cambriana. Terrenos arqueozóicos: Serra do Mar (granito). (granit o). Terrenos proterozóicos: jazidas de minerais (ferro e manganês).
BACIAS SEDIMENTARES: -
Terrenos paleozóicos: jazidas carboníferas do sul. Área mesozóica: depósitos petrolíferos petrolíferos do litoral. Terrenos cenozóicos: planícies.
TERRENOS VULCÂNICOS: -
Áreas que durante a era mesozóica sofreram sofreram intensos derrames vulcânicos. (bacia do Paraná) Rochas basálticas. Solo fértil (terra roxa)
ESTRUTURA GEOLÓGICA GEOLÓGICA DO BRASIL
CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO
Aroldo de Azevedo, na década de 40, que utilizava como critério para a definição das formas o nível altimétrico como fator de determinação do que seja um planalto ou uma planície.
De acordo com esse critério: a superfícies aplainadas que superassem a marca dos 200 m de altitude seriam classificadas como planaltos, as superfícies aplainadas que apresentassem altitudes inferiores a 200 m seriam classificadas como planícies.
Com base nisso, o Brasil dividia-se em oito unidades de relevo, sendo 4 planaltos, que ocupavam 59% do território e 4 planícies, que ocupavam os 41% restante
Aroldo
de Azevedo.
Década de 1940. Critério: Altimetria. Planalto e planície, estabelecendo a altitude de 200m para comparativo. 4 planaltos e 3 planícies.
LASSIFICAÇÃO DE A C LASSIFICAÇÃO DE AZIZ A B’ S ABER
O professor Aziz Nacib Ab'Saber, no final da década de 50, apresentou uma nova classificação que desprezava o nível altimétrico e dá ênfase aos processos geomorfólogicos, isto é, aos processos de erosão e sedimentação.
Assim, para para ele: planalto é uma superfície na qual predomina o processo de desgaste planície (ou terras baixas) é uma área de sedimentação.
Por essa divisão, o relevo brasileiro se compunha de 10 unidades, sendo 7 planaltos, que ocupavam 75% do território, e três planícies, que ocupavam os 25 restantes.
Década de 1960. Critério: Morfoclimático. Classificação baseada na sedimentação e erosão, as regiões eroditas eram planaltos e as sedimentadas planícies. 7 planaltos e 3 planícies.
CLASSIFICAÇÃO DE ROSS A mais recente classificação do relevo brasileiro é a proposta pelo professor Jurandyr Ross, divulgada em 1985.
Jurandyr Ross, a exemplo de Ab'Saber, também utiliza os processos geomorfológicos para elaborar a sua classificação.
Projeto Radam Brasil, levantamento levantamento detalhado das características geomorfológicas, geológicas, solo, hidrografia e vegetação.
28 unidades de relevo, levando em consideração: planaltos, planícies, planícies, depressões, depressões, escudos e bacias sedimentares
Destaca três formas principais de relevo:planaltos, planícies e depressões. Define cada macro-unidade da seguinte forma: PLANALTO como sendo uma superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e produto de erosão; PLANÍCIE, como uma área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos; DEPRESSÃO, como superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por processo de erosão.
LASSIFICAÇÃO DE J URANDYR URANDYR ROSS C LASSIFICAÇÃO DE
LASSIFICAÇÃO DE J URANDYR URANDYR ROSS C LASSIFICAÇÃO DE
: Morfoestrutural: Morfoestrutural: geologia Morfoclimático: clima e relevo Morfoestrutural: agentes exógenos Critérios
: 1 táxon: forma de relevo 2 táxon: estrutura geológica 3 táxon: morfoesculturas Níveis °
° °
Três grandes perfis que resumem nosso relevo (Por Jurandyr Ross) Região Norte
Este corte (perfil noroeste-sudeste) tem cerca de 2.000 quilômetros de comprimento. Vai das altíssimas serras do norte de Roraima, na fronteira com a Venezuela, Colômbia e Guiana, até o norte do Estado de Mato Grosso. Mostra claramente as estreitas estreit as faixas de planície situadas às margens do Rio Amazonas, a partir das quais seguem-se amplas extensões de terras altas: planaltos e depressões. depressões. •
Região Nordeste
Este corte tem cerca de 1.500 quilômetros de extensão. Vai do interior do Maranhão ao litoral de Pernambuco. Apresenta um retrato fiel e abrangente do relevo da região: dois planaltos (da Bacia do Parnaíba e da Borborema) cercando a Depressão Sertaneja (ex-Planalto Nordestino). As regiões altas são cobertas por mata. As baixas, por caatinga.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
Este corte, com cerca de 1.500 quilômetros de comprimento, vai do Estado de Mato Grosso do Sul ao litoral paulista. Com altitude entre 80 e 150 metros, a Planície do Pantanal está quase no mesmo nível do Oceano Atlântico. A Bacia do Paraná, formada por rios de planalto, concentra as maiores usinas hidrelétricas brasileiras brasileiras
RELEVO DO PARANÁ
PARANÁ – ASPECTO ASPECTOS S FÍSICOS
O relevo e as macro estruturas geológicas paranaenses se enquadram da seguinte maneira: Partindo de uma compartimentação geomorfológica, temos cinco grandes compartimentos (indo de Leste a Oeste):
Planície Litorânea, Serra do Mar, Primeiro Planalto, Segundo Planalto e Planalto. Terceiro Planalto.
PARANÁ – ASPECTOS FÍSICOS
Tipicamente de planalto, com degraus numa disposição de verdadeiros arcos, apresenta basicamente duas estruturas geológicas: Escudo Cristalino e Bacias Sedimentares S edimentares
PARANÁ – ASPECTO ASPECTOS S FÍSICOS
PARANÁ – ASPECTO ASPECTOS S FÍSICOS
PARANÁ – ASPECTO ASPECTOS S FÍSICOS
Perfil Geológico do Paraná
3º Bacia Sedimentar Guarapuava
2º Bacia Sedimentar Ponta Grossa
Derrames de Trapp Mesozoica
Sedimentos Paleozóica
OESTE
1º Bacia Sedimentar de Curitiba
Sedimentos Cenozóica
Planície Litorânea
Serra do Mar
Escudo Cristalino Pré-Cambriana
Sedimentos Cenozóica
LESTE
PARANÁ – ASPECTO ASPECTOS S FÍSICOS
PARANÁ – ASPECTO ASPECTOS S FÍSICOS
PLANÍCIE LITORÂNEA
A Planície Litorânea é composta basicamente de rochas sedimentares recentes Cenozóica) e o relevo é bastante plano. Já a Serra do Mar é composta por rochas Ígneas e Metamórifcas, que correspondem ao escudo cristalino paranaense (Pré-Cambriano). As declividades são extremamente acentuadas, sendo que os pontos mais altos do Paraná se encontram neste compartimento.
SERRA DO MAR
É a porção mais elevada do relevo paranaense, o grande divisor de águas que define duas bacias hidrográficas do Paraná: A bacia do Atlântico (rios que correm em direção a leste) e a bacia do Paraná (rios que correm em direção a oeste). É um relevo antigo de embasamento cristalino (pré-cambriano), aparecendo rochas metamórficas como o gnaisse e o granito.
SERRA DO MAR
O ponto mais alto do estado está localizado na Serra do Mar, que é o Pico Paraná com mais de 1900 m de altitude.
PRIMEIRO PLANALT PLANALTO O PARANAENSE
O Primeiro Planalto paranaense é composto pelas mesmas unidades encontradas na Serra do Mar, podendo ser encontradas ainda, estruturas cársticas no norte da Região Metropolitana de Curitiba, ou, como a formação sedimentar Guabirotuba que se localiza principalmente na maior parte do perímetro urbano da capital paranaense. Os relevos variam de ondulados a planos, sendo que na porção norte o relevo é mais acidentado. Este planalto fica entre a Serra do Mar e a Escarpa Devoniana, que faz divisa com o Segundo Planalto.
SEGUNDO PLANALT PLANALTO O PARANAENSE
O planato de Ponta Grossa, Campos Gerais ou Sergundo Planalto paranaense, é um compartimento de rochas sedimentares como os arenitos, que se depositaram ainda quando a América fazia parte do supercontinente Gondwana. Neste planalto encontramos a formação Vila Velha e o Canyon Guartelá. É limitado com o primeiro planalto pela Escarpa Devoniana, e com o Terceiro Planalto através da Escarpa da Esperança.
TERCEIRO PLANALT PLANALTO O PARANAENSE
Por fim, o Terceiro Planalto paranaense, ou planalto de Guarapuava, que se estende da Escarpa da Esperança até o rio Paranapanema, que faz divisa com o estado de São Paulo, e com o rio Paraná que faz divisa com o estado de Mato Grosso do Sul, com o Paraguai Paraguai e com a Argentina, continuando ainda em Santa Catarina.
TERCEIRO PLANALT PLANALTO O PARANAENSE
Este planalto é composto principalmente de rochas Ígneas Extrusívas, como o Basalto, que veio a superfície quando o Gondwana se separou, abrindo inúmeras fendas na litosfera, por onde o magma conseguiu extravasar, criando portanto uma macro estrutura de derrames vulcânicos que se "esparramaram" por cima das estruturas sedimentares que compõe o Terceiro Planalto.
TERCEIRO PLANALT PLANALTO O PARANAENSE
Cabe ressaltar que a partir desta estrutura, foi possível formar solos bastante férteis, (as antigas Terras Roxas estruturadas, que hoje são chamados de Nitossolos) que dão ao Paraná a possibilidade de ter a agricultura como um forte componente na economia. Posteriormente, em um período de clima mais seco, formou-se a partir destes basaltos, alguns arenitos que são encontrados na porção noroeste do estado, em função do predomínio do intemperismo físico. Esta formação, chamada de Caiuá, é responsável pela formação de solos bastante arenosos, o que torna a região ambientalmente ambientalmente frágil do ponto de vista dos processos erosivos.