Resenha do livro “Apologia da história ou ofício de historiador” de Marc Bloch
O livro é considerado considerado uma obra obra prima da historiogra historiografia, fia, ela nos apresent apresenta a vári várias as conc concep epçõ ções es da esco escola la dos dos Annal nnales es,, exem exempl plos os de trat tratam amen ento to de documentos, de reflexão filosófica, de uma análise crítica dos testemunhos e principalmente de erudição e interdisciplinaridade ue o historiador deve utili!ar dentro de um trabalho historiográfico" #arc $loch é muito comum por repensar o tempo dentro de um trabalho, e nesse livro não é diferente" %a apresentação à edição brasileira, elaborada por &ilia #orit! 'ch(arc!, ela nos mostra os principais conceitos ue serão apresentados durante todo livro) o passado não é ob*eto de ci+ncia o ue se compreende por método regressivo, esse *ogoentre a import.ncia do presente para a compreensão do passado e vice/versa" 'egundo essa apresentação, $loch investe em uma história como problema, ele foi uma espéc espécie ie de fundad fundador or da antrop antropolo ologia gia histór histórica ica,, ficand ficando o muito muito conhecido por nos apresentar períodos históricos mais alargados, de longa duração e ue se modificam de forma mais lenta" A partir partir da página página 01, temos temos o prefcio escrito pelo medievalista franc+s 2acues &e 3off, ele nos apresenta uma proposta de análise dentro de um con contex texto geral ral da obra, bra, fa! fa!endo ndo um panor anoram ama a sobre obre os concei nceito toss apresentados durante toda a vida de $loch" A preocupação da obra e nos apresentar o historiador como um homem de um ofício, o ue segundo &e 3off, apar aparen enta ta deli delimi mita tarr as dist distan anci cias as do traba trabalh lho o do hist histor oria iado doss dos dos dema demais is profissionais das ci+ncias humanas" O historiador tem seus métodos e práticas de trabalhos, ue lhes são próprias, daí ele delimita seu ob*eto de estudo" O ponto de partida para ue #arc $loch tem é um uestionamento de seu filho, onde perguntava para ue serve a história, dessa premissa ele começa a problemati!ar o ob*eto ue o historiador produ!" A obrigação do historiador é difundir e explicar aos doutores e aos estudantes" A história passou por diferentes processos de legitimidade, o problema não é só epistemológico, mais sim de dever cívico e moral" 'ua fonte principal reside na memó memóri ria, a, ela ela é uma uma das das prin princi cipa pais is maté matéria riass prim primas as da hist histór ória ia,, um fen4meno ue não é apenas constatado" Os dois fen4menos mencionados por &e 3off são, o caráter da duração! matéria concreta do tempo, e a aventura! forma individual e coletiva da vida dos homens" 'ua preocupação agora, passa na uestão da história e sua observação, os historiadores necessitam ser vigilantes, pois senão a história náufraga no descrédito-, ele resalta o papel alemão, ue se serviu da história para elevar o moral de seus cidadãos em períodos de dificuldade" Os dois elementos apresentados e ue diferem entre si são, a ci"ncia histórica! histórica! ue é um fen4meno submetido 5s condições da histór história, ia, a histór história ia #ue coe$is coe$iste te co% a vida vida hu%ana hu%ana&& A esteticidade da auilo lo ue ue o auto autorr apel apela a para para ue ue não não se*a se*a esu esuec ecid ida a pela pela história é aui comunidade acad+mica, na uestão de ue a história deve se inspirar nas
técnicas dos poetas, ue constroem suas histórias de forma tão brilhante" %o prefácio &e 3off fala sobre $loch, no ue di! respeito 5 crítica ao positivismo" 6le di! ue $loch ainda crítica ferrenhamente o seu antigo professor 7harles 'eignobos, reconhece seu brilhantismo e sua procura por métodos ob*etivos, mas ualifica como um horror- essa história da escola positivista tão propagada por ele" O fato histórico não é um fato positivo, o ue estabelece a cientificidade da história é o método do historiador e não o simples con*unto de leis classificatórias e dentre essa linha historiográfica &e 3off reafirma uestões pontuais da obra como, a influ+ncia da sociologia de 8ur9heim) o apelo a especificidade nos trabalhos, onde o tempo da história escapa a uniformidade) a interdisciplinaridade) a complexidade dos fatos humanos) a investigação da memória coletiva" $loch prefere o momento- ue é o ue conhecemos por acontecimento-, ele fala sobre a análise histórica, ela deve compreender ao invés de *ulgar" O prefácio é bastante esclarecedor, pois nos apresenta conceitos como) análise psicológica do individuo e do testemunho, crítica interna e externa do documento e a problemati!ação do fa!er histórico" A temática de boa parte do prefácio se da em torno da :ltima frase do livro; “'ausas não são postuladas, são buscadas&”
%a introdução do livro, explica peuenos adendos antes de adentrar nos conceitos" 'ob o uestionamento de seu filho $loch começa na introdução a se debruçar sobre um campo vasto, o campo da nature!a da história e o ofício do historiador" &ogo no início ele critica a ideia de história narrativa, postuladas por seus mestres, &anglois e 'eignobos em
no campo do conhecimento racional" 7hegando a um ponto crucial do conceito de cientificidade, auela instituídas sobre as bases 7omtianas da escola metódica, $loch crítica veementemente a rigide! da visão positivista da
história/ci+ncia, ue negava as possibilidades da história levando ao ue conhece por “historiante”& >or fim, ele crítica e reconhece 5 sociologia de 8ur9heim, a crítica está no desdém ao tempo dentro das análises sociais, e reconhece o seu fator nas análises psicológicas da sociedade" O ofício do historiador está em refletir e não buscar um modelo uniforme de conhecimento, assim como fa!em as ci+ncias da nature!a" %o primeiro capítulo, A história, os ho%ens e o te%po! $loch fa! uma peuena análise antes de adentrar nos conceitos principais desta parte" Apresentando a difícil tarefa da definição de um ob*eto de estudo e em meio as dificuldades ue o historiador encontra tem se a uestão do passado" Ao afirmar ue a história não é uma ci+ncia do passado, o autor nos mostra ue a historiografia não se limita a pensar a nature!a da cientificidade da história como sendo apenas o passado como o seu ob*eto principal de estudo" A tradição linguística preserva as historias-, é necessário uma diferenciação da história dos historiadores de histórias de homens" %a divisão de tarefas é importante salientar os vários uestionamentos postulados, daí $loch tira um exemplo de um geólogo ao uestionar a nature!a de seu trabalho ?página 11@" 6m suma ele reafirma o papel da erudição e da interdisciplinaridade" Os diversos atos do homem, são resultado de necessidades coletivas e ue apenas, uma certa estrutura social torna possíveis" O fato histórico é obra de uma sociedade, e se dá segundo as suas necessidades" O ob*eto da história é por nature!a o homem, são os homens ue a história uer capturar" $loch afirma ue o bom historiador é como um ogro da lenda ue fare*a a sua caça" %o final do século < sempre se procurava u% %odelo unifor%e ue indicasse o caminho do fa!er história, toda essa procura era uma influ+ncia positivista" >orém o livro alerta ue não existe uma medida matemática para explicar os fatos humanos, eles devem ser tratados com a maior delicade!a e reflexão no momento de sua abordagem" O autor afirma ue toda a ci+ncia tem sua estética de linguagem e ao tratarmos dos homens e suas ações, deve/se ter uma grande preocupação com a linguagem ?finesse@" >ara tal afirmação, $loch busca dar exemplos) o exemplo de um fresador e um luthier, ambos tem trabalhos semelhantes, porém o fresador utili!a de instrumentos técnicos e mecanismos de precisão e o luthier se guia pelo seu tato" %o te%po histórico, aborda esses uestionamentos sobre a nature!a dos trabalhos, a duração e a atmosfera de seu pensamento" - ídolo e as origens! o autor afirma nessa parte o papel da investigação das
origens das coisas, isso sempre permeou os eventos- e investigações causais" As Origens são um começo ue se explica-, essa obsessão pelo embrionário nos colocam de frente com as ci+ncias da nature!a" As origens das religiões ?em particular o cristianismo@ são usadas como um exemplo" $loch uer di!er com isso é ue se cria uma fixação pelas origens para se *ustificar uma configuração do presente, ue se esgotavam em causas" A' transformações
de ordem social ue desembocam em um uando do presente, por si só, não explicam os fatos" 6ssa determinação cronológica das origens põe em descrédito o estudo da história" %a parte “- passado e o presente”! fala sobre a uestão do tempo, como o próprio autor afirma) dessa cadeia de causas- é uma uestão ue se precisa ter bastante cuidado na sua construção de discurso, onde se apoia um passado para se *ustificar o presente" 6sse modelo não se a*usta, não se encaixa em um modelo matemático" Os fatos mais próximos ao historiador, são os mais rebeldes, pois precisam ser tratados de forma cuidadosa" Outros cientistas através de suas explicações destinguir o passado, ue segundo $loch, se utili!am de uma visão li%itada no te%po, ele fa! esse contraponto entre historiadores das demais categorias de estudo humano, ao ual se referiam os :nicos exploradores do vivo"- Ba!endo uma critica a atmosfera mecanicista ue se instala entre os historiadores" 6m suma, o autor afirma ue não se pode compreender o passado se não se sabe nada do presente" %o segundo capítulo, A observação histórica! situando/se a cerca da infor%ação histórica e suas características, ele fala sobre os fatos históricos) onde nenhum historiador pode constatar em loco os seus fatos de estudo" O historiador age como um investigador e fala segundo as testemunhas, não como uma testemunha, isso é um trabalho complicado e árduo" A observação do presente, na história é de extrema complexidade" As pessoas ue vivenciam os fatos, ualuer ue se*a no tempo, tem uma percepção parcialmente limitada dos sentidos, diferentemente do historiador, ue indaga e propõe uestões" 6le vive em uma configuração, arma a sua investigação pensando na nature!a dos fatos, nas postulações" A percepção dos resíduos) o esforço de intelig+ncia ue não só se aplica a estudar os relatos de pessoas ue viveram o fato, pessoas aos uais, $loch chama de intermediários- da produção do ob*eto de estudo" Os vestígios fa!em parte da constituição de um fato, particularmente da percepção histórica o conhecimento dos fatos humanos, fa!endo uma critica a essa visão limitada da observação histórica o autor nos chama a atenção para a posição em ue o historiador fica meramente no ostracismo da testemunha ocular de um evento" 6ssa passagem o ob*eto verdadeiramente constatado ao fato explicado, o processo de investigação passa pela criação de indagações" A import.ncia do testemunho voluntário e involuntário, marca deliberadamente para informar o historiador, os relatos nos fornecem um enuadramento cronológico, mais é importante salientar ue não só os testemunhos devem nos guiar, mais a investigação sobre a veracidade e alteração desses documentos" Os documentos não falam senão uando sabemos interrogar, numa crítica a observação passiva do documento, contra a submissão ao documento" $loch fala dos uestionamentos a uma multiplicidade pode gerar novos módulos, novas postulações" A escolha ponderada das perguntas tem ue ser extremamente flexível a diversidade dos
testemunhos históricos, o texto menciona >aul CalerD e sua crítica ao testemunho, não é necessário redu!ir 5 história ao erro na escrita, esse tipo é a história %al co%preendida& A necessidade das técnicas eruditas, se restringem 5 tipos de testemunho específicos, o ue era um paradoxo para o historiador) para ue isso não ocorra é indispensável o domínio da linguagem e das ci+ncias auxiliares-"%a parte) A trans%issão dos teste%unhos, $loch começa essa parte criticando os corpos acad+micos e suas visões, ue não ao interrogar e explicar o documento de maneira correta, seguem numa mentalidade de carro de bois na época do automóvel-" 'eguindo a abordagem dos esforços de um trabalho intelectual, ele fala ue em muitas ve!es, esse trabalho é de um esforço de erudição de forma tal, ue não chega a ser medido" Os aruivos chegam tarde na área urbana, *untam/se e colhem/se esses documentos são muito complicados de se encontrados e analisados" 7itando um exemplo dos documentos do período senhoral na Brança, nos apresenta essa limitação do documento" 6m resumo, ele nos fala da privação do historiador no ue se di! respeito a descoberta e o acesso aos documentos na pesuisa" %o capítulo tr+s, esboço de u%a história do %+todo crítico, o autor foca suas atenções sobre a crítica ao testemunho e a atenção ue o historiador precisa ter ao avaliar o documento" O uso do bom senso e a busca por um método de aplicação da crítica, são abordados de forma significativa nessa parte" A d(vida e a proble%atiação do docu%ento é essencial para estabelece marcos críticos, é uando a duvida em si, torna/se problemati!adora e examinadora, ue nos serve" 6ssa busca por regras ob*etivas, fa! o autor criticar certos métodos de ceticismo, o ue ele chama de luta co% o docu%ento, oscilação de alguns te%as, proble%as %al for%ulados e desperdício de erudição& O excesso de min:cias, fa! com ue
o trabalho se perca, o fa! ser desinteressante ser lido, cabe ao historiador usar da brevidade ao compor as suas notas e suas análises dos documentos" Euando a história se dar a ouvir os testemunhos involuntário-, é ue ela deixou a se limitar as fontes documentais, obvio ue esses testemunhos devem ser levados em conta, uanto a veracidade, porém eles são um ponto de extração de informações relevante na construção de uma configuração" O ue $loch tenta mostrar é ue, o teste%unho por si só não fala, cabe aos historiadores saber fa!er com ue elas falem- dentro de um discurso historiográfico" Os testemunhos devem se situar dentro de um ponto de partida no ue di! respeito da construção de uma análise" %a parte denominada, .% busca da %entira e do erro, o autor analisa os documentos, os métodos aplicados, buscando interrogar a veracidade e apontar os erros das fontes" A uestão da fraude, a história contempor.nea forneceu alguns exemplos da falsificação de origem patriótica" %em sempre os testemunhos verídicos contam a verdade, por isso é bom procurar analisar todas as possibilidades, o ue importa é esclarecer e tra!er 5 tona a verdade, tudo isso dentro de uma
análise crítica" 8escobrir os motivos da apresentação e formulação desses documentos, buscando os autores dessas falsificações" Abrindo uma nova perspectiva de análise e investigação histórica" A import.ncia de entender a falsificação passa no papel de investigação do impostor, o ue o autor dá as características essenciais" O falsificado, segundo a obra, era normalmente levado a intelectuali!ar em excesso a humanidade, sendo o seu ato, um ato gratuito-" 6ntão, começa/se a falar do grande numero de documentos for*ados com finalidades, ou se*a, havia um interesse próprio em algumas falsificações, o ue ele chama de epidemia coletiva de fraudes" >or continuidade, $loch fala do romantismo e sua busca incessante do primitivo, apontando dessa premissa talve!, uma necessidade da invenção do passado pela sua admiração em reviv+/lo" A psicologia do teste%unho sempre está rodeada pela incerte!a, os níveis de falsificação são muitos, desde os mais propositais ao erro inteiramente involuntário" 8aí o espanto de $loch com relação a passividade e a aceitação dos fatos dos documentos, como sendo verdadeiros" 6les estão suscetíveis a fatores ue levam a distorção, a alteração do testemunho) são o cansaço, a emoção do momento, a percepção alterada das coisas" O ue o autor afirma ser a familiaridade com o ambiente, com o lugar, tra! uase ue necessariamente a uma indiferença aos detalhes em si" F um erro do historiador acha ue pode reconstruir todo um ambiente fidedignamente, do acontecido, no máximo ele pode mostrar o ue ele imagina ser" Euanto a isso a obra alerta para ue um historiador não se torne um mero observador de memórias toscas-" Apesar da incerte!a do testemunho, ao historiador cabe ter um apurado senso crítico ao explicar, ue a bele!a dos trabalhos historiográficos está em viver nesse limite de credulidade, onde não se deve descartar nada, onde se devem analisar as min:cias" %a tentativa de u%a lógica do %+todo crítico” fala/se sobre a uestão da crítica do testemunho, ela está estabelecida em uma arte de sensibilidade, ou se*a, ela não é racional como em uma forma metódica definida" 6la surge de uma confrontação de relatos, de uma comparação, daí nasce o próprio testemunho verídico, ele também atenta no ue di! respeito a cópia de um documento, onde duas fontes podem viver numa mesma posição de incerte!a e nesse caso sempre ocorrerá um conflito de testemunhos, onde um dos dois irá sucumbir e se apresentará a verdade" #as também, pode/se não encontrar a verdade, pois tem a premissa ue os dois documentos apresentados possam não ser verídicos, talve! tenham bebido de uma fonte primária" F necessário, segundo essa parte, o historiador ter uma crítica próxima a instintiva metafísica- do semelhante e dessemelhante" 8eve/se, neste segundo caso ?hipótese da copia@ reconhecer o documento através de uma crítica interna ou e$terna do docu%ento, u%a anlise lógica& >ara constatar tais desdobramentos, é de grande import.ncia uma análise mais exata ue diferencie possíveis desvios ue a falsificação apresente" O ue o autor tenta passar di! a respeito a uestão do próprio documento) mesmo ele sendo
comprovadamente verídico, não nos fornece a verdade, os dados apresentados no documento podem ser for*ados ou omitidos no momento de sua formulação" Atestar os erros grotescos, o ue $loch chama de bi!arrices ue não se deixam eliminar pela história-, não nos fe! deixar de uestionar a nature!a da d:vida" >ara ue a d:vida se torne instrumento de conhecimento é primordial dar exatidão na análise comparativa e a incerte!a, tão abordada neste capítulo, está na memória, nas pessoas e não nas coisas" A maioria dos problemas da crítica histórica se di! respeito a probabilidade" %o uarto capítulo denominado A anlise histórica, a obra nos apresenta no seu começo, um dilema bastante comum dentro dos trabalhos historiográficos, o historiador deve /ulgar ou co%preender0 $loch crítica a busca pela imparcialidade completa, existem algumas formas das uais nós chegamos 5 um certo grau de imparcialidade, porém não existe uma imparcialidade completa dentro de um trabalho" 'egundo a obra existem dois modos de ser imparcial) a do cientista e a do *ui!" O processo de investigação dos fatos é id+ntico, porém o *ui! *ulga, aplica uma pena ue marcará um individuo, e o historiador como cientista, deve explicar de tal forma ue não se*a um *ui!" O historiador deve ser auele ue explica as pessoas, ele é um cientista ue deve compreender" $loch reforça a ideia de ue ninguém consegue ser completamente imparcial e ue busca/la é um erro" O alerta ue a obra nos dá, se refere a uestão da compreensão) não devemos ser passivos diante dos fatos, o docu%ento + para nós, co%o u% filtro dessa e$plicação" %as paginas seguintes dessa parte, fala/se da compreensão do universo humano e de seus sentidos" A história como ci+ncia aut+ntica, centra/se em buscar ligações explicativas entre os fen4menos sócias" O ue o texto mostra é a antropogeografia, ela estuda as sociedades com o meio físico" %esse emaranhado de redes interdisciplinares, o historiador investiga e elabora uma explicação, elas são parte dos conceitos da ci+ncia dos homens" A história se torna mais complexa, pois suas dificuldades consistem em sua própria ess+ncia, ela estuda algi variável, volátil, ue é a consci+ncia humana" >ara compreender melhor o homem no tempo, é de muita import.ncia o estudo de sua vida social, é preciso estar atento nos termos de formulação das suas possibilidades" O historiador, através de uma escolha meditada, delimita seus problemas e levanta de uma forma precisa uma temática ao ual ele se debruça & A no%eclatura, trata da abordagem 5 uestão dos nomes ue por muito, serviram de forma bastante difícil ao historiador" A linguagem empregada em determinados termos era ambígua ou defasada em relação 5 realidade" %essa premissa, surge o problema de nomenclaturas e o uso da linguagem na historiografia" A reflexibilidade e a adaptação de determinada nomeclatura, serviu para dar significações confusas 5s análises" As condições sociais ue se configuravam em determinados períodos, se opunham a uniformidade do vocabulário"
>ode/se pensar, segundo a obra, em vários aspectos de complexidade para ue essa uniformidade de fato ocorresse" As sociedades eram muito divergentes uanto 5s pronuncias em determinadas nomeclaturas" Grabalhando, o historiador estrangeiro em uma língua ue não é a sua, poderia ele entender essas nomeclaturas tão divergentesH >ara o autor, tem/se aí uma gama de complexidade maior onde, em uma análise mais atenta de um contexto o historiador deve compreender o universo em ue esses nomes estão empregados" 1a parte se% no%e 2apenas co%o o n(%ero 34, tem/se uma descrição das ordens cronológicas, elas são criticadas 5 partir da compreensão de ue nos apresenta uma segmentação da compreensão do tempo na historia" 'egundo $loch, os marcos cronológicos são estimados e fixados, como algo imutável dentro de um fen4meno humano profundo" O seu impacto dentro da estrutura social e sua grande!a perante o tempo, delimitam a cronologia 5 um mero estabelecimento de contagem do tempo" 6ssa crítica, ao ual eu denomino sendo uma crítica construtiva, é referida a uma concepção metódica da cronologia" A proposta apresentada no livro ue se atribui a essa parte, é o convite a repensar as duraç)es do te%po e a limitação ue essa cronologia impõe aos historiadores" O estudo das “'adeias de fen*%enos” em seu+ncia não se restringe meramente a estabelecer marcos cronológicos fixos, universais e incontestáveis" F a experi+ncia no tempo ue nos mostra, ue os grandes acontecimentos ultrapassam uma estrutura pré/fabricada, nesse contexto de concepção cronológica" 'endo assim é importante entender as durações dos fen4menos, devemos estabelecer marcos cronológicos, repensando as durações do tempo" 1o capítulo se% título 2apenas co% o algaris%o 54, $loch tenta nos passar em poucas linhas, essa ideia positivista de buscar uma explicação numa direção de uma ideia de IcausaJ" A causa por si só não dá conta de explicar uma totalidade" F essencial montar uma configuração a partir da compreensão desses peuenos fatores, são essas series de in:meras premissas, de in:meras condições ue fa!em parte dessa montagem" >or obra do destino) $loch não teve tempo de terminar essa grande obra historiográfica, foi morto em 0KLM na Brança ocupada pelos na!istas"