As Teses sobre Feuerbach (em alemão: Thesen über Feuerbach) são onze curtas notas filo sóficas escritas por Karl Marx (provavelmente) em 1845. Eles explicitam a crítica da s idéias de Marx sobre seu colega filósofo jovem hegeliano, Ludwig Feuerbach. Mas o texto é comumente visto como mais ambicioso do que isso, criticando o materialismo contemplativo dos Jovens Hegelianos juntamente com todas as formas de idealismo filosófico. As "Teses" identificam a ação prática (material e teórica ao mesmo tempo) como a única for ma verdadeira de filosofia, concluindo: "Filósofos se limitaram a interpretar o mu ndo de diversas maneiras; mas o que importa é transformá-lo". (O seu original em ale mão:"Die Philosophen haben die Welt nur verschieden interpretiert; es kömmt drauf an , sie zu verändern"). Enquanto o texto mostra a retenção da instância crítica do idealismo alemão, transpõe o criticismo em termos práticos, materiais e políticos (levando direta mente à posterior asserção de Marx de que a "crítica às armas" deve em algum ponto trabalh ar para as "armas da crítica"). Marx não publicou as Teses sobre Feuerbach durante sua vida; foram mais tarde edit adas por Friedrich Engels e publicadas em 1888 acopladas no seu livro: Ludwig Fe uerbach e o fim da filosofia clássica alemã, com o texto original emergindo em 1924 e em 1932 pelo Institudo de Marxismo-Leninismo de Moscou na Ideologia alemã. Os es critos na verdade compunham apontamentos para sistematizar outros escritos sobre os princípios de que Marx poderia escrever, claramente assim, um lembrete, a si m esmo, rascunho para servir de base para outros conceitos que Marx estava por cri ar. O conceito de práxis revolucionária Karl Marx desenvolve o conceito de práxis ao criticar o materialismo e o idealismo . O materialismo, diz ele, vê os homens como determinados pelas circunstâncias (econômic as, sociais, naturais) enquanto o idealismo vê os homens como determinados pelas i déias (pensamentos, vontades, desejos, em suma, o ímpeto ativo do ser humano). Os ma terialistas afirmam que os homens mudam porque novas circunstâncias fazem-nos muda r, enquanto que os idealistas afirmam que os homens mudam porque a educação de novas idéias e novos desejos fazem-nos mudar. A crítica de Marx é que o materialismo "esquece que as circunstâncias são transformadas precisamente pelos seres humanos", enquanto o idealismo "esquece que o educador tem ele próprio de ser educado". Então, necessariamente, para mudar os homens, o ide alista educador quer introduzir suas idéias de cima (de fora), assim como o materi alista quer alterar as circunstâncias de fora. Desse modo, tanto o materialismo qu anto o idealismo reproduzem a estrutura da sociedade de classes (a exploração do hom em pelo homem). Neste ponto, Marx introduz o seu conceito de praxis revolucionária : "a coincidência da transformação das circunstâncias com a atividade humana". A praxis revolucionária é então uma atividade teórico-pratica em que a teoria se modific a constantemente com a experiência prática, que por sua vez se modifica constantemen te com a teoria. A praxis é entendida como a atividade de transformação das circunstânci as, as quais nos determinam a formar idéias, desejos, vontades, teorias, que, por sua vez, simultaneamente, nos determinam a criar na prática novas circunstâncias e a ssim por diante, de modo que nem a teoria se cristaliza como um dogma e nem a prát ica se cristaliza numa alienação. Pode-se dizer que o conceito de práxis revolucionária é uma relação entre teoria e prática coerente com a idéia de Marx de uma sociedade sem exp loração, uma livre associação de produtores.