Geor org g Si Simm mme el ce certam rtame ent nte e
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doss mai do maiores ores teor teoric ico os qu que e emerg rgiu iu na f Ilo lossona e nas nas cienc ciencias so soc ciais ale alema mass na passag pa ssagem em do seculo seculo X I X pa parra
0X
X . Contem X. Contem--
poran por anc co dc Karl Karl Marx e Max Weber ber,, e um uma a das mais mais imp mpo ortan anttes
expr ex pres esso soes es da dass cie ciencias
socia soc iais is de seu seu pais. Ques Qu est t Oes Oes fund ament ais ais
escrito ito da soci cio~o o~og gia foi escr
no fInal fInal da vid ida a de se seu u au auttor or,, co com m of erece ecerr ao publi publico co interes essa sad do soc so ciedade
0
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que qu e oc ocup upam am a soc sociologia
desd sde e a su s ua f undac;ao ;ao:: a relac re lac;a ;ao o entre entre indivi indivi-duo e socied sociedade e os fa fatores qu que e torn tornam am pos pos-siv si vel a vi vid da soc socia iall. Este e
0
primeirro primei
liv li vro inte nteg gra rall de Georg Sim Simmel mel
a ser publi publica ca do no Bras rasil il.. Esp Espe era-se
que qu e ele sirva sirva de
insspi in pira rac c;ao pa para ra no nova vass ge gerrac;oes de estud studa ant ntes es
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ressa essad dos em ci cienc enciias sociais.
Q U ( stoes SOC SO CIED IEDADE ADE
DE ESQ ESQUIN UINA A
William Foote Whyte Whyte CULTURA E RAZAO PRATICA
Marshall Sahlins ANTROPO ANT ROPOLOGI LOGIA A
CULTURA CUL TURAL L
Franz Boas INDIVIDUAL INDIVIDUA LIS ISMO MO
E CU CULT LTUR URA A
Gilbe Gilb erto Ve Velho lho
A SOCIE OCIEDADE DADE
DOS INDIVIDUO INDIVIDUOS S
Norbert Nor bert Elia Eliass
Editorr IJ Z .E I Jorge Zahar Edito
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J
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d a f
ociologia
3. A
SOCIABILIDADE
(Exemplo
de sociologia
pura ou formal)
A autonomiza<;:ao dos contelidos
•
- 59
61
A sociabilidade como f orma autonoma ou forma llidica da socia<;:ao•
63
o ambito 4.
INDIViDUO
E SOCIEDADE
NAS
CONCEPC;:OES DE VIDA DOS SECULOS
(Exemplo
de sociologia
f ilosOfica)
XVIII
E XIX
_ 83
A vida individual como base do conflito entre individuo e a sociedade _
da sociologia
0
83
Egoismo individual versus autoperf ei<;:ao individual como valor objetivo _ 85
A
taref a de apontar diretrizes para a ciencia da sociologia encon-
tra a primeira dificuldade em sua pretensao ao dtulo de ciencia, uma vez que essa pretensao nao esta, de maneira alguma, isenta de controversias. Mesmo quando
0
dtulo the e atribuido, disse-
mina-se, a respeito de seu conteudo e seus objetivos, um caos de opinioes cujas contradi<;:oese pontos obscuros sempre alimentam a duvida para saber se a sociologia tem a ver com um questionamen to cientificamente legitimo. A f alta de uma defini<;:aoindiscudvel e segura poderia ser contornada se ao menos existisse um conjunto de problemas singulares, que, deixados de lado por oun'as ciencias, ou por estas ainda nao esgotados, tivesse
0
fato ou
0
conceito de "socieda-
de" como um elemento a partir do qual tais problemas pos suissem u m ponto nodal em comum. Se esses problemas singulares f ossem tao diversos em seus outros conteudos, e encaminhamentos
direcionamentos
a ponto de nao se poder trata-Ios adequa-
conceito de sociologia
Se, para a primeira critica, a sociedade significa muito pou-
lhes propiciaria uma pousada proviso ria. Assim, ao menos ficaria
co, para a outra, seu significado torna-se abrangente demais para
evidentemente
cstabelecer uma regiao cientifica. Tudo
damente como uma ciencia unificada,
0
estabelecido onde deveriam ser procurados - do
mesmo modo como
0
conceito de "tecnica" e perfeitamente legi-
0
que os seres humanos
,~aoe fazem, afirma essa critica, ocorre dentro da sociedade, e por
timo para um dominio gigantesco de tarefas que, sob esse nome,
cia determinado
partilham entre si um trac;:ocomum, sem que todavia
conceito
bretudo, qualquer ciencia dos temas humanos que nao Fosseuma
possa ser de muito auxilio na compreensao e soluc;:aode proble-
ciencia da sociedade. No lugar das ciencias particulares artificial-
mas especificos.
mente isoladas entre si - ciencias de tipo historico, psicologico e
0
e constitui parte de sua vida. Nao haveria, so-
normativo -, seria preciso introduzir
uma ciencia da sociedade
que, em sua unidade, trouxesse a tona a convergencia de todos os interesses, conteudos e processos humanos, por meio da sociac;:ao em unidades concretas.
E evidente,
porem, que essa critica - que
Mesmo essa precaria articulac;:ao entre problemas diversos, que,
tudo atribui a sociologia - rouba-Ihe qualquer determinac;:ao, tan-
ainda assim, prometeria encontrar uma unidade em uma camada
to quanto aquela que nada the desejava atribuir. Posto que a cien-
mais profunda, parece se despedac;:ar quando lida com a proble-
cia do direito, a filologia, a ciencia da politica e da literatura, a psi-
matica do unico conceito que poderia servir de conexao entre
cologia, a teologia e todas as outras que dividiram entre si a regiao
tais problemas: a saber,
do humano almejam prosseguir com sua existencia propria, nada
0
conceito de sociedade. Despedac;:a-se,
pois, na problematica para a qual toda refutac;:ao da sociologia,
se ganharia caso todas fossem atiradas em um mesmo recipiente
em principio, gostaria de se fazer valer. Estranhamente,
sobre
as provas
dessas refutac;:6esforam articuladas tanto a partir da atenuac;:aoda
0
qual se estamparia uma nova etiqueta: sociologia.
A ciencia da sociedade, ao contrario das outras bem-funda-
sociedade quanto de sua conotac;:ao exagerada. Sempre ouvimos
mentadas ciencias, se encontra na desconforravel situac;:aona qual
dizer que toda existencia deve ser atribuida exclusivamente aos
precisa, em primeiro lugar, demonstrar seu direito a existencia -
individuos, as suas realizac;:6ese vivencias. Assim, a "sociedade"
ainda que certamente esteja na situac;:aoconfortavel em que essa
seria uma abstrac;:ao indispensavel para fins praticos, altamente
justificativa sera conduzida por meio do esclarecimento necessario
Util tambem para uma sintese proviso ria dos fen6menos, mas nao
sobre seus conceitos fundamentais e sobre seus questionamentos
um objeto real que exista para alem dos seres individuais e dos
especificos perante a realidade dada.
processos que eles vivem. Caso cada um desses processos seja in-
Em primeiro lugar, constitui um equivoco a respeito da es-
vestigado em suas determinac;:6es naturais e historicas, nao restaria
sencia da ciencia - a partir da qual somente por intermedio de
mais qualquer objeto real para uma ciencia especifica.
"individuos" poderiamos supostamente
deduzir toda existencia
real - concluir que cada conhecimento,
no que diz respeito as
,1
mas sim os gregos e os persas - evidente-
suas sinteses, tome para si como objeto abstray6es especulativas
III 'tlte uma construyao inteiramente
e irrealidades. Nosso pensamento
IlH;io de certa sintese intelectual, e nao por intermedio
tende quase sem pre a sintetizar
tanto mais os dados como constructos (Gebild e ) que como objetos cientincos que tais imagens nao encontram
uma correspon-
den cia no real imediato. Ninguem
S
'l'VayaOde individuos considerados isoladamente.
':tcla urn desses individuos
Seguramente
tern seu comportamento
'm nenhum individuo se encontram
urn estilo gotico como existencia demonstdvel,
mento que
is6ladas nas quais os elementos separados
mas sim obras
estilisticos nao se encontram
dos elementos
individuais.
gotico, como objeto coerente do conhecimento intelectual proveniente
0 estilo
historico, e urn
da realidade, mas nao e e m
si lima realidade imediata. Por inconra.veis vezes nao queremos saber como se comportam
coisas individuais,
mas sim, a partir
0
iguala e 0elemento que
postos, lado a lado,
ele-
separa dos demais; ambos
os elementos c onstroem a unidade indivisivel da vida pessoal. E :1
partir deste conceito, todavia, que formamos a unidade mais
clevada, a saber, os gregos e os persas. Mesmo a ref lexao mais descLlidada mostra que , com tais conceitos, podemos constantemente
nos lanyar
as existencias individuais,
Se somente as existencias individuais f ossem "verdadeiras", e quisessemos descarrar de nossa area de conhecimento
que, ao investigar
novos constructos
estilo gotico em suas leis e em seu desenvol-
0
0
del as, f ormar uma unidade nova, coletiva, da mesma maneira 0
conduzido
, provavelmente nenhum se comporta exatamente como oourro;
vimento do estilo gotico, ainda que nao exista em lugar algum
constructo
da ob-
pOl'urn ourro, cujo desenvolvimento e de algum modo dif erente,
se intimida ao falar, p or exemplo, do desenvol-
evidentemente
diversa, que vem a tona por
todos os
intelectuais, ela se privaria de sua subsrancia
vimento, nao estamos a descrever uma catedral ou urn palacio,
mais legitima e inquestionavel. Mesmo a anrmayao recorrente de
por mais que tenhamos retirado de tais singularidades
que so ha individuos humanos,
a materia
para a unidade investigada.
estes seriam objetos concretos de uma ciencia, nao nos pode im-
Da mesma maneira perguntamos como "os gregos" e "os persas" se comportaram
e que por este motivo somente
na batalha de Maratona. Se estivesse correta
pedir de falar da historia do catolicismo, da socialdemocracia, dos estados, dos imperios, do movimento
feminista, da situayao da
a concepyao de que a realidade somente pode ser reconhecida
manufatura e ainda de outros milhares de f en6menos conjuntos e
nos individuos, entao
formas coletivas, inclusive da propria "sociedade". Assim formu-
0
conhecimento historico so atingiria
0
seu
de cada grego e cada
lada, a "sociedade" e certamente urn conceito abstrato, mas cad a
persa em particular, e assim toda a historia de sua vida tornaria
urn dos incontaveis agrupamentos e connguray6es englobados em
psicologicamente
tal conceito e urn objeto a ser investigado e digno de ser pesquisa-
objetivo se conhecesse
0
comportamento
compreensivel seu comportamento
na b;talha.
Cumprir essa ambiyao fantastica nao bastaria, porem, para satis-
do, e de maneira alguma podem ser constituidos pela particulari-
f azer nossos questionamentos,
dade das formas individuais de existencia.
pois
0
objeto destes nao e esta ou
Mas isso ainda poderia denotar uma imperfeic,:aode nosso conhecimento,
uma imperfeic,:aotransitoria inevitavel que Faria que
I ' :
sc cntao a realidade verdadeira corresponde somente as un i-
iI.lib t'dtimas, e nao aos fenomenos nos quais essas unidades en-
nosso conhecimento tivesse de procurar sua plenitude, seja esta al-
Ii
canc,:avelou nao, nos individuos entendidos como existencias con-
1'~I:d) ·Ie
ida por urn sujeito articulador-,
cretas definidas. Todavia, a rigor, os individuos tambem nao sao os
lit/lid '
ser conhecida se nos escapa rumo a total incompreensao.
11 1 1
elementos ultimos, os "atomos" do mundo humano. A unidade
r:lm umaforma - e toda forma, que e sempre uma articulac,:ao
:l
torna-se patente que a rea-
linha divisoria que culmina no "individuo" tambem e urn corre
efetiva e possivelmente indissolUvel que se traduz no conceito de
lol:dmente arbitrario, uma vez que
"individuo" nao e de toda maneira urn objeto do conhecimento,
illinlcrrupta, apresenta-se necessariamente como uma composic,:ao
mas somente urn objeto da vivencia;
tI '
0
modo pelo qual cada urn
0
"individuo", para a analise
qualidades, destinos, forc,:ase desdobramentos historicos especi-
sabe da unidade de si mesmo e do outro nao e comparavel a qual-
Ii 'os que, em relac,:aoa ele, sao realidades elementares tanto quanto
quer outra forma de saber.
i),'
o
que cientificamente
trac,:os individuais
conhecemos
no ser humano
e singulares, que talvez se apresentem
unica vez, talvez mesmo em situac,:ao de influencia
sao uma
reciproca,
e em cada caso exige uma percepc,:ao e deduc,:ao relativamente independentes.
Essa deduc,:ao impona,
em cada individuo,
individuos sao elementares em relac,:aoa "sociedade". Assim, ao remeter ao infinito e buscar
0
inatingivel,
so iedade - e, porranto,
ao conceito de sociologia - faz com
que qualquer realidade cognoscivel desaparec,:a. Na verdade, 'onhecimento
precisa ser compreendido
e pessoal que surgem de todos os lados, alcanc,:ando dist:'incias
tindo do complexo de fenomenos que aparentemente
compreendemos
apenas a medida que nos isolamos e
tais elementos - que os reduzimos a elementos
0
segundo urn principio
cstrutural totalmente
E
su-
posta realismo que tal critica procura contrapor ao conceito de
na considerac,:ao de inumeros fatores de natureza [{sica, cultural
temporais incalculaveis.
0
diferente, segundo urn principio que, parconstitui
uma unidade, dele retire urn grande numero de variados objetas do conhecimento
especificos - com especificidades que nao
mais simples, profundos e distanciados - que nos aproximamos
impec,:am 0 reconhecimento
do que realmente e "ultimo", real e rigorosamente
tiva e unitaria. Pode-se caracterizar melhor esse principio com
fundamental
para qualquer sintese espiritual de ordem mais profunda. esse modo de observac,:ao,
0
Para
que "existe" sao as moleculas cro-
maticas, as letras e as gotas d' agua; e assim a pintura,
0
livro e
desses objetos de maneira defini-
o simbolo das diferentes distancias que relac,:aoao complexo de fenomenos.
0
espirito se coloca em
E nelas que se insere
rito. Quando vemos urn objeto tridimensional
0
espi-
que esteja a dois,
o rio sao sinteses que existem como unidade somente em uma
cinco, dez metros distante, temos uma imagem diferente a cada
consciencia na qual os elementos se encontram. Evidentemente,
vez, e, a cada vez, uma imagem que estara "correta" a seu modo
porem, esses supostos elementos tambem sao constructos
e somente nesse modo, e e tambem no escopo desse modo que
mamente complexos.
extre-
se cria margem para equivocos.
Por exemplo, se 0 detalhe de urn quadro observado minucio-
Il:lltlmenos individuais. Essa realidade e dada, em urn pnmelro
samente tal como e visto com a maior proximidade 6ptica possl-
Illomento, como urn complexo de imagens, como uma superflcie
vel for submetido posteriormente
d' h namenos continuamente
a urn exame que corresponda
a uma distincia de alguns metros, essa ultima perspectiva seria considerada totalmente
justapostos. 5e articularmos
essa
'xistencia (Dasein) realmente original aos indivlduos, se atribuir-
equivocada e falseada - por mais que,
1110S
partindo de conceitos superficiais, tomassemos tal exame deta-
. SC,
a evidencia simples dos fenamenos a portadores individuais, ao mesmo tempo, neles acumularmos
fenamenos como se
Ihado como "mais verdadeiro" do que 0 produzido pela imagem
I()ssem pontos nodais, entao tratar-se-ia tambem de uma poste-
distanciada. 56 que a observa<;:aoextremamente aproximada tam-
rior f ormaliza flio intelectual do real imediatamente
bem guarda alguma distincia, cujos limites subjacentes nao po-
:Iplicarf amos a partir do habito rotineiro e como algo obviamente
dem, to davia, ser estabelecidos. A imagem obtida a partir de uma
chelo na natureza das coisas.
dado, que s6
qualquer que seja ela, tern sua pr6pria legitimidade e
Essa realidade e, caso se queira entender dessa maneira, tao
nao pode ser substitulda ou corrigida por outra de origem diversa.
sub jetiva quanto objetiva, posto que produz tanto uma imagem va-
Ao nos aproximarmos
lida do conhecimento como uma slntese dos dados sob a categoria
distincia,
de certa dimensao da existencia humana,
podemos ver precisamente
como cada indivlduo se desvincula
d ' sociedade. 50mente os prop6sitos espedficos do conhecimento
dos demais; assumindo urn ponto de vista mais distanciado, per-
decidem se a realidade imediatamente manifestada ou vivida deve
cebemos 0 indivlduo enquanto tal desaparecer e, em seu lugar, se
scr investigada em urn sujeito individual ou coletivo. Ambas san
nos revelar a imagem de uma "sociedade" com suas formas e cores
i Jualmente "pontos de vista" que nao se relacionam entre si como
pr6prias, imagem que surge com a possibilidade de ser conheci-
realidade e abstra<;:ao,mas sim como modos de nossa observa<;:ao,
da com maior ou menor precisao, mas que de modo algum tera
ambos distantes da "realidade" - da realidade que, como tal, nao
menor valor que a imagem na qual as partes se separam uma das
pode de qualquer maneira ser da ciencia, e que somente por inter-
outras, ou ainda da imagem na qual serve apenas como estudo
medio de tais categorias assume a forma de conhecimento.
preliminar das "partes". A diferen<;:aexistente e somente aquela que se da entre os diversos prop6sitos de conhecimento,
os quais
A partir de urn outro ponto de vista, totalmente
diferente,
:1dmite-se que a existencia humana s6 se realiza nos indivlduos, s m que todavia com isso se reduza a validade do conceito
correspondem a dif erentes posi<;:6esde distanciamento. da perspeetiva socio16gica
ie sociedade. Entendido em seu sentido mais amplo, 0 conceito de
diante do fato de que to do evento real s6 se produz em seres indi-
sociedade significa a intera<;:aopSlquica entre os indivlduos. Essa
viduais poderia ser justif icada de modo ainda mais radical. Nem
clef ini<;:aonao pode gerar
por urn momenta
limltrofes que nela nao se adaptam: quando duas pessoas cruzam
A legitimidade da independencia
e correto pensar que poderfamos compreen-
der a realidade imediata por meio do conhecimento
de series de
olhares fugazmente,
0
equlvoco causado por alguns eventos
ou quando se acotovelam em uma fila de
bilheteria, nao podedamos dizer que estao se sociando (vergesells-
1,01111 '11[0da vida social em inumeros sistemas desconexos. Os la<;os
cha f t et). Nesses casos, a socia<;aoainda e tao superficial e f ugaz que
tit' ,I~~ocia<;ao entre os homens sac incessantemente f eitos e desf ei-
somente se poderia falar em socia<;aosegundo seu padf i o caso se
III~,
considerasse que tal efeito redproco
IIId~:I \ '5oque
estivesse se tornando
mais
para que entao sejam ref eitos, constituindo uma fluidez e uma atam os individuos mesmo quando nao atingem a
frequente e intenso, e que deveria ser considerado em conjunto
111I111:t de verdadeiras organiza<;6es. Que os seres humanos troquem
com outros varios efeitos que em gerallhes fossem semelhantes.
11111.1 r 'S e que se jam ciumentos, que se correspondam pOl'cartas ou
Estariamos, porem, nos aprisionando ao emprego superficial
'III' :llmocem juntos, que pare<;am simpaticos ou antipaticos uns
do termo - certamente util para a praxis externa - se condicionas-
0111,' olltros para alem de qualquer interesse aparente, que a gratidao
semos a denomina<;ao de "social" somente as intera<;6es duradouras,
1H'lo 'csto altruista crie urn la<;omutuo indissoluvel, que urn per-
aquelas que ja tenham sido objetivadas em formas que se cons-
/ ',Ulll'ao outro pelo caminho certo para se chegar a urn determina-
tituem em unidades perfeitamente
caracterizadas como: Estado,
tlo Itlgar, e que urn se vista e se embeleze para 0 ourro - t odas essas
familia, corpora<;6es, igre jas, classes, associa<;6esete. Alem destas,
Illilhares de rela<;6es,cujos exemplos citados f oram escolhidos ao
pOl'em, ha inumeras formas de rela<;aoe modos de intera<;ao en-
,W:I,~O, sao praticadas de pessoa a pessoa e nos unem ininterrupta-
tre os seres humanos que aparecem em casos isolados de maneira
I I I
insignificante, mas que, inseridos nas f ormaliza<;6es ditas of iciais
lllll~cientes, inconsequentes ou consequentes. Nelas encontramos
e abrangentes, sustentam, mais que tudo, a sociedade tal como a
,I r 'ciprocidade entre os elementos que carregam consigo todo 0
conhecemos. A restri<;aoaquelas formas de intera<;ao equivale a en-
I'i'or e a elasticidade, toda a variedade policromati ca e a unidade
contt'ada nos primordios das ciencias da anatomia humana, que se
d
'!ltc, se jam elas momentaneas ou duradouras, conscientes ou in-
'~~:l
restringiam ao estudo de gran des orgaos claramente delimitados,
vida social tao clara e tao misteriosa.
Todos esses grandes sistemas e organiza<;6essupra-individuais,
como cora<;ao,f fg ado, pulm6es, estomago etc" descuidando-se dos
,IO~quais se deve 0 conceito de sociedade, nao passam de cristaliza-
inumeros orgaos e tecidos desconhecidos e sem denomina<;ao de
,'0
uso corrente, e sem os quais, po rem, aqueles orgaos mais f unda-
1:I<.b - de efeitos mutuos imediatos, vividos a cada hora e por toda
mentais jamais produziriam urn corpo vivo.
I I
A partir dos constructos moldados com base no modo mencio-
's - dados em uma extensao temporal e em uma imagem imacu-
IIIa existencia, de individuo para individuo. Nao ha duvida de que
:I~sim adquirem
existencia e leis proprias, com as quais tambem po-
qual se formam os objetos tradicionais da cien-
d 'm reciprocamente se defrontar e contrapor tais express6es vivas
cia social, nao e possivel fazer uma composi<;ao a partir da expe-
:llItonomas. Mas a sociedade, cuja vida se realiza num fluxo inces-
riencia apresentada na vida social; sem que sejam articuladas as
~:lnte, significa sempre que os individuos estao ligados uns aos ou-
intera<;6es dos ef eitos intermediarios entre inumeras sint eses, que,
Iros
isoladas, permaneceriam
r' iproca que exercem uns sobre os outros. A sociedade e tambem
nado, segundo
0
menos abrangentes, haveria urn estilha-
pela influencia mutua que exercem entre si epela determina<;ao
algo funcional, algo que os individuos fazem e sof rem ao mesmo
vestigado,
tempo, e que, de acordo com essecad.ter fundamental, nao sedeve-
0
acontecimento,
a dinamica da a<;:aoe do sof rimento a
p:lI"tirda qual Essesindividuos reciprocamente se modif icam.
ria f alar de sociedade, mas de sociaqao. Sociedade e, assim, somente o nome para um drculo de individuos que estao, de uma maneira determinada, ligados uns aos outros por efeito das relaq6es mutuas, e que por isso podem ser caracterizados como uma unidade da mesma maneira que se considera uma unidade urn sistema de massas corporais que, em seu comportamento,
( . / I a lquer ciencia extrai dos fenomenos uma serie ou uma parte da
se determinam ple-
Io(:didade
ou da imediaticidade vivida, e a subsume a urn conceito
(·spedf ico. A sociologia nao procede de maneira men os legitima
namente por meio de suas inf luencias redprocas. Diante desta ultima definiqao, ainda seria possivel insistir,
t ill '
todas as demais ciencias ao dissipar as existencias individu-
afirmar que somente as partes materiais sa n a "realidade" auten-
,I i: para
tica, e que os movimentos e modificaq6es causados por seus efei-
pr6prio, e assim perguntar:
tos mutuos jamais serao algo tangivel ou, em certa medida, que
q~uIldo que regras eles se movi~ent~_m - ~o exatamente quan-
constituem
uma realidade de segundo grau. Teriam lugar, pois,
In 'Ies desenvolvem a totalidade de suas ex!.?tencias individuais
somente em suas partes substanciais. A mencionada unidade seria
illl 'Iigfveis, e s im quando eles, em virtude de seus efeitos mutuos',
apenas uma visao conjunta dessas existencias materiais espedf i-
/ ;)I'llum grupos e san determinados por essa existencia em grupo? ssi111 sera permitido
cas, cujos impulsos e formalizaq6es recebidos e partilhados teriam
',('III
permanecido em cada uma das partes. No mesmo sentido, podemos certamente insistir no aspecto de que as realidades verdadeiras seriam apenas os individuos humanos. Com isso nada se ganha. A sociedade nao e, sobretudo, uma substincia,
algo que se ja concreto para si mesmo. Ela e urn
I I
so mente individuos, e,
entre eles, nada alem de espaqo vazio. Trataremos posteriormente das conseqiiencias dessa perspectiva. Mas se ela tambem atribui a "existencia", em sentido estrito, somente aos individuos, entao tambem precisa deixar de lado, como algo "real" e digno de ser in-
que ocone com os seres humanos e
sociologia tratar da hist6ria do casament9-
precisar analisar a vida conjugal de casais espedfic~SU;dar
d 's 'rever urn dia na reparti<;:ao;ou f undamentar
as leis e os resul-
I.ldos das luras de classe sem entrar nos detalhes do curso de uma
I' ,' 'v ' OLi das negocia<;:6esem torno de uma taxa salaria!. 'ertamente
os objetos dessas perguntas f oram estabelecidos
io deLPf oces:os de ~~
I'(If'1I1
apenas do que e tangivel, encontrariamos
a
0
pri Ildpio de organiza<;:ao burocratica sem que se ja necessario
acont ec er que tern uma funqao pela qual cada urn recebe de outrem ou comunica a outrem urn destino e uma forma. Em busca
novamente reuni-Ias segundo urn conceiro que Ihe seja
Mas assim a sociologia nao se
dirt,!' 'Ilcia de ciencias como a'16gica ou a economia te6rica, que f ern da mesma maneira; au se ja, sob a egide de conceitos
I 'l i i '.
d('I('!'minados -la,
do c onhecimento,
ca, da economia -, retiram
d ,1 I'':didade formas sinteticas e nelas descobrem leis e evolu<;:6es, I
Ilqu:tnto essas farmas nao existem como algo que possa ser expe-
11111 \ 'llia
10
isoladamente.
Caso a sociologia se mostre como uma abstrac;:aoperante toda realidade - aqui levada a cabo sob
0
juga do conceito de socie-
dade -, ainda assim mostra-se fraca a critica que the acusa de ser irreal. Essa critica e proveniente da tendencia que atribuf a realidade somente aos indivfduos, uma vez que essa perspectiva ainda protege a sociologia da sobrecarga que eu antes citei como urn risco nada desprezf vel para sua existencia como ciencia. Posto que
0
homem
ill I ',
II
('1,1
lid" pOI'
tinuarao a existir, imperrurbaveis e autonomos,
que con-
em seus metodos
Deus, ou, ainda, presenteadas ao homem pela "natureza"
hipostase nao menos mistica.
duas alternativas insuficientes. Todas aquelas formac;:6esse
I"mluzem na relac;:aoreciproca dos seres humanos, ou por vezes
canais isolados e especif icamente f ormados atraves dos quais fluiria
de urn novo nome comum para todos os conhecimentos
invenc;::iode sacerdotes perspicazes ou d e u ma vontade
) ponto de vista da produc;:ao social representa uma liberac;:ao (11',S ,S :IS
nada se ganha alem
:1
historico
ill ill:I;:lSleis morais eram cunhadas por herois das massas, ou da-
social, parece entao que todas as ciencias do homem teriam de se
Mostrei como, com esse procedimento,
Assim, a linguagem era a invenc;:ao de urn indivf duo
Udiva divina; a religiao - como acontecimento
1 1 1 1 11 11 1:1
1 11 1 1 : 1
a vida social, a unica portadora de toda forc;:ae sentido.
'1\ 0.
\ 1 11
esta, a cada instante de seu ser e fazer, determinado pelo fato de ser
amalgamar na ciencia da vida social. Essas ciencias seriam apenas
se expressava que as forc;:asconhecidas e con-
vd,' do indivf duo nao eram suficientes para a produc;:ao do
1 1 I1
II
I!iO so IIIl'!1te
\ I f!
1:llllbem elas mesmas relac;:6esreciprocas, mas de uma maneira
1 .1 1
que nao podem ser deduzidas do indivf duo observado em si
III
I
'1'
·smo. Paralelamente a essas duas possibilidades encontra-se uma 'cira - a produc;:aode f enomenos atraves da vida social, que ain-
d :1 sc da par meio de dois sentidos. Em primeiro lugar, pela conti-
e temas, em suas tendencias e denominac;:6es. Mesmo que esta se ja
gliidade de indivf duos que agem uns sobre os outros; assim,
uma ampliac;:aoequivocada da concepc;:aode sociedade e de socio-
~produzido em cada urn nao pode ser somente explicado a par t ir
logia, em seu cerne s e encontra urn f ato signif icativo e fecundo.
d ' si mesmo. Em segundo lugar, por meio da sucessao das gerac;:6es,
Entender que
'1I jasheranc;:ase tradic;:6esse misturam indissociavelmente com as
0
ser humano,
em roda a sua essencia e em todas
as suas express6es, e determinado
pelo f aro de que vive interativa-
0
que
':lracteristicas proprias do indivf duo, e agem de modo tal que
0
mente com outros seres humanos deve levar a urn novo modo de
set' humano social, diferentemente de toda vida subumana, nao e
observa ((iio em todas as chamadas ciencias do espfrito.
somente descendente, mas sobrerudo herdeiro.
Ate
0
seculo
XVIII,
rodos os grandes temas da vida histori-
ca - a linguagem, a religiao, a f ormac;:ao dos estados e a cultura material - eram explicados como "invenc;:ao" de personalidades isoladas. Mas quando
0
entendimento
e os interesses das pessoas
nao pareciam ser suficientes para isso, restava apelar as forc;:as
Por meio da conscientizac;:ao do modo de produ<;:ao social, que
transcendentais
se insere entre
- para as quais
0
"genio" de urn inventor si ngu-
lar representava u rn esragio intermediario,
pois com
0
conceiro
0
modo puramente
individual e
0
transcendental,
surgiu em rodas as ciencias do espf r iro urn metodo genetico, uma
nova f erramenta para a solu<;:aode seus problemas - quer estes atin jam
0
IIISI:llllenteporque esse metodo possui tal universalidade, ele
Estado ou a organiza<;:aoda Igre ja, a lingua ou a Constitui-
1111111:1 UIll f undamento
<;:ao.A sociologia nao e somente uma ciencia com ob jeto proprio,
comum para todos os grupos de proble-
11101,', q ll ' antes careciam de alguns esclarecimentos que cada um
delimitado e reservado para si, 0 que a oporia a todas as outras cien-
I I
Ilod 'ria receber de outro; a generalidade do ser socializado, que
cias, mas ela tambem se tomou sobretudo urn m et od o das ciencias
11'lllli", que as f or<;:asdos individuos se determinem mutuamen-
historicas e do espirito. Para que se aproveitem desse metodo, essas
II, Iorrcsponde
ciencias nao precisam de modo algum deixar seu lugar, nao pre-
1I11'11«),
cisam se tomar parte da sociologia - como exigia aquele conceito
I1IIlIlI 'Illa em uma regiao do conhecimento
f antasticamente exagerado da ciencia da sociedade.
111I,t1mcnteheterogeneo. Menciono aqui apenas alguns exemplos
A sociologia se aclimata a cad a campo especi£lco de pesquisa,
a generalidade do modo sociologico de conheci-
gra<;:asao qual se torna viavel resolver e aprofundar
cujo conteudo se ja
vf io do mais particular ao mais geral.
1 /1 1 1 '
tanto no da economia como no campo historico-cultural, tanto no
:om base em uma investiga<;:aosociol6gica sobre a psicolo-
etico como no teologico. Dessa maneira, ela nao procede de modo
1',1.1 do publico de teatro,
dif erente daquele tipico do metodo indutivo em seu tempo, que,
',I" II"
como principio de pesquisa, invadiu todos os grupos de problemas,
um
0
criminalista pode aprender bastante
a natureza do chamado
"crime de massa". Temos aqui 0
ililiulo de um comportamento
I "
coletivo e impulsivo, que po de
auxiliando na solu<;:aode quest6es que pareciam insuped.veis. Mas
'1'1 'I:tramente averiguado. Alem disso, esse comportamento
nem pOl' isso a indu<;:aose tomou uma ciencia especi£lca ou uma
II I l'sFtra
da arte, que e abstrata e perf eitamente delimitada. Nesse
I.I 0 - 0
que e muito importante
ciencia abrangente, eo mesmo se da com a sociologia. que insiste no fato de que
0
A
medida
ser humano deve ser entendido como
ser social, e que a sociedade e a portadora de todo evento histori-
0
estudo do problema da
nos "crimes de massa" -, a determina<;:ao do individuo pOl'
llip:l
I
11 1 11:t
para
se da
Illassa £lsicamente proxima dele e a extensao pela qual as
co, a sociologia nao possuira qualquer ob jeto que ja nao tenha sido
IiI ;"os de valor subjetivos e ob jetivos possivelmente se eliminam
tratado antes em uma das ciencias existentes. Possuira um caminho
Iwlo impacto do contagio podem ser observadas sob condi<;:6es
comum a todas elas, urn metodo da ciencia que, justamente em
1 '1 I1':lInenteexperimentais - como em nenhum outro lug'll'.
razao de sua aplicabilidade
a totalidade dos problemas, nao e uma
ciencia com um conteudo que the se ja proprio:
o estudioso II
da religiao £lead. inclinado, de multiplas ma-
, jr:ls, a explicar a vida religiosa das comunidades
',i,:lo para
0
e sua dispo-
sacrif icio em termos de sua devo<;:aoa um ideal que
. t'()lllum a todos. Ele pode ser tentado e subordinar a conduta * Esta ultima Frase e algumas outras SaGretiradas de minha
estudos sobre as ft rmas
neste trabalho menra~ao
d e sociar iio , que desenvolve
de maneira
algumas
mais extensa e, concretamenre,
mais ampla sobre f atos hist6ricos,
obra Sociof ogia ideias tratadas
com uma f unda-
1 1 :t
vida presente, inspirado em todos pela esperan<;:anum estagio
p 'd"ito que este ja situado para alem da vida dos individuos vivos.
:10
poder dos conteudos da f e religiosa. Caso the digam que
urn sindicato socialdemocrata exibe os mesmos tra<;:osde com por-
f\
111'01 I,ICOIl1 isso como a valora<;:aopublica desloca a enfase do que
tamento comum e redpr'oco, tal analogia podera ensinar a esse
I
1111111 1111
estudioso que
I' I "S ll:l':lS
0
comportamento
nao esta exclusivamente ligado
a urn conteudo religioso, pOl'em representa uma forma humana universal que se realiza sob transcendentes,
0
1 /111,
estfmulo nao somente de ob jetos
mas tambem
de outras motiva<;:6es sentimen-
tais. Tambem entendera algo que sera essencial para ele: de que, meSillO em uma vida religiosa autonoma, elementos nao especif icamente
III I
0
I I
fato
estio contidos
atitudes - s e fundem organicamente Mas quando sao sociologicamente
considerados
tanto, independentes
de tudo
puramente 0
religiosos - e, por-
'p<;:aoque supera
11111('
'd 1,1
'"ill
mum de objetos no processo de socia<;:aodos seres humanos. 0 historiador da politica e da historia geral da cultura atualmente 0
carater da polltica interna e das leis de urn pais a partir de causas
forte individualismo
materialismo
chegar a uma
hist6rico
I,dv" / . interfiram no modo como os individuos
to redproco dos grupos de problemas sugeridos pela partilha co-
0
0
nos permitem
e que e mais
':lll1ada realmente ativa, se jam transforma<;:6es sociologicas;
"Ill I'
que ele tenha explicado
que encontrou sua configura-
imediata d a outra.
I ':ssas analogias sociologicas
Finalmente, urn ultimo exemplo que trata do enriquecimen-
suficientes dos processos economicos correspondentes.
todo. Essa descoberta indica que
campo da arte, assim como da politica, sem que uma Fosse
I , IIIS:I
que e social.
sente-se inclinado, de varias maneiras, a deduzir, pOl' exemplo,
0
I'll d'lInda que ele: talvez as mudan<;:ashistoricas, de acordo com
dentro do complexo religioso geral, que elementos podem ser com legitimidade
compete ao ind ivi-
1IIllividuaiismo economico observado era ja a expressao de uma
e
isolados, podemos mostrar,
0 que
significado da for<;:apessoal, ao que sobressai do concreto
1111 ' a lei geral valida para
1,,111 110
com a disposi<;:aoreligiosa.
abstratas e idealizadas - para
1IIIId.III~:a sociologica fundamental,
religiosos, mas sociais. Com cer-
teza esses elementos - tipos espedf icos de comportamentos
,10
aos homens - e que pOl'isso pode ser relegado facilmen-
Suponha
da constitui<;:ao
politica da primeira fase da Renascen<;:aitaliana com base na libera<;:aodas rela<;:6eseconomica s de suas amarras canonicas e corpo-
,I,'
'Ia<;:aoaos outros; como
0
se comportam
individuo se comporta em rela-
seu grupo; como as enfases nos valores, as acumula<;:6es,
:10
pI' 'l'rogativas e fenomenos semelhantes se movem entre os ele-
11l \ 'lltOSsociais. Talvez se jam essas as coisas que verdadeiramente IO,'II:IITI os acontecimentos
f atos de epoca. Se a economia quiser
del 'l'minar todas as outras areas da cultura, entao a verdade pOl' 1 t'
ds dessa aparencia sedutora s6 pode consistir no fato de que a 'onomia tambem
e
determinada
pOl' transposi<;:6essociologicas
outros f enomenos culturais. A for-
cconomica e somente uma "superestrutura"
sobre as rela<;:6es
rativas. A contribui<;:ao de urn historiador da arte pode ser valiosa
as lTIudan<;:asda estrutura
para qualificar essa concep<;:ao. 0historiador da arte constata, ja
I'd lima instancia hist6rica -
no inicio da epoca em questao, a monstruosa
outros conteudos da vida, mesmo que em certo paralelismo com
dissemina<;:ao de
retratos em forma de bustos e seu carater individual e naturalista,
os onteudos economicos.
sociologica pura, que constitui 0
elemento que determina
a
todos os