INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, I.P. CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE CHAVES Acção de Formação: Técnico/a Administrativo – nível secundário UFCD: Sociedade, Tecnologia e Ciência Núcleo Gerador : Modelos de Urbanismo e Mobilidade Tema: Construção e Arquitectura Domínio de Referência: DR 1 – Contexto Privado
As casas e demais formas de abrigo constituem as mais importantes criações da evolução técnica e intelectual, intelectual, pois foram elas que tornaram a espécie espécie human humanaa mais adaptável, adaptável, capaz de sobreviver desde o equador aos pólos. Habitação é, desde tempos ancestrais, o abrigo usado pelo Homem para se proteger das ameaças do meio ambiente ou do seu semelhante. Definido como lugar em que se habita, o termo confun con funde-s de-se, e, no uso corren corrente, te, com dom domicí icílio lio,, residênc residência, ia, moradi moradia, a, vivend vivenda, a, casa, casa, apa aparta rtamen mento, to, etc etc.. Segundo a Organização das Nações Unidas, trata-se do "meio ambiente material onde se deve desenvolver a família, considerada unidade básica da sociedade". Abrigos naturais A partir do Paleolítico Inferior, grutas e cavernas começaram a ser aproveitadas como habitações temporárias pelos hominídeos. O Homo Neanderthalensis fez uso mais frequente destes abrigos, durante as fases frias da glaciação, também ocupados pelo Homo Sapiens do Paleolítico Superior. Alguns grupos humanos contemporâneos conservam o hábito de escavar abrigos em paredes rochosas ou no próprio solo, sempre que sejam suficientemente porosos para não reterem a humidade, ofereçam pouca resistência aos instrumentos utilizados e, principalmente, apresentem tendência à clivagem vertical. Os abrigos naturais apresentavam, no entanto, vários inconvenientes: eram fixos, por vezes mal situado situadoss e húm húmidos idos,, con conjun junto to de circun circunstâ stânci ncias as neg negativ ativas as para para um col colect ector or ou caçador caçador sem sempre pre em movimento. Como os próprios antropóides actuais fazem ninhos para dormir (chimpanzé, gorila), e o orangotango orangotango chega a cobrir o ninho com uma cúpula de galhos ou ramos trançados, é de se presumir presumir que os australopitecíneos fizessem o mesmo, o que teria dado origem aos abrigos artificiais. Abrigos artificiais No sítio mesolítico de Campigny (cerca de 12000 a. C.), encontram-se os mais antigos tipos de habitações semi-subterrâneas, com pilares de madeira em forma de forquilha que suportam troncos e barrote barrotess col coloca ocados dos horizo horizontal ntalmen mente. te. O con conjun junto to é cob cobert ertoo por paus roliços roliços mai maiss finos, finos, e est estes es são recobertos com terra. No centro há um orifício por onde escapa o fumo. Habitações O conceito de casa tem uma existência mais recente e a sua configuração depende de factores como os materiais disponíveis, as técnicas de construção dominadas por certo grupo e as suas concepções de planeamento e arquitectura, em função das actividades económicas, do género de vida e dos padrões culturais. Formadores: Luís Monteiro || Mónica Coimbra
Habitação rural É na habitação rural que as influências geográficas se apresentam com maior nitidez, não só porque no campo as comunidades humanas têm contacto directo com a natureza, mas também por constituírem grupos menos equipados tecnicamente e mais presos à tradição. Além disso, a habitação rural é abrigo e também, muitas vezes, local de trabalho e de armazenamento de produtos, de tal forma que revela nitidamente as actividades e necessidades dos seus ocupantes. As mais simples utilizam material vegetal praticamente sem elaboração. São constituídas basicamente por um arcabouço de troncos e ramos de árvores entrelaçados e usualmente amarrados por fios, forrado ou não com barro, esteiras ou folhas. A cobertura é feita de palha, folhas de árvore ou, em áreas mais evoluídas, de telhas. Casa de pedra A pedra é um material oferecido pela natureza que já no Império Romano, no Egipto e na Grécia antigos foi amplamente utilizado. A casa de pedra é um tipo de habitação que pode surgir onde quer que a formação geológica forneça materiais susceptíveis de aproveitamento, como o granito e o xisto. Embora exista em todos os continentes, o seu domínio específico é da área europeia que circunda o Mediterrâneo, em que constitui a residência rural típica e de onde aparentemente se difundiu para outras regiões. Casa de tijolo Proveniente de matéria-prima fornecida pela natureza, mas já resultante de certa elaboração, o tijolo nasceu nas regiões desérticas, onde, pela falta de madeira, é o elemento básico da construção de moradias. moradias. O tijolo tijolo seco ao sol, ou adobe, foi amplamente amplamente utilizado pelo Homem, mas a sua inconsistência inconsistência tornou-o facilmente destrutível, especialmente sob a acção da chuva. Uma vez cozido, no entanto, passa a ter boa resistência. É, actualmente, um dos materiais mais difundidos e, com o ferro e o cimento, constitui a base da arquitectura dominante nos centros urbanos. Outros tipos de habitações Existem ainda tipos específicos de habitação, de domínio geográfico nitidamente demarcado. Entre eles destaca-se a tenda, habitação típica dos pastores nómadas do Velho Mundo e também utilizada pelos esquimós no Verão, quando se tornam nómadas. No Inverno, quando se sedentarizam, a sua habitação é o iglu, construído com blocos de gelo, que se mantém de pé somente na estação invernal e se dissolve na Primavera. Adaptação às condições naturais Além da influência que o meio físico exerce sobre a habitação rural mediante o material de construção, a sua acção faz-se sentir em outros aspectos da moradia. Assim, nos climas tropicais procurase protegê-la do calor por meio de varandas e pátios internos. Para enfrentar as chuvas, os telhados são amplos, projectados para além das paredes, em beirais. Nos climas secos e quentes, o pátio com poço central atende também ao abastecimento de água, enquanto a cobertura, tal como ocorre nas casas árabes, não precisando servir para o escoamento das águas, pode tornar-se plana, em forma de terraço. Nas regiões de Inverno rigoroso, os telhados são pronunciadamente inclinados, para não acumularem neve. Janelas e portas têm tamanho reduzido, de modo a evitar perda de calor, e, como regra, a lareira domina o conjunto arquitectónico e a sala principal da habitação. A influência das condições naturais é sentida Formadores: Luís Monteiro || Mónica Coimbra
também em territórios frequentemente atingidos por terramotos, como o Japão, nos quais se adoptam casas leves e flexíveis, feitas com armações de madeira e papel. Casa urbana Graç Graças as à ut utililiz izaç ação ão de técn técnic icas as avan avança çada das, s, a hab habititaçã açãoo urba urbana na torn tornouou-se se rela relatitivam vamen ente te independente das condições físicas locais. Nas grandes construções imperam o ferro e o cimento, o que leva ao surgimento de novas concepções arquitectónicas, enquanto técnicas de refrigeração e calafetação de ambientes tornam a casa urbana urban a imune aos efeitos climáticos. Embora não dependa tanto das condições naturais, a casa urbana, no entanto, torna mais evidentes as dife diferen rença çass soci sociai ais. s. O equi equipa pame ment ntoo técn técnic icoo fica fica clara clarame ment ntee docum documen enta tado do nas nas form formas as e est estililos os arquitectónicos. Os padrões de vida, muito mais diferenciados, criam profundos contrastes, com habitações de luxo edificadas muitas vezes perto de paupérrimas habitações colectivas, como os bairros sociais. A habitação urbana muda de acordo com o gosto de cada época, sem chegar a criar um estilo própri próprio. o. Nas cid cidades ades europe europeias ias,, ent entre re moradi moradias as de linhas linhas mod moderna ernass de est estilo ilo ind indefi efinid nido, o, vêe vêem-s m-see construções de rara beleza, ou habitações que respeitaram certo estilo tradicional. Nas cidades de tipo americano, no entanto, o individualismo leva à convivência de diversos estilos dentro de uma mesma cidade ou bairro, ou a produção em série inviabiliza toda originalidade. Uma característica específica da vida urbana, a falta de espaço, afecta a moradia urbana na sua concepção e aspecto. Às vezes, comprimem-se umas contra as outras, em fachadas estreitas e em vários andares, como é comum nos Países Baixos e na Itália. Outras vezes, grandes prédios são subdivididos em várias moradias, com o aproveitamento dos sótãos e águas-furtadas, como é comum em Paris. Outras vezes ainda, as habitações acumulam-se em grandes edifícios, os arranha-céus, característicos dos centros comerciais e bancários das cidades americanas, que se tornaram a marca das grandes metrópoles de todo o mundo no século XX.
Web sites de interesse: http://www.aveirodomus.pt/scid/avd4/default_f.asp http://www.planetaorganico.com.br/trabcasaeco.htm http://ciencia.hsw.uol.com.br/fazendas-verticais.htm http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1320232 http://www.sweethome3d.eu/pt/index.jsp http://www.floorplanner.com/
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Partindo da sua história de vida, elabore uma reflexão, onde:
I.
Identifique Identif ique diferentes espaços funcionais nos alojamentos alojamentos das famílias famílias portuguesas portuguesas em função de tradições socioculturais (por exemplo, pátios interiores, alpendres, cozinhas, zona social e zona
E D A D E I C O S
privada, etc.). II.
Comp Co mpree reend ndaa apro apropri priaç ações ões difer diferen enci ciad adas as dos dos espaç espaços os de um aloj alojam amen ento to fami famililiar ar e suas suas necessidades necessidades de remodelação remodelação consoante consoante o estilo de vida dos diferentes elementos elementos da família família (por exemplo, transformar varandas em marquises para escritórios, espaços multifuncionais, etc.).
III.
Explore modos de integração de famílias deslocadas de determinado tipo de alojamento para outros contextos sociais (por exemplo: modos de intervenção social em bairros de construção social alvo de processos de realojamento).
I.
Identifique diferentes tecnologias utilizadas nos actuais materiais de construção (por exemplo, tintas anti-fungos, isolamento por wallmate e
roofmate ,
paredes e tectos falsos, estruturas de vigas de
aço, canalização de PEX ou de aço inoxidável, etc.). A I G O L O N C E T
II.
Comp Co mpree reend ndaa a intro introduç dução ão de novo novoss ma mate teri riai aiss como como me meio io para para me melh lhora orarr as cond condiç ições ões de habitabilidade e durabilidade das construções e de diminuição de custos (por exemplo, a introdução do wallmate no isolamento das paredes permite menores amplitudes térmicas da habitação e maior poupança nos custos de aquecimento e consequentemente ambientais, etc.).
III.
Explore o desenvolvimento de novos materiais como resposta a recuperações inovadoras de edifícios antigos ou a construções de novos edifícios de arquitectura inovadora, com respeito pelos crescentes critérios de segurança sísmica, de isolamento térmico e acústico, ou de inclusão de serviços (climatização central, aspiração central, cablagem estruturada, etc.).
I.
Identifique o papel da estática, soma de forças e de momentos de forças no projecto de estruturas de uma habitação e a noção de vector como conceito fundamental.
II.
A I C N Ê I C
Compreenda o modo de determinar as condições de equilíbrio estático em situações simples (por exemplo, de uma escada de comprimento, altura e inclinação conhecidas), associando essas condições de equilíbrio à álgebra de vectores.
III.
Relacione as propriedades do betão (compressão) e do ferro (extensão) com a sua utilização na fabricação fabricação dos elemen elementos tos estruturais estruturais das construções construções de betão armado, com ênfase no seu papel às cargas e às vibrações. Estimar quantidades de material a usar, em função das áreas e volumes envolvidos, bem como o tipo de material adequado a certas especificidades, como a resistência ao esforço, por exemplo.
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