Assunto: Tipos de Motores Elétricos
Trabalho máquinas e instalações Renato da Silva Amorim
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Motores de Corrente Alternada
São os mais utilizados, porque a distribuição de energia elétrica é feita normalmente em corrente alternada. Os principais tipos são: Motor síncrono : Funciona com velocidade fixa, utilizado somente para grandes potências (devido ao seu alto
custo em tamanhos menores) ou quando se necessita de velocidade invariável.
Motor de indução(assíncrono): Funciona normalmente com velocidade constante, que varia ligeiramente c om
a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo custo é o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas a cionadas, encontradas na prática. Atualmente é possível controlarmos a velocidade dos motores de indução com o auxílio de inversores de freqüência.
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Constituição do Motor de Indução
O motor assíncrono é constituído basicamente pelos seguintes elementos: um circuito magnético estático, constituído por chapas ferromagnéticas empilhadas e isoladas entre si, ao qual se dá o nome de estator; por bobinas localizadas em cavidades abertas no estator e alimentadas pela rede de corrente alternada; por um rotor constituído por um núcleo ferromagnético, também laminado, sobre o qual se encontra um enrolamento ou um conjunto de condutores paralelos, nos quais são induzidas correntes provocadas pela corrente alternada das bobinas do estator. O rotor é apoiado num veio, que por sua vez transmite à carga a energia mecânica produzida. O entreferro (distância entre o rotor e o estator) é bastante reduzido, de forma a r eduzir a corrente em vazio e, portanto as perdas, mas também para aumentar o fator de potência em vazi o. Como exemplo apresentamos a "projeção" dos di versos elementos o motor assíncrono de rotor em gaiola de esquilo.
Funcionamento
de um Motor Assíncrono
A partir do momento que os enrolamentos localizados nas cavidades do estator são sujeitos a uma corrente alternada, gera-se um campo magnético no estator, consequentemente, no rotor surge uma força eletromotriz induzida devido ao fluxo magnético variável que atravessa o rotor. A f.e.m. induzida dá origem a uma corrente induzida no rotor que tende a opor-se à causa que lhe deu origem, criando assim um movimento giratório no rotor. Como podemos constatar o princípio de funcionamento do motor de indução baseia-se em duas leis do Eletromagnetismo, a Lei de Lenz e a Lei de Faraday.
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Faraday: "Sempre que através da superfície abraçada por um circuito ti ver lugar uma variação de fluxo, gera se nesse circuito uma força eletromotriz induzida. Se o circuito é fechado será percorrido por uma corrente induzida". Lenz:
"O sentido da corrente induzida é tal que esta pelas suas ações magnéticas tende sempre a opor-se à
causa que lhe deu origem".
Ex licação Teórica
O motor elétrico transforma a potência elétrica fornecida em potência mecânica e uma reduzida percentagem em perdas. As perdas, que são inerentes ao processo de transformação, são quantificadas através do rendimento (mais à frente analisamos melhor os vários tipos de perdas nos motores). A Potência Mecânica traduz-se basicamente no torque que o motor gera no eixo do rotor. O torque é conseqüência direta do efeito originado pela indução magnética do estator em interação com a do rotor. T=K.B
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T = Torque K - Constante Best Brot
- Indução magnética criada pelo estator
- Indução magnética criada pelo rotor
_ - ângulo entre B
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A velocidade de um motor de indução é essencialmente determinada pela frequência da energia fornecida ao motor e pelo numero de pares de pólos existentes no estator. No motor assíncrono ou de indução o campo girante roda a velocidade síncrona, como nos motores síncronos. A velocidade do campo girante obtêm-se pela seguinte expressão: Curso Técnico em Plásticos - Jorge Eduardo Uliana -
[email protected] 8
Motores de Indução Monofásicos
Os motores monofásicos são assim chamados porque os seus enrolamentos de campo são ligados diretamente a uma fonte monofásica. Os motores de indução monofásicos são a alternativa natural aos motores de indução trifásicos, nos locais onde não se dispõe de alimentação tr ifásica, como residências, escritórios, oficinas e em zonas rurais. Apenas se justifica a sua utilização para baixas potências (1 a 2 KW).
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Entre os vários tipos de motores elétricos monofásicos, os motores com rotor tipo gaiola destacam-se pela simplicidade de fabricação e, principalmente, pela robustez e manutenção reduzida. Por terem somente uma fase de alimentação, não possuem um campo girante como os motores trifásicos, mas sim um campo magnético pulsante. Isto impede que tenham torque de arranque, tendo em conta que no rotor se induzem campos magnéticos alinhados com o campo do estator. Para solucionar o problema de arranque utilizam-se enrolamentos auxiliares, que são dimensionados e posicionados de forma a criar uma segunda fase fictícia, permitindo a formação do campo girante necessário para o arranque. Tipos de Motores de indução monofásicos: Motor de Pólos Sombreados; Motor de Fase Dividida; Motor de Condensador de Partida; Motor de Condensador Permanente; Motor com dois Condensadores.
M otor
de Pólos Sombreados
O motor de pólos sombreados, também chamado de motor de campo distorcido (ou shaded pole), graças ao seu processo de arranque, é o mais simples, fiável e econômico dos motores de indução monofásicos. Construtivamente existem diversos tipos, sendo que uma das formas mais comuns é a de pólos salientes. Cada pólo vai ter uma parte (em geral 25% a 35% do mesmo) é abraçada por uma espira de cobre em curto-circuito. A corrente induzida nesta espira faz com que o fluxo que a atra vessa sofra um atraso em relação ao fluxo da parte não abraçada pela mesma. O resultado disto à semelhante a um campo girante que se move na direção da parte não abraçada para a parte abraçada do pólo, produzindo o torque tingir a rotação nominal. O sentido de rotação, portanto, depende do lado em que se situa a parte abraça da do pólo. Consequentemente, o motor de campo distorcido apresenta um único sentido de rotação. Este geralmente pode ser invertido, mudando-se a posição da ponta de eixo do rotor em relação ao estator. Existem outros métodos para se obter inversão de rotação, mas muito mais dispendiosos. Quanto ao desempenho, os motores de campo distorcido apresentam baixo torque de arranque (15% a 50% do nominal), baixo rendimento e baixo fator de potência. Devido a esse fato, eles são normalmente fabricados para pequenas potências, que vão de alguns milésimos de cv a 1/4 cv.Pela sua simplicidade, robustez e baixo custo são ideais em a plicações tais como: movimentação de ar (ventiladores, exaustores, purificadores de ambiente, unidades de refrigeração, secadores de roupa e de cabelo), pequenas bombas e compressores, projetores de slides, gira-discos e aplicações domésticas. Apesar de sua aparente simplicidade, o projeto deste tipo de motor é de extrema complexidade, envolvendo conceitos de duplo campo girante, campos cruzados e complexa teoria eletromagnética.
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Motor de Fase Dividida
Este motor possui um enrolamento principal e um auxiliar (para o arranque), ambos defasados de 90 graus. O enrolamento auxiliar cria um deslocamento de fase que produz o torque necessário para a rotação inicial e a aceleração. Quando o motor atinge uma rotação predeterminada, o enrolamento auxiliarà é desligado da rede através de uma chave que normalmente é atuada por uma força centrífuga (chave ou disjuntor centrífugo) ou em casos específicos, por relé de corrente, chave manual ou outros dispositivos especiais. Como o enrolamento auxiliar é dimensionado para atuar apenas no arranque, se não for desligado logo após o arranque danifica-se. O ângulo de defasagem que se pode obter entre as corr entes do enrolamento principal e do enrolamento auxiliar é pequeno e, por isso, estes motores têm torque de arranque igual ou pouco superior ao nominal, o que limita a sua aplicação a potências fracionárias e a cargas que exigem pouco torque de arranque, tais como máquinas de escritórios, ventiladores e exaustores, pequenos polidores, compressores herméticos, bombas centrífugas, etc.
M otor
de Condensador de Partida
É um motor semelhante ao de fase dividida. A principal diferença reside na inclusão de um condensador
eletrolítico em série com o enrolamento auxiliar de arranque. O condensador permite um maior ângulo de defasagem entre as correntes dos enrolamentos principal e auxiliar, proporcionando assim, elevados torques de arranque. Como no motor de fase dividida, o circuito auxiliar é desligado quando o motor atinge entre 75% a 80% da velocidade síncrona. Neste inter valo de velocidades, o enrolamento principal sozinho desenvolve quase o mesmo torque que os enrolamentos combinados. Para velocidades maiores, entre 80% e 90% da velocidade síncrona, a curva do torque com os enrolamentos combinados cruza a curva de torque do enrolamento principal de maneira que, para velocidades acima deste ponto, o motor desenvolve menor torque, para qualquer escorregamento, com o circuito auxiliar ligado do que sem ele. Devido ao fato de o cruzamento das curvas não ocorrer sempre no mesmo ponto e, ainda, o disjuntor centrífugo não abrir sempre exatamente na mesma velocidade, é prática comum fazer com que a abertura aconteça, na
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média, um pouco antes do cruzamento das curvas. Após a abertura do circuito auxiliar, o seu funcionamento é idêntico ao do motor de fase dividida. Com o seu elevado torque de arranque (entre 200% e 350% do torque nominal), o motor de condensador de partida pode ser utilizado numa grande variedade de aplicações eà fabricado para potências que vão de ¼ cv a 15 cv. M otor
de Condensador Permanente
Neste tipo de motor, o enrolamento auxiliar e o condensador ficam permanentemente ligados, sendo o condensador do tipo eletrostático. O efeito deste condensador é o de criar condições de fluxo muito semelhantes às encontradas nos motores polifásicos, aumentando, com isso, o torque máximo, o rendimento e o fator de potência, além de reduzir sensivelmente o ruído. Construtivamente são menores e isentos de manutenção, pois não utilizam contactos e partes móveis, como nos motores anteriores. Porém o seu torque de arranque é inferior ao do motor de fase dividida (50% a 100% do conjugado nominal), o que limita sua aplicação a equipamentos que não
Motor de Condensador de Partida É um motor semelhante ao de fase dividida. A principal diferença reside na inclusão de um condensador
eletrolítico em série com o enrolamento auxiliar de arranque. O condensador permite um maior ângulo de defasagem entre as correntes dos enrolamentos principal e auxiliar, proporcionando assim, elevados torques de arranque. Como no motor de fase dividida, o circuito auxiliar é desligado quando o motor atinge entre 75% a 80% da velocidade síncrona. Neste intervalo de velocidades, o enrolamento principal sozinho desenvolve quase o mesmo torque que os enrolamentos combinados. Para velocidades maiores, entre 80% e 90% da velocidade síncrona, a curva do torque com os enrolamentos combinados cruza a curva de torque do enrolamento principal de maneira que, para velocidades acima deste ponto, o motor desenvolve menor torque, para qualquer escorregamento, com o circuito auxiliar ligado do que sem ele. Devido ao fato de o cruzamento das curvas não ocorrer sempre no mesmo ponto e, ainda, o disjuntor centrífugo não abrir sempre exatamente na mesma velocidade, é prática comum fazer com que a abertura aconteça, na média, um pouco antes do cruzamento das curvas. Após a abertura do circuito auxiliar, o seu funcionamento é idêntico ao do motor de fase dividida. Tr b l Re n to d
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Com o seu elevado torque de arranque (entre 200% e 350% do torque nominal), o motor de condensador de partida pode ser utilizado numa grande variedade de aplicações eà fabricado para potências que vão de ¼ cv a 15 cv.
Motor de Condensador Permanente
Neste tipo de motor, o enrolamento auxiliar e o condensador ficam permanentemente ligados, sendo o condensador do tipo eletrostático. O efeito deste condensador é o de criar condições de fluxo muito semelhantes às encontradas nos motores polifásicos, aumentando, com isso, o torque máximo, o rendimento e o fator de potência, além de reduzir sensivelmente o ruído. Construtivamente são menores e isentos de manutenção, pois não utilizam contactos e partes móveis, como nos motores anteriores. Porém o seu torque de arranque é inferior ao do motor de fase dividida (50% a 100% do conjugado nominal), o que limita sua aplicação a equipamentos que não
Motor com Dois Condensadores É um motor que utiliza as vantagens dos dois anteriores: arranque como o do motor de condensador de partida e
funcionamento em regime idêntico ao do motor de condensador permanente. Porém, devido ao seu alto custo, normalmente são fabricados apenas para potências superiores a 1 cv.
Motores Trifásicos
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O motor de indução trifásico é o tipo mais utilizado, tanto na indústria como no ambiente doméstico, devido à maioria dos sistemas atuais de distribuição de energia elétrica s erem trifásicos de corrente alternada. A utilização de motores de indução trifásicos é aconselhável a partir dos 2 KW, Para potências inferiores justifica-se o uso de monofásicos. O motor de indução trifásico apresenta vantagens ao monofásico, como o arranque mais fácil, menor nível de ruído e menor preço para potências superiores a 2KW.
Gaiola
de Esquilo
Este é o motor mais utilizado na indústria atualmente. Tem a vantagem de ser mais econômico em relação aos motores monofásicos tanto na sua construção como na sua utilização. Além disso, escolhendo o método de arranque ideal, tem um leque muito maior de aplicações. O rotor em gaiola de esquilo é constituído por um núcleo de chapas ferromagnéticas, isoladas entre si, sobre o qual são colocadas barras de alumínio (condutores), dispostos paralelamente entre si e unidas nas suas extremidades por dois anéis condutores, também em alumínio, que curto-circuitam os condutores. O estator do motor é também constituído por um núcleo ferromagnético laminado, que nas cavidades do qual são colocados os enrolamentos alimentados pela r ede de corrente alternada trifásica. A vantagem deste rotor relativamente ao rotor bobinado é que resulta numa construção do induzido mais rápida, mais prático e mais barato. As barras condutoras da gaiola são colocadas geralmente com certa inclinação, para evitar as trepidações e ruídos que resultam da ação eletromagnética entre os dentes das cavidades do estator e do rotor. A principal desvantagem refere-se ao fato de o torque de arranque ser reduzido em relação à corrente absorvida pelo estator. Trata-se essencialmente de um motor de velocidade constante.
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Motor corrente contínua
Máquina de corrente contínua é uma máquina capaz de converter energia mecânica em energia elétrica (gerador) ou energia elétrica em mecânica (motor). A energia elétrica utilizada hoje em dia na distribuição e transporte da mesma é a corrente alternada, porém os motores de corrente contínua têm tradicionalmente grandes aplicações nas indústrias sendo que, são eles que permitem variação de velocidade como de uma esteira ou de um comboio por exemplo. Atualmente componentes eletrónicos de tensão alternada já são capazes de controlar a velocidade do motor assíncr ono facilmente e pelo seu menor custo e recursos de aplicação estão substituindo os motores de corrente contínua na maior parte das Partes constituintes da máquina de corrente contínua R otor
(armadura)
Parte girante, montada sobre o eixo d a máquina, construído de um material ferromagnético envolto em um enrolamento chamado de enrolamento de armadura e o anel comutador. Este enrolamento suporta u ma alta corrente em comparação ao enrolamento de campo e é o circuito responsável por transportar a energia proveniente da fonte de energia.
Anel comutador
Responsável por realizar a inversão adequada do sentido das correntes que circ ulam no enrolamento de armadura, constituído de um anel de material condutor, segmentado por um material isolante de forma a fechar o circuito entre cada uma das bobinas do enrolamento de armadura e as escovas no momento adequado. O anel é montado junto ao eixo da máquina e gira junto com a mesma. O movimento de rotação do eixo produz a comutação entre os circuitos dos enrola mentos. Estator (Campo ou excitação)
Parte estática da máquina, montada em volta do rotor, de forma que o mesmo possa girar internamente. Também é constituído de material ferromagnético, envolto em um enrolamento de baixa potência chamado de enrolamento de ca mpo que tem a função apenas de produzir um campo magnético fixo para interagir com o campo da armadura. Em algumas máquinas comercializadas no mercado é possível encontrar enrolamentos de compensação que tem como função compensar o efeito desmagnetizante da reaçã o de armadura e enrolamentos de comutação que tem como função diminuir o faiscamento no anel comutador. Escovas
Peças de carvão responsáveis por conduzir a energia para o circuito do rotor. Tr b l Re n to d
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Princípio de Funcionamento Operando como gerador de corrente contínua Quando se trata de um gerador, a energia mecânica é suprida pela aplicação de um torque e da rotação do eixo da máquina, uma fonte de energia mecânica pode ser ,por exemplo, uma turbina hidráulica, uma turbina eólica, etc. A fonte de energia mecânica tem o papel de produzir o movimento relativo entre os condutores elétricos dos enrolamentos de armadura e o campo magnético produzido pelo enrolamento de campo e desse modo, provocar uma variação temporal da intensidade do mesmo, e assim pela lei de Faraday induzir uma tensão entre os terminais do condutor. Desta forma, a energia mecânica fornecida ao eixo, é armazenada no campo magnético da máquina para ser transmitida para alimentar alguma carga conectada à máquina.
Operando como motor de corrente contínua No caso de motores, o funcionamento é inverso: energia elétrica é fornecida aos condutores do enrolamento da armadura pela aplicação de uma tensão elétrica em seus terminais pelo anel comutador(coletor), fazendo com que se circule uma corrente elétrica nesse enrolamento que produz um campo magnético no enrolamento da armadura. Como o corpo do estator é constituído de materiais ferromagnéticos, ao aplicarmos tensão nos terminais do enrolamento de ca mpo da máquina temos uma intensificação do campos magnéticos no mesmo e, portanto, a produção de pólos magnéticos (Norte e Sul) espalhados por toda a extensão do estator. Pela atuação do anel comutador que tem como função alternar o sentido de circulação da corrente no enrolamento da armadura, quando aplicamos uma tensão no comutador, com a máquina parada, a tensã o é transferida ao enrolamento da armadura fazendo com que se circule uma corrente pelo mesmo o que produz um campo magnético e outros pares de pólos no enrolamento da armadura. A orientação desse campo, ou seja, a posição do pólo norte e sul permanece fixa, simultaneamente temos uma tensão elétrica aplicada no enrolamento de ca mpo no estator, assim, ao termos a interação entre os campos magnéticos da armadura no rotor e do campo no estator, os mesmos tentarão se alinhar, ou seja, o pólo norte de um dos campos tentará se aproximar do pólo sul do outro.
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Como o eixo da máquina pode girar, caso os campos da armadura e do estator não estejam alinhados, surgirá um binário de forças que produzirá um torque no eixo, fazendo o mesmo girar. Ao girar, o eixo gira o anel comutador que é montado sobre o eixo, e ao girar o anel comutador muda o sentido de aplicação da tensão, o que faz com que a corrente circule no sentido contrário, mudando o sentido do campo magnético produzido. Assim, ao girar o anel comutador muda a posição dos pólos magnéticos norte e sul do campo da armadura e como o campo produzido pelo enrolamento de campo no estator fica fixo, temos novamente a pr odução do binário de forças que mantém a mudança dos pólos e conseqüentemente o movimento do eixo da máquina.
Classif icação das máquinas de corrente contínua segundo a maneira como se alimenta a máquina Excitação independente ou separada
Nesta configuração o circuito de excitação da máquina é alimentada por uma fonte adicional independente ou separada da fonte de corrente contínua que alimenta a armadura. Em geral o e nrolamento de campo que produz a excitação é constituído de condutores que não suportam grandes correntes, pois a excitação em geral utiliza correntes baixas para produzir o campo magnético em comparação com as correntes que circulam no enrolamento de armadura. Excitação série
O circuito do enrolamento de ca mpo que produz a excitação está em série com o circuito de armadura, sendo assim necessário apenas uma fonte para alimentar o circuito de campo e da armadura. Como neste caso a corrente que circula no enrolamento de campo que produz a excitação é a mesma corrente que circula no enrolamento da armadura, é necessário um enrolamento próprio para o circuito de excitação, capaz de suportar correntes relativamente altas da armadura. Excitação shunt ou em derivação (paralelo)
O circuito do enrolamento de ca mpo que produz a excitação está em paralelo ou em derivação com o circuito de armadura. Nesta configuração, é necessário apenas uma fonte de c orrente contínua para alimentar o circuito de armadura e de campo, pois ambos os circuito estão em paralelo. Como o enrola mento de campo está em Tr b l Re n to d
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paralelo ou em derivação com o circuito de armadura, é possível utilizar o mesmo tipo de condutor do caso de excitação independente.
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Com dois enrolamentos de excitação, um em série e outro em derivação, podendo existir o esquema de ligação longo ou curto e composto aditivo ou subtrativo. Neste esquema de ligação utiliza-se uma combinação da excitação série e shunt , de forma a aproveitar os benefícios de ambas as ligações. Em muitas aplicações o enrolamento série é utilizado
para compensar o efeito desmagnetizante da reação de armadura.
Motor Universal Os motores do tipo universal podem funcionar tanto com '''corrente c ontínua''' quanto com '''corrente alternada''', daí a origem de seu nome, porém os que se destinam a correntes alternadas, (apesar de funcionarem em correntes continuas não devem ser ligados nessa corrente pois cada motor e feito para ser ligado em um determinado tipo de corrente, os detalhes construtivos inf luenciam no funcionamento do motor, que nesse caso centelharia muito e levaria a queima do mesmo). O motor universal é o motor monofásico cujas
bobinas do '''estator''' são ligadas eletricamente ao rotor por meio de dois contatos deslizantes ( escovas). Esses dois contatos, por sua vez, ligam em série o estator e o '''rotor'''.
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Pode operar tanto em CA como CC; Velocidade variavel (baixas velocidades para
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grandes conjugados e altas velocidades para pequenas cargas);
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O conjugado de partida tambem e elevado;
Sao usados comumente em pequenos eletrodomesticos como furadeiras e lixadeiras que requerem
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conjugado elevado e liquidificadores, aspiradores de po e bombas centrifugas que requerem alta velocidade;
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Normalmente sao fabricados para potencias fracionarias de ate . cv uma vez que para potencias acima
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de alguns cv funcionam precariamente em CA gera ndo grande faiscamento nas escovas e e FP decrescem.
Observação
É possível inverter o sentido do movimento de '''rotação''' desse tipo de motor, invertendo apenas as ligações
das escovas, ou seja, a bobina ligada a escova deverá ser ligada à outra esc ova e vice-versa. Os motores universais apresentam conjugado de partida elevado e tendência a disparar, mas permitem variar a velocidade quando o valor de tensão de alimentação varia. Esse tipo de motor é o motor mais empregado e está presente em máquinas de costura, '''liquidificador'''es, enceradeiras e outros '''eletrodoméstico'''s, e também em máquinas portáteis, como furadeira, lixa deira e serras. Funcionamento
A construção e o princípio de funcionamento do motor universal são iguais ao do motor em serie de '''corrente contínua'''. Quando o motor universal é alimentado por corrente alternada, a variação do sentido da corr ente provoca variação no campo, tanto do rotor quanto do estator. Dessa forma, o conjugado continua girar no mesmo sentido inicial, não havendo inversão do sentido de rotação normal.
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Motor de Indução Os motores de indução possuem um único enrolamento no estator. Esse enrolamento gera um campo magnético que se alterna juntamente com as alternâncias da corrente. Nesse caso, o movimento provocado não é rotativo., Fu ã
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Quando o rotor estiver parado, o campo magnético do estator, ao variar sua polaridade entre norte e sul, induz no rotor uma corrente induzida. O campo gerado no rotor, devido a corrente induzida, tem polaridade oposta a do estator. Assim, a oposição dos campos exerce um conjugado na parte superior e inferior do rotor, o que tenderia gira-lo 180° de sua posição original. Como o conjugado é igual em ambas as direções, pois as forças são exercidas pelo centro do rotor e em seguida contrários, o rotor continua parado. Por esse motivo os motores monofasicos tem seu acionamento diferente dos motores trifásico, vejamos os tipos de acionamentos: Método fase dividida: o motor é enrolado com dois enrolamentos o principal e o auxiliar, o auxiliar tem sua
resistencia maior que o principal, com isso os campos ficam defasados entre as bobinas e surge um campo magnetico girante, levando o motor a partida. É importante salientar que o enrolamento a uxiliar deve ser desligado quando o motor atinge 75% da velocidade nominal do mesmo, isso geralmente é feito através de um interruptor centrifugo que desliga o enrolamento ao atingir essa velocidade. Método com capacitor de partida: Também faz uso de um enrolamento auxiliar só que ligado em serie com
um capacitor de partida, que faz com que o atraso entre as bobinas seja maior que no metodo anterior, aumentando o conjugado de partida. Método com capacitor de partida e capacitor de marcha: nesse metodo, como nos outros, também se faz
uso do enrolamento auxiliar, só que nesse caso o enrolamento auxiliar não é desligado. O funcionamento é o seguinte, quando o motor é ligado os dois capacitores estão ligado em paralelo ( partida e marcha) quando o motor atinge a velocidade 75% da nominal o interuptor desliga o capacitor de partida deixando sempre o ernrolamento ligado e com o capacitor de marcha ligado com ele. Método com capacitor permanente: nesse caso o enrolamento auxiliar (junto com um capacitor de marcha)
fica ligado permanetemente, esse metodo é empregado principalmente em ventiladores de teto.
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Método com bobina de arrastamento: nesse metodo o motor não possui enrolamento auxiliar, no estator do
motor se constrói duas bobinas (alem da principal), geralmente com uma ou duas voltas de fio, com uma espessura razoavelmente grande, essas bobinas ficam curto-circuitadas e se localizam numa porção de cada polo do estator, com a energização do motor a bobina principal induz nessas bobinas uma corrente fazendo que elas criem um campo magnetico defasado da principal e inicie o movimento do motor.
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Bibliografia:
Eletrotecniva principios e aplicações Alexander Gray G.A. Wallace
http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_monof%C3%A1sico http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quina_de_corrente_cont%C3%ADnua www.eaglesgate.com/ tipomotores.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_el%C3%A9trico pt.wikipedia.org/.../ Motor _de_ corrente_alternada
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