Instituto Cultural Lux Lux et Sapientia Sapientia Curso de Cosmologia e Astrologia Medieval )rof. $ui9 Ion9aga de Carval"o 5ula JB
Tópicos da aula:
Como entender o simbolismo astrológico. Saber usar uma palavra como um indicador concreto não é indicação de uma compreensão do sentido da palavra. Existem – para a finalidade desse curso – dois usos das palavras: como indicador concreto dos fenômenos ue voc! testemun"a e o uso dialético #Exemplo: o ue é a $ua%&. Educação real vs. recrutamento profissional nas escolas' Exposição do método de ensino do curso' Coment(rios sobre vocação intelectual e depuração dialética. )roblemas enfrentados no ensino da astrologia nos dias de "o*e. Simbolismo das tr!s cores prim(rias. +eoria geral do simbolismo. , universo como discurso de uma mente ilimitada. -elação entre os signos cardinais fixos e mut(veis e o simbolismo das cores prim(rias. -elação dos signos com as estaç/es do ano e seus per0odos. 1iferença das estaç/es entre os 2emisférios 3orte e Sul. 1iferença entre Ess!ncia e Subst4ncia. S ubst4ncia. 5 import4ncia de perceber e entender as ualidades ualidades dos s0mbolos nas coisas. coisas. 5 liberdade do "omem. 5 import4ncia da pr(tica de uma religião tradicional para manter manter mente sã. Transcrição da aula:
7oc!s provavelmente *( tiveram uma introdução i ntrodução geral sobre esse assunto no Gugu: 6om gente vamos l(. 7oc!s m!s passado. 2o*e vamos começar primeiro explicando o método do curso e como ele funciona. Ensinar astrologia "o*e é uma das tarefas mais complicadas ue se pode imaginar 8 com exceção talve9 da teologia ue est(vamos comentando agora "( pouco antes da aula. sso porue para voc! entender o simbolismo astrológico voc! tem ue entender de ue ob*eto est( falando uando di9 ue eles possuem um simbolismo. 7oc!s 7oc!s di9em assim: ;, signo de leão o signo de peixes o signo de virgem...< 2( v(rios animais representando esses esses s0mbolos. =alam também da influ!ncia de >?piter >?piter da influ!ncia da $ua... @as o ue é um leão% , ue é um peixe% , ue é >?piter% , ue é $ua% , fato de sabermos utili9ar uma palavra como um indicador concreto de algo algo não é indicação da compreensão compreensão do sentido da palavra. A claro ue se eu perguntar o ue é um peixe voc! me apontar( um peixe e não um alface 8 com >?piter talve9 isso não ocorra pois provavelmente voc!s não sabem ol"ar para o céu e apontar >?piter' mas o Sol e a $ua voc!s não apontarão errado. E se eu perguntar: , ue é a $ua% 5gora me expliuem o ue é a $ua. Aluno: Satélite ue orbita
o planeta +erra.
Gugu: Essa explicação tem duas partes – ;satélite ue
orbita a +erra<: B& ;satélite< é o g!nero da coisa' & e ;orbita a +erra< é a diferença espec0fica desse satélite. , ue é um satélite%
Aluno: 5uilo ue orbita alguma coisa. Gugu: Duando falamos cidade satélite essa cidade gira
em torno das outras%
Aluno: naud0velF influ!ncia de um determinado centro. Gugu: @as isso ue voc!s ueriam di9er
uando disseram ;satélite ue orbita a +erra< 8 se referindo G $ua... 7oc!s 7oc!s ueriam di9er ue a $ua estava sobre influ!ncia da +erra +erra ou subordinada G +erra% 3ão. Duando voc!s usaram satélite da primeira ve9 foi no sentido astronômico 8 um corpo ue gira em torno de outro. Duando falaram em cidade *( não falavam mais de girar' estavam falando de depend!ncia econômica eHou pol0tica. 1eu para perceber% 5 palavra satélite foi usada em ambos os casos como o indicador concreto de um fenômeno. 5 $ua é um satélite da +erra é verdade 8 todas as palavras estão sendo usadas de maneira perfeitamente adeuada. 1i9 a0 uma cidade satélite de São )aulo...
Aluno: Campinas. Gugu: Campinas é uma cidade satélite de
São )aulo. 5 palavra satélite também foi usada de maneira adeuada a0 só ue satélite com sentido diferente. 1eu para perceber% 5 palavra foi aplicada corretamente só ue ela não é suficiente para indicar a compreensão do fenômeno ao ual se refere. Ela é uma indicação suficiente uma indicação concreta. A como di9er ue ;uem disse tal coisa foi >o"n $ennon< 8 a palavra >o"n $ennon tem um significado concreto e pr(tico voc! dificilmente o confundiria com a rain"a da nglaterra' voc! não o confundiria com o Saddam 2ussein' isso não uer di9er ue voc! não con"eça a pessoa desde ue voc! saiba uem ele é como pessoa. Duando eu falo ue ;a $ua é o satélite da +erra< essa é uma indicação concreta e correta de algo. @as essas palavras não te a*udaram a compreender o fenômeno apenas o indicou concretamente.
Aluno: ndica para uem *( sabe Gugu: Exatamente a primeira coisa ue devemos aprender
nesse curso é ue existem dois usos das palavras 8 existe um terceiro mas é irrelevante para esse curso. B& )rimeiro a palavra palavra como indicação concreta dos fenômenos ue voc! testemun"a. )or exemplo: ;5 sala tem uma parede branca.< 3ão estou falando da filosofia da brancura sobre o ue é o fenômeno da brancura. Duando digo ;parede branca< indiuei apenas um fenômeno concreto. 3ão a*udei voc!s a compreenderem o ue é isso. Só indiuei a exist!ncia do fenômeno. & , outro uso é o uso dialético das palavras como um instrumento de compreensão dos ob*etos. )or exemplo uando o su*eito fala: ;, "omem é um animal racional.< sso não d( nen"uma indicação concreta de onde est( o "omem. )ercebeu% Aluno: A a ess!ncia do "omem Gugu: Exatamente. 5s palavras animal e racional servem para indicar
não uma percepção bruta mas o
resultado de uma an(lise interna do ob*eto. Aluno: 3o primeiro caso é um indicativo. Gugu: sso exatamente. =alar em idéia não é muito adeuado porue todas as palavras se referem a
idéias. @as em um caso nos referimos ao fato imediato da experi!ncia' no outro Guilo ue discernimos no fato depois de investig(8lo. Se eu falo ue ;a $ua é o satélite natural da +erra< isso é o suficiente para eu ol"ar no céu e identificar ual dos pontin"os é a $ua. @as não explica o ue é a $ua apenas me deu uma definição concreta. Se eu fi9er um esforço para fa9er uma definição aproximada de algo sem di9er o ue ele é fica complicado di9er o seu simbolismo. 1i9er o ue um ob*eto simboli9a é di9er com o ue ele se parece. Simbolismo é um tipo de semel"ança entre duas coisas. 5ntes de di9er com o ue essa coisa se parece é preciso di9er o ue ela é. é. 1epois eu posso pegar essas essas duas coisas – ;o ue é isso isso aui o ue isto aui indica< 8 e usar esses dois tipos de con"ecimento para constituir uma técnica de interpretação. 3o mapa a $ua significa isso numa uestão uestão "or(ria a $ua significa tal coisa e assim por diante. 3a astrologia significa isso. A simples o significado astrológico da $ua é uma parte do seu simbolismo. E o seu simbolismo é derivado do ue ela é. 7amos 7amos um pouco além. 5 $ua é um satélite da +erra. , ue eu uero di9er com a palavra satélite nesse caso% Aluno: 3esse caso é a Gugu: E o Sol
realidade astronômica.
ele é o satélite da +erra% @as ele não gira em volta da +erra todo dia%
Aluno: Ela a $uaF tem fases. Gugu: Então satélite é algo ue tem fases%
5luno: 3ão teria sido mel"or evitar a palavra satélite e di9er ;um corpo luminoso ue veio do céu<% Gugu: ExatamenteK Dual foi o problema a0% Duando usei a palavra satélite ela *( indica uma teoria
astronômica sub*acente 8 *( é parte de um discurso astronômico sub*acente 8 não é o ue voc! sabe da $ua. , ue voc! sabe sobre a $ua% Aluno: A um
ponto celeste ue é poss0vel ver da +erra. +erra. )ossui v(rias fases. E uando a sombra dela se muda voc! percebe ue ela est( ocupando diferentes posiç/es.
Gugu: Celeste... Concordo. 3ão vemos a $ua daui do c"ão 8 ela nunca est( no c"ão est( no m(ximo no
"ori9onte. Como voc! sabe ue a $ua é um corpo sem fa9er refer!ncia a uma teoria astronômica% Aluno: 5 sombra da +erra pode ser pro*etada Gugu: Como voc! sabe ue
nela. Ela reflete lu9 então tem ue ter um corpo f0sico.
é a sombra da +erra ue se pro*eta nela%
Aluno: Se eu ve*o é um ind0cio. Gugu: Lai voc! pode ver uma coisa ue não est( l(% Aluno: 7oc! v! uma imagem um disco luminoso no céu. Gugu: 7amos começar primeiramente a listar a experi!ncia da
$ua. A uma imagem é um ob*eto vis0vel ob*eto da visão – isso é a primeira coisa. Eu percebo a $ua com a visão. 3ão a percebo com a audição nem com o paladar nem com a intelig!ncia. ,s animais também v!em a $ua 8 os cac"orros também a v!em' os lobos também e até possuem sentimentos espec0ficos por ela ue não entendemos. Aluno: @as e as marés% Gugu: Calma isso a0 vem
depois. 5lguém primeiro teve ue ol"ar a $ua para di9er ue ela influenciava nas marés. 5lguém primeiro tem ue perceber ue existe a $ua antes de relacion(8la ao mar. +em $ua. , ue é a $ua% Lm disco branco no céu do mesmo taman"o ue o Sol e ue aparece G noite. Aluno: Se mexe cresce e diminui. Gugu: Exatamente. )rimeiro voc! deve
listar as primeiras not0cias pois todas as outras dependem dessa. 3ão pode "aver uma teoria astronômica uma teoria metaf0sica ou uma teoria filosófica ue diga para voc! ue a $ua não é um disco branco no céu ue aparece G noite. sso a0 vai desualificar a teoria imediatamente. , con*unto de notas sobre a $ua ser(: seu taman"o sua forma sua figura' sua cor a lu9 ue emite e ue enxergamos' como ela varia de taman"o ciclicamente a variação mensal o tempo de demora entre uma $ua c"eia e outra' etc. Sem especulação e sem teoria a $ua é isso. 5 $ua é este con*unto de dados e fatos da experi!ncia. Aluno: naud0velF. Gugu: Exatamente as noticias a partir das uais voc! vai verificar toda e ualuer teoria. 3em todos os
astrólogos acreditavam ue a $ua era um corpo nem todos sabiam ue ela causava as marés. sso uer di9er ue esses elementos do con"ecimento a respeito da $ua são irrelevantes do ponto de vista astrológico 8 voc! não precisa dessas informaç/es para derivar da $ua um con"ecimento astrológico. A igual ao n?mero de informaç/es ue voc! pode aduirir a respeito de uma pessoa... Sua esposa possui v(rias informaç/es ao seu respeito ue ninguém mais tem. )orém voc! usa o testemun"o dela uando procura emprego% Ela possui um con"ecimento sobre voc! maior do ue o con"ecimento de ualuer patrão mas o testemun"o da sua esposa é descartado por ser irrelevante para esse problema. Aluno: Com relação Gs marés
até se relaciona. @as não pode substituir aueles dados iniciais.
Gugu: 3ão pode substituir aueles dados
iniciais. )ara saber se a $ua influencia as marés preciso con"ecer a $ua 8 e sua posição 8 e as marés independentemente uma da outra. Se eu ver apenas as marés subindo e descendo independentemente da $ua não poderei fa9er uma relação entre as duas coisas. Eu não identifico a $ua por meio das marés. , primeiro passo a se fa9er é redu9ir o ob*eto ao con*unto de notas pelas uais voc! o identifica. Aluno: sso então é
uma contemplação%
Gugu: 3ão isso é uma lista uma an(lise da percepção do ob*eto percebido. Aluno: Lma fenomenologia...
Gugu: Sim *( é
uma fenomenologia *( é um processo fenomenológico. 5ntes de formar ualuer con*ectura preciso saber a respeito do ue estou con*ecturando e especulando. Se voc! pegar só esses dados da $ua – seu bril"o' ser um disco ue cresce e diminui num ciclo de mais ou menos vinte e nove dias e meio' e como todas as estrelas nasce no leste e se p/e no oeste todos os dias 8 apenas com essas informaç/es não d( para di9er ue ela é um corpo. Aluno: Essas coisas são uantitativas. Gugu: 3ão é apenas uantitativo pois
ela tem um cor ue causa um certo efeito em voc!s. 7oc! recon"eceu a $ua com sua percepção sabe ue ela não é o Sol – pode até ter d?vidas uanto a isso mas em alguns dias o Sol e a $ua estão vis0veis no céu ao mesmo tempo e voc! conclui ue não são os mesmos. ;5 $ua é um corpo ue reflete lu9<... 1e onde voc! tirou essa conclusão com o taman"o dela com a cor dela e o ciclo dela% Como c"egou a conclusão ue ela reflete sombra% 1evagar isso vem depois. 5gora voc! vai listar o ue realmente voc! apreende do ob*eto. , fato de o su*eito fa9er uma descrição da $ua ue é baseada na descrição ue ele aprendeu na escola ou viu em algum v0deo ou site... Se voc! realmente fosse um astrof0sico a0 saberia alguma coisa a respeito da $ua do ponto de vista dessas teorias astronômicas. @as voc! não sabe realmente isso. Aluno: 5s pessoas t!m uase uma fé religiosa nessas coisas. Gugu: sso não uer di9er ue eles os astrof0sicosF estão mentindo. @as é um voto de confiança porue
acreditamos ue as pessoas não são mentirosas 8 principalmente em relação G profissão delas. 5gora se eu uero entender algo ten"o ue partir do ue sei desse algo' e não partir do ue creio dele. , ue voc! sabe% 3o m(ximo sabe os dados sens0veis. A isso ue deve ser listado: os dados sens0veis. E desses dados teremos ue montar um conceito de $ua. Esse conceito de $ua ser( o conceito astrológico b(sico. 5 astrologia foi desenvolvida antes de saber se a $ua é um corpo ou não se era um ser vivo ou não. )or isso esses dados teórico8astronômicos são irrelevantes para a ci!ncia astrológica. Aluno: Esses dados sens0veisF são mais constantes. Gugu: Eles são mais constantes porue
são a base da astronomia.
Aluno: naud0velF. Gugu: Explicarei o poru!.
3ão existe educação na escola' existe apenas um processo de recrutamento profissional. )or exemplo "( cem pessoas na sua sala de aula. Se voc! falar para alguém ue a $ua gira em torno da +erra por causa da força gravitacional então alguém vai gostar e vai uerer estudar isso a0. 1esse modo "aver( um n?mero suficiente de astrônomos e f0sicos na sociedade. 7oc! não falou ue a $ua gira em torno da +erra por causa da força gravitacional para ensinar uma coisa para ela mas sim para dar uma amostra gr(tis da profissão de astrônomo e de f0sico. sso é recrutamento profissional. 7oc! aprende biologia não para entender os seres org4nicos mas para talve9 despertar sua vontade de estudar e trabal"ar nisso. -esumindo: uma sociedade moderna precisa de um certo n?mero proporcional de profissionais de diversos tipos para ue a sociedade não colapse. )or exemplo um advogado a cada mil e novecentos e cinMenta pessoas. 7oc! não pode esperar as pessoas ficarem adultas para pensar no ue vão trabal"ar pois a0 *( é tarde demais para se estudar medicina ou f0sica. )or ue a primeira coisa ue voc! aprende é matem(tica% Simples porue sua intelig!ncia matem(tica caduca aos trinta anos de idade. +odas as grandes obras da matem(tica foram escritas antes dos trinta anos de idade. Duando o cara tem intelig!ncia matem(tica% Entre os uin9e e trinta anos depois ela fixa e o cara d( apenas contribuiç/es menores. 3a nossa teoria educacional a universidade 8 ao menos em tese – é ue educa. , primeiro e o segundo grau são apenas recrutamento profissional 8 é para dar vontade de trabal"ar em alguma coisa. 3ão é brincadeira e não é um interesse oculto é a teoria educacional moderna. +odos recebem na escola informaç/es b(sica de u0mica f0sica astronomia e biologia. Só ue eles não deram isso da0 com a finalidade de te educar não se iluda. 7oc! não saiu sabendo mais ue um analfabeto ue não freMentou a escola. Se voc! estudou direito "( tr!s coisas ue voc! sabe mel"or do ue ele: ler escrever e fa9er conta. , ue voc! aprendeu de u0mica f0sica biologia astronomia pol0tica e "istória na verdade voc! não aprendeu nada. 7oc! recebeu amostras para ver se alguma coisa interessava a voc!. @uitas pessoas
terminam o colegial com a impressão de ue entenderam alguma coisa. )ura impressão pois ele pensa ue estava na escola para compreender mel"or as coisas. sso é mentira pura ilusão sub*etiva. Aluno: 3a escola ele aprendeu muitas coisas também fora da aula uer di9er inaud0velF... Gugu: Exatamente talve9 também ten"a aprendido
a conviver com pessoas tirar informaç/es e
comunic(8las a elas. Aluno: 5penas porue a escola est( no mundo
e não porue é escola.
Gugu: Exatamente se todos estivessem no campo
trabal"ando teriam aprendido essa parte do mesmo *eito. )rocure o dilema dos bons professores: por um lado tem ue preenc"er um curr0culo di9endo o ue o su*eito aprendeu' mas na verdade a grande luta é ac"ar dois alunos ue se interessaram por esse assunto. )orue esse é o propósito da escola. Duando um aluno tem aulas com um professor bom eles cursarão na universidade a mesma matéria ue o professor ensina 8 ele usou os alunos todas as aulas foram uma perda de tempo. A ou não é% Aluno: A ele vai sair dali repetindo elementos do crédulo. Gugu: Exatamente. , aluno acredita ter sa0do com con"ecimento mas isso é uma piada. Se o mundo
estivesse tão c"eio de s(bios assim seria um lugar maravil"oso 8 todo mundo entenderia os seres vivos os elementos... )oxa vidaK Lm dos maiores pre*u09os uma das primeiras reclamaç/es ue os pais fa9iam sobre a escola 8 uando esta passou a ser obrigatória 8 era ue os fil"os começaram a ficar metidos e a pensar ue sabiam mais do ue os pais sobre a vida a "umanidade e etc. 5ntes ninguém se arrogava o direito de c"egar e di9er para um advogado ue sabia mais do ue ele. Se ele "avia estudado de9 anos e trabal"ado na (rea por mais vinte ele sabia mais ue voc! nauilo. sso não era arrog4ncia mas um fato. 5gora o su*eito ue passa em uma prova de u0mica não tem ra9ão de ser metido. Duem duvida pegue algo em ue é bom. 5 matem(tica por exemplo. Coloue uma placa na porta da sua casa com o escrito: ;1ou aulas de matem(tica para o segundo grau<. Comece a dar aulas para voc! ver. +ive alunos assim... Lm deles veio com o seguinte problema: ;1ado cinco pontos num plano cartesiano calcule a (rea do pent(gono inscrito.< Ele di9ia não entender como o c(lculo deveria ser feito. )erguntei: ;Duais são as coordenadas dos pontos% , ue é um plano cartesiano% , ue é um pent(gono%< ;)ent(gono é um tri4ngulo de cinco ladosK< ;Só ue é o seguinte: como é ue voc! c"egou ao grau em ue est( como voc! est( estudando o c(lculo de (reas a partir de coordenadas de um plano cartesiano se voc! não sabe essas coisas%< Essa era uma formulação para se ter no primeiro ano de geometria. ,u se*a ele não "avia aprendido nada. E mesmo o cara ue estudou direitin"o ainda não sabe nada. 3o m(ximo foi despertado um interesse em estudar auela ci!ncia ou arte. ,s dados todos ue voc!s aprenderam na escola não valem nada não devem ser levados em conta pois não serão ?teis para voc! aui. 3a segunda ve9 ue demos o curso de astrologia um dos alunos "avia participado de um clube amador de astronomia 8 tin"a estudado bastante astronomia até. Em certo momento eu estava explicando e comentei sobre a variação do dia e da noite. Então ele disse: ;@as o dia mesmo não varia.< )erguntei: ;Como assim% 1e ue dia voc! est( falando% , dia varia sim.< Então ele disse ue os dias tin"am sempre vinte e uatro "oras. Eu: ;3ão. , ue é vinte e uatro "oras% , dia de vinte e uatro "oras é uma abstração mental ue nós inventamos não existe dia de vinte e uatro "oras.< Aluno: 3a 3oruega os dias duram menos. Gugu: sso a0 ele entendia – ue a relação entre noite e dia é vari(vel podendo a duração da noite por
exemplo ser maior ou menor do ue a do dia. Então continuei: ;@as cara voc! não é do clube de astronomia% 7oc! não con"ece a euação do centro% 5 euação do tempo%< Ele: ;3ão o ue é isso%< Eu: ;Caramba ue diabo de astronomia voc! estudou% 5 euação do tempoK Ela é assim... +odo dia o Sol passa pelo meridiano ue é uma lin"a imagin(ria ue vai do norte ao sul. sso ai é o meio dia local. Dual a diferença entre o meio dia local e o meio dia médio% Se o Sol fosse uma bolin"a ue girasse em torno da terra e fi9esse um c0rculo pelo euador regularmente...< 1a0 ele: ;, do relógio%< Eu: ;3ão o relógio é feito para reprodu9ir o mais próximo poss0vel o dia médio 8 ue é essa abstração matem(tica. @as voc! não precisa usar um relógio porue ele não mede exatamente o dia médio.< +udo isso são dados da astronomia.
Aluno: , ue essa variação tem a ver com ano bissexto% Gugu: 3ão tem nada nessa variação a ver com ano bissexto. )or ue tem ano bissexto% , Sol gira em
torno da +erra e por isso "( o ciclo das estaç/es 8 falarei do Sol porue o ue estou a fim de girar é o Sol' se o su*eito ficar escandali9ado comigo por isso eu direi para não me amolar. Se voc! observar o Sol uando ele passa no meridiano todo dia de um dia para o outro "( uma variação na altura dele. 3o inverno ele est( bem baixo e no verão ele est( bem alto. Se voc! observar uando o Sol passa no meridiano e ele est( no ponto mais baixo ele só voltar( a passar no meridiano nesse ponto mais baixo daui a uatro anos. )or u!% A simples a órbita da +erra não se d( em um numero inteiro de dias. )ara o calend(rio bater com as estaç/es... )ara ue tem calend(rio% )ara saber uando plantar... Esse con"ecimento saber como plantarF é determinado pelas estaç/es e não pelo n?mero de dias. Então para o calend(rio bater com as estaç/es voc! precisaria de um calend(rio de uatro anos porue o ciclo da +erra é perto de tre9entos e sessenta e cinco dias e um uarto #NOPP&. 3ão é exatamente isso. Então a cada uatrocentos anos esse calend(rio tem ue ser corrigido. E o calend(rio ue é corrigido a cada uatrocentos anos deve ser corrigido de novo a cada tr!s mil e tre9entos anos. E esse tem ue ser corrigido a cada sessenta e uatro mil anos. @as na pr(tica como "( nen"uma civili9ação ue dure sessenta e uatro mil anos não é necess(rio um calend(rio tão preciso. +odos esses dados de astronomia derivam de alguém ter ol"ado um ponto no caso o SolF e ter dito: ;Duando esse ponto aparece vemos tudo. sso c"amamos de Sol. Ele nasce todo dia mais ou menos no leste e se p/e no oeste.< Então passaram a observ(8lo com mais cuidado: como ele se move uais são as caracter0sticas ual a sua cor ual a intensidade da lu9 ue emite etc. 1epois de todas essas observaç/es passaram a desenvolver um modelo de como ele se move geometricamente 8 com c0rculos depois elipses etc. 1esenvolveram instrumentos matem(ticos para descrever o fenômeno. sso se deu "( mais ou menos tr!s mil anos atr(s. >( a primeira teoria explicativa ue di9ia ue essas coisas são corpos ue se atraem se deu "( apenas tre9entos anos atr(s. Entre voc! saber exatamente onde o Sol estar( a cada momento e poder levantar uma teoria sobre o ue est( acontecendo fisicamente demorou dois mil e setecentos anos. )or u!% Simples os dados sens0veis não indicam o ue est( acontecendo de maneira clara em termos f0sicos. ,s dados sens0veis nem mesmo indicam ue o ue est( acontecendo é de fato um fenômeno f0sico – isso para começar *( é uma "ipótese. @etade do trabal"o é fa9er essa limpe9a. Duando comecei a fa9er esse curso eu tin"a um pro*eto ideal para ele: um ano de depuração dialética um ano de simbolismo #teoria simbólica& um ano de técnica astrológica. 5contecia ue depois de seis meses de depuração dialética restavam tr!s alunos. Se as aulas fossem na min"a casa tudo bem' eu não teria ue via*ar e não gastaria com ônibus. @as não d( para via*ar para outro estado para dar aula para tr!s alunos. 3ão é por maldade é ue o su*eito ue foi para a escola não est( acostumado com o ue é o trabal"o intelectual 8 ele não tem idéia do ue é isso. )rimeiro vamos resumir o fenômeno Guilo ue é observado. Ele o alunoF nunca fe9 um processo de depuração dialética na escola. sso é normal pois é trabal"o para adulto e não para criança' para uma criança esse é um fardo muito pesado e pode traumati9(8la. 3ão se pode forç(8la a fa9er isso. 5 primeira coisa ue voc!s t!m ue saber aui é ue o trabal"o ser( (rduo. Segundo com relação ao simbolismo: ele não ser( (rduo no mesmo sentido do ue a depuração dialéticaF mas exigir( auto8dom0nio para o su*eito não via*ar. Se voc!s fi9erem essas duas coisas tudo estar( resolvido porue a0 ser( poss0vel aplicar a técnica astrológica corretamente. , trabal"o ser( (rduo e exigir( auto8dom0nio. +entaremos nessa edição do cursoF uma nova experi!ncia: vamos dando um pouuin"o do esforço conceitual um pouuin"o do simbolismo e um pouuin"o da técnica astrológica para ver se o pessoal persevera. Dual o risco% , risco eu *( sei. , pessoal grudar( no simbolismo e ac"ar( ue est( entendendo' e por isso pensarão ue não precisam mais fa9er o trabal"o (rduo da depuração dialéticaF. Esse é o risco mas pelo menos "( uma c"ance maior de mais alunos ficarem por mais tempo para ue eu possa pelo menos cobrir os custos das viagens. Aluno: )odemos imaginar ue esse risco aumenta uando
a pessoa *( pratica a astrologia%
Gugu: 5umenta porue geralmente o astrólogo não est( nem
um pouco acostumado com esse trabal"o de depuração conceitual. , astrólogo profissional aprendeu uma técnica. A como pegar um mec4nico e ensinar para ele engen"aria mec4nica' ele não uer aprender ele *( sabe consertar carros. Com o astrólogo profissional é a mesma coisa: ele acredita ue *( sabe 8 o ue é dif0cil. Aluno: 5 $ua para ele é um desen"o assim como @erc?rio.
Só muda o c(lculo. ;5 $ua é a mãe...<
Gugu: Exatamente. Ele via*a no simbolismo. Então corremos muito esse risco de nos apegarmos ao
simbolismoF. Se eu perceber isso voc!s voltarão para o trabal"o de uebrar pedra. )or ue é uebrar pedra% )orue a mente "umana não gosta de fa9er a depuração dialéticaF não é uma atividade espont4nea da mente "umana' é uma "abilidade ue deve ser treinada. Aluno: sso porue a tend!ncia do su*eito é ficar preso nesse conceito ue o su*eito aprendeu na escola e
carrega com ele a vida inteira não é% Gugu: A lógicoK 5 escola é autoridade' é a igre*a ue existia "(
uin"entos anos. ;Eu tin"a senso cr0tico com seis anos de idade ouvia os professores...< 7oc! não tin"a senso cr0tico era pura lavagem cerebral. ,u voc! acreditava ue eles eram uma autoridade ou não estava nem a0 para elesF. ;, negócio é ue na "ora do recreio d( para a gente *ogar bola...< Se voc! alguma ve9 prestou um pouco de atenção nauilo ue o professor di9iaF não foi por senso cr0tico foi porue pensava: ;Espera a0 vamos confiar porue esse cara pode saber algo ue eu não sei ele falou algo e parece mesmo ue ele sabe.< 5 escola virou na inf4ncia uma espécie de autoridade parecida com a autoridade dos pais. ;@eu pai falou ue só posso brincar na rua até as oito e ue eu ten"o ue ir para a escola' e o professor falou ue a +erra gira em torno do Sol.< Est( tudo dentro da mesma categoria. Se a criança se interessa por alguma matéria ela pode vir a ter um interesse de pesuisa. @as até c"egar nesse ponto toda informação ue ela recebe é na base da autoridade. Duando voc! pergunta: ;, ue é a $ua%< 5 sua mente não uer uebrar a casca da autoridade escolarF consolidada. 7oc! pensa: ;Eu *( estudei isso. Enc"eu o meu saco por tantos anos... >( aprendi essa lição. 3ão ven"a perturbar essa 9ona da min"a mente ue *( est( pacificada. +ive ue aturar isso tudo e a min"a recompensa é ue eu sei o ue é a $ua sei o ue é u0mica...< )erceba ue voc! tin"a a mentalidade infantil nauela época. E voc! não tin"a a mentalidade infantil por um defeito' é ue voc! era criança voc! era infantil. 1epois disso voc! cresceu e aduiriu algum senso cr0tico senso de *u09o alguma autonomia interior 8 somente depois dos vinte anos #ou mais& voc! aduiriu essa autonomia. @as uando voc! a aduiri a autonomia interiorF pensa ue ela se aplica retroativamente a todas as informaç/es ue voc! recebeu antes de maneira autom(tica. )orém não é o ue acontece. ;5c"o ue os pol0ticos e os professores são gente como eu eles não estão entendendo é nada.< 5ntes de entender isso voc! recebeu muitas de informaç/es ue não receberam esse filtro e ue foram aceitas. Essa é a pedra ue ter( ue ser uebrada' e a mente não uer fa9!8la. ;=iuei on9e anos na escola obedecendo alguém só para escol"er uma profissão%< SimK Aluno: )ense pelo lado positivo: a culpa não foi sua. Gugu: 5ceite esse fato agora pode c"orar em casa depois.
Esse é um fato real da vida aceite.
Aluno: 7oc! não ter( como fingir ue est( uebrando auilo
para ao mesmo tempo conviver com essas duas concepç/es diferentes. 7oc! ter( ue sinceramente saber... ;-ealmente isso não tem nada a ver... @as não *ogarei isso aui fora deixarei guardado na gaveta' e se um dia eu ac"ar ue estou ficando louco volto para l(.< Gugu: -ealmente o su*eito pode fa9er isso' mas o professor saber( ue é isso ue ele est( fa9endo. Ele o
professorF saber( porue supondo ue expliue uma coisa "o*e 8 como isso daui se trata de um processo de educação a cerca de um assunto 8 daui a seis meses ele levantar( um tema ue depender( do su*eito ter feito esse trabal"o nos seis meses anteriores. 50 o indiv0duo far( a mesma pergunta ue "avia feito "( seis meses atr(s. E o professor saber( ue ele não est( fa9endo esse trabal"o corretamente. Con"ecimento é algo ue voc! gan"a pelo ue voc! fa9. Aluno: naud0velF. Gugu: +odo ano meus pais tin"am
ue ir G escola para di9er o seguinte: ;7oc! não vai reprovar o meu fil"o por faltas.< )ois nós sempre estour(vamos o n?mero de faltas. Aluno: 3auela época estourar de faltas era ter cem faltas no ano. Gugu: 3os primeiros oito meses do ano não "avia um dia em ue ped0amos G nossa mãe para faltar G aula
ue ela di9ia ;não<. 3o fim do ano eles di9iam: ;3ão agora é bom começar a freMentar um pouco mais para termos um argumento pelo menos.< +0n"amos faltado metade do ano. Duanto Gs notas se "avia alguma matéria ue gost(ssemos ela sa0a alta naturalmente. 3ão éramos forçados a estudar para provas.
, professor perguntava: ;7oc! não tem ambição%< ;3ão não ten"o.< 5 escola não é nada mais do ue isso. ;)oxa vida isso desmorali9a todas as discuss/es sobre educação.< A desmorali9a mas a verdade é essa não se iluda. Duem é bom e "onesto "o*e no meio educacional di9: ;Como podemos fa9er os alunos aprenderem a ler escrever e fa9er contas' e *unto com isso dar uma boa amostra das profiss/es necess(rias%< Aluno: 2o*e em dia os alunos não aprendem nem a ler e escrever. Gugu: ExatamenteK =icam tentando fingir ue a escola tem um propósito superior e não cumprem nem o
propósito real da coisa. Aluno: , su*eito ue sai sabendo ler sabe ler a conta de lu9 ler uma placa e etc.' mas d! um par(grafo de
um livro para ele ler... Gugu: A por a0.
;7oc! est( ac"ando ue eu sou doutor%< Esse sistema é uma uestão de sobreviv!ncia para as naç/es modernas. E por u!% )orue deve "aver um certo n?mero de engen"eiros um certo n?mero de u0micos de médicos e etc. E ual o efeito dele% , grande malef0cio dele é ue ele é muito pre*udicial para a educação superior no sentido estrito da palavra. ;5" não as pessoas vão se perguntar sobre as uest/es de profunda import4ncia para a "umanidade: , ue é o "omem% , ue é o universo% Existe vida após a morte% , ue é certo e errado% , ue é bem e mal% , ue é con"ecimento e ignor4ncia%< )ara as pessoas ue tem a possibilidade de levantar essas uest/es seriamente este processo educacional é extremamente pre*udicial. Ele praticamente esterili9a essas vocaç/es 8 se o cara tin"a essa possibilidade aos oito anos aos nove ela diminuiu pela metade e aos do9e acabou. Qs ve9es ela a vocaçãoF volta l( pelos trinta e o cara começa a se perguntar sobre essas coisas porém ele não tem mais auela energia da *uventude para estudar. A pre*udicial porue é um ambiente de falsidade. 3inguém c"ega para a criança e di9: ;5uilo est( l( para voc! saber o ue uer ser uando voc! crescer' para voc! ver v(rias coisas e escol"er o ue uer ser uando voc! crescer.< Lm museu das profiss/es seria mais efica9 do ue a escola. Sei l( fa9 um laboratório de f0sica com um negócio ue d( c"oue um corredor por onde a criança passa e tem coisas de u0mica um planet(rio e etc... a funcionar muito mel"or. ;+odo mundo aui tem ue fa9er o prim(rio. Duatro anos para aprender a ler escrever e fa9er contas' e agora tem ue fa9er visitas mensais ao museu das profiss/es.< a funcionar mel"or. )arece desmorali9ante mas a verdade é ue funcionaria mel"or. 5s pessoas pensam: ;Escolas ue t!m laboratórios são mel"ores porue as crianças aprendem mais...< 3ão é mel"or porue ela v! os euipamentos e di9: ;Duero ser u0mico.< 5 criança ol"a o microscópio e di9: ;Duero ver células e tecidos uero entender esse negócio.< A só por causa disso. , indiv0duo ue serve para estudar auilo descobre ue uer estudar auilo antes de emburrecer antes dauele processo massacrante emburrec!8lo. Como não d( para dar amostras na inf4ncia do ue é filosofia o ue é ci!ncia ética 8 disso não d( para dar amostras isso não é uma coisa para a *uventude 8 essas vocaç/es são sufocadas por esse ambiente. Aluno: naud0velF. Aluno 2: $ogo depois ue comecei a
fa9er esses cursos eu não agMentava mais a faculdade. 5 repulsa foi tão grande... Eu fi9 isso para me sustentar financeiramente. >oguei tudo para o alto. 2o*e eu sei uem sou uando ol"o no espel"o. Em contrapartida financeiramente eu ve*o ue... Gugu: sso a0 é assim mesmo esse negócio nunca deu lucro aulas e cursos de filosofia ética e etc.F
sempre foi pre*udicial G vida financeira. Aluno: 2o*e est( até mais f(cil do ue "( de9 anos atr(s "o*e voc! consegue repercutir em mais pessoas'
antes era mais limitado. Gugu: Essa parte não vou poder a*udar muito porue é uma escol"a ue o su*eito deve fa9er. , ue deve
ser uestionado é o seguinte: ;Eu uero saber isso a0% Duero. Então dane8se.< Se os pais reclamarem diga: ;Eu dou duas escol"as para voc!s: é isso ou "ero0na. Escol"aK< Aluno: +alve9 uma coisa ue possa
a*udar tomando como exemplo auele assunto da $ua... 5 visão de ue ;a $ua é um disco luminoso no céu< é ue é a real 8 a visão virtual é auela do corpo celeste 8' essa é a real porue continua v(lida ainda "o*e assim como era v(lida "( dois mil anos atr(s. Se voc! pensar nisso estar( no mesmo plano do pescador caiçara...
Aluno 2: Sobre a parte econômica é só "o*e em dia ue a intelectualidade pode dar lucro – e com muita
dificuldade. Se voc! uer ser um estudioso ou voc! *( deve ter algum din"eiro da fam0lia ou voc! tem uma padaria além do seu trabal"o intelectual ou então voc! é pobre. Ser intelectual não d( din"eiro a não ser ue voc! crie uma ,3I e receba uma grana do governo. Gugu: 5 não ser ue voc! se*a 5ristóteles e exista um imperador ue
precise ser educado... 50 voc! cobra um valor ue d( para te sustentar a vida toda. Sócrates% )obretão miser(vel. E )latão% )latão *( tin"a o din"eiro da fam0lia e só ficou gastando para estudar. +emos o exemplo de Spino9a também: ;5prenda um trabal"o simples ue não vai exigir muito da sua mente.< Ele era ótico fa9ia lentes. Aluno: sso era um "(bito *udeu não é% , su*eito ter uma profissão... >( treinavam o cara para isso. +in"a
um filósofo na =rança ue tin"a uma papelaria. Gugu: ;5" então eu vou poder viver de dar aulas.< 3ão não son"e poder viver disso. Aluno: Entra muito nauele negócio da
respeitabilidade: o cara passa vinte anos estudando filosofia e espera ue todo mundo o respeite por isso e não por ser dono de uma papelaria' ele espera dar entrevistas ao >ô Soares... Gugu: ExatamenteK ;3ão mas e o respeito ue me é devido%< 3ão nen"um respeito l"e é devidoK =oi
voc! ue aprendeu voc! ue saiu gan"ando não os outros' não foi um bem para a "umanidade foi um bem para voc!. Então o trabal"o de depuração dialética é pesado nós não estamos acostumados com ele e parece ser in?til em relação aos resultados. 5 depuração dialética é parecida com a pr(tica da religião: o cara re9a e não tem nen"um efeito' mas a0 o cara morre e vai para o céu. 3ão existe continuidade entre o esforço e o resultado. , esforço e o resultado estão em ordens diferentes porue os dois são trabal"os de limpe9a. A como voc! limpar um ob*eto e descobrir ue ele é de ouro 8 o valor do ouro não veio da sua limpe9a porue *( "avia ouro embaixo' porém voc! nunca veria o ouro se não tivesse limpado. 2( algumas décadas atr(s era poss0vel ensinar cosmologia e dar mais !nfase no simbolismo porue a imaginação das pessoas era mais limpa. 2( trinta anos na aula de astrologia: ;, Sol e a $ua princ0pio masculino e feminino...< 3a mente de ninguém aparecia: ;@as e o casamento gaR%< Aluno: ;5c"ava ue o princ0pio masculino e
feminino fosse voc! uem escol"ia...<
Gugu: ;, ue voc! uer di9er com princ0pio masculino e feminino%< ;Esuece vamos começar por outro
ponto de vista.< 2( umas décadas atr(s a imaginação era mais limpa então fa9ia menos mal enfati9ar o simbolismo. , pessoal até entendia alguma coisa "o*e em dia entende muito pouco. Aluno: Engraçado eu estudei astrologia nos anos oitenta e lembro8me de estar completamente perdido
nauele ;modo de pensar da 7ila @adalena< esse modo *( autom(tico de ser... @as como voc! mencionou o casamento gaR lembro ue mesmo nauele tempo uando voc! falava para alguém: ;,l"a o princ0pio feminino é isso isso e isso.< Se alguma pessoa levantasse uma ob*eção feminista... ;3ão mas é a sociedade ue imp/e esse papel.< 50 *( começava uma briga e a outra pessoaF ia explicar ue algo tem um princ0pio masculino ou feminino. 5li(s eu aprendi o yin yang errado 8 com seu pai eu aprendi o correto 8 porue uando aprendi o yang era o masculino portanto era extrovertido e forte' e o yin era o feminino portanto recatado e terno. E não o contr(rio ue seria a manifestação... Gugu: , yin é o exterior... 5inda tem o seguinte: todo mundo
assistiu filmes todo mundo *( leu *ornais todo mundo ouve m?sicas todo mundo *( viu discuss/es na +7... , ue as pessoas não sabem é ue todo discurso todo imagin(rio toda narrativa e etc. subentendem v(rios pensamentos anteriores Guele discurso Guela narrativa Guela imagem ética. Se voc! começa a explicar assim: ;7amos começar pelo simbolismo das cores.< 50 alguém pergunta: ;Como voc! sabe ue não est( pro*etando isso na cor%< ;)rimeira coisa voc! reparou ue est( usando a palavra pro*etarT no sentido metafórico% 7oc! não est( *ogando nada ali. , ue uer di9er com pro*etarT%< ;3ão isso a0 é sub*etivo...< ;@as o ue voc! uer di9er com sub*etivo%< ;)are pare pare e pareK 3ão me ven"a com termos abstratos porue voc! não tem essa ci!ncia a0. Se uando eu te pergunto o ue é $ua voc! não sabe responder uando eu perguntar o ue é sub*etivoT voc! vai enlouuecer. )orue uanto G $ua eu posso virar sua cabeça e mostrar' mas sub*etivoT como eu faço% )reciso te bater porue isso a0 não tem correção.<
Então vamos fa9er uma pausa e começar com o simbolismo. ,l"a só voc!s sabem uais são as tr!s cores prim(rias% 59ul vermel"o e amarelo. +odos sabem a diferença entre essas tr!s cores certo% 3ão terei uma ob*eção do tipo: ;Como voc! sabe ue o vermel"o é vermel"o e não apenas uma coisa do seu cérebro%< 3inguém levantar( essa ob*eção não é% 3ão precisarei enfrent(8la pela enésima ve9 na vida certo% Aluno: Se tem algo no cérebro de alguém então tem no cérebroF de todo mundo. Gugu: Exatamente... 7ermel"o amarelo e
a9ul. +odo mundo *( sabe o significado concreto da palavra. @as agora não faremos a depuração dialética dos conceitos de vermel"o amarelo e a9ul' falaremos do simbolismo dessas cores. , ue voc! fa9 para falar do simbolismo das cores% A simples o ue o vermel"o tem ue o a9ul e o amarelo não t!m% Aluno: A mais forte. Gugu: 7oc!s concordam% Se voc!s tivessem ue escol"er uma
dessas tr!s cores para significar força ual delas seria% , a9ul% 3ão é o a9ul ele é calmo. @as estamos no vermel"o' o ue o vermel"o tem% Ele é uente tem calor força intensidade dese*o sangue. Aluno: 3ão são apenas atributos... Gugu: Exatamente. 2( algumas coisas concretas ue podem
ser vermel"as ou não mas ue podem ser
lembradas tra9idas G mente. Aluno: )aixão intensidade e dese*o. Gugu: Exatamente paixão intensidade dese*o... 7amos colocar aui porue é
um pouco mais claro do ue só dese*o 8 na verdade o dese*o isoladoF parece mais fraco do ue o vermel"o. Aluno: -aiva nobre9a. Gugu: 5s cores da dignidade da pompa da
reale9a e etc. são sempre tons de carmins avermel"ados.
Aluno: 5 força da reale9a é representada pelo vermel"o. Aluno 2: 3ão sei não me parece exclusivo. Gugu: 3ão é exclusivo mas
existe um elemento de nobre9a então vamos deixar por enuanto. 5gora *( temos uma lista até ue suficiente. 1igam8me uma coisa: tudo isso aui é f(cil de ver no vermel"o' agora na escala da vermel"idão do poder do vermel"o do sangue da raiva da força uem est( mais perto do vermel"o% , amarelo ou o a9ul% Aluno: , amarelo. Gugu: Exatamente. 7amos colocar aui o
vermel"o o amarelo e o a9ul. 1o ponto de vista do vermel"o... >( sabemos ue o a9ul est( longe do vermel"o na escala das ualidades e ue o amarelo est( mais perto. A sempre isso a0. +odos estão aui imaginando o vermel"o. @as se eu perguntar para voc!s agora o ue o amarelo tem isso não ser( muito favor(vel. sso porue ainda est( na memória imaginativa de voc!s o registro do vermel"o. E o amarelo é um pouco parecido. )rimeira nota sobre simbolismo ue voc!s terão ue aprender: uando voc!s estão estudando o simbolismo de uma coisa não podem passar a analisar o simbolismo de uma coisa parecida tem ue passar a analisar o simbolismo de uma coisa contr(ria uma coisa mais diferente. 1os fatos ue listamos do vermel"o o a9ul est( mais distante. , ue o a9ul tem ue o vermel"o e o amarelo não t!m% 1eu para perceber% )or ue se não no seu imagin(rio o vermel"o e o amarelo vão se confundir vão se mesclar' o amarelo vai virar um tipo de sub8vermel"o um uase8 vermel"o. 7amos l( o ue o a9ul tem% Aluno: Calma serenidade profundidade...
Gugu: Calma serenidade profundidade... Duero ue
voc!s prestem atenção nisso a0. Duando alguém falou calma se referindo ao a9ul era para todos se lembrarem. +odos t!m ue se lembrar para ue não ten"amos ue refa9er o trabal"o depois. Aluno: Céu (gua frio limpe9a... 2( muitos produtos de limpe9a ue são a9uis. Aluno 2: , começo e o fim do dia% Gugu: , começo e o fim do dia% Aluno: +alve9 pouca lu9% Gugu: 5" então não é o começo e o fim do diaK A ter pouca lu9 ser um ambiente pouco luminoso. 3a
verdade dessas tr!s cores ela parece ser a menos luminosa. Escuridão trevas aus!ncia de lu9... 3ão necessariamente num sentido negativo. Aluno: Se voc! só tivesse esses tr!s l(pis
de cores escol"eria o a9ul para representar a noite.
Gugu: Exatamente. 7oc! não ir( escol"er nem o vermel"o e
nem o amarelo. Então noite...
Aluno: Confiança segurança...% Gugu: Sim claro. 3oite confiança segurança... 5c"o ue deu *( é
suficiente. @as agora na escala do a9ul uem est( mais perto dele% 7e*a ue não é tão evidente como uando voc! começou na escala do vermel"o. 5 resposta disso é: depende. )ara alguns aspectos do a9ul pode ser o amarelo' para outros pode ser o vermel"o. 5 relação não é simétrica. Aluno: A como se o amarelo estivesse no meio... Gugu: Sim. )ercebe% 3ão d( para
di9er simplesmente: ;5 escala do a9ul é ao contr(rio dessa aui.< Qs ve9es é Gs ve9es não é. Essa é uma nota importante. )or u!% )ois estamos lidando com um tern(rio real. 3ão estamos lidando com o n?mero um o n?mero dois e no meio destes com o um e meio. )or exemplo se falarmos sobre pai mãe e fil"o' isso não é um tern(rio real. , fil"o é um termo entre o pai e a mãe 8 voc! não pode falar ue esse terceiro termo é um termo pleno como os outros dois. 5ui no caso das coresF voc! est( tratando de tr!s termos ue são realmente independentes. Aluno: E essas tr!s cores podem representar a
totalidade das outras cores%
Gugu: )odem. Se fi9éssemos uma escala... 7amos pegar aui o
um o dois e o tr!s: ;Dual a ualidade do um%< ;3ão sei não d( para adivin"ar.< ;5" ual est( mais perto do um% E ual est( mais longe%< 5 escala ser( simétrica sempre. Se as coisas forem medidas em unidade o dois estar( mais perto do um e o tr!s vir( depois do dois. E do tr!s uem est( mais perto% , dois e depois o um. 5 relação é revers0vel. )or u!% )ois esse termo est( realmente entre dois. Então do ponto de vista do vermel"o o amarelo est( entre ele e ue compartil"a de algumas de suas ualidadesF e o a9ul ue não compartil"a de nada deleF. 1o ponto de vista do a9ul o amarelo est( de um lado e o vermel"o est( de outro' o amarelo possui algumas das ualidades dele assim como o vermel"o também. Eles não estão em posiç/es revers0veis' a diferença é ualitativa. )ois ve*a só o amarelo não é tão tenso uanto o vermel"o' e nisso ele é mais semel"ante ao a9ul. @as o vermel"o também tem uma certa interioridade como o a9ul e ue o amarelo não tem. , amarelo parece um branco parece ser só para fora uma expansão. Então uanto ao a9ul: o amarelo parece ter algo da sua pa9' e o vermel"o algo da sua profundidade. 1o ponto de vista do vermel"o não "aver( a participação simult4nea nele do amarelo e do a9ul' pelo contr(rio uma delas participa de suas ualidades e a outra é a aus!ncia delas é a dist4ncia delas. 1( para sentir isso% 3ão é realmente revers0vel como uma relação uantitativa. E o amarelo% , ue ele tem ue o a9ul e o vermel"o não t!m% 6ril"o #como o Sol e o ouro& riue9a alegria alerta... Ele é o mais irradiante o mais luminoso e o mais bril"ante dessas tr!s cores. Então se
voc! pintar essa sala inteirin"a de a9ul – ainda ue se*a um a9ul bem clarin"o ue é uase igual ao branco 8 auela sala inteirin"a de vermel"o e auela outra sala inteirin"a de amarelo ual ser( a sala mais clara% 1e longe a amarela. , amarelo se expande se irradia. 5gora do ponto de vista do amarelo como fica a escala% Duem est( mais perto dele: o vermel"o ou o a9ul% 1epende um pouco do critério ue se usa. )or exemplo voc!s repararam ue apenas do ponto de vista do vermel"o ue não "( discussão uanto G escala% Só se voc! cavar muito ir( ac"ar alguma coisa em ue o a9ul parece mais com o vermel"o do ue com o amarelo. Aluno: +alve9 pelo fato da cor amarela ser uma cor uente como o vermel"o e não uma cor fria como o
a9ul... Gugu: Sim pode ser por isso' talve9 se*a porue o vermel"o é uente e o amarelo se*a meio morno. @as
o ue importa é o seguinte: essa escala de distanciamento só acontece uando voc! toma como ponto de partida a cor vermel"a. Se voc! toma como ponto de partida o amarelo isso não fica tão evidente. Aluno: 7oc! pode ir tanto
para o a9ul uanto para o vermel"o' se eu pensar em calor vou para o vermel"o' mas se eu pensar em uma coisa mais frauin"a vou para o a9ul... Gugu: Exatamente. Se eu pensar em alegria vou para o a9ul. )or u!% )orue a serenidade do a9ul é mais
semel"ante G alegria do amarelo' ela é mais pac0fica é mais calma – coisas ue o amarelo também transmite e ue tem ue ser o pano de fundo da alegria. Alunos: @as Gs ve9es o amarelo pode ser o desespero... Gugu: Sim Gs ve9es é uma coisa
ue indica desespero ue est( fugindo de si pela sua excessiva
fugacidade. Aluno: Com relação ao amarelo eu ten"o a sensação f0sica de ue ele tem uma coisa meio invasiva. Gugu: Ele também pode ser invasivo irradiante pertubador #no sentido de ue voc! precisa sair de uma
determinada posição' ue voc! tem ue ir para outro lugar&. Aluno: 3as placas de rua ele o amareloF é usado como sinal de cautela. +ambém lembra a morte – não no
sentido do ato de matar 8 mas de coisa morta. , vermel"o lembra a morte no sentido de matar algo violentamente. Duando pensamos no amarelo pensamos em algo muito bril"ante mas ele também pode ser algo opaco doentio... Gugu: sso mesmo. ,s significados não
são un0vocos. @as todas as ualidades do amarelo implicam uma certa espécie de deslocamento por causa de um elemento perturbador. )or exemplo a alegria irradiando... +em um movimento aui. 1eu para perceber% Aluno: )rofessor então vamos voltar um pouuin"o na
depuração dialética. Essas associaç/es ue estamos fa9endo estão presentes na nature9a correto% 1e onde estamos tirando isso% Gugu: ,l"a só em primeiro lugar no
est(gio atual ue nos encontramos não d( para saber de onde estamos tirando isso. , ue podemos saber é ue não foi a mesma pessoa ue disse todas essas palavras' uando voc! disse algo sobre o vermel"o os outros ol"aram e perceberam ue o vermel"o tin"a algo do ue voc! disse eles não perceberam isso tão imediatamente como voc!. @as eles conseguiram entender do u! voc! estava falando. 1a0 outra pessoa disse outra coisa e voc!s seguiram o mesmo camin"o... Então o processo com ue isso est( vindo na sua mente pouco importa. , ue importa é ue em primeiro lugar a base disso é uma certa concentração da percepção sensorial. Duando voc! ol"ou o vermel"o captou algo de força' o outro só de ol"ar o vermel"o não conseguiu perceber isso mas com um esforço de concentração também conseguiu captar essa ualidade' e assim por diante. 5gora se ele ol"ar para mim e disser: ;Explica a0 por ue o vermel"o tem força%< Ele não vai ver nada de força no vermel"o' para isso ele precisa ol"ar para a cor. E isso indica ue de algum modo essas coisas estão enrai9adas nas próprias cores como fenômenos perceptivos. 5 tomada de consci!ncia delas dessas ualidadesF não deriva apenas da cor' tanto ue um toma consci!ncia primeiro da força outro da tensão outro da raiva outro do amor... Conseguem perceber% 5uilo ue vem G consci!ncia imediatamente não deriva apenas da cor' deriva de conte?dos prévios da sua consci!ncia. sso é lógico. @as uando o outro ol"a fa9endo uma
comparação ou ele verifica ue essa ualidade est( realmente l( ou ele não verifica. Esse é o ponto. 7oc!s perceberam ue uando o Iui disse forçaT voc!s ol"aram e concordaram% Sim ou não% Aluno: +em força no sentido de ser intenso... Gugu: E por ue voc!s
não falaram forçaT primeiro% )orue uando voc!s ol"aram sentiram intensidade outro sentiu dese*o ou paixão outro sentiu raiva... 1estacou8se na consci!ncia de cada um de voc!s em primeiro lugar um conte?do diferente. @as agora pegue cada um desses conte?dos e ol"e o vermel"o para verificar se ele os possui ou não. -aiva% +em. Sangue% +em. ntensidade% +em. E mais ainda além de poder ver todas essas ualidades no vermel"o verifiue se voc! consegue enxergar uma certa serenidade e profundidade nele... Aluno: )rofundidade sim' serenidade não. Gugu: 5"... -epare ue o tom
da palavra profundidadeT mudou' se tornou algo mais próximo de profunde9aT do ue profundidadeT em si. A uma certa densidade... 1eu para perceber% 5gora eu vou explicar para voc!s como funciona esse negócio de simbolismo a teoria do simbolismo. , universo é o discurso de uma intelig!ncia suprema. 1eus fala o universo. E como todo discurso por definição tem um significado ue é auto8evidente para a mente divina. Significado esse ue todos os seres dotados de mente são capa9es de captar algo. 7oc! tem uma mente 8 mesmo ela não sendo a mente divina 8 então voc! é capa9 de captar algo do significado desse discurso. 3o universo existe cor% Existe. Então a cor é um elemento desse discurso e portanto ela tem um significado para a mente divina. Como a sua mente não é a mente divina voc! ol"a a cor e capta um pedaço desse significado. Dual pedaço% 5uele pedaço ue na sua mente é menos diferente da mente divina nauele momento. Como a mente do outro é diferente e o espaço 8 nauele momento 8 ue est( aberto é outro ele v! outra coisa. Duando voc! começa a comparar os resultados das mentes normais sãs voc! v! ue todas essas caracter0sticas t!m algo em comum. 7oc! v! ue força e calor se parecem porue o calor força a algo. =orça calor densidade intensidade e paixão também se parecem. +udo isso aui são express/es fragment(rias do significado ue o vermel"o tem na mente divina – são peuenos fragmentos desse significado. Essa é a teoria geral do simbolismo. Ele funciona e existe porue o universo é o discurso de uma mente' porue tudo o ue existe é um discurso de uma mente' e outra mente pode captar algo desse significado. sso uer di9er ue para voc! entender o simbolismo do vermel"o são necess(rios dois fatores: B& prestar bastante atenção no vermel"o em v(rias inst4ncias da sua vida' & criar condiç/es ue favoreçam sua mente a ser receptiva a um significado ue é concebido por uma mente divina. Então eu digo para voc!s ue o ue o vermel"o efetivamente significa só 1eus o sabe' porue o vermel"o em si mesmo enuanto ente ?nico e exclusivo só existe diante da mente de 1eus. Só ele sabe exaustivamente e exatamente o ue é o vermel"o. , ue voc! pode fa9er% Lma aproximação simbólica. ;, vermel"o é força calor paixão raiva intensidade morte sangue viol!ncia nobre9a ma*estade centralidade concentração e etc.< E a0 se voc! ol"ar para o vermel"o perceber( ue todas essas palavras estão na direção do vermel"o' não na direção do amarelo e nem na do a9ul. E mais: nen"uma delas esgota realmente o significado ou é tão exata diante da ual as outras ualidades se diminuem' elas apontam para algo ue est( no meio. Aluno: Seria certo di9er ue só 1eus pode con"ecer o vermel"o perfeito% Gugu: 3ão é ue só 1eus pode con"ecer o vermel"o perfeito' nós também podemos. @as só 1eus pode
con"ecer o vermel"o perfeitamente. 3ós podemos con"ecer o vermel"o perfeito é claro ue podemos' porém eu não saberei plenamente o ue é esse vermel"o. ;Eu sei o ue é perfeitamente vermel"o mas não sei perfeitamente o ue é vermel"o.< Aluno: 5 palavra vermel"o *( indica essa relação de saber o
ue é mas não saber perfeitamente%
Gugu: ,l"a só isso não é v(lido somente para o vermel"o. sso é v(lido para tudo ue existe. A disso ue
os santos falavam uando eles di9iam o seguinte: ;Se voc! entender a ess!ncia de um grão de areia atingir( a reali9ação suprema ter( o con"ecimento supremo.< Era disso ue eles estavam falando. )orue um grão de areia é uma palavra de um discurso de uma mente ilimitada então em cada palavra todo o conte?do dauela mente est( contido. Se auela palavra fosse compreendida auela mente também seria – a partir dauela palavra. A como uando voc! entende uma personalidade a partir de um ato
caracter0stico. 7oc! precisa ver tudo o ue uma pessoa fa9 para con"ecer o car(ter dela% 3ão voc! não precisa ter a lista exaustiva dos atos ue ele praticou. @as voc! pode di9er ue con"ece perfeitamente o car(ter do outro% 3ão porue em todo fenômeno "( algo de inesgot(vel. 7oc!s tem ue saber isso aui. 7e*am l( na Suma Teológica : ;5 ess!ncia da menor mosca é intelectual e inteligivelmente inesgot(vel.< sso pois a mosca é uma palavra de um discurso divino. E o cara ue pensa: ;3ão a mosca é uma coleção de elementos u0micos ue formaram moléculas ue são capa9es de se reprodu9ir e ue permitem a vida.< Cara voc! é um idiota. 7oc! não consegue explicar o fenômeno do amarelo desse modo. ;3ão o amarelo é uma freM!ncia ue tem um pigmento ue bate no ol"o e ue gera uma vibração...< A mesmo%K )or ue ele é luminoso bril"a e lembra riue9a e alegria% @e di9 a0. ;5" isso é porue no seu cérebro tem uma mesa de sinuca tridimensional e a vibração do amarelo bate e acaba caindo no mesmo lugar da alegria.< +( bom cada um tem a sua teoria sobre o universo. E mesmo ue existisse literalmente esse mecanismo o da mesa de sinucaF ele não esgotaria e não explicaria o fenômeno.Então em primeiro lugar temos essa observação comum a todos os povos: o universo é um discurso de uma mente ilimitada. sso é fato. +odos os povos em todas as épocas defenderam essa tese. 5 teoria astrológica é poss0vel por isso. ;5" então >?piter é uma pedra voando no céu.< 3ão meu fil"o. >?piter é uma palavra de um discurso divino. ;A por isso ue a astrologia funciona%< ,l"a ninguém sabe por ue as coisas funcionam... 3inguém sabe até mesmo porue a anestesia funcionaK )rocure l( no Ioogle: como a anestesia funciona. )rocure também: como a cola funciona. ;3ão mas como a astrologia funciona%< @eu fil"o sei l(K )or ue eu ten"o ue saber%K 3inguém sabe e acabou. Como o cérebro funciona% +ambém ninguém sabe. Como o coração funciona% +ambém ninguém sabe. 3inguém sabe essas coisas. Esse negócio do como funcionaT tem apenas tre9entos anos de "istória. 5gora o negócio de saber o ue são as coisasT *( existe "( mil"ares de anos e nesses mil"ares de anos o esforço para con"ecer isso foi reali9ado por pessoas ue tin"am capacidades incalculavelmente maiores do ue as nossas. 5 pergunta do como as coisas funcionamT surgiu "( pouco tempo e ainda não apareceu ninguém com o talento do 6uda para responder – e provavelmente nem vai aparecer. 1eu para perceber esse princ0pio% 3ão é ue espontaneamente vem G mente de cada um a mesma lista mas como a sua mente não é doente – voc! não morde os outros na rua não sai lambendo o c"ão não baba' voc! é normal trabal"a d( para conversar com voc! t!m pessoas ue gostam de voc! e outras ue não gostam – fale sério: o ue o vermel"o tem ue o amarelo não tem% 7oc! ir( di9er algo na lin"a do ue foi dito aui. +odo mundo ir( falar isso. E a0 uando outra pessoa falar outra coisa voc! ter( ue pensar um pouco e ol"ar o vermel"o mais ativamente com um pouco mais de atenção' e a0 voc! ir( perceber ue essa coisa realmente se encontra no vermel"o. sso se a outra pessoa não tiver via*ado muito' porue a0 voc! pergunta para ela: ;@as por ue tem isso%< ;5" tem isso porue tem auilo.< ;Espera a0 então o ue tem é auilo.< Qs ve9es a pessoa não se expressou bem – nem todo mundo é dialético. )orém repare ue tudo est( na mesma direção' e se tudo est( na mesma direção é porue essas coisas estão realmente l(. 3ão é pro*eção. Aluno: Eu não discordo disso porue eu sei imaginar um fundo a9ul com l0rios amarelos e dourados em
cima. @as eu sei ue a idéia da nobre9a est( ligada com a idéia de centro ou concentração e ue o vermel"o representa outros tipos de adorno. Gugu: Exatamente. Alunos: , vermel"o também não poderia ser poder% Gugu: Claro *( falamos sobre força. A tudo isso a0. Aluno: )ara todas essas coisas eu ve*o ue "( um fundo narrativo ue não é uma coisa tão est(tica uanto
o conceito da cor em si. Gugu: 7e*a só não "(
nen"um fundo narrativo. Eu perguntei para voc!: ;, ue o vermel"o tem%< ;=orça.< 7oc! deu apenas uma nota sobre o vermel"o não fe9 uma narração completa. 50 outra pessoa deu outra nota e para ue voc! ve*a a nobre9a no vermel"o ter( ue fa9er uma narrativa entre a ligação do vermel"o com a nobre9a' isso porue a nobre9a não foi o primeiro conte?do ue voc! captou. )or u!% )orue as mentes t!m disposiç/es diferentes. ,l"a só não é para perceber o vermel"o é para perceber o ue ele significa intencionalmente na mente divina. 3ós temos um aparato cognitivo imediatamente proporcional G captação sens0vel – por exemplo o aparato ótico – e G captação conceitual – por exemplo o ue é uma cor em princ0pio. E essas duas coisas
criam uma disposição passiva permitem ue eu vislumbre o conte?do intencional da mente divina mas não me dão esse conte?do imediatamente. A por isso ue a primeira coisa ue vem na mente de cada um é diferente da do outro' pois ninguém tem esse poder. Se voc! tivesse seria 1eus. 50 para entender o ue o outro enxergou ten"o ue fa9er uma narrativa pois é o ue o outro viu. 3um certo sentido voc! ter( ue usar a palavra "umana como um suporte para entender o significado da palavra divina. @as isso fica para depois do intervalo. Intervalo.F Gugu: 6om deu para entender mais ou menos como esse negócio de simbolismo funciona% 1o *eito ue
eu expliuei aui é evidente ue para voc!s a idéia de ue o vermel"o o amarelo as mocas a (gua ou todo e ualuer ob*eto e fenômeno se*a parte de um discurso de uma mente ilimitada' é claro ue isso para voc!s é somente uma "ipótese. @as também a exist!ncia da força da gravidade e de leis biológicas também são só "ipóteses – e coisas desse tipo são realmente apenas "ipóteses mesmo. 5gora o universo ser um discurso de uma mente ilimitada *( foi arui8demonstrado' isso é indiscut0vel. Se voc! falar: ;3ão não sei se é assim.< 7oc! não entende as coisas não sabe o ue são elas. E é evidente ue a mente "umana não capta imediatamente em ualuer ob*eto todo o seu simbolismo todo o seu significado na mente divina – uma mente "umana não é uma mente divina. +odos os sistemas simbólicos t!m no seu pano de fundo essa idéia sub*acente: ;5" as coisas estão todas ligadas como as palavras de um discurso também estão ligadas. , universo é um cosmos é uma ordem porue um discurso é uma ordem é um cosmos.< Duer di9er um discurso não é só uma seM!ncia arbitr(ria de palavras ou de significados. 3ão ele é um con*unto de significados onde um vai clareando o outro o outro vai complementando auele outro e assim sucessivamente. Então só para dar mais um exemplo do simbolismo astrológico... 3ão uis entrar muito na depuração dialética "o*e pois *( sabia ue se eu fi9esse isso na próxima aula não viriam um ou dois alunos. 5lguém aui *( estudou alguma coisa de astrologia% 5lguém aui é capa9 listar os do9e signos e me di9er uais são os cardinais fixos e mut(veis% Então vamos fa9er aui um alfabeto astrológico e isso voc!s terão de decorar assim como decoraram as letras do alfabeto. )lanetas:
6em o meu s0mbolo de @arte é um pouco diferente nota do transcritor: os s0mbolos acima foram encontrados no Ioogle e estão de acordo com os s0mbolos ue vieram *unto com o doUnload desta aulaF. +ambém esueçam essa coisa de Lrano 3etuno e )lutão. sso é coisa de doentes mentais. São planetas ue ninguém v!. Como voc! vai procurar o simbolismo de algo ue ninguém v! ninguém ouve e ninguém c"eira% 5gora temos os meses das estaç/es no 2emisfério 3orte e os signos respectivos:
Signos da primavera: Vries +ouro e I!meos. Signos do verão: C4ncer $eão e 7irgem. Signos do outono: $ibra Escorpião e Sagit(rio. Signos do inverno: Capricórnio 5u(rio e )eixes. 7oc!s *( notaram ue existem diferenças entre as uatro estaç/es certo% Sei ue voc!s não notaram as diferenças astrológicas mesmo porue elas não são tão evidentes aui no 6rasil além dTelas serem invertidas em relação ao 2emisfério 3orte. )orém se voc!s notarem cada uma das estaç/es tem tr!s meses e tr!s signos. Então ol"a só uais as diferenças entre esses tr!s signos se referindo aos signos da primaveraF% +odos eles estão ligados ao simbolismo da primavera. Esses aui são os signos do verão e estão ligados ao simbolismo do verão. 1o mesmo modo ue as cores t!m um simbolismo ue os intervalos musicais t!m um simbolismo' dessa mesma forma se voc! observar as caracter0sticas das estaç/es também ir( perceber um simbolismo próprio de cada uma. Então esses tr!s outros signos t!m um significado relacionado ao outono. E esses tr!s ?ltimos ao inverno. ,l"a só cada estação tem tr!s meses. Vries C4ncer $ibra e Capricórnio correspondem ao primeiro m!s de cada uma das estaç/es. Se voc! observar as estaç/es ver( ue no primeiro m!s delas é uando voc! nota uma ualidade distinta diferente G da estação anterior. 3os dias em ue o Sol entrou em C4ncer voc! começa a sentir tudo mais uente 8 por exemplo 8 porue é o primeiro m!s do verão. 3a primavera as coisas começam a renascer a vegetação volta a se expandir e assim por diante. 3o segundo m!s voc! percebe uma certa intensificação das ualidades do m!s anterior. 5s ualidades e caracter0sticas distintas ue surgiram no primeiro m!s da estação se tornam marcantes no segundo m!s. , terceiro m!s é marcado geralmente pela dissolução dessas ualidades e antecipação Gs ve9es das ualidades da estação seguinte. Então os signos ue começam as estaç/es são c"amados de signos cardinais – depois veremos a parte astronômica do porue eles serem c"amados de cardinais' os do meio são signos fixos pois as ualidades das estaç/es se fixaram estão mais firmes' e os ?ltimos são os mut(veis *ustamente porue a estação começa a mudar para outra. ,l"a só mas os termos cardinaisT fixosT e mut(veisT não significam nada para uem não é astrólogo. Se voc! uiser entender os signos também poderia di9er ue os cardinais são signos amarelos #pois aui "ouve a irradiação de uma ualidade "ouve o surgimento dela& os fixos são signos vermel"os #aui "ouve a intensificação da ualidade surgida anteriormente& e os mut(veis são signos a9uis #pois a ualidade diminui repousa e termina&. Se uisesse voc! poderia di9er: ;Vries é um signo cardinal de fogo.< @as se voc! uer realmente entender Vries é mais f(cil di9er o seguinte: ;Vries é o signo amarelo de primavera.< Se voc! captar ual é a ualidade da primavera ir( di9er: ;6em Vries representa auilo ue fa9 nascer essa ualidade da primaveraF.< Se voc! captar ual é a caracter0stica do verão ir( di9er: ;C4ncer é o signo ue fa9 surgir essa caracter0stica do verãoF.< Duanto G primavera: ;+ouro é uando essa caracter0stica da primaveraF se intensifica. E I!meos seria onde ela a caracter0stica da primaveraF termina.< +oda a astrologia funciona nessa base. Conseguiram entender por ue o primeiro é o amarelo o segundo é o vermel"o e o terceiro é o a9ul% $embram da primeira parte da aula em ue falamos do
amarelo do vermel"o e do a9ul% -eparem ue uanto Gs estaç/es uma "ora elas começam. ;)uts começou o verão.< 5pareceu uma ualidade ue não tin"a antes. ;5" começou a primavera.< 5pareceu uma ualidade ue não tin"a nos meses anteriores ue depois se intensifica no segundo m!sF e alcança o seu término no terceiro m!sF. Ser( ue d( tempo da gente descrever um pouco as uatro estaç/es% Aluno: Como a gente resolve a
uestão das diferenças entre 2emisfério Sul e 2emisfério 3orte%
Gugu: Esueça o 2emisfério Sul por enuanto. )or u!% , ue o su*eito tem ue fa9er na pr(tica%
)rimeiro ele tem ue entender claramente as caracter0sticas distintivas das estaç/es no 2emisfério 3orte. ;5" eu sei o ue é o ar de Vries sei o ue é a vegetação de Vries... >( identifico todas essas coisasK< +( então agora voc! passa a observar a nature9a aui no 2emisfério SulF uando o Sol estiver em Vries para tentar ver as diferenças. 5 uestão entre 2emisfério 3orte e 2emisfério Sul é muito complicada e sutil. E por ue nós não invertemos% )orue um não é exatamente o inverso do outro. , primeiro m!s de outono aui não é igual ao primeiro m!s de outono do 2emisfério 3orte as ualidades são diferentes. )rimeiro conceitue a coisa muito bem depois pense na uestão problem(tica. A claro ue eu posso explicar aui: ;7e*a bem isso a0 é porue o )ólo norte representa o )ólo essencial da manifestação e o )ólo Sul representa o pólo substancial. Então no 2emisfério 3orte os signos se apresentam como ualidades formalmente distintas e no 2emisfério Sul como tons de uma subst4ncia.< Essa é a teoria. @as o cara ue não sabe astrologia não vai entender nadaK Aluno: Ele vai falar: ;+( e como é ue eu faço para ficar rico%< Gugu: ExatamenteK -esumindo: então d( para saber e
d( para o su*eito observar. Se o su*eito entendeu os signos tal como eles foram definidos no "emisfério norte e depois ele ol"ar aui... $embro ue estava esse ano uando o Sol entrou em Vries em >oinville em um s0tio com um grupo de amigos. 3o dia ue o SolF entrou em Vries falei: ;5" est( vendo esse ar assim% , ue est( te dando vontade de fa9er% Est( vendo% sso a0 é o Sol em Vries. , Sol acabou de entrar em Vries. 1eve ter entrado "( umas duas ou tr!s "oras atr(s. Entendeu% )reste bem atenção em como "( poucas "oras atr(s voc! só tin"a vontade de ficar recol"ido em casa. E agora começou a surgir uma energia ue te move 8 assim de andar.< 1ava para perceber nitidamente. @as eu estava l( os alunos estavam l( também' e eles são alunos ue *( sabem as distinç/es entre os signos. 50 d( para mostrar. 3aturalmente ue não vai dar para eu estar l( na entrada do Sol em cada signo. 3ão vai dar. A algo ue voc!s terão ue fa9er durante muito tempo 8 e idealmente teriam ue ver a entrada desses meses no "emisfério norte porue a0 a ualidade se apresenta de maneira distinta e não como um tom. >( repararam ue existem coisas valiosas e coisas sem valor% ,u nunca repararam% Se não repararam passem *( todo o din"eiro ue t!m a0 *(K )orue se não tem valor não tem diferença entre o ue tem valor e o ue não tem. >( repararam nisso% >( repararam no seguinte: ue as coisas valiosas são valiosas por duas causas certo% B& Lma porue elas são feitas de materiais valiosos. )or exemplo eu ten"o um carro de ouro um fusca de ouro. Ele é valioso não é% Concorda comigo ue um fusca de ouro vale alguma coisa% Ele vale mais do ue um fusca comum% 7e*a um triciclo de ouro vale mais ou menos do ue um triciclo comum% & E agora o seguinte: uma =errari comum – não é de ouro. Ela vale mais menos ou tem o mesmo valor ue o fusca comumF% 7ale mais. @as isso não se d( exatamente 8 nem principalmente 8 pelo material de ue ela é feita – pois uando é assim voc! ol"a o material e d( vontade de t!8lo. sso o valor da =errariF se d( pela boa execução de um pro*eto excepcional. 3ão é assim% , material mel"orou um pouuin"o em relação a outro carro no caso de não ser um carro de ouroF mas isso não *ustifica o preço. , ue *ustifica é a diferença efetiva entre um carro bem pro*etado e outro não tão bem pro*etado assimF. Lma coisa pode ser preciosa ou porue ela tem uma função uma capacidade ou ualidades dadas por um pro*eto bem executado' ou ela tem ualidades dadas por um material precioso. Claro ue d( para *untar as duas também. )ode "aver uma =errari de ouro. 50 voc! estaria no topo da escala... Aluno: 1a0 voc! não precisa aprender
astrologia maisK
Gugu: ExatamenteK 1eu para perceber% ,l"a uma
pepita de ouro vale alguma coisa mas uma escultura do -odin de ouro vale mais do ue essa pepita 8 do ue esse mesmo peso em ouro. @esmo se voc! fi9er uma *óia... Lm colar mais ou menos bem feito vale mais do ue o seu peso em ouro. Essa é a diferença entre ess!ncia e subst4ncia. Ess!ncia é o ue d( a forma para a coisa o ue d( as suas caracter0sticas
essenciais o ue d( auilo ue ela é capa9 de reali9ar' subst4ncia é o princ0pio material dela auilo ue d( consist!ncia. +odo fenômeno natural é composto de forma e matéria. +em um lado substancial e um lado essencial. 5 forma #ou as ualidades& dos meses das estaç/es no 2emisfério 3orte corresponde diretamente aos signos. ;5" e no 2emisfério Sul%< 3o 2emisfério Sul não é a forma das ualidades é o sabor o tom o material de ue elas são feitas. , verão aui – uando é inverno l( e verão aui 8 é feito de um calor diferente do verão l(. Eu sei ue é dif0cil notar pois voc!s nunca prestaram atenção nisso procurando essas coisas. 5ssim como voc!s não são desen"istas ou pintores ou decoradores e nunca se perguntaram: ;Espera a0 o ue o vermel"o significa%< @as est( l( o significado. Aluno: -ealmente é completamente diferente. Gugu: A completamente diferente. Est( claro isso a0% Duando a gente for estudar os signos o ue nós
iremos estudar primeiro% , ue são as ualidades das estaç/es% Aluno: 5 ualidade das estaç/es corresponde G forma do signo é
isso%
Gugu: ,l"a só... 5 ualidade das estaç/es corresponde ao signo é
uma indicação do signo é uma das notas ue definem o signo. )or exemplo nos meses ue o Sol est( em Vries +ouro e I!meos a nature9a toda indica uma certa ualidade. Duando est( em Vries indica essa ualidade combinada com a ualidade do amarelo. Duando est( em +ouro essa ualidade é combinada com o vermel"o. Duando est( em I!meos essa ualidade é combinada com o a9ul. Duando fi9ermos o simbolismo dos signos ser( natural ue eu pegarei os dados astrológicos de todos voc!s e iremos saber o ascendente de todo mundo. E iremos di9er: ;,l"a a pessoa ue tem ascendente em tal lugar tem isso isso e isso.< 5 pessoa vai ol"ar e falar: ;5" agora estou começando a entender o ue é esse signo.< Claro ue isso exigir( um pouco de sofisticação da percepção do signo. 7oc!s terão ue fa9er esforço para entender. @as perceba ue o esforço vai se dar nesse sentido: ;+( tudo bem. Duais são as ualidades ue eu percebo nas estaç/es% Duais são as ualidades ue eu percebo nos planetas% Duais são as ualidades ue eu percebo nas "oras do dia%< sso também ser( muito importante para a astrologia pois define o sistema de casas. ;, ue é ascendente% , ue é casa de9%< sso tudo se d( pelas "oras do dia. Então o estudo de todo o simbolismo ser( para aprendermos a fa9er esse trabal"o. ;, ue voc! pensa uando v! o vermel"o%< ;)enso em tal coisa.< ;3ão isso a0 é bobagem não tem nada a ver com simbolismo...< ;)or u!%< ;)orue eu estou mandando certo% 3ão tem nada a ver. Esuece isso a0. 1i9 outra coisa. 5" sso a0 éK $embre8se disso preste atenção.< Com o tempo o su*eito começa a se "abituar a prestar atenção nas notas das coisas assim e vai aduirindo um senso simbólico. , su*eito vai fa9endo isso e dali a seis meses – mas a0 ele tem ue ficar lembrando das coisas não adianta fa9er a listin"a "o*e esuecer depois c"egar na aula e se perguntar o ue tin"a nauela lista' não vai aprender nada desse *eito tem ue continuar ol"ando as coisas 8 depois ue eu tiver dito para ele anotar ue tal coisa ue ele disse era bobagem o su*eito vai ol"ar para auela coisa e di9er: ;Cara como eu era piradoK 3ão tin"a nada disso no vermel"o.< Ele vai ol"ar o vermel"o e perceber( ue não tin"a nada disso ue era tudo coisa da cabeça dele era pro*eção. 3ão é muito dif0cil aprender a fa9er essa distinção mas é uma uestão de pr(tica. 7ai precisar da pr(tica por um lado e complementar isso com o seguinte: ;Espera a0 o ue é uma cor% , ue é cor% 5" t( depuração dialética do conceito de cor. , ue é um som% , ue é um intervalo musical%< Entendeu% )or exemplo voc! vai ensinar a astrologia: ;5ui estão os aspectos do tr0gono ue são aspectos bons' depois os aspectos ruins...< ,l"a só como eu posso explicar isso para voc!% )rimeiro se eu for ensinar apenas a técnica astrológica – isso é um fato 8 não ter( um mapa ue voc! ir( ol"ar e vai di9er: ;)uts ue bom ue tem essa oposiçãoK Como isso beneficia o su*eitoK< 3ão acontecer( isso a0. @as para voc! entender isso por exemplo ue os aspectos astrológicos são como intervalos musicais... 1a0 o cara vai ter ue ouvir os intervalos musicais o ue é uma uinta o ue é uma uarta. 5lguém ter( ue tra9er o violão para ue ele ouça as notas. Se o su*eito não prestar atenção e não perceber auela ualidade nas coisas acontece o seguinte: ;7oc! leia um manual de técnica leia o manual do William $illR... 7oc! uer aprender astrologia% $eia o Christian Astrology do William $illR. $eia releia e tente responder pelo menos vinte uest/es "or(rias por dia. A assim ue aprende.< 7oc! ir( aprender a técnica. @as o poru! esse planeta significa auilo o poru! auele planeta significa auilo outro o su*eito não vai saber. Ele não vai saber nada. Ele vai ter uma coisa ue na pr(tica funciona.
E isso ficar( na cabeça dele – se ele aprender a técnica e ela funcionar – e ele ir( pirar. 7ai ter uma parte da mente dele ue vai descolar da outra e não vai conseguir colar de novo. E a0 ele pensar( ue não existe livre8arb0trio e se tornar( pagão. +udo bem ue todo mundo "o*e em dia é pagão ue todo mundo pensa ue somos amebas ou (tomos mas a0 teremos um outro tipo de paganismo. Ele ter( mais uma *ustificativa para o seu paganismo interior. ;, "omem não tem liberdade. 1eixa eu ver aui no mapa astrológico se o cara é gaR.< 1( para ver. ;1eixa eu ver se o cara traiu a mul"er ontem.< 1( para ver. E o su*eito vai aprender ue d( para ver essas coisas. Se ele não tiver aprendido muito bem a ver assim: ;3ão espera a0 o vermel"o não é só um raio ue bate aui e vem aui. , vermel"o tem uma dimensão interna uma dimensão de intelig!ncia ue é o conte?do dessa intelig!ncia divina.< E se ele estudar astrologia e ver ue a técnica funciona é o seguinte: com noventa e nove por cento de c"ances – pois não vivemos num mundo tradicional ue d( alguma proteção – ele ir( perder o senso mesmo do ue são as coisas do ue é o "omem do ue é a vida do ue é a intelig!ncia. +udo bem ue ele não vai perder muito porue ele *( não tin"a muito esse senso. 5 maior parte das pessoas "o*e na maior parte do tempo di9: ;Eu ac"o ue a gente não tem liberdade mesmo é tudo condicionado. A a educação é o sistema é a +7...< , cara *( est( convencido e *( usa isso para *ustificativa de oitenta por cento das aç/es dele. ,u é: ;)orue o outro me bateu...< Então ela *( est( persuadido de ue o "omem não é livre. Com a técnica astrológica ele corre o risco de sofrer o golpe de misericórdia na capacidade de aceitar ue ele é livre ue é ele ue est( ferrando com a vida dele. ,l"a só se o vermel"o possui uma dimensão profunda uma dimensão de inteligibilidade onde ele não é mais apenas vermel"o uma dimensão ue se for percorrida ele é divindade... , "omem também é um fenômeno. E ele é um fenômeno muito mais amplo do ue o vermel"o. sso uer di9er ue ele também possui uma dimensão de inteligibilidade ue vai até o divino. E a liberdade do "omem existe no encontro consciente entre o "omem como fenômeno e esse eixo de retorno G divindade. Como esse eixo est( ali então o su*eito tem liberdade. @uitas ve9es ele pode não ter a percepção dessa liberdade porue isso implicaria nele fa9er um esforço para observar ele mesmo como s0mbolo. 1o mesmo *eito ue ele est( observando o vermel"o para estudar astrologia 8 ou a primavera 8 se ele uer entender o ue é a liberdade ou o destino ele também tem ue aprender a ol"ar para ele mesmo como um s0mbolo. Se ele não ol"ar para ele mesmo como um s0mbolo ele só se perceber( como fenômeno. 3ão é só ol"ar a doutrina de ue o "omem é também um s0mbolo e uerer crer nela. A preciso ol"ar e ac"ar o simbolismo do "omem depois o meu próprio simbolismo. Dualuer pessoa religiosa *( cr! ue é uma imagem e semel"ança de 1eus. E se ela pratica a religião livremente e sistematicamente se ela re9a todos os dias se ela d( esmolas todos os dias 8 ou pelo menos uma ve9 por semana 8 ela não vai cair nessa de ue o "omem é sempre determinado e não é livre. Ele não vai cair porue tem proteç/es pr(ticas contra isso. Aluno: @esmo ue ele não se entenda como um s0mbolo ele se sente como s0mbolo. Gugu: Exatamente. 3ão somente ele se sente como
ele est( efetivando certas caracter0sticas desse s0mbolo. Ele est( ativando fa9endo esse s0mbolo reverberar simbolicamente. Aluno: @as nesse aspecto ue o sen"or
falou do uso da técnica como uma ferramenta ualuer sobre como ele nasceu nauela tal data sob tal planeta sob tal signo se ele est( predestinado... Gugu: Ele seria só mais um
mecanismo. Exatamente... Se um su*eito aprender a técnica astrológica efetivamente e ver o uanto ela funciona sem ter feito por um lado a depuração dialética dos conceitos por outro perceber o "omem como um s0mbolo real ele vai sair pensando ue est( tudo escrito e pronto. ;)osso cair na gandaia. 3o m(ximo faço uma uestão "or(ria para saber se vão me pegar.< Ele vai sair com essa impressão. E isso a0 eu vou di9er não é responsabilidade de uem ensinou. )orue se "o*e em dia eu levar em conta o mau uso ue as pessoas podem fa9er de ualuer ci!ncia então não posso ensinar nada 8 é proibido ensinar deixa todo mundo morrer na ignor4ncia. sso de ualuer ci!ncia tradicional. Então não levarei isso em conta. 7ou levar em conta isso: re9em todos os dias a oração tradicional da religião mesmo se estiver cansando e ac"ar ue ela não ser( v(lida porue uem decide se ser( é 1eus. , estudo da astrologia desvinculado da pr(tica religiosa deixa o su*eito doido. Se voc! tem d?vida procura na lista telefônica uma escola de astrologia e ve*a os su*eitos ue estão l(. 7e*a os professores... , su*eito fica doido mesmo. )or u!% )orue isso aui é um tipo de ci!ncia ue foi criada num ambiente em ue "avia a consci!ncia de ue existe uma mente ilimitada e de ue o "omem é o representante ativo e efetivo dessa consci!ncia neste mundo e ue ele tem ue exercer esse papel no m0nimo simbolicamente. Se o su*eito esueceu o ue ele é e aprender isso a0 então acabou ele cavou o próprio buraco. Eu sei ue "o*e em dia todo mundo uer explicação para tudo. ;@as por ue eu ten"o ue re9ar%< @in"a Santa @ãe
de 1eus... A o seguinte se o su*eito uiser uma explicação do poru! ele tem ue re9ar do poru! ele tem ue *e*uar do poru! ele tem dar esmola ele ue escute min"as aulas passadas porue eu *( dei essa explicação. E explicação também não a*uda muito sabe por u!% )orue na "ora de fa9er a explicação não estar( clara – um dia estar( e no outro não. ;5" por ue tem ue fa9er isso%< )orue pessoas muito mel"ores do ue voc! falaram ue tin"a ue fa9er. +odos os santos falaram ue tin"a ue fa9er todos os profetas falaram ue tin"a ue fa9er então tem ue fa9er. $embrem ue durante on9e anos voc!s confiaram nos professores da escola. 5gora passem mais on9e anos confiando em @oisés São =rancisco >esus... )assem uns on9e anos confiando nesses a0. )assem um ano ue voc!s *( vão lucrar. +em ue re9ar todos os dias. +em ue dar esmolas todas as ve9es ue te pedirem... ;5" puts eu não ten"o din"eiro.< Então d( o seu sapato. ;)uts eu só ten"o o din"eiro do ônibus para voltar para casa.< 5contece d( o seu sapato. ;5" não mas vai complicar tanto a min"a vida.< Então t( bom então não me enc"e. =ala sério não estamos na idade média. 3ão é tão dif0cil assim obter um sapato. 5ntes era "erdado 8 o su*eito "erdava as botas do pai dele. ;5" não mas isso aui custou uatrocentos reais.< @as por ue voc! est( usando um sapato de uatrocentos reais% , ue voc! uer da vida% 1esculpa gente. Eu estou ficando vel"o estou com uarenta e dois anos e estou perdendo a paci!ncia. 3ão vou ficar explicando. A o seguinte São =rancisco ue era um mendigo dividia os bens dele com uem pedia. E todo mundo ue é normal re9a todos os dias as oraç/es tradicionais. ;3ão mas eu sou normal.< 3ão voc! não é normal voc! pensa ue é. 7oc! não é doido voc! não tem dem!ncia mental. , "omem é composto de corpo alma e esp0rito e existem tr!s tipos de doença: do corpo da alma e do esp0rito. Então voc! não é doido não tem uma doença da mente não come gi9 certo% @as se voc! não re9a as oraç/es tradicionais todos os dias voc! tem uma doença espiritual. E na "ora em ue voc! for confrontado com um tipo de con"ecimento ue foi desenvolvido e discutido por pessoas ue re9avam todos os dias essas doenças irão começar a te afetar. A evidente. Claro elas te afetarão postumamente. sso a0 acontecer(. Se voc! não re9a todos os dias então eu não te garanto. Se voc! começa a entrar em contato com a verdade do universo ue a cor não é apenas uma cor não é apenas uma vibração não é apenas um fenômeno sensorial mas é uma palavra é uma entidade espiritual e intelectual ilimitada 8 esse é um fato sobre as coisas um fato real sobre o mundo em ue vivemos 8' se sua mente se confrontar com isso e voc! não fa9 o m0nimo então o seu destino é sua responsabilidade. Existe uma coisa escrita pré8determinada. @as se voc! est( aui no c"ão os camin"os do mundo são curvos e voc! não v! para onde eles levam. Então voc! pensa: ;5" eu ac"o ue esse aui é mel"or.< 50 voc! vai e ele curva para l(' e voc! cai no pior. 5 ascensão espiritual é assim c"amada pois é como se a pessoa estivesse vendo a coisa mais de cima. 1a0 dos v(rios camin"os do mundo ela enxerga mel"or para onde cada um leva ampliando a liberdade do su*eito. Se amplia a liberdade real dele e amplia o con"ecimento dele de como as coisas são determinadas as coisas tem ue crescer *untas entendeu% ;5" não eu não acredito eu uero provas disso a0.< 3ão. ,l"a eu não provo mais. Sério estou a dois passos de desistir de dar aulas no 6rasil porue começo a ensinar e os caras ficam uatro meses e da0 a turma diminui pela metade' com cinco meses voc! tem ue voltar a falar do primeiro m!s. ;@as por ue isso%< ;6em voc! re9ou durante esse tempo para 1eus facilitar o seu entendimento%< ;@as tem alguma coisa a ver com a outra%< ;+em.< Então se alguém ac"a ue a atitude correta é o ceticismo e não combina comigo não tem problema. @as o esforço para explicar coisas ue são princ0pios b(sicos do comportamento "umano eu não ten"o mais força para fa9er: o poru! do cara ter ue re9ar todos os dias ou ter ue dar esmolas... Então eu não farei mais isso daui a dois meses para voc!s. ,u voc!s fa9em isso na confiança de ue deve ser feito... E eu não estou falando nada estran"o para ninguém não estou falando para ninguém fa9er tr!s "oras de Roga no gelo' estou falando para re9ar o ros(rio todos os dias e dar esmolas uando te pedirem. 1ar din"eiro e não um sandu0c"e' ou voc! só compra sandu0c"e para voc!% 7oc! d! l( uns dois reais não cinMenta reais de esmola. , cara não ter( muito o ue fa9er com dois reais ele não ter( uma liberdade muito grande do u! fa9er com esse din"eiro. , ser "umano tem ue ter vergon"a na cara de perceber ue ele e o mendigo são da mesma nature9a. ;3ão mas eu sou mel"or 1eus me deu...< Cara cala a bocaK Duando voc! morrer os vermes ue comerão seu corpo não são de uma espécie mais nobre do ue os vermes ue vão comer o corpo do outro lembre8se disso. 7oc! e ele serão redu9idos G mesma condição. E depois disso todos nós enfrentaremos o mesmo *ui9 ue não ser( mais leniente comigo porue eu gan"ei mais ou tive mais nesse mundo. E se alguém virar para mim e disser ue: ;3ão mas eu ten"o mais porue eu batal"ei.< )ior para voc!K 5 sua batal"a ser( uma batal"a para voc! cair no inferno seu desgraçadoK 3ão perguntei se os seus bens vieram da "erança da sorte do roubo ou da batal"a. Estou falando ue eles t!m pouco valor porue voc! vai morrer. E por eles terem pouco valor d! um pouco para o outro. $embre8se de ue voc! tem mais valor do ue os seus dois reais. 5 sua alma tem mais valor. 5 alma dele tem mais valor. Sério uando meu irmão disse: ;Cara d( o curso
l( em São )aulo.< ;Eu não uero mais dar aula.< 3ão uero porue o con"ecimento é um negócio tão bom tem tanta coisa para gan"ar aui... E por tão pouco voc! est( claramente comprometendo o destino de sua alma. 7ou di9er uma coisa para voc!s: uem não re9a todos os dias uma oração tradicional vai para o inferno com rar0ssimas exceç/es' na mesma proporção de ue uem *oga na loteria perde – e alguns gan"am com rar0ssimas exceç/es. Se voc! ac"a ue é uma exceção tudo bem pode ac"ar. Eu sei ue podem existir nos seres "umanos d?vidas leg0timas. ;@as por ue o "omem re9a se 1eus sabe tudo% )or ue voc! tem ue falar com Ele se Ele sabe tudo%< Eu sei ue existem d?vidas sobre essas coisas. @as é o seguinte primeiro comece a fa9er o ue é bom e uando isso virar um "(bito eu explico novamente o motivo dessas coisas. )orue se voc! esperar a explicação para começar a fa9er tr!s meses depois voc! ir( parar. )egue o Willian $illR 8 o mel"or tratado de astrologia "or(ria ue existe e o terceiro mel"or de astrologia natal um dos maiores cl(ssicos da astrologia ocidental. 3a primeira p(gina ele di9 ue a primeira coisa ue o estudante de astrologia deve fa9er é re9ar muito ter muita devoção... Essa é a primeira coisa porue a verdade sobre essas coisas a verdade sobre o mundo é essa: o mundo é um discurso divino para ue eu possa entend!8lo e possa me assimilar G esse divino. ;5" não mas eu não sei...< ,l"a se voc! não sabe paci!ncia. Se voc! não sabe v( estudar. Eu realmente não ten"o mais disposição para explicar essas coisas. ;3ão mas por favor Iugu me explica.< A o seguinte então não pratiue isso não ten"a religião para mim não tem mais problema. Se ele uiser aprender astrologia eu ensino. @as o ue vai acontecer com ele é isso isso e isso' ou fa9 do *eito ue estou falando ou vai acontecer tudo isso com ele. Se voc! fi9er o m0nimo do ue estou falando para fa9er – e isso é o m0nimo... ;3ão agora estou fa9endo o ue o Iugu mandou eu fa9er então eu sou um CristãoK< 3ão me faça rirK sso da0 é uma gota apenas mas faça ela e estude. Sabe o ue vai acontecer% 7oc! ter( mais pa9 na sua vida voc! ir( entender as pessoas da sua fam0lia voc! ir( entender voc! mesmo... Lm monte de coisa ir( mel"orar na sua vida. ;5" mas eu não sei se ir( mel"orar...< 3ão faça e ve*a se não ir( mel"orar. Eu faço essa advert!ncia porue o tema exige. ;3ão eu uero aprender astrologia. Eu uero ol"ar o mapa aui e saber ue o cara é assim ou assado pensa assim ou assado sente assim ou assado. Eu uero saber isso a0.< Se voc! uer saber isso a0 "( um preço. 3ão saber também tem um preço. Se voc! não sabe ci!ncias tradicionais e vive na sociedade moderna a sua vida é uma droga. ;3ão mas ac"o ue min"a vida est( boa...< 3ão a sua vida não vale nada. Sabe por u!% )orue a c"ance de voc! ir para o inferno é incalculavelmente grande. +anto a vida não vale nada ue se voc! perde um emprego voc! começa a se desesperar' voc! perde um relacionamento voc! começa a se desesperar' voc! vale muito pouco. Duer mel"orar isso a0% ;Claro. Duero aprender ci!ncias tradicionais cosmologia cristã...< Se voc! aprender isso a0 e estiver dentro da religião cristã 8 dentro desse m0nimo ue eu disse na periferia da religião' não se iluda também de ac"ar ue praticando esse m0nimo voc! estar( no centro dela 8 a0 voc! começa a ver como o universo e o "omem funcionam dentro de uma perspectiva tradicional 8 ue é realmente como 1eus criou essas coisas. 50 a sua vida mel"ora e muito. ,utras coisas ue eram dif0ceis de entender se tornam f(ceis. )or u!% )orue elas também são fenômenos e eles não são senão feixes de simbolismos. ;E se o cara não tiver religião%< 6om... ;E se o cara tiver a religião e não aprender a cosmologia%< 50 também *( foi bom. 5 vida desse indiv0duo neste mundo *( mel"orou bastante e a c"ance dele ir para o inferno *( diminuiu também. ;5" mas eu não uero fa9er esse negócio de religião.< +udo bem mas saiba ue voc! ser( apenas mais um ue ir( contribuir para ue eu não ten"a mais vontade de dar aula nesse pa0s. 7oc!s uerem o curso uerem aprender astrologia% Eu uero ver resultado eu uero ver ue voc!s estão aprendendo e fa9endo esforço para isso. E se voc!s não estiverem endoidando sei ue pelo menos re9ando e dando esmolas estão. Duando um su*eito ue não est( acostumado a fa9er isso c"ega na primeira aula e eu digo: ;, ue é a $ua%< Ele tenta tenta e não consegue fa9er a depuração dialética. Então eu ten"o ue dar pistas. 50 se ele não fe9 o ue eu disse para fa9er c"ega na uarta aula e ele est( viciado em pistas 8 e eu estou ficando cansado 8 da0 ten"o ue dar mais pistas. E o cara *( não fa9 tanto esforço porue ele sabe ue mais pistas virão. sso acontece porue ele não re9a todos os dias pedindo o entendimento dessas coisas para 1eus. Ele não re9aK Ele não fa9 um terço para ue a intelig!ncia se esclareça acerca dessas coisas. Ele não fa9 issoK ;5" mas eu não faço isso porue eu não sei...< Cara pelo amor de 1eus... Então é dif0cil para ele. 3o primeiro dia ele tem uma dificuldade no segundo dia a dificuldade é a mesma no terceiro também e assim por diante. 7oc! ac"a ue voc! entende as coisas porue voc! uer% Due voc! tem alguma capacidade de entender as coisas% 7oc! entende porue 1eus deixa. A assim ue funciona a intelig!ncia. 50 o cara te pede dois reais e voc! fala: ;3ão é mel"or não porue ele vai beber.< 50 1eus ol"a para voc!: ;5" o cara uer entender astrologia% A mel"or não porue ele vai abusar. )ara u! eu vou deixar esse cara mais inteligente% Ele não tem compaixão com o cara ue est( sofrendo e morando na rua. A esse cara ue eu uero deixar inteligente% )ara depois ele sair falando como ele é possuidor da sabedoria
tradicional a filosofia e o discernimento para meio mundo% )ara u!% 3ão.< 1eus vai emburrecendo a pessoa porue Ele não uer ue ela fiue mais inteligente porue ela não teve o m0nimo de boa vontade. E da0 uando voc! fala para o cara re9ar o ros(rio dar esmolas' e o cara começa a fa9er isso a ir na igre*a a falar com o padre... @as eu não falei isso. 1a0 o cara fa9 isso também para emburrecer. ;3ão eu vou l( pois o padre vai in*etar graça em mim.< 3ão cara tem muito mais valor voc! sentar todos os dias na sua casa – isso é tecnicamente dos santos 8' todos os dias voc! sentar e orar solitariamente' isso tem mais valor do ue voc! ir para o templo uma ve9 por semana. Esses são dados técnicos da religião. @as ele não uer fa9er isso e vai para a igre*a para o padre in*etar a IraçaF no passivo. Eu sei ue o cara vai se sentir estran"o re9ando o ros(rio pela primeira ve9 mas v( l( e faça isso. ;5" mas me d( uma sensação estran"a eu não me sinto bem.< Eu não falei para voc! se sentir bem e entender ual o sentido. =aça pois é bom. )ersevere nisso e daui a dois anos volte e me diga o ue aconteceu. Transcrição: Antonio Carlos osseli! "anilo #o$erto %ernandes #evisão: "anilo #o$erto %ernandes